Você está na página 1de 713

00.

live a life you will remember

Olá meus amores. Finalmente trouxe uma nova fic pra vocês depois de
alguns meses que finalizei 4 Rules. Eu sei que demorei um pouco mas o
motivo é que tenho milhares de plots e sempre quando eu finalizava um,
outro me chamava a atenção e eu me empolgava mais, largando o outro.
kkkkk Mas agora to aqui e isso que importa.

Então antes de lerem, vamos aos avisos básicos:

✔ Não será uma fic nem tão longa e nem tão curta. Prevista para ter uns
17/20 capítulos. Tudo bem explicado e encaixado na história sem correria.

✔Capítulos longos.

✔Mpreg.

✔Preconceito social.

✔Hbottom. Louis Tops.

✔Provavelmente muitos de vocês vão ter ódio do Harry no começo hahaha


ou não, vai que vocês são do contra. kkk mas o importante é dar tempo ao
tempo e não desistir da fic por causa da personalidade de algum
personagem. Por favor.

✔Louis dessa fic tem a aparência do Louis atualmente. E Harry é o Harry


de cabelão mesmo, de 2015/2016.

✔O Louis é totalmente e completamente inspirado no cara do clipe The


Nights do Avicii. É totalmente ele porque o plot dessa fic surgiu por causa
dessa música e de outras ideias que eu já tive. Então quando vocês quiserem
imaginar como é a personalidade do Louis é só assistir o clipe. Pois é o
Louis todinho (Obviamente com outras coisas que vocês vão descobrir
lendo)

https://www.youtube.com/watch?v=UtF6Jej8yb4

Estou escrevendo essa fic com muito amor e carinho então espero que
vocês gostem.
01. he's back, un(fortunately)

Louis olhava para a água verde abaixo de si, tão longe de onde estava que
era em cima de uma ponte. Seus pés na beirada, mais uma passo e ele
cairia, não que ele se importasse ou tivesse medo mas estava checando
primeiro. Afinal, que graça teria de chegar ali e acabar com tudo tão
rapidamente? Mas enquanto admirava a linda paisagem, sua demora fez
alguém ficar impaciente. Então sentiu mãos o empurrarem de uma vez por
todas da ponte, o fazendo cair.

Ele gritou, gritou não por medo. Já fez aquilo tantas vezes que se quer tinha
aflição. Ele gritou por causa da adrenalina, a sensação de se sentir livre, os
ventos o tomando em uma velocidade alta, o frio na barriga por aquilo ser
arriscado, não importava o quanto a corda o segurasse. Pular de Bungee
Jumping era arriscado, mas aquilo não era nada comparado as outras coisas
que Louis fazia.

E que graça teria sua vida se ele fosse todo certinho e com medo de viver?

Louis Tomlinson era feito de aventuras, elas tendo riscos ou não. Ele não
seguia uma rotina e muito menos tinha cuidado com as coisas que fazia. Ele
sem pensar duas vezes preferia pegar sua mochila e ir em busca de algo
louco para fazer com seus amigos do que apenas tentar ser um rapaz
certinho com um terno sobre o corpo sentado atras de uma mesa de um
escritório.

Afinal, todos um dia iriam morrer. E ele preferia morrer com a corda do
bungee jumping sendo suspensa, mas ele sabendo que viveu uma vida que
se orgulhou de ter. Do que ser certinho o tempo todo e de repente tudo
acabar por um ataque cardíaco ou uma bala perdida.

A corda que o prendia parou de o balançar aos poucos, consequentemente


fazendo ele parar de gritar, mas seus braços ainda jogados no ar enquanto
olhava a água abaixo de si sendo levada pela correnteza. Ali havia algumas
pedras e ele fez uma careta caso a corda que o segurava tivesse sido
rompida, aquilo realmente não se sairia bom.

Mas correr riscos era o que lhe movimentava.

Aos poucos foi sendo puxado para ponte novamente, voltando a ter a visão
dos seus amigos ao redor, alguns o filmando e sorrindo.

Quando estava em pé na ponte novamente, Zayn, um dos seus melhores


amigos, chegou perto de si rindo e mostrando o celular que era dele.

- O Stanley te empurrando fez o vídeo ficar melhor ainda. - O moreno


comentou.

Zayn era um ano mais jovem que Louis, tendo 21. Eles se conheceram em
um bar quando Louis tinha 16 anos. Com Zayn estava Liam, na época os
dois garotos eram apenas amigos e não demoraram muito para fazerem uma
amizade com Louis também. Os três gostavam de sair por aí sem rumo e
fazendo algumas loucuras, foi assim que eles foram crescendo e fazendo
cada vez mais coisas que para os outros eram consideradas ''perigosas'' mas
para eles era o próprio gosto de liberdade.

Conforme os anos foram passando, eles também fizerem novas amizades. E


Zayn e Liam se tornaram um casal. Eles moravam juntos em um bairro
pobre de Londres onde a alta burguesia fingia que não existia. Assim como
seus outros amigos, Stanley, Samile, Oli, Bebe e todos os outros que
moravam naquele bairro e gostavam e iam com eles para suas aventuras.

Louis não morava perto deles, mas costumava ficar mais com eles do que
no lugar onde ''morava'' e quando não estava na casa de Liam e Zayn, era
porque junto a eles pegaram suas mochilas e foram percorrer mundo a fora
com os trocados que ganhavam. Liam trabalhava de garçom em um
restaurante, Zayn era ajudante em uma padaria. Já Louis era grafiteiro. Ele
tinha descoberto seu dom para coisa quando desde mais novo pinchava
alguns muros ilegalmente nas madrugadas para demonstrar sua revolta. Até
um dia ser pego com 16 anos pela policia e ter sido puxado pela orelha até a
delegacia, chamaram sua mãe que o olhou tão decepcionada que Louis só
teve vontade de chorar, embora desde pequeno fosse um garoto que
gostasse de ser durão. Depois de uma longa conversa dentro da delegacia,
um dos policiais disse que ele tinha dom para aquilo e que não precisava
fazer ilegalmente, o convidando para grafitar em uma loja de um amigo
dele, que estava procurando alguém que pudesse fazer aquilo. E desde então
Louis grafita. Ele não ganha muito, dependia muito do trabalho e não era
sempre que aparecia algo, mas ele era feliz.

Ele e seus amigos tinham pouco dinheiro, juntando tudo não dava se quer
um aluguel de um apartamento do outro lado da cidade na parte rica. Mas
eles conseguiam se sustentar da maneira que podia, e quando um não tinha,
o outro estava ali para ajudar. E mesmo com tão pouco eles sempre
ajudavam moradores de rua assim como os animais, uma vez por mês
davam comida pros moradores, e ração para os cachorros e gatos de rua.
Não era muito, mas era um começo. Eles também tinham uma ONG, a
unica do bairro deles. Onde qualquer morador do bairro podia procura-los
para pedir qualquer tipo de ajuda, e com o que eles podiam, ajudavam. E
mesmo Louis não morando de fato ali, era como se morasse, pois sempre
ajudava todos, as vezes deixava de comprar algo para ele mesmo para
ajudar o próximo.

Tomlinson enxugou suas mãos soadas devido ao sol que fazia em suas
bermudas preta. Fazia bastante calor naquela época do ano, Louis estando
apenas com a bermuda e seu tênis, a camisa havia sido tirada quando ele e
os outros caminharam um longo caminho até chegarem na ponte. Seu torso
bronzeado brilhava e ele acabou dando um sorriso para o que Zayn havia
falado, retirando a proteção de si e olhando rapidamente pro seu celular na
mão de Zayn, onde o vídeo dele pulando reproduzia e inclusive com a parte
que Stanley o empurrava.

- Stanley, seu merdinha. Vou quebrar sua cara! - Louis disse sério, embora
não tenha sido realmente raivoso e Stanley que estava do outro lado da
ponte sorriu, se aproximando de Louis e Zayn, olhando o vídeo no celular
na mão do moreno e soltando uma risada.

- Você não faria isso... - O garoto disse insinuativo, Louis arqueando as


sobrancelhas pra ele ao que ele se aproximou e beijou seus lábios
levemente, logo depois mordendo e o puxando entre os dentes. - Logo
comigo...

Louis sorriu para ele mas não teve tempo de começar um beijo de verdade,
pois Liam que se aproximava deles fez um som de nojo.

- Louis, você não consegue manter essa sua boca longe de alguém por mais
de 10 minutos? - Liam reclamou, indo para trás do corpo do seu namorado e
o embalando entre os braços, apoiando o queixo no ombro dele enquanto
olhava para Louis, Zayn sorria divertido.

- Bom, não sei. Me responde você. Sua boca a cada 10 minutos está no pau
do Zayn e eu não falo nada. - Louis retrucou com seu sorriso debochado,
Stanley dando dedo do meio para Liam que retribuiu, logo o garoto dando
as costas para ele.

- Por que você ta me citando se é Liam implicando com você? - Zayn


perguntou falsamente ofendido, Louis soltando um beijinho no ar para ele
como resposta.

O casal ignorou o amigo enquanto Zayn ainda tinha o celular de Louis nas
mãos, fazendo o favor de postar o vídeo no Instagram de Louis.

O Instagram de Louis era voltado para as coisas que ele fazia. Se ele estava
pulando de bungee jumping então ele registrava isso, se estivesse escalando
estaria com seu celular na mão mostrando a altura que estava e
provavelmente sempre quase caindo por estar distraído. Se pulava de
paraquedas ele também estaria filmando sua expressão. No seu instagram
até mesmo havia videos dele em rachas onde ele bate o carro mas
felizmente sai intacto dele com os braços erguidos no ar enquanto todos
gritam comemorando, o fato de Louis ter que correr para longe do carro
porque ele começou a pegar fogo não era um motivo para ele ou as pessoas
em volta ficarem assustados com o acidente que quase aconteceu, e sim de
ficarem mais animadas ainda. Pois era um privilegio estar de cara pra morte
mas passar a perna nela e viver para contar a história.

O fato de Louis gostar de registrar esses momentos, fazia ele ter alguns
seguidores. Cerca de umas 20 mil pessoas o seguia para ver o que ele
estaria postando nos próximos dias. Louis não se importava com aquilo, sua
intenção nunca foi ganhar seguidores e sim postar sobre como ele é feliz
sem todas as riquezas da vida.

Louis viu que Samile estava botando a proteção porque ela seria a próxima
a pular. Caminhou até ela, como quem queria desejar boa sorte mesmo que
eles já tivessem feito aquilo tantas vezes. Encarou a garota de pele morena,
seus dedos tocando os cabelos em um black baixo, de dreads recém
retirados. A garota sorriu já sabendo que ele queria um beijo então envolveu
seu pescoço enquanto eles se beijavam naturalmente. Não era novidade que
Louis era o mais cobiçado do grupo e não tinha problema nenhum em ficar
com seus amigos quando eles estavam de acordo, assim como ficava com
outras pessoas. Samile sentiu as mãos de Louis descendo pelas suas costas
até chegar em sua bunda e ela sorriu entre o beijo ao que ele apertou
levemente, a garota dando um tapinha na cara safada que Louis tinha mas
na verdade ele só queria roubar seus cigarros, observou isso quando ele
enfiou a mão no seu bolso e tirou de lá o maço, retirando um cigarro e o
botando em seus lábios com aquele sorriso travesso que a fez revirar os
olhos para o amigo.

- Filho da puta! Compre os próprios cigarros ao invés de roubar os dos


outros! - Reclamou, não realmente brava. Louis jogou o maço de volta para
ela.

- Eu estou duro, Sam. Não seja uma egoísta de merda! - Louis retrucou, se
afastando, sua voz saindo abafada pelo cigarro estar entre os lábios e estar o
acendo com seu isqueiro. Samile apenas o ignorou porque após esta segura
com sua proteção ela apenas saltou da ponte, só seu grito animado sendo
ouvido.

Louis se sentou na ponte, perto de onde Liam e Zayn estavam e o moreno


lhe devolveu o celular, Louis lhe agradecendo por ele ter postado o vídeo,
vendo alguns dos comentários que estavam fazendo, uns eram de seus
amigos, outros de pessoas que ele não conhecia.

- Vai ir para festa que o Oli vai dar mais tarde? - Liam perguntou para
Louis, enquanto o mesmo tinha os olhos em seu celular enquanto fumava e
rolava seu feed. - Nossos amigos que não viajaram com a gente estão com
saudades, vão estar todos na festa.

Eles tinham chego de viagem no dia anterior. Liam, Zayn, Louis, Oli,
Stanley, Bebe e Samile haviam juntando suas economias, pego suas
mochilas e percorreram a America do Norte e Central apenas de ônibus e
trens durante quase um ano todo, foi difícil para os amigos conseguirem
fazer essa viagem com tão pouco dinheiro, ainda mais se virarem nos países
que frequentaram. Mas nada que pudesse impedir eles de se aventurarem
em terras estrangeiras. Se dinheiro lhes faltavam, eles improvisavam. Fosse
Bebe arranjando alguns trocados com homens mais velhos e tarados em
jantares com beijos em troca de algum dinheiro no Canada. E até mesmo
Louis, Liam e Zayn nas ruas do México improvisando enquanto cantavam
algumas músicas dos Beatles e as pessoas ao redor deixavam alguns
trocados em um boné no chão. Ou Stanley e Oli sendo stripes meia boca em
Honduras durante um final de semana em boates diferentes. Ou quando
estavam no Panamá, e em um dia Samile apareceu com bastante dinheiro e
os amigos perguntaram como ela conseguiu tudo aquilo e ela totalmente
indiferente e resolvida consigo mesma disse que fez alguns pontos em uma
esquina com uns caras ricos. Mas não pense que o fato deles terem tido que
improvisar para ganhar dinheiro fez da viagem um desastre. Pelo contrário,
fez tudo ficar mais divertido. Eles eram felizes até nas pequenas
dificuldades.

- Não vai dar, eu vou ir ver minha mãe. Não é todo dia que o único filho
dela fica tantos meses fora. E eu também estou com saudades, vou passar
um tempo com ela.

- Vai voltar para os riquinhos? Esqueci que você era metade playboy. - Zayn
brincou.

- Não estou indo por causa deles e sim por causa da minha mãe. - Louis
chiou, mesmo que o amigo tivesse brincando. - E playboy? Quando estou lá
sou no máximo um vira-lata perdido em uma mansão. - Riu sem humor.

Acontece era que Louis na verdade ''morava'' na parte rica de Londres,


embora não gostasse de ficar muito naquela mansão onde vivia. Na
verdade, a mansão não era propriedade deles e sim dos patrões de sua mãe,
os Styles. Na qual Johannah Tomlinson era apenas uma empregada e Louis
o filho dela.

A vida de Jay nunca foi fácil, até os seus 18 anos ela era moradora de rua,
foi quando atingiu a maior idade que conseguiu seu primeiro e único
emprego na casa dos Styles. Na época, Anne Styles tinha apenas 20 anos e
Des Styles 22. Eles haviam se casado cedo demais porque Anne havia
engravidado de Gemma aos 18 anos. Seus pais e os de Des eram
milionários e não suportavam escândalos, fazendo eles se casarem cedo
demais e como recompensa dando uma das mansões que tinham para eles.
Nem mesmo o bebê fez Anne e Des largarem os estudos, ele estudando para
ser advogado como todos da sua família e Anne médica, pois mesmo com a
fortuna que herdariam dos pais, eles queriam ter o próprio emprego. Jay na
época era apenas uma garota destemida e que precisava do emprego mais
que tudo então sempre se esforçou para não decepcionar os patrões. Não
sendo apenas uma das que cuida da casa junto com as outras empregadas,
mas também a que cuidou de Gemma enquanto Anne e Des estudavam. Era
uma realidade muito diferente do que ela vivenciou na rua. Pelo tanto que
sofreu, para ela gente rica era ruim, mas não era exatamente assim com os
Styles. Talvez por terem a idade parecida Jay se deu muito bem com eles,
não que fossem amigos, mas os Styles não eram aqueles patrões maus que
fazem algo errado e botam culpa nos empregados.

Estava indo tudo bem para um primeiro emprego. Por ter vivido a vida toda
na rua, Jay ficaria feliz até mesmo se os Styles não a pagassem mas a
dessem um pedaço do chão para ficar e um pão para comer.

Mas havia um jardineiro de 23 anos na casa, chamado Mark, por qual Jay se
apaixonou e 1 ano depois engravidou de Louis. Jay ficou desesperada com
medo de ser despedida e ela e Mark esconderam a gravidez o máximo que
conseguiram, até a barriga aparecer e os enjoos se tornarem frequentes. Jay
era grata até hoje pelos Styles não terem a demitido, mas isso só não
ocorreu porque Anne tinha criado uma afeição pela garota e porque Gemma
já era muito agarrada com Jay, deixar a pequena garota em outras mãos tão
de repente seria um problema. E assim, Jay teve Louis no meio de toda
aquela riqueza, mesmo que a realidade deles fosse outra.
Louis cresceu naquela mansão e mesmo tendo estudado em um dos
melhores colégio de Londres pagos pelos Styles, ele nunca se sentiu da
família. Os patrões dos seus pais não eram ruins, mas também não eram sua
família. Ele nunca se sentiu parte daquela mansão, ele só era o filho dos
empregados que vivia em um dos quartos fora da mansão, perto da piscina.
Como se fosse a casinha do cachorro, sempre do lado de fora e as vezes
pego apenas para dar um mero carinho e depois novamente posto para fora.

E essa sensação de exclusão só fez ele crescer um garoto revoltado e bruto,


que arrumava confusão no colégio com os riquinhos da alta sociedade que o
chamavam de vira-lata entre outros nomes. Ele não acreditava que todos
ricos fossem assim, mas os do seu colégio eram os próprios demônios.

Louis era grato pelos patrões dos seus pais terem os dados teto e comida,
mas não se sentia parte da alta classe sempre quando estava perto de
qualquer pessoa importante. E ele demonstrava isso seja com suas roupas
ou sua fala.

E todo seu sentimento de exclusão piorou quando seu pai morreu de câncer
quando ele tinha apenas 16 anos. Louis sempre se sentiu um pontinho
apagado no meio de tantos pontinhos coloridos e brilhosos. Mas uns
momentos antes de morrer seu pai lhe disse que era tudo bem ser quem ele
era, e que ele podia ser quem ele quisesse. Pegou Louis nos braços e disse
que quando ele sentisse medo era para se lembrar dele, que era para ele
viver uma vida que ele se orgulhasse, independente de como ela fosse.

E foi a partir dali que Louis começou a fazer tudo que ele queria. Desde
pequeno ele nunca foi um garoto que respeitava as regras, fosse quando
tinha 5 anos e em um dia de chuva foi para fora da mansão e mergulhou na
poça de lama e voltou para dentro da mansão correndo pelos cômodos e
sujando tudo que via pela frente. Ou quando tinha 13 e curioso como era,
tocou em um dos quadros caros do Leonardo da Vinci na sala dos Styles e
acabou deixando ele cair e se rachando no meio. Mas mesmo assim ainda
tinha medo, mas depois das palavras do seu pai antes de partir, Louis
começou a fazer tudo que queria, sem olhar para trás.

E isso inclua preferir pintar paredes do que trabalhar para os Styles (não que
ele achasse errado sua mãe trabalhar para eles, todo o trabalho é um
trabalho digno, mas Louis preferiu seguir fazendo o que gosta). Preferir
pegar sua mochila e se aventurar pelas ruas do que entrar em uma
faculdade. Preferir as vezes ficar com seus amigos em um bairro pobre
esquecido pelo resto da Londres, do que ficar em uma mansão onde ele não
se sentia encaixado.

Mas os Styles não tinham muito problema com isso, porque Louis cresceu
ali, e embora fosse rebelde, continuava sendo o filho de Jay e Mark, seus
empregados de longa confiança. E embora não concordasse com inúmeras
atitudes dele (como não aceitar que eles pagassem sua faculdade) o quarto
de Louis continuava ali, para toda vez que o garoto voltasse depois de
alguns dias sumido.

- Aproveite e enfie bastante na mochila aquelas comidas chiques que nem


consigo pronunciar o nome e traga pra gente. - Liam pediu descontraído,
mas era bem capaz de Louis furtar a geladeira deles e fazer exatamente
aquilo.

Louis continuou fumando seu cigarro enquanto rolava distraidamente o feed


de noticia, parando quando uma publicação lhe chamou atenção.

Harry Styles

Meus novos bebês

Louis fechou sua expressão só por ler o nome dele.

Liam e Zayn que estavam ao seu lado, mesmo com o sol batendo na tela do
celular de Louis, conseguiram ver para o que o amigo estava olhando.

- Ah, sinto muito que você vai ter que lidar com o engomadinho de novo. -
Zayn disse zoando o amigo pois sabia como Louis e Harry eram, fazendo
Liam rir. Mas na verdade o casal realmente sentia por Louis, pois pelo o
que o amigo lhes contavam Harry era o próprio demônio vestido com
roupas da Gucci.
Louis ignorou o amigo.

O caminho para Harry e Louis eram apenas dois. Eles tinham tudo para
serem melhores amigos, ou melhores inimigos. E a corda resolveu pender
para o segundo lado.

Depois de dois anos após o nascimento de Louis, nasceu o segundo filho


dos Styles. Harry Edward Styles. Aquela criancinha tão pequena
embrulhada nos braços de Anne com olhos tão verdes e já vestido em uma
roupinha mais cara que toda pouca existência do pequeno Louis. Com uma
correntinha de ouro sobre o pescoço brilhando mais que os olhos azuis de
Louis. Mas que mesmo assim a criança de 2 anos ficou encantada ao ver o
mais novo herdeiro de toda aquela fortuna.

Mas não sabia que aquele encantamento duraria tão pouco.

Harry mesmo quando era criança já era mimado. Ele andava por aí com seu
narizinho empinado e suas roupinhas de marca enquanto gostava de se
exibir para as outras criancinhas da sua escola. Mas tinha um bom coração.
E ele e Louis até se davam bem no começo, brincavam juntos e Louis por
ser maoirzinho protegia Harry de uns mines valentões da escola que se
irritavam com ele, por Harry sempre ser tão exibido e ser o tipo de criança
que adorava falar do que tem ou dizer ''meu brinquedo é melhor que o seu''
isso fazia o garoto se meter em encrenca as vezes, e embora fosse de
narizinho em pé, ele era frouxo, não suportava lhe tocarem de um modo
agressivo (Louis costumava o chamar de princesinha) então Louis sempre
estava lá para entrar na frente do pequeno Harry que agarrava suas costas e
tinha os olhos verdes cheios de lágrimas de medo enquanto Louis, já
bravinho desde pequeno, espantava todos que queriam bater nele.

Acontece que Louis era uma das poucas crianças que tinha paciência com
Harry. Na verdade, até ele as vezes se irritava com o mais novo. Harry era
muito mimado e sempre queria ser melhor em tudo, então as vezes quando
os dois estavam brincando pela mansão eles acabavam brigando porque
Louis se irritava facilmente e Harry provocava. Harry sempre era muito
dramático cruzando os bracinhos e começando a chorar, porque embora ele
sempre provocasse e tentasse demonstrar que ele era melhor em tudo, ele
odiava que brigassem com ele, e Louis já era grossinho demais. E isso
atraia olhares dos mais velhos que perguntavam o que aconteceu e Harry
mimado do jeito que era jogava a culpa pra cima de Louis.

Mas a paciência de Louis foi acabando conforme os anos, e Harry foi


deixando de ser o mimado legal, para ser apenas o mimado.

Tudo mudou a partir dos 10 anos de Harry e 12 de Louis, quando Louis já


estava naquela fase que se sentia um adulto, sua personalidade forte
aumentando, e Harry já havia entrado na fase de andar apenas com pessoas
que ele considerava legais. Pessoas como ele. E aos 14, e Harry 12, eles não
eram mais amigos.

Louis era tudo que Harry odiava. Ignorante, bruto, nojento e sem classe.

E Harry era tudo que Louis odiava. Mimado, megera e com personalidade
de riquinho fresco.

Mas não bastou eles apenas pararem de serem amigos. Eles se odiavam.
Cresceram se implicando tanto na mansão ou na escola. Seus grupos de
amigos eram diferentes e suas brigas interferiram nos grupos, na escola
cada lado odiando e ofendendo o outro.

Para Louis, Harry era desprezível, e para Harry, Louis também era. Eles se
xingavam sempre que tinham oportunidade.

Harry fazia questão de sempre falar em como Louis era de um nível tão
baixo e que nunca chegaria aos seus pés. E Louis fazia questão de falar que
não chegar nos pés de Harry era gratificante, pois nunca que iria ser uma
pessoa tão sem conteúdo como ele.

Eles não se suportavam. Era o herdeiro versus o filho da empregada. E


aquilo não havia mudado mesmo agora um tendo 20 anos e o outro 22.

Mesmo quando Louis passava dias ou semanas longe da mansão, quando


voltava era como se não tivesse passado um dia fora, porque eles se
xingavam com tanto ódio como se o tempo longe um do outro não tivesse
tido efeito para amenizar a situação.
E até mesmo quando não se viam eles arrumavam um jeito de implicarem.
Pois se seguiam no instagram. E os perfis deles já mostravam a grande
diferença dos dois. Enquanto Louis tinha 20 mil seguidores por conta das
aventuras que fazia, Harry tinha quase 200 mil por apenas ser rico, mimado,
bonito e ficar divulgando suas roupas de marca famosa. As postagens de
Louis eram sobre ele, sua vida, amigos e coisas simples. As de Harry eram
sobre festas chiques, roupas caras, amigos ricos e qualquer coisa fútil que
ele quisesse postar. Mesmo assim eles se seguiam porque não queriam dar o
gostinho um para outro de se bloquearem. E quando estão longe é por meio
do Instagram que continuam se odiando e implicando. Comentando na foto
um do outro com algo debochado e venenoso.

Louis estava feliz por ver sua mãe depois de ter ficado quase um ano longe
daquela mansão, mas já sentia seu sangue fervendo por ter que rever aquele
mimado de novo.

Patético. Foi o que Louis comentou na foto de Styles.

✖✖✖✖✖

- O que você está fazendo? - Niall perguntou ao ver Harry parado no meio
do corredor da faculdade onde estudavam, com o celular virado para ele,
tirando uma foto de si mesmo, ou no caso tentando. Já que Styles estava
tentando encontrar uma posição boa para tirar a foto e ficava se virando de
um lado pro outro fazendo caras e bocas mas sempre não gostando do
resultado. O loiro achando graça, resolveu questionar.

Harry olhou para o amigo e é como se tivesse dado graças a Deus, como se
o loiro tivesse o salvado de uma grande questão. Mas na verdade era apenas
mais uma das coisas que só Harry considerava como uma emergência.

- Meu Deus, Niall. Você é um anjo que veio me salvar! - Dramatizou o mais
alto, fazendo Niall arquear as sobrancelhas tentando entender. - Ande, tire
uma foto minha! - Logo o loiro soltou uma risada para o drama de Harry,
mas mesmo assim pegando o celular do cacheado e se afastando um pouco
para bater a foto, esperando alguns segundos para o amigo se posicionar na
posição que queria, ajeitando o jaleco branco em seu corpo e fazendo uma
pose que diria ''eu estudo medicina na melhor faculdade de Londres, vadia''
e sua expressão dizia a mesma coisa.

O loiro tirou a foto e Harry a olhou, dando um beijo demorado na bochecha


do amigo como se ele realmente fosse um anjo só por aquilo.

- Pra que tanto desespero por causa de uma foto?

- Preciso arrumar meu feed do Instagram. - Harry comentava sem olhar pro
loiro enquanto digitava em seu celular uma legenda para aquela foto.
Primeiro colocou uma frase aleatória que não tinha nada a ver com a foto,
mas apagou, depois resolveu por a letra de uma música, mas apagou
também, no final resolvendo por apenas um emoji de flores brancas.

Niall apenas revirou os olhos para o amigo, ele estava perto do seu armário
então andou até ele e abriu, tirando seu jaleco e pondo em um dos cabides
que tinha ali, pendurando. Uma das coisas que amava na faculdade deles
era que na época do colégio os armários eram pequenos pois eram apenas
para livros e cadernos, agora eles tinham armários grandes que na parte de
cima podia guardar os livros e outras coisas e na parte de baixo tinha um
espaço para os jalecos.

Olhou para Harry e viu que ele continuava com o jaleco, mesmo sendo
horário de almoço. É claro que ele continuaria, Harry era um exibido de
carteirinha assinada. É óbvio que ele iria querer sair por aí com seu jaleco
estampado para quem quiser ver e sentir inveja que ele era Harry Styles e
fazia medicina na melhor faculdade de Londres, a mais cara de todas.

- Precisa arrumar seu feed com uma foto sua na faculdade?

- Mas claro! Eu postei a alguns minutos atras uma foto de umas compras
que fiz na Louis Vuitton e Gucci. Em contrapartida tenho que postar uma
foto que mostra que eu não sou apenas um rostinho bonito que usa marcas
caras. - Harry explicou como se fosse óbvio. - Niall, querido. Temos que
mostrar que somos cobras ricas, mas cobras ricas estudiosas. - Piscou para o
amigo graciosamente, com aquele sorriso que encantava qualquer um.
- Você não existe! Enfim, como anda o planejamento para sua grande festa
de 200 mil seguidores? - O loiro perguntou enquanto obtinha apenas meia
atenção de Harry. O cacheado tinha aquela mania irritante de ficar mexendo
no celular enquanto falava com as pessoas. Notou as unhas dele pintadas de
preto, mas algumas delas já descascando.

Ao ouvir o loiro, Harry tirou os olhos do celular e fez um bico e suspirou


cansado.

- Mal consegui prestar atenção nas aulas hoje porque eu realmente só


pensava e fazia anotações para a festa. - Comentou o cacheado. Seu
Instagram ainda não havia batido a marca de 200 mil, mas em dois dias isso
provavelmente aconteceria e é claro que ele daria uma grande festa por
aquilo. - Mas eu já tenho a lista de convidados.

- Só pessoas de status e influenciadoras?

- Obviamente.

Eles levantaram as mãos no ar e deram um tapinha animado. Harry estava


realmente empolgado com aquela festa. Não era todo dia que se chegava a
aquela marca que para ele era grandiosa. Afinal, as pessoas o seguiam para
ver sua vida que era repleta de beleza, roupas de marca e pessoas chiques.
Todos queriam ser Harry Styles, todos queriam ter tanto poder ou ter um
pedacinho dele. Bom, eles não podiam. Porque Harry se achava único, mas
em compensação daria uma festa para aquelas pessoas poderem desfrutar
um pouco de sua vida glamourosa. Era uma recompensa.

- Mas não tenho nenhuma condição de continuar a pensar na festa agora.


Então depois das aulas eu vou na sua casa e a gente organiza tudo, okay?
Agora eu só preciso almoçar em um bom restaurante e clarear minha mente
para a prova de Anatomia que vou ter daqui a pouco. - Styles foi
comentando enquanto guardava seu celular no bolso de sua calça branca e
tão colada que parecia uma legging. Olhou para seu pulso, checando as
horas no seu relógio de ouro branco que tinha algumas pedrinhas de
diamante azul, um azul tão claro que parecia água. Era um relógio tão lindo
e caro que Harry não poderia deixar de gastar suas libras nele. Afinal,
ficava lindo no seu pulso e era mais uma coisa que chamava atenção nele. -
Além do que, eu não infernizei a vida de ninguém hoje por estar tão
ocupado. Não fiz ninguém chorar, infelizmente. Mas ainda são só 12:00. -
Sorriu travesso, fazendo seu melhor amigo sorrir de volta, mesmo que
tivesse negando com a cabeça.

- Você é impossível, Harry! - Tentou repreender o amigo que não se


segurava pra despejar seu veneno contra qualquer um que se enfiasse em
seu caminho, mas apenas viu o garoto já andando para longe de si, mexendo
em seus longos cabelos e andando como se não tivesse nada para se
preocupar com a vida. E ele realmente não tinha.

Não que Harry fosse uma pessoa de fato tão ruim que fizesse alguém chorar
por nada. Bom, era só não ousar afronta-lo que ele prometia ser bonzinho,
ou pelo menos tentava. Como Ashley Smith que resolveu brincar logo com
ele. Harry sempre jurou que Ashley tinha inveja dele. Eles sempre se
odiaram, mas a gota d'água foi quando a garota espalhou um boato sobre
Harry. Dizendo que ele só passou no primeiro período da faculdade porque
transou com todos os professores dele na época para poder aumentar suas
notas. Porque onde já se viu, um egocêntrico e sem nenhum conteúdo como
ele conseguir sempre ter notas batendo no topo? Qual é, era Harry Styles, o
garoto mais fútil da alta burguesia, desde quando ele se importava com
notas? Bom, era isso que Ashley dizia e espalhava e para comprovar, ainda
forjou um áudio onde supostamente Harry estaria transando com um dos
professores. Mas acontece que Ashley apenas contratou um amigo que tinha
a voz parecida e tão rouca como a de Harry e o pagou para ele transar com
algum cara qualquer enquanto gemia o nome do professor. Isso foi o
suficiente para metade da faculdade acreditar que Harry transava em troca
de notas altas. Mas Ashley não sabia que estava se metendo com o próprio
demônio. E convenhamos, com toda popularidade de Harry e seu status era
o suficiente para as pessoas acreditarem nele novamente ao que ele negou
tudo aquilo junto com o tal professor que Harry se quer nunca havia olhado
com segundas intenções. Mas toda a história ser desmentida não era o
suficiente para Harry. O suficiente foi quando a fez ser expulsa da
faculdade. E um dos melhores prazeres da sua vida foi vê-la chorando em
desespero.
Mas as vezes não precisava fazer algo ruim para Harry para ele fazer
alguém chorar. Mas ele achava que não tinha culpa se as pessoas eram tão
sensíveis e o consideravam como um Deus para se importar com meia
palavra dele.

Como Bruce Johnson, que Harry o viu ao sair do prédio da faculdade. O


garoto lhe olhou e não conseguiu manter seus olhos firmes, abaixando e
corando tanto como se fosse desmaiar. Mesmo longe Harry podia jurar que
parecia que ele iria chorar. Isso só porque na semana passada o garoto
gaguejadamente pediu para sair com ele, bom, e Harry alem de rir, fez um
discurso de como não sairia com alguém que não estivesse no mesmo
patamar que ele. Porque era óbvio que alguém como ele merecia muito
mais. Mas que Bruce era até bonitinho e que era pra tentar uma chance com
alguém como ele. E não era exatamente Harry ter negado, era a forma que
riu e negou, a forma que ele falava maldosamente mas ao mesmo tempo
como se não fosse maldoso, era a forma como ele explicou durante 2
minutos todos os seus pontos e no final ainda sorriu como se tivesse sido
gentil. O que fez Bruce derramar lágrimas e sair correndo. E depois de uma
semana o garoto continua sensível a aquilo, mal conseguindo olhar nos
olhos de Harry. E Harry? Bom, Harry apenas revirou os seus ao ver a reação
do garoto.

Mas nem se quer perdeu tempo com aquilo porque ao andar para fora da
faculdade sorriu ao reconhecer a Ferrari branca de teto aberto, mostrando
graciosamente seu namorado que veio lhe buscar para o almoço.

Fionn Whitehead. Que já era um médico recém formado que trabalhava em


um dos melhores hospitais de Londres. Sua família era tão rica como a de
Harry e é óbvio que eles acabariam namorando. Eles eram bonitos, ricos e
tinham status. E tudo que tenha a ver com status Harry gosta.

Ele e Fionn já namoravam a quase um ano e se conheceram quando Harry


foi na casa de uma das suas amigas da faculdade fazer um trabalho,
conhecendo Fionn que era irmão dela. Uma coisa levou a outra e agora eles
eram um dos casais mais invejáveis. Obviamente.

Harry andou lentamente até o carro e parou em frente a porta do passageiro,


mas ao invés de entrar, olhou para o médico que se olhava no retrovisor
passando os dedos levemente para o perfeito e delineado topete quase
inseparável, mesmo que não tivesse nada o que arrumar ali, estava
impecável como sempre. Styles tossiu falsamente para chamar atenção do
namorado que parou de contemplar a própria visão e encarou o estudante.
Franziu a sobrancelha para ele mas logo depois entendendo o que Harry
queria, isso fez Fionn suspirar pesadamente e ajeitar os óculos escuros que
usava, saindo da Ferrari e a contornando, simplesmente para abrir a porta
pra Harry entrar, sabendo que era isso que o garoto estava esperando.

- Obrigado. - Harry disse encostando seus lábios nos de Fionn, mas ainda
sim ficou alguns segundos do lado de fora, apenas para pegar seu iPhone e
posicionar o celular para tirar uma foto com o médico rapidamente. Porque
ele gostava de registrar tudo que achava glamouroso em sua vida. E Fionn
era tudo que qualquer pessoa poderia querer. Era óbvio que Harry tinha que
se exibir.

Mas Fionn nada disse, já conhecia como Harry era então apenas revirou os
olhos levemente mas sorriu em seguida, tanto para Harry como para a
câmera. Ouvindo Harry soltar animado que a foto ficou linda, como sempre
e finalmente entrar no carro.

- Como você está? - Fionn perguntou quando ambos já estavam na Ferrari,


tirou seus óculos escuros e pôs no seu jaleco branco. Colocou seu cinto e
olhou para Harry ao seu lado que escolhia um filtro para a foto deles, e
antes que o garoto respondesse, Fionn voltava a falar. - Você pode me olhar
enquanto falo com você? Já disse que odeio essa sua mania de ficar com a
cara no celular o tempo todo. Depois você posta a foto, agora estou com
você então guarda o celular. - Mandou.

Harry postou a foto a tempo e em seguida guardou o celular, olhando para o


médico e estreitando os olhos para ele.

- Eu estou ótimo. Mas e você? Acordou de mau humor hoje ou essa semana
que ficou sem me ver te fez ficar estressado? Mas não o culpo, entendo
como deve ser difícil ficar um dia se quer sem minha ilustre presença, meu
amor. - Harry disse em um sorriso brincalhão, mas com tom de verdade em
sua fala. Cruzou as pernas e ajeitou seus longos cachos jogando-os para o
lado e prestando atenção na expressão do namorado que foi dar um meio
sorriso, então encostou seus lábios nos dele em um beijo curto para tentar
amolece-lo.

- Eu estou bem. Desculpe, mas é que eu andei estressado com o trabalho


essa ultima semana, que inclusive não consegui te ver. E agora que te busco
você fica com os olhos no celular, parece até que não sentiu minha falta. -
Fala tentando controlar o tom possessivo, mas que Harry não percebe de
qualquer forma.

- Querido, foi apenas uma semana. A unica pessoa capaz de me fazer sentir
falta em tão pouco tempo sou eu mesmo, quando fico alguns minutos sem
me olhar no espelho.

O médico não respondeu, apenas dando partida até o restaurante que eram
acostumados a comerem, mas Harry não ligou. Sabia que seu namorado já
lhe conhecia o suficiente para lidar com suas brincadeiras, que tinham um
tom de verdade.

- Não acha que essa sua calça está justa demais? - O médico comentou
depois de um tempo.

Harry sabia que Fionn não gostava de conversar enquanto dirigia então para
ele estar falando algo era porque realmente lhe chamou a atenção.

Olhou para suas pernas cruzadas vestidas pela calça brancas colada.

- Não acho. Inclusive, queria uma bem mais justa, mas não tinha quando
comprei.

- Pois você não devia ir pras aulas como se tivesse indo para alguma balada.
- O médico comentou com aquele tom disfarçado como se estivesse apenas
sugerindo ou aconselhando Harry a algo, incumbindo o ciumes, mas o
estudante nem percebia isso. - Se quer ser um médico igual a mim, tem que
ser levado a sério. Ter a postura de um homem sério.

Depois daquilo Harry apenas assentiu e eles voltaram a ficar em silencio.


Não que Harry fosse de obedecer as pessoas, pelo contrário, ele que dava
ordens a elas desde pequeno. Mas de qualquer maneira ele não achava que
estava obedecendo Fionn, anotando mentalmente que deveria ir com calça
mais largar para a Universidade. Apenas achava que Fionn falava aquilo por
ser mais experiente, então estava o aconselhando. E como Harry o admirava
como médico, e pelo status que ele tinha, iria seguir aquilo.

O restaurante que eles foram era muito frequentado pelos dois desde
quando começaram a namorar. Eles serviam pratos com comidas de
algumas partes do mundo. Harry pediu Bouillabaisse, um prato francês que
basicamente era uma sopa ou guisado com os melhores frutos do mar. Mas
o que fazia Harry preferir o prato daquele restaurante era porque vinha com
pedaços de lagosta e filites de peixes brancos, que eram os preferidos dele.
Já Fionn preferiu pedir Kidney Pie, um prato tipico Inglês mesmo. Que era
uma pequena torta com recheio de rim de porco com manteiga e cebola,
com caldo de carne. Pediu também um pouco de batatas fritas para
complementar. E ambos degustaram de seus pedidos com um bom vinho
antigo.

Eles comeram enquanto conversam o que não conversaram na semana que


não se viram. Fionn contando as novidades do Hospital, e suas frustrações
também vindas de lá devido os plantões que fazia, e Harry falando não
apenas da faculdade, e sim das camisas novas que comprou, ou dos ternos
da Gucci que ganhou, ou sobre o novo carro que seu pai estava querendo
lhe dar, ou sua festa de 200 mil seguidores.

- Você irá, não irá? - Harry perguntou ao namorado que já havia acabou de
comer a torta e agora apenas comia as batatas.

- Irei aonde? - Fionn disse sem olhar para Harry.

O estudante o encarou desacreditado, estava falando sem parar durante


minutos e a maioria deles era sobre a festa e Fionn não estava escutando?

- Você não está prestando atenção em mim? Inacreditável, eu estou falando


sozinho? Quando você estava tagarelando sobre seu maldito emprego
perfeito eu prestei atenção. Por que não presta atenção em mim quando falo
sobre algo que é importante para mim também?
O cacheado dramatiza. Ele gosta de atenção, odeia quando não estão
prestando atenção nele. Mas embora tivesse tentando fazer uma ceninha
para ganhar a atenção de seu namorado, ele falou baixo e educado,
obviamente. Pois não falaria alto para chamar atenção dos outros ali, ele era
muito polido para fazer algo do tipo na frente das pessoas.

- Estou prestando atenção. - Fionn suspira, olhando Harry nos olhos. - Só


não peguei a ultima parte. Poderia repetir, por favor?

Harry fez um biquinho em concordância.

- Sobre a festa...

- Ah sim. Sua festa de seguidores. Bom, você sabe o que eu acho sobre isso,
para mim dar festa por causa de seguidores é algo meio desnecessário... -
Fionn iria continuar a falar mas olhou Harry de braços cruzados e o
encarando como se fosse lhe matar, então deu continuidade escolhendo
melhor suas palavras. - Porém, como é algo importante para você... - Foi
falando e Harry assentindo como se ele estivesse escolhendo bem as
palavras, mas ainda com o olhar ameaçador se ele falasse novamente que
sua festa era algo desnecessário. - ... irei, com toda a certeza. Gosto de te
agradar.

- É claro que gosta. - O cacheado concluiu convencido, já terminando de


almoçar e apenas degustando de seu vinho.

- Por que você não me agrada hoje também? - Fionn perguntou ao limpar
sua boca e soltar o guardanapo de pano sobre a mesa, olhando sugestivo
para Harry que lhe mirou os grandes olhos verdes em confusão.

- Hum? - Soltou ainda com os lábios sobre a taça.

- Você poderia ir para o meu apartamento hoje a noite. Não irei ficar de
plantão então pelo orário de jantar já estarei em casa. Você poderia dormir
lá, inclusive. - O médico falava cada palavra de um modo sedutor e Harry o
olhava com os olhos cada vez maiores, engasgando com o vinho, decidindo
tirar a taça definitivamente dos lábios antes que fizesse mais barulhos com
sua garganta. - Tenha modos, Harry! - Fionn advertiu.
- Desculpe-me. - Pediu como se ele fosse seu pai. Não que sempre alguém
tinha que lhe chamar a atenção, era sim bastante polido. Mas as vezes
cometia uma gafe.

- E então?

- Infelizmente não vai dar. Já marquei de ir na casa de Niall. Ele me ajudará


com a festa.

Era mentira. Sim, ele iria na casa de Niall. Mas iria depois das aulas. De
noite, que era o horário que Fionn lhe chamou, ele já estaria em casa.

Mas não queria dormir na casa dele. Conhecia aquele olhar e aquele pedido
de Fionn. Ele estava insinuando sexo, coisa que eles nunca tiveram porque
simplesmente Harry não estava preparado para dar esse passo com ele. No
começo, Fionn dizia entender e não encurralava Harry, mas ultimamente era
isso que o médico fazia, sempre convidando Harry pra dormir no
apartamento dele deixando clara suas intenções, ou quando se beijavam e
tentava dar um passo adiante, ou quando o questionava quando Harry
finalmente iria se entregar para ele. O garoto a cada dia se sentia mais
encurralado ainda.

E não é como se ele nunca tivesse tentando, eles tentaram. Antes deixava
Fionn ir até as preliminares, e em um dia eles até tentaram ir além dos
dedos do médico dentro do estudante. Mas foi apenas um quase, porque
Harry não conseguia relaxar, Fionn tentou e tentou entrar em Harry, mas
naquele dia Harry estava mais tenso que nunca, sem confiança e sem estar
relaxado, resultando em um Fionn irritado e totalmente frustrado.

E nos últimos dias nem mesmo preliminares acontece, porque Harry fica
com receio de Fionn não aguentar e querer tentar novamente ir além
daquilo.

Harry tentava, mas ainda não se sentia confiante com Fionn em relação a
sexo. Mas o problema era que o namorado estava a cada dia menos
paciente.

- E por que você não marca para amanhã de planejar essa festa?
- Porque estou sem tempo livre. Hoje é o único dia que tenho mais tempo.
Estou ocupado com os trabalhos da faculdade e a festa é no final de semana,
está em cima da hora e tenho ainda muita coisa para resolver. - Explicou.

- Engraçado é que eu também vivo ocupado com o hospital e mesmo assim


estou tentando arranjar um tempo para nós dois. Mas ao que parece, sua
festa é mais importante que seu namorado! - Fionn estava irritado, deixando
claro aquilo para Harry com sua voz rispida e autoritária, porem falando
baixo para não atrair olhares alheios.

- Não é isso, querido. - Harry tentou falar mais suavemente para convencer
o namorado. - Mas você sabe o quanto eu quero essa festa. Podemos marcar
outro dia...

- Marcar outro dia para que? Se eu sei que você vai inventar outra desculpa.
Ou acha que não sei que está fugindo de ficar sozinho comigo? Que está
fugindo de transar comigo?

Fionn falava cada vez mais irritado e embora fosse baixo, Harry acabou
checando se alguém não estava escutando mesmo assim, felizmente não
estavam.

O garoto voltou a olhar para o namorado e acabou empinando seu nariz


para ele, tacando o guardanapo na mesa e juntando suas mãos em cima dela,
se inclinando para olhar Fionn desafiadoramente. O olhar que ele
normalmente dava para as pessoas que ele não gostava, que ele gostava de
pisar em cima enquanto elas o desobedeciam. Mas que no momento o
médico estava merecendo aquele olhar também.

- Se eu estou ou não isso não importa. Porque como o bom cavalheiro que
é, ou fingir ser, disse que esperaria o quanto tempo fosse. Que não era de
fato importante, porque genuinamente me amava e era isso que importava. -
Harry jogou as palavras na cara do namorado, já de saco cheio de Fionn
ficar forçando algo que tem que vim naturalmente, não na hora que ele quer.
- E você quer saber mais? Estou mentindo sim! Vou sim na casa de Niall,
mas vou depois das aulas. A noite estarei na minha casa, jantando com os
meus pais, e não no seu apartamento fazendo sexo com você só porque
você quer. Quem transa sem prazer, é animal, querido!
- Sim, Harry. Eu te disse tudo isso, que sexo não importava, que eu era um
cavalheiro e que eu te amava e poderia esperar. Mas isso faz quase um ano.
Um homem também tem suas necessidades. E eu não consigo acreditar que
você vai ficar em sua casa jantando com seus pais apenas por pirraça, ao
invés de agradar o seu namorado. Pior, que mentiu para mim mais uma vez.
- Harry olhava para seu namorado que estava cada vez mais vermelho de
raiva, enquanto ele próprio apenas o encarava sem mudar sua expressão,
como se não estivesse se importando com aquele show todo pois realmente
não estava.

- Bom, você sempre soube que namorava uma cobra. Não me admira ficar
surpreso devido ao fato que eu menti. - Casualmente, explicou com seu tom
debochado. - Aliás, eu não tenho culpa se você ainda não me da confiança.
Acha que meu corpo foi feito no lixo para ter relações sem prazer? Talvez
você não seja realmente isso tudo porque estamos juntos a quase um ano e
até agora não me fez sentir prazer o suficiente para querer me entregar para
você. Oops, falei demais? - Harry destilou seu veneno enquanto Fionn tinha
os olhos arregalados com sua audácia. Pois não importava quem fosse, se
uma pessoa o irritava ele não tinha papas na língua, mesmo que essa pessoa
fosse seu namorado. - Está se sentindo ofendido? Bom, sinto muito. Mas se
está se comportando como se estivesse no cio então sugiro ligar para
alguma prostituta ou prostituto lhe satisfazer. Pois eu não irei.

Ao terminar sua fala, Harry retira do seu bolso da calça apertada (que ele
fez uma nova nota mental de não trocar, e não aceitar as sugestões de Fionn
sobre usar umas mais largas, pois agora estava irritado com ele. Muito
obrigado) sua carteira da Gucci (ele não precisa dizer que é sua marca
favorita, não é mesmo?) e retirar de lá algumas notas de libra suficientes
para pagar seu almoço e vinho, deixando em cima da mesa e se levantando
dela.

- Lhe espero na minha festa, amor. - Sussurrou a ultima palavra em tom


venenoso. Indo até Fionn e agarrando seu maxilar fazendo ele lhe olhar
ainda sem acreditar da atitude dele. Harry lhe dando um beijo breve e logo
em seguida sussurrando. - Mas se não me der a honra de sua presença, não
se preocupe. Outro estará em seu lugar. - E então soltou o maxilar dele, se
virando de costas e deixando Fionn sozinho e totalmente irritado.
Não se importava de provocar o namorado, embora Fionn fosse de
temperamento forte. Mas Harry não conseguia se importar. Justamente por
ser Harry Styles. Todos corriam atrás dele. E Fionn correria também, mais
uma vez.

✖✖✖✖✖

Louis entrou na enorme cozinha que tanto conhecia, vendo algumas


empregadas cozinhando o jantar dos Styles, inclusive sua mãe que já tinha
visto e matado todas as saudades. Observou por um tempo as empregadas
conversando, sorrindo ao notar como Jay era tão dedicada em seu trabalho
não importava quantos anos havia passado desde que ela chegou ali, era a
mesma dedicação como se fosse o primeiro dia de trabalho.

Sentiu muita falta dela nos meses que ficou longe. Ela era seu porto seguro.
E se havia uma pessoa que Louis sempre amaria e respeitaria
incondicionalmente, era Jay. Seu maior exemplo na vida. Tinha orgulho de
ser filho de uma mulher guerreira e que deu a volta por cima como ela, e
embora tivesse seu jeito rebelde, sempre tentou fazer de tudo para não
decepciona-la.

Mordeu o hambúrguer que estava em suas mãos e entrou por completo no


lugar, anunciando que estava ali.

- Ah, não acredito que você voltou. - Amelia, uma das empregadas que já
deveria ter seus quase sessenta anos, rechonchuda e de cabelos brancos,
disse ao ver Louis. Esse sorrindo entre uma mordida e outra e a abraçando
com seu outro braço, sendo abraçado de volta. - Você não me disse que o
menino Louis estava de volta, Johannah. - Amelia disse ainda abraçando
apertado Louis. Todas as empregadas tinha um carinho grande por ele.

- E vocês não sabem como Louis é? Aparece e desaparece sempre. Nem eu


sabia que ele voltava hoje. Ele não me contou em uma das suas ligações,
quis me fazer surpresa, ou no caso, me matar do coração. - Jay comentou
enquanto continuava a mexer em uma das panelas do fogão. Louis se
divertindo ao lembrar da cara que sua mãe fez a minutos atras ao lhe ver,
quase a matou.
Jay olhou para seu filho com carinho mas logo sua expressão sendo trocada
por uma de repreensão ao notar o hambúrguer suculento na mão dele
pingando gordura e molho no chão brilhantes dos Styles, e se algum deles
visse aquilo iriam ter um ataque cardíaco já que eram extremamente limpos
e odiavam um pó se quer de sujeira.

- Louis, vai comer isso em um prato! - Mandou e Louis torceu o nariz,


soltando Amelia para ela poder voltar para seus afazeres e indo beijar as
outras duas empregadas que estavam ali na cozinha também preparando o
jantar.

- Esqueci que não posso sujar o chão dos reizinhos. - Louis disse revirando
os olhos mas mesmo assim pegando um prato no armário.

- Você não pode sujar o chão dos meus patrões. - Jay corrigiu, voltando a
prestar atenção no jantar que estava preparando junto com as outras
empregadas. - Não sei nem o porquê de você estar comendo isso, filho.
Vamos jantar daqui a pouco.

- A senhora sabe como eu como feito um leão. - Era verdade. Louis não
entendia como conseguia ser magro se comia tanto a cada hora. Ele pôs seu
prato em cima da mesa e buscou um pano pra limpar o chão que sujou, em
seguida retornando a falar. - E não vamos jantar daqui a pouco. Só podemos
jantar quando eles terminarem. - Era verdade. Primeiros os patrões
jantavam na sala de jantar, e quando os empregados tivessem dispensados,
eles podiam jantar na cozinha. Louis esfomeado do jeito que era, não iria
aguentar esperar.

Ele já comeu várias vezes com os Styles, ainda mais quando era pequeno.
Jay era a empregada mais próxima deles então as vezes os Tomlinson
tinham alguma cortesia na mansão. Mas Louis não gostava muito dos
jantares que eram servidos pros Styles. Seu paladar não se dava bem com
comida de rico, então a maior parte da sua vida foi jantando com os
empregados, só realmente jantando com os Styles quando era alguma
ocasião muito importante.

- Você precisa comer coisas saudáveis.


- No momento eu apenas preciso de um refrigerante. - Louis respondeu a
mãe, indo até a enorme geladeira e roubando uma das latas de coca cola,
pegando o prato que estava seu hambúrguer e fugindo da cozinha antes que
Jay batesse nele com o pano de prato por furtar a geladeira. E era isso
mesmo que ela iria fazer se ele não saísse a tempo, mas escutando as risadas
das empregadas fazendo ele rir também antes de atravessar a porta da
cozinha que era um dos acessos pra área da piscina, onde também tinha
uma especie de mine casinha onde tinha o quarto da sua mãe e do lado o
seu. Ambos bem escondidos atras de algumas plantas.

Entrou em seu quarto, se jogando em sua cama e vendo a mochila jogada no


chão quando a deixou ali assim que chegou na mansão. Quando viajou com
seus amigos a uns meses atras, deixou seu quarto daquela mesma forma que
estava e ficou feliz que nenhuma das empregadas tivesse mudado algo no
tempo que ficou fora. Estava a mesma coisa. O mesmo lugar pequeno mas
reconfortante, com as paredes pintadas em branco mas que quase não dava
pra ver pois eram repletas de posters de bandas e fotos de Louis com seus
amigos, ou sozinho, ou com sua mãe e seu pai. Em uma das paredes
também era pinchada com seus desenhos e nela havia algumas prateleiras
com suas inúmeras latas de tinta para fazer aquilo. Do outro lado tendo seu
guarda roupa antigo também com algumas pichações para deixa-lo vivo.
Sua cama logo perto da janela. Era uma cama de solteiro mas bem
confortável, e a sua frente havia sua tv e xbox que comprou com o próprio
dinheiro. Ele tinha que admitir que sentiu falta daquele cantinho, por mais
que fosse rabugento e sempre dissesse que preferia ficar com seus amigos.

Enquanto comia, olhou pra sua janela aberta notando ao longe quem estava
sentado perto da piscina. Aqueles cabelos cacheados sempre tão
inesquecíveis, mesmo que nitidamente bem maiores desda ultima vez que
os viu. Era Harry que estava em volta de vários livros, provavelmente
estudando alguma matéria da faculdade. Louis o notou tão concentrado
enquanto tinha as pernas cruzadas em borboleta, não dava pra ver seu rosto
pois cachos caiam sobre ele, mas parecia sereno. Suas pernas revestidas por
jeans claras, dava para ver que ele usava uma blusa preta com estampa da
Gucci (sempre tinha que ter algo nele da marca, e quando não tinha era
raro) seus pés revestidos por um tênis branco e suas meias rosas claras
dando para ser vistas. Assim como o colar de ouro em seu pescoço sempre
inseparável desde quando ele nasceu e Anne pôs ali. Brilhava tanto que
mesmo de longe Louis conseguia notar.

Ao longe, estudando e tão quieto nem parecia que era o diabo em pessoa.

Louis quando chegou a quase uma hora atras já havia visto Anne, Des e
Gemma e inclusive conversado um pouco com eles. Mas ainda não tinha
visto Harry. E ao nota-lo ali concluiu que ele continuava o mesmo Harry
Styles. O Harry que o irritava mesmo ao longe e sem falar nada.

Deixou o que comia de lado em cima da cama e se levantou, logo em


seguida saindo do seu quarto e andando para próximo de Harry que não
havia o notado.

- Ora, se não é o principezinho Harry, o ser mais importante dessa terra


segundo o próprio. Quanto tempo, não é mesmo?

Louis anunciou que estava ali com seu tom impecável de ironia. Viu Harry
imediatamente tirar os olhos dos livros e o olhar não só com surpresa, mas
também com algo que Louis não conseguiu identificar.

Mas logo aquela expressão de superioridade tomou o rosto mimado de


Harry, ele levantou logo em seguida e ficando em sua frente, o encarando.

Fazia quase 1 ano que eles não se viam, mas o ódio continuava ali
estampado nas duas faces.

Harry observou Tomlinson que vestia uma calça preta rasgada que ele não
sabia se era propositalmente ou porque o pano era barato e acabou se
desfazendo. Seus pés calçava chinelos fazendo o mais novo ficar com mais
ainda desgosto para suas vestimentas, mas o que esperar de Louis, afinal?
Além de usar uma regata branca super cafona que o pano era nitidamente
tão fino, um simples puxão e ela se desfaria. Louis tinha algumas correntes
em seu pescoço sem valor nenhum para completar o estilo brega, seus
cabelos se quer penteados e sim bagunçados e molhados porque deveria ter
tomado banho recentemente. E sua barba nem um pouco feita. Maior do
que a ultima vez que o viu. Harry não escondeu sua expressão de desgosto
mesmo que ainda estivesse surpreso ao vê-lo ali.
- Mas vejam se não é o zé ninguém. Achei que estivesse morto por causa
daquelas loucuras que você faz. Pelo visto me enganei. Acho então que não
é meu dia de sorte. - Lamentou enquanto soltava seu veneno e fazia um
biquinho falso, suas mãos para trás de seu corpo em pura postura e ar que se
exalava relevância. Enquanto Louis estava despojado e se quer se abalou
com aquilo.

- Ainda não morri. Felizmente ainda estou vivo para ver mais uma vez você
ficando estérico e perdendo os cabelos por algo que eu fiz. - Louis
provocou porque se tinha uma coisa que ele amava era depois de alguma
discussão dele com Harry ver o mais novo bater o pé e gritar como o
mimadinho que era.

- Mas é claro. O que seria de você sem poder falar comigo, não é? Você tem
que chamar minha atenção de alguma forma. Já que sabe que não tem outro
jeito de ter meus olhos em você a não ser se for na raiva. - Harry sorriu
doce, mas aquele sorriso doce que escondia aquele veneno de cobra
transparente que sempre escorria dos seus lábios. Mas cobra criada não
morde, e Louis já era muito bem acostumado.

- Oh, Harry. - Louis sorriu e negou com a cabeça e se aproximou mais um


pouco, seu rosto se tornando próximo do mais novo porque sabia que aquilo
o desconfortava tanto, sempre era assim. Harry não conseguia manter a
postura por muito tempo quando Louis ficava muito próximo, para
comprovar ele deu um passo pra trás e sua expressão de soberania se desfez
para uma desconfortável. - Sempre se achando o centro do universo, não é?
Eu realmente quero seus olhos em mim. - Confessou mas pausou antes de
continuar, apenas para ver a reação de Harry que se desconcertou mais
ainda e foi para aquela que ele fez quando viu Louis ali, mas que o mais
velho não conseguia identificar. Louis sorrindo em seguida e o olhando de
cima a baixo antes de retornar. - Porque, como disse, gosto de te tirar do
sério e ver você descendo do salto, ou melhor, descendo da Gucci. - E então
Harry voltou a ficar com raiva, já estava querendo puxar os próprios
cabelos. - Afinal. se vai insinuar algo para mim deveria insinuar para você
mesmo também. Já que desde que me entendo por gente você também não
perde a oportunidade de destilar seu veneno sobre mim. Ou será que os
meses longe de você te fizeram ficar esquecido?
- Como posso esquecer de todas as vezes que falei algo pra provar de onde
você é e como deveria me tratar já que eu sou o patrão e você apenas o
filhinho da empregada? - Falou com aquele tom que mostrava que já não
estava mais para brincadeira, mas que continuava sem abalar Louis que o
olhava como se ele estivesse contando uma piada. - Ou eu devo te lembrar
sempre quem você é e que deveria tratar pessoas acima de você com mais
respeito?

- Que eu me lembre os patrões aqui são sua mãe e seu pai. Respeito a você
eu realmente não devo. Então pode bater os pés e chiar a vontade. Ou
prefere como sempre ir reclamar com seus pais? Vou estar esperando a
bronca no meu quarto, princepezinho. Eu não me importo. - Louis disse
indiferente pois aquilo já aconteceu várias vezes. Tantas vezes que os Styles
até estavam acostumados e pararam de interferir na briga dos dois. Os pais
de Harry tinha tanta consideração por Jay que já não ligavam muito para as
brigas de Harry com Louis. Então Harry dar ameaças meia boca não
abalava nem um pouco Tomlinson, pois no máximo ganharia uma bronca e
nada mais que isso.

Se virou, dando as costas para Harry ao ver que o rosto dele já estava
ficando vermelho de raiva e aquilo era seu triunfo.

- Vira-lata de merda! - Harry o xingou, ou pelo menos achou que sim.

Louis parou de andar ao escutar a voz raivosa do mais novo e se virou


novamente para Styles, andando rápido até ele e Harry chegou a dar passos
para trás com medo. Não que Louis fosse fazer algo fisicamente, mas Harry
era todo medroso. Ele podia ter aquela pose de quem vai pisar em qualquer
um, mas no sentido literal ele não mata nem mosca. Então se alguém chega
perto de tirar um fio do seu cabelo ele já chora.

- Vira-lata que você não pensou duas vezes antes de se deitar a dois anos
atrás, não é mesmo? - Louis retrucou e Harry arregalou os olhos. - Ou se
esqueceu de quando perdeu sua virgindade comigo no seu aniversário de
dezoito anos?

Harry estava assustado porque Louis falou aquilo alto e qualquer um


poderia escutar. E ninguém deveria saber sobre aquilo. Na verdade nem ele
e nem Louis deveria tocar naquele assunto, pois combinaram de esquecer
que aquilo aconteceu assim que acordaram no dia seguinte. Mas Louis
sempre estava ali pra jogar aquele fato em sua cara. Porque sim, era
verdade. Ele e Louis já transaram. Louis tirou a virgindade dele, no quarto
de Harry quando ele tinha 18 anos e uma super festa rolava do lado de fora,
mas ele e Louis estavam no escuro e gemendo juntos.

Mas aquilo foi um deslize. Harry não gostava de lembrar.

Ele não gostava que os detalhes passassem em sua cabeça.

- Você é tão estupido! Eu estava bêbado! - Harry retrucou com raiva.

- Eu também estava e nem por isso fico fingindo demência igual você. -
Provocou com um sorriso ladino, deixando o mais novo a beira de lhe dar
uns tapas. Mas não se importaria. Pois o que Harry tinha de bruto nas
palavras, tinha de delicado nos toques. Os tapas dele eram como cocegas
em seu peito, pois se lembra muito bem das vezes que o irritou ao extremo
e o mais novo lhe atacou.

- Prometemos esquecer aquilo. Foi um erro! Estávamos bêbados, nem


sabíamos o que fazíamos. Combinamos de não tocarmos nesse assunto! -
Sussurrou baixo. Estava com medo de alguém escutar.

Imagine que vergonha seria alguém saber que ele já transou com o filhinho
da empregada.

- Sim, combinamos. Mas não tenho culpa se é divertido sempre te lembrar


que você gemeu pro vira-lata aqui! - Assistiu Harry partir para cima de si
por ele ta falando alto e tentar tampar sua boca. Sentiu o cheiro do perfume
caro em sua mão e riu com a atitude do mais novo.

- Seu animal! Quer parar de falar alto?

- Quem diria que o meu pau pobre já tocou essa bundinha de ouro.

Harry continuou tentando tampar a boca de Louis mas o mais velho só


conseguia rir por estar deixando Harry histérico.
Acabou se soltando do mais novo, e virando as costas para ele, o deixando
com raiva. Era seu grande presente ao voltar para ali. Sempre era bom vê-lo
irritado.

- Eu te odeio, seu estupido! - Escutou Harry gritar.

- Os meses se passaram, Harry. Mas os meus sentimentos por você também


continuam os mesmos. - Retrucou.

✖✖✖✖✖

Depois que todos daquela casa já haviam jantado, Styles e os empregados


também, Gemma se encontrava na cozinha sentada na mesa com Louis.
Ambos conversando o que deixaram de conversar durante os meses que
Louis ficou fora. Ele e Gemma sempre se deram bem, ela também era
mimada por sempre ter tido tudo, mas diferente de Harry, não era uma
cobra. Eles não sabiam quanto tempo estavam ali conversando, presos no
dialogo gostoso que sempre tinham. E Harry que entrou na cozinha para
beber um copo d'água revirou os olhos para a cena. Sendo completamente
ignorado pelos dois. Apenas pegou um copo e foi até a porta da geladeira
buscar sua água.

- Eu até hoje estou esperando você me levar para fazer uma dessas coisas
loucas que você faz. - Gemma disse empolgada.

- E a princesa não vai se importar se acabar quebrando uma unha? - Louis


brincou.

Havia algo no modo que Louis chamava Gemma de princesa muito


diferente de quando chamava Harry de príncipe, ou príncipezinho. Com
Gemma ele não falava em tom debochado, era algo carinhoso. Porque eles
sempre se deram bem. Já com Harry era no tom irônico e o mais novo ao
escutar Louis chama-la daquela forma de um jeito suave o fez apertar o
corpo com força e se intrometer na conversa antes que Gemma respondesse.

- O que de fato Gemma deveria se importar é de se misturar no meio


daquela gentinha. - Harry respondeu, anunciando que estava ali na cozinha
também. - Capaz de te roubarem, Gem, ao verem suas roupas ou joias. -
Soltou venenoso e a garota apenas negou a cabeça pro irmão, mas sorrindo.
Achava engraçado a forma como ele e Louis tentavam sempre atingir um ao
outro.

- Até porque para escalar uma montanha, ou pular de paraquedas, por


exemplo, a vestimenta adequada é usar Chanel e pedras de diamante, com
toda certeza. - Louis retrucou sem olhar para Harry ,e Gemma acabou
dando uma risada vendo o irmão com aquele bico enorme. - E não se
preocupe, Gemma. Pode ter certeza que não é por causa da nossa classe
social que somos bandidos. Ninguém ali te roubaria, estaria totalmente
segura. - Garantiu, mesmo sabendo que não precisava já que Gemma não
tinha os pensamentos preconceituosos do irmão. - Mas não nos
importaríamos de roubar Harry, se fosse o caso. Só pra vê-lo desesperado. -
Brincou com Gemma, ambos rindo.

Harry soltou uma risada sem humor, deixando claro que não achou graça e
acabou puxando uma cadeira para se sentar também, bebendo sua água e
pondo o copo em cima da mesa. Ele e Gemma sentados de modo ereto e
Louis desleixado e com um pé em cima da cadeira.

- Como se algum dia eu fosse louco de querer ir fazer essas coisas que você
faz. Eu prezo pela minha vida.

- Mas é claro, o máximo de aventura que um certinho como você já fez


foram essas suas tatuagens em sua pele. - Zombou.

- Como se o que você fizesse fosse o ápice do que significa viver, Louis.
Essa sua vidinha de merda realmente é pra você.

- Você pode ter certeza que eu não trocaria a vida que eu levo para a vida
fútil que você adora. - E eles dariam continuidade do que já falaram mil
vezes um para o outro mas que não cansam, mas Gemma interveio.

- Quer parar vocês dois? Vocês não conseguem ficar um minuto do lado um
do outro sem brigar?

Louis deu de ombros indiferente e Harry olhou para ele uma ultima vez
antes de encarar seus dedos, enquanto tinha uma expressão rabugenta e
retirava o esmalte preto de um dos dedos com a própria unha.

- Bom, eu vou ficar esperando um dia você me chamar, Louis. E espero que
nossas agendas batam. Mas, já que você voltou, você vai pra festa que vai
ter aqui no sábado?

Antes de Louis responder, Harry arregalou os olhos para a irmã.

- Você está maluca, Gemma?

Louis sorriu divertido para a reação de Harry, já ficando interessado no


assunto.

- Que festa, Gemma?

- Vai ter uma festa aqui em casa no sábado, você deveria estar presente. Faz
tanto tempo que você não fica com a gente. - Gemma ia falando ignorando
o irmão que a olhava indignado. - Você poderia trazer seus amigos também.

- Você só pode está brincando comigo, minha irmã. É óbvio que Louis não
vai pra minha festa e muito menos aquela gentinha! - Harry disse como se
fosse óbvio. Gemma apenas revirou os olhos para o irmão. Ela não entendia
porquê ele era tão chato com Louis.

- Então a festa é sua? - Louis perguntou arqueando a sobrancelha para


Harry, realmente se interessando naquilo já que estava irritando Harry.
Gemma o olhava com um sorriso que dizia que ele não valia nada.

- É uma festa que eu vou fazer para comemorar meus duzentos mil
seguidores. - Disse todo orgulhoso de si mesmo como se aquilo fosse um
grande feito e Louis arqueou mais ainda as sobrancelhas para ele. - E que eu
só vou convidar gente importante e de status então é óbvio que você e nem
sua turminha estão convidados.

- Até porque é óbvio que o que eu e meus amigos mais queremos é


comparecer em uma festa que comemora seguidores do instagram, onde só
vai ter um bando de gente fresca, com música chata. Organizada pela cobra
Styles. - Louis ironizou e Gemma frisou os lábios tentando não rir da
expressão ofendida que o irmão fez. - Na verdade você deveria era implorar
para a gentinha aparecer porque nós sim sabemos animar uma festa.

Harry soltou uma risada alta e debochada, Louis poderia compara-la a de


vilões de desenhos animados.

- Como se gentinha drogada pulando igual uns amimais fosse sinônimo de


festa animada. Não, muito obrigado. Prefiro ficar apenas com pessoas
importantes. E isso não te inclui.

Louis sorriu para Gemma e a garota retribuiu já sabendo quais seriam suas
atitudes.

- Eu não estou convidado então?

- Óbvio, o que você esperava?

- E você não me quer lá?

Louis sabia que aparecer com seus amigos do subúrbio em uma festa onde
só tinha gente da alta sociedade iria fazer Harry e suas cobrinhas criadas
perderem os cabelos e olha-los como se eles fossem uma especie nunca
vista. Louis estava rindo internamente só de imaginar a cena.

- Claro que não quero.

- Pois então eu irei com toda a certeza, príncipe.

____________________________________

AAAAAA NERVOSA.

Me perdoem pelos erros, prometo corrigi-los depois.

Por favor, não se esqueçam de dar aquele votinho que fortalece e me


digam se estão gostando. Devo continuar? Eu sei que o primeiro
capitulo sempre é meio blé mas prometo ficar melhor conforme a
história for continuando. Me digam o que acharam. <3
Vai ter data fixa para as atts e direi isso no próximo capitulo. No
momento ainda estou decidindo um dia melhor para mim.

XOXO. s2
02. 99% bitch. 1% sweet

Era por volta das 15:00 da tarde, o sol queimava a pele bronzeada de Louis.
Mesmo de roupas leves não diminuía o seu calor. Antes estava de bermuda,
camiseta, tênis e meias. Os tênis ele chutou ao que chegou em seu quarto,
sua mochila que continha suas latas de spray já estava em algum canto
qualquer no chão. Sua camiseta de botões foi aberta quando ele decidiu ir
tomar água e o sol voltou a queimar sua pele. Suor e tinta de diversas cores
a manchava, assim como partes de sua roupa. Suas mãos estavam em um
colorido confuso no meio de manchas do spray. Estava faminto e cansado
de grafitar, e o sol, o fraco vento fazendo folhas e arvores balançarem, a
imensidão do azul do céu combinando com a da piscina, convidava Louis
para relaxar ali e curtir um pouco daquele dia que mesmo cansativo tinha
sido produtivo.

Mas Louis não teria aquele momento de paz, não mesmo. Não se
dependesse de Harry Styles. E dependeu, quando o mais novo passou perto
dele rodando a chave do seu novo carro na mão com um sorriso feliz
demais, milagrosamente não vestindo algo da Gucci ou de qualquer marca
conhecida que Louis achasse estupida, apenas de calça preta e blusa azul
simples. Lhe soltando um venenoso ''acho que aconteceu algo com sua
moto'' e saindo tranquilamente da área da cozinha, fazendo o mais velho
imediatamente deixar seu copo de água de lado e andar apressado até a
garagem, porque aquele sorriso venenoso do mais novo o entregava. E
Tomlinson sabia a merda que aquele mimado fez antes mesmo de olhar sua
moto.

E no caminho seu sangue já fervia lembrando de quando chegou ali a


minutos atras, depois de ter grafitado praticamente o dia todo, quando
estacionou sua moto que ele comprou depois de vários meses, passando
dias e noites na rua fazendo bicos quaisquer pra juntar dinheiro e comprar
sua Harley Davidson . Era uma grande conquista para ele, porque mesmo a
sua já sendo ultrapassada ele amava aquela moto e sempre quis ter uma com
o seu próprio dinheiro, sem a ajuda da sua mãe. E quando a estacionou no
seu lugar de sempre da enorme garagem no meio de alguns carros dos
Styles que custavam facilmente várias casas, lá estava Harry. Pulando
histericamente enquanto batia as mãos e agradecia mil vezes a Des pelo seu
novo carro. Mais um, e nem era aniversário do garoto ou algo do tipo. Ele
só ganhou porque bem... os Styles podiam. E Anne, Des e Gemma olhavam
para Harry animado com sua nada mais nada menos Lamborghini nova. E
Louis? Bom, Louis estava cansado demais para se importar com Harry
sendo mais mimado ainda. Mas mesmo assim, o garoto quis se exibir, se
glorificando por aquilo, como se fosse ele quem tivesse comprado. Mas
Tomlinson se quer prestou atenção, o que fazia Harry ficar irritado. A unica
coisa que Louis disse foi que o carro era legal mas simplesmente porque
Des perguntou se ele havia gostado, então indiferente aos gritos animados
de Harry disse que sim e não ficou ali para bajula-lo.

Harry como o bom caçador de atenção que ele era, foi atras de Louis
minutos depois, falando com ele pela janela de seu quarto, que estava
aberta, que iria dar uma volta com seu carro novo pelo condomínio e que
era pra tirar sua moto do caminho, para ele poder estacionar quando
voltasse. E Louis havia rido irônico dizendo que não iria tirar, sempre a
deixou ali e nunca atrapalhou ninguém, a garagem era grande e se ele
soubesse estacionar direito estaria tudo certo. Harry se foi e quando voltou,
é claro que ele não deixaria barato. Ele era um mimadinho nojento que
Tomlinson jurou que realmente iria matar quando foi até a garagem e viu
sua moto praticamente esmagada, simplesmente porque Harry estacionou
seu carro naquela vaga, não se importando se a moto de Louis estava ali, a
atropelando.

Louis simplesmente não acreditou no que estava vendo, a Harley Davidson


estava caída no chão com várias partes amassadas como se não fosse nada,
um pedaço de lixo no meio daqueles carros. Mas é claro que pra Harry era,
e a vontade de Louis era de fazer o mesmo com a Lamborghini, mas se quer
olhou para ela, porque sua raiva era de Harry e ele jura que iria arrancar
cada fio daquele cabelo.

— Harry Styles, eu vou matar você! —Louis repetiu aquela frase várias
vezes gritando enquanto andava pela mansão e suas mãos estavam fechadas
em punhos, sua raiva subindo sua cabeça e ele jura que iria acabar com o
mais novo quando o viu na sala deitado tranquilamente enquanto lia um
livro qualquer, mas o garoto ao perceber como o mais velho estava com
raiva se levantou rapidamente e se afastou dele. — Seu filho da puta! Como
você ousa?

— Por que está tão bravo? Olha a boca! Está achando que fala com quem?
Mas não me admira não vir nem um pouco de educação de você. — Harry
teve a coragem de retrucar, um sorrisinho vitorioso no seu rosto ao ver
como Louis estava irritado, mas mesmo assim estava andando para trás
desviando lentamente do mais velho que parecia um animal preparando o
território para atacar.

— Eu to falando com um idiota de merda feito você que não merece um


pingo de educação depois do que fez! Como você pode passar por cima da
porra da minha moto? Você está maluco? — Louis segurou com uma mão
no encosto do sofá porque ele jura que estava tentando se controlar, sua
mão apertando o tecido fortemente deixando seus dedos esbranquiçados, as
veias das suas mãos expostas de pura raiva e seu corpo vermelho.

— Você tem coragem de chamar aquilo de moto? — Harry sorriu


docemente, como se não tivesse feito nada demais. — E por que está tão
estressado? Acidentes acontecem.

— Eu comprei aquela moto com o meu esforço, eu passei dias mais nas
ruas do que aqui ou em qualquer outro lugar pra conseguir o dinheiro
daquela moto, não pedi se quer uma libra para alguém. Pra vim um burgues
idiota e que só pensa no próprio umbigo feito você e acabar com ela só
porque eu não quis participar do seu espetáculo ''olha ganhei mais um carro
novo''. E, insatisfeito, carente de atenção como é, fez aquilo. Você ainda
pergunta por que estou estressado? Você ainda tem coragem de falar que foi
um acidente sendo que minutos antes estava exigindo que eu tirasse minha
moto dali pro seu carrinho passar? Sabe o que vai ser um acidente se você
não tirar esse sorriso do rosto agora e me pedir no minimo desculpas? Eu
arrancando esses seus cabelos fora.

Harry arregalou os olhos, passando a mão nos seus cachos soltos. Louis
estava visivelmente pronto para explodir, e o mais novo era totalmente
sensível a toques brutos e nunca se quer matou uma mosca, o que dirá
brigar.

Mas ele não sabia ficar quieto e muito menos pedir desculpas. Então ateou
mais fogo na confusão que criou.

—Não sei porque tanto orgulho em falar que juntou dinheiro pra comprar
aquele lixo. Você sequer trabalha. Ficar vandalizando paredes não é
trabalho. Quem trabalha são meus pais, um advogado e uma médica. Quem
trabalha é Jay que sempre se dedicou e cuidou de mim e de Gemma. Você
no máximo é um aprendiz de bandidinho. Um maconheiro sem rumo na
vida. Ajuntou uma merreca pra comprar aquela coisa que chama de moto e
ainda acha que tem o direito de atrapalhar a passagem dos carros da minha
família, que essa sim trabalha pra comprar as coisas, não você. Você é
apenas o filho da empregada, não deveria nem estar discutindo comigo.
Aproveita que já está todo sujo de tinta, feito um mendigo, e volte para rua
e arranje o dinheiro do concerto, já que tem tanto orgulho do ''esforço'' que
faz pra conseguir essa merreca.

Louis não soube bem o que sentir com as palavras de Harry.

Se ele ficou magoado? Não. Já fazia muito tempo que palavras maldosas
vinda dele não o atingia daquela forma.

Não se importava mais se Harry achava que o que ele fazia não era
trabalho, se o dinheiro que ele ganhava não valia, se achava sua moto boa
ou não, se achava que ele e seus amigos eram bandidos, ou o que seja.
Aquilo não o ofendia, porque vinha de Harry, o garoto mimado que sempre
teve tudo e nunca deu valor a nada. Não se importava mais com ele.

Mas aquela situação era diferente, não era só Harry falando merda como
sempre. Era Harry falando merda depois de ter destruído sua moto. O que
fez Louis perder a cabeça, e ao invés de retrucar em palavras, ele queria
acabar com o mais novo.

— Mimado de merda! — Foi a unica coisa que Tomlinson disse antes de


avançar para cima do mais novo.
Harry conseguiu desviar do corpo dele a tempo e correu para longe, mas
Louis foi atras dele. E os dois ficaram correndo em círculos pela enorme
sala, Louis rosnando feito um animal, e Harry gritando dramaticamente
com medo dos seus preciosos cachos serem arrancados pelo mais velho,
pelas próprias mãos dele. Não duvidaria que ele o fizesse com toda raiva
que o causou.

Não era a primeira vez que eles faziam todo aquele escândalo de correr
atras um do outro por pura raiva e talvez não fosse a ultima. Todos daquela
casa estavam acostumados com gritos e xingamentos dos dois, mas dessa
vez Harry estava temendo realmente sair até mesmo com uma unha
quebrada daquilo.

Ele podia chorar de antecipação. Louis o achava um frouxo.

—Me solta, seu animal! Aaaah! — Harry gritou quando Louis o alcançou e
o agarrou por trás, os braços fortes dele em volta do seu corpo o prendendo
por completo. Seus braços estavam presos e não tinha como Harry usa-los
para se soltar, só restava se balançar e espernear como uma criança. —
Paaaaaaai! — Harry gritava desesperado mas Louis sequer se importava
com seus protestos, o garoto era fraco e sua raiva estava falando mais alto.

Os olhos do cacheado dobraram de tamanho quando sentiu Louis o


arrastando facilmente como se ele fosse um boneco, seu corpo se balançava
para se soltar e seus pés chegavam as vezes a saírem do chão, esperneando
e suas pernas balançando no ar pra sair das mãos daquele troglodita
manchado de tinta. E Harry não sabia do que estava com mais medo, do que
Louis iria fazer, ou do corpo dele manchado se encostando no seu, sujando
toda sua roupa, especificamente suas costas que se roçavam no peitoral nu
do mais velho devido a camisa aberta.

E Tomlinson o arrastava até uma móvel que tinha na sala, sabia que lá tinha
uma tesoura e realmente queria arrancar todos aqueles cachos que Harry se
orgulhosa tanto de ter. Se tinha coragem? Com a raiva que estava, com
certeza. Afinal, se Harry teve coragem de acabar com sua moto por que
então ele não teria coragem de acabar com aqueles cachos?
Com o escândalo e os choramingos de Harry, e os próprio xingamentos a
ele de Louis, chamou a atenção de Des que antes estava em seu escritório,
não muito longe da sala.

— O que está acontecendo?! — O homem perguntou ao ver aquele cena


que era Harry tentando usar os pés pra se soltar de Louis, parecendo um
bebê gigante nos braços dele.

Com a presença de Des, Louis soltou Harry com grosseria e o mais novo
quase foi ao chão, mas correu para trás de seu pai como se fosse indefeso. E
Louis queria mandar ele tomar vergonha na cara porque não estava sendo
nenhum pouco indefeso quando passou com a Lamborghini por cima da sua
moto.

— Esse moleque está louco, papai! — Harry disse eufórico e com desdem,
olhando feio para Louis como se estivesse o ameaçando com os olhos e se
Louis não tivesse tão irritado riria daquela cena patética, porque Harry
choramingando enquanto se escondia atras do pai e passava a mão nos
braços pelo o seu aperto não botava medo em ninguém.

Louis passou as mãos nos cabelos e fechou os olhos por um momento,


respirando fundo e tentando se acalmar nem que fosse um pouco.
Lembrando que Des era patrão de sua mãe e dar uns tapas em Harry na
frente dele não seria bom para ela.

— Será que não tenha um dia que vocês dois não brigue? O que aconteceu
dessa vez? — Des perguntou exausto daquela situação dos dois, aquilo era
tão comum desde que eles eram pequenos que as vezes nem interferia, mas
como os gritos dos dois dessa vez eram mais altos, resolveu ver o que
estava acontecendo.

—Pergunte para o Harry, Senhor Styles. — Louis pediu, seus olhos azuis
queimando Harry que quando teve o olhar de seu pai para si, desviou os
olhos para o chão.

—O que você fez?


— Nada, papai. — Disse baixinho, e Louis riu debochado, cruzando os
braços e o encarando em desafio. E Harry era tão criança que Louis tinha
certeza que ele estava prestes a lhe dar língua, como fazia quando eles eram
pequenos. —O senhor não quer dar uma volta comigo no meu carro? Eu o
experimentei aqui pelo condomínio e ele é maravilhoso, vamos! — Harry
disse falsamente animado, pegando no braço de Des e tentando puxa-lo
para fora daquilo, mas seu esforço de nada adiantou porque Des não moveu
um músculo.

— Louis? — Des sugeriu para que Tomlinson explicasse.

— Antes de Harry sair com o carro dele, ele veio até meu quarto e exigiu
que eu tirasse minha moto de onde a estacionei porque quando ele voltasse
iria colocar a Lamborghini ali. Mas a garagem é enorme e aquela vaga
sempre ficou com a minha moto desde que o senhor permitiu que eu a
usasse. Harry só estava exigindo e implicando comigo porque eu não o dei
atenção quando ele estava comemorando o carro novo. Quando ele voltou,
simplesmente passou com o carro por cima dela.

Des respirou fundo e esfregou sua testa, estava resolvendo um caso sério
em seu escritório que já estava o dando dor de cabeça e agora tinha Harry
fazendo mais uma de suas implicâncias.

— Isso é verdade, Harry Edward? —Des o perguntou sério, e o mais novo


sabia que estava encrencado pelo tom de voz e por ele ter o chamado de
Edward.

— Não é verdade! Foi um acidente! Eu não fiz de propósito, juro! — Harry


disse quase suplicando, suas mãos juntas na altura do peito e ele olhando
para o pai com os olhos verdes inocentes. Um demônio, Louis pensou.

— Você é tão...— Louis começou, iria o xingar de novo mas resolveu parar
porque Des estava ali. —Vamos até a garagem, Des. E o senhor vê se foi
um acidente ou não.

Des concordou e Harry queria afogar Louis na piscina da mansão. O


homem passou por Louis, com Harry grudado em seu braço porque o mais
novo não queria ficar pra trás e andar ao lado de Louis. Era medroso sim.
Por todo caminho Harry resmungou e choramingou lançando olhares
fulminantes ao mais velho que retribuía. Eles eram como cão e gato.

E quando Des viu o estado da moto de Louis, foi o momento que esse
sorriu, mesmo que ainda com raiva, porque sabia que Harry estaria
encrencado.

— Pai... —Harry iria começar a dar mais uma desculpa mas Des
interrompeu.

O homem apenas negou, levantando o dedo indicador para ele mandando


ele ficar quieto.

— Vamos ter uma conversa no meu escritório! — Des avisou sério e Harry
arregalou os olhos, Louis estava se divertindo porque quando o homem
falava assim significava que iria cortar muitas coisas do mais novo, o que
para ele era muito já que dava muito valor as coisas materiais. — Eu vou
comprar outra moto para você, Louis.

— Fico agradecido, mas eu não poderia aceitar, Senhor Styles. Eu comprei


a moto com o meu dinheiro e Harry ter feito o que fez não é desculpa para
eu aceitar uma nova do senhor.

Harry revirou os olhos. Louis bancava de bom moço até mesmo quando
estava com a moto em pedaços.

— Entendo... mas pelo menos pagar o concerto você aceita? Nada mais que
justo, já que Harry que fez isso.

— Sim, claro. Afinal, eu vou com ela pros trabalhos de grafite que
aparecem, sem ela eu tenho que pegar condução, o que me faz gastar mais
dinheiro ainda. E quando o lugar é longe, piora tudo. — Louis explicou,
pelo menos teria o dinheiro do concerto mas ainda estava irritado com a
atitude egoísta de Harry e porque teria que gastar o dinheiro que não tinha
nos próximos dias para trabalhar, até a moto ficar pronta.

— Como vai demorar alguns dias, até lá você pode usar um dos nossos
carros. —Des comentou, olhando para garagem, para todos os carros dela,
como se estivesse escolhendo um e Louis arregalou os olhos, assim como
Harry. — Pode ser a Mercedes de Harry.

— O que?! — Harry gritou e Des o lançou um olhar ameaçador, fazendo ele


ficar quieto mas ainda sim indignado. Embora dificilmente fosse usar
aquele carro, já que agora tem a Lamborghini.

— Eu não acho que eu deva — Foi interrompido.

— Por favor, Louis. Você tem que ir trabalhar nos próximos dias e eu sei
que ficar gastando dinheiro com condução não é bom para você. É uma
forma de me redimir pelo que meu filho fez. — Des olhou para Harry que
parecia estar soltando fumaça de suas orelhas e só por causa daquela atitude
birrenta dele, resolveu piorar a situação. — Aliás, Harry iria dar esse carro
para algum amigo ou amiga, já que não vai usa-lo mais. Então pode ficar
com ele pra você.

— O que?! — Ambos Harry e Louis perguntaram.

— Tem alguma objeção, Harry?

— Papai... é que eu gosto muito desse carro... eu não acho que o que fiz
valha da-lo para Louis, ele se quer irá aceitar de qualquer forma... —Harry
disse mansinho, como se fosse um anjo para convencer seu pai. Mas Louis
via o capetinha que ele era por baixo dos olhos e cachos. — Acho que
apenas empresta-lo é o suficiente. Assim como pagar o concerto da moto.

—Quem decide o suficiente sou eu! E isso está longe de ser. Você não
precisa desse carro, então não se importará de da-lo para Louis, Você vai
pegar as chaves dele e entrega-lo. Sem reclamações, sem resmungos e sem
protestos! Não vai? — Harry assentiu para tudo e Louis teve que disfarçar
pondo a mão na boca para não rir alto. — E Louis, eu sei que você dá muito
valor ao seu próprio dinheiro e eu admiro muito isso em você. Mas eu não
estou te dando um carro novo e nem comprando uma moto nova para você.
Apenas pagando o concerto da antiga e te dando um carro usado que iria ser
dado para outro alguém de qualquer forma. Se quando sua moto tiver pronta
você quiser dar o carro para alguém, ou vende-lo, não tem importância,
porque ele já vai ser seu. Por favor, aceite.
Louis encarava a forma que Harry o olhava, com esperanças dele não
aceitar.

Harry não se importava com o carro, ele poderia até mesmo joga-lo em um
ferro velho. O problema era da-lo para Louis. E isso fazia seu orgulho ficar
ferido.

E Louis resolveu aceitá-lo, não que fosse usa-lo, tinha planos para ele. Mas
aceitou só pra ver Harry quase chorar de raiva.

—Ótimo. E você está de castigo! Sem usar a lamborghini até eu permitir!


— Des disse para Harry.

— Mas pai eu—

— Mas nada! Escolhe, ou a Lamborgini ou sua festa amanhã! — E Louis


realmente estava se segurando para não soltar uma gargalhada alta para o
''drama'' que era a vida de Harry. Sabia o quanto aquela festa estupida era
importante para ele, assim como o carro. O garoto era tão fútil que
realmente estava prestes a chorar.

— Fico com a festa... — sussurrou baixinho.

— Muito bem. Te espero no meu escritório porque vou cortar muita coisa
de você por um tempo pra você aprender a respeitar as pessoas.

Harry assentiu e Des se caminhou para fora da garagem e quando já não


estava mais ali, Louis não aguentou mais se segurar, rindo alto.

— Oh meu Deus! Tadinho, do Harry. Teve que escolher entre uma festa e
ficar alguns dias sem a Lamborghini. Teve que abrir mão da Mercedes dele
que ele iria descarta de qualquer forma. E provavelmente vai ficar sem
comprar mais uma roupinha de marca porque o papai vai descontar o
concerto da moto da mesada dele. Mas que vida difícil a sua. Estou com
pena de você. — Louis debochou, estava adorando a cara de irritado do
mais novo. Mas ele merecia. Na verdade, merecia algo que realmente o
fizesse acordar para vida já que cortar bens materiais dele não adiantaria de
nada, pois daqui a uns dias estaria com tudo de novo.
Harry se aproximou do corpo de Louis, dessa vez sem medo porque era ele
que queria dar uns tapas no mais velho.

—Eu te odeio! Não fique com esse sorrisinho por muito tempo porque vai
ter volta! —Ameaçou e Louis assentiu, tremendo as mãos em ironia,
fingindo que esta com medo.

— Calma, príncipe. Agora é você que está estressado? É melhor não se


atrasar, seu pai está o esperando. Tente não chorar quando ele cortar
algumas libras dos seus milhões. Tão coitadinho você é! —Provocou, seu
rosto bem perto do mais novo, suas bochechas um pouco manchadas de
tinta e de tão perto Harry conseguia distinguir as cores, não tão vivas como
os olhos azuis.

—Não me chame de príncipe! — Harry odiava quando o mais velho o


chamava assim com desdem, porque não era de uma forma carinhosa como
ele chamava Gemma de princesa. Com ele era de uma forma debochada,
muito diferente de como era antes, quando eles eram dois garotinhos que
eram amigos.

— Prefere princesa? — Louis sorriu vitorioso ao ver as bochechas do mais


novo tomando uma coloração avermelhada, não sabia se era de raiva ou
vergonha, ou os dois. Provavelmente os dois.

Harry veio para bater em seu peito e espernear ali como sempre, mas Louis
segurou nas mãos cheias de anéis de prata, tomando o corpo dele perto e
encostando os lábios nos dele em um breve selinho que mal deu para sentir
direito a macies dos lábios um do outro. Mas foi tempo o suficiente para
Harry se irritar. Porque Louis adorava fazer aquilo. Não era a primeira vez e
não seria a ultima que o mais velho o irritava com selinhos, pois o fazia
para vê-lo bater a perna e dar uma de histérico. E Louis se divertia com
aquilo, Harry odiava ter qualquer tipo de contato com o mais velho, se
achava superior demais para aquilo. E toda vez que Louis o roubava
selinhos era um drama diferente que fazia Louis ignora-lo e apenas deixa-lo
ali reclamando, como agora.

✖✖✖✖✖
E se todos daquela casa acharam que a paz reinaria depois daquela
discussão, pelo resto do dia ficaram enganados.

Pois assim que Louis comeu e tomou banho, e Harry apareceu em sua
janela e tacou com força as chaves da Mercedes em cima dele, Louis saiu.
Saiu em busca de sua vingança. Foi no bairro onde seus amigos moravam
dirigindo aquela Mercedes que cheirava ao perfume doce de Harry, e em
nenhum momento iria se arrepender do que iria fazer. Muito menos quando
chegou na oficina do seu amigo Oli e o pediu para deixar o carro com o
estilo deles. O que eles fizeram foram simplesmente tirar as peças caras,
porque essas eles venderiam para arrecadar dinheiro e em seguida
colocaram óculos protetores nos olhos e luvas enquanto Stan, que também
estava ali, gravava eles com martelos e marretas destruindo o carro
enquanto riam como duas crianças felizes. E a cada segundo aquela
Mercedes parecia mais um carro de um ferro velho qualquer. E logo depois
eles reconstruíram a Mercedes com peças velhas de outros carros quaisquer.
E no final, Louis ainda teve a cara de pau de colocar fita preta em algumas
partes do carro, como se ele tivesse machucado. O transformando em uma
lata velha.

Sim, ele usaria o carro daquela forma enquanto sua moto não estivesse
pronta, e quando ficasse, o carro seria usado para os rachas que ele fazia
com seus amigos. E o dinheiro que ele arrecadaria com as peças caras,
doaria para alguma instituição.

E a melhor coisa daquele dia foi saber que Harry surtou quando ao
anoitecer postou o vídeo editado em seu Instagram e Harry começou a
surtar no direct o xingando de tudo quando é nome, não parecendo o garoto
polido que ele era. Gemma chegou a gravar um story do garoto surtando e
enviou unicamente para Louis. E sua melhor alegria naquele dia foi ver
Harry andando de um lado pro outro no quarto, puxando os próprios
cabelos e chorando de raiva.

A sensação só não era melhor porque não estava na mansão dos Styles e
naquela noite dormiria na casa de Liam e Zayn, mas estava tudo bem,
porque iria aparecer na festa fútil de Harry com seus amigos e com a
Mercedes destruída.

✖✖✖✖✖

Era sábado por volta das dez horas da noite. A casa dos Styles estava
completamente decorada pelo lado de fora, o tema, obviamente, era os 200
mil seguidores no instagram de Harry. Na entrada havia um grande caminho
de arcos de plantas e flores com até mesmo um fotógrafo amigo de Harry
para tirar fotos das roupas dos convidados quando eles chegavam. A
decoração dava a impressão de que era uma festa de casamento de tão
glamourosa que estava. A piscina fechada com balões de cor ouro flutuando
sobre ela e luzes que deixava a água chamativa, e por cima dela um arco
parabenizando Harry. Como se fosse seu aniversário ou algo do tipo. A
comida era o que não faltava assim como os champanhes caríssimos que
Harry fez questão de disponibilizar. A festa já havia começado fazia
algumas horas e até o momento estava ocorrendo tudo bem, todos que
Harry queriam na festa estavam ali, todos estavam se divertindo e bem
vestidos. Postavam stories em suas contas no instagram e até mesmo seu
namorado Fionn estava ali, mesmo depois de seu desentendimento com ele,
mas como Harry havia previsto, Fionn correria atras de si como sempre.

A noite toda havia dado atenção para seus convidados, então naquele
momento estava sentado em um dos enormes puffs com seu namorado, para
ele não ficar reclamando de falta de atenção depois. Embora só pretendesse
ficar com ele por uns dez minutos e depois ser o centro das atenções
novamente.

Eles estavam sentados perto da entrada, e parece que Deus havia resolvido
o castigar por todos os seus pecados porque sua barriga gelou e seu
desespero bateu ao olhar para a entrada de sua casa, onde o enorme portão
era de grade e por isso dava para ver o lado de fora da rua, e ele viu Louis e
seus amigos esfarrapados chegando com aquela Mercedes destruída, se é
que agora podia ser chamada de Mercedes. Pois se ele chegasse de fusca
seria menos vergonhoso que aquilo.

Harry não estava acreditando que Louis teve a cara e pau de aparecer sem
ser convidado e trazer aquela gente. O pior, sequer entrando pela garagem
onde ninguém veria aquele troço, mas sim deixando em frente a mansão,
para qualquer um ver.

Viu Louis e seus amigos saírem de dentro do carro como se estivessem indo
a um show de horrores. Harry sentia o cheiro de pobreza de longe.

Aquela era uma festa de gente fina, pessoas que estavam vestindo as
melhores roupas. O próprio Harry vestia Yves Saint Laurent. Mas parece
que senso de moda não existia no vocabulário daquela gente. Eles pareciam
mendigos arrumadinhos. E o pior, estavam com garrafas de cachaça na mão
provavelmente de marcas baratas que se quer custavam 15 libras.

Harry via a catástrofe se aproximando da sua festa e ele não queria.

— Eu já volto. — Harry avisou ao namorado, esse que estava falando a


minutos sozinho desde que Harry viu aquelas pessoas chegarem. E antes
que Fionn reclamasse, ele já estava de pé disposto a impedir que sua festa
fosse contaminada.

Entrou no enorme arco de flores e plantas, vendo que eles já se


aproximavam e quando Louis o viu era como se sua expressão fosse a mais
gratificante possível. É claro que ele estava feliz por irrita-lo.

Sem falar que Harry já estava com vontade de mata-lo por causa do carro,
mas teria que se segurar para não dar chilique na frente das pessoas. Ele
realmente sempre foi uma pessoa elegante e educada quase a maior parte do
tempo, mesmo que tivesse o veneno na ponta da língua. Mas Louis era o
único que o tirava do sério ao ponto de parecer uma criança esperneando.

— O que você está fazendo aqui?

— Harry! Que bom te ver! —Louis ironizou abrindo os braços como se


fosse abraça-lo mas não o fazendo. — Ora, eu vim para comemorar com
você essa festa tão importante e significativa.

— Saia daqui! — Harry pediu baixo, só para ele escutar. Mas Louis fingiu
que não ouviu.
Ele estava de bermuda. Bermuda! O mais novo não podia acreditar naquilo.
Louis estava vestido como se fosse andar de skate. Uma bermuda jeans
clara, e moletom preto com vans da mesma cor, simples assim.

— Não está feliz de me ver? Que malvado. Fiquei quase um ano longe de
você, achei que depois da minha volta demoraria mais tempo pra você se
enjoar de mim. Mas já está querendo me expulsar da sua festa. Achei que
fosse mais educado. — Louis falou sério, fingindo estar magoado e fazendo
uma voz triste e Harry só queria que ele fosse embora e não o
envergonhasse.

Olhou para trás para ver se dava tempo de enxotar Louis antes que alguém
visse ele. Passou as mãos nos seus cachos devidamente arrumados e voltou
a olhar para o mais velho.

— Para de brincadeira, Louis. Essa festa é importante pra mim e você não
pode estragar isso! Você ainda está vestido dessa maneira! Meu Deus...

— O que? Não gostou do meu look? Achei que você gostaria, esse moletom
custou umas cinquenta libras, o que é muito caro se formos considerar o
tipo de pano dele. — Louis falou como se fosse sério, olhando para sua
roupa e encarando a de Harry em seguida, muito diferente da sua, muitas
vezes mais cara. —Desculpa se não me arrumei um pouquinho mais, eu
acabei de voltar de um racha. Inclusive, mesmo seu ex carro ter se
transformado naquilo, ele ainda corre bastante. Bem útil. — Harry
arregalou os olhos, Louis era extremamente doido. Como ele ia pra rachas
sem se preocupar com o que poderia acontecer? Não sabia porque ainda se
surpreendia com o que ele fazia.

Mas voltou a pensar em sua festa e no incomodo que seria aquela gente ali
quando os amigos de Louis se aproximaram e ele resolveu apresentá-los.

— Ah, esse é Stanley, mas pode chama-lo de Stan. — Louis o apresentou e


o garoto esticou a mão para Harry, esse que hesitantemente apertou mas foi
surpreendido quando o garoto o puxou e o abraçou só com um braço, dando
tapinhas em suas costas, um pouco rude. Harry olhou para o garoto que
vestia praticamente o mesmo estilo de roupa de Louis. — Esse é Oli. —
Esse estava com uma calça, ao menos. Porem, totalmente rasgada,
praticamente a unica parte que tampava era onde ficava suas partes intimas.
Ele segurava uma garrafa de cachaça nas mãos que estava pela metade,
sequer era nova. Alem de ser de uma marca que Harry nunca ouviu falar, e
então também estendeu a mão para Harry que iria aperta-la educadamente,
embora não quisesse. Mas ao invés de Oli aperta-la, ele bateu nela e depois
deu um soquinho. E Harry apenas ficou com sua mão ali, sem entender
nada. — Esses são Zayn e Liam, o casal mais lindo que um dia você verá.
— Louis disse rindo pros amigos e Harry bufou, porque o casal mais lindo
que existia era ele e Fionn. Tanto Zayn como Liam, vestiam calças pretas
assim como as camisas, o que diferenciava era um detalhe ou outro e eles
também tinhas bebidas nas mãos. Ambos o abraçaram apertado, o que fez
Harry se assustar. — Essa é a Bebe. — Harry a olhou e a garota vestia uma
calça colada que ia até seu umbigo com uma blusa curta, um salto
extremamente cafona e seus cabelos claramente eram loiros falsificados, o
que não era um problema contando que ela fizesse uma hidratação naquilo.
Bebe apenas acenou para ele. — E essa é a Samile. — Harry observou a
morena que estava com um short jeans curto e uma camisa enorme grande
do modelo masculino que ia ate suas coxas. A garota o abraçou, mas lhe
deu dois beijos no rosto também, fazendo Harry recuar assustado com todo
aquele afeto daquelas pessoas.

— Sua casa é incrível e eu mal entrei nela! — Bebe disse impressionada,


tentando ver alem do que tinha da entrada. Mas se dependesse de Harry ela
e os outros não veriam mais do que aquelas pantas e flores.

— Esse é o máximo de riqueza que já cheguei perto! Caralho, nunca achei


que botaria meus pés no bairro dos riquinhos! — Oli comentou rindo, em
seguida levando os lábios até a garrafa e tomando um gole. Harry não
conseguia disfarçar a expressão de desgosto para todos eles, e nem queria.
Estava deixando claro com sua expressão que não os queria ali, mas os
amigos de Louis não estavam ligando, afinal, sabia como o garoto era pelos
relatos de Tomlinson.

Harry não se deu ao trabalho de responde-loa, até porque lá estavam eles


fazendo poses esquisitas e deselegantes pro fotografo que estava ali.
Enquanto Louis ria da empolgação deles e revirava os olhos. Então Harry o
puxou pelo braço.
— Você só pode estar brincando comigo! Primeiro destrói o meu carro e o
transforma nessa coisa. E não satisfeito ainda vem na minha festa e convida
essa gente. Eu te dou dez segundos pra você leva-los embora e tirar essa
coisa de frente da minha casa! Assim eu prometo que não pego tão pesado
com você quando estivermos sozinhos e eu descontar minha raiva por você
ter acabado com minha Mercedes! — Harry o ameaçou, em seu tom
superior. Ele realmente nunca matou uma mosca, mas estava com vontade
de começar a dar uns tapas em Louis só pela petulância dele em o desafiar.

— E o que você vai fazer? Gritar ou me arranhar? — Louis lhe deu um


sorriso cheio de dentes brancos. — Você não está em uma situação de
escolha. Você quebrou minha moto e eu quebrei seu carro, que nem era
mais seu. Você iria descarta-lo de qualquer forma, só ficou bravo porque foi
dado a mim. E não é como se eu estivesse estragando sua festa, só estou
presente. Não sei porque você está irritado, poderia ser pior, eu poderia
realmente ter arrancados seus cachos. — Louis disse calmamente, passando
a mão nos cabelos de Harry de implicância, o mais novo dando um tapinha
na mão dele para ele se afastar, como se ele fosse um inseto.

Harry iria responder a Louis, mas desistiu quando viu aquela gentinha se
caminhando animados para sua festa, os olhos arregalados enquanto soltava
frases pobres como se tivessem achado ouro. Ele então se desesperou, não
queria eles misturados com seus amigos. E se eles os roubassem ou algo do
tipo? Como ficaria sua reputação?

Tentou impedi-los, falando autoritariamente para eles não se moverem e


que eram pra irem embora, que não os queriam ali e que chamaria a policia
pra tira-los. Mas de nada adiantou, eles se quer escutaram Harry, estavam
mais animados em continuarem andando e comentando cada minimo
detalhe que viam.

Harry foi impedido de continuar com suas criticas e protestos porque sentiu
algo envolver seu ombro, achou que era um inseto grande e nojento, mas
oops, era o estupido do Tomlinson. O que para Harry era quase a mesma
coisa.

— O que foi, Harry? Gente pobre te assusta? — Louis sorriu, com o braço
ao redor dos ombros do mais novo que o olhou como se fosse arranhar todo
seu rosto como um gato.

Era apenas pura provocação. Mas para Fionn, que observou a cena de
longe, achou que Harry estava intimo demais daquele cara. Logo seu
ciumes tomando conta do seu corpo, se levantando de onde estava sentado e
caminhando tentando parecer calmo enquanto tinha uma taça de champanhe
nas mãos.

— Harry? — Fionn chamou, atraindo atenção dos dois garotos.

O cacheado rapidamente se desfez da espécie de abraço que Louis estava


lhe dando, se afastando com tanta rapidez que era como se ele estivesse
sujo. Logo em seguida se colocando do lado do namorado.

Já sabia que não teria mais jeito! Louis ficaria ali e seus amigos nojentos
também. Ele poderia desmaiar.

— Oi. Desculpa a demora. — Pediu constrangido por aquela situação onde


gente de baixo nível invadiu sua festa. Talvez conseguisse contornar a
situação trancando Louis e os amigos dentro da dispensa da cozinha. Quem
sabe.

— Não vai apresentar seu amigo? — Fionn perguntou, apontando


lentamente para Louis, sua voz soando normalizada, mas queria saber quem
era aquele que tinha as mãos ousadamente no corpo do seu namorado.

Harry torceu o nariz pro ''amigo'' e Louis sorriu claramente debochado para
ele. Sibilando ''amigo'' para Harry e era como se quisesse gargalhar por
aquilo, porque seria interessante o mais novo lhe apresentar para seu
namorado. Como dito antes, Harry era bastante polido e não tinha esses
excessos de raiva na frente dos outros. Apenas Louis conseguia o tirar do
sério, logo, não continuaria com os dramas que fazia na frente do
namorado. No máximo se mostraria venenoso e superior como sempre.

— Ele não é um amigo... ele trabalha para minha família, quer dizer, não
ele. Mas a mãe dele, Jay. Uma das empregadas. — Harry explicou
calmamente, sentindo a mão possessiva de Fionn em sua cintura a
apertando desnecessariamente, o machucando um pouco.
Louis encarou o homem. Nunca o tinha visto, porque quando foi viajar com
seus amigos Harry não namorava. Mas quando ele começou o
relacionamento com o médico a quase um ano atrás chegou a ver foto dos
dois juntos no instagram. Afinal, o cacheado adorava exibi-lo, mas o
olhando agora Louis não achava que ele tinha algo demais. Qual é. Só
porque ele era um médico rico? E daí? Ele continuava a ter cara de quem
comeu e não gostou.

Fionn exercia elegância tanto como Harry. Louis sabia só pelo o olhar que
ele o lançava de superioridade que era outro fresquinho, mas ele não o
intimidava. Por isso continuou com um sorriso no rosto, percebendo que o
médico também o encarava, de cima a baixo, julgando sua roupa.

— Louis, esse é meu namorado Fionn, um dos médicos jovens mais bem
sucedidos de Londres. — Harry fez questão de apresentar e exibi-lo para
Louis, como um troféu, mas esse apenas arqueou as sobrancelhas. —
Querido, esse é Louis...

— O filho da empregada, então? — O homem completou, com uma falsa


simpatia misturada com arrogância como se fosse maior que Louis. E
estendeu a mão para ele.

— Com muito orgulho. — Louis também sorriu falsamente, apertando a


mão de Fionn que tinha a intenção de lhe dar um aperto leve, mas Louis
apertou firme.

— Sua mãe trabalha a muito tempo aqui, então? Para você e Harry ser tão
próximos... — Fionn perguntou ainda com a falsa simpatia, mas na
realidade era ciumes. E Louis riu da pergunta.

— Próximos? Eu não diria exatamente próximos... minha mãe trabalha aqui


desde que nasci. Mas ''próximos''? Não seria exatamente essa definição para
o que eu e Harry temos.

— Definitivamente não somos próximos. — Harry disse como se fosse


óbvio, ora, Louis era o filho da empregada. Então riu fraco também.
— Me pareceu muito próximos minutos antes quando ele estava te
abraçando. — Fionn retrucou, como quem não quer nada. O tom falso de
amizade, como se estivesse conversando casualmente mas Louis notou o
ciumes ali e como ele estava tentando arrancar alguma informação. Notou a
mão apertando a cintura de Harry, julgando ser forte já que o mais novo as
vezes ficava se desvincilhando. E estava se perguntando como Harry ainda
não brigou com o médico por conta daquele perto, ou ao menos se afastou
de vez. Conhecia o mais novo o suficiente pra saber que ele não gostava
daqueles toques grosseiros.

— Sabe como é, é a convivência. Não somos muito chegados um ao outro


mas tem vezes que me pego o tocando. — Louis ironizou, apertando o nariz
de Harry só pra vê-lo segurar a irritação dentro de si. Adorava implicar com
ele e ver como ele estava tentando continuar de nariz em pé na frente do seu
namorado, como se fosse indiferente a ele, o fazia ter mais vontade de
provoca-lo. Mas tinha uma festa para curtir. — Prazer em conhece-lo, mate!
— Deu tapinhas nas costas de Fionn, talvez um pouco fortes demais, o
fazendo quase derrubar o champanhe.

✖✖✖✖✖

Louis transformou aquilo em uma festa de verdade. Ora, quando chegou ali
as pessoas estavam ouvindo músicas sem graças, tomando apenas
champanhe e vinho e conversando sobre coisas extremamente chatas. No
começo, eles ficaram olhando feio e cochichando sobre ele e seus amigos
que realmente não tinham um pingo de modos. Comendo tudo que viam
pela frente, falando e rindo alto. E ainda teve Harry que os deram bronca
várias vezes e novamente tentou tira-los da festa, mas foi tudo em vão.
Porque já se passava da meia noite e ele e seus amigos tornaram aquele
lugar uma festa de verdade. Trocando as músicas e colocando outras por
letras mais pesadas, que falavam de sexo e até mesmo drogas que chocaram
os riquinhos frescos por um momento mas não demorou muito para eles
entrarem no embalo de Bebe e Samile que dançavam despreocupadamente
até o chão. Não demoraram para consumirem outras bebidas e se
esquecerem de quem são, esqueceram da etiqueta e se comportarem de
forma alegre, e não chata. Mas o melhor momento da noite foi quando
Harry quase fez seus olhos saltarem ao ver Louis pulando na piscina que
estava fechada, pra logo em seguida todos pularem de roupas intimas,
tornando sua festa chique em total baderna.

Harry esteve ao ponto de surtar na frente de todos e expulsar todo mundo,


mas nem se quer seus amigos deixaram de entrar na onda de Louis. Niall
em uma hora veio até si querendo que ele dançasse e pulasse na piscina
também, fazendo perguntas sobre Louis, dizendo que ele era muito bonito e
que não entendia porque eles brigavam tanto se ele era tão legal. Dizendo
que ele era muito gostoso e que não se importaria se sua casa tivesse um
filho de empregada tão lindo como ele pra poder arrancar suas frustrações
fora. Que se fosse Harry, já teria ido pra cama com ele. Mal ele sabia. Harry
riu de nervoso.

Para Harry estava tudo um caos. Não era só o fato de Louis ter rebaixado o
nível de sua festa e seus convidados terem gostado e todos estarem
festejando como animais no cio. Não era exatamente isso que o deixava
sentado em um canto qualquer totalmente emburrado com os braços
cruzados e um bico enorme nos lábios.

Ele gostava de atenção. Da atenção totalmente para ele. Coisa que não
estava acontecendo. E ele era muito egoísta sim, poderia até se vandalizar
um pouquinho com todos, apenas por uma noite assim como seus amigos
estavam fazendo. Mas não iria, porque era arrogante e orgulhoso.

Bom, pelo menos estava tendo a atenção de Fionn, que não quis se juntar
aos outros e ficou com ele. Mas a atenção dele não era o suficiente. Alem
do médico estar sendo super grudento e meloso. O beijando toda hora e
ainda por cima reclamando da camisa dele, dizendo que estava aberta
demais.

Harry queria bater seus pés no chão e mandar todo mundo embora, ir pro
seu quarto e reclamar a noite toda contra o travesseiro.

Estava sentado perto da piscina e havia perdido as contas de quantas vezes


afastou Fionn com suas mãos, desviando dos beijos melosos e até
mandando ele parar enquanto ele reclamava que Harry estava emburrado a
noite toda e que se não estava gostando da festa que mandasse todos
embora, ou então não ligasse pra eles, e sim para os dois ali, e logo em
seguida retornava aos beijos discretos e lentos em seu pescoço.

Mas Harry mal estava sentindo, seu olhar estava para o outro lado da
piscina, olhando para Louis que também estava sentado perto dela. E ele
não estava sozinho. Samile estava sentada no colo dele, já praticamente
seca e com suas roupas de volta após ter sido uma das que entraram na
piscina. E Louis a beijava com vontade, as mãos em sua cintura enquanto a
garota acariciava o rosto dele e seu peitoral já que agora Louis só estava de
bermuda. Sabia que a morena não era namorada dele. Porque momentos
antes viu Louis beijando também algum amigo dele que Harry esqueceu o
nome. Louis beijou até mesmo seus amigos da faculdade. Harry torcia o
nariz para aquilo, não acreditando. Louis era um animal no cio! Totalmente
deselegante. Louis beijando outras pessoas o deixava estranho, não
exatamente irritado, mas só... estranho.

— Vamos lá pra dentro, hum? — O médico sussurrou no pé do seu ouvido e


demorou alguns segundos pra Harry desviar o olhar de Louis e Samile. Não
queria mais ficar ali. Estavam todos se divertindo sem ele e o único que o
dava atenção era seu namorado então assentiu devagar.

Eles deixaram o local rapidamente, e caminharam até a sala, ou pelo menos


quase isso já que Fionn distribuía beijos pela nuca e costas de Harry o
abraçando por trás até chegarem no sofá e empurrar ele, se deitando em
cima dele e atacando seus lábios. O garoto a principio ficou um pouco
assustado com a atitude mas logo em seguida se rendeu aos beijos do
médico, que começou lentos mas logo depois foram se tornando vorazes e
desesperados. Fionn era desesperado!

Era como um adolescente louco para transar. E Harry não gostava quando
ele começava a aperta-lo em todos os lugares, não se sentia nenhum pouco
confortável com ele e já não conseguia fazer ao menos preliminares porque
Fionn era muito insistente, e tinha receio de acabar ultrapassando os limites
sem ter vontade, mas só porque Fionn insistiria.

Então quando sentiu o membro duro dele contra sua coxa o empurrou.
— Calma... para.— Pediu, tentando se afastar mas Fionn voltava a lhe
beijar não só na boca, mas no pescoço e roçar aquela coisa dura em sua
coxa.

— Você é tão gostoso... — O mais velho sussurrou, passando as mãos nas


coxas e bunda do mais novo, apertando fortemente, fazendo o garoto se
contorcer.

— Fionn —

— Vamos pro seu quarto, hum? — Sugeriu e Harry o empurrou com mais
força, fazendo ele se afastar por completo e rapidamente se sentou no sofá.

— Eu disse pra parar!

Imediatamente a expressão do médico se tornou raivosa.

— Lá vem você me negando de novo! Qual é o seu problema? O que tem se


brincarmos um pouco? Você não me deixa mais nem tocar em você de uma
forma mais quente!

— É claro. Você não sabe ouvir um não! Parece um adolescente virgem


tentando se enfiar em tudo quanto é lugar! — Harry já estava perdendo sua
paciência com o namorado. Eles sempre voltavam para mesma discussão.
— Qual é sua dificuldade em esperar?

— Eu não estou tentando me enfiar em tudo quanto é lugar. Estou tentando


transar com o meu namorado que me fez esperar a quase um ano!—
Respirou fundo. —Vamos, amor. Você está com medo que eu seja bruto?
Prometo que faço com carinho... — Fionn voltou a ter a voz mansa,
voltando a se aproximar para beijar o mais novo, mas esse o parou.

— Eu já disse que não estou preparado pra fazer isso com você! Me
desculpa se pra você momentos íntimos não são nada demais, só uma coisa,
só sexo. Mas pra mim é importante! E eu preciso no minimo me sentir
confortável e seguro com a pessoa, e eu não sinto isso com você! Então se
realmente quiser me ter, é melhor esperar e mudar suas atitudes. Senão, meu
amor, irá ficar na mão. E o pior é que nem vai ser a minha, e sim na sua! —
Harry disse venenoso, não se importando com a irritação do médico. Lhe
dando um sorriso falso.

— Qual é a porra do seu problema? — O mais velho gritou irritado e Harry


se afastou, ficando um pouco assustado com o grito pois o namorado
normalmente falava baixo, tentando manter a classe, mesmo quando estava
irritado. — Primeiro eu venho pra essa festa ridícula, depois fico sendo
paciente enquanto você da atenção a toda essa gente que sequer se importa
com você de verdade! Depois tenho que aturar seu mau humor e face
emburrada porque de repente aquela gente que chegou depois mudou a
atmosfera da festa. E quando tento ter um pouco da sua atenção você me
afasta! Um namorado normal mandaria tudo pros ares e subiria comigo pro
quarto! Do que você tem medo? Você já me disse que não é virgem, então
pra que ficar se negando? No minimo poderíamos voltar pros toques mais
íntimos! Mas até pra isso você está sendo insuportável!

— Fionn, querido... — O cacheado disse sorrindo e negando com a cabeça


negativamente, como se o médico tivesse cometido um erro de falar assim
com ele. — Você quer saber qual é o meu problema? — Sua voz se tornou
falsamente dócil, se sentando mais próximo do mais velho e passando seus
dedos nos cabelos dele, em seguida no rosto, como se tivesse fazendo
carinho — Eu odeio que me forcem a algo, eu odeio que mandem e mim!
Eu odeio também que desprezem o que eu faço e digam com quem eu devo
andar. Então, usando palavras bem chulas que normalmente não estão no
meu vocabulário, mas só pra você compreender melhor: Foda-se se você
acha minha festa importante ou não, eu não te obriguei a vir. Foda-se se as
pessoas que vieram se importam comigo ou não, porque se são falsos
comigo, eu sou muito mais, querido. E foda-se também se eu sou seu
namorado ou não. Porque um status não interfere nas minhas escolhas e
vontades próprias.

— Então sendo bem chulo com você também: Vai se foder, Harry Styles!
Espero que você se engasgue com o próprio veneno. — O médico disse, se
levantando irritado e dando as costas pro mais novo que se quer se abalou,
tinha as pernas cruzadas e a coluna reta, o nariz empinado e um sorrisinho
nos lábios.
— Tenha uma boa noite também, amor. — Assistiu seu namorado sair da
sala e provavelmente estaria indo embora dali. Se Fionn tivesse esperança
que ele fosse atras de si, ah, coitado. Harry Styles nunca vai atras de
ninguém.

