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Elaboração e Análise das Demonstrações

Contábeis
Prof. Francisco Assis
Módulo V – Análise das Demonstrações Contábeis
Composição do Módulo V

Unidade 9 – Análise de Balanços

Unidade 10 – Análise Geral de Custos


Unidade 9 – Análise de Balanços
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical

Introdução a Análise de Balanços:

Através da análise das demonstrações contábeis realiza-se uma


comparação e interpretação dos demonstrativos financeiros da empresa
a fim de que seja obtido uma avaliação sobre a situação econômica e
financeira da empresa em determinado tempo.
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical

Introdução a Análise de Balanços:

A análise de balanços é um retrato do desempenho da gestão


econômica, financeira e patrimonial da empresa e que possibilita aos
gestores tomarem decisões de financiamentos e investimentos, bem
como implementarem mudanças de práticas, caso as tendências
projetadas sinalizem um cenário não condizente com as políticas até
então estabelecidas, ou até mesmo subsidiar o estabelecimento de
novos rumos.
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical

Introdução a Análise de Balanços:

A análise de balanços torna possível, mediante os resultados da


análise, o incremento ou a desaceleração da atividade e até mesmo, a
sua paralisação.
É importante, inclusive, para aqueles que desejam investir seu capital
nessas empresas, pois, o conhecimento da situação financeira poderá
diminuir os riscos de investimento.
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
Principais objetivos dos usuários das análises das demonstrações contábeis:

• Aumentar o capital ou emprestar recursos


Diretores e Gestores • Expandir ou reduzir as operações
• Vender ou comprar a vista/ prazo

• Avaliação com vistas à concessão ou não de


crédito, em que valor e a que prazo
Clientes e fornecedores • Informações sobre a continuidade operacional
da entidade, especialmente quando têm um
relacionamento a longo prazo com ela ou dela
dependem como fornecedor importante

• Conceder ou não empréstimos


Instituições financeiras • Estabelecer termos do empréstimo (volume,
taxa, prazo e garantias)
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical

• Observar se as demonstrações contábeis de uma


empresa de capital aberta respondem aos requisitos
Comissão de Valores Mobiliários legais do mercado de valores mobiliários, como
periodicidade de apresentação, padronização e
transparência

Fiscalização tributária • Buscar indícios de sonegação de tributos

• Adquirir ou não o controle acionário


• Investir ou não em ações na bolsa de valores
Investidores
• Avaliação do risco inerente ao investimento e
potencial de retorno proporcionado (dividendos)
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
O usuário das informações resultantes da análise de balanço deve atentar-se para
alguns aspectos fundamentais, tais como:

Possibilidade da existência de manipulação das demonstrações


contábeis;

Se as notas explicativas relatam os fatos que não são


esclarecidos pelas demais demonstrações;

Cuidado com a correta interpretação de índices;

Necessidade de reclassificação de contas do Balanço


Patrimonial;
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
O usuário das informações resultantes da análise de balanço deve atentar-se para
alguns aspectos fundamentais, tais como:

Não considerar qualquer indicador isoladamente;

Apreciar os indicadores em uma série de anos, pelo


menos 3 (três);

Comparar os índices encontrados com índices-


padrão, ou seja, índices das empresas concorrentes.
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
No Balanço, a análise vertical procura evidenciar a participação de
cada elemento do ativo ou do passivo em relação ao ativo total.

No exemplo abaixo, foi atribuído a comparação de 100% para o total


do ativo e para o total do passivo, e todos os outros valores são
traduzidos em relação percentual sobre esses totais. Pode-se analisar,
também, a participação de cada conta, com relação ao total do grupo a
que pertence.
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
Da mesma forma, atribuiu-se o parâmetro de 100% de comparação para o total de receitas líquidas, no
exemplo fictício abaixo.
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical

Através da análise horizontal é possível o cálculo da variação


percentual ocorrida de um período para outro, evidenciando se houve
crescimento ou decréscimo do item analisado.

Através da análise dos dados que mostram se houve aumento ou


diminuição do elemento analisado, poderemos confrontar os dados
extraídos e efetuar as correlações necessárias, como por exemplo, se
houve aumento da produção e das vendas, deverá ter havido um
crescimento relativamente proporcional do consumo de materiais, etc.
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
9.1 – Análise Horizontal e Análise Vertical
9.2 - EBITDA

A sigla corresponde a “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation


and Amortization”, ou seja, lucro antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização.

O EBITDA representa a geração operacional de caixa da empresa


antes de pagar impostos, por isso, o indicador não leva em conta os
efeitos das despesas financeiras, os impostos e a depreciação e
amortização.
9.2 - EBITDA

O EBITDA mostra o resultado do negócio antes de se aplicar a


tributação sobre a renda e proporciona que cada um aplique a regra do
imposto de seu país, tornando assim possível a comparabilidade entre
resultados de empresas de países diferentes, pois a tributação sobre a
renda é diferente em cada país.
9.2 - EBITDA

Em 4 de outubro de 2012, a CVM emitiu a Instrução nº 527, com


disposições sobre a divulgação voluntária do LAJIDA (EBITDA) e
LAJIR (EBIT), em que foi estabelecido que o cálculo dessas medidas
deveria ter como base os números apresentados nas demonstrações
contábeis previstas no CPC 26, ou seja, não poderão ser
considerados quaisquer montantes que não estejam nas
demonstrações divulgadas, em especial da demonstração do
resultado do exercício.
9.2 - EBITDA

A seguir demonstramos um exemplo real referente a uma empresa de


capital aberto em seu balanço publicado.
9.2 - EBITDA

http://www.wlm.com.br/download/DFP/Dados_Economico_Financeiros_Demonstracoes_Anuais_Completas_DemFin_31122017.pdf
9.2 - EBITDA
http://www.wlm.com.br/
download/DFP/Dados_E
conomico_Financeiros_
Demonstracoes_Anuais_
Completas_DemFin_311
22017.pdf
9.2 - EBITDA

http://www.wlm.com.br/download/DFP/Dados_Economico_Financeiros_Demonstracoes_Anuais_Completas_DemFin_31122017.pdf
9.2 - EBITDA

