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DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
AULA 1 A 5
Executivo sênior da área de Controladoria, atuando nos últimos anos como Sócio e Diretor de
BPO de uma grande empresa internacional, nas áreas contábeis, fiscais, financeiras, folha de
pagamento, orçamento, planejamento e gestão de processos com sistemas integrados (ERP),
com larga experiência adquirida ao longo de anos.
Sólidos conhecimentos das legislações societárias (Lei 6404/76) e tributárias, atualizados com
as recentes mudanças.
Formação Acadêmica
Inglês avançado
Experiência profissional
Empresa de soluções BPO, Auditoria, Consultoria Tributária, Financial Advisory Services (fusões
e aquisições, due dilligence, valuation). Atuando no direcionamento de carteira de clientes
nacionais e multinacionais, com atividades nas áreas de Oil & Gas, navegação, offshore,
engenharia, farmacêutica, telecomunicação entre outras (Diretor e Sócio - dez/13 a nov 18)
Domínio Assessores
Cursos
Transfer Pricing
Informações adicionais
Referências Bibliográficas: Manual das Sociedades por Ações (FIPECAFI- 3ª Edição – 2018),
Contabilidade de Custos – Eliseu Martins – 11ª Edição – 2018, Pronunciamentos emitidos pelo
CPC.
Conteúdo Programático
Unidade 1
1.1 – Finalidade das Demonstrações Contábeis
(b) passivos;
(c) patrimônio líquido;
(d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;
(e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a
eles; e
(f) fluxos de caixa.
Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas,
ajudam os usuários das demonstrações contábeis a prever os futuros fluxos de caixa da entidade
e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração.
A Lei nº 11.638/07 estendeu às sociedades de grande porte, assim consideradas aquelas que,
individualmente ou sob controle comum, possuam ativo total superior a R$240 milhões ou
receita bruta superior a R$300 milhões, a obrigatoriedade de manter escrituração e de elaborar
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
As pequenas e médias empresas, conforme conceito adotado pelo IASB e pelo CPC são empresas
que não têm obrigação pública de prestação de contas e elaboram demonstrações contábeis,
além de para fins internos de gestão, para usuários externos, mas para finalidades gerais, como
é o caso de sócios que não estão envolvidos na administração do negócio, credores existentes e
potenciais, e agências d e avaliação de crédito. O CFC aprovou a CPC para pequenas e médias
empresas, o CPC PME e denominou de NBC TG 1000.
Existe ainda um outro grupo que engloba Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. De
acordo com a Lei Complementar nº 123 de 14/12/2006, no caso da microempresa, aufira, em
cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil
reais); e no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano calendário, receita bruta
superior a R$360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00
(Quatro milhões e oitocentos mil reais). Para este grupo o CFC emitiu o ITG 1000, um manual
simplificado para microempresas e empresas de pequeno porte.
Fonte: https://site.irko.com.br/blog/praticas-contabeis-adotadas-no-brasil/
• Elementos Estruturantes
ATIVO PASSIVO
Capital Social
Reservas de Capital
Vale lembrar que, a estrutura conceitual não define normas ou procedimentos para qualquer
aspecto sobre mensuração ou divulgação, e não deve haver conflito entre esta estrutura
conceitual e um pronunciamento técnico, neste caso as exigências do pronunciamento técnico
devem prevalecer.
Conforme CPC 00 - R2, em seu capítulo 4 define-se os elementos das demonstrações contábeis
definidos nesta Estrutura Conceitual como: (a) ativos, passivos e patrimônio líquido, que se
referem à posição financeira da entidade que reporta; e (b) receitas e despesas, que se referem
ao desempenho financeiro da entidade que reporta.
Fonte: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2014.pdf
De acordo com a Lei 6.404/76, no Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de
grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
o espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso
normal do ciclo operacional da entidade;
o está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
o espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
o é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03
– Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de
passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
R: No início, a situação líquida era positiva em 250.000.000 e não havia passivo exigível.
Posteriormente, a situação líquida continuou a ser positiva, em 150.000.000, mas passou a
existir passivo exigível. A redução da situação líquida decorreu do prejuízo apurado, que não foi
suficiente para torná-la negativa. Gabarito: E
02. (Esaf/Adaptada) O ativo e o passivo exigível de uma companhia podem ser resumidos da
seguinte forma: Duplicatas emitidas pela companhia 10.200 Duplicatas emitidas por terceiros
7.500 Notas promissórias emitidas pela companhia 3.700 Notas promissórias emitidas por
terceiros 4.100 Depósitos bancários 2.600 Outros créditos 8.300 Outros débitos 5.900 Bens
diversos 15.800 O valor da situação líquida da companhia era de: a) 19.100,00. b) 22.000,00. c)
23.900,00. d) 24.500,00. e) 25.200,00.
R: A situação líquida é dada pela diferença entre o ativo e o passivo exigível: 41.000 – 17.100 =
23.900. Gabarito: C
03. (Esaf/Adaptada) Com relação às peças que compõem as demonstrações financeiras, assinale
a opção correta. a) A demonstração do resultado do exercício evidencia a modificação ocorrida
no caixa da empresa. b) A demonstração das origens e aplicações de recursos tem a função de
a) 3
b) 1
c) 2
d) 5
e) 4
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
R: Os erros considerados pela banca examinadora foram estes: 1 - as contas do ativo não estão
dispostas de acordo com a ordem decrescente de grau de liquidez (Lei nº 6.404/76, art. 178, §
1º); 2 - a expressão “outras contas” representa designação genérica, o que é vedado por lei (Lei
nº 6.404/76, art. 176, § 2º); 3 - A conta Máquinas não é classificada no ativo circulante, e sim no
ativo não circulante. Gabarito: A
a) 734.000
b) 739.000
c) 745.000
d) 749.000
e) 771.000
R: Ativo total = 190.000 + 60.000 + 120.000 – 6.000 + 25.000 + 155.000 + 90.000 + 130.000 –
25.000 = 739.000 Gabarito: B
− Ações em Tesouraria
− Amortização Acumulada
− Disponível
− Participações Societárias Permanentes
− Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
− Impostos a Recolher
− Empréstimos a Coligadas e Controladas
− Marcas e Patentes
− Duplicatas a Receber
− Reserva de Ágio na Emissão de Ações
− Capital Social
− Fornecedores
− Reserva de Lucros a Realizar
− Salários a Pagar
− Estoques
− Imobilizado
− Depreciação Acumulada
− Empréstimos Recebidos de Longo Prazo
− Despesas do Exercício Seguinte
Sabendo-se que determinada pessoa jurídica não efetua vendas com prazo de recebimento
superior a 120 dias, existem:
a) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo imobilizado; e intangível.
b) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; e ativo permanente, dividido em
investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
c) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
d) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo imobilizado; e ativo
diferido.
e) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e diferido.
R: O ativo é composto por dois grupos, cuja sequência a seguir apresentada também observa a
ordem decrescente de grau de liquidez:
1 - circulante;
11. (Esaf/Adaptada). Num balanço patrimonial podem ser encontradas num mesmo grupo as
contas
R: Adiantamento de Clientes – PC
Adiantamento a Fornecedores – AC
Salários a Pagar – PC
Adiantamento a Empregados – AC
Seguros a Vencer – AC
13. (Esaf) O grupo de contas realizável a curto prazo, entre outras, é composto de:
R: Os direitos realizáveis a curto prazo (vale dizer, do ativo circulante) podem ser divididos em:
1 - direitos realizáveis reais (bens); 2 - direitos realizáveis pessoais (créditos). As disponibilidades
não são direitos realizáveis. Gabarito: C
14. (Esaf) A empresa Belmont S/A adquiriu um equipamento por R$ 27.000,00 e gastou mais R$
3.000,00 para sua instalação. Após certo tempo, a empresa vendeu à vista o equipamento por
R$ 12.000,00. Nessa época, a conta Depreciação Acumulada tinha saldo de R$ 15.000,00. O
lançamento correto para registrar o fato acima citado deve ser o que segue:
Equipamento 30.000,00
Em razão de o equipamento ter sido vendido por preço abaixo do valor contábil, houve prejuízo:
Gabarito: D
15. (Esaf) De acordo com a legislação vigente sobre classificação contábil, os empréstimos
tomados de empresas coligadas ou controladas, com vencimento para 120 dias, devem ser
classificados no grupo patrimonial
a) ativo circulante.
b) passivo circulante.
Mod. II – DRE, DRA, DMPL, Notas Explicativas, Políticas Contábeis e Estimativas (8h)
A DRE é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa, durante
o exercício social, demonstrada de forma a destacar o resultado líquido do período, incluindo o
que se denomina de receitas e despesas realizadas.
O Art. 187 da Lei das Sociedades por Ações estabelece a ordem de apresentação das receitas,
custos e despesas na DRE, para fins de publicação.
(ba) perda por redução ao valor recuperável (incluindo reversões de perdas por redução ao valor
recuperável ou ganhos na redução ao valor recuperável), determinado de acordo com a Seção
5.5 do CPC 48; (Incluída pela Revisão CPC 12)
(c) parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método da
equivalência patrimonial;
(ca) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao custo amortizado de
modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer ganho ou perda
decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior do ativo financeiro e seu valor justo
na data da reclassificação (conforme definido no CPC 48); (Incluída pela Revisão CPC 12)
(cb) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao valor justo por meio
de outros resultados abrangentes de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do
resultado, qualquer ganho ou perda acumulado reconhecido anteriormente em outros
resultados abrangentes que sejam reclassificados para o resultado; (Incluída pela Revisão CPC
12)
(d) tributos sobre o lucro;
(e) (eliminada);
(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver Pronunciamento Técnico CPC
31);
(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão deste
Pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas:
Ainda, vamos observar também que o CPC fala na possibilidade de a DRE apresentar as contas
não pela sua função (administrativas, vendas, custo dos produtos vendidos etc.), mas pela
natureza (material consumido, mão de obra, contribuições sociais, energia elétrica, aluguéis
etc.), mas nossa Lei determina o uso do critério função.
Método da natureza da despesa – utiliza como elemento agregador das despesas a sua natureza,
o que torna simples o seu uso por representar uma espécie de “listagem” das despesas
incorridas no período. Por exemplo, depreciações e amortizações; consumo de matéria-prima e
materiais; despesas com transporte; despesa com benefícios a empregados etc.;
Método da função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos” – utiliza a função
da despesa como elemento agregador e classificador. Nesse método, a companhia deve divulgar
separadamente, no mínimo, o montante do custo dos produtos e serviços vendidos das demais
despesas incorridas, que podem ser classificadas como de vendas, administrativas etc. Apesar
de proporcionar informações mais relevantes quando comparado ao método da natureza da
despesa, a segregação das despesas por funções pode demandar alocações arbitrárias e
considerável julgamento.
Essa demonstração apresenta as receitas, despesas e outras mutações que afetam o patrimônio
líquido, mas que não são reconhecidas (ou não foram reconhecidas ainda) na Demonstração do
Resultado do Exercício, conforme determinam Pronunciamentos, Interpretações e Orientações
que regulam a atividade contábil.
