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Frederico Nobre – CNPI-P

Fred tem 29 anos, é carioca e economista formado na UFRJ.

Tornou-se especialista em investimentos (CEA) certificado pela ANBIMA


aos 19 anos e atua desde então no mercado financeiro, com experiência
nas áreas de análise de investimentos, distribuição de produtos
financeiros, avaliação de commodities, extração e manipulação de dados.

Atualmente, trabalha como líder da área de análise de ações da Warren


Brasil e em paralelo é professor das certificações do mercado financeiro
no ED.

Através do Economia do Dia, Frederico já treinou milhares de alunos para


as provas de certificação do mercado financeiro e contribuiu diretamente
para a aprovação destes profissionais que hoje desempenham funções
estratégicas em empresas de destaque no Brasil.

@fredpnobre

@nobrefrederico https://www.economiadodia.com.br/
SOBRE A PROVA
É importante lembrar que para conseguir a aprovação na prova de conteúdo global (CG1), além
de acertar 40 das 60 questões, é necessário superar o percentual de 50% nas duas principais
vertentes da ementa:

- Avaliação de empresas e finanças corporativas (30 questões)


- Contabilidade (30 questões)

Sem dúvidas, muito por conta de toda a rigidez literária e detalhamentos técnicos, o conteúdo
de contabilidade é menos trivial e cheio de pormenores que acabam confundindo o candidato.

Em paralelo, a Apimec demanda diferentes fontes e muitas vezes cita comunicados


diretamente, indicando o documento que utiliza como base.

Não obstante, entendemos que para fazer uma boa prova de contabilidade, é necessário
conhecer e dominar os aspectos fundamentais da análise de demonstrações financeiras.

No nosso curso, vamos utilizar como fonte primária os CPCs – Comitês de Pronunciamentos
Contábeis, bem como outros documentos mencionados pela Apimec na bibliografia.

Em alguns casos, deixaremos de lado a rigidez técnica e traremos aspectos práticos que
podem ser cobrados em prova.
Índice

MÓDULO 10 – Demonstrações Contábeis – 4 a 9

MÓDULO 11 – Elaboração de Relatórios – 10 a 15

MÓDULO 12 – Estrutura Conceitual Básica – 16 a 20

MÓDULO 13 – Demonstração dos Fluxos de Caixa –21 a 29

MÓDULO 14 – Ativos, Passivos, Patrimônio Líquido –30 a 100

MÓDULO 15 – Conversão das Demonstrações Contábeis – 101 a 109

MÓDULO 16 – Relatórios Contábeis e Análises das Demonstrações Contábeis – 110 a 116

MÓDULO 17 – Instrumentos Analíticos para estimar retorno - 117 a 119

MÓDULO 18 – Questões ASG na Análise Fundamentalista – 120 a 142


CNPI –Módulo 10
Demonstrações Contábeis

Neste módulo, exploraremos o CPC 26. Serão cobradas 6 questões de


prova sobre o tema.

Objetivo
Definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis

NBC TG 26 = CPC 26
Estabelece requisitos gerais para a apresentação das demonstrações
contábeis, diretrizes para a sua estrutura e os requisitos mínimos para seu
conteúdo.

Alcance
A NBC TG 26 deve ser aplicada a todas as demonstrações contábeis
elaboradas de acordo com os pronunciamentos técnicos do CPC.
Definições

Demonstrações contábeis de propósito geral são aquelas cujo propósito


reside no atendimento das necessidades de informações de usuários
externos. Usuários específicos, como investidores e credores não estão na
condição de requerer relatórios.

Aplicação impraticável - A aplicação de um requisito é impraticável


quando a entidade não pode aplicá-lo depois de ter feito todos os esforços
razoáveis nesse sentido;

Materialidade - A informação é material se sua omissão, distorção ou


obscuridade pode influenciar, de modo razoável, decisões que os usuários
primários das demonstrações contábeis de propósito geral tomam como
base nessas demonstrações contábeis, que fornecem informações
financeiras sobre relatório específico da entidade;
Conjunto completo das demonstrações contábeis
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
Balanço Patrimonial do início do período mais antigo;
Demonstração do resultado do exercício (DRE);
Balanço Patrimonial do final do período;
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
Notas explicativas;
Demonstração dos Valores Adicionados (DVA);
Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA);

Notas explicativas = contêm informação adicional em relação à


apresentada nas demonstrações contábeis.

As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e


aberturas de itens divulgados nas demonstrações.
Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio
líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos
que não sejam derivados de transações com os sócios na sua qualidade de
proprietários. Vamos explorar esse conceito em maiores detalhes no
módulo seguinte.

A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as


demonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo de
demonstrações contábeis. Esse conjunto completo difere daquele
indicado pela Lei 6.404/76. Por isso, devemos guardá-lo como uma
indicação específica do pronunciamento técnico do CPC 26.

Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administração vier a


concluir que a conformidade com um requisito do CPC conduziria a uma
apresentação tão enganosa que entraria em conflito com o objetivo das
demonstrações contábeis, a entidade não deve aplicar esse
pronunciamento técnico, a não ser que esse procedimento seja
terminantemente vedado do ponto de vista legal e regulatório.
As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da
continuidade (premissa de going-concern), a menos que a administração tenha
intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua
uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades.

Quando a administração tiver ciência, ao fazer a sua avaliação, de incertezas


relevantes relacionadas com eventos ou condições que possam lançar dúvidas
significativas acerca da capacidade da entidade continuar em operação no
futuro previsível, essas incertezas devem ser divulgadas.

Por outro lado, quando as demonstrações contábeis não forem elaboradas no


pressuposto da continuidade, esse fato deve ser divulgado, juntamente com
as bases sobre as quais as demonstrações contábeis foram elaboradas e a razão
pela qual não se pressupõe a continuidade da entidade. Ao avaliar se o
pressuposto de continuidade é apropriado, a administração deve levar em
consideração toda a informação disponível sobre o futuro, que é o período
mínimo (mas não limitado a esse período) de doze meses a partir da data do
balanço.
A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a
demonstração dos fluxos de caixa (DFC), utilizando-se do regime de
competência.

Quando esse regime de contabilização é utilizado (competência), os itens de ativo,


passivo, receita e despesa somente devem ser reconhecidos se satisfizerem às
definições e aos critérios de reconhecimento para esses elementos contidos no
CPC 00 (Módulos 11 e 12).
CNPI –Módulo 11
Elaboração de relatórios

Neste módulo, exploraremos a primeira parte do CPC 00, que você pode
baixar nos materiais complementares desta aula.

Serão cobradas 4 questões de prova sobre o tema.

Sobre os módulos 11 e 12 do CG1


Atenção: em ambos os módulos exploraremos o CPC 00. Muitas vezes as
questões podem se sobrepor. A dica é: estude estes dois módulos em
conjunto antes de fazer os exercícios.

Nessa primeira parte do CPC 00, vamos focar em como reconhecer uma
receita, uma despesa, saber definir qual a melhor metodologia de estoque
e suas diferenças (PEPS, UEPS ou custo médio ponderado), itens não
recorrentes e outros aspectos da contabilidade.
Teoria da contabilidade
A Apimec pode cobrar questões relacionadas ao livro de Heriksen & Van
Breda – Teoria da Contabilidade. Nos links abaixo você consegue conferir
os principais exemplos relacionados, que você encontrará também nos
simulados do ED.

https://soundcloud.com/user-87449170/de-acordo-com-o-livro-teoria-da-
contabilidade-embora-no-longo-prazo

https://soundcloud.com/user-87449170/segundo-hendriksen-breda-em-
teoria-da-contabilidade-sao-razoes-favoraveis-a-regulamentacao-da-
contabilidade
Reconhecimento de receita, despesa e fluxo de caixa
Aqui é importante lembrar da diferença entre regime de competência e
regime de caixa.

Considere o exemplo a seguir, que aborda esses conceitos e costuma ser a


forma de cobrança por parte da Apimec:

Uma determinada empresa industrial fez o pedido do cliente em


15/07/2017. Processou os produtos e emitiu a nota fiscal de venda no dia
18/08/2017. A mercadoria saiu no dia 11/09/2017, com o frete pago pelo
vendedor. Os produtos chegaram ao estabelecimento do comprador no
dia 24/09/2017. O boleto foi pago no dia 24/10/2017.

Despesa – reconhecimento no dia 11/09


Receita – reconhecimento no dia 24/09
Custo – reconhecimento no dia 24/09
Fluxo de caixa – reconhecimento no dia 24/10
Pegadinha
Segundo o regime de competência, uma venda será reconhecida
imediatamente caso seus fluxos de caixa sejam conhecidos e com uma
alta probabilidade de recebimento

Capital próprio e capital de terceiros


A Apimec pode cobrar aqui algumas questões de cálculo de capital
próprio x capital de terceiros. Essas questões são relativamente simples,
mas é importante conhecer alguns conceitos:

Capital subscrito é o valor que os sócios definem que será o capital da


empresa, integralizado ou não, para ser mais simplista, o capital que
consta do contrato social.

Capital a realizar é o mesmo que capital a integralizar (nome


comumente utilizado) é a parte do capital subscrito que ainda não foi
aportado pelos sócios, que é uma conta redutora de capital social no PL.
Contabilização de itens

Receita operacional, COGS, despesas operacionais, resultado – DRE

Ativo, passivo, PL - BP

Impostos diferidos – passivo (mais comum) ou PL (casos específicos de


aquisições de empresas)

Lucros ou prejuízos – engordam ou reduzem o PL

Resultado abrangente:
Qualquer alteração no patrimônio líquido de uma sociedade durante um
período, decorrente de transações e outros eventos e circunstâncias não
envolvendo os sócios.
Na sua essência, o resultado abrangente é aquele que inclui (abrange) as
variações futuras de receitas e despesas que já estão registradas no ativo
ou no passivo, mas ainda não afetaram o resultado do exercício, devido ao
respeito ao regime da competência.

Exemplos:

Ajuste de avaliação patrimonial;


Variações da reserva de reavaliação;
Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão;
Ganhos e perdas derivados da conversão de demonstrações de operações
no exterior.

Transações de aquisição de empresas


Custo de aquisição – caso a participação seja < 20%
Equivalência Patrimonial - caso a participação seja > 20%
Consolidação no Balanço - caso a participação seja > 50%
CNPI –Módulo 12
Estrutura Conceitual Básica

Neste módulo, exploraremos outra parte do CPC 00, que você pode baixar
nos materiais complementares desta aula.