O cálculo não pode excluir quaisquer itens não recorrentes, não


operacionais ou de operações descontinuada, sendo obtido da seguinte
forma:
Resultado líquido do período Resultado líquido do período

(+) Tributos sobre o lucro (+) Tributos sobre o lucro


(+) Despesas financeiras (+) Despesas financeiras
líquidas das receitas líquidas das receitas
financeiras financeiras
(+) Depreciações, amortização

e exaustões
= LAJIDA (EBITDA) = LAJIR (EBIT)
Fonte: Manual das Sociedades por Ações. 3ª Edição. 2018.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Índices designados como de liquidez informam a capacidade


imediata de pagamento da empresa

Ou seja, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem


capacidade para saldar seus compromissos, cumprindo
adequadamente todos os compromissos firmados com terceiros e
garantindo a continuidade das atividades.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Índice de Liquidez Corrente (LC) - Mostra a


capacidade de pagamento da empresa a curto prazo,
por meio da fórmula:
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Índice de Liquidez Seca (LS) - Como os estoques


tem uma característica de permanência nas
atividades da empresa (pois são indispensáveis para
produção e comercialização), este índice procura
demonstrar uma “liquidez real”, mediante a
realização de ativos ditos “financeiros” (que se
realizam em caixa).
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Índice de Liquidez Geral (LG) - Demonstra a


“viabilidade” de médio e longo prazo dos pagamentos
de compromissos já assumidos, considerando tudo que
a empresa converterá em dinheiro relacionando-se com
tudo o que já foi assumido como dívida.
O índice mínimo é 1. Abaixo de 1, indica problemas de
liquidez.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Índice de Liquidez Imediata (LI) - Capacidade


imediata de pagamento de contas, necessidade de
empréstimos para financiar Capital de Giro.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Os índices de Rentabilidade demonstram a relação entre os


rendimentos e o capital investido na empresa. Os índices que
tradicionalmente retratam a situação econômica da empresa são os
índices de rentabilidade.

Rentabilidade é basicamente o retorno sobre determinada


referência; então, esses índices, via de regra, têm o numerador
menor que o denominador.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Margem Bruta (MB) – Este índice compara o


lucro bruto com vendas líquidas.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Margem Líquida sobre as vendas (ML) - Indica o


quanto se obtém de Lucro Líquido por cada unidade
vendida. O cálculo é realizado da seguinte forma:
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Rentabilidade sobre o Capital Próprio (RCP) – Também


conhecido como “Return On Equity – ROE”, ele compara o
lucro líquido do exercício com o capital próprio, ou seja, o
retorno obtido sobre o investimento efetuado pelos
proprietários.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade

Rentabilidade sobre o Ativo Total – (RAT) -


Também conhecido como rentabilidade sobre o
investimento (ROI), Indica o retorno sobre o
investimento total.
9.3 – Índices de Liquidez e Rentabilidade
Exemplificando:

http://www.cotrisal.com.br/balanco/
9.4 – Índices de Alavancagem

A alavancagem é um termo utilizado para definir todo tipo de técnica


utilizada com o intuito de multiplicar a rentabilidade através do
endividamento. Tal prática é resultado do usufruto dos recursos de
terceiros dentro da estrutura do capital de uma empresa.

Ou seja: a organização se utiliza de ativos e recursos externos,


tomados em forma de empréstimo com o objetivo de aumentar o
lucro dos seus acionistas. É um multiplicador de capital próprio.
9.4 – Índices de Alavancagem

O Grau de Alavancagem Financeira, conhecido como GAF,


consegue medir e evidenciar os riscos que uma empresa está se
submetendo ao optar pela ajuda do capital de terceiros.

O GAF deve ser calculado e associado com algumas variações


existentes na área administrativa e financeira de uma empresa,
seguindo a seguinte fórmula:
9.4 – Índices de Alavancagem

GAF = Retorno sobre o Patrimônio Líquido


(RPL) / Retorno sobre o Ativo Total (RAT)

RPL = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido

RAT = Lucro depois do Imposto de Renda e antes


dos juros / Ativo Total
9.4 – Índices de Alavancagem

Imaginemos uma empresa com Ativo de $ 50.000, Passivo


Exigível de $ 20.000 e PL de $ 30.000. Caso os juros sobre esse
Passivo Exigível sejam de 15% ao ano, a despesa financeira que essa
empresa teria seria de $ 3.000. Suponha-se que o Lucro Operacional
no período tenha sido de $ 45.000.

O GAF no exemplo acima seria de:


9.4 – Índices de Alavancagem

Conclusão:
O endividamento com capital de terceiros acarretou rentabilidade sobre
o capital próprio 56% superior à comparada se o capital fosse
completamente próprio; a alavancagem financeira foi positiva,
portanto considerada favorável.
9.4 – Índices de Alavancagem
O grau de alavancagem operacional se refere ao conceito relacionado à proporção de
custos fixos e variáveis dentro de uma empresa. De forma direta, alavancagem
operacional advém do crescimento nas vendas de uma empresa.

