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Análise de balanços: o que Warren Buffett avalia

nas empresas investidas?

Para fazer a análise de balanços, o investidor


precisar se atentar aos demonstrativo de
resultado, fluxo de caixa e ao balanços patrimonial.
Saber fazer a análise de balanços patrimoniais das empresas é
uma habilidade muito importante para qualquer investidor. Do
iniciante ao avançado, saber ler e interpretar os números de um
demonstrativo contábil é tarefa essencial no mundo das
finanças.

São vários os dados contidos em um balanço. E é fundamental


que todo investidor conheça não apenas os conceitos, mas
também a lógica por trás de determinados números.
Um dos maiores investidores do
mundo, Warren Buffet, por exemplo,
tornou-se expert na análise de
balanços contábeis. Ao longo das
décadas, ele virou um leitor voraz dos
números das empresas e, assim, já
conseguia em pouco tempo fazer um
raio-x da situação financeira de cada
negócio.

Inclusive, no livro “Warren Buffett e a


análise de balanço”, David Clark e
Mary Buffett (ex-nora de Warren)
desvendam os segredos por trás dos
métodos do megainvestidor na hora
de se aprofundar nos dados das
empresas.
O método de Buffett consiste em analisar os demonstrativos
contábeis com foco em identificar companhias “maravilhosamente
rentáveis”.

Assim, Buffett procura aquelas companhias que podem sobreviver


apesar dos problemas que enfrentam no momento, identifica se
aquele negócio tem o que ele chama de vantagem competitiva
durável e quais vão trazer bons retornos no longo prazo.
2015 - 2022
Vamos conhecer
agora os principais
conceitos e quais
são as principais
linhas que os
investidores devem
se atentar na hora
de analisar uma
companhia aberta.
O que é Análise de Balanços?

Analisar o balanço de uma empresa é olhar para o passado de


resultados com um olho no futuro.

Nas demonstrações financeiras é possível identificar se aquela


companhia tem constância em seus números, se tem uma
vantagem competitiva ou então se está sempre reportando
números ruins.
Há três documentos principais que podem ser analisados ao se
analisar os números de uma empresa:

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Mostra o quanto uma empresa lucrou ou registrou prejuízo em um


determinado período (um trimestre ou um ano, por exemplo).

Balanço Patrimonial (BP)

Dá detalhes sobre os ativos (quanto a empresa tem no banco, suas contas a


receber, os estoques, propriedades) e os passivos (o quanto ela deve).
Subtraindo-se o passivo do ativo chegamos ao patrimônio líquido da empresa,
que é o valor que seus sócios possuem investido nela.

Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)

Acompanha o fluxo de dinheiro que entra e sai de uma companhia. Monitora o


quanto a empresa está investindo, as vendas e recompras de títulos e ações.
Como fazer uma Análise de
Balanços com DRE?
Você pode começar a ler os números de uma empresa pela
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

Esta ferramenta contábil mostra os resultados da operação da


companhia em um determinado período. Assim, ele aponta um
resumo das atividades operacionais e não operacionais da empresa.

A frequência mais comum de se apresentar o DRE é a cada


trimestre ou com o demonstrativo anual, geralmente emitido no
início de um ano e em referência ao ano anterior.

Exemplo: um DRE de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de


2021 vai mostrar em detalhes os números da empresa ao longo
deste ano.
O DRE é dividido em três grandes
componentes:

Receitas

Despesas

Lucro

A seguir vamos mostrar os principais dados para se


analisar em um DRE.
Receita total ou receita bruta

A primeira linha de uma Demonstração do Resultado do Exercício é


sempre a receita total ou a receita bruta.

A receita é o volume de produtos ou serviços vendidos por uma


empresa. Ou seja, é tudo que entrou de dinheiro para a empresa a
partir de suas vendas. Se, por exemplo, uma empresa têxtil vendeu R$
500 milhões em roupas em um ano, esse é o valor que ela informará
na sua DRE anual.