Serão cobradas 3 questões de prova sobre o tema.

Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro


Atenção: o CPC 00 não é um pronunciamento contábil propriamente dito

Objetivo, utilidade e limitações do relatório financeiro


Fornecer informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam
úteis para investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta
de recursos à entidade.
Usuários Primários
Investidores, credores por empréstimo e outros credores são os principais
usuários de relatórios financeiros, mas eles não podem exigir informações
diretas das entidades que reportam, de modo que os relatórios para fins
gerais atendem também outros públicos.

Atribuição de valor
Relatórios financeiros para fins gerais não se destinam a apresentar
o valor da entidade que reporta, mas fornecem informações
para auxiliar investidores, credores por empréstimos e outros credores,
existentes e potenciais, a estimar esse valor justo.

Usuários primários individuais têm necessidades e desejos de


informação diferentes e possivelmente conflitantes. Ao desenvolver os
Pronunciamentos, busca-se fornecer um conjunto de informações que
atenda às necessidades do maior número de principais usuários.
Características qualitativas
As informações financeiras devem ser úteis, relevantes e devem representar
fidedignamente a realidade.

A utilidade das informações financeiras é aumentada se


forem comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis.

Características qualitativas fundamentais

1) Relevância
2) Representação fidedigna

Características qualitativas de melhoria

1) Comparabilidade
2) Capacidade de verificação
3) Tempestividade
4) Compreensibilidade
Aplicação das características qualitativas de melhoria
Abordagem baseada no custo x benefício

Premissa da continuidade operacional (“going-concern”)


Presume-se que a entidade que reporta não entrará em recuperação
judicial ou irá a falência.

Demonstrações consolidadas e não consolidadas


As demonstrações contábeis consolidadas fornecem informações sobre os
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas tanto da
controladora como de suas controladas como uma única entidade que
reporta.

Elementos das Demonstrações Contábeis (Estrutura Conceitual):


- ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira
da entidade que reporta; e
- receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da
entidade que reporta.
Critérios de reconhecimento
Assim como o custo restringe outras decisões de relatório
financeiro, também restringe decisões de reconhecimento.

Incerteza na mensuração
Para que o ativo ou passivo seja reconhecido, ele deve ser mensurado. Em
muitos casos, essas mensurações devem ser estimadas e, portanto, estão
sujeitas a incerteza na mensuração.

Bases de mensuração (CPC 00)

1) Custo histórico
2) Valor atual

O conceito de manutenção de capital físico exige a adoção do custo


corrente como base de mensuração. O conceito de manutenção de
capital financeiro, contudo, não requer o uso de base de mensuração
específica.
CNPI –Módulo 13
Demonstração dos Fluxos de Caixa

Neste módulo, exploraremos o CPC 03, que você pode baixar nos materiais
complementares desta aula.

Serão cobradas 2 questões de prova sobre o tema.

O que é DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa?


A DFC é demonstração que tem por objetivo evidenciar para os usuários
da contabilidade como o caixa de uma empresa foi formado em um
período.

Para que serve a DFC?


As informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e possibilitam aos
usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente
dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades.
Quem deve apresentar a DFC?
De acordo com a Lei 6.404, estão obrigadas a apresenar a DFC todas as
entidades abertas e as entidades fechadas com patrimônio líquido maior
que R$ 2.000.000. A prova pode tentar confundir o candidato trocando PL
maior que 2 milhões por Receita. Atenção para não cair nessa pegadinha
sobre o CPC do Fluxo de Caixa.

Como a DFC deve ser apresentada?


A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do
período classificados por atividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

As atividades operacionais, de investimento e de financiamento são


formas que uma entidade pode gerar ou consumir caixa.
Fluxo das atividades operacionais
A DFC deve apresentar no Fluxo das Atividades Operacionais os
recebimentos e pagamentos oriundos da atividade principal da entidade.
Geralmente esses fluxos resultam de transações e de outros eventos que
entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo.

Exemplos:
recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de
serviços; royalties, honorários, comissões e outras receitas;
pagamentos de caixa a fornecedores, empregados e serviços;
recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e
sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice;
pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos
que possam ser especificamente identificados com as atividades de
financiamento ou de investimento; e
recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para
negociação imediata ou disponíveis para venda futura.
Fluxo das atividades de investimento
Os fluxos das atividades de investimento representarem dispêndios de
recursos que são feitos pela entidade com a finalidade de gerar lucros e
fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo
reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de classificação
como atividades de investimento.

Exemplos:

pagamentos e recebimentos em caixa para aquisição ou por venda de


ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo;

pagamentos e recebimentos em caixa para aquisição ou por venda de


instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades
e participações societárias em joint ventures;
adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles
adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira);

recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização


de empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e
empréstimos de instituição financeira);

pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap,


exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata
ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de
financiamento; e

recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap,


exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata
ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades
de financiamento.
Fluxo das atividades financiamento
A característica principal desse fluxo é que as atividades de financiamento
resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e
no capital de terceiros da entidade.

Exemplos:

caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos


patrimoniais, bem como pagamentos em caixa a investidores para
adquirir ou resgatar ações da entidade;

caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas


promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de
curto e longo prazos, bem como amortização de empréstimos e
financiamentos; e pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução
do passivo relativo a arrendamento.
Casos especiais
CPC 03 - DFC

Pagamento de Juros e Dividendos

Tratamento
Caso especial Operação CPC Encoraja
alternativo
Pagamento Operacional Financiamento
JUROS
Recebimento Operacional Investimento

Pagamento Financiamento Operacional


Dividendos e
JCP Recebimento Operacional Investimento
Empréstimos

Caso especial Operação Fluxo de caixa


Contraído Financiamento
Concedido Investimento
EMPRÉSTIMOS
Juros Operacional/
Financiamento

Arrendamentos

Caso especial Operação Fluxo de caixa Observação


Contraído Financiamento Pagto das parcelas
Concedido Operacional Atividade principal
Arrendamento Juros Operacional/ -
Mercantil Financiamento

Arrendamento curto prazo Operacional Despesa


Compra de ações

Caso especial Operação Fluxo de caixa


Terceiros Investimento
Compra de ações Recompras (ações em Financiamento
tesouraria)

Imóveis

Caso especial Operação Fluxo de caixa

Uso Investimento
Imóveis
Aluguel Operacional
CNPI –Módulo 14
Ativos, Passivos, Patrimônio Líquido

Neste módulo, exploraremos vários CPCs, que você pode baixar nos
materiais complementares desta aula.

Serão cobradas 5 questões de prova sobre temas diversos da


contabilidade.

Esse módulo vai abranger diversas CPCs, que são menores em texto mas
seus conceitos são cobrados em prova da mesma forma.

Importante: basta ler e entender a ideia principal de cada um que já está


válido para a prova.
Tópicos que vamos explorar neste módulo:

CPC 01 - Redução do valor recuperável dos ativos


CPC 04 - Ativos Intangíveis
CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil
CPC 08 - Custos de Transação e Prêmio na Emissão de Títulos e Valores
Mobiliários
CPC 16 - Estoques
CPC 18 - Investimento em Coligada, Controlada ou Empreendimento Controlado
em Conjunto
CPC 19 - Combinação de Negócios
CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
CPC 27 - Ativos Imobilizados
CPC 28 - Propriedade para investimento
CPC 29 - Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas
CPC 32 - Tributos sobre o Lucro
CPC 46 - Valor Justo
CPC 48 - Instrumentos Financeiros
CPC 01 - Redução do valor recuperável dos ativos
O objetivo deste Pronunciamento Técnico (Resumo CPC 01) é estabelecer
procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos
estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores
de recuperação.

Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de
recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado
pelo uso ou pela venda do ativo.

Alcance
Este pronunciamento deve ser aplicado na contabilização de ajuste para
perdas por desvalorização de todos os ativos.

Isso também inclui:


controladas; coligadas; e empreendimento controlado em conjunto.
Exceções:
- Estoques;
- Ativos de contrato e ativos resultantes de custos para obter ou cumprir
contratos que devem ser reconhecidos de acordo com o CPC 47 ;
- Ativos fiscais diferidos;
- Ativos advindos de planos de benefícios a empregados;
- Instrumentos Financeiros;
- Propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo;
- Ativo Biológico ou produtos agrícolas; ]
- Contratos de Seguro;
- Ativo não circulante mantido para venda e operação descontinuada.

Definições
Segundo o Resumo CPC 01, valor contábil é o montante pelo qual o ativo
está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva
depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.
Definições
Segundo o Resumo CPC 01, valor contábil é o montante pelo qual o ativo
está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva
depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.

Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou


outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos
seu valor residual. Depreciação, amortização e exaustão é a alocação
sistemática desse valor durante sua vida útil.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um


ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável (o
maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o
seu valor em uso).
De acordo com o Resumo CPC 01, vida útil é:
o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter do ativo.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que


devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

O ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor
recuperável.

A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma


indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver
alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao


valor recuperável, a entidade deve testar no mínimo anualmente a
redução ao valor recuperável de um ativo.
Valor em uso
A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:

- estimar futuras entradas e saídas de caixa derivadas do uso contínuo do


ativo e de sua baixa final;

- aplicar a taxa de desconto apropriada a esses fluxos de caixa futuros.

Estimativas de fluxos de caixa futuros não devem incluir:


entradas ou saídas de caixa provenientes de atividades de financiamento;
ou recebimentos ou pagamentos de tributos sobre a renda.

Moeda Estrangeira
A entidade deve traduzir o valor presente usando a taxa de câmbio à vista
na data do cálculo do valor em uso.
Reconhecimento e mensuração da perda por desvalorização
Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor
contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor
recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do
ativo.

A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente


na demonstração do resultado, a menos que o ativo tenha sido reavaliado.
Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como
diminuição do saldo da reavaliação.

A perda por desvalorização de ativo não reavaliado deve ser reconhecida


na demonstração do resultado do exercício. Entretanto, a perda por
desvalorização de ativo reavaliado deve ser reconhecida em outros
resultados abrangentes
O valor recuperável de um ativo não pode ser estimado se:

- o valor em uso do ativo não puder ser estimado como sendo próximo de
seu valor justo líquido de despesas de venda

- o ativo não gerar entradas de caixa que são em grande parte


independentes daquelas provenientes de outros ativos.