Tais receitas e despesas são identificadas como “outros resultados abrangentes” e, de acordo
com o CPC 26 (R1), compreendem os seguintes itens:
Quando apresentada em demonstrativo próprio, a DRA tem como valor inicial o resultado
líquido do período apurado na DRE, seguido dos outros resultados abrangentes, conforme
estrutura mínima para a Demonstração do Resultado Abrangente estabelecida pelo CPC 26 (R1):
(b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (exceto
montantes relativos ao item c;
(c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do
método de equivalência patrimonial; e resultado abrangente do período.
Afinal, reservas de lucros e prejuízos acumulados são tipos de contas que compõem o
Patrimônio Líquido. Assim, por ser um demonstrativo mais abrangente, o pronunciamento
técnico CPC 26 lista a DMPL e não a DLPA como uma das demonstrações contábeis obrigatórias
ao fim de um exercício.
A DMPL fornece a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas componentes
do Patrimônio Líquido, como reservas de capital, opções outorgadas, ações em tesouraria,
reservas de lucros, resultados abrangentes, etc. Ainda, faz clara indicação do fluxo de uma conta
para outra e indica a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no Patrimônio Líquido
durante o exercício. Trata-se, portanto, de informação que complementa os demais dados
constantes do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
5.1 – Estrutura
Tentando solucionar a questão da quantidade e principalmente da qualidade de informações
que atendam às necessidades dos usuários das demonstrações contábeis, principalmente os
externos, em determinado momento, surgiram as notas explicativas. São informações
complementares às demonstrações contábeis, representando parte integrante das mesmas.
Podem estar expressas tanto na forma descritiva como na forma de quadros analíticos, ou
mesmo englobar outras demonstrações contábeis que forem necessárias ao melhor e mais
completo esclarecimento dos resultados e da situação financeira da empresa, tais como:
demonstração das origens e aplicações de recursos, balanço social e demonstrações contábeis
em moeda constante.
O CPC emitiu então a Orientação Técnica OCPC 07 - Evidenciação na Divulgação dos Relatórios
Contábil-Financeiros de Propósito Geral e que trouxe um posicionamento a fim de esclarecer e
reforçar que, nas notas explicativas, sejam divulgadas informações relevantes (e apenas elas)
que de fato auxiliem os usuários, considerando as normatizações já existentes, de forma clara e
ordenada.
Assim, dois aspectos são primordiais na elaboração de uma Nota: Materialidade e Relevância.
Material é quando o valor for significativo e Relevante é quando, mesmo que imaterial, o valor
se refira a uma informação que, por si só, é importante ao usuário, independentemente do seu
valor.
o prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.
Como podemos verificar, a Lei das Sociedades por Ações estabeleceu casos expressos que
deverão ser mencionados em Notas Explicativas. Além disso, lançou também princípios gerais
que norteiam o processo de divulgação de informações relevantes.
Complementando esta ideia, verificamos que o § 5o do art. 176 da Lei das Sociedades por Ações
menciona as bases gerais e as notas a serem inclusas nas demonstrações contábeis, as quais
deverão:
Ainda, a Lei, em seu art. 177, § 1o, estabelece que devem ser indicados em Notas Explicativas
os efeitos das mudanças de critérios contábeis.
d) de ganhos com investimentos em controladas e das reservas para retenção de lucro para
expansão.
a) do fluxo do caixa.
b) do balanço patrimonial.
c) de resultado do exercício.
e) de origens e aplicações.
05. (CESPE/Analista/Contabilidade/TER/PE/2017)
a) 65.000
b) 15.000
c) 965.000
d) 465.000
e) 340.000
R:
Gabarito: E
A obrigatoriedade de divulgação dessa demonstração é nova e por disposição inclusive legal (Lei
11.638/07), substituindo a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). É parte
integrante e obrigatória do conjunto das demonstrações contábeis a serem preparadas e
apresentadas por todas as entidades, tendo em vista a aprovação, pelo CFC, do CPC 03.
No entanto, o Art. 176, § 6º, da Lei das S/As excetua que as companhias fechadas com
patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não
serão obrigadas à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada
pela Lei nº 11.638 de 2007).
O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa é de exigir
o fornecimento de informação sobre as alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa de
uma entidade por meio de uma demonstração que classifique os fluxos de caixa durante os
períodos provenientes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
- Saídas – contas a pagar, compras à vista, pagamento de empréstimos, despesas gerais (custos
fixos), salários, entre outras.
CAIXA - Esta conta poderá conter dinheiro, cheques recebidos e que ainda não foram
depositados, que podem ser descontados imediatamente.
A conta caixa pode estar registrada em uma ou mais contas no plano de contas, dependendo da
necessidade de controle por parte da empresa.
Os dois tipos de controles mais usados pela empresa são o Fundo Fixo e o Caixa Flutuante.
O fundo fixo é muito usado e também conhecido na empresa como “Caixinha”, sendo uma
quantia fixa disponibilizada para suprir necessidades que requerem pouco dinheiro, ficando uma
pessoa responsável por este fundo e por sua prestação de contas da empresa.
BANCO - Geralmente usados para registrar as diversas contas bancárias de livre movimentação
da empresa, nesta conta são registrados os depósitos a vista, pagamento de dividendos, folha
de pagamento, recebimentos de duplicatas e contas diversas, transferências e demais
operações realizadas pela empresa.
O saldo negativo da conta bancária (credora), deve ser representada separadamente desta
conta, sendo classificada no Passivo Circulante. No caso de haver situação em que o saldo
devedor for considerado como utilização de cheque especial ou limite de crédito, este valor
deverá ser classificado como um equivalente de caixa, pois o saldo devedor oscila rapidamente
de credor para devedor.
DINHEIRO EM TRÂNSITO – A empresa poderá, de acordo com seus controles, classificar como
disponibilidades, as remessas para filiais, seus respectivos depósitos, e seus recebimentos
correspondentes a clientes, até o fechamento na data do balanço.
Os fluxos de caixa de controlada no exterior devem ser convertidos pela aplicação das taxas de
câmbio entre a moeda funcional e a moeda estrangeira observadas na data da ocorrência dos
fluxos de caixa.
Os fluxos de caixa que estejam expressos em moeda estrangeira devem ser apresentados de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e
Conversão de Demonstrações Contábeis. Esse Pronunciamento Técnico permite o uso de taxa
de câmbio que se aproxime da taxa de câmbio vigente. Por exemplo, a taxa de câmbio média
ponderada para um período pode ser utilizada para o registro de transações em moeda
estrangeira ou para a conversão dos fluxos de caixa de controlada no exterior. Entretanto, o
Pronunciamento Técnico CPC 02 não permite o uso de taxa de câmbio ao término do período
de reporte quando da conversão dos fluxos de caixa de controlada no exterior.
Ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio de moedas
estrangeiras não são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas de câmbio sobre
o caixa e equivalentes de caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, é apresentado na
demonstração dos fluxos de caixa, a fim de conciliar o caixa e equivalentes de caixa no começo
e no fim do período. Esse valor é apresentado separadamente dos fluxos de caixa das atividades
operacionais, de investimento e de financiamento e inclui as diferenças, se existirem, caso tais
fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas de câmbio do fim do período.
As contas que representam as atividades de investimento, por sua vez, estão no Ativo Não
Circulante, incluindo as aplicações financeiras de curto prazo e excluindo-se as aplicações de
liquidez imediata, por serem consideradas equivalentes de Caixa. Os investimentos estão no
Ativo Não Circulante e incluem as aplicações financeiras de longo prazo e todos os valores
aplicados nos subgrupos Investimento, Imobilizado e Intangível. As contas que representam
financiamentos estão no Passivo Não Circulante e no Patrimônio Líquido.
O primeiro financiamento que uma empresa recebe é dos seus sócios, por meio da
integralização do Capital, porém também os empréstimos que uma empresa faz representam
financiamentos. Os empréstimos de curto prazo e os dividendos a pagar, apesar de fazerem
parte do passivo circulante, devem ser considerados, para elaboração da DFC, como itens
relacionados às atividades de financiamento.
(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos
efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer
diferimento ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou
pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de
receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento
ou de financiamento.
(b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos
(no caso de instituições financeiras, pela receita de juros e similares e despesa de
juros e encargos e similares) e outros itens da demonstração do resultado ou do
resultado abrangente referentes a:
(iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de
investimento e de financiamento.
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades
operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
(a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e
a pagar;
(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos,
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
(c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de
investimento e de financiamento.
Alternativamente, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais pode ser
apresentado pelo método indireto, mostrando-se as receitas e as despesas divulgadas na
demonstração do resultado ou resultado abrangente e as variações ocorridas no período nos
estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar.
7.10 – Conciliação entre o Lucro Líquido e o Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve ser
fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo líquido
das atividades operacionais. A conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os
principais itens a serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que usa o
método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar o fluxo de caixa
líquido das atividades operacionais.
01. (Esaf) A composição da diferença entre o lucro contábil com o fluxo de caixa operacional
líquido é evidenciada:
02. (Esaf) O valor de resgate referente a aplicações financeiras de longo prazo é classificado no
fluxo de caixa como item:
a) de empreendimentos.
b) de financiamentos.
c) de operações.
d) de amortizações.
e) de investimentos.
R: Fazem parte das atividades de investimentos as aplicações e os resgates de aplicações não
classificadas como equivalentes de caixa. São de financiamentos as atividades ligadas à
obtenção de recursos próprios e de terceiros (capital social, empréstimos, financiamentos).
Gabarito: E
04. (Esaf) Na elaboração do fluxo dos caixas são consideradas atividades de financiamento:
05. (Esaf) Das assertivas a seguir, indique aquela que é formada por fatores que provocam
movimentações do caixa geradas pelas atividades de investimentos.
06. (Esaf) Na elaboração do fluxo de caixa são classificáveis como atividade de financiamento:
07. (FCC) A empresa Novos Tempos S.A. tem, segundo a lei societária vigente, a obrigatoriedade
de apresentar a demonstração dos fluxos de caixa (DFC). Em um determinado período, a
empresa efetuou a venda de máquinas e equipamentos totalmente depreciados pelo valor de
R$ 100.000,00, realizou aumento de capital no valor de R$ 1.000.000,00 e comprou softwares
ligados ao processo produtivo à vista.
a) aumento das fontes de investimento, aumento das fontes de financiamento e diminuição das
fontes de investimento.
b) aumento das fontes de financiamento, aumento das fontes de investimento e aumento das
fontes de investimento.
e) diminuição das fontes de investimento, aumento das fontes de financiamento e aumento das
fontes de financiamento.
a) 55.000,00
b) 58.000,00
c) 68.000,00
d) 102.000,00
e) 109.000,00
Gabarito: C
09. (Exame do CFC/FBC/2011) Acerca das demonstrações contábeis, julgue os itens abaixo e, em
seguida, assinale a opção CORRETA.
II. No balanço patrimonial, os ativos mantidos com o propósito de serem negociados classificam-
se no grupo do ativo circulante.
