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1. Receita bruta
A receita bruta é um indicador financeiro bem simples e objetivo: consiste na receita total
decorrente das atividades da organização, como a venda de produtos e serviços. O objetivo é
quantificar o valor gerado pelo negócio, sem considerar nenhum tipo de despesa.
A mensuração da receita bruta é utilizada como base para o cálculo de outros indicadores
relevantes, como margem de lucro, Ebitda, retorno sobre capital investido e outros.
2. Ebitda
Ebitda é a sigla para “Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”, que pode
ser traduzido ao português como “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e
amortização”, ou Lajida.
Ela representa o lucro líquido do negócio de forma bem clara. Contudo, jamais deve ser
utilizada como única métrica para avaliar o desempenho de uma companhia, já que, mesmo se
estiver com prejuízos momentâneos, o potencial de renda pode ser positivo quando, por
exemplo, compromissos com empréstimos forem sanados.
Conhecido como ROI, sigla para o inglês “Return on Investment“, o retorno sobre capital
investido é a relação entre o dinheiro gerado por determinado investimento e o gasto que se
teve ao realizá-lo.
É um tipo de indicador financeiro que pode ser útil para investidores entenderem a efetividade
das suas aplicações. Também para quantificar o desempenho de iniciativas.
O ROI é calculado subtraindo o ganho obtido com o investimento pelo próprio valor investido.
Qualquer número acima de 1 é considerado positivo, enquanto os valores abaixo demonstram
que o investimento perdeu dinheiro.
Além disso, para se obter um valor em porcentagem, basta multiplicar esse resultado por 100.
5. Custos fixos
Os custos fixos de uma empresa são as despesas que não sofrem variação de acordo com o
volume da produção, como o aluguel do espaço, os salários do time administrativo e outros.
6. Custos variáveis
Os custos variáveis são as despesas diretamente relacionadas com a produtividade, que variam
proporcionalmente ao nível de atividade do negócio.
7. Ticket médio
O ticket médio é um valor médio, em moeda corrente, do quanto cada consumidor gastou nos
produtos e serviços da empresa em uma compra. Assim, o cálculo do ticket médio é
interessante para comparações com os investimentos na atração e conversão dos clientes.
8. Nível de endividamento
O nível de endividamento é a divisão do total de passivos pelo total de ativos, multiplicado por
100.
9. Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio, algumas vezes chamado de break even, é o indicador que demonstra o
mínimo de receita necessária para o cumprimento dos custos operacionais. Assim, quando
atingido, significa que a empresa não está com prejuízos e nem com lucros.
Ele é um indicador que revela se o investimento está gerando ganhos reais para quem assumiu
o risco de colocar dinheiro no negócio. É calculado como o lucro operacional subtraído da
multiplicação do custo de oportunidade do capital total pelo capital total.
11. Giro de estoque
Essa métrica não serve apenas para o setor financeiro, mas fornece informações valiosas sobre
as vendas do negócio — e quais produtos mais possuem giro.
Afinal, quanto menor o giro de um produto, mais rapidamente ele sai do seu estoque.
O estoque médio diz respeito ao pedido mais comum que sua empresa faz. Por exemplo,
digamos que você administre um food truck e faça o pedido de 300 pães por mês.
A fórmula é a seguinte:
Só lembrando: ativos circulantes são todos os ativos, bens e direitos que uma empresa pode
transformar em dinheiro de forma imediata. Inclui também, logicamente, o quanto a empresa
possui de dinheiro em caixa.
Já o passivo circulante são todos os débitos, dívidas e juros de curto prazo que a empresa deve
arcar.
A margem de contribuição é o valor que resta da receita das vendas, menos os custos e
despesas variáveis, e que é destinado ao pagamento das despesas fixas da empresa.
14. Rentabilidade
Ou seja, se você investiu R$ 500,00 em um novo sistema de gestão para o seu negócio e
mapeou que o lucro relativo foi de R$ 3.500,00, a rentabilidade foi de 700%.
15. Lucratividade
É uma medida percentual, resultado da relação entre o valor do lucro líquido e o valor das
vendas. A fórmula é a seguinte:
Só lembrando que lucro líquido é a diferença entre a receita total e os custos totais da
empresa.
Quer um exemplo? Vamos voltar ao caso do food truck que já abordamos anteriormente:
Digamos que o food truck registrou receita total de R$ 60 mil ao fim de um ano de operação,
com lucro líquido de R$ 15 mil. O cálculo seria:
Lucratividade = 25%
Isso significa que, se os clientes pagarem, o faturamento é todo o dinheiro que deve entrar no
seu caixa a partir da atividade que você realiza. Por meio dele é possível entender se o seu
negócio está conseguindo gerar fluxo de caixa suficiente para cobrir seus custos e ter lucro.
Você também deve usar ele como base de cálculo para determinar os impostos que a empresa
deve pagar ao governo.
