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Conceitos básicos

de finanças
Prof. Matheus Moura, Prof. Luiz Ozorio

Descrição

Conceito de finanças corporativas e alinhamento das principais áreas do setor financeiro dentro das
organizações. Definição dos tipos de receita e despesa e conceituação de risco e retorno.

Propósito

Definir os conceitos iniciais de finanças, isto é, as principais noções sobre receita, despesa e finanças
corporativas e como o estudo das finanças pode ser útil na vida de qualquer pessoa.

Objetivos
Módulo 1

Fluxo de caixa

Identificar os principais tipos de receitas e despesas e a importância do fluxo de caixa.

Módulo 2

Finanças corporativas

Compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas em uma organização.

Módulo 3

Investimento e financiamento

Compreender o conceito de investimentos e financiamento.

Módulo 4

Finanças

Descrever as noções de risco e o retorno em Finanças.

Introdução
O físico Neil deGrasse Tyson tem um comentário muito interessante sobre Matemática. Ele diz que,
“essa é a única matéria em que as pessoas se divertem ao falar que não entendem ou não sabem
quase nada. Sempre que alguém pergunta qual era a matéria mais difícil da escola, nove entre dez
pessoas respondem Matemática (e ainda soltam uma leve gargalhada depois de responder)”.

Apesar deste tema não ser de Matemática, nem ter nenhuma conta, ainda assim a palavra finanças
carrega o medo que a maioria das pessoas tem de Matemática e acaba criando uma reputação ruim,
o que é muito difícil de ser evitado. No entanto, veremos que estudar Finanças é fácil e importante
para todos, seja um administrador, seja um dentista, seja um professor, seja um artista, seja uma
dona de casa, pois todos nós devemos entender, pelo menos, o mínimo sobre Finanças para
administrarmos nossas contas de casa, decidir se vale a pena ou não comprar algo ou onde investir
nosso dinheiro.

Neste contúdo, apresentaremos importantes conceitos básicos em Finanças, que o ajudarão a


entender como aplicar o dinheiro para gerar mais riqueza (e, quem sabe, viver apenas de renda no
futuro).

1 - Fluxo de caixa
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais
tipos de receitas e despesas e a importância do fluxo de caixa.
Conceitos e tipos de receitas

A receita pode ser definida como o valor cobrado por uma pessoa física ou jurídica pela venda de um
produto ou serviço. Para contabilidade, vender consiste na entrega do produto ou serviço ou produto ao
cliente, diferente do conceito de venda para área comercial, que pode ser entendido como “tirar o pedido”.
Outra aspecto que vale ressaltar é que nem todos os recursos relativos a receita entram no caixa da
empresa imediatamente. Mais especificamente, no caso em que a empresa concede prazo aos seus
clientes, haverá diferença entre a receita gerada e o recebimento dos recursos apurados no período.

A seguir temos a diferenciação entre Vender um produto e prestar um serviço:

Vender um produto
Quando uma padaria vende um pão, quando uma pessoa vende os bolos que fez, quando um pecuarista
vende o leite produzindo em sua fazenda etc.

Prestar algum serviço


Quando uma pessoa maqueia uma noiva, quando um salão de beleza atende uma cliente, quando você usa
um serviço de aplicativo etc.
Classificação da receita

Agora que entendemos o que é uma receita, é importante saber que ela pode ser caracterizada de diferentes
formas. Veja a seguir:

Receita principal (Primária) expand_more

Essa forma de receita se refere aos recursos que uma organização cobra por sua atividade-fim. Se
perguntassem a você o que uma hamburgueria faz, muito provavelmente você responderia algo
como “vende hambúrguer”.

Então, podemos dizer que a receita da venda de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes é a
receita principal ou primária de uma hamburgueria, pois essa é a sua atividade-fim.

Receita secundária expand_more

Podemos entender a receita secundária como um produto ou serviço que a organização vende ou
presta, mas que é diferente da receita principal.

Imagine que a venda de ração de cachorro é a atividade-fim de uma organização, com 90% de sua
receita. Como já aprendemos, a venda de ração de cachorro é a receita principal (ou receita primária)
da organização. No entanto, a organização imaginária também promove exposição de cães de raça e
ganha um dinheiro extra com a inscrição dos donos para esses eventos. Sendo assim, 10% da receita
da empresa correspondem à organização de eventos de cães.

Então, a receita proveniente desse negócio é chamada de receita secundária.


Receitas financeiras expand_more

Agora que sabemos que existe receita principal e receita secundária, podemos entender o que são
receitas financeiras. Você concorda que, após a hamburgueria receber o dinheiro de um mês inteiro
pela venda de hambúrgueres (e pagar seus funcionários), ela fica com bastante dinheiro em caixa?

Uma hamburgueria pode, com esse dinheiro, fazer várias coisas: comprar mais maquinário, contratar
mais funcionários ou efetuar aplicações financeiras.

Sim! Uma empresa de hambúrguer pode aplicar seus recursos livres em títulos bancários (CDBs por
exemplo) ou títulos públicos de renda fixa. Assim, chamamos de receita financeira os recursos
recebidos pela empresa provenientes de juros de aplicações financeiras (a não ser que a empresa
do exemplo em questão seja um banco).