Mas uma receita alta não quer dizer necessariamente que a empresa
está dando lucro. Para chegarmos neste indicador é preciso deduzir as
despesas da receita total da companhia. Assim:

Receita total – despesas = receita líquida


E para chegarmos aos valores das despesas totais de uma empresa
precisamos analisar outros indicadores. É preciso olhar, por
exemplo, para os custos dos bens, os lucros e as margens, as
despesas operacionais e as despesas com vendas, gerais e
administrativas.
Americanas pede recuperação judicial com dívida de R$
43 bilhões

“Com juros altos, a alavancagem elevada é um problema adicional. Os


números ainda são muito incertos, mas elaborando algumas projeções,
conseguimos ter uma dimensão do impacto que as “inconsistências” contábeis
causaram para a companhia", comenta o analista.

Fonte: Americanas e elaboração Nord Research


Custos dos bens vendidos

Representa o valor da compra de bens que a companhia está


revendendo ou o custo da matéria-prima e da mão de obra
utilizadas na confecção dos produtos que está vendendo.

Os “custos das vendas” de forma geral são usados no lugar dos


“custos dos bens vendidos” se a empresa fornece serviços no lugar
de produtos. Mas eles têm o mesmo significado. É preciso sempre
ficar atento ao que a empresa inclui nos cálculos de custos dos
bens que vende ou nos custos das vendas.

O custo dos bens vendidos é essencial para determinar o lucro


bruto da empresa, que é uma cifra fundamental.
Lucro bruto e margem de lucro bruto

Dois indicadores importantes na busca por investimentos duráveis de


longo prazo são o lucro bruto e margem de lucro bruto.

O lucro bruto é encontrado da seguinte forma:

Receita total – custo dos bens vendidos = lucro bruto

Assim, o lucro bruto nada mais é do que a quantia de dinheiro que a


empresa ganhou com sua receita total retirando-se os custos de
matéria-prima e mão de obra utilizadas para produzir os bens. No
lucro bruto ainda não são contabilizadas as despesas e depreciações.
Ou seja, o lucro bruto sozinho não revela muita coisa. Mas ele pode
ser usado para calcular a margem de lucro bruto da companhia –
este sim um indicador valioso. Ele pode ser obtido da seguinte forma:

Lucro bruto ÷ receita total = margem de lucro bruto

Empresas que tenham boas condições econômicas de longo prazo


tendem a ter margens de lucro bruto altas por longos períodos de
forma constante.

O que gera uma margem de lucro bruto alta é a vantagem


competitiva durável da companhia. Assim, ela tem liberdade para
definir os preços de seus produtos e serviços de forma que fiquem
bem acima dos custos.
Os maiores lucros anuais de empresas listadas na Bolsa e
março/2023

Fonte: https://forbes.com.br/forbes-money/2023/03/estes-sao-os-maiores-lucros-anuais-de-empresas-listadas-na-bolsa
O que são despesas operacionais? Como se relacionam com a análise
de balanços?

As despesas operacionais compreendem todos os custos de despesas


de vendas e administrativas para a comercialização dos produtos ou
serviços.

Estão inclusos nas despesas operacionais, por exemplo, a pesquisa e o


desenvolvimento de novos itens, marketing, seguros, depreciação e
amortização (encargos de deterioração). E ainda há a categoria
“outros”, que agrega todas as despesas não operacionais e não
recorrentes.

Quando se soma todas essas despesas surge a despesa operacional da


companhia. Ou seja, todos os custos que ela têm para se manter
operando. Ao subtrair as despesas operacionais do lucro bruto
chegamos ao lucro ou prejuízo operacional da empresa.
Despesas com vendas, gerais e administrativas

Salários de gerência, gastos com viagens, publicidade, comissões,


custas judiciais e os custos da folha de pagamentos entre outros
itens compõem as despesas com VGA (vendas, gerais e
administrativas).

As despesas podem ser de centenas até bilhões dependendo do


tamanho da empresa. Por isso, é indicador que faz toda a
diferença na demonstração do resultado do exercício.

Empresas que não têm uma vantagem competitiva durável sofrem


com a grande concorrência e têm grandes variações nas despesas
VGA como porcentagem do lucro bruto. Assim, quanto mais baixas
forem as despesas VGA, melhor.
Depreciação

A cada ano o carro que você tem na garagem sofre uma


desvalorização: a chamada depreciação. O mesmo ocorre com
bens e imóveis das empresas.

As máquinas, os edifícios e os equipamentos de uma companhia


acabam se desgastando. E esse fator é representado pelo item
depreciação nas contas das empresas. Mas o importante de se
entender aqui é que há uma depreciação ao longo do tempo – e
não de uma só vez.

