Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Venda O ponto mais básico é que o preço deve cobrir o custo direto por
produto ou serviço, as despesas fixas do negócio e o lucro líquido adequado.
Atualizado em: 30/11/2021Leitura: 2 minutos
Todo empreendedor se depara com algumas dúvidas em relação a procedimentos que fazem
parte da gestão de um negócio e uma delas muitas vezes é da precificação. Definir os preços
dos produtos ou serviços da melhor forma é essencial, pois é o que vai garantir um lucro
sustentável ao empreendimento. Então se você ainda não entende muito do assunto, está na
hora de aprender a calcular o preço de venda de sua mercadoria.
O ponto mais básico é que o preço deve cobrir o custo direto por produto ou serviço, as
despesas fixas do negócio e o lucro líquido adequado. O custo por produto é o valor exato
que você gastará para adquirir a mercadoria pronta que vai revender ou para comprar a
matéria-prima do que vai produzir, e nesse valor devem-se incluir todos os gastos para isso,
como o do transporte até o local de venda.
Despesas fixas
Já as despesas fixas são os custos contínuos de manutenção do negócio, como aluguel, água,
luz, telefone etc. Para definir o valor que deve ser inserido no preço a fim de abater esses
gastos, você deve pegar o valor total das despesas nos últimos 12 meses, dividir pelo valor
total obtido com vendas no mesmo período e daí multiplicar por 100. O resultado será o
percentual necessário no preço de venda para abater as despesas.
Percentual de lucro
Quanto ao percentual do lucro, ele é escolhido e varia de acordo com o produto, sendo
geralmente entre 15% e 25%. Para defini-lo e assim estipular o preço, o empreendedor deve
ter em mente o público que visa a alcançar. Se você tem um negócio popular, não deve
colocar um preço praticado em comércio de luxo, então não pode definir um percentual alto
de lucro. Mas, por outro lado, também deve analisar se um preço baixo vai gerar o volume de
vendas necessário para compensar o lucro menor por mercadoria.
Preço de venda
O preço de venda é o valor total da soma dos valores do custo por produto + do percentual
das despesas fixas + do percentual do lucro. Pronto, o cálculo é simples. A partir daí o
empreendedor também pode analisar se seu preço está condizente com o praticado no
mercado, para garantir concorrência. Se estiver muito acima, deve procurar diminuir custos e
despesas ou aceitar um lucro menor para conseguir competir e garantir a sustentabilidade de
seu negócio.
Se você se interessou pelo assunto e busca um guia fácil de como definir um preço de venda,
com exemplos que ajudem nessa tarefa, o Sebrae tem um e-book direcionado
especificamente para isso
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Vencida a primeira etapa de se avaliar os custos e despesas, fixos e variáveis, é hora de
entender como funciona a margem de contribuição, que se alcança a partir da venda dos
produtos ou serviços. Representa o ganho bruto sobre as vendas. É com esse dinheiro que o
negócio vai pagar as despesas fixas e gerar lucro. Para se chegar à margem de contribuição, é
necessário o seguinte cálculo:
Margem de contribuição = valor das vendas – (custos variáveis + despesas variáveis).
Assim, é preciso subtrair os custos e despesas variáveis do valor das vendas. Para ficar mais
claro: a margem de contribuição representa quanto o lucro da venda de cada produto vai
contribuir para que a empresa possa cobrir todos os seus custos e despesas, ou seja, o custo
de estrutura.
A fórmula ponto de equilíbrio é um cálculo que todo empreendedor deve conhecer e fazer. É
ela que identifica o faturamento mínimo, ou o mínimo de produtos que será necessário
vender, para que a empresa possua fundos suficientes para cobrir todos seus custos e
despesas, tanto fixos quanto variáveis, e para não haver prejuízos. É a partir desse ponto,
quando o dinheiro que entrou foi usado para pagar todas as despesas – ou seja, o lucro e o
prejuízo estarão na “estaca zero” –, que a empresa finalmente começará a gerar lucro. Para
chegar à fórmula ponto de equilíbrio, basta dividir os custos fixos pela margem de
contribuição e então multiplicar por 100 para achar a porcentagem.