Para que não restem dúvidas, precisamos pensar que a atividade-fim varia de organização para
organização, ou seja, precisamos sempre analisar a atividade em si para entendermos a aplicação
desses conceitos.

Receitas não operacionais expand_more


Uma empresa, normalmente, tem alguns computadores, às vezes, um carro e, em raras situações,
um prédio. Todas essas coisas são usadas para que a empresa, por intermédio de seus
colaboradores, funcione.

No entanto, se a empresa decidir comprar computadores mais modernos e deixar de usar os antigos,
ou se a empresa decidir se mudar de uma cidade para outra e vender o prédio que possui, o tipo de
dinheiro gerado pela venda de algo que era usado pela empresa não se enquadra em receita
principal, nem em receita secundária, muito menos em receita financeira.

Então, como classificar essas receitas extraordinárias?

Para esse tipo de receita, foi criado, então, o conceito de receitas não operacionais. Mais
especificamente, a receita não operacional consiste na diferença auferida por uma empresa pela
venda de ativos permanentes (imóveis, veículos, computadores etc.) e o valor contábil deprecidado
desses ativos. Como exemplo, tomemos um veículo adquirido pela empresa no ano 0 (zero) por
R$50 mil e, passados 2 anos, vendido pela empresa por R$35 mil. Considerando que o prazo da
depreciação de automóveis é de 5 anos, teremos 20% de seu valor original sendo abatido
anualmente de seu valor contábil. Dessa forma, passados 2 anos, contabilmente, o carro valerá R$30
mil. Considerando que a venda foi efetuada por R$35 mil, a receita não operacional correspondente
seria de R$5 mil (R$35 mil relacionado à venda menos R$30 mil referente ao valor contábil).

Caixa
É a denominação que usamos em finanças para o local em que são registrados os valores de recursos
imediatamente disponíveis para serem utilizados; é o dinheiro que fica livre e disponível para a utilização que for
necessária.

Atenção

É importante não confundir receita primária com receita secundária por causa do
produto (ou serviço) que gera mais dinheiro para a empresa. Se uma empresa produz
lápis e canetas, mas ela é mais famosa por suas canetas, não significa que a receita
pela venda de canetas seja sua receita principal e a venda de lápis, sua receita
secundária, pois a proposta da empresa é vender os dois produtos, mesmo que um
deles seja mais requisitado do que o outro.

Então, o que diferencia receita primária de receita secundária?

É basicamente o produto ou serviço que a empresa busca realmente vender ou prestar


(receita principal) e o produto ou serviço que a empresa faz para “ganhar um extra”.

Conceitos e tipos de despesas

Depois de conhecer as principais formas de receita, nada mais justo do que aprender os principais tipos de
despesa.

Quando usamos o termo despesa, principalmente no nosso cotidiano, acabamos utilizando-o para todo tipo
de gasto que é realizado; assim, de acordo com o conceito popular, despesa consistiria em qualquer saída
de dinheiro. É dessa forma que estamos acostumados a lidar com esse termo no dia a dia.

Porém, quando aplicamos a palavra despesa nas organizações, em termos financeiros, ela ainda representa
uma saída de dinheiro da organização, mas há outros conceitos também relacionados a gastos. Assim, o
conceito de despesa nas organizações tem um entendimento mais específico do que aquele que usamos.

Despesa são os gastos corrrentes efetuados por uma organização necessários


para realização de suas atividades operacionais.

Além das despesas, outro gasto relevante para o funcionamento das empresas são os custos, que
consistem nos recursos despendidos na confecção de produtos ou serviços vendidos, como:

materia prima;

mão de obra de produção;


e energia elétrica utilizada na confecção dos produtos.

Por fim, além dos custos e despesas, as empresas geramente necessitam efetuar investimentos para
realizar suas atividades, como aquisição de máquinas, edificações, veículos e etc. Esses ativos serão
usados pela empresa para realização de suas atividades. Veja alguns exemplos:

Exemplo 1

Quando uma empresa adquire um imóvel para abrigar suas atividades, isso será considerado
um investimento, considerando que os os benefícios da utilização do imóvel se proporgará
por muitos anos, refletindo no resultado da empresa.

Exemplo 2

Quando a empresa efetua uma pintura, ou uma pequena obra de manuteção em suas
instalações, isso será considerado uma despesa, porque o benefício desse gasto se
observará somente no curto prazo (ano corrente).
Exemplo 3

Da mesma forma, salários, gastos com energia, telefonia, alugueis etc. são tratados como
despesas, considerando que esses geram benefíficios correntes para empresa.

Exemplo 4

Quando a empresa consome materia-prima e gasta energia na produção de seus produtos ou


paga salaríos aos seus operários, isso seria um custo.
Principais tipos de despesas
Assim como as receitas, as despesas também podem ser classificadas. Em alguns casos, podemos fazer
isso de maneira mais intuitiva, como nas organizações e em nossos controles pessoais de gastos.

