Você está na página 1de 32

GESTÃO FINANCEIRA

2 Análise financeira
2.1 O equilíbrio financeiro de curto prazo ou conjuntural
2.2 O equilíbrio financeiro de médio e longo prazo ou estrutural.
2.3 Análise económica e financeira
2.3.1.Metodologia dos Rácios
2.3.2.Análise CPV
2.3.3.Graus de Alavanca
2.4. Avaliação das Rendibilidades
2.5. Análise dos Fluxos de Caixa
Docente: Maria Albertina Barreiro Rodrigues
Lisboa, Março de 2015
Albertina.rodrigues@europeia.pt
2 Análise financeira

2.4. Avaliação das Rendibilidades

Universidade Europeia 2
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 A rendibilidade é um conceito que pode estar ligado


 Ao negócio (exploração);
 Ao investimento;
 Aos capitais próprios.

 A rendibilidade representa a taxa de retorno da grandeza que queremos analisar,


sendo obtida através da relação entre os resultados e os meios utilizados para os
obter.

 Ex.: A rendibilidade de um equipamento poderá ser entendida como a


comparação entre o ganho líquido proporcionado pelo equipamento comparado
com o valor desse mesmo equipamento.

 Os Rácios de Rendibilidade pretendem comparar o resultado que a empresa


obteve com alguma grandeza do seu património ou elementos da empresa.
3
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade das vendas

 A rendibilidade das vendas é calculada pela divisão dos resultados líquidos pelo
valor das vendas;
 Os indicadores da rendibilidade de vendas dão-nos a contribuição destas para os
diversos tipos de resultados, e as suas variações intertemporais permitem-nos
verificar as evoluções ao nível dos preços de venda ou da variação do custo dos
factores produtivos.

 Na análise da rendibilidade das vendas podemos ter diversos indicadores:


 Um que analisa a Rendibilidade Líquida das Vendas e vulgarmente conhecido
unicamente como rácio ou indicador da rendibilidade das Vendas;
 Outro que analisa a Rendibilidade Bruta das Vendas;
 Outro que analisa a Rendibilidade Operacional das Vendas.

4
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade Líquida das Vendas (ou Rendibilidade das Vendas)

 A rendibilidade líquida das vendas, apesar de ser o indicador mais utilizado, tem
como inconveniente em relação ao indicador de rendibilidade operacional das
vendas, o facto de incluir a estratégia de financiamento e o efeito fiscal da
empresa.
Rend. Líquida Vendas = Resultado Líquido / Vendas

5
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade Bruta das Vendas


 Na rendibilidade bruta das vendas analisamos a forma como as vendas contribuem
para a margem bruta, ou seja, podemos analisar a relação entre os preços de
venda e o custo dessas mesmas vendas.
Rend. Bruta Vendas = Margem Bruta / Vendas

 Rendibilidade Operacional das Vendas


 Na rendibilidade operacional das vendas podemos analisar a forma como estas
contribuem para o resultado operacional da empresa, de que forma é que as
vendas contribuem para a cobertura dos custos de exploração e podemos mesmo,
através da variação temporal do indicador ver a evolução do preço de venda ou a
capacidade de gestão dos custos operacionais.
Rend. Operacional Vendas = Resultado Operacional / Vendas

6
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade do activo ou
 Return on Assets (ROA)

ROA = Rend. Activo = RL / Ativo

 Este indicador serve para analisar a rendibilidade obtida com os investimentos


realizados em activo. Mede a relação entre os resultados obtidos com a actividade
da empresa e o valor global do património utilizado nessa actividade.

 A performance operacional da empresa será tanto melhor quanto maior for o rácio
de Rentabilidade do Activo, significando que os activos da empresa estão a ser
bem utilizados e a produzir bons resultados.

7
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade do activo

 A rendibilidade do activo pode ser calculada, considerando não os resultados


líquidos, mas os resultados líquidos antes dos custos financeiros de financiamento
(ou seja, independentemente da forma como é financiada) e pode ser analisada
antes do efeito fiscal ou após efeito fiscal.