Uma fórmula utilizada para se obter o GAO é calcular, através da Demonstração


dos Resultados do Exercício (DRE), os valores para margem de contribuição do
LAJIR (Lucro antes do Juro do Imposto de Renda), da seguinte forma:

GAO = MC ÷ LAJIR

Aonde: MC = Margem de contribuição, que pode ser calculada por = Receitas –


Custos Variáveis.
9.5 – Índices de Atividades

Os indicadores de atividade têm o objetivo de


mensurar as várias etapas do ciclo de uma empresa,
desde a gestão de estoques até o prazo dado aos
clientes a partir das vendas de mercadorias.
9.5 – Índices de Atividades

Prazo Médio de Rotação de Estoques (PMRE) –


Para determinação do prazo médio de giro dos
estoques, temos que calcular quantas vezes o estoque
“gira”, isto é, em média quantas vezes o estoque é
vendido e reposto.
9.5 – Índices de Atividades
Prazo Médio de Recebimento dos Clientes (PMRC) - É o
período compreendido entre o momento em que foram
efetuadas as vendas e o momento do pagamento dessas
vendas. Indica quanto tempo em média a empresa leva para
receber as suas vendas (giro de clientes)
9.5 – Índices de Atividades

Prazo Médio de Rotação de Fornecedores (PMRF) -


O prazo médio de pagamento é o período compreendido
entre o momento em que foram efetuadas as compras e
o momento de seu pagamento.
Unidade 10 – Análise Geral de Custos
10.1 – Evolução do Sistema de Custos

A Revolução Industrial ocorrida em 1756 acelerou o crescimento das


indústrias, e após o surgimento da fabricas, notou-se que foram
englobados mais insumos na produção como: energia elétrica, água,
depreciação, entre outros, passando o cálculo dos custos a ser mais
complexos, necessitando um conjunto de regras mais específico.
10.2 – Análise de Cutos: Conceito do custo por
absorção

No custeio por absorção, o estoque em processo ou acabado


“absorve” todos os custos incorridos, diretos ou indiretos.

Essa é a base de avaliação aceita conforme Estrutura


Conceitual, conforme o CPC 16 e pela Lei das Sociedades
por Ações, sendo que é a base também aceita pela legislação
fiscal.
10.2 – Análise de Cutos: Conceito do custo por
absorção

Por este método, na apuração dos custos do produto fabricado serão


alocados tanto os custos diretamente vinculados aos produtos, como os
custos indiretos de fabricação, tanto os custos variáveis (que só existem
quando cada unidade é fabricada) quanto os custos fixos (que independem
da fabricação das unidades, estando relacionados com a criação das
condições de se produzir).
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Custos Diretos

Custeio
Custos por Custos
Fixos Absorção Indiretos

Custos
Variáveis
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção

A legislação brasileira obriga que as empresas adotem o método de


custeio por absorção para a valorização dos estoques e apuração de
resultados do exercício (Lei 6.404/76; Decreto-lei 1598/77).
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção

obedecem aos
princípios
É importante
fundamentais de
salientar que neste é aceito pela
contabilidade, dentre
método o custo legislação societária
eles, o princípio da
separa-se das (Lei 6.404/76) e,
realização da receita,
despesas;
confrontação e
competência.
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção

Custeio por absorção Fonte: Martins E. (2003, p. 37 e 38


10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção

Custeio por absorção Fonte: Martins E. (2003, p. 37 e 38


10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Vamos exemplificar o Custeio por Absorção.

1º. Passo- Separação entre Custos e Despesas

Suponhamos que estes sejam os gastos de determinado período da


Empresa X (em $):
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Comissões de Vendedores 80.000
Salários de Fábrica 120.000
Matéria-prima Consumida 350.000
Salários da Administração 90.000
Depreciação na Fábrica 60.000
Seguros da Fábrica 10.000
Despesas Financeiras 50.000
Honorários da Diretoria 40.000
Materiais Diversos – Fábrica 15.000
Energia Elétrica – Fábrica 85.000
Manutenção – Fábrica 70.000
Despesas de Entrega 45.000
Correios, Telefone e Telex 5.000
Material de Consumo – Escritório 5.000
Total/gastos - abril 1.025.000
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção.
Teremos então a seguinte distribuição dos gastos:

As despesas, que não entraram no custo de produção, vão ser


descarregadas diretamente no Resultado do período, sem
serem alocadas aos produtos.)
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção

Custos de Produção
Salários de Fábrica 120.000
Matéria-prima 350.000
Depreciação na Fábrica 60.000
Seguros da Fábrica 10.000
Materiais Diversos – Fábrica 15.000
Energia Elétrica – Fábrica 85.000
Manutenção – Fábrica 70.000
Total 710.000
(Estes integrarão o Custo dos Produtos)
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Despesas Administrativas
Salários da Administração 90.000
Material de Consumo – Escritório 5.000
Honorários da Diretoria 40.000
Correios, Telefone e Telex 5.000
Total 140.000

Despesas de Venda
Comissões de Vendedores 80.000
Despesas de Entrega 45.000
Total 125.000

Despesas Financeiras 50.000


10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Vamos exemplificar o Custeio por Absorção.

2º Passo – Apropriação dos Custos Diretos


10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Suponhamos que uma empresa elabore três produtos diferentes: A, B e C.
O passo seguinte é o de se distribuírem os custos diretos de produção aos três
itens.
No nosso exemplo, será a matéria-prima, parte da mão-de-obra e parte da energia
elétrica.
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Para o consumo de matéria-prima, a empresa mantém um sistema de requisições
de tal forma a saber sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do
Almoxarifado. E, a partir desse dado, conhece-se a seguinte distribuição:

Matéria-prima:
Produto A $75.000
Produto B $135.000
Produto C $140.000
$350.000
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Para mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já
que é necessário verificar do total de $120.000 quanto diz
respeito à mão-de-obra direta e quanto é a parte pertencente à
mão-de-obra indireta.
A empresa, para poder conhecer bem esse detalhe, mantém
um apontamento (verificação) de quais foram os operários
que trabalharam em cada produto no mês e por quanto tempo.
Conhecidos tais detalhes e calculados os valores, conclui:
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Logo, os $90.000 serão atribuídos diretamente aos produtos,
enquanto os $30.000 serão adicionados ao rol dos custos
indiretos.
Mão-de-obra:
Indireta $30.000
Direta
Produto A $22.000
Produto B $47.000
Produto C $21.000
$120.000
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
A verificação da energia elétrica evidencia que, depois de
anotado o consumo na fabricação dos produtos durante o mês,
$45.000 são diretamente atribuíveis e $40.000 só alocáveis
por critérios de rateio, já que existem medidores apenas em
algumas máquinas. Energia Elétrica:
Indireta $40.000
Direta
Produto A $18.000
Produto B $20.000
Produto C $7.000
$85.000
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Temos então resumidamente:
Diretos
A B C Indiretos Total
Matéria-prima 75.000 135.000 140.000 350.000

Mão-de-obra 22.000 47.000 21.000 30.000 120.000

Energia elétrica 18.000 20.000 7.000 40.000 85.000

Depreciação 60.000 60.000


Seguros 10.000 10.000
Materiais 15.000 15.000
diversos
Manutenção 70.000 70.000
Total 115.000 202.000 168.000 225.000 710.000
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Vamos exemplificar o Custeio por Absorção.

