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de Balanços
EDITORA ATLAS S.A.
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221-914 4 (PABX)
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Dante Carmine Matarazzo
Análise Financeira
de Balanços
Abordagem Básica e Gerencial
• Como Avaliar Empresas
• Análise da Gestão de Caixa
• Análise da Gestão de Lucro
Lucro
• Desempenho da Diretoria
5ª Edição
SÃO PAULO
EDITORA ATLAS
ATLA S S.A.
S.A. — 1998
© 1992
1992 by EDITORA ATLAS S.A.
1. ed. 1985; 2. ed. 1987; 3. ed. 1994; 4. ed. 1997; 5. ed. 1998; 8ª tiragem
ISBN 85-224-1973-6
93-2466 CDD-658.15076
Índices para catálogo sistemático:
1. Análise de balanços
balanços : Empresas : Exercícios : Administração financeira
658.15076
2. Balanços : Empresas
Empresas : Exercícios : Administração
Administraçã o financeira
658.15076
3. Exercícios : Análise de balanços : Empresas : Administração financeira
658.15076
Prefácio, 13
Parte I - ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS
DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS, 15
FINANCEIRAS, 15
1 INTRODUÇÃO,
INTRODUÇÃO, 17
1 Objetivos da análise de balanços, 17
1.1 A análise de balanços começa onde termina a contabilidade,
contabil idade, 19
1.2
1.2 Linguagem
Linguagem descomplicada, 19
1.3
1.3 O que incluir
incluir no relatório, 20
1.4
1.4 Metodologia de análise,
análise , 21
2 Panorama das técnicas de analise de balanços, 22
Técnicas de análise, 25
2.1 Análise através de índices, 25
2.2 Análise
Análise vertical e horizontal, 26
2.3 Análise
Análise do capital
capital de giro, 26
2.4 Modelos
Modelos de análise de rentabilidade,
rentabili dade, 27
2.4.1 Análise dodo ROI
ROI (Retorno Operacional dos Investimentos),
Investimento s), 27
2.4.2 Análise dada "Alavancagem Financeira", 27
2.5 Análise da demonstração das origens e aplicações de recursos recursos e do fluxo
de caixa, 27
2.6 Análise prospectiva, 28
Apêndice - Usos
Usos e usuários da análise de balanços, 29
1 Fornecedores, 31
2 Clientes (compradores
(compradores), ), 33
3 Bancos comerciais (ou carteira comercial do banco múltiplo),múltipl o), 34
4 Bancos
Bancos de investimentos
investimentos (ou(ou carteira de Investimentos
Investimentos no banco
banco múltiplo),
múltip lo), 35
5 Sociedades de crédito imobiliário (ou (ou carteira de crédito imobiliário do banco
múltiplo), 35
6 Sociedades financeiras (ou carteira
cartei ra de financiamento ao consumidor do banco
múltiplo), 36
7 Corretoras de valores e público investidor, 36
8 Concorrentes, 36
9 Dirigentes,
Dirigentes, 37
10 Governo, 38
11 Acompanhamento
Acompanhamento de clientes e fornecedores, 39
2 ESTRUTURA
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, FINANCEIRA S, 41
1 Estrutura das demonstrações
demonstrações financeiras,
financeir as, 41
1.1
1.1 O que mostram
mostram as demonstrações financeiras,
finance iras, 43
8 SUMÁRIO
1.2
1.2 Balanço
Balanço patrimonial,
patrimoni al, 43
Balanço
Balanço patrimonial, 45
1.3
1.3 Demonstração
Demonstração do resultado do exercício, 47
1.4
1.4 Demonstração
Demonstração das mutações do patrimônio líquido,
líquid o, 48
1.5
1.5 Demonstração
Demonstração das origens e aplicações de recursos - DOAR, DOAR, 50
Apêndice -
- Principais contas do balanço e demonstração de resultados, 53
1 Ativo circulante, 53
2 Disponibilidades, 53
3 Clientes, 54
4 Bancos
Bancos conta vinculada, 55
5 Estoques, 55
6 Aplicações financeiras, 56
7 Outras contas
contas do ativo
ativo circulante, 56
8 Realizável
Realizável a longo prazo, 58
9 Ativo permanente, 59
10 Investimentos,
Investimentos, 60
11 Imobilizado,
Imobilizado , 60
12 Diferido, 62
13 Passivo
Passivo circulante, 63
14 Exigível a longo prazo, 65
15 Resultado de exercícios futuros,
futuro s, 65
16 Patrimônio
Patrimônio líquido, 66
Principais contas da demonstração do resultado, 69
1 Receita operacional bruta, 69
2 Custos de produtos e serviços
serviços vendidos (CPV), 71
3 Despesa
Despesass operacionais, 73
4 Outras receitas e despesas, 74
5 Demais
Demais contas
contas da demonstraçã
demonstraçãoo do resultado,
resultado, 75
3 CORREÇÃO MONETÁRIA
MONETÁRIA NA LEI DAS S.A., 77
1 Inflação e técnicas
técnicas de correção
correção monetária, 78
2 Fundamentos da correção monetária na lei das S.A., 79
2.1 Estoques
Estoques tratados como
como itens monetários,
monetário s, 81
2.2 Fórmulas de correção monetária, 82
3 Procedimentos
Procedimentos de correção monetária na lei das S.A., 84
3.1 Esquema
Esquema da correção monetária, 87
Conclusão, 88
Apêndice -
- Exemplos
Exemplos numéricos
numéricos da correção monetária na Lei das S.A., 90
1 Saldo da correção monetária como despesa quando não não há ativo permanente
permanente e
passivo
passivo exigível,
exigí vel, 90
2 Saldo de correção monetária como despesa quando há ativo permanente e
passivo exigível, 93
3 Saldo de correção monetária como receita: ativo permanente maior que patrimônio
líquido, 96
4 Correção
Correção monetária
monetária no caso
caso do patrimôni
patrimônioo líquido negativo: um caso
caso especial, 105
4 CORREÇÃO MONETÁRIA
MONETÁRIA INTEGRAL, 111
1 A correção monetária integral versus correção monetária pela legislação,
legislaçã o, 112
2 Principais procedimentos da correção integral,
inte gral, 114
114
2.1
2.1 No balanço, 115
2.2 Na demonstração do resultado, 116
2.3 Na demonstração
demonstração das mutações do patrimônio líquido e na demonstração
das origens e aplicações de recursos, 118
3 Quadro comparativo entre os números
números dos principais itens das demonstrações
demonstrações
financeiras pela legislação societária versus correção integral, 119
4 A realidade
realidade sobre as perdas
perdas e ganhos com a inflação, 120 120
5 O problema dos índices de inflação e a dolarização das demonstrações
financeiras, 122
122
5.1
5.1 Inadequação dos índices de inflação,
inflaçã o, 122
5.2 Dolarização das demonstrações financeiras,
financeir as, 124
SUMÁRIO 9
5 ESTOQUES
6 APLICAÇÕES FINANCEIRAS
• Aplicações Financeiras.
• Títulos da Dívida Pública.
• Debêntures.
• Cauções.
• Depósitos Compulsórios.
• Importação em Andamento (para comercialização).
• Impostos a Recuperar.
• Construções em Andamento.
• Obras em Andamento.
• Outros Créditos.
9 ATIVO PERMANENTE
10 INVESTIMENTOS
11 IMOBILIZADO
• Terrenos.
• Construções.
• Instalações.
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 61
• Máquinas e Equipamentos.
• Móveis e Utensílios.
• Veículos.
• Marcas e Patentes.
• Benfeitorias em Imóveis de Terceiros.
• Obras em Andamento.
• Adiantamentos para Imobilização.
• Móveis e Utensílios: esta conta registra todos os bens representados por mesas e
cadeiras, máquinas de escrever e calcular, arquivos, armários etc.
• Veículos: registra-se aqui o custo de aquisição de veículos de transporte externos
à empresa, tanto utilizados pela administração, como por vendas e pela produção.
Empilhadeiras, vagões, carrinhos etc. utilizados internamente fazem parte de "Equi-
pamentos".
• Marcas e Patentes: são os custos da empresa na aquisição de marcas e/ou de
patentes de terceiros, bem como aqueles decorrentes de desenvolvimento interno
através de pesquisas e que tenham sido efetivamente registrados nos órgãos
competentes, a fim de que fiquem devidamente incorporados ao ativo da empresa.
• Benfeitorias em Imóveis de Terceiros: as melhorias, reformas, pinturas, constru-
ções e adaptações efetuadas em imóveis de terceiros constituirão os custos que
farão parte deste item.
• Obras em Andamento: são compreendidos por este item os custos incorridos pela
empresa na construção de unidades fabris, comerciais e administrativas, incluindo
custo de construção, importação em andamento, adiantamentos a fornecedores e
prestadores de serviços, bem como almoxarifado de materiais a serem utilizados.
12 DIFERIDO
deverão ser lançadas no Ativo Diferido. Normalmente, esse tipo de despesa (que
a rigor não é despesa, mas gasto, pois será despesa somente quando apropriada
a Resultado) ocorre na fase pré-operacional ou da empresa como um todo ou de
determinadas filiais ou ainda de projetos. Caracterizam-se ainda como Ativo
Diferido os gastos em pesquisas e desenvolvimento de produtos ou de proces-
sos.
A definição do que e quanto deve ser ativado como Diferido, bem como sua
amortização, é inteiramente arbitrária. Os principais componentes do Ativo
Diferido são:
• Gastos de Implantação e Pré-operacionais: este item agrupa todos os gastos
incorridos pela empresa, antes do início de suas operações, que serão apropriados
a Resultados quando do início de suas operações.
• Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos: referem-se aos gastos
incorridos na pesquisa e no desenvolvimento de novos produtos, que serão amorti-
zados durante o período em que tais produtos desenvolvidos produzirem resultados
para a empresa.
• Amortização Acumulada (conta redutora do Permanente Diferido): tem por
finalidade registrar quanto das Despesas Diferidas já foi apropriado a Resultados.
13 PASSIVO CIRCULANTE
2 CUSTOS
CUSTOS DE PRODU
PRODUTO
TOS
S E SERV
SERVIÇ
IÇOS
OS VENDID
VENDIDOS
OS (CPV)
CPV=
PV= EI + C P P - E F
CPP= MC + MOD + CIF
onde:
El - Estoques Iniciais
CPP - Custo de Produção
Produção do Período
Período
EF - Estoques Finais
MC = Materiais Consumidos
MO D- Mão-de-obra
Mão-de-obra Direta
CIF = Custos Indiretos de Fabricação
MC=EIM
MC=EIM + CL -E FM
onde:
EIM = Estoque Inicial do Material existente na empresa no início do período.
CL = Compras Líquidas: compras brutas de matérias-primas realizadas no perío-
do deduzidas das devoluções de compras, abatimentos,
abatimen tos, impostos faturados
faturad os
(IPI, ICMS), e adicionadas das despesas com transportes de compras,
seguros de compras etc.
EFM - Estoque Final
Final de Material
Material existente na empresa no final do período, ou seja,
o material adquirido e não consumido.
MÃO-DE-OBRA DIRETA: compreende
compreende a remuneração paga aos empregados da
fábrica cujo trabalho é diretamente proporcional
proporcional à produção física.
físi ca. Incluem-se,
Incluem-s e, também,
també m,
os adicionais de salários como horas-extras e prêmios de produção, bem como os
encargos sociais.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO: representam
representam todos os custos necessários
à produção, mas que não são diretamente vinculados ao produto nem variam proporcio-
nalmente à produção.
72 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES
DEMONSTRAÇ ÕES FINANCEIRAS
FINANCE IRAS
CMV=EI + CL-EF
onde:
E= Estoqu
stoque das mercadorias destinadas à venda no início do período. pe ríodo.
CL= Compras Líqu Líquidas:
idas: as compras brutas de mercadorias realizadas no período,
deduzidas das devoluções de compras, abatimentos, impostos (IPI, ICMS)
e adicionadas das despesas com transportes de compras, seguros de
compras etc.
EF=
EF= Estoque
stoque das mercadorias destinadas à venda existentes no final do exercí-
cio.
A Lei das S.A. determinou a apresentação somente do montante de "custo das
mercadorias e serviços vendidos",
vendido s", razão
razão por que
que apenas esse
e sse total
tota l é publicado pelas
pelas
Sociedades Anônimas (ver p. 55).
Para a Análise de Balanços, porém, isso é insuficiente, pois há um valor essencial
que
que deixa de ser fornecido: trata-se
tra ta-se do montante de compras.
Através desse valor será possível ao analista
anal ista calcular o prazo médio de pagamento
de compras cuja
cuja fórmula
fórmula é:
360 x Fornecedores + Compras.