 O indicador de rendibilidade operacional do activo (antes de financiamento e


efeito fiscal) é determinado por:
Rend. Activo antes Financ. e Efeito Fiscal = Resultado Operacional
Activo

 Se pretendermos calcular antes do efeito financeiro mas após o efeito fiscal:


Rend. Activo antes Financiamento = Resultado Operacional x (1-Taxa imposto)
Activo
8
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade do investimento

 Estes indicadores servem para analisar a rendibilidade obtida com os


investimentos realizados em activo.
 A questão de se analisar a rendibilidade do investimento surge quando se tenta
definir investimento e aqui vamos seguir as possibilidades levantadas por João
Carvalho das Neves que nos diz que o investimento pode ser definido como:
Activo não corrente + Necessidades de fundo de maneio + Tesouraria activa
 Ou
, também denominado por Activo total
 Ou
Activo não corrente + Necessidades de fundo de maneio, também denominado por
Activo Económico
 Ou
Capital próprio + Capital alheio, também denominado por Capital Investido
9
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade do investimento

 Os indicadores de investimento, antes ou após o efeito fiscal, são construídos da


mesma forma que os indicadores de rendibilidade do activo, assim:

Rend. Investimento antes Financ. e Efeito Fiscal = Resultado Operacional


Investimento

Resultado Operacional x (1-Taxa imposto)


Rend. Investim. antes Financ. =
Investimento

10
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade do Negócio (RN):

 Mede a relação entre os resultados obtidos com a atividade da empresa e o valor


global dessa mesma atividade.

 O seu valor mínimo deve ser compatível com os níveis de rendibilidade de outras
opções económicas alternativas.

Resultado Líquido
RN =
Vendas

11
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades
 Rendibilidade do capital próprio (RCP) ou Return on Equity (ROE)

 A rendibilidade do capital próprio analisa a rendibilidade de uma empresa. Pode


ser entendida como os ganhos proporcionados por essa mesma empresa
comparados com o seu próprio valor, a relação entre os resultados obtidos com a
actividade da empresa e o valor global investido pelos seus acionistas ou sócios.
 Tendo em conta que os ganhos proporcionados pela empresa são os seus
Resultados Líquidos e que o seu valor corresponde ao valor dos seus Capitais
Próprios, a rendibilidade da empresa apresenta a seguinte formula:

RCP = ROE = RL / CP

 Dos indicadores mais utilizados permitindo à gestão, aos accionistas e aos


potenciais investidores verificar como se compara a rendibilidade dos capitais
próprios com as outras empresas do mercado e com as taxas de financiamento.
 Já deve entrar em linha de conta com o modo como a empresa é financiada bem
como com a eficiência fiscal obtida, no numerador devemos utilizar os RL. 12
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades
 Rendibilidade do capital próprio (RCP) ou Return on Equity (ROE)

 Factores que afectam a RCP:


 Volume de vendas e crescimento
 margem de contribuição
 estrutura de custos
 eficiência de gestão dos activos
 impostos sobre lucros
 proveitos e custos extraordinários

13
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Alavancagem Financeira

 A alavancagem financeira prende -se com o financiamento da empresa através de


empréstimos. Tem uma relação directa com o endividamento.
 Pode ser: positiva, negativa ou nula.
 Verifica-se pelo cálculo da Rendibilidade dos Capitais Próprios considerando os
financiamentos alternativos (ROE = RCP = RL/CP)

Exemplo de Alavancagem Financeira Positiva:


Uma empresa decide fazer um novo investimento, no valor de €20 000 e tem de
escolher qual será a situação mais vantajosa: ser financiada por capitais próprios
ou alheios.
Situação da empresa: Capital próprio: €20 000; RAGFI: €4 000; Taxa de juro de
mercado: 6%; Imposto s/ rendº.: 25%; Financiamento necessário: €20 000.