3º Passo – Apropriação dos Custos Indiretos


10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção
Vamos agora alocar os custos indiretos que totalizam, neste exemplo,
$225.000. Uma alternativa simplista seria a alocação aos produtos A,
B e C proporcionalmente ao que cada um já recebeu de custos diretos.
Esse critério é relativamente usado quando os custos diretos são a
grande porção dos custos totais, e não há outra maneira mais objetiva
de visualização de quanto dos indiretos poderia, de forma menos
arbitrária, ser alocado a A, B e C.

Teríamos então:
10.2 – Análise de Custo: Conceito do custo por
absorção

C. C.
Diretos Indiretos
$ % $ % Total
Produto 115.000 23,71 53.351 23,71 168.351
A
Produto 202.000 41,65 93.711 41,65 295.711
B
Produto 168.000 34,64 77.938 34,64 245.938
C
Total 485.000 100,00 225.000 100,00 710.000
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios

os segundos são os
custos que, embora
Existem dois Enquanto os
sejam importantes,
conceitos muito primeiros são os
não são identificados
importantes para o gastos diretamente
de forma clara na
rateio: os custos relacionados à
produção, por isso,
diretos e os indiretos. produção,
são mais difíceis de
calcular.
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios

Custos Indiretos estão relacionados a um determinado


objeto de custo, mas não podem ser identificados com este
de maneira economicamente viável (custo efetivo).

Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo


através de um método de alocação de custo denominado
rateio. A alocação tem de ser feita de maneira estimada e
muitas vezes arbitrária.

Exemplo: aluguel da fábrica, depreciação (método


linear), manutenção, seguro.
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF)

Materiais indiretos – são


Mão-de-obra
materiais auxiliares
indireta – Outros custos
empregados no processo
corresponde à mão indiretos – são os
de produção e que não
de obra que não demais custos
integram fisicamente os
trabalha indiretos
produtos (Serras, lixas,
diretamente na incorridos na
estopas, solventes etc.) e
transformação da fábrica, cujo
os materiais diretos, cujo
matéria-prima em consumo não pode
consumo não pode ser
produto, ou cujo ser quantificado de
quantificado nos produtos
tempo gasto na forma direta,
(Colas, vernizes, pregos
fabricação dos objetiva nos
etc.) em função do
produtos não pode produtos.
princípio da
ser determinado;
materialidade;
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios

Quanto maiores os custos indiretos, mais custos arbitrariamente são


atribuídos aos produtos através de rateios. Cada situação deve ser
analisada individualmente e em cada empresa. Não existe, portanto,
uma base melhor que a outra pré-estabelecida.

Para uma boa escolha, considera-se o conhecimento dos processos


produtivos e o bom senso do contador para escolha da base mais
adequada possível para cada situação encontrada.
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios
Exemplificando:
O Departamento Alfa de Produção possui um custo indireto total de R$ 5.400.000
e precisa distribuí-lo a dois produtos, B e C. As seguintes informações são
disponíveis:
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios

a) Rateio com base em horas-máquina: uma primeira alternativa seria a


apropriação com base nesse critério, seria então da seguinte forma:
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios

b) Rateio com base na Mão de obra Direta: na ausência da informação


de número de horas de Mão de obra Direta, temos de usar o valor em
reais (a diferença existiria caso o custo médio por hora fosse diferente
quanto ao pessoal usado para fazer um produto e outro). Portanto,
teríamos:
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios

c) Rateio com base na Matéria-prima Aplicada: também na ausência de


quantidade física de matéria prima usada (poderiam ser materiais
diferentes de diferentes preços), faremos uso dos valores em reais.
10.3 – Análise de Custos: Critérios de Rateios

d) Rateio com base no Custo Direto Total (Custo Primário, no caso):


10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto

Somente serão alocados aos produtos os


No custeio variável, o que integra o
custos variáveis, ficando os fixos
custo variável de uma empresa variará de
separados e considerados como despesas
acordo com a sua atividade-fim, serviço
do período, indo diretamente para o
ou produto. Ou seja, ele está diretamente
Resultado; para os estoques só vão, como
atrelado à produção.
consequência, custos variáveis.
10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto
Exemplo de Cálculo de Custo Variável (Custo Direto)

Para ficar mais fácil de entender, vamos partir para um exemplo


prático utilizando uma empresa fictícia que produz chocolates.

Fonte do exemplo: https://www.treasy.com.br/blog/metodo-de-custeio-por-absorcao-x-metodo-de-


custeio-variavel/
10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto
Exemplo de Cálculo de Custo Variável (Custo Direto)

Vamos imaginar que em um determinado mês esta empresa está


planejando vender 10.000 unidades de trufas e 10.000 unidades de
bombons, a R$ 3 e R$ 2 cada unidade respectivamente. Este volume de
vendas gerará então para a empresa um faturamento de R$ 50.000,
conforme imagem abaixo:
10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto

5.9 – Critérios de Rateios


10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto
Para produzir as trufas e bombons, a empresa precisará adquirir as
matérias-primas e insumos (chocolate, recheios, etc.) utilizados na
produção dos itens vendidos.