Para aglutinar tipos de despesas parecidos, podemos ter os seguintes exemplos:

Salários das áreas administrativas e comerciais.

FGTS, INSS e outras despesas relacionadas aos salários.

Gastos com telefonia, Internet, energia elétrica, água e demais contas de pagamento mensal.

Comissões sobre as vendas realizadas.

Aluguéis de instalações (prédios, veículos, equipamentos, computadores e outros bens móveis e imóveis).

Impostos, juros bancários, multas e taxas diversas.

Material de escritório.

Serviços e material de limpeza.

Passagens, gastos com transporte e alimentação em deslocamentos.

Pode haver inúmeros tipos de despesas, dependendo do tipo de atividade da organização e da


complexidade dela.

Uma prática muito comum é reunir esses tipos em agrupamentos mais abrangentes, como:
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Despesas gerais e administrativas
Aquelas necessárias ao funcionamento administrativo da organização.

credit_card
Despesas comerciais
Aquelas que relacionamos ao esforço de vendas.

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Outras despesas
Aquelas que não se enquadram nos exemplos anteriores.

Por fim, em relação ao entendimento de como classificar as despesas, ainda temos várias situações na
gestão contábil e financeira, em que classificamos as despesas em fixas e variáveis. Veja:

Despesas fixas

As despesas fixas são aquelas que ocorrem todo mês, por exemplo, o aluguel de uma instalação (sala,
prédio, casa, loft, studio, galpão, impostos fixos, seguros, softwares e sistemas, conta de energia
elétrica, água e internet.) e variam apenas em função de condições contratuais (como no caso de um
aluguel, que é reajustado anualmente).
close

Despesas variáveis

Podem ter valores diferentes de um mês para o outro em função de situações relacionadas, como a
variação de determinado gasto ou do próprio volume de produção (ou prestação de serviços) da
organização. Um exemplo é a comissão sobre vendas realizadas. Se vendemos mais, essa despesa é
maior; se vendemos menos, é menor.

Atenção

Ainda existe a possibilidade de uma despesa ter um comportamento simultâneo, com


despesas fixas e variáveis; neste caso, ela é chamada de semivariável. Um exemplo
simples é a conta de energia elétrica. Mesmo que nosso gasto de energia no mês seja
nulo, existe um valor mínimo a ser pago mensalmente; porém, dependendo do
consumo real de energia, esse gasto varia.

Gestão de receitas e despesas


Agora que está claro o que são receitas e despesas e suas classificações, vamos aprender um pouco sobre
sua gestão. Para isso vamos aprender o conceito de fluxo de caixa.

Fluxo de caixa

É um controle utilizado para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa. Esse controle
serve para que a empresa saiba, diariamente, se tem dinheiro em caixa para pagar o salário de seus
funcionários, os fornecedores, as contas de luz, água etc.

Quando uma empresa vende a prazo, isto é, entrega o produto hoje para receber o dinheiro no mês seguinte,
o controle de fluxo de caixa é muito importante. Por exemplo, quando acontece uma venda de R$100 em
mercadorias, o dinheiro só será recebido 30 dias depois e, enquanto isso, a empresa precisa lidar, no mês
atual, com diversos gastos. Se ela não souber exatamente se pode ou não vender a prazo, poderá “meter os
pés pelas mãos” e ficar devendo a alguém.

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Resumo
Acompanhe os principais assuntos deste módulo com o professor Matheus Moura. Vamos lá!
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dona Gisele decidiu abrir uma fábrica de bolos. Depois de dois anos, a fábrica cresceu e se tornou a
empresa mais comentada do bairro. No entanto, além da produção e venda de bolos, Gisele começou a
prestar esporadicamente um serviço de buffet em festas, incluindo toda estruturação da parte
gastronômica dos eventos. Esse tipo de receita deveria ser classificada como

A receita financeira.

B receita secundária.

C receita não operacional.


D receita principal.

E receita intermediária.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A receita secundária diz respeito a toda receita que provém de uma atividade econômica constante, que
não é a atividade-fim da organização. Dessa forma, como a atividade-fim da empresa da dona Gisele
era a fabricação e venda de bolos, a venda de caldas de chocolate passou a ser um “extra” e, por isso,
deve ser classificada como receita secundária, conforme a alternativa B.

Questão 2

Gabriela, empresária do ramo de moda, percebeu que, embora seus vestidos vendessem muito, no final
do mês, o que sobrava entre a receita que obtinha da venda menos os seus gastos era pouco. Gabriela
começou a classificar os seus gastos e percebeu que havia algumas despesas muito elevadas.
Especificamente, ela ficou assustada com o valor do aluguel da loja, onde a exposição dos vestidos e a
venda ao público ocorrem. Até aquele momento, ela não tinha muito controle financeiro de sua empresa
(ela era uma estilista, e não aprendeu sobre finanças na faculdade) e tinha medo de não conseguir
manter o empreendimento se continuasse gastando mais do que recebia.

Ao organizar os tipos de despesa de sua empresa, Gabriela classificou o aluguel que paga na loja onde
vende os vestidos como

A despesa principal.

B despesa secundária.