Quando se viu sozinho, tirou o sorriso do rosto e descruzou as pernas, se


deitando no sofá e resmungando abafado contra ele.

Por que Fionn não conseguia entender que para Harry as coisas não
funcionavam da maneira que ele queria? Ele não iria sair transando com
Fionn só porque são namorados. Talvez se o médico não forçasse tanto a
barra, poderia ter acontecido. Ou talvez não, já que antes ele e Fionn
passavam dos beijos, já houve mãos bobas e muitas preliminares, mas
nunca chegavam nos finalmente. E Harry não se culpava. Ora, ele não tinha
culpa se Fionn não lhe passava nenhuma confiança para aquilo, se não o
deixava confortável.

Harry sempre se gloriava por namorar o médico. Ele era muito bonito e
cobiçado. Era inteligente, elegante e charmoso. Mas também tinha seus
defeitos como ser ciumento demais e insistir demais. E nem toda a beleza e
status do mundo faria Harry Styles abaixar a cabeça.

Pelo menos ele espera que não.

✖✖✖✖✖

Louis achou que uma hora ou outra, Harry acabaria com a festa, ainda mais
depois que viu o namorado sem graça dele ir embora. Mas não foi bem isso
que aconteceu, na verdade a festa continuou até todos irem embora, sem a
interferência de Harry.

Mas ele também não ficou emburrado, sozinho e isolado. Pelo contrário, se
seus amigos estavam tendo um momento de escancaração, enquanto
dançavam aquelas músicas vulgares e bebiam bebidas das mais baratas e
desgostosas do mundo. Por que Harry não poderia?
E até parece que Harry Styles iria deixar de curtir a própria festa por causa
de meia duzia de pobres intrusos e um namorado irritado.

Nunca!

E ali, curtindo com seus amigos até o fim da festa, Louis lhe observou vez
ou outra. E Styles brilhou! Mesmo que ele e os outros riquinhos dançassem
rap's e bebessem cachaça barata achando que estavam cometendo um crime
por ser fora do padrão deles. Era engraçado assisti-lo... era... bonito! Harry
era bonito! Não sua beleza especificamente, porque isso já era óbvio para
todos. Mas algo na sua maneira de ser. Algo que raramente ele mostrava...
por de baixo daquela personalidade de cobra. Quando abriu aquele sorriso
genuíno sem nada maldoso ou venenoso, quando ria de algo com seus
amigos e parecia tão verdadeiro. Ou a maneira que jogava seus cachos para
trás que já estavam longos demais, mas bonitos. Bonitos porque caiam
graciosamente em seus ombros, naquele blazer caro, preto e com detalhes
dourados. A camisa aberta que revelava a pele leitosa e quase imaculada se
um dia Louis não tivesse tocado. A calça que era social mas tão colada que
pareciam como jeans. A forma que ele dançava desajeitado, em brincadeira
e risos com seus amigos a aquelas músicas que nenhum deles estão
acostumados. A forma como ele levava as mãos cheias de anéis aos lábios e
a forma que arregalava os olhos quando achava alguma letra pesada demais.
Ou quando dava um tapinha fraco no ombro de seu amigo loiro quando este
repetia as palavras chulas de um rap qualquer. E até mesmo a forma que ele
torcia o nariz quando via algum amigo de Louis fazendo algo que ele
desaprova. Naqueles minutos, Harry estava bonito por dentro.

E Louis odiou observar aquilo até o fim da festa.

Mas não tinha culpa, não depois de ter ouvido sem querer quase toda
conversa de Fionn e Harry.

Não era sua intenção, mas quando se caminhava para ir ao banheiro escutou
os dois brigando e ao invés de ir embora, ficou ali na porta da sala.

E a forma que Fionn falava fazia Louis sentir tanta raiva. Se já não tinha ido
com a cara do médico antes, depois daquilo queria lhe socar o rosto. E ele
jura que socaria. Quando ouviu Fionn sendo um idiota desnecessário, sentiu
a mesma sensação que sentia quando ele e Harry eram mais novo e Harry se
metia em problemas e ele o ajudava. E só não socou a cara de Fionn porque
Harry sabia se defender. O que na hora lhe fez sorrir.

Como Fionn não enxergava o outro lado de Harry? Como não conseguia ver
que debaixo de toda aquela personalidade havia delicadeza?

Havia sim!

Louis sabia, embora não gostasse de admitir. O mais velho costumava


sempre ver esse lado bom de Harry, até mesmo quando eram dois pirralhos
que pararam de se falar. Mesmo assim, sabia todos os lados do mais novo,
embora o qual ele deixava lhe engolir e prevalecer fosse o mesquinho.
Porem, Louis evitava pensar nesse lado bom do mais novo... porque ele se
sentia um idiota por ele novamente.

Mas com essa situação de Fionn não conseguiu evitar. O médico nunca
conseguiria nada com Harry com aquele comportamento estupido! E o ego
de Louis inflou, mesmo ele não querendo, ao saber que o garoto
provavelmente só havia transado com ele. E se sentiu mal com aquele
sentimento porque não deveria se importar. Mas vagamente sua mente o
trouxe lembranças de 2 anos atras, no aniversário de 18 anos do mais novo,
os dois bêbados no quarto dele... a imagem das bochechas vermelhas de
Harry, dos olhos verdes brilhando tanto para ele, da forma que ele lhe
olhava tão diferente das outras vezes, da forma como Harry parecia ele
mesmo... A forma que ele se derretia com todos os beijos, como tinha
vergonha de abrir as pernas, como tampava o rosto com o travesseiro e
tentava não fazer muito barulho. Como pediu algumas vezes para parar
porque não estava aguentando, e como voltava a se derreter com beijos que
o acalmava e eles voltavam de onde pararam. A forma que deixou seu
abdômen e peitoral cheio de chupões doces que formaram um coração
gigante. A forma que suas mãos lhe seguravam cheio de confiança, e como
ele suplicava seu nome.

Louis sempre evita pensar naquela noite, mas dessa vez não conseguiu não
pensar. Porque Fionn não o merecia desse maneira se não fosse para lhe
tratar como Harry verdadeiramente gosta de ser tratado.
Mas não deixou mais detalhes daquele dia lhe invadirem. Não queria.

Seus amigos já haviam ido embora a algum tempo e a festa já estava em seu
fim embora ainda tivesse música tocando. A unica coisa que queria fazer
era tomar um banho e dormir de uma vez. Então pegou sua toalha e saiu do
seu quarto, chutando alguns copos plásticos que tinham perto da piscina
enquanto andava, se lembrando de que quando acordasse iria ajudar as
empregadas a arrumar tudo aquilo, porque, aparentemente, burgueses
esnobes não podem arrumar o que sujam senão cairá as mãos de ouro.

Ele usaria o banheiro que havia perto da sala e ao passar por ela, notou que
Harry estava por ali, ainda vestido com sua roupa da festa e em frente a
uma mesa de vidro que tinha ali, colocando gelo em um copo e preparando
um Whisky.

Louis jura que iria direto pra um dos banheiros e não iria provocar Harry.
Mas o mais novo não coopera.

— Sinto o cheiro de pobreza de longe! — Harry disse como quem não quer
nada, de costas para Louis e enchendo até a metade seu copo de Whisky.
Provavelmente tendo escutado os passos do mais velho e supondo que era
ele. Se virou de frente e olhou Louis, fingindo surpresa. — Oh, é você!

Louis resolveu ignora-lo, apenas lhe dando um sorriso debochado ao que


Harry levou o copo aos lábios e lhe encarou, o outro braço cruzado em seu
peito e o corpo encostado na mesa.

— Por que está bebendo? Não gostou do que eu e meus amigos trouxemos?
— Já sabia a resposta, mas resolveu perguntar de qualquer forma. Era
divertido as caretas de desgosto que o mais novo fazia.

— Óbvio que eu estou bebendo. Aquilo que vocês, gentinha, trouxeram


nem são bebidas. Isso sim é bebida. — Ergueu o corpo. — Glenfiddich
1937. Sabe quanto custa? Mais que sua vida.
— Mas não foi esse Whisky dificil de se pronunciar que fez sua festa ficar
animada.

— Depois que você e seus amigos chegaram, a festa desceu o nível da pior
forma possível. — O mais novo reclamou.

— Desceu mesmo... desceu junto com sua bunda que estava indo até o
chão! — Louis provocou, fazendo o mais novo fechar a expressão
provocadora e provavelmente corar, Louis não tinha certeza porque estava
meio longe mas riu quando Harry voltou a ficar de costas para ele, botando
mais gelo em seu Whisky com grosseria. — Ah, qual é. Admita que
deixamos a festa mais animada.

— Você é inacreditável e não tem jeito! Vai em uma festa que não é
convidado e trás uma baderna junto a você! Não satisfeito ainda quebrou o
meu antigo carro e o transformou na sua cara! E ainda deixou ele em frente
a minha casa pra todos verem!

— Você é dramático demais! Realmente eu apenas queria me vingar de


você. Já que foi você a quebrar minha moto primeiro. E uma vez que seu
pai deu o carro para mim, que você ia descarta de qualquer forma, eu tenho
o direito de fazer o que eu quiser com ele. Eu realmente deixei ele em frente
a casa para ver você irritado já que se preocupa tanto com um status ao
ponto de se preocupar com um carro. E também vim a sua festa com meus
amigos porque sei que você reclamaria. Mas no fim, não fiz nada realmente
que te prejudicasse, até salvei a sua festa chata! Deveria me agradecer.

— Lhe agradecer? Jamais. — Harry voltou a olha-lo. — Pra você e pros


seus amigos qualquer tipo de bagunça e gritaria é uma festa. Mas explicar o
que é uma festa decente para você, Louis, é perca de tempo! Enfim, apareça
em algo meu novamente sem ser chamado que eu quebro sua moto mais
uma vez.

— Não tem problema. Eu apareço sim. — Louis provocou. — E se suas


mãos ou algum carro seu encostar na minha moto, pode já ir dando adeus
aos seus cachinhos, Haz.
Harry não lhe respondeu, apenas continuou com sua expressão fechada e
um bico enorme de desgosto. Acabando de tomar seu Whisky e se virando
de costas para o mais velho, se abaixando para pegar seu gato que estava
por ali se esfregando em suas pernas. E se sentou no sofá para fazer carinho
nele.

Louis até iria entrar para o banheiro mas aquele maldito gato o viu e rosnou
para ele raivoso. Aquele gato de Harry lhe odiava, já havia o arranhado
várias vezes, lhe atacado e lhe mordido. Ele era um pequeno gato branco
persa dos olhos azuis, que Harry o chamava estupidamente de Safira. Tinha
dentinhos afiados e mais parecia um cachorro pois ao invés de gostar de
ficar em seu cantinho, atacava os outros quando não gostava deles. E Safira
odiava Louis. Aquele gato era um pequeno demoniozinho, para combinar
com seu dono.

E Louis infantilmente rosnou para o gato também.

Safira saiu do colo de Harry e correu para perto de Louis. Ainda um pouco
longe, levantou a patinha e balançou no ar, ameaçando ataca-lo, e Louis
mesmo sabendo que sairia arranhado dali continuou a lhe provocar. Harry
apenas revirando os olhos e se levantando para pegar Safira antes que o
gato pulasse em cima do mais velho e arranhasse todo o rosto dele.

— Você é uma criança! — Harry disse ao ver como Louis provocava o


gato. Deveria deixa-lo ali para arranha-lo.

— Seu gato parece possuído pelo demônio. — Louis reclamou, o gatinho


avançando para lhe atacar mas Louis desviando dele e rindo como a criança
que era.

— Safira não é possuído! — Harry reclamou, mas este desviando.

Harry ficou tentando pegar o gato que dava volta em círculos e levantava a
patinha para arranhar Louis que ria e afastava as pernas dele. O mais novo
acabou se desequilibrando quando o gato desviou de si, seu corpo batendo
com força no de Louis, esse ate tentou equilibrar os dois mas acabou caindo
em cima de Harry. O cacheado fechou os olhos com força pelo baque, e
Louis resmungou, suas mãos estando em cada lado da cabeça do mais novo
e esse lhe olhou de olhos arregalados uns segundos depois, as mãos em seus
ombros.

Louis olhou dentro dos olhos de Harry, e se Safira tinha esse nome por
causa dos olhos azuis, então Harry deveria ser a própria esmeralda.

Ao te-lo embaixo de si tão vulnerável enquanto olhava em seus olhos,


lembrou da ultima vez que o teve assim. Quando eles dormiram juntos. E ao
olhar seus olhos voltava a se perguntar: Como Fionn não percebia o outro
lado de Harry?

Louis sempre soube desse lado de Harry, porque antes eram amigos, porque
mesmo quando deixaram de ser, Louis ainda via. Por Deus! Ele já foi
completamente apaixonado por esse garoto! Notou isso depois que eles
pararam de se falar. Porque mesmo eles tendo parado por causa das
diferenças, mesmo com as implicâncias e dizendo odiarem um ao outro,
mesmo assim Louis via esse lado delicado do mais novo. Louis poderia
brigar com ele, mas sabia que por de baixo daquele jeitinho arrogante havia
alguém doce, mas que você não percebia se não o observasse o suficiente.
Harry era alguém que precisava ser cavado. Alguém que você precisa olhar
os mínimos detalhes para perceber que entre uma soberba e outra há um
gesto doce bem escondido e que só da pra ser enxergado por aqueles que
realmente prestam atenção nele. E por Deus, Louis prestava! Louis não o
suportava, mas prestava! E quando se deu conta já gostava tanto de Harry
que não sabia como explicar aquilo, mesmo o achando um mimadinho do
caralho!

E quando eles dormiram juntos, ao terminarem, Louis disse que era


apaixonado por ele. E Harry? Bom, Harry ficou quieto.

Ambos estavam bêbados, e no dia seguinte prometeram esquecer daquele


incidente. Harry botou a culpa na bebida por ter dormido com Louis, e
Louis também pôs a culpa na bebida por ter dito que era apaixonado por
ele.

E desde daquele dia, Louis deixou de ser o garoto que acha Harry
insuportável mas que é apaixonado por ele, pra ser apanas o cara que o acha
insuportável.
Porque definitivamente Louis não era mais apaixonado por Harry.

E ao olha-lo nos olhos, ali, naquele momento, em cima dele. Lembrou o


porquê de não gostar de enxergar Harry daquela forma.

Por isso se levantou rapidamente de cima dele e o deixou ali, sem olhar para
trás. Indo para o seu banho.

Pois não importava se Harry era 1% doce, porque nos outros 99% ele era
uma vadia.

____________________________________

N: AMORES DA MINHA VIDA AAAAAAAAAAAAAAAAA ME


PERDOEM PELA DEMORA!

Muito obrigada pelas 2 mil leituras só com o prólogo, todos os votos e


comentários! VOCÊS SÃO DEMAIS! ♥♥♥

E podem comentar muito porque já decidi os dias da att. Todos os


domingos. ♥

Espero que estejam gostando e que todo mundo esteja aqui nos
domingos esperando uma att fresquinha. ♥♥

Me perdoem pelos erros e até depois de amanhã. ♥


03. disgusting

Harry olhava para seu celular que não parava de chegar mensagens e
ligações perdidas de Fionn. Estava sendo assim desde sua festa, mas o
estudante não estava com paciência com o namorado então o ignorava sem
pestanejar. Como naquele momento, apenas bufando. Virou o celular de
cabeça para baixo na cadeira de madeira que estava parcialmente deitado
em frente à sua piscina, o aparelho no modo silencioso para não ser
perturbado. Pois estava um dia lindo, o sol estava brilhando e não deixaria
de tomar seu coquetel de morango, e parar de conversar com Niall que
estava ali com ele, para responder a Fionn.

Degustava da sua bebida calmamente enquanto que pelos seus óculos


escuros observava seu amigo. O loiro contava alguma história de um dos
caras que estava saindo, estando apenas de sunga e de bruços na beirada da
piscina, tomando sol. Já Harry estava apenas relaxando, com roupas frescas.
Shorts e camisa larga e fina, estava com o corpo cheio de protetor pra não
ficar vermelho.

— E então, quando eu e Brian terminamos, nos demos conta que a


camisinha tinha simplesmente sumido. — O loiro continuava a falar de sua
transa casual com o colega de classe deles. Mais um dos casos de Niall, que
não gostava de se prender a ninguém e deveria ter transado com a metade
de Londres. O que era tido como orgulho para ele. Afinal, já esteve com
quase todos homens importantes que conhecia. Harry lhe chamava de vadia,
mas Niall adorava.

— Como assim simplesmente sumiu?

— Foi o que pensamos na hora. Porque o quarto dele estava escuro e eu


tinha que ir embora logo, os pais dele estavam pra chegar. — Niall levantou
seus óculos escuros dos olhos para olhar para Harry melhor, o prendendo
em seus cabelos enquanto ao mesmo tempo que falava sério, tinha um
sorriso divertido no rosto. — Quando cheguei em casa eu mandei uma
mensagem para ele perguntando se tinha achado a camisinha e ele disse que
não. Que no meio de toda nossa bagunça deveria ter se perdido em algum
canto do quarto. Só fomos saber onde ela foi parar no dia seguinte, quando
fui fazer minhas necessidades e quando olhei pro vazo lá estava ela!

— Que nojo, Niall! — Harry fez uma expressão de desgosto. Seu amigo
sempre tinha ótimas histórias sobre sexo. Ele era um imã para situações
estranhas naqueles determinados momentos.

O loiro jogou a cabeça pra trás rindo.

— Eu não tenho culpa se ela ficou presa dentro de mim!

— Em uma dessas suas atrapalhadas você acabará engravidando. — Harry


disse ao amigo, maneando a cabeça e negando em seguida para ele.

— Que Deus não te ouça! — O irlandês chiou, fazendo um sinal da cruz


desajeitado e Harry riu com o canudinho entre os dentes. — Mas não seria
tão mal se eu aparecesse grávido de Brian. Os pais dele são umas das
pessoas mais ricas da Inglaterra! Nós dois juntos compraríamos esse país!

— Você é uma vadia interesseira e mercenária! — Harry o acusou, Niall


sorrindo como se fosse um elogio.

— Como se você não fosse!

— Eu não! — Se defendeu. — Eu apenas me importo com quanto uma


pessoa tem para ter certeza que ela está no meu mesmo patamar. Se merece
estar junto a mim. E não porque quero o dinheiro dela. Já tenho o suficiente.
— Se gloriou.

— Dinheiro a mais nunca é um problema. — O loiro se defendeu dando de


ombros e logo em seguida os dois amigos estavam rindo.

Niall estava apenas brincando, não era como se não tivesse dinheiro o
suficiente. Mas juntar patrimônios não era algo a não se considerar.
Dinheiro é bom, e ele amava.
— Vai me dizer que não iria querer ter um filho do Fionn?

— Eu não sou maluco. — Harry respondeu de imediato, como se fosse uma


ofensa ter um filho do médico. E estava tão irritado com o namorado que
naquele momento era uma ofensa sim.

— Vocês ainda não se resolveram?

— Não. E eu quero que ele se exploda! Está correndo atrás de mim feito um
cachorrinho, como sempre. Mas eu não me importo. — Harry deu de
ombros, esnobando as tentativas do namorado.

— Fionn de fato está sendo um idiota! Mas você não sente nenhum
pouquinho de vontade por ele?

— Não mesmo. E não é como se eu fosse puritano, mas apenas altamente


seletivo. — Empinou o nariz.

— Mas estamos falando de Fionn Whitehead, ele é uma das pessoas mais
cobiçadas que conhecemos e um médico super reconhecido. Você se gaba
demais por estar com ele. No entanto, é como se ele não fosse capaz de te
satisfazer. — Harry deu de ombros, indiferente. — Você é tão exigente...
Queria saber quem é o sortudo que tirou sua virgindade. Deve ser alguém
da realeza já que você parece ter um bumbum de ouro.

Niall gargalhou da expressão que Harry fez.

Não era ninguém da realeza, muito pelo contrário.

Harry se remexeu desconfortável na cadeira, suas bochechas ficando


vermelhas enquanto botava a culpa no sol por aquilo. Tomou seu coquetel
em rapidez como se fosse água, não querendo entrar naquele assunto com o
amigo, muito menos lembrar daquele dia.

Ele e Niall compartilhavam tudo, no entanto Harry nunca disse


especificamente quem foi o único que se deitou. Apenas disse para o amigo
que foi um cara que ele não conhece. Jamais diria quem foi realmente de
fato.
Aquele dia foi uma das suas piores escolhas. Não merecia nem ser
lembrado.

Como Niall era totalmente aleatório e imperativo, já havia entrado em outro


assunto sem ao menos notar como Harry ficou.

O cacheado prestava atenção no amigo, tentando acompanhar o diálogo


dele. Mas de repente o loiro cortou o assunto, seu sorriso se tornando
radiante e seus olhos mirando algo.

Harry acompanhou seu olhar, que era direcionado a Louis que passou perto
deles, do outro lado da piscina, sem olha-los enquanto tinha um cigarro nos
lábios e caminhava até seu quarto.

— Olá. Boa tarde. — O loiro disse alto, para o mais velho escutar. Esse o
olhando e assentindo com a cabeça em cumprimento, iria continuar
andando mas Niall fez sinal com a mão, o chamando para perto.

Tomlinson estreitou os olhos para Niall, olhando para trás para ver se ele
estava falando com outro alguém. Ao ver que não tinha ninguém ali,
apontou para si mesmo com o cigarro preso nos lábios e Niall assentiu todo
sorridente.

Louis caminhou até para perto do loiro, este o achava extremamente quente.
O mais velho era muito bonito e charmoso, havia algo nele que fazia Niall
querer se oferecer pra ele. Talvez o fato dele ser da classe baixa, com aquele
estilo que para os burgueses eram de gente fora da lei, fazia Niall ter mais
vontade de beija-lo. Como se Louis fosse todo errado, e estar com ele fosse
uma das maiores aventuras de sua vida.

— Sim? — Tomlinson disse ao ir até o loiro.

— Seu nome é Louis, não é? — Niall perguntou sorrindo.

— Sim... e você quem seria? — Louis lhe lançou um sorriso charmoso,


sabia que aquele riquinho estava dando em cima dele. Achava engraçado
como os amigos de Harry ao longo dos anos o encarava ou com nojo, ou
com desejo como se ele fosse algum tipo de bad boy de filmes. O que era
ridículo, mas interessante.

Louis já tinha visto o loiro ali, mas não era como se fosse lembrar dos
nomes dos amigos de Harry.

Harry esse que mesmo com óculos escuros não conseguia esconder a
expressão de inconformabilidade pelos dois garotos estarem flertando em
sua frente como se ele não existisse.

Louis poderia se divertir com aquilo.

— Niall Horan, ao seu dispor. — Disse educado, mas insinuativo. Harry


queria vomitar no amigo. Ele realmente era uma vadia que não perdia a
oportunidade de atacar qualquer um que achasse bonito. — Eu não sei se
você viu, mas lhe segui no instagram.

— Sério? — Louis lhe sorriu, logo em seguida tragando e era como se Niall
estivesse gritando "me come" pela expressão que estava fazendo.

— Yea!

Harry observou como o amigo estava se exibindo. O sorriso em flerte


sempre no rosto a cada sílaba que pronunciava. O seu olhar descarado pelo
corpo de Louis, deixando claro que não se importaria de descer de sua
etiqueta para foder com ele quando ele quisesse. E seu próprio corpo claro
sobre o sol, deitado de bruços apenas de sunga que marcava sua bunda, era
como se quisesse empinar para o mais velho. E Harry percebeu que Louis
encarava seu corpo sem pestanejar.

E Harry não acreditou quando o amigo esticou o braço e pegou o protetor


solar, esticando a mão em direção a Louis. Oferecendo que eles
continuassem a conversa enquanto o mais velho passasse o protetor nele. E
Harry se sentiu ferver quando, sem nem pensar duas vezes, Louis apagou o
cigarro que fumava e pegou o protetor.

Louis espremeu e pôs um pouco em sua mão, as esfregando e espalhando.


Passou um dos joelhos para um lado do corpo de Niall, enquanto o outro
ficava do outro lado mas sem sentar na bunda dele. E logo suas mãos
estavam passeando pelas suas costas. E é claro que Niall estava gostando.

Aquele babaca!

— Eu confesso que passei uma madrugada toda olhando todas as suas


postagens. Aquelas coisas que você faz são demais! Você tem muita
coragem... embora algumas delas sejam ilegais! — Niall comentava
entusiasmado. — Ual, suas mãos são boas.

— Eu sei que são. — Louis disse convencido e por um momento olhou para
Harry que achou que estava sendo discreto ao olhar para aquela cena em
desaprovação. Mas o sol batia forte nele e os raios clareavam as lentes
escuras e foi notável os olhos verdes furiosos, mas que segundos depois se
desviaram de Louis fingindo indiferença, como se não tivesse prestando
atenção. Louis se sentiu instigado. — Um burguês sendo atraído pelas
coisas que eu e meus amigos fazemos? Engraçado, sempre ouvi dizer que o
que eu faço é loucura e que logo irei morrer se continuar. Além de ouvir
que certas atitudes minhas são como de bandidos. — Louis insinuou, a
carapuça servindo para Harry.

Voltou a olhar rapidamente pro cacheado que achava que estava com os
braços cruzados despreocupadamente, mas na verdade estava emburrado.
Louis sorriu com aquilo.

Niall demorou um pouco a responder porque as mãos de Louis eram


realmente boas. Lhe massageando toda as costas. Poderia gemer de
satisfação. Mas Harry provavelmente estava prestes a lhe afogar na piscina.

— Não mesmo... Eu acho fascinante! Eu não sei se teria coragem de fazer


algo. Mas tenho vontade... Você poderia me levar algum dia... — E me
foder logo em seguida. Niall completou mentalmente.

Harry observou como Louis quase massageava a bunda de Niall, só um


pouco mais em cima, e como passou o protetor pelas pernas dele,
demorando mais tempo em suas coxas. Era como se tivesse assistindo
algum porno barato. E como se eles fossem transar em sua frente.
Até entendia Louis e o olhar dele para o corpo de Niall. Afinal, o amigo era
todo perfeitinho. Sem nenhuma mancha no corpo, magro e delicado.
Diferente de si, que não tinha curvas. Niall tinha as coxas magras ao invés
de cheias como as suas. Não era tão alto e também tinha a cintura fina ao
invés das gorduras que havia na sua.

Se sentiu muito pequeno naquele momento, de uma maneira ruim.

— Você realmente iria? Não acho que competições ilegais de corridas de


moto, por exemplo, é um lugar como alguém tão diferente como você iria
querer ir.

— Você está brincando? Isso seria demais! Eu sou o maior aventureiro que
você já conheceu! — Garantiu, exclamando. Fazendo Louis arquear as
sobrancelhas. — Bom, na prática nunca fiz nada... mas na minha mente
escalo o Monte Everest. — Niall disse fazendo Louis rir.

— Tudo bem... só não vale chorar! — Brincou e Niall garantiu que não. —
Acho que vou competir em uma corrida de moto hoje. Obviamente não com
a minha, já que certo alguém a fez ficar no concerto. — Louis provocou
Harry que ainda tinha um bico enorme nos lábios. A verdade é que embora
achasse divertido o comportamento de Niall, Louis só continuava ali para
implicar com Harry. — Mas um amigo meu que estará lá irá me emprestar.
Se você quiser que eu te leve..

— Sério? Meu Deus eu estou muito empolgado! Vai ser demais! Me


imagine em —

— Que pena que isso não vai rolar. — Harry interrompeu o amigo.

— Como? — Niall perguntou confuso e Louis o olhou esperando uma


resposta para aquela intervenção. — Por que?

— Porque Louis já tem outro compromisso. — Disse sem hesitar.

— Tenho?
— É claro! Você vai pro golf junto com minha família! — Louis continuou
a olha-lo sem entender. — Esqueci de avisá-lo que meu pai lhe chamou.

Na verdade Harry não havia esquecido, apenas como sempre não queria
Louis por perto em seus afazeres para que eles não se provocassem e Louis
o tratasse como sempre como ninguém, diferente de outras pessoas que
sempre o colocavam lá em cima. Louis não estava nem aí para ele ou seu
status, não lhe dava atenção ao menos que fosse para lhe irritar. E aquilo
desequilibrava o cacheado.

Mas entre Niall sair com Louis e Louis sair com sua família. Preferia Louis
perto deles.

Por que? Bom... Porque Louis não podia roubar a atenção de seu melhor
amigo! Era isto!

E Louis também estava pensando que Harry estava emburrado por causa
daquilo, porque gostava da atenção só em si. Por isso riu.

— Acho que prefiro estar com meus amigos mesmo... — Louis disse como
se fosse óbvio mas Harry lhe ignorou, se levantando e retirando seus óculos
dos olhos, encarando Niall emburrado rapidamente e caminhando até Louis.

— Mas meu pai prefere você com a gente do que fazendo maluquices.
Então você vai! — Foi uma ordem, Louis até riria dele porque Harry não
lhe mandava mas estava achando interessante o mais novo movido por
ciúmes do amigo.

Harry puxou Louis pelo braço, o fazendo se levantar e tirar as mãos de Niall
que queria protestar e insistir pra sair com Louis. Mas o cacheado era mais
rápido.

— Niall, você pode ficar aqui se quiser na piscina. Aproveite! Só voltamos


mais tarde! — Harry disse falsamente simpático, puxando Louis com
ignorância pelo braço e o fazendo andar com ele. Louis sorriu divertido e
olhou para trás mandando um beijo para Niall com despedida que só com
aquilo derreteu.
O mais novo puxou Tomlinson pelo braço até entrarem dentro da casa.
Louis conseguiria desvencilhar-se em um segundo, mas deixava ser puxado
porque secretamente achava um pouquinho fofo aquela reação do garoto
pisando forte no chão e praticamente marchando enquanto suas unhas
pintadas de azul claro arranhavam o pulso dele sem querer, pela força que
estava fazendo para puxá-lo. Mas era só um tiquinho fofo. Só!

— Calma, por que está tão apressado? — Louis reclamou, nem se dando
conta que eles já subiam as escadas.

— Porque todos devem estar no campo ás 15:00. Se não nos apressarmos


vamos nos atrasar. — Resmungou.

— Desde quando você se importa comigo me atrasando ou não? Aliás,


desde quando você se importa o suficiente pra me arrastar? — Provocou e
Harry apertou mais seu pulso com as unhas. Parecia um gatinho.

— Eu não, mas meu pai sim. E ele ficaria muito chateado se você deixasse
de ir pra levar MEU amigo a uma competição idiota. — Harry disse
ciumento, pelo amigo, é claro. E Louis sorriu.

— E por que está me arrastando pro andar de cima?

— Porque vou escolher suas roupas. Não quero que nos envergonhe.

Louis revirou os olhos.

— É claro!

Harry o soltou hesitante quando chegaram no enorme corredor, olhou para


trás com receio de Louis voltar e ir atrás de Niall. Mas se Louis realmente
quisesse ter ido, não moveria um músculo a partir do momento que Harry
pôs sua mão em si.

Louis limpou suas mãos sujas de protetor em sua calça jeans quando se deu
conta que estava em frente à uma porta branca que não visitava a muito
tempo. E quando Harry a abriu e entrou dentro do quarto dando espaço para
Louis entrar também, a atmosfera mudou.
Estar ali era no mínimo nostálgico. Só visitava aquele quarto quando eram
pequenos, mas quando deixaram de serem amigos Louis não ia mais ali. E a
única vez que retornou foi a dois anos atrás, quando dormiram juntos.

Tudo estava praticamente no mesmo lugar.

Os mesmos quadros de pinturas famosas. As mesmas prateleiras cheias de


livros, muitos deles os mesmos, alguns novos ali. As mesmas paredes
brancas e perfeitamente sem nenhuma mancha. O mesmo closet enorme
com várias roupas e a mesma parede embutida com seus tênis, sapatos e
botas. Os mesmos espelhos enormes colocados em pontos estratégicos do
enorme quarto, que daria 4 ou 5 do de Louis. Havia móveis por todos os
lados com seus óculos, câmeras e etc. Havia uma prateleira apenas para os
seus chapéus. As mesma fotos enquadravam os quadros, inclusive uma de
Harry quando era criança, uma das favoritas de Louis naquela época. O
mesmo sofá que também havia ali. As mesmas lâmpadas baixas que
iluminavam o lugar e a cama de Harry no seu mesmo espaço no quarto,
grande, com seus lençóis de seda. E até mesmo o dossel ainda estava ali.
Que Louis costumava achar desnecessário, mas que mudou de ideia quando
dormiu com Harry e o garoto se contorceu tanto que não bastou puxar os
lençóis da cama, puxando também os lenços do dossel que caíram sobre os
dois, fazendo eles sorrirem.

Até mesmo o coelhinho de pelúcia Harry ainda tinha. Aquela pelúcia na


verdade era de Louis quando ele tinha 8 anos, mas Harry, que tinha 6, e já
era uma pestinha pedia emprestado pra Louis mas ficava prendendo e não
gostava de devolver, dizendo que era seu. Mas no final, Louis acabou
deixando com Harry porque já se sentia grandinho demais para ter um
coelho de pelúcia e porque Harry era fofo dormindo com ele.

Ele dorme até hoje.

Olhou para o cacheado e esse também se dava conta da atmosfera


constrangedora. Ele estava com os braços para trás do corpo apertando suas
mãos fortemente e desviando o olhar. As bochechas avermelhadas.

— Eu não sabia que tinha que ter uma roupa especifica para jogar golf! —
Louis comentou, para quebrar aquele clima estranho entre os dois, ficando
parado no meio do quarto enquanto observava cada detalhe como se fosse a
primeira vez que estivesse ali.

— Não exatamente uma roupa especifica! Mas algo que não seja um trapo.
— Harry voltou a ser ele mesmo, se recuperando daquele momento
constrangedor e guardando seu óculos junto aos outros.

Louis revirou os olhos para a resposta dele e se sentou no sofá, enquanto


observava o mais novo ir até seu closet e o abrir revelando as milhares de
roupas que tinha e ficando alguns segundos parado em frente ao mesmo
enquanto realmente parecia pensar bastante em o que pegar, como se
estivesse escolhendo uma roupa para se encontrar com a Rainha ao invés de
uma partida de golf.

Louis bufou impaciente para aquela palhaçada e se distraiu com seu celular.

Harry pegava alguma peça, olhava, analisava, parecia que era o suficiente
mas logo depois descartava e escolhia tudo de novo, peça por peça como se
realmente fosse relevante tudo aquilo. Mas quando se tratava de vestir os
outros, o garoto realmente levava a sério. Mesmo que seja só uma partida
de golf. No final, escolhendo algum conjunto tipico de uso para aquela
ocasião e tacando em Louis, mandando ele tomar banho e se apressar
porque ele e seus pais saíram as 15:00 em ponto! E não era como se Louis
estivesse animado para ir, só estava indo realmente porque ficou quase um
ano longe dos Styles e fazia muito tempo que não faziam algo juntos, e
provavelmente eles estavam com saudades (Menos Harry)

Quando tomou seu banho, se arrumou e se olhou no espelho, riu de si


mesmo. Estava com uma bermuda cinza que ia apenas um pouquinho acima
de seus joelhos, um tênis da mesma cor, uma ridícula polo branca e um
boné também cinza, só que escuro. Ele estava vestido como um riquinho de
filme que vai exatamente fazer o que ele iria fazer: jogar golf. Se achou
patético. Poderia jogar golf até pelado, não precisava parecer um idiota.

E foi exatamente suas frustrações que ele disparou ao entrar novamente no


quarto de Harry — Eu estou parecendo um idiota engomadinho. Estou
parecendo você!

Louis reclamou, mas se calou ao ver Harry já vestido com um short azul
marinho que ia apenas até suas coxas, mostrando um pouquinho da sua
tatuagem que tinha em uma delas. A camisa branca listrada com azul e
vermelho por dentro do short. Tênis e meias brancos. Estava parece um
bonequinho.

Além disso, estava sentado em sua cama com Jay atras dele, passando uma
escova macia em seus cabelos, enquanto tentava prende-lo.

— Se estivesse parecendo comigo estaria perfeito. Mas no máximo está


arrumadinho. — Harry lhe respondeu, com um tom não tão ácido, ficando
impressionado como Louis com suas roupas de golf conseguia parecer um
garoto de classe média, pelo menos.

— Eu não acredito que depois de anos vocês dois vão sair como amigos de
novo! — Jay disse empolgada e iludida, sem se preocupar com as
implicâncias dos dois tinham acabado de transferir um para o outro.

Estava passando por ali quando o garoto pediu sua ajuda para prender seus
cachos já que queria usar um boné. Tentando domar o cabelo de Harry
gentilmente

— Mãe, acho que a senhora se esqueceu que não tem como ser amigo de
um ser tão mimado e irritante como o Harry. Você sabe que eu até tentei
quando eramos pequenos... mas é impossível! Ele quebrou minha moto
recentemente, esqueceu? — Parecia que sua mãe era cega pela doçura que
Harry era com ela, já que ele gostava dela. O que parecia que fazia ela se
esquecer de todas as coisas idiotas que o mais novo já fez, ainda mais com
ele.
— Como se você fosse um santo. Sempre foi um animal desde pequeno! E
você quebrou meu carro e pensa que eu esqueci? Ainda vou me vingar de
você. — Harry reclamou e ameaçou e os dois começariam uma briga a
partir dali mas Jay interveio.

— Será que vocês podem parar? Não conseguem ficar um minuto sem
brigarem? Eu sei que vocês dois tem muitas diferenças um com o outro mas
pra mim ainda são meus dois bebês que viviam discutinho pela casa mas
logo depois estavam se abraçando. — Jay disse sincera porque era verdade.
Não importava o quanto Louis e Harry crescessem ou o quando diziam se
odiar, ela sempre os via apenas como dois teimosos que poderiam ainda
serem amigos se não persistissem tanto nos próprios erros. E qualquer
minima interação deles ela já tinha esperanças dos dois se resolverem.

Eles não responderam nada porque sabiam como Jay era. E ficar discutindo
na frente dela não iria adiantar de nada. Se ficassem quietos, pelo menos
não ganhariam sermão.

Louis ficou observando Jay pentear os cabelos do mais novo. Era engraçada
a relação dos dois, porque Harry a tratava como uma segunda mãe e nunca
a desrespeitou por ser uma empregada e pelas suas condições sociais. Mas
ele que é o filho dela Harry trata como um ninguém. Não entendia o garoto.

Observou que Jay fez duas tranças nos cachos castanhos, uma de cada lado,
e depois prendeu delicadamente o cabelo de Harry. Louis quase sorriu para
aquilo mas se segurou.

Harry se olhou no espelho e pôs seu boné, agradecendo a Jay. A mulher


apenas olhou em como os dois garotos estavam vertidos, pareciam até que
estavam com roupa de casal. E ela fez questão de falar o quanto eles estão
uma gracinha e os encherem de elogios e falar pra eles se divertirem e
tentarem não brigar. Os olhos brilhando como uma mãe orgulhosa.

Mesmo Louis e Harry sendo acostumados com aquilo, então não ligavam
para os conselhos de como eles poderiam se dar bem de novo. Porque eles
nunca se dariam.

✖✖✖✖✖
Louis achou que jogar golf seria extremamente chato por provavelmente ter
esquecido de como se jogar já que fazia tanto tempo que não frequentava
aquele lugar com os Styles. E também por haver um monte de pessoas da
alta burguesia, amigos dos Styles e que conversavam sobre coisas
desinteressantes ou faziam piadinhas preconceituosas em relação a outras
classes. Eram os tipos de ricos que Louis não suportava aturar, mas que
naquelas ocasiões ele era obrigado.

Mas ao contrário do que pensou, estava até sendo divertido. Ele não estava
indo nada mal, pelo contrário. Estava indo até melhor que Harry que toda
vez que saia em desvantagem comparado ao mais velho chiava. Era
engraçado, porque não importava quanto tempo passasse, certas coisas
pareciam nunca mudar.

Como a bola verde brilhante com o nome de Harry nela, exclusiva para o
garoto. Como ele acertava a bola com o taco como se estivesse batendo em
uma flor, totalmente delicado. Em como Louis sempre se saia melhor que
Harry, mesmo que este fosse mais acostumado a jogar golf. Como Louis e
Gemma se juntavam para se saírem melhor que Harry, enquanto viam ele
chiar e bater o pé na grama e riam de sua situação. Em como Harry tentava
se vingar sempre dirigindo o carrinho de golf para longe de Louis, fazendo
o mais velho correr atras dele e reclamar. Em como revirava os olhos para
qualquer conversa chata que aquelas pessoas importantes que ali também
jogavam falavam. Em como almoçava ali fazendo algumas caretas, porque
ele sequer sabia pronunciar os nomes difíceis de comidas de gente rica. Ele
preferia um cachorro quente. Em como bufava quando Harry tentava
explicar o quão caro foi cada taco e em como alguns deles são importantes.

Naquele momento, Harry se preparava para sua jogada, ele mirava sua
bolinha verde brilhante com seu nome concentradamente, os dentes
mordendo os lábios e se sentindo apreensivo porque o idiota do Louis
estava um pouco atras de si o observando atentamente, enquanto estava
apoiado no taco que estava usando, jogando praga em sua jogada.

E só conseguiu escutar a língua dele estalando no céu da boca várias vezes


em desaprovação quando o taco sequer acertou a bola.
— Você está péssimo de mira. — Provocou.

— Você tem certeza? Porque eu juro que consigo acertar certas bolas em
um só segundo!

O mais novo ameaçou, o taco indo parar apoiado em seu ombro e seu olhar
matador para o mais velho que levou as mãos ao ar em rendimento.

— Uou! Calma! Não se esqueça da sua etiqueta!

— Sai daqui, Tomlinson! — Gritou irritado e o mais velho saiu de perto


dele, porém rindo.

Harry voltou a se concentrar de novo enquanto sua raiva subia, não


exatamente por aquilo. Mas por tudo! Por tudo que Louis fazia dentro de si
de uma forma inexplicável! Louis mexia consigo de formas intermináveis.
Era a unica pessoa que ria de sua cara sem medo, que dizia coisas rudes
para ele e apontava o dedo para si. Que não o bajula sob nenhuma
circunstancia. E Harry sempre foi bajulado, desde bebê. Já Louis desde
bebê sempre foi turrão. Eles não se encaixavam e isso lhe frustrava. Não era
só o fato de Louis lhe ignorar, era forma que ele o fazia. Era algo no modo
dele sorrir debochado, dele não lhe dar a atenção devida como todos dão.
Dele não o achar nada demais. Dele sequer ficar magoado com as coisas
que ele diz. Sempre retrucando, sempre com uma resposta na ponta da
língua. Sempre lhe esnobando.

Pois sim, Harry era carente de atenção. Era carente demais. Ainda mais de
uma pessoa que não lhe dava uma devida atenção.

Harry sentia tanta raiva que tinha vontade de fazer as maiores atrocidades
do mundo pra Louis pelo menos lhe pagar por aquilo. Era uma mimado do
caralho sim! E Louis era um idiota por não ser como os outros.

Achou que o tempo que Louis ficou viajando iria suprir esses sentimentos
confusos e apenas ignora-lo definitivamente quando ele voltasse. Mas lá
estava Louis, voltando a desequilibrar seu estado emocional. Pegar seus
sentimentos e embaralhar em suas mãos com simples atos, palavras ou
sorrisos.
Louis. Louis. Louis.

Errou novamente a bola e quase gritou de raiva.

Seus olhos mirando o mais velho que estava um pouco longe de si, usando
o conjunto de tacos do próprio dono daquele clube. Michael, que era um
dos melhores amigos de Des. Michael emprestando os tacos para Louis
porque ele estava jogando ''bem demais'' o mais novo bufou em
discordância. Ele que deveria ser o elogiado ali.

Sua raiva por Louis parecia ter sido acumulada desdo momento que ele
voltou de viagem até agora. Incluindo todas as vezes que o mais velho lhe
respondeu como se fosse superior a ele, o fato de ter destruído sua
Mercedes, entrado em sua festa sem ser chamado, pela ceninha com seu
melhor amigo hoje e por estar roubando sua atenção ali.

Louis aprenderia qual é o lugar dele.

E Harry, impulsivo como era, foi andando até Michael calmamente, um


sorrisinho brotando em seus lábios.

Louis, antes distraído, teve seus olhos presos em Harry cochichando alguma
coisa para o dono do clube, em primeiro momento iria voltar para seu jogo,
mas não conseguiu não prestar atenção quando Harry e Michael o olhava
enquanto cochichavam. Estreitou os olhos pela cena, vendo Harry negar a
cabeça negativamente e Michael o olhar duro, e Louis já não sabia o que
estava acontecendo quando ambos começaram a andar em sua direção.
Harry sério, e o homem com a expressão desgostosa.

— Hey, Senhor. Esses — Louis começou a falar animado mas foi


interrompido quando o taco que segurava foi retirado grosseiramente de
suas mãos.

E logo em seguida, Michael puxando para si a bolsa com os outros e a


mantendo longe de Louis.
— Já sei o que você pretendia fazer. E só não chamo a policia em respeito
ao Des e Anne. Porque é isso que um bandido feito você merecia. Fique
longe do meu clube! — O homem avisou ameaçadoramente e Louis tinha
um enorme ponto de interrogação na testa.

— Como é? Você me chamou de que?!

— De bandido! Porque é isso que você é! Eu sabia que não estava errado
quando te vi entrar com os Styles, sabia que você não era do nosso nível,
mas resolvi dar um toque de confiança por causa deles. E como você
mostrou jogar golf muito bem, quis ver como você se sairia com meus tacos
que são uns dos melhores. Mas, felizmente Harry como o bom garoto que é,
me alertou para não deixa-los com você já que são muito caros e você tem
uma fama suja de vender itens que não são seus para gastar com drogas.

Louis estava totalmente perdido. Sua boca estava aberta em total


indignação, olhou para Harry que tinha um sorrisinho filho da puta nos
lábios. Como se dissesse ''eu disse que iria me vingar''

Estava tão chocado que não conseguia responder ou sequer dar um soco na
cara daquele filho da puta do Michael que estava o olhando com nojo e o
chamando de bandido, lhe acusando de coisas que não tinha provas por
causa de relatos de um moleque feito Styles.

— Saia agora do clube antes que eu chame os seguranças! — Michael


mandou em ultimo aviso, dando tapinhas nas costas de Harry como se
tivesse o agradecendo por aquilo e deixando os dois sozinhos.

Louis estava chocado demais para ao manos dar um tapa na cara de Harry.

— Você me chamou aqui para isso? Pra mentir e fazer alguém me chamar
de bandido?

— É isso que você ganha ao voltar de sua estupida viagem achando que
pode falar comigo de qualquer forma e fazer o que quiser. Deveria se por
em seu lugar, mas acho que depois disso você se ponhe.
Louis respirou fundo, as mãos na cintura e olhando ao redor só pra não
olhar para Harry, o mais novo estava testando sua paciência e Louis já não
sabia por quanto tempo conseguiria se segurar para não voar em seu
pescoço sem nenhuma piedade.

Harry era uma pessoa ridícula ao ponto de fazer tudo para querer atenção.
Achava que dinheiro era sinônimo de felicidade e diminuía as pessoas que
não tinham, e se essas pessoas não gostassem dele era pior ainda, porque ele
trataria como um lixo. Como se ele fosse o centro do universo. Como se
quem não gostasse dele e não o bajulasse fosse ninguém. Mas a verdade era
que Harry era um serzinho egoísta que usava o dinheiro que tinha para que
as pessoas prestassem atenção nele, porque se não fosse isso ninguém
prestaria.

— Você é podre! — Foi a unica coisa que Louis disse pois estava cansado
demais para dizer tudo que pensava dele. Pois naquele momento nem isso o
mais novo merecia. Harry estava merecendo o silencio, ao contrario, aquilo
passaria de briga falada e partiria para física. Louis realmente poderia dar a
Harry uma lição, por isso virou as costas para sair dali. Harry não merecia
seu tempo.

E o cacheado ao escutar aquela frase, seu sorriso tremeu. Pois Louis não
estava retrucando. Louis estava agindo como se ele tivesse passado dos
limites, apenas lhe dando as costas. E Harry sabia que para o mais velho
não querer discutir era porque ficou realmente bravo. E tinha medo do que
poderia sair dali. Definitivamente aquilo não continuaria como um briga
que ambos trocam farpas. Harry tinha piorado a situação. Piorado tanto que
seu coração doeu ao se arrepender de acusar Louis falsamente de roubo só
para se sentir melhor, só por causa de uma vingança. E seus olhos encheram
de lágrimas por ter sido chamado de podre por ele. Porque talvez ele
realmente fosse.
04. losing your salvation

Gemma segurava uma pequena caixa de veludo em suas mãos, enquanto se


encaminhava para o quarto do irmão. Já se passava das 22:00 de um
domingo e ela já estava de banho tomado com sua camisola de seda
escondida por de baixo de um robe. Deu três batidas fracas na porta do
quarto de Harry até ouvi-lo dizer um ''entra'' no entanto, ela só pôs a cabeça
para dentro.

— O que está fazendo? — Perguntou ao ver o irmão deitado de bruços com


os cotovelos apoiados nos lençóis espalhados da cama. Vários livros e
apostilas espalhadas ao redor dele, ainda vestindo roupas casuais ao invés
de pijama, denunciando que já estava ali a muito tempo e ainda não havia
tomado banho e se aprontado para dormir. Seu semblante cansado e os
olhos da mesma forma quando a fitou. — Ainda estudando?

— Sim... eu tenho prova amanhã. — Ele respondeu já retirando seus olhos


da irmã e voltando a por a cara nos livros. Muitos que não o conheciam de
verdade, achavam que Harry só cursava medicina na melhor faculdade de
Londres porque seus pais tinham o dinheiro suficiente para coloca-lo ali.
Bom, era parcialmente verdade. Mas além de gostar de se exibir por causa
disso, ele também gostava do curso e realmente queria se tornar um médico,
sempre estudando o quanto podia. — O que você quer?

— Grosso! — Gemma resmungou brincando, Harry dando um sorriso para


ela. — Retira seu rosto dos livros um pouco. Tenho algo para lhe dar.

Harry nem a olhou, apenas respondendo um ''hum'' e sentindo sua cama se


afundar ao seu lado. Mas sua visão focada no livro que lia tomou outra
atenção quando uma caixinha preta de veludo foi posta em sua frente. O
que deveria ser um presente, então ele se animou porque idolatrava coisas
materiais.
— O que é isto? Você me dando presentes sem ser em datas especiais? Que
bicho lhe mordeu? — Harry pegou a caixinha analisando e olhando para
sua irmã a seu lado que revirou os olhos.

— Eu não comprei. Eu fui ao hospital visitar uma amiga que acabou de ter
um filho e esbarrei com Fionn, ele pediu para que eu lhe entregasse. —
Explicou e a reação do irmão foi diferente da do que ela esperava. A
expressão animada foi para indiferente e ele deixou a caixinha de lado
voltando a prestar atenção no livro que estudava, dizendo um ''ah sim''

— Não vai ver o que é?

Harry pegou a caixinha mais uma vez e a abriu se deparando com uma
pulseira de ouro branco um pouco grossa com pingentes que se repetiam as
letras ''F'' e ''H''

— Awn, que fofo! — Gemma exclamou ao olhar a pulseira.

— Ew, que brega! — Harry disse ao mesmo tempo que a irmã.

— Credo! O cara compra uma pulseira de ouro e fofa pra você e é assim
sua reação? Estão brigados de novo?

— Não estamos brigados, já nos resolvemos e agora ele está agindo como
um santo, me mandando vários presentes. O que é estranho, porque ele não
é do tipo romântico! Semana passada foi me buscar na faculdade com
flores.

— Você não está feliz com isso?

— Estou... é só que ele está ficando grudento demais!

Gemma franziu o cenho. Pois embora Harry fosse totalmente indiferente a


muitas coisas, ele não era em relação a atos românticos. Seu irmão era
totalmente sensível, embora não demonstrasse isso para ninguém. Mas
lembra perfeitamente como ele era antes de namorar o médico. Aqueles
românticos incorrigíveis que chora com qualquer comédia romântica e
sonha em ser os protagonistas. E quando criança, Harry até mesmo brincava
de casinha, pegando suas bonecas e fingindo serem suas filhas. Ou
colocando travesseiros de baixo da blusa, fingindo estar grávido.

No entanto, a relação dele com Fionn não parecia mais que exibicionismo, e
o próprio Harry demonstrava isso. Uma relação de status, apenas. O que era
pra ser diferente, já que Fionn era seu primeiro namorado.

Não comentou nada, apenas negou a cabeça para o irmão. Não sabia porque
ele e Fionn brigavam tanto e porquê o médico estava agindo assim, lhe
mandando vários presentes, uma vez que os dois pareciam apenas estarem
um com o outro só por estarem. Mas não quis se meter naquilo, não
adiantaria de nada aconselhar mais uma vez Harry a terminar com o
médico. Já que o garoto não a ouviria, ele gostava do fato dos dois juntos
serem um casal tão comentado.

Deitou ao lado do irmão e o deixou se concentrar em seus estudos,


enquanto ela mexia em seu celular rolando a tela do Instagram. Soltou uma
exclamação pela foto que viu.

— Olha, Louis já buscou a moto dele no concerto. — Disse feliz por


Tomlinson e ao escutar o nome dele Harry deu uma olhadinha para o lado,
rapidamente para olhar o celular da irmã, apenas conseguindo ver
brevemente a foto da moto que Louis havia postado, parecendo novinha em
folha, mas apenas por meros segundos pois voltou a olhar pros seus livros,
desinteressado. — Espero que você não surte de novo e a estrague.

— Se ele não se meter no meu caminho novamente... — Comentou sem


olhar para irmã, mas sua mente lhe lembrando que nos ultimas dias Louis
sequer olhava para ele. — Espero que ele bata com a moto e ela seja
esmagada. — Disse rancoroso.

— Como se você realmente quisesse isso... — Gemma desdenhou do irmão.


— Se Louis machucar o dedo mindinho você morre de preocupação e
encobre isso com seu tom venenoso, mas que não me engana.

Harry soltou uma risada exagerada e falsa em discordância com a irmã.


— Nunca! Eu até estava com esperanças dele ter morrido na viagem que ele
fez, mas a vida não colaborou comigo e veja, ele está aqui de volta!
Infelizmente!

A forma como Harry falava realmente era carregada de desgosto, como se


realmente não se importasse e ele era bom em transparecer aquilo. Mas
Gemma continuava não acreditando em suas palavras.

— Você só está tão rancoroso desse jeito porque Louis lhe ignora a
semanas! — Acusou, vendo o irmão torcer o nariz em desgosto, tentando
soar indiferente mas então Gemma sorriu. — Mas bem feito para você!
Você andou passando dos limites desde que ele voltou da viagem! Ainda
não te entendi! Você e ele sempre implicaram um com o outro e fizeram
coisas um contra o outro. Mas não ao ponto de você se estressar tão fácil
para atropelar a moto dele ou mentir para Michael que Louis é bandido. O
que está acontecendo com você? Essa raiva e frustração toda foi porque
sentiu tanta falta dele nesse quase um ano que ficou fora que não está
sabendo como reagir a te-lo de volta e então em busca de atenção, como
sempre, está tentando fazer de tudo para ser notado? Só que dessa vez de
uma forma muito mais agressiva e mesquinha...

Harry se sentiu incomodado com as acusações da irmã, não conseguindo


dar continuidade a sua leitura embora ainda fingisse que estivesse prestando
atenção nos livros de Medicina.

— Isso que está dizendo é balela! Eu não senti falta dele, em nenhum
momento toquei no nome dele em todo esse quase um ano! Como supõe
essas coisas se ao menos fiquei triste com a ausência dele!? — Começou se
defendendo, mas lá estava Gemma sempre com uma resposta insinuativa na
ponta da língua.

— Não tocou no nome dele mas acho interessante que só foi ele ir viajar
que você começou a namorar o Fionn, como se ele fosse uma forma de
substituir a ausência de Louis. — A mais velha falava tranquilamente, como
se tivesse tentando aconselhar e abrir a cabeça do irmão, o que era
praticamente impossível, já que ele era teimoso.
— Você está de brincadeira, não é? O que foi? Tomou alguma bebida? Pois
está dando uma de louca! Desde quando Louis é importante para mim ao
ponto de eu ter que arrumar alguém porque supostamente estaria triste com
a ausência dele? Logo eu? Que comemorei como se fosse meu aniversário
quando ele se foi! Sem falar que Fionn é o sonho de consumo de qualquer
um! Se eu comecei a namorar com ele foi simplesmente porque gosto dele...
— Harry começou a falar sem parar, dando suas explicações exasperadas,
mas parou quando viu o sorriso que sua irmã estava lhe dando, sua
expressão dizia que ele estava se explicando demais para alguém que não
deve nada. Então parou seu monologo. — Pode parando de me olhar assim
e de fazer isso!

— O que? — Continuou sorrindo diabolicamente.

— Olha, eu quero mais é que Louis se dane! Eu não me importo com ele. E
para sua informação, eu estou muito bem com meu namorado que é lindo,
rico e maravilhoso. Está a minha altura. Louis já não serve mais nem para
ser meu amigo, o que dirá ser essas insinuações que você adora fazer.
Então, por favor. Me deixei voltar a estudar e pare de ser uma psicóloga
comigo porque você não está no seu trabalho!

Gemma via em cada minima expressão do irmão que ele não falava a
verdade. Não que ela achasse que Harry fosse perdidamente apaixonado por
Louis, não poderia afirmar aquilo, não estava em seu coração. Mas era
nítido o quanto Harry se importava com Louis ainda, nem que fosse um
pouquinho. Ele ainda tinha algum sentimento bom pelo filho da empregada,
em nome da amizade que eles tiveram quando eram crianças, talvez. Mas
havia algo ali, no minimo que fosse. E nada tiraria isso da cabeça de
Gemma.

— Okay. Então suponho que você esteja muito feliz por ele não estar mais
falando contigo depois de você ter inventado que ele era um bandido e isso
ter feito ele ser expulso do clube de golf? — Gemma viu como Harry
oscilou para responder, sabia que no fundo o mais novo estava arrependido,
embora nao gostasse de admitir. E também estava frustrado, porque depois
daquilo Louis não quis nem sequer implicar com ele, ou dizer algumas
verdades. Tomlinson apenas lhe dava o silencio e nenhum olhar.
— É claro que estou, por que não estaria? — Respondeu baixinho, quase se
formando um bico em seus lábios que ele segurou. O lápis que estava em
seus dedos rabiscavam uma folha qualquer e seus olhos se perderam por
alguns segundos. Não, ele não estava bem com aquilo. Gemma sabia.

— Eu acho que você deveria pedir desculpas a ele. Embora vocês não se
suportem e vivem de implicâncias, acho que há certos limites. Ninguém
gosta de ser acusado por algo que não é... você pode odiar o Louis, mas ele
nunca lhe difamou para alguém. Você sabe que pegou pesado, Harry... tanto
que ele não quer nem lhe encher a paciência, e olha que ele adora fazer
isso...

Harry ficou quietinho. Gemma achava o orgulho de Harry seu pior defeito.
Talvez o orgulho dele fosse maior que seu próprio corpo.

— Boa noite, Gemma. — Foi a resposta do irmão, seca e como um aviso


para ela sair do quarto.

Gemma bufou, não tinha muito o que fazer. Harry não era o tipo de pessoa
que escuta os conselhos de alguém. Não adiantaria continuar ali e tentar
mudar a cabeça dele, uma vez que ele era tão teimoso. Então se levantou,
deu boa noite pro irmão e saiu do seu quarto, com a esperança de que no
minimo eles continuassem naquele clima que embora fosse desagradante,
era calmo. Pois temia que Harry ou Louis ficassem mais raivosos ainda e
fizessem algo que realmente pudesse magoar tanto um ao outro, que nem o
silencio resolveria a situação.

✖✖✖✖✖

Após Gemma sair do quarto do Styles mais novo, ele encheu sua banheira
de espuma e tentou relaxar ali durante alguns minutos. Porém, no todo
processo ele só conseguiu pensar na distancia que consequentemente impôs
entre ele e Louis, pois era como se o mais velho não estivesse mais ali. O
silencio fazia Harry ficar invisível. E se tinha uma coisa que Harry odiava
era não ser notado por alguém.
Se tinha algo que apertava seu peito era não ser notado por Louis.

Nos primeiros dias, após o acontecimento no golf, Harry tentou continuar


com as implicâncias. Soltando piadinhas toda vez que via o mais velho, mas
este não lhe respondia. O que era estranho e totalmente desagradável!
Porque até mesmo quando Louis estava viajando ele respondia, ele
implicava pelo Instagram.

Mas agora era diferente.

Louis lhe deu o silencio e o desprezo e aquilo frustrou Harry em um nível


que fazia ele ficar de mal humor e resmungar 24 horas por dia.

Porque seria melhor se Louis lhe xingasse, lhe chamasse de mesquinho,


riquinho nojento, ou demônio em roupas da Gucci. Qualquer coisa! Porque
a realidade era que Harry odiava que Louis fosse o único a não lhe dar
atenção, a não se importar. E as únicas vezes que se importava era pra
retrucar alguma ofensa. Mas nem isso ele estava tendo.

Nada.

Harry estava enrolado em sua toalha e já com seu corpo enxugado quando
saiu do banheiro. Viu a caixinha com a pulseira que Fionn havia comprado
para si em cima da sua cama e caminhou até ela, pegando o objeto e
suspirando pesado. Enfiando em sua cabeça que deveria estar feliz pelo seu
namorado ter lha dado mais um presente, e não frustrado por não estar
recebendo atenção de um classe baixa idiota.

Abril uma das gavetas aleatórias do seu closet para guardar a caixinha, mas
o que viu fez ele ficar ali mais tempo do que deveria.

Colocou a caixinha em baixo de varias peças dobradas delicadamente de


suas lingeries. Sim, ele tinha lingeries. E eram várias.

Ele não usava por de baixo da roupa no dia a dia. Na verdade, era difícil ele
usa-las em qualquer ocasião.
Se lembra perfeitamente de quando ganhou a primeira, ou no caso, roubou
de sua irmã quando tinha 17 anos, quando entrou no quarto dela para pegar
emprestado um perfume que ela usava ele gostava, mas acabou achando
uma lingerie preta. Naquele dia, ele a pegou e voltou para seu quarto, vestiu
a calcinha e as meias longas delicadas, e quando se olhou no espelho vendo
como seu corpo ficava, ele sentiu uma vontade enorme de comprar várias
delas. E ele comprou.

Ele nunca andou com elas por de baixo de suas roupas ou gritou aos quatros
ventos que gostava. Na realidade, ele as vestia para si, somente para si. Em
momentos que ele gostava de se sentir delicado, então trancava seu quarto e
vestia algumas delas, dormindo com aquelas peças delicadas enquanto se
agarrava em sua pelúcia de coelho. Era um segredo dele.

Não só tão dele assim.

Olhou para uma em especial. Ela não tinha nada demais e não era
extravagante como algumas que tinha. Era apenas um um conjunto de
calcinha e meias. Uma calcinha de renda rosa bebê, e as meias da mesma
cor que iam até suas coxas e tinha lacinhos. Ele a colocou, porque ficava
tão delicado com ela, ele se sentia tão bonito... e ela era tão especial, sua
favorita.

Não conseguiu evitar de pensar no dia que a vestiu pela primeira vez e na
pessoa que compartilhou aquele momento com ele.

Se lembra perfeitamente que aquela lingerie foi dada para ele por ele
mesmo em seu aniversário de 18 anos, porque se alguém o perguntasse o
que ele mais deseja de um presente, ele não teria coragem de falar. Então
comprou a lingerie para si e a deixou dentro da sacola em cima da sua cama
junto com seus inúmeros presentes que ganhou naquele dia, na enorme festa
que deu.

Aquele dia... ele não gostava de lembrar. Não deveria lembrar e prometeu
fingir que nada aconteceu... mas era tão difícil, ele não conseguiu evitar.

Em pensar em como ficou bêbado ao ponto de agir como se ele e Louis


fossem amigos de novo.
Sim, Louis.

Louis e aquela noite.

Louis e aquela noite e a lingerie.

Louis, aquela noite, a lingerie e os lençóis sendo puxados, as mordidas nas


coxas, as costas arqueando, a musica alta tocando lá fora, e os gemidos
sufocados que dava.

Embora negue e finja que esteja tão bêbado que o álcool apagou suas
lembranças, era mentira. Ele se lembrava perfeitamente.

De como estava tão feliz que pôs a culpa na bebida por estar sorrindo
docemente para Louis, para ter dialogado com ele, se divertido com ele e
somente com ele. Ao ponto dos dois estarem bêbados, mas conscientes e se
tratarem como se nunca tivessem se desentendido, como se nunca tivessem
deixado de serem amigos.

Lembra quando, surpreendentemente, sua festa não estava o divertindo


como sua conversa de bêbado com Louis, como puxou ele pelo pulso e o
fez entrar na casa e subir as escadas consigo enquanto falava animado que
iria abrir todos os presentes e que iria experimentar todos eles, no seu tom
exibido mas amigável como era quando eram pequenos, e Louis
resmungando dizendo que não queria ver Harry se exibindo mas indo de
qualquer forma. E então, um Harry animado abrindo e exibindo todos seus
presentes em cima da cama, enquanto Louis no sofá julgava o que era
utilizável ou não, assim como julgava cada roupa que Harry ganhou e o
mais novo desfilava na frente dele, com o narizinho em pé.

Até o quarto estar com varias sacolas e caixas espalhadas pelo chão e só
restando um presente em cima da cama que era do próprio Harry. E o mais
novo lembra de como correu para guardar, mas Louis insistiu para saber
como era e implicou com ele parar dizer, como correu atras de si dando uma
de enxerido até pegar a sacola de sua mão e ver a lingerie ali.
Harry lembra de como ficou envergonhado, em como puxou a sacola pra si,
em como foi a expressão de choque de Louis, as perguntas que ele fez, as
respostas que deu. E, principalmente, quando Louis pediu para ele
experimentar também, porque aquilo não era nada demais. Se Harry
gostava de lingerie era okay, porque ninguém podia interferir em seus
gostos.

Se lembrava do que sentiu naquele momento, seguro e protegido por ele.


Confiante. E por isso experimentou, por isso foi para seu banheiro e tirou
suas roupas, colocou o pedaço de pano delicado junto as meias e de como
demorou muitos minutos ali para sair do banheiro. E quando saiu, Louis
estava novamente sentado no sofá, as pernas abertas balançando
ansiosamente, seus olhos brilhando naquela iluminação parcial que havia no
quarto, a forma que ele encarou seu corpo leitoso, partes especificadas
vermelhas por tamanho constrangimento, como as coxas e seu interior,
parte de sua barriga, ombros e bochechas. As coxas grossas totalmente nuas
assim como suas pernas, seus pés tortinhos estando um em cima do outro
em puro constrangimento e suas mãos com suas unhas pintadas em frente
ao seu corpo, as meias eram tão apertadas que fazia suas coxas quase
saltarem delas. Seus cachinhos, na época menores faziam de tudo para
tentar cobrir seu rosto. A calcinha cobria quase toda sua bunda porque ele
ficou com vergonha demais de puxa-la um pouco para o meio de suas
nádegas. E tudo aquilo fez os olhos azuis de Louis brilharem mais que um
diamante.

Lembra em como Louis não retirou os olhos de si, em como ele o chamou
de lindo e em como se sentiu com aquele elogio, seu corpo vibrando de uma
forma boa, porque não era qualquer um elogiando, era Louis! Harry se
sentiu como se fosse o momento mais erótico de sua vida e era! Ele nunca
tinha ficado assim para ninguém, e mesmo com tamanha vergonha andou
ate em frente ao mais velho, como fez quando experimentou seus outros
presentes, mas dessa vez hesitante, em passos pequenos e cautelosos, seu
corpo tremendo e suas perguntas sobre se Louis realmente estava o achando
bonito, e Louis respondia que sim. Que ele era lindo, que o corpo dele era
uma das cenas mais belas que já viu, cada parte dele e detalhou todas elas.
Disse que era bonito até as gordurinhas inseguras que Harry tinha na
cintura. Elogiou todas as inseguranças de Harry, e Harry quis que ele
beijasse cada uma delas.

Lembra como Louis disse que para aquela lingerie ficasse mais perfeita nele
faltava apenas um pequeno detalhe, e ele perguntou o que, Louis pediu para
que ele virasse e perguntou se podia o tocar levemente e Harry concedeu
em um assento tímido e teve que morder os lábios para não gemer com o
simples ato de estar de costas para o mais velho e por ter tido as mãos deles
em sua cintura, logo depois superficialmente em sua bunda, porque Louis
não queria o tocar ali sem sua permissão, apenas pegando na peça delicada
entre seus dedos e a puxando um pouco para cima, como deveria ser, a
ajeitando em suas nádegas e fazendo o pano entrar bem devagar entre elas.
Harry jurava que sentiu o ar quente da respiração pesada que Louis soltou
ao vê-lo daquela forma, mais exposto.

Em como fechou os olhos, em como se sentiu quente e erótico demais para


ele. Justo para ele. E o fato de ser ele fazia seu corpo pedir por ele, querer
ele.

Lembra como correu até sua cama e se sentou nela, puxando seu travesseiro
para frente do seu corpo onde o abraçou protetoramente e Louis perguntou
se ele queria que ele saísse, mas Harry negou a cabeça dizendo que só
estava tímido, e eles ficaram se olhando de onde estavam, sem falar nada,
apenas se encarando e quase não se dando conta da onda de ar quente que
atingiu ambos os corpos, em como o corpo de Harry pinicou em agonia por
Louis. E o mais velho se sentia grande de duro dentro de sua calça.

Em como Louis insistiu em elogia-lo, em falar como ele era belo, e aquilo
fazia Harry sorrir feito um idiota apaixonado. Fazia ele querer Louis,
confiar em Louis e pedir pra ele se aproximar, pedir que ele o beijasse, e
Louis beijou. E eles misturaram o gosto de suas bebidas em seus lábios e
línguas carentes de atenção um pelo outro como se quisessem aquilo a tanto
tempo, em como a partir do momento que seus lábios estiverem um com o
outro nada podia os separar a não ser aquele maldito travesseiro entre eles.

Lembra como Louis o beijou com necessidade e carinho a todo tempo. Em


como tirou lentamente o travesseiro que ele agarrava e deitou em cima do
seu corpo, em como seu coração acelerou com aquilo e também sentiu o
coração de Louis acelerado ao ter seus peitos grudados. Em como, sem
perceber, abriu as pernas para ele ficar no meio delas. Em como Louis
beijou cada pedacinho de seu corpo, sempre perguntando se podia, sempre
pedindo permissão para cada movimento, sempre fazendo seu corpo tremer
a cada beijo e toque e sempre dando enfase em como ele estava lindo
naquela calcinha e meias. Em como o deixava em relação a aquilo, porque
Harry sentiu, oh, ele sentiu, sentiu aquele membro duro em suas coxas,
pernas, barriga a cada minimo movimento que Louis fazia para beijar seu
corpo. Sentiu seu próprio membro pular para fora da sua calcinha, já
inchado e melado só pelos beijos de Louis, tendo que levar as mãos ao rosto
quando o mais velho parou de beijar suas coxas ao notar em como ele
estava. Quando tremeu e mordeu o próprio pulso ao ter seu membro
lambido e chupado com adoração, em como quis gritar pra Louis não parar.
E ele não parou. Tendo sua boca sendo preenchida com o liquido branco e
quente.

E lembrava em como Louis quis parar depois, porque pensou que aquilo
não passaria dali e embora estivesse duro não estava com a intenção de
insistir para que Harry fizesse algo que talvez não tivesse tanta certeza
assim. Mas Harry queria, ele queria muito. E se lembra em como Louis lhe
fez gozar mais vezes, fosse com beijos e mordidas em seus mamilos ou a
forma que voltava para beijar seus lábios, ou como apertava sua bunda e se
esfregava nela. Ou como enfiou seus dedos em si, e o fodeu devagar e
calmo, fazendo ele ir a loucura enquanto agarrava e desarrumava os lençóis
da cama. Em como escondia seu rosto no ombro de Louis ou nos lençóis,
em como gemia escandaloso toda vez que gozava. Ou como teve que pedir
timidamente e baixo para Louis entrar nele, porque não estava indeciso,
porque queria tanto aquilo, queria tanto ele. E Louis veio impressionado,
mesmo tendo feito ele gozar três vezes ele queria, realmente o queria. E
Louis tomar seu corpo foi a coisa mais linda e quente que poderia ter
acontecido.

Porque ele era delicado com Harry, porque Harry era no fundo tão inseguro
e romântico e Louis sabia disso. Ele beijou todo o corpo e lábios de Harry
como se ele fosse a coisa mais preciosa do mundo, e Harry se agarrou a si
como se Louis fosse seu mundo. Harry o beijou como se Louis fosse dele, e
marcou em seu abdômen com chupões de corações que representava seu
próprio coração agitado naquele momento.

Mordeu o travesseiro incontáveis vezes assim como escondeu seu rosto


inúmeras delas. E Louis o achava e falava como ele era lindo, que ele
brilhava mesmo tão tímido. Que ele era a razão da lua estar tão
extravagante do lado de fora. Que o coração dele batia mais alto que a
musica que tocava. E todas as vezes que o mais velho falava coisas que
fazia Harry sorrir como um bobinho, ele destampava seu rosto parcialmente
e gemia mais para ele. Gemia porque era bom, porque Louis era quente e
seu. Pelo menos naquele momento foi seu.

E Louis era a pessoa mais paciente do mundo. Porque tirar a virgindade de


Harry não foi fácil, ele era apertado, pequeno e praticamente chorou em seu
membro tantas vezes durante aquela noite. Pedia pra parar constantemente,
se agarrava em seus ombros, machucava suas costas ou abdômen e
choramingava de dor. Louis teve que sair de dentro dele várias vezes. Era
uma constante de entrar nele, o foder lento e delicado enquanto tinha Harry
choramingando sem saber se pedia pra parar ou pedia por mais, e então se
afastava e para o acalmar lambia e chupava sua entrada vermelha que
depois de alguns minutos começava a se contrair para te-lo de volta em si. E
um Harry que se remexia inquieto entre lençóis bagunçados de seda,
inseparáveis tons vermelhos em seu rosto tímido e dengoso. E então Louis
voltava, preciso, lento, mas forte e Harry se derretia de prazer e dor, um
loop infinito de esconder o rosto e depois mostra-lo repleto de prazer em
gemidos que diziam unicamente o nome do mais velho.
''LouisLouisLouis'' foi o mantra do aniversariante naquela noite.

E, principalmente, lembra de Louis dizer que era apaixonado por ele


quando tudo aquilo que tinha sido mágico, havia acabado. E Harry não
conseguiu responder, sequer acreditar.

Por que como aquilo poderia ser possível? Como Louis poderia ser
apaixonado por ele se repugnava todas suas atitudes, todo o seu jeito? Se o
achava fútil e sem valor? Como poderia ser apaixonado por ele, se nem sua
amizade tinha mais? Se o próprio Louis cansou de si e parou de lhe aturar?
Como então seria apaixonado?
Talvez quisesse acreditar nele, mas sua insegurança, que só existia em
relação ao mais velho, não deixava ele acreditar, então apenas o olhou e
ignorou sua fala. Porque sabia que aquilo foi a bebida e o momento falando
mais alto.

E comprovou no dia seguinte, quando eles acordaram depois de terem


dormido juntinhos e abraçados. Cheios de dor de cabeça e voltando a brigar
como sempre, mas dessa vez porque se deram conta do que fizeram. Ambos
concordando que foi culpa da bebida, e Louis lhe dizendo que o que disse
pra ele também foi culpa da bebida, que era mentira, como tudo que havia
acontecido.

E Harry acreditou.

Porque uma pessoa como Louis não se apaixonava por uma pessoa como
Harry. E vice versa.

✖✖✖✖✖

— Por favor, você já ficou de plantão na sexta passada. — Harry falava


com Fionn por celular, enquanto andava pela faculdade, indo em direção ao
estacionamento. O mais novo estava tão carente ultimamente, que ele só
queria ver o médico para ver se sua epidemia melosa iria embora.

— Porque você preferiu sair com seu amiguinho Niall, ao invés de me ver.

— Você sabe que para sair comigo tem que me avisar antes. — Resmungou
dengoso.

— Eu que lhe digo isso. Eu trabalho, sou ocupado! O tempo que tenho livre
eu sempre te aviso. Você tem que marcar comigo antes, ao invés de me
pedir para passar um tempo contigo em cima da hora.

— Não é em cima da hora! — Olhou para seu relógio de ouro no pulso,


checando as horas. — Não são nem duas da tarde ainda! Seu plantão seria
de madrugada, da tempo de avisar que você não vai porque prefere ficar no
seu apartamento a noite toda com o amor da sua vida! — Seu tom era
dengoso para convencer o namorado.
— Ah, claro. Porque tudo tem que ser quando você quer, não estou certo?

— Obviamente! — Harry confirmou e ele não estava brincando. Tudo


realmente tinha que ser na hora que ele quisesse.

— Está bem, Harry! Mas tenha em mente que estou deixando de ganhar
dinheiro para passar a noite com você! Não me faça ficar esperando atoa
para você não aparecer.

— Eu vou aparecer, querido. — Garantiu dando pulinhos enquanto andava.


Não exatamente animado porque veria Fionn, mas porque estava carente e
precisava de alguém que visse filmes totalmente ruins consigo enquanto lhe
mimava com chocolates enquanto ele reclamaria que é caloroso demais e o
abraçasse bem apertado como se ele fosse um bebê gigante. E dormisse
agarradinho consigo enquanto fizesse carinho e sua cabeça e penteasse seus
cachos com os dedos. Não que ele seja acostumado a ser meloso com
Fionn, mas queria tentar porque estava se sentindo um pouquinho vazio nos
últimos dias.

Quando chegou no estacionamento, estranhou ver todos os olhares dos


alunos que estavam ali para ele. É claro que estava acostumado com a
atenção em si. Mas era com olhares admirados, medrosos ou invejosos. Não
com risadas similares ao deboche que estava recebendo.

Estreitou as sobrancelhas antes de arqueá-las para cada um daqueles alunos


inferiores a ele, esses contendo os risinhos, mas ainda com sorrisos nos
rosto e Harry estava pronto pra perguntar ou soltar alguma frase venenosa
mas se calou ao que avistou seu carro.

Seus olhos pareceram soltar do seu rosto ao encarar a lamborghini preta e


seus passos foram cautelosos até o veiculo ao que repetia um mantra de
vários ''não'' inacreditáveis.

Seu precioso carro estava inteiramente pinchado de tinta rosa com palavras
enormes que diziam ''fútil'' ''podre'' ''mentiroso'' e ''vadia''

Vadia. Vadia. Vadia. Por todo canto.


Risos altos foram voltados a ser ouvidos mas Harry não conseguia se
importar, seus olhos apenas em sua lamborghini e ele jura que podia chorar
e se ajoelhar ali mesmo dramaticamente enquanto abraça o veiculo.

Mas ele não daria aquele gostinho a aquelas pessoas. E nem surtaria na
frente delas como tinha vontade de fazer, porque se ninguém estivesse ali
ele estaria gritando e esperneando e arrancando os próprios cabelos
enquanto chorava de raiva e xingaria todos os Tomlinson's que existisse,
não apenas Louis. Porque sim, foi aquele demônio que havia feito aquilo. E
Harry saberia disso mesmo que aquele animal não tivesse assinado bem
grande seu carro com ''L.T''

Louis ficou quieto demais esses dias para alguém que tinha tido seu nome
vinculado a uma mentira. Era óbvio que ele não ficaria quieto por muito
tempo.

E Harry não conseguia nem pensar em não retrucar. Em achar que aquilo
era justo. Em apenas aceitar aquilo, já que não o pediu desculpas.

Porque era orgulhoso, impulsivo e mimado.

Por isso entrou em sua lamborghini com toda a raiva que seu corpo
conseguiria aguentar e deu partida com ela sem se importar em quem
tivesse na frente, realmente quase os atropelando se não tivessem saído do
caminho.

Porque Louis, ah... Louis iria se lembrar com quem ele estava lidando.

✖✖✖✖✖

Já era noite e Louis havia chego atrasado no galpão. Correu entre os


andares se deparando com grafiteiros que estavam iniciando seus desenhos
e alguns já quase prontos, a maioria das paredes já quase tomadas por obras
incríveis daqueles que não eram reconhecidos como profissionais, assim
como ele. Alguns supervisores fiscalizam os desenhos de cada um e Louis
recebeu olhares de reprovação de alguns deles ao ser notado que estava ali.
Se desculpando por estar atrasado.
Acontece que o transito estava enorme e para piorar sua moto parou de
andar quando se deu conta que a gasolina tinha acabado, tendo que perder
mais alguns minutos reabastecendo. Mas ali estava ele finalmente, no
campeonato de grafite que tinha se inscrito e com toda a sorte que pudesse
ter, ele ganharia o premio de primeiro lugar que valia 5 mil libras.

Ele estava tão animado que não conseguia tirar seu sorriso do rosto.

Mas tão atrasado que foi para uma parede vazia rapidamente e abriu sua
mochila com agilidade, nem a olhando quando pegou uma lata de spray e
sacudiu no ar, logo em seguida apertando para que saísse a tinta mas ao
invés de algo colorido tingir a parede, um liquido transparente era o que
estava escorrendo.

Louis estreitou os olhos e olhou para a lata, a sacudindo novamente para ter
certeza que estava cheia, e estava! Inclusive, pesada. Ele espirrou o liquido
novamente na parede e mais uma vez o que havia saído era um liquido
transparente. Riu nervosamente e jogou a lata no chão, pegando outra e
pressionando para que a tinta saísse mas mais uma vez saiu o liquido
transparente. Louis então espirrou o liquido no seu pulso, cheirando e não
sentindo odor nenhum, constatando que era água.

E o desespero começou a bater seu corpo quando ele jogou a lata no chão e
pegou outra, espirrando na parede e também saindo água. Ele fez isso com
todas suas latas de tinta, ou que no caso, deveria ter tinta.

Quando a ultima lata foi tacada no chão, ele se agachou, suas mãos indo
para na sua boca enquanto ele suspirava não acreditando que suas tintas
foram trocadas por água e que ele iria perder 5 mil libras que significavam
tanto pra ele, que iria o ajudar tanto.

— Algum problema? — Um homem negro com dreads longos e que era um


dos que iriam decidir quem iria ganhar se aproximou de Louis, o rapaz lhe
olhou e se levantou, tentando se mostrar confiante quando na verdade não
sabia direito o que fazer.

Louis olhou ao redor, vendo que todos que estavam competindo


continuavam a prestarem atenção em seus desenhos. E ele jura que quase
chorou por também não estar participando.

Sabia que não poderia pedir material emprestado aos outros, era contra as
regras. Cada um levava seus materiais.

— Hum... eu não sei muito bem como isso foi acontecer. — Na verdade
Louis sabe. — Mas estranhamente deu algum problema no meu material. —
Riu nervosamente, mexendo em seus cabelos tentando não surtar e
visualizar um rosto bem conhecido em sua frente que ele estava com tanta
vontade de estrangular. — Não teria como eu ir na casa de um amigo aqui
perto pegar outro material? Olha, eu estou de moto e não demoraria nem
quinze minutos para eu voltar.

— Me desculpa, rapaz. Mas você já chegou atrasado, as regras são claras.

E Louis sentiu seus olhos arderem porque ele estava esperando por aquele
campeonato a tanto tempo! E perdeu não porque outro alguém foi melhor,
mas sim porque sabotaram seu material. Ele perdeu 5 mil libras que estava
almejando a meses e que faria tanta diferença na vida dele que era óbvio
que ele estava com imensa vontade de chorar.

Mas é claro que 5 mil libras não vale nada para um ser que sempre teve
tudo como Harry Styles.

E é claro que Louis estava com tanto ódio que saiu daquele galpão correndo
e pegou sua moto, praticamente voando com a mesma para a mansão dos
Styles.

✖✖✖✖✖

— Ei! Aonde você vai? — Louis escutou sua mãe perguntar ao que ele
passou pelo cozinha como se fosse o flash, tão rápido que seu tênis no piso
no chão fazia barulhos altos como se pudesse quebra-los. — Louis?

O garoto a ignorou, andando pela casa até parar na sala de jantar dos Styles.
Ao que chegou, teve a atenção toda deles para si, expressões interrogativas
em suas faces e em qualquer outro momento Louis pediria desculpa por
atrapalhar o jantar deles e deixaria para discutir com Harry em outra hora.
Porque por mais que todos ali fossem acostumados com os dois brigando,
não estavam acostumados com Louis tão furioso e xingando o mais novo.
Porque era isso que Louis iria fazer. E ele não estava se importando se era
os patrões de sua mãe ali. Ele estava cansando de Harry.

— Mimadinho do caralho! — Louis rosnou, mal notando que seus passos


estavam avançando para o lugar de Harry na mesa, que arregalou os olhos e
suspirou audível como todos na mesa com a reação furiosa de Louis que
mais parecia um leão pronto pra atacar a presa.

— O que você está fazendo? — Jay, que veio atras de si, perguntou ao que
puxou Louis para trás, o parando no meio do caminho.

Os Styles tinham as expressões desentendidas, esperando uma explicação


de Louis que só tinha os olhos em Harry que se arrastou mais para o lado da
irmã com tamanho olhar queimando sua pele. E Gemma, antes mesmo de
saber o que havia acontecido já olhava para o irmão reprovadamente.

— O que eu estou fazendo, mãe? Por que não pergunta o que Harry está
fazendo? Por que vocês todos não perguntão o que ele está fazendo? —
Louis gritou para todos.

— Que conversa é essa, Louis? Não me importa o que vocês dois fizeram
um pro outro dessa vez! Estamos jantando! Não é hora de brigas bobas.
Então, por favor. Só fique se for jantar com a gente, caso ao contrário se
retire e deixe para brigas infantis com o Harry depois. — Des repreendeu.

— Eu não sei do que ele está falando dessa vez, papai! — Harry se
defendeu, como sempre mentindo. Louis queria arrancar a falsidade dele
para fora.

— O que você está fazendo? Perdeu o juízo ou a educação que eu te dei?


Vem! — Jay repreendeu o filho, lhe puxando mais uma vez pelo braço mas
Louis se soltou facilmente, continuando no meio da sala de jantar e
cruzando seus braços em desafio para Harry.

— Acontece, senhor Styles, é que dessa vez não é uma briga infantil! Harry
me fez perder um campeonato importante hoje e eu não sei como ainda
aguento tudo que ele faz sem dar uns tapas que ele merece! — Disse
raivoso e Harry exclamou ofendido, colocando sua mão sobre o peito como
se perguntasse se Louis era capaz daquilo.

— Troglodita! — Harry retrucou. — Você fala como se eu fosse único ruim


da história! Você pinchou todo meu carro! Papai, ele pinchou todo meu
carro! — Harry acusou, olhando para seu pai. — Tinha palavras feias como
''vadia''. Ele me chamou de vadia, o senhor acredita? Eu fiquei mais de duas
horas tentando limpar.

Louis riu, mas sem humor algum. Ele queria chorar, de verdade.

— Oh, tadinho! Quebrou a unha limpando seu carro valioso?

— Pare agora vocês dois! — Anne mandou antes que eles começassem com
uma briga desnecessária que nenhum dos dois iriam resolver nada. — Vocês
podem explicar o que está acontecendo entre vocês dois detalhadamente?
Porque ninguém aqui mais aguenta essas brigas desnecessárias, ainda mais
em um horário que deveríamos estar jantando em paz!

— O que a senhora quer saber, mamãe? Eu já lhe disse. Esse ogro pinchou
todo meu carro com palavras vulgares e eu apenas dei o troco estragando as
tintas dele. Nada mais que justo, não é?

— Você chamou realmente meu filho de vadia? — Anne perguntou


chocada.

Louis sentia seu corpo ferver e ele ameaçou ir pra cima do mais novo mais
uma vez, Harry soltando um gritinho ao que se escorou para o lado de seu
pai e o agarrou como um escudo, mas mais uma vez Jay o segurou a tempo
o repreendendo e o mandando sair dali.

— Chamei! E chamaria de novo! Pois isso que ele é! Uma vadia! Um


nojento dissimulado que acha que é o dono do mundo e das pessoas! Você é
um mimado que deveria ganhar uns tapas pra aprender a ser gente!

— Quem vai ganhar uns tapas vai ser você se não sair daqui agora, Louis!
Você tem vinte e dois anos mas eu juro que não vou ter pena de te dar uma
lição de boas maneiras se você não souber respeitar os meus patrões e os
filhos deles! — Jay ameaçou.

Louis a atendia, ela apenas estava com medo de perder o emprego na unica
casa que a abrigou e que a tirou da rua. Sabia o quando ela era grata por
Des e Anne, ele também era. E em qualquer outra ocasião não estaria
falando assim de Harry na frente deles. Mas no momento sua raiva estava
falando mais alto.

— Olha, rapaz. Você sabe que te criamos como se fosse da família mesmo
você preferindo muitas vezes seguir outros caminhos ao invés dos quais lhe
oferecemos. Temos um carinho especial por você e por sua mãe. Mas você
está passando dos limites. Nada lhe da o direito de achar que pode falar
assim de Harry!

— Nada me da o direito? E o que eu deveria fazer então, Des? Cruzar meus


braços e esperar o senhor apenas tirar bens materiais dele toda vez que ele
me prejudica? Como se isso fosse um castigo? Como se ele fosse melhorar?
Quando todos nós sabemos que depois de uns dias ele vai ter tudo de novo e
vai ficar pior ainda? — Louis desabafou cansado de toda aquela situação.
Sempre era assim, se ele não era o errado da história, então Harry tinha
como punição apenas ficar alguns dias sem algo de valor, mas logo depois
era mimado novamente e fazia tudo de novo. — Não se trata de uma
briguinha boba nossa. Desde que eu voltei nada está sendo bobo. É normal
pra vocês ele atropelar minha moto? É normal por que? Só porque vocês
tem o dinheiro do concerto? Só por que podem me dar um carro como se
tivessem dando um ovo? É normal ele ter mentindo sobre mim, dizendo que
sou bandido para o Michael me fazendo ser expulso do clube de Golf? É
normal ele ter sabotando minhas tintas, que é o material que eu trabalho e
que para mim é caro, me fazendo perder um campeonato que valia cinco
mil libras? — Des, Anne e Gemma olhavam chocados para Harry porque
seus pais só sabiam do caso da moto, não do golf e nem do campeonato. —
Me diz, Harry. É normal? É claro que você vai dizer que é... porque eu me
vinguei de você, logo você acha que tem o direito de retrucar sobre algo que
você mesmo começou...

— Eu não sabia que valia dinheiro... — Harry sussurrou baixo. Ele


realmente não sabia. Ele apenas voltou para casa hoje mais cedo e trocou as
tintas de Louis por água já que foram com elas que Louis pinchou seu carro
como vingança do que aconteceu no golf. Mas ele não sabia que Louis tinha
um campeonato hoje e nem que ele valia dinheiro.

Viu Louis sorrir desacreditado e olhou nos olhos dele vendo eles brilharem
de lágrimas de decepção, e Harry mais uma vez se sentiu mal. Como Louis
diria: podre.

Seu coração apertou por vê-lo daquele jeito, não sentindo mais medo, mas
sim vontade de chorar porque diferente de todas as outras vezes que Louis
brigava consigo apenas de implicância, agora era sério. Era um olhar que
lhe lançava tão decepcionado, como se ele não fosse nada. Como se
estivesse desistindo dele, mais uma vez, igual quando Louis tinha 14 e ele
12 e Louis parou de ser seu amigo definitivamente.

— Louis... — Sussurrou baixo, ele nem sabia o que dizer. E seus pais e Jay
ainda estavam ali o olhando decepcionados e desacreditados em suas
atitudes. Nem Harry conseguia acreditar nelas.

— Você sabe o que eu iria fazer com o dinheiro? — Louis voltou a falar. —
Juntar com o que tenho guardado e finalmente dar entrada em uma casa ou
apartamento pra mim. Porque isso é importante pra mim, Harry. Ter meu
cantinho, conquistado com o meu dinheiro. Ter meu próprio lugar. Porque
eu me sinto um vira-lata, Harry. Do mesmo jeito que você me chama. Eu
me sinto indesejável, sem lugar. Embora eu tenha meu quarto aqui e um
chão pra dormir em cada casa dos meus amigos, não sãos lugares que eu
possa chamar de meu. E eu sonho com um lugar meu a muito tempo. Então
pra você cinco mil libras não são nada. Mas pra mim era tudo... e agora eu
não tenho. Você fala que eu também não sou santo, realmente não sou. Mas
eu nunca lhe tirei nada que realmente te fizesse falta. Eu nunca te
prejudiquei ou tive a intenção de te prejudicar realmente. Porque nada do
que eu já fiz realmente lhe fez falta. Mas você me prejudica sabendo que eu
não posso repor. Eu sou um pobre filho da empregada que você faz questão
de jogar na minha cara. Você mesmo me desvaloriza e diz que eu sequer
trabalho. Então, Harry... antes eu queria ir embora apenas porque queria ter
meu próprio lugar. Hoje eu quero ir embora porque não aguento mais você!
Louis disse sincero. Ele sequer estava com raiva mais. Sua mãe ainda lhe
puxava e o mandava sair dali. Os pais de Harry lhe lançava olhares
questionadores e brigavam com ele, enquanto Gemma o reprovava também.
Mas parecia que Harry sequer prestava atenção, seus olhos nele. Acanhados
e perdidos.

— Me desculpem pelo transtorno mas prometo que isso não tornará a


acontecer. Eu estou indo embora! Eu perdi o dinheiro para meu
apartamento, mas ainda tenho a casa dos meus amigos. Sinto que a pessoa
mais prejudicada que vai sair daqui se eu não for embora vai ser minha
mãe. Porque minha relação com Harry não está mais nenhum pouco
saudável ao ponto de ser apenas implicância. Eu não quero ficar aqui e ter
que perder minhas coisas ou ser xingado por alguém que não sabe dar valor
a nada. Eu não quero perder minha cabeça e fazer minha mãe ser demitida.

Quando Louis virou as costas e Jay foi atras dele, Harry teve seus olhos
verdes transbordando de água e logo as lagrimas caíram em um choro mudo
que seus pais e Gemma pensaram ser devido as broncas que estava levando
deles. Mas na verdade é porque ele se sentia a pior pessoa do mundo e
porque seu coração doía, pois Louis estava indo embora mais uma vez.

E não era pra uma viagem de alguns meses.

Ele estava indo embora porque não o aguentava mais. Porque não queria
ficar perto dele. Porque achava ele a pior pessoa do mundo.

Louis entrou em seu quarto e rapidamente pegou sua mochila e a unica


mala que tinha, colocando algumas roupas ali rapidamente, seus olhos
também estavam com lagrimas que ele não se deixava derramar. Ele se
sentia triste e decepcionado de uma forma incomum. Porque aquilo não se
tratava apenas do dinheiro que perdeu.

Logo teve sua mãe pedindo pra que ele ficasse, dizendo que os Styles não ia
demiti-la se Louis ficasse. Que eles eram bons demais para aquilo. Mas
Louis estava se sentindo sufocado. Ele precisava ir.
Precisava ir porque não queria acreditar que Harry realmente estava se
transformando naquilo.

Que tinha se transformado naquilo.

Ele precisava ir porque não queria que sua antiga lembrança de um


mimadinho que era totalmente doce fosse embora. Ele precisava ir antes
que não restasse um sentimento bom seu sobre Harry.

__________________________________

N: AAAAAA FINALMENTE ATUALIZEI! Perdoem pelos erros, são


4:00 da manhã e eu to morta. hahaha

Gente, me perdoa pela demora e por ter não entregado a att a tempo,
mas quem foi no meu perfil e viu meu post sabe o motivo. Realmente
sinto muito! Mas voltamos a programação normal. ❤

MUITO OBRIGADA PELAS 6 MIL LEITURAS


AAAAAAAAAAAAA ❤❤❤❤

Obrigada pelos votos e comentários de vocês. São realmente


importantes! Leio todos ❤

O PRÓXIMO CAPITULO ESTÁ DEMAAAAAAAAIS!! Se


preparem! ❤

Até a próximo att, XOXO


5. you're fucking spoiled but so
good in my mouth

N: AAAAAAAAAAAAAAAAA OIIIIE MEUS AMORES!

Meu Deus! Quanto tempo se passou? 3 semanas?

Me perdoem demaaaaais! Recebi chuva de trabalhos na faculdade e


provas sendo marcadas que eu não consegui entregar o capitulo nesse
tempo.

Mas to aqui novamente e já avisando que não tem atualização nesse


domingo porque estou estudando pra uma prova que tenho segunda.
No entanto, vou tentar atualizar no meio da semana pra vocês não
esperarem até o proximo domingo. Mas se eu não conseguir, então att
vai ser no domingo mesmo.

Mas em compensação pela minha demora eu estou aqui com o capitulo


mais longo que já escrevi na vida! Adivinhem? Quase 20 MIL
PALAVRAS! está ENORME! Como eu disse nos avisos da fic, essa fic
deverá ser mediana, com uns 17 a 20 capítulos, mas eles são enormes
mesmo. Então leiam com calma, se cansarem, leiam o resto depois.
MAS COMENTEM PORQUE EU ME ESFORCEI MUITO! E votem!
E principalmente me perdoem por todos os erros, mas é que o cap é
realmente grande então com certeza terá alguma coisinha ali e aqui que
depois eu corrijo.

Boa leitura! <3

(ps: OBRIGADA PELAS 10 MIL LEITURAS AAAAAAAAAAAA <3)


_________________________________________

Louis: 2 anos. Harry: 10 meses.

— Mamãe, deixa Lou pegar Haz, por favor. - O pequeno menino de olhos
azuis brilhantes implorava com as mãozinhas juntas sobre o peito para sua
mãe, que no uniforme de empregada ninava o bebê de seus patrões em seus
braços enquanto dava mamadeira para ele.

Era a décima vez que Louis pedia para segurar Harry, somente naquele
dia. Desde que o novo herdeiro dos Styles havia nascido, Louis havia ficado
empolgado para ter uma nova companhia já que Gemma estava na
escolinha e ele passava o dia todo sozinho. O pequeno garotinho vivia
pedindo sua mãe para segurar Harry, mas Jay nunca deixava por Louis ser
novinho demais.

Mas agora olhando seus olhinhos azuis prontos para se derramarem em


lágrimas e vendo o tamanho do bico que ele estava fazendo, enquanto
implorava como um anjinho, Jay não conseguia dizer não.

—Tudo bem, meu amor. - Ela cedeu. Tirando a mamadeira da boca de


Harry, vendo ele estender os bracinhos como se pedisse por mais,
ameaçando chorar, seus pequenos lábidos vermelhos já tremendo.

Mas ao invés de vim um choro estridente, Harry ficou quieto porque logo
Jay fez Louis se sentar no sofá, e aqueles grandes olhos verdes curiosos
observava o movimento ao seu redor.

— Segura ele com delicadeza. - Jay pediu e Louis assentiu animado. A mãe
do garoto pôs as almofadas do sofá em volta do corpo de Louis só por
precaução e colocou com cuidado o bebê nos bracinhos de Louis, dando a
mamadeira em seguida pro garotinho dar para Harry.

— Olha, mamãe! Haz não ta chorando... - Louis disse animado. Jay sorriu
encantada porque seu garotinho segurando o pequeno bebê Harry nos
braços enquanto dava mamadeira pra ele era a coisa mais linda que já
tinha visto. Harry era um bebê gordinho, e Louis ainda era pequeno demais
pra conseguir segura-lo sozinho, então Jay estava ali ajoelhada no chão
em frente ao sofá com os braços em volta dos dois garotinhos. — Lou ta
crescidinho, já consegue segurar o Haz.

— Está sim, meu amor. Veja como Harry está quietinho com você, é capaz
dele dormir. - Jay observou. Harry tinta as mãos pequenininhas segurando
a mamadeira junto a Louis, enquanto o encarava com curiosidade, mas os
olhinhos quase fechando, só não ainda dormindo porque estava
concentrado em sua mamadeira.

— Sim! Ele ta feliz comigo! - Louis exclamou alto, se gloriando por Harry
estar tão quietinho em seu colo já que o bebê era daqueles que chorava
com facilidade, ainda mais em colos que ele não era acostumado. Mas
estava se comportando como um anjinho e quase dormindo enquanto
encarava Louis, seus enormes olhos verdes o fitando sem parar, e quando
Louis sorriu para ele Harry deu um risadinha animada ainda com o bico
da mamadeira em sua boca, as perninhas se balançando. —Ele tá rindo
pra eu, mamãe. Ele quer ser meu amigo! Ele tem cara de sapinho... muito
fofo!

✖✖✖✖✖

Louis: 4 anos. Harry: 2 anos.

— Vamos, Harry. Por que você não quer brincar de carrinho? - Louis
insistia mais uma vez. Eles estavam dentro do berço que Harry ainda
usava, Louis estava lá porque queria brincar com o garoto. Enquanto isso,
Jay estava arrumando o quarto do pequeno Styles.

Havia vários brinquedos dentro do berço. Muitos ali que Louis havia trago
pra tentar brincar com Harry, e outros era do próprio garoto. Mas Harry
não parecia muito interessado em brincar com seus carrinhos, já que
ignorava Louis e só se preocupava em pentear com uma escovinha os
cabelos de uma boneca que era de Gemma.

Louis já estava ficando irritado, o garotinho tinha pavio curto e odiava


quando lhe ignoravam. Sem a resposta de Harry, Louis começou a ignora-
lo também e a brincar sozinho em um canto do berço, fazendo barulhos
com seu carrinho na mão como se fosse o motor dele.

— Não faz barulho! - Harry mandou com um bico nos lábios, finalmente
dando atenção para Louis. —Minha bebê ta dormindo...

— Não é sua bebê, é uma boneca! - Louis provocou com a carinha brava
por Harry não querer brincar consigo. — Deveria brincar com meus
carrinhos que são muito mais legais!

— É minha bebê! - Harry insistiu. — E eu não quero brincar com seus


carrinhos idiotas! São chatos!

Louis arregalou os olhos e exclamou desacreditado.

— Não são chatos e nem idiotas! Meu papai que me deu! Sua boneca que é
feia!

— Feio é você!

— É você!

— Cara de bobo!

— Cara de sapo!

Harry por ter apenas dois aninhos, começou a sentir seus lábios tremerem
e seus olhos encheram de lágrimas. Suas bochechas grandes estavam
vermelhas e ele começou a chorar alto no mesmo segundo as lagrimas
caindo e suas pernas e mãos gordinhas esperneando dentro do berço
enquanto Louis fingia não se importar.

O mais novo levantou a mão e deu um tapinha no braço de Louis como


vingança, fazendo Louis começar a chorar também e puxar a boneca de
Harry da mão dele e jogar do outro lado do berço, Harry copiando seus
movimentos e jogando longe o carrinho também. Ambos chorando mais
alto.

— Ei, ei! O que aconteceu? - Jay perguntou assim que ouviu os choros
estridentes, parando de dobrar as roupinhas de Harry e indo até o berço.

Os dois garotos começaram a apontar um pro outro se acusando e falando


ao mesmo tempo enquanto choravam. Jay então pegou tanto Harry quanto
Louis no colo, um de cada lado e balançando os dois garotinhos pra eles
pararem de chorar.

— Vocês não podem brigar. Lembrem que são amigos! Brigar só vai fazer
vocês se afastarem. É isso que querem? Nunca mais brincarem juntos? - A
mulher perguntou enquanto Louis fungava com a cabecinha deitada em seu
ombro e Harry tinha um dos dedos gordinhos na boca. Os dois garotos
negaram timidamente com a cabeça. — Ótimo! Agora se abracem e façam
as pazes.

No colo de Jay, os garotinhos se abraçaram voltando a sorrirem e deram


beijinhos nas bochechas gordinhas um do outro. E Jay só sabia sorrir e
imaginar o quanto eles seriam amigos para sempre.

✖✖✖✖✖

Louis: 8 anos. Harry: 6 anos.

Harry corria no parque para perto de seus amiguinhos com sua pernas
curtas, ouvindo Jay um pouco longe sentada em um dos bancos gritar para
que ele tomasse cuidado. Mas estava empolgado com um saco de seus
brinquedos em seus braços, enquanto gritava pelos amigos e tinha um
sorriso grande no rosto.
— Aqui tão vocês! Vamos brincar? - Harry disse animado, mas torcendo
um pouco o narizinho ao ver seus amigos sentados na terra. Não queria
sujar sua roupinha nova, então tirou um lencinho do seu bolso e forrou no
chão, se sentando logo em seguida.

— Já tem gente demais aqui, Harry. - Josh, um dos seus amigos de parque,
falou com um tom meio amargurado.

— O que? Por que? Do que vocês estão brincando? - Ele observou os


brinquedos dos amigos que tinham alguns carrinhos, bonecas e bonecos.

— De hospital. - Josh voltou a dizer, indicando os brinquedos e as outras


crianças com seu dedo. — Eu, Dylan e Bruce somos os médicos que veio
socorrer a Ash, e Louis e a Emma são os policiais que estão cuidando do
caso. - Explicou apontando o dedo pras ambulâncias de brinquedo assim
como as viaturas.

— E eu não posso brincar também?

— Não tem lugar pra você! - Bruce respondeu.

—Mas eu posso ser atropelado junto com a Ash, não é? - Perguntou


esperançoso e olhou para a garotinha morena que apenas empinou o nariz
e negou indiferente. Os lábios de Harry começando a tremerem por ser
rejeitado. — Mas... vamos brincar de outras coisas então, eu trouxe meus
brinquedos! - Mostrou o saco pros amigos que não se importaram.

— Não queremos seus brinquedos idiotas! - Dylan foi mais grosso,


deixando claro que não queria Harry ali.

— M-Mas... eu-

— Não queremos brincar com você, Harry. Não consegue entender?

Harry tinha os olhinhos cheios de lágrimas e um enorme bico, olhou para


Louis para ver se ele interferia naquilo e o defenderia como sempre, mas
ele tinha a cabeça baixa. Então Harry se levantou e virou de costas, saindo
correndo e indo para onde Jay estava sentada. Estendeu os bracinhos para
a mulher e ela o segurou enquanto deixava os brinquedos dele em cima do
banco.

— O que houve meu, amor? Não chora, bebê - Pediu enquanto fazia
carinho em seus cabelos lisos que nas pontinhas já se ondulavam
ameaçando virar cachinhos.

— Ninguém quer brincar comigo...

— Como não? Você é um garoto tão legal... nem o Louis?

— Nem o Lou! Ele nem olhou pra mim! Ninguém me queria ali! - Harry
esperneou no colo de Jay.

A mulher vendo como Harry chorava, logo gritou pelo filho que veio
hesitante e em passos lentos para perto dos dois, e quando olhou para
Harry, o garoto parou de chorar alto, fechando a cara para ele e virando
seu rosto para o outro lado, deixando claro que estava chateado com ele
por não ter lhe defendido, enquanto chorava baixinho pra ele não escutar.

— Porque você e as outras crianças não querem brincar com Harry?

— Não sou eu... são os outros que não querem e eu não posso obrigar eles
já que estão chateados com o Haz. - Louis explicou para a mãe e na mesma
hora Harry parou de chorar para olhar para Louis.

— Eu não fiz nada! - Protestou em indignação.

— Toda vez que brincamos você fica dizendo o quanto seus brinquedos são
melhores, fica reclamando dos brinquedos que eles trazem e fica exibindo
suas roupinhas novas, como se as deles fossem feias. - Louis disse os
motivos deles estarem chateados com Harry, o garoto cruzou os braços em
protesto.

— Mas eu não falo nada disso pra magoar eles! - Harry disse sincero,
passando a mão pelos seus olhinhos molhados. — Eu só gosto de dizer o
que o papai e a mamãe me dão. É o meu jeitinho... não faço por mal.
— Mas você as vezes fala de um jeito que faz as pessoas pensarem que
você não gosta delas e que só quer brincar pra maltratar elas.

— Eu não sou assim... - Harry começou a sentir seu rosto tremer de novo,
estando vermelho e Jay o abraçou o dizendo que ele não era. Ele era doce.
— Eu até ofereci meus brinquedos emprestado, Lou...

— Você não pode deixar alguém triste e depois oferecer seus brinquedos
como se isso fosse fazer elas ficarem felizes, bebê. - Louis explicou. Harry
era todo mimadinho e metido e muitas das vezes eles brigavam por isso,
porque Louis as vezes não tinha paciência para lidar com o mais novo.
Porem, não gostava de vê-lo triste e sabia que ele não fazia aquelas coisas
porque era uma criança ruim. Era só o jeito metidinho dele de ser.

— O que eu devo fazer, então? - Perguntou inocentemente.

— Pedir desculpas. - Harry cruzou os braços de novo de forma birrenta,


não gostava de se sentir culpado. Mas bastou um olhar bravinho de Louis
que ele cedeu e ainda por cima ganhou um beijinho na bochecha.

Jay os assistiu voltar até onde as outras crianças estavam e um Harry com
os bracinhos atras do corpo enquanto o balançava timidamente pedindo
desculpas pros amigos que cederam e o deixaram brincar com eles
novamente.

✖✖✖✖✖

Louis: 12 anos. Harry: 10 anos.

— Eu não aguento mais você! - Louis reclamou raivoso, Harry apenas


revirou os olhos enquanto mantinha os braços cruzados, estando em pé no
quarto de Louis o vendo deitado na cama reclamar com ele. — Por sua
culpa agora estou de castigo! De novo!

— Por minha culpa? Eu não pedi para que você socasse o rosto de Dylan!
- Harry se defendeu. —Não tenho culpa se vocês dois viraram uns animais!
— Se viramos animais você virou um riquinho fresco! - Louis gritou
novamente de sua cama, suas mãos passando em seus cabelos em uma
forma de tentar se acalmar. Ele estava crescendo e a puberdade batia em
sua porta, o deixando cada vez mais estressado e nervoso. — Por sua culpa
eu e ele brigamos. Por sua culpa eu parei na diretoria! Por sua culpa
peguei suspensão e por sua culpa estou de castigo mais uma vez!

— Não me meta na sua nova onda de ser um bad boy do colégio. Agora a
culpa é minha se você a cada semana se mete em briga com alguém e é
conhecido pelas suas confusões?

— Eu não me meteria em confusão se aqueles riquinhos chatos não


vivessem de cochicho pelas minhas costas, como se eu fosse um idiota de
não escutar o que falam sobre mim. Pior, gente que anda com você!
Nenhum deles ganhariam um soco na cara se você soubesse defender quem
você chama de amigo. Da mesma forma que seu amigo aqui te defendeu
hoje de Dylan. - Louis reclamou. Ele era um moleque de doze anos com um
olho roxo na cara. Não queria imaginar as confusões que se meteria pelo
seu temperamento quando ficasse mais velho.

— Você é um ingrato! - Harry acusou! Indignado com aquele discurso de


Louis. E era frequente aquelas discussões dos dois, porque por mais que
fossem amigos tinham inúmeras diferenças. E quanto mais eles cresciam e
seus ideais apareciam, mais brigas vinham. — Eu sempre te defendo
quando vejo falarem de você! Só que diferente de você, eu não sou um
ogro! - Louis revirou os olhos, ou pelo menos tentou, já que um deles estava
dolorido. — Eu sei conversar com as pessoas.

— Sabe conversar ou sabe soltar seu veneno? Porque é isso que você faz
todo santo dia no colégio! Como se fosse melhor que alguém! - Louis lhe
advertiu sobre aquilo mais uma vez, mas Harry não ligava, apenas
continuou de braços cruzados e empinando seu nariz. — E isso faz você se
meter em confusões que eu tenho que interferir pra te defender!

— Eu não pedi que você me defendesse com agressões. A culpa não é


minha.
— A culpa é sua! Porque você não sabe ficar calado! Fica provocando
Dylan soltando piadinhas toda vez que ele passa. O que fez ele surtar hoje
e eu ter que te defender.

— Mas eu sei me defender sozinho. - Louis soltou uma risada sarcástica.

— Como das outras vezes que ameaçaram te bater e a primeira coisa que
você fez foi correr atras de mim e me abraçar? Pois é! Fez isso novamente
hoje! E mais uma vez eu briguei com alguém pra te defender e mais uma
vez estou de castigo! - Louis pegou seu travesseiro e o abraçou, tampando
seu rosto e resmungando nele. — Argh! Você é impossível!

— Não é o fim do mundo, Louis. - Harry tentou argumentar. Sabia que era
realmente assim como Louis havia falado. Sempre Harry implicava com
alguém ao ponto da pessoa se estressar e querer bater nele, então ele
medroso do jeito que era ia reclamar com Louis e Louis acabava o
defendendo. E se dando mal por isso. — Dylan é um bobão, é culpa dele!

Louis tacou o travesseiro em Harry.

— E sua também. Sai daqui e volte para seu quarto que tem um monte de
coisas legais para fazer enquanto eu morro nesse tédio e com o olho
doendo. - Dramatizou.

Harry deu um sorrisinho e subiu em cima da cama, ficando de joelhos nela


para poder ver o rosto de Louis de perto.

— Deixa eu ver seu olho. - Pediu, e Louis virou a cabeça pra ele. Harry fez
um biquinho porque odiava qualquer minima coisa que acontecesse com
Louis. — Me perdoa? - Pediu manhoso, só porque sabia que Louis não
resistia. Mas o mais velho se fez de rabugento. Então deu um beijinho no
olho machucado dele, em seguida vários porque assim ele sararia. — Por
favor, Lou? Por favorzinho? Você realmente seria capaz de deixar de falar
comigo? Eu sou muito importante pra você me largar assim...

Mas é que Harry tinha aquelas bochechas gordinhas, com aquelas


covinhas imensas e aquela carinha de sapo fofa com aqueles olhinhos
verdes brilhantes e seus cabelos macios que Louis não conseguia resistir.
Então estalou um beijo na bochecha dele.

— Você é muito metido. - Louis suspirou, puxando Harry para se deitar


consigo e o mais novo riu, o abraçando apertado.

Embora com muitas diferenças. Não queriam que deixassem de serem


amigos.

✖✖✖✖✖

Louis: 14 anos. Harry: 12 anos.

— Eu não sei porque você está fazendo esse drama todo? - Harry disse
indiferente as reclamações de Louis ao seu lado, enquanto guardava seus
livros no armário.

— Drama? Agora eu sou o dramático? - Louis realmente estava irritado e


ficou mais ainda quando viu que Harry nem ao menos o olhava. — Você
quer olhar pra mim?

— Você não me manda. - Harry simplesmente respondeu. — E abaixa seu


tom comigo, você não está falando com qualquer um.

Louis riu.

— Você anda cada vez mais chato! - Acusou. Tocou no nariz dele. —
Cuidado com esse seu nariz em pé, a cada dia tão mais no alto que você já
não enxerga o chão, e alguma hora vai acabar tropeçando no próprio
veneno.

Harry fechou o armário com força, encarando Louis. A briga dos dois já
estava chamando alguma atenção das outras crianças ao redor.

— E você deveria tomar cuidado com seu tom. Não fala com qualquer um,
você já deveria saber disso. - Louis escutou o barulho que as pessoas
daquele colégio idiota fizeram, incentivando a resposta de Harry que
claramente queria dizer que Louis era apenas o filho da empregada.

— Eu deveria saber o que, Harry? Que eu sou um ninguém perto de você?


Não era isso que seus amigos estavam falando alguns minutos atras e você
riu? - Harry apertou a alça de sua mochila e abaixou o olhar porque era
verdade. Não que ele achasse Louis um ninguém, mas também não o
defendeu.

As brigas deles estavam constantes. Cada vez mais eles se desentendiam e


Louis já estava em sua adolescência, andando com pessoas diferentes. E
Harry também estava tomando outro caminho. Na visão de Louis, Harry
estava começando a se importar demais com coisas fúteis como status e
coisas materiais. Ele estava cada vez mais metido e andava pelo colégio
como se fosse o rei dele. Não parecendo mais uma princesinha doce como
era quando pequeno. Harry estava ficando tão obcecado em agradar as
crianças ricas de sua idade que fazia de tudo para ser bem falado por elas
e andar com elas. Não se importando de quem iria magoar, nem mesmo se
importando com Louis.

E na visão de Harry, Louis estava cada vez mais temperamental. Ele


sempre foi irritadinho desde pequeno, mas isso vinha piorando. Não o
defendia mais e nem cuidava mais dele, não lhe dava mais atenção e o
tratava com grosseria várias vezes. E Harry não gostava daquilo. Louis
antes lhe chamava de princesinha, portanto lhe tratava como uma. Mas ao
mesmo tempo que ganhou a atenção de todos, perdeu a de Louis.

— Não foi nada demais... para de ser dramático. - Harry disse, não queria
que as pessoas vissem como ele se sentia por baixo quando a situação era
Louis. Todos sabiam que ele era superior a todo mundo.

— Magoar o seu amigo é nada demais pra você? - Louis riu desacreditado.
— Não que eu esteja muito surpreso... você vem sendo uma merda de
pessoa ultimamente.

Harry se assustou com as palavras e tom de Louis. Odiava muito quando


ele era grosso.
— Olha sua boca! Tenho modos e não fale assim comigo! - Mandou.

— O que? Pra você é demais falar algumas palavrinhas chulas? Mas não é
nada demais ficar destratando um amigo, não é? Sinceramente, eu achei
que você já havia amadurecido um pouco. Mas continua uma porra de uma
criança mimada!

Harry escutou os gritos incentivando a briga de novo. Seus olhos se


mantiveram arregalados.

— Não fale assim de mim! E não fale palavrão! Meu Deus, o que
aconteceu com você? Ter catorze anos faz alguém ser um troglodita? Sabe
que eu não gosto quando me trata assim!

— E eu não gosto quando você é todo doce comigo por trás dessa gente,
mas quando está com sua turminha fresca é o garoto mais mimado e chato
que eu conheço!

— Você sempre disse que sou mimado... desde quando eramos


criancinhas... você nunca se importou com isso. - Harry disse realmente
triste porque parecia que Louis não queria ficar mais perto dele.

— E não me importava. Porque você era legal, ao menos! Mas isso foi
antes de você começar a me destratar! - Louis também estava triste.

— Eu não te destrato... eu só...

— Não? Seu problema é nunca reconhecer que está errado. Achar que o
mundo gira em torno de você. Você faz coisas que magoam as pessoas e se
elas viram as costas pra você, você acha que elas estão erradas e sequer
pede desculpas, sempre esperando que elas corram atras de você.

Harry se encolheu pelas palavras de Louis e pelo tom rude dele, seu
semblante estava realmente triste mas Louis não percebia aquilo.

— Você sempre achou isso de mim?

— Todos que são sensatos acham isso de você!


— Então por que continua falando comigo?

— Boa pergunta. Talvez eu não queira mais ser seu amigo. Estou cansado
de você!

Harry assumiu uma expressão raivosa. Pois ninguém cansava dele. Ele que
cansava das pessoas.

— Cansado de mim? Qual é o seu problema? Ninguém cansa de mim! - E


lá estava aquele nariz empinado até o teto, ao invés de apenas pedir uma
simples desculpa por ter rido das palavras ruins que os amigos dele
disserem sobre Louis.

— Pois você está vendo alguém agora. - Louis virou as costas pra ele.

— Não vire as costas para mim! Louis, eu ainda estou falando com você!
Louis! - Harry gritou, ouvindo risadas dos alunos, enquanto batia o pé no
chão. Acabou ganhando um dedo do meio de Louis, o que lhe fez arregalar
os olhos. Louis para catorze anos era totalmente sem modos e nada
educado. Sem elegância alguma.

— Eu não quero mais falar com você!

— Ótimo! Eu também não quero! Seu bobo! - Harry retrucou e virou as


costas, também saindo dali enquanto sentia seus olhos encheram de
lágrimas.

Eles acharam que seria apenas mais uma briguinha boba. Que depois de
uma semana voltariam a ser amigos. Pois Harry achava que Louis iria
esquecer aquilo e voltar a lhe tratar com carinho como se nada tivesse
acontecido. Mas Louis não correu atrás dele dessa vez.

E Louis achou que Harry se arrependeria e fosse atras dele ao menos uma
vez, lhe pedindo desculpas. Mas não foi isso que Harry fez.

✖✖✖✖✖
A ultima coisa que o humor de Harry estava era constante. Harry achava
que seu humor estava com as piores definições: Ruim, horrível, péssimo,
inapropriado, terrível, malíssimo, inadequado, cruel, abominável,
repugnante, insuportável, detestável, deplorável, horrente e qualquer outro
sinônimo ruim e existente.

E ele não fez questão de esconder isso um segundo qualquer de todos os


dias que vinham se arrastando. A consequência de seu mau humor viam em
suas palavras ou atitudes. E ele não se importava de descontar toda sua
frustração em qualquer pessoa que estivesse perto. Fosse quem fosse: Seus
pais, seus familiares, empregados, amigos ou qualquer ser humano.

Coitado era de Niall que tivera que aguentar o humor de Styles oscilar de
ruim para péssimo a cada dia que passava.

Mas Niall não se achou tão coitadinho assim quando James, um garoto
idiota que estudava medicina com ele e Harry, levou um chute nas bolas do
cacheado. O que era impressionante, porque Styles só batia com palavras,
fisicamente era do tipo que evitava quebrar até a unha ou cair um fio de
cabelo cacheado.

Mas entendia que James meio que pediu por aquilo. Pois durante esses
exatos 2 meses que passaram todos provaram de um Harry muito mais
venenoso e maldoso. Ninguém estava disposto a lidar com o humor dele
fazendo piadinhas ou implicâncias. Pois Harry estava reagindo mal até
mesmo a bajulações, o que diria insinuações. Mas James não era o tipo de
cara que abaixava a cabeça para Harry e o obedecia como se ele fosse um
Deus que acha que é.