Independente do quanto de matéria-prima a empresa comprar, o que


importa para o cálculo do Custo Variável é a quantidade realmente
utilizada na produção dos itens vendidos.
10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto
A empresa tem que conhecer a quantidade de cada matéria-prima
utilizada para produzir 1 unidade de trufa e também para a produção de
1 unidade de bombom.
Assim, fazendo um calculo simples podemos chegar ao Custo Variável
Unitário de cada produto (quantidade de matéria-prima necessária
multiplicada pelo preço de compra da matéria-prima).

E por fim, multiplicando o custo unitário pela quantidade total do item


vendida, temos o Custo Variável Total ou CPV (Custo dos Produtos
Vendidos).
10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto
E por fim, multiplicando o custo unitário pela quantidade total do item
vendida, temos o Custo Variável Total ou CPV (Custo dos Produtos
Vendidos).

Fonte: https://www.treasy.com.br/blog/metodo-de-custeio-por-absorcao-x-metodo-de-custeio-
variavel/
10.4 – Análise de Custos: Conceito de Custeio
Variável ou Direto

O custeio variável ou direto, que atribui aos objetos de custeio


apenas os elementos de custos variáveis, não é aceitável para
fins contábeis e de demonstrações contábeis oficiais, nem
para fins fiscais.
10.5 – Análise de Custos: Margem de Contribuição

A margem de contribuição é o montante que resta do preço de venda


de um produto depois da dedução de todos os seus custos e despesas.
A empresa só começa a obter lucro quando a margem de contribuição
dos produtos vendidos supera os custos e despesas fixos do exercício.

A margem pode ser entendida como a contribuição dos produtos à


cobertura dos custos e despesas fixos e do lucro.
10.5 – Análise de Custos: Margem de Contribuição

Margem de contribuição total:

Representa quanto o lucro da venda de cada produto contribuirá para a


empresa cobrir todos os seus custos e despesas — chamados de custo
de estrutura — e ainda gerar lucro.
10.5 – Análise de Custos: Margem de Contribuição

Imagine que sua empresa planeje vender 100 unidades de um


determinado produto a R$ 50 cada unidade. Para produzir cada
unidade há um custo de R$ 20 e mais R$ 15 de despesas variáveis.
Portanto, nossa margem de contribuição ficaria:
10.5 – Análise de Custos: Margem de Contribuição

Se a margem de contribuição não é conhecida, você pode estar


vendendo bastante e, mesmo assim, ter prejuízo.

Isso porque é este número que garantirá a cobertura do custo fixo e da


geração de lucro após a empresa ter atingido o ponto de equilíbrio,
conhecido também como ponto crítico de vendas (break-even-point).
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio (PE) – também conhecido como Break
Even Point, em inglês – é o ponto de igualdade financeira entre
receitas totais e despesas em um mesmo período.

Com esse indicador é possível saber qual deve ser o faturamento


mínimo mensal que a empresa deve ter para cobrir gastos fixos e
variáveis – ou seja, conseguir pagar suas contas – e começar a
lucrar.
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio

Vamos supor que uma empresa venda seu produto por R$8 e seus custos e
despesas variáveis (ou seja, que variam conforme o volume da produção)
totalizam R$3.
Logo, a margem de contribuição unitária (o que resta para arcar com custos
e despesas fixas e gerar lucros), é de R$5. MC = PV - (CV+DV)

Seus custos e despesas fixas (independem do volume de produção) são


R$20.000. Além disso, o valor de depreciação de seus ativos é de R$5.000 e
sua meta de lucro antes dos impostos é de R$10.000.
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio
1- Ponto de Equilíbrio Contábil
O método contábil considera apenas os custos e despesas fixas, sendo
então o mais simples e difundido.
É mais utilizado quando a empresa possui muitos ativos que sofram
depreciação, assim a análise se torna mais realista e próxima da
realidade.

Ponto de equilíbrio contábil = (custos e despesas fixas) / (margem de


contribuição unitária)
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio

Ponto de Equilíbrio contábil = 20.000,00/5,00 = 4.000


unidades.

Isso significa que é necessário produzir 4.000 unidades do


produto para pagar todos os custos e despesas. Assim, é
necessário ultrapassar tal volume para obter lucro.
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio

2- Ponto de Equilíbrio Financeiro


O método financeiro ou de caixa considera os custos e despesas fixas,
porém, subtrai destes o que não é realmente desembolsado do caixa da
empresa para que o resultado seja compatível com o que há disponível
em caixa.

Geralmente são retirados: depreciação, amortização, variação cambial


e exaustão.
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio

2- Ponto de Equilíbrio Financeiro


Ponto de Equilíbrio Financeiro = (Custos e despesas fixas –
depreciação, amortização, variação cambial e exaustão) / (margem de
contribuição unitária)

No nosso exemplo:
Ponto de Equilíbrio financeiro = (20.000,00-5.000,00) /5,00 = 3.000
unidades. Isso significa que é necessário produzir 3.000 unidades do
produto para arcar com todos os custos e despesas desembolsáveis.
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio

3- Ponto de Equilíbrio Econômico


O método econômico considera além de custos e despesas fixas, o
custo de oportunidade do dinheiro.

O Ponto de Equilíbrio Econômico projeta um valor de lucro mínimo


desejável para obter uma remuneração equivalente àquela que teria se
seu dinheiro fosse utilizado para outra finalidade no mercado.
É utilizado principalmente por empreendedores que estão iniciando um
negócio.
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio

3- Ponto de Equilíbrio Econômico


Ponto de Equilíbrio econômico = (Custos e despesas fixas + custo de
oportunidade) / (margem de contribuição unitária)

No nosso exemplo:

Ponto de equilíbrio econômico= (20.000,00+10.000,00) /5,00 = 6.000


unidades.
10.6 – Análise de Custos: Ponto de Equilíbrio

Fonte: Contabilidade de custos. Eliseu Martins. 9ª edição.