No caso de empresas comerciais, é possível encontrar o valor das compras da
seguinte
seguinte forma:
form a:
CL = EF + CMV - El
No caso das empresas industriais, porém, não há forma de se encontrar o valor das
compras. A solução é solicitar esclareci
esclarecimentos
mentos à empresa ou tentar estimar o valor
das compras partindo do pressuposto de que o custo de produção do período
costuma situar-se na maioria dos ramos industriais entre 20% e 30% do Custo de
Produtos
Produtos Vendidos. Assim:
Assim :
CL = EF + C PV - CPP - El
Logo:
CL = EF + (CPV + 20% ou 30% CPV) - EF
É preciso, porém,
p orém, cuidado nesta estimativa, pois pode acontecer
acontecer que, pela estrutura
de produção, a empresa tenha diferentes percentuais de custo de produção em
relação ao custo de produtos vendidos.
3 DESPESAS OPERACIONAIS
• Participação
Participaçã o nos resultados de coligadas e controladas
controlada s pelo método de equi-
equi -
valência patrimonial: compreende os acréscimos ou diminuições de investimentos
investimentos
avaliados pela equivalência patrimonial, em função de lucros ou prejuízos nas
coligadas ou controladas.
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 75
• Dividendos
Divide ndos e rendimen
rend imentos
tos de outr
ou tros
os investim
inve stiment
entos:
os: refer
referem-
em-se
se às recei
receitas
tas
auferidas pela empresa provenientes de outros investimentos quequ e não os avaliados
pelo método patrimonial.
• Amortização
Amort ização de Ágio
Ág io ou Deságio de Investime
Inve stimentos
ntos:: compre
compreend
endee os ganho
ganhoss ou
perdas decorrentes
decorrentes de amortização de ágio ou deságio havido na aquisição de ações
e quotas avaliadas pela equivalência patrimonial.
• Receitas
Rece itas dive
di vers
rsas
as:: compreendem
compreendem receitas
receitas provenientes
provenientes de transações eventuais
ou secundárias.
• Resultad
Resu ltadoo não Opera
Ope racio
ciona
nal:l: compre
compreende
ende o result
resultado
ado de operações
operações não vinculadas
vinculadas
ao objeto social da empresa como lucros ou prejuízos
prejuízos na venda de Ativo Permanente,
baixa de Ativo Permanente, sinistros e suas indenizações etc.
• Saldo
Sal do da Correç
Cor reção
ão Monet
Mo netárária:
ia: expressa o resultado
resultado do efeito da inflação
inflação sobre o
balanço da empresa. Quando o saldo for devedor e, portanto, subtrativo do lucro,
significa que a empresa perdeu dinheiro com a inflação. O saldo credor significa que
a empresa ganhou dinheiro. Interessa, por enquanto, apenas que ele expressa o
resultado da inflação, que é apresentado após os resultados não operacionais e que
praticamente não surge nas Demonstrações de Resultados sob títulos diferenciados,
aparecendo normalmente com os nomes "Saldo da Correção Corre ção Monetária" ou
o u "Resul-
"Resu l-
tado da Correção Monetária".
• Provisã
Pro visãoo para Impost
Impo stoo de Renda:
Ren da: apurado
apurado o lucro, uma parte será destacada para
pagamento do imposto de renda. A Provisão para Imposto de Renda que figura na
Demonstração do Resultado nem sempre é calculada com rigor, apresentando
diferenças em relação ao imposto de renda a ser efetivamente declarado. Essa
diferença, se não é significativa e não resulta de erro de cálculo, é normalmente
76 ELEM
ELEMEN
ENTO
TOS
S FUN
FUNDA
DAME
MENT
NTAI
AIS
S PAR
PARA
A ANÁL
ANÁLIS
ISE
E DAS
DAS DEMO
DEMONS
NSTR
TRAÇÕ
AÇÕES
ES FINA
FINANC
NCEI
EIRAS
RAS
jogada
joga da como despesa do exercício seguinte.
seguint e. Caso contrário, deve ser lançada como
"Ajustes de Exercícios Anteriores", na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados.
Após o recolhimento das parcelas do imposto de renda, uma parte, já especifi-
cada na declaração de renda da empresa, será destinada a incentivos fiscais,
retornando, portanto, à empresa esse título. A empresa pode então contabilizar os
incentivos fiscais no Ativo Circulante e dar entrada do montante diretamente no
Patrimônio Líquido, como se tivesse recebido uma subvenção governamental.
Posterio
Posteriorment
rmente,e, ao
a o recebe
receberr um docume
documento
nto chamad
chamadoo C l . - Certif
Certificad
icadoo de Investi-
Investi-
mentos -, a empresa transferirá os mencionados incentivos fiscais para o grupo
"Investimentos", no Ativo Permanente. Pela mecânica do sistema de incentivos
fiscais
fiscais em que a empresa só faz jus aos mesmos após o pagamento do imposto, a
provisão para imposto de renda deve ser feita pelo montante global, como se não
existissem incentivos fiscais.
A legislação do Imposto de Renda define "lucro inflacionário" como sendo send o o saldo
credor da conta correção monetária menos as variações monetárias passivas mais
as variações monetárias ativas. Uma parte do lucro inflacionário é considerada
realizada de acordo com o percentual de baixas ou depreciação do Ativo Permanente
no exercício. O restante do lucro inflacionário só terá imposto de renda a pagar à
medida que a empresa for realizando-o. O imposto de renda calculado sobre o lucro
inflacionário é chamado Imposto de Renda Diferido, pois só será pago em exercícios
futuros. Entretanto, a provisão para o imposto de renda deve ser constituída pelo
total,
tot al, ou seja,
seja , pelo imposto de renda a ser pago no exercício seguinte mais ma is o imposto
imposto
de renda diferido. Este último figurará no Exigível a Longo Prazo e estará sujeito à
correção monetária. À medida que a empresa realiza o lucro inflacionário transfere
o Imposto de Renda Diferido do Longo Prazo para o Imposto de Renda a Pagar a
Curto Prazo. Dessa forma, o montante a pagar do imposto imposto de renda não coincidirá
necessariamente com a provisão para imposto de renda constituída no exercício e
apresentada na Demonstração do Resultado.
• Gratif
Gra tifica
icaçõe
çõess e Particip
Par ticipaçõ
açõeses Estatu
Est atutár
tárias
ias:: represent
representam
am para a empresa
empresa despe-
despe-
sas proporcionais
proporcionais ao lucro, em virtude de participações
participações de empregados, diretores,
debenturistas, portadores de partes beneficiárias, bem como contribuições para
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados. Essas partici-
pações e contribuições, sempre que previstas
previstas estatutariamente, são contabilizadas
na própria data do balanço mediante débito na Demonstração de Resultado e crédito crédit o
de provisões no Passivo Circulante. Os principais componentes deste item são:
- As participações no lucro de empregados
empregad os ou administradore
administ radores:
s: que representam
represen tam
uma espécie de parcela complementar de salários cujo valor, contudo, é apurado
com base no lucr lu cro,
o, mas não
não deixa de ser
ser uma despesa
despesa adicional da prestação
de serviço recebida.
- As participações dos debenturistas:
debentu ristas: que representam uma espécie de despesa desp esa
financeira adicional, pois é a parte variável da remuneração devida aos adqu i-
rentes das debêntures emitidas.
- As contribuições para instituições
instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados: que representam as contribuições apuradas em função do lucro
do exercício.
C o rrr r e ç ã o M o n e tá
t á rir i a n a
3 L ei
e i d a s S .A .
1 INFLAÇÃO
INFLAÇÃO E TÉCNICAS
TÉCN ICAS DE CORREÇÃO
CORREÇÃ O MONETÁRIA
2 FUNDAMAMENTOS DA CORREÇÃO MONETÁRIA
IA NA
LEI DAS S.A.
Quando existe inflação, os primeiros perdem valor, uma vez que, tanto a
moeda quanto os títulos têm um valor estipulado, chamado valor de face (a
inflação
inflação faz com que esses direitos percam poder aquisitivo).
Na Figura 3.1 é representado da seguinte
seguinte forma o que ocorre com o ativo
monetário:
VALOR
NOMINAL
PERDA
ATIVO VALOR
MONETÁRIO REAL
Tempo
FIGURA
FIGURA 3.1 Efeito da inflação no ativo monetário.
VALOR
NOMINAL
Correção a ser
ATIVO NÃO efetuada
MONETÁRIO
VALOR
REAL
Tempo
VALOR
NOMINAL
GANHO
PASSIVO
MONETÁRIO VALOR
REAL
Tempo
• Patrimônio líquido: é a diferença entre o ativo total e passivo monetário; sofre, por
isso, as perdas e ganhos decorrentes da inflação sobre os itens monetários e reflete
a correção do valor nominal do ativo monetário.
Pode-se agora chegar a alguma definição de como proceder contabilmente,
no que se refere à correção monetária do balanço:
• as perdas dos ativos monetários representam uma despesa 1 e devem ser retiradas
da receita;
1. Uma boa compreensão de despesa é obtida considerando-a como aquilo que deve ser retirado
da receita para repor (ou ressarcir o ativo de) consumo de valores. Dentro dessa idéia, a
desvalorização dos itens monetários representa o consumo de parte do seu valor real
decorrente da elevação geral de preços de bens e serviços na economia (inflação) que será
retirada da receita para recompor-se o seu valor real. É fácil entender isso no caso de uma
aplicação em Caderneta de Poupança. Suponhamos que uma pessoa tenha aplicado $ 1.000
por um ano, ao cabo do qual recebe $ 460 de juros + correção monetária, considerados como
receita, sendo $ 400 de correção monetária. É óbvio que dos $ 460 tiram-se estes $ 400 de
correção monetária para se chegar ao lucro. Isto é, os $ 400 representam uma despesa
decorrente do consumo de poder de compra do investimento inicial, retirada da receita para
repor o valor do referido investimento.
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 81
2. Receita é o aumento do Patrimônio Líquido gerado, ou por aumento do Ativo, ou por redução
do Passivo. Ora, a inflação reduz o Passivo Exigível, em termos reais, aumentando, pois, o
Patrimônio Líquido (que é a diferença entre Ativo e Passivo Exigível).
3. Isto esclarece de uma vez por todas a interpretação errônea de que a empresa aufere ganhos
com a valorização do ativo imobilizado em virtude da correção monetária. Ora, esta correção
visa apenas expressar, em moeda da data de fechamento do balanço, o valor equivalente ao
custo de aquisição e não ganhos havidos. A escrituração das contas sujeitas à correção
monetária em ORTN exigidas pela legislação fiscal é mais um fato que reforça esse entendi-
mento.
82 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ativo
Monetário
Passivo
(inclusive Monetário
Estoques)
Valor a ser
corrigido Patrimônio
Ativo n ão Líquido
M o n e t á r io ( B e n s )
Ativo
Circulante
140.000
120.000
100.00
40%
Ativo Passivo
Circulante Circulante
+ +
Realizável a Exigível a
Longo Prazo Longo Prazo
Valor a ser
corrigido Patrimônio
Ativo Líquido
Permanente
5. A Lei das S.A. não usou a terminologia de Ativo Monetário, Ativo não Monetário e Passivo
Monetário, e tampouco faz referência a isso. O artigo 185, que trata da correção, é conciso e
seco. Nós é que estamos dando essa classificação, usando as idéias expostas no item 2
(Fundamentos da Correção Monetária), a fim de explicar em que se baseia o método de
correção da lei.
86 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(1) Saldo da Correção Monetária - (AC + RLP) X TIp - (PC + ELP) X TIp
OU
(2) Saldo da Correção Monetária - PL X TIp - AP X TIp
onde:
AC = Ativo Circulante
RLP = Realizável a Longo Prazo
TIp = Taxa de Inflação do Período
PC = Passivo Circulante
ELP = Exigível a Longo Prazo
PL = Patrimônio Líquido
AP = Ativo Permanente
Mais adiante, no artigo 187, esse saldo aparece com a denominação "saldo
da conta de correção monetária".
Esse "saldo da Conta de Correção Monetária" corresponde ao que vínha-
mos denominando "saldo de perdas/ganhos". A única diferença é que ele é
apurado através de conta, dentro do sistema contábil (em vez de ser através de
uma fórmula), que nada mais é do que um método de adição e subtração.