Para calcular o faturamento bruto, você só precisa multiplicar o preço de venda do produto ou
serviço pelo total de unidades vendidas no intervalo escolhido, conforme a seguinte fórmula:
O faturamento líquido é igual ao faturamento bruto menos as deduções de vendas, que são
produtos devolvidos, compras canceladas e impostos cobrados em cada operação. A fórmula
fica assim:
Esse ponto serve para calcular quanto a empresa precisa vender para bancar as operações sem
prejuízos. É claro que chegar nesse ponto não é o objetivo de nenhuma empresa. Ele é apenas
uma referência para saber quando o negócio vai começar a dar lucro. A fórmula para esse
cálculo é:
A margem de contribuição é o que sobra de receita depois que a empresa paga todos os
impostos e os custos de produção.
3. Giro de estoque
Controlar o estoque é uma das partes mais importantes da gestão financeira de um negócio.
Se o resultado obtido nesse cálculo for menor do que 1, quer dizer que sobraram produtos não
vendidos no estoque. Se for maior do que 1, significa que todas as mercadorias foram
renovadas pelo menos uma vez no intervalo analisado.
A maneira mais comum de usar esse indicador é anualmente, mas você pode verificar com a
periodicidade que considerar melhor para o seu caso.
Você pode usar essa fórmula para mensurar o retorno do valor que tenha investido em
produtos, serviços, treinamentos, campanhas, ou seja, em qualquer atividade da sua empresa.
5. EBITDA
Essa sigla vem do inglês Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, que em
português significa Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
Complicou? Calma! Como o próprio nome já dá pistas, o EBITDA mostra o quanto a empresa
gera de recursos sem levar em conta os descontos financeiros e impostos.
É um indicador que resume o potencial de geração de caixa de um negócio. Muito útil para
avaliar a competitividade e eficiência da gestão. A fórmula para o cálculo é bem simples:
As despesas e receitas financeiras não devem ser vistas como operacionais para esse cálculo.
Já a depreciação é a redução gradual do valor dos bens físicos por desgaste ou perda de
utilidade ao longo do tempo, e a amortização corresponde às perdas de ativos intangíveis,
como é o caso de marcas e patentes.
Você encontra esses dados no DRE - Demonstrativo de Resultado do Exercício da empresa, que
mostra os resultados antes e depois dos impostos, bem como depreciação e amortização.
6. Ticket médio
Não podíamos deixar de fora dessa lista o famoso ticket médio, que é um indicador financeiro
muito importante também, relacionado ao setor comercial. Basicamente, ele mostra qual é o
seu faturamento por cliente.
Você também pode calcular o ticket médio de um produto, serviço ou categoria, conforme a
necessidade do seu negócio.
7. Liquidez corrente
Aqui você descobre a capacidade que o seu negócio tem de arcar com as obrigações em curto
prazo. Você precisa saber dois conceitos para esse cálculo:
Ativo circulante: é todo bem ou direito que pode ser transformado em dinheiro, como
o estoque e o saldo da conta corrente.
Passivo circulante: é toda dívida que precisa ser paga em até um ano, como os
impostos e as contas a pagar.
Sabendo disso, podemos usar a seguinte fórmula:
8. Margem de lucro
Esse também é um indicador financeiro famoso nas empresas: a porcentagem que o
empreendedor soma aos custos totais de um produto ou serviço, que é o quanto deseja lucrar
sobre cada venda.
Para formar os preços, essa métrica é imprescindível, pois é capaz de garantir que o valor do
produto vai cobrir os custos e ficará dentro da média praticada no seu segmento.
Margem líquida = (Receita total – Deduções de vendas – Custos variáveis – Custos indiretos)
x 100
Os custos variáveis são referentes a insumos, para a confecção dos produtos. Na margem
líquida entram todos os custos administrativos, como despesas com comercial, financeiro e
marketing, que são os custos indiretos.
Com o resultado das fórmulas acima, você saberá quanto realmente sobra do preço cobrado,
facilitando o seu planejamento financeiro e a sua geração de preços.
9. Lucratividade
Um dos indicadores financeiros que ninguém esquece, mas nem por isso é menos importante,
é a queridinha lucratividade, que apresenta quanto um negócio ganhou em relação a tudo que
recebeu.
Você sabe que, quando vende um produto ou serviço, o preço cobrado não vai todo para a
empresa, já que existem custos com estrutura, fabricação, mão de obra e compras, por
exemplo.
Assim, a lucratividade é um KPI que serve para entender a relação entre o seu lucro líquido e
as suas vendas, em percentual. Assim:
10. Recebimentos
Por fim, esse também é um dos indicadores financeiros de uma empresa, e tem a ver com
outro, que é o faturamento. Isso porque mesmo quando a empresa fatura, não quer dizer que
ela tem o recebimento garantido, já que pode acontecer de não receber o valor total que
aparece no faturamento.
Para controlar os recebimentos, você pode usar a fórmula abaixo para calcular o prazo médio
de recebimento de vendas no ano, chamado de PMR ou PMRV, desse modo:
O resultado vai ajudar no seu planejamento, pois mostra quanto tempo leva para você receber
após a venda.
A melhor forma de fazer isso é buscar reduzir a sua inadimplência com uma ferramenta de
gestão financeira, por exemplo, capaz de ajudar o seu negócio a controlar suas cobranças de
maneira eficaz, contribuindo para que os recebimentos não atrasem.