Na verdade James até bajulava Harry antes, quando o cacheado ainda era
solteiro e o presenteava com alguns beijos e pegações em um algum
banheiro pela faculdade e o deixava na mão quando as coisas ficavam mais
quentes. (Coisa que Harry adorava fazer com todos os garotos) Mas aí
Harry começou a namorar, e esnobar mais ainda os garotos que já ficou.
Principalmente James, que já beijou literalmente seus pés, mas Harry não se
importava de pisar em alguém. E ele pisou, várias vezes. Na frente de todos.
O desprezando ou falando que ele não era nada ou nem tão bom assim.
James ficou rancoroso. E a pior coisa que ele poderia ter feito era implicar
com Harry nesses dias de mau humor. O pior: Ter dado um tapa seguido de
aperto na bunda de Harry quando ele estava passando em um dos
corredores da faculdade.

O que era inadmissível. E pra piorar mais ainda: Quando Harry estava
despejando suas palavras raivosas, James ainda debochou do estado dele,
perguntando porque ele estava tão frustrado e se valeu nunca ter dado pra
ele para dar para Fionn, pois segundo as palavras de James, Fionn não
estava o comendo direito.

Resultado: Um joelho tortinho e cheiroso a creme de coco, batendo com


força nas bolas de James, que provavelmente estavam azuis mais uma vez
por Harry. Só que dessa vez não por tesão e por sempre ser deixado na mão,
mas sim pela pancada.

E Harry não se arrependia. Na realidade, ele queria chutar as bolas de todo


mundo.

Quando chegou em casa depois de mais um dia de aula, se trancou em seu


quarto e tratou todos com palavras curtas e grossas. Quase despediu uma
das empregadas na hora do jantar por ela derramar sem querer suco em sua
roupa, mas isso apenas devido ao fato dela estar nervosa com o
temperamento de Harry nos últimos dias, pois ele julgava cada passo de
todos ali. Mas o garoto não quis saber, gritando de qualquer forma. Assim
como gritou durante toda noite para qualquer um que ousasse o questionar,
gritou até mesmo para as paredes de seu quarto, só não gritou para seu gato
Safira, o único a ser poupado.

Pois seu gato era o único que parecia lhe entender, o único a ter raiva da
mesma pessoa que ele.

Sendo assim, mal percebeu quando havia descido as escadas da mansão


com seu gatinho no colo e ido para o lado de fora dela, atravessando a área
da piscina e entrado no quarto de Louis. Ele estava ali raivosamente, tão
irritado que não se importaria de descontar tudo nas coisas de Louis e
deixar que seu gato destruísse tudo, junto a ele.
— Bastardo! Vai embora e ainda deixa resto dos trapos dele espalhados por
aqui! — Harry reclamou ao ver que ainda tinha bastante coisas de Louis por
ali, mesmo que ele tenha ido embora a dois meses.

As coisas foram diferentes dessa vez.

Antes, mesmo que Louis passasse alguns dias longe ou viajasse com os
amigos, eles continuavam arrumando um jeito de se provocarem e as redes
sociais ajudava bastante. Mas dessa vez, Louis lhe bloqueou. Harry não
falava com Louis de nenhuma forma a 2 meses. Nem ao menos o via, já que
o mais velho parecia realmente não querer encontra-lo e só aparecia para
visitar Jay em horários que ele não estava. Ou era obra do destino querendo
que eles nunca mais se falassem.

Harry não sabia como se sentir em relação a isso. Bom, ele estava frustrado.

E com raiva.

Sua arrogância queria jogar a culpa somente para cima de Louis.

E pensada que assim era melhor. Afinal, quem precisa daquele bastardo por
perto? Finalmente sua casa não é mais presenciada com um moleque
folgado que vivia ali de favor. Se fosse pra ficar, que ele ao menos
trabalhasse para eles, já que ficar vandalizando paredes de rua era perca de
tempo.

E ainda por cima, era um abusado! Fazia um escândalo e o xingava na


frente de seus pais, ia embora sem olhar na cara de ninguém e ainda por
cima deixou resto de suas coisas ali, como se fosse algum dia pretendesse
voltar.

Ele não tinha o direito de deixar aquelas coisas ali e dar esperança a
alguém. Qual é, coitada de Jay.

Mas por outro lado, muitas de suas coisas não estavam mais ali, que ele
provavelmente tinha mandando buscar depois de alguns dias.
Harry observou que a televisão dele não estava mais ali, nem mesmo o
xbox. Suas tintas não estavam ali, nem seus gibis. Nas paredes quase todos
os posters de bandas que Harry sempre achou agressivas demais a maioria
também se foi com ele, os portas retratos não estavam mais ali também e
alguns dos seus desenhos grudados na outra parede também não estavam.
As paredes brancas finalmente tendo boas partes vistas.

Andou até o guarda roupa estupidamente pinchado de Louis e o abriu com


uma mão, a outra ainda segurando o gato, o móvel estando 90% vazio,
assim como as gavetas, uma camiseta ou outra jogada em algum canto.

Safira pulou de seu colo de repente, mas Harry não ligou. Ele podia jurar
que até mesmo o cheiro de Louis estava fraco, quando antes, das poucas
vezes que foi naquele quarto depois que deixaram de ser amigos, vivia
reclamando do seu perfume barato e o cheiro desnecessário de nicotina.
Mas a nicotina já não visitava seu nariz, e o cheiro de Louis era quase
imperceptível.

Seus olhos passou para o guarda roupa pinchado dele até a uma unica
parede repleta de desenhos que Harry sempre ignorou e achava só rabiscos
mas era a coisa mais linda e talentosa que ele estava vendo naquele
momento. (Não que ele fosse admitir aquilo em voz alta)

Ficou alguns minutos olhando aquela parede e depois passou seus dedos
pelas prateleiras, pegando alguns desenhos do mais velho e analisando. Não
sabendo que ele era tão talentoso assim, porque na verdade nunca quis
prestar atenção, sempre satirizou o que ele fazia e sempre achou que ele
apenas tacava spray de qualquer forma nas ruas e chamava aquilo de arte.
Mas Louis era... incrível... E seus desenhos feitos a lápis mais ainda, Harry
olhava os papeis e se perguntava quem era aquelas pessoas que ele
desenhava, provavelmente amigos. Pois também havia desenhos de Jay e de
seu falecido pai, Mark.

Não conseguiu admirar todos porque escutou os miados de Safira, então


deixou as folhas de volta no lugar de antes e procurou o gato com o olhar.

— O que está fazendo? Desce daí! — Harry mandou ao ver o gato subir na
cama de Louis e ficar rolando pelos lençóis, bagunçando a cama toda,
provavelmente antes arrumada por Jay. — Você deveria estar arruinando o
quarto dele, não brincando.

Observou, já que Safira odiava Louis.

As vezes o gato se comportava como um cachorro bravo, era apenas ver


Louis ao longe que já corria até ele e começava a miar ou rosnar.

Mas o gato não saiu, pelo contrario, se enrolou mais ainda nos lençóis, a
cabecinha se esfregando na cama manhosamente.

— O que? — Perguntou enquanto analisava seu gatinho, andou pra próximo


dele e se sentou na cama. — Você vai ficar com cheiro ruim dessa cama.

Se inclinou para cheirar os lençóis em pura implicância, enquanto sentia o


colchão meio duro comparado ao seu e torceu o nariz por aquilo. Mas nem
todas as implicâncias que havia em sua cabeça ignorava o fato de sentir o
cheiro fraco de Louis ali.

— Viu? Cheira e ele... cheira a... — Ficou quieto porque definitivamente


não era um cheiro ruim e seu gatinho também achava isso já que se
esfregava ali.

O que era estranho. Safira o odiava, ou parecia odiar.

— Você sente falta dele? — Perguntou olhando pro gato que estava
quietinho em seu canto na cama. — É estranho não ter ele aqui para
implicar, não é? — Harry casualmente sorriu.

Louis não estando ali era... solitário. Mais solitário do que quando ele
viajou. Só se passaram dois meses, mas era como se Louis estivesse fora a 2
anos por não ter lhe comunicado sequer uma vez durante esse tempo.

O que Harry achava ótimo, é claro.

Eventualmente foi se deitando na cama de Louis, sua cabeça se afundando


no travesseiro dele, suas mãos agarrando os lenços enquanto tentava cheirar
e guardar pra si o cheiro fraco de Louis que parecia a cada dia estar
sumindo.
Ele sabia que estava errado, embora não tinha sido sua intenção fazer Louis
perder a competição de grafite e o dinheiro. Ele nem sabia que Louis estava
indo para uma competição naquele dia. Ele só queria se vingar pelo seu
carro, achou que Louis só estava indo para um bico qualquer. Mas piorou
tudo, porque já tinha sido errado de mentir para Michael que ele era um
bandido e não pediu desculpas por isso. Mas seu ego doeu como um inferno
ao ver o que Louis tinha feito com seu carro como vingança, então não
conseguiu simplesmente aceitar que eles estavam quites. Sempre gosta de
se sair por cima, não conseguiu se controlar.

Mas nunca imaginou Louis lhe olhar com tanto ódio, ir embora porque não
queria ficar perto dele. Aquilo doía.

Louis nunca foi uma pessoa que beijava seus pés e o bajulasse, nunca foi de
lhe dar a devida atenção, não importava o que Harry fizesse, não importava
o que ele fizesse pra chamar a atenção de Louis, fosse coisas boas ou ruins.
Louis nunca foi de se importar, e se fosse pra prestar atenção nele então era
só pra confirmar que Harry não era nada daquilo que achava que era. E
agora, nem sua atenção negativa o mais novo tem. Porque Louis se foi e
deixou claro o quanto o achava repugnante.

E Harry normalmente não ligaria para aquilo, porque tinha o ego muito
inflado pra se importar com pessoas que ele achava menores do que ele. E
ele realmente achou que não se importou com aquilo, passando a maioria
desses dias xingando Louis mentalmente como se ele fosse nada. Mas no
dia que Louis se foi ele sentiu o impacto das palavras e olhares do mais
velho... e voltou a sentir naquele momento, ali deitado na cama dele.

Se sentia pequeno e frágil.

Não importava se no dia seguinte acordaria se sentindo o rei do mundo


novamente, porque ali ele só conseguia se sentir vazio. O cheiro de Louis
estava sumindo. E seu quarto cada vez mais vazio.

E Louis era o único capaz de lhe fazer sentir-se assim. Também sem ele e
também vazio.

✖✖✖✖✖
Liam corria para atender a porta de seu apartamento enquanto ao mesmo
tempo tentava colocar seu sapato no pé esquerdo, tropeçando quando
chegou na sala e quase dando de cara no chão, mas levantando rapidamente
e passando as mãos pela sua camisa branca social do restaurante que
trabalhava como garçom, assim como passou as mãos pelo cabelo, atrasado
para pegar o ônibus que o deixaria no centro de Londres. Zayn já tinha ido
trabalhar na padaria que havia ali perto, deixando ele dormindo alguns
minutos que lhe atrasaram.

Quando abriu a porta, franziu o cenho ao ver uma mulher que parecia que
tinha saído de algum cofre valioso de um banco. Vestida elegantemente e
seus cabelos brilhavam tanto como seus olhos verdes. Mas não tanto como
as pulseiras e anéis de ouro e prata em seus braços e mãos. Fazendo ele
arregalar os olhos. Aquela mulher deveria ser mais cara que seu
apartamento e achou que estava em um sonho, porque o que uma pessoa
daquelas estava fazendo em um bairro de classe baixa, em uma zona pobre
e esquecida de Londres? E esses colares? Se ela continuasse parada ali na
porta duvidaria que sairia dali com seus pertences.

— Oi? — Falou meio incerto. — A senhora está perdida? Chelsea e


Kensington é do outro lado de Londres.

— Eu sei. — A mulher disse estreitando os olhos para ele e o olhando de


cima a baixo, não parecia um olhar julgador, apenas curioso. — Sou Anne
Styles. — Liam teve uma expressão de clareza. Era um dos patrões da mãe
de Louis.

— Prazer, senhora Styles. — Disse simpático e estendendo a mão pra ela


que a olhou antes de pegar, mas cedeu e teve sua mão beijada por ele.

— O senhor saberia me dizer se Louis estaria aqui? Foi esse o endereço que
Johannah me deu. — Explicou com um olhar esperançoso.

— Senhor? — Perguntou soltando uma risadinha. Porque ele só tinha 21


anos, quem o chamaria de senhor? Gente extremamente educada como
Anne. — Ele está aqui sim. Quer falar com ele?
— Por gentileza. — Anne disse dando um sorriso animada. Provavelmente
porque teve que andar por aquele bairro escaço procurando Louis até
finalmente acha-lo.

— Louis! Tem uma pessoa aqui querendo te ver! Levanta essa tua bunda da
cama e vem aqui agora! — Liam gritou e Anne levou um susto, se
afastando um pouco dos berros dele e lhe dando um sorriso sem graça
quando Liam voltou a olha-la. — Pode entrar, madame. — Disse com um
tom engraçado pela ultima palavra. — Fique a vontade e não repare na
bagunça. Não temos caviar mas temos biscoitos. Foi um prazer conhece-la,
mas estou atrasado.

Anne assentiu rápido para todas palavras que Liam proferia porque o garoto
falava com agilidade e quase ficou perdida no meio do caminho. Em
seguida, Liam correu para o tal trabalho e ela fechou a porta, pois vai que
alguém entrasse ali do nada. Esfregou seus dedos um no outro depois de
soltar a maçaneta, para checar se tinha poeira. E deu uma olhada no
apartamento, o que não demorou nem 20 segundos por ser minusculo.
Estava em uma pequena sala com um sofá longo branco — nem tão branco
assim— Já meio cinza pela velhice. Uma pequena escrivaninha estava no
centro, com muitas revistas espalhadas, algumas até no tapete. E em frente
havia uma estante que Anne jurava estar quase caindo. Com uma televisão
de modelo antigo. E dividido com a sala estava a cozinha, pequena porém
arrumada ao menos. E mais a frente havia três portas, que deveria ser o
banheiro e mais dois quartos. E aquele apartamento deveria ser do tamanho
da sala de sua casa.

— Não é glamouroso, como está acostumada, não é? — Anne ouviu a voz


de Louis e o olhou, o garoto já estava ali lhe observando. Ele não tinha
falado em um tom debochado, pelo contrário, tinha um sorriso no rosto
então ela sorriu de volta.

— Saudades de você, garoto! — Ela falou e andou até Louis, lhe


oferecendo um abraço que foi retribuído. — Eu sei que você voltou
algumas vezes lá pra casa para buscar algumas das suas coisas mas eu não
tive tempo de lhe ver, sempre estava trabalhando no hospital. Como você
está? — Segurou no rosto dele para analisá-lo melhor, ele estava a mesma
coisa, mas Anne sempre iria dramatizar. — Está comendo direito? Suas
bochechas estão magras demais! Está trabalhando? Conseguindo colocar o
sono em dia?

— A senhora não precisa ficar preocupada em me ver, salvar vidas é mais


importante do que se preocupar comigo, afinal eu estou bem. Estou
comendo direito e dormindo também e continuo no meu trabalho. Ainda
não morri e nem entrei pro trafico de drogas por estar aqui. Não se
preocupe. — Brincou, sempre com seu humor sarcástico que quebrava a
tensão, fazendo a mulher rir e lhe dar um tapinha carinhoso no braço.

— Sempre bobo! Mas além de querer lhe ver novamente, eu vim aqui
conversar com você. — Anne falou seriamente. E Louis apontou para que
eles se sentassem no sofá.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupado.

— Não exatamente. — Suspirou pesado. — Só queria lhe fazer um pedido:


Pra você voltar pra casa.

Louis se remexeu desconfortável no sofá. Durante esses dois meses Jay


insistiu para que ele voltasse, mas nunca deu o braço a torcer. Não queria
ficar perto dele e não queria ficar arrumando confusão em um lugar que
nem era dele. Agora era Anne lhe pedindo aquilo.

— Eu não posso voltar para a casa de vocês... eu e Harry—

— Estão brigando muito, eu sei! Eu entendo a sua revolta. Mas vocês


sempre brigaram e eu e Des sempre fomos acostumados com isso, nunca
que iriamos ficar bravos com você ao ponto de te expulsar por causa de
uma briga com o Harry. — Disse sincera.

— Dessa vez as coisas estão diferentes. Não estamos brigando por bobagem
ou apenas nos provocando. Desde que eu voltei da minha viagem que meu
relacionamento com ele está ácido. Eu não quero estar lá para xinga-lo na
frente de vocês ou criar problemas para a minha mãe. — Louis era sincero.
Por Deus, ele nunca havia xingado Harry daquela maneira na frente dos
pais dele, nem para ele quando estavam sozinhos. Naquele dia estava
realmente irritado.
— Okay. Vamos supor que algum dia você faça algo grave, o que eu acho
impossível. Sua mãe não vai ser descontada nisso. Não vai ser punida por
isso. Ela é mais que uma empregada, eu nunca a colocaria na rua. Nunca.
— Prometeu e Louis sabia que era verdade. Anne tinha um carinho enorme
por Jay construído pelos anos de convivência e por Jay ter cuidado de
Gemma e Harry enquanto Anne estudava. — E já se passaram dois meses.
Você e Harry estão mais calmos.

— Isso porque eu não o vi, porque se isso acontecesse no primeiro segundo


ele jogaria piadinhas para cima de mim e eu... eu não sei o que faria. Ele
está me irritando tanto ultimamente. — Louis disse frustrado, passando as
mãos pelos seus cabelos.

— Como vocês foram deixar isso acontecer com vocês? Eram tão amigos
quando eram crianças. — Anne lamentou. — Mesmo Harry sendo mimado.
Eu reconheço que o mimamos muito. Eu reconheço que ele é arrogante e
adora se exibir, mas ele sempre foi assim e você nunca se importou antes...

— Meu problema não é ele ser mimado ou algo do tipo. Ele sempre foi... eu
achava até engraçado algumas coisas que ele falava. Mas ele também era
tão... tão... doce! Tão doce que recompensava tudo. Ele também não era
maldoso, era só um garoto de nariz em pé. — Louis dizia calmo, seus
pensamentos longe e ele podia sorrir ao lembrar da forma que Harry era,
mas de repente ficou sério novamente. — E de repente...

— Ele não é uma má pessoa...

— Eu não acho que ele seja. — Disse sincero. — Embora tenha atos
maldosos. Eu só acho que comigo as coisas mudaram, conforme fomos
crescendo e nos desentendendo mais ainda e todas essas coisas que
aconteceram entre a gente. Entretanto, ele realmente não é uma pessoa má
ao todo. Ele só é comigo, o que eu não entendo mas também não me
importo. — Dessa vez não tão sincero assim. — E embora não sejamos
mais amigos, eu não quero esquecer que ele tem sim uma parte dentro dele
que continua sendo o mesmo garoto de antes. Um dos motivos para eu sair
de lá.
— Ele é... ele não gosta muito de demonstrar mas ele é... — Anne garantiu
convicta. — E eu sei que ele é todo errado e que eu e Des não somos bons
em castigá-lo mas eu juro que se você voltar nada pesado vai acontecer.
Volte pela sua mãe, ela anda tão triste sem você por perto...

Louis quase cedeu apenas por sua mãe, mas ele realmente não queria se
estressar com Harry.

— Eu não sei...

Anne suspirou.

— Você realmente acha ele tão ruim assim? Uma ''vadia''? — Anne
perguntou em um sussurro ao falar a ultima palavra, era quase cômico para
Louis como os Styles tentavam sempre ser educados e falar palavras chulas
era quase raro.

— Eu não o chamei de vadia nesse sentido... porque mesmo que Harry


quisesse sair com todas as pessoas do mundo não me daria o direito de
xinga-lo por isso. Eu o chamei de vadia no sentido de ser mau, de ter feito
coisas ruins para mim. E foi totalmente na hora da raiva que pinchei o carro
dele e gritei para vocês que ele era uma vadia. O que foi totalmente errado
da minha parte, porque eu não deveria ter desrespeitado a senhora, Des e
Gemma mesmo estando irritado com Harry. Me desculpe.

— Tudo bem, querido. — Sorriu, mas um pouco triste com a situação. —


Você acha que vocês nunca vão se entender?

— Provavelmente nunca vamos voltar a gostar um do outro.

— Isso é uma pena... se Harry que te impede de voltar, faça pela sua mãe.
Ou por mim. Você sabe que sempre te consideramos muito. Não queria que
você saísse assim...

Anne fez carinho nos cabelos de Louis, o garoto sabia que ela estava sendo
sincera mas ao mesmo tempo não queria voltar.
— Faz assim! Não decida agora. Amanhã é aniversário de Des e vamos dar
um jantar para ele. Ele pediu para que eu lhe convidasse. Promete que irá?

— Prometo.

✖✖✖✖✖

Estava nevando e Louis quase não conseguiu chegar na mansão dos Styles.
Sua moto quase enterrou várias vezes e estava cheio de neve por cima do
seu blazer preto. Não estava confortável em ir no jantar de Des, os amigos
do homem eram todos importantes e que se vestiam bem. E normalmente
não ligava pra pessoas ricas e seus olhares julgadores. Mas era diferente
quando havia um bando delas e só ele que era o diferente. Por isso, arrumou
emprestado com Zayn o melhor blazer e blusa social que ele tinha,
dispensando a calça social, porque ai já seria demais para ele. Optando por
uma calça jeans preta mesmo. Embora soubesse que mesmo assim iria
receber olhares frescos pela sua vestimenta. Também lhe comprou um
relógio, que não valia nada perto dos presentes que o homem receberia mas
o que valia era sua intenção.

Quando entrou dentro da mansão deu tapas em seu ombro para sair a neve e
viu a enorme mesa de jantar que estava posta para Des ali no jardim.
Enorme mesmo. Cabia umas 60 pessoas e algumas já estavam sentadas
embora o jantar não tivesse começado. Era a mesa mais luxuosa que havia
visto em sua vida e seu desconforto aumentou ao se lembrar que teria que
sentar ali com aquela gente e comer de refeições que desagrava seu paladar.
Deus sabe como Louis trocaria todo o banquete que seria servido por um
hambúrguer.

Não prestou atenção nas pessoas sentadas na mesa porque entrou dentro da
casa para dar o presente para Des. O que fez ele encontrar sua mãe que toda
vez que lhe via lhe enchia de beijos dizendo que estava com saudades e isso
sempre fazia Louis quase voltar a morar ali. Jay também havia lhe dito que
foi convidada para o jantar mas que não quis, já que quis participar da
preparação do banquete, como um presente para Des. Também falou com
Gemma e Anne que ficaram feliz por lhe ver ali e conversaram com ele um
pouco. E também deu parabéns a Des e lhe entregou o presente tendo que
ouvir do homem para que ele voltasse, o fazendo se sentir mais pressionado
ainda.

Mas sua conversa foi interrompida quando cachos surgiram em sua frente e
Harry apoiou o queixo no ombro do pai e olhou pra Louis com um sorriso
debochado, o que era de se esperar. Aquela expressão dele nunca mudava,
não importava quanto tempo se passasse.

— Que solidariedade sua, papai. Convidar empregados para seu jantar, que
fofo. — Harry disse com um tom falsamento doce e deu um beijo na
bochecha de Des.

— Louis não é nosso empregado e você não comece. — Advertiu e Harry


levou as mãos ao ar como rendimento. — Eu já estou indo para mesa.
Tentem não se matar e estragar meu aniversário. — Disse para os dois e
saiu da sala, deixando eles sozinhos.

— Cachorro sempre sabe voltar para onde tem comida, não é? — Harry
provocou, era sua forma de dizer ''oi'' depois de tantos dias.

Mas Louis sequer queria lhe cumprimentar ou trocar algumas farpas com
ele. Não que eles fossem rolar no chão brigando por causa daquilo.
Normalmente apenas se provocariam com sorrisinhos estúpidos um do
outro e só parar quando um realmente ficar irritado, que provavelmente
seria Harry por Louis lhe roubar um selinho que encerraria as provocações
e ele bateria o pé e juraria matar Louis de 1000 formas diferentes.

Mas acontece que Louis realmente não estava mais com paciência para
aquilo. Não depois de tudo.

Virou as costas para Harry e andou para longe dele, lhe ignorando e fazendo
o garoto fechar o sorriso.

Não era possível que nem ao menos lhe vendo Louis continuaria a trata-lo
como se fosse um invisível!

Birrento, foi atras dele, não se deixando vencer tão fácil.


— Onde conseguiu essas roupas? Admiro o fato de tentar ficar um pouco
arrumadinho, mas não deu certo. — Sorriu ao analisar as roupas de Louis
mas tudo que o mais velho fez foi virar o corredor para sair da sala.

Harry parou de andar por alguns segundos. Sua situação realmente estava
critica. E ele não gostava de ser tratado como se não estivesse ali.

Embora suas palavras fossem provocadoras e ácidas, suas pernas estavam


levemente tremendo por motivos que ele desconhece e seus olhos tinham
quase saltado do rosto quando viu Louis conversando com seu pai. Vê-lo
depois de 2 meses fez seu coração se descontrolar dentro do peito e ele quis
soca-lo para parar de fazer essa bagunça dentro de si. E não sabia
simplesmente dizer oi ou se desculpar, sua arrogância sempre falava mais
alto.

Mas nem ela estava mais o ajudando.

Então mordeu seus lábios fortemente, quase os fazendo sangrar e tentou


engolir seu orgulho.

Ok. Ele foi um idiota com todo lance do golf e competição de grafite.
Deveria pedir desculpas. Tudo bem, não era tão difícil de fazer. Afinal, já
que não conseguia chamar a atenção dele o provocando, talvez pedindo
desculpas ele o bajulasse. Como deveria ser.

Correu para frente de Louis, quase tropeçando nos próprios pés e ficou na
frente dele, tendo o seu olhar para ele e jura que tremeu por causa do frio.
Perdeu os sentidos do que iria falar quando sentiu o cheiro dele tão de perto,
tão mais vivo, sim ele estava ali, e sim Harry parecia uma gelatina por esse
fato. Desviou o olhar daqueles duros olhos azuis sobre si e mirou a roupa
dele, um lado seu julgando como trapos arrumadinhos e o outro falava que
mesmo assim Louis estava tão... argh! Foco, Harry! Falava para si mesmo.

— Você pode até me ignorar, eu não me importo. Esses dias sem você
foram como um alivio. — Disse voltando a ter seu nariz em pé, e Louis
revirou os olhos, dando um passo para evitar Harry mas o garoto segurou
em seu pulso levemente, o fazendo olhar sua mão ali, como se perguntasse
como ele ousa. E Harry tirou rapidamente meio constrangido, mas logo se
recuperando. — Mas...eu tenho que te mostrar uma coisa antes. É realmente
sério, você pode fingir que eu não existo depois disso... porque, você sabe,
eu não me importo. — Tentou garantir aquilo e mostrar indiferença mas a
unica coisa que ganhou foi as sobrancelhas arqueadas de Louis. Argh! Era
péssimo nessa coisa de ''desculpas''

Se virou de costas, com esperança que Louis o seguisse e então começou a


andar para fora da casa, escutava os passos atras dele então sua postura
relevante voltou, seus braços indo para trás do seu corpo e sua confiança
voltando. Mas é que Louis só estava o seguindo por pura curiosidade,
mesmo que soubesse que Harry talvez estivesse tramando algo.

Estranhou quando viu Harry caminhar para o que seria perto de seu quarto.
E daí que ficou mais curioso ainda porque Harry não entrava ali, e se
estivesse feito algo ali, ele esqueceria a paz de espirito que baixou em si
para tentar atura-lo naquele jantar e voltaria ao normal para arrancar os
cabelos dele.

Cabelos esses que estavam presos em um coque, seus olhos indo parar no
sobretudo que ele usava e que tampava quase toda parte de seu corpo
apenas deixando parte das pernas femininas de fora, delineadas por uma
calça tão apertada que parecia legging, e aqueles pés tortos revestidos por
estupidas botas. Há aquele cheiro que ele jura ser enjoado de Harry, um
perfume tão doce que poderia faze-lo espirrar, ele jura. Mas que não se
esqueceu nesse tempo que ficou longe.

Eles entraram no quarto e Harry acendeu a luz apontando para uma caixa
relativamente grande e aberta.

— Eu comprei novas tintas pra você. — Harry disse meio inseguro e Louis
o olhou por alguns segundos, para ver se ele estava falando sério. — Foi
meio difícil de achar porque eu não conheço onde vende essas coisas... —
Explicou, mais animado. Como se tivesse feito alguma caridade, então
assistiu Louis ir até a caixa e se agachar e olhar um pouco surpreso para as
latas de spray porque realmente foram caras. — Pelo que me informaram,
são as melhores do mercado. — Disse exibido enquanto deu uma olhada em
suas unhas. Louis pegou uma delas e espirrou um pouco na parede só pra
ver se realmente era tinta ou água, sim era tinta. E havia tantas que ele não
poderia contar em poucos segundos. — Eu não sabia que você tinha um
campeonato, realmente não sabia. Eu também não sabia que valia dinheiro.
— Harry ia comentando e Louis não precisava olha-lo para saber que era
verdade. Pois se Harry tivesse feito sabendo da gravidade, estaria se
gloriando por aquilo. E ali, só estando os dois, sem os pais dele por perto
para desconfiar que ele estava fingindo apenas pra não ficar encrencado,
acreditou nele. — Então comprei essas coisas novas pra você e procurei
saber quando teria outra competição e te escrevi valendo o mesmo valor.

Harry finalizou com um sorrisinho no rosto, ele realmente achava que


estava fazendo algum favor, ao invés de só repor o que fez. Olhou pra Louis
esperando que ele beijasse seus pés ou falasse alguns obrigados e lhe desse
alguns elogios.

Mas sua espera foi em vão.

— O que? — Harry perguntou quando Louis levantou e ameaçou sair do


quarto. — Vai continuar me ignorando? — Louis não respondeu. — Eu
comprei seus sprays de novo e te inscrevi em um uma nova competição! Eu
mereço ao menos um ''obrigado''

Louis riu.

Ele literalmente riu ao olha-lo.

— Vou te dar um ''você não fez mais do que sua obrigação''. — E então se
virou, o deixando ali.

Harry não estava acreditando que ele alem de não lhe agradecer ainda
voltou a lhe ignorar.

— Eu não acredito nisso! Você é um idiota! Eu odeio você! — Gritou de


dentro do quarto mas Louis não ligava mais pros seus atos mimados.

Voltou ao estado normal de querer arranhar como o gato todo o rosto de


Louis.

...
Louis estava odiando estar ali, realmente. Ele não aguentava aqueles
olhares, não aguentava aquelas conversas e nem aquela comida fresca. Só
estava ali por Des, caso ao contrário já estaria de volta no bairro de seus
amigos. Eles sim estavam dando uma festa de verdade, com comida de
verdade.

Sentou naquela mesa morrendo de fome e a cada prato servido era uma
decepção diferente. Além de seu paladar não gostar daquelas comidas,
vinham em uma quantidade minuscula. Era tanto prato e tantos talheres que
ele estava meio perdido. De inicio, tentou imitar os outros convidados e
comer na etiqueta deles, mas depois não se importou em como estava
comendo e com que talher estava comendo.

Teve que aturar olhares de várias formas, primeiro porque perguntaram


quem era ele para Des e ao ser respondido, fingiram simpatia por ter um
filho de empregada sentado com eles. Segundo porque estava sentado em
frente a Harry e Fionn, o casal que não lhe descia de jeito nenhum. Terceiro
porque brigou literalmente com uma lagosta. Ele não sabia como cortar
aquilo e uma das pernas voaram pro cabelo de Fionn, que lhe matou com os
olhos enquanto alguns riam e outros desaprovavam sua má educação. Bom,
Louis só disse um ''oops'' que na verdade ele nem quis se desculpar
realmente. Aquele médico não lhe descia e o olhava como se ele fosse um
rato, então lhe retribuía.

Quarto porque recebeu um chute de Harry quando bebeu o que achou que
seria uma sopa, mas na verdade era água para lavar as mãos. E quando foi
retribuir o chute, acertou a perna de Fionn, fazendo ele gritar de repente e
todos o olharem. Louis teve que segurar o riso.

E quinto, para a vingança de Fionn, o médico fez Louis se entrosar nas


conversas, mas não de uma forma boa, mas sim fazendo perguntas sobre
sua vida como se ele já fez faculdade, no que trabalha e onde mora. É claro
que Louis respondeu tudo com a cabeça erguida e orgulhoso de si mesmo,
seus afazeres e sua condição social não eram motivos de vergonha, mas isso
não impediu daquelas pessoas o olharem torto. Foram capazes de lhe
perguntar se seu falecido pai era orgulhoso dele, o que fez Louis quase
manda-los se foder. Porque Mark, onde quer que estivesse, era sim
orgulhoso dele. Orgulhoso por nunca abaixar a cabeça pra ninguém e
sempre correr atrás da sua felicidade independente de dinheiro. Seu pai
mandou ele viver uma vida que ele quisesse, não que os outros esperassem.
Mandou ele viver uma vida que ele lembrasse, não as que os outros
desejavam para si. E foi isso que ele respondeu.

Ele realmente não queria estar ali.

Contava os minutos para dar tempo o suficiente de ir embora sem pegar mal
para seu lado.

Comia algo que parecia ser um tipo de purê de algo preto. Ele nao fazia
ideia do que aquilo era, mas engolia porque estava com fome.

Enquanto cada grupinho tinha conversas diferentes, observava a maneira


que Fionn falava com Harry. Eles claramente estavam tendo uma briga,
embora falassem baixo.

O médico reclamava de algo para Harry enquanto o garoto apenas escutava.


Inicialmente, estava rindo e não ligando para o que ele falava, mas depois
ficou quieto e agora só estava ouvindo. E para quem se dizia cheio das
etiquetas, Fionn estava se saindo um perfeito mal educado ao estar brigando
com ele ali e de vez enquanto apontando seu dedo.

Louis observava o comportamento de Harry e não o entendia. O garoto


nunca deixa ninguém falar em um tom rude com ele. É cheio de si e se acha
mais do que ninguém. Mas quando se trata de Fionn ele é totalmente
diferente. Não queria pensar aquilo, mas o namoro deles começou com
Harry o exibindo em suas redes sociais, para depois as fotos irem
diminuindo, Fionn ter aquela atitude ridícula de querer força-lo a transar
com ele na festa de Harry e agora brigava com ele sem Harry sequer
responder, estando constrangido por estarem em uma mesa cheia de
pessoas. Fora o que Louis não havia visto. E não era como se fosse julgar
Harry por não estar respondendo. Qualquer um poderia entrar um
relacionamento abusivo, mesmo uma pessoa tão auto confiante como Harry.
Mas realmente não entendia o que o mais novo via no médico. E não queria
pensar no que ele faria daqui pra frente, já que a cada dia parece piorar e
mostrar as garrinhas de fora.
Harry não merecia isso. Realmente não.

Ele poderia ser uma megera, mas tratava Fionn melhor do que qualquer um.

Louis jurou que se Fionn levantasse aquele dedo pro rosto de Harry
novamente iria quebra-lo. Sentiu uma enorme vontade de socar aquele
médico estupido. Harry parecia muito inofensivo naquele momento, na
verdade ele estava o jantar todo. Nem sequer jogou provocações para cima
dele, nem mesmo quando Fionn o fazia. Era perceptível que o garoto estava
constrangido e um bico quase se formando em seus lábios. Ele parecia uma
criança novamente. E se eles ainda fossem crianças, Louis chutaria Fionn
por ser um babaca. E foi isso que ele fez, chutando a canela do médico o
mais forte que conseguiu por debaixo daquela mesa.

— Mas que por— Fionn começou a falar, mas se controlou para não gritar e
perder sua elegância na frente dos outros. Mesmo que tivesse sido
totalmente deselegante com o próprio namorado.

— Me desculpe, foi sem querer. — Louis sorriu falso, claramente dizendo


que foi de propósito.

Limpou sua boca com o guardanapo e o jogou em cima da mesa, já tinha


esgotado sua cota de aguentar riquinhos frescos. Então se despediu de Des,
de Anne e Gemma avisando que iria embora e agradecendo pelo convite.
Anne sussurrou em seu ouvido pra ele pensar melhor sobre a proposta dele
voltar a morar ali.

Os olhos verdes de Harry seguiram o corpo de Louis se afastando, e logo


em seguida seus ouvidos recaptaram as mesmas reclamações de Fionn por
motivos tão bestas como sempre. Observou toda aquela gente na mesa, as
mesmas posturas eretas, os mesmos sorrisos falsos de alguns e as mesmas
delicadezas para comer mesmo que se estivessem famintos. Observou como
uma garotinha, filha de um dos amigos de seu pai, era corrigida pela mãe
para se sentar corretamente na mesa, colocando o guardanapo no colo dela e
a ensinando como segurar o talher. E olhou para sua irmã que mesmo tão
igual tinha tantas coisas diferente dele, ela não se importava de rir
escandalosa na mesa e nem ao menos de dar sua opinião contrária a algum
comentário, mesmo que fosse polemica ou mal educada. Enquanto isso, o
mesmo médico continuava a falar em seu ouvido, a mesma situação que já
se tornava monótoma. Como se eles estivessem no automático. Tudo na
vida de Harry parecia naquele momento no automático e não era como se
ele não amasse a vida que tinha, mas não amava aquela constância que no
momento parecia tão fútil.

Ele se sentia sufocado e se ele continuasse ali teria a sensação era que fosse
vomitar.

— Com licença. — Disse rápido para quem se importasse e arrastou


estritamente a cadeira, correndo daquilo.

Ele não sabia exatamente o que estava fazendo mas não queria ficar por ali
hoje. E sem pensar duas vezes, andou em passos rápidos até a garagem da
mansão, encontrando Louis em cima da moto, pronto para ir embora.

— Onde você vai? — Perguntou ao ser notado por Louis, que estava prestes
a por o capacete.

— Agora devo satisfação pro príncipe? — Embora tenha soado irônico, não
foi grosso. Olhou para o mais novo que tinha o olhar meio aflito. — Uma
festa. — Respondeu mesmo que tivesse prometido não falar mais uma
palavra sequer com Harry.

— Me leva com você.

— Como?

— Deixa eu ir com você... — Pediu, se aproximando e abaixando o olhar.


Ele parecia um gatinho assustado. — Eu não quero ficar aqui...

Louis queria questiona-lo se era por causa de Fionn, ou simplesmente


porque não aguentava ficar no meio de pessoas com os mesmos discursos
vazios de sempre. Ou se ele estava querendo ir porque na sua cabeça estava
tramando algum plano diabólico contra ele. Mas não perguntou nenhum dos
três.
É que Harry era tão transparente como água. Ele parecia tão sufocado que
não estava se importando de subir em uma moto que ele tem medo e de ir
pra um lugar que ele nunca colocaria os pés.

Então esqueceu por um momento suas diferenças e suas ultimas brigas.


Primeiro porque estava curioso como aquela noite seria, segundo porque
seria engraçado ver a reação de um mimadinho em um bairro tão diferente
do seu. Terceiro porque não queria sair e deixar Harry perto de Fionn.

— Pega. — Estendeu o capacete para Harry e essa foi sua resposta.

Só estava com um então deixaria que Harry usasse. O garoto pegou e com a
outra mão soltou seu coque e Louis parecia realmente ter uma obsessão por
aqueles cachos, porque não tirou os olhos dele e gostava de todas as
ondinhas que seus cabelos tinham.

— Que coisa ridícula! —Disse ao ver o capacete. E lá estava o Harry


implicante novamente.

— Morra batendo a cabeça se sofrermos um acidente, então. — Louis


retrucou e Harry torceu o nariz, colocando o capacete.

Louis ligou a moto e esperou por Harry que ficou alguns segundos olhando-
a e lutando mentalmente se iria subir naquilo ou não, Louis olhou para seu
pulso como se visse as horas mesmo que não tivesse com relógio.

Harry finalmente resolveu subir, meio estrambelhado e desengonçado.


Ficou afastado o máximo possível de Louis mas no primeiro movimento
que ele fez com a moto seu corpo logo chegou pra frente e seus braços
agarraram a cintura dele.

— Vai devagar! — Disse emburrado e Louis soltou uma risadinha.

— Mas eu nem saí da garagem ainda.

Harry definitivamente odiava motos. Já estava sofrendo só por sair da


garagem e a moto estava engatinhando praticamente.

Mas era dramático e medroso.


E deu milhares de gritos quando Louis começou a pilota-la. Louis
agradeceu a si mesmo por dar o capacete para Harry para abafar os gritos
dele, porque senão seus ouvidos já estariam doendo. Mas tinha que
confessar que era engraçado.

Harry se agarrava a si como um coala e tinha os olhos fechados e quase


morria do coração toda vez que ele passava perto de um carro.

E tudo piorou quando o mais velho começou a provoca-lo e acelerar em


algumas horas só pra vê-lo desesperado, ou passar perto de algum veiculo e
fazer curvas mais deitadas fazendo Harry quase chorar e depois xinga-lo em
seguida e dar tapinhas que não duravam muito porque suas mãos logo
voltavam a lhe agarrar.

Se passaram alguns minutos e Harry jura que estava arrependido. Pois


estava em um frio congelante em pistas escorregadias por causa da neve,
em uma moto estupida com Louis estupido que poderia faze-los morrer a
qualquer momento. Seus olhos não conseguiam ficar abertos.

Em algum momento, os abriu, sentindo o vento gelado em suas bochechas e


vendo as luzes da cidade em uma velocidade que não o dava tão medo
assim. E definitivamente aquilo era melhor do que estar em sua casa.

Abraçou com um braço a cintura de Louis o máximo que conseguia porque


com o outro tirou seu capacete, se sentindo a pessoa mais liberta do mundo
só por aquilo e quando chamou o mais velho para lhe entregar, Louis riu,
porque Harry era tão certinho que só aquilo o fazia se sentir livre. Então
deixou o capacete no guidão enquanto Harry atras dele sorriu, as mãos
apertando o casaco dele e o abraçando como se ele fosse um travesseiro.
Isso fez todo o estomago de Louis revirar, ele jura que foi aquela comida
estranha no jantar de Des. Mas então Harry apoiou a cabeça cheia de cachos
em suas costas, realmente como se ele fosse um travesseiro ou um urso.
Então acelerou porque odiava aqueles sentimentos, com a velocidade
tentando fugir daquele embrulho em seu estomago. E Harry tinha os olhos
arregalados, mas mesmo assim seu coração acelerado, seu nariz roçando no
blazer de Louis porque cheirava a ele. E olhava para paisagem com um
sorriso idiota no rosto, seu coração mais acelerado do que a própria moto.
✖✖✖✖✖

Harry em um bairro de classe média baixa era no minimo cômico. O garoto


literalmente implorou pra Louis voltar com ele pra casa quando desceram
da moto. Quase chorou de panico ao andar pelas ruas escuras até chegarem
em uma praça onde estava tendo uma festa. Harry cumprimentou os amigos
de Louis com a expressão torcida e limpando sempre sua mão em seu
sobretudo e recebendo olhares questionadores por ele estar ali. Alem de
olharem como se ele fosse uma presa, Harry achou que iria ser assaltado a
qualquer momento e toda vez que Louis se afastava era como se fizesse de
propósito só pra vê-lo em panico e perdido por alguns segundos.

Teve uma hora que realmente gritou, quando o amigo de Louis —o tal de
Oli— veio para perto de Harry e deu em cima dele, fazendo o garoto ficar
totalmente desconfortável com o olhar malicioso e gritar como se estivesse
a frente de um bandido. O que fez Louis aparecer e brigar com Oli,
realmente ficando bravo por ter dito coisas maliciosas para o mais novo. Foi
aí então que ficou por um tempo do lado dele.

E era engraçado como Harry olhava tudo com os olhos arregalados ou


questionadores, surpresos ou amedrontados como se qualquer coisa fosse
demais. E Louis teve que segurar o riso dentro de sua garganta quando
Harry viu pessoas apertando um baseando e fumando. Harry realmente se
chocou com aquilo mais do que qualquer outra coisa, questionando Louis
porque prometeu que eles não eram bandidos mas estavam fumando
maconha. Era até mesmo fofo como Harry vivia em uma bolha que se fosse
estourada era como se ele estivesse em outro mundo.

Harry até mesmo impediu que Louis fumasse.

— Por que não? — Perguntou enquanto levava um copo de bebida na boca.

— Porque depois você vai me levar pra casa. Não quero você fora de si
comigo naquela moto. Sou muito novo para morrer. E pare de beber essas
bebidas ruins! Não se bebe quando estamos com algum veiculo, nunca te
ensinaram? Depois reclama quando eu digo que você é um delinquente!
Mas como quer que eu não diga? Você sabia que a maconha é a porta de
entrada pras outras drogas? Hoje você está fumando maconha, amanhã será
cocaína, depois heroína até chegar no crack e BOOM! Você está morto. —
Harry explicava com todo seu drama.

E Louis só conseguia sorrir, e mesmo que tentasse explicar que fumar


maconha não era nada demais e mais natural que o tabaco, Harry não lhe
escutava e continuava a defender seu ponto de vista e reclamar de tudo que
havia naquela festa. Ele era um mimadinho perdido no meio de tanta gente
com menos que ele.

Estava um frio de congelar e aquelas pessoas estavam dançando como se


não houvesse o amanhã. E Harry torceu seu nariz quando aquela garota,
Samile, tirou Louis do seu lado —que estava lhe servindo como guarda
costas daqueles brutamontes— e o puxou para dançar.

Harry se sentou em uma das cadeiras e observou a cena. Tocava músicas


deprimentes com letras piores do que tocaram em sua festa quando eles a
invadiram. A diferença é que na sua festa só foram alguns, ali havia vários
deles e ele se sentia deslocado. As músicas pareciam que faziam seus
ouvidos sangrarem. E as pessoas dançavam como se estivessem em casas
de shows noturnas. Harry arregalava os olhos para aquilo e fervia por
dentro pela forma que Samile e Louis dançavam.

A garota se esfregava nele e rebolava em seu quadril e Louis dançava atras


dela como se eles tivessem fazendo sexo... Harry não entendia essa raiva
que sentia por ver aquilo.

Louis lhe trouxe ali. Louis deveria ficar consigo!

E pra piorar, parecia que estava sendo óbvio demais, já que o tal de Zayn —
com aquele cigarro de maconha estupido— veio sentar do seu lado e
começou a falar aleatoriamente com ele sobre vários assuntos que Harry
não fazia questão de prestar atenção a não ser na parte que o moreno disse
que Louis e Samile não tinham nada. Que Louis gostava de ficar com
muitas pessoas, inclusive tinha amizade colorida com seus amigos. O que
fazia o estomago de Harry dobrar e ele morder os lábios fortemente ao ver
Louis e Samile tão próximos, quase se beijando.
Zayn lhe explicar aquilo, enquanto estava totalmente chapado foi estranho.
Harry não precisava de uma explicação. Ele nem tocou no nome de Louis
para o moreno. Mas lá estava ele lhe dando satisfações.

Sem perceber, já estava em algum momento em pé e pedindo pro tal de


Liam trocar a música. De repente o rap com palavrões e palavras vulgares
sendo trocado por uma musica clássica. Fazendo Samile soltar Louis e
todos soltarem expressões confusas.

Então Harry puxou Louis pelo pulso.

— Já que estou nesse fim de mundo, vou ensinar a você como se dança de
verdade. — Harry disse com o narizinho empinado, ignorando toda aquela
gente que até mesmo com música lenta davam um jeito de se agarrarem
pornograficamente. E ignorando Samile que deu as costas pra ele. Puxou
Louis e esse arqueou as sobrancelhas em questionamento.

— Vocês dançam? Achei que gente fresca apenas ficavam sentados


escutando esses clássicos chatos esperando o dia da morte chegar. —
Ironizou e Harry revirou os olhos para ele. Mas Louis estava achando
divertido Harry querer lhe mostrar como se dança valsa.

— Cala a boca! Não espero que você tenha algum tipo de elegância para
entender de música clássica. Mas pelo menos siga meus passos! Se
aproxime e cuidado com o meu pé!

— É mais fácil você pisar no meu pé. — Disse e se aproximou do mais


novo só porque estava curioso e aquilo seria engraçado.

Harry hesitantemente colocou a mão na cintura de Louis, como quem iria


conceder aquela dança. Mas Louis olhou pra mão dele e negou, lhe dando
um sorriso debochado e tirando a mão dele dali, colocando a sua na cintura
de Harry e o puxando mais pra perto, com um pouco de brutalidade.
Fazendo o garoto ter que por as mãos em seus ombros para seus corpos não
se chocarem. De sua boca saiu um suspiro surpreso pela pegada de Louis.

— Não seja um troglodita! — Reclamou, um pouco afetado.


— Desculpe, príncipe. — Contornou a cintura de Harry com um braço
firmemente e o trouxe de um jeito mais delicado para colar o corpo ao seu.
O que não era a intenção de Harry, mas Louis gostava de provocar. O mais
velho deu um sorrisinho pra ele porque sabia que o garoto estava tímido, a
mão dele hesitou em tocar mais delicadamente o ombro de Louis e Harry
não manteve os olhos presos aos seus quando a outra mão se juntou a sua,
se fechando, geladas por conta do frio mas prontas para esquentarem
estando juntas. — Assim é melhor?

— Cala a boca! — Sussurrou e se recompôs. — Siga meus passos.

Louis revirou os olhos e eles começaram aquela dança estupida. Harry


realmente estava achando aquilo importante e o ensinava cada passo como
se estivesse ensinando a história do mundo. Além de contar a vida de Bach
todinha enquanto tentavam reproduzir os passos juntos. Realmente pisou no
pé de Harry algumas vezes fazendo ele reclamar mas retrucava dizendo que
os pés deles eram grandes demais. Era engraçado como todos os outros
dançavam aquilo da maneira que quisessem, tão bêbados e chapados que
eram como se estivessem em outro mundo, agarrados. E Louis segurava a
risada dentro de si por Harry estar achando que estava fazendo uma boa
ação colocando aquela música para eles como se estivesse ensinando
cultura para aquele povo. Como se eles não tivessem. Louis achava aquilo
ignorante da parte dele e começou a fazer aqueles passos totalmente sem
vontade só pra irritar o mais novo que por mais que o olhasse estreitando os
olhos a cada má vontade de continuar aquilo, continuava a lhe explicar. E
de repente eles estavam dançando certo, um acompanhando o ritmo do
outro e Louis novamente estava sério, não porque estava se controlando pra
não rir, mas porque estava prestando realmente atenção em Harry. Em como
o corpo dele deslizava facilmente ao fazer algo que gosta, como ele ficou
sorridente quando Louis começou a acompanhar certamente seus passos.
Como ele parecia leve e como seus cabelos voavam cada vez que Louis o
inclinava contra sua perna, como se eles estivessem em um salão de uma
festa de gala. Eles esqueceram as diferenças e as raivas recentes que tinham
um do outro, porque naquele momento estavam se divertindo.

— Vê? Não é tão difícil saber de coisas essenciais.


— Dançar valsa é essencial para você?

— Obviamente. — Harry respondeu e Louis começava a perceber que


flocos de neve caiam sobre os cabelos do mais novo pelos chuviscos terem
voltado.

Louis não respondeu e notou como Harry de repente ficou um pouco mais
sério, diferente da expressão divertida pouco vista em sua face, a segundos
atras, embora continuasse com os passos.

— Por que você não me agradeceu?

— Hum?

— Por que não me agradeceu quando viu que eu te inscrevi em uma nova
competição e comprei novos sprays pra você? — Louis lhe observou, não
era uma pergunta maldosa. Não era como se Harry estivesse falando ''você
tem que me agradecer'' era apenas uma pergunta, já que ele não era
acostumado a se redimir.

— Você não pode fazer o que bem entender e depois repor o que você me
fez perder como se isso fosse me fazer ficar feliz, Harry.

Você não pode deixar alguém triste e depois oferecer seus brinquedos como
se isso fosse fazer elas ficarem felizes, bebê. Curiosamente, aquilo fez Harry
lembrar de quando eram crianças e Louis vivia lhe dizendo coisas
parecidas.

— Você não pode quebrar minha moto, só porque você tem o dinheiro do
concerto. Não pode me chamar de bandido para alguém, só porque depois
você pode desmentir e não pode tentar me sabotar, só porque depois você
pode concertar isso. — Louis dizia enquanto fez Harry girar e o parou logo
em seguida, o pegando por trás, meio que como um abraço que a dança os
conduzia. E Harry não parecia pronto para discutir com ele como se tivesse
razão, como sempre.

— E você não pode pinchar meu carro, me chamando de vadia pra quem
quisesse ler, só porque sairia depois... — Harry também disse. E Louis
percebeu no tom dele que ele não estava falando aquilo só porque queria
retrucar e se sair por cima. Parecia estar realmente chateado, embora tenha
o virado de frente novamente e visto que tentava fazer uma expressão
indiferente que não colava muito.

— Eu não te chamei de vadia nesse sentido que você está pensando. Eu fiz
aquilo na hora da raiva, porque você tinha dito que eu era bandido pro
Michael. Eu me senti humilhado, e mesmo tentando apenas te ignorar
alguns dias eu não consegui. Eu te chamei de vadia no sentido de ser...
maquiavélico, digamos assim. Mas embora você me irrite tanto e eu brigue
com você e te diga milhares de coisas, assim como você me diz, eu acho
que extrapolamos ultimamente. Me desculpe se você se sentiu ofendido ou
humilhado. — Louis não estava arrependido de pedir desculpas. Mesmo
que soubesse que Harry não iria pedir também, porque ele era orgulhoso
demais e achava que ter comprados os sprays e o posto em uma nova
competição era o suficiente. Mas Louis sempre buscava ser uma pessoa
melhor. Ele não estava envergonhado de pedir desculpas a Harry, pois
realmente achava que deveria ter conversado com ele a sós, e se fosse pra
xingar um ao outro que fosse a sós, não na frente da família dele ou
tentando humilha-lo em frente aos seus colegas de faculdade. Ele era
diferente de Harry, sempre se orgulhou disso. Não deveria se rebaixar.

Harry o olhou durante alguns segundos antes de assentir devagar. O mais


novo confessa que achou que Louis após ver que ele tinha reposto o que fez
ele perder beijaria seus pés e voltaria para casa, como se Harry tivesse feito
alguma caridade. Ele não era de se desculpaR, de se redimir. Ele sempre
tinha razão de tudo. No entanto, não era como se tivesse planejado as coisas
que fez contra Louis, ele era impulsivo. E embora nunca admitisse pra
Louis, sentiu as palavras duras dele contra si, e chorou quando ele foi
embora porque se sentiu horrível.

— Eu disse, eu não sabia que era uma competição... eu só achei que... —


Pausou, não sabia fazer aquilo direito e nem por onde começar. Mas via
como Jay andava triste nos últimos dias e isso tudo por sua culpa, porque se
não fosse ele, Louis ainda estaria morando em sua casa. — Quando quebrei
sua moto... foi de um modo impulsivo... eu não... não era como se eu tivesse
planejado. Eu fiz porque estava com raiva.... não que isso seja plausível
também... argh! — Harry não sabia como falar de uma forma correta sem
soar tão arrogante, mas esse era ele, mesmo tentando se desculpar. — Mas
como você disse, eu tinha o dinheiro do concerto de qualquer forma. E
quando te chamei de bandido pro Michael, como você também disse era só
porque eu poderia desmentir depois. Ou seja, eu faço tudo na hora da
raiva... e embora eu te ache e te chame de muitas coisas, assim como você
acha e me chama, isso não significa que eu quero ser o que estraga a sua
vida. Eu não quero estragar a vida de ninguém. — Falava totalmente
sincero. — Eu posso ser uma megera, mas não tão mau assim. — Sorriu,
jogando seus cabelos pro lado. — Quando você foi embora eu me senti mau
por Jay... — E por mim. Socou aquele pensamento dentro de si. — Eu não
quero te dar coisas em troca. Eu quero te pedir desculpas.

— O que?

— M-Me d-desculpe.

Louis não estava acreditando que aquele mimadinho do caralho, todo


esnobe estava se desculpando. Era alguma pegadinha? Tinha alguém o
filmando?

Não que ele fosse idiota de achar que Harry estava mudando por causa
daquilo. Quando na verdade era só o peso do que ele tinha feito. Mas era
quase um milagre, visto que nunca se desculpava.

Certamente Harry ama muito Jay para fazer isso por ela.

Porque se ele voltasse a morar com os Styles, não esperava que ele e Harry
se desse bem, claro que não. Eles sempre implicaram um com o outro e
talvez isso acontecesse para sempre. Mas esperava que no minimo não
fosse coisas tão pesadas como as que aconteceram. Harry pedir desculpas,
já era um caminho pra eles voltarem a convivência de te-odeio-mas-não-
faço-nada-prejudicial-para-você do que te-odeio-e-realmente-quero-te-
matar.

Ele já estava pesando em voltar. Droga de Harry e sua valsa idiota!


— E precisou de dois meses pra você fazer algo tão simples? Doeu? Está
derretendo? — Provocou.

— Ora, cale a boca ou retirarei minhas desculpas. — Resmungou voltando


com a expressão irritada.

Mas Louis não conseguia se importar com seu tom malcriado. Harry estava
com flocos de neve fofos sobre os cabelos, as bochechas vermelhas demais
por causa do frio. Seus lábios estavam quase como sangue porque ele
mordia toda hora para não bater os dentes com os ventos gelados. Eles
estavam dançando a porra de uma valsa estupida enquanto Louis tinham um
braço todo contornado naquele cintura, os corpos juntos e sua mão
pinicando para apertar aquele local, se controlando ao extremo. E Harry
com uma mão sobre seu ombro de uma forma delicada, como ele era. E a
outra entrelaçada com a sua, antes as duas mãos gélidas mas não
perceberam quando ficaram quentes uma na outra, quase soando.

E eles dançaram em baixo da lua e em baixo da neve, sem perceberem o


tempo passar, ou a música acabar. E se desequilibraram quando o rap alto
voltou, fazendo Harry tropeçar e na tentativa de Louis ajuda-lo eles caírem
juntos.

E Harry sorriu, ele riu. Como uma criança, como a tempos não sorri. As
covinhas se afundando tanto que Louis teve vontade de enfiar seu dedos nas
duas, pois não era um sorriso falso como ele sempre dava, tampouco
arrogante. Era verdadeiro, e era pra ele. Era olhando pra ele. Em seus
olhos.

Harry foi parando de sorrir aos poucos, para apenas ficar sério ao sentir
aquele cheiro de Louis tão de perto que o embriagava e o fazia ter vontade
de se aproximar e inalar seu cheiro como fez em sua cama.

Por Deus! Havia deitado na cama dele, cheirado e dormido agarrado nos
lençóis.

E agora o olhando, seu corpo reagia como se tivesse esperando por aquilo
naquele tempo que Louis ficou fora.
Estava ficando louco igual Safira?

— Sai de cima de mim! — Mandou quando voltou a consciência.

— E lá vamos nós... — Louis disse quando aquele tom petulante invadiu


seus ouvidos.

Louis se levantou e estendeu a mão para ajudar o mais novo que recusou,
constatando que ele havia voltado ao normal, logo não merecia sua ajuda,
então revirou os olhos pronto para reagir conforme Harry ataca.

— Você sujou a minha roupa nesse chão imundo! — Reclamou alto,


olhando para sua vestimenta e passando suas mãos nela para tentar tirar a
neve e qualquer tipo de coisa que ele achasse contaminante naquele lugar.

— Eu? Você quem caiu!

Harry apenas o olhou como se o ameaçasse e Louis lhe encarou de volta


como se ele fosse louco. Mas Harry não se importou, porque quando se
tratava de suas roupas ele era louco mesmo.

— Aaah! Onde há um banheiro nesse fim de mundo?

Louis quase não lhe disse, só porque ele estava sendo irritante novamente.
Mas resolveu mostra-lo só porque não queria aturar Harry reclamando em
seu ouvido.

O que não adiantou.

Porque ao caminho para o apartamento de Liam e Zayn teve que aturar


Harry discursando em como sua preciosa roupa estava suja, em quanto ela
custou para ter sujado, em como suas botas estavam entupidas de neve, em
como o prédio onde Zayn e Liam moravam era um muquifo que iria cair
aos pedaços a qualquer momento, que deveria ter ratos nos corredores e
reclamou que não havia elevador, reclamou que teve que subir escadas e
reclamou quando entrou no apartamento e visualizou cada canto do
minusculo local, o comparando ao tamanho de um Iglu. E só parou seu
monologo de reclamações quando Louis ameaçou sair do apartamento e
voltar pra festa mas Harry pediu pra que ele o esperarasse usar o banheiro,
porque vai que algum ''bandido'' invadisse o local enquanto ele estivesse ali
sozinho. Então Louis esperou, e mesmo de dentro do banheiro Harry
voltava a reclamar de qualquer coisa existente, desdo tipo de piso do
banheiro até questiona-lo se ali tinha água quente. Era insuportável, Louis
estava quase arrancando os cabelos.

Harry não calou a boca nem quando saiu do banheiro.

— Porque eu não sei como você consegue viver aqui... qual é, até seu
quarto lá em casa é mil vezes melhor...

— Cala a boca.

— E vocês ao menos tomam água mineral ou é da bica mesmo? Porque se


for pra julgar pelo estado do apartamento...

— Cala a boca.

— Eu vi apenas um sabote no box, vocês compartilham, não é? Isso é


nojento!

— Harry, cala a porra da sua boca!

— E você não faz sexo a três com eles, não né? Eu ouvi dizer que você tem
amizade colorida com seus amigos, espero que tome cuidado senão pega
uma dst e imagina—

Foi interrompido, porque Louis já estava perdendo a paciência, e como


sempre quando faz para Harry calar a boca e parar de surtar por nada, deu
um selinho nele. Porque se fosse pra ele se descontrolar, que fosse por um
motivo engraçado, não que fizesse Louis ficar com dor de cabeça com seus
gritos.

Se aproximou do mais novo e segurou nas bochechas dele, apertando e


consequentemente fazendo ele fazer um biquinho, que seus lábios se
encostaram ali brevemente só pra ele parar.
Só que foi tudo muito rápido, o que fez Harry se escorar na parede quando
Louis o soltou.

— Para de reclamar! — Falou embora soubesse que Harry agora surtaria


pelo selinho roubado.

Mas não viu os pés batendo no chão o esperneio de criança mimada e nem
xingamentos.

— C-Como... como você ousa? — Foi tudo que Harry perguntou.

O garoto estava escorado na parede e com as mãos juntas, seu rosto estava
nem um pouco raivoso, apenas... curioso? Louis não saberia explicar a
expressão dele porque não era uma raivosa como era de se esperar. Harry
estava com os lábios entreabertos e o olhando através de alguns cachos em
seu rosto.

Louis não sabia como agir, porque esperava outra atitude de Harry. Mas ele
estava simplesmente quietinho... e radiante.

Não percebeu seu corpo se aproximando devagar no mesmo tempo que os


olhos de Harry iam crescendo e ele se escorando cada vez mais na parede,
como se quisesse atravessa-la, e não era como se Louis fosse forçar um
beijo então parou, mas parou próximo demais ao ponto de sentir aquele
cheiro doce e a respiração quente de Harry bater em seu rosto. E ele
continuava quieto, não dizendo nada, mas os olhos se prendendo em seus
lábios. Louis via. Harry pôs uma das mãos em se abdômen, como se
quisesse empurra-lo, mas não o fez, ele sussurrou um ''Louis'' que deveria
ter saído como uma ordem pra ele se afastar, mas saiu baixinho e indeciso, a
mão em seu abdômen ficou parada, sem empurra-lo. Olhando pros próprios
dedos ali, quase fechando sua mão no blazer, quase o puxando. Deu
algumas batidinhas em seu peito, como se procurasse uma resposta que não
estava conseguindo dar porque seus olhos voltaram a focar em Louis. Em
Louis e sua barba, em Louis e seus olhos azuis, seu maxilar marcado e seus
lábios. E sem perceber, seus dedos se enroscaram no blazer e levemente
puxou, quase imperceptível, mas que Louis notou e foi sua deixa.
Seu rosto se aproximou devagar, notando cada reação que passava pelo
rosto de Harry, não parecendo o garoto que estava surtando por besteiras e o
deixando com dor de cabeça a segundos atras. Muito menos parecendo o
garoto soberbo que adora mostrar que tem mais que os outros. Ele só estava
parecendo o... Harry. Apenas Harry, um metidinho lindo demais. Que tinha
os lábios naquele momento tão vermelhos e tremolos de frio que fazia
Louis ter vontade de chupa-los.

Estava tão próximo e olhando nos olhos verdes que quase não notou quando
seus lábios se encostaram naquelas cerejas avermelhadas, mas um suspiro
veio de Harry o fazendo olhar brevemente seus lábios e em seguida pra ele.
Ele ainda não estava surtando... bem longe disso, ele continuava estático,
como se esperasse, e aquela carinha que ele fazia era tão radiante de se ver
que Louis não conseguiu evitar de lamber seus lábios brevemente. Sua
língua se arrastando levemente sobre o lábios inferior e depois o superior,
sentindo breve o gosto nostálgico daquela boca gostosa, que o fez fechar os
olhos por alguns segundos e Harry tremer levemente.

Nem ao menos encostava em seu corpo esguio, nem com o seu próprio ou
com as mãos que já haviam descido de suas bochechas desdo primeiro
selinho, mas era como se sentisse todas as reações dele. E a mão do mais
novo continuava ali, em seu blazer, seus dedos mais fortes que nunca.

— Droga, Harry! Por que não está me afastando? — Perguntou ao sentir


seus lábios se esbarrando com o do mais novo algumas vezes. — Harry não
respondeu, ele continuava a encarar seus lábios como se também
questionasse a mesma coisa, o barulho da respiração dele era audível, e os
olhos verdes voltaram a capturar os seus quando seu polegar tocou aqueles
lábios cheiinhos e macios que estava o hipnotizando, e inconscientemente
Harry fechou os olhos e naquele momento Louis não sabia se iria conseguir
se controlar.

Harry chegou um pouquinho pra frente, seus lábios procurando os de Louis


e ele fez um biquinho que quase fez Louis sorrir, mas se controlou, se
controlou apenas para aquilo porque no segundo seguinte sua mão estava na
bochecha dele novamente, juntamente com a outra e seus lábios juntos aos
dele em um selinho mais longo.
Seus lábios se arrastaram ali levemente e se encaixaram melhor, seus dentes
mordendo o lábio gordinho e o puxando com uma calma que matava os dois
de ansiedade. Harry deixava Louis brincar com seus lábios e se permanecia
imóvel, só sentindo como seu corpo reagia de uma maneira satisfatória
demais só com aquilo.

E aquilo o assustava, porque não era assim com Fionn. Nunca foi assim
com Fionn.

Louis sentiu a outra mão de Harry parar em seu peito também e o puxar
para si, fazendo seus corpos colarem e uma enorme tensão se estalarem
neles, porque Louis queria prensar Harry forte na parede e o beijar tanto até
tirar seu folego, queria agarrar suas coxas e aparta-las e faze-lo ficar com os
lábios inchados, faze-lo perder o folego.

— Não faz isso... — Louis sussurrou contra seus lábios e Harry o olhou por
de baixo daqueles cachos e hesitou com suas mãos, as afastando dele e seu
rosto tão vermelho por aquilo.

Mas Louis não queria que ele se afastasse, não queria que eles parassem e
que Harry achasse errado aquilo naquele momento. Harry desviou o olhar,
como se pensasse no que os dois estavam fazendo, como se fosse surtar a
qualquer momento, mas Louis não deixou. Jogou tudo pros ares nem que
fosse por apenas alguns minutos, e segurou o rosto de Harry, o garoto lhe
olhando com aquelas bolas verdes brilhantes e assustadas com ansiedade, e
o beijou de verdade.

Harry sentiu seus lábios serem mordiscados e teve que segurar um gemido
dentro de si quando sentiu a língua de Louis finalmente procurar a sua, e
foda-se o que se passava com ele naquele momento, só queria retribuir e se
sentir nas nuvens como se sentiu quando Louis o beijou na noite dos seus
18 anos. Então esfregou sua língua com a dele e o beijo se iniciou como a
dança deles a minutos atras. Lento porem deslumbrante. Harry realmente
estava tremendo e ele não sabia se era pelo frio ou por Louis. Suas mãos
doíam de tanto que resistiam em toca-lo melhor e confessar que queria tanto
aquilo, mas não resistiu e agarrou a nuca dele em um pedido mudo para que
continuasse, pra que não parasse. E Louis no mesmo momento desceu as
mãos para sua cintura por cima do seu sobretudo e puxou seu quadril tão
forte que se chocou com o dele e levemente seu corpo foi contra parede, em
um baque surdo que o fez ofegar mais alto do que deveria e Louis explorar
sua boca com tanta vontade que queria gemer sobre seus lábios gostosos.

E quando começou a reagir a aquele beijo de uma forma mais entregue


arranhou levemente a nuca do mais velho, seus dedos brincando com os
cabelos que tinha ali e seus lábios fechando e abrindo sobre os dele e os
chupando com vontade, estava se demonstrando desesperado para Louis
mas não se importava, retribuía como seu corpo queria e sentiu o sorriso de
Louis se formar entre o beijo com sua reação, queria lhe dar um soco por
ser tão convencido por estar reagindo a ele, mas não conseguia se importa
com aquilo no momento, não quando Louis apalpava sua cintura tão
firmemente e espremia os dedos ali como se quisesse marca-lo. Não quando
ele prensava o corpo ao seu, os dois quase se fundindo e uma perna dele
indo parar no meio das suas de tanto que prensavam um ao outro, sua coxa
sendo exposta pra ele e Louis a apertando fazendo-o quase chorar por sentir
seu corpo implorar pra que aquilo não acabasse.

Louis conseguia ser tão doce e rápido em um beijo ao mesmo tempo.


Porque sentia como seus lábios o tratavam com ternura, até mesmo quando
eram mordiscados. Suas mãos em seu corpo eram firmes, porem não
insinuativas. Eram quase apertos amáveis demais... apenas porque aquilo
era raro de acontecer, apenas porque era como se eles tivessem guardando
aquilo dentro deles a tanto tempo que queriam tocar o corpo um do outro
apenas para se sentirem melhor. Ou Louis chama-lo de seu naquele
momento.

Louis era tão... Louis. E Harry se derretia com aquilo.

E Louis queria chupar os lábios do mais novo o dia todo se pudesse. Queria
escutar os ofegos dele e suas suplicas por aquilo. Queria seus dedos nele e
tocar seus braços e pernas como se fosse a porra de uma escultura
importante e queria que Harry se sentisse importante. E Harry sentia! Sentia
toda a atenção positiva que Louis nunca o dava naquele beijo. Se sentia
notado e desejado por ele, não apenas um ser fútil. E eles estavam tão
desesperados que eram como se estivessem dando o primeiro beijo de suas
vidas. Sem as partes ruins que são os dentes se batendo e toda saliva
desnecessária. Mas sim o frio insuportável na barriga, a ansiedade por mais,
o clamor por mais. Os ofegos e gemidos por nada. Apenas porque era bom.
Apenas porque qualquer minimo movimento era tão gostoso a ponto deles
esquecerem quem são.

Mas, infelizmente, tudo que é bom dura pouco. Ainda mais se tratando dos
dois, que 10 minutos em paz já eram demais para a rotina odiosa deles. E
quando Harry se viu sussurrando o nome de Louis inúmeras vezes e quase
implorando pra ele o beijar a noite toda, se tocou do que estava
acontecendo.

E Louis simplesmente foi empurrado.

Ele sequer reagiu a muito tempo surpreso com aquilo, ele já esperava.
Porisso, depois de 5 segundos após a quebra do beijo ele já estava
preparado pelos surtos, embora ambos os corações ainda estivessem
acelerados.

— Lá vem... — O mais velho sussurrou para si mesmo enquanto nem


olhava mais pra Harry, seus dedos em seu lábios meio que ainda
desacreditado que tinha beijado o mais novo mesmo.

— C-Como você? Como... Ah! Eu te odeio! — Harry gaguejou e Louis


quase sentia sua dor de cabeça voltar só por imaginar os gritos que Harry
voltaria a dar.

E veja, inicialmente ele só queria dar um selinho nele não porque queria
beija-lo, mas só porque era divertido e menos chato ver Harry reclamando e
esperneando por algo tão simples como aquilo. Era divertido tira-lo do
sério. Mas acontece que realmente o beijou e não pra irrita-lo, beijou
porque queria, porque gostava dos lábios dele nos seus. E aquilo o
preocupava e também o irritava. Estava irritado consigo mesmo. Com os
surtos de Harry, se irritaria com ele também

— Não é novidade você me odiar, eu não me importo e você também não é


o agradável que pensa que é! — Louis lhe respondeu. — Mas só falta você
me dizer agora que eu te agarrei a força e te prendi enquanto te beijava.
Supera! Não estou feliz também com o que fizemos, mas é só um erro.
Mais um pra nossa lista. — Revirou os olhos e tentou ser indiferente a
aquele beijo dos dois.

Mas a verdade é que estava xingando a si mesmo. Porque era Harry! Não
deveria beija-lo! Ainda mais depois das brigas que tiveram e depois do que
ele fez! Não era porque tecnicamente aceitou as desculpas dele que deveria
logo em seguida beija-lo. Não que tivesse preocupado com Harry achando
que aquilo significasse alguma coisa, porque da mesma forma que Harry
poderia jogar aquilo contra ele, ele também podia. Por Deus! Eles já
transaram! Nem por isso eles acham que um e o outro acham aquilo algo
demais.

Estava irritado porque não deveria gostar de beijar um garoto que sempre
quando tinha oportunidade tentava diminui-lo.

E Harry estava surtando porque era Louis! A porra do filho da empregada!


Um ninguém.

Ou apenas o único cara que achava que ele era nada demais. Que se tivesse
que escolher entre um mendigo a ele, escolheria o mendigo porque para
Louis ele era sem graça e não merecia sua atenção. Harry estava odiando
tanto Louis naquele momento por faze-lo ficar tão vulnerável a alguém que
nem ao menos lhe dava atenção a não ser que fosse para dizer que ele é
fútil. Queria chutar as bolas dele. Queria arrancar a própria pele e tentar
mexer em todos seus órgãos que estavam bagunçados e ainda reagindo a
aquele beijo como se ele fosse alguma princesa de um filme da Disney.

— Só podia ter alguma droga nessa bebida barata para que eu agisse assim.
Ou o cheiro de maconha do seu amigo Zayn me fez ficar louco e em outro
mundo, porque eu namoro e nunca te beijaria em sã consciência! — O que
era total mentira, Harry não pôs um pingo de álcool na boca ou qualquer
outra coisa.

Ele tinha que se sentir daquela forma com Fionn, Fionn sim era alguém que
o merecia, que lhe achava todos os adjetivos bons existentes. Fionn merecia
que seu corpo reagisse a ele como reagiu a Louis essa noite.
— Engraçado como você sempre bota a culpa em alguém ou em alguma
coisa pelos atos que tem, não é? Como quando eu te fodi e você ainda age
como se tivesse tomado litros e litros de álcool e por isso abriu as pernas
pra mim.

Harry arregalou os olhos porque ele e Louis combinaram de não ficarem


tocando nesse assunto. Era pra eles esquecerem! Embora Louis vez ou outra
tocasse no assunto para lembra-lo que mesmo que ele achasse o mais velho
repugnante, ainda sim foi perder a virgindade logo com ele. E também,
justamente por isso, não gostou da forma que Louis falou. Não gostava de
pensar que apenas ''passou na mão de Louis'' como se ele não fosse nada e
apenas mais uma pessoa que ele se deitou. Porque ele podia xingar Louis,
mas foi uma noite importante pra ele. Ele sonhou a sua adolescência toda
com o dia que faria amor com alguém. Não queria que aquela noite fosse
lembrada apenas como uma foda.

— Não fale assim comigo! Eu não sou seus amigos e combinamos que
aquilo foi um erro!

— Foi sim. Mas diferente de você, eu assumo os meus erros. Eu não culpo
a bebida ou você. Então admita seus erros. Hoje foi mais um, eu te beijei e
você me beijou. Foi uma estupidez, concordamos com isso! Você não
precisa surtar no meu ouvido.

— Não preciso surtar? Como não preciso quando parece que você planejou
tudo isso? Aposto que deveria estar elaborando a muito tempo esse
momento e só me trouxe aqui para me seduzir e tentar fazer am- e se deitar
comigo! Como se eu fosse uma das pessoas que você usa a qualquer dia.
Mas fique você sabendo —

— Meu Deus! Como você pode falar tanta merda? Seu ódio por mim e sua
vontade de retrucar exatamente tudo te faz cego! Você é louco? Você que
veio atras de mim e pediu para vim comigo. Aliás, para querer subir na
minha moto e vim para um bairro em um ambiente que você nunca botaria
os pés deve ser porque não estava aguentando mais seu mundinho que você
acha que é perfeito. Ou talvez, o tal do Whitehead que parecia bem
bravinho com você. Então para de dizer asneiras e insinuar algo de mim.
Deveria me agradecer, pois se eu não tivesse te trago era capaz do
medicozinho estar tentando te forçar a algo, não eu! — Louis estava
irritado. Harry era uma porra de um mal agradecido.

— O que você sabe sobre o meu namorado?! Não fale assim dele, tenha
respeito! Ele é um homem digno que merece estar comigo. Não é um
moleque igual a você! Não fale coisas que não sabe e não se meta no meu
relacionamento! Se meta em seus relacionamentos, já que tem vários e se
relaciona com todas as pessoas que conhece. Eu devo agora estar até com
alguma bactéria na minha boca!

— Eu me relaciono com quem quer se relacionar comigo. E me cuido muito


bem então essas suas piadinhas não colam comigo, já deveria estar
acostumado. — Lhe deu um sorriso que fez Harry ficar com mais raiva
ainda. — E eu sou moleque? Pelo menos sou eu que respeito o limite das
pessoas. Porque quando você quis transar comigo eu me garanti várias
vezes que você realmente queria! Eu te perguntei inúmeras vezes e fiz você
gozar várias vezes antes só pra ter certeza que mesmo pós orgasmos você
iria querer. Pra ter certeza que não era apenas um prazer do momento!
Porque eu me preocupei com você! Porque podemos nos odiar mas eu não
sou um filho da puta! Já Fionn, como eu vi na sua estupida festa de
seguidores, estava tentando te forçar a dormir com ele. E tenho certeza que
ele já tentou antes, mesmo você não querendo. Agora eu que sou xingado
de moleque? O medicozinho é maravilhoso só porque é um homem
formado, rico e médico e eu sou moleque só porque não vivo no seu
padrão? Então não me compare a aquele merda, porque se você ta com a
consciência pesada de ter traído ele é apenas abrir o jogo para ele e se
conscientizar que foi um erro seu! Assim como eu errei em te beijar porque
agora estou tendo que ouvir as merdas que você fala! Me poupe dos seus
surtos e apenas volte pra casa e ligue para ele e se esqueça que hoje você
quis sair de perto dele para vim comigo.

Louis desabafou, ele saberia lidar muito bem com qualquer coisa que Harry
falasse porque era previsível qualquer tipo de reclamação que ele viria a
fazer. Mas não conseguiria suportar simplesmente Harry lhe comparando a
um babaca que não o respeitava e que Harry mesmo assim era cego e lhe
achava um príncipe. E ainda foi acusado de algo que o próprio Fionn faria e
fez! Não ele! Ele nunca seria igual a Fionn. Nem sequer estava pensando
em algo sexual enquanto beijava o mais novo e mesmo que viesse a pensar,
não iria fazer nada com ele, mesmo que ele implorasse.

Não deveria nem te-lo beijado porque foi esse seu troco. Nem ao menos o
trago.

Harry se sentia pequeno, como se tivessem dado facadas nele. Ele não sabia
o que dizer porque estava envergonhado, porque sempre viu Fionn como
alguém que era bom pra ele, não importava nada alem de que ele era seu
tipo de homem certo. Se idealizou com ele e seria ele. Porque Fionn era
como um príncipe encantado, que sempre sonhou para si. Pelo menos na
aparência e nas conquistas. Mas Louis estava ali lhe jogando na cara os
defeito de Fionn que ele não queria enxergar, porque talvez Fionn só fosse
um cara vestido de príncipe.

Mas se não tivesse Fionn, quem ele teria?

Os garotos precoces de sua faculdade que só de lhe beijar molhava as


calças?

Alguém irrelevante que beijaria seus pés?

Mas se sentiu idiota quando Louis jogou em sua cara que ele não era igual a
Fionn. E ele estava certo, ele não era. Louis, pelo menos naquela noite dos
seus 18 anos, foi tudo que ele sonhou em ter.

Mas só naquele noite.

Então se sentiu chateado e já não queria estar mais ali. Porque Louis falava
de seu namorado mas quem era ele pra dizer o que era melhor pra si? O que
ele deveria ter? Alguém como Louis? Que nunca enxergaria suas
qualidades?

— Eu quero ir embora. — Foi tudo que ele respondeu.

— Não deveria nem ter vindo. — Louis retrucou e Harry ficou quieto.

Louis iria leva-lo, já que o trouxe. Mas assim que iria abrir a porta um casal
chapado entrou no apartamento.
— Ei! — Liam disse animado, totalmente bêbado e sendo praticamente
carregado por Zayn que estava com os olhos quase fechados e vermelhos
por conta da maconha, o corpo do garoto magro estava tão leve que quase
estava caindo junto a Liam. — Se pensam em voltar pra festa, desistam! A
festa acabou. Começou a nevar demais! — Liam fez um bico e Zayn riu,
não porque era engraçado mas sim porque ele estava rindo de tudo por
conta da maconha.

— Não. Eu vou apenas levar Harry para casa dele e daqui a pouco eu volto!
— Louis respondeu, quase ajudando Zayn e Liam a se movimentarem.

— Acho que não vai dar, bro. Esta nevando realmente muito. — Zayn disse
e em seguida riu da expressão de desespero de Harry. — As estradas estão
lotadas de neve, e a não ser que tenha um avião aqui acho que não vai dar.
Mas Harry pode dormir aqui, amanhã você vai embora. — Zayn sugeriu e
se ele estivesse um pouquinho mais sóbrio iria estar se divertindo com
aquela situação porque era capaz de Harry querer ir embora a pé do que
passar a noite ali.

O casal foi se arrastando pro quarto deles, estavam tão cansados que apenas
cairiam na cama e dormiriam assim que fechassem os olhos.

Quando Zayn e Liam sumiram, Louis passou as mãos pelo cabelo e olhou
para direção de Harry mas ele não estava mais ali e sim na janela, checando
a rua que realmente estava infestada de neve e seria impossível andar nas
estradas.

— Por que você está tão calmo? Você não ouviu? Isso é um pesadelo! —
Harry dramatizou, dando tapinhas em suas bochechas desejando realmente
acordar. Ele não queria dormir em um lugar que provavelmente seria
atacado por baratas e ratos. E mais algumas horas ali e ele já cheiraria a
pobreza.

— Você quer que eu faça o que? — Louis respondeu, extremamente calmo.

— Não sei! Mas de um jeito! Não é possível que não tenha uma maneira de
sair desse lugarzinho chechelento! Eu não quero e não vou dormir aqui!
Onde já se viu eu trocar minha cama quentinha com meu gato para dormir
aqui com insetos e ratos! Nunca! — Harry se abraçou, não só por causa do
frio mas porque estava tremelicando de nojo só de imaginar uma baratinha
subindo em cima dele.

Louis riu forçadamente.

— Meu nome é Louis, não Harry Potter. Não sou um bruxo para fazer uma
magia que acabe com a neve e nem varrer a estrada apenas pra te levar
embora. Ligue pro motorista do seu pai, não sei! Vai que ele se arrisque a
morrer entalado em alguma estrada, mas eu não vou. Caso ao contrário,
pare de birra desnecessária e durma por aqui que amanhã bem cedo eu te
levo ou você pega um táxi, tanto faz! Apenas sei que vou me trocar e
dormir, ao invés de aturar suas reclamações. Não está satisfeito? Vá a pé!
— Sorriu para ele vendo a cara de indignação que Harry estava fazendo,
mas antes de entrar pro quarto, voltou a falar. — Não se preocupe que
somos bem limpos. Não há ratos ou insetos, mas caso aparecesse algum eu
faria questão de joga-lo em cima de você. Boa noite.

✖✖✖✖✖

Louis estava a quase meia hora já trocado, com moletom quentinho na cama
de solteiro tentando dormir. Mas sua cabeça não deixava. É que estava frio
demais, e ele não conseguia ser ruim o suficiente para não pensar em Harry
que deveria estar ainda na sala de birra, porque ele não teria saído pra tentar
andar até em casa, mesmo que Harry fosse louco.

Suspirou e se levantou, o vento gelado batendo forte em seu corpo mas ele
não ligando e indo até o pequeno guarda roupa que tinha alguma das suas
coisas e pegou um moletom para Harry também.

Quando abriu a porta do quarto seu coração doeu, mesmo que Harry
estivesse sendo a porra de um mimado. Mas é que ele tava sentado todo
encolhidinho e com as pernas tremendo de frio e com um bico enorme nos
lábios enquanto tinha os braços cruzados por pura birra.

— Você vem ou não? — Louis perguntou e Harry o olhou com os olhos


estreitos, com raiva por ele ter o deixado ali reclamando sozinho no frio
como se ele fosse uma criança desobediente.
E por sua vontade própria iria ficar ali esperando a neve derreter pra poder
ir embora, mas como estava praticamente congelando ali se levantou com
raiva e viu que Louis estava lhe oferecendo roupas e só aceitou porque não
queria amassar as suas. Então foi até Louis e as pegou com força as peças
da mão dele, indo com passos firmes se trocar no banheiro.

Louis ficou ali no batente da porta quase dormindo e quando Harry voltou
quase riu por ele estava andando igual um pinguim por ter tirado as botas e
seu pés estarem encostando no chão gelado.

Mas ficou quieto, analisando como seu moletom e calças ficaram no corpo
do mais novo, estavam na medida certa e não era nada demais alguém
vestindo roupas de dormir. Mas queria morrer por ter achado adorável como
Harry ficava em uma roupa simples e que era DELE.

— Você só usa adidas? — Harry resmungou.

— Você só usa Gucci? — Louis retrucou.

Harry entrou no quarto que pela primeira vez não reclamou do comado ser
minusculo porque pelo menos assim era mais quente.

— Onde eu coloco? — Olhou pra Louis, se referindo a suas roupas


perfeitamente sobradas, suas botas e seus anéis.

Louis pegou as coisas da mão dele e botou dentro do armário, isso fez
Harry fazer outra pergunta chata.

— Ninguém vai roubar não, não é?

— Vão sim, e com dinheiro vamos comprar droga! — Louis respondeu


sério como um aviso pra ele parar de resmungar e dormir logo.

— Por que você ainda não saiu daqui?

— Como?

— Vai logo pro sofá, eu quero dormir pra acordar logo e sair desse
pesadelo!
Louis riu.

— Você acha que eu vou dormir no sofá? — Riu mais uma vez. — Você
que vá para o sofá, ou então durma no chão ou no meio de Liam e Zayn, se
não quer ficar aqui. Boa noite.

Louis se deitou na cama e se virou de costas para Harry. O mais novo olhou
o tamanho da cama e resmungou. Aquilo era minusculo!

Contra sua vontade, se sentou na cama e começou a resmungar que ela era
dura, e quando se deitou e se cobriu — O mais longe possível de Louis —
reclamou que o edredom não esquentava igual o seu que era aquecido
ligado na tomada, e perguntou se não havia outros mas Louis não estava lhe
dando atenção, começando a roncar de implicância pra fingir que estava
dormindo.

Então Harry aceitou aquela situação deplorável e se virou de costas para


ele, se cobrindo até a cabeça porque realmente estava congelando e seu
corpo não era acostumado com um ambiente tão gelado. Sempre quando
neva ele nunca sente de dentro do seu quarto, tinha aquecedor e cobertores
que se aqueciam, ele poderia dormir nu que continuaria quente. E naquele
momento seu coração doeu ao pensar nas pessoas daquele bairro que
provavelmente estariam tremendo tanto quanto ele por não terem aqueles
privilégios e casas tão mal construídas que os expunham ao frio. Pensou nos
moradores e rua e aquilo realmente doía seu coração tanto que ele só queria
doar todos os seus cobertores aquecidos e comprar muito mais para todos
que estivessem na rua, animalzinhos também. Mas ele nunca admitiria
aquilo para Louis.

Depois de algum tempo, Louis constatou que não conseguiria dormir


enquanto Harry batia os dentes de forma tão audível. Ele realmente não
conseguia ser ruim e não se importar com o garoto. Harry era tão
acostumado com sua casa quente que estava quase virando uma pedra de
gelo ali.

Talvez se arrependeria do que iria propor, mas não conseguia ignorar.


— Harry... eu sei que o que eu vou te propor parece ridículo, mas eu não
consigo dormir com você fazendo tanto barulho. — Começou, como se o
motivo fosse ele não conseguir dormir, e não porque esta preocupado com
ele. — Se quiser, não aceite. Mas calor corporal ajuda a ficarmos mais
aquecidos, então se você quiser pode me abraçar.

E diferente do que imaginava, que era Harry reclamando e negando de


primeira, o garoto se virou rapidamente para ele e agarrou seu moletom,
ficando encolhido grudado em seu corpo enquanto o rosto estava enfiando
em seu peito.

— N-Não vai funcionar se v-você não me abraçar... — Harry disse batendo


os dentes, por isso gaguejando. E Louis se tocou que ainda estava parado.

Então rapidamente envolveu seus braços ao redor de Harry, tentando o


abraçar e o deixar próximo o máximo possível. Provavelmente Harry estava
escutando seu coração acelerado, mas o dele também estava.

Harry sentia o cheiro de Louis tão forte que quase não estava ligando pro
frio. Se sentia como um filhotinho sendo abraçado por ele, como se não
quisesse sair dali. Se aconchegou mais nele, seus pés se enroscando e suas
pernas se entrelaçando, sua barriga estava fria e seu nariz se arrastava
levemente no peito dele. Absorvendo aquele cheiro que estava sumindo em
sua casa mas agora estava tão forte. Tão familiar e acolhedor. E mesmo não
estando em casa, Harry estava se sentindo em casa.

Louis não conseguiu dormir até Harry dormir. Pois o corpo de Harry
realmente tremia e ele não queria que o garoto amanhecesse doente, por
isso o abraçava com toda força que podia, o abraçava protetoramente e fazia
carinho em seus cachos até ele ficar totalmente calminho.

Somente por conta do frio.

Mas quando sentiu a respiração de Harry calma e se deu conta que ele já
estava dormindo, continuou o abraçando e fazendo carinho em seus
cabelos, sentindo o cheiro bom que eles tinham enquanto sua bochecha
estava esmagada contra cabeça dele. Harry estava como um anjinho e Louis
não sabia lidar com aquele Harry.
Ele não sabia controlar seu coração com aquele Harry.
6. i remember when you wanted a
family... and damn! i wanted to be
your family.

N: OOOOOOI MEUS AMORES!

Novamente eu aqui, atualizando de madrugada. Ao invés de falar que


atualizo aos domingos, eu deveria falar que atualizo de madrugada ou
nas manhãs de segundo. porque pqp, nunca entro a att antes de 0:00 e
já são quase 6:00 KKKKKKKKKKKKKK desculpa, amores. Sou uma
pessoa noturna u.u

Gente o capitulo passado bateu mais de 1.000 comentários. Voces são


demais! <33333333333333

Eu leio todos os comentários de todos os capítulos e vejo vocês ansiosos


pelo mpreg, inclusive muitos de vocês acharam que o cap anterior tinha
sexo ou mpreg por causa do tamanho. hahaha desculpem, eu disse que
a fic tem capítulos grandes porque não vou faze-la com muitos
capítulos. No máximo 20, então tem capítulos enooooormes mesmo. O
que não é o caso desse, este está curto, mas é essencial. Esse capitulo
fecha um ciclo da fic, esses 6 caps foi meio que a ''introdução'' e a
partir do próximo a história começa a se desenvolver. Então peço pra
que esperem para as coisas acontecerem, nada está longe e tudo tem
seu tempo. <33

Enfim, tenham uma boa leitura. <333

_______________________________
Louis sentia seu nariz roçando em algo macio e cheiroso, identificando que
eram cabelos e inconscientemente se arrastando por ali. Seu braço estando
em volta de um corpo comodamente, seu quadril encaixado perfeitamente
nele, sua mão pousada em um lugar fofinho cheio de gordurinhas de uma
cintura que ele sabia detalhadamente arrepiar, se quisesse. Seu nariz desceu
um pouquinho e se esfregou pela nuca cheirosa e perfumada por aquele
aroma doce que jurava odiar e ainda misturado com seu próprio eerfume
que vinha de suas roupas, que ele vestia, que ele dormia.

Louis queria ter sonhado e aquele não ser realmente Harry, só por ser mais
fácil deles lidarem com aquela situação quando fosse a hora. Mas seus
olhos já estavam abertos e aquele ninho enorme de cachos em sua visão, os
dois cobertos até os pescoços e sua mão pousada delicadamente na cintura
do mais novo, nem sabendo em qual parte da noite que ela entrou por de
baixo do moletom que Harry usava e se acomodou ali de forma quente.

Era impressionantemente assustador como mesmo eles tendo trocado de


posições alguma vezes, não se soltaram. Louis estava assustado, mas
assustado de uma forma que aquecia seu coração. Porque, porra! Aquele
Harry era demais pra ele. Quieto, dormindo como um anjo, sendo abraçado
e apertado por ele, seus pés entrelaçados, as respirações calmas e os
ronronos que dava alguma vez ou outra.

E eles se beijaram! Porra, sim! Se beijaram enquanto agarraram um ao


outro e tentavam ao máximo deixar aquilo melhor ainda, se possível.
Porque era bom, bom demais, Harry era bom em sua boca, em seus braços.
Harry era só Harry naqueles momentos e Louis realmente não sabia lidar.

Ele só sabia lidar com o Harry mimado que era 99 por cento do dia. E então
voltou a ter consciência que o que havia acontecido na noite anterior de fato
não era pra acontecer, nem ele continuar abraçando o mais novo. Pois
realmente não importa se Harry tinha alguns momentos de doçura, quando
na verdade ele era um ser insuportável a maior parte do outro tempo. E era
exatamente por aquilo que preferiu sair da mansão.

Soltou Harry, se afastando do corpo dele e se sentando na cama enquanto


observava o garoto continuar completamente imóvel. Olhou a claridade que
batia o quarto, denunciando a manhã já chegada. E ao olhar novamente o
corpo esguio, Louis pensou que Harry dormia tranquilamente demais para
um riquinho metido a besta dormindo em um lugar que ele estava
esperneando na noite passada para não ficar.

Porra, precisa de um cigarro!

Se levantou e olhou para a janela, neve ainda caindo, só que fracamente, e


as que ocupavam as estradas já se derretendo.

Ele precisava de um banho, de um cigarro e de se livrar de Harry.

✖✖✖✖✖

Quando Louis tomou seu banho já com a mente clara se contentando que
tudo havia voltado como antes, e vestiu uma roupa limpa, foi para a cozinha
vendo que o casal de amigos já estavam acordados (e de ressaca, como
sempre) e que Stanley também estava ali, preparando a mesa porque
tomaria café com eles, o que era comum. Quando ouviu o barulho da chuva
estalando contra o teto, se lembrou que tinha que levar Harry para casa, e
mesmo que não fosse ao menos oito da manhã, já estava considerando que
o mais novo estava ali tempo demais. E a ultima coisa que queria, era ter
dor de cabeça novamente por causa dele. Caso ao contrario, os dois meses
que o evitou seriam em vão.

Por isso, pediu para que Zayn fosse acordar Harry, enquanto tomaria seu
café. E Zayn foi, porque entre Liam e Stanley, Zayn era o mais calmo e era
o que não daria um soco na cara de Harry se o mais novo falasse alguma
besteira.

O moreno era realmente calmo, ele era o tipo de pessoa que mesmo com
raiva demonstrava aquilo com um ar de tranquilidade. Alem de ser muito
receptivo. Não ficou surpreso com piadas ou perguntas idiotas de Harry
quando o acordou, Louis vivia reclamando dele quando os dois brigavam, já
esperava por qualquer coisa. Chegava a achar engraçado como o garoto
parecia uma criatura de outro mundo ali, em como ele disse que acordou de
um pesadelo para outro pesadelo quando se viu ainda ali. Como disse que a
cama e os cobertores o coçam e em como ele era mau humorado de manhã.
Ou como o ofereceu para tomar um banho e Harry deu uma surtadinha por
a água não esquentar tanto assim. Zayn teve que abrir um sabonete novo
porque o mais novo nunca que seria o tipo de cara que compartilha coisas
intimas. E isso incluía a cueca nova que teve que lhe emprestar. Era
realmente nova e vermelha cor de sangue que Zayn havia comprado só
porque Liam amava vê-lo em cores vivas, mas que agora estava abrigando
um pau de rico que ainda teve a audácia de dizer quando viu a embalagem,
que aquela marca era da pior qualidade.

Mas é que Zayn não se importava, realmente não. Na verdade ele estava
com tanto sono que quase dormiu o tempo todo, antes de ir tomar seu café.

Quando Harry terminou seu banho, deixou a toalha estendida no banheiro e


vestiu suas roupas e botas no banheiro mesmo, antes que congelasse. O frio
havia melhorado, mas não cem por cento. Prendeu seus cabelos em um
coque enquanto se olhava no espelho minusculo do casal e usou um
desodorante barato que estava ali, que o fez tossir ridiculamente.

Ele estava com seu sobretudo que o deixava quentinho e pronto para sair
daquele fim de mundo e respirar o ar puro de seu condomínio.

Saiu do banheiro devagar, e no corredor pôs sua cabeça pro lado da cozinha,
suas mãos segurando na parede e vendo a mesa ocupada pelo casal, Louis e
mais um dos amigos dele que não fazia questão de lembrar o nome.

Louis parecia um bonequinho quente e aconchegante com um casaco


branco e o cabelo penteado, olheiras fracas e sorrisos verdadeiros enquanto
tinha um copo de café nos dedos. Ele parecia a própria manhã.

E Harry estava odiando manhãs no momento. Odiando Louis, odiando ter o


beijado, odiando ter dormido abraçado com ele e odiando estar ali.

Aquele beijo que quase o fez cair em seu pés e aquele abraço tão apertado e
carinhoso que seu coração dava socos em seu peito para sair dali e se juntar
no de Louis.

E sua raiva por si mesmo estava ali quando viu o tal garoto se inclinando
para conversar com Louis mais perto, lembrando o nome da tal criatura.
Lembrando que é um dos que Louis fica porque os viu se beijando em sua
festa. Lembrando que Louis fica com todos e que foi, novamente, como
naquela noite dos seus 18 anos e ontem, apenas mais um. E ele faz questão
de deixar isso claro. E Harry entende que ambos não se gostam e ambos
entendem que cometerem novamente um erro. Mas continua sendo
incomodo pensar que foi apenas alguém, algo, na mão do mais velho.

Embora Harry também já tenha falado várias vezes que aquela noite não
significou nada, embora tenha deixado claro que a do dia anterior também
não. Mas é que não importa o que você fale, porque de uma forma ou de
outra você sabe o que se passa dentro de você, se é verdade ou não, lá no
fundo você sabe. Mas não tem como saber se o que as palavras de outro
alguém só são palavras.

— Bom dia, vocês. — Harry disse ao aparecer naquele projeto de


sala/cozinha minuscula. O ''vocês'' soando explicitadamente como rebaixo.
Afinal, eram menos que ele. E estava mostrando nisso na sua pose de auto
confiança que o armou depois das ultimas horas sendo estupidamente
vulnerável.

Eles responderam, um tanto curiosos e em expectativa de algo que Harry


não sabia identificar. Talvez uma briga física dele e Louis, porque era a
clara a tensão e o desprezo em seus olhares.

É, as coisas voltaram ao normal.

Felizmente.

No entanto, Louis não respondeu seu bom dia. Não lhe admira, já que é um
mal educado.

— As estradas já estão livres de neve. Quer que eu te leve ou vai pegar um


táxi? — Louis não estava sendo gentil, realmente não. Mas o levaria se ele
quisesse, já que o trouxe.

Harry observou que ele não estava nem na metade do pedaço de bolo que
comia e pensou que não queria ser assaltado ao andar sozinho naquele
bairro.
— Eu prefiro te esperar. Não conheço esse muquifo e podem me roubar. E
não quero entrar em um táxi daqui sozinho, vai que me levam para qualquer
outro lugar?

Louis revirou os olhos mas Zayn só conseguia achar graça. Pegue um


riquinho acostumado com mordomias e privilégios e o jogue em um bairro
esquecido pela burguesia e o resultado é uma pessoa totalmente inocente
de outros costumes.

E maldosa.

— Espere eu terminar, então. — O mais velho se referiu ao seu café e


voltou a conversar com Stanley.

— Que mal educado, o que a realeza irá pensar sobre nós por não convida-
lo para o café? — Liam ironizou ao falar ''realeza'' e sorriu para Louis que o
olhou e sorriu de volta, voltando a olhar para Harry.

— Não é como se o principezinho fosse querer se juntar com os plebeus e


comer algo que não fosse crème brûlée no café da manhã. — Todos da
mesa soltaram risadinhas contra Harry.

O mais novo não se abalou, ou achou graça. Seus braços se cruzaram e seu
nariz estava empinado para eles, se mostrando superior.

Ele não era tão fútil assim a se recusar a tomar café com eles só porque não
tinha nada do que era acostumado a comer.

Okay, talvez tivesse subido uma ânsia.

Mas resolveu se sentar a mesa só de implicância e recebeu exclamações


como ''oooh'' exageradas e o casal lhe servindo de café e bolo enquanto
falavam ''por favor, alteza, coma'' e todas aquelas coisas exageradas como
se ele fosse realmente superficial.

Ele era.

Mas mostrou que podia comer daquele bolo e tomar daquele café aguado,
mesmo que tivesse fazendo careta e recebendo risinhos porque botava o
guardanapo no colo e tinha a postura tão certinha e ereta sentado na cadeira
que parecia que estava empinado. Comia com tanta calma que demorava
séculos para engolir e não conversava durante. Seu comportamento poderia
muito bem ser comparado ao contrário do de Louis, que estava totalmente
desleixado na cadeira, sentado com as pernas tão abertas que quase ocupava
dois espaços. Era alto, barulhento e comia feito um cavalo. Talvez a metade
daquele bolo tenha sido ele a comer.

Só queria chegar logo em casa. E aproveitou aquele barulho todo para


responder as mensagens que recebeu de seus pais e Gemma, estavam
preocupados perguntando onde ele foi. Então respondeu que foi dormir na
casa de algum conhecido e já voltaria. No entanto, não respondeu as
mensagens de Fionn.

Não estava com paciência.

E muito menos paciência para Stanley quase sentado no colo de Louis e


conversando no ouvido dele, ou lhe dando pequenos beijos no pescoço, ou
rindo escandalosamente alto de qualquer coisa que Liam ou Zayn falava,
toda vez que isso acontecia seu pescoço caía sobre o ombro de Louis.

— Deus, você age como se estivesse em um circo. — Harry disse, ele


realmente disse aquilo enquanto olhava desaprovadamente Stanley. Só
porque ele podia e só porque ele odiava maus modos. Seu olhar de
desaprovação total.

— Está falando comigo? — Stanley resolveu checar.

— E com quem mais seria? O único a rir como uma hiena é você. Seus pais
nunca lhe deram modos?

Harry era venenoso e desinibido. Louis era acostumado, não se surpreendia


com aquilo. Mas os outros três embora já tenham ouvido sobre a
personalidade do mais novo, mesmo assim ficaram um pouco chocados
com sua acidez.

— Eu estou entre amigos, não em um café com a rainha. Por Deus! —


Stanley riu, porque era a verdade. Mas mesmo assim Harry torceu o nariz.
— Não ligue. Ele gosta de agir vinte quatro horas por dia de um jeito
polido, até mesmo quando desfere o veneno em alguém. — Louis
respondeu para Stanley, sorrindo para ele e dando tapinhas em suas costas.

— Não tenho culpa se tenho etiqueta. Uma coisa que acho que nem todo
mundo aprende, ainda mais em certos bairros. — Harry sorriu para os dois,
logo em seguida tomando seu café.

— Bom, nem todo mundo é incrivelmente chato e entediante como você.


Mas eu não estou reclamando. — Stanley retrucou.

— Não é como se eu quisesse que alguém como você achasse algo bom
relacionado a mim. Nem todos tem bom gosto, ou educação. E eu prefiro
ser chato do que agir feito um animal no cio se esfregando nos outros em
plena sete da manhã. — Harry notou como Stanley ficou sem graça e em
como naquele momento ele se sentiu inferior. É, ele tinha esse poder sobre
as pessoas. E adorava fazer algumas se sentirem mal.

— Já chega! — Louis mandou, sua mão se estalando contra a madeira da


mesa, fazendo ela se mexer e soltar um barulho alto que assustou Harry. —
Vocês viram porque ele não deveria estar aqui com a gente?

— Você quem me trouxe pra cá!

— Depois de você pedir!

— Eu pedi apenas uma carona. Não pra você me trazer no fim de mundo e
ter que lidar com pessoas mal educadas! — O mais novo se defendeu.

— Eu não sou seu motorista pra te levar aonde você quiser! E já que odiou
tanto vir, o que ainda faz aqui desrespeitando um lugar que não é seu?! O
único sendo mal educado aqui é você!

— Eu sou o mal educado e desrespeitoso? Com quem? Vocês acham que eu


estou sendo desrespeitoso? — Perguntou para Liam e Zayn que assistiam
eles curiosos. — Não estou sendo mal educado, até estou agradecido por
Zayn e Liam terem deixado eu dormir aqui. Sério, obrigado. — Novamente
falou com o casal, mas voltou a encarar Louis furiosamente. — Eu até estou
aqui tomando café com vocês. — Disse como se fosse a melhor coisa do
mundo.

— Enquanto é totalmente inconveniente porque não vê as coisas como são


no seu mundinho, então critica tudo. — Louis acusou. — Eu deveria ter
deixado você em casa! Ou melhor, ter feito você voltar pra casa sozinho na
neve pra você congelar essa sua boca que só sabe falar merda!

— Que ultraje! — Harry disse com os lábios abertos como se Louis tivesse
lhe ofendido, a mão em seu peito demonstrando isso.

Stanley nem sequer estava com raiva do mais novo, estava era se
controlando para não rir assim como o casal, os três observando a briga.

— Meu Deus, eu estou sentindo um ar quente vindo daqui. — Liam


interrompeu a briga, balançando sua mão no ar em direção a Harry. — E
uma tensão muito forte daqui. — Disse balançando a mão no ar em direção
a Louis. — Vocês dois são engraçados. Sabe, realmente opostos mas brigam
como dois animais prontos para atacarem. Mas eu não disse de que forma...

— O que você está querendo dizer?

— Que Louis deveria te foder nessa mesa! — Liam respondeu como se


fosse óbvio.

Louis estava acostumado com esses tipos de brincadeira. Ele e seus amigos
eram desinibidos, falavam sobre tudo e brincavam sobre tudo. Mas não
conseguiu rir ao ouvir Liam. Porque, bom... Ele e Harry já transaram a dois
anos atras e se beijaram na noite passada. Não era um bom momento para
brincar.

Harry ficou de repente com as bochechas quase roxas de tanta vergonha.


Começou a gaguejar, gaguejar alto e forte porque tentava falar mas não
conseguiu.

Aquilo era constrangedor, mas é que ninguém ali sabia o que já havia
acontecido entre eles. Ninguém ali sabia o ponto fraco deles.
Felizmente, não precisaram gaguejar e se enrolarem respondendo aquilo
porque Zayn começou a passar mal. Então nem tão felizmente assim.

O garoto correu para o banheiro e vomitou durante minutos, e quando


voltou para a mesa, falou que não era nada demais e tentou não deixar
preocupado ninguém, embora dissesse que aquilo vinha acontecendo com
frequência. Liam sabia que sim e se preocupava, aquilo não era normal.
Não mesmo.

Os amigos ficaram discutindo na mesa o que poderia ser, enquanto Harry


ficava de fora, apenas prestando atenção em cada palavra que Zayn dava,
em cada sintoma que ele falava que havia tido enquanto calculava tudo em
sua mente.

— Você está gravido!

Foi o que Harry disse, na verdade, afirmou. Fazendo todo aquele


burburinho se calar e todos o olharem com pontos de interrogação na
cabeça.

— O que? — Os outros quatro perguntaram ao mesmo tempo.

— Você disse que está sempre enjoado nos últimos dias e é a quarta vez que
já vomitou. Está tendo muitas dores de cabeça e fica tonto constantemente
além de ficar cansado fácil. Você está pondo a culpa no estresse, mas,
querido, eu sou estudante de medicina e eu estou sentindo cheiro de bebê de
longe. Além do que, não precisa ser um gênio para perceber isso.

— Isso é impossível! Usamos camisinha e eu uso remédio! — Zayn


respondeu de imediato, como se Harry fosse louco.

— Camisinha e remédios baratos não ajudam muito a se prevenir, meu caro.


— Ele não estava desmerecendo novamente a condição social deles, mas
era apenas uma verdade. Camisinha dada grátis, por exemplo, infelizmente
não eram tão eficazes do que as compradas e as mais caras. — Compre um
teste de gravidez para lhe tirar a duvida, embora eu tenha quase certeza de
que estou certo.
E então Zayn foi, indignado com a afirmação de Harry mas mesmo assim
preocupado. E o mais novo só queria ir embora logo já que ele e Louis
haviam terminado o café, mas Louis queria saber se o amigo estava
realmente gravido e o fez esperar ali de má vontade.

Mas quando Zayn voltou e fez o teste, não teve tanta vontade assim de ir
embora. Não quando deu positivo e descobriram que ele estava realmente
esperando um bebê.

Harry gritou um ''eu disse'' e todos pareciam ainda chocados demais para
pularem, embora depois de alguns minutos começarem a comemorar mas
não de uma forma tão extravagante porque ainda era um choque. Era
realmente um choque. E Zayn só tinha 21 anos.

Mesmo assim, depois de algum tempo seus olhos transbordaram de


lagrimas e ele pôs a mão na sua barriga magra não acreditando que tinha
um filhotinho ali. Muito menos Liam, que abraçava sua barriga como se
fosse um diamante precioso. E Louis e Stanley no momento pareciam duas
crianças que descobriram que vão ganhar irmãos.

Mas uma pergunta encabulou o mais novo.

— Vamos levar a gravidez adiante? — Zayn de repente perguntou para


Liam, o tom calmo, preocupado, porem, compreensivo. O que fez Harry
estreitar os olhos.

— Como assim levar a gravidez adiante? Não é óbvio que vão? — Harry
perguntou esperando uma resposta que confirmasse sua pergunta mas ela
não veio, Zayn apenas abaixou o olhar. — Você realmente pensa em
abortar? — Perguntou horrorizado.

— Eu não estou dizendo isso. Mas nem todos tem uma vida maravilhosa
como você, Harry. Eu só tenho vinte e um anos. Me mato em uma padaria
enquanto Liam se mata no restaurante e mesmo assim as vezes as coisas
complicam aqui em casa. Mal conseguimos nos sustentar, as vezes
choramos a noite com medo de não ter o que comer no dia seguinte.
Moramos em um lugar que a qualquer momento uma bala perdida pode nos
pegar desprevenidos. E eu sou totalmente imaturo, eu faço rachas e
provavelmente esqueceria meu bebê em casa dormindo enquanto estaria
batendo o carro contra alguém.

E Harry se sentiu mal. Porque ele também era novo, ele também não
pensava em engravidar apenas com 20 anos. Ele ainda cursava a faculdade,
ele nem era casado com alguém que ele escolheria para ser o pai de seus
filhos. Mas a diferença, é que seria muito mais fácil se fosse ele o gravido.
A criança já nasceria milionária, não teria uma preocupação financeira.

Entendia, Zayn. Mas estava triste. Era um pacotinho. Um pacotinho que ele
sempre sonhou em ter desde pequenininho. Mas nos momentos seguintes,
Liam e Zayn pareceram cair totalmente a ficha que estavam tendo um filho.
E prometeram que iriam cuidar daquele bebê com todas as dificuldade que
teriam porque já o amava. E foi a coisa mais linda que Harry viu naquele
lugar desde que pôs os pés ali, e talvez, só talvez, tenha valido a pena ter
saído de sua bolha de riqueza que era sua vida.

Porque ter um filho, para Harry, era a maior riqueza.

— Eu não acredito que vou ser tio de um pirralho! — Escutou a voz de


Louis, que estava comemorando com o casal.

— Não é um pirralho, é um neném! — Harry o repreendeu.

Mas eles estavam perdidos demais na bolha de amor que era Zayn e Liam
para poderem discutir sobre qualquer coisa boba, como sempre.

— Não o enrole muito para lhe pedir em casamento. — Harry comentou em


algum momento, empurrando Liam pelo braço em sugestão.

— O que? Nem sabemos como vamos sustentar um filho e já nos sugere


casamento? — Liam riu radiante. Seus olhos brilhavam tanto que Harry só
conseguiu sorrir para ele. Como se fossem amigos a muito tempo.

— Bom, não precisam casar logo. Mas deveriam ficar apenas noivos. —
Harry sugeriu e olhou para Zayn. — Não deixe ele lhe enrolar por muito
tempo. — O moreno acabou rindo.
Harry não era tão irritante assim. Pelo menos não naquele momento.

Harry mirou seus olhos em Louis que parecia idolatrar a barriga magrinha
de Zayn e com tanto orgulho e felicidade para ele que parecia até que ele
era o pai.

Harry ficava se perguntando como Louis seria se fosse pai.

Talvez desastroso, imprudente e incoerente como tudo que ele já é.

Mas também seria carinhoso e atencioso como Mark foi com ele. O daria
todo o amor do mundo e o trataria como se ele fosse um diamantezinho.
Harry tinha certeza que sim.

Voltou a olhar para Zayn e foi exatamente naquele momento que Louis lhe
fitou.

E droga, parecia que era Harry que estava gravido.

Ele estava com um olhar tão feliz e nunca imaginou ele tão feliz em um
lugar e com pessoas que ele dizia desprezar.

Mas era por causa de Zayn gravido. Porque, porra, ele lembra o quão Harry
sonha com isso.

Ou pelo menos costumava sonhar.

Ele lembra de quando eram pequenos, Harry era um neném querendo um


neném.

Harry idolatrava as bonecas da irmã e fingiam ser seus bebês. Adorava


brincar de casinha. Adorava ser a porra de um pirralho adorável e por
almofadas e travesseiros debaixo da blusa e dizer ''olha, Lou, eu to gravido
de você, vamos ser papais'' e era tudo tão inocente e fofo.

Louis sabia que o garoto planejou a vida toda um amor verdadeiro, um cara
carinhoso que lhe pedisse em casamento quando já tivesse formado. E então
teriam um casamento extravagante para que todos pudessem ver, para que
saísse em revistas glamourosas que demonstrariam toda a extravagancia,
riqueza e amor. E Harry não esperaria nem um mês de casados, ele iria
querer tentar ter o bebê o mais rápido possível. E ele engravidaria e faria
ensaios fotográficos ridículos e clichês para revistas importantes e exibiria
sua barriga redondinha e grande. E o dia mais feliz da sua vida seria quando
aquele bebê nascesse. E ele teria mais e mais, nunca sendo o suficiente.
Talvez adotando mais 100 deles.

Louis sabia, Louis se lembrava.

Lembrava como Harry sonhava em ter uma família, lembrava em como


queria ser a família dele naquela época, quando eles eram tão pequenos e
inocentes.

Olhou para Harry por um momento, no mesmo segundo que Harry o olhou
e parecia que eles tinham os mesmos pensamentos porque o mais novo
desviou o olhar rapidamente, corando e mordendo os lábios e parecendo ter
levado seus pensamentos para outros lugares. Lugares mais realísticos
daquela realidade deles.

E Louis também se tocou. Harry tinha Fionn.

Empurrou aquele incomodo para dentro de si, assim como empurrou o que
aconteceu com eles na noite passada. Tanto o beijo, tanto o abraço. Assim
como empurrou a transa deles de dois anos atras, e como também naquele
noite empurrou para fora o fato de ter sido apaixonado por ele.

Porque Harry não disse nada. Porque não deveria ter se apaixonado por um
garoto que embora se fosse cavado devidamente veria sua doçura, ainda era
coberto de 99 por cento futilidade. Esse era o verdadeiro Harry.

O Harry pelo qual não era amigo, muito menos apaixonado.

O Harry que despreza e que o despreza.

E não era por causa de momentos como esses, ou da noite anterior que
deveria se levar por beijos ou olhares.
Porque beijos e olhares de meros minutos não fazem uma pessoa completa.
Beijos e olhares de alguns minutos não sustentam uma carcaça arrogante.

Pois Harry continuaria sendo o tão mimado e irritante quanto fosse. E Louis
continuaria sendo estupido e sem nenhuma paciência, como sempre.

Água e óleo não se misturam.

Opostos não tem filhos ou uma família.

Harry e Louis não são Zayn e Liam.


07. break with him maybe it's a
start for us

N: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIE MEU
AMORES!!!

Olha eu atualizando de madrugada, para não perder o costume.


KKKKKKKK

Por não ter atualizado semana passada, amanhã vai ter att de novo. No
caso hoje mesmo, porque passou de 00:00 então já é segunda.

ESTAMOS ENTRANDO NA FASE BOA DA FIC.

Comentem para me deixarem felizinha. <3 <3 <3

Perdoem os erros e boa leitura.

__________________________

Se há algumas semanas atras perguntassem para Louis se ele pretendia


voltar para mansão dos Styles, ele riria e diria que nem em um milhão de
anos. Mas acontece que como todo ser humano, as vezes ele se contradiz.

E era exatamente por suas contradições que ele voltava a estar em volta dos
patrões de sua mãe.

Mas em sua defesa, sempre pensava que não tinha sido fácil. Realmente não
foi. Ele ficou dois meses longe e não era por pirraça. Era por seus ideais e
por não aguentar mais um certo mimadinho que resolveu ir além de meras
implicâncias, que ambos tinham desde que Louis voltou da viagem e que o
fez ficar quase um ano fora. Porque, nesse tempo, percebeu que embora
muitas coisas estivessem da mesma forma de quando se foi, algumas delas
mudaram. Como Harry estar mais insuportável que o normal.

Não que fosse hipócrita de jogar a culpa só nele, quando também estava
com os ânimos a flor da pele e se deixando levar tão fácil, quando
normalmente apenas iria rir e implicar mais ainda com o mais novo. A
partir do momento que se deixou ir alem disso, sabia que também tinha
culpa. E tinha sido mais um motivo pra querer ficar longe.

Mas quando a maioria desses problemas foram se resolvendo com os dias


passando, não teria motivos para ficar longe, quando Des e Anne
imploravam culpados pelas atitudes de Harry para ele voltar, e quando sua
mãe andava tão triste sem ele ali. Porque uma coisa era Louis viajando, ou
passando finais de semana longe. Outra coisa era ele realmente querer ficar
longe dali.

E também havia o fato de Harry ter se desculpado, bom, do jeito dele, mas
se desculpou. Comprou os sprays novos e o inscreveu em uma nova
competição. Não era como se Louis e Harry tivessem começado a se darem
bem por causa daquilo, mas pelo menos voltaram a rotina anterior, que
eram apenas implicâncias e ódios transferidos apenas em palavras, não em
atitudes ou prejuízos.

Outro motivo para Louis ter voltado além de ser pela sua mãe e porque
Harry se desculpou, era porque ainda não tinha o dinheiro do apartamento
que queria comprar. Ele sempre sonhou com seu próprio lugar. Quando seu
pai era vivo, vivia o dizendo que seu sonho era ter um lugar só dele.
Quando voltava da escola que Des e Anne pagavam para ele e que ele
odiava, corria pros braços de seu pai e contava o que os garotinhos da sua
idade o diziam, sempre jogando piadinhas sobre ele ser filho dos
empregados ou que ele morava na piscina. Quando, como resposta, os
empurravam na lama e puxava seus cabelos, porque desde pequeno não
gostava que pisassem nele. Mas a culpa sempre era sua quando era levado
para o castigo. Mas quando via seu pai, dizia que quando ficasse bem
grande iria trabalhar para ter seu próprio lugar. Bom, ele estava tentando.

O dinheiro que faltava para o apartamento, Louis ainda tinha que conseguir
com a competição. Mas o problema era que a qual Harry o inscreveu era
para apenas em dezembro, e eles ainda estavam no meio do ano. Não queria
ficar alugando o tempo dos seus amigos. Uma coisa era dormir de vez em
quando na casa deles ou passar alguns dias, outra coisa era passar meses ali.
Embora soubesse que eles não se importariam. Mas não gostava de
incomodar, mais um motivo pra ele ter voltado.

E fazia uma semana desde que voltou e tudo parecia finalmente normal. Ele
ficava praticamente a manhã toda fazendo bicos de grafite nas ruas,
ganhando seu dinheiro, saindo com seus amigos, bebendo, fumando,
transando e quase sempre morrendo por ficarem pulando de bungee
jumping ou batendo com carros em rachas. Ou quase sempre indo preso
pela policia aparecer sempre quando ele enfiava uma maconha nos lábios,
tendo que correr o mais rápido possível com seus amigos como se fossem
bandidos. Ou aparecer com alguns machucados ali ou aqui por conta de
corrida de motos ou qualquer outra loucura que ele fizesse mas que não se
arrependia. E quando finalmente voltava para seu quarto, ficava
praticamente o dia todo preso ali dentro, nunca gostou muito de usufruir da
mansão, nem mesmo quando era pequeno e amigo de Harry. Sempre soube
qual era o seu lugar, normalmente só saindo para jantar na cozinha junto
com todos os empregados, mesmo que em algumas ocasiões recebesse
convite para se juntar aos Styles.

Seu relacionamento com Harry havia voltado ao normal, nada tão calmo
porque eles não conseguiam não implicarem um com o outro, mas nada tão
odioso a ponto de se prejudicarem. Apenas as normais implicâncias de
sempre.