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 87
ATIVO PASSIVO
C irculan te Circulante
Realizável a Longo Prazo E x ig í v e l a L o n g o P r a z o
Permanente Patrimônio Liquido
Investimentos Capital
Im ob ilizad o Reservas de C apital
Diferido R e s e r v a s d e R e a v a l ia ç ã o
R e s e r v a s d e L u c ro
Lucros Acum ulados
C O N T A C O R R E Ç Ã O M ON E TÁ R IA
X Y
Computado Computado
como R eceita como Despesa
na D em onstr ação S e sald o cred or ( Y > X ) S e s a ld o d ev e d or ( X > Y ) n a D e m o n s t r aç ã o
do R esultado do Resultado
6. O cálculo de perdas ou ganhos devidos à inflação calculado sobre a diferença entre os valores
iniciais do Patrimônio Líquido e do Ativo Permanente seria mais simples ainda, m as conduziria
a imprecisões por deixar de levar em conta as variações de Patrimônio Líquido e Ativo
Permanente durante o exercício.
88 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONCLUSÃO
Balanço Inicial
Balanço Inicial (em moeda do Balanço Final
final)
Capitais de Terceiros - CT 150 195 195
195
Patr
Patrim
imôn
ônio
io Líq
L íqui
uido
do-- PL 100 130 193
Part. Cap. Terc.
Terc. = CT/PL 150% 150% 101%
INICIAL FINAL
Em Moeda Em Moeda
1ª Hipótese 2ª Hipótese
Hipótese 3ª Hipótese
Hipótese
Original do Final
Ativo Circulante 100 130 130 150 267
Ativo Permanente 150 195 195 195
195 195
Total
Passivo Circulante 150 195 195 215 332
Patrimônio Liquido 100 130 130 130 130
Total
Liquidez Corrente 0,66 0,66 0,66 0,69 0,80
Nota 1
Foram efetuados os cálculos de ganhos e perdas com a inflação pelo Ativo
Circulante e Passivo Exigível, sendo este último, no caso dos exemplos vistos, repre-
sentado pelo Passivo Circulante. O Passivo Exigível é efetivamente monetário,
mon etário, mas nem
nem
todo o Ativo Circulante é monetário. Conforme foi explicado na parte teórica deste
capítulo, por questão de praticidade considerou-se todo o Ativo Circulante como mone-
tário.
Nota 2
Suponha-se o caso de uma empresa que tivesse Passivo Monetário maior que o
Ativo Monetário
Monetário e que, portanto, apresentasse ganhos
ganhos com a inflação. Pelo método da
Lei das S.A.
S.A. haveria um saldo credor na conta de correção monetária.
Pode-se então levantar-se a seguinte dúvida: se houvesse correção monetária ou
variação cambial nos empréstimos
empréstimos tomados, persistiriam os ganhos devido à inflação?
A resposta
resposta é a seguinte: se a taxa
ta xa de correção monetária ou de variação cambial for igual
à taxa de inflação, não haverá
haverá ganhos.
Apesar disso, porém, apura-se o saldo credor na conta Correção Monetária, pela
Lei das S.A.
S.A.,, o que parece, a princípio, incorreto. Contudo, mais uma vez a resposta é
que o saldo credor da conta Correção
Correção Monetária
Monetária corresponde à receita efetiva.
Ocorre que a correção monetária de dívidas ou variação cambial até o nível da taxa
de inflação não constitui despesas, no conceito contábil rigoroso de despesa. À despesa
corresponde uma redução de ativo ou aumento de passivo exigível, e a correção
monetária de dívidas
dívidas não é aumento de dívidas, mas apenas
apenas manutenção, em termos
reais. Nesse
Nesse caso, o saldo credor da conta Correção
Correção Monetária representa
representa uma com-
pensação de um valor (variação cambial ou correção monetária
mon etária de dívidas) lançado como
104 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 3
O ativo monetário gerado pelas operações ao longo do exercício deve, a rigor, ser
também corrigido, ou em base mensal (taxa efetiva), ou pela metade da taxa anual de
inflação (uma vez que a sua constituição, verificada
ver ificada de maneira mais ou menos
meno s uniforme
ao longo do ano, é equivalente à constituição total no meio do ano). Ocorre que num
processo de correção monetária completa por índices gerais de preço (segundo a
chamada Price Level School), as vendas, compras e despesas desembolsáveis tam-
bém devem ser corrigidas,
corrigidas, segundo a mesma taxa (assim, teríamos a demonstração de
resultados expressa em moeda do fim do exercício social). A correção destes itens de
resultados aumenta o resultado do exercício, enquanto a correção do ativo monetário
gerado o reduz na mesma importância, retornando o resultado ao valor contábil original,
de maneira que, para efeito de resultado contábil líquido corrigido da inflação,
inflaçã o, podem-se
p odem-se
ignorar as citadas correções. Isso, entretanto, não deixa de representar uma perda
considerável
consideráv el do poder informativo da contabilidade,
contabilida de, pois a Demonstração de Resultados
a valores históricos padece de sérias
sérias distorções. Simplesmente
Simplesmente não tem sentido a soma
das vendas e despesas de um mês com as do mês seguinte porque se acham expressas e xpressas
em moeda de diferente poder aquisitivo. O problema é semelhante ao de um indivíduo
que vendeu 100.000 metros
metros de tecidos durante um ano e cujo metro teria sido reduzido,
em média, 3% a cada mês. Quantos metros afinal o Fulano vendeu? vendeu ? Metro de qual mês,
já que a cada
ca da mês o metro teve
te ve um valor
va lor diferente?
Reconhecem-se as dificuldades práticas de um processo de correção monetária
que abranja todos os itens da demonstração de resultados e considera-se que seria
inviável outra orientação legal que não a estabelecida na Lei nº 6.404. Suas limitações,
porém, não podem ser esquecidas.
Curiosamente,
Curiosamente , podemos concluir que todos os itens da Demonstração do Resultado
do Exercício se acham defasados,
defasad os, mas o lucro Líquido está correto e em moeda do Final
do exercício.
Ignorar as variações ocorridas durante o ano corresponde a considerar que todas
as transações ocorreram no último dia do exercício.
Esse efeito é claramente apresentado por
por Eliseu Martins, que explica
exp lica após demons-
tração numérica:
nu mérica: "Concluí-se daí que a legislação, ao tratar as receitas e despesas pelos
seus valores correntes ocorridos no período, sem corrigi-las, está simplificando a
realidade e evitando cálculos dos acréscimos e reduções nos ativos e passivos mone-
tários alterados por tais receitas e despesas. Mas não provoca, por isso, alteração no
montante
montante do resultado líquido final ."9
líquido final."
9. MARTINS, Eliseu. Análise
Eliseu. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras. 2. ed. São
financeira s. 2.
Paulo: Atlas, 1984. p. 35.
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 105
EXEMPLO 4
Débito: Prejuízo
Prejuízo Acumulado
Acumulado
Crédito: Correção Monetária
Monetária
Veja-se,
Veja-se , através de exemplo
exemplo numérico, o que ocorre, na realidade.
Encontra-se a seguir o balanço inicial de uma empresa que não operou no
exercício; não tem, portanto, nenhuma receita
receita nem despesa. Não houve depre-
ciação ou amortização de Ativo Permanente que é representado por terrenos.
Tampouco houve modificação no seu Ativo Circulante e no Passivo Circulante.
A taxa de inflação no período foi de 20%.
20% .
BALANÇO DE 31-12-X1
31-12-X1
Ativo Circulante 200 Passivo Circulante 700
700
Ativo Permanente
Permanente 300 Capital 150
Prej. Acumulado (350) (200)
500 500
500
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Receita
Despesas
Resultado Operacional
Saldo da Conta Cor. Monetária
Lucro Líquido
DEMONSTRAÇÃO
DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZOS ACUMULADOS
Saldo Inicial
Correção Monetária (c)
(c)
Saldo Corrigido
(+) Lucro Líquido
(+)
(+) Absorção de Reserva de Capital*
Capit al* (b)
(b)
Saldo Final
* Resultante da correção do capital
BALANÇO DE 31-12-x2
Ativo Circulante 200 Passivo
Passivo Circulante
Circulan te 700
Ativo Permanente (a) 360 Patrimônio Líquido
Capital 150
Prej. Acumulado
560
Ganho
(-) Perda:
Ganho Líquido
BALANÇOS
31-12-X1
(em moeda de 31-12-X2 Variação
31-12-X2)
Ativo Circulante 240 200 (40)
Ativo Permanente 360 360 0
600 560 (40)
Passivo Circulante 840 700 (140)
Patrimônio Líquido (240) (140) 100
600 560 (40)
DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZOS
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
ACUMULADOS
Receita 0 Saldo Inicial (350)
Despesas (140) Correção Monetária (70)
Prejuízo Operacional (140) Saldo da Correção (420)
Saldo da Conta de Prejuízo Líquido
Correção Monetária 100 no Exercício (40)
Prejuízo Líquido (40) Absorção de Reserva
de Capital 30
Saldo Final (430)
O Balanço
Balanço ficaria assim:
BALANÇO DE 31-12-x1
Ativo Circulante 200 Passivo Circulante 840
Ativo Permanente 360 Patrimônio Líquido
560 Capital 150
Prejuízos
Prejuízos Acumulados
Acumula dos (430) (280)
560
BALANÇOS
31-12-x1
(em moeda de
moeda de 31-12-X2 Variação
31-12-X2)
Ativo Circulante 240 200 (40)
Ativo Permanente 360 360 0
600 560 (40)
Passivo Circulante 840 840 (0)
Patrimônio Líquido (240) (280) (40)
600 560 (40)
1. Existem tantos fatores subjetivos na determinação do lucro líquido que não se pode falar em
correto e incorreto.
2. Quando não são feitos ajustes nos balanços pela correção integral, o lucro líquido é o mesmo
que o da Lei das S.A. As modificações de ATIVO e PASSIVO na correção integral serão
refletidas no lucro líquido. Os principais ajustes no ATIVO e PASSIVO referem-se às atuali-
zações monetárias dos estoques para a data de encerramento do balanço e a colocação de
contas a receber e a pagar a valores presentes. Nesses casos o lucro líquido pela correção
integral será diferente daquele apresentado pela Lei das S.A. Esses mesmos ajustes efetua-
dos em controladas e coligadas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial levarão a
novas diferenças no lucro líquido.
CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 113
'Trocou-se a simplicidade do seu cálculo pela melhor explanação dos itens compo-
nentes do resultado, isto é, ao invés de uma correção mais detalhada dos ganhos e
perdas dos itens monetários, das receitas e despesas do período, dos estoques etc.;
preferiu-se um ajuste único, num único saldo. A adoção dessa simplicidade está sendo
praticada à custa da não explicação do seu verdadeiro significado, o que tem provocado
polêmicas infindáveis sobre sua utilidade e até sua validade. Com isso, não está o grande
público investidor tendo condições de assimilar seu conteúdo e sua significação; pior que
isso, não estão, pelo menos em grande parte, os próprios executivos sendo capazes de
assimilar sua natureza."
3. MARTI NS, Eliseu. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1984. p. 57
114 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2.1 NO BALANÇO
4. A CVM manda utilizar a taxa de juros divulgada pela ANBID - Associação Nacional dos Bancos
de Investimentos.
CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 117
A empresa teria:
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CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 133
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CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 135
Obs.: As fórmulas de cálculos acima são aproximadas (vide Capítulo 10). A rigor, no
PMVR, por exemplo, as Duplicatas a Receber deveriam entrar pelo Valor
Presente e as Vendas pelo Valor Final já convertido em moeda constante e
deduzido da diferença entre o valor presente e o contábil. Todavia, como o
cálculo desses prazos visa justamente chegar ao valor presente, este não é
conhecido e não pode ser usado na fórmula.
FORNECEDORES
e) Prazo Médio de Pagamento de Compras:
360 x FORNECEDORES
PMPC =
COMPRAS
360 x 56.492
PMPC = = 92 DIAS
220.636
f) Valor Presente de Fornecedores:
CR$ 1.000 US$
56.492
VPf =
46
53.092 688.791
(1 + 0,00135)
Diferença Valor Nominal / Valor Presente:
56.492 - 53.092 = 3.400 44.110
138 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Notas: (1) 8.157.631 da planilha B menos 88.402 do item "b" do passo 3; (2) planilha
B; (3) planilha B; (4) Estoque Inicial de 1.039.435 mais Custo de Produção de
4.380.393, mais custo de depreciação de 160.467 menos Estoque Final de
1.317.514 (todos da planilha B) menos 44.110 do item T do passo 3; (5)
Despesas Vendas Gerais de 278.625 menos 1.966 de Prov. p/ Dev. Duvidosos
(todos da planilha B) menos 1.453 do item "d" do passo 3; (6) Despesas
Administrativas Gerais de 215.809 mais despesa de depreciação de 7.010
(ambos da planilha B); (7) despesa financeira de 901.790 da planilha B menos
38.492 do item "c" do passo 3; (8), (9), (10) e (11) todos tirados da planilha B.
c) Conciliação do Lucro pela Correção Integral com o Lucro pela Legislação Societária.