Reversão da perda por desvalorização


Uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para
um ativo, deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas
estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a
última perda por desvalorização que foi reconhecida

Obs* - CPC 04 – Ativo Intangível proíbe o reconhecimento de ágio por


expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente.
CPC 04 – Ativo Intangível
O Pronunciamento Técnico CPC 04 aplica-se a contabilização de ativos
intangíveis, com exceção de:

- Ativos intangíveis dentro do alcance de outro CPC;


- Ativos financeiros;
- Ativos advindos da exploração e avaliação de recursos minerais;
- Gastos com desenvolvimento e extração de minerais, óleo, gás natural e
outros recursos naturais não renováveis;
- Ativos intangíveis mantidos pela entidade para venda no curso ordinário dos
negócios;
- Ativos fiscais diferidos;
- Benefícios a Empregados;
- Arrendamentos de ativo intangível;
- Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido em
combinação de negócios;
- Contratos de Seguro;
- Ativos intangíveis não circulantes classificados como mantidos para venda.
Exemplos de aplicabilidade do CPC 04:

- gastos com propaganda, marcas, patentes, treinamento, início das


operações (também denominados pré-operacionais) e atividades de
pesquisa e desenvolvimento

Definições:

Ativo intangível é um ativo não monetário, identificável e sem substância


física.

Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a


serem recebidos em uma quantia fixa ou determinável de dinheiro.

A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para


diferenciá-lo do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura
(goodwill). Isto é, o goodwill não é identificável.
Valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que uma
entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas
estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas
para o fim de sua vida útil.

Exemplos de ativos intangíveis:

Softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes


cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de
pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou
fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de
comercialização.

Cuidado: apesar desses exemplos serem utilizados na prática, nem


todos necessariamente são intangíveis de fato, na medida que
precisam ser identificáveis, controlados e geradores de benefícios
futuros.
Reconhecimento e mensuração

O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade


demonstre que ele atende:

(a) a definição de ativo intangível (não monetário, identificável e sem


substância física);

(b) os critérios de reconhecimento.

Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:

for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao


ativo serão gerados em favor da entidade;

o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.

Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.


Aquisição separada

Normalmente, o preço que a entidade paga para adquirir separadamente


um ativo intangível considera alguma expectativa de retorno.

A entidade sempre espera que haverá benefício econômico, mesmo que


haja incerteza em relação aos fluxos de caixa esperados;

Portanto, a condição de probabilidade de ocorrência de benefícios


futuros é sempre considerada atendida para aquisições separadas.

O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:

seu preço de compra, acrescido de impostos, depois de deduzidos os


descontos comerciais e abatimentos;

qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a


finalidade proposta.
Exemplos de custos diretamente atribuíveis

Custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o


ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento);

honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique


em condições operacionais;

custos com testes para verificar se o ativo está funcionando


adequadamente;

gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do


ativo intangível;

taxas de registro de direito legal;

amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo


intangível.
Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível

custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo


propaganda e atividades promocionais);

gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo;

ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes


do ativo atingir o desempenho planejado;

custos da transferência das atividades para novo local ou para nova


categoria de clientes (incluindo custos de treinamento);

custos administrativos e outros custos indiretos.


O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível cessa
quando esse ativo está nas condições operacionais pretendidas pela
administração.

Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o


seu custo deve ser o valor justo na data de aquisição.

Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

Gastos com pesquisa são classificados como despesas quando


incorridos. Isso porque durante a fase de pesquisa, a entidade não está
apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis
benefícios econômicos futuros.

Gastos de desenvolvimento em conformidade com os referidos critérios


de reconhecimento podem ser apresentados como ativos intangíveis
Reavaliação

Após o seu reconhecimento inicial, se permitido legalmente, um ativo


intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente
ao seu valor justo à data da reavaliação.

O método de reavaliação não permite

A reavaliação de ativos intangíveis que não tenham sido previamente


reconhecidos como ativos;

o reconhecimento inicial de ativos intangíveis a valores diferentes do


custo.

O método de reavaliação deve ser aplicado após um ativo ter sido


inicialmente reconhecido pelo custo.
Caso um ativo intangível em uma classe de ativos intangíveis reavaliados não
possa ser reavaliado porque não existe mercado ativo para ele, deve ser
reconhecido pelo custo menos a amortização acumulada e a perda por
desvalorização.

Se o valor contábil de ativo intangível diminuir em virtude de reavaliação, essa


diminuição deve ser reconhecida no resultado. No entanto, a diminuição do
ativo intangível deve ser debitada diretamente ao patrimônio líquido, contra a
conta de reserva de reavaliação, até o seu limite.

O saldo acumulado relativo à reavaliação acumulada do ativo intangível


incluída no patrimônio líquido somente pode ser transferido para lucros
acumulados quando for realizada. O valor total pode ser realizado com a baixa
ou a alienação do ativo.

A transferência para lucros acumulados não deve transitar pelo resultado.


Vida útil

A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando,


com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite
previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa
líquidos positivos para a entidade. O termo “indefinida” não significa “infinita”.

Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto
a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver


disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições
necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração.
Valor residual

Deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil definida
é zero, a não ser que:

haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final da sua vida útil;

exista mercado ativo para ele;

o valor residual possa ser determinado em relação a esse mercado;

seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida útil do ativo.

O valor residual de ativo intangível pode ser aumentado. A despesa de


amortização de ativo intangível será zero enquanto o valor residual
subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.
Período e método de amortização

O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida


devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício.

A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada
periodicamente para determinar se eventos e circunstâncias continuam a
consubstanciar a avaliação de vida útil indefinida.

A amortização de ativo intangível com vida útil definida não termina quando
ele deixa de ser utilizado, a não ser que esteja completamente amortizado ou
classificado como mantido para venda.
Baixa

O ativo intangível deve ser baixado:

por ocasião de sua alienação;

quando não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização
ou alienação.
CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

O Pronunciamento Técnico CPC 06 explora os tipos, reconhecimento e


mensuração de arrendamentos.

Arrendamentos são contratos em que há a transferência do direito de uso de


um ativo por um determinado período.

Arrendamentos operacionais - há transferência substancial de todos os riscos


e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente

Arrendamentos financeiros - riscos e benefícios não são transferidos à


propriedade do ativo subjacente
Tipos de arrendamento não aplicáveis ao CPC 06

Arrendamentos para explorar ou usar minerais, petróleo, gás natural e


recursos não renováveis similares;

arrendamentos de ativos biológicos dentro do alcance do CPC 29 – Ativo


Biológico e Produto Agrícola mantidos por arrendatário;

acordos de concessão de serviço dentro do alcance da ICPC 01 – Contratos de


Concessão;

licenças de propriedade intelectual concedidas por arrendador dentro do


alcance do CPC 47 – Receita de Contrato com Cliente;

direitos detidos por arrendatário previstos em contratos de licenciamento


dentro do alcance do CPC 04 – Ativo Intangível para itens como: filmes,
gravações de vídeo, reproduções, manuscritos, patentes e direitos autorais.
Critérios de reconhecimento para o arrendador

Para os arrendadores, o tipo de arrendamento é crucial para se determinar o


modo pelo qual reconhecemos o arrendamento.

Arrendamentos financeiros – há reconhecimento de um ativo no Balanço


Patrimonial. Esse ativo é um recebível do contrato de arrendamento;

Arrendamentos operacionais – não há reconhecimento no Balanço


Patrimonial, apenas uma receita periódica na DRE da empresa.

Caso o arrendatário opte por não reconhecer os itens acima como


arrendamentos, será necessário incluí-los como despesas na DRE, conforme
exemplo abaixo, que considera um arrendamento de R$50.000:

DRE – Despesa de arrendamento (-) 50.000


Passivo - Arrendamentos a pagar (+) 50.000
Critérios de reconhecimento para o arrendatário

o reconhecimento do arrendamento por parte do arrendatário


é facultativo nos seguintes casos:

Arrendamentos de curto prazo (até 12 meses, sem opção de compra);


Arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor.

Caso o arrendatário opte por não reconhecer os itens acima como


arrendamentos, será necessário incluí-los como despesas na DRE, conforme
exemplo abaixo, que considera um arrendamento de R$50.000:

DRE – Despesa de arrendamento (-) 50.000


Passivo - Arrendamentos a pagar (+) 50.000
Mensuração do ativo

deve ser inicialmente reconhecido pelo arrendatário como um DIREITO DE


USO pelo seu valor de CUSTO

Exemplo:
Considere um ativo com custo inicial de R$500.000, arrendamento de 60
meses, com parcelas mensais de R$10.000

Arrendamento (+) 500.000 - ativo


Encargos financeiros (+) 100.000 – conta retificadora do passivo
Arrendamento a pagar (+) 500.000 – passivo

*Os encargos financeiros são contabilizados como despesas de juros na DRE, de


modo que muitos analistas realizam ajustes na dívida de algumas empresas
para contabilizar também o passivo de arrendamento.
Mensuração subsequente do ativo

também deve ser feita pelo método do custo (em regra), subtraindo-se do valor
do ativo eventual depreciação, eventual perda por redução ao valor recuperável
e eventual perda por correção na mensuração do passivo do arrendamento

Mensuração do passivo
No caso do passivo, a mensuração inicial deve ser feita trazendo-se para o valor
presente os pagamentos do arrendamento que não se referem à data da
mensuração inicial
CPC 08 – Custos de transação e prêmio na emissão de títulos

O objetivo do CPC 08 é determinar o tratamento contábil utilizado


no reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação e
dos prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários auferidos na
captação de recursos pelas empresas (dívidas e emissões de ações).

Abrange os custos de transação e prêmios de:


– Distribuição de ações
– Aquisição e alienação de ações próprias
– Empréstimos e financiamentos
– Prêmios de debêntures
– Títulos e valores mobiliários

Exemplos
Custos de transação: gastos com relatórios, prospectos, serviços de
terceiros, publicidade, taxas e comissões, etc..
Prêmio é o valor recebido que supera o valor de resgate
Exemplo 01 – Dívida

Uma empresa captou R$2 milhões através de uma dívida de curto prazo
para pagamento em 4 meses e custos de transação de R$100 mil.