10.7 – Análise de Custo x Volume x Lucro

A análise do custo-volume-lucro é um estudo financeiro que


demonstra a taxa de lucratividade da empresa sobre o aspecto da
produção, ou seja, é uma análise que demonstra a lucratividade do
negócio baseado no volume produzido e o montante de custos totais
necessários para a produção de determinado lucro.
10.7 – Análise de Custo x Volume x Lucro

• Como regra, os custos fixos são


considerados constantes independentes da
quantidade que venha a ser fabricada
dentro do limite da capacidade instalada.
Custos e • No entanto, quando uma empresa decide
Despesas ultrapassar o limite dessa capacidade, ela
precisa contratar mais funcionários, ou
Fixos comprar máquinas etc., e essa nova
estrutura de custos e despesas fixos
permanece adequada até que novo limite
seja ultrapassado.
10.7 – Análise de Custo x Volume x Lucro
10.7 – Análise de Custo x Volume x Lucro

• Oscilam conforme o volume de produção e de


vendas. Esses gastos variam, mas não
necessariamente de forma proporcional ao
crescimento da atividade.
Custos e • Nele podemos observar o custo variável ou despesa
Despesas variável com crescimento mais acentuado quando a
empresa opera em baixo volume de produção,
Variáveis depois um crescimento proporcional e, por fim, um
crescimento mais acentuado, quando o volume de
produção e vendas atinge uma quantidade maior.
10.7 – Análise de Custo x Volume x Lucro

Custos e Despesas Variáveis –

Por exemplo, o supervisor de produção. Até 40% da capacidade


produtiva somente um supervisor basta. Após esse aumento de
volume, a empresa precisará contratar outro supervisor, aumento assim
seu custo.
10.7 – Análise de Custo x Volume x Lucro
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC

O custeio baseado em atividades (custeio ABC) parte do


princípio de que os custos de uma empresa são gerados
pelas atividades desempenhadas nela e que essas atividades
são consumidas por produtos e serviços gerados nesta
mesma empresa.

Seu principal objetivo é amenizar as distorções


provocadas pelo uso do rateio arbitrário dos custos
indiretos, sendo uma tentativa de rastreamento para
identificar os verdadeiros causadores de custos.
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC

Mas é importante ressaltar que os cálculos feitos pelo método de custeio ABC não são
aceitos pela legislação societária e fiscal.
Portanto, eles devem ser usados para a gestão e o controle interno da empresa, auxiliando
no gerenciamento orçamentário e na prestação de contas também.
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC
Vamos supor uma fábrica de roupas com dois produtos, a produção
mensal, o valor unitário e o total das vendas (faturamento) da nossa
fábrica de roupas. Para o cálculo, foi considerado que tudo o que foi
produzido foi vendido:
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC
Depois dos valores verificados no quadro acima, precisamos
identificar os custos diretos por unidade de produto. Na nossa fábrica
de roupas, temos:
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC
2º – Atribuir custos às atividades:
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC
3º – Fazer o levantamento dos direcionadores das atividades e o levantamento da quantidade de
direcionadores para cada produto:
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC
Diante dessas definições, vamos ver qual é o custo de cada atividade conforme seus direcionadores:
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC
4º – Demonstrar os resultados:
Aqui, é a hora de fazer um resumo de todos os custos da produção,
diretos e indiretos, e incluir os valores encontrados por atividade, que é
o real objetivo desta metodologia. Veja como fica a demonstração do
resultado da nossa fábrica de roupas:
10.8 – Análise de Custos: Conceito de Custos Baseado
em Atividades - ABC

Fonte: (https://www.treasy.com.br/blog/metodos-de-custeio)
• Exercícios de Fixação - Módulo V
Exercícios de Fixação – Módulo V

01.(Esaf) A Sapataria Pollíssola, no fim do exercício, inventariou seu


estoque de mercadorias para fins de balanço, tendo apurado a seguinte
situação a preço de custo e a valor justo:
Exercícios de Fixação – Módulo V

Para obedecer aos critérios de avaliação patrimonial, a Sapataria deve adotar


uma das opções abaixo. Assinale-a.
a) Não deve fazer provisões, pois o valor justo está maior que o de custo.
b) Deve fazer uma provisão de R$ 100,00, que é a diferença entre preço de
custo e o valor justo.
c) Deve dar baixa no estoque de sapatos e de fivelas, pela diferença a maior no
preço de custo.
d) Deve fazer uma provisão no valor de R$ 672,00 para ajustar o preço de
custo ao valor justo.
e) Deve fazer uma provisão no valor de R$ 572,00 para ajustar o preço de custo
ao valor justo.
Exercícios de Fixação – Módulo V
R: A provisão para ajuste ao valor justo (neste caso, o valor
líquido de realização mediante venda) deve ser constituída
apenas para os itens cujo valor justo seja inferior ao custo de
aquisição:
Uma grosa é equivalente a 12 dúzias. Gabarito: E
Exercícios de Fixação – Módulo V

02. (Esaf) A Varejista S/A possui, no fim do exercício, 300 unidades,


assim discriminadas:
100 unidades do item tipo “A”, ao custo unitário de R$ 2,50;
100 unidades do item tipo “B”, ao custo unitário de R$ 2,70;
100 unidades do item tipo “C”, ao custo unitário de R$ 2,80.
Os itens tipo “C” estão todos contabilizados como bens de uso, os
outros dois tipos são destinados à venda.
No dia de encerramento do exercício social os três tipos de itens “A”,
“B” e “C” estavam cotados ao valor justo de R$ 2,60 por unidade.
Exercícios de Fixação – Módulo V

Com essas informações podemos afirmar que, no balancete de


verificação do final do período, preparatório para o balanço
patrimonial, as contas que registravam esses itens apresentavam saldos
cuja soma total era de:
a) R$ 770,00.
b) R$ 780,00.
c) R$ 790,00.
d) R$ 800,00.
e) R$ 810,00.
Exercícios de Fixação – Módulo V
R: Nas hipóteses em que o custo de aquisição é maior que o valor justo
(itens do tipo B e C), temos que constituir provisão para ajuste ao valor
justo:
Exercícios de Fixação – Módulo V

Apesar de os itens tipo C serem destinados a uso, presume-se que são


classificados no ativo circulante e, por consequência, também deve ser
constituída provisão em relação a eles.
Item A 250,00
Item B 270,00
Provisão par ajuste (10,00)
Item C 280,00
Provisão para Ajuste (20,00)
Total 770,00
Exercícios de Fixação – Módulo V

A questão está mal formulada. A banca examinadora considerou na


resposta apenas os saldos das contas que representam os itens em
estoque, ou seja, o custo de aquisição dos itens, sem computar as
provisões correspondentes.