III. Uma empresa que realize uma operação de venda do seu estoque por R$21.000,00, que foi
adquirido por R$11.000,00 e que, ainda, tenha incorrido em comissões sobre venda no valor
total de R$2.000,00 apresentará na demonstração do resultado um lucro bruto de R$8.000,00.
a) I e II.
b) II e III.
c) II.
d) III.
R: Opção I: o recebimento de caixa resultante da venda de bens do ativo imobilizado e intangível
é apresentado na demonstração dos fluxos de caixa como atividade de investimento. Opção III:
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
o lucro bruto será de: 21.000 – 11.000 = 10.000. A comissão sobre venda não afeta o lucro bruto,
pois é despesa de venda.
Gabarito: C
10. Dos registros da Cia. Boreal, foram extraídos os dados relativos aos exercícios contábeis de
2009/2010, a seguir:
Informação adicional
II. Com relação a PCLD, a provisão em 2010 correspondeu a R$ 400,00. Não houve registro de
reversão dos saldos anteriores.
III. O Resultado c/ Venda do Imobilizado corresponde a 75% do valor líquido do bem vendido.
Atividade de investimento :
As transações de financiamentos que não afetam o fluxo de caixa devem ser evidenciadas em
notas explicativas, como é o caso do aumento de capital em bens não numerários. Gabarito: D
13. Em uma operação de verificação dos livros contábeis, realizada na Cia. Luanda, foi possível
identificar os seguintes dados: I – O balanço patrimonial dos exercícios 20x1 e 20x2.
• Os financiamentos foram contratados junto ao Banco ABC em 30.12.20x1 pelo prazo de 8 anos,
com carência de 3 anos e juros de 5% anuais, pagáveis ao final de cada período contábil. O saldo
devedor é corrigido pela variação da moeda x, com pagamento do principal em 5 parcelas anuais
após o período de carência.
Com base unicamente nos dados fornecidos, responder às questões de números 14 ao 19.
14. (Esaf) O valor dos ingressos de caixa gerado pelas vendas no período examinado foi:
a) 159.500.
b) 150.000.
c) 141.200.
d) 139.500.
e) 139.200.
Gabarito: C
15. (Esaf) Examinando os dados, verifica-se que a empresa pagou aos fornecedores o valor de:
a) 89.500.
b) 86.500.
c) 85.000.
d) 82.000.
e) 75.500.
R: CMV = EI + C – EF
82.000 = 2.000 + C – 6.500
C = 86.500
Gabarito: A
16. (Esaf) Com base nos dados identificados, pode-se afirmar que a saída de caixa para o
pagamento de despesas foi:
a) 52.700.
b) 50.700.
c) 44.700
d) 45.500.
e) 43.700.
SF – SI = 3.000, que é o valor da despesa provisionada e não paga lançada no resultado de x2.
Ou então: X – Y = 3.000. Essa variação positiva é somada ao lucro líquido para eliminar a despesa
provisionada que está no lucro líquido, mas que ainda não foi paga.
Gabarito: E
17. (Esaf) No período a empresa efetuou compras de estoques no valor de:
a) 89.500.
b) 86.500.
c) 85.000.
d) 82.000.
e) 75.500.
R: CMV = EI + C – EF
82.000 = 2.000 + C – 6.500
C = 86.500 Gabarito: B
18. (Esaf) O valor do caixa líquido consumido nas atividades operacionais é:
a) (9.300).
b) (8.000).
c) (3.000).
d) 7.000.
e) 9.000.
R: Pelo método direto:
Recebimentos de clientes 141.200
Pagamentos de despesas ( 43.700)
Gabarito: D
Por se tratar de fluxo de investimentos, o lucro na venda do veículo é excluído dos fluxos das
atividades operacionais. O valor total da venda do veículo deve ser apresentado como fluxo de
investimentos. Gabarito: C
Pelo MEP serão avaliadas as empresas cujas participações societárias se classificarem como
coligadas ou controladas. Se não se classificarem assim, esses investimentos deves ser avaliados
pelo valor justo se possuírem alguma forma de avaliação de mercado. Se não for possível, serão
avaliados pelo seu custo de aquisição.
o Pouca ou nenhuma influência sobre a investida: Nesse caso, não existe relação
específica entre as empresas e o principal benefício que se pode esperar do ativo é sua
valorização (ganho de capital) ou renda (dividendos e juros sobre o capital próprio), ou
então, um relacionamento mais de natureza estratégica com a investida; neste último
caso, por exemplo, é comum a empresa adquirir ações de um banco, sem qualquer
influência sobre essa investida, apenas para ter bons relacionamentos comerciais com
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
o Influência significativa sobre a investida: Isso implica dizer que a investidora tem a
capacidade de participar de alguma forma do processo decisório da investida, mesmo
sem controlá-la. Assim, adicionalmente aos benefícios de valorização e renda inerentes
ao instrumento de capital, a investidora pode se beneficiar de potenciais sinergias
operacionais entre as sociedades, o que é proporcionado pelos poderes políticos
conferidos pelos instrumentos de capital isoladamente ou em conjunto com outros
instrumentos contratuais (poder de participar das decisões financeiras, operacionais e
estratégicas da investida). Trata-se, então, de um investimento em coligada, o qual deve
ser reconhecido e mensurado de acordo com o CPC 18 – Investimento em Coligada, em
Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto, cuja regra geral de
avaliação é o método de equivalência patrimonial.
o Controle conjunto sobre a investida: Quando duas ou mais partes (sócios) estiverem
compartilhando o controle de uma mesma investida (ou seja, não há uma única parte
que tenha o poder de controle individualmente falando), temos um exemplo de uma
entidade controlada em conjunto (joint venture). A classificação como entidade
controlada em conjunto deve ser feita com base no CPC 19 – Negócios em Conjunto e o
reconhecimento inicial e mensurações subsequentes devem ser feitos de acordo com o
CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado
em Conjunto, o qual exige que a participação seja avaliada pela equivalência patrimonial
(regra geral).
o Controle sobre a investida: Sempre que uma das partes (sócios) tiver preponderância
nas decisões sobre políticas financeiras e operacionais da investida, ou de outro modo,
quando uma entidade tem poder para dirigir as atividades relevantes da investida e usa
esse poder em seu benefício, temos um exemplo em que a investida se caracteriza como
uma controlada dessa entidade que detém o poder de comando. A obtenção do
controle deve ser contabilizada considerando as disposições do CPC 15 – Combinação
de Negócios. A avaliação do investimento em controlada nas demonstrações financeiras
individuais da controladora é feita pela equivalência patrimonial e devem ser seguidos
os procedimentos detalhados no CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e
em Empreendimento Controlado em Conjunto, por exigência da lei societária brasileira.
Nas normas internacionais, a aplicação da equivalência patrimonial no caso de
controlada é permitida nas chamadas demonstrações financeiras separadas (no nosso
caso brasileiro, nas individuais). Torna-se, no caso de existência de pelo menos uma
controlada, obrigatória a elaboração das demonstrações consolidadas (com algumas
exceções), que será feita de acordo com o CPC 36 – Demonstrações Consolidadas.
- Influência significativa
A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais devem ser considerados quando da
avaliação da influência significativa de uma entidade sobre outra. Isso implica dizer que o
percentual de participação a ser considerado quando da análise da influência significativa deve
ser recalculado assumindo-se que as partes convertam ou exerçam seus direitos potenciais de
voto (somente aqueles prontamente exercíveis ou conversíveis), independentemente da
intenção ou da capacidade financeira das partes para exercê-los ou convertê-los.
o Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto.
Caso não seja possível avaliar pelo método do valor justo, a participação societária permanente
pode ser avaliada pelo método do custo, mas o método do custo é a última alternativa, e isso
está ratificado no item B.5.2.6 da norma NBC TG 48, transcrito a seguir:
Portanto, se a participação societária não for controlada nem coligada e somente se não tiver
algum tipo de cotação de mercado, ela deve ser avaliada pelo método do custo.
Imagine uma situação na qual uma investida que tenha lucros não distribuídos e que faça com
que seu patrimônio líquido dobre em cinco anos. Com o investimento avaliado pelo custo,
metade do seu patrimônio líquido não estará sendo reconhecido pela investidora. Assim, a parte
relativa aos lucros não distribuídos será reconhecida somente quando os lucros forem
declarados ou distribuídos um dia, ou, então, quando da venda do investimento.
Além disso, no método do custo a existência de prejuízos na investida também pode não estar
sendo reconhecida na investidora, a não ser que haja evidência de que o valor recuperável do
investimento pode estar sendo afetado e se proceda ao reconhecimento de uma perda
(impairment) do investimento.
A utilização do método de equivalência patrimonial, por outro lado, faz com que essas distorções
não aconteçam. Isso porque a parte do investidor em qualquer mutação de patrimônio líquido
da investida é reconhecida no saldo contábil do investimento. Portanto, o investidor reconhece
os lucros e prejuízos da investida, e eventuais participações em outras mutações patrimoniais,
na parte que lhe cabe, conforme vão sendo gerados na investida.
Fonte:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1286121/mod_resource/content/1/Aula%2012.pdf
o (b) valor por mais-valia de ativos líquidos, pela parte do investidor na diferença positiva
entre o valor justo dos ativos líquidos e o valor patrimonial desses mesmos ativos
líquidos; e
o (c) valor de ágio por rentabilidade futura (goodwill), pela diferença positiva entre o valor
de aquisição para o investidor na participação comprada e a parte que lhe cabe no valor
justo dos ativos líquidos da investida.
O goodwill, muito embora seja composto por expectativa de rentabilidade futura, não possui
vida útil definida razão pela qual não está sujeito à amortização contábil periódica.
Na eventualidade de apuração de ganho por compra vantajosa, o registro contábil deve ser feito
conforme previsto no Pronunciamento Técnico CPC 15, reconhecido no resultado a débito da
conta de investimento na data da obtenção da influência, controle ou controle compartilhado.
que se definem a mais-valia e o goodwill (ágio por expectativa de rentabilidade futura). É como
se fosse vendida a participação anterior pelo seu valor justo e uma compra nova fosse feita
relativa à nova participação total. Justifica-se esse procedimento de considerar o valor da
participação preexistente pelo valor justo em função de que a obtenção do controle é relevante
a ponto de mudar a base de avaliação dos ativos e passivos envolvidos (a participação
preexistente na investidora e os ativos líquidos do negócio adquirido).
Note que esse ágio só deve ser classificado no subgrupo de intangíveis no balanço consolidado,
nunca no balanço individual, onde deve permanecer integrando o saldo contábil do
investimento, o qual é apresentado no subgrupo de investimentos; afinal, o goodwill assim
calculado é pertinente à adquirida, pago pela adquirente (nos casos em que houve compra, por
exemplo) e para esta, individualmente, representa parte do custo de seu investimento, mesmo
que sujeito a impairment.
A conta de investimento deve ser detalhada em notas explicativas quanto aos seus três
componentes (se existirem): valor patrimonial da participação da controladora no valor contábil
do patrimônio líquido da controlada adquirida, valor da mais valia dos ativos líquidos adquiridos
atribuída à controladora e ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) atribuído à
controladora.
Na eventualidade de apuração de ganho por compra vantajosa, o registro contábil deve ser feito
conforme previsto no Pronunciamento Técnico CPC 15, o que redundará em reconhecimento
de ganho na entidade adquirente.