Caixa – R$1.900.000
Custo a amortizar – R$100.000 (conta retificadora do passivo)
Empréstimo a pagar – R$2.000.000

Depois do primeiro mês, a empresa contabiliza o custo do empréstimo


como despesa de juros na DRE e inclui o valor proporcional dos custos de
transação. Supondo juros de 1% a.m.:

Mês 01
Despesa de juros – R$20.000
Custos de transação – R$25.000
Custo a amortizar – R$75.000
Exemplo 02 – Equity

Uma empresa lançou R$2 milhões em novas ações e incorreu em custos


de transação de R$100 mil.

Caixa – R$1.900.000
Gastos com emissão – R$100.000 (conta retificadora do PL)
Capital Social – R$2.000.000

Observação do CPC08 em relação aos dividendos


Dividendos mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma
obrigação, na data do encerramento do exercício social a que se referem
as demonstrações contábeis.
CPC 16 – Estoques

O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil


para os estoques. A questão fundamental na contabilização dos estoques
é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos
registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas.

Este CPC aplica-se a todos os estoques, com exceção dos seguintes:

- instrumentos financeiros;
- ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e o produto
agrícola no ponto da colheita;
- comerciantes de commodities que mensurem seus estoques pelo valor
justo deduzido dos custos de venda.
Definições

Estoques são ativos:


- mantidos para venda no curso normal dos negócios;
- em processo de produção para venda;
- na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos


negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade
espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios.

O valor justo reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a
venda do mesmo estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) para
esse estoque ocorreria entre participantes do mercado na data de
mensuração.

Além disso, o primeiro é um valor específico para a entidade, ao passo que


o segundo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques
pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários
para a respectiva venda.

Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor


realizável líquido, dos dois o menor.
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques
à sua condição e localização atuais.

A entidade deve usar o mesmo critério de custeio (PEPS, UEPS, custo


médio ponderado) para todos os estoques que tenham natureza e uso
semelhantes para a entidade. Para os estoques que tenham outra
natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de valoração.

O critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os


itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam
vendidos em primeiro lugar. Consequentemente, os itens que
permanecerem em estoque no fim do período são aqueles que foram
recentemente comprados ou produzidos.
O critério UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os itens
de estoque que foram comprados ou produzidos mais recentemente
sejam vendidos em primeiro lugar. Consequentemente, os itens que
permanecerem em estoque no fim do período são aqueles que foram
comprados ou produzidos anteriormente.

Já pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é


determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes
no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou
produzidos durante o período.

O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques


estiverem danificados, obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem
diminuído. Portanto, a prática de reduzir o valor de custo dos estoques
(write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de
vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores
àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso,
podendo haver reversão (limitada a quantia da redução original).
CPC 18 – Investimentos em Controlada ou Empreendimento Controlado em
Conjunto
O objetivo deste CPC aborda o método de equivalência patrimonial e suas
aplicações na contabilização de investimentos em coligadas, controladas e
empreendimentos controlados em conjunto.

Definições:

Coligada: Entidade na qual o investidor exerce influência significativa.


Demonstrações consolidadas: Apresentação unificada de ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e
suas controladas. A utilização do método consolidado presume controle da
empresa (participação acima de 50%).
Método da equivalência patrimonial: Reconhecimento inicial do
investimento pelo custo, com ajustes para refletir a alteração pós-aquisição
na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. Método
utilizado apenas caso haja influência significativa.
Influência significativa: Capacidade de participar das decisões financeiras e
operacionais de uma investida, sem necessariamente ter controle individual
ou conjunto. Se um investidor detém 20% ou mais do poder de voto da
investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que
possa ser provado o contrário. A influência significativa também pode ser
demonstrada através da representação no conselho de administração da
investida, participação na política de decisões, operações materiais entre o
investidor e a investida, entre outros.

Negócio em conjunto: Negócio controlado conjuntamente por duas ou


mais partes.

Controle conjunto: Controle compartilhado de um negócio, existente


apenas quando há consenso unânime entre as partes.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture): Acordo


conjunto onde as partes detêm controle e direitos sobre os ativos líquidos
do acordo.
Em resumo, temos o seguinte acerca do método de equivalência
patrimonial:
– Contabilização inicial pelo custo
– A conta investimentos aumenta ou diminui de acordo com lucro ou
prejuízo da investida
– Os dividendos distribuídos diminuem o valor do investimento
– Ajustes feitos no PL da investida afetam o PL e o investimento na
investidora.

Exemplo: A empresa X adquiriu 30% das ações da empresa Y, pelo valor de


R$200.000,00.

Reconhecimento inicial:

Investimento em coligadas + 200.000


Caixa - 200.000
Exemplo: Agora vamos supor que no ano seguinte empresa Z apurou um
lucro de R$100.000,00 e destinou R$40.000,00 para os dividendos .

30% do lucro apurado por Y será adicionado no valor do investimento em X,


descontado dos dividendos:

Investimento em coligadas + 30.000


Dividendos a receber - 12.000

Portanto, neste momento, o saldo da conta de investimento em coligadas é


R$218.000 (200 + 30 – 12).
CPC 18 – Investimentos em Controlada ou Empreendimento Controlado em
Conjunto
O objetivo deste CPC aborda o método de equivalência patrimonial e suas
aplicações na contabilização de investimentos em coligadas, controladas e
empreendimentos controlados em conjunto.

Definições:

Coligada: Entidade na qual o investidor exerce influência significativa.


Demonstrações consolidadas: Apresentação unificada de ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e
suas controladas. A utilização do método consolidado presume controle da
empresa (participação acima de 50%).
Método da equivalência patrimonial: Reconhecimento inicial do
investimento pelo custo, com ajustes para refletir a alteração pós-aquisição
na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. Método
utilizado apenas caso haja influência significativa.
CPC 19 – Combinação de negócios
O Pronunciamento Técnico CPC 19 especifica como contabilizar as
participações em joint ventures e na divulgação dos ativos, passivos, receitas
e despesas desses empreendimentos nas demonstrações contábeis dos
investidores.

Definições:

Empreendimento controlado em conjunto é aquele em que diversas


partes se comprometem à realização de atividade econômica, sujeita a
controle compartilhado entre duas ou mais dessas partes. Nenhuma parte,
sozinha, governa as políticas financeiras e operacionais do
empreendimento.

No controle conjunto de operações, os ativos pertencem diretamente aos


empreendedores, que reconhecem seus próprios ativos e suas próprias
obrigações; cada um reconhece a receita e a despesa que lhe cabem.
Controle compartilhado (Joint Venture) o CPC 19 prevê, no balanço
individual de cada controlador em conjunto, o método da equivalência
patrimonial e, além disso, obriga à demonstração consolidada proporcional
em todos os controladores em conjunto.

O CPC 19 não permite que um empreendedor deixe de aplicar a


consolidação proporcional e o método de equivalência patrimonial quando
a entidade controlada em conjunto estiver operando sob severas restrições,
as quais afetam sua capacidade de transferir fundos ao empreendedor.

Na aquisição de um investimento em joint venture, são aplicados os


conceitos relativos a um investimento em controlada, a não ser quando
especificado diferentemente.

Demonstrações separadas - A investidora pode também preparar


demonstrações separadas para esses investimentos, onde são avaliados ao
valor justo ou, se for o caso, ao custo, nunca pela equivalência patrimonial.
CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
O Pronunciamento Técnico CPC 25 define provisão como passivo de prazo ou
valor incertos. Este pronunciamento não se aplica a instrumentos financeiros.

Definições:

•Provisão: Passivo com prazo ou valor incertos.


•Passivo: É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos.
•Evento que cria obrigação: evento que cria uma obrigação legal ou não
formalizada que obriga a entidade a liquidar uma dívida.
•Obrigação Legal: deriva de contrato (por meio de termos explícitos ou
implícitos), legislação ou outra ação da lei.
•Obrigação não formalizada: decorre das ações da entidade que criam uma
expectativa válida em outras partes de que cumprirá com responsabilidades
assumidas.
Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Passivo contingente: Obrigação possível ou obrigação presente não


reconhecida por falta de confiabilidade na mensuração.

Ativo contingente: Ativo possível confirmado por eventos futuros incertos.

Diferença entre Provisões e Passivos Contingentes: Passivos contingentes


não são reconhecidos porque sua existência será confirmada pela ocorrência
ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle
da entidade.

Reconhecimento de provisões ocorre quando existe uma obrigação


presente, quando é provável uma saída de recursos e se pode fazer uma
estimativa confiável do valor da obrigação. As provisões devem ser
reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor
estimativa corrente. Caso não seja mais provável a necessidade de uma saída
de recursos para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.
Ativos contingentes: Não devem ser reconhecidos: Isso se dá porque sua
existência é incerta até que os eventos futuros ocorram ou não. No entanto,
se a realização de ganhos é praticamente certa, o ativo relacionado deixa de
ser contingente e seu reconhecimento é apropriado.

Passivos contingentes: Não devem ser reconhecidos: Isso ocorre quando


não é provável que seja necessária uma saída de recursos, ou quando não se
pode fazer uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação.

Risco e Incerteza: Necessidade de precaução ao fazer julgamentos sob


incerteza para evitar superavaliação de receitas e ativos e subavaliação de
despesas e passivos.
CPC 27 – Ativos Imobilizados
O CPC 27 trata dos ativos imobilizados e sua contabilização, incluindo
reconhecimento, mensuração, reavaliação, depreciação e baixa.

Os princípios do CPC 27 são essenciais para a contabilização adequada dos


ativos imobilizados e garantir que as informações financeiras refletem a
verdadeira condição econômica da entidade.

Definições:

Ativo imobilizado é o item tangível mantido para uso na produção ou


fornecimento de mercadorias ou serviços, aluguel a outros, ou para fins
administrativos e se espera utilizar por mais de um período.

Reconhecimento do ativo imobilizado: quando for provável que benefícios


econômicos fluam para a entidade e quando o custo do item pode ser
mensurado confiavelmente.
Aplicação do CPC 27
O CPC 27 aplica-se aos ativos imobilizados usados para desenvolver ou
manter. Espera-se que sejam utilizados por mais de um período.

Aplica-se a ativos tangíveis que são mantidos para uso na produção ou


fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins
administrativos.

Aplica-se às plantas portadoras usadas na produção ou no fornecimento de


produtos agrícolas, cultivadas para produzir frutos por mais de um período.

O CPC 27 não se aplica a ativos imobilizados classificados como mantidos


para venda; ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola que não
sejam plantas portadoras; ativos de exploração e avaliação; Direitos sobre
jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás natural, carvão mineral,
dolomita e recursos não renováveis semelhantes; Produtos das plantas
portadoras.
Substituição de partes do ativo imobilizado: devem ser reconhecidas no
valor contábil quando o custo é incorrido, se atendem aos critérios de
reconhecimento.