Era Louis voltar e Harry estar na piscina para lhe jogar alguma piadinha
ácida que Louis retrucaria com um sorriso sarcástico no rosto. Ou os
mesmos apelidos que Harry soltava, bandido, delinquente, moleque, vira-
lata e qualquer outra coisa que não ofendia Louis e que o mesmo retrucava
o chamando de qualquer adjetivo que fosse sinônimo de mimado. Brigas
bobas e palavras gastas por alguns minutos para ver quem ganharia as
implicâncias daquela vez, mas normalmente terminando, como sempre,
com Harry tentando arranhar todo rosto de Louis porque o mais velho o
fazia perder os cabelos sempre que o dava um selinho que terminava toda a
discussão de uma forma triunfal e que fazia Harry histérico e Louis
satisfeito por ganhar mais uma vez. O que deixava Harry mais puto e mais
raivoso para próxima briga que teriam no dia seguinte, na qual eles
repetiriam as mesmas frases, palavras e selinhos de sempre.

Tudo realmente havia voltado ao normal. Até a parte que eles cometem
algum erro e fingem que nunca aconteceu. Como o sexo que tiveram na
noite de dezoito anos de Harry. Como o beijo e o fato de terem dormido
abraçados no apartamento de Liam e Zayn. Porque erros deveriam ser
esquecidos.

Embora quando estão sozinhos, e mesmo não querendo ou conseguindo se


controlar, lembranças aparecem. Talvez toda noite abraçado com o coelho
de pelúcia que Louis deu para Harry, este se aninhava em uma das suas
lingeries que ele usava pra dormir trancado em seu quarto, imaginando os
braços de Louis em volta de si e eles não parando o beijo, os lábios bons
dele continuando a lhe apreciar e Louis lhe dando a devida atenção positiva
que nunca lhe da. Tendo que se controlar várias vezes para não ir até sua
janela e olhar o quarto de Louis lá em baixo, escondido entre plantas e
arvores perto da piscina e desejar que ele de repente aparecesse e batesse
em sua porta só pra poder beija-lo a noite toda, como se ele fosse apenas
Louis. Sem todas as implicâncias e diferenças que os separam.

E lá em baixo, em seu quarto, Louis também tinha os mesmos pensamentos.


Embora nenhum dos dois iriam admitir seus desejos. Porque outro dia
sempre vinha, e pela manhã suas diferenças falavam mais alto.

Louis refletia sobre seus dias há bons minutos na piscina dos Styles. Mesmo
que fosse raro e não gostasse de usufruir da casa deles, mesmo que tivesse
permissão para aquilo. Mas acontece é que estava um sol de matar e ele
havia voltado de um dia cansativo. E não havia nenhum dos Styles ali,
todos haviam saído, então Louis não estava se importando de estar a quase
uma hora naquela enorme piscina, fazendo praticamente nada alem de
boiar.

Mas as vezes parece que mais de uma hora de paz sem nenhum riquinho
chato o importunando dentro daquele lugar era demais, e logo escutou uma
tosse forçada que ele implorou para não ser de Harry. Porque já tinha
agradecido o dia todo aos deuses pelo garoto não estar em casa em pleno
domingo e por ela estar tão quieta e sem gritos histéricos por todos os lados,
seja porque Harry estaria brigando com alguém, ou seja de felicidade por
ter ganhado mais coisas materiais que ele idolatra com toda alma.

Porque aquela mansão era realmente enorme, mas Harry era tão
escandaloso que Louis poderia se trancar em seu quarto com fones de
ouvido que mesmo assim conseguiria escutar ao longe Harry gritar de
felicidade por qualquer coisa que a Gucci tivesse lançado ou lhe dado.

É que tudo que é bom dura pouco, e ele respirou fundo ao abrir seus olhos
devagar devido ao sol forte e olhar para cima, vendo em pé do lado de fora
da piscina alguém que não era Harry. E dessa vez desejou que fosse, porque
Fionn era pior ainda.

- Pensei que era o diabo numero um, mas é apenas o numero dois. - Louis
sussurrou para si mesmo ao olhar o homem, ainda estando boiando. Olhou
para as roupas dele que eram sociais e se perguntava do que ele era feito.
Porque estava um calor dos infernos e aquela blusa azul marinho que usava
ao menos estava soada. Louis mesmo na piscina se sentia soando.

Para estar vestido todo engomadinho daquela forma mesmo naquele calor
infernal, deveria ser porque estava vindo do hospital que trabalhava. Louis
pensou que ao menos ele não estava de jaleco. Pela amor de Deus, aquilo
era antiético! Será que Fionn havia se tocado disso? Porque inúmeras vezes
ele apareceu ali com o jaleco como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Louis não o entendia, se sua intenção era se exibir por ser médico tão novo
e no melhor hospital de Londres, não dava certo. Porque Louis só tinha
vontade de rir quando via o homem ser tão antiético e tão metido.

Pelo menos agora ele só estava vestido parecendo um pastor.

- O que? - Fionn perguntou porque Louis falou tão baixo que não o escutou.

- Nada. - Deu um sorriso falso, fingindo simpatia. Que ambos não


precisavam fingir porque deixavam claro com seus olhares que não se
gostavam.
Fionn tinha as mãos nos bolsos de sua calça e olhou para os lados,
parecendo que iria fazer o que veio fazer ali, mas voltando a olhar para
Louis e mudando de ideia por um tempo ao que uma questão surgi em sua
mente.

- Você deveria estar aí?

Louis saiu da posição que estava, ficando em pé na piscina e olhando para o


médico.

- Na piscina? - Louis questionou e o médico assentiu. - O que? É muito


anormal ver alguém como eu aqui? - Perguntou ironicamente.

- Bom, sim! Você não é empregado? O que faz aí? Anne e Des sabem
disso? - Ele tinha um tom julgador que fez Louis abrir um sorriso
deslumbrante, não por simpatia, mas porque Fionn era ridículo.

- Oh, não. Eu aproveitei que eles saíram e resolvi ser um pouco rebelde e
entrar na piscina dos patrões, sabendo os milhares de empregados e
seguranças que tem aqui e que poderiam me dedurar, ou me arriscando ao
saber que os Styles podem voltar a qualquer momento. - Ironizou.

- Não duvido. Deve está querendo um pouco de diversão, já que não é


acostumado com coisas que para nós são tão simples, mas para vocês deve
ser deslumbrante fazer algo irrelevante como estar dentro de uma piscina
dos seus patrões. - Fionn tinha o tom maldoso, falsamente mascarado com
um tom que tentava soar como se aquilo apenas fosse uma conversa que
eles estavam jogando fora. O ''nós'' se saindo com gloriosidade. E o ''vocês''
com desdem.

- Meu tipo de diversão é muito diferente. - Louis insinuou. - E eu não sou


empregado, eu acho que já lhe disse isso algumas vezes. Achei que pessoas
como você eram bem limpinhos, mas agora não tenho tanta certeza, já que
parece que tem os ouvidos sujos. - Brincou e Fionn não conseguiu disfarçar
a careta que fez. - Sou filho de uma das empregadas, com muito orgulho. E
nasci aqui, acho que você já sabe disso. Eu cresci aqui e os Styles não se
importam que eu use algo deles. Caso se importassem, poderia ter certeza
que eu não estaria aqui nessa piscina, pois tenho vergonha na minha cara.
Louis ao final sorriu para Fionn e mergulhou para molhar seus cabelos. O
médico fez uma careta em desgosto para aquilo. Como os Styles deixavam
gentinha como Louis entrar dentro da piscina? Deveriam esvazia-la depois
que Louis saísse.

- Se veio ver Harry, ele não está. - Louis avisou ao retornar a superfície,
brincando com seus braços na água e não olhando o médico, afinal, não se
importava com ele e com suas caretas desgostosas.

- Como você sabe?

A forma que o mais velho perguntou fez Louis voltar a olha-lo, Fionn tinha
um ponto de interrogação desenhado em sua face, era claro já o ciume
espontâneo. Louis não o entendia. Aquele cara mostrava em pequenas
atitudes ser extremamente ciumento e embora em todos os seus encontros
tenha jogado piadinhas insinuativas sobre ele, parece ter ciume de Harry
com ele também. Embora soubesse que eles não se gostam e só se falam por
implicância. Mas Fionn parecia ter ciumes de Harry até mesmo com o ar
que ele respira.

- Por que eu moro aqui? - Disse como se fosse óbvio.

- Mas pelo que eu sei, vocês não amigos para você ficar sabendo onde ele
está ou o que ele faz.

- Não sou. Mas continuo morando aqui. - Louis continuou respondendo


como se fosse óbvio e Fionn continuou com aquela careta desgostosa e um
ciumes claramente estampado que divertia Louis.

- Hum. De qualquer modo... - O médico começou a falar, sua expressão


mudando para um sorrisinho venenoso no canto dos seus lábios, suas mãos
mexendo em seus bolsos procurando algo. - Eu vim entregar isso a ele.
Você pode entrega-lo para mim, por gentileza? É algo que eu tenho certeza
que ele vai gostar, já que estava esperando por isso.

Louis arqueou as sobrancelhas pelo pedido de Fionn e por ele ter mostrado
uma especie de envelope para ele e o deixando em cima de umas cadeiras
que haviam ali, como se Louis já tivesse aceitado entregar para Harry.
Sabendo que Fionn poderia muito bem esperar Harry chegar ou ir até o
quarto do garoto e deixar o que quer que fosse aquilo lá dentro, já que tinha
permissão para estar ali. Mas o fato de pedir para Louis era simplesmente
por querer exibir qualquer que fosse aquele presente, como uma forma de
deixar claro que Harry era namorado dele. Algo compreensível na cabeça
ciumenta de Fionn.

Louis sorriu.

- É claro que entrego. - Louis respondeu tranquilamente. E o médico sorriu


falsamente amigável para ele, levantando a mão em despedida e virando as
costas. Louis sorriu de volta. - Babaca.

Riu quando estava sozinho, porque aqueles dois juntos era algo tão estupido
que as vezes chegava a ser engraçado.

Ficou alguns minutos a mais na piscina até se cansar e sair dela, havia
entrado de boxer e se enxugou mais ou menos com sua toalha que estava
por ali, logo em seguida se enrolando pela cintura e indo ate a cozinha
assaltar algumas latas de refrigerante e algumas guloseimas da geladeira,
onde sua mãe apareceu brigando por ele estar molhando o chão com o
restante de água que caía do seu corpo, e por estar praticamente pelado na
cozinha, apenas de toalha. Louis justificou que nenhum dos Styles estava ali
e Jay disse que Harry e Gemma estavam, ambos na academia que tinha na
mansão. É que Louis estava tão perdido nos seus pensamentos desde que
voltou do trabalho, em pleno domingo, que achou que todos os Styles
haviam ido pro clube de Golf. Não percebendo que os filhos deles estavam
ali. Se dando conta que havia dito para Fionn que Harry não estava em casa,
mas, oops, quem se importa?

Foi para fora da cozinha novamente para pegar o envelope que Fionn havia
deixado ali. Vai que o médico ligasse para Harry e descobrisse que ele está
em casa sim, e na sua cabeça doentia pensasse que Louis apenas fingiu que
Harry não estava em casa para Fionn não vê-lo e que não iria entregar o
envelope para Harry porque está com ciumes e que iria queimar aquilo ou
usar o que tinha dentro dele.
Pegou o envelope e voltou para dentro da mansão ao que subiu as escadas
da sala e tentava se lembrar onde ficava a academia daquele lugar cheio de
corredores e escadarias enormes que parecia um labirinto. E enquanto subia
mais e mais degraus e virava mais e mais corredores e errava algumas
portas, reclamava que os Styles não tinham um elevador e que aquilo era
um absurdo já que gostam de falar que são milionários. Qual é. Ele é
fumante. Subir todos aqueles degraus era castigo para ele.

Quando finalmente chegou na porta certa, a abriu mais ofegante que


Gemma e Harry que usavam os aparelhos da academia. Respirou fundo e
ajeitou a toalha em sua cintura que estava quase caindo. Pensando que nada
adiantou passar uma hora dentro daquela piscina se agora estava soando
novamente.

Harry escutou o barulho estrondoso da porta abrir, ainda mais que a


academia era grande e só ele e Gemma que estavam ali então o eco era alto.
Estava andando na esteira - no caso, morrendo- porque era muito sedentário
mas mesmo assim estava tentando perder as gordurinhas que tinham
espalhadas em algum canto do seu corpo. Seus cabelos estavam presos e
usava roupas de malhar, que consistia em um short larguinho preto que ia
ate suas coxas e uma regata qualquer, seus tênis e meias. Estando quase
morrendo só por estar na esteira, já Gemma estava levantando 40 kilos de
peso em suas pernas e tão neutra que parecia estar levantando flores.

Olhou para quem havia aparecido na porta através do espelho que antes se
olhava. E se antes já estava difícil manter a concentração, piorou quando
Louis entrou ali apenas de toalha. Apenas com uma porra de toalha
enrolada na cintura. E pra piorar, seu corpo estava molhado. Seus cabelos
bagunçados de uma forma bonita enquanto as gotas dali escorriam através
deles, descendo pelo seu rosto que parecia destacar cada detalhe importante
que o fazia bonito, agora molhado, mais ainda. E elas desciam por suas
clavículas ossudas e tão bonitas, e todas aquelas tatuagens que o pintavam
tão artisticamente. E mirava cada gotinha de água em cada cantinho do
corpo magro. Visualmente tão magro que se Harry não conhecesse os
braços de Louis ao redor de si, não saberia que ele era tão forte. E Harry
literalmente suspirou quando as gotinhas de água paravam e sumiam
quando chegavam na toalha, a bendita toalha amarrada em sua cintura que
estava tão em baixo que aparecia os ossos da v-line do mais velho expostos,
as gotinhas caindo ali e sumindo por de baixo do pano, se perdendo em
lugares que Harry corou tanto por imaginar, por estar encarando tanto o
mais velho, que, pelo menos, não percebia aquilo, porque estava falando
com Gemma.

Se perdeu tanto no corpo de Louis, que esqueceu do seu e acabou por pisar
no próprio pé em cima da esteira, e no susto sair dela, pelo menos não
passando a vergonha de cair de bunda no chão.

- Seu troglodita! Como aparece quase pelado? Não tem educação? - Harry
reclamou ao andar até Louis e Gemma. Suas bochechas queimando, mas
culpava o calor e os exercícios.

- Que principezinho dramático.

Gemma riu e Harry cruzou os braços, empinando o nariz como se


perguntasse porque Louis estava ali, mas na verdade era só pra não olhar o
seu corpo.

- Já disse pra não me chamar assim! - Louis não se importou e o chamou


daquela forma de novo.

- Só vim te entregar o que seu namoradinho pediu. - O mais velho disse ao


estender o envelope para Harry.

- Fionn veio aqui? Por que não mandou ele subir? - Louis revirou os olhos.

- Porque já esgotei minha cota de ser bonzinho hoje entregando isso pra
você. Não sou pombo correio de vocês dois.

Harry, como a criança grande que era, imitou o que Louis falou de um jeito
debochado, tentando afinar a voz dele para se sair igual. Em seguida tomou
o envelope das mãos de Louis.

- Está molhado! - Harry reclamou.

- É água. Da próxima vez eu mijo nele pra ver se assim você aprende a não
reclamar. - Sorriu e Harry fez uma careta de nojo assim como soltou um
barulho desgostoso.

- Nojento!

Louis deu de ombros e voltou a conversar com Gemma sobre coisas


aleatórias. Harry observava que nenhum dos dois estavam interessados em
saber o que era o presente de seu namorado, e como gostava de se exibir,
assim que abriu o envelope e viu o que tinha dentro, deu um grito
entusiasmado chamando a atenção dos outros dois, para poder se gabar.

- Advinha quem vai passar duas semanas em Paris nas férias do mês que
vem? - Harry dizia enquanto dava saltinhos animados e exibia a passagem
de avião que Fionn havia lhe entregado. - Com o melhor namorado do
mundo?

- Duas semanas direto com o medicozinho? Meus pêsames. - Louis tentou


não comentar algo maldoso, mas não conseguiu. Porque se Fionn já era
insuportável em alguns minutos, imagina em duas semanas. Gemma
mordeu os lábios para não rir do comentário de Louis, como irmã, tentava
apoiar Harry, mas era inegável que pensava da mesma forma que Louis.

- Isso tudo é inveja porque você não tem chances de ir pra França? - Harry
parou de pular e perguntou para Louis. - Não fica assim, eu deixo você ver
novamente a passagem. - Harry levou a passagem próximo ao rosto de
Louis balançando ela ali. - Pode cheirar. - Implicou, mas logo em seguida
estava pulando novamente com seus gritinhos histéricos que fazia Louis
tentar tapar os ouvidos com os dedos.

- Duas semanas, hum? Na cidade do amor com seu namorado. Se vocês não
se entenderem de vez depois disso, então nunca irão. - Gemma comentou.

- Não tem nada pra nos entendermos. Já estamos bem. Vamos pra Paris,
ficar em hotéis luxuosos. Ver desfiles de moda, comprar todas as roupas do
mundo. Visitar a Chanel. Se isso não é estar bem, eu não sei o que é.

- Cuidado com os ratos pelas ruas. - Louis comentou novamente de


implicância e Harry fechou a cara para ele.
Ou com Fionn tentando forçar você a algo. Pensou, mas preferiu não
comentar aquilo.

- Não se preocupe, porque você não irá.

- Não se preocupe, porque você não irá. - Foi a vez de Louis agir como
criança e imitar a voz de Harry, engrossando sua voz e botando a mão na
cintura enquanto empinava o nariz.

- Para estar sendo desdenhoso comigo é porque fará algo muito interessante
nessas férias, não é? - Harry ironizou. - O que irá fazer? De que forma
tentará morrer dessa vez?

- Farei sim. Tentarei morrer dessa vez no norte de Londres. Na área de


camping. Oli viu uma casa para nossa galera ficar. Ali podemos fazer
milhares de coisas em apenas um lugar sem gastar muito. Da pra fazer
praticamente tudo que já fazemos, só que sem precisar ir pra lugares longes.
- Louis comentava olhando para Gemma, já que sabia que a garota que era
interessada. Embora Harry também tivesse prestando atenção. - Acho que
nos primeiros dias vamos acampar, tem um lago por ali perto de New Zarth
que é enorme, e um pouco mais distante uma cachoeira. Vamos acampar ali
por alguns dias, tomar banho de rio e cachoeira, contar historias em volta de
uma fogueira e cantar algumas musicas. Depois vamos pra casa que vamos
alugar e nos instalar por ali. Há uma ponte ali por perto enorme que é perto
da cachoeira, onde vai dar pra pularmos de bungee jumping. E soubemos
que tem uma galera ali por perto que também faz rachas. Também estamos
pensando em levar algum Flyboard para usarmos no lago.

Louis comentava com Gemma que estava muito mais animada que a ida de
Harry para Paris com Fionn. O mais novo prestava atenção e notava como
Louis falava com entusiasmo, parecendo muito mais verdadeiro que o seu
ao falar da viagem com o namorado. E em como sua irmã se interessava.

Achou Gemma louca ao que se disse interessada para ir com Louis.

- Você está brincando, não é?


- Por que não? Eu sempre quis fazer uma dessas doideiras que Louis faz. E
se eu tirar férias do meu escritório de Psicologia, eu irei. - Gemma declarou
e Louis levantou a mão para bater contra a dela, animado com a
possibilidade da garota ir. Embora ela também fosse mimada como Harry,
mas o diferencial de Gemma é que ela não era tão fresca, e por mais que
pudesse estranhar certas coisas, não seria inconveniente como Harry.

- Irmã, você pode vir pra Paris comigo e com Fionn. Ou para qualquer outro
país. Ficar em qualquer hotel luxuoso ao invés de ir acampar ou ir pra uma
casa xexelenta fazer coisas idiotas e perigosas. Sem falar que toda aquela
gentinha vai estar. E tirando Zayn e Liam, que são um pouquinho
civilizados, o resto são trogloditas que podem roubar você ou sei lá o que! -
Harry protestou em contragosto.

- Harry, não seja tão cabeça dura. Ninguém vai fazer nada comigo, nem se
quisessem, porque Louis não deixaria. - Gemma disse e olhou para Louis
como quem busca uma confirmação e ele confirmou a abraçando de lado e
fazendo carinho em seus cabelos como se confirmasse aquela proteção,
fazendo Harry olhar a cena de braços cruzados. Porque definitivamente não
gostava de como ele e Gemma tem as personalidades parecidas, embora
com muitas coisas diferentes, mas Louis a trata como se fosse uma
princesinha, e a ele como se fosse um príncipe burgues idiota. - Sei que
podemos ir para lugares mais luxuosos, mas, sinceramente, estou cansada
de todo ano ser isso. - Louis acabou rindo silencioso, pois quem dera seus
problemas fossem apenas estar cansado de ir para outros países. - Quero
algo diferente. Você não tem vontade de sair desse comodismo?

Antes que Harry respondesse, Louis interveio.

- Não, ele não tem. Ele vai para França. - Garantiu. Deus o livre de ter
Harry junto a ele nessas ferias reclamando de qualquer coisa.

- Não é como se eu quisesse morrer em um fim de mundo. Eu conheço New


Zarth, mas não essa parte decadente que Louis descreveu. Tenho uma amiga
que mora na parte civilizada e até a visito algumas vezes no mês. Então a
unica chance de eu pisar ali seria por isso. Não para me aventurar com
alguns moleques e umas sem noção. Então, não, obrigado.
- Viu? Ele tem coisa melhor para fazer na França. Tipo ir a desfiles e brigar
com Fionn em um país diferente. - Louis disse para Gemma, para que a
garota não insistisse e fazer Harry acabar aceitando ir. Mesmo que achasse
impossível o garoto aceitar.

Harry apenas tentou argumentar contra Louis mas desistiu, cansando de


gastar seu tempo com aquele plebleuzinho idiota e voltando a tentar perder
seus kilos na esteira.

✖✖✖✖✖

Com a viagem marcada para França com Fionn, Harry pensou que
finalmente seu relacionamento tinha voltado a ser mil maravilhas como era
quando eles começaram a namorar, afinal, eles iriam em breve para a cidade
do amor. Mas no momento, estava em uma situação complicada e
totalmente desgostosa, seus olhos chegavam a transbordar de água e ele
sabia exatamente porque estava se sentindo na obrigação de estar fazendo
aquilo.

É que logo depois de alguns dias, quando tudo ainda estava indo bem com
Fionn e o médico estava em sua casa planejando com ele como seria esses
dias em Paris, Louis apareceu pela área da piscina se dirigindo ao quarto
com o braço direito totalmente ensaguentado, os respingos de sangue
manchando sua camisa branca, seus dedos e a porra do cigarro que ele
fumava tranquilamente como se nada tivesse acontecido.

E talvez, só talvez, Harry tivesse ficado preocupado. Preocupado era


eufemismo, Harry gritou de susto e correu até Louis desesperado, como se
ele tivesse morrendo ou como se tivesse que fraturar o braço.

E veja, aquela reação para alguém que o odiava era no minimo estranha.
Ainda mais quando Harry faz piadinhas quando Louis volta de algum racha
perguntando ''Não morreu hoje?'' Então agir como se Louis tivesse
morrendo por causa de um braço machucado era um pouco demais.

É que embora tente não mostrar, Harry não mudou muito desde quando era
criança, quando odiava ver Louis machucado, mesmo que fosse um
arranhãozinho. E continuava daqeela forma, seu coração quase pulou pra
fora ao ver o braço de Louis sangrando e ele não dando a minima enquanto
fumava um cigarro e apenas explicava que caiu de moto.

Mas é que Harry parecia ter 6 anos novamente e ele se preocupou tanto que
não importava as explicações de Louis e o quanto ele dizia estar bem, seu
coração ainda se apertava por motivos que ele não queria saber porque o
importante era o braço de Louis no momento. Enquanto isso, Fionn o
olhava de uma forma questionadora.

E tudo piorou quando Harry insistiu para cuidar do braço de Louis, já que
estuda medicina e sabia como cuidar dele, mas Fionn era médico e por
ciumes disse que ele que deveria cuidar de Louis, não porque tinha vontade.
Enquanto Louis, apenas estranhando toda aquela situação insistia em dizer
que não era nada demais e que Jay cuidaria daquilo para ele e saiu de perto
dos dois.

Fionn simplesmente não gostou da atitude do mais novo, disse que ele
estava agindo como um marido preocupado para alguém que dizia
desprezar Louis, que só faltava ele chorar por causa de um estupido braço
machucado, ou que só faltava beijar cada pedaço de pele dele. E Harry teve
que negar, mesmo que estivesse preocupado com Louis, mesmo que
quisesse cuidar dele, negou para si mesmo e negou para Fionn. O que não
adiantou, já que o mais velho estava cada vez mais ciumento e obsessivo,
com qualquer coisa e principalmente com Louis.

Isso fez eles terem varias brigas e fez Harry se questionar o que estava
fazendo. Fionn era como um sonho, um príncipe encantado, o cara que,
tecnicamente, sonhou para ter uma família e ser o pai dos seus bebês. Ele
era lindo, um médico reconhecido, milionário e com status. Por que não o
tratava e o dava o que ele merecia? E por que um filhinho de empregada
estava virando o tema de suas brigas?

E foi assim que ele parou ali. Decidido de suas escolhas. Deitado de bruços
em seus lençóis de seda, nu e com um travesseiro de baixo de si enquanto
Fionn também estava nu atras dele, com dedos melados dentro de si, no que
Harry sentia seu corpo vermelho e tinha os olhos querendo derrubar
lagrimas de dor e constrangimento porque ele não queria aquilo, mas estava
se permitindo fazer aquilo. Embora não conseguisse relaxar, suas pernas
juntas, nunca ficando exposto o suficiente, agarrando seu travesseiro como
se fosse um escape, seus olhos fechando e as vezes tentando imaginar lábios
finos e ternos sobre suas costas e coxas, palavras doces em seu ouvido e o
quanto era lindo. Enquanto ele esconderia o rosto o máximo que possível
porque era tão tímido com coisas assim, tão diferente da pessoa confiante
que ele é no dia dia, mas então depois de algum tempinho olharia para ele
só porque confiava nele, só porque iria querer gemer para ele. Mas não era
ele. Era Fionn, que grosseiramente fazia o olha-lo, que apertava seu maxilar
para não esconder seu rosto, que não era nem um pouco delicado e que
marcava seu corpo como se tivesse marcando uma presa.

Harry não sabia porque estava fazendo aquilo. Ele não queria fazer aquilo e
não precisava mostrar nada para ninguém. Não precisava dar confiança a
Fionn transando com ele, quando nem sequer o deseja sexualmente.

Quando sentiu os dedos dele finalmente saírem de si foi como um alivio,


mas quando sentiu ele tentar forçar seu membro para dentro, se assustou,
caindo na realidade de que não deveria se sujeitar aquilo e virando o mais
rápido possível, quase o derrubando do colchão.

- Eu não quero! - Disse firme, nem dando tempo do mais velho protestar e
já procurando sua boxer pela cama e a vestindo em uma velocidade
assustadora, suas mãos indo parar em seu rosto o tampando de vergonha por
ter cogitado fazer algo que não quer só pra agradar alguém.

- O que? você está brincando, não é? - Fionn sorriu porque ele esperava que
Harry estivesse realmente brincando.

Harry destampou o rosto e negou devagar.

- Amor? Por que isso? Estávamos indo tão bem. Faz tanto tempo que você
não deixava que rolasse nada alem de beijos e agora voltamos a ter toques
mais quentes. Estávamos quase lá, querido. - Fionn falou dócil, distribuindo
beijos pelo pescoço do mais novo que sentia o mais velho ainda duro e
estava com vontade de vomitar por toda aquela situação. - Do que você tem
medo? Você não é nem mais virgem para agir como um... e eu posso ser
carinhoso, estávamos quase lá, amor. Vira pra mim, hum? Deixa eu entrar
em você.

Harry fechou os olhos com força e empurrou o médico, fazendo ele cair
sentado no colchão.

- Não é porque eu não sou virgem que isso significa que de repente eu deva
transar com todo mundo, e mesmo que eu transasse, isso não significa que
eu deva transar com você. - Harry disse com raiva e Fionn respirou fundo
dando um riso desacreditado e já se conformando que nada aconteceria a
partir daquele momento. Se levantando para vestir suas roupas enquanto
Harry ainda reclamava. - Eu estou cansado de você e seus ciumes, a forma
como você enlouquece por qualquer minima coisa e como ultimamente
anda gritando comigo ou apertando meu braço como se eu fosse uma coisa
sua. Ou como você insiste, quase implora, pra fazermos algo alem de beijo
e como eu me sinto na obrigação de ceder para te provar algo, como se eu
tivesse culpa das suas inseguranças e como se eu fosse obrigado a retribuir
com sexo.

Harry gritou tudo aquilo que sentia enquanto assistia o namorado se vestir,
então se cobriu com um lençol e procurou pelo seu coelho de pelúcia que
estava jogado no chão, o pegando e o abraçando forte.

Fionn abotoou os botões de sua blusa enquanto tinha uma expressão nunca
vista por Harry, que chegava a lhe dar medo.

- Você é patético, age como se tivesse 15 anos. E se machuca fácil como se


tivesse 10. - O medico disse raivoso. - E eu que estou cansado de lidar com
uma criança de 20 anos que tem medo de dar pro próprio namorado. Ah,
desculpa. Fui muito rude? Deixe-me concertar. Uma criança de 20 anos que
tem medo de fazer amor com o próprio namorado. Dessa forma eu não
magoei você?

- Eu nunca faria amor com você. Porque não existe amor entre nós. - O
mais novo simplesmente disse, ainda lutando pra não deixar lagrimas
caírem.

- Você não me ama?


- Não. E não adianta ficar chocado com isso porque você também não me
ama. Você é apenas obcecado por mim. Isso não é amor, é doença. - Harry
disse não apenas para Fionn, mas para si mesmo, como se só agora tivesse
percebido que não era aquilo que ele procurava em alguém.

- E do que você está reclamando? Não é isso que você sempre procurou nas
pessoas? Não é isso que você sempre amou? Você sempre se exibiu que
todos fossem obcecados por você. Que aqueles moleques de sua faculdade
vinham em suas calças só de te beijaram. Deles beijarem seus pés e você
pisar em quem você achava patético por gostar de você. Foi isso que você
sempre idolatrou. Então agora reclama que tem um namorado obcecado por
você? - Fionn desdenhou.

E Harry sabia que tudo era verdade e que ele fazia tudo isso, por isso
apertou mais seu coelho contra si porque por mais que fosse tudo aquilo,
em questões de amor ele não era. Em questão de amor ele ainda era a
mesma criança que sonhava com alguém totalmente diferente de Fionn. Um
príncipe encantado, e agora percebendo que não era pela aparência ou por
status, mas sim pelo que tem por dentro. E isso faltava em Fionn, e muito.

- Não. Eu não quero alguém obcecado por mim. Eu quero algo que me ame
e me respeite, que cuide de mim e que goste até mesmo dos meus defeitos.
Que me toque como se eu fosse a pessoa mais preciosa desse mundo. Como
seu eu fosse uma flor delicada e que me beijaria como se fosse a ultima vez.
Que os toques sejam de ternura e que a prioridade seja cuidar do meu
coração. Cuida de mim. Não porque é obcecado, mas porque me ama. -
Harry falava com a voz baixa, viajando em seus pensamentos enquanto
agarrava mais ainda a pelúcia contra seu peito.

- Você não está em um conto de fadas, Harry. Você não é uma princesinha. -
Debochou. - E se há por aí um príncipe exatamente assim como você quer,
ele não está te procurando. Ele está procurando alguém que também seja
assim. Não você. Não uma pessoa tão venenosa, tão... - Fionn não
completou, mas o barulho de desgosto e nojo que fez no final já dizia tudo.

E Harry sabia que talvez nunca alguém o amaria daquela forma porque
ninguém era capaz de gostar dele com seus defeitos inclusos. E o máximo
que teria eram pessoas obcecadas por si. Apenas obcecadas pelo que ele
demonstra por fora, não pessoas que realmente gostavam dele e nem dos
pequenos defeitos até os grandes.

- Espero que você entenda que não estamos mais juntos. Acabou. - Foi a
unica coisa que Harry respondeu.

- Okay. Eu sei que você vai me aceitar de volta. Sabe por que? Porque eu
sou o único que é capaz de te aturar. Quem vai querer você alem de mim? -
Riu. - Digo, a não ser rapazes precoces que gozam imaginando você
quicando no pau deles. Mas estes apenas querem você pra foder, o que eles
não teriam já que você é frigido. Mas você acha realmente que alguém seria
capaz de amar alguém como você? Que não tem quase nenhuma qualidade
e na primeira oportunidade apunhala alguém pelas costas? Jura? Quem
amaria seus defeitos, Harry? Só eu sou capaz de gostar de você, porque
somos iguais. Porque ninguém ama gente podre.

E Harry acreditava em Fionn, tanto que namorou com ele por tanto tempo.
Porque não acha que um dia encontrara alguém que seja melhor do que ele.
Alguém como ele idealiza. Mas também não queria mais se submeter ao
médico como se fosse nada. Embora sua auto estima fosse tão baixa para o
amor, ainda era orgulhoso demais para continuar numa relação humilhante.

- Acabou de verdade. - Foi tudo que respondeu, não queria discutir e só


queria que o mais velho fosse embora logo para poder chorar sozinho e
imaginar um dia todos seus sonhos de quando era criança se realizando,
nem que fosse por uma noite.

Fionn riu porque não acreditava que Harry o deixaria de verdade, então
apenas pediu de volta a pulseira de ouro branco que havia lhe dado e Harry
disse que estava em uma das gavetas, para ele pegar e ir embora.

Mas acontece que Harry estava tão triste que não percebeu o que fez,
mandando Fionn procurar justamente na gaveta de sua lingeries o que
resultou no médico ver e questiona-lo sobre aquilo, arrancando todas dali e
jogando em cima da cama. O medico estando furioso porque nunca tinha
visto Harry usando aquilo, porque obviamente era um segredo de Harry, e
em sua mente ciumenta isso significa que o mais novo estava o traindo com
alguém enquanto transava usando aquelas peças.
- Então é isso? Você me nega mas logo depois usa isso pra trepar com outro
alguém? - Fionn tinha o rosto vermelho de raiva enquanto mexia nas
lingeries de Harry, as analisando e o mais novo tentava tirar das mãos dele.
O mais velho parecendo mais furioso ainda quando pegava as mais
pequenas e as olhava com repudio.

- Eu não te trai, para de ser maluco! Isso é só algo que eu gosto de usar
quando estou sozinho. - Harry explicou, era a pura verdade. Mas para Fionn
aquilo era uma desculpa esfarrapada.

Harry se sentia a beira de não conseguir controlar mais o choro agora que
tem seu segredo revelado para alguém louco como Fionn. Naquele
momento estava arrependido de ter o conhecido. Se sentia mais diminuído
ainda. Primeiramente tinha ficado exposto para ele sem vontade, depois
sendo humilhado com palavras e agora isso.

- Mentiroso! - Fionn gritou cheio de raiva, assustando Harry e o fazendo se


afastar com o grito, o garoto se encolheu e Fionn tinha um punhado de
lingeries em sua mão, mostrando para Harry, seu punho quase no rosto dele.
- Agora entendi porque você não queria transar comigo. Porque já estava
dando essa bunda pra outro alguém enquanto usava essas coisas em algum
tipo de fetiche esquisito. Você é nojento! - Fionn acusava e Harry apenas
negava com a cabeça, tentando dizer alguma coisa mas o mais velho não
deixava. - Você não deve nem ficar bonito com isso, deve ficar ridículo,
você não tem corpo para isso. É uma putinha imunda mesmo.

Harry arregalou os olhos, ele se sentia humilhado, não conseguia evitar que
lagrimas descessem por seus olhos. E tudo piorou quando Fionn começou a
rasgar as lingeries, gritando o quanto ele era nojento e feio naquilo, Harry
tentava impedir enquanto chorava mas o mais velho era mais forte e o
tacava com força na cama, rasgando tudo com brutalidade enquanto
disparava palavras horríveis a cada peça rasgada, sempre o xingando de
palavras vulgares ou lembrando o quanto ele deveria ficar ridículo naquelas
peças.

Não importava o quanto Harry implorasse, Fionn não parava, e o mais novo
chegou a chorar escandalosamente quando Fionn rasgou a ultima lingerie,
que era a favorita do mais novo, a que usou quando ele e Louis dormiram
juntos.

Ao ver todas as suas lingeries destruídas sobre sua cama, Harry não
conseguia fazer nada alem de chorar e pega-las em suas mãos.

Mas uma raiva subiu pelo seu corpo, porque mesmo que estivesse magoado
e se sentindo humilhado, ele ainda era Harry Styles.

- Você é doente! O único imundo aqui é você! Tão frustrado por nunca ter
conseguido o que queria que é capaz de perder a cabeça dessa forma. Mas
do que adianta fazer tudo isso se nunca vai conseguir me ter? - Sorriu entre
as lagrimas. - Acha que eu te trai as usando com outro alguém?
Infelizmente não me deitei com outras pessoas, mas deveria. E se tivesse
feito, do que adiantou esse show todo, se no final, você nunca vai me ter?
Como será que é dormir sabendo que nunca se deitou comigo? - Mesmo
através do choro, seu veneno estava ali. - Eu não te traí com sexo. Mas te
traí com beijos. - Confessou, ele via como Fionn fechava as mãos em punho
mas não se importava. - Semana passada alguém me beijou. E ele era tão
bom... tão diferente de você... me fazia querer não parar só porque era a
língua dele. Só com um beijo ele mexeu comigo muito mais do que todo
nosso namoro. Apenas o beijo dele foi melhor que esses seus dedos podres
de hoje que mal sabem achar uma próstata ou me fazer gemer. Você é
horrível! E quer saber mais? Foi o mesmo garoto que tirou minha
virgindade. Porque ele sabe me fazer gemer e pedir por mais. Você nem pau
direito tem. É entendiante.

Harry não acreditava que estava adicionando Louis na historia e admitindo


coisas que nunca admitira para ele pessoalmente. Mas que eram tudo
verdades.

E aquilo atingiu Fionn de uma forma grandiosa, resultando na mão dele


estalando tão forte contra sua bochecha que chegou a cair na cama e tirar
sangue de sua boca.

- Vadia! - Foi a ultima coisa que o médico disse, o deixando sozinho no


quarto.
Harry tinha a mão contra a própria bochecha não acreditando que aquilo
tinha acontecido.

Aquilo só o fez se sentir pior ainda, vazio e sem valor algum enquanto
estava deitado em cima de todas suas lingeries destruídas, segurando sua
pelúcia enquanto tinha a bochecha marcada com os dedos de Fionn e
sangue saindo de sua boca. Mas aquilo não era nada a como as palavras
dele o machucaram, como o trouxe para uma realidade desprezível que era
a sua e como o fez se achar sujo e fútil.

Harry chorou a noite inteira.

Talvez mais que isso.

Talvez uma semana inteira em seu quarto chorando e trancado seria o


suficiente para reconstruir toda sua estrutura protetora do lado de fora. Mas
por dentro, tudo estava destruído e ninguém poderia concertar aquilo,
sequer saber. Porque ninguém se importaria com ele por dentro. Só com seu
estado por fora, o que tem pra oferecer por fora.

✖✖✖✖✖

Louis, Gemma e Niall estavam sentados na mesa da cozinha conversando.


Era a terceira vez que o loiro ia tentar visitar Harry na mansão, mas o
mesmo não saía do quarto. Todos sabiam que Harry e Fionn haviam
terminado e por isso o garoto estava triste e agindo como filmes clichês.
Comendo bastante sorvete, vendo filmes de comedia romântica e trancado
em seu quarto sem falar com ninguém, apenas saindo para a faculdade na
qual suas horas passavam como zumbi, e quando ele voltava, se trancava
novamente não importando o quanto alguém tentasse falar com ele.

Louis não queria se sentir assim, mas quando soube que Harry e Fionn
terminaram, ficou feliz. Ora, o medico era claramente abusivo. Achava que
Harry merecia alguém melhor. E somente por isso ficou feliz.

Mas de certa forma, se sentia estranho com o fato de Harry estar tão triste.
Ninguém sabia os motivos exatos dele e Fionn terminarem, mas achava que
Harry sempre foi autossuficiente demais para ficar uma semana trancado
por alguém tão otário como Fionn. Não sabia que Harry amava tanto ele
assim, na verdade nem sabia que ele o amava. Achava que era só relação
por status, mas se o garoto está tão triste era porque Fionn era importante,
sim?

E Louis sentia estranho com aquilo.

Era estranho não ter um Harry petulante andando pela casa implicando com
ele ou exibindo algo material que ele consideraria fútil.

Era estranho Harry quietinho, sem ser Harry.

Louis não admitiria aquilo, mas até sentia falta de algumas implicâncias.

Em uma madrugada, saiu de seu quarto e decidiu tentar falar com Harry, as
vezes se odiava ser coração tão mole. Mas era Harry! Não importava se
eles se odiavam, eles cresceram juntos, já foram amigos, e por Deus, Louis
já foi apaixonado por Harry. Era Harry.

Mas desistiu, quando mesmo do lado de fora, ouvia o choro baixinho do


mais novo e aquilo partia seu coração tanto, ele não merecia sofrer por
Fionn.

Então desistiu de tentar falar com ele, achou que ele tinha que ter seu
momento sozinho.

E também porque aquele maldito gato dele, Safira, o arranhou no calcanhar


ao aparecer do nada, como se o expulsasse dali.

Mas agora fazia uma semana. Todos já estavam estranhando esse


isolamento de Harry, e Gemma já estava querendo dar uma de psicóloga e ir
tentar conversar com o irmão, mas de repente o mais novo apareceu na
cozinha. Sem choro, sem cara inchada, sem roupas de dormir ou cabelo
despenteado. Era Harry.
Com um terno da Gucci florido, pronto para sair e que exalava aquele
perfume doce que infestava todo o lugar. Botas douradas e anéis demais de
prata em seus dedos, aquela correntinha de ouro inseparada desde que era
bebê em seu pescoço, rosto que exalava beleza e auto confiança, covinhas
fundas por conta daqueles sorrisos convencidos e nariz novamente quase
batendo no teto de tão em pé, os cabelos grandes novamente soltos e
pairando sobre seus ombros. Tão auto confiante como sempre.

Logo Niall e Gemma se empolgaram por ele sair do quarto, perguntando


como ele estava e coisas do tipo, o maior sempre falando que estava bem e
novamente com diálogos comuns e tão conhecidos por ele. Nada que fosse
triste ou nada que se referisse a Fionn.

Louis apenas ficou quieto, observando Harry e toda aquela movimentação,


ele estava bem. Mas Louis não estava tão convencido. Sentia que havia
acontecido alguma coisa pro garoto ter ficado tantos dias triste. Mesmo que
ele amasse Fionn, e esse fosse o motivo, Louis sabia que era por outra
coisa.

Por isso que quando o garoto se sentou na mesa para conversar melhor com
a irmã e o amigo, Louis continuou a observar aquele sorriso que por parte
parecia verdadeiro mas ainda um pouquinho triste e quando Harry o olhou,
não conseguiu não questionar.

- Você tá bem?

Esperou uma resposta debochada ou algo do tipo, mas Harry apenas o olhou
durante alguns segundos, tão intenso que Louis tentou captar qualquer coisa
que o desse respostas, o mais novo assentindo devagar, mas Louis só o via
bem por fora, seus olhos estavam tristes por mais que ele tentasse
demonstrar exuberância E queria saber o porquê.

Queria que estivesse o interpretando errado, queria que o mais novo


estivesse realmente bem. Ele era novo demais pra ter o coração quebrado
por um babaca feito Fionn e temia que não fosse apenas por um termino
que Harry tinha um olhar tão vazio.
- Seu braço está melhor? - Louis não conseguiu continuar a lê-lo porque o
mais novo substituiu aquele olhar vazio pra um preocupado ao olhar seu
braço com alguns curativos feitos por Jay. Mas assim como Harry, apenas
assentiu, porque estava perdido nos olhos verdes dele tentando achar
qualquer coisa, e não sabia porque Harry estava perdido nos seus, mas
queria pega-lo no colo e nina-lo um pouco por qualquer que seja o motivo
dele ter ficado trancado em um quarto durante a porra de uma semana.
Queria dar carinho a ele e ser um idiota por ele, pelo menos um pouquinho,
só pra ele ficar melhor.

Aquele momento se perdeu quando conversas aleatórias foram iniciadas,


enquanto perguntas de Gemma e Niall eram insistidas sobre ele estar bem
ou não. E Harry teve que dar um discurso filosófico que ele era Harry
Styles e que nunca que ficaria mal por ter simplesmente terminado com
Fionn, que não o amava e qualquer outra coisa que o fizesse parecer estar
por cima. Mas isso só preocupou mais ainda Louis, porque se Harry não
ficou mal pelo termino, então era por que?

Não o questionaria aquilo, não se sentia no direito e nem achava que Harry
o responderia.

Só voltou a falar quando Harry voltou a implicar com ele, retribuindo as


brigas bobas e curtas que eles davam uma vez ou outra no meio de alguma
conversa. Ainda mais quando Gemma disse que Niall também estava
cogitando ir passar duas semanas com Louis e os amigos em New Zarth. E
o mais novo acusou Louis de estar tentando roubar seu amigo e sua irmã e
deu o mesmo discurso de sempre, que Niall e Gemma estariam em mãos de
delinquentes.

E então Gemma sugerir que Harry fosse também e enquanto Harry negava,
Louis também negava dizendo que seria insuportável o ter la, pura
implicância da parte de ambos.

Mas Harry percebia como Niall se jogava para cima de Louis e como Louis
retribuía as invertidas, em como o amigo tinha uma queda pelo mais velho e
não gostava nada daquilo. Se sentia totalmente estranho com aquilo e com o
fato de Louis e Niall ficarem nessas duas semanas longe. Só de pensar
naquilo uma raiva subia por seu corpo.
E o fato de Louis implicar com ele dizendo que não queria que ele fosse e
idolatrando Gemma e Niall ir, como se os dois fossem diferentes de Harry
só porque são burguesezinhos que querem ter alguma emoção na vida, fazia
Harry ficar mais irritado.

Quanto mais Louis pedia pra Gemma e Niall não incentivarem Harry a ir,
mais Harry tinha a maluca ideia de aceitar só pra contrariar Louis.

- Engraçado você nao querer que eu vá, Louis. Com medo que eu estrague
suas semanas, quando você apareceu na minha festa com aquela gentinha.
Nada mais justo do que eu me vingar indo também, correto?
08. your kiss heals me

Para muitos, ter uma visão de um lugar cheio de árvores bonitas com flores
das mais diversas cores, frutas por todos os lados, com o céu tão limpo em
um azul tão claro e pássaros cantando, era uma coisa maravilhosa. Mas não
para Harry.

O garoto estava odiando no momento as estupidas árvores ao invés de


prédios luxuosos, o sol quase o cegando mesmo estando de óculos escuros,
e ele nem ao menos podendo estar no conforto dos ar condicionados ou na
sua piscina. Ele jura que até aqueles pássaros estava odiando. Porque nunca
se imaginou em uma situação como aquela, andando há horas sobre um
matagal sem fim, com peso nas costas e acompanhado por gentinha de
baixa classe. Talvez só não tão baixa assim como sua pressão que estava
caindo por estar a mais de uma hora fazendo uma trilha que nunca acabava,
pra acampar em um lugar idiota, com gente idiota, pra provar pra um Louis
idiota, que podia fazer coisas idiotas assim como Gemma e Niall.

Não era como se tivesse sido fácil para convence-lo de estar ali. Até porque,
não havia falado realmente sério que queria viajar com Louis e sua
turminha só pra se vingar e implicar com ele. Estava apenas blefando,
porque quando os dias se passaram, ele voltou a deixar claro que nunca
botaria os pés nos mesmos lugares que Louis colocava e que ele achava
decadente.

Mas acontece que ele estava odiando, odiando com toda sua alma, aquela
bajulação de Louis para cima de Gemma e Niall. Com Gemma ele já era até
acostumado, na forma como Louis a tratava tão amigavelmente, mesmo ela
não sendo um super amor de pessoa, mas parece que no caso dela, Louis
nunca se importava. Parecia que a regra de não gostar de gente ''mimada e
insuportável'' como Louis dizia, apenas funcionava quando se tratava dele.
Já que agora, Louis está cheio de chamego para cima de Niall, mesmo que o
loiro muitas das vezes deixasse claro que também tem todas as suas birras.
Mas era okay para Louis, e Harry odiava aquilo e odiava se sentir excluído.

Pensou até em ir passar as férias em algum país sozinho, porque nunca


precisou que ninguém o acompanhasse para nada. E até tentou novamente
convencer a irmã e Niall a não irem com Louis, porque aquilo era ridículo e
pessoas como eles não se misturavam com aquela gente. É, ele estava um
pouquinho mais ácido nos últimos dias.

Mas Gemma e Niall estavam decididos e Harry odiava com todas as suas
forças a forma que de repente, sempre quando Niall ia a sua casa, ele parava
para falar com Louis como se fossem amigos. Quando na verdade, o loiro
só estava louco para transar com o mais velho, ele próprio comentava
aquilo com Harry. Enquanto o mais novo tinha que ouvir o amigo babar por
Tomlinson e por cada minima coisinha que ele fazia, ou sempre parar a
conversa que estavam tendo quando via Louis e corria atras dele pra bajula-
lo e deixar claro entre sorrisos e insinuações que quer dormir com ele. E
Louis sabia, é claro que sabia. Ele era um filho da puta de um safado, o
cacheado notava em seus sorrisos maliciosos para o loiro ou como o tocava
de uma maneira que, quem visse de fora, pensaria ser superficial, mas Harry
notava a mão do mais velho sempre na cintura do loiro, muito abaixo e
quase na bunda dele sempre que Niall o cumprimentava com um abraço, ou
como Louis o olhava de cima a baixo em um meio de uma conversa, ou
como encarava as pernas dele quando Niall as cruzava em sua frente só
porque sabia que Louis estaria olhando.

Harry odiava tanto aquela situação.

E Gemma e Niall tentaram tantas vezes faze-lo ir com eles, ao mesmo


tempo que Louis sempre demonstrava ser contrário a aquela ideia, listando
motivos suficientes pra não querer Harry lá e tudo aquilo incentivou mais
ainda o mais novo a ir. Além de, claro, salvar seu amigo das garras daquele
troglodita.

Mas já havia se arrependido tantas vezes de estar ali. O primeiro


arrependimento foi quando teve seu despertador tocando ás 6:00 da manhã
em plena segunda feira estando de férias na faculdade. Simplesmente
porque tinha que se arrumar, porque aquele povinho queria chegar na
merdinha onde iam acampar cedo. E então veio seu segundo
arrependimento, ter que acampar quando eles não precisavam daquilo, a
gentinha tinha alugado uma casa que caberia todos, qual era a necessidade
de acampar antes? E todo aquele discurso de aproveitar os recursos da
natureza era uma furada. Harry poderia muito bem ficar em algum hotel por
ali, mas estava tentando provar para todos que se Gemma e Niall
conseguiam, ele também conseguia. E depois daquilo recebeu uma
tempestade de decepções ao notar que provavelmente não sobreviveria um
dia com eles. Porque quando fez um dos seguranças descer com todas as
suas malas, Louis riu de si. Dizendo que tudo aquilo era desnecessário, que
ele não usaria metade daquilo e fez Harry apenas pegar a porra de uma
mochila e apenas colocar o necessário dentro, porque ele faria uma trila e
era impossível fazer com tantas malas. Mesmo Harry dizendo que pagaria
alguém pra levar todas. Mas foi impedido. E quando soube por Gemma que
eles não usariam os celulares, ou que depois de acampar, quando chegassem
na casa, não usariam a tv ou rádios, porque o intuito era aproveitar a
natureza e o dialogo entre todos. Harry naquela hora quase saiu correndo. O
pior, foi que ordenaram que ele não levasse dinheiro, já que o conhecendo
sabia que ele desistiria nos primeiros minutos e procuraria um hotel ou
comida que ele achasse boa. Mas diante de todo aquele pesadelo que foi lhe
imposto, Harry ao menos escondeu seu cartão de credito dentro de sua
mochila. Para caso não aguentasse toda a tortura e resolvesse sair dali direto
para Dubai.

E agora estava ali, se arrependendo novamente por estar andando há uma


hora de baixo de um sol terrível. Não importava suas roupas frescas, ou o
tanto de água que tomava, seus cabelos presos ou o óculos de sol. Ou o
tanto de protetor solar que passou, o sol era extremamente incomodo e seus
pés doíam demais. Não aguentava ver aquele povinho fazendo aquela trilha
como se tivessem em um spar, relaxados e cantando. E mesmo que Gemma
e Niall não fossem acostumados com aquilo e tenham reclamado várias
vezes também, eles sempre depois se animavam e entravam na onda dos
outros, cantando alguma musiquinha estupida. Aqueles babacas até mesmo
ficavam zoando com sua cara, rindo toda vez que ele ficava pra trás e o
chamando de dramático ou chato toda vez que um inseto encostava nele e
ele gritava. Até mesmo pregaram uma pegadinha, colocando pedras em sua
mochila em uma das vezes que parou pra tentar descansar. E quando seus
passos ficaram mais lentos porque sentia mais peso em suas costas,
percebeu que algum idiota tinha posto algo em sua mochila, e quando viu
todos rindo, quase pegou aquelas pedras e tacou em cada um daqueles
sorrisos idiotas.

— Esquece, Harry. Eu não vou carregar minha mochila, a sua e você em


minhas costas. — Louis disse, gritando um pouco porque estava muito a
frente de Harry. Os outros já um pouco longe dos dois por cansarem de
parar toda vez que Harry reclama dos pés doendo, e por Louis, também
deixaria o garoto pra trás, mas toda vez que se afastava o suficiente, Harry
choramingava e gritava com ele, falando para não deixa-lo pra trás porque
poderia ter ursos ali.

— Por que não? Isso tudo foi ideia sua! Deveria ser um pouco útil e
entender que meus pés estão criando bolhas. — O mais novo falava sem
olhar para as costas de Louis em sua frente, olhava para o chão tentando
desviar das pedras, mas mesmo assim sempre tropeçando e quase caindo.
Ou sempre se assustando com galhos longos demais, achando que eram
cobras.

— Você veio porque quis. E para de tanto drama! Seus pés não estão com
bolhas, você apenas não é acostumado a andar tanto. Relaxe que estamos
quase chegando. — Harry resmungou igual uma criança e olhou para as
costas de Louis, estavam nuas porque o mais velho havia retirado a camisa
quando começou a andar, apenas estando de bermuda e vans. Algumas
gotas de suor caiam sobre sua pele e seu cabelo estava um pouco úmido
também. Parou de analisa-lo quando a fumaça do bendito cigarro que ele
fumava chegou em suas narinas, o fazendo tossir um pouco. Como ele
conseguia ficar uma hora andando sem parar e ainda fumando?

— Você disse que estávamos chegando a meia hora atrás. — Resmungou.


— Você só está me enrolando! — Acusou e Louis revirou os olhos mesmo
que Harry não pudesse ver, e com a mão afastou algumas plantas que
estavam em sua frente e quando soltou, voaram para o rosto de Harry. —
Estupido!
Harry estava reclamando tanto naquele dia que Louis estava tentando ser
muito zen, imune as suas reclamações ou qualquer ofensa que ele tenha o
transferido naquela manhã. Mas Harry realmente estava um belo de um
reclamão o dia todo. Louis não saberia se teria muita paciência. Há alguns
minutos atras, ele estava desferindo ofensa para todos só porque estava
cansado. Louis sabia que o ter ali seria complicado, mas o garoto estava
mais ácido que o normal.

—Liam está carregando Zayn nas costas. — Mostrou seu ponto.

— Zayn está gravido. — E Louis mostrou o seu. Deixando claro que não
iria o carregar e era pra ele parar de reclamar.

Harry andou por mais alguns minutos, mas sentia suas pernas tremerem e
duvidaria que iria conseguir dar mais um passo. Por Deus, ele mal
conseguia correr na esteira, ficar uma hora andando em uma floresta,
carregando uma mochila pesada, de baixo do sol e desviando de pedras e as
vezes pisando em algumas, era demais para ele.

Como uma criança que esperneia e não quer ir, Harry de repente parou,
retirando seu óculos escuro e pendurando em sua blusa. Ele estava soando e
estava se achando nojento. Pegou o cantil de água e retirou a mochila de
suas costas, a jogando no chão. Já que estava na merda mesmo, não estava
se preocupando com sujeira. Sentou em uma das pedras grandes e ficou
bebendo sua água, um braço cruzado sobre seu peito e as pernas balançando
em birra.

Louis apenas andou mais um pouco até se dar conta que o mais novo estava
quieto demais e não o seguia, então olhou para trás vendo ele ao longe e
sentado tranquilamente. Louis já estava ficando estressado com toda aquela
merda quando viajar com seus amigos sempre foi extremamente tranquilo.
Voltou o caminho até onde Harry estava sentado e o olhou desacreditado.

— Que porra você está fazendo? — Questionou irritado.

— Descansando. — Falou tranquilamente.

— Você já descansou mais de dez vezes!


— Continuo cansado. — Harry resmungou, deixando o cantil de lado e
massageando suas pernas com suas mãos, fazendo um bico nos lábios por
elas estarem doendo tanto.

— E eu continuo querendo chegar logo. Então levanta logo daí e volte a


andar!

— Não levanto! Você não manda em mim! E eu já disse que estou cansado!
Eu não aguento mais andar. Andamos e andamos e nunca chegamos! Pra
onde estamos indo? Para outro país para demorar tanto assim? E você não
quer me carregar, eu não vou levantar daqui até minhas pernas ficarem
melhores! — Declarou raivoso, ele parecia uma criança que fazia birra pros
pais e Louis estava prestes a deixa-lo sozinho ali.

— Tadinho de você. — Ironizou. — Eu vou pedir apenas uma vez pra que
você levante e pare de ser tão mimado! Ninguém aqui vai te carregar ou
esperar que você descanse! Ou você levanta e me segue de uma vez, ou eu
irei sozinho e você ficará para trás, eu não me importo! — Ameaçou, mas
Harry tinha o rosto virado para ele. Totalmente a porra de um birrento.

— Está bem! Eu não ligo, pode ir. Eu só irei quando estiver bem. Não vou
fazer minhas pernas doerem por causa de um idiota feito você! — Declarou
em desafio. Louis arqueou as sobrancelhas para ele, ambos se desafiando
em quem teria mais coragem. Se seria Harry de ficar ali sozinho, ou Louis
de deixa-lo ali sozinho.

Louis esperou alguns segundos, mas Harry não se levantou, então apenas
bufou e virou as costas para ele, voltando a andar porque sabia que ele o
seguiria.

Harry viu Louis andar para longe de si e por um momento não se importou,
na esperança que ele cedesse e voltasse.

Mas depois de alguns minutos, o perdeu de vista e olhou ao redor, só ele


estava li, sozinho e a merce de animais selvagens e insetozinhos nojentos.

E ele não conhecia nada ali, estava com medo de tentar ir atras de Louis e
se perder, ou algum assassino acha-lo e amata-lo.
Mas deu um sorriso triunfante quando viu o mais velho ao longe voltar em
passos pesados, quase espumando pela boca e quase saindo fumaça de seus
ouvidos.

O mais velho o matava com os olhos e Harry apenas estava sentado


plenamente com suas pernas cruzadas e mãos no joelho com uma pose
superior.

— Sobe antes que eu mate você! — Louis resmungou raivoso e Harry


continuou com aquele sorrisinho idiota vendo Louis tentar levar sua
mochila e a dele na parte da frente.

Se levantou sobre a pedra e viu Louis virar de costas, se agachando um


pouco então subiu em suas costas e contornou o pescoço dele com seus
braços, enquanto Louis segurava em suas coxas. Se concentrando em deixar
nada cair, inclusive Harry. Aquele mimadinho que sorria triunfante por ser
carregado.

✖✖✖✖✖

Quando Louis havia se dado conta que não estava com paciência, ainda
mais para Harry que atualmente anda mais reclamão do que o normal, ele
estava certo.

Alem de estar carregando ele, o garoto ainda tinha a audácia de reclamar até
mesmo da forma que Louis andava, mandando ele ter cuidado com as
pedras, e sendo um pé no saco por novamente voltar a reclamar de estar ali
e de exatamente tudo.

E o problema, não era o fato de Harry reclamar. Isso Louis era acostumado
desde que o mais novo nasceu. O problema é que ele ultimamente estava
sendo mais chato do que o comum. Reclamando a cada segundo e Louis
realmente não estava com paciência.

— Já chega! — Louis disse já cansado do garoto reclamar em seu ouvido.


O soltando de repente, os pés de Harry voltando a encostarem no chão,
quase se desequilibrando por ter sido solto todo de repente, Louis lhe dando
a mochila e Harry a pegando contra seu peito, o olhando indignado. — De
agora em diante você vai sozinho! Alem de eu estar fazendo o favor de te
levar, porque você é tão dramático que não consegue andar por mais dez
minutos, você ainda é a porra de um ingrato, mal agradecido que fica
reclamando o tempo todo. Porque é muito fácil pra você só reclamar
enquanto um idiota feito eu faz um esforço pra te levar e ainda carregar
suas coisas. Qual é a porra do seu problema? Está o dia todo reclamando, eu
sabia que você seria chato ao estar aqui, fora do seu mundinho perfeito.
Mas Você está insuportável! Ninguém te obrigou a vir, você veio porque
quis. Ao menos tente não ser a porra de um pé no saco, porque ninguém
aqui irá aguentar você por muito tempo. Se é pra ser um mimado, que vá
embora e pegue um avião para fazer uma viagem como você pretendia.
Porque ninguém está te prendendo aqui pra você querer estragar os dias dos
outros com suas reclamações. A manhã ainda nem foi embora e você já está
me dando dor de cabeça quando esse deveria ser um tempo que eu
respiraria ares bons sem nenhuma preocupação. Entenda que estando aqui,
ninguém vai fazer suas vontades. Se quer se comportar como se fosse o
dono do mundo, então é melhor dar meia volta, porque ainda da tempo de ir
pra França.

✖✖✖✖✖

Harry ficou o dia todo apenas em seu cantinho, sem falar com as outras
pessoas.

Assim que chegaram onde iriam acampar, tentou armar sua barraca mesmo
que a unica coisa que tenha conseguido foi se atrapalhar com os ferros e
perder bons minutos ali enquanto resmungava e tentava entender aquele
manual. Enquanto aquilo acontecia, todas as outras barracas estavam
montadas e os outros haviam ido em um lago que tinha ali nadar e tomar
banho. O que Harry achava nojento, ficar ali acampando alguns dias
enquanto nem poderia tomar banho direito. Não tendo seu chuveiro quente
e sua privacidade. Mas não é como se ele fosse ceder tão facilmente assim.
Poderia muito bem ir embora e ir curtir suas ferias do seu modo. Mas se
Gemma e Niall estavam sobrevivendo ali, ele também poderia. Porque por
mais que se sentisse excluído, tinha seu orgulho e ego enorme para desistir
tão facilmente quando esperam isso dele.

A tarde, quando todos voltaram do logo, Niall e sua irmã conversaram com
ele um pouco, tentando o animar mesmo que aquilo não funcionasse, pois
estava ali há apenas algumas horas mas já parecia uma eternidade. Mas
deixou que eles montassem sua barraca enquanto iria tomar banho sozinho
naquele bendito lago. E quando voltou, dispensou a companhia deles ou
comer peixe na lenha como almoço. Preferiu ficar sozinho dentro de sua
barraca e lendo um pouco já que ali não dava sinal. Passou algumas horas
sozinho e tentou tirar um cochilo mesmo que fosse duro dormir em uma
barraca e mesmo que tivesse medo de algum inseto invadi-la. Sonhando que
estava em sua banheira de hidromassagem, com um champanhe caro.
Afinal, precisava passar um tempo sozinho para tentar lidar com aquilo,
pois se passasse o dia todo ouvindo aquelas risadas e conversas entediantes,
ele jura que surtaria e compraria uma passagem para o primeiro país que
viesse em sua mente.

A noite, escutou um pouco ao longe barulho de violões e vozes suaves


cantando e conversando. Eles provavelmente estariam jantando peixe na
lenha mais uma vez, mas Harry ainda tinha barrinhas cereais e algumas
besteiras suficiente e escondidos em sua mochila para poder beliscar e não
comer com eles. Resistiria a comer até não aguentar mais e implorar por
aqueles peixes fedidinhos, por enquanto estava tranquilo com suas barras.

Ao menos, o povinho não havia inventado de tentar morrer naquele dia.


Como era o primeiro dia deles, apenas resolveram se instalar, deixando para
fazer as maluquices deles nos dias seguintes.

Harry abriu um pouco sua barraca para olhar por uma fresta o que acontecia
lá fora. Eles estavam em volta de uma fogueira, alguns jantando o peixe
enquanto outros estavam tocando violão e cantando. Louis era um dos que
tocava enquanto Zayn cantava suavemente alguma música que Harry não
conhecia. Gemma e Niall conversavam com os amigos de Louis, e Harry
resolveu sair um pouco ali de dentro já que seu humor havia melhorado,
não muito, mas um pouquinho.
Estava com uma calça moletom e uma blusa comum de manga, seus
cabelos soltos. Não estava frio, mas o calor não estava tão excessivo como
estava de dia, um vento gostoso batendo em seu corpo e ele se sentando na
pedra ao lado de Gemma e Niall, ambos ficando felizes por ele sair um
pouco já que tentaram faze-lo sair da barraca algumas vezes pela tarde mas
o humor dele estava ácido demais para aquilo.

Mas naquele momento apenas botando a cabeça no ombro de Niall e


finalmente conversando um pouco com ele e sua irmã. As vezes até se
intrometendo um pouco na conversa de Oli e Bebe que estavam perto deles,
nada que fosse tão entusiasmado, apenas respostas curtas, mas nada que
fosse tão deselegante. Estava apenas calmo.

Talvez poder ver as estrelas tão de perto, tantas delas, não fosse tão
desagradável assim, talvez aquele sendo o único momento de seu dia a não
se importar muito de estar ali, a não se arrepender. Talvez o barulho dos
grilos cantando não sendo tão chatos e os mosquitos lhe picando e deixando
varias bolinhas vermelhas em sua pele leitosa nem sendo percebido naquele
momento, e seu medo por algum animal selvagem o atacar sendo
despercebido. Porque as estrelas estavam realmente lindas. E a visão de
Zayn gravido, ainda magrinho, cantando feliz e as vezes olhando
apaixonado para Liam que o abraçava de lado e as vezes o acompanhava na
melodia ,não era tão irritante. Na verdade, gostava, era bonito ver eles dois.
Talvez eles dois não fossem tão irritantes assim, era um casal que gostava
de ver. De ver como Liam se preocupava com aquele bebezinho dentro de
Zayn e como cuidava dos dois. Chegou a sorrir um pouquinho. Mas aquilo
tudo o deixava mais pensativo, logo seu sorriso morrendo.

E enquanto tocava o violão, Louis, do outro lado da roda, não conseguia


não perceber como Harry estava quietinho demais. Em como ele parecia em
outro mundo, mesmo que as vezes torcendo o nariz para algo que alguém
falava ou dando uma resposta um tanto grossa, mas nada que fosse
ofensivo. E ele não estava falante ou exibido, ele só tinha seus cabelos
sendo acariciados por Niall e a cabeça enfiada no ombro dele enquanto as
vezes observava um ponto fixo. Parecendo deslocado e as chamas da
fogueira refletiam em seus olhos verdes que pareciam desnudos e explícitos
naquele momento, quando toda a acidez fora do comum que estava
exibindo nesses dias, tão mais alta, não estava mais ali, Harry não
parecendo nem saber que estava desarmado, aquele olhar triste que Louis
viu a alguns dias atras quando Harry parou de se trancar no quarto. Era o
mesmo olhar, como se ele procurasse alguma coisa e precisasse de alguma
coisa.

E Louis se sentia estupido, porque gritou com ele e o tratou mal. Mesmo
que Harry estivesse sendo tão desagradável, se sentiu mal por não ter
paciência. Porque ainda sentia que havia acontecido alguma coisa além de
um simples término com Fionn. Poderia estar errado, Harry poderia
realmente amar o médico e só estar tendo essas reações porque sente falta
dele. Mas Louis via em seu olhar que não era isso. E queria saber o que era.

Queria perguntar, queria que Harry lhe dissesse, queria que após isso,
cuidasse dele pelo menos um pouco, esquecendo um pouco suas diferenças,
e dando pra ele o que quer que seja que ele quisesse, pelo menos por uma
noite. Porque não gostava de vê-lo assim, não importava suas implicâncias.
Não tinha um ódio mortal pelo o mais novo para deseja-lo o mal. Pelo
contrário, queria ouvir e dar pra Harry o que o faria voltar a ficar bem. Bem
de verdade. Mesmo que o motivo pra ele ter aquele olhar triste fosse tolo,
porque mesmo que fosse, Louis o faria. Só pra ter aquele olhar superior de
volta, mas verdadeiro, não disfarçado como estava.

No entanto, tudo que deu para ele foram gritos. Porque por mais que
quisesse ser compreensível e cuidar um pouquinho dele, não sabia como
fazer, não sabia como reagir e era sim um troglodita que as vezes não tem
paciência. Se sentia um idiota por gritar com Harry e um idiota por se
preocupar com ele.

Continuou a tocar o violão para seus amigos cantar, arriscou até


acompanhar eles em alguma música de vez em quando, e embora desse
atenção a eles, vez ou outra sorrindo para eles, sua verdadeira atenção
estava em Harry que continuava quietinho em seu canto, preso em seus
pensamentos.
Louis esperava de coração que estivesse errado sobre aquele olhar triste.

...

Na madrugada, Harry não conseguia dormir. Olhou em seu iphone e já se


passava das três da manhã e ele apenas se revirava de um lado para o outro.
Seu coração acelerado e estando com medo de algum animal ou algum
estranho entrar ali. Estava tudo silencioso, todos dormindo (ou transando)
nas barracas, só o barulho dos grilos e ventos batendo. Harry estava no
meio de uma floresta, como não sentir medo? As vezes ele pensava que
estava vendo até sombras do lado de fora. Era tão medroso que estava quase
gritando.

Não havia trago seu coelho de pelúcia para abraçar ou seu gatinho para lhe
proteger e arranhar qualquer um. O que o fazia se sentir mais sozinho ainda.
Então saiu de sua barraca, com as pernas moles igual gelatina, e olhou para
todas as barracas onde todos estavam dormindo.

Foi até a de Gemma e tentou chamar a irmã que não a abriu porque estava
dormindo profundamente. E ficar olhando pra trás, pros arbustos e arvores
que naquela hora estavam tão escuras, não ajudava. Então foi na de Niall,
que também dormia, dando para escutar seu ronco alto do lado de fora, o
mais novo até tentou chamar mais algumas vezes, mas era praticamente
impossível acordar o loiro.

Olhou para a barraca de Louis, um pouco afastada deles, vendo que uma luz
vinha dali, provavelmente do celular dele, que mesmo que não desse sinal
ali, deveria estar escutando música ou algo do tipo. Harry antes mesmo de
pensar na possibilidade de chamar Louis, seu orgulho falou mas alto,
voltando pra frente de sua barraca.

Mas ainda estava com medo, e todo aquele silencio fazia parecer que estava
em um filme de terror. Em um cenário onde um maniaco iria aparecer com
uma inchada e tentar lhe matar, cortar todos os seus pedacinhos.

Resmungou a contragosto e tentou engolir seu orgulho por Louis ter gritado
com ele mais cedo. Afinal, sua vida era mais importante.
Era muito dramático sim.

Foi até a barraca de Louis, se ajoelhando em frente a ela, mas logo se


arrependendo ao ver que estava manchando de terra sua calça.

— Louis... — Sussurrou baixinho, olhando para trás o tempo todo,


balançando a barraca dele de leve para ele lhe notar.

O mais velho a abriu um pouco depois de alguns segundos, o olhando e a


abrindo por inteiro quando viu que era ele, um ponto de interrogação
desenhado em seu rosto por ele estar ali.

Harry viu que o mais velho estava apenas com uma calça de moletom, com
sua mania idiota de ficar sem camisa. Se obrigou a não encara-lo, seu
orgulho voltando forte para ficar perdendo tempo em um corpo de alguém
que gritou com ele.

— O que aconteceu?

— Estou ouvindo barulhos. — O mais novo sussurrou, embora estivesse


com medo, tentou parecer um pouco indiferente, mesmo que estivesse ali
chamando Louis para checar ao redor. Seus braços se cruzando como se não
se importasse muito e só tivesse lhe avisando, seu rosto virado para ele
como se ele fosse ninguém, só porque gritou com ele. — Pode ser sério... e
todos estão dormindo, por que não checa?

Louis deu de ombros, embora soubesse que não havia ninguém ali ou algum
animal, resolveu checar porque sabia o quanto o mais novo podia ser
medroso. Saiu da barraca e deu uma olhada ao redor, se certificando três
vezes só para Harry ter certeza que não tinha nada ali.

Quando voltou para perto dele, ele estava em pé com as mãos juntas e
olhando ao redor também com os olhos arregalados, como se qualquer
minimo barulho fosse algum animal se aproximando.

— Não tem nada. Aqui é seguro, não precisa se preocupar.


— Você tem certeza? E se for algum leão? — Tentou perguntar como se
não se importasse muito, mas a cara de sapo assustado dele não enganava, e
Louis estava se controlando para não rir.

— Não tem leões aqui, Harry. — Garantiu.

O mais novo assentiu mesmo não estando convencido e o de olhos azuis o


observou, não entrando em sua barraca ainda. Harry só faltava fazer um
enorme bico.

— Por que não dorme com sua irmã ou com o loirinho, já que está com
medo? — Harry torceu o nariz pelo apelido de Niall, tentando que aquilo
não soasse incomodo justo agora.

— Estão em um sono pesado. — Lamentou.

— Quer dormir comigo? — Louis perguntou antes que se arrependesse.

Harry soltou uma risada debochada, como se Louis fosse louco, mas sua
risada era blefante, e foi diminuindo a intensidade quando se deu conta que
não iria conseguir dormir sozinho ali, então assentiu devagar, envergonhado
e não olhando para Louis, um pé brincando na areia, balançando levemente
enquanto falava de um jeito indiferente.

— Bom, se for na minha barraca então sim. — Louis arqueou as


sobrancelhas, porque alem de estar fazendo um favor para ele, o mais novo
estava exigindo algo. — Porque tem mais espaço...

Louis revirou um pouco os olhos só para não perder o costume, mas no


final acabou pegando o travesseiro e se encaminhando para a barraca do
mais novo, que se sentiu mais seguro com Louis ali. E quando ele entrou,
ficou simplesmente surpreso em como Harry tentou fazer dela algo que
parecia sua cara. Estava tudo organizadinho, seus livros e suas roupas
(muito mais do que os outros trouxeram) e o espaço era realmente muito
maior, algumas almofadas ao redor e com um cheirinho doce agradável,
alem de ter alguns piscas piscas.
Teve vontade de sorrir mas se controlou, apenas se jogando no colchonete e
se virando de costas. Não queria pensar em quão estranho era os dois ali
juntos e em como estava com vontade de sorrir para qualquer merda idiota
que o mais novo falasse, tão diferente de hoje de manhã quando estava
irritado com ele e acabou perdendo a paciência. Isso também o fazia
lembrar de que achava que Harry tinha alguma coisa lhe incomodando.
Então não queria pensar nessas coisas, mergulhar mais de cabeça no
mundinho dele, porque da ultima vez que o viu com outros olhos, foi
dolorido esquece-lo.

Harry entrou logo depois, fechando sua barraca lentamente e percebendo


que Louis já tinha os olhos fechados em buscar de dormir. E quando se
deitou ao lado dele, de costas, não conseguiu não sentir aquela nostalgia
sobre a noite que dormiram abraçados no apartamento de Liam e Zayn. De
como seu coração reagia com aquilo. Por isso tentou dormir também.

✖✖✖✖✖

A presença de Louis em sua barraca não fez Harry conseguir dormir como
pensava que conseguiria. Achava que com Louis ali, se sentiria mais
protegido de qualquer tipo de ataque, bom, ele se sentia. Mas por outro
lado, sua mente lhe perturbava enquanto o mais velho já dormia
tranquilamente.

O mais novo acabou se virando lentamente, ficando frente a frente ao mais


velho. Estavam tão perto, mas tão longe ao mesmo tempo.

Observou como ele dormia serenamente, cada pedacinho de seu rosto, cada
detalhe desdos seus cílios longos até a algumas pintinhas escondidas em sua
barba rala. Se levantasse a mão, tocaria o rosto dele facilmente, mas ao
mesmo tempo Louis parecia intocável. Intocável para ele. E ao olha-lo tão
de perto, lembrava das palavras duras de Fionn, o tapa que ganhou depois.
E em como Louis em apenas uma noite, na de seus dezoito anos, conseguiu
ser o cara mais perfeito do mundo com todos os seus toques e beijos. Como
ele, mesmo sendo uma pessoa que não se da mais bem, foi o que lhe fez
feliz em uma unica noite. E, droga! Queria ter aquilo apenas por alguns
minutos... só pra se sentir um pouco feliz. Porque não estava feliz! Depois
do que aconteceu, se sentia sem valor nenhum. E diante do único que o fez
se sentir bem, queria apenas o tocar um pouquinho de novo. Só pra ter
aquela sensação de se sentir perfeito e amado, só durante alguns minutos.
Mas ao mesmo tempo que o mais velho parecia tão perto, estava longe. O
coração dele longe do seu, suas diferenças no meio deles, sendo lembradas
pelos gritos de Louis naquela manhã, quando Harry tinha um humor tão
ácido nos últimos dias que provocou aquilo, porque acreditava em Fionn e
acreditava que ninguém era capaz de lhe ver diferente durante mais do que
uma noite. Mas se apenas uma noite, alguns minutos, era o que ele teria
como forma de alguém gostar um pouquinho dele, então seu coração
acelerava por aquilo.

Harry mordeu os lábios fortemente olhando os do mais velho, tentando


controlar essa carência dentro de si. Mas quando você experimenta algo tão
bom uma vez, você quer repetir. Mesmo que depois se de conta que errou,
mas mais um erro na lista de Harry seria irrelevante.

Sem perceber, aproximou seu rosto bem devagar, até a respiração dele estar
batendo em seus lábios, até sua bochecha roçar naquela barba, bem
levemente pra nao acorda-lo, até seus olhos se fecharem e
inconscientemente os lábios encostarem no alheio só pra ter segundinhos
que fazia sua barriga congelar.

Aquilo era estupido, mendigar atenção de alguém que não liga para ele, e
que Harry também não liga. Dar um selinho nele totalmente delicado por
uns segundos de atenção para suprir suas vontades reprimidas de
adolescente bobo.

Harry estava se achando patético.

Por isso se afastou.

Mas apenas seus lábios, seu rosto ainda estando tão perto que conseguiu
mergulhar profundamente na imensidão do azul quando esses o miraram
como se ele fosse algo profundo. Louis estava acordado e Harry sentia que
iria explodir dentro de seu peito.
Seus olhos se arregalaram e suas mãos apertaram com força os lençóis, sua
respiração ficou pesada e ele olhou novamente para os lábios finos recém
beijados como se tivessem sido invadidos por ele, e ficou extremamente
com vergonha, ciente que suas bochechas se avermelharam em questões de
rápidos segundos. E embora sua expressão fosse chocada consigo mesmo,
Louis parecia neutro.

Neutro porque era Harry parecendo um gatinho acanhado quando roçou a


bochecha em si, porque aqueles lábios cheios e carentes se encostou no seu
de uma forma tão doce que pensou que estava sonhando. Ao sentir como
em apenas um encostar de lábios sabia do que Harry precisava. Porque
embora não soubesse o que aconteceu durante o termino com Fionn, agora
sabia o que Harry queria. Sempre soube porque Harry sempre foi Harry,
carente e necessitado de beijos e romantismo quando se tratava de
momentos como aquele. Ele precisava de alguém que, pelo menos em
algum momento, o olhasse como se ele fosse uma obra de arte, não porque
queria alguém falsamente o bajulando, mas porque queria alguém
verdadeiro. Que tentasse olhar pra sua alma e que com simples gestos,
como beijos doces, o fizesse se sentir importante. Nem que fosse por alguns
minutos. E Louis não se importava com brigas e culpas jogadas em ''erros''
que voltariam a ter no dia seguinte. Queria mostrar pra Harry, mesmo não
sabendo o que o deixou com aquele olhar triste, que ele era lindo,
importante e desejável. Queria apenas cuidar dele, nem que fosse por alguns
minutinhos, o amanhã não importa quando ele tem aqueles lábios tão de
perto.

— Eu... — Harry parou, porque Louis nem deixou que ele completasse.
Não deixou que ele surtasse, que ele ainda pensasse que fosse um erro. Que
todos os problemas dos dois viesse no amanhecer, porque naquele momento
só precisava beijar ele.

O calou com outro encostar de lábios, que desabou Harry ali mesmo, ele
não queria brigar ou resistir dessa vez, estava tão frágil depois de tudo que
aconteceu que só precisava que alguém tocasse um pouco ele de uma forma
que o fizesse sonhar que um dia teria aquilo com alguém, em momentos
que seriam constantes, porque teria um relacionamento bom, porque um dia
encontraria sim alguém que gostasse dele por dentro.
Porque ele não era totalmente malvado, era?

Não teve estruturas pra se afastar ou brigar quando os dedos finos do mais
velho tocaram sua bochecha e Louis com aquele ato demonstrou que queria
um beijo de verdade. Que eles cometessem mais um erro, dane-se. Eles
tinha uma lista deles, e estava tudo bem.

O mais novo ao mesmo tempo segurou no pulso de Louis, não porque


queria afastar a mão dele, pelo contrario, apertou o pulso em uma forma de
dizer que era pra Louis ir adiante. E eles se olharam antes dos seus lábios se
chocarem mais uma vez e Louis lhe olhar tão intenso que Harry mordeu o
próprio lábio em expectativa, o mais velho o atacando logo em seguida.

Suspirou ao sentir a língua lhe invadindo tão lentamente, mas tão intenso já
nos primeiros segundos, a mão em sua bochecha, prendendo seu rosto no
lugar para que ele comandasse o beijo. Harry levando suas mãos para o
peito de Louis em uma forma de se apoiar, como se estivesse caindo mesmo
que estivesse deitado. Mas ele caia e mergulhava no mais velho a cada vez
que seus lábios se deslizavam e as línguas se arrastavam uma na outra.

É só que os lábios dele eram bons demais, Louis tinha um poder sobre seu
corpo que Harry se assustava. A forma como ele o dominava com beijos tão
delicados e intensos e como parecia dizer todos os poemas bonitos do
mundo neles. Louis sempre parecia falar entre os beijos, porque eles eram
como melodias que curam qualquer coisa.

Louis queria demonstrar com beijos que sentia muito por ter gritado com
ele, que sentia muito por qualquer coisa que o deixe triste, que ele valia
tanto não importava o que qualquer um dizia, ou o que Louis próprio dizia
em seus momentos de raiva. É que Louis tinha esse poder de fazer Harry
derreter em palavras que não foram ditas, mas sentidas e compreendidas,
como os beijos que davam e falavam por eles, assim como falava por Harry.
Que ao se entregar tanto naquilo demonstrava que só queria Louis, que só
confiava nele, apesar de tudo. Beijos molhados em forma de palavras que
talvez jamais fossem ditas, mas que eram pra ser guardados caso quisessem
se lembrar em noites que admitiriam que nada daquilo seriam erros.
Louis desceu sua mão para a cintura do mais novo, tocando a camisa dele e
o puxando para perto, seus corpos se chocando levemente, as pernas
entrelaçando como se aquilo agora fosse uma marca deles toda vez que eles
se beijassem.

Toda vez que eles se beijassem, porque no momento não estavam


preocupados em acreditar e afirmar que aquilo não aconteceria de novo.

Harry só conseguia suspirar e praticamente deslizar sobre o corpo do mais


velho, inquieto e ansioso por mais beijos que o fizesse se sentir a pessoa
mais especial do mundo. Porque Louis tinha aquela capacidade de o fazer
assim pelo menos em alguns minutos. Ele chupando sua língua com
vontade, mordendo seus lábios como se fossem a coisa mais gostosa do
mundo, como se fosse doce. E pra Louis era, Harry era todo doce quando
estava desarmado. Tinha vontade de beija-lo para sempre porque aqueles
lábios carnudinhos o fazia ofegar. Querer mais e mais.

Harry era todo lindo, não importava o quanto tentasse falar mal dele depois,
o tanto que talvez ainda brigassem, mas o fato é que Harry era. Cada
pedacinho dele, não só por fora, mas ele tinha aquelas partes dentro do seu
coração que transbordavam para fora e eram vistas quando se permitia ser
vistas. E Louis o comparava como uma criança novamente, quando era só
um mimadinho mas tão bom de coração. Era isso que Harry estava sendo
no momento, e que Louis se mergulhava como mergulhou há 2 anos atras,
como se apaixonou tanto por ele mesmo sempre dando enfase em seus
defeitos. Ele tinha medo de se afogar em Harry novamente, mas não era
uma preocupação do momento.

Sua unica preocupação era movimentar seus lábios e fazer Harry gemer,
não de uma forma pornográfica. Mas ele gemia porque era bom, porque se
sentia bem, gemia baixinho em seus lábios como se estivesse
experimentando o que era amor. Ambos se sentiam assim e ambos tinham
medo daquilo, o que fazia suas barrigas gelarem mais ainda e terem vontade
de não parar.

Eles estavam puxando tanto o corpo um do outro, que acabaram mudando


as posições e mesmo não querendo afastando seus lábios. Louis ficando
deitado de costas e Harry praticamente todo em cima dele, suas mãos
tremiam ao olha-lo, seus olhos brilhavam e seu interior incerto se deveria
estar ali, sendo tão vulnerável para ele. Mas é que Louis o fazia tão bem... o
que mal tinha aproveitar aquilo um pouco naquela noite? E quando seus
cachos acabaram caindo no rosto dele por estarem muito grandes, parecia
um aviso pra eles pararem com aquilo. Mas Louis sorriu, retirando eles de
seu rosto e os colocando atras das orelhas de Harry, tão delicado como se
tivesse fazendo carinho. Harry não sabia se estava sendo carente demais e
imaginando coisas, mas Louis tinha toques tão gentis que, sem perceber,
esfregou sua bochecha na mão dele, corando tão forte por estar sendo
sensível daquele jeito, tão exposto. Mas Louis apenas sorriu, tão lindo e
verdadeiro, as ruguinhas aparecendo. No momento, Harry estava o achando
um príncipe dos seus sonhos, embora não tivesse coragem pra falar aquilo
em palavras. Mas tudo bem, porque para Louis, Harry ainda era uma
princesa, como sempre o achou desde quando eram crianças. E não pensava
aquilo de uma forma debochava como quando o chamava de principezinho
só pra irrita-lo. Harry realmente era uma princesa, um pouco mimado e
cheio de defeitos, mas que Louis não se importaria de beijar até mesmo eles
naquela noite.

Puxou Harry pelas bochechas, e o mais novo se entregou a um novo beijo.

Porque os beijos de Louis e Harry eram mais corajosos que suas palavras
entaladas dentro deles. E tinham que aproveitar enquanto seus orgulhos
eram trancados e seus lábios eram motivos de seus gemidos baixos por se
conectarem.

_________________________________________

N: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA O CAPITULO 9 E
10 ESTÃO DEMAAAAAAAAAIS, FIQUEM NO AGUARDO PQ
ACHO QUE TALVEZ SEJAM OS FAVS DE VOCÊS ATÉ O
MOMENTO <33333333333333333333333

Até semana que vem, XOXO S2


09. tonigth, i just wanna you be
okay with my kisses.

N: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIE MEUS
AMORESSSSSSSS

Finalmente att!

Pra quem não viu as publicações que deixei no meu perfil aqui no
wattpad, irei fazer um breve resumo. Demorei porque a faculdade está
me matando, não quero ficar de recuperação e pra isso preciso estudar
para um caralho. Então capítulos longos, como esse e o próximo, vão
demorar pra sair. Os mais curtos serão mais rápidos. A boa noticia é
que o semestre ta acabando e provavelmente só o capitulo 10 que pode
demorar pra sair. A partir do 11 a programação das atts volta ao
normal.

Peço pra que me sigam no twitter, para saberem mais das atts.
harrybottomzin

Esse capitulo tem 20 mil palavras, é como 3 atts juntas pelo tempo que
demorei. Então leiam com calma e comentem MUITO. por favor. <3 E,
principalmente, perdoem todos os erros. Não é fácil betar com pressa
um capitulo tão grande. Com certeza tem erros que depois serão
consertados. Mas se fosse pra entregar um capitulo sem erro,
demoraria mais 2 semanas pra atualizar.

Espero que tenham uma ótima leitura. <3

_________________________________________
Dizem que não há nada melhor do que largar a rotina de lado, os bens
materiais, para aproveitar um pouco dos prazeres que a natureza oferece. O
que para Harry não passava de ladainha. Fazia apenas 4 dias que estava
passando suas férias com o que ele chamava de gentinha, tirando sua irmã e
amigo, e ele já sentia falta de seu bairro, do seu condomínio bem habitado,
dos seus amigos de mesmo nível que o seu, do cheiro agradável e até
mesmo de sua Universidade, pois preferia estar com o rosto em algum livro
de medicina, do que ouvindo gritos histéricos e respingos de água por conta
da catarata de uma cachoeira próximo de onde estava.

A turma de trogloditas acharam uma imensa ponte abandonada perto de


uma cachoeira e tiveram a brilhante ideia de pendurarem uma corda e
agirem como macacos . Na verdade, estavam pulando de bungee jumping,
mas para Harry aquilo parecia apenas alguma gravação ruim do novo filme
do Tarzan. Eles gritavam animados e filmavam aquilo como se fosse a
primeira vez que fizessem. Quando na verdade, aquilo era praticamente a
rotina deles, estando de férias ou não, sendo dia de semana ou não. Bastava
terem o equipamento que lá estavam eles agindo como se fosse divertido
quase morrer. Harry sabia daquilo porque já havia visto videos e foto várias
vezes no instagram de Louis. Por isso, achava mais irritante ainda toda
aquela animação quando eles já tiveram de cara para a morte dezenas de
vezes.

No entanto, Harry não estava ali para isso. Ele só quis acompanha-los
porque não queria ficar sozinho por muitas horas em sua barraca. Por isso
estava ali, enquanto alguns pulavam e se divertiam e outros conversavam
animados esperando sua vez, Harry estava um pouco afastado, do outro
lado da ponte, andando lentamente enquanto tinha o braço esticado para
cima, tentando fazer que seu celular pegasse sinal, enquanto sentia seus
cabelos cada vez mais úmidos porque vez ou outra aqueles respingos vindo
da catarata lhe atingia.

— Vamos, Styles. Não é nenhum bicho de sete cabeças, e é totalmente


seguro. Você vai gostar. — Bebe disse ao se aproximar do mais novo, que
abaixou o celular para olha-la. A garota tentava lhe convencer mais uma
vez quando todos os outros haviam desistido.
— Não, obrigado. Aqui não há nenhum instrutor. Não confio nessa
bugiganga que fizeram. Prezo pela minha vida. — Respondeu e logo em
seguida voltou a olhar para seu celular.

— Bugiganga? Quem fala assim? — Samile apareceu do lado de Bebe,


falando enquanto dava um risada curta e passava o braço ao redor da amiga.
Harry a olhou por um instante e estreitou os olhos, como se perguntasse
quem era ela. — Não perca seu tempo insistindo. Sabe que ele só quer que
alguém insista o suficiente para ele ceder.

Ao final de sua fala, Samile fez menção de se virar e sair dali com Bebe.
Mas Harry interveio.

— Desculpe? Por que está se metendo na conversa e o que está querendo


dizer com isso?

— Por a caso estou dizendo alguma mentira? Ele fez a mesma coisa ontem
no lago, quando usamos o flyboard. — A morena disse em desdem olhando
para Bebe, que não sabia o que dizer mas também não queria entrar no meio
dos dois. — Ficou mais de uma hora jurando pra todos os deuses que não
participaria. Mas bastou uma hora depois, com Louis insistindo o suficiente,
pra decidir ir.

Harry não queria admitir mas era meio que verdade. No dia anterior, o
pessoal resolveu ''brincar'' com Flyboard que era de Oli e que ele havia
trago com todos os equipamentos. Harry, obviamente, não queria participar
daquilo e só ficou no lago se banhando enquanto observava todos. Mas é
claro que ele era cem por cento mimado e que até tinha uma curiosidade
naquilo e só não fazia por medo e orgulho. Bastou ele ver todos se
divertindo, fazer manha o suficiente para que insistissem que ele tentasse
também, quando ele negou mais de trinta vezes, querendo que insistissem
mais e Louis insistindo só porque seria engraçado se Harry participasse. O
mais novo topou.

Não era como se tivesse sido fácil apenas por ele ter topado, ele ainda
resmungou várias vezes enquanto colocava os equipamentos e hesitou mais
algumas delas quando já estava tudo pronto porque ele não sabia como
fazer aquilo. Ele realmente não sabia e não adiantava quantas instruções
recebesse, porque na primeira vez que foi impulsionado para cima, seu
corpo não ficou nem ao menos 30cm da água, já caindo nela por não ter
noção como manusear aquilo. E ele ficou bons segundos assim, não era
divertido não conseguir voar naquilo e sempre cair de cara na água.

Ele recebeu risadas, mesmo que tentassem não rir e o incentivar a continuar.
Mas o fato é que era realmente engraçado, e todos tiveram que segurar mais
ainda o riso quando Harry falou que não queria mais e ficou de braços
cruzados sobre a água com um bico enorme, xingando tudo e todos. Mas no
final, novamente, Louis segurou o riso e o incentivou a tentar mais uma
vez. Harry tentou, e dessa vez conseguiu ficar uns 4 metros distante da
água, não era muito comparado ao que os outros conseguiram, mas era
muito pelo tamanho do seu medo, ora, ele até gritou de felicidade. E como
adorava ser elogiado, gostou das palmas que recebeu por não ter desistido e
do vídeo que Louis gravou dele, pro seu Instagram idiota que ele postava
aquelas coisas idiotas, agora não tão idiota assim, já que Louis já havia o
desbloqueado e postado seu vídeo nele quando achou algum rastro de sinal.
Talvez Harry tenha escondido um sorriso com aquilo.

— Eu não pedi para que ninguém insistisse, vocês que fizeram questão da
minha participação. — Harry comentou, passando a mão nos seus cabelos.
— Eu fui porque eu mudei de ideia. Está incomodada por que? — Harry
desdenhou e Samile apenas sorriu ironicamente para ele.

— Meu incomodo é você fazer sempre toda uma cena apenas pra conseguir
a atenção que quer. Vê se cresce! Aqui ninguém vai ficar te bajulando. Pare
de ser tão mimado e ficar esperando que insistam pra você fazer algo.

— Eu não estou sendo mimado e não tenho culpa se fazem questão que eu
faça algo. Não sou eu que estou buscando a atenção de alguém aqui. São
vocês que se importam demais comigo. - Sorriu para ela, sua fala carregada
de autoconfiança. — E pare de ser tão mal educada e se meter onde não é
chamada. — Ao final da fala, Harry abanou a mão pra ela, como se a
enxotasse dali.

Samile apenas deu dedo do meio para o garoto enquanto sussurrou


novamente que ele era mimado em um tom desgostoso e se virou de costas
para ele, puxando Bebe consigo. Harry levou a mão ao peito se sentindo
ofendido por aquilo.

— Garota deselegante!

— Não se preocupe, riquinho. Ela é meia esquentada mesmo. — Stan, que


estava um pouco longe encostado na ponte e observando a pequena
discussão, riu ao falar e observar como Samile saiu andando e rebolando
para longe de Harry, como se em apenas 4 dias já não o suportasse.

— Como se eu me importasse com qualquer um aqui. — Harry respondeu a


contragosto, focando em seu celular que não dava sinal de jeito nenhum. E
parecia até uma obra do destino, porque sinal só aparecia no celular de
Louis. Ele queria atualizar seu Instagram. Obviamente com fotos antigas,
não iria mostrar pros seus amigos que estava em um fim de mundo.

— Esqueci que você é esquentadinho também. — Stan concluiu,


resolvendo deixar Harry de lado antes que o garoto começasse a implicar
com ele.

Harry deixou seu celular de lado quando se deu conta que não adiantaria de
nada ficar se esticando o máximo possível com seus braços procurando
sinal, quando não havia nada ali. Bufou a contragosto e se escorou na ponte
olhando a paisagem. Que ali, com o olhar mais aberto, percebeu que era
bonita sim. Até mesmo aquela catarata ao longe, tão irritante que fazia toda
aquela nevoa de respingos por toda a região umedecer seus cabelos. Mas
era lindo, assim como todas as arvores e plantas extremamente verdes.
Tudo era verde tirando o céu. Olhando para baixo, via a água cristalina que
tinha o tom esverdeado por refletir as arvores. E era nítido as milhares de
pedras em baixo da água, o que o fazia ter mais medo ainda de pular e
acabar caindo ali. Era até gratificante estar ali, era diferente das coisas que
já presenciou. E se não fosse pelos gritos animados que estava escutando,
porém ignorando, seria calmo e relaxante. E com seu celular, fez a unica
coisa que ele estava sendo útil no momento, tirou uma foto daquele lugar
lindo, chegando a sorrir pelo resultado. Quem sabe, talvez poste apenas
aquela foto. Ele sorriu sem ao menos se dar conta.
Alguns minutos depois, observou as pessoas ali. Louis, que era
praticamente o ''instrutor'' do bungee jumping, também ajudou Niall e
Gemma a pularem. Harry até sorriu com aquilo, porque eles estavam se
divertindo e os gritos deles eram animados demais. Mas não conseguia
evitar o pequeno incomodo que surgia em seu peito. Niall e Gemma
também eram dramáticos, eles também hesitavam e tinha medo e perdiam
bons minutos relutando até estarem fazendo aquilo, mas Louis não se
importava, os incentivavam, porque queria que eles se divertissem.
Primeiro, fazendo Niall ir e pulando junto a ele em uma forma dele se sentir
mais seguro, depois fez o mesmo com Gemma. Enquanto isso, Harry
observava ao longe quando eles voltaram e conversaram animados sobre
aquilo.

Não que ele achasse que estavam sendo injusto com ele, afinal, Niall e
Gemma eram mais receptivos, Harry não. Ele deixava claro o que queria e o
que não queria. E não era como se quisesse fazer aquilo também. Não era
porque Niall e Gemma não se deram mal, que ele também não iria. Estava
muito bem vivo, obrigado.

Tinha voltado a focar apenas na paisagem, já que conseguiu


milagrosamente aprecia-lá, mas Niall depois de alguns minutos apareceu,
tomando sua atenção. O loiro se encostou na ponte e respirou fundo,
praticamente se jogando no pequeno muro do local, os cabelos também
úmidos e mordendo os lábios para conter um sorriso. Harry o olhou com as
sobrancelhas estreitadas.

— O que foi? Que expressão é essa? A adrenalina de pular daquilo fez você
ter um orgasmo? — Harry brincou, dando um sorrisinho pro amigo e
ganhando um leve empurrão em troca.

— Não, mas... — Niall ia respondendo, mas deu uma pausa ao respirar e


olhar para um ponto fixo, ou alguém, que Harry não fez questão de se virar
para ver quem era, continuando com seu olhar alternado da cachoeira para o
loiro. — Eu acho que as coisas estão finalmente andando... — Ia falando e
Harry não sabia ideia do que. — E eu acho que só não rolou nada porque
estamos acampados aqui ainda. Mas amanhã quando formos pra casa que
eles alugaram, pode rolar. — Comentou animado.
— Seja claro, Niall! Não estou entendendo do que está falando.

O loiro bufou e se certificou que estavam longe o suficiente dos outros para
poder ser mais aberto com o amigo.

— Louis! — Disse como se fosse óbvio. — Essa viagem foi a melhor coisa
que eu poderia ter feito! você sabe, estamos flertando... — Comentava
exibido pelo outro estar lhe correspondendo. — E o jeito dele me faz querer
abrir as pernas. — Niall era escandaloso e exagerado então literalmente
abriu as pernas para demonstrar como queria estar e Harry se assustou com
as expressões corporais do amigo. — Eu sei que nada rolou ainda porque
seria meio deselegante até para ele ficar transando em barraca para todos
ouvirem, porque eu sou escandaloso e não deixaria ninguém dormir. — Riu.
— Mas tenho certeza que assim que entramos na casa que vamos ficar,
iremos nos trancar em algum quarto. — Garantiu, sorrindo logo em
seguida.

Harry sentia suas bochechas começarem a queimar, puramente de incomodo


com aquela fala, não porque era puritano e ficou com vergonha da maneira
que o amigo falava, mas simplesmente por não gostar.

E ele odiava se sentir assim, mas no momento não se importava com isso.

— Se ele quisesse alguma coisa com você, já teria ficado com você até no
meio de algumas arvores de todo esse lugarzinho. — Harry disse a
contragosto, não escondendo o desgosto em seu tom.

— Bem que eu queria mesmo uma transa selvagem, forte e rápida com ele.
— Niall garantiu, com aquele sorriso alegre no rosto e Harry não conseguia
nem ficar com raiva dele, só da situação. — Mas prefiro em uma cama onde
podemos ficar horas e horas e ele podendo fazer o que quiser comigo, em
várias posi—

— Ai, ta bom! Não precisa ser tão explicito! — O de olhos verdes reprovou
porque estava odiando as cenas que estavam entrando em sua mente.
Aquilo não era certo. — Como sabe que ele quer isso também? Não é
porque ele está flertando com você, ou algo do tipo, que signifique que ele
vai fazer alguma coisa. Além do mais, ele fez isso com todo mundo. É o
jeito dele... e mesmo que ele te queira, como você tem coragem de ficar
com ele? Ele fica com todo mundo! — Harry falava tudo em repudio,
tentando arranjar fatos que faça seu amigo mudar de ideia. Porque
definitivamente ele não queria que os dois transassem.

— E daí? Isso significa que ele deve ser bom de cama. — Você nem
imagina. Ele é ótimo. Harry disse mentalmente, querendo falar em voz alta,
o incomodo no seu peito aumentando, chegando a cruzar os braços de pura
birra. — E é claro que ele me quer também, quem não iria querer?

Harry observou o amigo e como ele era tão confiante e com toda a razão.
Ele era lindo pra caralho e também tinha um corpo lindo. Harry também era
confiante, tão confiante que tinha o nariz tão em pé por isso. Mas não era
confiante em relação a essas coisas com Louis, porque Louis era a unica
pessoa que mostrava não querer beijar seus pés.

— Mas de qualquer forma, você não pode transar com ele!

— O que? Por que não?

Porque ele já transou comigo! E seria estranho você fazer o mesmo com
ele. Porque eu me sentiria triste porque ficaria imaginando Louis
comparando você comigo, porque provavelmente você teria coragem de
repetir isso quantas vezes quisesse com ele. Porque ele ficaria te tocando e
te beijando na minha frente a partir do momento que tivesse liberdade para
fazer isso, como faz com Samile e Stan. Porque ele gosta de você como
pessoa, porque você não o irrita e ele te acha engraçado mesmo eu e você
sendo tão parecidos. Porque isso só me lembraria da forma que eu me sinto
em relação a ele. De como eu odeio me sentir não suficiente para ele.
Como se nada o agradasse e nada que eu faça o fizesse olhar pra mim de
uma forma positiva, porque tudo que eu faço ele desaprova, porque eu faço
ele me desaprovar porque não tenho nem um pouco de confiança em tentar
chamar a atenção dele de uma forma boa. Então eu não quero meu melhor
amigo se deitando com alguém que mexe comigo de todas as formas boas e
ruins.

Foi o que Harry pensou, mas não disse. E fingiu que não pensou.
— Porque... ora, porque você é meu melhor amigo. — Disse como se fosse
óbvio. — E ele é o filho de uma empregada! É estranho! E eu não consigo
imaginar vocês dois juntos! Primeiro vocês transam, depois repetem, depois
vocês estão se beijando na minha frente. Aí você vai falar que isso só vai
rolar nessa viagem, mas quando voltarmos, de repente você vai estar
visitando minha casa não para me ver, apenas para se enfiar no quarto dele!
Ele apenas quer roubar você de mim, por favor, não se deite com ele! —
Harry deu suas desculpas e pediu para o amigo, que não concordava com
ele.

— Mas Harry—

— Mas nada! Você tem que me prometer que vai ficar longe dele! Você
sabe como eu o odeio e como ele usaria isso contra mim! E se você me
pedisse para não dormir com alguém, eu não o faria porque nossa amizade
está a frente disso. — Harry continuou a argumentar e o loiro se via sem
saída.

— Isso não é justo! Você está jogando baixo, porque eu nunca pediria pra
você deixar de transar com alguém... porque você nem transa! — Niall
disse mal humorado, mas com um tom um pouco divertido que já fazia
Harry comemorar em antecipação.

— Por favorzinho... — Harry juntou as mãos em suplica, fazendo um


beicinho.

— Ta bom, ta bom! Se significa tanto pra você para que não tenha essa
paranoia de que Louis vai me roubar de você... — Niall disse e Harry tentou
não se mostrar tão feliz com aquilo. Porque nem ele queria admitir que
ficou aliviado.

— Obrigado! E você pode ser essa vadia maravilhosa que você é com
outros garotos daqui. O Oli não para de te olhar. — Harry sugeriu ao amigo
e apontou pro garoto, Niall vendo que Oli realmente o olhava.

— Por que da pra um se posso da pra vários? — Niall perguntou


retoricamente e sorriu pro amigo antes de ir jogar seu charme para cima de
Oli.
Harry riu e observou o amigo ir falar com o outro garoto. Seus olhos logo
em seguida mirando em Louis, ele estava com uma regata branca que
mostrava suas costelas, calça preta e vans da mesma cor. Ele estava
conversando alguma coisa com seu casal de amigos, Zayn e Liam, enquanto
Samile estava grudada nele, as mãos da garota estando nos bolsos de trás da
calça dele, Louis estava apenas com um braço em volta dela, o braço que na
mesma mão continha um cigarro que fumava e que Samile não parecia se
importar da fumaça estar indo em sua cara. claro que não se importava, já
que em algum momento Louis passou a fumaça de sua boca para a boca da
garota. E lá estava o incomodo dentro de Harry novamente.

Tentou ignorar aquilo quando estupidamente veio um pensamento em sua


mente em que parecia estar combinando com Louis, só que com roupas de
marca, é claro. Estando com uma calça branca colada em suas coxas, tênis
da Gucci da mesma cor e uma camiseta preta. Se eles tirassem uma foto
juntas, iriam parecer um casalzinho.

Harry se irritou com o próprio pensamento e tentou ignorar.

Na verdade não soube nem o que estava fazendo quando andou até Louis.

— Agora eu pretendo ir nessa coisa. — Harry disse assim que se fez


notado, os braços cruzados porque não queria muito, indiferente. Nem
próprio se entendia.

— Finalmente! — Gemma disse animada.

— Você tem certeza? — Louis sorriu ao perguntar, não era um sorriso


debochado, embora fosse divertido porque não imaginava Harry querendo
fazer aquilo. Ele não soltou Samile para falar com ele, e aquilo fez Harry
agir como uma criança que tem o brinquedo favorito roubado.

Mas antes que respondesse, a morena falou primeiro.

— Eu não disse? — Samile perguntou divertida, uma das bochechas


espremidas no peito de Louis enquanto olhava para Harry. — Primeiro
insiste que não vai fazer algo, depois espera todos insistirem pra que você
vá, e terceiro, quando vê que ninguém vai insistir mais, você decidi fazer.
— Ela riu.

— Não lembro de ter te perguntando alguma coisa, mais uma vez. E


novamente você está sendo intrometida. — Harry respondia
grosseiramente. — Não que eu espere alguma educação vinda de gente
como você...

— O que você está insinuando, moleque? Acha que essa sua soberba me
intimida?

— Acho que você é chata, apenas. — Harry deu de ombros.

— E eu acho você nojento, acho que estamos quites. — Ela sorriu.

— Vocês dois não precisam se olharem assim. Se acalmem. — Louis disse,


intervendo, mas sorrindo porque não era como se eles estivessem prontos
pra atacarem um ao outro. Era normal Harry ser grosso, e Samile também
era, logo era normal os dois não se darem muito bem.

— Estou calmo. Desde quando qualquer um pode me irritar? — Harry


perguntou realmente calmo, embora por dentro estivesse com raiva por
Samile ainda não ter soltado Louis. — E você pode, por favor, prestar
atenção no que eu vim falar com você? — Perguntou para Louis.

— O que meu príncipe quer? — Harry estreitou os olhos pra ele


demonstrando raiva. Aparentemente ''qualquer um'' não o irritava. Mas
Louis não era qualquer um. — Tem certeza que vai pular?

— Eu quero. Mas não sei se vai ser possível, já que você parece estar
grudado em um carrapato. — Comentou e deu um sorrisinho falso pra
Samile que sorriu igualmente de volta.

— Não tenho culpa se eu tenho alguém que me da amor.

A garota disse apenas de implicância. Não pra atingir realmente Harry. Mas
atingiu.
Ele olhou novamente para os dois juntos, sem raiva. A garota esperando
alguma respostinha ácida do mais novo, mas não veio.

— Esquece, não quero mais! — Harry disse ao se virar de costas e começar


a se afastar de novo. Questões amorosas era seu ponto fraco, e mesmo que
Louis não tivesse falado nada ou ao menos rido daquilo, era como se ele
compactuasse com Samile, já que não a soltava e Harry se sentiu mais ainda
incomodado com o comentário dela, enquanto ela estava agarrada a Louis.

Para todos ali ele só estava fazendo birra como sempre, mas não para o
moreno.

Mas é só que Louis tinha aquela capacidade que nenhum outro tinha de lê-
lo nos momentos certos. Antes, não estava se importando com aquela
pequena implicância besta dele com Samile, mas depois do que a garota
falou, sem saber como Harry esteve nos últimos dias, fez Louis não gostar
de vê-lo se afastar. Porque nem Gemma e nem Niall pareciam perceber
também, mas Louis tinha aquela intuição que aquilo que a garota falou
atingiu o mais novo desde que tem o pressentimento que Harry esta mal
com alguma coisa, desde que ele terminou com Fionn. E é claro que Louis
pode estar errado, e na verdade ser paranoia sua, mas a partir do momento
que tem esse pressentimento, não importa se realmente há alguma coisa
acontecendo ou não. Porque se havia há menor possibilidade de Harry estar
triste com alguma coisa, Louis não queria faze-lo ficar mais triste ainda.

Por isso soltou Samile e entregou seu cigarro para ela, correndo um
pouquinho para perto de um Harry rabugento e de braços cruzados.

— Ei, não precisa sair. Eu sei que a unica coisa que você queria era um
abraço meu, por isso apareceu. Só estava enciumado por eu estar a
abraçando, não você. — Louis disse brincando quando chegou ao lado de
Harry. Ele realmente disse brincando, não havia nenhuma malicia em sua
voz ou acusações verdadeiras. Era apenas pra implicar com Harry e faze-lo
lhe olhar com uma raivinha passageira por insinuar aquilo, para quebrar o
gelo e ele esquecer do que a Samile falou.

Mas Harry olhou pra Louis como se tivesse sido pego no próprio crime.
E ao invés de reagir com raiva e empurra-lo, chamando-o de idiota, ele
apenas parou de andar e lhe encarou, os olhos verdes um tanto arregalados,
sem saber o que dizer.

Talvez ele quisesse sim um abraço bem apertado de Louis. Onde o mais
velho lhe envolvesse com seus braços de uma maneira forte e protetora, que
o colocasse em seu peito como se ele fosse bem pequeno, embora fosse
maior. Que o fizesse se enrolar em seus braços quentes e que não falasse
nada. Apenas deixasse claro que era ali pra ele estar, só por alguns
minutinhos, minutos que eram precisos pra acalmar seu coração e talvez
curar o que começou a achar de si mesmo depois das palavras duras de seu
ex, que nunca iria ter um afeto realmente bom de alguém, porque não
merecia.

Queria arrastar sua bochecha no pescoço dele e se aninhar como um


gatinho.

Ele não soube o que responder, quando, em qualquer outro momento, como
resposta para esconder aquilo, iria empurrar Louis para longe.

Porque ele queria Louis perto. Queria que Louis desfaze-se naquele
momento toda sua armadura arrogante e o abraçasse tão forte como se fosse
uma princesa. Sua princesa. A princesa que era de Louis, quando eram
pequenos, quando Louis cuidava dele seja pelo minimo motivo que fosse,
por mais besta que fosse. Ele queria que Louis cuidasse dele um pouquinho
naquele momento. E se sentiu tão idiota em como estava sendo tão
vulnerável a ele nos ultimas dias. Sempre foi tão bom em não deixar se
abalar por ele, dando suas recaídas, é claro, mas era tão difícil ficar exposto,
ser tão lido por ele. Mas as coisas estavam mudando. E o ultimo beijo que
deram piorou toda situação. Era como se a cada toque de Louis, por minimo
que fosse, fizesse o garoto querer mais, precisar daquilo pra se sentir
realmente mimado. Mimado de uma forma boa.

Ficou quieto, precisando de alguns segundos para disfarçar toda aquela


vulnerabilidade e ser o Harry de sempre, que tem uma resposta ácida para
tudo na ponta da língua.
Mas Louis viu como ele desviou o olhar e teve os olhos perdidos por algum
momento. Ele ultimamente estava sendo a porra de um ser frágil, que se
machucava com qualquer minima coisa. Realmente o garotinho que
costumava ser. Sempre foi! Mas antes sabia esconder muito bem, antes
precisava ser lido pacientemente, precisava ser cavado porque sua
arrogância é tão forte que tampava tudo isso. Mas agora era tão
transparente... Louis sentiu como Harry só precisava de toques doces, como
precisou a quatro dias atras, quando o beijou na barraca dele. Harry se
derretia em seus braços e amava ser tratado com carinho. Porque ele podia
ser uma vadia má por fora, mas por dentro era só uma princesinha. Louis o
tratou como uma a noite toda, com seus beijos pelos lábios e rosto do mais
novo, como se quisesse apagar qualquer coisa ruim que esteja em sua
mente. E aquilo o preocupava tanto, vê-lo assim, acha-lo vulnerável, querer
beija-lo, querer abraça-lo, isso tudo fazia Louis vulnerável também. Vê-lo
dessa forma o fazia fraco. Não queria olhar Harry com esses olhos. Uma
vez já foi apaixonado por ele, não queria ser de novo.

Quase o abraçou, sem nenhuma explicação. Só porque sentiu que as


palavras de Samile o atingiu. Só porque tinha a sensação que ele estava mal.
Só porque Harry estava com aquela carinha perdida.

E Louis se assustou com aquilo.

— Prefiro abraçar o diabo do que você. — Harry se recuperou daquele


momento vulnerável. E Louis meio que deu Graças a Deus mentalmente.
Esse Harry era muito mais fácil de lidar.

— Você tem mania de se auto abraçar? — Louis retrucou de volta, um


sorrisinho no seu rosto. Era até fofo, mas Harry ameaçou sair dali
novamente. Mas Louis riu e segurou em seu pulso antes que ele saísse
batendo os pés por aí. — Não seja rabugento! Você não queria ir no bungee
jumping?

— Se você andar logo com isso... porque desde que eu decidir ir, você só
está me enrolando. — Harry cruzou os braços e Louis mordeu a bochecha
para não retrucar. Apenas arqueou as sobrancelhas pra ele, não precisava
responder porque a resposta seria Harry se mijando de medo quando
saltasse da ponte. Por isso apenas sorriu e se virou de costas, sabendo que o
garoto estaria lhe seguindo.

Harry entregou seu celular pra Gemma, as pessoas o assistindo não


acreditando que ele iria mesmo e Niall falando que iria gravar aquilo,
fazendo o cacheado revirar os olhos.

— Quer que eu vá com você? — Louis perguntou.

— Claro! Se eu morrer, pelo menos te levo junto. — O mais novo disse,


tentando soar mal humorado mas sua voz saiu preocupada quando Louis
começou a colocar o equipamento de proteção em si e nele também.

— Você é tão pessimista... — O mais velho comentou, fazendo os dois


ficarem presos juntos, Harry tendo que chegar mais pra frente, seus corpos
se colando e suas mãos parando no peito do mais velho, eles estavam um
pouco longe de onde pulariam, Harry ainda não se atrevendo olhar para
baixo. — Suas ultimas palavras, caso morra? — Louis provocou, seus olhos
azuis um pouco pequenos por estar sorrindo, Harry lhe olhou com medo,
quase desistindo.

— Eu te odeio... — Resmungou.

Louis riu quando o mais novo ficou checando se estava realmente seguro e
um dos maiores erros dele foi olhar pra baixo e ver aquela água que não
estava nada calma tão abaixo dele e as pedras nítidas ali, porque se aquela
corda soltasse, eles não teriam nem chances de sobreviver. Harry estava se
achando um idiota, não havia um instrutor ali, Louis que estava no
comando e ele era totalmente amador. Se morresse, a culpa também seria
sua de aceitar pular aquilo. Seu coração estava acelerado e ele não deixou
Louis começar uma contagem regressiva, para avisar quando iam pular.

Louis estava achando totalmente engraçado o mais novo estar agindo como
uma criança medrosa, os braços lhe abraçando forte, os olhos arregalados
quando olhava para baixo e sempre se afastando da beirada quando Louis
ameaçava pular, quase desistindo várias vezes. Mandando ele esperar várias
vezes, o fazendo perder bons minutos ali. Quando Louis dava um passo pra
frente, Harry se arrastava com ele pra trás. O mais novo estava quase
rasgando sua blusa de tanto apertar e o abraçava como se ele fosse sua
salvação.

O garoto estava quase chorando quando Louis esperou o corpo dele ficar
mais mole e eles estarem mais na beirada, o abraçou forte, e, sem avisa-lo,
se jogou da ponto com ele.

Louis constatou que iria ficar surdo, já no primeiro segundo Harry estava
gritando de uma maneira que daria pra escutar em toda floresta, o grito foi
estridente, praticamente no ouvido de Louis já que estavam abraçados, o
mais novo se agarrou a si desesperado, seus olhos sequer abertos. Já Louis,
que já havia feito aquilo várias vezes, portanto mais acostumado, teve gritos
de animação, os olhos abertos enquanto ria da histeria de Harry. Se não
estivesse com ele, seus braços estariam livres no ar pra aproveitar toda a
adrenalina, mas não soltava Harry porque sabia que o garoto assim se
sentiria mais seguro.

Harry sentiu seu coração soltar pra fora várias vezes, e a unica certeza que
ainda estava vivo era porque se agarrava ao corpo do mais velho. Não
conseguia parar de gritar e achou realmente que iria morrer ao sentir seu
corpo saltar em uma velocidade surreal, o vento o batendo com força,
chegava a machuca-lo um pouco. E se não morresse ao cair naquelas
pedras, morreria de ataque cardíaco, ou por fazer provavelmente, seus
próprios ouvidos sangrarem de tanto que gritava.

Era isso. Ele iria morrer.

Morrer ao lado de Louis, o seu assassino.

Adeus botas da Chelsea. Adeus ternos da Gucci, perfumes da Chanel,


acessórios Louis Vuitton e roupas do Yves Saint Laurent.

Se Deus estivesse olhando por ele agora, queria deixar todas suas coisas
para Niall. Sua fortuna para instituições carentes e um belo soco na cara de
Louis.

Sentiu seu corpo junto ao de Louis ser repuxado com força, seu coração
realmente quase saltando do peito pelo susto, achou que a corda tinha
pendido e eles cairiam naquele momento. Mas na verdade, era só seus
corpos se prendendo no ar, já que o limite que os prendiam já tinha
expendido e eles agora estavam pendurados, seus corpos ainda balançando
de um lado pro outro, como se tivesse dois fantasmas filhos da puta, um em
cada lado, empurrando seus corpos como se eles fossem um balanço.

E pra piorar, Louis estava gargalhando.

— Harry, pela amor de Deus! Pare de gritar! Estamos bem e seguros. Abra
os olhos! — Louis falava com aquela voz animada como se aquilo fosse
bom. Mas pra Louis era, ele adorava a sensação de sentir livre. Pular de
bungge jumping pra ele era como se você estivesse totalmente carregado
com seus problemas da vida e aquilo fosse como uma lavagem, a partir do
momento que você pula tudo iria embora com a velocidade que você ia
caindo, só restando a adrenalina e felicidade.

Mas Harry estava prestes a ter um ataque do coração.

Ele respirava descompensadamente. Okay, ainda estava vivo, eles não


haviam caído nas pedras. Aquilo deveria ser bom. Pronto, já passou.

Ele abriu os olhos devagar, realmente com medo de abrir e parou de gritar
por alguns segundos.

A primeira coisa que viu foram os olhos azuis de Louis, seus rostos
próximos. Percebeu realmente que estava vivo.

Resolveu olhar para baixo e mesmo tento pulado, água e as pedras ainda
estavam longes demais. A corda — ou os fantasmas filhos da puta— parou
de balança-los, aos poucos eles ficando apenas parados. E Harry se deu
conta que ficar parado, de ponta cabeça, apenas preso pelos seus pés não era
uma situação boa.

Ele ainda tinha a sensação que ia morrer.

— E-Eu te odeio! E-Eu vou te matar, seu idiota! — Harry começou a gritar
novamente, seus olhos fechados mais uma vez com força e começando a
xingar Louis.
O mais velho só conseguia achar engraçado como Harry estava ditando
todos os palavrões possíveis, para um garoto que se considerava
extremamente educado.

Eventualmente, eles foram sendo puxados de volta, lentamente a ponte


estava cada vez mais próxima e Harry se tremia todo de medo.