Lucro Líquido pela Legislação US$
Societária ($13.128.000:77,08) 170.316
Transporte a Valores Presentes
De Dupls. a Receber - 88.402
De Prov. p/ Devedores Duvidosos + 1.453
De Fornecedores + 44.110
De Dupls. Descontadas + 38.492
Arredondamentos - 13
165.956
140 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CAPITAL
SOCIAL RESERVA LUCROS ACUMUL. TOTAL
DA CORREÇ. MONET.
Saldo em 31-12X2 1.194.157 213.028 1.407.185
Lucro Líquido -.- 165.956 165.956
Aumento de Capital 156.673 156.673
Dividendos -.- (61.987) (61.987)
Saldo em 31-12-X3 1.350.830 316.997 1.667.827
ORIGENS
Das operações
Lucro Líquido 165.956
Depreciação 167.477
Resultado da Eq. Patrim. (20.277)
313.156
Dos acionistas
Aumento de Capital 156.673
De terceiros
Novos Empréstimos e Financ. de Longo Prazo
TOTAL DAS ORIGENS 1.327.272
APLICAÇÕES
Dividendos 61.987
Aquisição de Imobilizado 1.051.617
Aquisição de Investimento 51.323
Acréscimo de At. Diferido 49.141
Total das Aplicações 1.214.068
Acúmulo do Capital Circulante Líquido 113.200
à outra cujo lucro líquido foi de $ 200.000.000, pois pode ser que a
primeira tenha patrimônio líquido, por exemplo, de $ 50.000.000 e a
segunda de $ 3.200.000.000. Ou seja:
10.000.000
- 20%
50.000.000
200.000.000
3.200.000.000
= 6.25%
19x1 19x2
Lucro Líquido 223.741 167.116
Patrimônio Líquido Inicial 821.827 1.070.861
Patrimônio Líquido Final 1.070.861 1.407.185
Patrimônio Líquido Médio 946.344 1.239.023
Rentabilidade do 223.741 167.116 -13,48%
Patrimônio Líquido
946.344
= 23,64% 1.234.023
Para cada $ 100 de Capital Próprio investido, a empresa conseguiu $ 23,64
de lucro em 19x1. A taxa de 23,64% é superior ao que oferecem os títulos de
mercado, que oscilam em torno de 6%. Normalmente, espera-se das empresas
rentabilidade superior à dos títulos de renda fixa; possuir o investimento na
empresa representa um capital de risco, ou seja, nada garante sua rentabilidade,
que poderá ser inclusive negativa.
Em 19x2, entretanto, ocorreu queda acentuada na rentabilidade da empre-
sa.
A rentabilidade empresarial, porém, é assim mesmo: num ano acima das
taxas de mercado, noutro abaixo e noutro em torno delas.
188 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
19x1 19x2
Demonstração
do resultado Demonstração
do resultado
Balanço
Balanço
Lucro Líquido
Patrimônio Liquido Inicial
r
A Cia. BIG aumentou seu endividamento de 154%, em 19x1, para 183%, em 19x2, e passou a
depender muito mais de terceiros. Entretanto, em 19x2, alterou o perfil de sua dívida, pois o percentual
de dívidas de curto prazo, que era de 81% no ano precede nte, passou para 54%, dando-lhe mais
prazo para pagamento das mesmas. 0 grau de ¡mobilização do Patrimônio Liquido que era de 71%,
em 19x1, subiu para 121%, absorvendo, em 19x2, todo o Patrimônio Líquido e ainda uma parcela
de capitais de terceiros equivalente a 21% deste último. Com isso, a empresa ficou sem Capital
Circulante Próprio em 19x2. Entretanto, a imobilização de recursos não correntes permaneceu dentro
de níveis equivalentes e permitiu à empresa até mesmo aumentar o Capital Circulante Líquido. Em
virtude de não ter Capital Circulante Próprio em 19x2, a Liquidez Geral caiu para 0,88, quandohavia
sido de 1,18 em 19x1. Isto significa que a relativa tranqüilidade existente em 19x1 deixou de existir
em 19x2, pois a longo prazo a empresa dependerá de geração de recursos para manter boa liquidez.
Contudo, em decorrência do aumento do Capital Circulante Líquido, a empresa conseguiu melhorar
ligeiramente a Liquidez Corrente (donde se conclui que o nível de Capital Circulante Líquido mantido
é satisfatório); isso indica que a curto prazo não haverá problemas de liquidez. Quanto à Liquidez
Seca, houve queda insignificante de 0,90, em 19x1, para 0,87, em 19x2.
Se do ponto de vista financeiro piorou a situação, com algumas compensações, do ponto de
vista econômico a situação piorou completamen te. Para cada $ 1,00 investido a empresa vendeu $
1,76 em 19x1. Já em 19x2 vendeu apenas $ 1,11 o que significa apreciável queda nas vendas em
relação ao investimento efetuado. Enquanto isso, a margem de lucro líquido cala de 4,66% para
3,77%, ou seja, em cada $ 100 vendidos a empresa passou a ganhar muito menos, em 19x2. Para
se ter uma idéia do efeito conjunto dess as duas quedas, a rentabilidade do Ativo caiu pela metade
ou seja, de 8,20% para 4,19% isso significa que o seu poder de capitalização desceu a níveis muito
baixos: enquanto pela rentabilidade do Ativo, em 19x1, a empresa demoraria cerca de 9 anos para
dobrar o seu Ativo, se contasse exclusivamente com os rec ursos dos lucros acumulados, em 19x2
demoraria 17 anos. Como reflexo disso, a rentabilidade do Patrimônio Líquido desceu de 23,64, para
13,48%, mostrando que a empresa conseguiu remuneração modesta do seu capital em 19x2.
7 Indices-Padrão
1 A ESTATÍSTICAAJUDANDOAANALISAR BALANÇOS
Moda: objetiva mostrar aquilo que é mais comum em determinado universo; por
exemplo, no seguinte conjunto de dados referentes às notas de estudantes em
determinada prova: 2, 2, 3, 4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 8, 9, 9, 10, a moda será "6",
visto ser o valor verificado com mais freqüência.
Mediana: é o valor tal que, colocados os elementos do universo em ordem crescente,
metade fica abaixo de si e metade acima. O papel da mediana é possibilitar a
comparação de um elemento do universo com os demais, a fim de se conhecer a
sua posição relativa, na ordem de grandeza do universo. Por exemplo, se entre os
operários de determinada fábrica a mediana de salários for de $ 3.800,00, aquele
que recebe remuneração acima disso estará entre a metade de operários mais bem
remunerados.
Quantidade de elementos
Variável
10% d o s 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10%
E lem ento s
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7 7
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198 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
1º PASSO
2º PASSO
VARIÁVEL MEDIANA
2º DECIL 8 DECIL
º
(5º DECIL)
CT/PL 155% 316% 569%
AP/PL 32% 75% 127%
LG 0,87 1,03 1,17
LC 1,02 1,16 1,61
LS 0,28 0,69 0,93
LL/PL -10,0% 7,0% 25,0%
MEDIANA
VARIÁVEL 2 DECIL
º 8º DECIL
(5º DECIL)
CT/PL 63% 136% 269%
AP/PL 44% 77% 120%
LG 0,87 1,14 1,59
LC 1,01 1,29 1,83
LS 0,53 0,82 1,21
LL/PL 2,0% 14,0% 35,0%
Quantidade Área de
de indefinição
Empresas
SOLVENTES INSOLVENTES
TE ST ES ESTATÍSTICOS
2.1 TE STE DE S TUD E N T
Quantidade de índices
Quantidade de indices
CONCEITO NOTA de Empresas
de Empresas Solventes
Insolventes
CT/PL LC CT/PL LC
ÓTIMO 8 - 1 0
12 11 0 2
BOM 6 - 7,99 8 9 0 4
SATISFATÓRIO 4 - 5,99
ACEITÁVEL
9 12 1 7
RAZOÁVEL FRACO 2 - 3,99 9 8 13 16
DEFICIENTE PÉSSIMO 0 - 1,99 12 10 36 21
SOMA 50 50 50 50
f) Pode-se aplicar para cada tipo de índice a técnica estatística denominada teste do
x 2 (lê-se qui quadrado), através da qual se mede a correlação existente entre as
Notas (ou Conceitos) e a Solvência e Insolvência. O índice que obtiver o maior
coeficiente de correlação terá maior poder preditivo e deverá receber maior peso nas
planilhas e fórmulas, que são apresentadas no Capítulo 6. (Sem qualquer teste,
pode-se perceber, olhando apenas as Tabelas 7.8 e 7.9 que há maior correlação
entre nota baixa e insolvência no índice Participação de Capitais de Terceiros do que
no índice de Liquidez Corrente.)
8 - 1 0 11 2 13
6 - 7,99 9 4 13
4 - 5,99 12 7 19
2 - 3,99 8 16 24
0 - 1,99 10 21 31
SOMA 50 50 100
8 - 1 0 12 0 12
6 - 7,99 8 0 8
4 - 5,99 9 1 10
2 - 3,99 9 13 22
0 - 1,99 12 36 48
SOMA 50 50 100
O c o e f i c ie n t e d e C o r r e l a ç ã o d e A t ri b u t o s - C A - é u m n ú m e r o q u e v a r i a d e
0 a 0 , 7 2 , o u s e j a , a c o r r e l a ç ã o m á x i m a s e r á 0 , 7 2 . O zero i n d i c a n ã o h a v e r
c o r r e l a ç ã o . E n t r e t a n t o , p a r a h a v e r a c o r r e l a ç ã o m á x i m a é p r e c is o q u e :
C o m o f o i o b s e r v a d o , o CACT/PL é b e m s u p e r i o r a o C A L C . O C A t e m o m é r i to
de possibilitar o escalonamento dos índices mais importantes (maior peso) para
os menos importantes (menor peso). Afinal, se um índice tem CA mais baixo é
porque são menores as diferenças que é capaz de apontar entre as empresas
s o l v e n t e s e in s o l v e n t e s e , a s s i m , m e n o r d e v e r á s e r o s e u p e s o .
P a r a c a l cu l a r o s C A u s a m - s e a s s e g u i n t e s fó r m u l a s :
O t e s t e d e x 2 é s i m p l e s , o b j e t i v o e e f i c i e n t e e p o d e s e r e m p r e g a d o p o r
qualque r dos usuá rios de An álise de Ba lanços, bas tand o tom ar algo entre 20 e
50 em pre sa s do grup o suce sso e igual nú m ero de em pres as do insuces so. E stas
podem ser representadas por qualquer tipo de empresa em que as transações
não foram bem-sucedidas, e não necessariamente insolventes. (A metodologia
estatística pode ser encontrada em qualquer bom livro de Estatística.)
