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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIO (AFO)

Prof. Jeferson Pedrozo

Base Tecnologica

Análise de Demonstrativos Financeiros


• Indicadores financeiros;
• Análise vertical;
• Análise horizontal.

LUCRO BRUTO & LÍQUIDO


A diferença entre lucro bruto e lucro líquido está relacionada aos diferentes estágios de
deduções e despesas consideradas em cada um deles. Vamos entender cada um
separadamente:
Lucro Bruto:
O lucro bruto é obtido subtraindo-se do total das receitas de uma empresa os custos e
despesas diretamente relacionados à produção ou comercialização dos bens ou serviços
vendidos. Esses custos são geralmente chamados de "custos dos produtos vendidos" ou
"custos de vendas". O lucro bruto é uma medida de rentabilidade antes de considerar as
demais despesas operacionais e financeiras.

Lucro Líquido:
O lucro líquido é obtido a partir do lucro bruto, após a dedução de todas as despesas
operacionais e financeiras, incluindo impostos e outras obrigações. Essas despesas podem
incluir salários e encargos, aluguel, energia elétrica, depreciação, juros sobre empréstimos,
impostos sobre o lucro, entre outros. O lucro líquido é considerado o resultado final das
operações da empresa e é utilizado como indicador de sua lucratividade.

Portanto, a diferença entre o lucro bruto e o lucro líquido está nas deduções das despesas
operacionais e financeiras. O lucro bruto considera apenas os custos diretamente relacionados
à produção ou comercialização, enquanto o lucro líquido engloba todas as demais despesas
necessárias para a operação da empresa.

O que significa a sigla ROI e qual sua importância para análise financeira?
A sigla ROI significa "Return on Investment", que em português pode ser traduzida como
"Retorno sobre o Investimento". É uma métrica utilizada para avaliar a eficiência ou
rentabilidade de um investimento, projeto ou negócio.

O ROI é calculado como a relação entre o lucro obtido (ou economia de custos) e o
investimento realizado, expresso como uma porcentagem ou um valor decimal. A fórmula
básica do ROI é a seguinte:

ROI = (Lucro Obtido - Investimento Inicial) / Investimento Inicial


O resultado do cálculo é interpretado como a quantidade de retorno gerada para cada unidade
monetária investida. Por exemplo, se o ROI for igual a 0,50 (ou 50%), isso significa que para
cada R$1 investido, houve um retorno de R$0,50.

A importância do ROI para a análise financeira reside no fato de ser uma medida que permite
comparar diferentes investimentos e projetos, ajudando a identificar quais são mais atrativos
ou lucrativos. Ele fornece uma visão clara sobre a eficiência dos recursos aplicados e ajuda na
tomada de decisões sobre alocação de capital.

Ao calcular o ROI, é possível avaliar se um investimento é viável e se está gerando retorno


satisfatório em relação aos recursos investidos. Também permite comparar diferentes
alternativas de investimento e priorizar aquelas que oferecem maior retorno em relação ao
risco assumido.

Além disso, o ROI pode ser utilizado como uma métrica de acompanhamento ao longo do
tempo, permitindo avaliar o desempenho de um investimento ou projeto em diferentes
períodos e identificar tendências de rentabilidade.

No entanto, é importante ressaltar que o ROI deve ser analisado em conjunto com outras
informações e métricas financeiras, levando em consideração o contexto específico de cada
investimento e as particularidades do negócio.

O resultado do negócio pode ser analisado sob duas perspectiva, do acionista e do


desempenho operacional. Qual a diferença dessas perspectivas? Justifique.

A análise do resultado do negócio sob duas perspectivas, a do acionista e a do desempenho


operacional, oferece visões diferentes, pois cada uma foca em aspectos específicos. Vamos
explorar essas perspectivas e suas diferenças:

Perspectiva do Acionista:
A perspectiva do acionista concentra-se no retorno financeiro para os proprietários ou
acionistas da empresa. É uma abordagem voltada para o aspecto de investimento e
lucratividade do negócio. Alguns aspectos relevantes nessa perspectiva incluem:
Lucro Líquido: O lucro líquido é o resultado financeiro após todas as despesas e impostos
terem sido deduzidos da receita. Ele reflete a rentabilidade do negócio e é um indicador crucial
para os acionistas, pois representa o retorno de seus investimentos.
Dividendos: Os dividendos são os pagamentos feitos aos acionistas a partir dos lucros da
empresa. A perspectiva do acionista leva em consideração a capacidade da empresa de
distribuir dividendos atrativos e consistentes ao longo do tempo.