Assim, vamos supor que uma empresa compre um equipamento


por R$ 100 mil. Essa despesa não será colocada na demonstração
de fluxo de caixa sob o item dispêndio com ativos imobilizados.
Isso porque a despesa de R$ 100 mil com o equipamento é
alocada como uma despesa de depreciação na demonstração de
resultado do exercício.
Ou seja, se esse equipamento tem um vida útil de 5 anos e um custo
de depreciação de R$ 20 mil por ano, o valor será informado ao longo
dos próximos 5 anos como uma despesa de depreciação no DRE. Isso
ocorre pois a Receita Federal não permite que a companhia deduza
integralmente o valor total no ano em que a compra foi feita.

"Carros, maquinários de indústrias e objetos de escritórios


(mesas e aparelhos eletrônicos) são os itens que mais sofrem
desvalorização com o passar dos anos. "Veja mais sobre
"Depreciação de Valores "

Fonte:https://brasilescola.uol.com.br/matematica/depreciacao-valores.htm
Despesas com juros

Este é o valor pago sobre a dívida que uma empresa tem. Pode
ser um lançamento de juros durante um trimestre ou o ano
inteiro, computado no balanço patrimonial como passivo.

De forma geral, a grande maioria das companhias pagam mais


juros do que recebem – com exceção dos bancos.

As despesas com juros são classificadas como um custo


financeiro (e não operacional). Isso porque elas não são ligadas
a um processo produtivo de uma empresa ou então das vendas
feitas em um período.
Quanto maior for o endividamento de uma empresa, maior é o total
de juros a ser pago.

Mas dívida alta não é necessariamente um indicador ruim. As


empresas que contraem altos empréstimos costumam ser de dois
tipos:

• Empresas que estão em setores altamente competitivos e que


precisam de altos investimentos em ativos fixos para manterem
seus negócios;
• Companhias que têm boas condições econômicas e que fazem
dívidas por serem compradas em uma aquisição alavancada.

Um indicador muito comum usado é a porcentagem da despesa com


juros em relação ao lucro operacional. Porém, é preciso notar que
esse percentual varia muito de acordo com o setor da empresa.
Efeitos não recorrentes

Eventos que não tenham relação com a operação da empresa, de


natureza incomum ou não frequente e que gerem receita ou despesa
são também contabilizados na demonstração do resultado do
exercício. O lançamento é feito na categoria “Outros”.

Estão inclusos neste item acordos de licenciamento, venda de


patentes (fora do curso normal do negócio), entre outros.
Eventos não recorrentes podem auxiliar o resultado financeiro de
uma companhia.

Mas, como estes itens não têm recorrência, não devem ser levados
em conta no cálculo do lucro líquido para averiguar se uma empresa
tem ou não competitividade durável. Ex: taxas de litígio, baixas de
dívidas incobráveis, venda de ativos.
EX: Venda de ativos da Caixa econômica federal nos últimos anos

Fonte:https://www.apcefsp.org.br/noticias/balanco-semestral-mostra-as-consequencias-negativas-da-politica-do-
governo-para-a-caixa
EX: Venda de ativos da Caixa econômica federal nos últimos anos

Fonte: https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/sem-venda-de-ativos-lucro-liquido-da-caixa-cai-44-6.htm
Fonte:https://www.apcefsp.org.br/noticias/balanco-semestral-mostra-as-consequencias-negativas-da-politica-do-
governo-para-a-caixa
Fonte:https://www.apcefsp.org.br/noticias/balanco-semestral-mostra-as-consequencias-negativas-da-politica-do-
governo-para-a-caixa
Ebitda: lucros antes dos impostos

Ebitda é uma palavrinha estranha, mas que todo investidor já deve ter
ouvido falar por aí. De forma prática ela define o lucro de uma
empresa após descontadas as despesas, mas antes de se retirar os
impostos da conta.

Ao pé da letra, Ebitda significa “Lucros antes de juros, impostos,


depreciação e amortização” e também é conhecido como Lajida no
Brasil.

Ele serve para calcular o retorno do investidor ao adquirir toda uma


companhia ou uma participação parcial por meio da compra de suas
ações no mercado aberto.