Exemplo fictício:
Exemplo fictício:
• PL da Empresa B = $100.000
• Valor justo de ativos líquidos da Empresa B (*) = $120.000
(*) Valor justo de ativos líquidos = Ativos a valor justo – Passivos a valor justo
Valor de aquisição das ações da Empresa B - Valor pago pela Compra = $90.000
Contabilização da aquisição do investimento:
Exemplo fictício:
• PL da Empresa B = $100.000
• Valor justo de ativos líquidos da Empresa B (*) = $120.000
(*) Valor justo de ativos líquidos = Ativos a valor justo – Passivos a valor justo
Valor de aquisição das ações da Empresa B - Valor pago pela Compra = $120.000
CPC18 (R2) 46. - Em função de o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) integrar
o valor contábil do investimento líquido na investida (não deve ser reconhecido
separadamente), ele não deve ser testado separadamente com relação ao seu valor
recuperável. Em vez disso, o valor contábil total do investimento é que deve ser testado como
um único ativo, em conformidade com o disposto no CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, pela comparação de seu valor contábil com seu valor recuperável (valor justo líquido de
despesa de venda ou valor em uso, dos dois, o maior), sempre que houver indicação que o
investimento líquido possa estar afetado, ou seja, que indicar alguma perda por redução ao seu
valor recuperável.
A perda por redução ao valor recuperável, reconhecida nessas circunstâncias, não deve ser
alocada a qualquer ativo que constitui parte do valor contábil do investimento líquido na
investida, incluindo o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).
Consequentemente, a reversão dessas perdas deve ser reconhecida de acordo com o CPC 01,
na extensão do aumento subsequente no valor recuperável do investimento líquido. Na
determinação do valor em uso do investimento líquido, a entidade deve estimar:
(a) sua participação no valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera sejam gerados
pela investida, incluindo os fluxos de caixa das operações da investida e o valor residual
esperado com a alienação do investimento; ou
(b) o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados em função do recebimento de
dividendos provenientes do investimento e o valor residual esperado com a alienação do
investimento.
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
O ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) também deve integrar o valor contábil
do investimento na controlada (não deve ser reconhecido separadamente) na apresentação das
demonstrações contábeis individuais da controladora. Mas, nesse caso, esse ágio, no balanço
individual da controladora, para fins de teste para redução ao valor recuperável (impairment),
deve receber o mesmo tratamento contábil que é dado a ele nas demonstrações consolidadas.
Devem ser observados os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações
Consolidadas e da Interpretação Técnica ICPC 09 – Demonstrações Contábeis Individuais,
Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método da
Equivalência Patrimonial.
8.7 – Conceito
A consolidação das demonstrações contábeis foi introduzida no Brasil pela Lei das S.A. e,
atualmente segue as instruções do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Contábeis
Consolidadas; uma vez que a consolidação já era adotada em muitos outros países há vários
anos, particularmente naqueles em que o sistema de captação de recursos era feito por meio
da emissão de ações ao público pelas Bolsas de Valores. Somente por meio dessa técnica é que
se pode realmente conhecer a posição financeira da empresa controladora e das demais
empresas de um grupo econômico.
8.8 – Abrangência
o A entidade que seja controladora deve apresentar demonstrações consolidadas.
o A consolidação da investida se inicia a partir da data em que o investidor obtiver o
controle da investida e cessa quando o investidor perder o controle da investida.
Assim, considerando que norma não tem nenhum dispositivo prevendo a possibilidade de
exclusão de alguma controlada, salvo na situação em que a controladora se enquadre nos
requerimentos de uma entidade de investimento(*), pode-se dizer que as demonstrações
contábeis consolidadas devem incluir todas as controladas de uma controladora, inclusive
aquelas cuja participação estiver classificada como mantida para venda conforme os critérios do
CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada.
Entidade de investimento é a entidade que: (a) obtém recursos de um ou mais investidores com
o intuito de prestar a esses investidores serviços de gestão de investimento; (b) se compromete
com os seus investidores no sentido de que seu propósito comercial é investir recursos
exclusivamente para retornos de valorização do capital, receitas de investimentos ou ambos; e
(c) mensura e avalia o desempenho de substancialmente todos os seus investimentos com base
no valor justo.
Da mesma forma, uma controlada não pode ser excluída da consolidação simplesmente porque
suas atividades de negócio são diferentes daquelas das demais entidades do grupo. A leitura de
demonstrações contábeis não consolidadas de uma empresa com investimentos relevantes em
controladas perde muito de sua significação, pois essas demonstrações não fornecem
elementos completos para o real conhecimento e entendimento da situação financeira em sua
totalidade e do volume total das operações.
A consolidação, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, é obrigatória para as companhias
abertas (art. 249) e para os grupos de sociedades formalmente constituídos na forma do
Capítulo XXI da Lei no 6.404/76, independentemente de serem ou não companhias abertas
(aplicando-se a consolidação mesmo que a sociedade de comando não seja uma sociedade por
ações, tal como no caso de uma empresa limitada). Como, porém, a norma contábil que
determina em que casos devem ser elaboradas as demonstrações consolidadas, o
Pronunciamento Técnico CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas, foi aprovado não só pela
CVM, mas também pelo CFC, isso significa que todas as demais sociedades, por ações, limitadas
e outras estão também obrigadas à consolidação.
Do ponto de vista do grupo essa venda não foi realizada junto a terceiros, de forma que a receita
e a despesa (custo da mercadoria vendida) devem ser eliminadas. O lançamento é o seguinte:
Receita com vendas (Cia A) – 100.000
a CMV (Cia A) – 100.000
Nesse exemplo, vimos como fazer as eliminações de investimentos de uma empresa em outra,
de saldos patrimoniais decorrentes de operações intragrupo, bem como do efeito dessas
operações no resultado, apesar de se ter assumido que a venda foi a preço de custo, não
gerando lucro para a empresa do grupo que vendeu as mercadorias e que a controlada não
tenha ainda tido qualquer lucro ou prejuízo porque não começou suas operações.
(b) reconhecer:
(i) o valor justo da contrapartida recebida, se houver, proveniente de transação, evento
ou circunstâncias que resultaram na perda de controle;
8.11 – Divulgação
O Pronunciamento Técnico CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas, aprovado pela
Deliberação CVM no 668/11 e pela Resolução CFC no 1.273/10 e no 1.351/11, elenca uma série
de itens de divulgação que devem ser observados:
01. (Esaf/Adaptada) A empresa Lua S/A apresentou valores não circulantes com os seguintes
saldos:
Observações:
D - Ações de Controladas
C - Resultado Positivo na Equivalência Patrimonial 400,00
Se as controladas apuraram lucro, houve aumento de seus patrimônios líquidos. Então, a
investidora deve aumentar o saldo da conta que registra o investimento:
Os dividendos distribuídos pelas controladas e ainda não recebidos pela investidora são
registrados como redução do valor do investimento, proporcionalmente ao percentual de
participação: 200,00 x 40% = 80,00:
D - Dividendos a Receber
C - Ações de Controladas 80,00
D - Ações de Coligadas
C - Resultado Positivo na Equivalência Patrimonial 1.000,00 x 20% 200,00
D - Dividendos a Receber
C - Ações de Coligadas 200,00 x 20% 40,00
Após os lançamentos acima, as contas Ações de Controladas e Ações de Coligadas apresentam
os seguintes saldos:
02. (Esaf) A empresa Dona S/A possui capital social formado por 2 milhões de ações.
Nós, a empresa Sócia S/A, possuímos 30% desse capital e avaliamos o nosso investimento pelo
método da equivalência patrimonial.
No fim do exercício social a empresa Dona S/A, tendo apurado lucro líquido de R$ 300.000,00,
resolveu contabilizar a distribuição de dividendos calculados em 40% deste lucro. O nosso
contador, ao ser comunicado deste fato, promoveu o seguinte lançamento no Diário da
empresa Sócia S/A para registrar o dividendo a ela distribuído:
a) Dividendos a Receber
a Investimentos Permanentes
a Ações da Empresa Dona S/A
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 36.000,00
b) Dividendos
a Receber a Receitas de Dividendos
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 36.000,00
c) Investimentos Permanentes
Ações da Empresa Dona S/A
a Receita da Equivalência Patrimonial
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
d) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
e) Equivalência Patrimonial
a Investimentos Permanentes
a Ações da Empresa Dona S/A
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
Dos 300.000,00 do lucro líquido apurado, a companhia investida distribuiu dividendos de 40%:
300.000,00 x 40% = 120.000,00.
Desse valor distribuído, a investidora tem direito a 30%, que é o percentual de sua participação
na investida: 120.000,00 x 30% = 36.000,00.
D - Dividendos a Receber
Ações da Empresa Dona S/A é uma subconta da conta Investimentos Permanentes. Gabarito: A
03. (Esaf). Em cada círculo está inscrito o nome de uma empresa. A seta indica participação de
uma empresa no capital de outra. No retângulo está o percentual de cada participação.
Alfa tem participação em Gama de 90%, cuja participação em Ômega é também de 90%:
Desse modo, Alfa é titular de 90% dos 90% que Gama tem de Ômega: Participação indireta de
Alfa em Ômega: 90% x 90% = 81%.
Pode-se dizer que Alfa controla Ômega de forma indireta, uma vez que, com 81% de
participação indireta, certamente a investidora é titular da maioria das ações com direito a
voto da investida. Por lei, o percentual máximo de ações sem direito a voto é de 50% do total
de ações.
Alfa tem participação em Beta de 80%, que participa de Lâmina com 10%:
04. (Esaf/Adaptada) No dia 2 de janeiro de x3, a empresa Participa S/A adquiriu 80% do capital
da empresa Construção Ltda., tomando o seu controle com intenção de permanência, pelo
valor de R$ 90.000,00.
Com base nos dados da empresa Construção Ltda., acima, assinale o lançamento que
corresponde a este fato contábil.
Ágio 42.000,00
Gabarito: B
05. (Esaf) Em cada círculo está escrito o nome de uma empresa. A seta indica a participação no
capital da outra empresa. No retângulo, está o percentual dessa participação.
Com a participação de 80%, que lhe assegura a maioria das ações com direito a voto, pode-se
dizer que Alfa controla Beta de forma direta.
Desse modo, Alfa é titular de 90% dos 10% que Gama tem de Lâmina:
Participação indireta de Alfa em Lâmina por intermédio de Gama: 90% x 10% = 9%.
Alfa tem participação em Beta de 80%, que participa de Lâmina com 10%:
Participação indireta de Alfa em Lâmina por intermédio de Beta: 80% x 10% = 8%. Gabarito: E
Alternativa B: os dividendos distribuídos pela Vênus são reconhecidos pela Firmamento como
receita de dividendos, no resultado, pois aquela é avaliada pelo custo de aquisição (não é
coligada ou controlada).
Alternativa C: os juros sobre o capital próprio são registrados pela investida como receita.
Alternativa D: participação da Firmamento na Júpiter: (10% x 40%) + (70% x 2%) = 5,4%. Não é
controlada, nem coligada, salvo se houver influência significativa.