O custo do ativo imobilizado inclui preço de aquisição, impostos, custos


diretamente atribuíveis para colocar o ativo em operação e custos de
desmontagem e restauração do local. Considera-se o preço à vista na data do
reconhecimento. Se a compra é a prazo, a diferença é reconhecida como
despesa de juros.

Ativos imobilizados podem ser adquiridos por permuta. Nesse caso, o custo é
mensurado pelo valor justo.

Reavaliação: se o valor justo de um ativo imobilizado pode ser medido


confiavelmente, ele pode ser reavaliado para o valor justo na data da
reavaliação, menos a depreciação e perda por redução ao valor recuperável
acumuladas.
Depreciação é o processo de alocação sistemática do valor depreciável de
um ativo durante a sua vida útil. Um ativo deve ser depreciado a partir da
data em que esteja disponível para uso.

A vida útil e o método de depreciação de um ativo devem ser revisados


pelo menos ao final de cada ano e, se houver uma mudança significativa nas
expectativas comparadas às estimativas anteriores, a mudança deve ser
contabilizada como uma alteração de estimativa.

Baixa - o valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado por
venda, ou quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com
a sua utilização ou venda. Isso ocorre, por exemplo, quando um ativo está
obsoleto ou não está sendo usado. A entidade deve mensurar o valor
realizável líquido de um ativo que será baixado, geralmente sendo o valor de
venda, ou o valor mais alto entre o valor justo menos os custos de venda e o
valor em uso. Se o valor contábil for maior que o valor realizável líquido, deve-
se reconhecer uma perda por impairment.
CPC 28 - Propriedade para investimento

Define "propriedade para investimento" como um imóvel (terreno ou edifício,


parte de um edifício) mantido pelo proprietário (ou arrendatário em um
arrendamento financeiro) para ganhar renda de aluguel ou para a valorização
do capital ou para ambos, e não para uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços ou para fins administrativos; nem para venda no curso
ordinário dos negócios.

Exemplos incluem: terrenos mantidos para valorização a longo prazo,


edifícios mantidos para aluguel, terrenos mantidos para uso futuro
indeterminado.

A propriedade para investimento é classificada como Investimentos, no Ativo


Não Circulante.
Exclusões da Definição de Propriedade para Investimento

Propriedade destinada à venda no curso ordinário dos negócios ou em vias


de construção ou desenvolvimento para essa venda.

Propriedade ocupada pelo proprietário, inclusive a propriedade mantida para


uso futuro como propriedade ocupada pelo proprietário.

Propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso subsequente como


propriedade ocupada pelo proprietário.

Propriedade ocupada por empregados (por exemplo, residências para


funcionários).

Propriedade ocupada pelo proprietário enquanto aguarda alienação.

Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.


Casos mistos e reconhecimento inicial

Para propriedades parcialmente usadas para investimento e parcialmente


para uso próprio ou produção de bens ou serviços, se as partes puderem ser
vendidas separadamente, a contabilização é feita separadamente.

Propriedade para investimento é inicialmente mensurada pelo custo, que


inclui custos de transação. Se a compra for feita a prazo, o custo inicial é o
valor à vista, e a diferença é reconhecida como despesa financeira ao longo
do tempo.

Mensuração após Reconhecimento Inicial

Após o reconhecimento inicial, a entidade pode escolher entre modelo de


custo e modelo de valor justo para todas as suas propriedades para
investimento.
Transferências

Ao transferir de propriedade para investimento contabilizada pelo valor justo


para propriedade ocupada pelo proprietário ou para estoque, o custo
subsequente deve ser o valor justo na data da mudança de uso.

Baixa

A baixa da propriedade para investimento deve ocorrer quando da sua


alienação ou quando for permanentemente retirada de uso e não se espera
que benefício econômico futuro seja obtido da sua alienação.
CPC 29 - Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas

O CPC 29, que se relaciona com a norma internacional IAS 41, padroniza as
atividades agropecuárias e proporciona o tratamento contábil para ativos
biológicos e produtos agrícolas. Foi aprovado em 2009, após a aprovação da
Lei nº 11.638/07.

Anteriormente, o modelo contábil usava o custo histórico como forma de


mensuração. O CPC 29 introduziu a mensuração por valor justo menos o
custo de venda, tornando os resultados mais confiáveis.

Um ativo biológico é um ser vivo (animal ou planta) desde o seu


nascimento ou plantio até a colheita ou abate. Estes ativos passam por
processos naturais de transformação biológica (crescimento, degeneração,
produção e procriação) que afetam seu valor justo.

Exemplos: Porcos; Gado; Cana-de-açúcar; Carneiro; Plantação de árvores para


geração de madeira; Plantações de algodão
Não são considerados ativos aplicáveis ao CPC 29:
terras relacionadas com atividades agrícolas; plantas portadoras relacionadas
com a atividade agrícola (o produto dessas plantas portadoras pode receber
tratamento contábil pelo CPC 27); subvenção e assistência governamentais
relacionadas às plantas portadoras; e ativos intangíveis relacionados com
atividades agrícolas.

Pelo CPC 29, os ativos considerados serão aqueles obtidos no momento e no


ponto de colheita dos produtos gerados pelos ativos biológicos. Isso significa
que os produtos agrícolas que sofrem algum tipo de processo depois deste
momento não são considerados.

Por exemplo, uma plantação de árvore para madeira pode ser considerada
um ativo biológico. Porém, a partir do momento em que esta se torna uma
tora ou madeira serrada, não fará mais parte do reconhecimento do CPC 29.
Uma entidade reconhece um ativo biológico ou produto agrícola quando é
provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade,
permitindo a mensuração do valor justo com destacada segurança, menos os
custos estimados de venda, sobre o custo de venda incluem comissões,
impostos e taxas de transferência.

Processos de produção agrícola e transformação biológica

A produção agrícola é a colheita que a empresa faz dos ativos biológicos.

Transformação biológica refere-se às mudanças físicas dos ativos por conta


do seu procedimento natural.

Estes processos sempre alteram a qualidade e número dos ativos biológicos


e, consequentemente, o seu valor justo.
O CPC 29 mostra que são os ativos biológicos que geram produtos agrícolas.
Ou seja, não há um produto agrícola sem antes existir um ativo biológico. De
maneira que a extração de um produto agrícola só se faz por meio de um
ativo biológico e pode gerar mais de um produto agrícola.

Classificação dos ativos biológicos:

Ativos consumíveis ou de produção: Eles têm a característica de vendas ou


colhimento;

Ativos maduros: Esses ativos estão prontos para serem colhidos e


consumidos;

Ativos imaturos: Sustentam as colheitas e sua função é ser próprio para a


serem produzidos.
CPC 32 - Tributos sobre o Lucro
O CPC 32 não trata sobre contabilidade para concessões governamentais ou
créditos fiscais de investimento. Foca na contabilização das diferenças
temporárias que podem surgir de créditos fiscais de tais subvenções ou
investimentos.

Definições:
Passivo fiscal diferido: Valor do tributo sobre o lucro devido em período
futuro relacionado às diferenças temporárias tributáveis.

Ativo fiscal diferido: Valor do tributo sobre o lucro recuperável em período


futuro relacionado a diferenças temporárias dedutíveis, compensação futura
de prejuízos fiscais não utilizados e compensação futura de créditos fiscais
não utilizados.

Diferença temporária: Diferença entre o valor contábil de ativo ou passivo no


balanço e sua base fiscal. Pode ser diferença temporária tributável ou
dedutível.
Despesas indedutíveis e receitas não tributáveis
As despesas que não podem ser deduzidas do lucro incluem: provisões em
geral, brindes, multas indedutíveis, perdas com o Método de Equivalência
Patrimonial.

As receitas que não são tributadas pelo Imposto de Renda incluem:


Resultado positivo com Equivalência Patrimonial e receita de dividendos.

Diferença temporária: Diferença entre o valor contábil de ativo ou passivo no


balanço e sua base fiscal. Pode ser diferença temporária tributável ou
dedutível.

Diferenças Temporárias Tributáveis: São aquelas que resultam em valores


tributáveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de períodos
futuros quando o valor contábil de ativo ou passivo é recuperado ou
liquidado. Em outras palavras, são situações que vão gerar mais impostos no
futuro.
Por exemplo, se uma empresa tem uma depreciação acelerada para fins
fiscais (mais rápida que a contábil), o valor do ativo será maior na
contabilidade do que na base fiscal. Quando esse ativo for vendido, o ganho
será maior para fins contábeis e haverá um maior valor a pagar de imposto
no futuro. Portanto, há uma diferença temporária tributável.

Diferenças Temporárias Dedutíveis: São aquelas que resultam em valores


que são dedutíveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de
futuros períodos quando o valor contábil do ativo ou passivo é recuperado ou
liquidado. Ou seja, são situações que vão diminuir o imposto a ser pago no
futuro. Um exemplo é a provisão para contingências. Na contabilidade, essa
despesa é reconhecida quando é provável e mensurável. No entanto, para
fins fiscais, só é reconhecida quando a obrigação é definida judicialmente.
Portanto, nesse caso, temos uma despesa maior na contabilidade (provisão
feita) do que na base fiscal (provisão não considerada), que será revertida no
futuro quando a despesa for reconhecida para fins fiscais. Isso é uma
diferença temporária dedutível, que resultará em menos imposto a pagar no
futuro.
CPC 46 - Mensuração a valor justo

O CPC 46 busca trazer uniformidade e transparência às práticas de


mensuração contábil. Ele tem três objetivos principais:

Definir o valor justo.


Estabelecer a estrutura para mensuração do valor justo.
Definir as divulgações sobre mensurações do valor justo.

Pontos importantes:
É uma mensuração baseada em mercado.
Não é específica da entidade, mas de um ativo ou passivo.
O valor justo é geralmente um preço de saída.
Informações ou transações de mercado podem ser observáveis para alguns
ativos e passivos e não para outros.
Definição do Valor Justo

O CPC 46 define o valor justo como o preço que seria recebido pela venda de
um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data da mensuração.

Pontos principais para entender o valor justo:

- Preço recebido pela venda de ativo

- Preço pago pela transferência de passivo

- Transação não forçada entre participantes do mercado


O valor justo presume que a transação ocorre no mercado principal ou, na
sua ausência, no mercado mais vantajoso.