O Ebitda é calculado para se ter uma noção de como anda a operação


de fato da empresa. O indicador também serve como uma métrica da
geração de caixa operacional – ou quanto a empresa gera de dinheiro
com sua atividade principal.
Fonte: https://oquequerdizer.com.br/ebitda-significado/
Fonte: https://oquequerdizer.com.br/ebitda-significado/
Fonte: https://oquequerdizer.com.br/ebitda-significado/
DRE: GRUPO O BOTICÁRIO

Fonte:https://www.grupoboticario.com.br/wp-content/uploads/2022/06/ANO-2020.pdf
Uma análise mais criteriosa nos leva a concluir que a
operação consolidada da Natura gera caixa positivo.
Porém, em 2020 a empresa acabou destruindo valor
(prejuízo).

Quais foram os principais vilões?

Quais as principais diferenças entre a natura e o


boticário, a partir da DRE?
Imposto de renda pago

Assim como as pessoas físicas, as empresas também precisam


pagar imposto de renda. Após o pagamento, as companhias
registram o imposto na demonstração do resultado do exercício
no item “imposto de renda pago”.

O imposto de renda pago reflete o verdadeiro lucro da empresa


antes dos impostos. Assim, se alguma empresa estiver declarando
de forma errada que está ganhando mais do que realmente
apurou, é possível verificar o valor certo em suas demonstrações
financeiras anuais.
A mesma legislação determina quais empresas estão obrigadas a pagarem esse
tributo, sendo elas:

I – as pessoas jurídicas:

• de direito privado domiciliadas no Brasil;

• filiais, sucursais, as agências ou as representações no país das pessoas


jurídicas com sede no exterior;

• empresas públicas, sociedades de economia mista e as suas subsidiárias;

• Sociedade em Conta de Participação (SCP), considerando que são


equiparadas às pessoas jurídicas;

• sociedades cooperativas de consumo que tenham por objeto a compra e o


fornecimento de bens aos consumidores.
II – as empresas individuais (visto também serem equiparadas a pessoas
jurídicas):

• empresários constituídos na forma estabelecida Código Civil;

• pessoas físicas que promovam a incorporação de prédios em condomínio


ou loteamento de terrenos;

• pessoas físicas que individualmente explorem, habitual e


profissionalmente, quaisquer atividades econômicas de natureza civil ou
comercial, com objetivo de lucro, pela venda a terceiros de bens ou
serviços.
Apuração mensal

Os impostos cujo cálculo é feito todos os meses aplicando-se a alíquota ao


faturamento da empresa são os seguintes:

• Imposto Sobre Serviços (ISS): de 2,5 a 5% conforme a cidade e serviço


prestado;

• Programa de Integração Social (PIS): 0,65%;

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS): 3%.

Apuração trimestral

Já o IRPJ (Imposto de Renda) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro


Líquido) vão incidir trimestralmente nas alíquotas de 15% e 9%,
respectivamente, apenas sobre os percentuais de presunção de lucro,
conforme a atividade da empresa:
Nota: Atualizado 27/12/2022
Fonte: https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/lucro-
presumido/#:~:text=A%20Receita%20Federal%20presume%20que,per%C3%ADodo%20do%20recolhimento%20dos%20im
postos.
Como calcular impostos do Lucro Presumido na prática?

A explicação da teoria é muito importante, mas, sem visualizar como isso


funciona em um exemplo prático, pode ser difícil compreender o recolhimento
dos impostos no Lucro Presumido. Para facilitar o entendimento, faremos uma
simulação utilizando os dados apresentados anteriormente.

Por exemplo: uma empresa prestadora de serviços de engenharia, enquadrada


no Lucro Presumido, teve um faturamento de R$ 12.000,00 em janeiro. Digamos
que o ISS da cidade onde ela presta o serviço seja de 5%, teremos, então, os
seguintes impostos sobre o faturamento:

PIS (0,65%): R$ 78

COFINS (3%): R$ 360

ISS (5%): R$ 600


Para o cálculo do IR e da CSLL, é preciso aguardar o faturamento do
trimestre; então, suponhamos que o faturamento de R$ 12.0000,00 se
repita em fevereiro e março: teremos um total faturado no trimestre de
R$ 36.000,00.

• A presunção para o serviço de engenharia é de 32%; então,


aplicaremos 32% sobre R$ 36.000,00. Assim, temos uma base de
R$ 11.520,00 para o cálculo de IR e CSLL.