Com base nestas informações, o resultado que a Cia. Paulista reconheceu em sua
demonstração de resultados, com a alienação de parte do investimento e a perda de influência
significativa sobre o saldo remanescente, consideradas em conjunto, foi
a) R$ 600.000,00.
b) R$ 1.800.000,00.
c) R$ 500.000,00.
d) R$ 1.200.000,00.
e) R$ 1.300.000,00.
A parte remanescente (sem influência) deve ser classificada como instrumento financeiro e
avaliada pelo valor justo.
Gabarito: B
08. (ICMS-RJ/FCC/2014) A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Cia. Copa
por R$ 4.500.000,00 à vista, o que lhe conferiu influência significativa na administração. Na
data da aquisição, o patrimônio líquido da Cia. Copa era R$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido
dos ativos e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 9.000.000,00, cuja diferença foi
decorrente de um terreno que a Cia. Copa havia adquirido em 2010.
Com base nestas informações, os valores evidenciados no balanço patrimonial da Cia. Carioca,
em Investimentos em Coligadas, em 31/12/2012 e 30/06/2013, foram, respectivamente,
a) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.660.000,00.
b) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.760.000,00.
c) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.700.000,00.
d) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.800.000,00.
e) R$ 2.400.000,00 e R$ 2.600.000,00.
R: Em 31/12/2012
Mais-Valia = Valor Justo dos Ativos Líquidos − Valor de PL = 3.600.000 − 2.400.000 = 1.200.000
Goodwill = Valor Pago na Aquisição − Valor Justo dos Ativos Líquidos = 4.500.000 − 3.600.000 =
900.000
Registro contábil:
C - Caixa 4.500.000
Em 30/06/2013
09. (AFTN/Esaf) Em 10.12.19x2, a Cia. Amazonas vende à vista a sua subsidiária integral, Cia.
Solimões, um imobilizado pelo valor de $ 15.000.000, obtendo um lucro na operação de $
3.500.000.
a) Terrenos
b) Resultado Operacional
a Terrenos $ 3.500.000
a Terrenos $ 3.500.000
d) Terrenos
e) Terrenos
D - Caixa 15.000.000
C - Terrenos 11.500.000
C - Lucro na Alienação de Imobilizados 3.500.000
Lançamento da Cia. Solimões para registrar a compra do imobilizado:
D - Terrenos
C - Caixa 15.000.000
Lançamento de eliminação:
D - Lucro na Alienação de Imobilizado (Cia. Amazonas)
C - Terrenos (Cia. Solimões) 3.500.000
Gabarito: C
Outras informações:
Com base nas informações anteriores, identifique as respostas das questões 11 a 16.
a) $ 57.000.
b) $ 64.000.
c) $ 34.000.
d) $ 5.000.
e) $ 25.000.
Gabarito: A
13. O valor consolidado do capital social do grupo era:
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
a) $ 320.000.
b) $ 200.000.
c) $ 300.000.
d) $ 220.000.
e) $ 100.000.
Gabarito: B
14. Em 31.12.19x1 as obrigações totais do grupo eram:
a) $ 14.000.
b) $ 70.000.
c) $ 84.000.
d) $ 16.000.
e) $ 51.000.
Gabarito: C
15. O valor do ativo não circulante consolidado em 31.12.19x1 era:
a) $ 244.000.
b) $ 224.000.
c) $ 234.000.
d) $ 164.000.
e) $ 184.000.
Gabarito: D
16. (Adaptada) O valor do patrimônio líquido consolidado é:
a) $ 200.000.
b) $ 240.000.
c) $ 300.000.
d) $ 220.000.
e) $ 120.000.
Gabarito: B
Quadro Consolidado:
¹ Conta a receber, no valor de 5.000,00, da Cia. ABC contra a Cia. XY e conta a receber, no valor
de 2.000,00, da Cia. L.M. contra a Cia. ABC.
R: A participação dos acionistas não controladores deve ser destacada em conta apresentada
no balanço consolidado dentro do patrimônio líquido, separadamente do PL dos proprietários
da controladora. Gabarito: D
a) em nenhuma hipótese utilizar períodos contábeis não idênticos, mesmo que este fato
represente melhoria na qualidade da informação produzida.
b) utilizar demonstrações contábeis e do patrimônio líquido das investidas apuradas na mesma
data das demonstrações contábeis da investidora.
c) compensar quaisquer ativos ou passivos pela dedução de outros ativos ou passivos mesmo
na inexistência de direito de compensação.
d) utilizar demonstrações contábeis de coligadas e controladas elaboradas até 90 dias antes da
data das demonstrações contábeis da investidora.
e) eliminar saldos de quaisquer contas ativas e passivas resultantes de transações das
sociedades incluídas na consolidação.
R: A Lei das S/A, art. 250, fixa que serão excluídas das demonstrações consolidadas: 1 - as
participações de uma sociedade em outra; 2 - os saldos de quaisquer contas entre as
sociedades; 3 - as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e
do custo de estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não
realizados, de negócios entre as sociedades. Gabarito: E
a) demonstração consolidada dos fluxos dos caixas, demonstração consolidada das mutações
patrimoniais, demonstração consolidada do resultado do exercício, balanço patrimonial
consolidado e demonstração consolidada das origens e aplicações de recursos.
b) balanço patrimonial consolidado, demonstração consolidada do resultado do exercício,
demonstração consolidada dos fluxos de caixa, demonstração consolidada do valor
adicionado, demonstração consolidada do resultado abrangente e demonstração consolidada
das mutações patrimoniais.
26. (SABESP/FCC/Analista de Gestão/2014) A Cia. Europeia adquiriu 40% das ações da Cia. Sem
Cheiro por R$ 5.500.000. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Sem Cheiro era R$
6.000.000 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Sem Cheiro era R$
9.000.000.
I- Sabendo que a Cia. Europeia passou a ter influência significativa na Cia. Sem Cheiro, o valor
reconhecido no ativo da Cia. Europeia, em Investimentos, foi, em reais:
(A) 2.400.000.
(B) 3.600.000.
(C) 5.500.000.
(D) 3.000.000.
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
(E) 3.100.000.
R: Composição do valor pago na aquisição do investimento em Reais:
Valor do PL do investimento 6.000.000 2.400.000
x 40%
Mais valia (ágio s/ valor de mercado): 1.200.000
Gabarito: A
Através da análise das demonstrações contábeis realiza-se uma comparação e interpretação dos
demonstrativos financeiros da empresa a fim de que seja obtido uma avaliação sobre a situação
econômica e financeira da empresa em determinado tempo.
O usuário das informações resultantes da análise de balanço deve atentar-se para alguns
aspectos fundamentais, tais como:
Exemplo fictício:
9.2 – EBITDA
O EBITDA é um indicador financeiro com o objetivo de mostrar o resultado de caixa operacional
antes dos impostos de uma empresa, sendo muito utilizado pelas empresas de capital aberto,
em operações de Fusões e Aquisições e pelos analistas de mercado, bem como indicador de
desempenho das empresas.
A sigla corresponde a “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, ou seja,
lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização. O EBITDA representa a geração
operacional de caixa da empresa antes de pagar impostos, por isso, o indicador não leva em
conta os efeitos das despesas financeiras, os impostos e a depreciação e amortização.
Em 4 de outubro de 2012, a CVM emitiu a Instrução nº 527, com disposições sobre a divulgação
voluntária do LAJIDA (EBITDA) e LAJIR (EBIT), em que foi estabelecido que o cálculo dessas
medidas deveria ter como base os números apresentados nas demonstrações contábeis
previstas no CPC 26, ou seja, não poderão ser considerados quaisquer montantes que não
estejam nas demonstrações divulgadas, em especial da demonstração do resultado do exercício.
O cálculo não pode excluir quaisquer itens não recorrentes, não operacionais ou de operações
descontinuada, sendo obtido da seguinte forma:
Com a exclusão da depreciação e outras contas de natureza não caixa, bem como dos tributos
sobre o lucro, apura-se o fluxo de caixa operacional antes dos tributos.
Para exemplificar esta possível situação, considere as demonstrações de resultado das duas
empresas fictícias abaixo, ambas atuando no mesmo mercado:
Neste caso, se a avaliação das empresas fosse realizada exclusivamente pelo resultado líquido,
a provável conclusão seria que a empresa B é mais eficiente que A., No entanto, do ponto de
vista operacional esta conclusão não seria adequada, pois a diferença nos resultados é gerado
pelas despesas financeiras e os seus impactos nos tributos, ou seja, pela decisão tomada em
relação à sua estrutura de capital.
Caso um investidor adquira a empresa A e faça um aporte de recursos para liquidação de suas
dívidas, as despesas financeiras deixariam de existir e os resultados líquidos passariam a ser
equivalentes. Assim, fica claro que para realizar uma avaliação deste tipo é mais adequado o uso
do EBITDA.
No caso da depreciação, existem alguns motivos para a sua exclusão. O primeiro é o fato deste
gasto não representar saída de caixa, o segundo por seguir regras contábeis e fiscais que podem
variar em diferentes países e finalmente por não estar sobre controle dos gestores. Desta forma,
uma avaliação de desempenho que levasse este item em consideração poderia influenciar na
comparabilidade entre empresas em virtude de aspectos locais.
Ainda, os tributos sobre o lucro de uma empresa também estão sujeitos às regras de cada país
e podem influenciar na comparabilidade do desempenho operacional. Além disso, da mesma
forma que a depreciação, por se tratarem de regras legais também não estão sobre controle dos
gestores.
Os índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é,
constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos,
cumprindo adequadamente todos os compromissos firmados com terceiros e garantindo a
continuidade das atividades. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando:
longo prazo, curto prazo ou prazo imediato.
Índice de Liquidez Corrente (LC) - Mostra a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo,
por meio da fórmula:
Índice de Liquidez Seca (LS) - Como os estoques tem uma característica de permanência nas
atividades da empresa (pois são indispensáveis a maioria das atividades de produção e
comercialização), este índice procura demonstrar uma “liquidez real”, mediante a realização de
ativos ditos “financeiros” (que se realizam em caixa).
Índice de Liquidez Geral (LG) - Demonstra a “viabilidade” de médio e longo prazo dos
pagamentos de compromissos já assumidos, considerando tudo que a empresa converterá em
dinheiro relacionando-se com tudo o que já foi assumido como dívida. O índice mínimo é 1.
Abaixo de 1, indica problemas de liquidez.
Margem Bruta (MB) – Este índice compara o lucro bruto com vendas líquidas.
Margem Líquida sobre as vendas (ML) - Indica o quanto se obtém de Lucro Líquido por cada
unidade vendida. O cálculo é realizado da seguinte forma:
Rentabilidade sobre o Capital Próprio (RCP) – Também conhecido como “Return On Equity –
ROE”, ele compara o lucro líquido do exercício com o capital próprio, ou seja, o retorno obtido
sobre o investimento efetuado pelos proprietários.
Rentabilidade sobre o Ativo Total – (RAT) - Também conhecido como rentabilidade sobre o
investimento (ROI), Indica o retorno sobre o investimento total.