Quando finalmente estavam seguros, em cima do concreto, Harry voltou


abrir os olhos, Louis ainda o segurava e a primeira coisa que fez foi
empurra-lo de tanta raiva e sair puxando tudo que o prendia a ele.

— Babaca! Você é um tremendo idiota! Por que pulou sem me avisar? E se


tivéssemos morrido? Isso não se faz! Isso é maldade! Eu te odeio tanto! —
Harry reclamou até conseguir se afastar de Louis. Alguns riam porque era
engraçado ter escutado os gritos de Harry em eco e o mais novo não queria
escutar aquilo porque ainda estava traumatizado. Talvez ele estivesse sendo
dramático como sempre, então se afastou de todos, tentando andar pra longe
e pronto pra fazer birra, mas suas pernas estavam tremulas e ele ainda não
tinha noção de espaço, seu estomago embrulhado então ele caiu sentado na
ponte e levou as mãos ao rosto, chorando pelo medo que sentiu.

Quando viram aquela cena, todos se aproximaram preocupados, mas Harry


ainda estava xingando tudo e todos e Louis se sentiu mal por ter feito
aquilo, se aproximando dele e se agachando em sua frente, não se
importando com os xingamentos de Harry porque estava com medo dele ter
tido um ataque de panico, alem de só medo. Passou as mãos nos cabelos
dele e o puxou para si, o abraçando apertado enquanto o mais novo ainda
tinha as mãos sobre os olhos e chorava meio tremelicando, os dedos finos
de Louis fazendo carinho nele enquanto todos observavam aquela cena
curiosos.

— Ei, ei! Me desculpa. Eu não sabia que você iria ficar assim. Não chora,
por favor... — Louis pediu calmo, se sentindo realmente mal pelo o garoto
em seus braços chegar a soluçar por conta do choro.

Harry apenas ficou sem falar nada, ele não estava tendo um ataque de
panico ou algo do tipico. É só porque realmente ficou com medo e era um
pouquinho dramático. Ora, ele chora até se um inseto encostar nele. Era
normal aquele sua reação após ter feito algo que tem medo, mas mesmo
assim, o mais velho estava preocupado. Não poupando seus carinhos no
mais novo e praticamente o ninando entre suas pernas, nem se importando
com as pessoas ao redor. Ele só queria que Harry parasse de soluçar. Tinha
notado que ele não estava tendo um ataque mesmo, o que o deixava
aliviado. Harry só era sensível demais. E Louis podia tentar acalma-lo de
outra forma sem parecer que estava cuidando de um bebê gigante, mas não
se importava. Harry chorando o fazia mal mesmo que houvesse um pouco
de drama ali.

Ficou dando carinho pra ele por longos minutos, Gemma indo buscar água
para Harry e o mesmo parando de soluçar aos poucos, apenas ficando
quietinho e só saindo dos braços de Louis quando foi beber sua água, mas
ainda tinha o mais velho o segurando. Seus grandes olhos verdes cheios de
lágrimas o encarando de pertinho enquanto Louis o assistia se acalmar aos
poucos enquanto passava as mãos no seu cabelo e pelo seu rosto. Ele estava
sendo tão carinhoso que Harry queria chorar mais um pouco só pra
continuar ali como um gatinho.

Seu nariz e boca estavam vermelhos, de seus olhos saindo lagrimas


silenciosas, dessa vez por drama mesmo porque o medo já havia passado.
Ele era apenas como um bebê recém nascido que pode chorar a qualquer
hora se algo que não quer acontecesse. Louis achava bonitinho quando
Harry parecia uma criança.

— Está melhor? Me perdoa? — Pediu calminho, seu dedo se enroscando


em um cacho e Harry o olhando tão profundo que apenas mordeu os lábios
vermelhos com gosto salgado por conta da lagrima, assentindo paras duas
perguntas devagar, e quase pedindo os abraços de volta. Será que ele podia
chorar mais?

— Idiota... — Harry sussurrou emburrado, mas logo depois sorrindo para


Louis. — Eu quero ir de novo! — Agora estava animado, sorrindo entre as
ultimas lagrimas que caíram e Louis franziu o cenho pra ele. Agora que seu
medo havia passado, queria ir novamente.

— Como é? Você não estava agora pouco se tremendo de medo?


— Sim! Mas agora passou. — Era uma criança mesmo! Que chora por
motivos pequenos só pra depois fazer a mesma coisa. Louis não conseguia
nem ficar irritado ou acha-lo estranho, apenas riu daquela carinha inchada
por conta do choro agora estar animada. Assim como todos não conseguiam
levar Harry a sério, ele realmente era uma pessoa intrigante.

Eles se levantaram e Louis reclamou que Harry o xingou por minutos atoa,
mas Harry retrucou que ele mereceu e que agora só pulariam quando ele
quisesse. O mais velho revirou os olhos mas pediu que, pra dessa vez,
gravarem eles pulando juntos. (Talvez ele publicasse isso, só talvez) e eles
voltaram a colocar a proteção e seus corpos ficarem juntos. Dessa vez,
Harry passando as pernas pelo quadril de Louis, ficando mais confiante a
ele, e o mais velho não se importou de tele em seu colo. E de como eles
pareciam um casal, ou como Harry deitou a cabeça cheia de cachos em seu
ombro e se agarrou a si como um bebê coala, ou em como seus amigos
estavam gravando isso. Ou em como teve que esperar longos minutos ate
Harry ter coragem de faze-lo pular. Ou os gritos novamente de Harry
quando pularam, tudo valia a pena se fosse pra te-lo assim.

E Louis a minutos atras havia comparado a sensação de pular de bungee


jumping como se a partir do momento que você pulasse, todos os seus
problemas fosse embora. E agora, com Harry, ele compara aquela sensação
como se todas as diferenças dele e do garoto tivesse ido embora e só tivesse
aquele momento bom entre eles. Onde seus corpos estavam juntos, Harry
em seu colo e Louis lhe abraçando com toda força como se dissesse que o
protegeria de qualquer coisa. E talvez aquela promessa não dita não era
apenas pra aquele momento.

Quando a corda deu um grande solavanco fazendo eles ficarem presos no


ar, balançando levemente de um lado pro outro, Harry ainda tinha a cabeça
deitada no ombro de Louis, mesmo eles estando de ponta cabeça e ele ainda
se tremendo de medo.

— Abra os olhos. — Louis pediu calmo e depois de alguns segundos o mais


novo concedeu, dessa vez não achando tão ruim a imagem que tinha da
paisagem abaixo de si. — Olha pra mim, Haz. — Louis ter chamado Harry
pelo seu apelido, depois de anos, fez o coração de Harry acelerar e ele jura
que não era por medo de estar preso naquilo. Ele imediatamente olhou para
Louis, os olhos azuis lhe olhando como se ele fosse a coisa mais bonita
naquele momento. E para Louis, Harry era. Todo lindinho com aqueles
cachos todos bagunçados e os olhos brilhando por causa de um simples
apelido. Quis beija-lo ali mesmo.

E depois de tanto insistir, Harry soltou as mãos de Louis e as estendeu no ar


pra se sentir mais livre e gritar animado pela primeira vez, junto a Louis.
Mas só durou alguns segundos porque ainda tinha medo e novamente
voltou a agarrar o mais velho, dessa vez não porque temia cair se não
tivesse com ele, mas porque era bom ficar agarradinho com o mais velho, e
naquele momento tinha aquela oportunidade. E Louis lhe abraçava com
toda força. Os dois rindo daquilo e se divertindo, estavam leves, sem
magoas, sem implicâncias, eram apenas Harry e Louis. A adrenalina fazia
eles serem eles mesmos.

Louis havia reclamado por Harry ter vindo com ele nessa viagem, Harry
havia reclamado de vim e estar com ele. Mas esqueceram disso enquanto
estavam se divertindo juntos nos braços um do outro.

✖✖✖✖✖

Tinha sido um dia divertido, Louis achava que nada afetaria seu humor.

Mas estava enganado.

Pois ele e Liam foram os últimos a voltarem para onde estavam acampados,
os outros haviam ido na frente. Quando chegarem próximos de suas
barracas, Harry e Gemma estavam sozinhos encostados em uma árvore
conversando. Era final de tarde, a noite caia, o céu estava uma misturas de
cores lindas e alaranjadas, a cada minuto mudando pra um tom mais escuro,
não estava tanto calor, mas também não estava frio e aquilo era pra fazer
aquele dia mais agradável. Mas depois do que Louis ouviu, era como se
tivesse chovendo e a temperatura abaixo de 0.

Ele simplesmente não conseguiu andar mais e nem mesmo Liam. Não era
como se eles quisessem escutar a conversa mas foi inevitável ouvir Harry
desabafando com a irmã, contando pra ela o que realmente havia acontecido
na noite do término com Fionn.
E Louis teve vontade de vomitar. Suas emoções se misturando ao escutar do
garoto que havia chego ao ponto de tentar fazer sexo com ele só porque ele
insistia tanto, em como Fionn tinha sido bruto, como ele reagiu mal quando
Harry desistiu e todas as palavras ruins que havia falado pro mais novo.
Que debochou dele quando Harry disse que queria uma pessoa que cuidasse
dele, falando que ele não estava em um conto de fadas, que ele não merecia
aquilo. Agindo como se fosse seu único caminho, como se ninguém fosse
capaz de ama-lo, o diminuindo e falando coisas que não são verdade.

Fionn não conhecia Harry, nunca conheceu. O garoto merecia aquilo que
desejava, ele merecia alguém que cuidasse dele, que mostrasse o seu melhor
lado, que o amasse apesar de tudo, que fosse compreensível e o tratasse
como uma princesinha. Ele merecia ser mimado com carinhos, não com
bajulações falsas. Precisava de alguém que cuidasse realmente dele, que
formaria a família que ele tanto sonha desde pequenininho. E Harry merecia
isso e conseguiria isso. Fionn não tinha o direito de o destratar daquela
forma e falar que ele nunca conseguiria aquilo, porque ninguém nunca o
amaria. Como ousa?

Odiar Harry é fácil, mas ama-lo é mais fácil ainda. Porque se você olha
fixamente para cada detalhe que compunha seu coração, você se apaixona
até mesmo por suas birras.

Louis se sentiu pior ainda quando ouviu do garoto que Fionn havia o
chamado de podre. Porque Louis também o chamou assim. Embora as
circunstancias fossem diferentes. Louis não quis diminuir Harry, foram
apenas troca de ofensas quando estava tão irritado por Harry inventar que
ele era um bandido de quinta categoria pro amigo de Des, dono do clube de
Golf que frequentavam. Foi na hora da raiva, e sabia que não deveria se
sentir mal quando Harry também o xinga e faz coisas quando está com raiva
dele. Mas a partir do momento que Fionn o chama assim, mesmo que Louis
tenha falado na hora da raiva e Fionn porque realmente é uma pessoa ruim,
não queria ser igual a ele.

E ficou se perguntando se Harry também adquiriu mágoas de si.

Quando escutou que o médico encontrou suas lingeries e as rasgou, Louis


poderia soca-lo tanto se o visse em sua frente. Fionn queria pisar em Harry
de todas as formas. Louis não entendia como uma pessoa poderia rasgar
peças tão delicadas que ficam tão bonitas em Harry. Ele só o viu assim uma
vez, mas estava gravado em sua memória para sempre. Harry era lindo
usando aquelas peças, não sabia que eram tão importantes pro mais novo,
mas era nítido em sua voz embargada para irmã que eram sim. O fato dele
ter mantido esse segredo com ele, de usar as lingeries somente quando
estava sozinho, fez Louis notar mais ainda a dimensão da mágoa de Harry.

Meu Deus, ele teve vontade de sair dali naquele momento quando escutou
que Fionn bateu em Harry.

Aquele filho da puta!

Louis iria gritar de raiva, mas Liam o afastou dali antes que fosse notado,
ambos andando um pouco para longe onde Louis poderia expressar toda sua
raiva.

— Eu vou matar aquele desgraçado se eu ver ele na minha frente! — Louis


gritou, ele não estava acreditando naquilo que ouviu, andando de um lado
pro outro, querendo socar alguma coisa enquanto imagina que é o rosto
daquele médico estupido.

— Ele é um babaca de um abusivo! Um merdinha... — Liam também


comentou irritado, ninguém merecia um relacionamento como aquele E era
revoltante escutar aquilo vindo de qualquer um.

— Como pode ter coragem de bater nele? De tocar um dedo nele? — Louis
perguntava indignado. Harry não merecia aquilo (ninguém merecia) ele por
dentro era tão frágil e sabia que aquilo havia o deixado extremamente mal.
Ele havia tendo aquele olhar triste nos últimos dias, estando carente demais,
como se precisasse de carinhos. Porque Harry é todo doce, não importa o
quanto suas outras características se sobressaiam, ele continua sendo doce.

Porra! Cresceu com aquele garoto ouvindo dele que sonhava ter uma
família, ouvia seus planos, ouvia seus pensamentos clichês, a forma que os
olhos dele brilhavam só de falar em filhos. Harry no fundo era todo
romântico. Como Fionn o quebra dessa forma? Não apenas com tapas, mas
também com palavras.
Acontece que se aquilo tivesse acontecido com Louis, o mais velho teria
retrucado com socos na cara do médico. Mas Harry era o tipo de pessoa que
se machucava com palavras se ele sentisse que elas eram realmente
verdadeiras. Ele não retrucaria, porque acreditaria, enfiaria aquilo na cabeça
e acharia que merecia aquilo.

Liam também estava revoltado, mas Louis estava agindo como se pudesse
matar o médico, o xingando de tudo quanto é nome e nitidamente deixando
claro que Harry não merecia aquilo. Liam o observava com cautela, era
como se tivessem mexido como namorado de Louis.

Não queria interromper seu momento de raiva, preferia que ele


descarregasse tudo ali agora, ao invés de realmente sair dali e desmaiar
Fionn de tanto socos que tinha vontade de da-lo.

— Aquele filho da puta não enxerga o garoto que tinha em mãos. O via
apenas como uma pessoa fabricada, agia como se não fosse o namorado de
Harry e sim apenas alguma pessoa que Harry provoca. Mas Fionn era
namorado dele! Deveria saber o que Harry é realmente, se ele quiser se
abrir. Deveria te-lo lido, ter o entendido. Deveria ter buscado saber do que
Harry realmente gosta ou não. Como ele poderia ser dependendo da
situação. Diferente disso, preferiu agir como se Harry fosse apenas seu
troféu, não gostava dele, ao menos o conhecia. Era apenas bajulação. O
tratava como um presente. Forçava sexo quando não sabia que Harry é
tímido para o amor. Rasga as lingeries dele como se tivesse direito e o faz
só porque é um louco descontrolado. Não tinha confiança dele para que ele
revelasse isso, para que visse como ele fica lindo usando aquelas peças,
porque se visse, nunca ousaria rasga-las. Pediria apenas pra ele vestir,
apenas pra contempla-lo, sem maldade. O colocaria em seu colo e o
abraçaria, assistindo algum filme com ele enquanto diria que ele fica lindo
daquela forma. Porque é isso que Harry merece! Ele não merece tapas, nem
físicos nem psicológicos, pois ele pode ser uma flor cheia de espinhos, mas
ainda sim continua sendo uma flor.

Liam notava como Louis falava com raiva toda vez que tocava no nome do
médico, mas seu humor oscilava quando descrevia como Harry era, um
sorriso brotando ingenuamente em seu rosto só por dizer como Harry é.
Parecia até mesmo que Louis queria ser essa pessoa que o enxerga assim.
Liam queria saber como Louis sabia daquelas coisas, já que diz não
suportá-lo. Mas Louis agia como se quisesse proteger Harry. Como se
quisesse pegar aquela flor e tirar devagar todos os espinhos dela, ao invés
de dar mais ainda, como Fionn deu.

✖✖✖✖✖

Louis não contou para Harry que sabia do que havia acontecido. Também
pediu para Liam não comentar com ninguém. Não queria que o mais novo
se sentisse constrangido.

Em compensação, os dias foram se passando com um Louis totalmente


mais compreensível. Tão compreensível, que mesmo Harry sendo um pé no
saco a maioria das vezes, Louis não queria retrucar. Não enquanto o mais
novo ainda parecia afetado. Queria que essas férias fossem boas pra ele, e
que quando ele voltasse, ficasse com a mente vazia e sem pensar em um
certo babaca. Queria que ele se sentisse o mais confortável possível, embora
tivesse em um lugar que não gostasse.

E toda essa compreensão e defesa de Louis para Harry, tão de repente, fez
algumas pessoas estranharem, principalmente Samile que era a que mais
batia de frente com o estudante, e Louis fingir que o garoto não irritava
todos, sendo que ele era a porra de um mimado, estava começando a irritar
a morena.

Tudo começou quando eles finalmente foram pra casa alugada e Harry foi a
pessoa mais desnecessária possível. Porque a casa era realmente enorme,
mas muito diferente do seu padrão de vida.

Por fora parecia uma espécie de castelo, mas aos pedaços ao ver de Harry, o
que já o fazia reclamar. Por dentro parecia um lugar mais abandonado
ainda, com teias por todas as paredes por estar a tanto tempo sem gente ali.
A sala era enorme, como a sala de sua casa, a diferença é que a de sua casa
não parecia mal assombrada ou caindo aos pedaços.

Os móveis ali eram antigos e estavam tampados com lençóis, que quando
foram descobertos, fez Harry torcer o nariz a contragosto. O sofá era
grande, daqueles que se curvam, mas estava velho e um pouco manchado
de Deus sabe o que. Havia algumas cadeiras antigas espalhadas pela sala
assim como uma tv, ainda de tubo. Que eles nem usariam porque ''queriam
aproveitar ao máximo a companhia um do outro''. Besteira! Havia uma
lareira ali, que talvez escondesse um monte de morcegos. E os outros
cômodos não eram diferentes, a cozinha também tinha tudo antigo e cheio
de poeira. Os banheiros da casa precisavam de uma lavagem urgentemente.
Tudo ali precisava de uma lavagem, até mesmo a varanda ou a piscina que
estava coberta de lodo. Nos andares de cima ficavam os quartos, todos
enormes embora tivessem uns maiores que os outros. E eram compostos
apenas dos armários antigos e as camas, que se fizessem movimento
bruscos, talvez quebrassem. Os colchões tão finos que Harry sentiu dor nas
costas só de olhar. É claro que ele fez toda uma cena por estar ali. Samile
disse que ele não era obrigado a estar ali, que todos, obviamente, iriam
limpar o local. E como resposta, o mimadinho apenas decretou que o maior
quarto era dele e ficou sentado na varanda, sem ajudar em nada. Esperando
tudo ficar arrumado, como se todos os outros fossem seus empregados, até
mesmo sua irmã e amigo, que não poupavam esforços em ajudar.

Foi uma das primeiras reclamações sérias da garota, ela realmente quis
brigar com Harry. Mas lá estava Louis pra dizer que era ''melhor ela deixar
para lá'' porque o mais novo não iria querer fazer nada mesmo. Ora, que
porra era aquela?

A expressão ''passar pano'' nunca fez tão sentido para o que Louis estava
fazendo com Harry. Ele simplesmente amenizava tudo pro garoto, fosse em
questões pequenas ou grandes. Não era como se tivesse achando ele
adorável ou agradável demais. Mas além de tentar não implicar com ele,
tentava também não retrucar suas birras que fazia tanto consigo, tanto com
os outros.

Fosse com coisas simples, como quando escalaram uma montanha e Harry
só subiu porque Louis agiu como seu empregado, e, pacientemente, sobre o
mal humor do mais novo, o ajudou a subir e atrasou os outros, fazendo
daquilo nada divertido de assistir um garoto tão medroso. Apenas Harry se
divertiu. Ou quando Harry pregava peça em todos, e era tudo bem, mas
quando os outros pregavam peças nele, Louis achava que era ''demais'',
como quando Harry perdeu no poker, e teve que pular na piscina pelado,
estando um frio de 2 graus. Harry só o fez porque não queria ser um
birrento que não aceita perder e ter suas consequências (quando na verdade
é) até porque se fosse com outro alguém ele estaria se divertindo. Ele foi,
mas mandou apagarem todas as luzes do lado de fora, não queria que o
vissem nu. Embora a luz da lua refletisse seu corpo (de uma forma muito
bela, na visão de Louis) mas nada que desse para ver seu corpo nitidamente,
apenas sua silhueta caindo sobre a água congelante. (Louis sorriu feito um
bobo por achar ele tão lindo, mesmo de longe, mesmo que não desse para
olha-lo direito por conta da escuridão.) E então, Samile e Oli pegaram as
roupas dele e levaram pra dentro da casa. Só porque Harry no mesmo dia,
mais cedo, esqueceu que era sua vez de por as roupas para lavar (na
verdade, não esqueceu, apenas não gostava e não fazia nenhum serviço
doméstico). Não era maldade dos outros, era brincadeira, todos brincavam
entre si, todos pregavam peças um no outro, por isso estavam brincando
com Harry também.

Mas lá estava Louis, achando que estava frio demais, achando que Harry
iria ficar doente, então devolvendo as roupas do mais novo.

E havia as coisas grandes também, Samile até conseguiu lidar com um


garoto tão mimado durante alguns dias. Mas chegou um momento que ela
explodiu. E veja, não era como se ela fosse a má da história. Ela nasceu em
um lugar humilde, veio de uma família totalmente pobre, aprendeu os
valores das pequenas coisas desde muito nova e já passou por situações
realmente difíceis, uma época teve que se vender para o sexo apenas para
conseguir comer. Não era fácil para ela lidar com esse choque que era
Harry. Ela não tinha crescido com ele como Louis cresceu, portanto não era
acostumada com o seu jeito.

E foi quando Harry estava na sala, pintando suas unhas calmamente,


enquanto todos os outros faziam faxina na casa, que a garota explodiu de
raiva e começou a gritar com o mais novo.

Ela realmente queria dar uns tapas nele, disse que a unha dele não iria
quebrar se ele lavasse um prato ou arrumasse pelo menos o quarto que está.
Que se ele quisesse empregados, era pra estar em um hotel cinco estrelas
em outro país. Que ele era mesquinho demais e nojento de uma forma
insuportável. Ela explodiu e falou muitas coisas na hora da raiva,
despejando tanto ódio contra o mais novo que ele não conseguiu nem
responder com seu veneno porque estava realmente chocado.

E tudo piorou quando Louis mandou ela se acalmar. A garota entendeu


aquilo como mais uma vez o mais velho passando pano pra Harry. Não era
exatamente isso, entendia o ponto dela. Mas não queria que o mais novo
fosse xingado de merda como Samile estava o xingando.

E Louis se sentia um idiota por estar o defendendo tanto, quando ele nem
merecia. Mas foi o que fez. Não tirando a razão da amiga/ficante, mas
tentando fazer com que aquela situação amenizasse. Mas a morena não quis
escutar e mandou Louis ir se foder também.

Em qualquer outro dia Louis provavelmente estaria do lado de Samile,


talvez estaria jogando todas as roupas de Harry na piscina pra ele aprender a
levantar a bunda e pelo menos lavar um prato. Mas é que o mais novo tinha
aquela carinha assustada aos gritos da morena... Harry era o tipo de pessoa
que destila veneno e não da ouvidos ao veneno dos outros, ao menos que
essas pessoas falem com tanta fúria como Samile estava falando, então ele
parecia uma criança que tem os pais brigando com ele. É porque muitas das
vezes ele nem era mimado por maldade, não era como se ele achasse que as
pessoas ali são suas empregadas. Ele teve tudo na mão desde sempre, só
não sabia, literalmente, pegar em uma vassoura e enquanto tivesse gente
fazendo isso por ele então ele só ficaria sentado pintando suas unhas. Louis
não queria mudar isso nele gritando.

Por isso, naquele dia, mesmo com os protestos de Harry, o ensinou como se
varria o chão. E fez Harry pelo menos arrumar o próprio quarto. Mesmo
que ele na maioria do tempo tivesse os braços cruzados e um bico nos
lábios porque tinha acabado de pintar as unhas e não queria estraga-las. Ele
segurava na vassoura como se tivesse segurando algo delicado, e varria com
tanta preguiça que parecia que a poeira não se mexia. Mas Louis teve
paciência, o ajudou arrumar o quarto e achou que nunca veria Harry
passando um pano no chão. Primeiramente ele reclamou, dizendo que não
era a Cinderela, mas Louis explicou que ele não precisava esfregar com as
mãos. Então Harry passou o pano com os pés, o filho da puta chegava a
achar divertido ficar se arrastando no chão molhado. Era engraçado. Louis
também o ensinou a arrumar os lençóis, aquele mimadinho não sabia nem
forrar uma fronha e ficou preso entre ela e o colchão, o que arrancou
gargalhadas do mais velho que recebeu um travesseiro na cara, o que foi
retrucado, e quando viram, estavam rindo um pro outro.

E foi naquele momento, perdido no sorriso infantil de Harry, com seus


dedos coçando pra encostarem naquelas covinhas, que Louis percebeu o
quão estava se perdendo nele e o quanto isso era ruim.

O quanto estava amenizando tudo para ele, o quanto estava vendo só o seu
lado bom. Foi ali que percebeu que não poderia deixar que aquilo
acontecesse. Ainda tinha vontade de quebrar a cara de Fionn, ainda tinha
vontade de dizer pra Harry o quanto ele é importante, ainda tinha vontade
de fazer ele ficar confortável naquela viagem e voltar pra casa sem pensar
naquele médico idiota. Mas não podia olha-lo tão dentro dele assim, sabia
as consequências daquilo. Então decidiu que não poderia ser tão aberto com
ele, Harry ainda tinha aqueles espinhos que machucam. Tentaria não o tratar
de forma rude por enquanto, mas também não seria seu cachorrinho.

✖✖✖✖✖

Era madrugada e Zayn estava sem sono, por isso decidiu fumar na varanda.
Só não sabia que estaria sozinho, vendo Harry mexer em seu celular, ali
dava um pouco de sinal, então provavelmente o garoto estava muito feliz
por poder mexer em suas redes sociais quando reclama quase todo dia da
falta de internet.

— Sem sono? — O moreno perguntou ao se encostar na porta de vidro da


varanda. Olhando pra Harry sentado em uma das cadeiras de uma mesinha
que tinha ali, sorriu em como ele parecia vestir dinheiro até mesmo com
pijamas. Não entendia nada de moda e para ele pano era tudo igual, apenas
alguns mais caros que os outros. Mas para Harry estar usando, então aquele
pijama de patos, literalmente de patos, deveria ser caro. Até mesmo sua
pantufa. Mas era fofo. Enquanto ele estava apenas com uma calça e blusa
velha. Afinal, quem gasta dinheiro com roupas de dormir? Não fazia
sentido para Zayn.

Harry o olhou um pouco assustado por escutar uma voz de repente. Era
madrugada, estava em uma casa enorme no meio do mato. Qualquer
barulho achava que era um fantasma.

— Na verdade, eu estou com sono mas não consigo dormir. — Harry


comentou e Zayn estranhou o fato dele não parecer tão animado assim ao
mexer no seu celular, quando o mais novo tinha a mania de viver com a
cara ali até mesmo quando estava conversando com alguém. Mas no
momento ele só passava distraidamente o dedo pela tela, como se tivesse
nada pra fazer, embora tivesse com sinal e pudesse falar com qualquer um
de seus amigos ricos. — E você?

— Não estou com sono. — Zayn disse calmo, se desencostando da porta


para se sentar na cadeira em frente ao mais novo. — Se importa? —
Perguntou ao tragar o cigarro, mostrando para Harry.

O mais novo torceu o nariz porque não gostava daquele cheiro, mas negou
com a cabeça de qualquer forma.

— Não muito... mas com certeza seu bebê se importa. — Harry disse meio
repreensivo e Zayn deu um meio sorriso. — Não deveria estar fumando
quando está gravido, vai fazer mal pro neném.

— Eu sei, mas não consigo parar de repente. Estou parando aos poucos. —
O moreno comentou mas recebeu um olhar mortal do mais novo. É que
quando se tratava da saúde das pessoas, ainda mais de bebês, Harry
realmente falava sério, então o moreno sorriu e apagou o cigarro sob aquele
olhar mortal.

Harry largou seu celular de lado, ficando interessado em ter o moreno ali,
afinal ele estava gravido, e Harry gostava de falar sobre bebês. Apoiou seu
cotovelo na mesa enquanto tinha seu rosto sobre uma das mãos, olhando o
moreno.

— Como anda sua gravidez?

— Tranquila, eu não tenho muitos enjoos e minha barriga ainda não cresceu
ao ponto de me cansar. Apenas as vezes que minha pressão cai ou eu passo
um pouco de mal, mas nada muito sério.
— Normal. Você ainda vai entrar no segundo mês, quando os vômitos vão
ser constantes. E tudo piora no terceiro. — O estudante explicou, se sua
intenção era reconfortar Zayn, não adiantou.

— Espero que os dias se passe lentamente, então.

— Não se preocupe, depois desses meses, os enjoos começam a amenizar.


— Garantiu.

— Em compensação a barriga começar a ficar gigante. — Zayn comentou


meio a contragosto.

— Mas você vai estar carregando um bebezinho, nada importa se você


pensar que daqui alguns meses vai ter seu bebê em suas mãos. — Harry
disse como se aquilo fosse a coisa mais preciosa do mundo. E Zayn sorriu,
porque não era como se não concordasse com o mais novo. Mas ainda não
se sentia gravido, a ficha ainda não caiu então ele apenas estava vivendo
sua vida sem pensar na grande responsabilidade que ele tinha pela frente,
porque era irresponsável e não seria fácil mudar de vida tão rápido assim.
Mas era engraçada a forma que Harry falava com tanto amor sobre aquilo,
ele realmente parecia gostar de bebês.

— Você fala de uma forma muito empolgada.

— É porque eu gosto de crianças.

— Percebi isso! — Zayn sorriu. — Deve pretender ter filhos, então. — O


mais novo assentiu com um brilho perceptível nos olhos.

— Sim. E desejo que eu mesmo gere. Eu quero passar por todos os meses,
mesmo sabendo que em alguns momentos não vai ser fácil. Mas só de
pensar em carregar um bebezinho dentro de mim tudo vale a pena. — Ele
dizia animado. — Eu tenho um plano desde pequeno. Encontrar um cara
que eu ame, ficar alguns anos com ele, me formar em medicina, noivar em
algum país lindo, tipo Dubai, e ficarmos noivos por um longo tempo até eu
conseguir planejar todo nosso casamento luxuoso e cheias de pessoas
importantes, e então casaríamos e na lua de mel mesmo nós faríamos nosso
bebê. E quando nascesse, faríamos mais alguns porque eu quero ter um
monte de filhotinhos.

Era extremamente fofo a forma que Harry falava. Era agradável vê-lo falar
como se fosse um adolescente de 15 anos, tão bobinho pra questões
amorosas. Nem parecia uma cobra. Até porque, Zayn não ligava para essa
personalidade forte que o mais novo tinha. Era um cara tão calmo, e as
vezes tão avulso das coisas que era difícil irrita-lo, até mesmo porque Harry
não implicava consigo. Até gostava do garoto.

— Eu antes achava que você era aquele tipo de pessoa tão independente e
segura de si que não iria casar, e que se fosse pra ter filhos, iria ser tipo
inseminação artificial. — Zayn não falava de uma forma como se aquilo
fosse ruim.

— Mas a maioria acha isso. — Harry sorriu, porque era verdade.

— Mas você parece ser muito clichê pra romance. Deve ser virgem. Vai
perder a virgindade na lua de mel e logo engravidando em seguida? — O
moreno brincou. — Aconselho a experimentar antes, para não se
decepcionar depois. — Riu.

— Eu não sou virgem. — Harry corou um pouquinho. Zayn realmente ficou


surpreso. — E não é como se eu abominasse as pessoas se divertirem uma
com as outras. Não sou puritano. Mas, no meu caso, não consigo me
entregar para alguém que eu não confie. E veja, não estou falando nem de
sexo apenas estando em relacionamentos. Talvez até mesmo em uma balada
alguém poderia ser tão bom que eu iria querer fazer amor com essa pessoa.
— Fazer amor. Zayn sorriu pela forma bonitinha que Harry falava. Pois o
mais novo estava dizendo que não era nenhum puritano, mas era todo
amoroso para aqueles assuntos. Ora, Zayn estava desconfiando que aquele
garoto nem ao menos já havia ficado de quatro e ter sido fodido forte sobre
o chão. — Só que ninguém é bom suficiente para isso. — Empino o nariz,
porque não tinha culpa se era altamente seletivo. — Além do único cara que
já fiquei dessa forma...

— Entendi. Bom, então esse cara deve ser muito bom por ter sido o único
que te fez querer dar esse passo. — Zayn comentou inocentemente, nem
sabendo que se tratava de Louis, Harry adquiriu um tom mais rosinha nas
bochechas e para desfaçar, deitou a cabeça na mesa, ainda olhando para o
moreno. — Só ficou com ele uma vez? — Harry assentiu devagar, aquele
assunto o deixava nervoso. — Por que? Se ele é o único a te fazer se sentir
assim, deve ser porque ele é importante. Vai que ele é o cara pra você
noivar em Dubai e ter seus 20 bebês.

O moreno estava apenas brincando, não era sua intenção deixar Harry
desconfortável, porque nem sabia que eles estavam falando de Louis. Nem
sabia o que se passava dentro de Harry, porque este também não fazia ideia.

O mais novo tossiu desconfortável e apenas riu falsamente pra entrar na


brincadeira e não precisar dar uma explicação sobre aquilo.

Até porque não saberia o que falar.

Ora, não sabe nem o que sente.

Depois de algum tempo em silencio, apenas aproveitando o ventinho fresco


que batiam em seus corpos, Zayn voltou a se pronunciar.

— Então, você disse que está com sono, mas não disse porque não
consegue dormir.

O mais novo novamente ficou desconfortável. Um incomodo enorme


subindo no seu peito ao se lembrar do porquê saiu de seu quarto e estava
ali.

— O babaca do seu amigo! — Resmungou. — Aquele otário esta transando


com Samile do lado do meu quarto e eles gemem como se estivessem no
cio, mesmo que ficassem quietos, ainda sim daria pra escutar o barulho da
cama. Parecem que estão se matando. — Harry dizia a contragosto, não
querendo imaginar os dois juntos, porque meio que doía.

Zayn simplesmente riu.

— Louis é um escroto mesmo. Não consegue manter aquele pau longe de


alguém! — O moreno comentou porque conhecia muito bem o amigo, já até
transou com ele, com Liam participando também. Louis adorava sexo e
tinha amizade colorida com praticamente todos os seus amigos. Não mais
com ele e Liam, a partir do momento que os dois se tornaram um casal mais
sério.

— Ele parece um animal. — Harry comentou. Acordou com os barulhos


dos gemidos, com Louis tentando ser cauteloso e mandando Samile falar
baixo porque podiam acordar os outros, mas a garota era escandalosa e de
repente escutava os gemidos sufocados dela, provavelmente porque Louis
estaria tampando sua boca, mas aquilo parecia deixar a garota com mais
tesão, e mesmo com a boca tampada, conseguia ser barulhenta. Harry
constatava que Louis gostava já que a cama batendo na parede ficava mais
constante, mais rápido. Aquilo era incomodo, não só porque queria dormir.
Mas porque estupidamente doía em si. — Eles devem estar lá até agora
fazendo barulho, como se não tivesse ninguém na casa, nem se importando
com os outros. Ele é um babaca...

Harry tentava falar com raiva mas sua voz saía baixinha, Zayn não sabia se
estava errado mas via um pouco de dor nos olhos do mais novo. E estava
tendo a necessidade de explicar para Harry aquilo, mesmo que o garoto não
tivesse pedindo explicações. Mas era só instinto.

— Você sabe que eles não tem nada, não é? Samile transa com ele, assim
como transa com Stan, como transa com Bebe e como já transou até
comigo. Meio que todos nós já nos pegamos e gostamos disso e não afeta
nossa amizade. — Zayn explicou, o que fez Harry fazer uma careta,
conseguia ler perfeitamente a mente dele, como se o garoto imaginasse que
eles deveriam ter alguma dst, e aquilo fez ele sorrir um pouco antes de
continuar. — É claro que Louis é o que mais gosta de sexo. Mas é só isso,
sexo. Ele está solteiro, afinal. E acho que enquanto ele estiver assim, vai
continuar com esses sexos escandalosos a cada hora, mesmo que não
signifique nada.

O moreno inconscientemente tentou explicar aquilo, mesmo que Harry e


Louis não se suportassem por muito tempo, mas é só que tinha aquela
sensação estranha que o mais novo não tinha gostado de ouvir Louis
transando, não só porque incomodava seu sono, mas também porque o
incomodava por dentro.
E realmente incomodava, era diferente de apenas saber, escutar era pior.
Mas a mente idiota de Harry o confortava guardando o que Zayn disse, que
era apenas sexo. Ele ouviu como era animalesco e parecia ser sem
sentimento algum. Duvidaria muito que Louis amou a garota, ou qualquer
um, com seus lábios. Duvidava que esteja sendo como foi nos seus 18 anos.
Era sexo, eles não estavam fazendo amor. Louis não estava a beijando com
carinho. Harry não escutou gemidos que diziam o quão ela era perfeita,
eram gemidos de prazer apenas. Só prazer.

E Harry, que era tão inseguro em relação a Louis, e que só conseguia a


atenção dele se fosse para implicâncias, se sentiu naquele momento seguro,
mesmo que não quisesse, mesmo que não entendesse o motivo. Mas sabia
que Louis só tinha sido extremamente delicado e carinhoso consigo.

✖✖✖✖✖

Niall cumpriu sua promessa de não transar com Louis. Mas por outro lado,
as insinuações continuavam. Os mesmos olhares, os mesmos toques. E
aquilo irritava Harry. Na verdade, todas as insinuações e cantadas de Louis
irritava Harry, porque elas eram pra qualquer um ali, menos para ele. Não
que ele quisesse receber olhares de Louis, claro que não. Mas Harry sempre
foi o garoto que arranca suspiros de qualquer um. Em sua faculdade,
bastava ele passar que ouvia assobios. Quando costumava ficar com alguns
garotos de lá, adorava provoca-los e faze-los gozar nas calças só por beija-
lo, nada além disso. Era tão autoconfiante que se passasse rebolando,
saberia que teria todos os olhos em si. E meio que ele ainda tem ali, Oli, por
exemplo, só faltava lhe agarrar de tanto que sempre babava por qualquer
minima coisa que fizesse. Mas Louis... com Louis nunca foi assim, com
Louis ele era tão tímido que chegava a irritar a si mesmo por se deixar ser
tão afetado por aquele troglodita. Não era tão confiante assim com ele, e
para piorar, Louis estava meio distante.

Isso estava ferindo seu orgulho. Louis sempre deixar claro que não era um
dos que o bajulavam feria seu orgulho. Ele queria implicar com Louis e
xinga-lo só pra ter sua atenção, mas o mais velho estava tão distante que
nem isso tinha.
E Harry meio que cansou de se achar tão pequeno perto de Louis. Afinal,
qual era a porra do problema dele? Por que olhava para todos menos para
si? Por isso resolveu deixar sua tática de implicância de lado e resolveu
provocar. Porque era Harry Styles e todos beijavam seus pés. Com Louis
não tinha que ser diferente. Não havia motivos para se comportar como se
fosse menos que os amigos de Louis que ele fica, ou menos que Niall,
menos que qualquer um ali.

Por isso, Harry resolveu provoca-lo, porque Louis não tinha o direito de
fingir que ele não tinha nada demais.

Ele não se insinuou descaradamente para Louis e nem fez algo explicito
como os outros faziam. Não era assim que funcionava com Harry, ele era
sutil. E era essa sutilidade que deixava Louis doido, mesmo que Harry não
percebesse isso. Começou pelas suas roupas, em um dia, descendo com um
dos seus shorts curtos. Era preto e ia até metade de suas coxas. Não que
Louis nunca o tivesse visto assim, mas Harry tinha uma carta na manga.
Como cruzar as pernas em frente a ele quando todos estavam conversando,
sabendo que o short subia, sabendo que receberia olhares por aquilo. Sabia
que tinha pernas bonitas e um tanto femininas, e sentia olhares para ela.
Olhares descarados como de Oli, mas também sentia os olhares sutis de
Louis. Porque sim, Louis adorava aquelas pernas, eram tão bonitas que
fazia ter vontade de beija-las. As coxas de Harry eram gordinhas e aquele
short tão curtinho que via a tatuagem que ele tinha na coxa. Elas eram
quente, tinha vontade de beija-las, ele poderia passar a noite toda só
passando seus lábios ali. E o garoto era todo delicado quando cruzava seus
dedos com as unhas pintadas sobre o joelho e quando sorria bonito para
algo que falavam. Louis tentava ignora-lo, tentava se manter longe porque o
fato de tentar não vê-lo de uma forma ruim para não chateá-lo,
consequentemente faz vê-lo de uma forma boa, e se afastar era a solução.
Mas quando via Harry a sua frente cruzando aquelas pernas bonitas e
expostas, não conseguia evitar não olha-lo.

A sensação de ter os olhos azuis lhe mirando fez Harry não parar. Sempre
que tinha oportunidade queria ter os olhos de Louis em si. Eram pequenas
provocações, as vezes chegava a corar porque não era acostumado a agir
daquela forma, ele não precisava, sempre tinha os olhares em si. Mas agora
tinha movimentos sutis como quando encontrava Louis na cozinha e ia
buscar um copo d'água e esbarrava nele ''sem querer'' e pedia desculpas
tocando sua cintura e logo depois se afastando. Ou como sempre tinha a
mania de se vestir no banheiro mas uma vez saiu de toalha em um dos
banheiros do corredor dos quartos, só porque sabia que Louis estava no
quarto deitado de porta aberta e iria o ver. Ele ainda por cima, ao invés de
enrolar a toalha na cintura, enrolou de forma que escondia seus mamilos
que eram um tanto rosados demais, não só porque era tímido, mas porque
assim a toalha ficava curta e a poupa de sua bunda quase aparecia. Ele fez
aquilo com as bochechas queimando, desistindo de ir até aquele ponto
quando sua timidez o venceu e ele ao invés de andar devagar pelo corredor
como havia planejado, acabou correndo pro seu quarto quase caindo nos
respingos de água no chão e batendo a porta com força, se achando um tolo.
Mas Louis o viu de qualquer maneira. Estava deitado na cama, a porta
aberta enquanto lia um gibi em quadrinho, mas olhou para o corredor
quando escutou passos. E ver o mais novo enrolado apenas em uma toalha,
tampando aqueles mamilos que ficam inchados e eriçados por qualquer
pouco movimento, o corpo clarinho e cheio de pintinhas quase todo a
mostra, e aquelas coxas roliças vermelhas por algum motivo, quase
mostrando sua bunda, bunda essa que balançou deliciosamente ao correr
para o quarto, fez Louis ter um problema no meio das pernas por Harry
parecer tão doce e tão sexy ao mesmo tempo.

E talvez a provocação maior foi quando deram uma pequena festa para eles
mesmo na casa. Se é que aquilo podia ser chamado de festa, já que tocava
aquelas músicas que Harry achava deselegante, e que só tinha porcaria para
comer com aquelas bebidas baratas. No entanto, foi ali que o mais novo se
perdeu na própria provocação.

Foi quando já era madrugava, alguns deles já estavam bêbados e Louis


fumava maconha sentado apenas já cansado demais, que ele observava
alguns ainda dançando, incluindo Harry, que havia deixado sua birra por
aquelas músicas de lado e acompanhava Niall dançando. Os dois estavam
muito bonitos, mas Harry sempre seria Harry. O mais novo estava com
uma calça jeans clara apertada demais, era como se suas coxas a qualquer
momento fossem rasgar aquele pano, e ele estava com uma blusa branca
quase transparente. Seus mamilos durinhos eram como se pedissem para
serem beijados. Beijados por Louis. Harry só estava se envolvendo cada vez
mais naquela musica e quem visse parecia que ele apenas estava se
divertindo com seu amigo, mas sua intenção era apenas provocar Louis.
Esse que estava tão quente sentado um pouco longe de si, mas que tinha
aquelas esferas azuis o mirando como se pudesse queimar seu corpo. As
pernas tão abertas como se convidasse Harry para se sentar em seu colo. Os
mamilos do mais novo se roçavam na camisa e ele chegava a morder os
lábios imaginando os dentes de Louis ali, sempre foi tão sensível naquela
região que só de imaginar sentia seu membro duro. Não era como se Louis
tivesse diferente, a maconha não fazia praticamente efeito nenhum nele já
que era Harry que estava o hipnotizando. Ele era tão desengonçado, mas tão
lindo e sexy dançando, seus quadris se mexendo de uma forma que parecia
provocar. Era sutil, mas sua bunda e seu rosto pedia por toques.

Foi no meio de alguns versos de Haunted que Louis sentiu seu membro
querer rasgar o mais novo, ao mesmo tempo que sua boca iria mostrar que
ele era lindo. You're my haunt, beg my way. A work of art made of
porcelain. (Você é a minha assombração, implore por mim. Uma obra de
arte feita de porcelana). Ele tinha aquele rosto com tons rosa, Louis podia
apostar que era a mesma cor de suas coxas roçando naquele pano do jeans.
A mesma cor de seus mamilos inchados que pediam por alivio naquele
pano da blusa branca, e Louis podia beija-los a noite toda. Podia fazer
Harry gozar só por chupa-los. You're smoking my dope, let me fuck with
you. Is that what you want? Even if it rips you apart? (Você está fumando
minha maconha, deixe-me foder com você. É isso que você quer? Mesmo
que isso te rasgue?) Queria que Harry dançasse assim em seu colo,
mostrava isso com seu olhar e aquilo fazia o mais novo suspirar, era como
se Louis tivesse o tocando, mesmo que não tivesse. E aquilo fazia um efeito
inacreditável em seu corpo. So, drive slow, drive slow. Let me see your
face, let me see it glow. (Então, conduza lentamente, conduza lentamente.
Deixe-me ver seu rosto. Deixe-me vê-lo brilhar) Também deveria ter tons
rosa em seus ombros, no interior de suas coxas, quase em todo seu corpo.
Pois Harry era tímido, mostrava isso em seu olhar. Mas também era quente,
estava com tesão, Louis não sabia se era o efeito da maconha, mas era como
se Harry sentisse prazer, era como se Harry não tivesse apenas dançando e
sim o provocando. Harry fazia aquilo timidamente, mas como se quisesse
ser tocado. Don't stop, don't stop. I wanna hide forever in your heart.
(Não pare, não pare. Eu quero me esconder para sempre em seu coração)
Aquele clima era bonito, amoroso e quente. Bonito como Harry, amoroso
como Louis seria ao beijar todo aquele corpo. E quente como a entrada de
Harry deveria estar, em como Louis poderia fode-la.

Harry teve que correr dali antes que rebolasse no colo de Louis ali mesmo,
na frente de todos.

Achou que suas provocações estavam indo longe demais quando se deu
conta que isso virou contra si, porque estava desejando Louis inteiramente.
Mas parar de provoca-lo não adiantou porque começou a ter sonhos quentes
com o mais velho (não que já não tivesse antes, mas aquilo começou a se
tornar mais frequente). Estava tão sensível ultimamente que só de estar na
mesma sala que o mais velho o fazia ficar duro e ter que correr pro seu
quarto. Tudo parecia cheirar a Louis e aquilo fazia Harry ficar louco.

Era orgulhoso e tentava não se tocar para ele.

Mas o universo estava conspirando contra si, e aquilo nem precisou ser feito
para que explodisse. Acontece que em um dos sonhos, ele estava na mesma
festa que teve correr para longe dele. Mas no sonho continuava ali e havia
só os dois. E ao invés de estar dançando com roupas, estava com uma
lingerie, enquanto Louis estava sentado no mesmo lugar fumando sua
maconha e o encarando com aquele olhar tão intenso. Em algum momento,
Harry sentou no colo dele e dançou rebolando lentamente em seu membro,
o encarando sem pudor nenhum e gemendo como um pervertido. Enquanto
Louis dizia o quanto ele ficava bonito naquelas peças, como disse na noite
que transaram, e apertava sua bunda, deixando a marca dos seus dedos ali.
De nada adiantou Harry fazer um esforço para não se tocar, por ser tão
orgulhoso, quando acordou daquele sonho completamente molhado. Sim,
ele havia gozado apenas por sonhar aquilo. Estava tão frustrado e sensível,
guardando aqueles desejos reprimidos dentro dele, que foi fácil gozar sem
se tocar e gemer tanto enquanto dormia.

...
Aquela situação estava sendo sufocante, mas pelo menos naquele momento
Harry estava sozinho naquela casa.

Os outros haviam saído para aqueles rachas estúpidos. Harry havia os


acompanhado uma vez, mas odiou ver tudo aquilo. Ver como aquilo parecia
um ringue de trogloditas, as pessoas gritavam com cervejas nas mãos, as
meninas ue davam as largadas estavam praticamente peladas (não que ele
fosse contra o tipo de roupa que alguém vestisse, mas ele achava rude
quando elas pareciam estar ali apenas como um pedaço de carne para
aqueles trogloditas) As pessoas ficavam mais animadas quando os carros
batiam e eles corriam tão rápido e ilegalmente como se tivessem fugindo da
policia. Na verdade, se a policia aparecesse, eles teriam que correr de lá
para não serem presos. Eles nem se importavam quando ganhavam alguns
machucados e quando alguém realmente se feria, agiam com normalidade.
Era um bando de estúpidos reunidos. Harry foi apenas uma vez para nunca
mais. Preferia estar finalmente sozinho ali, no escuro, assistindo um filme
qualquer naquele tv chiada, o fogo da lareira lhe esquentando.

Aproveitava que estava sozinho para estar vestindo apenas uma boxer preta
e um casaco.

Casaco que não era dele.

É que havia achado o casaco de Louis jogado pela casa. Era da Adidas
(como sempre) e tinha o cheiro forte dele, junto com aquele cheiro de
cigarro que Harry odiava mas quando estava misturado com o perfume de
Louis ficava agradável. Aquele casaco era grande no mais velho e Harry
quis vesti-lo apenas para experimenta-lo, assim que saiu do seu banho. Por
ser um pouco maior que Louis, o casaco não era tão grande em si, cobria só
um pouco suas coxas e se levantasse os braços apareceria a poupa de sua
bunda. Mas como estava sozinho e o casaco tinha um cheiro tão bom, como
se ele estivesse sendo abraçado, Harry quis continuar com ele.

Estava quietinho concentrado naquele filme ruim, mas que era sua unica
opção de entretenimento, já que seu celular mais uma vez não dava sinal,
encolhido no sofá que levou um susto ao ouvir o estrondo da porta que fazia
um eco enorme e passos rápidos. Levantou rapidamente vendo que era
Louis que não era pra ter voltado naquela hora, e se assustou mais ainda
porque seria pego quase nu e com o casaco dele.

Mas o mais velho nem ao menos o olhou, passando direto por si.

Harry observou o mais velho andar enquanto segurava o pulso, ele


provavelmente e mais uma vez havia se machucado naqueles rachas e Harry
não sabia se ficava com raiva por ele fazer aquele tipo de idiotice, ou
preocupado. Sabia que para o mais velho aquilo era normal, ele nem se
importava, provavelmente iria fazer um curativo, e ao invés de aprender sua
lição, iria frequentar novamente aqueles lugares até um dia se machucar
seriamente. Mas para Harry aquilo não era normal, ainda mais quando viu
sangue.

— Você realmente só pode ser louco de ficar fazendo essas coisas! — Harry
reclamou ao seguir o mais velho que tinha entrado em um doa banheiros
dali, Louis nem o olhou. Só queria fazer logo um curativo por isso estava
procurando um kit de primeiros socorros que havia ali.

— Não é nada, eu só machuquei um pouco o pulso. — Louis disse porque


para ele realmente não era nada. Ele estava acostumado, inclusive tinha
algumas cicatrizes pelo corpo por causa de batida de carro ou moto. Não era
a primeira vez e não seria a ultima.

Harry o observou enquanto ele pegava a caixa de primeiros socorros em


uma da prateleiras que tinha ali. Mas com raiva e preocupação, Harry a
retirou de suas mãos, fazendo Louis se virar de frente pra ele.

— Deixa eu ver! — Pediu, ou mandou. Não queria agir como um dramático


ou preocupado demais, mas poxa, o que poderia fazer se ele era assim?
Tentou disfarçar seu olhar preocupado para o pulso dele que havia alguns
arranhões e leves ferimentos que fazia sangrar, estava um pouco roxo e não
queria nem saber como Louis conseguiu aquilo. Só estava preocupado.

Louis observou o rosto do mais novo e deixou que ele o ajudasse, se


sentando na pedra de mármore que havia ali enquanto Harry analisava sua
mão e apertava um pouquinho seu pulso, fez uma careta de dor e Harry o
olhou com quase um biquinho nos lábios que tentava disfarçar.
— Está doendo por dentro?

— Um pouco. — Ele nem ligava pros leves ferimentos que fazia sangrar,
era tão acostumado que praticamente nem sentia a dor. Mas seu pulso em si
doía levemente.

— Acho que está solto. — Comentou. — Claro, você não sabe viver
civilizadamente. — Disse com raiva, lhe dando sermão porque estava
preocupado. A verdade é que Harry ficaria preocupado até mesmo com um
arranhão.

— Não seja dramático... nem dói tanto, eu po— Ia falando mas se auto
interrompeu com o olhar mortal que o mais novo lhe lançou, resolvendo
ficar quieto e deixar o garoto fazer os curativos.

Harry limpou seus ferimentos com água e depois com álcool, passando
pomadas e colocando bandaids em alguns mais feios. Felizmente não era
nada grave, mas mesmo assim ainda resmungava por Louis ser tão
irresponsável e resmungava porque não podia fazer como eram pequenos e
dar beijinhos por seus machucados, então tinha que reclamar. E Louis só o
observava tão concentrado em fazer aquilo. Ele era muito bonitinho todo
preocupado, parecia realmente já um médico. Meio que Louis tinha orgulho
dele por fazer algo realmente que gosta, não só porque é rico e podia ou por
influencia dos pais. Harry realmente estudava muito. Não que ele estivesse
mostrando todos os seus dotes em apenas um curativo, mas isso fez Louis
se lembrar de tão empenhado que já pegou Harry sendo. Quando ele está na
mansão e é dia de semana o garoto vive com a cara nos livros. Mas não era
como se Harry soubesse que Louis achava isso dele...

No final, o mais novo enrolou uma pequena atadura no pulso de Louis já


que ali não tinha uma munhequeira. Felizmente Louis tinha muita sorte de
não ter quebrado o braço, era só não fazer muitos movimentos com ele que
seu pulso pararia de doer.

— Pronto. — O mais novo disse soltando o pulso do mais velho.

— Obrigado. — Louis disse, realmente agradecido por ele ser tão


preocupado e ter os movimentos tão doces ao fazer aquilo, mesmo enquanto
reclamava o quanto ele era irresponsável. Harry levantando os olhos sobre
os cachos e só naquele momento percebendo o quão próximo estava dele.

E só naquele momento Louis percebendo como Harry estava vestido.


Quando seu olhar abaixou de seu rosto e mirou no casaco que ele estava
usando. O seu casaco. Seus olhos vendo aquelas coxas roliças amostra, o
casaco tão curtinho que fazia Harry ter os pés timidamente um em cima da
outro para tentar se tornar mais coberto. Aquilo era adorável para um
caralho e tão sexy que mexia com Louis de todas as formas. Parecia que
estava sonhando por ter uma visão daquela e quando voltou a olhar pro
rosto de Harry, ainda ganhou aqueles olhos verdes um pouco arregalados e
cheios de vergonha. Harry não existia... ele cuidava de si e ainda se vestia
com seu casaco? Aquilo era muito.

— E-Eu... eu só não tinha nada pra vestir... eu não sabia que faria frio aqui,
eu trouxe só um casaco e ele está sujo... eu peguei o primeiro que
encontrei... não ache que— Harry falou algumas palavras gaguejando, se
sentindo um idiota por aquilo. Por ter sido pego, por estar vulnerável
novamente a ele. Mas o mais velho lhe interrompeu.

— Tudo bem. Não precisa se explicar, pode pegar quando quiser porque
você... você... — Você fica tão lindo assim. Parece que está se
embrulhando nele porque quer se embrulhar em mim. Imaginar você com
meu cheiro me deixa louco e essas suas coxas de fora me faz ter vontade de
beija-las. — Porque eu não irei usa-lo.

Harry assentiu e continuou olhando para Louis assim como o mais velho
lhe olhava intensamente. Meu Deus! Queria pegar aquele mimadinho no
colo e enche-lo de beijos como se ele fosse a porra de um filhote.

O clima entre eles estava pesado e Harry resolveu quebra-lo.

— Da próxima vez tome mais cuidado. — Voltou a falar da situação que


Louis se meteu, soando baixinho, tentando disfarçar sua timidez. — Você
pode acabar sofrendo algo realmente grave.

— Por que está preocupado? Você vive lamentando toda vez que me vê que
eu ainda não morri. — Louis brincou. Ele realmente brincou, mas Harry
levou a sério.

— Você acha que eu alguma vez eu realmente desejei sua morte? —


Perguntou um pouco magoado, podia ter falado sim várias vezes pra Louis
morrer, mas era de implicância e na hora da raiva. Louis se arrependeu na
hora de brincar com aquilo já que o mais novo estava levando as coisas
ultimamente a sério demais, estava tão sensível. — Por mais que tenhamos
nossas diferenças, eu nunca desejaria isso para ninguém. — Harry
realmente estava chateado. Ele não era nenhum monstro e não gostava de
pensar que talvez passasse essa impressão. — Pois saiba que não te desejo o
mal.

Se virou de costas para o mais velho, com o intuito de voltar para o seu
filme agora que estava tudo bem com ele.

— Ao invés de fazer brincadeiras, deveria beijar meus pés por cuidar de


você. — Agora sua fala havia um pouquinho de veneno. Voltou para o sofá
para assistir aquele filme patético.

Ah, Harry. Por que não se comporta como uma megera novamente? É tão
mais fácil lidar com ele quando ele é assim. Mas agora tinha vontade de se
desculpar por algo que só foi uma brincadeira. Tinha vontade de contemplar
o corpo dele tão exposto daquela forma. Queria arrancar seu casaco dele
porque Harry não precisaria dele para lhe esquentar se tivesse em seus
braços.

Lembrou da merda que Fionn fez, então se Harry quisesse, Louis realmente
beijaria seus pés.

Mas beijaria da sua própria forma.

Saltou de cima da pedra de mármore e foi até o mais novo deitado todo
comportadinho no sofá para não mostrar demais. Louis acabou sorrindo
com aquilo.

Se sentou no braço do sofá, e, delicadamente, pegou no tornozelo do mais


novo, seus dedos gelados o assustando, Harry olhou para ele sem entender e
se virou de frente, Louis puxando sua perna para cima, levando o tornozelo
a altura de sua boca fazendo Harry segurar o casaco com as mãos, para ele
não levantar e mostrar sua boxer.

— O que está fazendo?

— Beijando seus pés. — Louis simplesmente disse, deixando um pequeno


beijo no ossinho do tornozelo de Harry. E depois literalmente em seu pé,
sem surpresas, cheiroso como todo corpo de Harry era. Os olhos verdes
estavam grandes, e antes de prosseguir, Louis lhe olhou através da franja.
— Não era isso que você sempre quis? — Perguntou não esperando
realmente uma reposta. — Me ver te bajulando? — Outro pequeno beijo foi
dado em seu tornozelo, nesse meio tempo seus dedos se esfregando ali
também como um carinho. — Mas irei fazer isso da minha própria maneira.

Harry estava um pouco surpreso, ainda segurava o casaco quando sorriu


divertido para Louis. Estava curioso e satisfeito por ver aquela cena. Mas
soube que não era realmente da forma que pensava quando os lábios se
arrastaram pela sua panturrilha de uma forma boa. Começando a ficar tenso,
ainda mais quando o mais velho deixou sua perna delicadamente de volta
no sofá para pegar a outra e dessa vez por seu pé no ombro dele. Um
suspiro saiu de seus lábios e teve que fazer um grande esforço pra esticar o
pano do casaco e ele não subir totalmente.

— Então faz. — Sua voz saiu como se ele fosse um rei que estivesse sendo
realmente bajulado. Embora não sentisse isso, mas não queria que Louis
soubesse como realmente se sentia.

Louis sorriu e subiu os beijos de seu tornozelo para sua panturrilha.


Segurou na parte de trás do joelho de Harry, fazendo a perna dele inclinar
quando foi subindo os beijos pelos seus joelhos e fez a mesma coisa com a
outra perna. Ele simplesmente arrastava os beijos ali de uma forma doce,
como se Harry merecesse aquilo. Querendo que Harry acreditasse que ele
merecia beijos pelo corpo todo e faria ele acreditar, porque se Harry
pedisse, beijaria o corpo dele como se ele fosse a obra de arte mais linda
que já viu. Harry sentiu seu coração acelerar quando Louis deu beijos doces
em suas coxas, os lábios se arrastando em cada pedacinho cheio e depois
indo para outra e fazendo os mesmo movimentos. Porque elas eram lindas e
Louis podia beija-las a noite toda se Harry pedisse. O garoto fechou os
olhos e seus dedos tremeram na barra do casaco, sentindo como Louis
parecia pintar seu corpo com a carne de seus lábios, é como se desenhasse
letras invisíveis que formavam palavras e frases que o elogiasse. Era
atenção que Harry queria? Ele teria. Louis o trataria não superficialmente
como um rei, o trataria e o beijaria como a princesinha que ele é. O daria
toda atenção do mundo naqueles beijos.

Louis sentou no meio das pernas de Harry quando parou de beijar suas
coxas e o olhou fixamente, o garoto tinha os olhos fechados como se aquilo
não fosse real e os abriu alguns segundos depois. Louis então pegou nas
mãos de Harry e as retirou da barra do casaco apenas pra levar os dedos
dele até seus lábios e beijar a ponta de cada um, ele fez isso com as duas
mãos, assim como as palmas, os pulsos, e os dois braços, cada vez mais se
inclinando em cima do garoto, cada vez mais beijos em toda pele que seus
olhos eram visíveis. E olhava para Harry a todo momento, a cada beijo
depositado, os olhos azuis também diziam muitas coisas. Queria que Harry
sentisse e visse como ele era especial para qualquer um. Queria pegar
aquele menino e beijar seu coração, ele literalmente depositou um beijo em
cima de seu peito, aquilo fez Harry perder a voz e segurar nos cabelos dele
delicadamente, passando os dedos ali como carinho e Louis esfregou a
cabeça nele como um filhote, o incitando a não parar. E Harry não o fez.
Sentindo os beijos serem depositados em seu pescoço, Louis arrastando o
nariz ali enquanto absorvia aquele cheirinho tão bom e guardava para si,
porque não sabia quando voltaria a senti-lo tão próximo, se é que voltaria.
Então guardava Harry em seu peito enquanto tentava demonstrar que ele
merecia que alguém o beijasse como se ele fosse uma flor. E não importava
de ser aquele alguém naquele momento.

Harry se remexeu satisfeito com os beijos molhados e carinhosos em seu


pescoço, sua mão parando em um lado do rosto de Louis,
inconscientemente fazia um carinho ali que fez Louis lhe olha-lo como se
ele fosse seu mundo. Harry o olhou da mesma forma.

Louis subiu os beijos pro maxilar do mais novo, beijando até as pintinhas
que ele tinha no rosto, seu coração sendo um tolo quando depositou um
beijo na testa dele, e outro bem devagar nas suas bochechas, como se
tivesse curando o tapa que ele havia recebido ali. E Louis realmente tava,
porque o mais novo teve vontade de chorar. Louis conseguia mexer com ele
em poucos segundos como ninguém mexia. Louis conseguia ser o que o
deixa desconcertado em apenas alguns minutos, não importava o que. Se
eles passassem 20 anos longe um do outro, bastaria um minuto para Louis
faze-lo se sentir a pessoa mais importante do mundo, não porque tem tudo
que quer, mas porque tem o carinho que precisa.

Era dessa atenção que precisava.

Louis o olhou e o mais novo estava com os olhos fechados novamente,


como se ainda tivesse processando os beijos que ganhou no rosto. Ele
parecia o diamante mais precioso do mundo naquele momento, sentia sua
respiração pesada de perto, a mão dele permaneceu em seu rosto, os dedos
de Harry se arrastando ali como se precissse para saber que não era um
sonho. Louis se sentiu triste naquele momento, por que ninguém nunca tem
a capacidade de vê-lo daquela forma e trata-lo bem? Se ele e Harry não
fossem tão complicados um com outro, trataria Harry daquela forma todos
os dias. Sorriu quando ele abriu os olhos e continuou a fazer carinho em seu
rosto mesmo assim. Harry arrastava os dedos em sua bochecha
delicadamente, os olhos dele brilhavam e seu rosto se aproximava
lentamente, sua boca precisava de beijos e Louis o achava adorável se
aproximando tão apaixonadamente daquela forma, foi se afastando um
pouco só pra vê-lo continuar a procurar seus lábios, o seguindo como se
esse fosse seu caminho. Até Harry arrastar os dedos pela sua nuca e pegar
firme ali, sussurrando um ''por favor'' doce. Que fez Louis se derreter por
inteiro. Harry iria enlouquece-lo, não aguentou e juntou seus lábios ao dele.

— Lou... — Harry soltou quando tremeu ao sentir a língua impaciente do


mais velho e este quis nunca mais sair dali quando o mais novo lhe chamou
daquela forma, a voz tão baixinha e vulnerável. Ele realmente não sabia
lidar com aquele Harry. Mas no momento poderia fazer o que ele quisesse.

— Lindo. — Louis sussurrou de volta, arrancando um sorriso lindo dele,


que poderia iluminar mais que a lua. Louis sorriu porque aquele garoto era
a porra de um bebê.

Sua língua se esfregou na dele necessitada. Beijar o mais novo sempre era
como se tivesse lhe beijando pela primeira vez, sempre aquele maldito frio
na barriga como se fossem ainda adolescentes. Sempre mãos tentando os
manter próximos, os lábios se esfregando com força um no outro. Harry
arrastava a carne cheinha por todos os cantos, pedindo por mordidas que
Louis deu sem pensar duas vezes. O garoto chupou sua língua um pouco
desesperado demais e era tudo tão molhado que os estalos eram altos.

Harry parecia que precisava explodir com todas as coisas boas do mundo
saindo de seu corpo. Precisava de Louis e de todos os beijos possíveis que
ele poderia lhe dar.

Acabou gemendo na boca dele quando sentiu como Louis a invadia e a


explorava com vontade e como ele resmungava positivamente. Louis
grunhiu com aquele gemido de Harry, o garoto tremia em seu braços e
passava uma perna na lateral de seu corpo, a esfregando ali.

Harry só queria que todas aquelas sensações boas não saíssem do seu corpo,
e cada vez mais que tinha de Louis, era como se não fosse o suficiente. Ele
precisava se sentir vivo, e se Louis se afastasse, tudo aquilo acabaria. Por
isso estava afoito e sendo tão desastrado e desesperado naquele beijo. Mas o
mais velho não se importava, queria que Harry o puxasse cada vez mais
naquele abismo que os dois resolveram se jogar.

— M-me beija, por favor. — Harry implorava de uma forma bonita, mesmo
que Louis tivesse dando aquilo pra ele. — Não para e beije todo meu
corpo.

Louis grunhiu e arrastou seus lábios sem pensar pro pescoço de Harry.
Dessa vez, os beijos não eram só doces, eram doces e quentes. A língua de
Louis brincava ali também, fazendo Harry se arrepiar todinho e prender um
pequeno gemido em sua garganta quando Louis mordeu um ponto.

Ele vinha estado sensível demais pra tudo que Louis fazia nos últimos dias,
e agora tinha ele o tratando tão bem, ele já previa o que aconteceria ao
sentir aqueles beijos afoitos em seu pescoço. Queria pedir pra ele não parar,
queria dizer que tudo aquilo era bom demais. Mas se perdeu quando o mais
velho voltou para suas pernas, Harry tendo que jogar as mãos pra cima de
sua cabeça quando ele voltava a beijar todo seu corpo, a língua se
arrastando em sua perna. Seus lábios sendo presos pelos seus dentes
enquanto Louis deixava seus rastros molhados por ali e lhe encarava não só
de uma forma doce, mas quente. Porra, Harry vinha tendo pensamentos tão
maliciosos com o mais velho nos últimos dias, chegou a gozar dormindo ao
sonhar com ele, não era surpresa nenhuma aqueles beijos estarem mexendo
com algo entre suas pernas. Estava com as bochechas corando por conta
disso. Só Louis era capaz de faze-lo se sentir especial ao mesmo tempo que
sentia prazer.

— Louis! — Harry o parou, encostando a mão nos seus cabelos quando o


mais velho arrastou a língua mais para cima, a caminho de suas coxas. Mas
quando viu ele lhe olhar no meio delas, aqueles olhos azuis lhe encarando,
não conseguiu o parar, até porque não queria. Apenas jogando a cabeça pra
trás quando sentiu a barba roçando dentro de suas coxas, deixando o local
vermelho. Seus dedos se enroscaram nos cabelos dele e um dedão era
mordido com seus dentes para não deixar que escapasse nenhum som
vergonhoso porque era tão sensível que sentiu seu membro escapar um
pouco para fora da boxer, sua glande molhada encostando em seu pele.
Felizmente estava com casaco de Louis e ele não veria aquele vergonha.
Harry se sentia tão vulnerável. Se gozou por conta de um sonho, iria gozar
só com aqueles beijos em seu corpo.

Seus mamilos já estavam durinhos, pedindo por beijos. Ele era sensível,
demais ali, as vezes, quando não aguentava de tesão, além de se masturbar,
ficava roçando seus mamilos nos seus lençóis imaginando ser a boca de
Louis sem nenhuma piedade contra eles e aquilo era o suficiente para ele
gozar.

E Louis, que lhe conhecia tão bem, mordeu a barra do casaco e o levantou
com a própria boca, era a cena mais sexy que Harry já tinha visto. Sua
respiração engatou e ele ficou com vergonha pelo seu estado, tampando sua
ereção que estava na cueca, mas Louis não olhava para ela. Ele encarava
seus mamilos. Os bicos vermelhos e pontudos, a boca de Harry chegava a
salivar por imaginar eles inchados dentro de sua boca, com o mais novo se
contorcendo todo. E era isso que iria fazer com ele. Porque uma das partes
do corpo de Harry que merecia ser beijada, eram seus mamilos sensíveis.

Harry sabia que Louis queria lhe enlouquecer quando beijou e mordeu sua
barriga, tão perto de seu membro, mas sem encosta-lo. Harry tampou os
olhos com as próprias mãos, não só por conta da timidez, mas porque
precisava se controlar quando o mais velho foi subindo aqueles beijos e o
mordendo em toda área de seu peitoral, incluindo clavículas e perto de seus
mamilos, mas nunca realmente neles. Harry estava quase pegando em seu
maxilar e forçando sua boca ali. Era um desesperado por aquilo e se sentia
constrangido, mas gemeu miseravelmente quando Louis apenas deu um
pequeno beijo em um deles. Não havia nem sido demorado, foi um pequeno
beijo que fez Harry agir como um virgem. Ele não se orgulhava daqueles
sons que havia feito.

Não via como Louis tinha o pau tão duro dentro da calça por ele. Nem se
importando com o pulso doendo, só queria faze-lo gemer.

Louis olhava para um dos biquinhos e prensou a língua ali calmamente, a


retirando em seguida e a esfregando ali mais uma vez, vendo o peito de
Harry subir e descer desesperado. Harry destampou o rosto só pra poder
assistir aquela cena maravilhosa de Louis arrastando os lábios pro outro
mamilo e o beijando devagar, aquilo era pura provocação e Harry estava
tendo seu pau melando só por causa daquilo. Mordeu a palma da mão e seus
olhos lacrimejaram quando Louis apertou os dentes ali, queria gemer o
nome dele, mas se controlava tanto que era como uma tortura. Louis achava
a forma que ele se contorcia adorável e excitante. Ele queria se esconder ao
mesmo tempo que queria olhar o que ele fazia. Louis queria que ele
gemesse ao mesmo tempo que queria que ele se auto torturasse com as
mordidas no próprio corpo pra não fazer barulho.

Porra! Como sentiu falta daqueles mamilos em sua boca. Em como eram
vermelhos e durinhos, em como pediam pra serem tocados e como Harry
ficava louco com aquilo.

Louis começou a mordisca-los e senti-los se inchando em seus lábios,


aquilo fazia seu pau pulsar. Lembrava perfeitamente de como eles eram em
sua boca e poder repetir aquilo o fazia ter vontade de não parar mais. Harry
era gostoso, e seus mamilos inchados podiam ficar em sua boca a noite
toda. Podia fazer Harry gozar só com aquilo. Porque como uma boa
princesinha, precisava ter sua devida atenção. E o dava com vontade. O
mais novo se contorcia e queria um travesseiro para esconder o rosto ou
morder. Era totalmente vergonhoso como ele era tão sensível e desesperado.
Seus lábios tão inchados como seus mamilos por tanto morder. Tampava o
rosto e destampava novamente para ver Louis, e suas pernas balançavam no
sofá agoniadas de prazer. Os olhos verdes se enchiam de lagrimas por estar
evitando tanto gemer alto para Louis. Mas seu pau estava ali todo
molhadinho e pulsante, Harry queria gozar tão fácil. Ele esfregava as coxas
uma nas outras pra tentar aliviar a tensão, mas a verdade é que estava tão
cheio por fazer tanto tempo desde que esteve com Louis que poderia vim
facilmente, ele viria. Ele vergonhosamente viria, e ao invés de parar por
puro orgulho, pegava o rosto de Louis e o fazia se esfregar em seus
mamilos, o fazia lambuza-los, morde-los com vontade, incha-los
dolorosamente pra logo depois a língua passar ali de um forma gostosa.
Sentiu melar a própria barriga quando escutou o próprio gemido que não
conseguiu segurar mais, um som manhoso saindo do fundo de sua garganta
e atiçando o pau duro de Louis que o fez rosnar e não deixar Harry gozar.
Louis poderia enche-lo de beijos também em seu pau, em visto que o garoto
precisava de toques ali. E seria tão bom ver aquela parte do corpo do mais
novo que era tão rosadinho e sensível. Mas queria provoca-lo, queria que
ele viesse sem nenhum toque ali.

— Vira de costas pra mim? — Louis pediu doce e Harry, todo obediente,
nem parecendo o garoto tão persistente que era, se virou rapidamente,
mesmo que ainda quisesse os beijos de Louis em seus mamilos, Mas se
fosse pra Harry beijar os lugares que ainda não tocou naquela noite, então
tudo bem.

A tv permanecia ligada mas o som que vinha dela era irrelevante, não se
comparava a respiração funda do mais novo que tinha um dos dedos na
boca esperando para ser mordido para não fazer barulho com o que quer
que seja que o mais velho pretendesse. Louis queria ama-lo com seus beijos
ao mesmo tempo que o dar prazer. As costas dele estavam a mostra.
Branquinhas e um pouco fundas quando chegava perto de sua bunda,
fazendo uma pequena curva ali. A boxer preta a mostra abrigando aquela
carne cheinha. Louis apertou o próprio pau ao vê-lo daquela forma.

Votou a beijar o corpo dele, o amando, contemplando naquela noite.


Fazendo ele se sentir especial, fazendo ele se sentir maravilhoso e lindo.
Harry sentia tudo aquilo, e o fato de Louis o fazer se sentir assim fazia
aquele prazer aumentar. Ainda mais quando Louis desceu a língua de suas
costas até a barra de sua cueca. Harry tinha as pernas juntinhas, estando
quieto e apenas esperando e esperando. Louis o olhou se certificando que
ele queria aquilo. Queria beijos ali, e Harry havia fechado os olhos e sua
respiração era preocupante de tão descontrolada que estava. Gemeu
baixinho, quase imperceptível por estar mordendo o próprio dedo quando
Louis abaixou sua boxer lentamente, deixando sua bunda de fora mas seu
membro preso ainda dentro da cueca de propósito. E Louis quase gozou só
de ver aquela bundinha exposta pra ele. O mais novo se dando conta
daquilo e escondendo o rosto no sofá, mas torcendo para que Louis não
parasse.

— Porra...você é tão bonito, garoto! — Louis comentou e não conseguiu


evitar que seus dedos massageasse uma das nádegas, gemendo baixinho
quando sentiu aquela pele macia novamente. — É como se não fizesse tanto
tempo assim desde que te toquei aqui, babe.

Ah, Harry queria gemer tanto.

O mais novo sentiu os dedos de Louis percorrendo por suas nádegas e quase
empinou pra ele. Se fosse tão ousado, estaria de quatro pra ele naquele
momento. Mas sua timidez o fazia ficar paradinho, as pernas juntas, as
cochas roliças se apertando e o rosto escondido. E não era como se Louis
achasse aquilo menos excitante, pelo contrário, queria ver Harry lutando
contra si mesmo para não gritar de prazer. Ele agia da mesma forma de
quando tinha 18, e aquilo fazia o coração de Louis se apertar.

Passou o dedo indicador entre as nádegas dele, tocando levemente em sua


entrada, ao que se controlou pra não fode-lo com seus dedos.

— L-Louis... eu... — O mais novo tinha vergonha de falar, e Louis era um


filho da puta que ficava esfregando o dedo ali levemente, massageando sua
entrada só pra ele falar o que quer.

— O que, Haz? — O mais velho pressionou o pequeno lugar que fez Harry
esfregar os mamilos contra o sofá e gemer baixinho. Louis suspirava forte e
se inclinou para beijar o lóbulo da orelha dele, a língua se arrastando ali e
sua respiração quente fazendo Harry fechar os olhos e não ligar de estar
sendo tão exposto assim. Não queria que Louis parasse. Louis grunhia
como se tivesse pronto pra atacar e Harry queria que ele atacasse. — Você
quer que eu te beije aqui, hum?

— Sim, por favor...

Aquilo foi o estopim para o mais velho. Porque em nenhuma circunstancia


Harry implorava algo para ele, e o vendo ali tão vulnerável, queria lambe-lo
forte. E foi isso que fez.

Louis se inclinou e deu pequenos beijos naquela bundinha cheia, e logo em


seguida, com suas mãos, a abriu devagar, fazendo a entrada pequena e
apertada de Harry bem rosa, como se lembrava que era, ser mostrada. Ela
estava quente e implorando por toques que Louis deu ao passar sua língua
ali bem devagar. O mais velho gemeu alto um palavrão ao sentir aquele
lugar apertado, era como se estivesse faminto e o pau de Harry se melou
mais ainda, o garoto não conseguindo conter o gemido.

Louis esfregou sua língua mais uma vez, olhando novamente pro lugar
rosado, parecendo tão mais quente do que da ultima vez, não sabendo como
seu pau havia cabido ali. Voltava a esfregar sua língua como se estivesse
primeiramente degustando do garoto, não conseguindo disfarçar seus
gemidos de aprovação por ter o rosto enterrado naquela bunda. Sua língua
se esfregando ali mais forte, demorando alguns segundos pra se afastar e
fazendo Harry morder o próprio braço.

Estava com a bunda exposta para Louis, deixando que ele o lambesse,
pedindo pra que ele o lambesse. Aquilo era muito embaraçoso, mas Harry
não conseguia nem ao menos se importar com aquilo. Não quando Louis
tinha aquela língua quente cuidando dele. Deixando beijos pequenos e
apertando sua bunda forte.

Louis mordiscou ao redor da entrada e começou a lambe-la sem se afastar,


aquilo fez Harry engatar os gemidos e deixar a ponta de seus dedos
esbranquiçados de tanto apertar o sofá. Qualquer um poderia chegar a
qualquer momento e aquela adrenalina fazia tudo ficar mais gostoso.
Ultimamente, Harry se sentia a todo momento em adrenalina com Louis, e
naquele momento não conseguia achar defeitos naquela viagem. Louis era o
único que tinha capacidade em apenas um momento lhe beijar como se ele
fosse uma obra de arte e então lhe dar prazer tão facilmente. Harry era
tímido, queria abrir as pernas e jogar a bunda na cara de Louis, mas estar
daquela forma, com as pernas fechadas também era excitante, o fazia ficar
mais apertado, e Louis envolveu seu braço por de baixo dele, prendendo
suas pernas daquele jeito, como se ele quisesse abri-las não iria conseguir.
Aquilo excitava mais Harry, se limitar ao prazer quando na verdade queria
explodir de tesão. Poderia gozar só com mordidas no mamilo e agora tinha
Louis lambendo ele de um jeito tão bom, a língua era rápida e o mais velho
gemia quente ali. Harry não conseguia poupar os gemidos abafados que
dava contra o estofado do sofá. Era uma sequencia de vários ''ahn''
manhosos que fazia Louis apalpar o próprio pau, tão grosso e que mal cabia
naquela entradinha, que rasgou Harry quando ele tinha 18, que fez o garoto
pedir pra parar várias vezes porque não aguentava, aquele mimadinho que
tinha que ter a entrada chupada várias vezes pra se acalmar, que chorava
manhoso com aquilo. Louis estava louco de tesão por aquele moleque, as
lembranças o fazia se desesperar naquela bunda e começar a chupar sua
entrada como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. Fazendo Harry gritar
abafado no sofá. O corpo todo vermelho de tesão.

— Safado! — Louis grunhiu ao ouvir aqueles gemidos. Harry estava se


desesperando e esfregando os mamilos inchados ali, seu pau não tendo
nenhum contato porque Louis havia abraçado suas coxas pra elas se
manterem juntas, consequentemente fazia o garoto parar de esfregar o pau
ali. Harry soltou uma grande quantidade de pre gozo, achou ate mesmo que
havia gozado, mas o liquido transparente espirrou forte, o deixando
enxercado. Ele queria chorar. — Você é tão gostoso, geme pra mim, babe.

E Harry gemia. Aqueles gemidos cheios de vergonha, em alguns momentos


contidos, outros esganiçados dentro da garganta, e as vezes explícitos. Suas
coxas ficando com a marca do braço de Louis porque queria abrir as pernas
para sentir melhor aquele prazer mas estava sendo impedindo, ele sentia
lagrimas nos cantinhos dos seus olhos e gritou quando a língua de Louis
entrou dentro dele.

— L-Lou, n-não... — Não era um não de para, era um não de você está
acabando comigo. Caía saliva pelo canto de sua boca de tanto que gemia e
seu rosto começou a molhar quando Louis não parou de o penetrar com a
língua. — N-Não para, não para, por favor, eu quero mais. M-Mais, Lou,
mais!

Ouvir Harry gemer seu nome desesperado fazia o mais velho devorar sua
entrada com vontade. Querendo acabar com ela mesmo que fosse com sua
língua, explorando tudo que podia e fazendo o garoto arder só com aquilo,
imaginava seu pau invadindo ele novamente, já que o garoto era tão
pequeno que se doía só com uma língua, mas que mesmo assim achava
gostoso e pedia por mais. Aquele diabinho tímido oscilava em tentar se
comportar, ao rebolar a bunda devagar no rosto de Louis. O mais velho não
aguentando te-lo daquela forma pornográfica em sua língua, apalpando seu
pau necessitado por cima da calça que vestia e seus jatos de porra o sujando
como um adolescente na puberdade. Gemendo quente na entrada de Harry,
os gemidos fortes fazendo o garoto se arrepiar todo e chorar sensível
quando voltou a ser chupado com força. Seu membro tremendo e sendo
lambuzado pela própria goza, enquanto mordia o braço pra não gritar feito
uma putinha desesperada.

Porque só Louis tinha a capacidade de faze-lo se sentir como uma princesa


e uma vadia ao mesmo tempo.

______________________________________

N: rsrsrs

Aguardem pelo capitulo 10

rsrsrs
10.1 cry on my dick

N:

EU OUVI UM AMEM?

MEU DEUS PARECE QUE O UNIVERSO NÃO QUERIA QUE EU


ATUALIZASSE. Não é possível.

QUE SAUDADES CARALHO

Eu disse que iria atualizar ontem, mas a desgraça da minha internet


caiu e só voltou quase agora. Sem falar que na verdade era pra eu ter
atualizado domingo, né? kk mas como expliquei no meu perfil, o
capitulo tava pronto mas eu não estava satisfeita com ele. No caso, com
uma parte dele. E AINDA NÃO TO, tanto que to reescrevendo e tive
que dividir esse capitulo em 2, por isso ta ''10.1'' pra eu poder postar,
se não ia demorar mais ainda por causa da outra parte. Então estou
aqui pra pelo menos deixar a parte que interessa com vocês, rs.

A outra parte posto nesse domingo porque finalmente to de férias e as


atts voltam ser todo domingo, amem.

Avisinhos sobre esse capitulo: Tem palavrões para se referir a órgãos


sexuais, tipo ''cuzinho'' se você não gosta, poxa, não sabe o que ta
perdendo, pq eu adoro ler e vê que a autora ou autor escreveu com
palavras pesadas, da até uns coisos kkkkkkkk mas to avisando pq sei
que tem gente que fica meio ble, então é só ignorar. Favor não
comentar ''brochei'' pq isso brocha outras pessoas, mesmo que elas não
se sintam incomodas com o palavreado, mas vê alguém falando que
brochou sim kk. Então só ignorem as palavras que não gostam, por
favor <3

Me perdoem pelos erros, to nervosa e quis postar logo k


Se precisar, leiam o cap 9 de novo, mas de qualquer forma deixei o final
no começo desse cap pra lembrar vocês de onde parou.

XOXO S2

___________________________________________________

Ouvir Harry gemer seu nome desesperado fazia o mais velho devorar sua
entrada com vontade. Querendo acabar com ela mesmo que fosse com sua
língua, explorando tudo que podia e fazendo o garoto arder só com aquilo,
imaginava seu pau invadindo ele novamente, já que o garoto era tão
pequeno que se doía só com uma língua, mas que mesmo assim achava
gostoso e pedia por mais. Aquele diabinho tímido oscilava em tentar se
comportar, ao rebolar a bunda devagar no rosto de Louis. O mais velho
não aguentando te-lo daquela forma pornográfica em sua língua,
apalpando seu pau necessitado por cima da calça que vestia e seus jatos de
porra o sujando como um adolescente na puberdade. Gemendo quente na
entrada de Harry, os gemidos fortes fazendo o garoto se arrepiar todo e
chorar sensível quando voltou a ser chupado com força. Seu membro
tremendo e sendo lambuzado pela própria goza, enquanto mordia o braço
pra não gritar feito uma putinha desesperada.

Porque só Louis tinha a capacidade de faze-lo se sentir como uma princesa


e uma vadia ao mesmo tempo.

✖✖✖✖✖

Louis havia tombado para trás e se sentado no sofá enquanto sua respiração
estava pesada e suas mãos ainda naquela pele macia e quente das nádegas
do cacheado, as retirando dali somente porque pareciam que iam pegar fogo
e temia seus dedos descontrolados e a vontade de enfia-los no garoto só pra
vê-lo tremer de prazer mais uma vez.
Seus olhos pesaram e se fecharam com a intensidade do seu orgasmo
rápido, como se fosse um pré adolescente descobrindo o que é masturbação,
se tocando um pouco pela primeira vez, e se derramando com quantidades
absurdas de esperma, como tinha acabado de acontecer com ele. Que porra!
Ele nem ao menos havia posto seu pau pra fora e devidamente se tocado
com uma punheta longa e forte. Ele só se acariciou por cima da calça
enquanto lambia Harry e aqueles gemidinhos lindos dele foram o suficiente
para Louis vir. Mas ao menos conseguia ficar indignado com aquilo. Harry
era quente demais. Aquele garoto podia ficar só mostrando aquela bunda
para ele que Louis sentiria tesão de qualquer jeito.

O gosto de Harry dançava em sua língua e mordeu os lábios por aquilo,


seus grunhidos eram fortes e sua respiração também. Os espasmos
deliciosos passando pelo seu corpo. Abriu os olhos devagar para olhar sua
calça, seu membro ainda marcando nela, demorando para amolecer porque
Harry era quente. O pano manchado pela sua goza, o membro sensível que
teve que apertar um pouco para que parasse o incomodo. Naquele momento
pensando melhor e não achando vergonhoso ter gozado só por estar com a
cara na bunda de Harry e se tocado um pouco por cima da calça. Ora, ele
podia muito bem vir rápido, não tinha culpa se Harry era tão gostoso. Então
não se importaria de gozar quantas vezes fosse, sabendo que se tivesse
entrado nele provavelmente viria tão mais rápido com aquele aperto gostoso
que lembra de Harry fazer em seu pau quando transaram. Não se importaria
de enche-lo várias vezes com sua porra, só pra depois fode-lo de novo
naquela bagunça molhada e escorregadia que sua entrada se tornaria.

Por outro lado, o braço do mais novo estava vermelho de tanto que mordeu
para não fazer um escândalo pelo prazer que sentiu. As marcas dos seus
dentes ali por ter se mordido na hora que gozou, não que tenha adiantado de
muito, apenas impediu que ele desse um grito agudo, porque de qualquer
forma ele gritou, morder o braço apenas abafou. Seus olhos estavam
pesados e seu rosto completamente molhado, respirava tão pesado que
ainda parecia estar gemendo. Algumas lagrimas ainda foram capazes de
deslizarem dos seus olhos, e ele se sentia totalmente molhado. Seus
batimentos estavam descompensados e mordeu a ponta do seu dedo
indicador para tentar conter a respiração desregulada. Sua mente ainda uma
bagunça de prazer e insensatez, e quando arrastou seu rosto molhado com
alguns cachos grudados pelo sofá, um pouco de lado para que pudesse olhar
para Louis, o viu no exato momento que apertava o próprio pau para tentar
diminuir aquelas sensações que estavam sufocante para ambos, Harry
grunhiu bem baixinho e voltou a fechar os olhos. Não duvidava que seu
corpo estivesse completamente vermelho, e quando sentiu os dedos de
Louis novamente em sua bunda, por um momento achou que ele
continuaria com aquilo, e mesmo gozando, abriu os lábios como se tivesse
pronto para gemer, porem Louis apenas levantou gentilmente sua boxer,
cobrindo sua bunda. E Harry se assustou com as reações do próprio corpo.

Abaixou o casaco que usava para voltar a se cobrir. O casaco de Louis, o


cheiro dele ali.

Harry estava uma bagunça de tons rosas e Louis notou aquilo quando o
mais novo se sentou e respirou fundo, ambos ainda quietos, porque aquilo
era demais. E Harry limpou o rosto molhado, Louis só querendo fazer ele
chorar de novo.

O mais novo olhou envergonhado para Louis através dos cachos, aqueles
azuis intensos o encarando tão profundamente, e Harry estava tão
envergonhado pelo comportamento que teve e de ter se entregado tão fácil
que queria esconder o rosto, mas não conseguiu. Aquele olhar lhe queimava
e só conseguiu retribuir.

Porra, Louis queria tirar aquela boxer dele e faze-lo se sentar em seu colo,
sem tirar seu casaco, pra gloriar seus pensamentos possessivos que naquele
momento Harry era dele. Queria enfiar os dedos nele, queria fazer Harry vir
de novo, queria se auto fazer vir de novo só por ter o mais novo em seu colo
empinando como o garoto educadinho que ele era. Queria faze-lo sentar em
seu pau e chama-lo de princesa.

Uma princesa mimada e gostosa.

E Harry quase foi, a ponta dos seus dedos se arrastando pelo estofado, se
inclinando para se perder naquilo.

Mas sua consciência voltou em um susto, quando a porta da sala fez um


barulho estridente por conta dos ventos fortes, fazendo o mais novo se
afastar por acha que os outros haviam voltado, e mesmo se dando conta que
foi apenas a ventania, sua sensatez estava ali. Seu corpo queimava de
vergonha e ele não conseguiu continuar naquele cima pesado e quente,
correndo para longe daquela bolha que o fazia querer mais, subindo as
escadas com suas pernas bambas, e desajeitado do jeito que era, tropeçando
em um degrau e quase caindo de cara nele, mas pondo suas mãos na frente,
mal dando tempo de se recuperar do susto porque logo voltou a correr.

Escutou a voz de Louis lhe chamando em tom preocupado, era como uma
tentação. Mas Harry continuou correndo até entrar no quarto, fechando a
porta com tanta força como se todo aquele barulho que ela fez fosse aliviar
sua tensão. Se sentou no chão ainda muito abalado com o que aconteceu, a
mão foi direto ao seu peito que estava acelerado porque aquilo não havia se
tratado só de um momento quente. Louis lhe beijava como se ele fosse
importante, ele sempre faz isso. E esse seu jeito mexe com todas as
estruturas do mais novo. O faz querer ser de Louis pra sempre.

- O que eu estou fazendo? - Perguntou baixinho para si mesmo. Louis a dias


atras estava se deitando com os próprios amigos, Harry escutou. Harry quis
chamar a atenção dele, o provocou para isso. E agora seu corpo fica
entregue por míseros toques que Louis dar para qualquer um.

Se achava tolo por sempre acreditar que era diferente com ele. Porque por
mais que Harry fosse ácido, por mais que eles dissessem esquecer no dia
seguinte, Harry era sentimental para essas coisas. Ele era arrogante e se
achava poderoso para um monte de coisas, mas não para o amor. Porque ele
considerava coisas assim como fazer amor. Louis não. Mas Harry quando
estava nas mãos dele conseguia acreditar que consigo era diferente. Porque
Louis ali lhe tratava como se ele fosse uma pessoa importante, não em
questões de status, mas de sentimentos.

Ele queria acreditar, ele se assustava por querer acreditar, e se assustava por
querer desejar que fosse isso.

Limpou os resquícios de lagrimas de prazer pairando suas bochechas e


olhou para suas pernas. Vermelhas. Era como se Louis tivesse arrancado seu
coração e o feito de paleta para pinta-lo naqueles tons avermelhados que
Harry lembra de Louis lhe dizer que ele ficava lindo daquela forma.
Harry lembrava sempre de tudo que Louis lhe falou naquela noite. Da
forma que lhe tratou e como lhe amou, talvez não tenha dito isso com
palavras concretas, mas disse com carinhos.

Louis se comportou como se fosse apaixonado naquela noite, Harry


acreditou. Bom, acreditou até ele dizer claramente que era apaixonado por
ele. Porque quando aquelas palavras saíram de seus lábios, Harry temeu.
Temeu não ser verdade, porque não conseguia acreditar que uma pessoa que
deixou de ser seu amigo justamente por conta do seu jeito ácido (e Harry
entendia isso) é a mesma que viu algum lado bom seu. E ele estava certo,
porque Louis desmentiu no dia seguinte, culpando a bebida.

E tudo bem.

Não era como se Harry acreditasse que um dia alguém iria satisfazer todos
os seus sonhos e desejos clichês de encontrar o grande amor da sua vida e
ter uma vida perfeita.

Ele se contentava com alguém que o bajulasse. Era o suficiente.

Mas quando Louis lhe tocava, ou as vezes, com um simples olhar


verdadeiro, Harry tinha vontade de viver aqueles momentos como se
fossem eternos.

Mas o amanhã chega e tudo volta normal.

Dessa vez, o amanhã ainda não havia chego, mas Harry já havia fugido.

Ele arrancou de si sua boxer totalmente molhada pela sua própria goza e a
tacou no chão. Não somente seu membro estando melado mas também
como toda sua bunda por causa da língua dele.

Harry fechou os olhos, era como se ainda sentisse todas as sensações,


porque na verdade, ele ainda sentia prazer. Deus, ele ainda estava tão duro e
melado por causa de Louis. Foi tão bom a forma como Louis gemeu
desesperado por gozar, só porque estava o lambendo. A forma como ele
ficou mais faminto e deixou o mais novo louco. Harry queria tudo aquilo de
novo, queria mais.
Se levantou quando percebeu que passou tempo demais sentado no chão e
pensando naquelas coisas que não o ajudava a ter o minimo de sensatez.
Achava que nem com banho gelado ajudaria.

Abriu a porta para se tacar de baixo de um chuveiro mas Louis estava ali,
pronto para chama-lo. As mãos esticadas e apoiadas no batente da porta, só
esperando a hora que o garoto iria abrir.

Louis queria também tomar um banho e trocar as roupas grudentas, mas


preferia falar com Harry antes.

O mais novo sentiu todo aquele ar quente voltar, simplesmente por Louis
estar presente, ficando com mais vergonha ainda por só ta vestindo o casaco
dele, não que Louis soubesse disso, mas mesmo assim levou seus dedos até
a barra e abaixou o pano mais ainda. Bom, seu membro estava coberto, mas
não suas coxas marcadas pelo braço de Louis que o prendeu e fez ele ficar
com as pernas bem fechadas enquanto o lambia apenas para provoca-lo
mais ainda. E aqueles olhos azuis miravam aquelas marcas com possessão.
Harry queria pular no colo dele.

Essa era a hora que eles brigavam e diriam que aquilo tudo foi um erro, que
era pra eles esquecerem e então fariam algumas implicâncias mais pesadas
para recompensar a falta de juízo de ambos.

Mas Harry só estava com aqueles olhinhos vedes arregalados, os lábios


cheios e inchados sendo mordidos pelo nervosismo e seus longos dedos
torcendo a barra do casaco em ansiedade.

E Louis não queria brigar com ele.

Sabia que era pra deixar o garoto quieto para surtar a vontade. Mas não
conseguia por enquanto agir de uma forma indiferente. Não queria que o
mais novo pensasse que o beijou só pra conseguir aquilo. Louis o beijou
porque, merda, Harry merecia! Porque o garoto merecia todos os beijos
pelo corpo do mundo, porque Fionn era uma otário que merecia socos na
cara por tocar nele e por falar coisas que Harry infelizmente acreditou.
Louis só queria demonstrar pro garoto o quanto ele vale. Foda-se as suas
diferenças, porque Harry não merecia acreditar que bajulação era algo
considerado amor. Ele merecia saber o que era amor de verdade.

Consequentemente todos aqueles beijos deu onde deu, mas o mais velho
não se arrepende. Beijaria Harry quantas vezes ele quisesse e avançaria o
tanto que ele permitisse.

Iria tomar um banho e tentar esquecer onde, mais uma vez, estava se
metendo sem pensar. Mas queria ter certeza que Harry só surtaria por
questões bobas do tipo ele ser filho da empregada. Não queria que o garoto
surtasse por imaginar que estava sendo usado. Louis não era Fionn, e nunca
seria.

- Você está bem? - Tentou se certificar naquele olhar envergonhado do mais


novo que assentiu lentamente.

Harry estava se sentindo patético, ao menos conseguia fazer suas bochechas


voltarem pras cores normais, ou suas pernas pararem de tremer.

Negou a cabeça para tentar afastar tudo aquilo e encobriu com sua falsa
raiva, empurrando o peito de Louis para que ele saísse de sua frente.

- E por que não estaria? - O mais novo disse arisco, andando pelo corredor
em falsos andares pesados e raivosos, porque ele estava quente e queria
tanto o mais velho que estava lutando contra si mesmo. - Não ache que só
porque aconteceu aquilo que você pode voltar a me tocar.

Olhou para trás ao falar e o mais velho ainda estava parado no mesmo lugar,
as sobrancelhas arqueando.

- Eu não acho nada, Harry. Deixamos essas estranhas vontades falar


novamente mais alto do que a sensatez, e daí? Mais uma coisa coisa que
deveremos por na nossa listinha de ''esquecer no dia seguinte''. Mas antes de
esquecer, eu queria saber se você realmente está bem, eu não quero que
pense coisas erradas, como se eu tivesse começado tudo aquilo pra tentar
algo contigo, como se eu achasse que você não é nada. - Disse sincero e
aquilo ativou algo em Harry que Louis nem sabia que ele estava guardando,
o garoto se aproximou um pouco, parando no meio do corredor, ainda longe
o suficiente para não pular no colo do mais velho.

E ficar olhando pra aquelas coxas cheias e desnudas fazia até mesmo o mais
velho esquecer na bagunça molhada que criou em sua calça, que ele
precisava urgentemente tirar, e no seu pulso machucado que ainda doía.

- É claro que eu não sou nada. Eu sou muito. - Harry rebateu com toda sua
autoconfiança e raiva pelos últimos dias ter sido tão vulnerável ao mais
velho. - Eu não sou seus amigos, você não precisa me dizer isso. - Ele
cruzou os braços ao falar mas não percebendo o quão estava entregando
seus incômodos. - Porque, e daí que você fique todos os dias enfiado no
quarto de alguém fazendo a casa toda escutar? Não é como se eu fosse me
importar com isso e agir de modo que você me note e isso faça resultar em
seus beijos de hoje. Tipo, eu nem te provoquei nem nada, puft, porque não
me importo. E quer saber? Não foram beijos tão bons assim, é, pois é. Acho
que você foi perdendo o jeito. Não sei, por que não pratica mais todas essas
coisas com outras pessoas que estão interessadas? Porque eu não estou.

O mais novo despejou tudo sem nem filtrar suas palavras, talvez não
convencendo nem a si próprio. Ele estava irritado e falando alto, como se
tivesse tentando provar algo e Louis não conseguia nem achar ruim a
maneira mimadinha que ele reclamava com os braços cruzados, e por Deus,
aquelas coxas roçando uma na outra como se tivesse tentando conter a
excitação. Talvez ele estivesse. Louis queria beijar aqueles lábios novamente
e faze-lo ficar quietinho, provar com seu corpo que é óbvio que Harry não é
os outros e que não precisa provoca-lo, porque Louis o deseja mesmo
quando ele está parado.

Iria tentar responder, mas o cacheado voltou a falar, meio eufórico.

- Quer saber? Importa sim! Porque eu não sou obrigado a escutar suas
transas com outras pessoas! - Ele dava alguns passos para frente mas logo
virava de costas em seu raciocínio, nem percebendo que o casaco levantava
e a polpa de sua bunda aparecia.

Mas Louis desviou o olhar quando conseguiu uma brechinha para tentar
falar.
- Mas não era a minha intenção fazer você es- Tentou, mas já estava sendo
interrompido de novo. O cacheado parecia até não respirar de tanto que
falava.

- É óbvio que eu escutaria! Era madrugada, todos deveriam estar quietos e


essa casa tem eco para tudo quanto é lado. Vê? - Harry esticou seu braço e
abriu a porta de um quarto aleatório, só aquilo já fazendo barulho então
bateu com a porta, o som irritando os ouvidos de ambos. - Você acha que eu
não escutaria vocês gemendo? Mesmo você falando pra ela parar? E mesmo
que vocês ficassem em silencio a droga da cama batendo na parede faz
barulho, seu idiota!

Harry terminou seu monologo que estava entalado em sua garganta. Ele
nem sabendo porque tocou naquele assunto, só estava sensível demais, de
todas as formas possíveis. E não queria ser mais um na mão dele.

- Por que isso é importante agora?

- Bom.. porque é! Eu não me importo com quem você fica! Contanto que
isso não me incomode e contanto que depois você não venha pra cima de
mim como se eu fosse eles!

Louis não conseguiu evitar que seu coração ficasse aquecido ao ver os
biquinhos de raiva que o mais novo tava fazendo e ele falar como se tivesse
com ciumes. E Harry era só lindo demais... Louis não conseguiu evitar
sorrir, o mais novo abrindo a boca em choque achando que o mais velho
esta debochando dele e apontando o dedo indicador contra si, dizendo um
''feche esse sorriso, abusado'' isso fez Louis sorrir mais ainda. Aquele garoto
era uma coisa.

- Me desculpe se você ouviu alguma coisa desagradável, não era a minha


intenção e eu realmente fui um idiota não pensando nas pessoas que estão
aqui. E eu não acho que você seja igual a eles, igual a alguém. Você é você
e isso é o suficiente. Você falou sobre provocar... você disse que não me
provocou esses dias, mas não precisaria. Harry, você apenas parado é bom
demais, garoto. Eu não sei nem o porquê estou te falando isso, talvez eu me
arrependa muito mas o fato é que você realmente é. Eu não gosto de
demonstrar que te olho, mas as vezes, até mesmo quando você está dizendo
coisas tão idiotas para me irritar, eu tenho vontade de te calar com um beijo,
não com os selinhos que eu te dou. Porque você é lindo... você sabe disso?
Você realmente sabe o quanto você é lindo? Não por características de
traços bonitos que qualquer um nota, mas até mesmo as pintinhas que estão
pelo seu rosto que te fazem um garoto lindo. E eu posso ter inúmeras
diferenças com você, Harry, mas isso não muda este fato. O fato de eu ter
vontade de juntar meu corpo ao seu simplesmente por você estar parado
falando sobre qualquer coisa. Não porque te acho igual a alguém, não
porque te olho como se você fosse nada. Mas porque cada detalhe seu me
atrai. Não me importo de esquecer disso no dia seguinte, se eu puder te
mostrar o quanto eu te quero agora e o quanto eu te acho lindo e quero fazer
você se sentir assim. Me diz, isso te irrita? Era pra eu ter ficado quieto?
Porque, garoto, eu te beijei hoje, sabendo que você merece muito mais que
isso.

Louis em nenhum momento se aproximou de Harry para falar aquilo. Ou


levantou sua voz. Seu tom era calmo, seu olhar sincero e realmente talvez
se arrependesse ao tardar da noite. Mas não se preocupava com isso no
momento.

Não quando via a forma que Harry ficou, ele precisou se apoiar na parede
para que aquelas palavras não o atingissem como um baque, seus olhos se
irritaram e tudo nele estava tão sensível que Harry não conseguia se
surpreender de lacrimejar. Louis o achava lindo com as mãos na barra do
moletom, apertando forte, talvez dessa vez não porque queria se esconder,
mas porque precisava apertar algo. Seus lábios tremeram para falar, como
se fosse retrucar com palavras ácidas que diriam que tanto faz, ele não
acreditava. Harry não queria acreditar. Mas era Louis... e ele se sentia tão
bem em seus braços. Queria alguém que lhe cuidasse nem que fosse por
uma noite, mas que o fizesse se sentir realmente importante. Ele precisava
tanto disso. E seu coração ao ouvir aquelas palavras parecia querer
transbordar de seu peito, estava sufocante. E Harry tão lindo daquele
jeitinho doce que fazia Louis querer dar o mundo para aquele garoto.

Harry não soube como conseguiu correr quando suas pernas estavam
tremendo, mas ele fez, todo desajeitado e todo fofo com aqueles pés tortos
para Louis, o mais velho deu um sorriso lindo antes mesmo de Harry chegar
a si, e, quando chegou, o mais novo tacou os braços ao redor do se pescoço
e lhe beijou como se precisasse disso.

Ele precisava.

Eles só haviam passado alguns minutos com as bocas longe uma da outra
desde que estavam no sofá, mas foram minutos suficiente para sentirem
saudades e gemerem satisfeitos quando elas se encostaram. Louis, quando
sentiu o corpo se chocando contra o seu, não hesitou em agarrar aquela
cintura e o prender na mesma hora na parede, Harry soltando um grunhido
pelo choque com suas costas e o prensar do corpo do mais velho contra o
seu. Estava tão feliz, se sentindo tão bem ao lado dele que não queria pensar
duas vezes no restante daquela noite. Havia agarrado Louis como um
pedido não falado que queria ser dele de novo, naquela noite. Ser dele de
todas as formas que Louis quisesse, como ele interpretar melhor. Não
importava. Só precisava se sentir vivo.

As coxas de Harry roçavam na do mais velho e este desceu suas mãos


firmes para a carne macia, logo seus dedos se afundando de uma forma que
fez o mais novo arfar, e então Louis havia o posto em seu colo, as pernas ao
redor de sua cintura, firmes, as mãos dele permanecendo em suas coxas, o
casaco levantando e expondo sua bunda, e o quadril de Louis prensado no
seu. Porque eles ainda estavam sensíveis e qualquer toque era pouco.

Harry chupava a língua do mais velho um tanto desesperado e Louis não


reclamaria, Harry beijava como um deus, o garoto tinha permissão pra ser o
quão afobado quisesse. Então grunhia com o jeitinho desesperado do mais
novo que só o fazia ter vontade de voltar a beijar aquele corpo e explora-lo
mais ainda.

Logo aquele clima quente de quando eles estavam no sofá voltou, talvez
nunca saindo deles. O mais velho percorrendo suas mãos pelo corpo de
Harry, o garoto se sentindo arrepiar todinho criando bolinhas em suas coxas
quando as mãos do mais velho foram escorregando mais para cima até
alcançar suas nádegas, e permanecerem ali, só agora notando que elas
estavam amostra. Choramingou bem baixinho por sentir as palmas quentes.
Por Deus, Louis estava com o pulso todo machucado, mas não conseguia se
importar com a dor se fosse pra ter Harry tão sensível assim em seu colo. O
garoto agarrou seus cabelos e fez a cabeça do mais velho tombar um pouco
para trás, seus lábios se desgrudar dos dele por alguns segundos e naquele
momento os olhos verdes de Harry olhando todo rosto do mais velho, a
outra mão passando por sua barba mal feita. E grunhido satisfeito com o
que via, mordendo os lábios de Louis com um tanto de força, chupando a
língua que minutos atrás estava lhe dando prazer. Aquilo era safado demais.
Os dois estavam safados e Louis apertou as nádegas do garoto forte, as
separando e Harry não conseguia controlar a vontade que estava de Louis
lhe tocar ali novamente. O mais velho nada fez, apenas fincava seus dedos
ali, mas era o suficiente pra entrada de Harry pulsar.

Os beijos quentes continuaram e Louis não percebia como andava com


Harry em seu colo e o tacava sempre em alguma parede quando aquele
garoto puxava seus cabelos ou ficava sendo tão gostoso que Louis tinha
vontade de arrancar aquele casaco e não parar de toca-lo. Eles acabaram
parando em algum dos quartos, não percebendo qual deles, mas era o de
Harry. Seus corpos se escorando sempre em algum dos cantos enquanto os
lábios desesperados trabalham em sincronia. Louis acabou caindo sentado
na beirada da cama com Harry em seu colo e ele jura que podia apenas
arrancar seu membro pra fora da calça e fazer o mais novo sentar nele
daquele jeito.

Suas mãos percorreram as costas dele e isso consequentemente fazia o


casaco subir. Separou seus lábios de Harry quando viu que suas mãos
estavam afoitas pra despir o mais novo. Então o olhou como se pedisse
permissão, e garoto tinha aquelas manchas nas bochechas adoráveis e que
se tornavam gigantes enquanto ia assentindo e os dedos de Louis
levantando o próprio casaco que estava em Harry. Quando passou pelo
pescoço dele, Louis viu os cachos de Harry bagunçarem e voltarem a cair
pelos ombros desnudos e magrinhos. Como em câmera lenta.

Jogou o casaco em algum lugar e suas mãos afastaram aqueles cachos


macios para trás, só pra deixar seus ombros mais amostra. Seus olhos
varrendo o local que era cheio de pintinhas bonitas. Louis podia jurar que a
televisão da sala ainda estava ligada, podia escutar o barulho dela ainda.
Mas não conseguia se importar quando o único som relevante ali era da
respiração que o mais novo tentava controlar. Louis sabia o quão nervoso
ele era. O quão ele considerava aquilo importante. Harry era todo romântico
e aquilo era lindo. Louis conseguia achar partes do corpo dele que poderia
contemplar sem demora. Como aquelas clavículas ossudas, Louis beijou ali
como se fossem obras de arte.

As marcas que deixava para Harry lembrar que era Louis que havia o
tocado. E havia algo de bonito e simplório até mesmo na maneira que o
mais velho raspava os dentes ali e deixava suas marcas vermelhas. Era
delicado. Ele fez isso no pescoço dele também. Dando beijos lentos como
se estivesse namorando aquele local, porque na verdade estava. O pescoço
do mais novo poderia ser considerado uma das coisas mais bonitas que já
viu.

Algo na forma que sentia a respiração dele ali, ou como ele engolia em
seco, ou as vibrações dos seus gemidos esganiçados antes mesmo dele abrir
os lábios para serem libertados.

Louis namorava aquele pescoço e passava a língua nele porque ele


praticamente entregava tudo que Harry é. E as marcas nele entregava o
quanto Louis ama sua pele.

Harry tinha as mãos trêmulas nos ombros de Louis quando este arrastou os
lábios um pouquinho mais pra baixo, a testa encostando em seu peito,
escutando aquele coração bater, Louis queria morar ali. Naquele momento
não percebendo seus braços rodearem Harry em um abraço enquanto queria
morar dentro do coração do mais novo. Seus olhos batendo naqueles
mamilos inchados pelos seus dentes e o quanto eles estavam durinhos e
arrepiados, mesmo tendo tido a boca de Louis por longos minutos neles.
Mas parecia não ser o suficiente, o mais novo era tão sensível naquela
região que ao ver os lábios de Louis tão de perto, o mais novo nem
percebeu que seu corpo reagiu e seu tronco se impulsionou quase
imperceptível para frente, seus mamilos querendo raspar nos lábios de
Louis. O mais velho sorrindo ao perceber aquilo, uma das suas mãos
parando na barriga de Harry e fazendo um carinho ali enquanto o outro
braço permanecia abraçado a ele. Louis estava literalmente contemplando o
corpo do mais novo, seus olhos se fechavam de vez em quando enquanto
sentia com seu tato o que era estar segurando algo tão belo como Harry.
Porra, aquele garoto se dava conta de quão ele era totalmente precioso?
Louis sentia algo estranho como querer gozar só por tê-lo assim. Só por
estar encarando cada detalhe dele. E a barriga de Harry se contraía com
seus dedos, o mais velho arrastando seus lábios brevemente pelo mamilo
esquerdo. A carne inchada de Harry sendo molhada brevemente em um
beijo delicado fazendo o garoto lacrimejar só por aquilo. Porque ele sentia
toda a energia de Louis sobre seu corpo. Ele sentia. E quando o mais velho
mirou seus olhos no membro de Harry, grunhiu como um animal selvagem,
fazendo Harry sentir toda aquela vibração.

Harry estava todo melado, seu orgasmo anterior misturado com o líquido
transparente de toda sua excitação atual. A virilha lisinha manchada com
sua bagunça. O membro totalmente ereto e grande, como Louis lembrava
que ele era em sua boca. A extensão clara e sua glande rosa e inchada,
brilhando. Ele estava todo encharcado e pulsando por toques que Louis o
privou a minutos atras. Ele se mexia e contraía e o mais velho viu o exato
momento que um fina linha melada saiu da glande, o garoto choramingando
baixinho.

- Oh, Haz, você é tão bonito. Como da última vez, babe. - Louis gemeu e
Harry jogou a cabeça para trás, a vergonha não sendo um problema quando
tinha Louis tão entregue como ele. E o mais velho ficar tocando na noite
que fizeram amor, faz Harry só desejar aquilo.

Louis fechou sua mão naquela bagunça molhada e quente, o toque forte e
massageando o garoto levemente.

- A-Anh, Lou.. - Harry deixou escapar um pouco desesperado demais.


Louis o deixava louco e ainda estava sensível do seu orgasmo, o qual nem
precisou se tocar pra ter. Harry olhou nos olhos de Louis e sua vergonha o
fazendo tombar a cabeça para o ombro do mais velho. Esse sorrindo com
aquilo uma vez que o garoto tinha o jeito de se morder enquanto sentia
prazer, de se revirar e de morder lençóis ou tampar o rosto com travesseiros.
Era totalmente lindo e excitante. E Harry começou a gemer bem em seu
ouvido quando Louis começou a massagear seu pau.

Sua língua tocou um dos mamilos inchados, fazendo o garoto se contorcer


em seu colo, Louis chupou ele com vontade, sua mão torturando Harry por
ir tão lenta. Mas era tão gostoso ouvir aqueles gemidos se arrastando, fazia
de propósito. Seus dentes morderam o outro mamilo e Harry agarrou em
seus cabelos, jogando seu peito para Louis e fazendo ele chupar seus
mamilos. Era tão sensível ali que não conseguia se controlar. Seus rosto na
curvatura do pescoço de Louis, não conseguindo olha-lo enquanto estava
tão exposto e gemendo tanto.

- Olha pra baixo, Harry. Veja o quanto você é gostoso. - Louis mandou,
querendo foder o garoto pela forma que ele gemia em seu ouvido. Harry
retirou suas bochechas vergonhosas do pescoço do mais velho, obedecendo
ele porque a voz de Louis excitada era tão boa. Olhando para baixo e vendo
como tinha deixado a mão de Louis encharcada com sua bagunça. Como
sua glande sumia e aparecia entre os dedos dele. Louis as vezes passando o
dedão pela fenda e espalhando todo pré gozo que saía dali. O mais velho
segurando em uma nádega e esfregando sua bunda no pau dele,
perfeitamente duro. Harry estava ficando louco com todo aquele estímulo.
Os lábios dele subindo para seu pescoço, Louis fechando os olhos enquanto
gemia ao esfregar a bunda dele em seu pau. Mordendo forte sua pele. - Veja
como seu pau fica por minha causa. O quanto ele gosta disso. Você é tão
safado, seu pau é tão gostoso. - Harry só conseguia olhar para o próprio
pau, gemendo com cada palavra de Louis, com cada toque dele. A mão do
mais velho se enterrava em sua bagunça molhada, respingando goza e pré
gozo pela sua virilha, o barulho gostoso soando pelo quarto. A punheta se
tornando mais forte e Harry vendo mais líquido transparente sair de si. Era
tão gostoso assistir, ele gemia como uma vadia.

Começou a ficar desesperado e rebolar por conta própria no pau de Louis.


Puxando tanto o corpo dele que não aguentou ficar sentado, a força que
fazia derrubando Louis na cama deitado enquanto ficava rebolando no pau
dele, sua bunda quicando ali enquanto prendia a boca de Louis em seus
mamilos e fodia a mão dele, deixando ela mais molhada ainda enquanto
gozava e gemia no ouvido dele.

Harry bagunçou ambos mais ainda com aquilo. Sentindo os beijos de Louis
no seus mamilos continuarem de uma forma mais delicada enquanto a mão
dele ainda subia e descia devagar. Harry se contorcendo sensível e quase
chorando por aquilo.
Quando seu orgasmo terminou, sentiu o tapa fraco que Louis deu em sua
bunda e mordeu os lábios por aquilo.

Seus olhos se fechando enquanto não conseguia controlar sua respiração,


caindo deitado do lado de Louis.

O mais velho olhou pra ele e queria apenas parar tudo por alguns minutos e
desenha-lo. Harry estava deitado de bruços, uma perna um pouco dobrado
expondo uma das coxas. E novamente aqueles tons vermelhos por todo seu
corpo. Os cachos jogados para tudo quanto é lado e aquele cheiro doce dele
contaminava todo o quarto. Seu corpo estava começando a brilhar por conta
do calor que tudo aquilo estavam fazendo ambos sentirem. E os olhos
pesados, se abrindo e fechando levemente, aqueles verdes iluminando e
apagando. Uma mão próxima de seus lábios inchados, um dos dedos se
arrastando ali e logo depois mordendo como se aquilo fosse aliviar tudo que
estava sentindo.

Louis não tinha só um problema na calça.

Também tinha no coração.

Harry abriu os olhos definitivamente por mais que estivessem pesados.


Aquele rostinho tímido em sua direção.

- Você é tão bom. - Sussurrou satisfeito. Mas ainda sim queria mais. - Tão
bom... - Era excitante e fofo ao mesmo tempo, Harry parecia uma gato
ronronando. Uma das mãos do mais novo se arrastou pelo colchão, pegando
o pulso bom do mais velho e trazendo a mão dele para perto de seus olhos. -
Me faz tão bem. - Enfatizou. Olhando para os dedos pornográficos do mais
velho, sujos com sua excitação. Quase gemeu com aquilo, não hesitando de
por sua língua vermelhinha para fora e deixar Louis com vontade mais
ainda de lhe foder. Lambendo seus dedos e engolindo sua própria goza.

Louis tinha muito autocontrole por não ter posto aquele mimado de quatro
naquele momento. Não acreditando no quão sujo ele estava sendo, sujo no
sentido de ser safado. Enfiando seus dedos em sua boca e os rodeando com
sua língua como se fosse o pau dele. Louis não aguentou quando teve 3 dos
seus dedos na boca de Harry, enfiando eles por contra própria na cavidade,
Harry fechando os olhos enquanto chupava com vontade, os lábios todo
gozadinho, e Louis levando sua mão para aquela bunda e apertando fazendo
ele gemer como o bom garoto que era.

Quando os dedos de Louis estavam limpos, Louis os retirou dali


lentamente. Harry abrindo os olhos e lambendo os lábios para retirar
qualquer resquício melado dali.

- Não é justo. -Ele comentou com aquele biquinho adorável. Louis estava
tão hipnotizado que quase não escutou, mas não precisou perguntar o que,
Harry veio se arrastando para mais perto de si, envergonhado, ele olhou
para baixo, segurando na barra da camisa de Louis. - Eu estar assim, e você
ainda com roupas. - Olhou para Louis, parecia hesitar do que ia fazer, mas
logo depois subindo em cima dele, cobrindo seu corpo com o dele como um
grande urso, Harry o abraçou todo sensível e sentimental, do jeitinho que
ele era pra aquelas coisas, a cabeça em seu peito enquanto brincava com sua
blusa. Pediu baixo. - Tira.

E caralho! Será que Harry sentia como o coração de Louis estava batendo
rápido por causa dele?

Louis sorriu e puxou sua camisa para cima, a tirando.

Harry desencostou sua cabeça do peito de Louis para olha-lo. Harry tentou
conter o sorriso ao olhar o peitoral desnudo dele, lembrando da primeira vez
deles, quando encheu ele de chupões ali, tão carente que fez um coração
enorme com aquilo. Harry era um bobo, sabia disso.

- Eu gosto das suas tatuagens. - Disse tímido, olhando para as do braço dele,
viu Louis sorrir e pentear seus cachos com os dedos, Harry realmente era
um gatinho, porque se esfregou na mão dele. - Você é muito bonito. - Suas
bochechas quase se tornaram como maças quando disse aquilo. Ele não era
bom em dizer coisas que realmente sentia, ele era bom em ser venenoso,
mas Louis só estava o achando adorável. Eles tinham aquela nevoa de
prazer e sentimentalismo clichê pairando sobre eles.