C despesa comercial.

D despesa variável.
E despesa temporária.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Em conceitos e tipos de despesas, há a discriminação de cada uma das despesas existentes. A


despesa comercial está diretamente ligada a tudo aquilo referente à venda de um produto ou à
prestação de um serviço. Como a empresa da Gabriela produz e vende vestidos, o aluguel da loja onde
ela expõe os vestidos para sua venda deveria ser classificado como despesa comercial, já que não está
diretamente ligado à produção dos vestidos.

2 - Finanças corporativas
Ao final deste módulo, você será capaz de compreender o conceito
de finanças corporativas e suas principais áreas em uma
organização.
O que são finanças corporativas?

O professor Gitman, em seu livro Princípios de Administração Financeira, define finanças como “a arte e a
ciência de administrar dinheiro”. Dessa forma, podemos entender que as finanças corporativas são a
administração dos recursos financeiros (dinheiro) da empresa.

Assim como um indivíduo (pessoa física) deve organizar e planejar as suas finanças, uma empresa (pessoa
jurídica) deve fazer o mesmo com o intuito de alcançar seus objetivos a curto, médio e longo prazos.
Entretanto, a empresa é um “organismo” bem mais complexo, em termos financeiros, do que um indivíduo.
Assim, utiliza-se de ferramentas e análises específicas. Finanças corporativas se constitui na tomada de
decisões estratégicas em relação às ações financeiras de uma empresa.

A seguir temos uma série de perguntas, entre outras, que Finanças Corporativas tentam responder:

Os fluxos de caixa da empresa dão conta dos nossos compromissos de curto prazo?

No que a empresa deve investir com a sobra de caixa?

O projeto que a empresa está pensando em realizar é lucrativo?

Qual estratégia de financiamento devemos utilizar?

A empresa é sustentável no longo prazo?

Como diminuir o risco dos negócios da empresa?

As atividades comuns em finanças corporativas são:

monetization_on
Pagamento de fornecedores

shopping_cart
Compra de máteria-prima

local_offer
Venda de produtos

local_atm
Pagamento do salário dos funcionários

control_point
Objetivos das finanças das organizações

Gerir as finanças nas organizações é um dos pilares de sustentação das empresas, pois, assim, é possível
controlar a entrada e saída de recursos financeiros, bem como se expandir (interação das Finanças com
outras áreas, como Estratégia e Marketing). Então, sempre que pensar em finanças nas organizações,
lembre-se das diversas áreas que servem para controlar as atividades e dar apoio ao gestor na hora de
tomar decisão.

Principais áreas financeiras


As principais áreas relacionadas às finanças nas empresas são:

Contas a pagar expand_more


Essa área é responsável por administrar todas as despesas da empresa e garantir que tudo seja
pago dentro do prazo, com o cuidado de saber se a empresa tem dinheiro em caixa para fazer os
pagamentos no dia estipulado.

Contas a receber expand_more

Da mesma forma que o setor de contas a pagar é responsável pelo dinheiro que sai da empresa, a
área de contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra. Sendo assim, os
funcionários da área de contas a receber têm a responsabilidade de verificar se estão pagando no
dia certo (se não, buscar entender o motivo), se o dinheiro está indo para a conta correta, se tem
dinheiro em caixa suficiente para o setor de contas a pagar usar, entre outros.

Tesouraria expand_more

Em algumas empresas menores, os setores de contas a pagar e de contas a receber ficam dentro da
Tesouraria. No entanto, quando a empresa é maior, com vários funcionários, o que demanda muito
esforço de todos para buscar a eficiência no trabalho, a Tesouraria se torna uma área separada com
a função específica de gerar relatórios financeiros para a tomada de decisão estratégica pelos
gestores.
Além disso, é essa área que cuida para que a empresa não perca dinheiro em situações externas
(como importações, que sofrem impacto das taxas cambiais). Sendo assim, a Tesouraria, quando
eficiente, evita que a empresa perca dinheiro, desperdice oportunidades com relação ao dinheiro e
fornece informação valiosa aos gestores, para que eles tomem decisões rápidas.

Controladoria expand_more

Essa área é uma interseção entre a Contabilidade e a área de Finanças. Na Controladoria, os


contadores e administradores ficam responsáveis por cuidar do orçamento da empresa. Como pode
ser entendida como uma “evolução da Contabilidade”, ela é usada para controle estratégico dos
gestores na tomada de decisão.

Quando você decide comprar uma roupa nova no cartão, não pensa primeiro se vai ter dinheiro
disponível para fazer a compra (ou pelo menos deveria)? Da mesma forma, a Controladoria cuida
para que a empresa não dê um “passo maior do que a perna” e fique sem dinheiro para pagar suas
dívidas futuras.

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Finanças corporativas
Para complementar o assunto sobre finanças corporativas, assista ao vídeo com o professor Matheus
Moura. Vamos lá!
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dentre as respostas a seguir, qual se assemelha mais à definição de finanças corporativas?

Desenvolver as melhores práticas de gestão administrativa nas diversas áreas da


A
empresa, dentre elas o setor financeiro.