Para cálculo deste indicador, pode-se usar o valor do ativo médio ou total. Um índice que pode
ser calculado a partir do RAT é o chamado pay-back do investimento ou tempo de recuperação
o capital investido, que indica quantos anos de demora, em média, para que a empresa obtenha
de volta seu investimento.
A alavancagem pode ainda ser entendida como o efeito que surge após um empréstimo de
capital externo sobre um patrimônio líquido. Por conta dos juros envolvidos nessas transações,
quanto maior a alavancagem, maior pode ser o retorno, mas também maior pode ser o risco de
dívidas. Por isso, essa é uma técnica que deve ser usada com muito cuidado e planejamento,
evitando complicações futuras.
O Grau de Alavancagem Financeira, conhecido como GAF, consegue medir e evidenciar os riscos
que uma empresa está se submetendo ao optar pela ajuda do capital de terceiros.
O GAF deve ser calculado e associado com algumas variações existentes na área administrativa
e financeira de uma empresa, seguindo a seguinte fórmula:
GAF = Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RPL) / Retorno sobre o Ativo Total (RAT)
Para chegar ao valor do RPL, você deve calcular a relação entre o lucro líquido e o patrimônio
líquido da seguinte maneira:
Da mesma forma, para chegar ao número que corresponde ao RAT, você precisa calcular os
lucros da empresa depois do Imposto de Renda e antes dos juros em relação ao ativo total da
organização com a fórmula:
RAT = Lucro depois do Imposto de Renda e antes dos juros / Ativo Total
Se, ao final dos cálculos, você chegar a um valor final igual a 1, o risco financeiro da sua empresa
é baixo. Por outro lado, se o valor final do GAF for menor do que 1, a alavancagem financeira da
empresa já pode ser considerada favorável, o que significa que o valor do retorno em relação ao
recebido será maior do que a remuneração com juros. Ainda, o GAF pode ter o valor final maior
que 1, o que pode ser algo negativo para a empresa. Nesse caso, a condição é desfavorável e a
organização deverá rever a estratégia e utilizar o mecanismo a seu favor.
Se a empresa apresenta muitos custos fixos em relação aos custos variáveis, quer dizer que se
sua receita aumentar, o lucro operacional (EBIT) também aumentará proporcionalmente.
De forma direta, alavancagem operacional advém do crescimento nas vendas de uma empresa.
Esse crescimento é mensurado em porcentagem. Se as vendas aumentam em X%, o lucro bruto
da empresa também se alarga em N vezes os X% de aumento das vendas.
A alavancagem operacional consegue analisar o quanto esses riscos podem afetar uma empresa
e quanto esse impacto pode diminuir de acordo com a proporção do aumento das vendas. Dessa
forma o lucro pode ser maior.
Através da alavancagem operacional, é possível realizar uma análise mais minuciosa sobre a
gestão da empresa e seus processos. Com isso, o gestor junto à sua equipe consegue elaborar
um planejamento muito mais estratégico para a empresa.
Uma fórmula utilizada para se obter o GAO é calcular, através da Demonstração dos Resultados
do Exercício (DRE), os valores para margem de contribuição do LAJIR (Lucro antes do Juro do
Imposto de Renda), da seguinte forma:
GAO = MC ÷ LAJIR
Onde,
MC = Margem de contribuição, que pode ser calculada por = Receitas – Custos Variáveis.
Prazo Médio de Rotação de Estoques (PMRE) – Para determinação do prazo médio de rotação
dos estoques, temos que calcular quantas vezes o estoque “gira”, isto é, em média quantas vezes
o estoque é vendido e reposto.
O giro dos estoques (GE) é calculado verificando-se o total de mercadorias entregues aos
clientes (CMV ou CPV) e comparando esse valor com o estoque médio que foi praticado no
período em questão. Demonstra a eficiência de administração dos estoques e a agilidade
operacional produtiva. Corresponde ao período de tempo em que o produto permanece
armazenado até sua venda. Quanto maior for o PME, mais prazo para os artigos do estoque
permanecerem armazenados, o que significa maior necessidade de recursos financeiros.
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
Para determinação do prazo médio de rotação dos estoques (PMRE), basta dividir o número de
dias de um ano (360 ou 365) pelo número de “giros” do estoque:
GF – Giro de fornecedores
A contabilidade de custos pode ser classificada com uma ciência de grande importância no
campo empresarial, pois disponibiliza os instrumentos necessários para se alcançar os
resultados planejados e principalmente na indústria no qual a competitividade de mercado tem
se provado cada vez mais acirrada, e que a necessidade de se manter uma análise detalhada dos
custos dentro da produção é importante para a tomada de decisão e avaliação de estoques.
- Análise de Custos:
O CPC que orienta o tratamento contábil dos estoques é o CPC 16. Nele constam algumas
definições de termos técnicos muito importantes para compreensão do assunto, a seguir:
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido
dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar
a venda.
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na
data de mensuração.
Custo do estoque - O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e
localização atuais.
ESTOQUES
Os estoques objeto do CPC 16 devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável
líquido, dos dois o menor.
Ou seja, consideramos o valor estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos
estimados para sua conclusão e gastos estimados necessários para se concretizar a venda.
Não devemos confundir esse conceito com valor justo, pois no valor justo temos o preço que
seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em
uma transação não forçada entre participantes do mercado na data da mensuração dos
estoques.
A Lei das Sociedades por Ações (art. 183, inciso II) determina que o valor dos estoques seja
deduzido de perda estimada para ajustá-lo ao valor de mercado (valor realizável líquido),
quando esse for menor que o custo de aquisição ou produção, o valor que for debitado ao
resultado em contrapartida à constituição dessa perda, para atendimento ao disposto na lei
societária, deve ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real e da
base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido. Nesse caso, a perda só será dedutível
quando o estoque for realizado pela venda.
O custo dos estoques é a base fundamental de sua avaliação, mas havendo perda de utilidade
ou a redução no preço de venda ou de reposição de um item que reduza seu valor recuperável
a um nível abaixo do custo, deve-se então assumir como base final de avaliação tal preço de
mercado inferior ao custo, mediante o registro de uma perda estimada, mantendo-se os
controles de estoques ao valor original de custo.
Introdução
A determinação e apuração dos custos dos estoques é um dos aspectos mais complexos na
contabilidade de custos, pois a sua determinação tem reflexo direto na apuração do resultado
do exercício, na análise de lucratividade por produto e, ainda, por causa da grande quantidade
de itens que normalmente compõem os estoques, cuja movimentação de entradas e saídas é
constante. Por isso, para um melhor entendimento do assunto faremos apenas uma abordagem
dos aspectos principais inicialmente com relação às matérias-primas e contas similares e, a
seguir, com relação aos produtos em processo e acabados considerando seus reflexos na
elaboração das demonstrações contábeis.
Apuração do custo
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem
como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
Quando os custos do produto não puderem ser separados e identificados de forma fácil, eles
devem ser atribuídos a cada produto em uma base racional e consistente.
Outro exemplo, no caso das importações, a variação cambial incorrida até a data da entrada do
produto no estabelecimento do adquirente deverá ser agregada ao custo. Na prática, a taxa de
câmbio é fechada no momento do desembaraço aduaneiro da mercadoria para emissão da nota
fiscal de entrada, daí em diante, qualquer variação cambial até a data do pagamento ao
fornecedor no exterior passará a ser despesa financeira.
Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes
independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de
edifícios e instalações fabris, máquinas, equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no
processo de produção e o custo de gestão e de administração da fábrica.
Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase
diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão
de obra indireta.
A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser baseada na
capacidade normal de produção. Ou seja, a parcela da capacidade total não utilizada por causa
de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados
normais para a entidade já deve estar considerado nesse cálculo. O valor do custo fixo alocado
a cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção
ou ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente
como despesa no período em que são incorridos.
Segundo o CPC 16, o custo dos estoques de itens que permanecem em estoque e que sejam
intercambiáveis, a atribuição deve ser feita pelo PEPS/FIFO ou custo médio ponderado, sendo
que itens de mesma natureza devem ter critérios semelhantes de valoração. Vale destacar que
a entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza
e uso semelhantes, mas para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-
se diferentes critérios de valoração.
O método do LIFO/UEPS (Último que entra é o primeiro que sai) não é aceito nem pelo RIR nem
pelo CPC 16.
Preço específico
Significa valorizar cada unidade do estoque ao preço efetivamente pago para cada item
especificamente determinado. É usado somente quando for possível determinar o preço
específico de cada unidade em estoque, mediante identificação física, como no caso de revenda
de automóveis usados, por exemplo.
PEPS ou FIFO
Com base nesse critério, daremos baixa pelo custo de aquisição, da seguinte maneira: o Primeiro
que Entra é o Primeiro que Sai (PEPS ou FIFO – First-In-First-Out). À medida que ocorrem as
vendas ou o consumo, vai-se dando baixa dos estoques, pelo valor dos itens das primeiras
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo fictício:
O custo das vendas ou dos materiais consumidos na fabricação desse período seria, portanto,
de $ 1.000, e o valor do estoque final, de $ 1.050, ou seja, o primeiro baseado nas compras mais
antigas e este último nas compras mais recentes.
UEPS ou LIFO
Esse critério representa exatamente o oposto do sistema anterior, dando-se baixa nas vendas
pelo custo da última mercadoria que entrou; assim, a Última a Entrar é a Primeira a Sair – UEPS
(LIFO – Last-In-First-Out). Não vamos detalhá-lo por não poder mais ser utilizado contabilmente.
Vê-se claramente que, se duas empresas tivessem adquirido e vendido mercadorias nas mesmas
condições (quantidades e preços), suas situações reais seriam as mesmas, com a mesma
quantidade em estoque, porém os resultados obtidos seriam diferentes, em consequência dos
critérios de atribuição de custos utilizados, embora todos se baseassem no custo de aquisição.
Todavia, no período seguinte haverá, para cada critério, um valor de estoque inicial diferente;
assim, no PEPS existirá um valor maior a ser baixado, o que fará a redução do lucro no período
seguinte. Com isso, tende a haver uma compensação período após período. Afinal, quando todo
o estoque tiver sido baixado, o resultado total será igual em qualquer dos critérios.
Por este método, na apuração dos custos do produto fabricado serão alocados tanto os custos
diretamente vinculados aos produtos, como os custos indiretos de fabricação, tanto os custos
variáveis (que só existem quando cada unidade é fabricada) quanto os custos fixos (que
independem da fabricação das unidades, estando relacionados com a criação das condições de
se produzir).
A legislação brasileira obriga que as empresas adotem o método de custeio por absorção para a
valorização dos estoques e apuração de resultados do exercício (Lei 6.404/76; Decreto-lei
1598/77).
É importante salientar que neste método o custo separa-se das despesas; é aceito pela
legislação societária (Lei 6.404/76) e, obedecem aos princípios fundamentais de contabilidade,
dentre eles, o princípio da realização da receita, confrontação e competência.
O quadro 2 apresenta o esquema básico do custeio por absorção para empresas prestadoras de
serviços.