Gabarito: D
Exercícios de Fixação – Módulo V
03. (Esaf/Adaptada) A Loja Cine/Foto/Som levantou os seguintes
estoques em 31/12/x0, a preço unitário de custo e o valor justo.
Exercícios de Fixação – Módulo V

A Loja sabe que terá de aplicar as regras da Lei nº 6.404/76 para


avaliação desses estoques, por isso, para fins de balanço, terá que
mandar providenciar o seguinte lançamento:
a) Despesa com Ajuste de Estoques
a Estoque de Mercadorias R$ 1.100,00

b) Despesa com Ajuste de Estoques


a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 1.100,00
Exercícios de Fixação – Módulo V

A Loja sabe que terá de aplicar as regras da Lei nº 6.404/76 para avaliação desses
estoques, por isso, para fins de balanço, terá que mandar providenciar o seguinte
lançamento:
c) Estoque de Mercadorias
a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 2.050,00

d) Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo


a Despesa com Ajuste de Estoques R$ 2.050,00

e) Despesa com Ajuste de Estoques


a Provisão p/ Ajuste ao Valor Justo R$ 450,00
Exercícios de Fixação – Módulo V

R: A provisão para ajuste ao valor justo deve ser constituída apenas


para os itens cujo valor justo seja inferior ao custo de aquisição (Lei nº
6.404/76, art. 183, II):

Gabarito: B
Exercícios de Fixação – Módulo V

04. (Esaf/2009) A diminuição do valor dos elementos do ativo será


registrada periodicamente nas contas de:
a) provisão para perdas prováveis, quando corresponder à perda por
ajuste ao valor provável de realização, quando este for inferior.
b) depreciação, quando corresponder à perda do valor de capital
aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou
comercial.
c) amortização, quando corresponder à perda de valor, decorrente da
exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou
florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Exercícios de Fixação – Módulo V

04. (Esaf/2009) A diminuição do valor dos elementos do ativo será


registrada periodicamente nas contas de:
d) exaustão, quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm
por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por
uso, ação da natureza ou obsolescência.
e) provisão para ajuste ao valor de mercado, quando corresponder à
perda pelo ajuste do custo de aquisição ao valor de mercado, quando
este for superior.
Exercícios de Fixação – Módulo V

R: Provisão para perdas prováveis: quando corresponder à perda por ajuste


ao valor provável de realização, quando este for inferior.
Depreciação: quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência. Amortização: quando corresponder à perda do
valor de capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial
ou comercial.
Exaustão: quando corresponder à perda de valor, decorrente da exploração
de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração.
Exercícios de Fixação – Módulo V

R: Provisão para ajuste ao valor justo: quando corresponder à perda pelo


ajuste do custo de aquisição ao valor justo, se este for menor.

Onde a alternativa E diz “valor de mercado”, devemos entender valor justo.

Gabarito: A
Exercícios de Fixação – Módulo V
05. (Esaf) A empresa MIP Comercial utiliza o método do inventário
periódico, com avaliação pelo critério PEPS, para controlar os seus
estoques. Durante o exercício de 2000, entretanto, houve um roubo de
mercadorias que só foi descoberto em março de 2001 com a confissão do
culpado. No exercício de 2000 o “custo das mercadorias roubadas” foi
incluído, despercebidamente:
a) no estoque inicial de mercadorias.
b) nas compras de mercadorias.
c) nas vendas de mercadorias.
d) no estoque final de mercadorias.
e) no custo das mercadorias vendidas.
Exercícios de Fixação – Módulo V

R: Em virtude de a empresa adotar o sistema de inventário periódico, ao fim


do exercício, ela deve executar a contagem física das mercadorias que
permaneceram em estoque (para identificar o estoque final) e apurar o
CMV. Como o roubo não foi descoberto no exercício de 2000, as
mercadorias roubadas, por não constarem do estoque final, foram
computadas como se tivessem sido vendidas.

Se em razão do roubo o estoque final foi menor, o CMV terá sido maior:
CMV ↑ = EI + C – EF ↓
Portanto, em 2000, o CMV foi afetado para mais. Gabarito: E
Exercícios de Fixação – Módulo V

06. (Analista/CVM/Esaf/2010) Ao fim do exercício social, a empresa


Mel & Doces Ltda., ao inventariar três dos seus produtos para venda,
apurou a seguinte situação em quantidades e custos de aquisição:
Item Alfa = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;
Item Beta = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item Zeta = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.
Exercícios de Fixação – Módulo V

As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de


custo. O preço de venda em vigor no dia do balanço era o seguinte: R$
3,50 para o item Alfa; R$ 10,00 para o item Beta e R$ 20,00 para o
item Zeta.
Exercícios de Fixação – Módulo V

Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões


necessárias ao cumprimento das normas, a empresa levará a balanço,
como saldo representativo desses três estoques, o valor de:
a) R$ 7.780,00.
b) R$ 7.880,00.
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00.
e) R$ 8.700,00.
Exercícios de Fixação – Módulo V
Exercícios de Fixação – Módulo V

Entre o custo de aquisição e o valor justo (valor líquido de realização),


prevalece o menor:

Alfa 1.500
Beta 880
Zeta 5.400
Total 7.780
Exercícios de Fixação – Módulo V

Na verdade, contabilmente deve ser exibido o custo de aquisição


deduzido da respectiva provisão
Gabarito: A

Alfa 1.500
Beta 1.200
Provisão (320)
Zeta 6.000
Provisão (600)
Total 7.780
Exercícios de Fixação – Módulo V