Administrar o dinheiro que sai da empresa, mas o que entra é de responsabilidade do


B
setor de contas a receber.

Administrar todos os recursos da organização: matéria-prima, dinheiro, gastos e


C
logística.

D Administrar os recursos financeiros que a empresa detém.

E Administrar os recursos de terceiros, investindo no mercado de capitais.


Parabéns! A alternativa D está correta.

Em “O que são finanças corporativas?”, as finanças corporativas são definidas como a administração
dos recursos financeiros (dinheiro) da empresa. Dentre as respostas apresentadas na questão, a que
mais se assemelha a essa definição é a letra D.

Questão 2

Qual é a diferença entre as áreas de contas a receber e Tesouraria?

Enquanto o setor de contas a receber se destina a cuidar das receitas da empresa, a


A Tesouraria fica responsável por cuidar das entradas e saídas de recursos para emitir
relatórios gerenciais, que serão usados pelos gestores para a tomada de decisão.

Contas a receber é uma área responsável apenas pela entrada de dinheiro na empresa,
B
enquanto a Tesouraria é responsável pelo controle da saída desse dinheiro.

A Tesouraria é uma área estratégica, que busca a eficiência na aplicação dos recursos
C financeiros, enquanto o setor de contas a receber cuida das entradas e saídas do
dinheiro da empresa.

Não existem grandes diferenças entre as duas áreas, pois ambas cuidam dos recursos
D
financeiros da empresa.

Enquanto o setor de contas a receber responde pela entrada de rescursos na empresa, a


E tesouraria responde pelo pagamento de contas, aplicação de recursos e tomada de
dívidas da companhia.

Parabéns! A alternativa A está correta.


A área de contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra, enquanto a Tesouraria
possui a função específica de gerar relatórios financeiros para a tomada de decisão estratégica pelos
gestores. Dentre as respostas apresentadas na questão, apenas a letra A define de forma correta as
duas áreas.

3 - Investimento e financiamento
Ao final deste módulo, você será capaz de compreender o conceito
de investimentos e financiamento.

Noções de investimento
A noção de investimento começa a surgir quando a organização conta com um recurso que não precisará
ser gasto no processo produtivo nem para pagar despesas existentes.

A partir dessa definição, podemos fazer as seguintes perguntas sobre o que fazer com esses recursos:

Dessa forma, investimento pode ser definido como toda aplicação de dinheiro em algo com o objetivo de
gerar mais dinheiro no futuro.

Suponha que o país entre em uma crise e uma empresa precise fechar as portas, fazendo com que cada
funcionário receba 30 mil reais de indenizações. Veja dois casos, em que Maria e Ricardo tomaram a
decisão de como investir esse dinheiro:

O que Maria fez

Maria decide pegar seus 30 mil e tornar-se sócia na loja de roupas da irmã.
Por mês ganhará mil reais e poderá arranjar outro emprego.

O que Ricardo fez

Ricardo, por outro lado, acredita que logo será contratado por outra empresa, pois possui boa
formação acadêmica.
Assim, ele decide fazer uma viagem com os recursos de sua indenização.

Vai se divertir no exterior, enquanto espera ser contratado por outra empresa.
Não existe uma resposta certa ou errada para as decisões da Maria e do Ricardo. Cada um faz o que achar
melhor com o seu dinheiro.

No entanto, apenas um deles investiu. Você sabe dizer quem? expand_more

Quem respondeu Maria acertou, pois investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais dinheiro
no futuro. Por outro lado, efetuar uma viagem é apenas uma despesa, pois, diretamente, isso não
produzirá dinheiro.

Noções de financiamento
Você, provavelmente, conhece alguém que sempre compra no cartão de crédito e diz fazer isso sem se
preocupar, pois pagará suas dívidas em várias parcelas. Há também aqueles que compram tudo à vista, para
não pagar juros ou ter uma dívida “eterna”. Esse processo de comprar em um momento e pagar depois é
chamado de financiamento, e é muito comum entre pessoas, empresas e até países.

Você sabia que um país pode comprar algo de outro país e pagar depois?
Em Finanças, é explicado que, muitas vezes, é mais vantajoso pagar por um produto ou serviço depois, pois
o dinheiro pode perder seu valor com o tempo. Não pretendemos ensinar conceitos matemáticos, mas
explicaremos, de maneira rápida e simples, porque isso acontece. Existe algo na economia chamado
inflação, que faz com que os preços dos produtos e serviços aumentem.

Exemplo

Se, nos anos 2000, você conseguia comprar um refrigerante por R$1, hoje, ele custa, em média, R$4,00.
Então, o mesmo R$1 que comprava uma bebida no passado não compra nem meio refrigerante atualmente.

Desse modo, empresas se beneficiam comprando produtos a prazo, o que, por sua vez, as auxilia a financiar
seus estoques e o prazo concedido aos seus clientes.

Por outro lado, quando as empresas resolvem efetuar compras a prazo devem avaliar se os preços cobrados
pelos fornecedores foram acrescidos de juros e se esses (juros) são maiores ou menores do que os
praticados no mercado. Sendo assim:

Caso a empresa possua recursos disponíveis

Deve comparar os juros cobrados pelos fornedores com os juros que seriam recebidos em aplicações
financeiras.
close

Caso a empresa não possua recursos disponiveis

A comparação deverá ser efetuada com os juros cobrados por empréstimos bancários.
Dessa forma, a decisão de compra a prazo ou a vista deve ser tomada com base nas seguintes regras:

Regra 1

Considerando uma empresa superavitária, se os juros cobrados pelos fornecedores forem


maiores do que os juros de aplicações financeiras e menores do que os cobrados em
empréstimos bancários, é preferível que a empresa efetue pagamentos a vista.

Regra 2

Considerando uma empresa superavitária, se juros cobrados pelos fornecedores forem


menores do que os juros de aplicações, é preferível que a empresa efetue pagamentos a
prazo.

Regra 3

Caso a empresa não possua recursos disponiveis, se os juros cobrados pelos fornecedores
forem menores do que os cobrados em empréstimos bancários, é preferível que a empresa
compre a prazo.

Regra 4

Caso a empresa não possua recursos disponiveis, se os juros cobrados pelos fornecedores
forem maiores do que os cobrados em empréstimos bancários, é preferível que a empresa
tome recursos emprestados e compre a vista.

Atenção
É muito comum pessoas perderem o controle no cartão de crédito e, no final, sofrerem
grandes problemas financeiros. Caso decida comprar a prazo, faça contas antes de
sair comprando, a fim de saber se terá dinheiro para pagar a fatura do cartão de
crédito no futuro!

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Investimentos e financiamentos
Você conseguiu entender o que são investimentos e financiamentos? Assista ao vídeo com o professor
Matheus Moura, que explica e exemplifica melhor esse assunto. Vamos lá!
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dentre as opções a seguir, qual é a única que não se enquadra como investimento?

A Adquirir um maquinário que aumentará a produção e gerará maior lucro.

B Comprar uma lancha para o gestor usar durante suas férias.

C Aplicar em títulos do governo federal, que renderão juros.

D
Comprar uma obra de arte que pode triplicar de valor em cinco anos, conforme
especialistas da área sugerem.

E Comprar um imóvel que abrigará as operações de uma empresa.

Parabéns! A alternativa B está correta.

Conforme explicado em Noções de investimento, investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais
dinheiro no futuro. Dessa forma, todas as respostas apresentam alguma forma de investimento, pois
partem do pressuposto de que se ganhará mais dinheiro no futuro com o desembolso de dinheiro hoje,
com exceção da resposta B, que se refere exclusivamente à compra de um bem de consumo que não
tem a intenção de gerar mais riqueza no futuro.

Questão 2

Qual é o principal motivo que faz o financiamento se tornar vantajoso?

A O fato de o dinheiro perder seu valor com o tempo.

B O fato de não precisar se preocupar com o desembolso de dinheiro no momento.

C As vantagens tributárias que permitem amortizar o valor.

D O fato de o risco diminuir com o recebimento das mercadorias agora.

E O fato da empresa não precisar pagar o empréstimo no futuro.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Devido à inflação, os produtos que eram comprados a R$1 no passado, atualmente custam mais. Dessa
forma, o dinheiro perde seu valor ao longo do tempo, pois deixa de comprar a mesma quantidade de
produtos. Como a alternativa A é a única que menciona o fato de o dinheiro perder seu valor ao longo
do tempo, ela é a resposta correta.

4 - Finanças
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever as noções de
risco e o retorno em Finanças.

Noções de risco em finanças


Nesta vida, temos apenas duas certezas: pagaremos impostos e morreremos (como diria um contador de
carteirinha). Além disso, estamos todos sempre passíveis a risco, isto é, alguma coisa pode dar errado e
jogar nossos planos para escanteio.

Risco financeiro é qualquer grau de incerteza que associamos às transações


financeiras e à utilização do dinheiro no tempo.

Sendo assim, entre vários riscos, há alguns que precisamos entender para evitá-los ou mitigá-los. São eles:
Risco operacional expand_more

Esse risco se refere ao fato de a empresa começar a dar prejuízo. Suponha que um empresário tenha
uma padaria e venda seus pães a R$0,10 cada. No entanto, como não estudou esse conteúdo, ele
não sabia que existe algo chamado fluxo de caixa e, por isso, não se lembrou de controlar as
entradas e saídas e verificar quanto custava produzir um pão. No final de um ano, ele percebeu que
cada pão custava R$0,15 para ser produzido, ou seja, ele tinha prejuízo e precisava fechar a sua
padaria. Dessa forma, risco operacional se refere ao risco que qualquer empresa tem de seu negócio
dar prejuízo, seja por vender mais barato do que deveria, seja por não ter clientes suficientes.

Risco de crédito expand_more

Riscos de crédito, como o nome diz, ocorrem quando um empreendedor ou seu cliente não consegue
pagar uma dívida e acaba pagando multa por isso. Se uma padaria comprar muita matéria-prima
para produzir pão a prazo e não conseguir vender sua produção, ela não terá dinheiro para pagar a
sua dívida. No final, a padaria terá de pagar multa, podendo até falir.

Risco de liquidez expand_more

Quando uma empresa não sabe se está recebendo mais do que gastando (mesmo que haja
garantias de receber mais dinheiro no futuro), existe a possibilidade de que a empresa não seja
líquida (não tenha dinheiro rapidamente) e, com isso, não possa pagar os gastos do momento, como
salários, fornecedores etc. Então, é preciso ter cuidado com a ideia de que receberá muito mais
dinheiro do que o gasto para produzir, pois, se a empresa receberá esse dinheiro apenas no final do
ano, é bom que separe uma boa reserva de dinheiro para pagar seus funcionários até lá.

Risco de mercado expand_more

Os riscos de mercado se relacionam à economia como um todo. Como exemplo, suponha que a
inflação aumente repentinamente e, para combatê-la, o Banco Central eleve os juros da economia.
Essa elevação dos juros, por sua vez, poderia gerar um arrefecimento do crescimento do PIB, o que,
de uma forma ou de outra impactará, basicamente, em todos os tipos de negócios, reduzindo suas
vendas e lucros. Esse tipo de risco é denominado de risco de mercado.

Riscos legais expand_more

Os riscos legais aparecem com mudanças de leis em vigor ou quando alguém é processado. Imagine
que você tenha criado a mais nova empresa de tecnologia, que você acredita que dará lucro. Após
dois meses funcionando e ficando famoso, vem o “banho de água fria”, isto é, uma empresa está
processando você com a alegação de que está copiando suas ideias (em outras palavras, eles
chegaram primeiro). Por mais que eles estejam errados, e você mereça ter aquela empresa ou, até
mesmo, que o juiz lhe dê razão, existe a chance de você constituir um advogado e até mesmo parar
de funcionar até o meritíssimo chegar a uma conclusão.

Enquanto isso, você precisa pagar o salário dos funcionários, o aluguel da sua sala, entre outras
despesas. Por fim, você pode chegar à falência simplesmente porque alguém não concordou com o
seu negócio. Dessa forma, é preciso se preocupar com os riscos legais e fazer tudo dentro da
legalidade, se possível com a ajuda de um advogado experiente.

Além disso, é necessário entender que, quanto mais arriscado é um investimento, mais retorno será
requerido pelos investidores. Em outras palavras, você apostaria uma quantia grande de dinheiro no cavalo
de corrida que ficou em último colocado na corrida passada? Provavelmente, não, pois o risco de perder é
muito alto. Para que as pessoas se sintam mais atraídas a investirem nele, o prêmio pago tem de ser mais
alto também. O inverso acontece com o cavalo campeão da corrida passada, que paga um prêmio mais
baixo, já que ele tem grandes chances de ganhar.

Noções de retorno em finanças

Retorno significa o quanto você ganhou pelo dinheiro investido.

Desse modo, se você depositou R$1.000 na poupança no começo do ano, e você obteve R$1.042,36 no
último dia do mesmo ano, você conseguiu um retorno de R$42,36. Para muitos, esse retorno pode não ser
muito alto, pois a taxa de juros não foi muito alta, e o prazo investido, neste caso, é de um ano. Além disso, a
taxa de juros é altamente influenciada pelo risco. Então, como o risco de o banco não pagar o investidor é
muito baixo, ele dará uma taxa de juros muito baixa também. Caso você consiga uma taxa de juros mais
atraente (com um risco um pouco maior) e invista por um prazo maior, você poderá obter um retorno melhor.
Dessa forma, todas as pessoas que desejam trabalhar com finanças ou administrar suas finanças pessoais
devem estudar um pouco de Matemática Financeira, principalmente juros compostos, para poder juntar uma
riqueza para a aposentadoria.

Exemplo

No livro de finanças pessoais, Casais inteligentes enriquecem juntos, o escritor Gustavo Cerbasi demonstra
que, com uma pequena aplicação mensal de R$100, pode se formar um bom dinheiro a longo prazo, com
uma taxa de juros de 1% ao mês.

Meses de Total Aplicado


Anos Juros recebidos S
aplicação Acumulado

1 Primeiro Ano R$ 100,00 R$ 1,00 R

2 Primeiro Ano R$ 200,00 R$ 3,01 R

3 Primeiro Ano R$ 300,00 R$ 6,04 R

4 Primeiro Ano R$ 400,00 R$ 10,10 R

5 Primeiro Ano R$ 500,00 R$ 15,20 R

6 Primeiro Ano R$ 600,00 R$ 21,35 R

... ... ... ... ..

119 9 anos R$ 11.900.00 R$ 11.003,87 R

120 10 anos R$ 12.000,00 R$ 11.233,91 R

121 10 anos R$ 12.100,00 R$ 11.467,25 R

... ... ... ... ..

240 20 anos R$ 24.000,00 R$ 75.914,79 R

360 30 anos R$ 36.000,00 R$ 316.991,38 R

480 40 anos R$ 48.000,00 R$ 1.140.242,02 R


Tabela: Tabela de rendimento de uma aplicação de R$100 mensais a juros de 1% ao mês.
Extraída de: Gustavo Cerbasi, 2004.

Quando falamos de empresas, há diversas formas de medir o retorno financeiro, bem como variados tipos
de aplicações financeiras para ganhar um dinheiro extra (que seriam classificadas como receita financeira).

Veja algumas a seguir:

Poupança

Essa forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. Nesse tipo de investimento, o
cliente coloca dinheiro no banco, e ele, mensalmente, renderá uma porcentagem a juros compostos.
Porém, essa porcentagem é bem baixinha. Então, não espere ficar milionário com isso, a não ser que você
espere algumas décadas e deposite mensalmente uma boa quantia.

CDB

O CDB é, basicamente, um empréstimo do cliente ao banco. Vamos dizer que você esteja com dinheiro
sobrando e queira emprestá-lo a alguém. Concorda que é muito difícil um banco grande lhe dar um
calote? Então, por que não emprestar para ele. No entanto, como o risco de o banco não pagar a você
(dependendo do banco) é muito baixo, a taxa de juros cobrada também é muito baixa.
Tesouro Direto (também conhecido como títulos públicos)

Nesse tipo de investimento, você empresta dinheiro para o governo. Apesar de, no passado, o governo já
ter dado um calote nos cidadãos, o sistema financeiro e governamental evoluiu muito, o que torna esse
tipo de investimento muito atraente e com risco muito baixo. No entanto, para investir nessa modalidade,
é necessário saber que o dinheiro deve ficar emprestado por bastante tempo.

Ações

Esse tipo de investimento é recomendado apenas para aqueles que estudaram sobre o assunto e têm
dinheiro que nunca fará falta, caso eles o percam. Como é possível que o preço de uma ação varie muito,
o investidor poderá perder muito dinheiro. No entanto, como existe certo risco, o ganho costuma ser maior
do que as outras oportunidades mencionadas.

Dica

Caso queira investir em ações, é necessário estudar bastante sobre o tema.

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Riscos e retornos em Finanças
Agora que entendemos os conceitos de riscos e retornos em Finanças, vamos conferir exemplificações do
assunto.
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quando um empresário vende a prazo e não tem os devidos controles, ele pode acabar recebendo
menos dinheiro do que precisa por mês para quitar seus gastos mensais. Sendo assim, que risco seria
esse?

A Risco operacional

B Risco de crédito

C Risco de mercado

D Risco de liquidez.

E Risco de falência

Parabéns! A alternativa D está correta.


O risco de liquidez ocorre quando uma empresa não possui dinheiro para pagar suas dívidas no
momento, mesmo quando possui a expectativa de receber mais dinheiro no futuro (como ocorre na
venda a crédito).

Questão 2

O CDB é uma forma de investimento muito famosa. Qual é a melhor definição de CDB?

O CDB é um papel que você recebe do banco, informando que você emprestou dinheiro
A
e que ele irá pagá-lo em determinado tempo acrescido de juros.

O CDB é uma forma de investimento em que você empresta dinheiro para empresas, e
B
elas irão pagá-lo em determinado tempo acrescido de juros.

O CBD é um título que você recebe por emprestar dinheiro para o governo, e ele irá pagá-
C
lo em determinado tempo acrescido de juros.

O CDB é um investimento bancário em que o banco pega o seu dinheiro na conta


D
corrente e o devolve quando você precisar dele, sem o acréscimo de juros.

O CDB é um título emitido por empresas, que concede aos seus detentores participação
E
nos lucros corporativos.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Conforme definido, CDB é quando uma pessoa ou organização empresta dinheiro ao banco com o
intuito de recebê-lo de volta no futuro acrescido de juros.
Considerações finais
Ao longo deste tema, estudamos conceitos de Finanças corporativas e suas principais áreas. Com isso,
você se torna capacitado a entender e exercer diversas funções dentro da área financeira, uma vez que
conhece de forma abrangente as principais atribuições que cada área exige.

Adicionalmente, explicamos alguns conceitos, como Receita e Despesa, Investimento e Financiamento, além
de Risco e Retorno.

Esses conhecimentos compreendem um vasto aprendizado, que é imprescindível para um profissional que
deseje ingressar na área financeira organizacional.

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Podcast
Para encerrar, com a palavra o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva e suas considerações sobre o
conteúdo.

Explore +
Caso tenha se interessado em aprender mais sobre o fluxo de caixa, recomendamos que você invista em
softwares de planilhas eletrônicas. Assim, você pode criar planilhas gerenciais bem bonitas e práticas, que
irão auxiliá-lo e ajudá-lo a saber se você tem dinheiro ou não no momento.

Além disso, busque vídeos sobre fluxo de caixa, pois, assim, será possível ver, na prática, como ele é feito.

Pesquise também a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, para calcular a correção pela caderneta de
poupança facilmente.

Recomendamos também o livro Princípios de Administração Financeira, escrito pelo professor Gitman.

Referências
CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 1. ed. São Paulo: Sextante, 2004.

FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 3. ed. Rio de Janeiro: QualityMark, 1994.

GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.

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