Se a empresa faz uso do seu Departamento de Manutenção para também fazer reparos em
máquinas da Contabilidade, deveria ser feito um apontamento da mão-de-obra e dos materiais
utilizados e tratado como despesa ou imobilização, dependendo do que tiver sido realizado.
Deve-se ter em mente a Materialidade, para classificar pequenos consertos ou serviços que
demandem recursos da produção em proporção ínfima.
Custos de Produção
Salários de Fábrica 120.000
Matéria-prima 350.000
Depreciação na Fábrica 60.000
Seguros da Fábrica 10.000
Materiais Diversos – Fábrica 15.000
Energia Elétrica – Fábrica 85.000
Manutenção – Fábrica 70.000
Total 710.000
(estes integrarão o Custo dos Produtos)
Despesas Administrativas
Salários da Administração 90.000
Material de Consumo – Escritório 5.000
Despesas de Venda
Comissões de Vendedores 80.000
Despesas de Entrega 45.000
Total 125.000
Obs.: (As despesas, que não entraram no custo de produção, as quais totalizam $315.000, vão
ser descarregadas diretamente no Resultado do período, sem serem alocadas aos produtos.)
Matéria-prima:
Produto A $75.000
Produto B $135.000
Produto C $140.000
$350.000
Para mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é necessário verificar do total
de $120.000 quanto diz respeito à mão-de-obra direta e quanto é a parte pertencente à mão-
de-obra indireta. A empresa, para poder conhecer bem esse detalhe, mantém um apontamento
(verificação) de quais foram os operários que trabalharam em cada produto no mês e por quanto
tempo. Conhecidos tais detalhes e calculados os valores, conclui:
Mão-de-obra:
Indireta $30.000
Direta
Produto A $22.000
Produto B $47.000
Produto C $21.000
$120.000
Logo, os $90.000 serão atribuídos diretamente aos produtos, enquanto os $30.000 serão
adicionados ao rol dos custos indiretos.
A verificação da energia elétrica evidencia que, depois de anotado o consumo na fabricação dos
produtos durante o mês, $45.000 são diretamente atribuíveis e $40.000 só alocáveis por
critérios de rateio, já que existem medidores apenas em algumas máquinas.
Energia Elétrica:
Indireta $40.000
Direta
Produto A $18.000
Produto B $20.000
Produto C $7.000
$85.000
Diretos
A B C Indiretos Total
Matéria-prima 75.000 135.000 140.000 350.000
Mão-de-obra 22.000 47.000 21.000 30.000 120.000
Energia elétrica 18.000 20.000 7.000 40.000 85.000
Depreciação 60.000 60.000
Seguros 10.000 10.000
Materiais diversos 15.000 15.000
Manutenção 70.000 70.000
Total 115.000 202.000 168.000 225.000 710.000
Do total de Custos de Produção, $485.000 são diretos e já estão alocados e $225.000 precisam
ainda ser apropriados.
Teríamos então:
C. Diretos C. Indiretos
$ % $ % Total
Dependendo do critério de rateio escolhido pela empresa, os valores dos custos indiretos e
consequentes totais podem não só provocar análises distorcidas, como também diminuir o grau
de credibilidade com relação às informações de Custos. Não há, entretanto, forma perfeita de
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
se fazer essa distribuição; podemos, no máximo, procurar entre as diferentes alternativas a que
traz consigo o menor grau de arbitrariedade.
Custos Despesas
Indiretos Diretos
Rateio
Produto A
Produto B Vendas
Produto C
Estoques
Resultado
Os custos incorridos num período só irão integralmente para o Resultado desse mesmo período
caso toda a produção elaborada seja vendida, não havendo, portanto, estoques finais. Já as
despesas – de Administração, de Vendas, Financeiras, etc.- sempre são debitadas ao Resultado
do período em que são incorridas: assim é que funciona o Custeio por Absorção.
Custos Indiretos estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas não podem ser
identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Os custos indiretos
são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação de custo denominado rateio.
A alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Exemplo: aluguel da
fábrica, depreciação (método linear), manutenção, seguro.
Outros custos indiretos – são os demais custos indiretos incorridos na fábrica, cujo consumo não
pode ser quantificado de forma direta, objetiva nos produtos.
Enquanto os custos diretos são de fácil alocação, os custos indiretos necessitam de uma base de
rateio relacionada ao objeto de custeio, como por exemplo: o custo do aluguel da fábrica é um
custo que não se identifica com nenhum produto isoladamente, mas tem uma identificação clara
com a fábrica, onde os produtos são produzidos, tendo, portanto, que ser rateado a todos os
produtos ali fabricados.
Quanto ao valor do aluguel, nenhuma dúvida, está baseado em um contrato e a cada mês, uma
parcela deve ser contabilizada e levada aos custos dos produtos fabricados no mês. Uma vez
identificado e contabilizado, vem aí a tarefa mais delicada, que é a escolha de um elemento que
servirá como base para efetuar a referida distribuição.
Quanto maiores os custos indiretos, mais custos arbitrariamente são atribuídos aos produtos
através de rateios. Cada situação deve ser analisada individualmente e em cada empresa. Não
existe, portanto, uma base melhor que a outra pré-estabelecida. Para uma boa escolha,
considera-se o conhecimento dos processos produtivos e o bom senso do contador para escolha
da base mais adequada possível para cada situação encontrada. Não temos como padronizar
critérios e bases de rateio visando um mesmo comportamento para todos os casos, pois cada
empresa tem suas características próprias e até mesmo cada departamento.
Exemplo fictício:
a) Rateio com base em horas-máquina: uma primeira alternativa seria a apropriação com base
nesse critério, seria então da seguinte forma:
b) Rateio com base na Mão de obra Direta: na ausência da informação de número de horas de
Mão de obra Direta, temos de usar o valor em reais (a diferença existiria caso o custo médio por
hora fosse diferente quanto ao pessoal usado para fazer um produto e outro). Portanto,
teríamos:
Custos Fixos:
Mão-de-obra $1.300.000/ano
Depreciação e Impostos $400.000/ano
Manutenção $300.000/ano
Diversos $100.000/ano $2.100.000/ano
A indústria apropria seus custos pelo Custeio por Absorção e avalia seus estoques à base do
PEPS. Os dados para a elaboração das Demonstrações de Resultado e fixação dos valores dos
estoques finais para cada ano são calculados assim:
1º. Ano:
Vendas: 40.000 un X $75/un $ 3.000.000
Custo dos Produtos Vendidos:
Custo de Produção
Custos variáveis = 60.000un x $30/un $ 1.800.000
Custos fixos $ 2.100.000
CPV $ 2.600.000
2º. Ano:
CPV $ 4.180.000
3º. Ano:
Vendas: 50.000 un X $75/un $ 3.750.000
Custo Unitário de Produção:
Custos variáveis = 70.000un x $30/un $ 2.100.000
Custos fixos $ 2.100.000
Custo da produção acabada $ 4.200.000
Custo dos Produtos Vendidos:
Estoque inicial: 10.000 un x $72/un $ 720.000
Produção do período: 40.000 un x $60/un $ 2.400.000
CPV $ 3.120.000
4º. Ano:
Vendas: 70.000 un X $75/un $ 5.250.000
Custo dos Produtos Vendidos:
Estoque anterior: 30.000 un x $60/un $ 1.800.000
Produto do período:
Custos Variáveis: 40.000 un x $30/un $ 1.200.000
Custos Fixos $ 2.100.000
CPV $ 5.100.000
Analisando o resumo acima com os resultados dos quatro anos, notamos que, ao passar a
empresa de $3.000.000 para $4.500.000 em vendas, teve seu resultado diminuído de $400.000
para $320.000. Houve aumento de 50% nas vendas, mas uma queda de 20% no lucro!! Nada de
errado com os cálculos, e sabemos que o problema se deve ao seguinte: a produção foi grande
no primeiro ano, com baixo custo unitário ($65/un), mas foi reduzida no segundo, aumentando
esse valor ($72/un). Apesar do grande acréscimo de vendas, o aumento do custo unitário foi
mais relevante e acabou por provocar esse lucro final reduzido. Quanto aos estoques, caíram
50% do 1º para o 2º. Ano; mas não houve tal redução em reais, devido ao mesmo problema.
No 3º. Ano houve uma redução de 16,7% nas vendas, em comparação com o 2º Ano, mas os
lucros aumentaram em 96,9%! As explicações são as mesmas, com a produção de 70.000 unid
no 3º. Ano, o custo unitário caiu para $60/un, o que provocou um grande lucro, apesar de as
primeiras vendas serem feitas com produtos remanescentes do ano anterior.
No 4º. Ano há outro acréscimo violento nas vendas (40%) mas outra vez o resultado reagiu de
forma diferente, caindo 76$.! Vendeu-se como nunca, mas obteve-se o menor lucro.
Em suma, os resultados não acompanham necessariamente a direção das vendas sendo muito
influenciado pelo volume de produção, seu montante, aliás, depende diretamente não só das
receitas e volume produzido no período, mas também da quantidade feita no período anterior,
já que isto afeta o custo unitário do estoque que passa a ser baixada no período seguinte.
Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos sob o Custeio Variável?
Só se agregaria ao produto seu custo variável, passando os custos fixos a serem alocados
integralmente para o resultado do período em que tivessem sido incorridos; assim, cada unidade
estocada estaria sempre, independente do volume de produção de que participou, avaliada por
$30,00.
Teríamos:
Podemos verificar aqui que, aumentando-se as vendas, aumenta-se também o lucro, reduzindo-
se o faturamento, cai o resultado. Não há relacionamento igual em ambos em termos
percentuais, aumentando-se as vendas em 50% no 2º.ano, temos uma melhoria no resultado de
300%, passando de negativo de $300.00 para positivo de $600.000. Ao cair o faturamento em
16,7% do 2º. Para o 3º. Ano, caiu o lucro em 75%. Isso é fácil de se explicar, já que de diferentes
valores de margem de contribuição é sempre deduzido o mesmo montante de custo fixo. Basta
ver que as alterações dos valores das margens de contribuição são, estas sim, exatamente iguais
às das vendas em termos percentuais.
Observamos então que o resultado pelo Custeio Variável sempre acompanha a inclinação das
Vendas, enquanto pelo Custeio de Absorção isso não ocorre necessariamente.
Do ponto de vista decisorial, verificamos que o Custeio Variável tem condições de propiciar
muito mais rapidamente informações vitais à empresa; também o resultado medido dentro do
seu critério parece ser mais informativo à administração, por abandonar os custos fixos e tratá-
los contabilmente como se fossem despesas, já que são quase sempre repetitivos e
independentes dos diversos produtos e unidades.
O Custeio Variável fere os Princípios Contábeis, principalmente o Regime de Competência e a
Confrontação. Segundo eles, devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios
envolvidos para sua obtenção. Ora, se produzimos hoje, incorremos em custos que são
sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, e essas vendas
poderão em parte vir amanhã. Não seria, dentro desse raciocínio, muito correto jogar todos os
custos fixos contra as vendas de hoje, se parte dos produtos feitos só será vendida amanhã.;
deve então também ficar para amanhã uma parcela dos custos, quer variáveis ou fixos, relativos
a tais produtos.