14
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Alavancagem Financeira Positiva:

Aumento de
Empréstimo
capital
Capital próprio 20.000 20.000
Aumento de capital 20.000 -
Empréstimo bancário - 20.000
Total de recursos 40.000 40.000

RAGFI 4.000 4.000

Juros - 6% - 1.200
RAI 4.000 2.800
IRC 1.000 700
RL 3.000 2.100
Rendibilidade financeira 7,5% 10,5%
(3.000 / 40.000) (2.100 / 20.000)
15
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Alavancagem Financeira Negativa:


 Baseado no caso anterior, mas alterando a taxa de juro para 12%
Aumento de
Empréstimo
capital
Capital próprio 20.000 20.000
Aumento de capital 20.000 -
Empréstimo bancário - 20.000
Total de recursos 40.000 40.000

RAGFI 4.000 4.000

Juros - 12% - 2.400


RAI 4.000 1.600
IRC 1.000 400
RL 3.000 1.200
Rendibilidade financeira 7,5% 6,0%
(3.000 / 40.000) (1.200 / 20.000)
16
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Rendibilidade do capital próprio – Modelo Multiplicativo de alavanca financeira

 Apuramento da rendibilidade dos capitais próprios a partir da rendibilidade dos


capitais investidos multiplicado pelo índice de alavanca financeira (que representa
o índice de endividamento da empresa e o peso que os custos financeiros têm nos
resultados operacionais). O índice ou efeito de alavanca financeira apresenta-se
da seguinte forma:
CI RC
Índice Alavanca Financeira = *
CP RO

Múltiplo da Efeito dos


estrutura de Custos
capital Financeiros
 Indica que a potenciação da rendibilidade operacional dependa da estrutura de
capital e do efeito dos custos financeiros nos resultados operacionais. Para que o
endividamento possa alavancar favoravelmente a rendibilidade do capital próprio,
este índice deve ser superior a um. 17
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Modelo multiplicativo da Rendibilidade do capital próprio:


 Rendibilidade Operacional do Activo (Capitais Investidos) - Analisa a capacidade
estratégica e operacional da empresa em gerar rendibilidade para os investidores:
MC RO VN
Rendib. Op. Ativo (Capitais Investidos) = * *
VN MC Activo

Rácio da Efeito dos Rotação do


Margem de Custos Fixos Activo
Contribuição (Capital
Investido)
 Efeito de Alavanca Financeira - Analisa a capacidade estratégica e operacional da
empresa em gerar rendibilidade para os investidores:
Ativo (ou CI) RC
Índice Alavanca Financeira = *
CP RO

Múltiplo da Efeito dos


estrutura de Custos
capital Financeiros 18
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades

 Modelo multiplicativo da Rendibilidade do capital próprio:


 Resultados Extraordinários - No modelo apresentado, considerou-se os resultados
correntes iguais aos resultados antes de impostos. No entanto, caso existam
Resultados Extraordinários o seu efeito terá que ser considerado (que será positivo
à rendibilidade dos capitais próprios caso o rácio seja superior a um):
RAI
Efeito Resultado Extraordinário =
RC

 Efeito Fiscal - Por último, é necessário considerar o efeito fiscal:


RL
Efeito Fiscal =
RAI

 Decomposição final do modelo Multiplicativo da Rendibilidade Capital Próprio:


RCP = Rend. Op. Capitais Investidos * Índice da Alavanca Financeira * Efeito
Resultados Extraordinários * Efeito Fiscal
19
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades
MODELO MULTIPLICATIVO RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS

Rendib. Op. Activo Índice de Alavanca Efeito dos


(Capitais Investidos) * Financeira * Resultados * Efeito
RO / Activo Extraordinários Fiscal
(não correntes)
RAI / RC RL / RAI
Rotação
Rácio de Índice de Rotação
do Activo
Margem * Estrutura * do Capital
(Capital
Operacional de Capital Investido
Investido)
RO / VN VN / Activo Activo / CP RC / RO

Rácio da
Efeito dos
Margem de
* Gastos Fixos
Contribuição
MC / VN RO / MC

OPERACIONAL FINANCEIRA EXTRAORDINÁRIA FISCAL

Adaptado de: João Carvalho das Neves 20


2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades
 Modelo aditivo da Rendibilidade do capital próprio:

 Neste modelo, a análise da Alavancagem financeira é efectuada adicionando à taxa


de rendibilidade do capital investido uma taxa, funcionando de forma semelhante
aos bancos que, nos empréstimos que concedem, adicionam uma taxa de spread
sobre a taxa da mercado.
 O endividamento só será favorável se a Rendibilidade Operacional dos Capitais
Investidos (RO/CI) fôr superior ao custo do capital alheio (j).