MODELO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS 243
L
I % % %
º C % % % % 2 4 8 8
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L
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1
1
1
T
244 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
1 ANALISE DISCRIMINANTE
CIA. BIG-BALANÇOS DE
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
Valor Valor Valor
AV
AV AH AV AH AH
Absoluto Absoluto Absoluto
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
• Disponível 34.665 26.309 25.000
• Aplicações Financeiras 128.969 80.915 62.000
SOMA 163.634 107.224 87.000
OPERACIONAL
• Clientes 1.045.640 1.122.512 1.529.061
• Estoques 751.206 1.039.435 1.317.514
SOMA 1.796.846 2.161.947 2.846.575
Total do Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 2.933.575
PERMANENTE
• Investimentos 72.250 156.475 228.075
• Imobilizado 693.448 1.517.508 2.401.648
• Diferido -.- 40.896 90.037
Total do Ativo Permanente 765.698 1.714.879 2.719.760
TOTAL DO ATIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
• Fornecedores 708.536 639.065 688.791
• Outras Obrigações 275.623 289.698 433.743
SOMA 984.159 928.763 1.122.523
FINANCEIRO
• Empréstimos Bancários 66.165 83.429 158.044
• Dupls. Descontados 290.633 393.885 676.699
SOMA 356.798 477.314 834.743
Total do Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 1.957.277
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
• Empréstimos 314.360 792.716 1.494.240
• Financiamentos -.- 378.072 533.991
Total do Exigível a Longo Prazo 314.360 1.170.788 2.028.231
CAPITAIS DE TERCEIROS 1.653.317 2.576.865 3.985.508
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Capital e Reservas 657.083 1.194.157 1.350.830
• Lucros Acumulados 413.778 213.028 316.997
Total do Patrimônio Liquido 1.070.861 1.407.185 1.667.827
TOTAL DO PASSIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL 259
CIA.BIG
D E M O N S T R A Ç ÕE S D E R E S U L T A D OS
Exercício Findo em 31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
Valor Valor Valor
AV AH AV AH AV AH
Absoluto Absoluto Absoluto
RECEITA LÍQUIDA 4.793.123 100 100 4.425.866 100 92 5.851.586 100 122
Custo dos Produtos Vendidos 3.621.530 76 100 3.273.530 74 90 4.218.671 72 116
Lucro Bruto 1.171.593 24 100 1.152.336 26 98 1.632.915 28 140
Despesas Operacionais 495.993 10 100 427.225 9 86 498.025 8 100
Outras Rec./Desp. Operacionais 8.394 - - 17.581 - - 27.777 - -
LUCRO OPERACIONAL 683.994 14 100 742.692 17 108 1.162.671 20 158
(antes dos Resultados Financeiros)
Receitas Financeiras 10.860 - - 7.562 - - 5.935 - -
Despesas Financeiras 284.308 6 100 442.816 10 156 863.298 15 304
LUCRO OPERACIONAL 410.546 8 100 307.438 7 75 305.304 5 75
Resultado não Operacional 1.058 - - -.- - - -.- - -
LUCRO ANTES DO I.R. 411.604 8 100 307.438 7 75 305.304 5 75
LUCRO LÍQUIDO 223.741 4.66 100 167.116 3,77 75 165.956 2,83 75
0 ativo total da empresa cresceu 107% de 31-12-x1 a 31-12-X3 em termos reais. Ess e
crescimento deveu-se principalme nte ao Ativo Permane nte que teve expansão d e 255 % .Já o Ativo
Circulante apresentou crescim ento de apen as 50% . Des sa forma, alterou-se a estrutura de ativo da
em presa. Em 19x1 , 72% dos recursos ach avam -se investidos no Ativo Circulante, percentual esse
que caiu para 52% em 19x3. Esse crescim ento foi financiado basicam ente por C apitais de Terceiros
de Long o Prazo que pas saram, em 19x 1, de 12% do P assivo Total para 35%, em 1 9x3, constituin-
do-se no principal grupo d e financiamen to neste últim o ano . O Patrimô nio Líquido, que fornecia 39%
dos recursos em 19x1, caiu para 30% em 19x3, enquan to o Passivo Circulante caiu nesse m esm o
período de 49% para 35% . Tendo o Pass ivo Circulante crescido men os que o Ativo C irculante, a
em presa financiou parte deste último com Exigível a Long o Prazo (o que, diga-se de passagem , é
correto). Os C apitais de Terceiros tiveram crescimento sup erior ao do A tivo - ou seja, 141% co ntra
107% do A tivo - em virtude do terreno cedido pelo Patrimônio Líquido. Outro aspecto que se destaca
é a alteração havida em "Fornecedo res'. E ssa era a principal fonte de recursos da em presa, em
19x1, representando 26% do P assivo. Nesse ano , "Fornecedores" financiavam quase totalm ente os
Estoques. Em 19x3 o pe rcentual de "Fornecedores" sobre o Passivo Total caiu para 12% , cobrindo
apenas m etade dos estoques man tidos p ela empresa. Essa alteração é desfavorável, pois, norm al-
me nte, "Fornecedores" representam um a fonte estável de recursos e freqüentemente m ais barata.
A em presa substituiu-a em boa parte por financiamentos bancários que representam um a fonte de
risco m aior devido a incerteza da renovação.
260 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Em resumo, a empresa investiu maciçamente no Ativo Permanente, fez ainda algum investi-
mento no Ativo Circulante, financiou a maior parte dessa expansão com Capitais de Terceiros e
aumentou o risco global. A situação financeira não ficou sacrificada em virtude de a empresa ter-se
valido de Exigíveis a Longo Prazo, tendo o Passivo Circulante crescido menos que o Ativo Circulante.
Enquanto os investimentos tiveram grande impulso no período analisado, as vendas apresen-
taram pequena expansão. O crescimento real foi de 22% no periodo. A empresa teve bom
desempenho no Custo dos Produtos vendidos, os quais passaram de 76% para 72% de absorção
das vendas. Com isso, o Lucro Bruto que representava 24% das vendas subiu para 28%. Esse
acréscimo de 4 pontos percentuais é extremamente significativo diante do fato de o Lucro Líquido
1
representar 4,66% dasvendas em 19x1. Se tudo o mais se mantivesse constante, a empresa poderia
alcançar a invejável porcentagem de 8,66% de Lucro Líquido sobre Vendas.
Infelizmente para a empresa, porém, suas despesas financeiras explodiram, crescendo 204%
e, portanto, muito mais do que as vendas. Essas despesas que consumiram 6% da Receita em 19x1
passaram a consumir 15% em 19x3, fazendo a empresa perder 9 pontos percentuais. Ao final, o
percentual de Lucro Líquido/Vendas desceu para 2,83%, ou seja, quase metade daquele que havia
alcançado em 19x1. As Despesas Operacionais mantiveram-se em proporções aceitáveis para a
empresa.
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TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 285
Nas mudanças de prazos, e somente aí, ocorre por alguns dias alteração
do fluxo. Por exemplo, se a empresa passar dos atuais 90 para os 120 dias,
haverá um represamento de duplicatas,
duplicata s, cujo nível de $ 900 passará
passa rá para $ 1.200.
1.200.
Aí, então, durante 30 dias não haverá saída de Duplicatas a Receber (e, portanto,
não haverá entradas de Caixa), ou seja, por 30 dias será fechada a saída de
Duplicatas a Receber. Mas isso só ocorrerá daqui a 90 dias, porque até então
estarão sendo recebidas as duplicatas existentes antes da alteração do prazo.
Do 91º ao 120º
120º dia da data de ampliação do prazo, não haverá nenhuma duplicata
d uplicata
a receber, visto que passaram
passaram a ser emitidas com pra prazo
zo de 120 dias. A partir do
121º será restabelecido o fluxo anterior de entradas e saídas de $ 10.
286
286 AVAUAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Se a empresa
emp resa elevar o nível de Duplicatas a Receber, aumentando
aumentan do o Ativo
Circulante, deverá obter recursos através de uma entre duas alternativas possí-
veis:
(a)
(a) Aumento
Aumento do Capital Circulante
Circulante Líquid
Líquidoo mediante
mediante aumento
aumento de Capital Próprio ou de
Empréstimos
Empréstimos Bancários a Longo Prazo.
(b) Aumento de Empréstim
Empréstimosos Bancários de Curto Prazo.
Aumentando
Aumentand o o Capital Líquido, haverá crescimento do Ativo
Ativ o Circulante sem
alteração no Passivo Circulante. Aumentando os empréstimos Bancários de
Curto Prazo,
Pr azo, haverá
h averá simultâneo aumento de Ativo Circulante e Passivo Circulan-
Circulan -
te.
Se a empresa tomar empréstimos
empréstimos bancários
bancários de curto prazo para
pa ra financiar
a expansão de Duplicatas a Receber, não poderá computar o pagamento
paga mento desses
empréstimos no fluxo de caixa diário. Na realidade, não poderá pagar esses
empréstimos, mas apenas os juros,
juros , visto que não
não haverá aumento das entradas
diárias de caixa. Assim, toda vez que vencerem os empréstimos bancários,
deverá tomar outros de igual montante. Isto
Isto porque a expansão de Duplicatas
Duplicatas a
Receber representa um investimento estável que requer um financiamento
estável. Somente a longo prazo, com o acúmulo de lucros, é que a empresa
poderá substituir
substituir esses empréstimos
empréstimos por Capital Circulante Líquido. Portanto, a
empresa deverá renovar os empréstimos
empréstimos bancários
bancários a cada
c ada vencimento.
No que tange aos juros,
jur os, devem ser compensados com o acréscimo de lucro
decorrente do aumento do prazo médio
médio de recebimento de vendas. Se a empresa
não conseguir essa compensação, estará cavando um buraco no qual poderá
enterrar-se.
Veja-se a seguir como ficaria o gráfico do fluxo monetário se o nível de
duplicatas for elevado para $ 1.200,
1.200, diante das duas alternativas de financiame
finan ciamen-
n-
to.
Quanto ao nível de estoques, pode-se dizer que não depende do volume de
vendas, mas da rapidez
rapidez de reposição. Se a empresa conseguisse repor no início
de cada dia aquilo que vai vender, poderia trabalhar com estoque zero.
estoque zero. Por
enquanto, será
se rá mantido no mesmo
mesmo nível original.
Como se pode verificar, o índice de Liquidez Corrente se alterou,
altero u, tanto para
mais (primeira alternativa), quanto para menos (segunda alternativa)
alternativa) em relação
relação
à posição original. Enquanto
Enquanto isso, o Fluxo de Caixa permaneceu inalterado.
TÓPICOS
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 287
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L F E S V
288 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Partindo
Partindo das condições
condições originais, suponha-se, agora, que a empresa con-
siga uma grande redução no prazo médio de recebimento de vendas,
venda s, através
at ravés de
novas estratégias de mercado, baixando-o para 30 dias. Com isso, o volume de
Duplicatas a Receber se reduz para $ 300. Partindo do nível original de $ 900,
há uma redução de $ 600, que acaba sendo desovada no Caixa. Isto porque a
partir
partir do 30º dia da alteração há o recebimento das vendas já feitas sob as novas
condições. Enquanto
Enquanto isso, as vendas com prazo de recebimento
recebimento de 90 dias serão
s
recebidas até o 90 dia. Assim,
As sim, do 31º ao 90º há uma entrada adicional
adicional de $ 10
por dia em Caixa que resulta num excedente acumulado de $ 600 = 60 dias x 10.
Suponha-se que a empresa aplicou esse excedente no Ativo Permanente.
Permanente.
Considere-se ainda que, através de racionalização nos métodos de estocagem
e compra, a empresa tenha conseguido reduzir o prazo de estocagem para 30
dias. Como a empresa consome $ 6 por dia de estoques, o nível deste será de
$180 =30 x $6.
Admita-se, por fim, que o Passivo Circulante se tenha mantido inalterado.
(Num primeiro momento, haverá redução de Fornecedores
Fornecedores devido à redução dos
estoques,
estoq ues, mas logo em seguida Fornecedores voltará ao saldo original, pois este
depende do prazo de pagamento e do Fluxo de Compras que se manteriam
inalterados. O tempo necessário para esta recomposição corresponde à soma
do prazo de pagamento a Fornecedores com a diferença entre o prazo anterior
e o atual de estocagem.)
Após isso, o gráfico do Fluxo Monetário fica assim:
Lucro
10 por dia
Estoque 180
10 por dia
30 0
Prazo de renovação Duplicatas
do es toque: 30 dias a Receber 10 por dia
Prazo de Recebimento
de Vendas:
30 dias Caixa 120
A Liquidez Corrente
Corren te a esta altura passa de 1,5
1,5 para 0,60.
180 + 300 + 120
Liquidez Corrente: = 0,60
1.000
Fluxo de Caixa
Caixa Diário
Entradas 10
Saídas 10
Variação de Caixa 0
Isto prova que o índice de Liquidez Corrente não é um índice de Caixa e que
uma empresa pode perfeitamente operar
operar com índice
índice de Liquidez
Liquidez Corrente inferior
a 1,00.
Suponha-se,
Suponha-se , para reforçar, que a empresa passe a vender a vista e a manter
estoques para apenas dez dias, sem alterar o Passivo
Passivo Circulante.
Os estoqu
estoques
es passam
passam para
para $60
$6 0 = 1 0 x $ 6 e as Dupli
Duplicat
catas
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Receber
er para
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zero.
O índice de Liquidez Corrente passa para 0,18:
Liquidez
Liquidez Corrente tem muito que ver com a situação financeira
financeir a da empresa. Mas
como isso acontece se foi demonstrado
demonstrado que esse índice nada tem que ver com
o Fluxo de Caixa?
Talvez a resposta fique mais clara com a apresentação de índice de Liquidez
Liquidez
Corrente pelo avesso.
5.8 ANALISE
ANALIS E PELO AVESSO
= 0,666 ou 66,6%
• Fornecedores.
• Despesas a Pagar.
• Bancos.
Restam por último os bancos onde a empresa não encontra nem certeza
da manutenção do nível de financiamento em moeda estável, nem dos aumentos
nominais para compensar as desvalorizações devidas à inflação. A falta de
certeza na renovação de empréstimos pode levar a empresa a sérias dificuldades
de pagamento. (Veja a propósito "Risco dos Empréstimos Bancários", item 9,
neste capítulo.)
Por isso, é importante subdividir o percentual de financiamento do Ativo
Circulante, conforme Figura 10.6.
CCP
V alore s
%
Absolutos
CCL
V alore s %
Absolutos
ELP
V alores
%
Absolutos
Ativo C irculan
irculan te
Valores
Absolutos
% Fornecedores
V alores
%
Absolutos
PC D espesa s a pagar
V alores % V alore s %
Absolutos Absolutos
B anco s
V alore s
%
Absolutos
Assim,
Ass im, o valor de 1,5 da Liquidez
Liquidez Corrente pode ser interpretado da seguinte
forma: os créditos tomados a curto prazo
prazo (Passivo Circula
Circulante)
nte) acham-se aplica-
dos no Ativo Circulante no qual a empresa possui ainda investidos recursos de
outras fontes (Não Correntes)
Correntes) que equivalem a 50%
5 0% dos
d os créditos de curto prazo
e que representam a liberdade
liberdade da empresa em relação a esses créditos.
Na situação em que a empresa tinha índice de Liquidez
Liquidez Corrente
Corren te de 0,60,
o inverso desta será:
= 1,66 o u 166%
que mostra que a empresa não tem nenhuma liberdade em relação a créditos
créditos de
curto prazo, os quais financiam 1,66%
1,66% do investimentos no Circulante (possivel-
(p ossivel-
mente, o Ativo Permanente também depende desses créditos de curto prazo).
O índice de Liquidez Corrente de 0,60 deve ser assim interpretado: a
empresa tem uma insuficiência de investimentos no Ativo Circulante de $ 0,40
para cada $ 1,00 de crédito de curto prazo; esta insuficiência é motivada por
aplicações desses recursos no Ativo Permanente,
Per manente, razão por que a empresa não
tem nenhuma liberdade
liberdade em relação aos recursos que os credores de curto prazo
suprem.
Assim, a empresa depende excessivamente dos credores de curto prazo.
Pode-se dizer que está na mão desses credores. E se resolverem reduzir o
crédito da empresa, como ficará o seu giro? De duas uma: ou a empresa reduz
o ritmo de seus negócios, o que poderá ser ruinoso, ou, pura e simplesmente,
não paga seus credores, e fatalmente surgirá uma situação
situação de insolvência.
insolvência.
A vida da empresa passa a depender de terceiros e a sua continuidade
torna-se ameaçada. Não raras empresas foram à insolvência exatamente por
isso.
Não é difícil, embora trabalhoso, mostrar que de duas empresas
empresa s do mesmo
ramo, com o mesmo fluxo de caixa,
caix a, a que tem maior índice
índice de liquidez
liquidez encontra-
encon tra-
se em melhores condições de enfrentar as adversidades decorrentes da flutua-
ção de vendas (que altera as entradas no fluxo de caixa) ou de prazos de
fornecedores (que
(que altera as saídas no fluxo de caixa).
Em síntese,
sí ntese, a empresa pode operar com qualquer liquidez que seu fluxo de
caixa será o mesmo enquanto
enquanto as vendas não se alterarem. Entretanto, quanto
maior o índice de Liquidez Corrente maior a independência da empresa em
relação aos credores e maior
maior a sua capacidade de enfrentar crises
crise s e dificuldades
inesperadas.
TÓPICOS
TÓPI COS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS
BALANÇOS 293
293
6. FALÁCIAS
FALÁCIA S DE LIQUIDE
LIQUIDEZZ
É muito comum ouvir falar entre executivos financeiros que uma liquidez
alta é tão indesejável como uma baixa, que é sinal de má administração financeira
e que a empresa está perdendo dinheiro
dinheiro com a inflação.
Em primeiro lugar, uma liquidez alta (refere-se normalmente ao índice de
Liquidez
Liquidez Corrente) pode decorrer tanto de excesso de Recursos
Recursos Não Correntes
no Ativo Circulante (e por excesso entendam-se recursos que estariam melhor
aplicados no Ativo Permanente ou em outra empresa), quanto de pequeno
Passivo Circulante
É obvio que, se houver excesso de Recursos Não Correntes aplicados no
Ativo Circulante, como excesso de Estoques e de Duplicatas a Receber decor-
rentes de uma administração
administração má desses itens, estaremos diante de uma liquidez
indesejável,
indesejá vel, que certamente contribui para a redução da rentabilidade da empre-
sa.
Entretanto, se o índice de Liquidez Corrente decorre de baixo Passivo
Circulante, poderá ser indício
indício de sábia administração
administração que evita despesas finan-
finan -
ceiras de empréstimos bancários - principalmente num país como o Brasil,
Bra sil, onde
historicamente tais empréstimos sempre tiveram custo elevado - ou que obtém
significativos
significativos descontos de fornecedores com pagamento a vista.
vista .
Quanto à perda de dinheiro com a inflação, leve-se em conta que os
estoques em geral não perderam com a inflação e que, se a empresa optasse
por ter mais empréstimos bancários de curto prazo, por exemplo, em vez de
capitais próprio, teria
ter ia de ressarcir o banqueiro do custo da inflação além de pagar
juros.
juro s.
Por último, lembre-se que a Liquidez Corrente pode ser alta em função de
Empréstimos de Longo Prazo em vez de créditos de curto prazo. praz o.
Em resumo, alta liquidez, além de indicar
indicar boa situação
situação financeira, pode até
ser do aumento da rentabilidade, embora não esteja afastada a hipótese
h ipótese de haver
recursos
recursos ociosos.
ociosos .
Este último, porém, seria um caso de má administração de Ativos Circulan-
tes (em valores absolutos)
absolutos) que se reflete
reflete na liquidez, e não propriamente um caso
em que a alta liquidez
liquidez é desfavorável.
desfavor ável.
294 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
7. LIMITE DE ENDIVIDAMENTO
de caixa decorrem das vendas diárias. Assim, se a empresa tem uma venda
diária de $ 10, há uma entrada média de caixa de $ 10. O prazo médio de
recebimento de vendas atua apenas como retardador das entradas de caixa.
Assim, as entradas de caixa de hoje são as vendas de 90 dias atrás, se este for
o prazo, e as vendas de hoje entrarão em caixa daqui a 90 dias. O importante é
que há um fluxo contínuo de entradas em caixa decorrentes de vendas. Se a
entrada diária for de $ 10, a empresa poderia contar, por exemplo, com alguma
coisa em torno de $ 9 para pagar os créditos de funcionamento. O restante a
empresa deveria acumular para recompor investimientos que se vão deprecian-
do, para novos investimentos, para repor o Capital Circulante Próprio consumido
pela inflação e para amortizar Financiamentos de Longo Prazo. Os créditos de
funcionamento não tendem a oscilar consideravelmente, a não ser no item
"Fornecedores". É aí, pois, que a empresa deve tomar cuidado de nunca comprar
além do que está absorvido pela produção e vendido, pois do contrário irá
provocar um fluxo de pagamentos superior ao de entradas de Caixa, ainda que
por um breve período.
Suponha-se que o pagamento médio diário se distribua assim:
• 5,00 para cobrir fornecedores;8
• 4,00 para cobrir despesas a pagar.
Suponha-se ainda que os prazos médios obtidos para pagamentos sejam:
• 90 dias para fornecedores;
• 45 dias para as demais obrigações.
90X5,00 = 450,00
45X4,00 = 180,00
630,00
7.3 FINANCIAMENTOS
8. Pagamento diário - 5. Nos casos de fornecedores, deve corresponder à compra média diária
de $ 5 e ao custo médio diário de $ 5.
302
302 AVAUAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
EMPRESARIAL
1.
2.
3.
4.
BALANÇO
BALANÇO INICIAL
I NICIAL BALANÇO FINAL
A 12.000 CT 8.000 A 2 4. 0 00 CT 18.000
PL 4.000 PL 6.000
12.000 24.000
8.000 18.000
CT/PL = = 200% = 3 0 0 %
4.000 6.000
8.000 18.000
CT/A = = 66% = 75%
12.000 24.000
4.000 6.000
PL/CT = = 50% = 33%
8.000 18.000
12.000 24.000
A/CT = = 150% = 133%
8.000 18.000
TÓPICOS
TÓPI COS ESPECIAIS
ESPE CIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS
BALANÇOS 303
303
• O primeiro tipo, CT/PL, passou de 200% para 300%, chamando a atenção do analista
e do usuário para um aumento de 100 pontos no índice de endividamento. Mostra
grande sensibilidade na evidenciação do aumento de endividamento da empresa.
• O segundo
segundo índice
índice mostra no balanço
balanço inici
inicial
al que 66%
66% dos recurso
recursoss invest
investidos
idos foram
suprido
supridoss por terceiros. Esse índice
índice se elevou para 75%7 5% no balanço final.
final. A alteração
de 66%
6 6% para 75%,
75% , se analisada por
por um especialista
especialista,, é relevante, porém
porém não chama
a atenção para uma alteração significativa do grau de endividamento da empresa.
Isto porque no denominador desse índice temos o Ativo ou o Passivo. Ora, sendo
Passivo
Passivo o resultad
resultado
o da soma de capitais
capitais de terceiros
terceiros e do Patrimôn
Patrimônio
io Líquido,
Líquido, quando
cresce o endividamento
endividamento da empresa, cresce tanto o numerador
numerador quanto o denomina-
dor da fração, embora aquele mais que este. O cômputo dos capitais de terceiros
no denominador acaba deixando este índice quase insensível aos aumentos de
endividamento.
• O terceiro
terceiro e o quarto
quarto índices
índices são igual
igualmente
mente indic
indicador
adores
es pouco
pouco sensíveis ao aumento
de endividamento.
No item 5, "Liquidez x Fluxo de Caixa", ficou dito que uma empresa pode
perfeitamente operar com Liquidez Corrente abaixo de 1,00. Para isto é neces-
sário que o Passivo Circulante se renove constantemente.
Essa renovação é praticamente automática no que refere-se aos créditos
de funcionamento - fornecedores, salários, encargos sociais, tributos -, pois
essas obrigações decorrem das próprias operações. Ao comprar, produzir,
vender, administrar, a empresa gera automaticamente obrigações a pagar. O
prazo obtido para pagamento destas constitui um financiamento com que a
empresa conta permanentemente.
permanenteme nte.
304
304 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
I - Financiamento de Ativo
Ativo por
por iinstruções
nstruções de crédito:
Indica: qual o percentual dos investimentos totais financiado pelas Instituições de crédito.
Exe mplo
mp lo:: (baseado nos dados da Cia. BIG
BIG do Capítulo 3).
CIA. BIG
19x1 19x2
Duplicatas Descontadas 10.100 20.226
Empréstimos Bancários (Curto Prazo) 2.294 8.061
Empréstimos e Financiamentos (Longo Prazo) 10.920 60.120
Total de Financiamentos das Instituições de Crédito 23.314 88.407
Ativo 94.698 204.581
Financiamento do Ativo por
Instituições de Crédito 24% 43%
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 305
II - Participação
Participaçã o de instituições de crédito no endividamento
endividament o
da empresa:
Exemplo:
19x1 19x2
Total de Financiamentos das Instituições de Crédito 23.214 88.407
Capitais de Terceiros 57.500 132.322
Participação de Instituições de Crédito no Endividamento
da Empresa 40% 66%
Fórmula:
Financiam
Financiam ento de Institui
Instituições
ções de C rédito
rédito a C urto
urto Prazo x100
Ativo Circulante
Circulante
Exemplo:
19x1 19x2
Duplicatas Descontadas 10.100 20.226
Empréstimos Bancários (Curto Prazo) 2.294 8.061
Financiamento de Instituições de Crédito a Curto Prazo 12.394 28.287
Ativo Circulante 68.100 116.522
Financiamento de Ativo Circulante por Instituições de
Crédito a Curto Prazo 18% 24%
306 AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
DESEMPE NHO EMPRESARIAL
Duplicatas Descontadas
Descontadas
Fórmula: X100
Duplicatas a Receber
Exemplo:
19x1 19x2
Duplicatas Descontadas 10.100 20.226
Duplicatas a Receber 36.322 57.641
Nível de Desconto
Desconto de Duplicatas 27% 35%
Índices Índices da
Padrão Cia. B
Cia. BIG
IG
19x1 19x2 19x1 19x2
• Financiamento
Financiamento de Ativo por Instituições
Instituições de Crédito: 20% 22% 24% 43%
• Participação
Participação das Instituições
Instituições de
de Crédito
Crédito no Endividamento:
Endividamento: 37% 38% 40% 66%
• Financiamento
Financiamento de Ativo Circulante por
por Instituições
Instituições de
Créditos a Curto Prazo: 18% 25% 18% 24%
• Nível de Descon
Desconto
to de Duplicatas:
Duplicatas: 20% 22% 27% 35%
Em vista disso, pode-se considerar excessiva a dependência global às
instituições de crédito.
