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FGV MANAGEMENT

MBA EM INVESTIMENTOS E RISCO – T.32 – 2022

CONTABILIDADE E ANÁLISE DE BALANÇOS

AVALIAÇÃO FINAL INDIVIDUAL

1)Para o processo de contabilização e análise, qual a razão para


adotarmos a sequência abaixo? 2,5 pts

Demonstração de resultados  Fluxo de caixa direto Balanço


patrimonial  Fluxo de Caixa indireto.

R: Com a DEMONSTRAÇAO DE RESULTADOS é possível analisar a


capacidade do negócio de gerar lucros em um horizonte de tempo
determinado. Esse é um instrumento para nortear a aderência dos
resultados alcançados numa visão econômica.

Quanto ao FLUXO DE CAIXA DIRETO é adequado para análises mais


operacionais, onde a visão de entradas e saídas da tesouraria aparecem
de forma mais clara e fáceis do que na demonstração de resultados. É
uma visão mais financeira.

O BALANÇO PATRIMONIAL é utilizado para analisar um determinado


momento do negócio sob um viés de financiamentos e alocações de
recursos. Com ele é possível avaliar os resultados históricos
(econômicos e financeiros) e usá-los para projeções de novos ciclos;

O FLUXO DE CAIXA INDIRETO complementa o método direto. Pois trata


as informações financeiras da tesouraria de forma mais gerencial. Com
ele podemos identificar a performance das políticas de investimentos e
suas aplicações ao longo do período. Assim, é uma visão financeira mais
estratégica que no Direto.

Com esta sequência podemos construir a avaliação da geração de caixa e


do resultado do negócio de forma ampla, com uma visão tanto financeira
quanto econômica, passando por sua consistência operacional.

2)Boa parte das empresas, possui um ciclo financeiro positivo, ou seja,


prazos de investimentos operacionais de curto prazo superiores aos
prazos de financiamentos operacionais de curto prazo. Qual o cuidado
que a gestão deve ter ao financiar um “gap” como esse?1,5 pt

R: O permanente aumento no nível de rotatividade do capital de giro


aplicado no negócio é fator decisivo para a manutenção do equilíbrio
financeiro da operação. Para tanto, é fundamental o acompanhamento
sistemático do ciclo operacional, destacando-se os fatores relevantes.
Um ciclo operacional ajustado influenciará positivamente o
comportamento e a utilização do capital de giro investido. A otimização
dos prazos médios de permanência de estoques, contas a receber e
contas a pagar, deve ser um objetivo permanente por parte da
administração da empresa

3)O que tende a acontecer com a NCG de uma empresa com elevados
prazos médios de recebimento e de estocagem, margem operacional
baixa e prazos não muito elevados de financiamento de fornecedores,
quando ocorre um rápido crescimento das vendas?1,0 pt

R: A Necessidade de Capital de Giro (NGC) é um indicador definido pelo


ciclo de caixa da empresa, que mostra se se capital é suficiente para
manter sua estrutura operacional funcionando, ou seja, mostra se a
companhia tem capital de giro para continuar pagando seus
fornecedores, produzindo e vendendo suas mercadorias. Logo se uma
empresa com os prazos médios de pagamento é inferiores aos prazos
médios de recebimento. Dessa forma, a necessidade de capital de giro da
empresa é maior. Isso porque as contas a pagar chegarão mais cedo do
que o valor devido pelos clientes à companhia.

4)Quando vale a pena para uma empresa, endividar-se do que usar o


capital próprio? Dessa forma, quando podemos concluir que a empresa
alcançou sua estrutura ótima de capital? 2,0 pts

R: Se a composição do endividamento apresentar uma significativa


concentração no passivo circulante, a empresa poderá ter problemas em
momentos de desaquecimento do mercado, pois terá que gerar recursos
para suportar os compromissos vencíveis a curto prazo. Caso haja um
maior equilíbrio entre curto e longo prazo, mesmo num momento de
reversão de negócios, a empresa terá mais tempo para gerar os recursos
necessários.

5) Dois cinco temas abaixo, escolha dois, fazendo uma descrição sucinta,
porém abrangente: 3,0 pts
Ebitda – vantagens e limitações.

R: Ebitda (Earnings before interest taxes depreciation and amortization)


significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, e é
comumente utilizado para analisar empresas de capital aberto.

Existem algumas alternativas para se avaliar os resultados de uma


Instituição, e um dos mais importantes é a evolução do índice em um
determinado período.

É um indicador fundamental para validar o desempenho das empresas,


ele informa o lucro antes de descontar o que foi gasto com juros e
impostos, e o que foi perdido em depreciação e amortização.

De forma bem resumida, o indicador tira os custos que não estão ligados
diretamente ao negócio.

Vale ressaltar que também é comumente chamado no Brasil por LAJIDA


(Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Na prática, esse indicador é diferente do lucro líquido, ele avalia a


capacidade de geração de valor da empresa e mostra a evolução
operacional durante um determinado período.

Ou seja, é uma alternativa para se avaliar se uma gestão é realmente


eficiente e lucrativa.

O indicador não pode de maneira alguma ser analisado isoladamente e


tem suas limitações com algumas desvantagens:

Não engloba uma alta alavancagem, podendo comprometer os resultados


futuros;

Não analisa a liquidez;

Resultados positivos podem estar acobertados por prejuízos financeiros;

Ainda assim, o método é confiável dentro de sua proposta.

Graus de alavancagem operacional e financeira.

A alavancagem operacional resulta pela existência das despesas


operacionais fixas no contexto do fluxo de lucros da empresa. Dessa
forma, a alavancagem operacional pode ser conceituada como sendo a
possibilidade de usar os custos operacionais fixos como fator de
aumento das variações do LAJIR (lucro antes de juros e imposto de
renda) relacionado com o aumento de vendas.

Pode-se definir alavancagem financeira, ou grau de alavancagem


financeira, como sendo o aumento na taxa de retorno sobre o patrimônio
líquido (lucro líquido sobre o patrimônio líquido), pelo acréscimo na
parcela da participação de capitais de terceiros em relação às fontes
totais de recursos. A condição básica para tornar verdadeira a afirmação
pressupõe que ao se endividar, a empresa consegue aumentar o retorno
para o acionista, em comparação à realização do investimento somente
com financiamento através de capital próprio. Devemos considerar,
entretanto, que o custo de capital de terceiros não necessariamente é
constante, podendo variar, para mais ou menos, de acordo com o
aumento na classe de risco da empresa.

Peso para a média final  7.0.

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