•O mercado principal tem o maior volume e nível de atividade para o ativo


ou passivo.

•O mercado mais vantajoso maximiza o valor recebido para vender o ativo


ou minimiza o valor pago para transferir o passivo, levando em conta os
custos de transação e transporte.

Importante: O preço no mercado principal não é ajustado para refletir os


custos de transação. No entanto, os custos de transporte devem ser
considerados..
O CPC 46 determina que o valor justo presume que a transação ocorre no
mercado principal, e o preço usado para essa mensuração não deve ser
ajustado para incluir os custos de transação. Os custos de transação são
aqueles necessários para vender o ativo ou transferir o passivo, como
comissões de corretagem, taxas de transferência, entre outros.

No entanto, a regra é diferente para os custos de transporte. Se existem


custos para transportar o ativo para o local do mercado principal, esses custos
devem ser deduzidos do valor justo.

Então, em resumo: o valor justo reflete o preço bruto obtido em uma


transação, sem considerar os custos de transação, mas deduzindo quaisquer
custos de transporte necessários para levar o ativo até o local do mercado
principal.
Hierarquia de Valor Justo e Técnicas de Avaliação

O CPC 46 define uma hierarquia de valor justo e três técnicas de avaliação:


abordagem de custo, abordagem de mercado e abordagem de receita.

Hierarquia de Valor Justo:


Nível 1: preços cotados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos.
Nível 2: preços cotados para ativos ou passivos similares em mercados ativos;
preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou similares em mercados
que não são ativos.
Nível 3: dados não observáveis para o ativo ou passivo.

Técnicas de Avaliação:
Abordagem de Mercado: Utiliza preços e outras informações relevantes
geradas por transações de mercado.
Abordagem de Custo: Reflete o custo atual de reposição do serviço do ativo.
Abordagem de Receita: Converte valores futuros em um único valor atual.
CPC 48 - Instrumentos Financeiros

Reconhecimento e Desreconhecimento:

Reconhecimento: Ativo financeiro ou passivo financeiro é reconhecido


quando a entidade se torna parte das disposições contratuais.

Desreconhecimento de Ativo: Ocorre quando os direitos contratuais aos


fluxos de caixa do ativo financeiro expiram ou a entidade transfere o ativo
financeiro.

Desreconhecimento de Passivo: Ocorre quando a obrigação especificada no


contrato é liquidada, cancelada ou expira.

Diferenças: A diferença entre o valor contábil e a contraprestação recebida


ao desreconhecer o ativo deve ser reconhecida no resultado.
Classificação e mensuração inicial

Reconhecimento: Ativo financeiro ou passivo financeiro é reconhecido


quando a entidade se torna parte das disposições contratuais.

Mensuração Inicial: No reconhecimento inicial, o ativo ou passivo financeiro


é mensurado ao valor justo, mais ou menos os custos de transação.

Custos de Transação: São diretamente atribuíveis à aquisição ou à emissão


do ativo ou passivo financeiro.

Exceções: ativos e passivos financeiros classificados como ao valor justo por


meio do resultado. Nesse caso, os custos de transação são reconhecidos
imediatamente no resultado, em vez de serem adicionados ao valor contábil
do ativo ou passivo.
Mensuração subsequente

Custo Amortizado: A entidade mensura o ativo financeiro ao custo


amortizado se mantém o ativo para receber fluxos de caixa contratuais e os
termos contratuais do ativo financeiro dão origem a fluxos de caixa que são
exclusivamente pagamentos de principal e juros.

Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes: O ativo financeiro


é mensurado nessa categoria se o modelo de negócios da entidade for
realizado tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela
venda de ativos financeiros.

Valor Justo por meio do Resultado: O ativo financeiro é mensurado a esta


categoria se não for classificado nem ao custo amortizado nem ao valor justo
por meio de outros resultados abrangentes.

Passivo Financeiro: Os passivos financeiros são mensurados ao custo


amortizado, exceto para passivos ao valor justo por meio do resultado.
Redução ao valor recuperável

Avaliação: A entidade deve avaliar em cada balanço se há evidência objetiva


de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está sujeito à
perda no valor recuperável.

Indicadores: Os indicadores podem incluir dificuldade financeira significativa


do emitente ou devedor, inadimplência ou atraso nos pagamentos de juros
ou principal, entre outros.

Perda Estimada: Se tal evidência for encontrada, a entidade deve contabilizar


a perda estimada do ativo.

Reversão: A entidade deve reverter qualquer redução ao valor recuperável se,


em um período subsequente, a quantidade da perda diminuir e essa
diminuição puder ser relacionada a um evento que ocorra após o
reconhecimento da perda.
CNPI –Módulo 15
Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio
e Conversão de Demonstrações Contábeis

Neste módulo, exploraremos o CPC 02, que você pode baixar nos materiais
complementares desta aula.

Serão cobradas 2 questões de prova sobre o tema.

Os pontos principais para o CPC 02 – Efeitos Das Mudanças Nas Taxas De


Câmbio E Conversão De Demonstrações Contábeis são os conceitos de
moeda funcional, moeda estrangeira, moeda de apresentação e a
contabilização da variação cambial.
Neste módulo, exploraremos o CPC 02, que você pode baixar nos materiais
complementares desta aula.

Serão cobradas 2 questões de prova sobre o tema.

Os pontos principais para o CPC 02 – Efeitos Das Mudanças Nas Taxas De


Câmbio E Conversão De Demonstrações Contábeis são os conceitos de
moeda funcional, moeda estrangeira, moeda de apresentação e a
contabilização da variação cambial.
CPC 02 - Resumão

Objetivo:

O Objetivo do CPC 02 é orientar acerca de como incluir transações em


moeda estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis
da entidade e como converter demonstrações contábeis para moeda de
apresentação. Este CPC não abrange instrumentos de hedge.

Conceitos de moeda funcional, moeda estrangeira e moeda de


apresentação de acordo com o CPC 02

Moeda funcional - é a moeda do ambiente econômico principal no qual a


entidade opera. A empresa não pode definir a moeda funcional de forma
arbitrária. O CPC 02 traz os requisitos a serem utilizados na definição da
moeda funcional.
A entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua
moeda funcional:

A moeda que:
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços
(geralmente é a moeda na qual os preços de venda para seus bens
e serviços estão expressos e são liquidados); e

(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na


determinação dos preços de venda para seus bens e serviços;

A moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e


outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a
moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).
O que é moeda estrangeira?
O conceito de moeda estrangeira é qualquer moeda diferente da moeda
funcional da entidade

O que é moeda de apresentação?


Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis
são apresentadas

O que é variação cambial no CPC 02?


Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um número
específico de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes
taxas cambiais. Taxa de câmbio é a relação de troca entre duas moedas.

Apresentação de transação em moeda estrangeira na moeda funcional


necessita passar por duas etapas
Reconhecimento inicial
Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida
contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante
a aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda
estrangeira, na data da transação, sobre o montante em moeda
estrangeira.

Exemplo: considere uma empresa brasileira que compra mercadorias da


China e paga em dólares. Se a empresa compra US$100K em produtos e o
dólar na data da transação era de R$4,00, os registros são os seguintes:

Estoques - +R$400K
Fornecedores – R$400K
Reconhecimento subsequente
O reconhecimento subsequente trata da “atualização” do valor ao novo
câmbio na data de fechamento do balanço ou na data de pagamento ou
recebimento desse compras ou vendas realizadas em moedas estrangeiras.
O reconhecimento subsequente só é aplicado a itens monetários.

E o que é item monetário?


Item monetário é um item que seja representado por dinheiro ou contrato
a ser recebido ou pago em dinheiro. Ex: contas a pagar e contas a receber.

Exemplo: considere que a mesma empresa brasileira agora precisa pagar a


conta de fornecedores, depois de 90 dias da data da compra da mercadoria
chinesa. A cotação atual do dólar agora é R$4,40.

Esses R$ 40.000 de diferença entre o passivo na data da compra e o efetivo


pagamento é o que o CPC 02 considera como Variação Cambial.
Repare que a despesa com variação cambial (ou receita) afeta apenas itens
monetários, de forma que neste exemplo apenas a conta de fornecedores
seria impactada. Estoques não são considerados itens monetários.

A variação cambial negativa para a entidade é reconhecida como uma


despesa na DRE. Caso a variação contábil fosse positiva para entidade, seria
contabilizado um crédito de receita com variação cambial e o débito na
conta fornecedores reduzindo o passivo da empresa.
CPC 18 – Investimentos em coligadas

O objetivo do CPC 08 é determinar o tratamento contábil utilizado


no reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação e
dos prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários auferidos na
captação de recursos pelas empresas (dívidas e emissões de ações).

Abrange os custos de transação e prêmios de:


– Distribuição de ações
– Aquisição e alienação de ações próprias
– Empréstimos e financiamentos
– Prêmios de debêntures
– Títulos e valores mobiliários

Exemplos
Custos de transação: gastos com relatórios, prospectos, serviços de
terceiros, publicidade, taxas e comissões, etc..
Prêmio é o valor recebido que supera o valor de resgate
CNPI –Módulo 16
Relatórios Contábeis e
Análises das Demonstrações Contábeis

Neste módulo, exploraremos o CPC 23, que você pode baixar nos materiais
complementares desta aula, além de conceitos como lucro abrangente e
lucro por ação.

Serão cobradas 4 questões de prova sobre o tema.

O ponto principal para o CPC 23 é saber as definições e quando fazer


mudanças retrospectivas nas:

Políticas Contábeis
Estimativas Contábeis
Erros Contábeis
CPC 23 - Resumão

Objetivo:

O objetivo do CPC 23 é definir critérios para a seleção e a mudança de


políticas contábeis, juntamente com o tratamento contábil e divulgação
de mudança nas políticas contábeis, a mudança nas estimativas contábeis
e a retificação de erro.

Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e


as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na
apresentação de demonstrações contábeis.

Exemplos:
Método de avaliação de estoque
Escolha do método de depreciação
Quando a política contábil deve ser alterada, de acordo com o CPC 23?

- Caso exigido por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação


- Se a alteração resultar em informação confiável e mais relevante nas
demonstrações contábeis

O que é mudança de estimativa contábil?

Ajustes nos saldos de ativos ou passivos decorrentes de novas avaliações.