RO Passivo RO - j
RCP =
[ +
Ativo Capitais Proprios
* ( Ativo ]
) ( (1-t)

 A rendibilidade corrente dos capitais próprios é função dos seguintes parâmetros:


 RO / A = Rendibilidade Operacional do Activo (dos Capitais Investidos).
 P / CP = Estrutura de Capitais Adoptada (P = Passivo = Dívida)
 (RO / A) - j = Diferencial entre a rendibilidade operacional do Activo (capital investido) e
o custo médio do Capital Alheio. Sendo j = Gastos Financeiros / Passivo
21
2. Análise Financeira
2.4. Avaliação das Rendibilidades
MODELO ADITIVO RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS

Rendib. Op. Activo Índice de Alavanca Efeito dos


(Capitais Investidos) + Financeira * Resultados * Efeito
RO / Activo Extraordinários Fiscal
(não correntes)
RAI / RC RL / RAI
Rotação
Rácio de
do Activo Debt to
Margem * * Spread
(Capital Equity
Operacional
Investido)
RO / VN VN / Activo P / CP (RO/CI) - j

Rácio da
Efeito dos
Margem de
* Gastos Fixos
Contribuição
MC / VN RO / MC

OPERACIONAL FINANCEIRA EXTRAORDINÁRIA FISCAL

Adaptado de: João Carvalho das Neves 22


2 Análise financeira

2.5. Análise dos Fluxos de Caixa

Universidade Europeia 23
2. Análise Financeira
2.5 Análise dos Fluxos de Caixa

 A Demonstração dos Fluxos de Caixa é um documento de informação referente


aos fluxos de dinheiro gerados e utilizados pelas actividades das empresas:
operacionais, de investimento e de financiamento.

 Esta demonstração complementa a informação das outras demonstrações


económicas e financeiras: Balanço, Demonstração de Resultados e Mapa de
Origem e Aplicações de Fundos (MOAF).

 A DFC é distinguível da Demonstração de Resultados porque esta representa a


evolução económica não dando informação sobre pagamentos e recebimentos.
 Nem sempre os resultados (Rendimentos - Gastos) apurados nas empresas
correspondem aos seus fluxos de caixa (Recebimentos - Pagamentos).
 O facto de uma empresa apresentar resultados positivos, não implica que disponha de
dinheiro para pagar, não implica que tenha uma estrutura financeira sólida.
 Para o cálculo dos resultados das empresas, não são incluídos os investimentos em
NFM e em Activo Fixo, por ex: se uma empresa estiver em início de atividade, deverá
necessitar de investir/aumentar os valores de inventários, clientes e fornecedores. 24
2. Análise Financeira
2.5 Análise dos Fluxos de Caixa

 Objectivos:

 A DFC salienta os recebimentos e pagamentos que se realizaram durante o


período em análise, classificando esses pagamentos e recebimentos em
fluxos por actividades.

Permite:

 Conhecer a forma como foi gerado e utilizado o dinheiro no periodo em análise;


 Detectar problemas de tesouraria (eventuais necessidades) e o potencial do negócio;
 Detectar necessidades de capitais alheios e a capacidade de os reembolsar;
 Servir de base à determinação de cash-flows futuros (variações de disponibilidades –
caixa, bancos e equivalentes de caixa);
 Detectar variações na estrutura financeira da empresa - liquidez e solvabilidade;
 Detectar a capacidade de gerar meios de pagamento e em que momentos.
25
2. Análise Financeira
2.5 Análise dos Fluxos de Caixa

Classificação dos Fluxos de Caixa:


A organização da DFC implica uma classificação das atividades em:

 Atividades operacionais: as que constituem o objeto da atividade da empresa e


outras que não sejam de considerar como atividades de investimento ou de
financiamento.

 Atividades de investimento: correspondem à aquisição e alienação de activos


fixos e aplicações financeiras não consideradas equivalentes a caixa.

 Atividades de financiamento: são as que resultam de alterações na extensão e


composição dos empréstimos obtidos e do capital próprio da empresa.

26
2. Análise Financeira
2.5 Análise dos Fluxos de Caixa

Atividades Operacionais:
 Os recebimentos ou pagamentos gerados ou utilizados pelas atividades
operacionais são um indicador da capacidade da empresa para gerar meios
de pagamento suficientes para manter a capacidade operacional,
reembolsar empréstimos, pagar dividendos e fazer investimentos de
substituição, sem ter de recorrer a capitais alheios.

Exemplos:
 Recebimentos provenientes da venda de bens e prestações de serviços,
recebimentos relativos a royalties, honorários, comissões e outros réditos,
pagamentos de compras de bens e serviços e ao pessoal.
 Pagamentos e reembolsos do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas (IRC), pagamentos e recebimentos inerentes a contratos
relacionados com a atividade normal da empresa.

27
2. Análise Financeira
2.5 Análise dos Fluxos de Caixa

Atividades de Investimento
 A informação relativa aos recebimentos e pagamentos relacionados com
este tipo de atividade é relevante, uma vez que mostra a extensão dos
dispêndios feitos para a obtenção de recursos que tenham em vista gerar
resultados e fluxos de caixa.

 É natural que este fluxo seja negativo, porque o valor de compra de novos
ativos é normalmente superior ao valor de venda dos mesmos.

Exemplos:
 Pagamentos relativos à aquisição de ativos fixos, recebimentos relativos à
venda dos mesmos, pagamentos da aquisição de partes de capital, de
obrigações e de outras dívidas, recebimentos relativos à sua alienação,
adiantamentos e empréstimos concedidos.

28
2. Análise Financeira
2.5 Análise dos Fluxos de Caixa

Atividades de Financiamento

 A informação relativa aos recebimentos e pagamentos relacionados com


este tipo de atividades permite estimar as necessidades de meios de
pagamento e de novas entradas de capital e proporcionar aos
financiadores informação sobre a capacidade da empresa para os
reembolsar.

Exemplos:
 Recebimentos provenientes da realização de ações (quotas), prémios de
emissão e prestações suplementares, redução de capital ou amortização de
ações (quotas);
 Recebimentos provenientes de empréstimos obtidos, o reembolso dos
empréstimos obtidos e pagamentos das amortizações relativas a contratos
de locação financeira.
29
2. Análise Financeira
2.5 Análise dos Fluxos de Caixa

Componentes da Demonstração dos Fluxos de Caixa:


 Caixa e Equivalentes de caixa: constituído por dinheiro e depósitos à ordem; investimentos
financeiros a curto prazo, altamente líquidos e prontamente convertíveis para quantias
conhecidas de dinheiro (até três meses) e que estejam sujeitos a um risco insignificante de
alterações de valor; e
 Fluxos de caixa: entradas em caixa (recebimentos) e saídas de caixa (pagamentos) e seus
equivalentes.

Métodos:
 No Método direto são divulgados os principais componentes dos recebimentos e dos
pagamentos de caixa, permitindo aos utentes compreender o modo como a empresa gera
e utiliza os meios de pagamento.

 O Método indireto foi eliminado (neste, o Resultado Líquido do Exercício era ajustado,
sendo excluidos os efeitos de transações que não sejam a dinheiro).

30
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA Valor
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
+ recebimentos de clientes
- pagamentos a fornecedores
- pagamentos ao pessoal
Caixa Gerada pelas operações
-/+ Pagamento/recebimento do Imposto S/ Rend.
+/- Outros recebimentos/Pagamentos
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
- pagamentos respeitantes a: FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Activos fixos tangíveis + recebimentos provenientes de:
Activos intangíveis empréstimos
Investimentos financeiros Financiamentos obtidos
Outros Activos juros e custos similares
+ recebimentos provenientes de: Realização de Capital e de outros inst.de cap. Próp.
Activos fixos tangíveis Cobertura de Prejuízos
Doações
Activos intangíveis
Outras operações de financiamento
Investimentos financeiros
- pagamentos respeitantes a:
Outros Activos
Financiamentos obtidos
Subsídios ao investimento
juros e custos similares
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Dividendos Reduções de Capital e de outros inst.de cap. próp.
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) Outras operações de financiamento
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
Caixa e equivalentes no inicio do periodo
Caixa e equivalentes no final do periodo
www.europeia.pt

Você também pode gostar