Nota: Nos mais recentes estudos sobre previsão de falência, os índices de relacionamento
bancário surgiram, entre os principais
principais indicadores, em substituição a índices tradicionais.
Vejam-se, a propósito, as Fórmulas de previsão de falências apresentadas por Matias e
Pereira (Capítulo 7).
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 307
10 ÍNDICE
ÍND ICES
S DE AVALIAÇ
AVALIAÇÃO
ÃO DE AÇÕES
AÇÕ ES
Diferentemente dos índices de avaliação de situação econômica
econômic a e financei-
ra, os índices de avaliação de ações - que serão chamados daqui em diante
Bolsa - objetivam avaliar exclusivame
"Índices de Bolsa - exclusivamentente a viabilidade de investi-
inv esti-
mentos em ações de determinada empresa.
Infelizmente, o mercado acionário no Brasil é inoperante por diversos
motivos: imaturidade dos empresários, falta
falt a de seriedade de alguns corretores,
casuísmo e superficialidade de atos governamentais e falta de informações ao
público investidor. Por essas razões, o mercado acionário é um barco à deriva,
navegando a sopros de especulações, manipulações e escândalos.
Dentro desse clima, a avaliação técnica de ações parece algo fora da
realidade, quando deveria ser a base para a verdade.
Os índices de Bolsa tomam em conta dados obtidos das negociações de
ações nas Bolsas de Valores - como cotação, negociabilidade de ações - e
dados das demonstrações financeiras.
A análise através de Índices de Bolsa serve para mostrar elementos
quantitativos e objetos a respeito de ações. Entretanto, o mercado acionário é
algo extremamente complexo, no qual interferem inúmeros fatores de ordem
conjuntural, psicológica, monetária etc.
Assim,
Ass im, a análise de ações
ações dos Índices de Bolsa é apenas um dos múltiplos
aspectos a serem levados em conta na avaliação de ações.
9. A obrigatoriedade
obrigator iedade de pelo menos 25 % do Lucro
Lucro Líquido serem
sere m pagos como dividendos só
existe quando o estatuto for omisso e a assembléia geral deliberar introduzir cláusula sobre
dividendos.
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 309
309
Por último,
último, o fator desilusão
desilusão monetária
monetár ia das ações
aç ões,, em
e m contraposição
contraposição à ilusão
monetária dos investime
investimentos
ntos de renda fixa, por
por exemplo,
exemp lo, a caderneta
cader neta de poupan-
ça. Enquanto neste
n este último
último o invest
investido
idorr recebe juros e correção monetária, vendo
o investimento crescer, ainda que apenas nominalmente, no caso da aquisição
de ações embora a mesma geralmente se valorize em termos reais mais do que
a caderneta de poupança, o investidor não vê a valorização. A parte visível do
ganho do investido
investidor,
r, que são os dividend
dividendos os em moeda
mo eda,, representam
rep resentam apenas uma
parcela do lucro real (normalmente em torno de 25%), parecendo aos olhos do
investido
investidorr íntima e desestimulante.
desestimul ante.
A não-realização em dinheiro do lucro da empresa causa desilusão no
investid
investidor.
or. O inchaço do depósito na caderneta
cad erneta de poupança
p oupança causa
ca usa ilusão.
ilusão.
Em decorrência, raramente se faz investimento em ações de longo prazo,
ou seja,
se ja, para o investidor
investidor permanecer
permane cer com as ações e gozar
goza r dos seus rendimen-
rendime n-
tos. Assim, o mercado de ações vive de investimentos especulativos, ou seja, o
investidor compra ações apenas com a expectativa de vendê-las a curto prazo
com altos lucros.
A solução seria um bem orientado programa de esclarecimento público em
que se unissem o governo, as corretoras de valores e as empresas.
19x1 19x2
Capital Social Realizado
Realizado 7.000.000 16.000.000
Ações Ordinárias 350.000 800.000
Ações Preferenciais 350.000 800.000
Total de Ações 700.000 1.600.000
Patrimônio Líquido 11.218.000 23.094.000
Lucro Líquido 1.311.000 2.822.000
Cotação Média das Ações 7,20 5,50
Dividendos Pagos 327.750 705.500
O s í n d ic
ic e s s ã o a p r e s e n t a d o s e m s e g u i d a .
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 311
Indica: a relação entre o Patrimônio Líquido e o número de ações do Capital Realizado, e mostra a
representatividade de uma ação perante o Patrimônio Líquido da empresa.
Patrimônio Líquido
Fórmula:
Número de Ações
Exemplo:
Fórmula:
LL
Nº de Ações
Nota: este deve ser obrigatoriamente apresentado pelas Sociedades por Ações após o Lucro
Líquido na Demonstração do Resultado.
Exemplo:
Indica: em quanto tempo o investidor obteria o retorno do capital aplicado na aquisição de ações se fosse
mantido o lucro por ação verificado no último exercício.
Exemplo:
Indica: quantos dólares o investidor terá de ganho anual para cada $ 100 investidores na aquisição de
ações ao preço de mercado.
Exemplo:
Dividendos Pagos
Fórmula:
Número de Ações
Nota: a apresentação deste índice é obrigatória às Sociedades por Ações que deverão incluí-lo
na D emonstração de Lucros ou Prejuízos Acum ulados.
Exemplo:
Indica: quanto efetivamente o acionista embolsa para cada $ 100 investidos na aquisição de ações
segundo sua cotação.
Exemplo:
Exemplo:
Basicamente existem três índices de prazos médios que podem ser encon-
trados a partir das Demonstrações Financeiras.
318 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
VENDAS
V
Vendas diárias: $ 10
Prazo Médio de Recebimento: 30 dias
DIAS
1º 2 º 3 º 30º 31º 32º 33º...
Vendas 10 10 10 10 10 10 10...
Recebimentos 0 0 0 0 10 10 10...
(Entrada em Caixa)
Duplicatas a Receber 10 20 30 300 300 300 300...
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS: A DINÂMICA DA EMPRESA 319
A empresa vende $ 10 por dia, com prazo de 30 dias. No 1º dia ela apenas
vende; nada recebe, em virtude desse prazo, mas acumula a venda em Duplica-
tas a Receber. No 2º, idem, e assim sucessivamente até o 30º dia. Observe-se
que as Duplicatas a Receber crescem diariamente até atingir o nível de $ 300,
ponto em que deixam de crescer. A partir do 31º dia há uma geração de $ 10 de
duplicatas e uma redução de duplicatas de $ 10 diariamente. Se o PMRV fosse
de 60 dias, as Duplicatas a Receber atingiriam o nível de $ 600.
Daí, pode-se tirar a fórmula:
DR = PMRV X Vd
DR - 30 X 10
DR -
onde:
DR = Duplicatas a Receber
PMRV = Prazo Médio de Recebimento de Vendas
Vd = Vendas diárias
ou
PMRV -
PMRV -
PMRV - 30 dias
Vd
onde: V = Vendas anuais
PMRV = ou
PMRV = 360
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS: A DINÂMICA DA EMPRESA 339
GANHOS FINANCEIROS
CICLO CICLO
OPEFIACIONAL FINANCEIRO
20 dias 30 dias
50 dias
340 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
1 FINANCIAMENTO
NCG=ACO-PCO
A C O > P C O
É a situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a qual a
empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento.
A C O = P C O
Neste caso a NCG é igual a zero e portanto a emp resa não te m nec ess ida de
de financiamento para o giro.
A C O < P C O
A empresa tem mais financiamentos operacionais do que investimentos
operacionais. Sobram recursos das atividades operacionais, os quais poderão
ser usados para aplicação no mercado financeiro ou para expansão da planta
fixa.
Encontram-se a seguir as demonstrações da NCG da Cia. BIG.
ESTOQUES
FORNECEDORES Financiam ento automáti-
Valor total do Ativo Circulante. co do giro com que a empresa
Representa o investimento total em pode contar.
DUP UCATAS A
giro. P ara efeito de análise do Capital
de Giro devem ser expurgados even- Este vazio mostra os
RECEBER
tuais Ativos Circulantes não Operacio- financiamentos que a em-
nais (como empréstimos a controla- presa precisa obter para fi-
das e títulos a receber de venda de nanciar a correspondente
Ativo Permanente). área do Ativo Circulante.
OUTROS ATIVOS
É a NCG .
CIRCULANTES
Dupl. Descont.
Empr. Bancários Fontes de
FINANCIAMENTO
Financiamentos DA
Bancários de NECESSIDADE
Longo P razo DE
CAPITAL DE GIR O
PATRIMÔNIO
ATIVO LÍQUIDO
PERMANENTE
PL
CCP menos
RLP
CCL mais +
AP
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Simbologia:
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A Necessidade de Capitai de Giro da empresa teve, de 19x1 para 19x3, aumento de 112%.
Entretanto, esse desenvolvimento não se deveu exclusivamente ao crescimento de vendas da
empresa, mas principalmente à administração de seus prazos. 0 Ciclo de Caixa Equivalente (que,
a rigor, deveria ter permanecido estável) teve acréscimo de 50%. E é aí que reside o grande problema
da empresa. A principal causa do crescimento do Ciclo de Caixa Equivalente foi o PMRE que bateu
a marca de 51% de aumento. Uma ligeira queda no percentual de custo dos produtos vendidos em
relação a vendas ajudou a diminuir o investimento em estoques e reduziu o crescimento do PMREeq.
para 33%.
Essa ligeira vantagem, entretanto, foi praticamente anulada pela queda do percentual de
compras/vendas que provocou redução do PMPCeq., perdendo ala empresa parte do financiamento
com que contava em 19x1.
Quanto ao PMRV, o crescimento de 11% representou sozinho um acréscimo dessa ordem no
investimento da empresa. Aqui, as demais empresas do ramo experimentaram inexpressivo aumento
de PMRV. A mediana do ramo elevou-se de 75 para 77dias.
A conjugação do aumento simultâneo de vendas e de ciclo de caixa equivalente provocou o
explosivo aumento da NCG de 112%.
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ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO 359
A Necessidade de Capital de Giro teve um crescimento de 112% de 19x1 para 19x3. Entre as
fontes de financiamento do giro destacou-se o uso do Passivo Circulante financeiro que cresceu
134% no período e aumentou a sua participação no financiamento da NCG de 44% para 48%. Isso
ocorreu apesar do excepcional crescimento do Exigível a Longo Prazo de 545%. É que os recursos
do Exiglvel a Longo Prazo foram carreados para financiar a elevada expansão das imobilizações que
chegaram a 255%. Repare-se que o Capital Circulante Próprio, que em 19x1 cobria a nada
desprezível parcela de 38% da Necessidade de Capital de Giro, passou para a taxa negativa de 61%
em 19x3.
Assim, o Exiglvel a Longo Prazo foi duplamente requisitado: para cobrir a elevada expansão
do Ativo Permanente e manter a participação do Capital Circulante Liquido no financiamento do Giro.
Conseguiu que o Capital Circulante Líquido não tivesse uma queda muito acentuada (de 76% para
57% no financiamento do giro), porém o grau de endividamento subiu violentamente nesse período.
360 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
1 INGREDIENTES BÁSICOS
A NCG é função do ciclo de caixa e das vendas de uma empresa. Isto
significa que para cada volume de vendas existirá uma NCG, supondo-se que o
ciclo de caixa permaneça constante.
Esta suposição de ciclo de caixa constante (mas não fixo) é absolutamente
factível, dentro de certa estabilidade econômica.
Assim, a análise básica a que se irá proceder é das variações da NCG em
função de vendas.
Além da NCG e das vendas, entram nesta análise o Capital Circulante
Próprio, o Ativo Permanente, o Patrimônio Líquido e os Empréstimos Bancários.
As relações entre esses elementos foram mostradas estaticamente no texto
deste capítulo. Agora serão mostradas dinamicamente, visando a conclusões
relativas aos riscos e às vantagens para a empresa.
VA 1.200
NCG 200
CCP 50
EB 150
PL 230
AP 180
LC 3% s/VA
ANÁUSE DO CAPITAL DE GIRO 361
Índices:
Legenda:
VA = Vendas Anuais
NCG = Neces sidade de C apital de Giro
CCP = Capital Circulante Próprio
EB = Emp réstim os Ban cários
PL = Patrim ônio Líquido
AP = Ativo Perm anen te
LC = Lucro C apitalizad o no e xercício
Outros Dados:
Dados
Início do exercício Fim do exercício
VA 1.200 1.200
NCG 200 200
CCP 50 86
EB 150 114
PL 230 266
AP 180 180
LC — 36
Índices
VA
NCG
EB EB
CCP
Início Fim
ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO 363
Gráfico
COMENTÁRIOS
As vendas crescem 50% reais num exercício. Para atingir o novo patamar
de produção e vendas, a empresa é obrigada a investir no ativo permanente, de
maneira que os recursos próprios para financiar a NCG caem.