Louis não quis falar, só queria que Harry se sentisse confortável com o que
quisesse fazer.
O mais novo segurou em suas bochechas delicadamente, se inclinando e
deixando beijinhos molhados pelos seus lábios e descendo pelo maxilar, e
ele fazia isso sorrindo, Louis não queria tirar Harry de seu mundinho.

O garoto deu beijos doces pelo seu pescoço, os lábios gordinhos se


arrastando ali e o tratando com toda a delicadeza possível, como se Louis
fosse precioso. Porra, Harry o confunde tanto. Seu coração batia tanto por
ele. Estava entrando em um grande problema mas não conseguia se
importar no momento. Não quando aqueles lábios pareciam ser perfeitos
para o seu corpo e desciam por todas as partes. Harry beijou até suas
tatuagens, beijou seus braços e peito, o beijou com adoração, como se
tivesse agradecido.

Louis se sentia a ponto de explodir porque Harry descia cada vez mais e até
a maneira que ele insinuava que iria mais para baixo era doce. A forma que
ele mordia de leve a barriga de Louis, a forma que ele provocava Louis, a
forma como ele descia e sentava nos próprios joelhos, as coxas juntinhas e a
língua nos seus ossos da vline, tudo, tudo era doce. E por ser doce deixava
Louis ainda mais excitado.

E Louis queria agradecer a todos os deuses do universo quando sentiu os


dedos trêmulos nos botões da sua calça. Fechou os olhos por míseros
segundos não acreditando que aquilo era real, mas olhou pra baixo a tempo
de ver aquelas mãos afobadas lutando contra seu botão e zíper, e
desesperado do jeito que Louis estava, ate ajudaria Harry, mas preferia
encarar aquela cena adorável dele se atrapalhando e ele estava tão nervoso.
Quando finalmente conseguiu, Louis prendeu o gemido com os dedos
esbarrando no seu membro acidentalmente. Ele queria ter seu celular em
sua mão agora pra poder gravar aquela cena tão pecaminosa.

Harry mordia os lábios nervoso e abaixou devagar a calça do mais velho, o


membro dele totalmente marcado na boxer branca que estava
completamente úmida por ele ter gozado a minutos atras. E na umidade,
uma parte ficava transparente, dando pra ver as veias saltadas. Harry
arregalou os olhos, obviamente se lembrava que Louis era grande, mas
mesmo assim se surpreendeu com a grossura dele. Automaticamente se
recordando de como foi difícil te-lo naquela noite que fizeram. Enquanto
choramingou por horas. Mas também lembra o quanto foi gostoso e o
quanto gemeu pra Louis. Porra, Harry só transou uma vez, e faz dois anos,
era quase virgem. Não conseguiu de evitar pensar em como seria igual da
primeira vez, choramingando no pau dele, o esmagando, as vezes pedindo
pra parar, mas depois pedindo mais e chorando de prazer. Deus... Harry
estava duro novamente só de pensar.

- Tudo bem? - Louis perguntou enquanto uma mão pegava um emaranhado


de fios e os enrolava ali gentilmente. Harry adorava o fato de Louis sempre
perguntar, sempre ser tão cuidadoso. Ele perguntava tudo, fosse com olhar
ou voz.

Harry assentiu, ele não queria sair dali. Seus dedos trêmulos indo de
encontro com a barra da boxer, a abaixando também ate as coxas de Louis,
o membro dele saltando e batendo em sua bochecha de forma forte e
pesada, a molhando. Harry soltou um ''oh'' altinho em forma de susto.
Envergonhado e hipnotizado, ele encarou. O pau de Louis estava
completamente lambuzado, Harry queria gemer porque era por causa dele.
O liquido branco clarinho e em grande quantidade, a boca do mais novo
salivou com aquilo. As veias saltadas, Harry só queria limpar ele todinho
mesmo que não conseguisse aguentar ele todo em sua boca.

Ele só chupo alguém uma vez, também sendo apenas Louis. Era totalmente
inexperiente para aquilo, talvez chegasse a raspar seus dentes ali. Mas ele
só queria lamber tudo que Louis soltou por causa dele. Nem se dando conta
quando sua língua se pressionou na glande inchada, Louis apertou a mão
mais forte em seus cabelos, os olhos verdes o miraram e Louis mordeu os
lábios com força, logo em seguida soltando um palavrão sujo que
incentivou Harry, seus dedos da outra mão segurando levemente o membro
dele, e seus lábios se fechando delicadamente na glande, se lembrando de
não esbarrar com os dentes, chupando toda goza e pre gozo dali, como se
fosse um pirulito, e ele fazia isso olhando pra Louis. Os lábios inchados
prensados fortemente na carne sensível enquanto sua língua rodeava o local
devagar.

Louis estava tendo a melhor visão que um dia poderia ter. O garoto soltou
sua glande quando já estava limpa e encarou seu membro por alguns
segundos, ele estava nervoso fazendo aquilo, as mãos tremiam e tentava não
olhar para o mais velho. Este acompanhando com o olhar quando ele foi
descendo sua língua, lambendo os resquícios de porra por todo seu membro,
ele fazia isso de olhos fechados e esbarrando seu pau pela bochecha,
sujando ela. Caralho, Louis queria gozar em seu rosto, em sua boca, por
todo seu corpo.

E mesmo quando havia engolido toda goza, Harry continuou o lambendo


com adoração. Era extremamente excitante para Louis ver aquele garoto
que é todo comportado e educado, lambendo seu pau.

Harry não sabia como fazer, ele não sabia por ele todo em sua boca, não
sabia técnicas, e nem o chupava rápido. Mas mesmo assim ele conseguia
ser melhor que qualquer outra pessoa. Algo ate na maneira que as vezes ele
esbarrava os dentes, o que não doía, na verdade era bom porque era de leve,
e então ele pedia desculpas todo acanhado. Algo na maneira que ele o
lambia como se fosse um doce, a língua indo e vindo, devagar, sem pressa.
A forma que ele fechava os olhos e parecia sentir prazer com isso, ou
quando se afastava por alguns segundos e mordia os lábios pela visão que
tinha. Algo na forma que seus dedos o segurava e o masturbava, aquela
bochecha melada, sua glande esbarrando ali algumas vezes, Louis
constatando que era de proposito, o garoto gostava. E então pegava no
próprio pau e esfregava a glande no rosto dele, nos lábios dele, batia com o
pau em sua língua e o garoto chegava a gemer. Harry era delicioso demais,
e tão safado que sua timidez não conseguia encobrir isso. Ele adorava ter o
pau pesado se esfregando em seu rosto, adorava chupar a glande e descer
com seus lábios ate onde conseguia. Adorava escutar os palavrões sujos e
gemidos de Louis.

Mas quando raspou seus dentinhos de coelho novamente no membro do


mais velho, Harry ficou chateado.

-Desculpa... - Pediu envergonhado. Porra, Louis queria gozar na cara dele


pra mostrar o quanto ele ia bem com aquilo.

Nem se dando conta quando havia chutado sua caça e boxer para longe de
suas pernas.

- Não peça desculpas, você é tão bom com isso. - Louis garantiu, Harry
sorriu satisfeito e voltou a massageá-lo com sua linguá. - P-porra! Eu não
me importo com seus dentes. Tudo que você está fazendo é tão bom, que,
caralho, eu só quero gozar na sua cara. - Louis gemia enquanto falava,
Harry mandando vibrações fortes para seu pau quando gemeu contra ele. -
Ou em qualquer parte de seu corpo. Queria que você sentisse em todo ele o
que você faz comigo, garoto. Eu poderia gozar nessas suas bochechas, ou
na sua barriga. Ou fazer sua bunda ficar mais molhada ainda gozando nela.
Droga, v-você é tão gostoso.

Um som alto de estalo se fez presente no quarto quando Harry soltou seu
membro, os lábios inchados choramingando enquanto falava.

- Goza onde você quiser.

Louis rosnou, soltando os cachos de Harry e o puxando pra cima com


pressa, sua mão segurando no maxilar marcado dele e o puxando pra um
beijo feroz e melado de pre gozo, totalmente pornográfico e gostoso,
fazendo ambos gemerem. Sentia o pau de Harry duro novamente contra sua
barriga, virando seus corpos e ficando por cima dele, quando sua bocas se
separam, Harry estava com os olhos arregalados pela força que Louis estava
impondo, não que não estivesse gostando. Seu pulso foi até sua boca
quando o mais velho rapidamente desceu e engoliu todo seu membro sem
se quer engasgar, fazendo a glande encostar em sua garganta e chupando
toda a extensão grande, o devorando e fazendo o garoto gemer abafado,
lacrimejando. Sua cabeça se afundou nas pernas dele e ficou parado apenas
deixando a glande bem fundo, sentindo quando da fenda saiu pre gozo e
espirrou em sua garganta, Louis engoliu com gosto. Logo em seguida
soltando o pau dele fazendo barulhos gostosos e virando Harry de costas. O
garoto não estava tendo tempo nem para pensar direto, seu pau prensando
de uma forma gostosa nos colchões e seus mamilos extremamente duros se
esfregando nele. Louis deixou aquelas coxas bonitas e roliças juntas, a
bunda de Harry empinadinha mesmo que ele não tivesse empinando, o
garoto segurando um travesseiro e escondendo seu rosto quando Louis
separou as nádegas, a entrada dele pulsando e ainda sensível, foi o
suficiente para Louis pegar em seu membro e massagear apenas uma vez,
os jatos de porra melando aquela entradinha.

Louis apertava a bunda do garoto com força, enquanto gemia coisas que
fazia o mais novo enterrar o rosto ainda mais no travesseiro e seu pau pulsar
de tesão. Sentindo aqueles jatos quentes o melando todo, só conseguia
gemer baixinho e manhoso o nome de Louis. Aquilo era tão sujo, mas tão
gostoso.

Louis sentia sua barriga contrair, suor já começando a aparecer em seu


corpo, o cansaço pós orgasmo evidente mas ele não queria tirar alguns
minutinhos pra si, ele tinha um garoto totalmente manhoso abaixo de si e
ainda implorando por toques. Sua mão descendo pela bunda do garoto e se
enfiando de baixo dele, onde ele não conseguia visualizar, massageando
suas bolas cheias, fazendo Harry choramingar coisas que não conseguia
entender por conta do travesseiro onde seu rosto estava enfiado. Então
Louis puxou outro e colocou abaixo de Harry, prendendo seu membro e
suas bolas ali, o provocando mais ainda, sua bunda ficando empinadinha, a
entrada exposta sem precisar que suas mãos separasse as nádegas. O local
rosado totalmente melado com a porra de Louis. O mais velho constatou
que estava sendo muito safado ao querer usar sua porra como lubrificante,
mas foda-se, aquilo era sujo e excitante. Logo um dos seus dedos sendo
banhado pela goza, Louis o esfregando no lugar quente, se inclinando em
cima do corpo do garoto e sussurrando um ''shh'' no ouvido dele quando
penetrou a pontinha do seu dedo, enterrando ele aos poucos. Harry era tão
apertado que sentia isso em um misero dedo.

Foda-se se seu esperma estava entrando em Harry, depois ele lhe da um


remédio que evite que ele engravide.

Seu dedo foi se adaptando aos poucos, se tornando escorregadio ali. Tinha
certeza que o garoto se masturbava sempre com os dedos dentro de si, e
imaginar aquilo era tão excitante. Ele queria pedir para que Harry se
dedasse em sua frente, queria vê-lo se contorcendo de prazer por causa dele
mesmo, vê ele esfregando as coxas uma na outra enquanto estaria deitado
de lado com a bunda empinada e enfiando seus dedos descontrolados.
Rosnou só de pensar, começando a tirar e coloca-lo na entrada dele, vendo
ele fazer sons de satisfação contra o travesseiro.

Sua outra mão foi aos cabelos dele, não puxando mas sim fazendo uma
massagem boa ali.
- Olha pra mim, hum? - Sussurrou no ouvido dele, o ar quente arrepiando o
pescoço do mais novo, que mesmo envergonhado por estar tão exposto,
virou a cabeça de lado, na direção de Louis, ganhando um beijo na
bochecha, os tons rosas ali presentes dessa vez de amor. Louis cuidava dele
como se ele fosse uma princesa. Louis achava que ele era. Harry esticou
sua mão para pegar no pulso de Louis, fazendo ele retirar a mão de seu
cabelo e trazer para o lado dele. Harry segurou em seu pulso devagar, o
mantendo perto de si, essas pequenas coisinhas eram importantes para ele,
então Louis deixava 'porque faria tudo por Harry. - Geme pra mim!

E Harry gemeu, seus olhos fechados e apertados enquanto sentia o dedo de


Louis lento, a goza dele fazendo tudo ficar mais gostoso. Seus sons fez
Louis adicionar um segundo, indo bem devagar pra ele se acostumar, o que
não demorou muito porque era Louis, Harry confiava nele e se entregava
fácil, sem ficar tenso por muitos minutos. Os dedos escorregando pela sua
entrada que os apertava, a goza entrando e saindo dentro de si. Aquilo era
tão pornográfico, Harry se sentia tão quente com Louis, o mais velho
abrindo os dedos dentro dele, o alargando de uma forma dolorosa e gostosa,
Harry fincou suas unhas no pulso do mais velho, seus olhos expelindo água
pelos cantinhos, seus gemidos dengosos aparecendo e deixando o mais
velho louco.

- Eu estou te abrindo pra me ter, babe. Você quer isso? Quer eu entre dentro
de você? - Harry só conseguia gemer tendo aquela voz gostosa e melodiosa
de Louis bem no seu ouvido, sentia pelo tom como o mais velho o desejava,
e porra, desejava tanto ele também. Louis perguntar se eles iriam transar só
fez Harry querer mais ainda.

- Sim, p-por favor, eu, a-aaanh, Lou- Harry não conseguia nem terminar,
Louis começou a estoca-lo rápido, seus dedos indo fundo e massageando
sua próstata, fazendo o garoto gemer alto da forma que Louis queria, sua
bunda se impulsionando para trás para o mais velho meter com mais força,
e Louis metia, seus dedos se dobrando deliciosamente nas paredes quentes e
apertadas, a próstata sendo estimulada sem parar e o barulho melado da
entrada sendo alto, Harry estava molhando o travesseiro com suas mordidas
e olhos lacrimejados, a porra de Louis sendo estimulada para dentro,
deixando tudo escorregadio e gostoso. Louis só queria enfiar eu pau
naquela entradinha dilatada, que pulsava toda hora por mais, tão sensível
que estava vermelha, Harry gemendo como o bom garoto que é, alegrando
os ouvidos de Louis que estava duro feito pedra, queria rasgar Harry
devagar.

Harry levantou sua cabeça e apoiou as mãos no colchão, levantando seu


tronco e fechando os olhos, tombando a cabeça pra trás enquanto sentia
todo aquele prazer, quase de quatro se ele apoiasse os joelhos no colchão,
Louis parou seus dedos e deixou Harry se foder por conta própria,
alargando a própria entrada enquanto se destruía nos dedos de Louis, indo
rápido contra eles e olhando para trás tentando ver o quão ele era
pornográfico fazendo aquilo, os barulhos melados ficando mais fortes, era
sujo a forma como sua entrada se estalava por conta da porra de Louis, mas
era tão bom de ouvir, estavam deixando os dois loucos. Harry esfregando
seu pau e suas bolas no travesseiro, o deixando molhado pelo tanto de pre
gozo que soltava. Seu ponto magico sendo judiado e ele só conseguia gemer
como uma vadia.

- Você deveria ver como está tão lindo assim, Haz. Como você é o próprio
pecado. Tão educadinho e autoconfiante, mas agora sendo escandaloso por
causa dos meus dedos, hum? Cade sua etiqueta?

Harry olhou para Louis e mordeu os próprio lábios, gemendo pra ele,
enquanto olhava diretamente para ele, e fazendo a porra de um biquinho
dengoso toda vez que os dedos iam fundos.

- V-Vem, Lou. Por favor, f-faça amor comigo.

Harry corou pela forma que falou, era pra ter dito sexo, transar, foder. Mas
não fazer amor.

Ele travou na hora, parando de usar os dedos do mais velho e ficando


totalmente sem jeito. Temendo ter estragado o clima.

Mas Louis conhecia Harry perfeitamente, sabia que ele poderia dar de
quatro ou de ponta cabeça, não importa, seria amor pra ele de qualquer
forma. Porque estaria fazer isso com uma pessoa que confia, tendo toques
íntimos. E só de pensar que só ele esteve dentro do garoto o fazia ficar
possessivo, querer ama-lo naquela noite, beijar seu corpo e fazer amor com
ele quantas vezes ele quisesse.

Tirou o garoto daquela posição, o pegando com cuidado quando o pôs


deitado com as costas colchão, deitando em cima dele, entre suas coxas
roliças, seus membros prensados um no outro de uma forma gostosa, mas
eles não ousaram gemer ainda, porque Louis estava docemente distribuindo
beijos pelo pescoço de Harry, e então peito, maxilar, rosto, lábios, tudo que
conseguia visualizar. E os braços do mais novo estavam delicadamente o
abraçando. O mantendo ali, quente, confortável, como tinha que ser.

E Louis queria entrar nele naturalmente enquanto se beijavam ou beijava


todo seu corpo pra demonstrar o quão ele era lindo e importante.

Mas não tinha nada ali. Aquele era o quarto de Harry e duvidava que ele
tinha coisas como lubrificante e camisinha. Pelo menos não para a viagem.

- Eu preciso ir no meu quarto... - Disse baixinho, seus lábios nos de Harry,


um beijo calmo e bom demais. O garoto na mesma hora resmungou como
um bebê, negando rapidamente e Louis sorriu com aquilo. Aquele
mimadinho lindo. - Eu preciso pegar o que vamos precisar. - O garoto
continuou negando, querendo só atenção e que o mais velho não saísse dali.
O beijando mais forte para ele não sair.

Louis estava sendo tentado a entrar nele mesmo que não tenha nada ali,
Harry o prendia com suas longas pernas, sendo mimado e carente. O mais
velho tentou encerrar os beijos, dando um último selinho nele e ameaçando
levantar, o mais novo afrouxou o aperto mas quando Louis ia sair, o
prendeu de novo e negou. Tava tão bom os dois ali. Não queria que ele
fosse e toda aquela nuvem bonita acima deles fosse embora. Fez um
biquinho inconsciente, Deus, Louis queria beijar o coração daquele garoto
se fosse possível.

- Eu não vou demorar. Dois minutos no máximo, prometo. - Louis garantiu.


Ainda falando bem baixinho. Era como se ambos fizessem barulho demais
aquele clima iria ir embora.
- Não precisa ir... - O mais novo disse no mesmo tom. Sua mão passeando
pela barba do mais velho, brincando ali no seu próprio mundinho tentando
que ela o distrai-se do seu nervosismo.

- Você tem camisinha e lubrificante? - Perguntou e Harry negou com a


cabeça. Sua mão ainda na barba dele fazendo um carinho, Louis notou o
quanto ele estava nervoso e virou seu rosto pra palma da mão dele,
deixando um beijo doce ali que fez ele sorrir.

- Eu meio que já estou, tipo... molhado. - Harry lembrou, já que Louis havia
gozado em sua bunda e o alargado com seu esperma. O mais novo disse
aquilo envergonhado, seus dedos brincando com a tatuagem "78" que Louis
tinha no peitoral, só pra não olha-lo e então mordeu ali, fingindo que só
estava o estimulando pra Louis não notar que aquilo era uma desculpa para
ele esconder o rosto, mas Louis notou. Aquele garoto era tão lindo, e Louis
não estava pensando isso pela sua estética por fora. Harry era lindo por
dentro, mesmo que tivesse seus defeitos, mas era.

Harry tinha razão. Louis já havia usado seu esperma como lubrificante,
Harry ainda estava molhado com ele, então não era um problema. E já teria
que lembrá-lo de tomar o remédio no dia seguinte de qualquer forma,
porque mesmo que se usasse camisinha, enfiou seus dedos molhados nele.

Ele não queria sair dali também, tava tão gostoso esfregar seu pau
lentamente no do mais novo e ver a carinha de prazer dele contida naqueles
beijos bons.

Sua glande molhada começou a massagear a entradinha pulsante. Sentiu a


respiração do mais novo ficar mais forte, e ele lhe olhar como se fosse seu
mundo. Ele tremia e mordia os lábios.

Ele era apaixonante.

- Você é uma princesa. - Louis disse, 3 Harry arregalou os olhos.

- O-O que?
- Uma princesinha, tão linda... - Elogiou. Como o chamava quando eram
pequenos e Harry sempre havia gostado. O mais novo ficou radiante, dando
aquele sorriso lindo cheio de covinhas. - Isso te faz feliz? - Perguntou
mesmo sabendo a resposta e Harry assentiu instantaneamente. O mais velho
só queria vê-lo feliz. Dando um beijo na bochecha dele, logo após,
eventualmente, seu membro entrando devagar.

Harry tinha lágrimas grossas caindo pelo seus olhos, não sabendo se era de
dor por Louis ser tão grosso ou por ele ter o chamado de princesa. Talvez
fosse os dois. Só sentindo seu coração quentinho demais.

Sua entrada fazia um esforço para aguenta-lo, mas era tão difícil e doloroso.
Louis ia beijando suas lágrimas e parando no caminho. Harry tentava ficar
quietinho, mas arqueou as costas longamente quando Louis conseguiu
entrar completamente, sentindo todo o pau dele pulsando dentro de si.
Agarrou os lençóis e Louis teve que prender sua cintura no colchão quando
gritou.

Porra, doía em Louis também. Harry era pequeno demais, aquilo fazia o pau
de Louis arder. Era como se tivesse tirando a virgindade dele de novo. Ele
teve que sair de dentro do garoto, olhando para baixo e vendo como seu pau
tinha ficado vermelho e sensível. E a entrada de Harry dilatada logo se
fechando de novo e pulsando. Louis levou alguns segundos pra voltar.
Gemendo doloroso quando Harry o engoliu. Sentiu o mais novo lhe abraçar
forte e grudar em si como um coala. As pernas dele tremiam ao redor do
seu corpo. E seu ombro ia sendo molhado pelas lágrimas dele. Louis sentia
suas próprias lágrimas no canto de seus olhos, porque aquilo era apertado
demais. Mas mesmo assim tão bom. Se movimentou devagar, tirando tudo
enquanto sentia a entrada dele o acompanhar, e então empurrando para
dentro dela, sendo afogado naquele mar de prazer.

Quando seu membro já estava encharcado com sua própria goza, foi
estocando o garoto, bem devagar, lento demais para não machuca-lo. Harry
chorava dolorido em seu pescoço mas não o mandava parar, arranhando sua
costas e deixando marcas ali. O garoto também sentia prazer porque era
Louis, e por estarem tão próximos um do outro seu membro estava preso
entre as barrigas, sedo estimulado devagar.
Louis saía com uma calma que ele não sabia que tinha pois sua vontade era
ir rápido demais contra Harry. Seu pau saía e ficava preso só a glande, e
entrava em Harry com a entrada dele dilatando. Era tão gostoso. Harry
estava sendo rasgado de uma forma deliciosa e seus corações batiam juntos
e frenéticos, os peitos juntos. O mais novo gemia dolorido mas no final
sempre terminando com um som prazeroso.

Era tão difícil fode-lo, tão difícil se movimentar, e era tão gostoso ao
mesmo tempo. Louis estava pulsando. Seus mamilos roçando nos de Harry
fazendo o garoto gemer manhoso. Ele parou de lhe abraçar com as pernas e
as soltou de seu quadril, deixando elas deliciosamente abertas e estendidas
no ar, de um jeito tão pornográfico que fez Louis rosnar.

Sendo mais fácil de estoca-lo, aqueles mamilos inchados lhe arranhando. A


vontade de encher aquela entradinha fazia sua mente ficar nublada. Era tão
bom ficar assim com Harry, agarrado com ele enquanto seus corpos se
fodem sem pressa. Eles estavam hipnotizados, as vezes ambos fazendo
caras de dor, mas logo vinha o prazer. Louis alisando os cachos do mais
novo e fazendo vários "shh" toda vez que era doloroso para ele. E então o
garoto voltava gemendo entregue.

- Sua bunda é tão gostosa, babe. Eu quero gozar nela só pra conseguir te
foder mais rápido, hum? E você pode vir pra mim, princesa? Eu prometo te
comer direitinho depois disso.

O mais novo gemeu alto. Louis estava sendo tão sujo. Ele amava isso. Sua
mente estava ficando preta, preso no seu mundinho de prazer, seus olhos
fechados e um sorriso prazeroso quando assentiu desesperado. Se Louis
tava pedindo, então ele viria. Viria pra eles fazerem tudo de novo.

Seus mamilos estavam tão gostosos nos de Louis, seu membro sensível
entre a barriga deles sendo estimulado. Sua entrada sendo fodida por ele,
mesmo doendo era tão bom todo aquele aperto. Louis estava tão sensível
também, gemendo manhoso toda vez que a entrada de Harry o apertava, era
tão difícil pra ele conseguir se controlar. Tão difícil conseguir o foder
devidamente. Harry veio em um grito mudo quando Louis dolorosamente
massageou sua próstata com seu pau grosso, Harry tremeu as pernas no ar,
os olhos revirando dentro das pálpebras. Louis sentindo sua glande explodir
dentro daquele cuzinho apertado, gozando dentro. Mesmo seu pau estando
dentro dele, os espirros de porra caindo também pra fora, sujando Harry
mais ainda. O deixando cheio, transbordando.

Louis não parou.

Ele literalmente não parou mesmo gozando.

Ele podia chorar por estar tão sensível mas continuou metendo em Harry.
Seu pau vermelho e ele tendo que fazer um esforço porque aquilo doía.
Harry gemendo por Louis não ter parado, as pernas bambas, suas barrigas
escorregadias por conta da goza. Sua entrada expelindo porra enquanto
Louis o fodia devagar pra não machucar a si próprio. Os olhos dele
encheram de lágrimas, tão sensível quanto Harry. Seus gemidos saindo mais
agudos por isso e o mais novo mordendo os lençóis e os puxando para si.
Eles eram uma bagunça linda. Quando Harry tirou a cabeça do ombro do
mais velho e lhe olhou manhoso, Louis sentia seu pau quente novamente,
parando um segundo apenas pra alcançar os lábios do mais novo e o atacar
com um beijo feroz. Um braço pegando uma das coxas de Harry e a
dobrando, fazendo ele ficar mais aberto. Desinclinando dele para ver sua
entrada vermelha e sensível. Perguntou pra Harry com seu olhar como se
perguntasse se ele aguenta, e como resposta, teve as mãos dele passando
pelo seu abdominal hipnotizado enquanto mordia os lábios em tesão. Louis
fodendo mais rápido.

- Ah, Loooueh! Tão bom, n-não para. A-annnn n-não p-para.

Harry estava tão exposto. Todo aberto para ele, seu corpo queimando de
vergonha, segurando e mordendo os lençóis. Louis fodendo sua próstata e a
massageando de um jeito mais rápido. Tudo mais escorregadio e gostoso.

Seu pau estava encharcado e vermelho demais, não conseguia nem toca-lo
pois acha que choraria se o fizesse. Ele já queria chorar por tá sentindo
prazer pela quarta vez. Era um prazer doloroso. Ele se sentia sufocado.
Queria gritar.

Louis olhou seu pau sair daquela entradinha pequena, logo em seguida
jorrando porra pra fora, era a cena mais excitante que já viu, sua glande ali
recolhendo o esperma e levando novamente para dentro.

Louis pegou na outra coxa de Harry também e dobrou as duas, ficando de


joelhos e deixando Harry o mais aberto possível.

As bolas dele estavam cheias e inchadas, mesmo tendo gozado três vezes,
nunca se saciando. Louis retirou a mão da coxa dele rapidamente só pra
massagear aquela protuberância grande, gemendo só por telas em sua mão.
Era gostoso sentir ele. Harry chorava como o safado que era. Louis dando
tapinhas fracos nelas. O pau do garoto tão rosinha e sensível. Harry chorou
quando Louis o tocou, e gemeu chorando, a voz trêmula quando Louis o
provocou na glande, ela mais sensível ainda. O garoto parecendo que estava
em outro mundo, tão em êxtase que parecia que havia injetado alguma
droga, mas era apenas prazer demais. Sensibilidade demais.

- A-Ain, L-Lou... - Harry choramingou. Louis parando porque ele era


sensível demais. Harry estava se sentindo sufocado, em outro mundo. Ele
não estava aguentando tanto prazer.

Louis deu um pouquinho de descanso pra ele quando sorriu safado e saiu de
dentro dele, o mantendo aberto enquanto ia com sua boca até o pau dele, o
engolindo só pra ter a porra de antes de Harry em sua língua. Harry gritou
com aquilo, Louis quase o pôs de quatro e o comeu forte quando o garoto
falou chorando que Louis era gostoso. Os lábios do mais velho logo em
seguida nas bolas cheias, as lambendo e chupando enquanto olhava para
Harry que tinha os dedos na boca pra evitar os gritos. Os lençóis por metade
no corpo dele de tanto que ele puxava, a cama molhada com seu choro.

- Tão cheio, Haz. - Gemeu enquanto lambia suas bolas. - Quer gozar de
novo? - Harry tentava esconder o rosto, sendo tão bonito e delicado como
da última vez, assentindo devagar. - Tão safado, mas você vai gozar dando
pra mim, babe. Vai gozar comigo te rasgando. Você quer isso?

- Q-Quero. D-Deus, sim! Faz o que quiser. Acaba comigo, p-por favor. -
Harry era uma princesa bem putinha.

Vendo que Harry estava mais calmo, parecendo aguentar mais, o mais velho
voltou a deixa-lo totalmente aberto. Arreganhando suas pernas e entrando
no meio delas. Dobrando suas coxas e deixando aquela bunda pro alto, sua
entrada pulsante o chamando.

Louis voltou a comer Harry, só que dessa vez mais rápido. Fazendo o
garoto perder o fôlego e ficar desesperado. O mais velho não se esquecendo
de beija-lo e lembrar o quão lindo ou perfeito Harry era.

Pois fazia amor com seu corpo, enquanto fodia sua entrada.

Louis gemia alto também. Estar dentro do mais novo era tão bom. Seu pau
se descontrolava naquele corpo perfeito. Seu pau pulsava pra enchê-lo mais
ainda.

Louis queria deixar Harry alargado e transbordando de porra.

Louis já não conseguia controlar seus palavrões sujos, suas palavras


pesadas e suas palmadas naquelas coxas gostosas, deixando-as mais
vermelhas, fazendo o garoto chorar mais.

- Chora, princesa, chora pra mim. - Harry largou os lençóis de lado e


segurou no pescoço de Louis falando "mete" várias vezes, sendo uma
princesa safada. - Seu cuzinho é tão quente, babe, eu quero te rasgar
todinho.

Louis queria colocar aquele garoto nas posições mais difíceis possíveis,
queria estoca-lo com toda sua força. Mas ele era tão apertadinho ainda. No
momento se contentando em aumentar a velocidade e sentir como se tivesse
rasgando ele. A cama fazendo barulhos altos e estridentes, batendo na
parede e fazendo eco.

Louis dobrou mais ainda o corpo dele, deixando a bunda dele mais pro alto
e acertando a próstata dele em um ângulo que fazia o garoto não esconder
mais os gritos. Louis sempre retirando seu pau todo e voltando a estoca-lo,
fazendo Harry sentir cada milímetro dele.

- Grita pra mim, Haz, grita o quanto você gosta de ser comido por mim. O
quanto você gosta de fazer amor, babe.
E Harry gritava desesperado. O eco dos seus gemidos sendo distribuídos
por toda casa. Ele iria desmaiar de tesão.

- Seu pau é tão b-bom, Louis. Isso é t-tao dolorido, mas tão gostoso. A-Ah,
não p-para, por favor.

- É-É? - Louis gaguejou, gemendo alto junto a Harry, o garoto assentindo


enquanto fechava os olhos e sorria embriagado de prazer.

O pau de Louis estava coberto com o líquido branco, totalmente encharcado


enquanto Harry vazava tanto. Sua bunda melada e sua entrada encharcada.
O pau de Louis entrava com mais força fazendo o garoto chorar de uma
maneira linda. Harry chorava e Louis só tinha vontade de acabar com ele.
Seu pau fodendo a entrada molhada fazia um barulho alto. Os barulhos
molhados do seu cuzinho sendo a perdição do mais velho. Gozando mais
ainda nele, fazendo o garoto vir na mesma hora com isso. Os olhos
revirando e ele suando. Gritando enquanto chegava pra trás em desespero e
Louis o abraçava pra mantê-lo no lugar, a entrada dele se tornando
escorregadia demais, aberta demais e fazendo o pau de Louis saltar pra fora,
o mais velho ainda desesperado pelo prazer, Harry também por estar
gozando, balançando sua bunda no ar enquanto gritava, querendo o pau de
Louis de volta e o mais velho meteu de novo nele, fodendo aquela entrada
alargada mais rápido do que foi a noite toda, gemendo no ouvido de Harry e
acabando com o garoto. Fodendo a próstata dele de maneira rápida e bruta.
Harry parando de gritar quando perdeu suas forças, seu corpo ficando fraco
e seus lábios aberto em prazer, os olhos revirados e a bunda balançando no
pau de Louis, tremendo e transbordando, espirrando porra de Louis de lá.

Quando eles acabaram, eles estavam suados e com os corpos doloridos.


Harry estava se contorcendo no colchão de tão sensível, Louis tendo que se
manter abraçado a ele e enchê-lo de beijos para se acalmar da sensação
forte.

- Olha pra mim, Haz. - Louis pediu, mordendo os lábios fortemente quando
seu membro saiu de dentro do garoto, na mesma hora a entrada dele
entornando tudo que havia engolido com tanta vontade.
O mais novo mal conseguia abrir os olhos, o baque daquele orgasmo sendo
forte demais. Seu coração desesperado.

Harry olhou fracamente pra ele antes de seu peito começar a mexer rápido
em antecipação do choro que ia vim. Começando a soluçar.

- A-Aaaaah, Lou, L-Looou... - Harry chorou enquanto soluçava e seu pau


voltava a liberar goza, alguns jatos com o líquido clarinho espirrando no
pau de Louis. Harry tendo um orgasmo múltiplo e gritando com aquilo.

Louis queria gravar aquela cena, o mais novo estava quase desmaiando.

Beijou todo o rosto dele e o pôs em seus braços, o abraçando e cuidando


dele pra ele se acalmar. Tão orgulhoso dele e de como ele era lindo, tentava
demonstrar isso.

- Shh, tudo bem. Você foi ótimo, Harry. Tão bom pra mim. Tão perfeito.

E Harry queria que aquela noite não acabasse.


10.2 these feelings break me and
confuse me

N: OOOOOOOOOOOOOOOOOI

Gente, eu preciso urgentemente rever o que eu falo kkkkkkk eu disse


que ia att domingo mas esqueci que domingo era dia 23, véspera da
véspera do natal e que eu estaria ocupada até o Natal. Então aqui estou
eu atrasada.

Primeiramente, Feliz Natal atrasadinho meus amores. Espero que


vocês tenham tido um Natal ótimo, e que nosso Louis um aniversário
maravilhoso.

Aqui está a parte 2. Esse capitulo não é tão grande como o usual, eu
diria que médio. Mas o capitulo 11 ta grande. Então boa leitura, me
perdoem pelos erros e até a próxima att.

______________________________________

Harry sentia seu corpo dolorido, como se tivesse caído de algum lugar. Seus
braços e pernas estavam levemente dolorosos, suas nádegas ardendo um
pouco mas sua dor maior sendo direcionada em um lugar especial. Seus
olhos se abriram, seus cabelos cobrindo a metade do seu rosto e sua visão
sendo preenchida pela janela de madeira do quarto, aberta deixando a luz do
dia entrar, não havia raios de sol porque Harry conseguia ver os pingos de
chuva caindo. Haviam passarinhos cantando, o que constatava ser de manhã
ainda.
Ficou alguns segundos encarando a janela até morder os lábios por ter
certeza que não tinha sido um sonho. E que bom que não foi.

Olhou para seu corpo, estando ainda pelado e o lençol cobrindo apenas a
cintura para baixo. O vento entrou forte através da janela aberta, batendo
contra seu peito, eriçando seus mamilos, ele virou o rosto para resmungar
contra o travesseiro, ainda parecia sensível demais. Arrastou seu rosto ali
até estar de bruços, e então virar seu corpo para o outro lado, praticamente
todo seu rosto escondido pelo travesseiro e cachos. Doendo ao se mexer, fez
um biquinho com aquilo. Um dos olhos verdes livre e olhando a cama vazia
ao seu lado.

Havia uma bagunça dos lençóis ali, a cama toda estava uma bagunça pelo
que fizeram ontem. O braço de Harry se arrastou pelo lençol, eles ainda
quentes naquele lado, como se não fizesse tanto tempo que Louis havia se
levantado e ido embora. Ele havia dormido com Harry de novo, igual da
primeira vez. Mas dessa vez não acordaram assustados, com ressaca,
gritando um com outro e mandando um ao outro esquecerem daquilo. Bom,
a parte da briga, ou, no minimo conversa sobre esquecer o que aconteceu,
eles ainda teriam, ou talvez não, talvez apenas fingiriam que nada
aconteceu, sem precisar entrar em detalhes constrangedores, sem precisar
impor que ainda se odeiam. Não é como se tivessem esquecido daquilo, eles
podiam agir com indiferença ao invés de ter aquela conversa. Harry meio
que não queria te-la, porque ele estava puxando os lençóis para si e
enfiando seu nariz ali, fungando o cheiro de perfume de Louis.

Se sentou na cama e olhou para o quarto, o casaco de Louis ainda ali no


chão, a boxer de Harry jogada em algum cantinho também. O cacheado
retirou o pano de cima de si, lembrando que das vezes que acordou nos
ultimas dias ali, sempre reclamava sozinho sobre os lençóis serem horríveis,
e que deveria ter trago os seus de seda, mas dessa vez nem conseguindo
adicionar uma nota mental sobre isso. Ele apenas levantou devagar,
andando lentamente até o espelho que tinha no quarto, olhando seu corpo
nu. Algumas marcas rosas estavam em seu pescoço onde seus dedos finos
tocaram e desceram para seus mamilos que foram tão mordidos que ainda
estavam vermelhos demais, quase como sangue. E então as gordurinhas de
sua cintura que tanto odiava, mas que haviam marcas ali que demonstrava
que Louis gostava. Virou de costas, olhando seu bumbum com algumas
marquinhas. Harry nem percebeu quando sorriu e dei uma voltinha até cair
de bruços na cama.

Mas saiu do seu mundinho quando seus cabelos encostaram em goza seca
dos lençói.

— Ew! Que nojo! — Passou a mão pelos seus cachos, se levantando


novamente.

Ele tinha um turbilhão de sentimentos dentro de si que ele precisava


urgentemente por em ordem. Ele precisava pensar em inúmeras coisas e
talvez surtar por algumas, mas no momento ele só queria tomar um banho
que o fizesse relaxar e pensar melhor em cada um dos seus atos.

Porque ainda sentir Louis ali não o fazia ter um pouquinho de sensatez.
Harry ainda estava hipnotizado.

Harry pegou sua toalha e se enrolou nela, cobrindo seus mamilos também,
assim como pegou suas roupas e abriu a porta devagar, olhando para o
corredor e checando se havia alguém ali. Olhou para porta a sua frente, a
porta do quarto de Louis, suspirou e saiu do seu quarto, andando rápido pro
banheiro porque não queria ser pego enrolado só em uma toalha enquanto
sua pele estava marcada. Não queria ser pego ainda mais por Louis.
Imagina que vergonha vê-lo naquele momento. Harry precisava de um
banho gelado para por seus pensamentos em ordem e se comportar como
sempre se comportou, com sensatez.

Seu banho durou cerca de uns 30 minutos, fez questão de lavar cada
pedacinho de sua pele, como se aquilo fosse um passo para esquecer tudo
que havia acontecido e agir normalmente como se não fosse importante.
Aquilo não poderia ter sido importante.

No entanto, ao sair do banho, sentiu que era o Harry que sempre foi. Com a
bunda doendo para caramba, mas mesmo assim Harry Styles. Que
precisava urgentemente de uma pomada.
Era ainda de manhã, havia checado as horas em seu celular e não era nem
8:00. Os outros deveriam estar desleixados com seus pijamas compostos
por calças moletons e blusas de bandas desbotadas e furadas. Niall e
Gemma talvez os únicos a estarem com pijamas de seda, no entanto, ainda
pijamas. Mas Harry já estava vestido gloriosamente. Estava com uma calça
florida da Gucci, que fazia parte de um conjunto de terno, mas ele apenas
vestia a calça, deixando o blazer de lado, seu tronco vestindo uma blusa
básica preta de mangas e de algodão que estava por baixo da calça, já que
ela era de cintura alta. Sua correntinha de ouro que tem desde bebê
aparecendo entre o preto, seus pés calçavam milagrosamente tênis
totalmente brancos ao invés de botas. Mas apenas porque ele ainda estava
dentro da casa, não havia necessidade de gastar suas amadas botas ali. Seu
perfume estava forte e seus cachos quase secos, mas ainda sim úmidos.
Teve que passar um pouco de maquiagem em algumas manchas onde as
roupas não escondia. E ele parecia mais lindo que o comum. Se o sol não
estava aparecendo naquela manhã por conta da chuva, era porque ele era o
próprio Harry escondido naquele quarto.

Mas seu brilho estava prestes de acabar.

Harry abriu a porta do quarto para sair e tomar café, que ele jura que seu
humor estava tão estranhamente bom que não reclamaria de nada na mesa
dessa vez.

— Bom dia. — O mais novo levou um susto quando ouviu a voz no


corredor, olhou para trás para ver que era Stanley. Com um sorriso estranho
demais, assim como seu bom dia soou.

— Bom dia. — O cacheado respondeu neutro. Ele normalmente respondia


amargo, porque passou a maioria dos dias emburrando e reclamando de
tudo.

— Então a noite foi boa mesmo pra estar me respondendo sem me fuzilar
pelos olhos? — Stanley cruzou os braços se aproximando e dando uma
risadinha interessado no que Harry ia falar, havia insinuação em sua voz.

— Perdão?
— Ele é bom, não é?

Harry vacilou, seus olhos desviando, tudo saindo insinuativo e Harry não
sabendo o que falar. Mas esperava que aquilo não fosse o que parecia ser.
Então agiu de forma desentendia.

— Perdão? — Perguntou de novo, e em seguida bufou, passando os dedos


pelo seus fios de cabelo, trocando eles de lugar, tentando não demonstrar
nervosismo quando começou a andar, mas Stanley voltou a falar.

— Você e Louis, oras. Transaram. Eu realmente não me surpreendo. Eu


enxergava a tensão de vocês dois, acho que isso uma hora ia acabar
acontecendo. Ele não deixa passar ninguém mesmo... — Riu divertido. Ele
não estava provocando Harry, apenas comentando porque achava aquela
situação engraçada. — Ele é realmente bom, não é?

Em algum momento Harry parou de escutar Stanley, mesmo sabendo que


ele continuou tagarelando.

Harry não podia acreditar naquilo. Só havia ele e Louis na casa, os outros
estavam no racha, se Stanley sabe é porque Louis contou. Um sentimento
estranho subiu pelo corpo de Harry, ele estava com raiva. Não fazia nem 24
horas que eles haviam transado e Louis já havia contado para os outros?
Como se ele fosse um troféu? E logo para Stanley que era um dos que ele
fica usa sempre? Stanley falava de uma forma como se fosse divertido tudo
aquilo. Como se ele e Harry seriam amiguinhos de foda do Louis, que
porra!

— Você quer calar a boca por um instante? — Harry mandou. Stanley na


mesma hora ficando quieto sem entender a raiva do mais novo.

Estava se sentindo usado. É obvio que aquele troglodita iria sair por aí se
gabando daquilo.

— Como você sabe? — Perguntou depois de um tempo, cauteloso e baixo.

— Como eu não iria saber? — Aquela resposta foi o suficiente para Harry.
Porque era óbvio que Louis contaria para ele, em seguida para Samile, que
também era sua ficante. É óbvio que Louis se gloriaria daquilo. Porque
Harry era só uma foda como todos os outros.

Harry assentiu transtornado.

— Enfim. E aí? Como foi? — Stanley continuava sorridente e Harry o


achava um idiota. Qual era o problema dele? Esse garoto não tinha noção?

A verdade é que Stanley não tinha. Ele era super sociável e levava as coisas
muito levemente. Ele não se importava de Louis transar com outras pessoas,
porque era só seu amigo e não sentia nada alem de amizade e tesão por ele.
Até comentava coisas intimas com Samile. Então ele estava ali, agindo
como se pudesse comentar com Harry também.

Mas Harry era diferente.

— Você está maluco ou o que? Acha que vou sentar contigo e detalhar algo
intimo com você, e depois esperar você contar das suas experiencias com
ele até ficarmos comparando situações? — Harry tinha uma expressão de
desgosto.

— E qual é o problema?

— Deus! — Harry levou as mãos na cabeça, não acreditando que estava


passando por aquela situação constrangedora. — Eu não sou vocês! —
Enfatizou. — Escuta. Isso com Louis foi um erro, eu não estava pensando
direito e me entreguei no momento. Obviamente eu não deveria ter feito
isso... — Harry comentou, a cada segundo se arrependendo de tudo mais
ainda. Ele sentia um nó se formando em sua garganta. — Ele não é tão bom
assim... se você acha que é, okay, guarde para você. Eu não irei ter
conversas deselegantes sobre momentos íntimos. Se você quer saber, eu
nem me lembro direito do que aconteceu na noite passada. Foi um erro
nojento.

— Não foi o que pareceu... — Stanley concordou com Harry, mas no final
soltando essa frase baixinha que o mais novo escutou.

Louis havia dado detalhes?


Harry queria sumir, mas antes, pegar Louis pelos cabelos e puxa-los até
afetar sua mente e ele entender o quão idiota foi. E o quanto magoou Harry.

O mais novo sentia o nó em sua garganta crescer, seus olhos lacrimejando,


mas ele não daria esse gostinho para ninguém ali.

— Alguém mais sabe?

— Não sei... acho que só eu.

Então Stanley era o favorito de Louis? Harry riu sem vontade.

— Não conte isso para ninguém. Você está proibido de comentar isso com
qualquer outra pessoa, entendeu? — Harry transbordava raiva novamente,
ele queria pisar em todos daquela casa que não fossem seu amigo e irmã.

— Se você não quer, tudo bem, mas eu não entendo porque tanta — Foi
interrompido, Harry estava voltando para seu quarto mas olhou paro o
garoto como se ele fosse Louis, com todo o ódio crescendo dentro de si.

— Não conte! — Repetiu com enfase, elevando sua voz e sendo o Harry
que todos conhece quando quer pisar em alguém, porque naquele momento
ele queria, sua arrogância se sobressaindo. — Ou eu juro que eu acabo com
o resto da sua dignidade.

O mais novo não esperou a resposta de Stanley, batendo a porta do quarto


com força, sua mão sobre sua garganta que tremia querendo fazer ele
chorar. Mas ele se segurou. Porque não iria derrubar uma lagrima sequer
para aquele idiota do Louis. Lembrando de tudo que ele falou, sobre Harry
ser diferente dos outros, falando que não estava o usando, o beijando e o
tocando como se ele fosse importante, o enchendo de elogios que fez Harry
acreditar. Mas no final, nada era verdade. Louis só estava ali pelo sexo, e
Harry nem deveria se importar porque eles iriam esquecer daquilo. Mas
aquela sensação de realmente ter sido só sexo, de ter sido apenas usado, era
desagradável, fazia ele ter vontade de chorar. E ele não queria chorar por
Louis.
Passou aquela merda de viagem toda sendo vulnerável a cada minimo
detalhe que o mais velho fez, se preocupando com o que ele estava
pensando de si, se ele o desejava ou não, por Deus, o provocou usando
shorts curtos, passando só de toalha no quarto dele, dançando para ele. Isso
tudo porque não suportava a ideia dele olhar para todos ali, até para Niall,
mas não olha-lo.

Ele estava sentindo raiva. Raiva de si mesmo, porque, como seu coração
doía com aquilo? É óbvio que foi só sexo. Eram Harry e Louis. Louis que
era um grosso que odiava seu jeito mimado e parou de ser seu amigo
justamente por isso. Harry que era mimado demais pra ir atras de Louis e
pedir desculpas uma vez na vida. Eram eles, os que implicavam com cada
minimo detalhe um do outro, que quebravam carros e motos para se
atingirem, que se xingavam quando tinham oportunidade e que evitavam
ficar no mesmo lugar por muito tempo. Óbvio que era só sexo.

Para Harry também era, não?

Mas Louis não tinha o direito de achar Harry como qualquer outro ali. De
sair se vangloriando. Ora, Harry era muito mais.

Harry queria ir embora e nunca mais se misturar com aquela gentinha. Mas
faltava uma semana para ele voltar para casa, e continuaria ali, porque ele
não iria abaixar a cabeça para Louis. Iria transformar aquela porcaria de
viagem em um pesadelo para aquele gentinha. Enquanto se lembraria de
nunca mais o desejo —apenas o desejo— falar mais alto e se rebaixar ao
nível do filhinho de empregada.

Harry faria questão de fazer Louis lembrar quem ele era e como ele poderia
tornar a vida de cada um ali em um inferno.

Pegou seu celular e colocou no bolso, saindo do seu quarto e descendo as


escadas com tanta raiva que até mesmo esqueceu da dor que estava sentindo
em certos lugares. Quando caminhou até a cozinha, viu que todos estavam
na mesa, até Stanley, este quando o viu sussurrou para Bebe baixinho um
''ele acordou estressado'' para o mais novo não escutar. Harry se sentou ao
lado de sua irmã, não olhando para ninguém e apenas pegou a garrafa de
café e puxou uma caneca limpa e vazia que estava ali, se servindo.
— Bom dia, alteza. — Samile brincou, mas ela não sabia que Harry estava
ácido demais depois da conversa com Stanley, então a olhou com seus olhos
pegando fogo, não a respondendo.

Mas em seguida olhando para sua irmã e amigo.

— Bom dia Gemma e Niall. — Harry disse apenas para os dois, o que fez
os outros estranharem já que mesmo ele tendo suas implicâncias, costumava
ser educado. Ele poderia destilar seu veneno, mas sempre com um bom dia,
boa tarde ou boa noite antes.

Gemma franziu o cenho, passando os dedos nos cachos do irmão e dando


um beijo em sua bochecha em seguida, perguntando baixinho como ele
havia dormido. Harry a analisou por algum instante, temendo que ela
soubesse dele e de Louis também, mas não havia malicia em sua pergunta
como havia nas anteriores de Stanley.

— Dormi com algo me incomodando. Como se eu tivesse sido abraçado


por uma pedra, ou, quem sabe, um fantasma idiota. Mas logo em seguida
parece que não havia mais nada me incomodando. Ainda bem. Detestaria
acordar com algo nojento do meu lado.

Harry disse relativamente alto, embora olhasse apenas para sua irmã. A
loira não entendeu muito bem do que Harry estava falando, mas sua voz
atingiram os ouvidos desejados.

Louis notou Harry desda hora que ele entrou ali, todo bonito e elegante
como sempre, o cheiro do perfume forte, mas ele não estava mais radiante
como a noite passada. E depois do que disse para Gemma, sabia que o
problema era ele. E tudo bem, sabia que Harry começaria a agir estranho e
talvez surtar até eles esquecerem o que aconteceu e aquele clima pós foda ir
embora. Mas confessa que sentiu algo estranho quando Harry falou daquela
forma. Mas desviou o olhar e voltou a agir normalmente, olhando para
Zayn e Bebe que falavam com ele, sorrindo mesmo que não prestasse
atenção mais na conversa. Era estranho depois de tudo que aconteceu ontem
agir com indiferença, Louis agiu desdo momento que levantou na
madrugada e deixou Harry sozinho. Mas precisava. Não era algo que era
pra ser difícil. Mas estava sendo.
Não deveria se importar com Harry lhe achando indiretamente de nojento.

Não iria se importar.

— O que vamos fazer hoje? — Bebe perguntou para todos enquanto mordia
um pedaço de pão que Samile havia feito. — Ouvi dizer que perto da rua do
racha de ontem, tem uns lugares para grafitar, umas ruas abandonadas e uns
galpões vazios. — ela comentou com Louis, o mais velho arqueou as
sobrancelhas interessado, ele adorava grafitar sem ser por dinheiro também,
mas sim por hobbie, mas antes que respondesse, aquela voz acida se fez
presente.

— Então vocês saem por aí vandalizando lugares que não são permitidos só
porque estão abandonados? — Ele perguntou com um sorrisinho sacana nos
lábios. Olhando para cada um deles ali.

— Não é vandalismo. E não é proibido se o lugar não tem dono. — Bebe


respondeu tranquilamente.

— Continua me soando como vandalismo. — Harry respondeu calmo,


girando um dos anéis que estava em seu dedo.

— Seria, caso fizéssemos isso em alguma propriedade com dono sem a


permissão dele. Caso não seja isso, então é grafite. — Bebe continuou a
responder sem nenhuma alteração em sua voz. A garota apenas achava que
Harry não entendia do assunto. Não via maldade em suas palavras, o que
ela estava totalmente errada, o garoto estava sendo maldoso. Ele queria
realmente atingir alguém ali.

— É Arte também. — Zayn completou, logo em seguida escutando uma


risada um tanto quanto forçada demais.

— Arte? — Arqueou as sobrancelhas.

— Sim. — O moreno respondeu convicto enquanto comia. — Muitas


pessoas fazem trabalhos incríveis, alguns tão bem detalhados que você
pensa que não é possível alguém conseguir fazer algo tão bonito em uma
parede com uma lata de spray, pensa que foi desenhado a lápis. Como
alguns dos trabalhos de Louis. Você já os viu?

— De Louis? Oh, sim. — Havia algo no tom de Harry que não deixava
encobrir o quão descrente ele estava sendo. — Vocês querem saber o que é
Arte? Bal du moulin de la Galette de Pierre Auguste, é Arte. Starry Night
de Van Gogh, é Arte. Girl with a Pearl Earring de Johannes Vermeer, é
Arte. Pegar uma lata de tinta e espirrar contra uma parede? — Perguntou,
bufando em seguida em desdem. — Não é Arte.

— Eric Grohe. Kurt Wenner. Edgar Muller. E muitos outros, também fazem
artes. Mas aposto que você não os conhece. — Era Louis falando, Harry o
encarou profundamente e o mais velho não sabia porque via tanta raiva
naqueles olhos que na noite passada, estavam cheios de paixão. — Arte é
tudo aquilo que é transferido de dentro de nós para fora. Seja com música,
teatro, dança e et cetera, Harry. Arte não é só o que está nos quadros
milionários pendurados na parede de sua casa.

Harry deu um sorriso falso para ele, estalando a língua no céu de sua boca
antes de soltar:

— Pode ser, Louis. Mas com certeza o que você faz não é arte. Digo, vocês
já viram como é o quarto dele lá na minha casa? — Harry perguntou,
soltando um sorrisinho, dando um enfase ao que se referia que era sua casa,
voltando com aquele joguinho em que ama diminuir Louis por ser maior
que ele em relação a status. — Aquelas suas pichações com certeza não são
consideradas artes. Para mim, o nome perfeito realmente é vandalismo. Ora,
você já foi até preso algumas vezes por causa disso quando era mais novo.
Lembro do meu pai ter que pagar algumas fianças suas para te libertar.
Bom, deve ser por isso que você não consegue um emprego, não é mesmo?
Com tantas passagens pela policia, com vandalismo e rachas... me diga,
Tomlinson, ser preso também é considerado arte?

A mesa se tornou um silencio total. Gemma convive com o irmão desde que
ele nasceu, e Niall é amigo do cacheado há anos, mas ambos nunca viram
Harry falar com tanto ódio e veneno assim contra alguém, mesmo Styles
sendo uma cobra e adorar pisar em algumas pessoas. Mas dessa vez sua voz
parecia como facadas contra Louis. Não era apenas o que ele falava, mas a
forma que falava. Ele deixava claro que não estava brincando ou apenas
sendo venenoso. Ele queria atingir Louis.

O mais velho tinha a expressão neutra, seus olhos indiferentes encarando as


ires verdes, continuando calado mesmo ele sendo sempre o que da a
resposta final em todas as implicâncias. Mas naquele momento era como se
tivesse deixando Harry ganhar, mesmo que sua expressão estivesse ilegível,
mas por dentro ele foi sim atingido. Ele só estava demorando pra processar
toda aquela raiva de Harry contra si.

— Era apenas uma pergunta do que iriamos fazer hoje e de repente o clima
ficou assim. — Samile foi a primeira falar, visto todo o silencio que foi
feito. — Qual é o seu problema, moleque?

— Não sei. Talvez essa casa que cheira a muquifo. Talvez sejam vocês,
gentinha que estou sendo obrigado a conviver. Ou talvez seja esse pão
horrível e duro que você fez. Ou quem sabe uma mistura disso tudo. —
Harry sorriu ao falar, vendo como a morena estava se controlando para não
agarrar o seu pescoço.

— E o que você faz aqui então, porra? Ninguém pediu para que você
viesse. E se é pra você agir como uma pessoa infantil e fútil, é melhor ir
embora, porque ninguém aqui vai gostar de você assim.

— Eu não ligo se vocês não gostam de mim. É uma honra ser odiado por
vocês. Porque a opinião de vocês não acrescenta em nada na minha vida. E
é claro que se eu quisesse iria embora agora e aproveitaria o resto das
minhas férias em outro país maravilhoso que vocês nunca tocariam os pés.
Mas prefiro ficar aqui, infernizando a vida de vocês e provando por a mais
b que eu sempre estive certo, que essa vidinha que vocês levam não tem
nada de interessante. — Harry balançou os ombros graciosamente sorrindo,
mas logo em seguida fazendo uma careta ao que Bebe teve que segurar
Samile pelos ombros para a garota não pular em cima da mesa e bater no de
olhos verdes. — Agora se me dão licença, vou pegar meu dinheiro e
procurar algum estabelecimento aberto para tomar um café decente.

Harry saiu da mesa, andando devagar e praticamente desfilando como se


tivesse saído de uma conversa amigável ao invés de humilhar todos ali.
Gemma e Niall estavam chocados e pedindo desculpas por Harry. E naquele
momento Louis acordou de seu transe.

O que porra aquele mimado estava fazendo?

Aquela merda toda só por que tinham transado? E daí? seus surtos não
valiam querer humilha-lo ou humilhar seus amigos. Naquele momento
parecia que toda a paciência que Louis adquiriu naqueles dias para tentar
entender Harry e trata-lo melhor, espareceu. Porque todas aquelas camadas
que achava bonitas de Harry, ele parou de ver, porque aquele espinhos
voltaram a encobri-lo e Louis se lembrou que era por aquele motivo que
não podia ver Harry com outros olhos, porque o garoto sempre estaria ali
pra lembrar que ele preferiu ser uma pessoa nojenta.

A cadeira de Louis se arrastou forte no chão, abafando os burburinhos que


começou na mesa, andando em passos fortes e pesados atras do mais novo.

Louis estava se sentindo um idiota por um momento achar que Harry estava
um pouquinho melhor.

Quando subiu as escadas e chegou no corredor dos quartos, viu Harry


segurando lençóis e seu casaco nas mãos e empurrando sua porta com os
pés, jogando tudo no quarto de Louis.

— Que merda você está fazendo?

Harry voltou pro corredor e encarou Louis cheio de raiva, o mais novo
empinando o nariz.

— O que você acha? Não vou lavar essas coisas. Você que lave! Já que foi
tão bom assim pra você. — Harry insinuou, mas Louis não entendia.
Porem, lençóis eram as ultimas coisas que estavam o irritando.

— Que seja, Harry. Diferente de você, lavar algo não vai cair minha mão.
— Louis tentou manter sua voz em um tom calmo. Mas estava sendo difícil
depois de toda cena de Harry na mesa. — O que diabos foi aquilo lá
embaixo?
— Apenas verdades, querido. — Harry comentou como se soasse
indiferente, começando a andar para sair e tomar seu café em algum lugar
longe dali, mas Louis entrou em sua frente.

— Apenas verdades? Então você acorda e do nada resolve tentar humilhar


todo mundo?

— Do nada? — Harry sorriu desacreditado.

— Do nada! — Afirmou Louis. — Não sei... mas achei que você estava um
pouquinho diferente, pelo menos ontem demonstrou isso.

E Harry ficou mais ainda com raiva, ele queria fincar suas unhas no
pescoço no de olhos azuis e então voltar no tempo onde nunca deixaria ser
usado por ele.

— Eu também achei que você estivesse um pouquinho diferente, Louis...


mas você só é o troglodita que sempre foi. — Acusou e Louis riu
desacreditado.

— Eu? Caralho, eu nem sequer tinha falado algo, garoto! Você que tentou
chatear todos ali, principalmente eu, soltando todo esse seu veneno. E eu
que sou o troglodita?

— Talvez porque você tenha me chateado antes, Louis.

Harry soltou, sua voz por um momento vacilando mas sua postura se
manteve firme, não se deixando abalar por ele.

— Eu? Mas o que eu fiz?!

— Deixa eu ver... — Ele pareceu pensar falsamente, e logo em seguida se


lembrar. — Talvez me usar? Talvez estar se gabando por aí que transou
comigo? Como se eu fosse nada?

Louis estreitou os olhos sem entender do que o mais novo estava falando.
Estando confuso.
— O que? você está maluco? Como te usei? Como tentei te enganar? Eu
nem estava falando algo, porque eu queria que você tomasse seu próprio
tempo e ficasse a vontade pra agir com indiferença ou tentar implicar
comigo para encobrir tudo que fizemos ontem. Mas não imaginei que você
na verdade tentaria realmente me magoar. — E magoou. Claro que magoou.
Porra, se fosse antes Louis nem teria se importado com Harry tentando lhe
diminuir, mas agora ele infelizmente se importava.

— Não se faça de sonso! — Harry falou mais alto, suas emoções a flor da
pele porque tudo que ele e Louis estavam passando naquela viagem estava
confundindo os dois e fazendo ambos serem impulsivos. Mas naquele
momento a impulsividade não estava a favor deles. — Você me usou! Você
só queria que eu fosse mais um na sua listinhas de pessoas que você já
transou. Pra depois sair contando para seus amigos que transou com o
''mimadinho'' como gosta de falar, não é? Meu Deus, só de pensar nisso eu
sinto um nojo enorme de você.

— Harry, você acha que eu contei para alguém? Vou te perguntar apenas
uma vez. Você acha que eu te usei, que só transei contigo porque queria
você em uma lista imaginaria que só existe em sua cabeça? Você acha que
eu penso que você é algo? Você acha tudo isso, mesmo depois de ontem.
Mesmo eu te tratando como... porra...como alguém importante. Como te
tratei também da primeira vez... você acha que depois de ontem, a primeira
coisa que eu faria ao acordar seria correr pra alguém e me exibir por isso?
Te expor a isso só pra inflar o meu ego? Como se você fosse nada? Pensa
bem.

Louis falava em um tom baixo, sua voz estava claramente magoada. Porque
ele estava, e porra, aquilo era horrível, aquela sensação de estar sendo
magoado era horrível, a mesma sensação que Harry também sentia, era um
aperto no peito de ambos insuportável, e era tudo mais fácil quando nada
daquilo acontecia. Mas os olhos verdes encaravam transparentes os azuis e
ambos tinham tanta dor. Um por se sentir usado, o outro por ser humilhado,
ambos os corações pareciam se quebrar em pedaços e eles queriam arrancar
eles de seus peitos até tudo voltar ao normal e eles não terem que lidar com
aquilo como se eles fossem importante um para o outro.

Os lábios de Harry tremeram... ele queria acreditar em Louis, mas...


— Stanley disse para mim que sabe sobre nós. Stan me contou que sabe que
fizemos. Você contou pra ele... — Harry disse a ultima parte baixinho,
magoado. Porque o problema não era apenas Louis ter contato, como você
conta algo que te deixou feliz para um amigo, o problema era Harry achar
que Louis fez isso só para se exibir, como se ele fosse um premio.

Louis estreitou os olhos em confusão.

Ele não havia contado.

Ficou alguns segundos em silencio tentando raciocinar o que estava


acontecendo. E então se dando conta que Stanley podia ter voltado cedo do
racha, primeiro que os outros e escutado os gemidos deles. Óbvio que ele
escutaria. Harry e Louis estavam destruindo a cama e a casa era cheia de
eco, os estalos deveriam ser feitos para todos os lados, assim como as
suplicas altas de mais.

E tudo bem, Harry se enganou. Louis poderia muito bem explica-lo aquilo.

Mas então se lembrou de como era fácil para Harry sempre pensar o pior de
Louis, a forma que ele o humilhou na mesa pelas conclusões que tirou.
Veja, não era como se Louis não fosse impulsivo e também não esperasse o
pior de Harry, ambos tinha aqueles sentimentos confusos a flor da pele.
Louis admitia que estava sendo hipócrita ao invés de compreensivo e tentar
amenizar aquela situação. Mas ele desistiu da amizade de Harry há anos
atras justamente por não aguentar mais ser ele quem corre atras e quem
perdoa mesmo sem desculpas, ou quem pede perdão mesmo quando não ta
errado. E Harry era aquele que não suportava o quanto o mais velho era
grosso e estava se tornando mais ainda. Eles cresceram e tudo que odiavam
um no outro aumentou. Era óbvio que aquela briga não amenizaria quando
ambos são orgulhosos e não conseguem se darem bem.

— É impressionante como você age pela sua própria perspectiva das


coisas.... — Louis comentou, mas logo sorriu desacreditado. — Mas tudo
bem, porque eu também sou assim e por isso não gostamos um do outro.
Então eu não sei porque eu deveria estar chateado com o que você disse
sobre mim lá na mesa. — Louis não disse aquilo apenas para Harry, mas
para si mesmo, como um lembrete. — Porque eu deveria saber hoje ao
acordar, que você é você. E você, Harry, deveria saber que eu sou o que
você pensa. Também não deveria ficar chateado. Por que estamos? Se isso
tudo não deveria ser uma surpresa para nós. O sexo não mudaria nada.

Harry o olhou realmente chateado, mas Louis também estava.

— Eu não estou chateado. — Harry mentiu e Louis assentiu, mentindo


também. — Só com raiva de você ter me usado e se exibido depois!

Louis riu sem humor nenhum porque ele não havia feito aquilo. Jamais
faria.

— Então me diga, Harry. O que te faz ficar tão irritado assim? É realmente
você achar que te usei e te exibi, ou o fato de saberem que transei com você
e isso te incomoda, porque, onde já se viu, alguém como você se deitar
comigo, não é mesmo? Só o filho de uma das suas empregadas.

— Me incomoda tudo, Louis. E com certeza você ser o filho de uma


empregada me incomoda mais ainda. Não quero que ninguém saiba disso
porque seria uma vergonha para a minha reputação me deitar com um
ninguém feito você. Mas entendo que para você é como um troféu mesmo.
— O mais novo disse com todo seu veneno, se Louis prestasse um
pouquinho de atenção de baixo de todos aqueles espinhos, notaria que o
mais novo estava mentindo tão explicitamente, porque aquilo não o
incomodava, ele só realmente estava magoado ao ponto de achar que foi
nada para Louis. Mas ambos estavam deixando a impulsividade falar mais
alto que a razão.

Eles sempre foram bons naquilo.

E Louis, também foi impulsivo.

— Então eu sinto muito Harry, eu não posso mudar esse fato em mim.
Então já que isso te incomoda tanto, eu ser um ninguém para você, deveria
pensar duas vezes antes de me querer em sua cama. Porque eu não te
obriguei. — O mais velho revidou e notou as bochechas de Harry
vermelhas de raiva. — Se você quer achar que eu te usei pro meu próprio
prazer, que não pensei em você em nenhum momento, que te tratei bem por
falsidade, e que te exibi para alguém, okay. Você está bem grandinho para
pensar com a própria mente. Mas lembre-se: Eu não sou o Fionn.

Louis simplesmente havia soltado, aquilo entalado em sua garganta e nem


se dando conta que estava trazendo um assunto que Harry nem fazia ideia
de que ele sabia.

— F-Fioon? O que você quer dizer com isso?

Louis já estava pronto para dar as costas para Harry e deixa-lo sozinho. Mas
se virou novamente para o mais novo.

— Que eu não sou ele. Eu nunca fingi te bajular para ganhar algo em troca.
Eu nunca te beijei com segundas intenções, insinuando algo, apenas se você
quisesse também. Eu nunca te forcei a algo que você não queria. Eu nunca
fiquei puto com você por você não me querer sexualmente. Eu nunca te
forcei tanto, mas tanto a sexo ao ponto de você aceitar, mas depois não
querer mais e eu gritar e te humilhar por isso. Eu nunca peguei suas
lingeries e rasguei. Eu nunca te bati. Então quando você fala sobre usar e se
exibir, lembre-se que quem faria isso seria ele, não eu.

Louis sempre imaginou que quando dissesse a Harry que sabia do que havia
acontecido entre ele e Fionn, o pegaria no colo e o encheria de beijos e
carinhos e repetiria sempre o quão ele é lindo e importante. Talvez
comprando todas as lingeries que ele quisesse só pra vê-lo feliz e esquecer
daquele merda. Louis nunca pensou que falaria daquela forma.

E Harry estava chocado.

Porque ele não sabia que Louis sabia. Ele não queria que Louis soubesse.

— C-Como?

— Eu ouvi você conversando com sua irmã.

Harry se sentia pequeno. Ele queria sumir. Não era pra ninguém saber que
aquilo havia acontecido com ele, era como se o mais novo tivesse se
culpando por aquilo porque ele sentia vergonha, ainda mais de Louis.
— V-Você fica bisbilhotando as conversas dos outros agora? — O mais
novo gaguejou, ele tinha lagrimas nos olhos não só pela briga com Louis,
mas por ser trazido brutalmente de volta a aquela imagem de Fionn naquele
dia em que não queria lembrar. Harry sentiu raiva por querer chorar. Então
não poupou suas palavras. — Não se meta na minha vida! Isso é um
problema meu e que você não deveria estar falando! Não me importa se
você diz que não é igual a ele, porque tanto faz! Você continua sendo um
ninguém que não deveria nem se meter nos meu problemas sabendo que
você e sua mãe podem estar na rua. Então é melhor você calar a sua boca
porque eu já estou de saco cheio de você. Nunca mais me toque e nunca
mais toque em assuntos que não lhe interessa, senão você vai se arrepender.
E você sabe que eu posso fazer você se arrepender.

Harry queria ferir Louis, porque achava que ele o feriu. E porque foi ferido
por Fionn e Louis sabe, o que o fere mais ainda. Ele só queria na verdade
alguém que o mostrasse o quão ele vale mesmo sendo tão mimado. Louis
mostrou no dia anterior, mas agora acha que Louis na verdade não foi
verdadeiro. E o assunto Fionn voltou a tona para mostrar para Harry que
nem ele e nem Louis eram verdadeiros e talvez ninguém nunca fosse.

— V-Você.... Tudo foi mentira. Sua paciência comigo nesses dias, sua boa
vontade, seus beijos e carinhos, suas palavras e principalmente ontem. Você
fez por pena... pena pelo que aconteceu comigo e Fionn, mas eu não preciso
da sua pena. — O mais novo tinha voltado com as lagrimas nos olhos.

— É, Harry, eu fiz por pena. — Louis disse ironicamente. Ele também


estava extremamente magoado, ainda mais depois das ameaças de Harry,
lhe lembrando que ele não havia mudado, talvez nunca mudasse. — Eu te
tratei como uma porra de uma princesa por pena. Você tem toda razão, eu
sou nada comparado a você e eu não devo me meter em sua vida. Porque
sou só o filho da empregada que deve tomar cuidado com o que fala para o
patrão. Então, Styles, nada do que eu vá falar aqui vai te convencer. Se você
quer acreditar nisso, então tudo bem. Afinal, bom mesmo é quem te bajula,
não é? Esses merecem sua confiança, eu como um ninguém, é o que merece
ser tratado assim por você. Obrigado por me lembrar qual era o meu lugar,
porque eu tinha me esquecido durante esses dias.
Louis virou as costas e Harry sentiu as lagrimas caírem. Ele se sentia
estranho, com raiva de si, com raiva de Louis, com raiva de tudo porque ele
não sabia lidar com seus sentimentos. Louis também não. Ele não conseguia
se sentir seguro e ele não entendia porque precisava da segurança de Louis
quando nunca se importou com ele. Quando nunca precisou dele. Mas agora
tudo estava tão complicado e tão dramático que ele precisava sair dali
porque se sentia sufocado.

Ele pegou seu dinheiro para realmente ir em algum lugar aberto, como
havia dito antes. Não porque queria tomar café, havia perdido a fome. Mas
porque precisava ficar sozinho e por seus sentimentos no lugar. Entender o
que está sentindo.

No caminho, enquanto secava suas lagrimas, ele tinha a sensação que


estava esquecendo alguma coisa.
11. art.

Notas novas: Tive que fazer algumas alterações no capitulo porque ele
deu erro e ficou cheio daqueles códigos. Acho que foi por conta da foto
que está na mídia, antes estava no meio do capitulo e recebi uma
mensagem do wattpad sobre ela e depois disso o capitulo bugou todo.
Agora botei na mídia e espero que não de erro. Enfim, essa é minha
primeira tentativa de ajeitar o capitulo. Acho que perdi alguns
comentários de vocês com isso :/

____________________________

N: OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Se não é pra


aparecer altas horas na madrugada, eu nem atualizo.
KKKKKKKKKKKKKKKKK

Gente, vocês quase me mataram no capitulo passado. SE ACALMEM


PELA AMOR DE DEUS. sjdsjdhsjdhsjdh

Esse capitulo é um dos meus favoritos, sério, senão o favorito até agora.
Então leiam com muito carinho.

Ah, hoje vou recomendar pra vocês a fic que é minha fav do momento.
Que é a ''Sauveur'' da lourrypassive . É Harry bottom e é ótima demais,
então se você não lê, vai dar amor pra essa fic cheirosa. <3

Enfim. Tenha uma boa leitura e perdoem os erros. <33333333

___________________________________________

Harry não sabia muito bem como havia chego ali. Ele andou uns bucados
até chegar em uma lanchonete, ou algo assim. Ele nunca havia estado em
um lugar parecido mas lembra de ver algo semelhante em alguns filmes. A
lanchonete era estranhamente dentro de um ônibus? Ele não sabia ao certo,
mas parecia um. O lugar por dentro era pelo menos aconchegante e o
livraria dos pingos de chuva que havia adquirido em sua caminhada. A
camisa preta que usava tinha algumas umidades na parte dos ombros pela
chuva fraca que enfrentou e seus cabelos também estavam meios molhados.
A lanchonete não era grande e os acentos eram aconchegantes e longos,
Harry estava sentado em um perto da janela. Não havia muitas pessoas ali,
na verdade só ele, um senhor de idade sentado no banco em frente à
bancada e um casal um pouco longe do garoto. Um sininho tocava toda vez
que alguém entrava no lugar e tocava mais uma vez quando tinha seus
pedidos em mãos e iam embora. Harry tinha perdido a fome mas tinha
pedido um café com leite. E uma musiquinha estranha tocava bem baixinho
no ressinto, as gotas d'água na janela ao lado dele, ou em sua camisa não
eram as únicas ali. Harry percebeu isso enquanto encarava a mesa, mal
tocando no líquido e via respingos d'água caindo na superfície. Sabendo que
não viam dos seus cachos, mas sim dos seus olhos.

Era algo que doía demais. Uma dor que começa na sua barriga e subia até
se peito que apertava tanto e depois parecia encarregado de explodir e
espalhar a dor por todo seu corpo.

Harry não sabia lidar com aquilo.

Era um combo de explosão pelas suas próprias conclusões, sentimentos por


Louis que estavam transbordando e ele não sabia lidar, coisas que Louis
falou, raiva de Fionn, raiva de Louis falar de Fionn, magoa pelas suas
suposições, mágoa de si mesmo, mágoa por Louis ser frio ao falar algo que
o machuca, raiva por ter sido frio ao falar coisas que machucam Louis,
vergonha por se sentir pequeno e diminuído com insultos e ações do seu ex
e que agora sabe que Louis sabe.

Ele não conseguia lidar com todos aqueles sentimentos. Ele só sabia
explodir.

Limpou os olhos e fungou, tentando por seus sentimentos em ordem e


entender todos eles, mas não sabendo se sairia dali conseguindo fazer
aquilo.
Sua mão foi até a pequena colher mergulhada no café, a girando e
misturando com um pouco de adoçante, enquanto a outra mão estava sobre
sua testa, a cabaça baixa olhando o líquido sabendo que era o suficiente o
tanto de vezes que havia mexido, mas ele só estava nervoso, era como bater
o pé no chão de ansiedade.

Ele levou a xícara até os lábios, experimentando o café e ele não sabia se
estava sendo implicante e não gostando do café realmente, ou se seu dia
estava tão ruim que isso acrescentava em tudo ao se redor.

Ele deixou a xícara sobre na mesa e fez uma careta desgostosa, seus os
olhos lacrimejando novamente porque tomar um café descente era a única
coisa boa que poderia acontecer no seu dia, mas nem isso ele estava tendo.
Ele estava prestes a não se importar com o quanto as pessoas ali o achariam
mimado, ele queria espernear e chorar como um bebê, botando a culpa
naquele café sobre todas as coisas de ruins daquele dia.

— Moço?

Uma voz lhe impediu de ser um bebê chorão.

Era baixinha, tímida e infantil. Harry por instinto e susto levou a mão no
seu celular em cima da mesa, o trazendo para si antes mesmo de se virar
para a pessoa.

— Eu não vou te roubar. — Veio seguido de uma risadinha e Harry olhou


para a pessoa.

Na verdade, para o projeto de pessoa.

Uma pessoinha.

Era um garotinho negro de cabelos enrolados. Vestindo um calça moletom


cinza com algumas manchas de sujeira e uma camisa verde que Harry
conseguia ver alguns furinhos. E nem eram aqueles que estavam na moda.
Seus pés com chinelos parecidos gastos demais e sua pele um pouco suja.
Em suas mãos ele tinha uma caixa azul claro tampada.
Harry estava olhando para ele sem piscar.

— Vai um bolinho? — O garoto disse assim que teve a atenção de Harry,


mas logo em seguida negando com a cabeça e falando algo baixinho
parecendo brigar com ele mesmo. — Quero dizer, o senhor gostaria de
comprar um bolinho? — Deu o seu melhor sorriso para convencer a Harry.
— Ó, tem de chocolate, morango, limão, laranja. — Ele havia aberto a
caixa e falando enquanto ia apontando para cada cupcake bonitinho e
decorado. Ele pareceu brigar com ele mesmo de novo. — Não, de laranja
não tem. Cabou ontem. Mas do resto tem, uh. Eles custam só duas libras,
mas se o senhor comprar dois, então são três libras.

Harry apenas encarava o garoto, seus lábios minimamente abertos enquanto


prestava atenção em cada movimento dele, em suas roupas, sua idade
provavelmente pouca demais. É só que Harry não via aquilo. Ele nunca via
aquilo.

Ele morava em um bairro onde não tinha pessoas pobres vendendo coisas
em estabelecimentos, ainda mais crianças. Ele não via pessoas pobres, tipo,
realmente pobres. Porque até seus empregados tinham o uniforme limpo e
um salário digno.

Harry não via.

— Senhor? — O garotinho perguntou depois de um tempo com Harry


apenas o encarando. Seus dedos estalando em frente ao rosto dele.

— Esse moleque está te incomodando? — Harry despertou quando uma das


garçonetes lhe perguntou entediada atrás da bancada, ela mascava um
chiclete irritante e Harry viu como o garoto pareceu ficar chateado e pronto
para se retirar do local.

— Não. Ele não está me irritando. — Harry respondeu antes que o garoto
fosse embora e então o menino sorriu, se virando pra garçonete e dando
língua para ela. A mulher fazendo cara feia para ele e limpando a bancada.
Ambos pareciam já se conhecerem.

— E então, o senhor vai querer? — Perguntou animado.


— Quantos anos você tem? — Harry perguntou porque ele ainda estava
muito chocado com o quão novo aquele garoto parecia ser.

O menino estranhou a pergunta, mas respondeu.

— Dez.

— Dez?! — Harry exclamou. — E você está trabalhando? Isso não é


proibido?

É que Harry nunca precisou trabalhar. Ele nunca trabalhou em toda sua
vida. Ele tinha vinte anos e seu primeiro estágio seria quando suas férias
acabassem, mesmo assim, não porque ele precisava.

Ele estava tendo um choque com um mundo totalmente diferente do seu e


dessa vez não zombando disso.

— Se é proibido eu não sei não, moço. É porque minha mamãe ficou


doente, e lá em casa só é eu e ela. Ela consegue fazer os bolinhos ainda.
Mas não consegue mais vender. Então eu ajudo.

O garoto agora estava cabisbaixo.

Harry sentiu seu peito doer. Ele se sentia mal porque ele nunca precisaria
fazer o que o garoto estava fazendo. E aquele choque com um mundo
diferente do seu lhe abalou. Ele tinha suas empregadas e empregados, mas
ele não se chocava com o mundo deles porque ele só os via quando estavam
trabalhando. Havia Louis e seus amigos, mas eles eram muito
independentes, apesar de tudo. Ou Harry apenas nunca olhou pra eles com
outros olhos, querendo saber suas histórias e dificuldades. Ele só os olhava
como a gentinha que fazem coisas doidas. Esse era o choque. Mas aquele
garoto... mesmo que Harry por acaso não quisesse saber da vida dele, como
nunca teve interesse pelos seus empregados ou amigos de Louis, mesmo
assim veria. Estava transparente em como aquele garotinho era diferente
dele e como precisava de ajuda.

Aquilo era demais para um burguês que nunca havia visto sequer um
mendigo a sua frente simplesmente porque morava em um local que caso
aparecesse um, seria expulso pelos seguranças do condômino. Harry pensou
que até mesmo aquele garotinho inocentemente vendendo bolo em seu
bairro, seria enxotado dali. E aquilo lhe quebrou.

Harry se sentiu horrível. Porque ele tem pensamentos frequentes em


algumas pessoas. Como quando começa a nevar e ele se sente mal ao
pensar nos moradores de rua. Ou quando simplesmente joga uma roupa
fora, e então pensa em crianças do orfanato que estão esperando por uma
doação. Ou pessoas doentes em filas de hospitais enquanto ele, caso fique
doente, era só ir no hospital que sua mãe trabalhava.

No entanto, o que ele fez para ajudar?

Pensamentos naquela hora não pareciam suficientes quando ele nunca saiu
da sua zona de conforto para olhar para um mundo diferente do seu.

— Eu quero um. — Respondeu assim que percebeu que provavelmente já


estava assustando o garoto.

O menino sorriu.

— Qual sabor?

Harry analisou a caixa. Tinha cerca de uns 20 cupcakes. Custavam 2 libras.

Se ele vendesse tudo então voltaria para casa com 40 libras.

Era esse seu lucro diário? 40 libras? 40 libras não pagava nem um único
esmalte de Harry.

Seus pais lucravam por dia infinita vezes mais. Teriam que acrescentar mais
alguns zeros ali.

— Eu quero todos.

— T-Todos?

— Sim. Eu ainda não experimentei mas acho que são muito bons. — Harry
comentou e o garotinho não parecia acreditar. Era difícil pra ele vender
tudo, as vezes vendendo só a metade e mesmo assim ficando o dia todo na
rua porque inúmeras pessoas o ignoravam.

— Moço, o senhor é muito legal! — Ele disse animado, botando a caixa em


cima da mesa que Harry estava e em um gesto impulsivo se tacando em
seus braços, o abraçando. Harry ficou estático e assustado com aquilo,
fazendo o garotinho se afastar. — Desculpa. Eu estou sujo e devo ter
sujando sua roupa bonita. Você ainda vai comprar os bolinhos?

— Eu ainda vou comprar os bolinhos. — Harry garantiu. — E não precisa


pedir desculpas, eu não ligo se você está sujo ou não. E eu gosto de abraços.
E estou precisando de um agora. — Harry disse abrindo os braços e dessa
vez abraçando o garotinho, sem nenhum tipo de repulsa por ele estar com as
roupas sujas. O que seria difícil de acreditar se ele contasse para alguém.

Foi um abraço quentinho e verdadeiro e meio que os dois estavam se


ajudando ali porque Harry precisava no momento de abraços verdadeiros.

Ele soltou o garoto segundos depois mas se sentia estranhamente com um


instinto paterno sobre ele. Querendo ficar mais próximo da criança por
alguns minutos. Ele sempre amou crianças. Mas naquele dia específico
aquele sentimento estava mais forte e aquele garoto tinha um brilho no
olhar, mesmo apesar da vida que tem.

— Você já comeu? Tomou café?

Ele negou com a cabeça timidamente quando sua barriga fez um barulho
alto.

— Então toma café comigo.

— Eu queria, mas não posso gastar o dinheiro. É da mamãe. Pra ela ficar
melhor.

Harry sentiu aquela dor no coração de novo.

— Eu vou pegar. — Viu o garoto arregalar os olhos e então se levantou. —


Vem. Escolha o que quiser.
E o sorriso do menino estava deixando a manhã dolorida e solitária dele
melhor. Quando o garoto escolheu um misto quente apenas, timidamente,
mas querendo pedir bacon e ovos para acompanhar. Harry notou e pediu
tudo que o garoto olhava e parecia querer, mesmo que sobrasse depois, tudo
bem. Porque o garoto disse que nunca comia bacon, porque era caro. E
aquilo fez Harry ficar mais pequeno ainda porque nem o preço de uma
Lamborguini era cara para ele, o que dirá de bacon.

Quando voltaram a mesa, o garoto se sentou em frente de Harry e os pés


nem tocavam no chão devido ele ser tão pequeno. E Harry sentiu aquele
sentimento paternal novamente imaginando o dia que levaria seu filho para
tomar café consigo. Pensando bem, poderia ser até naquela espécie de
lanchonete/ônibus, ao invés de um lugar chique. Meio que Harry começou a
achar aquele lugar agradável.

Seu apetite até tinha voltado. Com seu café, acompanhou um dos cupcakes
e era realmente bom.

Eles ficaram em um silêncio agradável.

Harry ria vez ou outra, porque, bem, antes mesmo dos seus dez anos já
havia aprendido a se comportar na mesa. Então lá estava ele, sempre
sentado de maneira certa, costas retas, guardanapo em cima do colo, boca
fechada, mastigava devagar, nenhuma sujeira no canto dos lábios. E o
garotinho era o oposto de si. Desleixado enquanto sentado, as perninhas
balançando, lábios sujos, mastigando tudo rápido e as vezes de boca aberta,
e Harry não conseguia achar falta de educação. Era só... fofo.

— Qual seu nome? — O garoto perguntou ainda comendo.

— Harry. E o seu?

— Alex. — O garoto pareceu pensar antes de falar. — Por que o senhor


estava chorando?

— Como?
— Seu narizinho tá vermelho desde que eu cheguei e seus olhos estavam
com lágrimas antes.

Harry pareceu voltar a ficar triste.

— Eu não saberia te explicar.

— Tenta. — O garoto disse como se fosse simples, Harry sorriu para ele.

— Eu tinha um amigo... — Começou sem saber como se explicar. Porque


mal sabia o que sentir. Eram tantas coisas. — Quando eu tinha sua idade,
ainda costumávamos ser muito amigos. Eu era meio diferente dele. Mesmo
assim parecia dar certo. Me diga, você tem algum amigo diferente de você?

O garoto pareceu pensar por um tempo mas então negou. Harry pensou que
seria mais difícil de explicar assim, mas continuou tentando.

— Eu e ele eramos diferentes em alguns gostos e estilos de vida... —


Tentou explicar simplificado. Não acreditando que estava desabafando com
um menino de dez anos. Mas prosseguindo. — Quando fomos ficando
maiorzinhos, essas diferenças foram ficando maiores também. E
complicando nossa amizade.

— Mas por que? Por que vocês eram diferentes?

— Digamos que ele tinha um jeitinho mais bruto e impaciente desde bem
pequeno... e eu era mais delicado.. e mimado. E esses nossos jeitos foram
piorando conforme fomos crescendo. — Harry comentava meio nostálgico
e triste.

— As pessoas simplesmente crescem e deixam de falar com seus amigos?


— O garoto pareceu chocado.

— Infelizmente pode acontecer.

Alex fez um biquinho como se ficasse triste por Harry e Louis pararem de
se falar.

— Quando vocês pararam de se falar?


— Acho que quando eu tinha doze e ele catorze. Ele não quis mais ser meu
amigo, e eu não me importei muito na época para ir atras. — Harry
imaginou como ele e Louis estariam hoje em dia se Louis insistisse nele, ou
se Harry ao menos fosse atras dele.

— E você tava chorando lembrando disso? — O biquinho continuava lá, o


que fazia Harry sorrir.

— Não... é que quando deixamos de ser amigos não ligamos mais um pro
outro, ou é o que parecia ser. Mas hoje ele fez algo que me deixou triste...
ou eu acho que fez. — Agora, mais calmo, Harry não sabia se suas
conclusões estavam certas ou eram precipitadas.

— Mas se vocês não são mais amigos, por que você se importa com algo
que ele fez? — Alex tinha um ponto de interrogação desenhado em sua
face. Harry já tinha parado de comer um dos cupcakes e seus braços
estavam apoiados na mesa, os cachos espalhados ali, seu queixo apoiado em
um dos braços e ele olhando pro garotinho.

— Eu também não sei. — Harry soltou frustrado.

— Talvez você ainda quisesse que ele fosse seu amigo, talvez no fundo
você goste ainda dele.

Harry olhou pra Alex e ele parecia o melhor psicologo do mundo naquele
momento. Porque Harry mentia pra todos e pra si mesmo, não se entendia.
Mas não conseguia mentir para uma criança.

—Talvez... — Sussurrou baixinho.

— E se não tem certeza se ele fez essa coisa que te chateou então você não
pode ficar triste antes de perguntar. Mamãe disse que é feio julgar as
pessoas.

Harry riu. Ele queria que as coisas fossem tão simples dentro de si, como
saía da boca daquela criança.
— Sua mamãe tem razão. Mas eu acho que não importa muito agora se ele
fez ou não fez isso. Porque eu disse umas coisas que acho que fez ele ficar
chateado... e outras pessoas também. — Harry lembrou que também
ofendeu os amigos de Louis. — E depois disso ele falou de um assunto que
me deixa muito mal.

Harry agora sabia que pode ter tirado conclusões precipitadas, mas essas
conclusões eram justamente devido sua insegurança que era causada por
causa do seu ex. Louis saber daquilo deixava Harry mais inseguro e triste
ainda. Não sabia os pensamentos de Louis sobre aquilo, não sabia o que ele
tinha achado sobre aquilo ou como reagiu quando soube, mas Harry era
inseguro então aquele assunto o fez ficar mal, se sentir com vergonha.

Muitas das coisas que ele disse para Louis, ele na verdade queria dizer para
Fionn.

— Vocês são complicados. — O garoto decretou, Harry concordou com um


pequeno aceno. — Mas mamãe disse que não devemos guardar sentimentos
ruins dentro do nosso coraçãozinho. Vocês deveriam conversar.

Harry concordou, mesmo que estivesse triste, mesmo que Louis também
estivesse.

Eles conversaram mais um pouco, a chuva tinha parado e o sol até havia
aparecido, talvez houvesse dois dele ali. Porque Alex que veio a ser o
primeiro sol a animar seu dia, Harry poderia ficar ali com ele por horas. O
garoto explicou o que sua mãe tinha. Era problema em uma das pernas de
má circulação do sangue e não conseguia mais andar direito, ela precisava
opera-lá mas não havia médicos para isso no hospital publico perto de onde
moravam. Então antes de Alex ir embora com a barriguinha cheia e suas 40
libras, Harry pediu um pedaço de papel e uma caneta para uma das
garçonetes e anotou o endereço do hospital onde sua mãe trabalha e o
número dela, assim como seu número. Pedindo para Alex entregar pra mãe
dele e avisa-lá para marcar um atendimento com Anne styles, que seria de
graça. Não era como se Harry tivesse fazendo aquilo pra se redimir pelo seu
jeito, ele ainda era muito mimado, talvez nunca deixasse de ser e reclamava
de várias coisas que não fossem do seu gosto. Mas ele não tinha um coração
ruim, embora.

O cacheado havia voltado para a casa após isso. Louis e os amigos dele
haviam ido grafitar, aproveitando a viagem como sempre aproveitavam
quando saiam juntos, já passaram por coisas realmente preocupantes, não
seria um desentendimento desagradável que faria eles desanimarem. Eram
os tipos de pessoas que aproveitavam cada minuto juntos. E Harry, quando
se viu sozinho ali, queria ir embora. Sentiu que não valia a pena estar ali só
pra provar que conseguiria sobreviver em um lugar que não estava
acostumado, pois não era mais essa questão. Ele não se enquadrava ali e
não valia apena infernizar a vida de outras pessoas, porque na verdade,
talvez pela primeira vez na vida, não estava se sentindo bem destilando todo
seu veneno. Ele queria ir embora.

Talvez tivesse sido melhor ter ido a Paris. Mas naquele momento, quando
estava refletindo, pensou que nem mesmo queria aproveitar o resto das suas
férias fazendo algo luxuoso. Ele queria estar apenas em sua casa. Saindo
com pessoas que gostam dele verdadeiramente, não tendo que apenas atura-
lo como os outros estavam fazendo ali.

Mas ele não estava no clima também de sair com as pessoas da alto
burguesia com quem falava, ele não queria bajulação, ele queria pessoas
verdadeiras. E as únicas pessoas verdadeiras com ele também estavam
naquela viagem, Niall e Gemma. E Harry não queria ser inconveniente com
mais ninguém e pedir para que eles o acompanhasse.

Era claro que ele era o único que não era bem vindo ali. E tudo bem, não é
como se ele tivesse culpando os outros quando desdo primeiro momento só
os acompanhou por implicância com Louis. Mas não conseguia evitar de
ser sentir diminuído e rejeitado.

Era a primeira vez que um grupo de pessoas não gostavam dele. E não era
por inveja como costumava ser, eram simplesmente porque realmente não
gostavam. E aquilo meio que machucava.
Entretanto, em algum momento quando já pairava aos meio dia e o sol já
estava forte o suficiente, o mais novo estava arrumando o quarto que
escolheu estar. Não iria deixa-lo bagunçado, embora odiasse arrumar
qualquer canto que fosse desde que chegou ali, ainda sim não seria mais
inconveniente aquele ponto. Ele ficou algumas vezes prezo nos lençóis
como sempre, e suas malas estavam prontas, dessa vez não só porque era
organizado com suas coisas, mas também porque iria embora no dia
seguinte. Foi quando resmungava por não conseguir varrer o chão direito,
porque a poeira sempre voava, que Gemma entrou no quarto. A garota e
Niall não haviam ido com os outros, preferiram espera-lo e aquilo meio que
fez Harry sorrir um pouco.

Gemma o ajudou com o quarto, achando que ele só estava limpando por
higiene, não porque queria ir embora no dia seguinte. E quando Niall
acordou de seu cochilo, os três tentaram fazer o almoço. E quando tentaram,
era apenas realmente tentar. Porque eles não sabiam fazer aquilo,
normalmente os outros que sempre faziam, enquanto eles sempre tiveram
empregados para tal coisa. Eles aguaram o arroz, salgaram a carne e quase
botaram fogo na cozinha, no final, apenas fritando algumas batatas, mesmo
assim, fugindo do óleo que espirrava. Não era um banquete farto como
estavam acostumados, mas eram batatas que eles mesmo fritaram (algumas
queimadas) mas era o que importava. E Harry até ficou um pouquinho mais
feliz.

Apenas um pouco.

Porque entre uma batata e outra que era mastigada, seus olhos eram
transparentes, nítidos de uma tristeza que preocupava a irmã. Ela tentou dar
uma de psicóloga com ele, embora realmente fosse.

— Eu não sei o que está acontecendo entre você e Louis. Mas está claro
como os dois tem tanta coisa pra dizer, mas a unica coisa que falam são
mentiras, já que estão acostumados a machucarem um ao outro para
esconderam o que realmente querem falar. Isso não é saudável, confunde
vocês e fazem vocês entrarem em um circulo vicioso de ofensas, mesmo
que queiram dizer outras coisas. Se continuarem assim, algumas palavras
podem realmente machucar, ou podem fazer coisas que vão se arrepender,
ao ponto de não conseguirem realmente nem mais olharem um para o outro,
e eu sei que embora vocês tenham suas implicâncias, não é isso que
querem, vocês não querem realmente se odiar.

Era o que ela havia dito enquanto comia e Niall concordava, Harry fingiu-se
de indiferente, revirando os olhos e dizendo que ele e Louis não eram um
problema, que estava tudo bem tudo aquilo, que nem estava triste ou algo
do tipo. Mas guardou aquelas palavras da irmã para si, embora.

Niall percebeu que talvez falar coisas óbvias para Harry não funcionasse,
pois o garoto não gostava de se sentir por baixo na frente de ninguém.
Então o seu conselho foi fazer eles saírem um pouco, disse que Harry Styles
não abaixava a cabeça para ninguém, e se os outros saíram pra se
divertirem, eles também deveriam, ou Harry ficaria cabisbaixo por uma
briga com Louis? Isso foi o suficiente para Harry empinar o narizinho e se
levantar decidido.

Bom, eles não tiveram muitas opções quando já haviam tomado banho e
estavam prontos. Eles não conheciam ali, então só restava ir onde os outros
estavam porque haviam deixado o endereço com Gemma e Niall e eles já
meio que conheciam o local porque eram perto do racha que eles estavam
no outro dia.

E quando diziam perto, era perto mesmo. Porque já era noite e Harry quase
foi atropelado várias vezes, fosse pela multidão de pessoas que estavam nas
calçadas torcendo para específicos carros, ou fosse pelos próprios carros,
pois eles tiveram que atravessar aquela rua da morte —como Harry
apelidou —para irem para rua onde tinha algumas pessoas grafitando. Harry
ficou meio deslocado, eles os olhavam como se fossem ouro, mas não de
uma maneira como se fossem fazer algo ruim com eles. Alguns até os
elogiaram, Niall quase indo pegar o numero de um cara alto demais e
musculoso demais que poderia quebrar ele ao meio na cama, mas Harry o
puxou para entrar dentro do galpão. Ali, encontraram Samile, Bebe, Oli e
Stan. Enquanto Gemma e Niall conversavam com eles, Harry se sentiu
excluído, então se afastou e foi olhar os grafites nas paredes. Suas mãos
estavam atras de seu corpo e ele foi andando lentamente olhando cada
desenho, tinha algumas pessoas ali que ainda faziam, Harry estava curioso e
impressionado, haviam uns realmente bons e o lugar era pinchado por todos
os cantos, havia uma enorme escada no meio do galpão que dava para o
andar de cima e até nela havia um pouco de vida, não parecendo um lugar
abandonado daquela maneira quando as pessoas ali o enchiam de cores.

Harry olhou para seus tênis perfeitamente brancos notando como ele ficava
com alguns respingos de tinta, ele nem ao menos conseguiu achar aquilo
ruim.

Parou de andar quando olhou para uma parede que o chamou atenção, era
um grafite que quase cobria toda a parede por cima de alguns antigos que
havia ali. Era uma paisagem cheia de cores, parecia uma adaptação de Le
Jardin à Bougival de Berthe Morisot. Esse quadro tinha pendurado em sua
sala, era um dos seus favoritos. Ele era um dos que mais se descava e estava
enorme em sua parede. Mas aquele grafite era maior, não era exatamente
igual, na verdade parecia apenas uma inspiração para seu próprio grafite,
haviam muitas mais cores ali e as formas diferentes, as flores maiores e
mais vivas, as cores fortes, que se alguma pessoa que conhecesse Morisot
visse aquilo, rapidamente se lembraria de seu quadro, mesmo que não fosse
uma cópia. Mas Harry podia jurar que talvez fosse até mais bonito. Ele se
aproximou devagar da parede, com medo de tocar e borrar pois era recente,
e seus olhos estavam meio esbugalhados de tão perfeito que aquele grafite
era.

— É lindo, não é? — Harry se assustou com a voz, um braço sendo posto


ao seu redor, lhe abraçando os ombros. Era Oli com aquele sorriso que
nunca parecia tirar do rosto e com sua inconveniência sobre toques demais
e afeto demais, mas que Harry estava tão impressionado com aquele grafite,
que nem se importou ou reclamou. O braço de Oli continuou ali, e os olhos
de Harry fixados na obra. Sim, obra. Porque aquilo era lindo. — Eu não
imaginei que você viria depois da sua briga com Louis no café da manhã.

Harry saiu um pouquinho do seu transe, olhando para Oli rapidamente.

— E você não se importa?

— Com o que?
— Com as coisas que eu disse para vocês... — Harry parecia meio culpado,
ele estava. Mas não era do tipo que sabia se desculpar, pelo menos não
ainda. Mas Oli apenas riu.

— Por que me importaria? Sei que estava tentando atingir Louis. E eu e


meus amigos não somos do tipo que nos preocupamos com meia duzias de
palavras acidas. Mas devo te dizer que deve tomar cuidado com Samile, ela
alguma hora ainda voa em seu pescoço, embora no dia seguinte te trate
normalmente. — Oli comentou divertido.

Harry até sorriu. Ficava feliz que eles não o levassem tanto a sério, apesar
de que Louis sim, já que as palavras eram realmente só pra atingi-lo. De
qualquer forma Harry ainda se sentia culpa e deslocado por eles. Eles não
eram do tipo que se importavam, talvez porque nem ligassem para Harry
pra isso. E o garoto não entendia porque aquele pensamento o deixava mal,
como se precisasse da aprovação deles tão de repente. Ele precisava
urgentemente ir embora no dia seguinte.

— É realmente lindo. — Foi o que Harry disse depois de alguns segundos


calado, voltando a prestar atenção no grafite. — Fora você quem fez? — Os
olhos verdes miraram Oli, o garoto tão perto como se fosse amigo intimo
dele, ainda o abraçando de lado e aquilo faria Harry se afastar e resmungar
em qualquer outro momento, mas não naquele onde estava tão fascinado e
ao mesmo tempo carente de afetos verdadeiros.

— Não mesmo. Eu não levo jeito para essas coisas. Se você me perguntar
sobre bater contras carros, então a resposta seria sim. — Ele tinha aquele
tom brincalhão enquanto também olhava para o grafite.

— É como... é como arte... sim, arte. Como Le Jardin à Bougival. — A voz


dele estava fascinada e Oli nem sabia do que Harry estava falando em
francês, mas via como o garoto estava impressionado e isso o fazia rir
baixinho porque mais cedo estava falando que grafite era vandalismo e não
era arte, especificamente para os que Louis fazia. — Vê como usou as cores
aqui?

Apontou para as flores em tons vermelhos, a pontinha do nariz quase


encostando na parede para ver melhor.
— Foi Louis quem fez. — E Oli soltou simplesmente, apontando para
baixo, ao final do grafite onde tinha escrito em tinta preta em letras
pequenas um ''L.T'' em um design inclinado e grosso. E então deixou Harry
sozinho para contemplar o grafite, enquanto jogava aquela informação e ia
embora.

— L-Louis? — Foi o que Harry perguntou meio tremulo quando se virou


para Oli mas ele já tinha se afastado.

Louis nunca foi o do tipo que contemplava as obras de arte da casa de


Harry, mesmo que morasse lá. Mas Le Jardin à Bougival era, sem duvidas,
uma obra que ele conhecia bem. Isso não só devido a Harry sempre falar
daquele quadro ou do artista para Louis quando eram pequenos, mas porque
uma vez, brincando com Louis dentro da sala, ambos correndo, Louis de
uma maneira indecifrável esbarrou no quadro longo na parede e o deixou
cair e quebrar. Pensando agora Harry entende como Louis se interessou por
ele, tirando inspiração para fazer aquele grafite lindo.

Seu peito doía por ter falado que o que Louis fazia era vandalismo, por te-lo
humilhado no café da manhã por pura raiva. Quando na verdade, já havia
visto alguns desenhos dele a lápis e eram perfeitos, assim como alguns
grafites de seu quarto, e agora aquele... Harry tinha vontade de pedir para
que Louis fizesse para ele. A verdade é que sempre soube que Louis tinha
dom para aquilo, sim, era verdade que já fora algumas vezes preso por
pichar lugares ilegais mas isso era quando era mais novo. Quando estava
em sua fase rebelde (embora achasse que Louis nunca saiu dela) assim que
seu pai faleceu. E, merda. Harry sabia como aquilo abalou Louis, foi a
época que ele começou a beber e fumar, e fazer coisas erradas, e ele só tinha
16 anos. No dia após o enterro de Mark, foi um dos dias que ele e Louis
tiveram uma trégua e agiram como se fossem amigos novamente. Louis não
conseguiu se expressar no funeral, mas deixou para chorar no colo de Harry,
e este ainda lembrava que o mais velho havia lhe dito que iria dar orgulho
ao seu pai e cumprir a promessa de não abaixar a cabeça para ninguém e
seguir seus sonhos, viver uma vida que ele se lembrasse. E era isso que
Louis fazia. Harry sabia que ele não tinha um emprego que pagasse mais
porque não queria, não porque já teve passagem na policia, porque até
mesmo Des já lhe ofereceu trabalho em seu escritório, ou uma faculdade.
Louis grafitava porque amava, e Harry se sentia mal por ter o chamado de
um ninguém, que fazia aquilo por não conseguir algo melhor. Louis só
cumpria a promessa que fez pro pai, de viver conforme quer, de ser quem
ele é sem medo. Por Deus, Louis, mesmo não tendo muito dinheiro, tinha
até mesmo uma ONG com os amigos no bairro onde os amigos dele
moravam. Harry sabia que não tinha o direito de julgar a vida dele. Ou
criticar algo tão bonito como o grafite a sua frente.

A câmera de seu celular passou anos a ser dedicada aos seus momentos
fazendo coisas luxuosas ou para suas roupas. Mas naquele momento ela foi
direcionada ao grafite de Louis e ele tirou uma foto, porque Le Jardin à
Bougival era uma das suas artes favoritas. Mas talvez a de Louis tenha se
tornado a sua nova.

✖✖✖✖✖

Era quase madrugada e Louis estava fumando maconha porque ele


precisava se acalmar.

Ele estava na sala com Liam, enquanto trocavam conversas a fora fazia
mais de uma hora, desde que voltaram. Liam já havia tomado algumas
garrafas de cerveja e Louis ainda tinha o baseado sobre seus lábios que ele
havia acendido para tentar acalmar seu corpo depois do que viu em seu
celular: Há uma hora atras, Harry havia lhe marcado em uma foto no
Instagram, e quando Louis abriu, era uma foto do seu grafite e na legenda
estava escrito ''Art''. Louis não soube como lidar com aquilo, Harry gostar
tanto do que ele fez para quebrar o padrão de suas fotos que mostravam sua
vida luxuosa, e agora uma do trabalho de Louis estava ali. Poderia parecer
pouco para os outros, mas para Louis, não. Isso fazia o coração dele
acelerar e ele ficar subitamente feliz, mesmo Harry sempre dizendo que o
que ele faz é vandalismo, inclusive terem ambos se magoado mais cedo.

Ele tragava seu baseado em uma forma de acalmar toda a euforia de seu
corpo.

Talvez aquilo não adiantasse de muito, porque sua calmaria o fazia pensar
em Harry. E veja, ele nem está pensando na parte que ficou chateado com
ele. Na verdade, nessa parte ele só estava intrigado demais com a foto que
Harry postou. Ele queria ir até o garoto e perguntar se ele realmente havia
gostado, se ele realmente achava que aquilo era arte, não vandalismo, que
aquela foto postada não era apenas ironia. Ele queria perguntar, porque
meio que a opinião do mais novo importava. Mas principalmente, queria
pedir desculpas ao mais novo pela forma que trouxe a tona um assunto que
o machuca, porque não importa o quão Harry poderia falar suas besteiras
temporárias, Louis deveria saber que não deveria machuca-lo daquela
forma. Deveria apoia-lo, deveria fazer vê-lo o quão ele importa. E se Harry
abrisse aquele sorriso lindo pra ele novamente, então nada mais importaria,
nem mesmo o que Harry havia dito sobre si.

De repente aquele baseado não estava fazendo efeito, pois ele acalmava seu
corpo, sua mente, sua voz, mas não o seu coração. E Liam não ajudava o
questionando inúmeras vezes o que tinha acontecido com ele e Harry, que
era pra Louis deixar de ser orgulhoso e falar com ele e até mesmo
perguntou se Louis estava gostando de Harry. E aquela pergunta assustou
Louis, não queria gostar de Harry dessa forma novamente, porque ele e
Harry eram um caminho de incertezas. Embora, mesmo que negasse e
fugisse, já sabia o que estava sentindo pelo mais novo.

— Liam, por favor, não corte minha vibe. — Louis pediu calmo, talvez em
qualquer outro momento irritado e soando grosso, mas a maconha fazia ele
estar relaxado. — Não fale besteiras. Eu e Harry não temos nada e eu não
estou apaixonado por ele. — Aquilo soou tão falso que era difícil até pro
mais velho acreditar. — São as mesmas implicâncias de sempre. E eu só
quero ter um momento sozinho com ele porque falei algumas coisas que o
deixou mal.

— Se você não fosse apaixonado por ele, não estaria preocupado com
qualquer coisa que tenha o dito. — Liam desdenhou, bebendo sua cerveja e
vendo Louis revirar os olhos extremamente vermelhos e pesados.

— Isso só significa que sou humano. Não é porque eu e ele temos nossas
diferenças que devo magoa-lo como fiz hoje. Não tem nada a ver com
paixão.

Liam fingiu acreditar que só era isso, por um momento. Pois não adiantaria
ter uma conversa esclarecedora com ele quando Louis estava chapado e em
negação.

— E o que você disse para ele?

Louis encostou a cabeça na poltrona que estava sentado, tragando


longamente e soltando a fumaça em frustração consigo mesmo. Seus olhos
pesados se fecharam e ele só queria voltar no tempo.

— Algo que o magoou... eu sei que sim, e o que ele fez na mesa não
justifica o que eu falei. — Foi a unica coisa que Louis comentou.

Liam assentiu mesmo sem o mais velho ver, se levantando e caminhando


pela sala enquanto tomava sua cerveja. Ele não entendia o mais velho,
assim como não entendia o cacheado. Não poderia afirmar que os dois
estavam apaixonados, mas a tensão deles era enorme. Liam percebia aquilo
até mesmo antes de conhecer Harry, quando Louis apenas chegava em seu
apartamento e de Zayn depois de uma briga com Harry e dormia lá pra não
precisar vê-lo. E reclamava do mais novo a noite toda. Liam sempre
estranhou aquilo, nunca achou que era ódio de fato. Louis tinha o pavio
muito curto e se odiasse Harry tanto como diz, já teria perdido a paciência
com ele e partido para cima dele, não se importando nem se ele era filho
dos patroes de sua mãe. Mas Louis apenas reclamava e reclamava. E depois
que começou a ver os dois juntos no mesmo lugar, percebia os olhares que
eles lançavam uma para o outro, as vezes cheios de raiva, mas quentes,
como se pudessem se atacar com beijos a qualquer momento.

— Em falar em Harry... acho que ele precisa de ajuda. — Liam falou rindo
quando viu pela janela, Harry e Zayn no quintal, perto da piscina.

Louis abriu os olhos e franziu o cenho indo até Liam e vendo ao longe
Harry se apoiando em Zayn parecendo estar bêbado ou algo assim.

— Ele está bêbado?

— Não sei... mas acho que Zayn não está conseguindo tomar conta dele.

E foi quando Louis foi até Harry junto a Liam, que se deu conta que o
garoto estava chapado. Literalmente. Ele mal conseguia se sustentar nos
próprios pés, não porque estava tonto ou algo assim, mas porque a brisa da
maconha o pegou forte, já que era sua primeira vez. E como alguém como
Harry Styles cogita sequer a por um baseado na boca? Fácil. Zayn explicou
que estava conversando com o garoto quando revolveu fumar, porém, todos
sabem como Harry estava cuidadoso com Zayn por ele estar gravido. E
Harry levava bebês muito a sério, muito mais que o próprio Zayn e não quis
que ele fumasse, queria jogar fora como vinha fazendo com seus cigarros,
mas acontece que Zayn amava maconha, não iria jogar seus baseados fora.
Mas Harry era persistente e Zayn brincou dizendo que não fumaria, caso ele
fumasse. Apenas brincou, mas Harry fumou seus dois baseados longos. E
todo mundo que fuma sabe como a primeira brisa sempre é a mais intensa.
Veja, Louis que já estava acostumado, apenas estava calmo e relaxado,
tinha vezes que ele nem viajava em seu mundinho, como naquela hora. Mas
Harry, ah, Harry estava vendo constelações.

Era engraçado para Zayn e Liam ver um garoto tão certinho chapado pela
primeira vez. Mas não para Louis, que ultimamente estava mais protetor
com ele (se retirar a ultima conversa desagradável deles). Por isso, falou pra
Zayn e Liam entrarem e que ele cuidaria de Harry, pois não precisava de um
gravido risonho e um bêbado o ajudando, embora ele próprio também
estivesse brisado, porem muito menos que Harry.

— Vem, eu vou te levar para sua cama. — Louis disse, os movimentos do


seu corpo lentos, mas os do Harry também estavam então não foi esforço
nenhum traze-lo para perto de si, colar seus corpos. Harry o abraçou, e
fechou os olhos, enfiando a cabeça em seu pescoço, e Louis estava muito
menos chapado então aquilo o pegou fortemente, seu corpo se tornando
mais fraco e ele queria beijar cada pedacinho de Harry.

— Não! Tem coisas estranhas no chão! — Harry comentou, seus olhos


pesados e vermelhos olhando atentamente para o chão, Louis sabia que ele
estava apenas alucinando. Na sua primeira vez viu monstros como
pesadelos. Então o entendia. Dependendo da brisa, você podia ficar louco
de uma forma boa ou ruim.

— O que tem no chão? — Louis perguntou calmo, não só porque estava


chapado, mas porque não queria gritar com Harry depois de tudo.
— Não sei... uns bichinhos... — Harry comentou choramingando. — Na
piscina, ali e ali na porta. — Ele foi apontando e Louis olhando para o que
claramente era nada, e então Harry pareceu se assustar quando olhou para a
entrada da casa, puxando a camisa de Louis. — Não podemos ir pra cama,
eles vão pegar a gente!

Louis deixou que Harry se agarrasse a si e sentisse medo, não porque


apenas estava chapado e vendo coisas que não existe, mas também porque
te-lo junto a si era bom demais, ainda mais depois da briga que tiveram.
Louis teve aquela sensação de nunca mais estar tão perto do mais novo, e
agora estava, não queria solta-lo, mas caso o fizesse, já tinha seu nariz
enterrado em seu pescoço cheirando aquele aroma docinho para guardar
consigo em seu coração, como fez depois que transaram pela primeira vez,
quando Harry estava dormindo em seus braços e Louis sabia que se
esforçaria pra deixar de ser apaixonado por ele no dia seguinte, mas
guardou o cheiro consigo.

— Onde não tem bichinhos? — Louis falou contra o pescoço dele, os olhos
pesados pela maconha, quase fechados, e suas mãos firmes na cintura dele.

Mas é que para Harry tinha bichinhos em todos os lugares e tudo girava.
Louis não queria que ele entrasse em uma crise de choro de ansiedade até
que o efeito acabasse, porque aquilo poderia demorar. Então o levou para o
único lugar que Harry não via nada. No caso, o telhado. Não foi difícil os
garotos irem para lá, uma vez que ambos sentiam os corpos tão leves e
Louis segurava Harry como uma pena. Quando chegaram, se sentaram
sobre o telhado e Harry pareceu se acalmar.

— Está tudo girando... eu não sinto meu corpo. — O mais novo abaixou a
cabeça e pôs as mãos sobre ela, e Louis entendia aquela sensação de não ter
gravidade, era horrível.

— Shh. Vai passar. — Prometeu. Deitando e logo em seguida puxando


Harry para cima do seu corpo, só pra ele ter uma noção de que está sentindo
algo. Que não iria cair a qualquer momento. O mais novo deitou a cabeça
em seu peito e agarrou sua camisa com força, respirando fundo e sua testa
suando, Louis passando a mão entre seus cachos e o ninando feito um bebê.
Era uma situação onde os dois estavam chapados, Harry tendo seu primeiro
baque, e mesmo assim, Louis sentia seu coração pular por estar abraçado a
ele em uma noite cheia de estrelas sobre o telhado enquanto um vento
gostoso batia em seus corpos. Ele queria falar muitas coisas para o mais
novo, queria, principalmente, que ele sorrisse.

Se passaram alguns minutos até Harry se acalmar um pouco e sair daquela


brisa negativa. Ambos estavam sonolentos, e Harry tinha os olhos
vermelhos como sangue que foram abertos e mirados para um ponto
especifico, ainda agarrado a camisa de Louis como se ele fosse seu escape,
ainda com o rosto ali.

— Ei... — Levantou um pouquinho a cabeça até estar olhando melhor para


algumas arvores ao longe. — Parece as flores de Fuji.

— O que? — Louis não entendeu, levantando a cabeça para mesma direção


que Harry olhava, apenas vendo o verde escuro das arvores ao longe.

— Wisterias. — Respondeu rindo, Louis sabia que aquela risada do nada


era o efeito da maconha e que ao menos ele estava começando alucinar de
uma forma boa. Mas mesmo assim olhou para aquele sorriso como se fosse
a coisa mais linda do mundo, seu coração se aquecendo com aquilo quando
o seu dia todo foi amargo. — Flores de Wisterias, no Japão, Fuji. Em maio
elas aparecem bastante pela cidade de Ashikaga, há um parque também,
''Flower Park'' e é lindo... as flores contaminam o lugar todo e parece um
sonho... eu nunca fui, mas é o meu desejo. — E então a divagação. Louis
nunca achou que acharia alguém tão bonito chapado. Harry simplesmente
apontava para arvores ao longe que eram verdes e não havia nenhum lilás
então falava o mais lento possível, rouco, baixo, bonito, rindo no processo,
sorrindo, as mãos agarrando sua camisa, os olhinhos vermelhos e pesados.
Louis achava que era impossível negar para si mesmo o óbvio que estava
acontecendo no seu coração, quando via o mais novo daquele jeitinho. —
Não é lindo?

— É lindo. — Louis respondeu, não porque via as flores, mas porque estava
falando que Harry é lindo.
Harry soltou uma risadinha e o olhou logo em seguida, seu sorriso
morrendo ao encarar os olhos azuis tão de perto. E então, se remexer em
cima dele e se aninhar como um gatinho, Louis lhe abraçou todo protetor do
mundo, e Harry encarava seus olhos com adoração.

— As estrelas estão nos seus olhos. — Divagou, encarando com paixão os


olhos azuis. — O céu de Starry Night Over The Rhone, de Van Gogh, são
seus olhos. E é lindo.

✖✖✖✖✖

Eles ficaram por ali por longos minutos e Louis acrescentou na sua lista de
melhores coisas para se fazer escutar Harry chapado e divagando. Era só
lindo demais.

No entanto, depois daqueles minutos, Louis levou Harry até o quarto pro
garoto descansar. Se passaram algumas horas e quando bateu 3:00 horas da
manha, Louis decidiu que não conseguiria dormir se ainda tivesse assuntos
pedentes com o mais novo porque aquilo estava o corroendo. Foram ás 3:05
que ele levantou da sua cama e saiu do seu quarto. Foram ás 3:07 que bateu
na porta de Harry e foi nos segundos seguintes que ouviu um ''entra''
baixinho, um Harry já pronto pra dormir só com uma blusa grande e larga
que cobria suas coxas, e um rostinho pós brisa que o deixava lindo. Aquele
clima vergonhoso pela briga que tiveram, embora tenham tido aquele
momento no telhado. Mas o efeito da maconha já havia passado. Mas as
magoas permaneciam lá.

— Eu preciso conversar com você. — Louis disse.

— Eu também. — Harry respondeu de imediato. Estava com dor de cabeça


por conta da maconha, mas ele estava bem e não queria adiar aquilo. Ainda
mais quando nem tudo no telhado foi alucinação.

— Eu queria — Os dois falaram juntos. Ambos afobados.

— Deixa eu falar primeiro. — Harry pediu, dando tapinhas na cama para


que Louis se sentasse. Só naquele momento vendo que ele tinha uma sacola
em mãos que o acompanhou quando se sentou a sua frente, não sabia o que
era, Louis também não falou. — Eu preciso falar primeiro porque não sou
muito bom nessas coisas. Na verdade eu sou horrível e talvez eu piore tudo,
mas então prefiro falar logo de uma vez antes que eu esqueça tudo e —
Começou a falar sem folego, ansioso demais.

— Calma. Tudo bem, você pode falar. — Louis deu um meio sorriso que
acalmou o mais novo.

— Eu sei que você não contou nada para ninguém. — Harry começou em
sussurros baixos, ele nem olhava para Louis, apenas ficou brincando com
seus dedos. Seu nervosismo fazendo pegar o travesseiro e abraçar,
continuando a mexer nos dedos. — Eu não perguntei pra Stan, mas conclui
depois que me acalmei. E eu sei que fui idiota de te acusar de coisas que
você não faria. Mas é só que você sabe que eu sempre me achei o suficiente
para todos, eu nunca fui inseguro. Mas você também sabe que fazer am-,
quero dizer, sexo, é importante pra mim... e eu só fiz com você, porque de
certa forma, mesmo com todas as implicâncias eu confio em você. Mas eu
sei que você não é como eu e fica com um monte de gente, e eu não estou te
julgando por isso. Mas quando Stanley disse que sabia sobre a gente, eu me
senti... eu me senti como qualquer pessoa pra você.