Para que você possa entender melhor, a depreciação pode ser inclusa como um custo, pois
em casos onde o ativo (ou seja, bens ou patrimônio de um indivíduo) costumava valer R$10
mil, mas baixou para R$7 mil, os R$3 mil “perdidos” acabam sendo considerados como um
custo da empresa. No entanto, com o ponto de equilíbrio financeiro, isso não acontece.
No entanto, para chegar a essa fórmula ponto de equilíbrio, será necessário antes fazer outros
cálculos.
Primeiramente, deve-se somar todos os custos e despesas fixas para chegar a um valor total;
em seguida, soma-se também os custos e despesas variáveis para poder calcular a margem de
contribuição através da fórmula mencionada anteriormente (Receita – Custos e despesas
variáveis).
Por exemplo, digamos que sua empresa irá vender produtos pelo valor de R$20 por unidade
(ou seja, a receita do produto/unidade), mas os custos e despesas fixas são de R$3 mil por
mês (esse valor pode incluir aluguel, salários, etc.), e os custos e despesas variáveis (como
matéria-prima e mão de obra) são de R$10 por unidade.
Isso significa que a margem de contribuição será de R$10 (R$20 da receita – R$10 de
despesas e custos variáveis). A partir disso, é possível calcular o ponto de equilíbrio, que deve
resultar em 300 unidades (R$3 mil de custos e despesas fixas ÷ R$10 da margem de
contribuição). Ou seja, a empresa terá que vender 300 unidades desses produtos para atingir
seu ponto de equilíbrio e não ter nenhum prejuízo.
Porém é importante ter um apoio personalizado para que você tenha assertividade e agilidade
na identificação do ponto de equilíbrio do seu negócio. E para isso você pode contar com
o Contabilizei Experts, um serviço dedicado e especialista em gestão de rotinas
administrativas, contábeis e principalmente financeiras. Através do Contabilizei Experts você
terá a informação no momento certo, sem precisar calcular, por exemplo.
Por exemplo, se você vende um produto por R$15, mas gasta R$10 para produzi-lo, sua
margem de contribuição será de R$5. Ou seja, R$5 dessa margem ÷ R$15 da receita do
produto = R$0,33 x 100 para achar a porcentagem = 33% do valor de venda.
Agora, se a empresa que vende esses produtos acaba gastando, no total, R$50 mil por ano
para produzi-los e para continuar suas operações, e tem essa margem de contribuição de
33%, quer dizer que o ponto de equilíbrio dessa empresa é de aproximadamente R$151 mil.
R$50.000,00 dos custos e despesas fixas ÷ pelos 0,33 (ou seja, 33%) da margem de
contribuição. O resultado exato será de R$151.515,15.
O que isso significa é que, para não ter nenhum prejuízo, a receita bruta anual de sua
empresa deverá ser igual ou maior que esse valor.
Para isso, a fórmula ponto de equilíbrio ajuda de muitas maneiras a empresa. Por exemplo, ela
é o principal indicador do quanto a empresa terá que vender para não ter prejuízos e, assim,
pode auxiliar o empreendedor a enxergar se haverá necessidade de redução ou aumento de
custos e identificar a capacidade de produção de sua empresa.
Além disso, ela também representa o nível de risco da empresa, pois quanto menor for o
ponto de equilíbrio, menos arriscado é o negócio. Isso significa ainda que esse negócio
poderá ter mais competitividade no mercado e, consequentemente, maior rentabilidade.
Para alcançar exatamente isso com a fórmula ponto de equilíbrio e ter uma gestão financeira
de qualidade, opte, se possível (ou se necessário), pelas reduções do custo do produto e dos
custos e despesas fixas da empresa, para que possa aumentar a margem de lucro das vendas.
Tudo isso faz com que o ponto de equilíbrio diminua, mantendo o mesmo valor do produto.
Desta forma, você poderá cobrir todos os custos e despesas da empresa e ao invés de deixar
o lucro e o prejuízo “zerados”, você apenas eliminará os prejuízos e começará a gerar lucro –
um objetivo que todos os empreendedores desejam alcançar.
Com essas informações, ficou claro que a fórmula ponto de equilíbrio é essencial para todas
as empresas identificarem como cobrir todos seus gastos de forma a não restar nenhum
prejuízo, poder continuar operando e, então, começar a lucrar. Ou seja, é a partir do ponto de
equilíbrio que é possível identificar se sua empresa estará na zona de prejuízo ou na zona de
lucratividade.