O custeio variável ou direto, que atribui aos objetos de custeio apenas os elementos de custos
variáveis, não é aceitável para fins contábeis e de demonstrações contábeis oficiais, nem para
fins fiscais.
O custeio direto contrasta com o chamado custeio por absorção, no qual todos os custos de
produção, tanto fixos como variáveis, são atribuídos ao produto final e, portanto, “absorvidos”
pela produção e pelos estoques.
Uma vez que o custeio direto não reconhece todos os elementos aplicáveis na avaliação dos
estoques, não é considerado como de acordo com a Estrutura Conceitual e, portanto, deve ser
utilizado apenas em relatórios internos de informações gerenciais; para a avaliação dos
estoques para efeitos contábeis, utiliza-se o custeio por absorção. Não obstante, a aplicação do
método de custeio variável para fins internos poderá subsidiar diversas análises e decisões
gerenciais, como análise de ponto de equilíbrio, grau de alavancagem operacional e decisão
sobre preço de venda dos produtos e serviços, entre outras.
DV = Despesas Variáveis
É a contribuição que cada unidade de produto, ao ser vendida, oferece para a empresa compor
o montante que deverá cobrir os custos fixos, as despesas totais e formar o lucro.
Fonte: (https://www.treasy.com.br/blog)
Sendo assim, a margem de contribuição na venda de cada camisa representa 30%, logo 30% do
meu faturamento mensal deverá equivaler ao montante de minhas despesas fixas. São
entendidas como Despesas Fixas, por exemplo, os honorários, salários, encargos sociais e
trabalhistas, aluguéis, impostos, contas de água, gás, luz, telefone e condomínio. Despesas fixas
são aquelas que existem, independentemente da entidade ou empresa estar funcionando ou
não. Mesmo que o volume de produção de uma indústria seja igual a zero, ainda assim haverá
despesas ou custos com aluguel do prédio.
O Ponto de Equilíbrio nada mais é do que o ponto em que a receita da empresa se iguala às
despesas e custos, sejam eles fixos ou variáveis. Ele é o volume necessário a ser produzido para
cobrir todos os custos e despesas do negócio.
Vamos supor que uma empresa venda seu produto por R$8 e seus custos e despesas variáveis
(ou seja, que variam conforme o volume da produção) totalizam R$3. Logo, a margem de
contribuição unitária (o que resta para arcar com custos e despesas fixas e gerar lucros), é de
R$5. MC = PV - (CV+DV)
Seus custos e despesas fixas (independem do volume de produção) são R$20.000. Além disso, o
valor de depreciação de seus ativos é de R$5.000 e sua meta de lucro antes dos impostos é de
R$10.000.
Com esse exemplo em mente, vamos entender o que é Ponto de Equilíbrio contábil, financeiro
e econômico.
É mais utilizado quando a empresa possui muitos ativos que sofram depreciação, assim a análise
se torna mais realista e próxima da realidade.
Isso significa que é necessário produzir 4.000 unidades do produto para pagar todos os custos e
despesas. Assim, é necessário ultrapassar tal volume para obter lucro.
No nosso exemplo:
Isso significa que é necessário produzir 3.000 unidades do produto para arcar com todos os
custos e despesas desembolsáveis.
O Ponto de Equilíbrio Econômico projeta um valor de lucro mínimo desejável para obter uma
remuneração equivalente àquela que teria se seu dinheiro fosse utilizado para outra finalidade
no mercado.
No nosso exemplo:
O resultado do Ponto de Equilíbrio, neste caso, significa que é necessário produzir 6.000
unidades para pagar todos os custos e despesas e obter o lucro desejado.
Custos e Despesas Fixos - Como regra, os custos fixos são considerados constantes
independentes da quantidade que venha a ser fabricada dentro do limite da capacidade
instalada. No entanto, quando uma empresa decide ultrapassar o limite dessa capacidade, ela
precisa contratar mais funcionários, ou comprar máquinas etc., e essa nova estrutura de custos
e despesas fixos permanece adequada até que novo limite seja ultrapassado. A situação
contrária também ocorre. Esse comportamento pode ser representado graficamente em forma
linear ou de degraus
Os custos variáveis podem não variar proporcionalmente... ... e terem “picos” que os tornam
não diretamente proporcionais
Antes, vamos esclarecer que o ABC é um método de rastrear os custos das atividades realizadas
por uma empresa e de verificar como essas atividades estão relacionadas para a geração de
receitas e o consumo de recursos. Seu principal objetivo é amenizar as distorções provocadas
pelo uso do rateio arbitrário dos custos indiretos, sendo uma tentativa de rastreamento para
identificar os verdadeiros causadores de custos.
Mas é importante ressaltar que os cálculos feitos pelo método de custeio ABC não são aceitos
pela legislação societária e fiscal. Portanto, eles devem ser usados para a gestão e o controle
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Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis
Para exemplificar a ideia, vamos supor uma fábrica de roupas com dois produtos, a produção
mensal, o valor unitário e o total das vendas (faturamento) da nossa fábrica de roupas. Para o
cálculo, foi considerado que tudo o que foi produzido foi vendido:
Depois dos valores verificados no quadro acima, precisamos identificar os custos diretos por
unidade de produto. Na nossa fábrica de roupas, temos:
Diante dessas definições, vamos ver qual é o custo de cada atividade conforme seus
direcionadores:
4º – Demonstrar os resultados:
Aqui, é a hora de fazer um resumo de todos os custos da produção, diretos e indiretos, e incluir
os valores encontrados por atividade, que é o real objetivo desta metodologia. Veja como fica a
demonstração do resultado da nossa fábrica de roupas:
Fonte: (https://www.treasy.com.br/blog/metodos-de-custeio)
Para obedecer aos critérios de avaliação patrimonial, a Sapataria deve adotar uma das opções
abaixo. Assinale-a.
a) Não deve fazer provisões, pois o valor justo está maior que o de custo.
b) Deve fazer uma provisão de R$ 100,00, que é a diferença entre preço de custo e o valor justo.
c) Deve dar baixa no estoque de sapatos e de fivelas, pela diferença a maior no preço de custo.
d) Deve fazer uma provisão no valor de R$ 672,00 para ajustar o preço de custo ao valor justo.
e) Deve fazer uma provisão no valor de R$ 572,00 para ajustar o preço de custo ao valor justo.
R: A provisão para ajuste ao valor justo (neste caso, o valor líquido de realização mediante
venda) deve ser constituída apenas para os itens cujo valor justo seja inferior ao custo de
aquisição:
02. (Esaf) A Varejista S/A possui, no fim do exercício, 300 unidades, assim discriminadas:
No dia de encerramento do exercício social os três tipos de itens “A”, “B” e “C” estavam cotados
ao valor justo de R$ 2,60 por unidade.
Com essas informações podemos afirmar que, no balancete de verificação do final do período,
preparatório para o balanço patrimonial, as contas que registravam esses itens apresentavam
saldos cuja soma total era de:
a) R$ 770,00.
b) R$ 780,00.
c) R$ 790,00.
d) R$ 800,00.
e) R$ 810,00.
R: Nas hipóteses em que o custo de aquisição é maior que o valor justo (itens do tipo B e C),
temos que constituir provisão para ajuste ao valor justo:
Apesar de os itens tipo C serem destinados a uso, presume-se que são classificados no ativo
circulante e, por consequência, também deve ser constituída provisão em relação a eles.
A Loja sabe que terá de aplicar as regras da Lei nº 6.404/76 para avaliação desses estoques, por
isso, para fins de balanço, terá que mandar providenciar o seguinte lançamento:
c) Estoque de Mercadorias
A provisão para ajuste ao valor justo deve ser constituída apenas para os itens cujo valor justo
seja inferior ao custo de aquisição (Lei nº 6.404/76, art. 183, II):
Gabarito: B
04. (Esaf/2009) A diminuição do valor dos elementos do ativo será registrada periodicamente
nas contas de:
a) provisão para perdas prováveis, quando corresponder à perda por ajuste ao valor provável de
realização, quando este for inferior.
b) depreciação, quando corresponder à perda do valor de capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial.
c) amortização, quando corresponder à perda de valor, decorrente da exploração de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
d) exaustão, quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
e) provisão para ajuste ao valor de mercado, quando corresponder à perda pelo ajuste do custo
de aquisição ao valor de mercado, quando este for superior.
R: Provisão para perdas prováveis: quando corresponder à perda por ajuste ao valor provável
de realização, quando este for inferior.
Depreciação: quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
Amortização: quando corresponder à perda do valor de capital aplicado na aquisição de direitos
da propriedade industrial ou comercial.
Provisão para ajuste ao valor justo: quando corresponder à perda pelo ajuste do custo de
aquisição ao valor justo, se este for menor.
Onde a alternativa E diz “valor de mercado”, devemos entender valor justo. Gabarito: A
05. (Esaf) A empresa MIP Comercial utiliza o método do inventário periódico, com avaliação pelo
critério PEPS, para controlar os seus estoques. Durante o exercício de 2000, entretanto, houve
um roubo de mercadorias que só foi descoberto em março de 2001 com a confissão do culpado.
No exercício de 2000 o “custo das mercadorias roubadas” foi incluído, despercebidamente:
Se em razão do roubo o estoque final foi menor, o CMV terá sido maior:
CMV ↑ = EI + C – EF ↓
06. (Analista/CVM/Esaf/2010) Ao fim do exercício social, a empresa Mel & Doces Ltda., ao
inventariar três dos seus produtos para venda, apurou a seguinte situação em quantidades e
custos de aquisição:
As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo. O preço de venda em
vigor no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para o item Alfa; R$ 10,00 para o item Beta e R$
20,00 para o item Zeta.
a) R$ 7.780,00.
b) R$ 7.880,00.
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00.
e) R$ 8.700,00.
Entre o custo de aquisição e o valor justo (valor líquido de realização), prevalece o menor:
Alfa 1.500
Beta 880
Zeta 5.400
Total 7.780
Alfa 1.500
Beta 1.200
Provisão ( 320)
Zeta 6.000
Provisão ( 600)
Total 7.780
Gabarito: A
07. (Auditor/Receita Federal/Esaf/2012) Nas operações de mercadorias, o valor dos gastos com
transportes, quando estes são feitos sob a responsabilidade do comprador:
d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes são realizados.
R: Conforme o CPC 16 (R1), o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra,
os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao Fisco), bem como
os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de
produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. Gabarito: A
08. (Analista/Receita Federal/Esaf/2012) A empresa Metalfino Ltda. não sofre tributação nas
operações de compra e venda de mercadorias; só opera com transações extra-caixa; utiliza o
método de controle permanente de estoques, com avaliação a preço médio ponderado.
a) R$ 600,00.
b) R$ 660,00.
c) R$ 780,00.
d) R$ 816,00.
e) R$ 960,00.
R: O CMV é evidenciado na coluna de saídas. Gabarito: D
BIBLIOGRAFIA
Ferreira, Ricardo J., 1961- Contabilidade básica: teoria e questões comentadas / Ricardo J.
Ferreira. - 15. ed. - Rio de Janeiro: Ferreira, 2017.
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos