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Gestão Financeira
Gestão financeira é baseada em três pilares, que devem ser seguidos em ordem, um a um:
Controle, Análise e Tomada de Decisão:
O primeiro pilar tem como objetivo controlar todas as entradas e todas as saídas de
dinheiro do seu negócio, tornando isso um hábito que necessita de muita disciplina e
vontade.
O segundo pilar traz a ideia de que tendo controle e anotando todos os movimentos de
dinheiro do seu negócio, conseguirá analisar os números que vem controlando.
E o último pilar, remete a ideia de que depois de você anotar e controlar todas
movimentações financeiras e analisa o que está acontecendo no seu negócio, aí sim você
pode tomar decisões que envolvam dinheiro.
• Você controla todo dinheiro que entra e que sai do seu negócio?
• Você analisa a situação financeira da sua empresa, ao ponto de me dizer qual foi o
lucro líquido dos últimos meses?
Porém, todas tomam decisão envolvendo dinheiro, por que é inevitável, somos obrigados a
tomar decisões que envolvem o dinheiro do nosso negócio, mas muitas vezes fazemos
isso sem antes ter controle algum ou fazer o mínimo de análise. Aqui fica a regra básica
para não ter uma gestão financeira complicada.
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CUIDE DO QUE É SEU
Ação: Quando tiver mais de um objetivo a sua frente e que para alcança-los necessite o
uso de dinheiro, se pergunte: Qual desses objetivos me trará o melhor retorno?
Busque sempre ter o senso de investimento. Utilize seu dinheiro e tempo em algo que lhe
trará retorno. Quando você toma essa atitude, não estará gastando, mas sim investindo.
No momento que em uma única conta bancária, recebo pelos meus atendimentos. E dessa
conta faço movimentações e pagamento de contas profissionais e pessoais, acabo com o
tempo, perdendo todo o controle operacional no meu negócio. Como conseguirei saber o
real resultado financeiro da minha empresa se misturo contas profissionais com contas
pessoais?
Ação: Tenha duas contas bancárias. Uma para receber pelos seus atendimentos e realizar
pagamento de cunho profissional e outra conta bancária para suas movimentações
pessoais.
Hoje, existem inúmeros bancos que não cobram tarifa de manutenção de conta e muitos
deles trazem outras vantagens, como cartão de crédito sem anuidade. EX: Banco Inter,
NuBank, Banco Next, C6 Bank, Banco Original etc.
Saiba se remunerar
Agora você tem contas separadas, uma para movimentações profissionais e uma para
movimentações pessoais. Mas como devo me remunerar? Como devo retirar dinheiro para
minhas despesas pessoais?
Ação: Será necessário realizar duas definições e cumpri-las com o máximo de disciplina
possível. Defina as datas FIXAS que você vai retirar dinheiro da sua conta profissional e
transferir para a conta que faz movimentações pessoais. Ex: De 15 em 15 dias, todo dia
30, todo dia 5 etc. Segunda definição, estabeleça qual o valor desta retirada. Fique claro
que não existe valor certo ou errado. O que vale aqui é quanto você precisa para ter sua
vida pessoal e uma “pitada de bom senso”. Pode- se definir que esse valor de retirada
seja, um valor fixo ao mês ou um percentual do seu faturamento mensal. Fica a critério de
cada profissional. Para quem está começando, sugiro iniciar com um percentual do seu
faturamento. Mas porque não retirar todo lucro? Por que você precisa pensar em reinvestir
no seu negócio e ter uma reserva para emergência. Por isso, nunca retire todo o lucro
mensal que sua empresa alcançou.
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A ideia principal, é abolir de uma vez por todas a agenda, o “papelzinho”. Hoje, você pode
achar simples e fácil controlar em uma dessas opções mencionadas, mas no momento em
que seu negócio mostrar crescimento, o fluxo de movimentação de dinheiro também irá
aumentar, com isso controles mais simples como os citados, não funcionarão.
Ação: Torne como hábito, a utilização de planilhas feitas no Excel ou sistemas preparados
para controle de movimentações financeiras. E o principal, faça com que essa ação de
alimentar o seu controle financeiro, seja parte da sua rotina.
Previsão Orçamentária
Ação: Sempre que formos iniciar um novo projeto ou mesmo realizar compras dos
produtos e materiais que utilizamos em nossos atendimentos, tenha consciência de quanto
você pode ter de despesas no mês com esses custos variáveis. Quando sabemos nosso
limite e percebemos que vamos ultrapassar, criaremos ações. Como negociar prazo e
forma de pagamento com fornecedores. Para que eles não acabem consumindo o dinheiro
destinado para suas despesas fixas do mês.
Reserva de emergência
Valor que pode ser separado mensalmente e guardado para emergência futuras. A falta de
um caixa de emergência pode acarretar na falta de liquidez para pagar suas dívidas
imediatas e de curto prazo.
Ação: Exemplo de como formar um caixa de reserva de emergência:
Quanto soma o total de despesas fixas que você tem no mês? R$4.000,00 (Inclua sua
retirada)
Multiplique esse valor por 3x: R$12.000,00
Divida esse valor da melhor forma que se adapte para você o quanto antes, acumular esse
valor: ex:
- Se consegue separar R$1.000,00 (durante 12 meses tire R$1.000,00 mensais e coloque
de reserva de emergência);
- Se consegue separar R$500,00 (durante 24 meses tira R$500,00 mensais e coloque de
reserva financeira);
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Antes de explicarmos o movimento que o dinheiro faz dentro de sua empresa, vamos
conceituar alguns indicadores de extrema relevância para entendermos a análise dos seus
números:
Receita: Todo dinheiro que entra para você, proveniente de suas vendas de produtos ou
procedimentos. Quando você realiza um atendimento, o valor pago é a receita.
Custos Variáveis: São todos os gastos que estão diretamente ligando a suas vendas.
Quanto mais eu vendo, maior será meu custo variável, se meu volume de vendas diminuir,
meus custos variáveis também irão diminuir. Ex: Materiais descartáveis, produtos utilizados
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nos procedimentos, embalagem, comissão paga sob venda, impostos pagos sob a venda
etc.
Custos Fixos: São aquelas despesas que independem das nossas vendas. Mesmo que
eu não venda nada, terei essas despesas para pagar. São custos que não estão ligados
diretamente com nossas vendas. Também são chamados de custos estruturais, pois
muitas vezes são as despesas que temos mensalmente para manter nossa estrutura e
local de atendimento, na melhor situação possível. Ex: Luz, água, aluguel, condomínio,
limpeza, pró-labore (sua retirada) etc.
Investimento: Todos os gastos que temos com algo que acreditamos que nos trará
retorno no futuro, pode ser classificado como investimento. Ex: Gastos com educação,
como cursos e livros, publicidade e propaganda (anúncios pagos nas redes sociais), obras
e reformas no meu local de atendimento etc.
Agora que conceituamos alguns dos indicadores mais relevantes, vamos entender o fluxo
do dinheiro:
Problema: Quando vendemos algo, o dinheiro que recebemos entra como uma receita.
Quando esses valores entram em nossa conta ou na conta da nossa empresa, muitas
pessoas têm como hábito utilizar esse dinheiro, sem lembrar que existe despesas e custos
a serem pagos no mês. Acham que tudo que entrou pode ser utilizado e retirado, não
lembrando das contas que foram feitas. O que pode ocasionar falta de dinheiro para
cumprir suas obrigações.
Solução: Respeite o fluxo que o dinheiro faz. Recebemos pelos nossos serviços, pagamos
nossas contas e o fica depois disso sim, é o real resultado que sua empresa está trazendo,
o Lucro Líquido. É claro, sua receita mensal é importante, mas o que realmente vai mostrar
se seu negócio está indo bem ou não, é o resultado do lucro líquido. Tome decisões
financeiras sabendo quanto você tem de contas a pagar.
Fluxo de Caixa
• Você já pensou sobre o caminho que ele está seguindo, para onde vai?
• Em que você gasta mais, quais são os gastos e entradas mais importantes para
você?
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Note que no exemplo acima, conseguimos calcular nosso caixa final de cada dia. Uma
planilha de fluxo de caixa, deve manter essa mesma estrutura. Onde colocasse lado a lado
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suas entradas de dinheiro diárias e suas saídas de dinheiro diárias e o resultado sendo seu
saldo atual.
Problema: O que vou falar aqui agora, é a causa de muitos problemas em empresas, tanto
de pequeno a grande porte, onde quase sempre o proprietário não percebe que isto está
acontecendo. Fluxo de Caixa Descasado.
O Fluxo de Caixa Descasado acontece quando nos dias que tenho contas a pagar, não
tenho dinheiro em caixa para quitar essas contas ou nem mesmo dinheiro para entrar. Isso
faz com que você atrase seus pagamentos, muitas vezes gerando multas.
Solução:
• Primeiro passo é conhecer seu próprio fluxo de caixa. Saiba os dias que você
normalmente tem mais contas a pagar dentro do mês e os dias do mês que
usualmente está com mais dinheiro em caixa.
• Segundo passo é alterar as datas de vencimento das suas principais contas, para
ocorrerem nos dias que usualmente está com mais dinheiro em caixa.
Ponto de Equilíbrio
É uma forma de saber o volume financeiro que deve entrar mensalmente na sua empresa
para que suas atividades gerem resultados positivos. É o confronto entre suas receitas e
todos seus custos e despesas. Quanto tem que entrar de dinheiro no mês para que eu
consiga pagar minhas contas? No mínimo, tenho que ter esse valor de entrada, caso
contrário posso ficar no prejuízo.
Ele representa quanto que a empresa deve vender dentro de um determinado período para
conseguir ter capital o suficiente para quitar todos seus deveres e obrigações.
Problema: Não ter ideia do seu ponto de equilíbrio. Quando você não conhece seu ponto
de equilíbrio, não consegue muitas vezes, perceber como está a performance da sua
empresa, durante o mês. Pode estar perto do fim do mês, e não ter entrado dinheiro
suficiente para pagar as contas mensais. E como você não sabe seu PE, não percebe o
risco que está correndo.
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Solução: Conheça o ponto de equilíbrio do seu negócio. Para acha-lo, você precisará do
histórico de seus gastos e despesas totais dos últimos meses. E partir disso, faça uma
média.
Ex: Nos últimos 5 meses meus gastos e despesas totais foram os seguintes:
Janeiro – R$ 6.000
Fevereiro – R$ 5.000
Março – R$ 7.000
Abril – R$ 8.500
Maio – R$ 8.000
34.500 / 5 = R$6.900
Capital de Giro
Nenhuma empresa pode se dar ao luxo de ficar sem dinheiro em “caixa” para pagar suas
contas. Principalmente suas dívidas de curto prazo. Aquelas recorrentes do dia a dia.
Afinal de contas, sem recursos simplesmente não é possível quitar suas obrigações, fazer
investimentos ou sustentar seu negócio.
O capital de giro consiste, basicamente, nos fundos disponíveis para a empresa usar em
suas operações comuns do dia a dia. É o dinheiro que você precisa ter “nas mãos” para
pagar suas contas de curto prazo.
• Quando nosso negócio está no início de sua vida e ainda não se sustenta com o
próprio dinheiro que movimenta.
• Quando seu fluxo de caixa não está “casado”. Sendo que essa situação pode sim,
ser uma situação normal, até mesmo par uma empresa experiente e lucrativa
Problema: Não ter capital de giro para momentos que necessitamos. Como consequência
podemos acabar não cumprindo com nossas obrigações, como pagamento de
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fornecedores e outras dívidas contraídas. O que por muitas vezes, gera multas por atraso
de pagamento.
• Direciona grande parte do seu lucro para outros destinos, não deixando um
percentual mínimo aceitável no caixa da empresa.
• Está recebendo com prazos muito estendidos os valores dos seus clientes e tendo
problemas para receber.
O capital de giro próprio, sempre será o mais indicado, pois como será um valor seu, não
terá pagamento de juros pelo o uso. Muitos especialistas recomendam que todo negócio
comece com no mínimo um capital de giro para “sustentar” as despesas fixas por seis
meses. Caso você não tenha essa quantia, é válido o planejamento financeiro mensal,
onde você irá reservar um valor que fique dentro de sua capacidade, até somar a quantia
que deseja ter de capital de giro. Pode definir por exemplo, um percentual de seu lucro
mensal para isso. O cálculo consiste na mesma ideia da reserva de emergência. Mas
lembrem-se, são situações diferentes:
Quanto soma o total de despesas fixas que você tem no mês? R$3.000,00 (Inclua sua
retirada)
Multiplique esse valor pelo o tempo que deseja ter de capital de giro para te auxiliar nas
despesas de curto prazo: 6 meses
3.000 x 6 = 18.000,00
Se você está iniciando seu negócio e tivesse o intuito de ter 6 meses de capoital de giro,
tendo R$3.000,00 de despesas totais, seria necessário um caixa de R$18.000.00.
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Precificação
Precificação
Esse é um desafio para todo empreendedor. Muitas vezes a decisão de quanto cobrar
pelos nossos serviços, é feita sem nenhum estudo ou pesquisa. Três fatores influenciam
em nosso preço de venda:
• Concorrentes
• Influência do Mercado
• Análise de custos
Na análise de custo, você soma todos os custos que você tem para realizar seu
atendimento, com o valor que você deseja ganhar em cada atendimento, exemplo:
Mas em muitos casos, não conseguimos simplesmente colocar o valor que gostaríamos,
pois existe influência do que o mercado está cobrando e seus concorrentes diretos.
Por isso, sempre busque comprar os produtos e materiais que você utiliza em seus
procedimentos, com a melhor condição financeira possível. Muitas vezes os lucros que
você tem em cada atendimento, são feitos lá no momento que você comprou e negociou
da melhor forma possível com seus fornecedores e não no seu preço de venda. Mas é
claro, inclua seu conhecimento ele não é de graça.
Uma forma simples que podemos calcular quanto gostaríamos de receber mensalmente
pelos serviços realizados, levando em consideração nossa mão de obra, seria a seguinte:
Faça 3 perguntas:
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Logo:
Se quero ter todo final do mês R$4.000,00 de retirada, incluo nos custos de cada
procedimento R$25,98.
IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!
Os R$4.000,00 não são o lucro e sim, quanto você quer retirar ao mês. O lucro vem depois
disso.
Não vai sobrar nada para a empresa. Sendo assim você não terá lucro.
Lembrem-se: Sua retirada (salário/pró-labore), faz parte das suas despesas fixas.
Exemplo:
RECEITA
(dinheiro de suas vendas)
LUCRO
(dinheiro que sobrará depois de todos seus custos e despesas, usado para reinvestir no seu negócio ou
deixar no caixa da empresa para usar no momento certo)
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Para uma forma mais elaborada, tendo controle total de nossos gastos, temos que
identificar o custo de cada produto ou serviço utilizado no atendimento. Segue exemplos
de cálculos:
Quanto quero ganhar por mês com o uso da máquina / número médio de pessoas que
atendo utilizando a máquina dentro do mês
Quanto custa o aluguel da máquina / quantas pessoas pretendo atender enquanto estiver
com ela alugada
O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado. Se não pode ser
gerenciado, não pode ser melhorado. (Philip Kotler)
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