07. (Auditor/Receita Federal/Esaf/2012) Nas operações de


mercadorias, o valor dos gastos com transportes, quando estes são
feitos sob a responsabilidade do comprador:
a) aumentam o valor das mercadorias compradas.
b) são registrados a débito de uma conta de despesa.
c) diminuem o valor dos estoques de mercadorias.
d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes
são realizados.
e) não afetam o valor dos estoques de mercadorias.
Exercícios de Fixação – Módulo V

R: Conforme o CPC 16 (R1), o custo de aquisição dos estoques


compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros
tributos (exceto os recuperáveis junto ao Fisco), bem como os custos
de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à
aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos
comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser
deduzidos na determinação do custo de aquisição.

Gabarito: A
Exercícios de Fixação – Módulo V

08. (Analista/Receita Federal/Esaf/2012) A empresa Metalfino Ltda.


não sofre tributação nas operações de compra e venda de mercadorias;
só opera com transações extra caixa; utiliza o método de controle
permanente de estoques, com avaliação a preço médio ponderado.
Em 15 de outubro a empresa realizou a venda de 120 unidades ao
preço unitário de 12 reais. As compras do mês foram: 150 unidades a 8
reais cada uma em 05/10 e 60 unidades a 11 reais, em 18/10.
Exercícios de Fixação – Módulo V

Sabendo-se que em 30 de setembro desse ano já havia um estoque de


mercadorias no valor de R$ 500,00 correspondentes a 100 unidades,
pode-se afirmar que o custo das mercadorias vendidas em outubro foi
de:
a) R$ 600,00.
b) R$ 660,00.
c) R$ 780,00.
d) R$ 816,00.
e) R$ 960,00.
Exercícios de Fixação – Módulo V
R: O CMV é evidenciado na coluna de saídas. Gabarito: D
Exercícios de Fixação – Módulo V

09. (Analista/Mdic/Esaf/2012). Elabore a ficha de controle de estoques


com os seguintes dados:
Mercadorias existentes em 01/10 = 60 unidades ao custo de R$ 20,00;
Compras a prazo em 04/10 = 100 unidades ao custo unitário de R$
24,00;
Vendas em 10/10 de 80 unidades ao preço unitário de R$ 30,00.
A empresa não sofre tributação e avalia os estoques a custo médio
ponderado.
Exercícios de Fixação – Módulo V

Com essas informações podemos dizer que a operação de venda teve


um custo de:
a) R$ 1.600,00.
b) R$ 1.680,00.
c) R$ 1.800,00.
d) R$ 1.920,00.
e) R$ 2.400,00.
Exercícios de Fixação – Módulo V

R:
60 un x 20,00 1.200
100 un x 24,00 2.400
160 unidades 3.600

Custo médio unitário: 3.600,00/160 unidades = 22,50


Custo da venda: 80 unidades x 22,50 = 1.800,00.
Gabarito: C
Exercícios de Fixação – Módulo V

10. (Analista/Cespe) Em uma empresa que comercializa pacotes de


ração canina realizou-se um inventário no final de setembro de 2011
constatando que havia no estoque 12 pacotes de ração da marca X cujo
valor unitário de aquisição foi de R$ 18,00.

Nos meses de outubro e novembro desse mesmo ano, a empresa


adquiriu 40 pacotes de ração dessa marca ao preço de R$ 20,00 cada
pacote e vendeu 35 pacotes a R$ 32,00 o pacote.
Exercícios de Fixação – Módulo V

Considerando essa situação hipotética bem como as informações e os


métodos de avaliação de estoque admitidos pelos pronunciamentos do
Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC), julgue os itens que se
seguem. Questões 11 ao 13.
Exercícios de Fixação – Módulo V

Se a avaliação do estoque foi feita pelo método da média ponderada, o


estoque da ração canina X, ao final de novembro de 2011, era inferior
a R$ 500,00.

( ) certo
( ) errado
Exercícios de Fixação – Módulo V

R: 12 un x 18,00 216,00
40 un x 20,00 800,00
52 unidades 1.016,00

Média: 1.016,00/52 unidades = 19,54.


Estoque final: 17 unidades x 19,54 = 332,18.

Gabarito: certo.
Exercícios de Fixação – Módulo V

11. (Analista/Cespe) Se a empresa utilizou o método “primeiro que


entra, primeiro que sai” (PEPS), o custo da ração canina X vendida nos
meses de outubro e novembro foi de R$ 1.120,00.
( ) certo
( ) errado
Exercícios de Fixação – Módulo V

R: CMV – PEPS
12 un x 18,00 216,00
23un x 20,00 460,00
35 unidades 616,00

O preço de venda é que foi de 1.120,00 = 35 unidades x 32,00.


Gabarito: errado.
Exercícios de Fixação – Módulo V

12. (Analista/Cespe) Suponha que a empresa ofereça serviço de


entrega dos produtos e que todos os 35 pacotes da ração X vendidos
em outubro e novembro tenham sido entregues nos locais
determinados pelos clientes. Nesse caso, todos os custos relacionados
com esse serviço de entrega devem ter sido incorporados no custo da
mercadoria vendida nesse período.
( ) certo
( ) errado

R: Trata-se de despesas operacionais com vendas. Gabarito: errado.


Exercícios de Fixação – Módulo V

13. (Analista/Cespe) Se a referida ração for perecível, com indicação


dos prazos de validade nos pacotes, a empresa não poderá contabilizar
seu estoque de ração canina da marca X pelo método “último que
entra, primeiro que sai” (UEPS), pois, sendo perecível, a
contabilização deve considerar o prazo de validade do produto.
( ) certo
( ) errado
R: O UEPS não é admitido pelo CPC 16 (R1).
Gabarito: errado.
Exercícios de Fixação – Módulo V

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