Harry comentava tudo baixinho demais, ele não conseguia olhar Louis e
nem parar de mexer em seus dedos, ele falava com um bico nos lábios
como o lindo mimadinho que era e Louis queria pegar aquele garoto e dar a
ele o que ele pedisse.

Estava sendo difícil pro mais novo se abrir, mas ele estava tentando.

— Harry, você é inseguro comigo? Você se importa do que eu acho sobre


você? — Louis interrompeu Harry e teve que levar sua mão ate seu peito
como se isso fosse acalmar o quanto seu coração estava desesperado por
aquele garoto.

— Essas coisas são importantes pra mim. Se você é o cara que conseguiu
minha confiança pra isso, minha cabeça se enche de pensamentos, do tipo
você me comparar com outras pessoas. Você tem outras pessoas. — Havia
ate um pontinha de ciume enquanto Harry falava, as bochechas infladas, os
lábios gordinhos em biquinhos adoráveis. Louis achava que iria desmaiar ao
ver como Harry estava sendo tão vulnerável. Bom, Harry também estava
hoje mais cedo, mas de uma forma negativa.

— Eu realmente não contei nada para Stanley, ele apenas chegou mais cedo.
— Comentou sincero, isso acalmando o coração do mais novo. — Você não
precisa pensar essas coisas de mim... como se eu te usasse. Você é diferente,
eu fiz amor com você, não sexo. Você não sentiu isso das vezes que ficamos
juntos? — Havia um brilho no olhar de Louis que soava tão verdadeiro que
Harry sorriu feito um bobo. — Eu sei que essas coisas são importante pra
você. Eu posso ser um troglodita, como você fala. — Riu um pouquinho. —
Mas não faria nada que fosse traumático, ainda mais quando você confiou
em mim.

Louis queria estar falando apenas como uma pessoa que se preocupou com
o sexo para que fosse bom para Harry, mas ele sentia que era muito mais
que isso. Não era só porque Harry era delicado então dava carinho pra ele
nessas horas, era porque ele realmente queria o dar carinho.

— Eu senti... — Ele tinha a cabeça baixa, mas os olhos em Louis, os dedos


afundando no travesseiro como um adolescente bobinho. — Você não ligar
que eu fale ''fazer amor''?

— É importante pra você?

Harry assentiu, os olhos verdes brilhando.

— Então fizemos amor.

Harry suspirou, se contendo para não se jogar nos braços do mais velho.
Eles tinham aquela nuvem de paixão ao redor deles e eles ainda podiam
fingir para o mundo e para si mesmos que aquilo entre eles era nada demais,
mas quem os visse agora notariam os olhos verdes e azuis apaixonados.

— Eu senti... mas eu surtei ao pensar na possibilidade de ser usado. E falei


aquelas coisas pra te magoar... mas foi da boca pra fora. Você é sim um
artista e faz uns grafites lindos. Seu pai ficaria orgulhoso de você... me
perdoa por isso. — Harry estava pedindo desculpas quando nunca pede e
ainda sem gaguejar, parecendo realmente sincero e olhando nos olhos do
mais velho.

Louis já recebeu inúmeros elogios, mas aqueles de Harry... aqueles o


alegravam como nunca outro antes. Harry nunca havia falado que gostava
de seus grafites e muito menos contemplar falando que Mark ficaria
orgulhoso, o mais velho se sentia frágil e fraco, ele se derreteu apenas por
um elogio. Um elogio foi o suficiente para encobrir todos os xingamentos
anteriores. Ele queria desenhar Harry naquele momento só pra grava-lo da
forma mais bonita.

— Você tirou uma foto...

— Porque era tão lindo... você faz arte! — Deu enfase. O garoto estava tão
transparente naquele momento que Louis achava conseguir ver o coração
dele, e se realmente via, então ele batia por ele. E o seu não estava diferente
pelo mais novo.

Louis de repente se sentiu extremamente mal.

— Eu não deveria ter magoado você... — Louis falou decepcionado


consigo mesmo, Harry entendendo aonde ele queria chegar e fechando o
sorriso, porque aquele assunto era delicado para ele. Seu rosto se
encostando no travesseiro e ele desviando o olhar.

Louis queria que tivesse sido diferente.

— Eu te provoquei... — Harry sussurrou. — Eu também falei coisas ruins.

— Não importa. Eu não deveria. — Deu enfase. — E eu fico enojado


comigo mesmo. Porque eu sei que você fala um monte de coisas da boca
para fora, mas que não são necessariamente verdades. Só que eu não quis
ver isso hoje e toquei em um assunto que realmente te magoa de uma forma
bruta. Você estava surtando e tirando conclusões precipitadas porque estava
inseguro, porque aquele merda te fez inseguro, e eu piorei tudo tocando
nesse assunto e me gabando que não sou ele, mas te magoei de qualquer
forma. Se fosse pra eu ficar irritado contigo, eu deveria apenas virar as
costas e não machucar seu coração.
— Tudo bem... não precisa se desculpar porque já te perdoei, estamos
quites. — Harry disse baixinho, mas não estava tudo bem. Ele parecia
verdadeiro ao que falava que estava perdoando Louis, mas Louis queria que
Harry esquecesse daquele merda. E não ajudou quando trouxe o assunto de
volta de uma forma bruta o fazendo se envergonhar.

— Não, Harry. Escuta, eu não estava bisbilhotando sua conversa com


Gemma naquele dia... eu estava passando e escutei casualmente. Eu fiquei
com tanta raiva que eu juro que mataria ele se o visse na minha frente. Eu
não comentei nada com você porque sabia que você se sentia mal. E tive
paciência com você porque via o quanto seu olhar estava diferente e triste.
Eu não quera te deixar mais triste ainda, porque podemos ter inúmeras
diferenças, mas eu não quero quebrar seu coração. — Louis estava mais
próximo... suas mãos tocaram as bochechas do mais novo, formando uma
concha ali ao agarrar a carne gordinha e Harry se esfregou em sua mão
como o gatinho carente que era. — E pensava que se um dia você quisesse
se abrir comigo, então eu te compraria todas as lingeries que aquele filho da
puta rasgou e te colocaria no meu colo, nada mais importaria porque eu te
encheria de beijos e carinhos que você merece e diria todas as partes lindas
do seu corpo. Eu faria você esquecer dele.

Louis sentiu a lagrima gordinha que caiu em sua mão e seu coração quebrou
com aquilo. Aquele garoto... ele era apenas delicado demais, apesar de tudo.
Não queria quebrar ele.

Ele se deu conta, naquele momento que olhava o rostinho choroso e


carente, que estava completamente apaixonado por aquele mimadinho de
novo.

Deus, ele estava! Tão apaixonado, talvez mais ainda do que da primeira
vez.

— Você me mimaria como se fossemos crianças novamente? Como quando


eramos amigos? — A voz dele estava baixinha e infantil, nem percebendo
que chorava e que Louis limpava cada lagrima ali.

— Eu faria tudo que você quisesse.


— De uma forma verdadeira? — Sussurrou bem baixinho quando sentiu os
lábios de Louis beijando suas lagrimas, pegando cada uma delas. Seus olhos
fechando e agarrando os ombros dele.

— Uhum. Eu posso fazer isso agora. — Os lábios se arrastaram, pelas


bochechas e maxilar de forma carinhosa, Louis fazia isso muito quando
eram pequenos e o mais novo chorava ate mesmo por coisas minimas.
Louis costumava mimar muito ele, como estava fazendo naquele momento.

— Promete? — Harry pegou no rosto de Louis e o olhou um tanto


desesperado por aquilo, porque ele precisava de carinhos. — Pelo menos
por essa noite? Vamos ser amigos de novo essa noite, por favor?

Louis se controlou para não dizer que estava se apaixonando por ele de
novo. Se controlou para que seu coração não começasse a ama-lo.

— Sim... prometo, Haz. — Disse o apelido dele com um sorriso que fez
Harry sorrir de novo. — Como um bom amigo, por uma noite, eu trouxe um
presente pra você.

Arrastou a sacola e pôs no colo de Harry. O garoto sorriu gigante, Louis se


perdeu naquelas covinhas, querendo morar ali pra sempre. O mais novo
enxugou o restante das lágrimas, ele estava feliz novamente e aquilo faria
Louis feliz por uma junção de dias adiante.

— Eu adoro presentes! — Harry exclamou o óbvio... realmente como uma


criança novamente, mimado e fofo.

Harry abriu a sacola e tirou os papeis da frente, seu coração acelerando ao


ver o que era.

— Talvez você ainda não queria usar outra... mas você fica tão lindo nelas...

Harry retirou as meias pretas e delicadas da sacola, de rendas com alguns


desenhos de flores, as ligas eram também pretas mas havia uma separa em
especial de pedrinhas como diamantes, delicada demais. E a calcinha era da
mesma cor, com alguns desenhos em aberturas atras que deixaria a maior
parte de sua bunda de fora, a parte do meio sendo fio dental, e havia um
laço delicado em cima. Harry arfou.

— Eu comprei alguns dias atras... antes mesmo de nós ficarmos juntos


novamente. Eu estava passando em frente a uma loja e a vi... lembrei de
você e de como você ama elas em seu corpo. — Louis queria apenas que
Harry ficasse feliz e seguro novamente de vestir aquelas peças delicadas
que aquele filho da puta do seu ex rasgou enquanto dizia que ele deveria
ficar feio nelas. Se ele soubesse o quão Harry era lindo daquele jeito,
cortaria a própria língua. — Sei que não é de marca como as outras, talvez
ela rasgue com facilidade... mas —

— Você vai ser meu amigo de novo essa noite? — Harry o interrompeu e
disse cheio de lagrimas nos olhos pelo presente. Louis assentiu calmamente.
— Então eu vou experimentar seu presente.

O mais novo estava muito tocado e tão vulnerável que ele se sentia
pequeno, mas dessa vez de uma forma boa.

Desde que Fionn havia feito aquilo com ele, que começou a se sentir muito
inseguro. Ele havia dito que Harry não tinha corpo para aquilo, que deveria
ficar horrível, e Harry acreditou. Acreditou tanto que não comprou novas.
No entanto, o único garoto que o viu vestido daquela forma estava li, lhe
presenteando com uma tão linda, que fazia seus olhos transbordarem. Louis
naquele dia disse o quão lindo ele ficava naquelas peças, então Harry o
mostraria novamente.

Harry pediu todo bonitinho para Louis se virar de costas e Louis fez,
chocado que Harry iria mostra-lo como ficou, como da ultima vez. E o mais
velho se sentia possessivo por ter aquele sentimento de que Harry estava
confiando nele de novo. Era único a se deitar, o único a vê-lo com aquelas
peças, porque Harry confiava nele apesar de tudo. Eles poderiam implicar
um com o outro e ter inúmeras diferenças, mas eles confiavam um no outro.
Aquilo era tão bonito. Louis apagaria tudo de ruim da mente de Harry
naquela noite.

Se passaram alguns minutos até Harry dizer que ele podia se virar. O mais
velho se sentiu como se o coração parasse. Como da ultima vez, Harry
estava com um pé sobre o outro, as mãos na frente do corpo. As meias
delicadas subindo até as coxas, a liga prendendo na calcinha e na meia. As
meias tão apertadas que as coxas saltavam de tão gordinhas, vermelhas pela
vergonha. Havia a correntinha que brilhava tanto como se fosse pequenos
diamantes presa na sua coxa também, o deixando tão delicado como uma
princesa. A calcinha era muito mais sexy que a de quando eles transaram
pela primeira vez. A outra sendo rosa claro e cobria metade de sua bunda,
essa na parte do meio era fio dental e com algumas aberturas nas nádegas, e
embora tivesse o toque delicado do laço, ainda sim, o deixava sexy demais.
Louis viu quando o garoto se virou pra ele, queria tocar suas mãos ali mas
as controlou.

— Harry... — Louis praticamente gemeu.

— Hum? — E Harry sabia que ele também.

— Vem aqui, uh? — Pediu e o mais novo se virou.

Harry se aproximou devagar até estar na frente de Louis, o mais velho


encostou os dedos em sua cintura com toda delicadeza do mundo. Tocando
nas gordurinhas que tanto gosta e plantando dois beijos nelas porque sabia
que o mais novo não gostava delas. Harry estava tão encolhido e tímido por
estar tao exposto que ele era uma cena bonita de se ver. E então, o fez se
sentar em seu colo.

— Escuta o que eu vou te dizer, hum? — Pediu, tocando nos cabelos dele e
fazendo um carinho bom, o mais novo o envolvendo com os braços ao
redor do pescoço, todo coradinho. — Nunca deixe ninguém dizer o que é
bom ou não em você. Alguém como ele... porque ele não merece você,
babe. Você não merece alguém que te bajule, você merece alguém que te
ame. — Louis tentava falar aquilo como se não estivesse falando de si
mesmo, e por isso aquilo quebrava seu coração, porque não estava se
incluindo, mesmo assim, prosseguindo. — Que te ache lindo, não pela clara
beleza que todos enxergam, mas pelo seus mínimos detalhes. Alguém que
ame como seus cabelos se enrolam nas pontas e caem sobre seus ombros.
Alguém que saiba cada pintinha bonita que você tem no rosto. Alguém que
perceba que você cora quando é elogiado verdadeiramente e que vai
esconder o sorriso com os cachos. Alguém que note que suas covinhas
ficam extremamente mais fundas quando você está realmente feliz e que
note que seus olhos chegam a quase um azul no sol. Que você prende os
cabelos quando acha que eles estão indomados demais e que usa o mesmo
perfume doce desde os 16 anos. Que tem pintinhas na clavícula e que
trocaria uma tarde de compras pra assistir filmes clichês com o amor da sua
vida. Que seu maior sonho é ter bebês e uma família enorme com alguém
que ame, e esse alguém notar que você põe o pé em cima do outro quando
esta com vergonha. Alguém que goste até das gordurinhas de sua cintura e
que veja o quão você é maravilhoso em lingeries. Alguém que te trate como
uma princesa, não com bajulação. Porque quando você encontrar esse
alguém, você vai ter certeza que ele te ama.

Apertou com possessão a cintura de Harry porque queria que ele


encontrasse esse alguém, mas não queria deixa-lo quando isso acontecesse.

Harry tinha os olhinhos cheios de lagrimas e deu um beijo na bochecha de


Louis e depois no nariz perfeito dele, e então em seus lábios. Era um beijo
apaixonante.

As bocas se chocaram com vontade, as línguas se enroscando em uma


paixão desconhecida por ambos mas tão bom que parecia tão doce. Eles não
queriam pensar em nada naquele momento. Tirariam a madrugada para
serem bons um com o outro novamente. E Harry queria morar nos lábios de
Louis para sempre.

— V-Você me acha lindo? — Harry perguntou entre os lábios dele, sempre


precisando saber daquilo, como um lembrete. E havia algo no modo que
Harry o olhou que deixou Louis hipnotizado, Harry parecia ter dezoito
novamente, a cabeça inclinada para o lado, os cachos acompanhando e a
voz saiu sussurrada e apaixonada.

— Lindo... Uma princesa. — Harry estava atacando seus lábios com


ternura, ele queria chorar, ele estava chorando, Louis estava o fazendo tão
bem que não conseguia lembrar de um ex nojento.

— Eu queria que você me desenhasse... queria que você gravasse essa


noite. — Harry sussurrou, chupando os lábios do mais velho. Seu corpo
tremendo em cima dele e nada ali era sexual, eles estavam em uma bolha
amorosa. Harry sentia que iria desmaiar sufocado com aquele sentimento
tão bom. Louis apertou seu corpo mais forte ao ouvir ele falar, Harry
resmungando satisfeito. — Mas no momento eu aceito uma foto... eu quero
que você tire um foto minha, Lou, e poste. — Se Louis estava se sentindo
possessivo com suas mãos, tratando Harry como sua princesa, Harry
também estava sendo possessivo. Ele queria mostrar para todos que naquela
noite foi a princesinha dele, que ele o tratou tão bem e que estava o
mimando perfeitamente, fazendo-o chorar de felicidade. Não que fosse
mostrar seu rosto, mas queria mostrar que era dele naquele momento.

E é obvio que Louis tirou. Deus, sim! Ele estava tão possessivo que só
queria gritar pra todos que aquele garoto era precioso. Harry mesmo que se
posicionou na cama, e ficou de joelhos, de costas, o bumbum empinado. Ele
estava tão gostoso e fofo, Louis tinha uma ereção nítida nas calças, aquela
bunda estava cheiinha na calcinha de uma maneira tão adorável que Louis
queria enche-la de beijos. Tirou a foto mais linda da sua vida e postou com
a mesma legenda que Harry postou seu grafite.

Art. (Foto na mídia)

E depois daquilo, Harry deitou-se em cima de si e os beijos voltaram


desesperados para se sentirem mais ainda um do outro, eles precisavam
estar nos braços um do outro, morar la. O coração deles gritavam por aquilo
enquanto seus lábios desesperados massageavam um ao outro de uma
maneira gostosa.

— Você está me confundindo tanto... — Sussurrou Harry com o coração


quentinho.

— Você também. — Os lábios estavam se esfregando e Louis o tocava


como se ele realmente fosse uma obra de arte.

— Mas é tão bom... eu te odeio tanto... — Harry sorri ao falar a ultima


frase, gemendo bem baixinho em um soluço quando Louis enroscou mais
ainda seus corpos e o beijou com amor.
— Eu também te odeio... tanto... tanto... tanto, seu mimadinho! — E o mais
velho prendia seus corpos em uma necessidade extrema. Como um escape,
Harry estava se derretendo com os beijos fortes e com as mãos possessivas,
chorando de tão bom. Seus olhos lacrimejando por se sentir tão desejado. E
Louis não sabia se aquele ''tanto'' dava enfase no seu ''ódio'' pelo garoto, ou
expressava o tanto que estava apaixonado por ele.
12. i'm having our future

N: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIE

Como estão? Mais uma vez eu aqui nas madrugadas aushaushaush. Me


perdoem, eu sou uma pessoa que dorme de dia, não a noite. Por isso
quase nunca entrego a att cedo.

Mas tenho um comunicado. Eu estou pretendendo terminar a fic antes


das minhas aulas na faculdade voltarem, ou seja, no máximo até dia 13
de fevereiro. Se eu vou conseguir? Bom, eu não sei. Mas fiz as contas
aqui e da certinho caso nenhum imprevisto aconteça. Eu sempre disse
que a fic terminaria no cap 17 ou 20 no máximo, então eu estava
organizando todos os rascunhos dos próximos capítulos e deu que a fic
termina no capitulo 18. Ou seja, daqui a seis att's. No máximo termina
no capitulo 20 se eu dividir algum que fique muito longo, mas vou
tentar terminar no 18 mesmo. Vou tentar entregar as 6 att's que faltam
até no máximo 13 de fevereiro. Isso significa que: Esqueçam as att's
fixas no domingo. Eu vou atualizar NO MINIMO uma vez por semana,
mas não terá dia fixo. Vai ter semanas que vão ser 2 vezes pra eu
conseguir finalizar a fic no prazo. Pra que eu consiga, não vou definir
dia fixo. O único motivo deu ter posto as att's nos domingos é porque
estava em época de aula, então final de semana, especialmente
domingo, era quando eu estava livre. Mas agora as atts vão sair de um
jeito imprevisível kkk mas fiquem tranquilos que será no minimo uma
vez por semana, como sempre, as vezes duas. E quando tiver, eu vou
avisar no meu perfil aqui e no twitter então me sigam. harrybottomzin.

Chorando já que a fic não está tão longe de terminar. :( mas relaxem
que eu tenho milhares de plots de outras fics pra vocês. <3333333333

Enfim. Esse cap ta cheirosinho e acho que vão deixar vocês ansiosos
pro próximo rs
Perdoem os erros e boa leitura. <3

______________________________

Harry tinha os olhos verdes pesados encarando a janela do quarto enquanto


um ar frio entrava por ela, o som de corujas era ouvido e o garoto duvidava
que tinha dormido mais que 2 horas, porque ainda era madrugada, a lua
ainda estava lá, a manhã não havia chego, Louis ainda não havia ido
embora e Harry estava feliz com isso.

Ele sentia o corpo do mais velho atras de si, o abraçando, o mantendo


consigo.

Eles ficaram a noite toda se beijando. Harry em cima do corpo do mais


velho, as pernas em cada lado da cintura dele, os lábios juntos aos dele em
beijos amorosos ao mesmo tempo que desesperados. Lembra das suas
pernas bambas, das suas coxas pressionando a lateral do corpo de Louis. E
amava as mãos dele em seu corpo. Louis tinham mãos quentes, eram
masculinas mas com toques sempre delicados até mesmo quando o pegava
firme, porque ele tinha dedos leves, suaves, um simples toque dele mesmo
que fosse sutil era o suficiente para Harry se arrepiar. E elas percorreram o
corpo dele, quase a madrugada toda. As palmas leves tocaram suas coxas,
Louis parecia ter um tipo de adoração por elas, e então descansavam em sua
bunda, as duas palmas nas duas nádegas suavemente, massageando elas
como se estivesse tocando algo quebrável, era delicado. E ele se viciou em
brincar com a calcinha de Harry, os dedos se enrolaram ali por algumas
vezes, estalava o pano contra a pele dele, contemplava a magnitude de seu
corpo naquelas peças, repetia os elogios que faziam Harry ficar radiante, e
então rosnava quando o prazer falava mais alto pelos beijos do mais novo.

Eles rolaram na cama algumas vezes, e Harry se controlava pra não gemer
quando Louis estava por cima de si, com a mão em uma das coxas,
prendendo sua perna no quadril dele e beijando seu pescoço. Não era como
se ele fizesse com alguma intenção, como se estivesse o estimulando pra
eles transarem. Louis fazia com adoração, Louis apenas estava
contemplando aquele corpo que ficava tão lindo de lingerie, estava apenas o
fazendo bem, mostrando pra ele que ninguém é maior que Harry e suas
vontades, e seu jeito. Louis só estava dando a ele o que ele merece. Mas
talvez todos aqueles beijos e toques suaves e toda a lentidão acendia o
corpo de Harry mais rápido. Porque o garoto era sensível, e toques sensíveis
o fazia tremer.

Louis lhe beijou e lhe tocou com paixão, Harry poderia gozar sem nem
estar encostando no corpo dele.

O garoto estava dolorido demais, Louis tinha acabado com ele na noite
anterior, qualquer movimento fazia o corpo do mais novo arder. Mas Harry
também estava tão sensível, ele tinha tido suas emoções a flor da pele ao
brigar com Louis, e mais uma vez esteve no ápice de suas emoções quando
conversaram e se entenderam um pouco, ele estava carente, ele quase pediu
pra Louis toma-lo mais uma vez. Mesmo que estivesse dolorido e aquilo
seria 2 vezes mais doloroso, mas ele quase pediu. Enquanto Louis lhe
beijava com ternura, Harry quase teve um orgasmo apenas movido pela
paixão.

Ele lembrava daquelas coisas enquanto seus pés se contorciam, porque ele
continuava carente. Algumas horas atras havia se controlado para não vir,
mas de nada adiantou porque sonhou com Louis. Duas horas longas de
sonho com o mais velho dentro de si fortemente, tão forte que fazia Harry
gritar. Ele só estava bastante sensível com os últimos acontecimentos, não
apenas pelos seus sentimentos estarem uma confusão, mas porque tinha
transado com Louis. Não parou pra pensar muito na noite que tiveram
porque na manhã seguinte já estavam brigando e cheios de mágoas. Mas
enquanto dormia nos braços dele, depois de uma noite sensível onde Louis
parecia apaixonado, Harry tinha os pensamentos descontrolados. Ele era
tímido quando se tratava de intimidade, ele ainda se escondia com
travesseiros e lençóis, ainda tentava controlar os gemidos embora depois
estivessem descontrolados, mas no sonho... no sonho ele se soltava tanto.
No sonho ele estava de quatro, no chão. Deus, aquilo era muito. Ele estava
com a cabeça apoiada nos braços e a bunda bem empinadinha para o mais
velho enquanto implorava pra ser fodido por ele. E Louis o fodeu tão bem...
tão forte. No sonho era doloroso mas tão gostoso ao mesmo tempo.
Lembrando dessas coisas, Harry tinha as bochechas extremamente rosas,
olhou para baixo e seu tronco estava desnudo, o lençol apenas na sua
cintura para baixo, enxergava a mão de Louis nela, levemente com os dedos
ali. A respiração dele em seu pescoço. Harry não conseguia ver mas sentia
seu membro lutando por espaço dentro da calcinha porque tinha acordado
tão, tão duro. O mais novo conseguia sentir a umidade ali, nada tímida.
Seus olhos estavam cheios de lagrimas porque ele quase gozou sonhando,
mais uma vez por causa de Louis. Sua bunda estava roçando o quadril dele.
Sentia o quão o mais velho estava duro também por conta da ereção matinal
e tudo que o mais novo queria era se esfregar contra ele pra se livrar
daquilo.

Era vergonhoso pensar que estava quase chorando por causa da


sensibilidade, que era capaz de gemer só com os pensamentos que teve em
seu sonho, que seu sonho foi tão realístico que sentia o seu pau pulsar,
quase gozando com o sonho, o que o fazia estar a beira de um orgasmo ali
sem ter feito nada. Sua entrada ainda estava dolorida mas ele queria
esfregar ela na ereção de Louis, bem devagarzinho.

Seus pés estavam se contorcendo e ele apertou o travesseiro com uma mão,
a outra foi inconscientemente para a de Louis em sua cintura, estando por
cima dela então apertou sem ao menos perceber, fazendo Louis apertar sua
cintura, aquilo fez seu corpo reagir e se remexer, acidentalmente sua bunda
rebolando devagar no membro duro de Louis. Harry prendeu o gemido na
garganta, ficando quietinho logo em seguida.

Sua respiração estava pesada então abraçou o travesseiro com força, suas
coxas roliças se pressionando uma na outra para aliviar a dor em seu
membro. Ele realmente podia chorar.

Sentiu Louis lhe abraçar com força, aquilo o fez ficar paralisado, sentiu os
lábios dele em seu pescoço, pertinho de sua orelha.

— O que houve? — Louis perguntou baixo, Harry fincou suas unhas na


fronha. — Não fique hesitante de se remexer em mim, Harry. Eu acordei
com seus gemidos enquanto você dormia. — O corpo do mais novo ficou
mais travado ainda, suas bochechas queimando. Mas não conseguiu evitar
de resmungar pela voz de Louis na pontinha da sua orelha. — Não tenha
vergonha... olhe como fiquei quando você começou a gemer baixinho. —
Louis segurou firme na cintura de Harry, o puxando um pouquinho pra trás
e fazendo a carne macia de suas nádegas se esfregar na ereção dele. Estando
tão dura que Harry se arrepiou todinho. — Você gemeu tão gostoso... você
estava soluçando meu nome. Me conte o que estava passando em sua
mente, babe.

Harry sentiu sua calcinha se encharcar, ele se sentia envergonhado, mas


veja, não o culpe, ele realmente quase gozou com o sonho e qualquer
coisinha o faria vir. Louis sussurrar aquelas coisas em seu ouvido o fazia
lacrimejar. O pano delicado da calcinha não conseguiu mais resistir abrigar
seu pau, ele pulando para fora dela e melando sua virilha de pre-gozo.

Harry segurou no colchão enquanto metade do seu rosto estava prensado no


travesseiro, as mãos de Louis forte em sua cintura, o quadril dele sendo
pressionado em sua bunda, mas nem precisava, porque Harry estava
rebolando devagarzinho em seu pau. O mais velho rosnou em seu pescoço.

— Eu sonhei com você! — Harry falou em um miado, sentiu em seu


pescoço Louis soltar um ''hum'' para que ele continuasse, um beijo molhado
foi depositado ali. O mais novo não conseguiu continuar, Louis havia
levado a palma de sua mão em uma das nádegas, alisando ela
delicadamente e depois puxando a carne pra ela se pressionar mais forte
contra seu pau, afastando uma das nádegas pra que Harry pudesse rebolar a
entradinha melhor ali. — E-Eu... Lou!

— Eu estava fazendo amor com você?

— U-uhum... — Louis tinha um dos braços em baixo do corpo de Harry,


contornando seu pescoço e segurando em alguns cachos. Isso fazia a cabeça
do mais novo pender para trás e Louis mordiscar seu pescoço, dando
marquinhas ali que fazia Harry esfregar mais ainda sua bunda no membro
dele.

— Em que posição?

Harry corou, resmungando porque era envergonhado e Louis sorriu com


aquilo. Sua outra mão saindo da bunda dele e subindo ate a barriga, só as
pontinhas dos dedos rodeando ali, devagar e superficialmente, fazendo a
pele se contrair e Harry desejar a mão dele um pouco mais para baixo, e foi
isso que Louis fez, os dedos se arrastando enquanto beijos eram depositados
em seus ombros, chegando na virilha e parando ali, como um castigo por
ele não ter falado ainda.

— Você está tão molhado aqui, se sujando todo... — Louis disse


cantarolando quando sentiu seus dedos sendo molhados pelo pre gozo que
estava na virilha do mais novo, a cabecinha do pau dele estava a milímetros
de seus dedos, mas não encostando ali, a deixando mais vermelha ainda
pela negação, o pau do mais novo pulsando em busca de um minimo
contato. Levou seus dedos até a calcinha e puxou a peça delicada devagar, o
mais novo gemendo quando a tira minuscula deixou o meio de suas
nádegas, expondo sua entrada vermelha e pulsante, no mesmo momento
Harry rebolando com mais vontade no pau do mais velho, dando um
gemido esganiçado pela sua entrada estar sensível, mas a dorzinha fazia ele
ficar mais safado e querer se esfregar mais. O mais velho deixou o pano
delicado nas coxas de Harry, passando seus dedos ali e sentido a umidade
dela. — Tão safado, sujando o presente que eu te dei. — Ele fez um
barulho de desaprovação com a boca. — Diz a posição que você estava no
sonho pra gemer tanto enquanto ainda dormia.

— E-Eu... eu estava no chão... você tinha mandado eu d-deitar minha


cabeça nele e ficar assim pra você. — Harry disse bem baixinho, todo
tímido e Louis teve que fazer um esforço pra escutar.

— Você ficou de quatro no chão pra mim? Você é um mimadinho, mas


transando é tão obediente. Com certeza ficou quietinho esperando apenas
meu pau, não foi? — O corpo do mais novo estava tremendo e ele iria
explodir de tesão daquela forma, Louis sabia, por isso o provocava, o garoto
começou a gemer baixinho só pela voz de Louis. Assentindo
desesperadamente por ele. — Eu devo ter te fodido forte... como tenho
vontade de fazer. Ter você gritando pra mim e totalmente entregue ao
prazer. Eu devo ter te fodido tão bem pra você ter sido tão manhoso.

— T-Tão bem, Lou... você fez t-tão forte.


— É isso que você quer da próxima vez? — Haveria uma próxima vez?
Harry fechou os olhos fortemente só de imaginar. — Minha princesa vai
ficar de quatro pra mim? Vai me deixar te fazer gemer igual no sonho? —
Harry estava extasiado, assentindo rapidamente e querendo que esse dia não
demorasse. Porque ele sempre teve todo mundo sobre seus comandos, mas
estava quase gozando só por imaginar ser totalmente dominado por Louis.

Harry sentiu sua barriga contrair forte, seu peito estava tremendo e as
lagrimas começaram a cair.

— Shh.. não chora, eu vou te ajudar. — Louis disse mas em seguida pegou
o membro melado do mais novo e aquilo o fez apenas chorar mais ainda. —
Seja uma princesinha, não faça barulho. — E a forma como Louis falava e
tampava sua boca em seguida pra ele não gritar e acordar os outros fazia as
lagrimas de Harry caírem em suas mãos.

Louis fechou os dedos em seu pau e começou a masturba-lo de uma


maneira lenta, mas tão gostosa, Harry gritou abafado contra a mão de Louis,
melando mais ainda a mão dele por estar tão sensível, se contorcendo todo
na cama pelo tesão e empinando sua bunda pro pau de Louis, a essa altura,
tão duro também que a glande tinha escapado da calça. Harry rebolava tanto
ali que sua bunda ia abaixando a calça dele e expondo seu pau. O lençol
caiu de seus corpos e no escuro não conseguia visualizar muita coisa, mas
aquela bunda estava empinadinha pra ele, afastou um pouco o quadril pra
ver a entrada bem vermelhinha e dolorida piscando, sua glande se encostou
ali, molhando o local e fazendo Harry morder sua mão.

O pau de Louis preso entre as nádegas, então Harry começou a esfregar ele
ali, subindo e descendo, o cumprimento grosso pressionando sua entrada,
fazendo ela arder, suas pernas estando fechadinhas, o que deixava tudo mais
apertado e sua entrada pulsando no pau molhado de Louis. O mais velho
teve que se controlar pra não enfia-lo dentro de Harry e o comer devagar e
de ladinho, fazendo ele chorar mais ainda. Sua mão começou a masturba-lo
rápido, tentava fazer com que Harry não fosse alto nos gemidos, mas sua
mão no pau molhado dele transmitia eco por todo o quarto. Louis queria
que aquele eco fosse do seu pau fodendo a bunda dele.
Uma vez que o garoto quase gozou com um sonho, Harry acabou revirando
os olhos e se contorcendo todo quando começou a gozar a na mão de Louis.

O mais velho falava vários ''sh'' pra ele se acalmar, mas o corpo dele estava
tremendo, e ele tinha gozado tanto. Louis sorriu com aquilo, deixando
beijos pelas costas dele, retirando a mão da boca dele e a outra continuando
a subir e descer, fazendo Harry soluçar daquela forma bonita que fazia pra
Louis, dengoso e sensível.

Louis ainda pulsava se esfregando quente na entrada do mais novo e beijava


a pele sensível do pescoço dele. Soltando o membro dele e a luz do dia
amanhecendo preenchendo o quarto. Ele sorriu e depositou um sorriso
contra a pele cheirosa e beijou carinhosamente o ombro do mais novo.

— Bom dia, Harry.

✖✖✖✖✖

Quando Harry e Louis brigaram, Harry estava decidido a ir embora, ele até
mesmo fez as malas. E agora que ele e Louis tinham conversado e Louis até
mesmo lhe dado um presente tão importante, Harry sentiu que não queria ir
embora. Mesmo que ainda se sentisse meio deslocado. Mas é que ele teve
essa conversa maravilhosa com Louis, teve ele lhe dando uma noite
maravilhosa enquanto o tratava com tanta importância, e dizia coisas
bonitas como seu ex nunca fez, fazendo-o recuperar um pouco da sua auto-
confiança. Ele tinha aquele sentimento de precisar ficar perto do mais
velho.

Afinal, o que aconteceria quando as ferias acabassem? Ele e Louis estavam


bem um com o outro ali, Harry poderia ser turrão e demorar pra falar aquilo
em voz alta mas era importante pra ele todo esse carinho de Louis, ele não
queria se afastar. Ele queria aproveitar cada instante, por mais pequeno que
fosse, ao lado do mais velho. Antes que eles voltassem para casa e o acaso
se tornasse uns caos novamente.

Mas parece que o destino não queria isso e brincava com ele. Porque em
algum momento daquele dia tão maravilhoso, onde Harry e Louis trocavam
sorrisos discretos na frente dos outros, onde Louis passava por si e tocava
seu braço ou cintura delicadamente toda vez, como se fosse casual, e fazia
Harry se derreter todinho, milagrosamente seu celular pareceu dar sinal. E
parecia que o destino realmente gostava de lhe sacanear. Pois veja, quando
não queria ver Louis nem pintado de ouro e o evitava, o mais velho
aparecia, agora que quer estar perto dele, não pode. Quando chegou ali e
queria sinal e internet para ser seu meio de escape por estar ali de mal
vontade, não dava sinal, agora que a unica coisa que ele queria fazer era
ficar admirando Louis disfarçadamente de longe, corando sempre quando
era pego, seu celular havia dado sinal e tocado.

E agora Harry estava li, meio amargo e arrogante porque o destino gostava
de brincar com ele. Na ligação era sua mãe. Ele queria que tivesse sido
apenas uma ligação de saudades, com eles conversando sobre como as
coisas estão, com Harry perguntando se a mãe de Alex ligou para ele para
marcar uma consulta. E bom, os primeiros minutos foram assim. Até que
veio a parte final, onde Anne diz que Harry tem que voltar mais cedo,
porque embora suas aulas na faculdade só começassem na segunda, o
estágio para o hospital onde ela trabalhava havia mudado a data e
começaria no dia seguinte. Veja, não é como se Harry não quisesse fazer.
Ele ama medicina, ele estudava muito e estava animado para começar. Mas
ele estava animado para começar na segunda, não no dia seguinte, não na
quinta. Não quando ele estava bem com Louis.

Não há nada que ele poderia fazer, embora.

Talvez fosse uma lembrança de Deus, o avisando que aquilo alguma hora
teria que acabar, afinal.

Quatro dias a mais, quatro dias a menos. O que mudaria? Ele poderia ter
ficado mais quatro dias nesse mundinho novo que ele e Louis criaram onde
eles só ligam pras coisas que fazem eles se darem bem. No entanto, de
qualquer modo, eles voltariam para casa, as suas rotinas voltariam, assim
como uma hora ou outra eles se irritariam por algum motivo pequeno ou
grande um com o outro, que eventualmente os fariam esquecer
dolorosamente do que aconteceu naquela viagem.

O destino apenas cortou mais meros dias de coisas mágicas que aconteciam
no coração dos dois.
Não demorou para que um dos motoristas da sua família chegasse, o carro
luxuoso um pouco sujo de lama pela estrada, Harry sorriu ao ver a cara que
o motorista fez ao sair do carro, provavelmente xingando mentalmente todo
o caminho longo demais que teve que percorrer, buracos e mais buracos.

— Vocês não precisam vir comigo. — Harry disse talvez pela quarta vez
com Gemma e Niall. Mas lá estava os dois loiros ajudando o motorista a
por as malas no carro.

— Viemos com você e vamos embora com você. — Gemma respondeu e


Niall concordou.

— E nos divertimos bastante, vamos ter outras oportunidades.

— Vocês se divertiram bastante. — Harry enfatizou.

— Mas nem na hora de ir embora o príncipe tira a coroa. — Bebe comentou


sorrindo, ela e os outros entraram dentro da garagem para se despedirem
deles. — Admita que apesar de algumas coisas, você se divertiu.

— Não mesmo. — O mais novo implicou, mas era apenas isso, implicância.
Ele tinha o nariz empinado como sempre e aquela voz superior mas que não
enganava ninguém ali, nem a si mesmo, porque ele havia sim se divertido.

— Não? Digo, você é bem mimado e foi difícil de te convencer a fazer


algumas coisas, mas mesmo assim vimos seus sorrisos quando você pulou
de bungee jumping, ou usou o flyboard. — Oli comentou.

— Você lembra como ele sorria quando ganhava da gente nas noites do
poker? Adorava fazer a gente ter consequências que o fazia rir. — Liam
comentou com Oli que assentiu rindo.

— Mas quando era ele a perder, só faltava sair fumaça de suas orelhas. —
Oli completou.

— ''Não vou pagar consequência nenhuma, pois vocês estavam roubando.


Não ganharam e não tem como provar que ganharam. Vocês nem ao menos
sabem jogar poker direito.'' — Liam imitou a voz de Harry e sua postura,
ficando mais ereto e botando uma das mãos pra trás, levantando o queixo e
empinando o nariz exageradamente, enquanto falava lento ao mesmo tempo
que soava implicante. Todos riam e Harry estava se segurando para não rir,
de braços cruzados.

— Ou quando compramos Mc Donalds e ele quase vomitou comendo?


Cara, você pegou um garfo e uma faca pra comer! — Oli riu porque era
verdade, Harry não queria sujar suas mãos então não se importou de comer
com talheres. — E resmungou tanto antes de comer, mas no final acabou
comendo.

— Ele sempre faz isso. Reclama, mas no final, sorri. — Liam disse por fim,
sorrindo para Harry e Harry repuxou seus lábios em um sorriso mostrando
uma covinha para ele.

— Bom, não importa. Não sei porque estão lembrando disso. Pois a maior
parte do tempo eu impliquei com vocês e falei coisas que vocês não
gostaram. Acho que será um alivio para todos eu estar indo. — Harry tentou
falar aquilo indiferente, mas meio que se sentia mal com aquilo. De se
sentir excluído ou um empecilho para eles, ou de ter estragado a viagem
deles. Ele sabe que disse algumas coisas realmente maldosas, ao invés de só
mimadas.

— Você realmente é um desafio... — Stanley começou. — As vezes muito


irritante. — ''Muito irritante'' Samile comentou dando enfase, a garota
estando de braços cruzados e emburrada como sempre. Era o jeito dela. —
Mas apesar disso, acho que foi mais divertido ver como um riquinho feito
você sobreviveu a gente. Poderíamos fazer um documentário para passar no
Discovery Chanel. — Stanley comentou logo rindo em seguida, Bebe o
empurrando pelos ombros.

— Então vocês não estão contentes que eu estou indo mais cedo? — Harry
falou quase sorridente, em um tom mais baixo e meigo, o que os outros ali
não estavam acostumados.

— Está brincando? Queríamos que vocês três ficassem. — Stanley disse


para Niall e Gemma também. — Já falamos isso para Niall e Gemma. Mas
pode apostar, que sentiremos falta de todos os seus gritos medrosos.
— Ou de como você bater a perna quando não quer fazer algo. — Bebe
completou.

— Ou de como é engraçado quando resmunga pra fazer algo, mas no fim


acaba fazendo. Ou como se surpreende com coisas básicas mas que pra
você são novas e então arregala os olhos como se fossemos loucos. — Liam
continuou sorrindo.

— Ou como sempre me irrita pegando meus cigarros e jogando fora porque


estou gravido. É impressionante como você os acha mesmo eu escondendo.
Ou como fumou minha maconha só pra que eu não fumasse. — Zayn disse
carinhoso, talvez sendo o que mais se aproximou de Harry ali.

— Ou como soa irritante quando está falando mal de algo que ainda nem
comeu, mas depois come e gosta, mesmo fingindo que não. — Samile
também comentou, a garota soando mais séria e Harry ficando surpreso por
ela não sentir realmente ódio dele. A garota realmente não sentia, só não
tinha muita paciência como os outros. Mas isso não significa que não via
coisas boas ou engraçadas nele, ou que quisesse que ele fosse embora.

— Ou como está sorrindo, como agora. — Louis finalizou.

O moreno estava quieto ate então. Ele não queria que o mais novo fosse
embora, e não entendia essa falta repentina que estava sentindo dele, por
conta de quatro dias que sequer haviam ainda passado. Mas é o que é. É
estranho, mas ele queria continuar cuidando dele. Tinha medo que aquilo
acabasse quando voltasse para a mansão dos Styles. Provavelmente iria
acabar e ele mal tinha aproveitado aquela onda apaixonante deles.

Estava observando como Harry se segurava para não sorrir, como ficava
feliz com as pessoas dizendo aquilo para ele. Harry sempre teve essa
necessidade de ser aprovado por todos, e quando alguém realmente não
gosta dele, quando ele sente que as pessoas acham ele ruim, então ele fica
triste. Ele estava pensando que os amigos de Louis o achavam ruim, então
eles falarem aquilo o fazia fica todo fofinho enquanto tentava manter o
nariz em pé e a expressão de indiferença, mas Louis via o quanto ele estava
feliz, e aquele sorrisinho brotando em suas bochechas, então quando menos
percebeu comentou sobre o sorriso dele e Harry lhe olhou entre os cachos,
tímido, tentando esconder o sorriso, Louis estava explodindo de amor
naquele momento.

— Bom. Vocês não são tão deselegantes assim também. Não foi difícil ficar
aqui. — Esse fora o elogio de Harry, fazendo eles rirem.

— Sempre tem os finais de semanas ou as próximas ferias pra repetirmos


tudo isso ou coisas a mais, Harry. — Stanley comentou sugestivo.

— O sonho de vocês. Pois duvido que nas próximas férias estarei aqui ou
em algum lugar parecido. Estarei em Paris. — Botou seu óculos escuro,
anunciando que já entraria no carro. mesmo que ninguém tivesse acreditado
naquilo. Pois Harry um dia disse que nunca estaria ali com eles também, e,
bom, esteve.

Harry iria dizer apenas tchau mas cada um deles lhe abraçaram assim como
sua irmã e Niall. Todo aquele afeto que Harry se sentia constrangido, como
o afeto que lhe deram quando Louis os convidaram para invadir sua festa de
200 mil seguidores no Instagram. Mas agora Harry não estava tão
assustado, ele ate sorriu sem esconder. Era bom sentir que embora
criticassem algumas coisas que ele fazia, aquelas pessoas eram sinceras.
Não o bajulavam, não pediam nada em troca. Ora, ele até beijou a
barriguinha de Zayn.

Talvez aquela gentinha fossem alguma coisa.

Ele ficou surpreso quando Louis lhe abraçou também, muito mais apertado
que os outros, muito mais carinhoso, muito mais acolhedor. Louis só queria
saber se Harry chegaria em casa bem, sem nunca mais se diminuir por
causa de alguém babaca. Se Harry chegaria sabendo que era sim lindo, uma
princesa bonita e que iria sim algum dia encontrar alguém que ame cada
pedacinho dele. Então Louis ficaria bem mesmo que Harry esquecesse tudo
que passaram na viagem.

Harry agarrou sua camisa e ficou tímido quando Louis lhe olhou, mesmo
que tivesse com óculos, Louis via como ele tinha ficado sem graça, mas
mesmo assim mole, ele gostava de abraços então ficou como um gatinho se
aninhando a ele. Mesmo que o abraço tenha sido curto, mas Louis sentiu
como Harry estava carinhoso.

Eventualmente, ele foi embora. E Louis não sabia como as coisas seriam
quando ele também fosse.

...

— Então você está realmente apaixonado por ele? — Liam comentou


quando chegou na sala e viu Louis deitado e pensativo.

O mais velho se assustou com a voz do amigo, inclinando a cabeça para


olha-lo e ver que ele havia se sentado em uma cadeira perto de si.

Louis queria negar, mas seu coração estava transbordando novamente por
Harry, não tinha o porquê mentir. Ele não era de mentir para si mesmo.

— Está tão óbvio assim? — Foi o que ele respondeu, baixo e frustrado.
Sem olhar realmente para Liam, o amigo parecendo o psicólogo dele
naquele momento.

— Ta brincando? — Liam riu em um suspiro. — Bom. Sinceramente? Eu


sempre desconfiei que rolava alguma coisa entre vocês. Desde que te
conheci, você só tinha dezesseis e no começo eu até acreditava que você
tinha um pouquinho de ódio dele, não só porque ele fazia coisas que você
não gostava, mas parecia também um ressentimento pela amizade de vocês
terem acabado. Mas depois de alguns anos, você vinha reclamar de coisas
tão bobas, qualquer coisa que ele fazia você se irritava. Mas lá estava você
comentando nas fotos dele, e vice versa, como se não conseguisse largar um
ao outro e a implicância fosse um meio de manter vocês ligados. Quando vi
ele pela primeira vez e vocês se implicando pessoalmente, eu percebi a
grande tensão que pairava e eu achava que era só isso. Tensão sexual. Mas
com essa viagem eu vi em seus olhos o tanto de carinho que você tem por
aquele garoto.

Louis levou as mãos ao rosto, se segurando pra não gritar sobre elas. Era
tudo tão frustrante. Cuidou tanto para não ser apaixonado por Harry de
novo e do que adiantou? Se sempre quando se permite o olhar
verdadeiramente seu coração bate por aquele mimadinho?

— Eu já fui apaixonado por ele uma vez, Liam... Eu acho que a primeira
vez que me dei conta disso era quando eu tinha dezoito. Harry só tinha
dezesseis e eu nunca tinha o olhado daquela forma, antes ele era apenas
meu amigo, e depois o meu ex amigo irritante. Mas quando ele fez
dezesseis... ele de repente estava tão lindo. Talvez a época que os cachos
dele estavam mais rebeldes. — Louis sorriu ao lembrar. — E foi em um dia
de primavera, com os ventos batendo nos cabelos rebeldes dele e algumas
flores caindo de uma das arvores que tem na casa dele, que eu me peguei o
olhando de uma forma diferente... eu tentei evitar isso, mas o tempo foi se
passando e ele continuava mais bonito, não importava o quanto a gente se
ofendesse, ele ainda era lindo demais. Eu tentei esquecer desse fato e
conseguir me enganar por algum tempo. Mas quando ele fez dezoito...
nossa, quando ele fez dezoito ele estava radiante experimentando os
presentes dele pra mim enquanto estava bêbado, todo fofo e mimado e eu
também estava bêbado, e quando percebemos, já tínhamos transado. —
Louis estava dizendo e ele nunca havia contado isso para ninguém ou
falado de seus sentimentos, mas ele precisava. Liam nem ao menos estava
surpreso. Ele já desconfiava. — Ou, como ele gosta de dizer, fizemos amor.
— Sorriu todo bobo. — Eu, imprudente, disse que estava apaixonado. Ele
não falou nada. — Seu tom de voz havia magoa. — No dia seguinte
culpamos a bebida pelo o sexo que tivemos, e eu também culpei a bebida
pela minha revelação, desmenti. Foi fácil esquece-lo, a viagem que eu e
você e os outros fizemos depois disso ajudou. Ficar longe dele por quase
um ano fora fácil. Eu me desapaixonei sem esforços. Ou talvez apenas me
forcei a não pensar nele... o que não importa porque estava tudo bem. E
prometi pra mim mesmo que nunca mais tentaria ver o lado bom que ele
tem. Mas agora... ele estava aqui todo frágil por causa daquele merda, tão
vulnerável, só precisando de carinho e eu só queria o dar carinho. Eu vi o
Harry que me apaixonei, eu me permitir olha-lo e descobri o que é se
reapaixonar por alguém.

Louis dizia frustrado, embora tranquilo. Ele não estava com medo de expor
seus sentimentos, não tinha medo de se sentir vulnerável, ele só tinha medo
de quebrar seu coração de novo, o que provavelmente aconteceria.
Liam só conseguia sorrir, ele não queria atrapalhar os pensamentos de Louis
lhe dizendo o que acha daquilo.

— E o que vai fazer a respeito?

A resposta veio rápido e sem nenhuma hesitação.

— Nada.

— Como nada?

— Bom, já esqueci ele uma vez, posso esquecer de novo.

— Você está apaixonado por esse garoto que você olha como se ele fosse
precioso, e o que me diz é que vai fazer nada? — Liam estava indignado.

— O que você espera que eu faça? Que lhe conte a verdade? Ele
provavelmente vai reagir da mesma forma que reagiu da ultima vez.

— E como você sabe? Aliás, como você sabe que Harry não era
apaixonado por você também? — Liam o questionou, Louis ainda não o
olhava, as mãos continuaram sobre o rosto. — Não é porque ele não te
disse, que significa que não estivesse. Ele apenas deve ter ficado chocado. E
mesmo que ele não fosse apaixonado por você, isso não impede dele ser
agora.

— E isso faria diferença? Ele ser apaixonado por mim? Somos


complicados, Liam. Não é porque supostamente estamos ambos
apaixonados um pelo outro que isso signifique que tudo vai ser maravilhoso
de repente. Ainda tem coisas que nos incomodam, nossos jeitos não batem
um com o outro. O fato de estarmos juntos em um dia não muda o fato de
estarmos brigando no outro. E quem garante que tudo não tenha sido devido
a estarmos juntos no mesmo local? Pois embora moremos juntos, é difícil
de nos vermos, e quando isso acontece sempre vem com implicâncias. Aqui
as coisas foram diferentes, mais vulneráveis, pois ele estava vulnerável, ele
estava carente e precisando de atenção. Quem garante que não tenha sido só
isso? Talvez ele nem goste de mim e sim da forma que eu o tratei. Ele
precisa de alguém que diga o quão bom ele é, e eu fiz isso. Isso não
significa que ele está apaixonado. Talvez só signifique que ele gosta de ser
tratado assim. E era apenas eu quem estava disposto a lhe dar esse
tratamento.

Liam naquele momento percebeu o quanto Louis gosta de Harry. Porque


Louis não era inseguro, nunca. Louis nunca se rebaixa ou se sente
diminuído nem por pessoas nem por sentimentos. Ele sempre foi o garoto
que quando pequeno conseguiu todos os beijinhos de garotinhas
apaixonadas, e na adolescência tanto de garotas como de garotos. Ele
sempre foi alguém que não se deixava abalar por sentimentos, era o cara
que transa com você, não que te ama. Mas ele estava ali inseguro por Harry,
apaixonado por ele, temendo não ser reciproco. Liam viu que ele realmente
gostava e Harry.

— Isso são apenas suposições, Louis. Uma vez você deixou esse assunto
para trás por suposições que Harry não sente o mesmo e agora vai fazer isso
novamente? Sem ao menos saber dos sentimentos dele? — Louis iria voltar
a falar mas Liam não deixou. — E não me venha com isso de que vocês não
se entendem. Eu sei que não vai ser a paixão que vai fazer vocês dois de
repente serem totalmente pacientes um com o outro. Mas isso são coisas
que vocês podem aprender juntos... ora, não tinha dias que se davam bem
aqui? Então vão deixar esse sentimento ir embora de novo só porque vocês
tem medo de um futuro incerto?

Louis ficou algum tempo em silencio, ele sinceramente não sabia o que
fazer. Não queria chegar e soltar que esta apaixonado por ele, mas também
não queria deixa-lo para vê-lo com outro alguém, de novo.

Suspirou frustrado.

— Quando eu voltar... — Começou, respirando fundo.— Quando eu voltar,


se eu ver que ele não esqueceu do que aconteceu aqui, então eu falo com
ele.

✖✖✖✖✖

Quatro dias depois, Louis voltou.


Mais uma semana depois, e ele ainda não havia falado com Harry.

Não o julguem, ele não estava fugindo. Ele não era um cara indeciso. Se
fosse pra esquecer Harry, então ele faria aquilo determinado até conseguir,
mas se fosse para tentar algo, então ele faria. Mas ele não havia visto o mais
novo.

Era só que já era difícil deles se esbarrarem em dias comuns. Harry vivia
dentro da mansão, Louis em seu quarto do lado de fora. Harry estudava e
Louis passava quase o dia todo na rua trabalhando em seus grafites, alem
dos dias que nem dormia nos Styles. Mas agora, com Harry estagiando e
ficando o dia todo fora, ficava mais difícil de vê-lo.

Eram quase duas semanas inteiras sem lhe ver. Duas completas que eles
haviam transado. Uma e quatro dias que ele havia lhe dado a lingerie e se
dado conta que estava apaixonado mais uma vez por ele.

Louis estava se sentindo sufocado.

Ele normalmente grafitava a noite, normalmente chegando depois de Harry,


ou seja, quando o garoto já estava dormindo. Mas em um dia ele fez de tudo
para chegar mais cedo. Eram por volta das 22:00 da noite quando estava em
frente a entrada da sala, por onde Harry passaria quando chegasse. Ele não
conseguia ficar ao menos sentado, andando de um lado pro outro e tentando
gravar seu discurso. Ele só não era bom em fazer aquelas coisas, sabe...
dizer que está apaixonado. Teve um momento que até se achou estupido,
não queria sair jogando isso assim pra cima e Harry como da ultima vez,
talvez fosse melhor apenas dizer que está se sentindo bem com ele, que
ambas as três noites que passaram juntos foram essências. Tanto a que lhe
beijou no primeiro dia da viagem dentro da barraca, tanto a do sexo, quanto
a da lingerie. Apenas dizer que tudo foi verdadeiro, não apenas coisas do
momento. Ele até tinha levado uma flor, tão bonita mas cheia de espinhos
que ele tirou um por um e a daria pra Harry e diria que ele era como ela.
Que se você cuida bem, então não machuca. Talvez o daria um beijinho no
rosto. Ou apenas falaria ''e aí?'' Louis, não fazia ideia. Ele se sentia um
patético.
Mas nada adiantou chegar cedo, ou fazer e refazer seus discursos, Harry
não chegou. Descobriu alguns minutos depois que ele havia dormido na
casa de Niall naquele dia, pois era mais perto do hospital e ele estava
cansado demais para voltar pra casa.

Louis havia deixado a flor ali.

E depois de mais uma semana, se tornando a terceira, a flor já estava


murcha e despedaçada, os ventos haviam levado as pétalas embora, nunca
dando a chance de Louis entregar pro garoto.

✖✖✖✖✖

Harry agora estagiava no hospital de sua mãe. E como Anne, ele fazia
aquilo por amor. Ele tinha a mesada e a fortuna que iria herdar junto com
Gemma. Se ele quisesse, não estaria fazendo aquilo. Mas ele amava
Medicina, especificamente Obstetrícia, que era onde ele queria se
especializar. Ele ama realmente bebês e tudo que tem a ver com a vida
humana. Ele queria acompanhar cada mês dos seus pacientes gravidos e
gravidas, queria fazer os Pre Natais e dar todo suporte do mundo.
Principalmente, ajudar a dar vida a um bebê. Era o seu sonho.

No entanto, ele não precisava ainda estagiar, mas como sua mãe era uma
das médicas mais importantes do maior hospital de Londres, quase como
uma sócia, ela conseguiu um estágio pra ele.

Ele não fazia muita coisa, e ainda nem podia. Ele apenas ficava de
assistente e acompanhava os obstetras, enfermeiras ou doulas, ele já havia
assistido dois partos e chorou como um bebê nos dois. E embora fosse
cansativo ficar tantas horas no hospital, mal parecendo um estagio e sim um
plantão (ou ele apenas estava exagerando já que saía da faculdade cansado)
ele amava estar ali.

Poderiam definir Harry Styles como a própria alegria de todo aquele


hospital quando ele andava pelos corredores e cumprimentava todos,
simpático como se ele fosse o próprio sol de cada pessoinha ali. Ele era a
simpatia em pessoa, diferente de tudo que já viram sobre ele. Ele realmente
amava estar ali.

Mas o que muitos não sabiam é que na ultima semana, aquele garoto
carinhosamente apelidado de sunshine pelos médicos ali, já havia corrido
várias vezes para o banheiro do hospital e vomitado tudo que comia durante
o dia.

Em uma semana, ele perdeu 5 kilos porque sempre estava enjoado.

Inicialmente, ele achou que era culpa do Mc Donalds, afinal, havia voltado
a comer os hambúrgueres que Louis e seus amigos haviam lhe apresentado.
Em um dos seus dias corridos que avistou um fast food, e como o próprio
nome já dizia, era sua comida rápida e ele estava com pressa. A primeira
vez que vomitou, ele pôs a culpa nos hambúrgueres, afinal nunca ficava
doente. Mas a partir da quarta vez, ele começou a desconfiar que não era
intoxicação alimentar.

Na décima vez vomitando só naquela semana, ele confirmou. Porque ele


estava na faculdade, e naquele dia nem sequer tinha ingerido nada, mas isso
não lhe impediu de botar qualquer coisa para fora. E, droga! Ele estudava
medicina, ele sabia os sintomas de inúmeras coisas e aquilo definitivamente
não era intoxicação alimentar.

Era por volta das 11 da manhã que ele estava dentro de um dos banheiros
tremendo, a boca lavada, o corpo mais magro do que há 3 semanas atras,
lagrimas nos olhos, as mãos apoiadas na pia e seus olhar contra si mesmo
através do espelho. Ele estava começando a se desesperar ao penar que...

— Harry, o que houve? Por que saiu da aula correndo? —Era Niall que
tinha vindo atras dele. O interrompendo os pensamentos. Era que Harry de
repente havia esbarrado em tudo que estava por sua frente, sem nenhuma
explicação e saindo desesperado da sala.

O mais novo tinha suas mãos tremendo, ele olhou pra Niall através do
espelho, deixando suas lagrimas caírem.
— Ni... — Foi tudo que ele disse, não conseguindo prosseguir e o loiro
correu até o amigo e o puxou para um abraço, que era tudo que o mais novo
precisava.

Harry se jogou nos braços do amigo, chorando tanto e tremendo da mesma


forma que Niall estava ficando muito preocupado, no entanto o acolheu em
seus braços fortemente. Tinha uns estofados dentro do banheiro, encostados
nas paredes de espelhos enormes e o loiro puxou Harry para ali, se sentando
com o mais alto em seu colo, o ninando feito um bebê, era disso que o mais
novo precisava.

— O que houve? Você está me preocupando... — Sussurrou mexendo nos


cachos dele e Harry apenas continuou quietinho e chorando, Niall deixou.
— Quer me contar?

Harry permaneceu quieto por alguns minutos, apenas soluçando pelas suas
suposições. Mas mesmo que fosse apenas suspeitas, Harry podia sentir que
já existia vida ali. E levou sua mão por cima do jaleco branco, estava tendo
uma aula pratica quando saiu correndo. O loiro percebeu o movimento da
mão dele, Harry segurando a barriga como se aquilo explicasse tudo.

— E-Eu, Niall... — Harry começou gaguejando depois de alguns minutos,


saindo do colo do amigo e se sentando do seu lado. Limpou seus olhos com
a ajuda do loiro e se manteve de cabeça baixa. — Eu e Louis... — Suspirou,
resolvendo contar do começo. — Lembra que eu te disse que só havia me
deitado com um único cara quando eu tinha dezoito? Foi o Louis.

Niall estava surpreso, porque Harry sempre disse odiá-lo. No entanto, não
deixou sua surpresa ser maior que toda aquela situação, perguntas
desnecessárias não eram bem vindas naquele momento. Pois se Harry
estava chorando era porque algo sério aconteceu com tudo aquilo.

— Oh, Haz... — Niall colocou os cabelos cacheados atras das orelhas, pois
já estavam ficando úmidos por conta do choro. — E por que chora? Ele fez
alguma coisa errada?

— Não! — Harry disse de imediato. — Ele foi perfeito... tão perfeito que
repetimos isso algumas semanas atras. — O mais novo comentou, tentando
se acalmar. Niall tinha os olhos azuis arregalados, aquilo era uma surpresa
pra ele. Se fosse em algum outro momento, estaria gritando e dando
pulinhos extasiados pelo amigo, querendo saber todos os detalhes,
perguntando coisas intimas demais. Mas Harry estava abalado.

— Você gosta dele? Por isso chora? Por isso não queria que eu ficasse com
ele? Me perdoa, Haz. Eu não fiz por mal, eu não tinha a menor ideia de tudo
isso. — Niall realmente sentia.

— Não é isso... — Harry respondeu, não negando ou afirmando que


gostava de Louis porque esse não era o problema maior.

Quem dera seus pensamentos fossem só por sentir algo por ele.

Estava frustrado nas ultimas semanas por nunca o ver, sentia sua falta e
aquilo o fazia entrar em conflito consigo mesmo. Mas não se importava,
porque só queria ver Louis e dar um abraço nele, nem que fosse um
pouquinho e por alguns minutos. Só pra se sentir tão bem de novo...

Mas agora seus problemas são muito maiores que sentimentos e frustrações.

— Eu estou passando mal faz uma semana... — Harry começou, se


levantando e andando de um lado pro outro. Niall já sabendo o que ele iria
falar. — Eu achei que era aquelas comidas de fast food. Mas Niall... — Sua
voz estava tremendo de novo. — Eu fiz amor com ele faz 3 semanas. Não
usamos nada... absolutamente nada. — A voz dele estava ficando
desesperada. — Era pra eu ter tomado remédio no dia seguinte, mas por
conta da minha briga com ele eu esqueci. — E então a voz aguda junto com
o choro, suas mãos abanando seus olhos pra tentar evitar, mas falhando.

— Meu Deus... — Foi a unica coisa que Niall conseguiu dizer, se


levantando pra tentar acalmar Harry. — Meu Deus, Harry... como você fez
sem? — Se calou, vendo que sermão não iria o ajudar agora, seu amigo
estava tremendo de novo. — Calma, por favor. Tenta respirar e pensar. Você
já fez o teste? — Harry apenas negou com a cabeça, as mãos nos próprios
olhos. — Então ainda tem uma chance.

— E-Eu sinto que eu e-estou, Niall...


— Tudo bem, então vamos pensar por esse lado. Se você está, não é uma
boa noticia? Você vive falando de bebês, você sempre quis um bebê, certo?
Você até idolatrava a barriga de Zayn, e olhe que ele nem tem barriga ainda.
Não chora, por favor? Não é o seu sonho? Por que está tão desesperado? É
por que o pai é o Louis? Você ainda tem essa coisa de ''ele é só o filho da
empregada''?

— Não! — Harry gritou. Mas não era pelo que amigo tinha dito, era apenas
os hormônios e o desespero tomando conta do corpo dele. — Acredite,
Louis ser o filho da empregada não é o que me incomoda. É que, Ni... é
meu sonho engravidar. Mas você não entende? Eu tinha um plano... desde
bem pequeno eu queria primeiro terminar meus estudos, encontrar alguém
que eu amasse e me amasse de volta, casar e então ter um monte de bebês,
Ni. Mas eu só tenho vinte anos ainda... eu não estou na metade da
faculdade, não estou noivo, eu não tenho ninguém que me ame.... — A
ultima frase fez Harry chorar mais ainda, Niall sentiu seu coração partir e
então botou o amigo em seus braços, dizendo que ama ele e que estaria ali
por ele. — E Louis, Ni... Como Louis reagiria a isso? Ele nem quer as
mesmas coisas que eu! Quando você viu ele ao menos namorar alguém? Ele
é livre, ele gosta de ser livre, fazer as coisas dele, ter os casos dele. Ele não
quer nada que o prenda... ele não quer uma família.

Harry sempre achou que quando descobrisse que estaria gravido na verdade
não seria nenhuma surpresa porque ele planejaria isso. Ele estaria em lua de
mel em um país glamouroso, com seu marido e então faria um bebê, e
depois de algum tempo mais alguns. Ele nunca imaginou que receberia a
noticia tão cedo, bom, tecnicamente ele ainda não recebeu. Mas a
possibilidade o faz se desesperar, porque ele não tem uma família, e se ele
tiver mesmo com um bebê na barriga, é de Louis... Louis que o fez tão
bem... Louis que faz seu coração transbordar de paixão. Mas o mesmo
Louis que ambos ficam se implicando, Louis que não sonha com uma
família, Louis que é livre... Harry nunca achou que a primeira reação que
teria ao cogitar estar gravido seria desespero por um futuro incerto.

— Eu te entendo, Haz. Mas calma, okay? Eu vou comprar o teste... fique


aqui, respire e tente se acalmar. Vamos ter certeza primeiro.

...
Fora 20 minutos para o loiro sair do prédio da Universidade e voltar para o
banheiro onde Harry estava isolado. Quando voltou, estava com a sacolinha
na mão, Harry olhou para o teste como se fosse uma bomba. Mas Niall
constatou que ele estava mais calmo, o corpo já não tremia e ele havia
parado de chorar, estando apenas com o rosto inchado.

— Tranca a porta. — Harry pediu e Niall trancou, entregando o teste pro


mais novo e esse não perdendo mais tempo, entrando em uma das cabines.

Niall não sabia nem o que dizer. Talvez um ''boa sorte''? Mas para que? Para
ele não estar gravido ou para que esteja? O que Harry realmente queria?

Não sabia, por isso ficou quieto.

Não demorou muito para que Harry saísse da cabine segurando o teste em
mãos e botando em cima da pia do banheiro ainda como se fosse uma
bomba, com cuidado.

— Quanto tempo?

— Um minuto...

Então eles esperaram, Harry voltou a se sentar, suas mãos sobre a boca, sua
expressão indecifrável, Niall não conseguia o ler naquele momento e isso o
preocupava mais.

— Vê pra mim, por favor, eu não vou conseguir. — Harry pediu depois que
o minuto se passou, então Niall levantou e pegou o teste em mãos.

Harry ligeiramente voltou a tremer, seus pés batendo no chão de


nervosismo. A forma que o loiro analisava o teste sem conceber uma
expressão fazia Harry ficar mais ansioso.

— E então?

— Negativo.

— O que?
— Deu negativo.

Harry encarou o loiro por um tempo, como se ele fosse desmentir aquilo a
qualquer momento mas ele não desmentiu. E então sua reação não foi de
alivio.

Embora todo desespero, no fundo já se sentia gravido. Ele sentia que havia
um neném dentro dele. Todos os pensamentos negativos e desesperados não
seriam nada se ele confirmasse aquilo, ele deixaria tudo aquilo de lado pra
se dar conta que uma pessoinha tão pequena estava dentro de si. Uma
pessoinha que também era de Louis. De Louis, o nojentinho mais gentil do
mundo, que o tratou como uma princesa. Uma princesa dele.

— Então... ora, então está tudo bem... — Harry falou, tentando soar feliz
mas claramente não conseguindo. — Se eu estivesse, seria complicado de
qualquer forma. Estudar, estagiar... contar pro Lou... Enfim, será mais fácil
assim, não é? Eu só tenho vinte, e ele é um garoto livre de vinte dois. Ele
não iria querer ter um filho comigo, não é? — Harry não percebeu que sua
voz começou a tremer, seus olhos transbordando. Enquanto ele tentava
arranjar motivos para que aquele resultado fosse bom. — Eu nem sei
porque eu estou assim... é só que eu senti, sabe? Pode ser bobagem, mas eu
senti que ia ter um bebê.

— Harry, você vai ter um bebê.

— Hum?

— Deu positivo.

Harry o olhou com os olhos arregalados, então Niall sorriu maroto e lhe
mostrou o teste.

— Desculpa, eu só queria ver se era o que você realmente queria. E você


quer, Harry.

Harry olhou pro teste. Deu positivo. Ele está gravido.


Harry pegou o teste em uma das mãos tremendo, a outra indo ate seu rosto,
voltando a chorar mas dessa vez de felicidade porque não importava se não
tinha sido como seus planos. Ele ta gravido e aquilo o fazia explodir de
amores por dentro.

— N-Nunca mais faça i-isso! — Harry disse todo sentimental e abafado


pela mão. Agora Niall via lagrimas de felicidade escorrendo dos olhos do
mais novo e seus próprios olhos encheram de lagrimas.

— Desculpa.

Harry estava radiante. Ele olhava pro teste como se fosse a coisa mais
preciosa do mundo. Ele se olhou em um dos enormes espelhos, pondo sua
mão na barriga que ainda era lisinha, sem nenhum volume mas o mais novo
se olhava como se já tivesse um barrigão enorme. Ele de repente deu um
pulinho de felicidade que fez o loiro se apaixonar por aquela cena, o mais
novo se olhando com adoração através do espelho, mal acreditando naquilo.
Ele estava lindo demais, fofo, como se tivesse carregando uma
preciosidade.

— Niall, eu vou ter um neném do Louis!


13. so much feelings for you

N: FINALMENTE ATT AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Que saudades, meus anjinhos. <3333 Preparadis pra esse capitulo?

Vocês são pacientes demais, amo vocês. <33333333

Sem falar que a fic chegou a 90 mil leituras EU GRITEI DE


FELICIDADE. ANJOS COM ZERO DEFEITOS TODOS VOCÊS.
OBRIGADAAAAAAAAAAAAA <33333333333333

Enfim.

Fiquem com esse capitulo cheirosinho.

Não se esqueçam de perdoar os erros.

Boa leitura s2

______________________________________

Harry ficou saltitante o resto do dia e sua noite não foi diferente. Talvez
nunca tenham o visto com um sorriso no rosto por tanto tempo. Ele não
conseguiu prestar atenção nas aulas, nos seus afazeres no hospital, no que
as pessoas diziam para ele ou em qualquer conversa. Seus olhos podiam
estar fixos em algo, mas sua mente só o lembrava que ele está gravido. Não
da maneira que planejou, não casado, não concebido em um país
maravilhoso durante sua lua de mel, não estava mais velho e formado. Foi
feito em uma noite não planejada, em um lugar que jurou odiar, com gente
que jurou que odiava, com uma pessoa no qual fazia seu exterior brigar por
um turbilhão de sentimentos, ora bons, ora ruins. Em uma noite que depois
de suas vontades falarem mais alto e que planejava fingir esquecer depois.
Mas agora ele estava com um pequeno grãozinho dentro de si,
consequência de algo não planejado, ainda sendo tão novo e irresponsável.
Mas Harry não se arrependia de nada.

Embora sua felicidade estivesse a mil, seus outros sentimentos também.


Passou todo o dia com lágrimas nos olhos e um frio na barriga insuportável.
Pois ele não estava apenas gravido, ele estava gravido de Louis.

Aquilo era algo grande.

Harry não conseguia lidar consigo mesmo, pior, com seus sentimentos por
Louis. Antes de descobrir a gravidez, já vivia em um dilema onde não sabia
se seu orgulho explodiria mais que o carinho enorme que sabe que sente por
Louis, apesar de tudo. Ele queria ver Louis e talvez ter mais um pouquinho
daquele sentimento bom que pairou sobre eles na viagem. Mas mesmo
assim continuava se cobrando e mandando para de ser idiota. O lembrando
que era Louis, aquele troglodita irritante. Mas Louis, que também era muito
doce. Mas e se para Louis tudo que houvesse acontecido ficaria ali? Como,
se não fossem repetir nem os olhares doces, ou algumas palavras? E depois
que descobriu que está gravido dele, embora toda a felicidade, ainda tinha
esses pensamentos e muitos outros lhe rodeando. Louis ainda era o cara que
parou de falar com ele porque não gosta de seu jeito, e Harry ainda era o
cara que não se importou e não foi atrás.

Ter um filho para Harry não era uma brincadeira. Ele não queria fazer
aquilo sozinho, ele nem ao menos sabia se iria conseguir. Ele ainda é tão
novo, é claro que financeiramente seu bebê não teria nenhum problema.
Mas se havia algo que Harry se preocupava mais que dinheiro, era com
amor.

Seu bebê teria todo o conforto do mundo. Mas e o amor de uma família?
Louis queria um filho? O pior, de um mimado como ele? Do seu ex amigo
de infância?

Não que ele achasse que Louis iria renegar a criança. O conhecia, ele
assumia as coisas que fazia. Mas não era com assumir algo que Harry
sonhou desde pequeno.
Na pior das hipóteses, Louis realmente não quer um filho, nunca sonhou
com uma família e não queria isso justo com Harry. Mas Harry sabe que
mesmo que se for esse o caso, Louis daria amor a essa criança.

A criança.

Mas e ele? E seus sonhos? E o noivado pedido em um país romântico? E os


ensaios fotográficos com sua barriga enorme só para exibi-la em manchetes
de revista de moda, apenas para exibir algo que ama? E o casamento? E a
família?

— Uma família com Louis? Está louco, Harry? É isso que quer? Só por que
engravidou dele? Esqueça a maneira não planejada que isso aconteceu,
você vai ter um bebê dele, okay. Mas é só isto! — Harry se próprio
confrontada um par de vezes ao longo do dia. Sempre falando sozinho, em
meio a felicidade ou pensamentos preocupantes.

Seu lado negativo, ao qual era inseguro, orgulhoso, implicante e magoado


por um Louis que um dia cansou de si, se questionava se era isso que ele
queria.

Por outro lado, então o que seria?

Louis com certeza assumiria e amaria essa criança mas então seria apenas
isto? Uma família separada, Harry teria o bebê solteiro, passaria por tudo
sozinho, então quando Louis quisesse vê-lo era só ir em um dos quartos de
empregados, do lado de fora da mansão?

E então, depois de um tempo, Louis iria embora porque ele sempre disse
que um dia teria um lugar pra chamar de seu, Harry depois de alguns anos
se casaria com um homem de status, e Louis continuaria com a vida que
gosta. E quando Harry levasse o bebê para Louis vê, ele apenas se lembraria
que aquele um dia foi o garoto que conseguiu mexer com qualquer tipo de
sentimento em si.

Harry ainda tinha muitos pensamentos confusos. Ele estava gravido, ainda
parecia um sonho. Ele pensava em um turbilhão de coisas, as vezes
saltitantes, as vezes apreensivo.
Mas decidiu que sua situação com Louis era algo que se resolveria com o
tempo, seja qual for o caminho que tomariam.

Não era algo a se pensar no momento porque o que era importante é que ele
tinha uma pessoinha, que ainda nem era realmente uma pessoinha.

Quando Harry chegou em casa, seus pensamentos estavam bons novamente,


ele ficou horas em sua banheira cheia de espumas e se sentia um idiota por
ficar olhando e alisando sua barriga como se ela já fosse enorme ou ao
menos tivesse crescendo, quando a única coisa com relevo ali eram as
gordurinhas em sua cintura. Ele chegou a chorar de novo, estava sensível e
emocionado. Tinha um sonho dentro dele concebido em uma noite
prazerosa demais, onde seu corpo foi tocado e amado em todos os cantos
possíveis, por mãos firmes e delicadas ao mesmo tempo que o fez ver
estrelas inúmeras vezes e se contorcer por movimentos que ligaram seus
corpos pra sempre, sem pretender. A noite não poderia ter sido melhor,
Harry chorou naquela noite de prazer, e chorou hoje pela linda
consequência.

Seu pai estava no escritório da mansão trabalhando em alguns casos, já


havia jantado e sua mãe estava de plantão. Gemma dormindo porque
também já havia jantado e acordaria cedo no dia seguinte para trabalhar.
Então Harry estava sozinho.

A mesa de jantar era enorme e tinha muitos lugares para apenas as quatros
pessoas que poderiam sentar ali, e a mesa era de vidro puro, como se fosse
quebrar a qualquer movimento brusco. Ele só tinha uma taça de vinho em
mãos enquanto estava sozinho esperando trazerem seu jantar, e o cenário
seria até solitário se Harry não tivesse aliviado por aquilo. Ele não queria
encarar sua família logo no dia que descobriu estar gravido, embora ainda
não fosse revelar isso pra eles. Mas só de olha-los seria constrangedor.

"Então, eu juro que eu e Louis nos odiamos, realmente, mas ele também
meche comigo porque quando estou vulnerável me trata muito bem... Eu
meio que não resisti e já me deitei com ele umas duas vezes. E agora tô
gravido do filho da empregada."

Quer dizer, não é algo que os pais de Harry esperavam.


— Bom noite, querido. Tenha um ótimo jantar. — Foi Jay que havia dito
assim que apareceu na sala com o jantar de Harry, o servindo e sorrindo
para ele pronta para se retirar.

— Já jantou, Jay? — Harry perguntou antes que ela fosse, deu uma olhada
para comida e quis torcer o nariz, não que duvidasse dos dotes de Jay, ela
era ótima. Mas estava enjoado ainda e só iria comer porque agora sabe que
tem um grãozinho dentro de si.

— Vou jantar. Só estava esperando o senhor chegar. — Ela disse com um


sorriso no rosto, bonita como sempre mesmo em um uniforme de
empregada, com os cabelos trançados, a mesma mania de chamá-lo de
senhor mesmo tendo o criado desde bebê e Harry ter um carinho especial
por ela.

— Senhor? Eu só tenho vinte anos.

— Mas continua sendo meu patrão.

— Mas você é minha favorita, já disse que não precisa me chamar assim.
Eu que deveria, é como uma segunda mãe, foi minha babá. — Harry disse
carinhoso, puxando Jay e abraçando a cintura dela mesmo que estivesse
sentado, o que era um ato comum, ele era muito carinhoso com ela. — Janta
comigo. E antes que negue, saiba que todos já jantaram e eu estou sozinho.
— Harry disse com um biquinho que Jay não resistiu, embora não gostasse
de abusar. Mas Harry sempre teve aqueles olhos pidões desde pequeno e a
mulher sempre acabava fazendo suas vontades.

— Só dessa vez, Harry. Vou pegar meu jantar.

O garoto começou a bater palminhas e em seguida a comer sua salada


enquanto esperava Jay, e quando ela voltou, não conseguiu não pensar em
como ela reagiria se soubesse que seria avó.

Eles estavam conversando sobre coisas aleatórias, como seus dias e o que
fizeram. Harry a olhava com admiração, sem que ela percebesse. Ela era
linda, como Louis. E se seu bebê herdasse um pouquinho de toda a boa
vontade e bondade dela, Harry então seria o papai mais feliz do mundo.
Jay sempre foi boa com crianças, até mesmo com ele que era um
mimadinho chorão demais quando era pequeno (não que houvesse mudado
algo). Ele conseguia visualizar o amor que ela daria pra essa criança. E
aquilo reconfortava seu coração, não ligando se seu bebê teria parentes de
classe baixa, isso não era um defeito. Ele estava feliz que teria o sangue de
uma pessoa tão boa.

Ele queria entrar no assunto Louis. Não sabia como começar, mas queria
tirar algumas informações dela, sem falar ainda que tem um bebê.

— Você nunca pensou em ter mais filhos? — Harry perguntou em um


momento. Tentando soar casual enquanto olhava para o seu prato, mas ele
não era muito bom em disfarçar, seu nariz se contorceu.

— Que aleatório, Haz. — A mulher tinha um sorriso ao falar e Harry deu de


ombros como se fosse só uma curiosidade.

— É que você cuidou tão bem de mim e Gemma, sem falar do próprio filho.
Então sempre pensei que gostasse de crianças.

— Eu gosto. Na verdade, eu e Mark pretendíamos ter mais alguns quando


comprássemos nossa casa. — Ela comentava normalmente, mas o sorriso
foi morrendo aos poucos. Mark era igual Louis, ele queria ter seu próprio
lugar embora os Styles nunca tenham exigido que eles saíssem dali. Os
Tomlinson eram empregados fies, nunca teriam uma possibilidade de serem
demitidos e tinham seus próprios quartos. Mas Mark sonhava com algo seu,
uma família maior e para isso não poderia continuar a morar onde trabalha.
E o sorriso de Jay morreu aos poucos porque, bom, Mark não estava mais
ali. Ela era grata pelos Styles e queria continuar ali para serviço deles 24
horas, não porque não tenha como comprar um lugar para si, tinha suas
economias. Mas sim porque não queria sempre que voltasse do trabalho, ir
pra uma casa que estaria sozinha. Já Louis era igual ao pai e logo sairia.

— Você ainda poderia ter. Poderia começar de novo, reconstruir uma


família. — O mais novo comentou sugestivo, mesmo que já soubesse a
resposta. Jay ainda era nova, mas ela estava presa em sua conformidade e
não parecia querer sair.
— Não é algo que eu planejo mais. — Harry notou a voz dela conformada,
o que não era justo, já que ela era jovem, bonita e tinha uma vida toda pela
frente. Mas também a entendia ainda não ter superado, embora tenha já se
passado 6 anos que Mark havia ido. Mas também entendia que números não
era nada quando se tratava de amor. Talvez mesmo daqui a 20 anos a mais
velha continuaria a se sentir da mesma forma.

Mark era incrível, Harry se lembrava com carinho dele, sempre quando
cuidava das plantas da casa dava flores para o pequeno Harry, porque o
garoto amava e corria até ele sempre quando via o mais velho, pronto pras
suas florzinhas.

— Não faz dodói? — O garotinho de seis anos falava com os olhos cheios
de lágrimas enquanto assistia com suas bolas grandes verdes arregaladas,
Mark retirar algumas flores rosas das plantas.

— Não se você cuidar delas. Assim, vê? — Mark dizia enquanto pegava o
regador e regava as outras flores novas e vivas nas plantas. — Essas daqui
estão doentes. — Explicava para o mais novo enquanto apontava para as
que tinha retirado, já ficando murchas e algumas pétalas ao invés do rosa
bonito, estando escurecidas. — Precisamos tirar elas senão pode danificar
as outras.

— Mas então me dê essas. — Harry pediu, estendendo os bracinhos


gordinhos com um bico nos lábios, Mark não entendeu porquê o garoto as
queria, mas pôs em suas mãos. — Não é porque elas estão dodóis que não
merecem cuidados. Elas vão ficar tristes se forem jogadas foras. Eu vou
cuidar delas.

Harry se lembrava com carinho.

— Mas então você acha que Louis vai querer ter filhos? — Harry deu início
a conversa, percebendo que talvez estivesse sendo óbvio demais. — Sabe,
pra continuar com o nome Tomlinson.

— Eu não sei... Ele nunca falou de querer ter uma família ou me apresentou
alguém. — Harry deu um sorriso, embora fosse triste. Porque ele sabia
disso.
— Ele não parece querer ter uma família, não é?

— Não. Pelo menos ele sempre pareceu ser do tipo que prefere continuar a
viver um dia sem pensar do que estar em casa cuidando de um bebê. — Jay
comentou sorrindo, claramente de bom humor não percebendo como aquela
fala deixava o mais novo mais inseguro.

Harry abaixou a cabeça, os olhos se tornando cabisbaixos, um sorriso falso


em seu rosto.

— Mas se um dia ela gostar de alguém, de verdade , então eu acho que ele
iria querer ter uma família e dar todo o apoio do mundo para ela.

✖✖✖✖✖

Eram quase meia noite quando Louis está de volta para a mansão. Ele está
cansado, algumas partes de seu corpo coloridas com cores diferentes de
tinta. Seus dedos doem de tanto pressionar as latinhas de spray o dia todo.
Mas não é como se ele tivesse reclamando, ele ganhou boas libras naquele
dia.

Quando entrou no seu quarto, pôs seu material no chão (lê-se: os tacou em
qualquer canto) e mal teve tempo de respirar o ar dali quando sentiu algo
felpudo se esfregando em sua perna.

Ele olhou para baixo vendo a bola de pelos brancas de Harry. O gato dele,
Safira, estava se enrolando em sua perna esquerda e esfregando a cabeça em
sua canela.

Louis sorriu e se agachou para pegar o gato.

Suas palmas estavam de baixo dos braços do gatinho, estendendo seu corpo
pro alto e o analisando. Os olhos azuis do gato estavam cansados e ele ficou
parado apenas encarando Louis ao invés de atacá-lo como sempre.

— Você é um gato bipolar. — Louis comentou como se o bichinho o


entendesse. — Tem dias que me arranha, outros que sente minha falta. —
Louis analisou Safira por os destinhos pra fora, começando a ficar irritado e
balançar. A coleira dele fez barulho e Louis riu por ter um "S" com
pedrinhas azuis que Louis não duvidaria que fossem valiosas.

Louis desviou a atenção do gato quando olhou pra sua cama e viu um corpo
esguio ali todo coberto mas não tampando a cabeça cheia de cachos. Era
Harry dormindo de lado, as mãos juntas em baixo de uma das bochechas
fazendo a pele pressionar e formar um biquinho. Louis teve que checar as
horas no relógio de seu quarto para ter certeza que era noite, não de dia para
o sol ter invadido seu quarto daquele jeito.

Não entendeu o que o mais novo estava fazendo ali, mas sua estranheza não
interferiu em nada naquele momento porque Harry estava adorável ali, e
Louis apenas suspirou.

Mas Safira resolveu ser um demônio novamente, bipolar igual seu dono, e
então cansou de ser segurado daquela forma e esperar a boa vontade de
Louis lhe soltar, se remexendo com grosseria e soltando das mãos de Louis
que levou um susto com o arranhão que tomou.

— Puta que pariu! — Louis gritou desviando sua atenção da cama ao sentir
a famosa ardência em sua mão, viu o gato sair de seu quarto como se nada
tivesse acontecido e Louis nem estava surpreso com aquele diabinho,
olhando sua mão levemente arranhada.

Harry se sentou na cama, levando um susto com o grito de Louis, seus


olhos arregalados ao vê-lo ali, lhe pegando no flagra dormindo em sua
cama. Mas o mais novo não achava que tinha culpa, ele não pretendia
dormir ali. Só estava cansado demais porém ao invés de ir dormir e passar
mais um dia sem ver Louis depois de 3 semanas desda viagem, sentiu que
precisava encarar ele e então lhe esperou ali, mas o cheiro bom do quarto
dele, sua cama quentinha e o cansaço fez Harry cochilar.

— Uh... oi? — Louis disse ao voltar a encarar o mais novo que mordeu os
lábios e se levantou rapidamente da cama.

— Oi... — Respondeu baixinho, vulnerável, com vontade de abraça-lo pelas


estúpidas saudades e porque eles teriam um bebê. Harry estava sentimental.
Ele nem sabia o que estava fazendo ali, o que iria falar ou se iria falar.

Os olhos verdes se levantaram para Louis, ele estava com uma calça jeans
preta colada e rasgada nos joelhos, dobrada nas canelas, com all star de
cano alto amarelo, sua camisa da mesma cor e dedos sujos de tinta assim
como algumas partes de seu braço. Ah, Harry amava quando ele usava
amarelo, fazia ele brilhar.

— Você está... — Harry sussurrou bem baixinho, o bonito saindo apenas em


sua mente quando se tocou que iria falar aquilo para ele então parou, tossiu
e corou.

— Hum? — Louis perguntou pois não ouviu, Harry negou rapidamente


com a cabeça como se tivesse dito que não era nada. Ele estava com seus
pijamas de seda e cor salmão. Todo riquinho, mas mesmo assim há minutos
atrás dormindo no quarto dele, era um contraste bonito.

Louis queria falar com ele há semanas, ensaiou várias vezes suas falas,
anotando e rabiscando de sua mente coisas carinhosas demais e outras
estúpidas demais. Porque ele estava apaixonado por Harry, seu coração
naquele momento incomodava dentro do peito só de olha-lo. Mas o vendo
ali, sua língua travava. Ele não saberia o que falar e ficar quieto o olhando
feito um idiota parecia uma bela opção.

— O que está fazendo aqui? — Louis perguntou quando depois de algum


tempo continuou a encarar o mais novo enquanto ele retribuía e desviava o
olhar de vez em quando. Cuidou para que suas palavras não saíssem
grosseiras, e sim curiosas.

— Eu queria falar com você... — Harry começou, os olhos fugiram dos de


Louis a todo momento e o mais velho só conseguia se encantar com aquilo,
pois Harry não era tímido, tipo, nunca. Ele levantava muito o queixo e o
nariz pra falar e sua voz sempre soava superior, mas ultimamente, ah,
ultimamente ele está adorável. Ele estava com os braços atras do corpo, a
mania de por os pés tortos um encima do outro. — Nossos horários não
estão batendo, eu não te vejo tem alguns dias. Então resolvi te esperar.
Louis assentiu, retirando seu celular e carteira do bolso e tacando em uma
mesinha, fechando sua porta como resposta para Harry, e aquela ação fez o
corpo do mais novo ficar mais nervoso. Deus, ele nem sabia o que falar,
como começar. Não percebendo que estava tremendo e queria chorar.

— Eu também queria falar com você. — Louis comentou. Mas também


estava nervoso, ele tinha sentimentos bons pelo garoto, e embora não
soubesse o que iria falar com ele ao certo, seus ensaios sendo inúteis, ele
não sabia o que o mais novo queria falar. Se seus sentimentos estavam
compatíveis, se queria tentar algo. Ou se estava ali apenas para pedir que
eles esquecessem o que aconteceu.

— Quer?

— Uhum.

Harry suspirou, não sabendo se ficava aliviado ou mais nervoso ainda. Ele
estava uma bagunça por dentro, queria se sentar porque achava que iria
desmaiar a qualquer momento, mas queria ficar em pé por conta da
ansiedade. Ele não sabia como reagir, seu pé começando a bater no chão e
seus dentes roendo a pelinha de seu polegar, ele deu um passo para frente
como se fosse falar algo mas então recuou com toda a coragem que não
tinha, e Louis não conseguia nem se mexer direito, encostado na porta e
sendo tão frouxo como nunca foi. Toda sua atitude havia evaporado, ele não
conseguia falar e não conseguia fazer o que realmente tinha vontade de
fazer, que era dizer que sentiu falta do mais novo, abraça-lo e lhe dar um
beijinho na bochecha. Estava agindo como um adolescente de 15 anos que
se apaixona pela primeira vez.

Harry tinha os olhos lacrimejados, felizmente a luz do quarto baixa não


dando para ver aquilo, seu coração batia tão rápido que Harry achava que
iria explodir dentro do seu peito. Ele havia recebido uma noticia
maravilhosa naquele dia, só conseguia olhar Louis com todo amor do
mundo por ter lhe dado algo tão bonito, queria correr pros braços dele e
chorar junto a ele, lhe contar que eles iriam ter um bebê juntos.

Bom, ele correu.


Mas tentou apenas sair dali.

— Ei! O que houve? — Louis o impediu de sair do quarto assim que Harry
pôs a mão na maçaneta, o mais velho segurando o pulso dele.

Harry o olhou com carinha de choro, resmungou algo e manteve o olhar


baixo.

Seus olhos batendo nos dedos de Louis segurando seu pulso, leve e
delicado. Harry quase implorou pra ele arrastar o polegar ali e fazer um
carinho.

Ele continuou com o olhar baixo um monte de cachinhos o ajudando e


cobrindo seu rosto.

— Seu pulso está melhor. — Harry comentou aleatoriamente, porque ele


não estava com coragem de começar um dialogo extremamente sério. Ele
encarou a pele levemente bronzeada, a atadura não estando mais ali, apenas
algumas pequenas cicatrizes.

— Você sabe o que faz. — Louis respondeu baixo, não se importando de


terem desviado do assunto, porque ele também não sabia como começar o
seu. Também estando olhando para baixo, notando que seus dedos sujos de
tinta mancharam levemente o pulso do mais novo em tons amarelados com
rosa, era uma combinação estranha que ficou bonita na pele clara. —
Desculpa por isso. —Pediu baixo, mas seus dedos não saíram dali, Harry
negou com a cabeça porque ele realmente não se importava. Eles ficaram
quietos por longos minutos, olhando pras peles juntas, eles não pareciam
quererem falar e Louis realmente arrastou seu polegar pelo pulso do mais
novo, arrastando a tinta, fazendo um carinho em Harry e ele mal percebia
isso, já para o mais novo era tudo que precisava, tão sensível que quase
chorou por aquilo.

Harry o olhou através de alguns cachos, ao mesmo tempo que Louis


também levantou o olhar e eles antes não tinham noção de quão próximos
estavam, só quando Harry suspirou bem baixinho e o ar quente bateu contra
o rosto do mais velho que imediatamente olhou para sua boca, vermelha e
molhada de tanto morder pelo nervosismo. O cheirinho doce do perfume
dele tão perto, Louis achava que estava apaixonado até pelo esmalte de suas
unhas saindo e descascados. Tudo em Harry era bonito. O pescoço clarinho
dele já não tinha manchas rosas do que fizeram dias atras, Louis queria
marca-lo de novo. E sua clavícula estava exposta pela a blusa longa do
pijama estar torta, alguns botões abertos e quase caindo graciosamente de
um dos ombros, a correntinha de ouro que tinha desde pequeno fazia um
contraste bonito em sua pele e Louis jura que se controlou pra não deixar
beijos apaixonados por ela. Tão sentimental quando Harry, o carinho bom
que estava fazendo nele continuando.

— Você está bem? — Louis não conseguiu evitar perguntar. Porque,


sinceramente, não importava se os sentimentos de Harry seriam recíprocos
ou não, contanto que ele tivesse saído daquela viagem sendo o garoto que
põe seus sentimentos a frente dos outros novamente, que Fionn não fosse
algo que deixava sua autoestima baixa. Que ele tivesse voltado a saber que
é lindo com qualquer coisa que usasse. E Louis sabia que sua pergunta
havia sido clara, que Harry entendeu. O mais novo assentindo, ganhando
um sorriso em seus lábios.

— Você me fez ficar bem. — Harry sussurrou para ele, não olhando em
seus olhos, mas sua voz soando apaixonada, ou Louis estava ficando louco?
O mais velho poderia morrer feliz só por aquela vozinha ter saído tão doce,
Deus, ele estava tão apaixonado pelo mais novo que estava se assustando.
A voz dele estava grata. — Eu comprei algumas lingeries, já que fico bonito
nelas. — Comentou com a voz confiante, Louis não conseguiu evitar sorrir,
ter aquele garoto se olhando no espelho e se achando bonito, com sorrisos
autoconfiantes e superiores a qualquer um que tentasse falar algo ruim dele,
era tudo que Louis queria. Saber que ele comprou novas lingeries fez seu
coração saltar.

— Você ficar confiante com isso, saber que fica lindo assim, me faz ficar
feliz. Você ter ficado bem me faz feliz, você fica lindo de qualquer jeito. —
Louis não conseguiu evitar ser tão amoroso e Harry lhe olhou com amor,
tanto amor.

— Você é lindo... — Harry nem percebeu que falou em voz alta, havia saído
naturalmente e Louis queria arrastar seus dedos um pouco mais para baixo e
segurar na mão de Harry, eles nunca tinham feito aquilo mas era algo que
Louis queria fazer em meio de tantas outras coisas. Jura que iria beija-lo,
mas o garoto tremeu levemente e desviou o olhar. — L-Lou. — Sussurrou
quebrado.

Ele saiu de sua frente, quase soltando que estava gravido mas mordendo
seus lábios tão forte que quase sangraram. Infantilmente, correu para a
cama de Louis e se cobriu até estar com o corpo todo tampado, como se
aquilo fosse o proteger. Ele agia como um garotinho novamente, Louis
lembra que ele fazia isso quando era mais novo, corria pra de baixo dos
lençóis quando tinha medo. O mais velho só conseguiu sorrir.

— O que está acontecendo, Haz? — O mais velho perguntou ao se sentar na


cama, não forçando Harry a sair dos lençóis ou olha-lo, apenas pegou na
cintura dele e fez um carinho ali. Sentiu tanta falta dele, por Deus, queria
fazer tantas coisas.

— Eu não quero falar. — Harry resmungou como uma criança, tampado e


sendo protegido pelos lençóis que tinha cheiro de cigarros e perfume forte.
Harry queria que Louis entrasse ali e se enfiasse no meio de suas pernas
para eles comemorarem a coisa linda que fizeram. — Mas eu preciso... mas
eu não sei como, ah!

Louis não fazia ideia do que o mais novo queria falar, mas se sentia da
mesma forma. Não queria jogar que era apaixonado por ele do nada. Queria
falar, mas não sabia até onde falaria, como falaria e o que eles fariam depois
daquilo.

— Eu também tenho algo pra falar e eu não sei como falar. — Confessou
baixinho. — Talvez não precisemos falar agora.

— Não?

— Não. Talvez esse não seja o momento... talvez um jantar. — Louis se


achava péssimo fazendo aquilo. Flertar com alguém? Falar abertamente
sobre sexo? Isso ele sabia. Dizer que gosta de alguém? Chama-lo
indiretamente para um encontro? Louis não sabia fazer.

— Um jantar?
— Sim. Talvez seja mais fácil assim... eu falar o que quero te falar e você o
que quer me falar. Não precisa ser agora. — Comentou. Queria fazer aquilo
direito, trata-lo bem a noite toda, faze-lo lhe olhar apaixonadamente e
então, dizer as coisas que guarda em seu coração.

Harry também estava preferindo ser assim. O que tinha pra falar era algo
grande, muito importante. Não queria que fosse de baixo de lençóis
enquanto estava com medo e nem conseguia olhar para Louis.

Eles estavam marcando um encontro? Harry não sabia, mas estava


mordendo os lábios e sorrindo feito um bobinho.

— Só se eu escolher o restaurante. Já comi muito hambúrgueres com você.


— Harry destampou o rosto e falou animado e Louis nem o questionou,
Harry poderia escolher o lugar mais caro do mundo que dificilmente
conseguiria pagar, mas se fosse pra ter aquele sorriso lindo, então faria
qualquer coisa para ele.

Um sorriso tão lindo. Talvez Louis estivesse ficando louco, mas naquele
dia, Harry estava mais ainda radiante. Com um brilho diferente, mais
apaixonante do que nunca.

✖✖✖✖✖

Harry, obviamente, escolheu um dos melhores restaurantes de Londres.


Louis pesquisou o lugar antes de ir, dando uma olhada nos preços e tendo
que catar até as moedas espalhadas em seu quarto pra conseguir pagar a
conta. Foi na sexta feira que o jantar estava marcado, ás 19:00 porque Harry
sairia mais cedo do trabalho. Louis vestiu a melhores roupas que tinha e até
mesmo fez a barba, usou seu melhor perfume e já estava no restaurante ás
18:50.

Quando ele entrou, se sentiu um intruso. O lugar era calmo e as pessoas


falavam tão baixo que nem pareciam que estavam conversando, vestindo as
roupas mais caras e o lugar era tão grande que parecia uma mansão. Os
funcionários lhe olharam estranho, mas Louis não ligou porque quando
disse que tinha uma reserva em nome de Harry Styles eles lhe trataram
como um rei. Ele quis bufar, mas não deu muita importância para aquilo.
Louis andava desleixado, curvado, mas parou quando observava como os
homens se comportavam ali, eretos, as costas retas, movimentos suaves até
na forma que sorriam. E Louis começou a imita-los, até mesmo quando se
sentou a mesa, pondo o guardanapo de pano em seu colo, tentando lembrar
em como usava todos os talheres. Ele se lembrava vagamente, quando Anne
lhe ensinou quando era pequeno, entretanto, nos jantares que já teve com os
Styles, nunca seguia as etiquetas, sempre foi rebelde. Mas agora pela
primeira vez ele estava tentando fazer tudo certo, sentado corretamente,
sussurrando baixinho tentando lembrar de tudo que ignorava quando era
pequeno. Ele ainda não havia pedido nada, mas tinha água e vinho em duas
taças para ele em cima da mesa, Louis teve medo até mesmo de quebrar
aquelas taças, então as segurou delicadamente, diferente da forma que
bebeu o vinho, como se fosse água, mas parando quando olhou pro lado e
tinha um senhor alguns metros de si, que bebia o vinho como se tivesse
apenas molhando os lábios, então Louis imitou.

Louis nunca se importou de ser tão educado, mas ele queria que aquela
noite fosse perfeita. Queria impressionar Harry, mostrar pra ele que não era
apenas um ignorante ferrapado.

Ele tinha um discurso pronto em sua mente, iria dizer tudo que gostou e
sentiu na viagem, ia falar de seus sentimentos e explicar que entendia que
ambos ainda tinham muitas diferenças que talvez fariam eles brigarem
ainda, mas que estava disposto a continuar com o que tiveram na viagem.
Não sabia se contaria que estava apaixonado, dependeria da reciprocidade
de Harry com suas palavras, não queria assusta-lo e não queria assustar a si
mesmo. Queria ir devagar porque era assim que as coisas estavam
funcionando entre eles, com alguns tropeços, implicâncias, mas carinho e
doçura. Ia deixar claro que tinha sentimentos bons por ele, que queria beija-
lo e toca-lo mais vezes, que queria ter encontros com ele, e que faria todas
as coisas clichês que ele gostava.

Louis estava animado e confiante.

✖✖✖✖✖

— O senhor ainda não quer pedir? — O garçom apareceu e Louis já tinha


parado de contar quantas vezes ele havia voltado ali e feito a mesma
pergunta.

Tomlinson olhou para seu relógio do pulso, iria fazer quase duas horas que
ele estava ali e Harry ainda não havia chego. Ou sequer mandado alguma
mensagem com explicação. Na primeira hora, Louis achava que Harry
apenas estava um pouco atrasado, e tudo bem, ele deveria estar se
arrumando e sabia como o garoto demorava tanto para se arrumar. Mas
depois de alguns minutos, quando mandou várias mensagens para ele e não
houve nenhuma resposta, começou a ficar realmente preocupado, temeu ter
acontecido alguma coisa, então ligou para o celular de Anne e perguntou se
Harry estava bem, a mulher disse que sim, que ele ainda estava no hospital.
Então Louis descartou a possibilidade de ter acontecido algo e não explicou
o porquê da pergunta para a mais velha. Só constatou que Harry estava
realmente brincando consigo. Havia apenas duas opções para o que tinha
acontecido: Ou Harry se atrasou no hospital, ou ele na verdade não iria sair
as 19:00 e apenas o disse isso para fazer lhe esperar feito um idiota. E
constatando que, se fosse a primeira opção ele ao menos mandaria uma
mensagem, então Louis sabia que era a segunda. Harry lhe deu um bolo,
deveria ser apenas uma vingança lhe fazer ficar ali plantado pelo que
aconteceu na viagem. E não era culpa de Louis pensar assim, Harry já fez
essas coisas antes, como quebrar sua moto por não ter atenção. Louis olhou
para seu relógio novamente e quando a hora virou de 20:59, para 21:00
horas se tornando duas horas completas que estava ali, Louis não sabia nem
porque estava surpreso e decepcionado, triste.

— Não, apenas a conta desse vinho e água. — Ele disse amargo, não
acreditando que mais uma vez foi idiota por Harry.

✖✖✖✖✖

Harry adorava estar no hospital, realmente. Mas quase estava xingando a


todos quando foi obrigado a continuar ali até as 21:00 horas pelo seu
superior, porque o outro estagiário havia faltado e até foi até sua mãe para
que ela lhe liberasse mas a mulher não pode fazer nada a respeito, o que
surpreendeu Harry, já que desde pequeno tudo que não conseguia pedia sua
mãe e ela dava, o que não aconteceu dessa vez e o pior é que seu celular
estava descarregado e até tentou pedir um carregador emprestado pra
alguém, pra poder avisar a Louis, mas foi impedido, e ele acha que nunca
xingou tanto naquele dia, obviamente sem ninguém escutar. Odiava ser
contrariado e impedido de fazer algo, tudo que pode fazer foi bater o pé no
chão.

Quando eram 21:00 horas, ele correu para longe do hospital como alguém
que foge da policia. Ele arrancou o jaleco de si apenas quando entrou em
sua lamborguini e dirigiu tão rápido que agradeceu pelas pistas estarem
vazias, não engarrafadas. Ele sabia que Louis provavelmente estaria o
odiando tanto, mas não se importava em consertar as coisas pelo menos
uma vez na vida.

Estacionou o carro de qualquer maneira, provavelmente ganharia uma bela


de uma multa mas não estava se importando. Ele estava fora desde que foi
pra faculdade, o tempo curto de tentar ainda achar Louis no restaurante não
o deu tempo de tomar um banho ou se arrumar. Harry estava se sentindo
ridículo, nem deu tempo de vestir sua melhor roupa da Gucci, pintar suas
unhas e etc. Ele tinha um perfume no carro então passou pelo seu corpo e
pegou um glos que estava no porta malas e passou rapidamente em seus
lábios.

Ele estava nervoso e tremendo quando saiu do carro, correndo para a


entrada e rezando para que Louis estivesse ainda ali.

Se entristecendo ao ver a mesa que eles reservaram vazia e seu coração


apertando quando o garçom disse que ele o esperou por duas horas inteiras.

Harry se sentia mal.

O que fez ele correr pelas pistas novamente até chegar na mansão mas se
decepcionar mais uma vez quando viu que Louis não estava no quarto. O
que não lhe impediu de ir atras dele, sabia que ele estava no bairro de seus
amigos, provavelmente com Liam e Zayn. Talvez tão decepcionado e com
pensamentos tão errôneos que não queria dormir na mansão para lhe ver.
Harry nunca quis tanto mudar os pensamentos errados de alguém sobre si,
ainda mais de Louis no qual tinham tanta implicância um com o outro. Mas
ele precisava, porque Louis iria lhe contar algo e Harry estava gravido dele.
Por isso, chamou seu motorista e o pediu para dirigir ate aquele bairro
porque não queria ir sozinho.
Ele havia reunido toda a coragem do mundo para contar para Louis, até
ensaiou com Niall no banheiro da faculdade, o mesmo que descobriram que
ele estava gravido. O loiro fez o Louis enquanto Harry lhe dizia a
consequência daquela noite. Foi engraçado, Niall riu e Harry chorou de
novo.

Depois de longos minutos, a lamborghini estacionou em frente ao prédio


onde Zayn e Liam moravam. O bairro estava meio silencioso e Harry ainda
tinha medo, tanto que veio com o motorista ao invés de apenas dirigir
sozinho até lá. Achou que deveria ter ido de transporte publico, mas ele
realmente não sabia usa-los, a consequência foi olhos para sua lamborghini
e Harry já teria ido embora com medo dali se não fosse por Louis.

Antes de sair do carro, ele conseguiu ver Louis, Zayn e Liam do outro lado
da rua, um pouco longe, na praça onde teve a festa quando Harry foi ali
com Louis. O mais novo sorriu porque ele estava tão lindo, não lembrava
dele sem barba, e embora adorava ele com ela, ele sem também era divino.
Ele parecia mais novo e aquilo aquecia o coração de Harry.

Ele iria sair, mas desistiu quando viu Samile correr para perto deles, Harry
não sabia de onde ela havia saído, talvez morasse perto e os meninos
pareciam esperar por ela porque sorriram empolgados quando a viram,
como se tivessem esperando uma resposta e então todos eles estavam
comemorando com ela. A garota parecia chocada e abraçou tanto Liam,
quanto Zayn, quando se afastou, Harry via que ela estava com algo na mão,
como um palito... e o mais novo poderia jurar que era um teste de gravidez
e pela reação animada de todos parecia ter dado positivo. E até aí estava
tudo bem, mais uma pessoa gravida e Harry ate sorriu. Porem, quando a
garota mostrou o teste para Louis, com muito mais carinho de quando
mostrou para Zayn e Liam, seu sorriso morreu. Porque Louis parecia mais
chocado que todos ali, ele levou as mãos aos lábios e Samile sorriu pra ele
com carinho, recebendo um abraço dele muito mais carinhoso que os outros
dois, Zayn ate deu um tapinha nas costas de Louis, como se o tivesse
parabenizando, o coração de Harry estava se quebrando aos poucos, e aos
poucos fazia doer mais ainda. E Harry começou a derramar lágrimas
quando Louis se ajoelhou e beijou a barriga dela, como se o filho fosse
dele. Era?
— V-Vamos embora daqui, p-por favor.

✖✖✖✖✖

1 mês depois.

— Zayn tem pre natal hoje? — Niall perguntou para Harry, ambos estando
no carro do mais novo que estava dirigindo até o hospital. O loiro estando
também estagiando ali, quando a mãe de Harry conseguiu uma autorização
para ele.

— Sim! Ele está com quatro meses. — Harry comentou animado, prestando
atenção na estrada. Ele e Zayn realmente tinham se aproximado, eles
conversavam por mensagens e Harry convenceu o moreno de fazer os pre
natais no hospital de sua mãe, já que as condições dos hospitais públicos
não eram das melhores. De inicio, Zayn não queria, porque não tinha
dinheiro e não queria que Harry pagasse tudo. Mas o mais novo o
convenceu quando disse que seria uma troca de favores, Harry pagava seus
pre natais, equanto Zayn retribuía fazendo com ele, já que era só um
estagiário e ainda não tinha um paciente gravido, ninguém queria confiar
em estagiários podendo fazer suas consultas com obstetras formados e com
experiencia.

Harry estava feliz de ter Zayn por perto, ele se sentia melhor com alguém
que também estava gravido, embora Zayn não soubesse que ele estivesse.

O moreno já tinha feito outros pre natais mas naquele dia faria o primeiro
com o Harry, e o mais novo estava animado demais. Se pudesse, faria o seu
próprio. Na verdade, seu amigo loiro tinha feito para si escondidos em uma
das salas sem ninguém saber. Foi o primeiro pre natal do mais novo, e
quando ele viu seu pequeno bebê na ultra-sonografia , ele chorou, na
verdade não porque viu, mas sim porque não conseguia visualizar. Ele se
achou um péssimo papai e chorou feito uma criança, mas Niall insistiu e o
ajudou ver até ele conseguiu visualizar o pequeno grãozinho, e foi o
momento mais feliz da vida de Harry até agora. Ele até tirou uma foto para
ver outras vezes, embora sempre perca o grãozinho de vista e começa a
chorar de novo até achar.

— E sobre você, Harry? —Niall voltava a tocar no assunto, pela milésima


vez naquele mês. Mas o mais novo se fez de desentendido, enquanto
continuava a prestar atenção na estrada.

— Eu o que?

— Você está gravido de dois meses e ainda não contou para ninguém. Nem
para sua família. Ou, pior, nem pro pai da criança.

Harry já conhecia todo o discurso de Niall, sabia que ele estava certo mas
mesmo assim continuava a não seguir os conselhos dele. Não seguiu por
todo o mês.

— Não é como se eu tivesse escondido durante esses dois meses.


Tecnicamente só são quatro semanas, ou se esqueceu que eu também não
sabia e só fui descobrir quase completando um mês?

Harry mostrou seu ponto, mas Niall ainda não estava convencido, e não
achava certo Harry ainda não ter falado para ninguém. Mas o mais novo era
teimoso e já sabia que daquela conversa não sairia muito progresso.

— E você vai esconder até quando? Daqui a pouco você está de três meses,
sua barriga vai começar a crescer. Você não acha que Louis vai ficar irritado
quando descobrir?

— Não é como se ele estivesse esperando por isso. Ele está muito feliz com
o outro bebê dele que Samile está esperando. Então ele pode esperar a
minha boa vontade de contar. — Harry disse amargo.

Porque ele estava magoado.

Claro que estava. Ele se entregou de corpo e alma para o mais velho,
confiou nele e acabou engravidando. Louis lhe deu o seu maior sonho, mas
também deu isso para outra pessoa. Harry não se sentia mais especial para
ele.
Ele não lembra de uma noite sequer de não ter chorado pelo mais velho.
Seu coração doía todos os dias. As vezes o via mas ele nem o olhava,
magoado por Harry não ter ido no jantar, provavelmente pensando que o
mais novo fez de propósito, porque isso era algo que Harry realmente faria
se estivesse com raiva. Mas ele não fez questão de se explicar para Louis,
não depois de ver ele com Samile e pensar que ela estava gravida dele.
Então também o ignorava quando o via.

Harry estava tão magoado que seus olhos se derramavam em dor todas as
noites. Ele queria que Louis beijasse sua barriga, queria que Louis ficasse
feliz com ele. Queria que Louis lhe beijasse e eles tentassem fazer aquilo
dar certo. Mas agora ele deve estar fazendo tudo isso com ela.

Então Harry voltou para o plano A. Fazer isso sozinho, com seu bebê indo
visitar o outro pai no quarto de empregados ou no apartamento que Louis
compraria quando saísse de lá. Era isso.

E tudo bem.

— Harry, você nem sabe se o filho de Samile é de Louis mesmo. Você


apenas viu uma cena e está sendo impulsivo, como sempre. Até quando vai
deixar a falta de dialogo foder vocês? — O loiro dizia um tanto irritado.

— Eu não sou o único impulsivo. Ele nem olha na minha cara porque acha
que deixei ele esperando no restaurante de propósito. Eu posso estar sendo
infantil, mas ele também é. —O mais novo se defendeu, não gostava de ser
julgado sozinho então estava empurrando a culpa para Louis também. — E
ele estava muito feliz, para alguém que talvez não seja o pai da criança. —
Resmungou amargo.

Harry queria acreditar que o filho de Samile não era de Louis, mas estava
com tantos ciumes que corria por todo seu corpo, o fazendo ser amargo
durante todo o dia, só sendo feliz quando falava de seu bebê com Niall, e a
noite chorava pela possibilidade.

— Então os dois são impulsivos e burros! — Niall comentou sem paciência.


Harry o olhou rapidamente com a boca aberta pela audácia. — Eu
realmente não aguento mais vocês. Qualquer dia desses eu tranco os dois
dentro de um quarto e vou deixa-los lá até Louis te pedir em casamento.

— Então vamos morrer dentro do quarto. — Harry desdenhou.

Niall apenas negava com a cabeça, inconformado com aquela situação. Sua
vontade era de abrir a boca e contar tudo para Louis e só não fazia porque
acha que Harry que deveria fazer isso. Ele estava considerando a
possibilidade de ir onde Samile morava apenas para perguntar pra garota
quem era o pai da criança, embora fosse muito inconveniente.

Queria que com 2 meses de gravidez, a barriga de Harry já estivesse igual


um balão, só pra Louis se dar conta que ele estava grávido.

— Sinceramente, Harry. Você está sendo infantil. Porque mesmo que esse
filho seja de Louis, o que você vai fazer? Fingir que o seu não é dele?

— Claro que ele vai saber que é dele. Só não estou com pressa. E,
sinceramente, não sei porque está tão preocupado. Já que ele está bem com
a noticia de seu outro filho, ele pode esperar. — Niall entendia que Harry
estava magoado, era nítido em sua voz. O mais novo não estava mais com
nenhuma confiança em contar pra Louis, se antes já estava nervoso, agora
muito mais. Ele não sabia como contar. E embora soubesse que Louis
amaria as duas crianças, a magoa e o ciumes o fazia pensar que não queria
que seu filho fosse o menos amado. Ele vivia constantemente pensando em
cenas onde liga pra Louis pegar seu bebê pra passar um tempo com ele, mas
ele não pode porque está ocupado saindo com o outro filho.

— Eu não aguento mais essa situação. Hoje vou perguntar casualmente para
Zayn, de quem a Samile está esperando o bebê.

Harry fingiu não se importar e deu de ombros, mas ele ficou ansioso pela
resposta.

Quando parou a lamborghini no estacionamento do hospirL, Harry sentiu


seu celular vibrar com notificação que era do Instagram da Samile, meio
que ele estava seguindo ela só pra ver se ela postava informações sobre a
gravidez, por isso que estava sendo meio assustador e stalker ao ter ativado
as notificações do Instagram dela. Clicou na foto que ela tinha acabado de
postar.

— Acho que você não vai precisar perguntar. — Harry disse para Niall,
mostrando para ele a foto que Samile postou, ela estando ao lado de Louis,
a barriga ainda magra assim como a de Harry, mas Louis com a mão sobre
ela e um sorriso no rosto. Um coração na legenda, já o de Harry se quebrou
mais ainda.

— Harry... — Niall disse de uma forma triste quando viu Harry sair do
carro, o seguindo, mas o mais novo andava em passos largos enquanto as
lagrimas insistiam em cair dos seus olhos.

Ele correu um pouco para longe enquanto sentia um aperto enorme em seu
peito, limpou os olhos de qualquer forma quando entrou dentro do hospital
para que ninguém visse seus olhos. Assim que entrou dentro do elevador,
agradeceu a todos os deuses por ele estar vazio. Levou a mão até seu peito,
sentindo ele apertado e um nó enorme na sua garganta, ele segurava a crise
de choro que queria ter, esperando chegar em algum banheiro onde choraria
alto todas as suas angustias e magoas.

Viu que o elevador pararia em algum andar para buscar outras pessoas
então se certificou que seus olhos não tivessem nenhum resquício de
lagrimas. Se virando de costas e limpando com as palmas de sua mão
quando entraram dentro do elevador e ele foi fechado novamente.

— Quanto tempo, Styles. — Aquela maldita voz.

Harry se virou só pra dar de cara com Fionn. Suas pernas tremeram, e ele se
encostou no fundo do local, desviando o olhar do demônio em pessoa. Seu
dia parecia piorar cada vez mais, e ele sentia vontade de vomitar.

Ele levantou a cabeça para olha-lo, pois não tinha mais medo dele. Embora
estivesse com vontade de vomitar na cara do mais velho, se recompôs e lhe
eu um sorriso debochado, suas mãos coçando para lhe devolver o tapa que
foi lhe dado, talvez com juros que viraria socos. Harry realmente nunca
matou uma mosca, mas não se importaria de arranhar toda a cara do mais
velho até sangrar.
— Não tempo o suficiente. Poderia ficar a eternidade sem lhe ver. — Harry
respondeu em desdem, a musiquinha do elevador se tornando irritante e ele
olhando para os números dos andares como se demorassem a eternidade.

Fionn soltou uma risada maldosa.

— Sempre com tom arisco. Mas não parece que não quer me ver já que está
estagiando no mesmo hospital que eu. — Ele disse convencido.

— Felizmente, meu horário não é compatível com o seu. E nunca que eu


iria deixar de estagiar no melhor hospital de Londres, só porque alguém
como você está nele. — Harry tinha o nariz empinado, sua arrogância ali,
não sendo abalada pela presença de Fionn, o mais velho não o intimidava
mais, desde que Louis lhe fez ver que Harry era maior que tudo aquilo. O
mais novo nem entendia o que Fionn estava fazendo ali já que trabalhava de
manhã, provavelmente estando de plantão. — Sem falar que minha mãe
trabalha aqui, e ela é cem vezes mais relevante no hospital que você. Então
não se ache dessa forma, eu não iria querer lhe ver nem que fosse o ultimo
terno da Gucci.

— Você sempre tentando ser arrogante e maior que todos, mas não era
assim que estava da ultima vez que nos vimos, amor. — O médico era
baixo, Harry não sabia o que viu nele. Na verdade, sim. Dinheiro, poder.
Mas aquilo parecia fútil demais no momento e não soube como fez que
essas coisas fossem maior que ele.

— A ultima vez que nos vimos? Bom, que eu me lembre, na ultima vez que
nos vimos você estava parecendo um garoto desesperado de quinze anos
virgem, e então eu não quis me deitar com você porque você era
entendiante. Disse que você tinha pau pequeno e que nunca iria transar
contigo, você ficou nervosinho e foi baixo rasgando minhas lingeries e me
batendo, dizendo coisas horríveis. O que? Você achou que eu continuaria
mal com isso? Ah, não. Eu comprei outras novas, e uma pessoa, totalmente
diferente de você, me deu uma de presente e eu mostrei para ele. Ele
também me deu beijos nas bochechas então acho que essas coisas são bem
maiores que aquela noite com você. Não se preocupe, não estou abalado.
E Harry não dizia aquilo da boca pra fora, era o que ele sentia. Fionn não
era mais algo que ele tinha medo ou que o fazia inseguro. Seu narizinho
estava ali, de volta e em pé.

— Eu disse naquela noite, e volta a repetir que você um dia ainda vai voltar
pra mim.

Harry riu falsamente.

— Seu sonho, querido.

O mais novo iria falar outra coisa, mas ficou um pouco tonto e quase caiu
no chão, mas Fionn lhe segurou a tempo e isso fez Harry quase vomitar
nele, por estar sendo segurado por aquelas mãos imundas, se soltou
bruscamente dele, se virando e se apoiando nos ferros que tinha ali, preferia
desmaiar do que estar nos braços de um traste feito ele.

— Não seja turrão, você está passando mal, deixa eu ajudar. — Fionn
protestou porque Harry se desvincilhava de seus braços com grosseria toda
vez que ele lhe segurava.

Harry estava se acalmando e sua pressão voltando a subir, então ele respirou
fundo, já acostumado com as tonteiras.