Exemplo:
Vida útil de maquinário
Provisão de devedores duvidosos

Alterações nas estimativas contábeis decorrem de nova informação ou


inovações e, portanto, não são retificações de erros e não requerem revisão
retrospectiva.
Retificação de erros no CPC 23?
Omissões ou incorreções nas demonstrações contábeis, decorrente da
falta de utilização ou utilização incorreta de informações que:

- Estavam disponíveis naquele momento


- Pudesse ter sido razoavelmente obtida

Erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de


políticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e
fraudes

Quais erros contábeis devem ser retificados de acordo com o CPC 23?

Erros materiais de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro


conjunto de demonstrações contábeis após a descoberta de tais erros.
Qual a diferença de aplicação prospectiva e retrospectiva?

Aplicação retrospectiva significa que as informações contábeis geradas


antes da alteração também devem ser alteradas.

Alteração prospectiva é a alteração que apenas será aplicada da data de


alteração do fato em diante.

CAMPO DE ALTERAÇÃO TIPO DE APLICAÇÃO


Política Contábil Retrospectiva (exceto se for muito custosa)

Estimativa Contábil Prospectiva

Erros materiais Retrospectiva

Erros decorrentes de fraudes Retrospectiva


Lucro abrangente
No lucro abrangente são compreendidas todas as alterações patrimoniais
do período, inclusive aquelas não refletidas no lucro líquido, exceto
aquelas oriundas de investimentos dos proprietários e as distribuições
para os proprietários.

O CPC 26 estabelece que o lucro abrangente seja calculado a partir do


lucro líquido apurado na DRE, assim a demonstração do resultado
abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas:

Resultado líquido do período;


Cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua
natureza;
Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas
reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial;
Resultado abrangente do período.
São itens que podem estar na DRA e não na DRE:

Ganhos ou perdas atuariais com planos de pensão com benefício definido


para os empregados da empresa;

Ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de


operações no exterior;

Ganhos e perdas derivados de alguns instrumentos de hedge;

Outras aplicações definidas no Pronunciamento Contábil CPC 26 ou


outros pronunciamentos específicos.
CNPI –Módulo 17
Instrumentos Analíticos
para estimar retorno

Este módulo difere dos demais, pois não é atrelado a nenhum comitê.

O objetivo principal aqui é conhecer e utilizar instrumentos para analisar


risco e retorno.

Serão cobradas 2 questões de prova sobre o tema.

Muito do que pode ser cobrado aqui nesse módulo já foi falado ao longo
do curso. Esses são os principais e mais recorrentes temas que costumam
cair na prova:

Índices de Rentabilidade (ROE, ROA, Fórmula DuPont)


Índices de Alavancagem (GAF, GAO, GAT)
ROE x ROA

ROE – Return on Equity


Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) é uma medida do desempenho financeiro calculado pela
divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido dos acionistas.

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑅𝑂𝐸 (𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜) =
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

O ROE também pode ser analisado como o produto do ROA e o multiplicador do patrimônio líquido:

𝑑í𝑣𝑖𝑑𝑎
𝑅𝑂𝐸 = 𝑅𝑂𝐴 ∗ (1 + )
𝑝𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
Identidade DuPont
O ROA pode ser decomposto em duas partes: a margem líquida e o giro do ativo total. A última
expressão da equação anterior é chamada de identidade DuPont, em homenagem à DuPont
Corporation, que popularizou seu uso. *Giro do ativo = Vendas/Ativo Total

𝑅𝑂𝐸 = 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 ∗ 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∗ 𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜


Índices de Alavancagem
GAF, GAO & GAT

GAF – Grau de Alavancagem Financeira


Evidencia quais os efeitos das variações ocorridas no EBIT (LAJIR) que se refletem no lucro
líquido. Quanto maior o GAF, maior o risco financeiro.

∆ %EBIT (𝐿𝐴𝐽𝐼𝑅)
GAF =
∆ % EBT (LAIR)

GAO – Grau de Alavancagem Operacional


Evidencia quais os efeitos no EBIT, diante de uma variação nas vendas

∆ % EBIT (𝐿𝐴𝐽𝐼𝑅)
GAO =
∆ % Vendas

GAT – Grau de Alavancagem Total


GAT = 𝐺𝐴𝐹 𝑥 𝐺𝐴𝑂
CNPI –Módulo 18
Questões ASG na Análise Fundamentalista

Este módulo não é atrelado a nenhum comitê.

Aqui vale a atenção sobre os impactos que as questões ASG têm sobre os
ativos, como são levantadas as informações, compreender o PRI
(Princípios para o Investimento Responsável) e os principais padrões para
elaboração de relatórios ou ferramentas específicas de relatos de dados
ASG: GRI, EFFAS, SASB, CDP, Relato Integrado.

Serão cobradas 2 questões de prova sobre o tema.

Sugiro a revisão do material da prova do CB e além disso vamos introduzir


alguns conceitos relacionados à aplicação da análise ESG no Valuation.
Padrões de relatórios de dados ASG

GRI (Global Reporting Initiative): O padrão GRI, fundado em 1997, é um


dos mais utilizados globalmente. Ele se concentra na divulgação de
métricas relevantes e comparáveis ao longo do tempo. O GRI é um quadro
abrangente que engloba indicadores para todos os três aspectos do ASG.

EFFAS (European Federation of Financial Analysts Societies): A EFFAS


estabeleceu seus próprios indicadores de KPIs ASG para a Europa. O
principal foco desses indicadores é fornecer uma visão clara e abrangente
da performance ASG para analistas financeiros.

SASB (Sustainability Accounting Standards Board): O SASB desenvolveu


um conjunto de padrões para divulgação de sustentabilidade que são
relevantes para os investidores. Esses padrões são voltados para as
questões ASG que são mais prováveis de terem impactos materiais
financeiros para a empresa, tornando a informação mais relevante para as
decisões de investimento.
CDP (Carbon Disclosure Project): O CDP é uma organização global que
incentiva empresas e cidades a divulgar o impacto ambiental de suas
atividades. Eles se concentram em três áreas principais: mudança
climática, gestão de água e florestas. O CDP é conhecido por seu sistema
de pontuação que incentiva as organizações a se esforçarem para
melhorar suas práticas de sustentabilidade.

Relato Integrado: O Relato Integrado é um sistema que se concentra na


integração de relatórios financeiros e de sustentabilidade para fornecer
uma visão mais completa do desempenho e dos riscos da empresa. Ele
visa mostrar como uma organização cria valor ao longo do tempo,
considerando uma ampla gama de fatores, incluindo ASG, modelo de
negócios, governança e estratégia.
Considerações ASG

•A integração de considerações ESG na análise de investimentos está se


tornando cada vez mais comum.

•Analistas podem obter uma perspectiva mais ampla sobre os riscos e


oportunidades de uma empresa avaliando fatores ESG.

•Questões como saúde e segurança do trabalhador, impacto na


comunidade e práticas de marketing aumentam a visibilidade de como
uma empresa administra seu capital social.

•Uma gestão inadequada desses recursos pode levar a eventos


corporativos de alto perfil que afetam negativamente os preços dos títulos.
Estrutura de capital

•A estrutura de capital pode ser dispersa, concentrada ou uma mistura das


duas e isso influencia as políticas e práticas de governança corporativa
devido aos possíveis conflitos entre acionistas e diretores das empresas.

Conflito Principal-Agente
•Ocorre quando a propriedade é dispersa e o poder de voto também é
disperso.Acionistas, por serem muitos e sem controle individual, são
chamados de "acionistas fracos", enquanto os gerentes são conhecidos
como "gerentes fortes".
•O conflito surge quando os gerentes, que têm controle sobre a
administração da empresa, usam os recursos para seguir seus próprios
interesses em vez de maximizar o valor para os acionistas.
•Isso pode ser mitigado por acionistas controladores que podem controlar
o conselho de administração e têm o incentivo para monitorar a
administração.
Conflito Principal-Principal

•Ocorre em duas situações: quando a propriedade é concentrada e o


poder de voto também é concentrado, ou quando a propriedade é
dispersa e o poder de voto é concentrado.

•No primeiro caso, os acionistas controladores podem monitorar


efetivamente a gestão devido ao controle sobre o conselho de
administração, mas também podem usar os recursos da empresa em
benefício próprio, em detrimento dos acionistas minoritários.

•No segundo caso, acionistas controladores com menos da maioria das


ações podem exercer controle sobre outros acionistas minoritários por
meio de estruturas como ações de duas classes e estruturas em pirâmide.
Propriedade Concentrada e Poder de Voto Disperso

•Esse cenário surge quando há restrições legais aos direitos de voto de


grandes posições acionárias, conhecidas como “caps” de voto. Governos
soberanos podem impor caps de voto para evitar que investidores
estrangeiros obtenham posições de propriedade controladora em
empresas estrategicamente importantes.

•Isso pode resultar em conflitos entre acionistas maioritários e minoritários,


bem como potenciais conflitos com a gestão da empresa.

Acionistas de influência

Bancos: Em regiões como Europa e Ásia, bancos costumam ter grande


controle sobre as corporações com as quais possuem relacionamentos de
empréstimo e interesses de equidade. Conflitos de interesse podem surgir
se os bancos tiverem exposições de empréstimos a uma corporação além
do seu investimento em equidade.
Famílias: A propriedade familiar é a forma predominante de estrutura
corporativa em partes do mundo, especialmente na América Latina e, em
menor grau, na Ásia e na Europa. Pode levar a problemas como a falta de
transparência, falta de responsabilidade gerencial, desconsideração pelos
direitos dos acionistas minoritários e dificuldade em atrair talentos de
qualidade para cargos gerenciais.

Empresas Estatais: Muitas vezes existem em setores corporativos


estrategicamente importantes para um governo soberano, ou que
oferecem produtos ou serviços (por exemplo, geração de energia ou
serviços de saúde) que o estado acredita que devem ser fornecidos a um
determinado preço ou padrão mínimo.

Investidores Institucionais: Em muitos países, os investidores


institucionais, como fundos mútuos, fundos de pensão, seguradoras e
hedge funds, representam uma proporção significativa da propriedade do
mercado de ações. Eles podem usar julgamento informado para exercer
seus direitos de acionista.
Holding Companies: Algumas estruturas de propriedade, como as
estruturas de propriedade horizontal e vertical, podem resultar em
acionistas tendo controle desproporcionalmente alto em relação à suas
participações de propriedade.

Firmas de Private Equity: Fazem investimentos estratégicos em


empresas privadas ou em empresas públicas com a intenção de torná-las
privadas. Podem trazer mudanças importantes para a governança
corporativa das empresas.