Valorização das Ações: A perspectiva do acionista também considera a valorização das ações
da empresa no mercado de capitais. Isso envolve analisar a evolução do preço das ações e o
potencial de crescimento do valor de mercado da empresa.

Perspectiva do Desempenho Operacional:


A perspectiva do desempenho operacional concentra-se na eficiência e na eficácia das
operações internas da empresa. Ela analisa a capacidade da empresa de gerar receitas e
controlar os custos relacionados à sua atividade principal. Alguns aspectos relevantes nessa
perspectiva incluem:
Receita Operacional: A receita operacional é a principal fonte de receita proveniente das
atividades principais da empresa. A análise do desempenho operacional se concentra na
capacidade da empresa de gerar e aumentar a receita ao longo do tempo.

Margem de Lucro Operacional: A margem de lucro operacional é a relação entre o lucro


operacional (receita operacional menos custos operacionais) e a receita operacional. Ela
reflete a eficiência da empresa na geração de lucro a partir de suas operações.

Controle de Custos: A perspectiva do desempenho operacional também enfatiza o controle de


custos. Isso envolve a análise dos custos operacionais e a implementação de estratégias para
reduzi-los e melhorar a eficiência dos processos.

Em resumo, a perspectiva do acionista foca no retorno financeiro e no valor dos


investimentos para os proprietários, enquanto a perspectiva do desempenho operacional
analisa a eficiência e a eficácia das operações internas da empresa. Ambas as perspectivas
são importantes para uma análise completa do resultado do negócio, fornecendo insights
valiosos para diferentes partes interessadas.

Qual a finalidade da Margem de Contribuição e qual sua importância?

A Margem de Contribuição é uma métrica financeira que representa a parcela da receita de


uma empresa que está disponível para cobrir os custos e despesas variáveis e, posteriormente,
contribuir para a cobertura dos custos fixos e a geração de lucro. Ela é calculada subtraindo-se
os custos e despesas variáveis da receita.

A finalidade da Margem de Contribuição é auxiliar na análise de viabilidade e rentabilidade de


produtos, serviços ou linhas de negócio específicas, permitindo identificar a contribuição de
cada um para a geração de lucro.
A importância da Margem de Contribuição reside em alguns pontos-chave:

Tomada de Decisões: A Margem de Contribuição é uma ferramenta útil para a tomada de


decisões gerenciais. Ela permite avaliar o impacto financeiro de diferentes alternativas, como
mudanças de preços, mix de produtos, volume de vendas e redução de custos variáveis. Ao
analisar a Margem de Contribuição de cada alternativa, é possível identificar quais decisões
têm maior potencial para aumentar a lucratividade.

Análise de Rentabilidade: A Margem de Contribuição ajuda a identificar quais produtos,


serviços ou linhas de negócio são mais rentáveis. Ao comparar as Margens de Contribuição de
diferentes produtos ou segmentos, é possível direcionar os esforços para aqueles que trazem
maior retorno e repensar ou otimizar aqueles com baixa Margem de Contribuição.

Cálculo do Ponto de Equilíbrio: A Margem de Contribuição é utilizada para calcular o Ponto de


Equilíbrio, que é o nível de vendas necessário para cobrir todos os custos e despesas (fixos e
variáveis) sem gerar lucro ou prejuízo. O conhecimento do Ponto de Equilíbrio é fundamental
para o planejamento financeiro e para entender a sensibilidade do negócio às variações de
custos e volume de vendas.

Precificação e Estratégia de Vendas: A Margem de Contribuição também auxilia na precificação


dos produtos e na definição de estratégias de vendas. Ao conhecer a Margem de Contribuição
de cada produto, é possível estabelecer preços adequados, considerando os custos variáveis e
o posicionamento competitivo. Além disso, ela pode orientar as estratégias de vendas para
priorizar produtos com maior contribuição para a lucratividade.

Em resumo, a Margem de Contribuição tem a finalidade de auxiliar na análise de


rentabilidade, no planejamento financeiro, na tomada de decisões e na definição de
estratégias de precificação e vendas. Ela fornece informações valiosas sobre a contribuição
de cada produto ou serviço para a geração de lucro, permitindo uma gestão financeira mais
eficiente e fundamentada.

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