Dados
Índices
Gráfico
VA
NCG
EB EB
CCP
COMENTÁRIOS
A empresa deste exemplo não tem condições de crescer 50% num ano. Um
crescimento dessa ordem somente seria para uma empresa que não tivesse
NCG e que quase não necessitasse de investimentos em ativo fixo, o que na
prática é quase impossível.
Com 50% de crescimento de vendas houve uma total desestruturação
financeira. A empresa passou a depender enormemente dos empréstimos ban-
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA 381
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA 383
31-12-19x5 31-12-19x6
DETERMINAÇÃO NCG
AC operacional
3.5 ÍNDICES
CIA. LIQUIDA
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o exercício findo em 31-12-x6.
DOAR DFLC
Prejuízo do Exercício (500) (500)
+ Depreciação 600 600
Geração Bruta de Caixa 100 100
+ Variação da NCG -o- 285
- Geração Operacional de Caixa -o- 385
+ Var. de Emp. Banc. de Curto Prazo -o- (30)
= Geração Corrente de Caixa -o- 355
+ Variação Permanente de Caixa
Aumento de Capital 150
Dividendos (200) .
Acréscimo de Imobilizado (345) (395) (395)
Variação do Capital de Giro Próprio (295) -o-
+ Variação nos Itens Correntes
Aumento de Financiamento de Longo Prazo 160 160
Variação do Capital Circulante Líquido (135) -o-
= Geração Líquida de Caixa -o- 120
Determinação da NCG
(III) NCG (NI) 812.687 100 100 1.233.184 100 152 1.724.041 100 212
Financiamento da NCG
Patrimônio Líquido 1.070.861 132 100 1.407.185 114 131 1.667.827 97 156
(-) Ativo Permanente (765.698) 94 100 (1.714.879) 139 204 (2.719.760) 158 355
(IV) FINANCIAMENTO TOTAL NCG 976.321 120 100 1.340.408 109 137 1.811.041 105 185
VENDAS LIQUIDAS
(-) CMV/CPV
LUCRO BRUTO
• De vendas
• Administrativas
• Gerais
• Valor Bruto
• Economia com IR
LUCRO LÍQUIDO
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 413
Passivo
Operacional
Passivo
ATIVO
Financeiro
PASSIVO
REMUNERADO
Patrimônio
Líquido
O Lucro antes das Despesas Financeiras será distribuído entre essas duas
fontes de recursos, destinando-se o montante das Despesas Financeiras Líqui-
das para os titulares de Passivos Financeiros - credores - e o Lucro Líquido para
os titulares do Patrimônio Líquido - acionistas.
Dividindo-se o Lucro antes das Despesas Financeiras pelo Passivo Remu-
nerado, encontra-se a taxa de retorno dos recursos tomados (junto a terceiros e
acionistas). Obtém-se então a taxa de retorno sobre o Passivo Remunerado
simbolizado por RsPR.
A taxa de RsPR mostra quanto houve de lucro para cada $ 1 tomado para
financiar os investimentos da empresa, ou qual a remuneração dos recursos
utilizados pela empresa.
414 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
QUADRO 14.1.
Lucro
Des-
antes Passivo Patri-
Em- pesas Lucro Passivo Passivo
das Ativo
Operac.
Remu- mônio RsA RsPR CD RsPL
presa Finan- Liquido Financ.
Desp. ner. Líquido
ceiras
Fin.
A 750 400 350 6.000 3.000 3.000 2.000 1.000 12,5% 25% 20% 35%
B 750 400 350 5.000 2.000 3.000 2.000 1.000 15% 25% 20% 35%
C 750 400 350 4.000 1.000 3.000 2.000 1.000 18,75 25% 20% 35%
D 750 400 350 3.000 0 3.000 2.000 1.000 25% 25% 20% 35%
Isso não quer dizer, entretanto, que o RsA seja falho ou inútil. Trata-se de
um índice útil para a comparação da capacidade de geração de lucro de
empresas do mesmo ramo de atividades, para a avaliação do desempenho
evolutivo da empresa e no planejamento de lucros.
O RsA serve também para a empresa fazer projeções sobre o lucro dos
ativos e, uma vez estimado o passivo operacional, chegar ao RsPR.
QUADRO 14.2.
Lucro
Des-
antes Passivo Passivo Patri-
Em- pesas Lucro Passivo
das Ativo Remu- Finan- mônio RsA RsPR CD RsPL
presa Finan- Líquido Operac.
Desp. nerado ceiro Liquido
Fin. ceiras
I 750 180 570 6.000 4.100 1.900 900 1.000 12,5% 39,47% 20% 57%
J 750 480 270 6.000 2.600 3.400 2.400 1.000 12,5% 22,06% 20% 27%
416 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
"Os ganhos monetários derivados desses passivos (sem encargos) não devem estar
incorporados com os advindos dos passivos sujeitos a juros, muito menos devem compor
qualquer tipo de cálculo médio de encargos de recursos de terceiros. Para isso, o critério
mais simples e indicado é tratar tais passivos como redução dos ativos circulantes, o que
equivale a duas coisas: primeiro, tratar os ganhos monetários deles derivantes como
uma espécie de recuperação das perdas monetárias sofridas pelos ativos; segundo,
reduzir o total do ativo usado como base para a taxa de retorno. Para ambas as
finalidades o critério é adequado, já que, de fato, os ganhos monetários desses passivos
sem encargos devem estar computados como parte do resultado operacional antes das
despesas financeiras e, além disso, não representa, normalmente, aplicação de recursos
de terceiros captados."7
RsPR + ( R s P R - C D )
I GAF =
RsPR
ou
R sA L + ( R s A L - C D )
II GAF =
RsAL
Outros dados:
• Aumento de Capital:
m 03-07-X2 = 204
• Os acréscimos de empréstimos ocorreram de maneira aproximadamente uniforme.
• Alíquota de Imposto de Renda - 35%
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 419
SOLUÇÃO
CMV (1.500)
Lucro Bruto 500
Despesas Operacionais (200)
• Economia de IR 9 28 52
Lucro Líquido 143
9. Diferença entre 105 que a empresa pagaria e 77 que a empresa efetivamente irá pagar - 28.
420 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
P L M = 500 + x 204
PLM=602
PEM = PE¡ +
P E M = 40 0 + [120]
P E M = 460
PRM - PLM + PEM
onde: P L M = 602
PE M = 460
PRM = 602 + 460
PRM = 1.062
DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES EM PRESAR IAIS 461
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N 1 2 F
462 INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE
Como foi visto, o problema crucial da Cia. BIG foi o alto e crescente
endividamento.
A solução de seus problemas passa necessariamente pela redução do
endividamento.
Em primeiro lugar, é preciso analisar a viabilidade de redução do ativo
imobilizado. Em 19x1, a relação vendas líquidas/imobilizado era de 6,92; em
19x3, caiu para 2,44. Logo, parece possível algum esforço nesse sentido.
Havendo desmobilização, a empresa poderá imediatamente reduzir parte
das dívidas.
Outra medida a ser imediatamente implantada é a redução do ciclo de caixa
aos níveis de 19x1, o que proporcionaria uma redução de $ 737,800 dólares na
NCG e, automaticamente, na redução do passivo circulante financeiro, que
poderia chegar a 88%.2
1 INTRODUÇÃO
2 CONTEÚDO
1. O Sistema é composto de quatro módulos básicos:
• MENU GERAL DO SISTEMA
• CONSULTAS A ÍNDICES-PADRÃO
• TELAS DE ENTRADA DE DADOS
• RELATÓRIOS
Consulta a índices-padrão
Telas de entrada
As telas de Entrada de Dados estão divididas em:
• Balanço Patrimonial (Telas 1 e 2)
• Dem. Result. (1)e Mutações PL (2)
• Dem. Origens e Aplicações (1 e 2)
• Dados Adicionais (1 e 2)
Ao concluir uma tela, o usuário deve voltar ao menu e escolher outra tela,
ou outra função.
Digitando "M", o sistema inicia o processo de edição de valores. (Sempre
que for iniciar digitação ou correção, digite M.) O cursor aparecerá no primeiro
campo da tela, aguardando digitação de dados. Caso o dado seja "zero", basta
seguir em frente e teclar enter.
Caso deseje corrigir dados de uma tela, tecle antes "M".
Os itens previstos nas telas são fixos. Dessa forma, o usuário deverá
adaptar as demonstrações financeiras que deseja analisar ao modelo das telas.
Ou seja, deve "padronizar" as demonstrações financeiras (conforme previsto no
DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES EMPRESARIAIS 467
Dados adicionais
É importante preencher a linha "Vendas Realizadas" para que os índices
de prazos médios não fiquem prejudicados (relatório F).
A soma das despesas "De vendas", "Administrativas" e "Gerais" deve
coincidir com o total de "Despesas Operacionais" da tela "Demonstrações de
Resultados".
O usuário deverá indicar o valor de Compras, que é essencial para alguns
¡tens dos relatórios. No caso de empresas comerciais, as compras podem ser
estimadas pela conhecida fórmula: CVM = El + C - EF. No caso da indústria, se
não for possível obtê-lo diretamente da empresa, o usuário deverá estimá-lo,
considerando que as compras representam na indústria em média 40% das
vendas e no comércio, cerca de 60%.
No item "Alíquota de Contribuição Social + IR", o usuário deverá em cada
ano colocar a porcentagem (%) que esses dois itens representarem em relação
ao "Lucro antes do IR e Contr. Social". Essa porcentagem (%) não corresponde
exatamente às alíquotas nominais cobradas pelo governo, mas ao cálculo de
quanto custaram para a empresa esses dois itens percentualmente em relação
ao lucro anterior. O usuário deverá digitar o valor inteiro, que o sistema entenderá
como percentual. Por exemplo 32%; basta digitar 32. No caso da empresa não
ter pago esses encargos (por exemplo, quando tem prejuízo) indicar "0" (zero).
Na segunda tela, o usuário deve entrar com os dados sintéticos do Balanço
do final do exercício anterior aos três anos da análise.
Relatórios
O usuário deverá escolher o relatório desejado. Se quiser todos, terá que
selecionar individualmente, um a um.
São os seguintes os relatórios emitidos pelo Sistema:
A. Principais índices econômico-financeiros com avaliações.
B. Avaliação histórica dos grupos de índices e global das empresas.
C. Perfil das avaliações dos grupos de índices e global das empresas a
cada ano.
DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES EMPRESARIAIS 469
3 Instalação do SOFTWARE
Ambiente DOS
1. Digite:
A: instala tecle [enter]
Ambiente Windows
1. Vá para o prompt do DOS
2. Digite:
A: instala tecle [enter]
Caso o seu Drive de 3.5" seja [B], substitua (A) por (B).
470 INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE
4 Execução do SOFTWARE
1. No prompt do DOS, digite:
CD\DFINANC [enter]
DF [enter]
1.1 Ao executar o programa, será apresentada ao usuário uma tela para
atualização ou confirmação da data atual. Após confirmar a data, será
apresentado ao usuário o Menu Geral, a partir do qual serão selecio-
nadas as telas de Entrada de Dados e os Relatórios de saída.
1.3 Relatórios
No menu geral do sistema, selecione com o cursor a opção Relatórios.
Aparecerão na tela todos os relatórios fornecidos pelo sistema. Faça
a opção entre impressão ou visualização no vídeo.
1.4 Todas as opções podem ser selecionadas por meio das setas cursores
do teclado do micro, movendo-se a barra até a opção desejada e
pressionando em seguida a tecla [enter].
1.5 As teclas de função a seguir poderão ser usadas conforme indicado:
F1 - Mostra texto de ajuda.
F2 - Ativa o Pop Calendário do mês atual.
F6 - Ativa o Pop Calculadora.
ALT-F8 - Permite mudara posição na tela, das janelas, menus, caixa
de mensagens etc.
ESC - Em qualquer tela do sistema funciona como tecla de retorno
do menu geral; aciona a saída do sistema.
1.6 Nas telas de entrada de dados:
M - Inicia o processo de edição de valores. Após acionada, o cursor
aparecerá no primeiro campo da tela, aguardando a digitação de
dados.
DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES EMPRESARIAIS 471