Efeitos da Estrutura de Capital na Governança Corporativa

Independência dos Diretores: Diretores independentes são definidos


como aqueles sem relação material com a empresa em relação ao
emprego, propriedade ou remuneração.
Acordos Especiais de Votação: Alguns países possuem arranjos especiais
de votação para melhorar a posição dos acionistas minoritários.

Códigos, Leis e Requisitos de Listagem de Governança Corporativa:


Muitos países adotaram códigos nacionais de governança corporativa.

Códigos de Administração: Muitos países introduziram códigos


voluntários, conhecidos como códigos de administração, que incentivam
os investidores a exercer seus direitos legais e aumentar seu nível de
envolvimento na governança corporativa.

Estruturas de Conselho de Administração


A estrutura do conselho de administração de uma corporação é
normalmente estruturada como um ou dois níveis.
Conselho de Administração de um nível (One-tier board): todos os
diretores, sejam eles executivos ou não-executivos, integram o mesmo
conselho. Este conselho é responsável por determinar a direção
estratégica da empresa e supervisionar a gestão executiva. Os diretores
executivos, que incluem o CEO e o CFO, normalmente se ocupam das
operações cotidianas da empresa, enquanto os diretores não-executivos
fornecem uma perspectiva externa e independente para a tomada de
decisões.

Conselho de Administração de dois níveis (Two-tier board): composto


por um Conselho de Supervisão e um Conselho de Gestão. O Conselho de
Supervisão desempenha uma função semelhante à dos diretores não-
executivos em um conselho de um nível, não estando envolvido nas
operações diárias da empresa, mas supervisionando e aprovando as
decisões estratégicas importantes. Este conselho geralmente inclui
representantes dos acionistas e, em alguns casos, representantes dos
funcionários. Já o Conselho de Gestão é composto por executivos de alto
escalão da empresa, responsáveis pela gestão diária.
Comitês executivos e habilidades/experiências

Os comitês relacionados ao conselho podem incluir:

Comitê de Auditoria: Verifica a precisão das demonstrações financeiras da


empresa e se os padrões de contabilidade adequados foram seguidos.

Comitê de Governança: Monitora questões de governança corporativa,


como a estrutura do conselho e as políticas da empresa.

Comitê de Remuneração: Decide sobre os pacotes de remuneração para


executivos de alto escalão e, às vezes, para todos os funcionários.

Comitê de Nomeação: Responsável por selecionar candidatos para o


conselho.

Comitê de Risco e Conformidade: Identifica e gerencia riscos financeiros e


operacionais.
As habilidades e experiência dos membros do conselho devem ser
amplamente variadas para garantir que a administração esteja sob
constante avaliação crítica. Por exemplo, se o conselho consistir
principalmente em executivos financeiros, eles podem não ter a
capacidade de avaliar adequadamente questões técnicas ou estratégicas.

Composição e Avaliação do Conselho


A diversidade do conselho é importante não apenas em termos de
experiência profissional, mas também de características demográficas,
como idade, gênero e etnia. Isso pode ajudar a evitar o pensamento em
grupo e garantir que várias perspectivas estejam representadas.
A avaliação do conselho pode ser um processo anual em que o
desempenho do conselho é analisado e áreas de melhoria são identificadas.
O processo de avaliação pode incluir a autoavaliação, onde os próprios
membros do conselho avaliam seu desempenho, e a avaliação por uma
terceira parte independente.
Remuneração Executiva e Direitos de Voto dos Acionistas

A remuneração executiva deve ser transparente e ligada ao desempenho


da empresa para garantir que os executivos estejam alinhados com os
interesses dos acionistas. Além disso, a política de remuneração deve ser
equilibrada para que não incentive comportamentos de risco excessivos.

Os direitos de voto dos acionistas podem ser uma questão sensível,


especialmente em empresas com estruturas de ações de várias classes,
onde algumas ações têm mais direitos de voto do que outras. Essas
estruturas podem ser controversas porque podem permitir que um
pequeno grupo de acionistas controle uma empresa, mesmo que eles
possuam uma pequena proporção do capital total. Isso pode levar a
conflitos de interesse e uma falta de responsabilidade aos acionistas
minoritários.
Desafios na integração de fatores ASG na análise de investimentos

A obtenção de informações ESG relevantes e úteis para decisões é um


desafio primordial na análise de investimentos.

Esses dados normalmente são adquiridos a partir de registros corporativos


públicos, documentos e comunicações, como relatórios de sustentabilidade
corporativa, que podem ou não ser assegurados por um terceiro.

Inconsistências na divulgação das informações ESG e o fato de que a


maioria dessas divulgações é voluntária criam obstáculos adicionais.

Contudo, a divulgação de informações relacionadas ao ESG tem


aumentado ao longo do tempo, graças ao maior interesse de acionistas e
partes interessadas em entender como uma empresa gerencia seus riscos
e oportunidades ESG.
Materialidade e Horizonte de Investimento

Na análise de investimentos, é necessário avaliar a materialidade dos dados


ESG, referindo-se geralmente às questões ESG que se espera que afetem as
operações, o desempenho financeiro e a avaliação dos títulos de uma
empresa.

A definição de materialidade no contexto ESG pode variar entre as


empresas e as partes interessadas. Algumas empresas podem usar o termo
"material" para enfatizar informações ESG positivas, mesmo que essas
informações tenham pouco impacto em suas operações ou desempenho
financeiro.

Os analistas também consideram seu horizonte de investimento e o


período de retenção ao decidir quais fatores ESG considerar em sua análise.
Alguns problemas ESG podem afetar o desempenho de uma empresa no
curto prazo, enquanto outros podem ser de natureza mais de longo prazo.
Fatores ASG relevantes

As considerações de governança corporativa, como a estrutura do conselho


de administração, costumam ser razoavelmente consistentes na maioria
das empresas, embora as melhores práticas variem muito
regionalmente.Em contraste, não há uma prática aceita globalmente em
relação às considerações ambientais e sociais.

Ao identificar os riscos e oportunidades ESG específicos de uma empresa,


os analistas devem determinar os fatores relevantes que afetam sua
indústria.Por exemplo, as empresas de energia são claramente mais
afetadas por fatores ambientais, enquanto as instituições bancárias são
geralmente mais afetadas por fatores sociais do que por fatores ambientais.
Ambas as indústrias estão sujeitas a fatores de governança.

Uma vez que um analista determinou quais fatores ESG são relevantes para
a indústria de uma empresa, ele pode identificar os dados qualitativos e
quantitativos aplicáveis.
Fatores ASG relevantes

As considerações de governança corporativa, como a estrutura do conselho


de administração, costumam ser razoavelmente consistentes na maioria
das empresas, embora as melhores práticas variem muito
regionalmente.Em contraste, não há uma prática aceita globalmente em
relação às considerações ambientais e sociais.

Ao identificar os riscos e oportunidades ESG específicos de uma empresa,


os analistas devem determinar os fatores relevantes que afetam sua
indústria.Por exemplo, as empresas de energia são claramente mais
afetadas por fatores ambientais, enquanto as instituições bancárias são
geralmente mais afetadas por fatores sociais do que por fatores ambientais.
Ambas as indústrias estão sujeitas a fatores de governança.

Uma vez que um analista determinou quais fatores ESG são relevantes para
a indústria de uma empresa, ele pode identificar os dados qualitativos e
quantitativos aplicáveis.
ASG na análise de Equity & Crédito

A utilização da integração ESG — a implementação de fatores ESG


qualitativos e quantitativos na análise tradicional de segurança e indústria,
bem como na construção de portfólio — difere tipicamente na análise de
equity e de crédito.

Na análise de ações, a integração ESG é usada para identificar


oportunidades potenciais e mitigar o risco de queda, enquanto na análise
de crédito, a integração ESG geralmente foca na mitigação do risco de
queda no mercado secundário, já que o título resgata ao par na
maturidade.

O processo de identificar e avaliar fatores relacionados ao ESG é


razoavelmente semelhante para análises de equity e crédito corporativo.
Aplicação ASG na análise de Equity

Na análise de equity, fatores relacionados ao ESG são frequentemente


analisados no contexto de previsão de métricas e índices financeiros,
ajustando as variáveis do modelo de avaliação ou usando análise de
sensibilidade e/ou cenário.

Por exemplo, um analista pode aumentar a previsão dos custos


operacionais de uma empresa de hotelaria devido aos impactos de uma
rotatividade excessiva de funcionários.

Outro exemplo seria um analista que pode optar por reduzir a taxa de
desconto para uma empresa de snacks que espera ganhar uma vantagem
competitiva ao migrar para uma fonte sustentável de um ingrediente
chave.
Aplicação ASG na análise de Crédito e os Green Bonds

•Na análise de crédito, os fatores ESG podem ser integrados usando


avaliações de crédito internas, previsão de índices financeiros e classificação
de crédito relativa de empresas (ou governos).

•Por exemplo, um analista pode incluir o efeito de processos judiciais nas


relações de crédito, fluxo de caixa ou liquidez de uma empresa.

•Os green bonds são títulos cuja receita é designada pelos emissores para
financiar um projeto específico ou uma carteira de projetos que tenham
benefícios ambientais ou climáticos.

•Os green bonds normalmente se assemelham aos títulos convencionais do


emissor, com a exceção de que os recursos do título são reservados para
projetos verdes.
Impacto do ASG no Custo de Capital

Acesso ao Capital
Empresas com fortes práticas ESG podem atrair um grupo mais amplo de
investidores, o que pode aumentar a demanda por suas ações ou dívida e
reduzir o custo de capital.

Além disso, alguns investidores, como fundos de pensão e investidores


institucionais, podem preferir ou exigir investimentos em empresas com
boas práticas ESG.

Mitigação de Riscos
Fatores ESG bem gerenciados podem diminuir a probabilidade de eventos
negativos que poderiam aumentar o custo de capital, como multas
ambientais, processos judiciais ou danos à reputação.
Investimentos Sustentáveis
A emissão de green bonds ou outros instrumentos financeiros sustentáveis
pode permitir que as empresas acessem capital a custos potencialmente
mais baixos, devido à crescente demanda por tais investimentos.

Risco e Retorno
As empresas com melhores classificações ESG tendem a apresentar um
menor risco, o que pode resultar em um custo de capital mais baixo.

Além disso, a adoção de práticas ESG pode abrir novas oportunidades de


investimento e melhorar o desempenho financeiro, o que pode resultar em
um retorno sobre o capital mais elevado.
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