O resultado final será:

IRPJ (15%): R$ 1.728,00;

CSLL (9%): R$ 1.036,80.


• Dessa forma, mesmo que o lucro seja maior que o percentual
prefixado, como no caso do exemplo — um lucro trimestral
superior a R$ 11.520,00 —, o imposto incidirá apenas sobre
aquela margem do faturamento.

• A lógica é a mesma em caso de lucro efetivo menor, pois o


imposto a ser pago será proporcional ao índice, ou seja, em caso
de prejuízo no período, você pagará mais impostos do que
deveria.

• Além desses impostos principais, há outros que podem incidir de


acordo com as características da atividade da empresa, como
impostos sobre importações e exportações e folha de pagamento.
Reforma tributária...

• O governo Lula promete uma reforma tributária sobre o consumo para


melhorar o sistema. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que a
cobrança incluirá os que hoje não pagam, visando à “justiça social”.

• A criação desse imposto se dará em substituição a outros 5. As simulações


consideram as regras da PEC (proposta de emenda à Constituição) 45 de 2019.

Fonte: Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/economia/reforma-tributaria-de-lula-eleva-carga-sobre-servicos-


em-210/)
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Lucro líquido

Indicador bastante conhecido e usado, o lucro líquido é obtido


após subtrair-se todas as despesas e os impostos da receita da
empresa.

É com o lucro líquido que descobrimos quanto que a empresa


efetivamente ganhou em determinado período.

Um fator importante a se ficar de olho é se o lucro líquido de uma


empresa está em tendência histórica de alta. Desta forma, se uma
companhia realizou um ótimo ano com alto lucro líquido e nos 10
anos anteriores houve grandes prejuízos, o investidor deve ficar
de olho neste histórico.
De forma geral, as empresas que têm vantagem competitiva mais
duradouras apresentam uma porcentagem mais alta de lucro líquido
em relação à receita total do que as concorrentes.

Se uma empresa apresenta histórico de lucros líquidos acima de 20%


da receita total é possível que ela esteja se beneficiando de vantagens
competitivas de longo prazo. Por outro lado, se uma companhia tem
lucros líquidos abaixo de 10% de sua receita total, é um indicativo que
seu setor seja muito competitivo.

Exceções a essa regra são bancos e instituições financeiras.


Fonte: http://www.cearamirimlivre.com/2023/03/petrobras-e-petroleira-com-o-maior.html
Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/02/05/lucro-das-big-techs-recua-us-336-
bilhoes.ghtml
Lucro por ação

A partir do lucro líquido é possível chegar também no lucro por ação.


Quanto mais uma empresa lucra por ação mais alta é a cotação de
suas ações.

Este importante indicador é obtido da seguinte forma:

Lucro líquido ÷ ações da empresa = lucro por ação

Se, por exemplo, uma empresa tem um lucro líquido de R$ 100


milhões em um ano e 10 milhões de ações em circulação, seu lucro
por ação será de R$ 10.
Analisar o lucro por ação de uma empresa ao longo do tempo – 10
anos, por exemplo – é um bom indicador para indicar se a
companhia tem uma vantagem competitiva durável.

Se o lucro por ação cresce com o passar dos anos, isso é um bom
sinal. Demonstra que as condições econômicas da empresa são boas
o suficiente para permitir que ela faça as despesas necessárias para
aumentar sua participação de mercado.

Porém, é preciso ficar atento aos programas de recompra de ações.


Eles aumentam o lucro por ação de uma empresa ao reduzir o
número de ações em circulação. Assim, se uma companhia reduz a
quantidade de ações no mercado, o seu lucro por ação terá uma
elevação – apesar de o lucro líquido real não ter apresentado
crescimento.
Fonte: https://investnews.com.br/financas/calendario-de-dividendos-marco-2023/
Segundo o artigo 202 da Lei 6.404/76, os acionistas têm direito a receber
como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros
estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada
de acordo com as seguintes normas:

I - metade do lucro líquido do exercício, diminuído ou acrescido dos seguintes


valores:
a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e,
b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195)
e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores.

De acordo com o parágrafo 2º deste mesmo artigo, quando o estatuto for


omisso e a assembleia geral deliberar por alterá-lo para introduzir norma
sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% do
lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo.
OBS: AV: Análise vertical; AH: Análise horizontal
Fonte: https://www.albinooliveira.com.br/dre-gerencial

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