— Vai se foder! — Harry lhe respondeu grosseiramente, muito diferente da


maneira educada que sempre tentava ser, quase nunca falando palavrão
mesmo quando estava irritado.

— Cade sua educação, amor? Estar longe de você lhe fez ser assim? Talvez
esteja passando mal porque minha presença causa efeitos em você ainda. —
Harry jura que iria lhe dar um soco na cara por ele ser tão sem noção.

— Eu estou grávido, babaca! — Disse sem ao menos pensar, o mais velho


se afastando dele e arregalando os olhos.

— G-Grávido? — O mais velho gaguejou, dando passos para trás, seu


orgulho se ferindo fortemente.
Harry sorriu, a tontura passando e seu corpo se recompondo, ficando ereto
novamente, demonstrando superioridade, ele soltou uma risadinha e olhou
novamente para os números passando, tão lentos que pareciam que o tempo
estava passando devagar de tão insuportável e desinteressante que Fionn
era.

— Por que a surpresa? Chocado que alguém mil vezes melhor do que você
conseguiu o que você tanto queria?

A cara de Fionn era de irritação, a mesma cara que ele fez quando lhe bateu,
mas Harry já não tinha mais medo, se ele tentasse algo, então Harry voaria
para cima de si, agora que está gravido, está muito protetor e não deixaria
ninguém encostar em si ou em seu bebê.

Harry deu graças a Deus mentalmente quando o elevador abriu, embora não
fosse seu andar e ficasse mais acima, mas sabia que era o andar de Fionn.

Só queria que chegasse logo e ele pudesse por seus pensamentos no lugar
por ter visto aquela foto de Louis e Samile, lavar o rosto e ir cuidar de Zayn
que provavelmente já estava o esperando.

Mas o dia realmente não estava cooperando consigo, porque ao elevador se


abrir, a pessoa menos provável de estar ali era Louis esperando o elevador.
O mais novo não sabia, mas Louis só estava ali porque iria acompanhar
Zayn e Liam, já que era melhores amigos dele. O casal havia subido na
frente enquanto Louis estacionava o carro de Liam. Ele havia ficado
perdido no imenso hospital e parado no andar errado, indo pegar o elevador
novamente quando se deparou com Harry e Fionn.

Ambos os 3 ficaram estáticos. Harry porque não esperava ver Louis ali,
Fionn porque Louis, a qual sempre teve nojo estava em seu hospital,
contaminando o lugar.

E Louis, bom, ele nem conseguiu visualizar Harry direito, seus olhos azuis
queimando apenas Fionn. E Harry já estava prevendo a merda que sairia
dali.
Louis sempre jurou que era capaz de matar o médico quando o visse, e
agora que o olhava, o tendo o pego no flagra olhando com ódio para Harry,
queria enforca-lo.

E Louis nunca foi uma pessoa com paciência, daquelas que pensam duas
vezes antes de fazer algo, ele era impulsivo e simplesmente fazia.

Ainda mais quando se tratava de Harry, quando sempre o defendeu quando


eram crianças, mesmo quando o mais novo estava errado. Louis conseguia
olhos roxos mesmo tão jovem, por consequência de arrumar brigas pra
defender Harry, mas em compensação deixava a outra pessoa com um olho
roxo também. E ali, olhando para aquele merda, que fez Harry ficar com
um olhar triste durante incontáveis dias, Louis queria enganá-lo por ousar
tocar um fio sequer de Harry.

Ele já tinha 22, não era mais um garotinho rebelde que arrumava brigas na
escola, mas sua impulsividade continuava da mesma forma, não tendo
mudado. Então não pensou duas vezes antes de entrar no elevador e
apertando o botão de fechá-lo, não deixando Fionn sair e como um "olá" lhe
deu um soco cheio e forte na boca, o fazendo cair no chão e assustando
Harry que gritou na hora.

— Louis! — Harry gritou com a mão nos lábios, se afastando da poça


sangrenta que se tornou a boca de Fionn, que caído no chão, gritou de dor.

— Mas que merda foi essa? — Fionn gritou, levando seus dedos aos lábios
encharcados de sangue. E Louis não conseguia se importar, seu sangue
fervendo, as veias saltando dos braços, Harry via e temia a briga dos dois.

— Não se faça de sonso! Seu merdinha nojento, ouse levantar um dedo para
Harry mais uma vez e será um homem morto! — Louis ameaçou e não
tinha um pingo de blefe em sua fala.

Fionn apenas riu por aquela cena ridícula de Louis defendendo Harry.

— Acho que Harry não precisa do empregado dele pra se defender. —


Fionn debochou, se levantando do chão e revidando o soco que Louis lhe
deu. — O que? O zé ninguém não esperava por isso?
Ah, Harry poderia quebrar a perna do médico com um só chute por
machucar Louis. Mas nem teve tempo de fazer nada, Louis olhava para o
mais velho como um psicopata, como se o soco não tivesse doido, ele mal
se mexeu na verdade. Fionn era um riquinho fresco que mal conseguia ser
forte com as mãos. Um filite de sangue escorreu do nariz de Louis mas
aquilo não era nada prestes ao que que estava prestes a fazer com o mais
velho.

Louis lhe deu um chute forte em um dos joelhos, fazendo o médico se


desequilibrar e cair de joelhos no chão, recebendo um soco na bochecha,
caindo e Harry tentou separar eles, mas ambos estavam agitados e havia
socos para todos os lados e o mais novo só conseguia gritar de medo,
ficando enjoado e pondo a mão na barriga pedindo pros dois pararem. Mas
eles não paravam e Louis se sentou em cima de Fionn, os socos fortes
fazendo barulhos altos, talvez quebrando algum dente do médico que berrou
e Harry levou aos mãos nos ouvidos chorando e pedindo baixinho pra
pararem.

— Isso tudo por que, Louis? — Fionn perguntou ousadamente, fraco


quando Louis o segurou pela gola do jaleco. — Está irritado por que? Você
não é ninguém para Harry. Por que está o defendendo? Nem o pai o filho
dele veio me procurar pra acertar as contas. — Riu entre o sangue, a cor
vermelha manchando os dentes. O prazer de ver a cara de ódio de Louis era
maior que sua dor.

Louis levantou a mão para lhe socar de novo, mas parou quando as palavras
de Fionn lhe fez sentido na cabeça.

— Filho? — Louis perguntou confuso e chocado, olhando para Harry que


tinha os olhos arregalados como se tivesse sido pego no flagra.

Louis pedia uma explicação silenciosa e Harry começou a derramar


lágrimas desesperadas porque não era pro mais velho ter descoberto
daquela forma.

Não era.

Aquele estava sendo o pior dia de todos.


Ele estava tremendo, não conseguia ao menos se pronunciar.

Fionn observava a situação, então começou a rir maldoso, tossindo sangue


em seguida mas o sorriso continuava lá.

— Oh, não. Ele é o pai? — Riu em escárnio, logo em seguida fazendo um


barulho de desaprovação com a boca. — Você me deixou pra ficar com ele?
Negou sexo comigo mas ficou gravido do filhinho da empregada? Oh,
Harry. Eu esperava mais de você. — Fionn dizia como se estivesse
decepcionado, Louis nem conseguia se irritar ou bater nele porque ainda as
palavras que Harry estava tendo um bebê ecoava em sua mente. — E você
não sabia disso, Louis? Pela sua reação, parece que o pai é você... e Harry
não te contou, não é? Deve estar com vergonha.

Louis soltou Fionn, se levantando e encarando Harry que ainda chorava e


tinha as mãos nos lábios. Tomlinson nem dando ouvido as provocações de
Fionn, ele só queria saber se Harry estava realmente gravido.

— Harry? — Era só seu nome pronunciado na voz de Louis mas que havia
tanta curiosidade, choque e uma pontada de decepção antecipada caso ele
confirmasse, por ter descoberto daquela forma. Dois meses depois e por
Fionn.

Harry não queria o decepcionar apesar de estar magoado por provavelmente


ele ser o pai do filho de Samile. Mas a questão é que estava, aquela era a
realidade, havia escondido dele e Fionn havia contado. Parecia uma traição.

Harry assentiu devagar, as lágrimas caindo de suas mãos, e elas saindo de


seus lábios. Louis deu um passo pra trás, chocado demais. Era como se ele
estivesse sendo traído por Fionn contar, como se Harry tivesse confiado isso
a ele mas não a si.

Harry queria ter uma chance de explicar tudo, mas a porta se abriu, fazendo
Fionn gritar pelos seguranças tirarem Louis dali, e ambos atendendo ao ver
o estado do médico. Que foi ajudado a se levantar. Harry pediu pra
esperarem porque ele precisava falar com Louis mas não lhe darem ouvido
e Louis não estava nem protestando, sendo leve como uma folha pois seu
choque era maior que tudo.
Louis foi escorraçado para fora do hospital e Harry só conseguia chorar,
correu para Niall e implorou pra ele atender Zayn e Niall. Ainda perdeu
bons minutos com o loiro tentando fazê-lo se acalmar antes de correr atrás
de Louis, não queria que ele dirigisse daquela forma desesperada. Foi com
Louis 10 minutos adiantado, a frente de si, que Harry foi atrás dele.

Harry lhe achou em sua sala, sentado no sofá com os cotovelos apoiados
nas coxas e as mãos sobre o rosto.

— Louis... — Harry sussurrou quebrado, jogando a chave da lamborguini


em um canto qualquer da sala, não tenho coragem nem de sentar ao seu
lado.

O mais velho não lhe olhou e aquilo doía.

— Você está realmente gravido? — Louis olhava para um canto qualquer da


sala.

— E-Eu... sim, Louis. Estou esperando um bebê nosso. — Harry falou com
sua voz chorosa, fazendo de tudo para não chorar alto ali e se desmanchar.

Louis demorou alguns segundos para processar aquilo. Ele não estava
conseguindo acreditar ainda, porque a forma que ele descobriu foi a pior
possível.

Aquilo também não era o que Harry sonhou sua vida toda.

Tudo estava um caos.

— Transamos há dois meses. Você está me escondendo essa gravidez há


dois meses e eu fico sabendo por aquele merda?

Harry se encolheu porque Louis não estava mais falando fazer amor, aquilo
fez seus olhos encherem de água novamente.

— E-Eu só sei dela há um mês... — Harry tentou se justificar, fazendo


Louis bufar irritado, ainda não o olhando. Harry parecia um garotinho com
medo de contar que fez bagunça pros pais. — Eu não contei pra ele dessa
forma que está pensando. Ele não sabe há muito tempo, hoje que eu o
encontrei e — Foi interrompido.

— Dois meses, um mês, não importa! Por que você esconderia de mim,
Harry? — Louis finalmente lhe olhou, mas Harry preferia que não, pois ele
estava com raiva e aquela cena não era a que ele imaginou que seria. — E
você o vê um dia e já é o suficiente pra contar o que demorou um mês para
me contar?

Harry sentiu uma irritação subir pelo seu corpo, porque Louis só queria
gritar e não o deixava falar, como se ele fosse santo quando também tem
inúmeras mágoas.

— Eu não confiei nele! Como pode dizer algo assim sabendo como eu
fiquei? — Perguntou magoado. — Se ele sabe, é porque ele estava me
estressado dentro do elevador e eu passei um pouco mal e acabei falando
que estava gravido. E então você entrou e o bateu feito um animal,
estragando tudo. Pois acredite mim, não era assim que eu queria que as
coisas acontecessem. — Sua voz também saía irritada, os tons de ambos
parecendo começar a se sobressair pela sala.

— E como você queria? Teve tempo bastante para planejar nessas semanas.
— Desdenhou. Ele não achava que tinha culpa de estar sendo tão grosseiro.
Ele estava sabendo de uma gravidez atrasado e pelo ex do garoto que era
apaixonado.

— Você está sendo um idiota! — Harry acusou. — Não sei porque está
preocupado se soube hoje ou há um mês atrás, sendo que estava curtindo
com seu outro filho. — Harry soltou impulsivamente.

— Outro filho? Mas do que merda você está falando? Eu nem sabia que
teria um.

— Não sei, pergunte para Samile. Já que você parece tão feliz com a
gravidez dela e tiram fotos como se fossem um casal feliz.
Louis demorou algum tempo para refletir, dando uma risada sem humor e
desacreditada.

— Samile não está grávida de mim. É de Stanley. — Louis disse como se


fosse óbvio.

Harry pareceu um pouco mais aliviado, talvez se sentindo um pouco idiota


e adolescente demais por nunca ter maturidade para resolver as coisas no
dialogo.

Antes que pudesse falar alguma coisa, Louis interveio.

— É impressionante como sempre tira conclusões precipitadas. Então se o


filho dela fosse meu, você não me contaria que estaria esperando um filho
também?

E então. Harry voltou a ficar irritado.

— Como se você não tirasse conclusões precipitadas, não é? Ou você é


perfeito? Não foi você que também ficou um mês sem falar comigo porque
achou que eu te dei um bolo no restaurante quando na verdade apenas tive
que ficar mais tempo no hospital e estava sem bateria pra mandar
mensagem?

— Se foi isso, por que não me disse ao invés de dar uma de orgulhoso?

— Eu tentei te dizer! Fui até o restaurante mas você não estava mais lá.
Então te procurei pela casa e até mesmo fui no bairro dos seus amigos, mas
advinha: Você estava lá todo feliz por Samile estar grávida, beijando a
barriga dela. E então depois me ignorando quando me viu. Como acha que
eu me senti? Ainda mais com a foto que ela postou hoje? O que você acha
que eu pensaria? — Harry não fazia questão de esconder sua mágoa e Louis
acabou levantando e ficando em frente à ele.

— E então ao invés de me perguntar prefere deduzir que estava certo? —


Louis perguntou desacreditado.
— Eu iria te contar no dia do restaurante. Eu posso sim ter sido infantil e
impulsivo mas você também é! E agora, mesmo sabendo de tudo, ainda está
bravo. E por que? Não sou Zayn ou Samile pra você ficar feliz? Eu sei que
você não quer uma família mas pelo menos com os outros você age com
mais doçura.

— Desculpa não estar pulando de alegria por ter descoberto isso por um
merda que nem seu ex. É só que é difícil assimilar isso tudo. E não diga o
que eu quero ou não. Você não sabe o que passa dentro de mim ou tudo que
eu sinto.

— E o que você quer que eu ache? Você nunca falou que queria ter filhos,
você nunca falou sobre família e parece preferir se divertir do que cuidar de
uma criança. O que quer que eu pense?

Louis naquele hora ficou realmente irritado.

— Partindo desse princípio, eu também posso te acusar que você nunca quis
ter um filho de alguém como eu. Que planejou isso com alguém como você.
E parte de não ter me contato ainda ou para sua família é porque no fundo
ainda tem vergonha de ter se deitado com o filho da empregada.

Harry levou a mão nos seus cachos, não acreditando que aquilo estava
acontecendo.

— Você não me conhece!

— E o que quer que eu ache se eu descobri as coisas dessa forma? É o que


faz parecer, Harry, que você tem medo de descobrirem isso porque é
comigo. Se fosse com alguém milionário você estaria escondendo?

Louis tinha um ponto baseado em tudo que já viveram, mas mesmo assim
Harry estava chateado. Porque ele tinha estado disposto a tentar uma
família com Louis e seu único medo era se Louis iria querer uma família, se
Louis gostava de si mesmo com todos os defeitos.

— O que você quer que eu pense depois de hoje? Um dia eu disse que era
apaixonado por você e no dia seguinte você disse que eramos pra esquecer
tudo porque a bebida que fez você se deitar com alguém como eu. Me diga,
estou errado ou esse Harry foi embora?

Louis falava mais baixo, porque ele também estava magoado e cabisbaixo.

Harry ficou quieto por alguns instantes porque aquele Harry ainda estava
ali. Não tinha ido totalmente embora. Talvez não o que o chamaria de filho
da empregada. Mas sim o impulsivo, mimado e um tanto egoísta. E não
sabia se Louis o aceitaria assim, se o queria assim, apesar de tudo.

— Você disse que era apaixonado mas no dia seguinte desmentiu e culpou a
bebida. — Sua voz saía magoada por coisas passadas que estavam sendo
abertas naquele momento.

— Porque você ficou quieto. Eu me senti rebaixado. E me forcei a esquecer


de você.

Harry segurou as lágrimas dentro dos olhos não permitindo que elas
saíssem dali. Seu peito doendo e o nó enorme na garganta sendo
insuportável.

— Você sempre me tira como o egoísta, o único errado. Quando eu também


tenho meus sentimentos e tudo nunca foi só questão de tentar ser melhor
que você! Pois, como você queria que eu acreditasse que era apaixonado?
Você parou de falar comigo quando eu tinha só doze anos. Porque eu era
mimado e você estava me odiando. E sim, eu era mimado. Eu sou mimado.
Eu não fui atrás de você. Mas você só viu esse lado. Você não viu como
chorei várias noites sentindo falta do meu melhor amigo! Você não viu que
muitas vezes impliquei contigo só pra ter sua atenção, mesmo que negativa,
pois caso ao contrário você nunca mais olharia na minha cara e eu só era
uma criança quando perdi você e comecei com toda essa merda! Eu não
acreditei que você estava apaixonado porque não acreditava que alguém
que me deixou sentiria algo bom por mim. Mas se no dia seguinte você
confirmasse de novo, então eu iria acreditar porque eu também era bobo e
também era apaixonado por você.

✖✖✖✖✖
Eles ficaram minutos discutindo sobre mágoas e ressentimentos nunca
ditos. Tudo que os incomodavam e tudo que nunca falaram um para o outro,
foi exposto naquela noite de forma magoada e raivosa em suas falas. Em
um momento, Harry pedindo para que fossem pro quarto dele porque as
pessoas poderiam escutar aquela conversa e ele não queria que mais gente
descobrisse sua gravidez de forma errada. O que era pra ser uma alegria
por logo serem pais, se tornou em uma briga.

Agora eles estavam quietos. Harry sentado em sua cama e Louis no sofá do
quarto. Eles estavam em silêncio há muitos minutos, apenas magoados com
tudo que já fizeram contra o outro durante todos esses anos. Praticamente
imóveis e sem encarar um ao outro.

Louis parecia uma estátua, encarando um ponto qualquer do quarto.

Seus olhos finamente se dando conta do que encarava por tanto tempo, era
uma foto de Harry, quando ele deveria ter uns 6 anos. Ele estava sorrindo
com seu coelho, na verdade ainda de Louis, em mãos. Ele tinha um sorriso
brilhante e vestia um suéter amarelo. E Louis se lembrava perfeitamente
daquele dia.

Dos dois brigando pelo coelho, de Harry chorando quando Louis o tomou
de si e do mais velho ignorando seu choro estridente, mas logo depois não
conseguindo resistir a aquele biquinho chateado, as bochechas gordas
vermelhas por conta do choro. Então ia até ele e devolvia o coelho só pra
vê-lo feliz, só pra ganhar um beijinho molhado na bochecha. E então no
mesmo dia Louis brincou com Harry de tudo que ele queria, deixando seus
carrinhos de lado para brincar de boneca com ele. Harry sempre gostava de
fingir que estava gravido. Chamava as bonecas de suas nenéns e dizia que
Louis era o papai delas e ele a mamãe. Naquele dia Harry disse que eles só
podiam ter bebês se fossem casados igual sua mamãe e papai então
correram até o jardim, vendo Mark e pedindo pra casarem eles. Mark riu da
fofura e inocência dos dois e fez pequenos anéis com folhas de plantas para
eles. Então eles "casaram" e Harry enfiou uma boneca de baixo da blusa, e
em seguida outra porque disse que queria gêmeos. E eles esperariam a
cegonha fazer eles nascerem, dando o nome pros bebês de neném 1 e
neném 2.
Louis tinha os olhos cheios de lágrimas quando olhou para Harry quietinho
e chateado sentada na cama, segurando seu coelho de pelúcia que Louis
havia lhe dado, que o mais novo nunca soltava. E ele ainda era a mesma
criança que queria um família.

Louis estava tão irritado pela forma que descobriu que ainda não tinha
caído a ficha 100% que tinha engravidado de fato Harry. Até agora.

Harry vai ter um bebê seu. E aquilo era... lindo!

Porra! Por que eles estavam brigando se vão ter um bebê juntos?

Louis queria chorar.

Oh, meu Deus. Vendo a carinha chateada de Harry queria beijar os pés dele
por ele estar concebendo algo tão bonito. Achou que não ficaria mais ainda
apaixonado por ele. Mas estava.

— Haz... — Louis disse totalmente doce. Se aproximando e se sentado na


cama em frente à Harry. O mais novo lhe olhou todo sensível. — O que
estamos fazendo? Por que estamos brigando? Babe, nada do passado
importa. Vamos ter um bebê.

E a forma que Louis falou todo feliz, cheio de ruguinhas nos olhos, com
lágrimas transbordando fez o coração de Harry saltar. Era essa a reação que
tanto ansiava, não importa o que falaram pra chegar até ali. Louis lhe
olhava com amor, querendo aquilo.

— Lou...

— Vamos ter um nenenzinho. Vamos ser papais e eu não posso amar mais
isso. — Louis falou todo sentimental e Harry soltou todas as lágrimas que
segurou, se jogando nos braços dele e chorando feito uma criança. — Não
chora. Isso é muito bom. — Garantiu, passando as mãos no cabelo dele e o
abraçando como se Harry fosse seu mundo, e aquela criancinha dentro de si
também era.

— V-Você quer mesmo isso? Uma família? Não vai estragar sua vida?
— Como uma criaturinha tão pequena poderia estragar minha vida? É claro
que não estávamos planejando isso, mas tudo bem, eu quero isso. Ainda
mais porque é com você.

Harry não queria soltar Louis, sentando no colo dele e ficando ali como um
bebê, como se Louis tivesse o ninando.

— Comigo?

— Sim. Eu nunca planejei algo assim... mas não vejo outra pessoa melhor
pra carregar um filho meu senão você, doce. Que sempre quis um bebê, que
ama tanto crianças. Eu não poderia ter um filho de uma pessoa melhor. Você
é perfeito.

Louis beijava as lágrimas de Harry, querendo cuidar dele mais do que tudo.
Harry naquele momento parecia a maior preciosidade do mundo. Tão
arrependido por ter ficado irritado, só agora se dando conta do que
realmente estava acontecendo ali.

— Não foi o que eu planejei pra mim, Lou. Não exatamente assim. — E
Louis assentiu, compreensivo por não ser o cara perfeito para Harry, mas
ele apenas estava entendendo errado. — Mas é melhor. Eu sei que nosso
bebê vai ter todo amor do mundo, e que você vai ser o melhor pai do
mundo. Tinha que ser com você.

Harry garantiu, e Louis chorou, molhando as bochechas do mais novo que


fez um biquinho ao olha-lo.

— Você nunca chora. — Sorriu todo apaixonado.

— É porque você está carregando nosso bebê e você não poderia ser mais
lindo fazendo isso. — Beijou a testa dele com carinho. — Eu não acredito
que nossas brincadeiras de criança estão se tornando realidade. — Riu entre
as lagrimas.

— Vai se chamar ou neném um ou neném dois. — Harry disse carinhoso e


nostálgico, Louis fez um carinho bom nas bochechas dele.
Eles ficaram naquele clima gostoso e Harry lhe mostrou a foto da ultra-
sonografia, perdendo o bebê de vista mais uma vez e ganhando gargalhadas
de Louis toda vez que chorava por não conseguir ver o próprio bebê, mas
Louis conseguiu achá-lo depois de um tempo. E eles pareciam dois babões
por uma foto de um feijãozinho ainda. Tão apaixonados por tudo aquilo que
mal se davam conta que agiam como um casal. Harry no colo de Louis,
enquanto recebia carinhos bons do mesmo e Harry lhe beijava as bochechas
todo fofo e apaixonado. Talvez o momento fosse o culpado por tanto amor.
Mas eles não estavam se importando. Não queriam se desgrudar.

E Harry pensou que tudo aquilo era o melhor sonho de todos quando Louis
levantou sua camisa e deitou a cabeça em cima de sua barriga, beijando e
fazendo um carinho ali como se ela já estivesse enorme. E Harry retribuía
os carinhos nos cabelos de Louis, não querendo que ele saísse dali jamais.
Que nunca parasse com os carinhos e beijos. Que sempre estivesse com ele
a todo o momento. E Louis prometeu que estaria, que eles iriam fazer
aquilo juntos. Que iriam ter um bebê.

— Eu amo você. — Louis disse ao acariciar a barriga de Harry. O mais


novo tendo o coração acelerado, não sabendo se aquilo havia sido pra si ou
pro bebê. Mas acontece que nem Louis sabia pra quem havia falado.
14. i'll try because I love you

N: ORA ORA SE NÃO É A AUTORA MAIS COMPLICADA DO


MUNDO COM A ATT!

Como vocês me aguentam, na moral? kkkkkkkkkkkkk tão anjinhos


<33333 QUE SAUDADES! E MUITO OBRIGADA PELAS MAIS DE
100 MIL LEITURAS EU AMO VOCES
DEMAAAAAAAAAAAAAAAAAIS

Este capitulo está muito cheirosinho. E o 15 está muito quentezinho


rsrs aguardem.

Boa leitura, meus anjos.

Talvez Louis houvesse mentido sobre dizer que nunca pensou em ter um
filho, é claro que ele havia pensado. Isso constava em dois momentos da
sua vida. Um, de quando ele era criança e tinha brincadeiras inocentes com
Harry sobre ser pai dos bebês dele. Isso porque eles eram amigos demais e
ele queria ser parte de toda aquela felicidade e sonho de Harry ter um bebê,
mesmo quando eles nem sabiam como era possível fazer um. O outro foi já
mais velho, em sua idade atual, quando descobriram que Zayn estava
gravido e Harry estava tão feliz que Louis imaginou aquele garoto podendo
finalmente ter seus bebês. E, por um segundo, imaginou novamente sendo
parte daquilo.

Mas ele nunca realmente planejou ou cogitou essa possibilidade, ele nunca
foi uma pessoa muito romântica, que queria uma família, que planejava um
futuro ao lado de alguém e seu filho. Ele só se preocupava se aparecia um
trampo de grafite no dia seguinte e se seria o suficiente para se bancar e ir
se aventurar com seus amigos, doando o suficiente para ONG deles, e o
resto colocando em sua poupança onde aos poucos junta dinheiro para seu
apartamento tão sonhado. Mas era isso. Ele nunca planejou um futuro
grande ou ter responsabilidades realmente grandes. Ele nem achava que
pararia ao lado de alguém.

Mas então Harry diz que está gravido e tudo muda.

Os dois primeiros momentos que cogitou uma família voltam a sua mente e
Louis não consegue pensar em uma pessoa melhor para ter o seu bebê.

Porque se antes dele saber de tudo aquilo, perguntassem para ele


hipoteticamente se ele fosse pai quem ele iria querer que carregasse seu
bebê, Louis responderia na hora: Harry. Definitivamente. Mesmo que eles
não ficassem juntos, mas responderia Harry, porque ele era o garoto mais
amoroso para isso e ter um filho com ele seria algo precioso.

E eles vão ter. E aquilo era grande! Louis ainda estava em choque e tão
feliz, ele deixou lágrimas caírem na barriga sem nenhum volume de Harry e
a glorificou como se ela já estivesse enorme, como se fosse um diamante
que valasse tanto.

E, voltando ao que ele era, de repente, ele se vê onde não é mais. Se ele
nunca planejou um futuro ele pode planejar naquele momento mesmo sendo
incerto, mesmo nem sabendo o que iria acontecer com eles. Se ele não se
importava com muito dinheiro, então agora ele se importa porque ele não
quer ser o pai que nunca tem nada para oferecer para seu filho. Se ele nunca
planejou ter responsabilidades, agora ele tem.

E diante de tudo isso, se ele nunca achou que fosse do tipo romântico,
agora, pensando melhor ele já está mudando nos últimos tempos. Ele nunca
tratou uma pessoa com tanto carinho como tratou Harry em certos
momentos. Fora todos os pensamentos carinhosos que tinha sobre ele e tudo
que faria por ele porque era um bobo apaixonado e Harry estar carregando
seu bebê faz Louis vê-lo como uma preciosidade.

Tudo iria mudar, suas vidas iriam virar de cabeça para baixo porque um
bebê faz isso.

Em um dia eles estão se odiando e no outro tendo um filho. Louis sabe que
isso faz eles terem um turbilhão de sentimentos que tem que organizar, que
tem que resolver, não que Louis já ache que só porque vão ter um filho que
vão casar já no mês seguinte, ele nem sabe se ele e Harry vão ter alguma
coisa. Mas sabe que mesmo se não acontecer nada entre eles, agora eles
estão ligados para sempre através desse filho e que se eles não conseguirem
se resolverem e arranjarem um jeito de se darem bem, mesmo através de
todas as implicâncias, então eles não conseguiriam fazer nada dar certo. E
eles precisam.

Falar suas mágoas foi bom, eles sempre prendem tudo para si há anos e
expor seus sentimentos, mesmo que rancorosos, era um começo. Pois agora
eles estavam ali, felizes por terem um filho. Deus, ainda não conseguiam
acreditar ou conversar sobre como aquilo iria ser. Eles só queriam
aproveitar o momento. Era o momento mais feliz da vida deles.

Eles ficaram com sorrisos bobos entre lágrimas e caricias por um bom
tempo, Harry grato por Louis ter lhe dado um sonho e Louis grato por
Harry estar carregando ele.

Eles perderam as contas de quantos minutos ficaram ali, conversando


baixinho sobre tudo aquilo, mas perceberam que foram horas quando a
porta do quarto de Harry foi batida por algumas vezes, e o garoto foi
chamado pela mãe, então Louis se levantou rapidamente de cima dele, pois
estava ali como se fossem um casal e nem tinham se dado conta disso, a
mão de Louis acariciando a todo momento a barriga de Harry. Mas agora
ele estava em pé e Harry se sentou rápido como se estivessem feito algo
suspeito. Meio que fizeram. Um bebê.

— Entra, mamãe. — Harry disse meio incerto depois de um tempo, levou o


dedo na boca para morder, nervoso. Olhou para o mais velho que encostou
uma mão na parede tentando disfarçar. Não que eles fossem encobrir a
gravidez, mas não queriam dizer agora.

— Porque você— Anne entrou dizendo, mas parou assim que viu Louis e
estreitou as sobrancelhas para ele e olhou dele para Harry para ver alguma
expressão raivosa na face de ambos, mas não tinha, o que era estranho, já
que Louis não visitava o quarto de Harry, talvez apenas se fosse para brigar.
— Louis?
— Sra. Styles. — Louis respondeu tão nervoso que foi formidável mesmo
que não precisasse, pois Anne o tratava como se ele fosse da família. Harry
quase pegou o travesseiro e tacou nele.

— Estão brigando? — Perguntou desconfiada e Harry negou rápido com a


cabeça, o que o fez ficar com mais cara de suspeito ainda. Já que se não
estão brigando, o que Louis estava fazendo ali? Eles nunca tem uma
conversa saudável. Pelo menos até onde Anne sabia, pois Harry ate mesmo
fingiu que a viagem com Louis foi uma droga. Ela não sabia que eles meio
que se beijavam e transavam.

— Eu vim ver se Harry está bem. — Louis respondeu.

— O que aconteceu? Alias, já que você está aqui pode explicar também o
que aconteceu no hospital? Fui informada que Harry mal chegou e saiu de
lá correndo e que Fionn brigou com um tal de Louis no qual gritava que foi
quem o deixou machucado. — Anne cruzou os braços para os dois
desconfiada e querendo saber da história direito.

Anne nunca soube que Fionn foi um namorado abusivo para Harry. O mais
novo nunca contou e preferia assim. Então a mulher ainda tinha a imagem
de que Fionn era um médico bom, e ficar sabendo que Louis lhe deixou
sangrando por motivos desconhecidos por ela a fazia ficar confusa. Ela não
estava na cena, apenas viu o médico gritando de dor e com a cara sangrando
enquanto xingava Louis e teve informações que Harry nem ficou para o
estágio, indo correndo atras de Tomlinson.

Louis não sabia como explicar aquilo e antes que falasse algo, Harry
interveio.

— Não é culpa do Louis, mamãe. Fionn fez algumas coisas... Louis só me


defendeu. Eu não fiquei no hospital porque precisava falar com ele.

— E o que ele fez que não poderia ter sido resolvido com uma conversa? E
o que de tão importante você tinha pra falar para Louis que saiu do hospital
sem cumprir com seu horário? — Anne falava em um tom de voz de bronca
e Harry não via outra maneira de explicar tudo senão contando a verdade.
Louis não sabia nem o que falar.

— Desculpe. A senhora vai entender melhor no jantar. Eu vou explicar tudo


que está acontecendo. Louis também, ele vai jantar com a gente. — Harry
disse e Louis arqueou as sobrancelhas para ele. Harry iria contar que está
gravido aquela noite para seus pais? Louis tinha um friozinho na barriga,
nada ainda parecia ser real, apenas um sonho.

— Vocês estão estranhos. — Anne decretou. — Pois desçam logo pro


jantar, então. Não demorem. — Ambos assentiram e a mais velha saiu do
quarto.

Quando a porta foi fechada, Harry se tacou na cama voltando a se deitar,


agarrando o travesseiro e suspirando contra ele, resmungando apreensivo.
Olhou para Louis, um frio enorme em sua barriga, ele estava com um pouco
de medo da reação dos seus pais, medo do seu futuro, embora tivesse toda a
felicidade de estar gravido.

— Eu sinto muito ter que fazer você contar assim tão cedo por não ter
conseguido me controlar na frente daquele merda... é só que quando vi ele
eu lembrei de ter escutado sua voz triste contando para Gemma o que ele
fez com você, lembrei das vezes que vi vocês juntos e como ele te apertava
quando tinha ciumes e como brigava com você por nada, lembrei como o
brilho do seu olhar apagou um pouco e fez você achar que não fica bonito
vestindo o que gosta de vestir. Eu só não me controlei e quis socar ele tanto
como se isso fosse apagar o passado. Eu não suporto imaginar que uma
planta sequer o machuque, o que dirá ele. — Harry tinha os olhos verdes
levemente arregalados, um sorriso encantador surgindo nos seus lábios.
Louis estava o achando mais lindo que o comum. A gravidez o deixava
radiante. E o mais velho falar daquele jeitinho, dizendo que nem algo
pequeno como uma planta não pode machuca-lo faz Harry se sentir tão
importante e cuidado. — E ainda fui tão idiota sendo grosso com você só
porque aquele merda me contou primeiro que você estava gravido, eu só
fiquei com tanta raiva que não me dei conta de primeiro momento que você
estava esperando um bebê meu. E até agora parece um sonho.

Harry não queria que Louis se sentisse culpado sobre nada, estava tão
carente e sentimental que qualquer coisinha que o mais velho falasse o
atingiria cem vezes mais. Louis só estava ali em pé, tão bonito e charmoso
do jeito que era. O cara que lhe deu um filho. Harry poderia beijar os pés
dele naquele momento. O som da voz dele estava soando como musica nao
importava exatamente as palavras, Harry poderia pedir pra Louis ficar
sussurrando em seu ouvido a noite inteira. E aquela voz fazia todo seu
nervosismo por um futuro incerto e por ter que contar para sua família
esvaziar. O mais novo simplesmente subiu na cama e envolveu as longas e
delicadas pernas ao redor do corpo do mais velho, ficando no colo dele e o
abraçando enquanto tinha a bochecha esmagada no ombro dele, e as mãos
de Louis firmes e tão boas em suas cochas cheinhas. Harry resmungou algo
como um bebê, porque ele era um, não parecendo que estava esperando um
porque ele era o que precisava de carinho e mimos ali.

— Não se desculpe. Você só me defendeu e eu fico grato por isso... mamãe


vai entender. Ela vai entender que você só fez aquilo porque aquele idiota
nunca me mereceu e que você só me protege, como sempre protegeu, não é?
Mesmo a gente brigando. — Harry perguntou fazendo um biquinho infantil
e Louis assentiu quase o beijando. E se um dia reclamou por Harry ser tão
mimado, estava se contradizendo ao querer fazer tudo por aquele garoto
naquela noite, o mimar tanto ate Harry enjoar. — E eu amo como você
sempre foi tão cuidadoso comigo quando sabia que algo estava me fazendo
mal. Lembra quando eu tinha quinze e tínhamos acabado de brigar porque
eu estava tomando sol perto da piscina e você entrou nela pulando e me
molhando todo de implicância? — Harry sorriu ao falar e Louis assentiu
dando uma risadinha. — Eu comecei a gritar com você, e você começou a
me tacar água até ver eu começar a chorar de raiva. — Harry falou essa
parte sério mas Louis continuava a dar risadinhas, ganhando um tapa fraco
com isso. — Enfim, mesmo a gente brigando naquele dia, mais tarde
enquanto eu andava de bicicleta pelo jardim, eu caí e ralei o meu joelho
todo, chorando de verdade e você veio correndo cuidar de mim. — O mais
novo dizia tudo com muito carinho. — Ou seja, você sempre me protegeu
apesar de qualquer coisa, mamãe vai entender que é você quem é bom, e
não ele. Nunca foi ele e nunca será ele.

Harry sussurrou a ultima frase bem baixinho, voltando a deitar a cabeça no


ombro de Louis. Falou como se fosse um segredo. Um segredo doce
demais, como se não importasse todas as brigas, ou quem ambos ficaram,
ou quem Harry namorou, porque sempre foi Louis a mexer com ele. O mais
velho escutou a frase e não queria se iludir achando que o que entendeu foi
realmente o que Harry quis dizer, mas seu coração já tinha acelerado, e seus
braços apertaram fortemente o mais novo tanto, mas tanto que Harry
resmungou totalmente satisfeito.

✖✖✖✖✖

Harry: 16 | Louis: 18

— Você viu como eles corriam atras da gente? — Liam perguntou sem
folego, as mãos sobre os joelhos enquanto Louis olhava para trás o tempo
todo só para se certificar que a policia não veio atras deles.

— Quase fomos pegos dessa vez. — Zayn comentou sem folego também.
Seus olhos cor de mel miraram Louis que tinha um sorriso sapeca no rosto
por ter ganhando no racha, justo no seu aniversário e como brinde ter
conseguido fugir da policia sem ser preso por isso mais uma vez. O mais
velho passou a mão pela barba inexistente que ele insistia que estava
crescendo, embora todos não vissem um pelo ali, e seus cabelos estavam
um pouco suados por conta da corrida contra policia, lisos demais e
pesados demais, fazendo ele ter um tipo de tique ao jogar ele pro lado toda
hora. — Será que os outros conseguiram fugir?

— Creio que sim. Eles são espertos e mais rápidos que qualquer guardinha.
— Louis debochou e olhou para a entrada da mansão dos Styles, havia
corrido para o condomínio para despistar os policiais, os seguranças não
estranharam ele entrando com os amigos já que conhecia Louis. Segurou
na grade da mansão, olhando o jardim que era a unica coias visível do
lado de fora, notando os seguranças da casa ao longe já se aproximando
pra abrir o portão para ele. — Vão logo que já está tarde e cuidado ao
pegaram o ônibus.

— Pode deixar, feliz aniversário, Louis. Feliz Natal também. — O mais


velho sorriu e acenou para os amigos enquanto eles se afastavam. Ao ter a
mansão aberta para si por um dos seguranças, este negou com a cabeça
levemente porque sabia que Tomlinson havia aprontado algo, então Louis
apenas entrou enquanto dava dedo do meio para ele, sem se importar.
Não é como se ele tivesse passado o dia todo comemorando seu aniversário
em rachas, de dia ele estava com sua mãe e até soprou um vela de 1 e 8 na
cozinha junto com as cozinheiras em um bolo que elas fizeram para ele.

Mas agora já se passava das duas da manhã e ele estava suado e precisava
de um banho, suas pernas doíam de tanto correr, e se sua mãe perguntasse,
ele diria que seus amigos tinham dado uma festa surpresa para ele e por
isso sumiu.

Entrou em seu quarto com o sorriso sapeca ainda no rosto mas que morreu
quando viu quem estava sentado na mesa onde ficava seu notebook, de
braços cruzados assim como a perna e um bico raivoso nos lábios.

— Que susto, pirralho! — Louis resmungou ao ver aquela bagunça de


cachos curtos e rebeldes. Harry já estava de pijamas, um pijama
estupidamente cheio de patinhos e pantufas também de patos e qualquer um
poderia se enganar o achando um garoto adorável, mas não sabiam que
era só na aparência mesmo. — Meu aniversario estava bom demais pra ser
verdade, o que faz aqui, heim?

— Não te devo satisfações onde fico na minha própria casa. — Harry


respondeu arrogante como sempre, o pé balançando impacientemente no
ar. — Seu aniversário e mesmo assim dando preocupações para sua mãe,
não é? — Harry respondeu fazendo um barulho de desaprovação com a
boca, parecendo um pai irritado esperando o filho chegar de algum lugar.
— Estava vandalizando com seus amigos?

— Eu também não te devo satisfações, pirralho.

— Não sou um pirralho. Não é porque fez dezoito hoje que é como se eu
virasse uma criança e você um adulto responsável.

— Tanto faz. Você continua sendo uma criança pra mim. Agora saia do meu
quarto! — Mandou irritado mas o mais novo continuou sobre a mesa sem
se mover, o bico raivoso ainda nos lábios, o rosto vermelhinho.

— Não saio! Faço questão de lembrar o quanto você foi egoísta não
passando seu aniversário com sua mãe. Ou a véspera de natal com a minha
família que gosta de comemorar seus estúpidos aniversários, mas você
preferiu ir vandalizar. — Harry comentava mas não parecia que ele estava
ali tomando as dores de alguém, mas sim a sua própria.

— Eu já tinha falado com minha mãe e seus pais, por que está tão irritado,
garoto? A ceia estava ruim e quer descontar em mim? Ou seus presentes
não foram caros suficientes pra você? Ou não tinha tanto quilates nas joias
que ganhou? — Ironizou e Harry ficou mais irritado ainda. — Saia do meu
quarto!

— O quarto não é seu! Saio quando eu quiser! — Harry disse apenas de


pirraça, não gostava de ser contrariado então continuou ali. Os braços
cruzados sobre o peito, desfazendo o cruzamento das pernas e as
balançando no ar e Louis não estava nem um pouco com paciência.

— Saia!

Avisou de ultima vez mas o mais novo negou.

— Ótimo. Sabe, eu estou suado e preciso de um banho. Me assista a tirar a


roupa então. — Comentou provocativo só para irritar o mais novo e este
levou as mãos até os olhos para tampa-los.

Louis riu baixinho da infantilidade do garoto que se dizia não ser mais
criança mas se comportava como uma, e então retirou sua camiseta a
jogando em algum canto qualquer.

Estava achando engraçado ate que Harry afastou um dedo do outro para
espiar Louis pelas brechas como se estivesse disfarçando. Louis estava com
os dedos sobre o botão de sua calça mas ficou parado quando viu Harry
lhe olhando ''disfarçadamente'' e de repente não era mais engraçado.
Harry estava lhe olhando porque era curioso, Louis tinha começado a fazer
algumas tatuagens e o mais novo estava achando elas lindas na pele
bronzeada, suas bochechas corando por estar lhe vendo se despir. Seu
coração acelerou demais e ele se sentiu estranho ao ver as gostas de suor
do cabelo do mais velho caindo em seu torso magrinho.
Louis lhe observava e odiava admitir que Harry realmente não era mais
criança. Queria que ele continuasse sendo porque tudo era mais fácil
quando Harry era só um pirralho irritante. Agora ele era um adolescente...
tão atraente. Louis percebeu isso em um dia de primavera quando as folhas
e flores caiam sobre os cabelos dele rebeldes sobre o jardim, percebeu que
ele estava crescendo e aquilo estava mexendo tanto com Louis. O mais
velho tentava ignorar, mas falhava ao perceber que agora notava os lábios
rosinhas do mais novo, melados porque ele começou a usar gloss e toda vez
que via aquele moleque implicando consigo movimentando aqueles lábios
encharcados tinha vontade de morde-los e chupa-los todo aquele brilho, ate
Harry ofegar desesperado. Ele de repente não era mais um serzinho que
era apenas corcunda e magricelo. Ele de uma noite para outra começou a
crescer, a ter curvas, a ter as cochas roliças. Louis odiava ficar encarando-
as quando Harry usava shorts curtinhos demais. Odiava como os amigos
de Harry o olhava quando ia o visitar. Pois Harry realmente estava
mudando, as pernas ficando femininas e delicadas e suas unhas agora
sempre tinha uma cor diferente a cada dia. No entanto, ele parecia tão
inocente, mesmo tendo 16, e Louis se lembra que na idade dele já fazia
inúmeras coisas alem de beijos. Mas Harry parecia apenas puro demais,
mesmo que tudo nele começasse a soar atraente.

Mas Louis odiava admitir que ele não era mais uma criança, porque se
atraía, porque outros se atraiam. Ele lembra que ate uns dias atras o mais
novo era uma criança que dizia que beijar na boca era nojento. Mas uma
semana atras tinha o pegado dando o primeiro beijo em um garoto de sua
turma, que tinha ido fazer trabalho com Harry. Os dois estavam trancados
no quarto do mais novo e Louis só foi lá porque Anne o pediu para chama-
lo para lanchar e quando Louis entrou, viu as mãos de um pirralho tocando
as bochechas coradas de Harry enquanto o beijava. Louis sentiu muita
raiva naquele dia, e Harry se assustou, o implorou para não contar pros
seus pais e Louis agia como se tivesse sido traído, e Harry como se tivesse
traído Louis. Porque agora eles tinham aqueles primeiros sentimentos
estranhos rondando eles. Louis queria se próprio bater por ter desejado ser
o primeiro a beijar Harry, porque qual é, o odiava. Não era pra sentir
atração por ele, então tentava fugir disso.
Como naquele momento, onde pega Harry encarando seu corpo e tudo que
quer é deixar o mais novo passar as mãos nele, mas se repreende. Indo
tirar o mais novo a força do seu quarto, sua intenção era arrasta-lo mesmo
contra sua vontade, então iria o pegar no colo e coloca-lo para fora. Mas
assim que suas mãos tocaram a cinturinha gordinha, ao invés de levanta-lo
e bota-lo para fora, Louis a apertou levemente e Harry retirou as mãos dos
olhos os arregalando levemente pelo mais velho estar lhe tocando, as mãos
pararam no torso dele inconscientemente. E Harry soltou um resmungo que
quebrou o corpo de Louis. O mais velho se sentia tão mal por ser mais
velho e ta desejando fazer inúmeras coisas com Harry, mas é que a forma
que o garoto reagia era diferente. Louis só havia tirado a camisa e lhe
olhado, o tocando levemente e Harry o olhou resmungando e com os olhos
curiosos como se fosse aceitar qualquer coisa que Louis tomasse partido.
Se lhe beijasse naquele momento, se tocasse seu pescoço, seu torso todinho
e imaculado, as pernas bonitas. Ah, Louis poderia.

Mas ele tinha uma consciência que se fazia presente sempre, então apenas
realmente tirou Harry do quarto. Não da forma grosseira que planejava.
Apenas o pegou no colo e Harry se aninhar como um gatinho carente não o
ajudava ter um pouquinho de sensatez, e quando estava na porta, quase
desistiu, quase o jogou sobre cama enquanto sua mente suja pedia por
Harry. Mas o colocou delicadamente no chão, o corpo esguio se arrastou
torturosamente ate estar com os pés no chão, e o mais novo fez um bico
pela falta de contato. Quando a porta foi fechada, Louis se lembrou que
tinha que tomar banho, um banho quente. E Harry correu para seu quarto
tão corado e envergonhado como nunca antes.

✖✖✖✖✖

Louis estava agradecido consigo mesmo por ter se segurado naquela noite.
Não sabia o que exatamente aconteceria ali, talvez ele e Harry apenas
dariam um beijo doce, ou talvez fosse um beijo mais quente, que talvez
levasse a mão bobas, e consequentemente preliminares e no final um sexo
silencioso que Louis teria que tomar muito cuidado para ser cuidadoso com
Harry e muito cuidado para não fazerem barulhos. Louis não sabia o que
poderia ter acontecido, mas agora fica mais tranquilo de não ter arriscado
beija-lo e ver o que dali aconteceria. Pois Harry era novo demais, curioso e
entregue por pequenos toques quaisquer que Louis fazia. Louis não era uma
pessoa muito responsável quando tinha 18, e, veja, agora ele tem 22 e
continua sendo irresponsável, tanto que mesmo com 22 transou sem
camisinha com Harry pelo seu tesão ter falado mais alto e nem o lembrou
de tomar remédio no dia seguinte por conta de uma briga idiota que
tiverem. Ele agora se imagina com 18, se tivesse transado com Harry
naquela noite, sendo tão mais irresponsável como era. Ele sabia sobre
cuidados que tem ter durante o sexo, não era mais virgem, não transava sem
camisinha. Mas era Harry, se com 22 o tesão falou mais alto, imagina com
18. A diferença é que Harry agora tem 20, mesmo não planejando uma
gravidez naquele momento ainda sim era muito mais fácil de lidar do que se
tivesse engravidado ele com 16. 16, porra! Louis queria ter um clone seu
naquele momento para dar tapinhas nas costas por ter esperado ter um
pouquinho mais de consciência e ter transado com ele pela primeira vez
com camisinha. E outro clone para rir de sua cara e dizer que meio que não
adiantou muito sua consciência aos 20, se aos 22 fez um bebê em Harry de
qualquer maneira.

Agora eles estavam ali, todos na mesa, inclusive a mãe de Louis jantando,
Harry e Louis dizendo que um bebê deles estava a caminho. O que não era
uma coisa muito fácil de se explicar pelo histórico deles.

Primeiramente Harry explicou sua relação com Fionn e os motivos dele e


Louis terem brigado. O que gerou uma chuva de perguntas na mesa, raiva
dos seus pais contra o médico, xingamento de Des que também naquele
momento queria esquecer todas suas etiquetas e bater em Fionn por ter
encostado um dedo em seu filho, Anne dizendo que iria falar com os
superiores e pedir para que Fionn fosse transferido para outro hospital
porque não queria ele perto de Harry. E muitos minutos prolongados apenas
para falar do médico. Todos na mesa acharam que Harry os chamou ali para
falar daquilo, e o mais novo estava enrolando para contar o verdadeiro
motivo, olhando para Louis e Louis olhando para ele o incentivando e foi
entre um gole engasgado de suco que Harry soltou simplesmente a frase:
Estou gravido. Os burburinhos sumindo, a mesa ficando em silencio e todos
olhando para Harry chocados.
Seria até uma cena engraçada, Louis constatava, se tudo não fosse verdade.
Ele pela primeira vez durante tanto tempo ficou com medo. Ele não era de
ferro, ele tinha medo. Mesmo através de todos os sentimentos bons que
sentia por aquela gravidez, toda gratidão de estar sendo com Harry. Mas ele
tinha medo, ele ainda era novo, Harry também, ele ainda era o filho da
empregada e aqueles com olhares chocados ainda eram os patrões de sua
mãe. Ele ainda era apaixonado por Harry mas não sabia se Harry sentia o
mesmo, e ele ainda não sabia se mesmo que o sentimento fosse mutuo eles
dariam certo.

Todo aquele silencio não ajudou a apreensão sua e do mais novo.

Foi ouvido um ''De Fionn?'' alto e chocado na mesa, Louis ate então com o
olhar abaixado mas levantado para ver que a voz vinha de Des. Louis não
estava gravido, mas sentiu vontade de vomitar assim como Harry quando
pensou na possibilidade e o mais novo negou na velocidade do flash, com
nojo só de pensar naquilo.

Harry contou que nunca nem ao menos se deitou com Fionn e aquilo deixou
os mais velhos mais confusos. Porque Harry sempre foi do tipo romântico,
ele só namorou uma vez, se não era de Fionn era de quem? Por isso logo
depois dele negar ninguém o levou a sério, soltando risadinhas e achando
que era uma piada do mais novo pra cortar a tensão.

Quando Harry disse que não estava brincando, toda a tensão voltou para a
mesa e tudo piorou quando disse que era de Louis. Porque veja, aquilo
realmente parecia como uma piada, era difícil de acreditar. Mesmo Louis
confirmando que era dele. Então, ao final de tudo, Harry teve que explicar
tudo detalhadamente para acreditarem em si. No caso, Gemma já
acreditava, ela olhava para Louis não sabendo se sorria ou se ficava
apreensiva com a reação dos pais. Harry contou da primeira vez dele,
contou dos beijos que tiveram e da viagem. Aquilo soava constrangedor.
Harry estava tímido demais e falava com a voz envergonhada e baixa. Louis
teve que contar metade de toda a historia porque Harry não conseguia falar.
E ao final, todos acreditaram.

E os burburinhos voltaram.
Sua mãe tinha lagrimas nos olhos, ela não sabia se chorava de felicidade ou
se dava tapinhas nos braços de Louis por ser irresponsável. Por engravidar
justo o filho de seus patroes então fazia os dois e Louis aceitava.

O mais velho se sentiu como se fosse um pervertido. Pois Harry era muito
protegido pelos pais, o tratavam como um diamante puro, e meio que Harry
era até Louis toca-lo.

Ele não se arrepende.

Muito menos Harry.

Eles tiveram que ouvir vários questionamentos e era tudo constrangedor


demais. Harry quase morria ao responder como aquilo poderia acontecer.
Só faltavam pedir que descrevessem o sexo, porque era realmente difícil de
acreditar.

No final, acreditaram, embora tivessem chocados ainda. Não era comum


ver dois garotos que juravam se odiar de repente estarem tendo um filho
juntos. Mas eles estavam. É o que é.

Mesmo com todo o choque, Jay, Anne e Des tinham aquele sentimento de
serem avós e ficaram alguns minutos dando pause nas perguntas para
comemorarem aquilo.

Mas lá estava Des novamente com os questionamentos.

— E como isso vai ser?

— Como assim? — Harry perguntou.

— Você e Louis tendo um bebê juntos. Como isso vai funcionar? Vocês não
se odeiam?

— Eu não odeio o Lou... — Harry disse de imediato, o apelido saindo


carinhoso e Louis sorriu com aquilo porque o mais novo ultimamente só o
chamava assim quando transaram ou quando tiveram momentos bons na
viagem, mas era a primeira vez desde quando eram amigos que Harry o
chamava tão doce sem nenhum motivo aparente. — Dizíamos nos odiar
antigamente, mas era só implicância. Sei que somos diferentes e que isso
nos faz brigar algumas vezes mas não vamos deixar isso afetar nosso bebê.
— Harry respondeu convicto e Louis concordou, ninguém sabia mas por de
baixo da mesa o polegar de Louis fazia um carinho nas coxas de Harry para
incentiva-lo e Harry retribuía o carinho na sua mão, ao menos percebendo
aquilo.

— Agora, por exemplo, eu não consigo listar um motivo para ter raiva do
seu filho, desde que soube dessa noticia eu só consigo ficar feliz ao olha-lo.

— Porque ele esta carregando um filho seu. Você não sabe se isso será
momentâneo, toda essa paciência e sorrisos. Não é um futuro garantido. —
Des falou.

— Des! — Anne repreendeu ao mesmo tempo que Gemma também e


falava um ''pai'' mas Des deu de ombros, estava certo.

— Eu só quero saber como vocês vão lidar com isso. Vocês dois terem um
filho juntos não é comum. E veja, não estou falando isso porque estou
preocupado com o que os outros vão dizer, hoje mais do que nunca entendo
que status não significa caráter. Sei que Louis será um ótimo pai, então não
me importo com que amigos e conhecidos da auto sociedade diria. — O
homem dizia sincero. — Mas mesmo assim Louis continua sendo filho de
Jay. E eu sei que é com muito orgulho, e tenho muito orgulho de Jay
também, por favor não me entendam mal. — O homem tentava explicar seu
ponto sem ofender ninguém, ele não estava. Jay já sabia do que ele estava
falando. — Ou seja, ainda dorme no quarto dos empregados, e Harry dentro
de casa. O filho de vocês vão crescer assim? Quando ele quiser ver Louis,
vai sair pra fora da casa e ir pro quarto de empregado?

Harry fez um carinho mais forte na palma de Louis como conforto mesmo
que soubesse que seu pai não estava tentando ofende-lo.

— Eu entendo. Embora não sentiria vergonha do meu filho saber que não
sou de auta sociedade. Não me importaria se ele é um Styles que herdará
todo esse patrimônio enquanto eu não tenho condições de dar todas essas
coisas materiais. Não me importo porque tenho amor e isso é o suficiente e
seria um ótimo pai para esse bebê, garantindo que carinho e afeto ele jamais
sentiria falta. — Louis respondeu simplório e Harry sorriu pra ele todo
bobinho, fazendo um movimento com a cabeça de encostar no ombro dele e
deitar ali, só não o fez porque tinha gente em volta, mas Gemma
percebendo como Harry o olhava com os olhos brilhando pra alguém que
disse há minutos atras que eles não era um casal, só estavam tendo um filho
juntos. — Mas de qualquer forma, todos aqui sabem que eu não pretendo
ficar toda a minha vida aqui e que estou juntando dinheiro para sair, e,
inclusive, esse mês ainda devo estar dando entrada em um apartamento para
morar. Então essa questão não seria um problema.

Harry queria ficar feliz pelo que Louis disse mas seu coração apertou ao
pensar em Louis longe, pois agora que está gravido dele, está mais ainda
carente de sua atenção e mesmo que soubesse que mesmo morando longe
Louis faria de tudo para sempre vê-lo e apoia-lo, Harry ainda sim ficava
cabisbaixo porque não o veria todos os dias.

— Olha, eu não sou nenhum homem das cavernas que só porque meu filho
está gravido que quero que vocês se casem mesmo sem se amarem. Mas eu
não acho que isso de vocês morarem longe um do outro vai fazer a relação
de vocês darem certo. Pois se vocês querem aprenderam a se darem bem
por causa desse filho, vocês tem que conviver juntos. Não estou falando de
vocês forçarem um relacionamento. Mas sim conseguirem ter uma relação
boa. Então não acho que você morando longe de Harry, Louis, vai ajudar.
Talvez apenas vai asfatar vocês mais ainda, fazendo vocês se verem apenas
quando Harry levar o filho de vocês para visita-lo ou vice versa.

— Mesmo longe eu daria todo o apoio que Harry precisasse. Mas eu


entendo seu ponto, Des. Mas o que está sugerindo exatamente, que eu
continue morando aqui? — Harry sorriu com a possibilidade, não queria
Louis longe justo agora.

— Também entendo que você não queira viver para sempre nos quartos do
lado de fora, Louis.

— Então ele podia ficar em algum dos quartos aqui de dentro. — Harry
disse sugestivo mas Louis apenas sorriu negando.

— Você sabe que eu não aceitaria.


— Por que não?

— Porque eu me sentiria como se não pertencesse aqui. Eu quero meu


próprio lugar.

— Seu lugar agora é ao lado do seu bebe. — Harry disse meio irritado,
soltando a mão de Louis e fazendo ele parar de dar carinho em sua coxas.

— Vamos ter um bebê, mas isso não significa que devo desistir do que
quero. — Louis respondeu calmo, mas Harry ficou com os braços cruzados
e sem olha-lo.

— Acho que os hormônios já estão afetando ele. — Gemma brincou, e


Louis sorriu pois o achou fofo.

— Eu te entendo, Louis. Mas também entendo Harry. Não sei exatamente


como vão fazer, mas acho que vocês deveriam morar juntos. Novamente,
não estou falando de forçarem um relacionamento amoroso, mas sim uma
boa convivência. Para que ao menos se deem bem quando tiverem
separados. Não acho bom Harry ficar esses nove meses sozinho, mesmo
que você venha visita-lo. E não acho bom também o bebê já ter os pais
separados logo nos primeiros meses. Harry vai precisar de você na gravides,
e o bebê vai precisar dos dois juntos quando nascer. Depois, quando vocês
tiverem uma relação melhor, vai ser mais fácil criar o filho de vocês mesmo
separados.

Louis sabia que Des tinha razão, olhou para Harry e ele parecia também
concordar embora ainda tivesse de braços cruzados.

— O senhor podia nos dar um dos seus imóveis. Já que Louis não quer ficar
aqui. Meus avós deram essa mansão para o senhor e pra mamãe quando
mamãe engravidou de Gemma. — Harry voltou a ficar animado, quase
dando palminhas já almejando estar numa casa enorme só pra ele, seu filho
e Louis. Seu lado mimado falando mais alto.

— O que? Eu não vou para nenhum imóvel dos seus pais. — Louis
protestou.
— E por que não? — Harry voltou a cruzar os braços, birrento.

— Eu já lhe disse. Quero um lugar que eu possa chamar de meu.

— A casa vai ser sua também, não seja turrão!

— Eu não estou sendo turrão. Você que está sendo mimado.

Harry arregalou os olhos ofendido, pondo a mão sobre o peito e soando


dramático, Gemma teve que controlar o riso porque eles mal descobriram
que teriam um filho juntos e nem estavam morando completamente juntos
ainda e já estavam tendo brigas bobas.

— Eu não estou sendo mimado! Eu só estou pensando em um lugar bom


para que eu e meu filho e você fiquemos!

— E por que esse lugar bom tem que ser um lugar chique com o nome de
sua família?

— E o que você sugere então?

— Que você more comigo no apartamento que eu vou comprar. — Harry


riu sarcasticamente.

— Ah, sim. Como se eu de repente fosse sair dessa mansão pra ir morar em
um apartamento em um bairro que não seja Chester, indo pro subúrbio.
Nunca!

Louis lhe olhou irritado, não achando toda sua birra fofa dessa vez. Ficando
realmente irritado pois Harry sempre tinha que fazer tudo que quisesse.

— Então eu tenho que fazer o que você quer enquanto você só consegue ser
mimado e não sair de sua zona de conforto?

— Eu posso ser mimado, mas você é orgulhoso demais! — Harry bateu o


pé no chão e virou a cara para Louis ainda de braços cruzados assim como o
mais velho, bufando irritado e ambos não parecendo mais os dois que
estavam ha minutos atras chorando e sorrindo tão carinhosos um com o
outro por descobrirem que vão ter um filho.
Mas eles eram assim. Agridoce.

— Viu? Vocês mal descobriram que vão ter um filho e já estão assim.
Acham mesmo que vão conseguir criar essa criança tendo um bom
relacionamento sem estarem juntos um pouco e tentar se darem bem? —
Des concluiu seu ponto de antes vendo aquela cena birrenta dos dois. — O
que eu sugiro é: Já que ambos não querem sair de suas zonas de conforto:
Louis não quer continuar morando aqui e Harry não quer mudar seu estilo
de vida completamente, então sugiro que ambos comprem o apartamento
juntos, Louis com o dinheiro que tem e Harry a mesada. Escolham juntos
ate entrarem em um consenso.

✖✖✖✖✖

Eles compraram o apartamento juntos. Talvez tenha sido o dia que mais
brigaram.

Depois de revelaram pros seus pais que Harry estava gravido, duas semanas
depois Louis ganhou o campeonato de grafite que Harry havia o inscrito
depois de sabotar suas tintas meses atras. Harry ainda não sabe o que ele
grafitou para ganhar o primeiro lugar. No entanto, Louis já estava com as
libras do campeonato e com as que ele tinha juntado e Harry tinha sua
mesada. Eles circularam juntos nos jornais vários apartamentos e já estavam
brigando a partir daquele momento, porque Harry se interessa em anúncios
em bairros caros demais onde claramente ele entraria com mais dinheiro
que Louis, ao invés de igualmente, e Louis circulava anúncios em bairros
que para Harry eram perigosos demais para seu bebê nascer. No dia que
resolveram ver os apartamentos, brigaram mais ainda. Para Harry, os
apartamentos que Louis gostava eram pequenos. E para Louis, os que Harry
gostava desnecessariamente grandes demais onde gastariam todo seu
dinheiro em um lugar que nem ficaria por tanto tempo.

Os corretores de imoveis tiverem que presenciar os dois brigando por


qualquer minimo motivo, vendo Louis ter que ir atras do mais novo em
alguma discussão porque Harry simplesmente batia o pé e saía andando,
mas no final, Harry voltava com um bico enorme e o corretor presente não
entendia nada.
No final, eles compraram um apartamento não tão longe da casa de Harry,
mas em um bairro não tão chique assim. Para Harry, o apartamento era
aceitável para conseguir se conviver durante um tempo, ele poderia lidar
com um apartamento pequeno. Para Louis não era nada pequeno, era
enorme e tinha uma vista linda. Tinha três quartos enormes, um deles, um
do bebê e um só de Harry para guardar metade de suas roupas, já que a
outra metade ainda ficaria em sua casa.

A sala era enorme, o que era um desperdício na concepção de Louis,


poderia fazer uns quatros cômodos com ela. A tv já vinha com o
apartamento e era de 60 polegadas, o sofá era branco de canto, grande e
fofo. O apartamento era praticamente todo branco na verdade, a cozinha
também era grande e todos os moveis deles eram novos e já vinha com o
partamento, Louis parecia estar olhando para uma replica da cozinha da
casa de Harry, mas dessa vez sem todos os empregados andando por lá. O
quarto do bebê ainda era apenas também branco e sem nada, eles ainda
iriam mobiliar juntos. Já o deles (Louis nem sabia como aquilo iria
funcionar, provavelmente dormiria no chão ou no sofá porque eles não eram
um casal) era uma mistura de Harry e Louis. Harry trouxe sua cama enorme
que ocupava muito espaço ainda mais com aquele dossel estupido que
Harry insistia em ter como se ele fosse um príncipe real. Louis ficou
praticamente com todo o espaço do armário porque Harry já tinha seu
próprio quarto de roupas, e o xbox de Louis estava lá, assim como um
cantinho pra suas tinhas, quase ao lado do espaço onde estava os esmaltes
de Harry. Um terno da Gucci pendurado em algum canto e um casaco da
adidas em outro. Era o que era.

Embora eles fossem morar juntos temporariamente, aquele lugar


estranhamente já estava soando familiar, embora ainda nem tivessem
passado uma noite ali.

E toda a briga voltou quando eles foram fazer compras juntos. Primeiro
Harry se estressou porque Louis não deixou ele levar nenhum empregado.
Se lembra até de Harry chorar quando saiu de sua casa, como se nunca
fosse voltar, como se eles fossem morar juntos pra sempre, por Deus. Teve
que aguentar todo o drama de não ter empregados e reclamações que
quebraria sua unha se lavasse um copo. Mas Louis não fez as vontades dele,
mas depois de tantos resmungos viu o garoto animado novamente quando
chegaram no mercado, pois era como uma aventura para ele, nunca havia
ido ao mercado pra fazer compras. Harry parecia estar no auge da
independência, o que chegava a soar fofo. Bom, até certo momento, porque
lá estava ambos discutindo novamente, dessa vez porque Harry queria
comprar praticamente tudo do mercado quando aquilo era pra ser compras
apenas para o jantar. Mas Harry parecia aquelas crianças que querem tudo
que veem. Era exatamente Harry. O mais novo tinha aquela mania de querer
comprar tudo que achasse legal, mesmo que não fosse usar, ele fazia isso
muito ao comprar roupas, não seria diferente em um super mercado. Louis
tentava ter paciência, mas Harry era mimado e Louis tinha a paciência no
nível 3 em uma escala de 10. Ou seja, eles discutiram.

Louis insistia em falar que eles não tinham levado dinheiro para tudo que
ele quisesse, e então Harry mostrava seus cartões black dizendo que ele
tinha dinheiro.

Mas, ora, eles estavam fazendo aquilo juntos, comprar o apartamento


juntos, dividir as contas juntos, ter um bebê juntos. Louis queria um
equilíbrio.

— Não, Harry, você tem dinheiro. — Louis explicou pela milésima vez.
Botando as garrafas de whisky que valiam um rim de Louis no lugar. Não
sabia nem para que o mais novo queria aquilo se não iria beber durante a
gestação. Provavelmente só porque viu, gostou e quer comprar, mesmo que
não fosse usar.

— E daí? O que tem eu comprar o que eu quero?

— Porque viemos juntos. Estamos comprando juntos. Você pode por favor
parar de ser tão compulsivo por um momento? Não vai doer se você deixar
de ser tão mimado e comprar apenas o que é necessário. E principalmente
não vai doer se você parar de tentar sempre mostrar que tem mais dinheiro.
— Louis disse irritado, empurrando o carrinho que estava apenas com as
coisas necessárias para o jantar.

— E você pode parar de ser tão orgulhoso? — Harry perguntou realmente


chateado. — O problema sempre sou eu querendo ser mais que alguém. E
tudo bem, eu sou mimado mesmo, mas nem sempre estou tentando ser mais
que você. Eu só queria os whiskys pra enfeitar e mesinha de centro, não
precisa me tratar como se eu quisesse mostrar que tenho mais dinheiro por
isso. — O mais novo estava triste. Ele entendia que Louis se sentir assim
era por culpa dele ja que sempre o lembrou que ele era o filho da
empregada, mas não estava fazendo aquilo no momento. — Já que não
posso opinar em nada aqui, e você está certo em tudo não sei porque vim.
Vou pra casa.

O mais novo deu as costas saindo dramaticamente do local, Louis fingia


não se importar, olhando a discrição de algum produto e fingindo que seu
ego não estava ferido e que não se importava com o mais novo.

— Ah, eu voltar pro apartamento com a minha lamborghini vai te fazer se


sentir diminuído? Agora todas as vezes que sairmos eu vou com meu carro
e você com sua moto, porque te dar alguma carona talvez seja apenas eu
jogando na sua cara o quanto eu sou rico! — O mais novo falava
ironicamente ao olha-lo novamente, mas logo lhe dando as costas mais uma
vez.

✖✖✖✖✖

Louis: 20 Harry: 18

Uma música alta tocava, deveria ser a decima que Louis não prestava
atenção. Louis não se importava com nada que acontecia lá fora, as
músicas, as risadas, nada. As pessoas pareciam estar tendo um bom
momento, era uma grande festa, a festa de Harry de dezoito anos. Mas eles
estavam comemorando nas suas próprias maneiras.

— L-Lou... eu n-não... eu... — Harry tentava falar, mas ele se engasgava


com seus próprios gemidos. Perdeu as contas de quantas músicas se
passaram desde que Louis entrou dentro de si, ele não fazia ideia nem do
que estava tocando naquele momento, mesmo que fosse estridente alto e
invadisse o quarto, mesmo que o som fizesse as paredes vibrarem. A unica
coisa que escutava era seu próprio coração batendo forte, os gemidos sujos
que Louis dava e o barulho do membro dele em sua entrada dolorida.
O rosto de Harry estava vermelho, os olhos verdes cheios de lagrimas e ele
mordia o travesseiro e se agarrava a ele, tampando seu rosto e só deixando
seus olhos a mostra. Mordia ali como se fosse uma maneira de extravasar o
que estava sentindo. Suas pernas estavam abertas para Louis, deixando ele
estoca-lo de uma forma tão gostosa que fazia Harry arquear as costas. As
cochas do aniversariante estavam vermelhas por terem sido arranhadas
pela barba de Louis, e cheia de chupões de tanto que Louis as mordeu com
adoração. Suas meias longas rosa claro ainda estavam nele, mas sua
calcinha estava jogada em algum canto qualquer do quarto, assim como
todas as roupas de Louis. Harry soltou uma mão do travesseiro e agarrou
os cabelos lisos molhados pelo suor, estavam um pouco grandes indo ate o
pescoço, já ele tinha aqueles cachinhos curtos adoráveis que tentavam
tampar seu rosto junto ao travesseiro. Louis retirou ele de lá, fazendo o
mais novo ficar mais envergonhado ainda, mas ele não queria parava,
queria mais, gemia agoniado de prazer. Tão dengoso que Louis queria que
a noite não acabasse.

— O que, Haz? Não está aguentando? Quer parar de novo? — O provocou


mas pararia quantas vezes Harry quisesse. Estava sendo difícil tirar a
virgindade dele, o garoto era tão apertadinho e frágil que partia o coração
de Louis toda vez que ele sentia dor. Não se importou de parar todas as
vezes que ele pediu, e então acalmava sua entradinha dolorida lambendo e
cuidando dela, fazendo o mais novo ser tremer todinho e pedir pra Louis
voltar.

Harry pôs suas mãos no peitoral do mais velho e arranhou ali com força,
olhando os chupões que havia deixado nele, tão carente e carinhoso que
formavam um coração. Harry era tão romântico que Louis foi doce com ele
a noite toda, retribuindo toda a doçura que Harry era.

Harry não sabia o que responder, tudo aquilo era demais, todo o prazer
que lhe sufocava, ele queria parar pra poder se acalmar mas também não
queria. Sentia que iria desmaiar a qualquer momento, estava se tremendo e
nervoso demais, estava desesperado e não conseguia ficar quieto, se
contorcendo nos seus lençóis e puxando Louis mais para si. Apenas voltou
a lhe beijar e misturar o gosto das bebidas em suas línguas, eles estavam
com tanto prazer que não se importavam com nada ao redor.
Louis ia tão lento, tao cuidadoso, mas isso não fazia ser menos intenso. A
lentidão prolongava o prazer do mais novo. Louis prendia sua cintura na
cama e pressionava a glande inchada em sua próstata e não a tirava de la,
raspando duramente ali sem desencostar um segundo sequer, o mais novo
estava com o corpo todo vermelho e já não sabia se seus gemidos eram
realmente gemidos ou choros de prazer.

— I-Isso... isso é m-muito, eu não t-to aguentando, e-eu... L-Lou, oh, meu
Deus, Looouis! — Harry gritava, Louis segurou em suas coxas cheinhas e
estocou um pouco mais forte, fazendo Harry ficar mais dolorido, mas com
tanto tesão, seu membro expelia pre gozo sem parar, tão sensível que mal
conseguia toca-lo, doía assim como suas bolas, Harry mal enxergava Louis
por conta das lagrimas e o mais velho teve que pegar a cabeça dele e
encostar em seu peito, fazendo carinho em seus cachos enquanto deixava
ele gemer ali, as pernas tremendo no ar. — Você ta acabando comigo...

— Harry? — Alguém do lado de fora chamou, batendo na porta felizmente


trancada, assustando o mais novo que olhou para ela e depois para Louis
que parou por um momento com as estocadas. — Harry, está aí?

O mais novo fez um biquinho porque não queria parar, Louis sorriu
beijando ele e todo o pescoço. Harry fechou os olhos esquecendo por
alguns segundo que havia alguém lhe chamando, mas então as batidas e a
voz estavam la novamente. O mais novo reconhecendo ser de um dos seus
amigos.

— Responde, babe. Devem estar preocupados contigo. — Louis sussurrou


em seu ouvido, Harry queria que sua festa fosse pro inferno. Ele tinha
Louis ali e era tudo que precisava no momento. Harry negou com a cabeça
quase chorando quando Louis saiu de dentro de si. — Responde! — O mais
velho mandou mais sério e Harry mordeu os lábios vendo ele lhe beijando
o torso e abaixando devagar, ja arqueando as costas em antecedência.

Louis segurou nas pernas dele e mirou a entradinha vermelha demais por
ter sido chupada várias vezes por ele, e tão sensível com as estocadas, por
mais que Louis tente ser delicado Harry era tão pequeno ali que estava
todo dolorido já. Louis mordeu os lábios já inchados de tanto chupar ali
por todas as vezes que teve que parar de fode-lo para acalma-lo com beijos
em sua bunda gostosa. Lambeu o local judiado enquanto olhava para o
mais novo que soltou lagrimas dos olhos com aquilo.

— E-Estou. — Harry gaguejou e respondeu finalmente, rebolando bem


devagar na boca de Louis que segurou seu pau tão sensível e massageou,
Harry levou as mãos a boca tentando abafar o grito que deu. Ele estava
realmente chorando e Louis queria gozar só de vê-lo tão bonito e gostoso
daquela forma. — E-Eu... hum, eu só to trocando de roupa. — Inventou a
melhor desculpa que veio a sua cabeça. Louis tirou a boca de sua entrada
apenas pra sussurrar um ''não goza'' como uma ordem, Harry chorou feito
um bebê, ele queria gritar. Louis mexia em seu pau tão lento e chupava com
tanta vontade sua entrada que era pra ele já ter gozado, se não fosse a
ordem de Louis. Ele estava se sentindo uma vadiazinha por obedece-lo e
gostava tanto daquele pensamento. Louis o chamava de princesa enquanto
estava sendo uma putinha obediente que rebolava a entrada em sua língua
tão gostosa. — E-Eu já vou descer.

Harry escutou um ''okay'' e passos se afastando, Louis deixou um beijo em


sua entrada e depois em sua glande, voltando a estar no meio de suas
pernas e Harry sem perceber pôs elas em seus ombros, ficando mais aberto
pra ele, o convidando pra fazer o que quiser, Louis sorriu totalmente
malicioso para ele e Harry voltou a esconder o rosto quando o pau grosso
do maior lhe invadiu dolorosamente, não conseguindo conter mais seus
gritinhos com as estocadas gostosas.

Louis gemia o quanto ele era lindo, o quanto era uma princesa tão gostosa,
Harry se sentia tão bem cuidado, ele não sabia mais onde por as mãos,
puxava tudo, os lençóis, os travesseiros, o corpo de Louis, puxou até os
lenços de seu dorssel, fazendo eles caírem entre seus corpos, os dois
sorrindo com aquilo e Louis lhe beijando de um jeito apaixonante enquanto
abafava seus gritos e metia duramente contra ele, socando em sua próstata
e fazendo Harry revirar os olhos dentro das pálpebras fechadas e delirar
com seu pau sentindo a sensação tão gostosa de gozar

...

Se passaram longos minutos, e um clima muito estranho se atingiu no


quarto, muito diferente do quente de minutos atras. Louis já tinha tirado a
camisinha de seu membro e jogado em um canto qualquer do quarto, Harry
tinha os olhos arregalados e estava coberto com os lençóis totalmente
envergonhado e Louis fumava um cigarro ainda pelado e desinibido,
tentando tirar a frustração de si do que disse, ridiculamente, depois de
gozar e totalmente carinhoso que era apaixonado pelo mais novo.

Harry só estava quietinho tentando acreditar se era verdade ou não. Tinha


medo de perguntar e tudo aquilo que havia sido tão bom e especial pra ele
se tornasse doloroso.

✖✖✖✖✖

Louis pensava que se não fosse tão orgulhoso naquele dia de desmentir que
estava apaixonado por ele só porque Harry não respondeu, talvez eles
teriam uma história diferente. Pois agora sabe que Harry também estava
apaixonado por ele e só ficou com medo de contar. Talvez tudo fosse
diferente e ele estava pensando naquela possibilidade pois estava
conversando com Liam novamente sobre seus sentimentos. Ele e Harry
ainda estavam se estranhando e o mais novo só havia posto um sorriso no
rosto quando Zayn chegou, ambos estavam criando uma amizade bonita e o
fato de estarem grávidos juntos fazia ambos falarem dos bebês
constantemente, o moreno já tinha a barriga um pouco maiorzinha e Harry
não via a hora da sua barriga começar a crescer. Então saíram pra comprar
sapatinhos de bebês juntos, todos os dois felizes, enquanto Liam e Louis
falavam sobre os sentimentos do mais velho.

Liam começou lhe questionando sobre o porquê de Louis ainda não ter
conversando sobre os sentimentos de ambos atuais, pois falar apenas do
passado era diferente. E nem Louis entendia muito o motivo, era só que eles
agora tinham um filho juntos e não queria arriscar a boa convivência deles
com um relacionamento incerto. Pois novamente estavam brigando e talvez
sempre fosse assim, uma hora estando bem, outra mal.

— Eu te entendo, Louis. Mas ainda sim acho que o que falta em vocês dois
é a comunicação. Vocês sempre guardam tudo para vocês, nunca dizendo o
que sentem, a não ser que seja pra brigar, né. Pois sentimentos raivosos
vocês falam até demais, chegam nem filtram, magoando um ao outro. —
Liam comentou enquanto tomava uma cerveja, Louis aproveitava para
fumar já que Harry não estava ali. Ele sabia que teria que maneirar nos
cigarros ou até mesmo parar.

— É complicado. Estamos tentando conviver juntos pelo nosso filho, mas


mal temos um dia juntos e já estamos brigando. — Louis comentou
frustrado, acabando seu cigarro e acendendo outro logo em seguida. Queria
fumar o máximo que pudesse até Harry voltar. — Acredita que ele sugeriu
que fizéssemos uma lista de convivência? Vamos ter que escrever o que
cada um pode ou não pode fazer. — Louis comentou frustrado mas Liam
riu.

— Até algumas brigas de vocês chegam a ser adoráveis. — Zombou do


amigo e Louis lhe empurrou pelos ombros. — Do que você tem medo?
Dele não sentir o mesmo por você? Porque te digo, o jeito que esse garoto
te olha não tem nada a ver com ódio. E se ele não gosta pelo menos um
pouquinho de você, então ele está atuando. Porque os olhos dele brilham ao
te olhar.

— Brilham? — Louis perguntou todo bobinho, uma mão segurando o


queixo, os olhos diminuindo enquanto aparecia ruguinhas nos cantos.

— Assim como os seus agora. — Liam brincou com o amigo e Louis voltou
a lhe empurrar.

— Sabe, não é muito a questão dele ser apaixonado por mim. É claro que se
ele for, nossa, eu vou dar um mundo pra aquela princesa. — Louis falou
todo bobo, Liam quase pegou seu celular e o gravou para mostrar para
Harry depois. — É que eu tenho realmente medo de tudo dar tão errado e
sermos tão tóxicos um com o outro que isso afete a gente de uma maneira
tão ruim que interfira no nosso bebê. Você sabe que parei de ser amigo dele
não só porque fiquei magoado com algumas coisas que ele fazia, mas
porque eu tive medo de nossa convivência se tornar tão ruim que eu não
conseguisse enxerga-lo mais com uma qualidade boa.

— Eu te entendo, mas não acho que não tentar seja a solução... vocês
podem sim não darem certo juntos, mas também podem. Não desperdiça
isso por medo, Louis. Fale com Harry antes que vocês se forcem a terem
um laço apenas por causa do filho e sigam suas vidas. Vocês já seguiram
uma vez e foi um desastre. Você fingiu esquece-lo e Harry arranjou um
merda como namorado. Não se reduzam a isso novamente. Não aceitem
qualquer minima alegria e finjam que é felicidade. Fale com ele, Louis.
Tente.

...

Naquele dia mais tarde Harry e Louis tinha o primeiro pre natal juntos.
Iriam fazer com Niall pois o loiro insistiu demais.

E novamente discutiram por motivos bobos. Louis se atrasou e Harry estava


lá todo resmungão dentro da sala de hospital

— Você não consegue ficar um minuto sem reclamar? — Louis perguntou


enquanto batia nos travesseiros da cama para ficar mais macio para Harry e
o mais novo acabou dando um tapinha em sua mão porque poderia fazer
aquilo sozinho.

— Não reclamaria se você fizesse as coisas certas.

— Não reclamaria se você fizesse as coisas certas. — Louis imitou


infantilmente, fazendo o mais novo deitar na cama de cara virada para ele.

Niall tentou conter a risada. Era tão óbvio que eles dois apenas estavam de
implicância para conter a tensão dentro deles, mas na verdade queriam se
beijar. O loiro achava que se eles transassem todos os dias resolveria 90%
das brigas idiotas que eles tinham.

— Okay... vamos dar uma olhada nesse nenenzinho. — Niall os


interrompeu. Fazendo a briga boba parar e levantou a blusa de Harry,
expondo a barriga magrinha sem nenhum volumezinho qualquer, Harry já
sabia disso mas mesmo assim fez um bico a contragosto. Queria ver seu
bebê crescendo logo.

O loiro passou o gel em Harry e agora o mais novo estava feliz novamente,
Louis sorriu para a cena e se aproximou quando Niall pôs o aparelho na
barriga dele e o interior dela apareceu no ultrassom.
Louis estava vendo aquele pequeno grãozinho pela primeira vez quando
Niall apontou, seus olhos encheram de lagrimas e ele sorriu como um pai
babão, Harry também tinha os olhos brilhando mas porque novamente não
conseguia enxergar seu bebê no meio de tantos rabiscos e Niall se sentia um
péssimo amigo porque tinha vontade de rir da carinha de choro que ele
fazia, mas insistiu e apontou para onde bebê estava, mas algo estranho o fez
olhar fixamente.

Niall sorriu grande para aquilo.

— Harry, seu bebê não está somente aqui. Mas também aqui. — Apontou
para um lugar mais a direita, quase grudado com o outro. — É tão pequeno
que eu não consegui perceber antes. — Disse animado, os outros dois ainda
sem entender. — Harry! São gêmeos! São dois bebês!

Harry quase desmaiou naquele momento, ele levou as mãos a boca, as


lagrimas caindo dali. olhando da ultrassom para seu amigo para buscar se o
que ele falava realmente era verdade.

— Não brinca comigo, Horan! — Disse com os olhos verdes transbordando


e Niall só conseguia sorrir.

— Eu estou falando sério! Vejam. Esse é um e esse é o outro. — Apontou


para as duas criaturinhas tão pequenas que eles mal conseguiam enxergar.
— Parabéns, vocês terão gêmeos.

E aquilo não era nem um pouco assustador. Se antes Louis se sentia


maravilhado por Harry carregar um filho seu, agora ele estava mais
apaixonado ainda. E talvez Liam tivesse razão, constatou isso ao olhar pra
ultrassom e para Harry que chorava todo bobinho, ele tinha que tentar. Ele
tinha que tentar ter realmente uma família com Harry. Porque tudo era
precioso demais e ele não podia deixa-lo escapar novamente. Não podia.

— Lou... — Harry chamou, a mão dele procurando a sua então Louis foi, se
agachando perto da cama e segurando a mão tremula dele. — Vamos ter
dois nenenzinhos!
— Oh, babe, vamos sim. — Louis disse carinhoso, beijando a mão de Harry
de um jeito doce, de seus olhos azuis também tinham lagrimas. — E você é
tão bonito carregando eles. Isso é perfeito demais. Obrigado por ser tão
maravilhoso e carregar nossos bebês. Você é lindo, precioso demais
fazendo isso.

Harry o olhou todo sentimental, até mesmo Niall estava emocionado. O


mais novo teve os lábios tremendo denunciando um choro. Mas ele ia
chorar de felicidade. Ele é sensível a Louis seja em brigas onde se irrita
com qualquer coisa que ele faça ou seja nesses momentos que Louis é tão
carinhoso que faz Harry perceber que tinha realmente que ser com ele.

Ele nem pensou duas vezes antes selar aquele momento com seus lábios nos
de Louis. Foda-se se não tinham conversado sobre se eles estavam naquele
nível, e se beijavam naturalmente, se iriam fazer aquilo. Harry sentiu
vontade e fez, e foi retribuído docemente. Era como se Louis dissesse que o
queria só com aquele beijo doce cheio de lagrimas de ambos. Como se
dissesse que estaria ali com ele para tudo e apesar de tudo.

Eles ainda seguravam a mão um do outro enquanto prometiam com os


lábios o que suas vozes nunca ousaram falar.
15.1 my princess

N: CARALHO FINALMENTE ATUALIZEI NEM EU TO


ACREDITANDO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Gente, vocês são muito pacientes então eu queria agradecer a toda essa
paciência do mundo maravilhosa e por vocês darem tanto amor a essa
fic. ❤❤❤❤❤

Não vou demorar aqui porque já é de madrugada. Mas queria dizer


que infelizmente tive que dividir esse capitulo senão não conseguiria
atualizar. Ou seja, a parte do smut que prometi não está nessa primeira
parte, está na segunda kkk NÃO ME MATEM. A att vai ficar saindo
como antes agora, se os deuses quiserem (nunca querem, mas vai que
agora vai kk)

Mas essa primeira parte ta muito amorzinho e também acontece algo


que vocês querem, então...

Boa leitura, anjinhos. ❤ Perdoe os errinhos e errões.

Todo amor a família Tomlinson nesse momento difícil.

________________________________________________

O intuito de Des ter sugerido que Louis e Harry morassem juntos, era pra
que eles se dessem bem. Pois não são mais apenas duas pessoas diferentes,
ex amigos, pessoas que implicam uma com a outra, pessoas que tem brigas
constantes. Agora eles são tudo isso com dois gêmeos. E ter filhos não era
uma brincadeira, eles teriam que deixar toda infantilidade e aprenderem a
conversar e a se darem bem. Bom, meio que eles já estão começando a por
isso em pratica. Não de uma forma madura. Pois agora na porta da
geladeira deles tem vários post it coloridos com o que cada um podia ou
não podia fazer. Regras feitas pelos dois. Regras de convivência, digamos
assim. Eles começaram aquilo com apenas dois post it, um de Louis e um
de Harry, coisinhas básicas. Mas a geladeira foi ficando infestada sempre
quando um fazia algo consideravelmente irritante para o outro. Chegava a
ser cômico como tinha coisas tão pequenas neles, mas escritas com tanto
ódio. Pois Harry, por exemplo, começou a escrever os post it com letras
bonitinhas, calmo, canetas perfumadas, desenhos fofos. Esses foram apenas
os três primeiros, pois depois a geladeira foi se transformando em post it
raivosos, com letras zangadas, palavras rabiscadas escritas erradas na hora
da irritação. Coisas como: ▪ 01/09. Quantas vezes eu já não disse pra não
deixar seus estúpidos vans no meio do caminho? Eu quase caí várias
vezes. Por a caso você está querendo me matar? Matar os seus bebês?
Com muitos pontos de interrogação dramáticos.

Ou outros como: ▪ 02/09. Não deixe suas tintas abertas! Elas vazam e um
dos meus blazers caiu do roupeiro e deu de cara com suas latas
vazadas. MANCHOU TODINHO. Você irá me comprar outro!

▪ 05/09. Louis, eu juro que se eu chegar em casa e sentir cheiro de


cigarro novamente, eu não apenas corto todas as pontas do seus
cigarros, assim como corto o seu pau.

▪ 05/09. Sabe, eu não sabia que alguém que está tentando parar de
fumar, se tranca no banheiro e fuma MAIS DE DEZ CIGARROS.

▪ 10/09. Se eu tiver falando mais uma vez e você não me der atenção, eu
nunca mais falo uma palavra com você.

E os do Louis eram: ▪ 01/09. Eu não deixaria meus tênis jogados em


qualquer lugar, se eu tivesse um minimo de espaço pra por tudo que é
meu, já que você ocupa até mesmo um quarto inteiro e mesmo assim
não é o suficiente. Nova regra: DÊ MAIS ESPAÇO PRAS MINHAS
COISAS.

▪ 05/09. Não seja tão radical. Parar de fumar cigarro não é fácil. Eu
estou tentando, e isso se leva aos poucos.

▪ 05/09. Já que estamos reclamando de cheiros. EU NÃO AGUENTO O


TANTO DE AROMA DOCE QUE VOCÊ DEIXA PELA CASA. Sejam
pelos seus perfumes, ou por sabonetes, ou até por desinfetantes. Eu me
sinto em uma casa de boneca.

▪ 10/09. Não seja tão mimadinho.

▪ 11/09. Lavar o que você suja não lhe cairá as mãos.

▪ 12/09. Não vamos contratar empregadas.

E Harry novamente:

▪ 05/09. Você quer cheiro amadeirado por toda a casa? Nova regra: Não
seja tão másculo.

▪ 11/09.Não cairá minhas mãos mas tirara os esmaltes das minhas


unhas. Eu to gravido, seja mais gentil.

▪ 12/09. EU QUERO EMPREGADOS.

Resultado: A geladeira não tinha mais espaço para tantos pequenos papeis
coloridos e raivosos.

Mas não era algo realmente ruim. Eles escreviam em post it para não
brigarem, então transferiam tudo ali. Meio que dava certo, e embora fossem
orgulhosos, tentavam melhorar em algumas coisas. Não faziam tanto tempo
que moravam juntos, afinal. Não havia nem sequer um mês, e eles não
estavam se matando como acharam. Sim, eles se combatiam as vezes. Harry
não é uma pessoa muito maleável para se conviver. Ele ainda se comportava
como se tivesse morando com seus pais, como quando tinha milhares de
empregados que faziam tudo por ele. Ele ocupava muito espaço, suas coisas
estavam por todos os lugares engolindo as de Louis, ele reclamava e
choramingava por ter que lavar um copo sequer, falando que estava ggávido
e não podia fazer esforço, e Louis retrucava que ele estava gravido, não
doente, e havia todo um drama de Harry reclamando que Louis não se
importava com ele, e um Louis que também não tinha muita paciência. Ele
ainda fumava escondido mesmo prometendo parar, ele era estressado e não
conseguia ser doce cem por cento do tempo. Mas havia um ponto onde todo
o pequeno conflito de convivência se acalmava quando Harry cruzava os
braços e virava a cara, fazendo aquele bico enorme que amolecia o coração
de Louis. E o mais velho acabava respirando fundo e fazendo a comida pra
ele, e havia a parte que Harry agradecia porque ele não era de todo
reclamações. E teve aquele momento que ele até deu um beijinho na
bochecha de Louis como um boa noite, porque apesar das pequenas
reclamações, Louis cuidava bem dele, e Harry gostava disso. Os pequenos -
bem pequenos mesmo- estresses não eram nada comparado a eles estarem
felizes, embora. Vão ter dois bebes. Gêmeos. Um menino e uma menina e
eles estavam muito contentes. Tanto que quando souberem houve aquele
beijo no hospital.

Beijo que infelizmente não se voltou a repetir, e eles nem tocaram no


assunto. O que não era totalmente ruim, se pararmos pra pensar que antes
eles estariam no minimo surtando e negando o que fizeram, o silencio não
era o maior problema. Mas a falta de comunicação sim, porque Louis ainda
era apaixonado e ele ainda não havia revelado isso, nem ao menos disse que
gosta de Harry no sentido romântico.

Mas não era porque não se beijaram novamente que deram um passo pra
trás.

Tem coisas que significam mais que beijo ou sexo. Eles estavam mais
carinhosos e cuidadosos um com o outro. Através das pequenas
implicâncias. Como em um dia, onde Louis reclamou que ele era sempre
quem fazia comida, pra alimentar eles mesmo que estivesse cansado, que
chegasse cansado, e Harry nunca sequer tentou fritar um ovo. E eles
discutiram porque Louis chamou Harry de mimado, e o mais novo se
defendeu dizendo que só não era acostumado a fazer coisas daquele tipo,
que se Louis quer que ele mude, então que o ajude ao invés de ataca-lo. E
foi mais uma briguinha boba deles onde ficam virados de cara um pro outro
apenas por um momento, porque mais tarde quando Louis foi até a cozinha,
Harry estava tentando fazer espaguete, e ele era todo bonitinho olhando pra
panela e olhando pra um livro de receitas. Ele gostava de pimenta, então iria
por um pouco mas o frasco caiu de sua mão e fez ele derrubar tudo,
estragando a comida. Louis teve vontade de rir, mas se segurou porque
Harry era um garoto dramático (mas muito, muito fofo) então ele começou
a chorar. Louis teve que consola-lo e dizer que estava tudo bem, que coisas
assim acontece, mas Harry ficou com aquela carinha emburrada até Louis
lhe mima-lo muito. E Harry tentou cozinhar mais outras vezes, ele tentou
fazer um café da manhã para Louis, e quando ficou pronto, sentou-se todo
feliz na mesa, a cara sorridente e olhando em expectativa para Louis. Bom,
o mais velho não iria jamais dizer que Harry confundiu açúcar por sal, ou
que tinha casca em seus ovos. Porque Harry estava tentando. E só isso já
era o suficiente. Afinal, ele não parou com o cigarro da noite pro dia, ele
está tentando por Harry e os bebês. Harry, não vai aprender a ser mais
independente da noite pro dia também.

Não importava se tinha uma reclamação ali ou aqui, se a geladeira estava


repleta de post it raivosos, eles estavam tentando se encaixar. Eles eram
sutilmente doces um com o outro. Como das vezes que Louis tenta tocar
Harry só pra sentir sua pele, pode ser um toque sutil e rápido, mas Harry
sente os dedos carinhosos. Como quando Louis quer passar e Harry está na
frente então poe a mão na cintura por meros segundos mas que Harry sente
o dedo indicador deslizar delicadamente ali. Ou como Louis está fazendo
qualquer minima coisa, e Harry está o encarando por minutos sem parar,
apenas contemplando cada detalhe de seu rosto até ser pego e corar feito um
idiota. Qualquer um que os avistassem, viria a nevoa romântica entre eles.
Eles se sentiam em desenhos animados onde há ares cheios de corações e
florzinhas ou que fogos de artificio começam a explodir quando se tocam
minimamente. Era ridículo, mas tão bom. Louis queria encher Harry de
beijos sem nenhum motivo aparente e aproveitava quando Harry chorava
atoa por causa dos hormônios, seja porque errou na comida, ou
simplesmente porque algo não saiu como ele queria, e começa a ser um
mimado fofo que bate o pé e começa a choramingar, ah, Louis aproveitava
pra não somente consola-lo, mas também pra dar todos os beijos pelo seu
rosto. E demora pra Harry parar de choramingar, porque como o bom
mimadinho e carente de atenção que é, ele continua a choramingar só pra
ter todos os carinhos de Louis, até ficar ronronando como um gatinho no
colo dele.

Nesse dia, Harry estava carente demais e Louis com muitas dores nas costas
de ficar o dia todo grafitando e ainda ter que dormir no sofá. Pois durante
esses poucos dias que estão morando juntos, Louis deixou o quarto para
Harry enquanto ele dormia no sofá, já que não eram um casal. Não que
Harry não quisesse que Louis dormisse com ele, mas tinha receio de pedir,
bom, até aquele dia. Onde todo calminho e doce pelos carinhos, sussurrou
em seu peito para que Louis dormisse com ele. E Louis foi, e continuou
mimando ele na cama, o abraçando de ladinho. E mesmo que tenha tido
algumas outras brigas bobas de convivência depois daquilo, onde eles iam
se deitar emburrados um com o outro, Harry no meio da madrugada
acabava no peito de Louis e sendo abraçado carinhosamente, mesmo sem
perceberem.

✖✖✖✖✖

Eram por volta das 20:00 quando Harry chegou do estágio do hospital. Ele
entrou silenciosamente dentro do apartamento, vendo Louis entretido no
sofá, deitado de uma forma desleixada e mexendo no celular,
provavelmente escutando alguma música no fone de ouvido e fumava
enquanto nem notara Harry. O mais novo preferindo assim, senão seria mais
uma cena de Louis se assustando ao ver o mais novo e tentando esconder o
cigarro, fingindo que não estava fumando, mesmo que o lugar estivesse
infestado do cheiro que ele inutilmente espirraria algum perfume, o que só
faria os cheiros se misturarem.

Harry foi silenciosamente até o quarto e deixou suas coisas ali, pegando
uma tesoura em uma das gavetas e voltando até a sala, ele ficou atras do
sofá e enrugou o nariz quando viu que Louis estava sorrindo demais para o
celular. E então, levou a tesoura rapidamente até o cigarro nos dedos do
mais velho e cortou a ponta.

Louis se assustou e olhou para cima, vendo os cachos quase em sua cara
pela posição, mas que não cobriam o rosto furioso.

— Não acredito que você fez isso mais uma vez! — Louis reclamou. Pois
não era a primeira vez que Harry pegava a tesoura e cortava as pontas de
seus cigarros, sejam em seus dedos ou quando achava alguns.

— Eu não acredito que ainda não se arrumou! — O mais novo reclamou e


ficou ainda mais incrédulo que Louis não havia se levantado para se
arrumar logo.
— Relaxa. Eu já estou de banho tomado, levo apenas dez minutos pra me
trocar. — E ele continuou ali no celular, distraído como se tivesse fazendo
algo importante. Harry cruzou os braços.

— Inacreditável. Eu chego achando que você já estaria arrumado mas você


está aí. Esqueceu que hoje é aniversário do Niall? Você disse pra mim que
estaria arrumado quando eu chegasse! — O loiro iria comemorar em uma
boate e havia chamado Louis também, já que agora eles estavam mais
próximos. Mas enquanto Harry falava, Louis tinha aquela mania irritante de
apenas falar ''hum'' para que ele continuasse, enquanto estava mais
interessado em seu celular. — Não me surpreende você dizer uma coisa e
depois fazer outra!

Aquela ultima frase tinha soado rancorosa, parecendo não apenas se referir
ao fato de Louis ainda não está arrumado, até porque Harry estava bem
emburrado, não parecendo estar irritado apenas com aquilo.

Louis tirou os olhos do celular e olhou para o mais novo, este dando um
passo para sair dali, mas Louis lhe puxou pela cintura, o fazendo se sentar
em seu colo de lado, com ele ainda deitado.

— Ei. Por que está tão estressado? Não parece ser só porque eu me atrasei
um pouco. É por causa do cigarro? — Perguntou calmo, achando divertido
a forma que ele cruzava os braços e não o olhava. Suas mãos estavam em
volta da cintura dele, e fazia um carinho leve ali pra acalmar a ''fera'' mas
Harry dava tapinhas em suas mãos, fazendo Louis rir. — Ai!

— Antes fosse o cigarro!

— Então é o que?

— Se você não sabe o que você faz, então não vai ser eu quem vai te contar.
— Harry decretou o olhando e se livrando dos carinhos na cintura que
estava recebendo, levantando do colo do mais velho e marchando para o
quarto.

Louis arqueou as sobrancelhas para aquilo. Realmente não fazia ideia do


que tinha feito até poque eles nem brigaram hoje mais cedo. Mas apenas se
levantou para se arrumar logo antes que Harry lhe atacasse como um gato e
ainda chamasse Safira junto para lhe arranhar (ainda bem que o gato estava
dormindo em algum canto do apartamento, pois o pequeno diabinho parece
ter um instinto, que se Harry está bravo com ele, então o ataca também)
Louis apenas riu consigo mesmo, achando que Harry só estava tendo a
oscilação de seu humor inconstante, não levando a sério a irritação dele.

Embora tenha se arrumado realmente em dez minutos, pondo seu conjunto


favorito da adidas, mas tendo que esperar uma hora até Harry está
completamente pronto. Ele nem se surpreendia com a demora que o garoto
tinha para se arrumar, já estava se acostumando. Mas realmente se
surpreendeu quando Harry apareceu tão bonito. Ele estava vestindo uma
calça jeans clara apertada demais, delineando cada centímetro de suas
pernas, e suas coxas pareciam sufocadas ali, completamente marcadas.
Louis apostaria até mesmo que estava vermelhas por conta do aperto. Sua
bunda estava extremamente grande ali, a calça parecia até mesmo de
modelo feminino por deixar a bunda do mais novo tão exposta daquela
forma que fazia as mãos de Louis coçarem pra tocar ali a noite inteira.
Botas nos pés e diversos anéis nos dedos, que brilhavam de longe. Ele
vestia uma camisa vermelho sangue, transparente e de rendas floridas que o
deixava um pouco ousado, um tanto convidativo. E o vermelho combinava
perfeitamente com sua pele, assim como seus mamilos visíveis,
vermelhinhos também como se tivessem sido mordidos, e sempre tão
durinhos para realmente serem. Os cachos perfeitamente penteados, pois
Harry tinha aquela mania de pentear cada fiozinho milhares e milhares de
vezes, Jay costumava fazer isso pra ele, mas não era porque agora fazia
sozinho que seus cabelos não estavam lindos, eles estavam, tão penteados
que as cerdas desmancharam os cachinhos, fazendo ter apenas ondulações e
o tornando maior, uma parte estando atras da orelha. Um colar que brilhava
tanto como seu olhar, e aqueles lábios com um gloss avermelhado, como se
tivessem mordido seus lábios ate ficarem daquela cor, tão encharcados que
Louis tava pensando mil e uma besteiras sobre onde aquele gloss poderia
estar em seu corpo.

Mas Harry ainda tinha a expressão emburrada seja lá o porquê! E Louis só


queria faze-lo parar de ser tão resmungão. Queria faze-lo resmungar por
outras coisas.
Louis acabou ficando duro por alguns minutos mas soube disfarçar bem
enquanto Harry dirigia até a boate. (Eles não tinham mais tantos problemas
com essa parte. Quando saíam, ou Harry ia na garupa da moto de Louis, ou
Louis ia de carona na Lamborghini do mais novo. Decretaram que era
melhor assim do que brigarem sempre por aquilo e cada um ir com seus
veículos). E em todo caminho tentou procurar em sua mente algo que tenha
feito, por minimo que fosse, para Harry estar emburrado. Normalmente,
quando Harry fica assim é apenas por querer atenção e apenas por estar
sendo um mimadinho, então ele para quando começa a ter a atenção de
Louis. Mas acontece é que Louis está lhe dando. Mas não estava adiantando
dessa vez, o que significa que ele realmente fez algo.

✖✖✖✖✖

Era pra ser uma noite divertida. No começo, até que estava sendo, eles
entregaram seus presentes pra Niall, o loiro já estava bêbado e sorridente,
contagiando todos com seu jeito divertido. Tocou as músicas que Louis
mais gostava e ele não se importava de conversar com alguns riquinhos
amigos de Niall e Harry, não era os esnobes. E era engraçado algumas
coisas que eles falavam enquanto bêbados. No entanto, Louis não bebeu,
ele não sabia se Harry iria querer voltar dirigindo então nao iria beber. As
duas primeiras horas foram divertidas, Louis era acostumado com boates,
ele gostava de frequentar, ele se divertiu com um Niall bêbado e alegre, ele
dançou inúmeras músicas e comeu tanto que achava que iria vomitar. Mas
foi quando foi até o bar pedir uma água por estar tão suado, que não teve
vontade de voltar pra pista de dança e que toda sua vontade de estar ali
desapareceu, dando lugar a uma raiva subida que se instalou em todo seu
corpo.

Ele apenas ficou ali por minutos, sentado em um dos bancos, enquanto
tinha dispensado inúmeras pessoas que deu em cima dele a noite toda,
Harry estava ali, por tanto tempo que o mais velho parou de contar,
dançando com um dos amigos riquinhos dele como se tivessem flertando.

Se em um mundo paralelo as pessoas ficassem bêbadas de água, Louis já


estaria desmaiado e vomitando de tantas garrafinhas que tomou esperando
aquela cena acabar. Mas parecia nunca acabar, porque quando acabava uma
musica, eles já dançavam outra.
E, veja, não era como se Louis achasse que Harry não tem o direito de se
divertir com os amigos. Eles não tinham nada e mesmo que tivessem, não
era o tipo de pessoa que era possessivo. Mas ele ta sentindo a sensação de
impotência, porque o relacionamento dele com Harry é tão complicado que
era pros dois estarem assim tão íntimos, não Harry com o outro. Mas a falta
de comunicação faz tudo ao contrário, Louis é quem está sentado assistindo
Harry se divertir com um amigo que tem as mãos possessivas em sua
cintura, as vezes para dentro da blusa dele, tocando a pele e fazendo Louis
ter o rosto vermelho de raiva. Eles podiam ser amigos, mas o cara o olhava
como se quisesse algo a mais, basta Harry querer também.

E esse era o enigma na mente de Louis: Harry quer?

Ele se sente extremamente ciumento com o pensamento, extremamente


confuso. Ele não quer nenhum outro cara tocando o mais novo, embora eles
não tivessem nada. E todo seu medo de tentar algo com Harry parece
ridículo, porque sim, ele tem medo deles tentarem e saírem magoados
daquilo, mas ficar ali vendo o mais novo com outro é a solução? Porque
aquilo machuca também.

E Louis não acha que está preparado para apenas se dar bem com Harry
amigavelmente enquanto eles seguem suas vidas com outras pessoas. Louis
não quer ver Harry flertando enquanto lhe olha através dos cachos como se
tivesse lhe castigando por algo que Louis não faz a minima ideia do que fez.

Não quer mais aquela falta de comunicação.

A sessão de tortura acaba, ou pelo menos da uma pausa, antes que Louis aja
impulsivamente e se levante dali mostrando todo o seu ciume.

O amiguinho de Harry o solta e o deixa na pista de dança, algo como Dave,


David, Louis não se importa o suficiente para saber, vem na direção do bar,
e Louis quase não nota porque um Harry agora sozinho continua a dançar
tão lindamente, aquele colar brilhante parecia iluminar toda a boate, e Louis
queria vê-lo apenas com aquilo enquanto vira o mais novo de costas e
empina sua bunda, fodendo com força aquele —
— Oi. — Os pensamentos pervertidos de Louis são interrompidos pela voz
extremamente irritante do garoto moreno e alto. Dave, ou David lhe da um
sorriso. Que não é retribuído por Louis. Tomlinson apenas lhe ignora e
continua a olhar Harry, ele iria tomar a atitude de ir lá e ser o que dança
com o mais novo, o que vai levar ele pra casa, quem vai lhe beijar e lhe
despir, quem vai lhe chamar de princesinha e dizer o que sente. Mas a voz
do cara ao seu lado lhe chama a atenção. — Dois Whiskys por favor.

Louis gira o banquinho e lhe olha estranho.

— Whisky pro Harry? — Perguntou como se o moreno fosse idiota.

— Sim! — Ele disse entusiasmado, pegando os copos de Whisky como se


fosse a garantia de ficar com o mais novo. — Acho que vou me dar bem!
Harry só está tão quente essa noite... acho que finalmente vou conseguir
ficar com ele. Bom, não é como se eu já não tivesse ficado. Mas isso foi há
muito tempo atrás quando começamos a faculdade, antes dele namorar
aquele medicozinho esnobe. Eu fui um dos caras que fazia de tudo pra ficar
com ele, você sabe, Harry sempre foi muito desejado. Mas o máximo que
conseguíamos eram alguns beijos. —riu — Mas agora? Ele está tão
insinuativo, acho que consigo finalmente leva-lo pra cama. Digo, ele é meu
amigo, mas não me importo de tornar isso algo colorido.

Louis teve que se controlar tão profundamente para não socar a cara do
moreno. Sua vontade foi de quebrar seus dentes logo nas primeiras palavras
e teve que respirar fundo para não o fazer.

— Ah, sim. Harry já havia comentado algo sobre como achava tão patético
os caras da faculdade praticamente beijarem seus pés e molhar as calças só
por causa de alguns beijos. — Disse sorrindo falsamente e o sorrido do
outro morreu. — Você sendo um desse caras, não deveria se iludir achando
que vai ficar com ele só porque ele está dançando contigo. E levar bebida
alcoólica para ele não irá ajudar. Primeiro que isso é escroto. Não se garante
com ele sóbrio ou o que? E mesmo que se ele quisesse algo com você, ele
não iria beber para isso. Ele está grávido, e embora eu não tenha
compromisso com ele, ainda sim sou o pai, e se eu ver você falando merda
dele novamente eu vou arrancar todos os seus dentes. E a não ser que você
tenha um bom dentista, é melhor calar a boca e manter seu pau imundo
quieto.

O estudante arregalou os olhos, não sabendo se ficava surpreso pelas


ameaças e o quão agressivo era o mais velho, ou por Harry estar grávido.

— Harry? O que? Harry está grávido?

E toda a marra de Louis foi embora com aquela pergunta tão baixa em meio
a música alta mas que atingiram em cheio os ouvidos dele, como um baque.

— Ele não te contou?

— O que? Não! E provavelmente pra ninguém senão eu saberia mesmo ele


não me contando.

Louis se sentiu impotente de novo. Não acreditando de que todo o enorme


circulo social de Harry, até agora os únicos que sabiam que ele estava
gravido eram a própria família e Niall.
E porque ele ainda não contou? Louis se sentia um completo idiota de
frente para aquele garoto, no qual era ele quem dançava com Harry, pra
quem Harry sorria, enquanto ele dava ataques de ciumes e dizia ser o pai de
dois bebês que o garoto nem sabia. Como se Harry tivesse vergonha por ele
ser o outro pai. Sabia que não deveria ter esses tipos de pensamentos uma
vez que o mais novo já deixou claro que está feliz que ele seja o pai, mas
diante dessas circunstancias, em meio a aquela musica alta e ciumes
repletos em seu corpo, Louis não conseguiu evitar pensar.

— Você não irá voltar? — Harry apareceu, provavelmente cansado de


esperar o amiguinho, Louis pensou.

— Eu acabei de receber uma ligação. Tenho que ir. Depois nos falamos. —
David ou Dave disse e Harry apenas assentiu ficando sem entender. E Louis
apenas riu desgostoso com aquilo tudo. Porque Haryy era bom para dar em
cima, ao menos se ele tivesse gravido?

Quando o garoto já não estava na vista de Louis e Harry, o mais novo lhe
deu um tapinha fraco no ombro.
— O que você disse para ele?

— A pergunta deveria ser: O que ele disse para mim? — Louis tinha o tom
raivoso.

— O que quer dizer?

— Não sei, Harry. Mas você deveria prestar mais atenção nos amigos que
tem ou nos garotos que flerta.

— Eu não estava flertando com ninguém! Por favor, não me diga que me
tratou como uma criança e espantou meu amigo? — Harry sentiu raiva
quando Louis riu de sua pergunta.

— Seu amigo?! Engraçado, seu amigo correu daqui com uma desculpa
esfarrapada quando eu disse que você estava gravido.

Harry arregalou os olhos e passou as mãos no cabelo como quem está


tentando controlar sua paciência e não voar no pescoço de Louis.

— Você então disse pra ele que estou gravido só pra espanta-lo? Qual é o
seu problema? Nós só estávamos dançando, você não tem o direito de agir
como se tivesse moral pra falar algo pra alguém.

— Algo? Eu não falei ''algo'' eu falei um fato que ta mudando nossas vidas.
E não falei isso pra espanta-lo, apenas disse naturalmente porque achava
que ele já sabia mas o inútil estava levando Whisky pra você então eu só fiz
questão de lembra-lo que você tem bebês dentro de você, e que se ele
quisesse arrumar um jeito de te levar pra cama, só se fosse sóbrio.

Harry arregalou os olhos se sentindo ofendido pela maneira como Louis


falou, pois ele ainda era aquela pessoa polida que gosta de palavras
educadas demais. O levar pra cama, não soou bem para os seus ouvidos.

— Não é porque eu estou dançando com um amigo que quero me deitar


com ele!

— Diga isso para ele! Foi ele que chegou pra mim dizendo o quão quer
você e o quão acha que rolaria algo hoje. Eu só te defendi! — Louis se
defendeu e Harry baixou um pouco a guarda, olhando para os lados para ver
se alguém estava escutando os gritos de ambos mas todos só se
preocupavam em dançar, nem notando a briga em meio a toda musica alta.
— Aliás, eu quem devo estar bravo com você! Foi você quem não contou
para ele, e segundo o próprio, para ninguém que está gravido. O que seria
isso?

Foi a vez de Harry rir sarcasticamente.

— Eu até iria contar, se eu não tivesse percebido esses dias que você
também não contou quando resolvi olhar seu instagram e ver se você estava
todos amores lá também como estava pessoalmente comigo. Mas veja: Só
videos estúpidos de você quase morrendo. — Harry tinha um tom magoado
na voz, Louis percebendo que era aquilo que estava o deixando emburrado.

— Redes sociais é o que importa agora? Tudo que eu falo e faço não é
importante a não ser que esteja publicado? E como assim eu não contei para
ninguém? A maioria dos meus amigos sabe que você está gravido. Zayn e
Liam foram até visitar a gente. Eu não estou escondendo nada, mas se você
acha isso por conta de rede social, me perdoe, eu não sou como você que
tem a necessidade de compartilhar cada segundo da vida no Instagram.

Harry abriu a boca para falar, mas estava tão irritado que deu meia volta e
iria deixa-lo sozinho, mas seu orgulho falou mais alto e o que estava
entalado em sua garganta estava incomodando então ele voltou para frente
do mais velho.

— Como sempre só eu que estou errado, não é? Porque é uma tolice minha
achar que você deveria compartilhar com os outros toda essa felicidade que
diz que está sentindo. E como assim não compartilha sua vida? Nossas
redes são diferentes, eu posso sim falar e postar o tempo inteiro sobre tudo
que eu ganho, mas você também posta sobre tudo que você faz. Então como
não compartilha sua vida? Como acha que me sinto ao ver que a primeira
coisa que você fez ao descobrir a gravidez de Zayn e Samile foi postar o
quão você estava feliz, foi ver o quão você era babão e como não se
importava de compartilhar isso. Mas agora que são seus filhos, até agora
nada. Eu só não contei pra ninguém, não porque tenho vergonha de você,
mas por pura pirraça por você não ter falado nada também. E, acredite,
mesmo que eu tivesse vergonha por você ser o pai, mesmo assim você sabe
que eu estaria me exibindo por essa gravidez porque eu sempre quis isso. E
você? Então me perdoa se eu surto por coisas pequenas como postagens em
instagram, talvez seja os hormônios ou talvez seja eu que realmente sou
muito inseguro e entro em paranoia em casa minima coisa que você faça,
porque eu não consigo parar de imaginar se tudo que você está fazendo é
porque quer, ou é só por conta da gravidez. Como parar de fumar, as vezes
parece que estou te obrigando. Ou como vejo que você não faz tantas coisas
perigosas como fazia antes, as vezes me pergunto se você queria estar um
racha ao sábado a noite ou segurando meus cabelos enquanto vomito no
vaso. Se você ser carinhoso é só porque estou gerando seus filhos, ou
porque você quer ser. Ou quando estava animado falando meus planos pro
quarto dos bebês e você me cortou dizendo que não precisamos pensar
nisso agora. Quando vamos pensar, Louis? Quando os bebês já estiverem
maiorzinhos e eu voltar pra casa dos meus pais? Então eu sei que eu faço
pirraça, que me importo com coisas pequenas como postagens em redes
sociais, porque pra mim importa sim seus textos bonitos pra Zayn e Samile
enquanto pra mim não tem nenhum! E sei que dou o troco sendo mimado,
mas faço isso apenas por pirraça: E você, Louis? O que você realmente
sente?

✖✖✖✖✖

Depois daquilo, eles não tiveram mais clima para continuar na boate. E
Harry muito menos para dirigir, então era Louis que dirigia ainda sem falar
nenhuma palavra para Harry. É que ele apenas refletia que não importava o
quanto em algum momento eles falavam palavras de segurança um para o
outro, sempre qualquer minima coisa os fariam inseguros novamente. E ele
não culpa Harry por ser tão inseguro, quando apenas o certifica que estará
ali em determinados momentos, e vice versa. Eles tinham momentos
carinhosos, mas eram momentos. Eles se beijaram algumas vezes, mas
foram algumas vezes. Eles transaram duas vezes, mas foram duas vezes.
Eles fizeram deles próprios parecerem um casal, mas em certos momentos.
Quando na maior parte do tempo agiram engolindo seus sentimentos e os
ignorando. Eles eram inseguros, eram impulsivos por conta disso, eram
confusos com o que sentiam, não sabiam o que queriam e nem o que
deveriam fazer, com uma falta de comunicação horrível que piorava tudo.

O mais velho parou o carro quando o sinal fechou, se jogou contra o banco
e levou as mãos ao rosto bufando incrédulo com a situação deles. Ele olhou
para a janela e não eram nem meia noite ainda de uma sexta feira e ele já
estava voltando pra casa brigado com Harry quando ele passou a noite toda
apenas querendo beija-lo.

Ele olhou pra Harry e o mais novo estava encolhido no banco, os braços
cruzados e cabeça sobre a janela, não dava para ver seu rosto mas Louis
imploraria a todos os deuses para que Harry não estivesse chorando
baixinho.

Então ele lembra do que Harry disse '' Quando vamos pensar, Louis?
Quando os bebês já estiverem maiorzinhos e eu voltar pra casa dos meus
pais?'' E Louis apenas não quer que Harry vá. Ele não quer apenas se dar
bem com ele porque vão ter filhos juntos, e quando eles tiverem 2 ou 3
anos, Harry voltar pra casa dos pais. Louis não quer. Porque Louis não está
fazendo aquilo tudo apenas porque Harry está gravido. Ele está ali por
Harry também.

Então ele se da conta de como ambos estão sendo tão idiotas. E Louis acha
que toda essa insegurança de ambos vai magoa-los. Pois eles moram juntos
e todos os sentimentos parecem querer gritar, esconder isso só faz tuo
piorar.

Ele dá meia volta com o carro quando o sinal abre, Harry percebe o
caminho sendo trocado e pergunta o que Louis está fazendo, mas Louis não
responde e só dirige pelos próximos 5 minutos para o que ainda não
mostrou para Harry.

E é difícil convencer um Harry mimado a descer do carro, ainda mais em


ruas tão escuras como aquelas, em um bairro nada chique onde o mais novo
se sentiria seguro, mas ele desce depois de tanta insistência e há grades
enormes e locais vazios parecendo ser um filme de terror. E Harry quer
gritar com Louis, ele grita, mas o mais velho não se importa, porque Harry
tem aquele narizinho vermelho mostrando que chorou e Louis só quer faze-
lo bem pelo resto do dia, e os próximos, e quantos Harry permitir.

E Louis não tinha a chave para abrir aquele lugar estranho e parecendo
abandonado, então eles tem que pular o portão de grades e são mais 10
minutos perdidos tentando convencer Harry, enquanto eles podem ser pegos
pelos guardas, mas no final Harry está subindo com a ajuda de Louis,
alguns gritinhos fazendo eco porque ele é desajeitado e acha que vai cair,
umas mãos em sua bunda pra ajudar a se reerguer e não é um momento
apropriado pra Harry gostar daquilo. 1 - Porque está chateado. 2 - Porque
ele está praticando um ato de vandalismo seja lá por qual motivo. Mas são
boas mãos ali, e Louis nem está se aproveitando da situação, Harry tem
então pensamentos estúpidos que ele deveria. Apenas apertar um
pouquinho, então ele pisa em falso e se debruça, apenas pra Louis ajudar a
ele, e ter aquele aperto que veio. E Harry se sente meio safado quando
quase ronrona quando Louis o aperta para o reerguer de novo. Foram 2
segundos. E Harry poe a culpa nos hormônios da gravidez.

Louis pula logo em seguida e Harry teve que andar agarrado a Louis por ser
medroso e estar escuro, a unica coisa iluminando sendo a lanterna do
celular de Louis. Ele reclama o tempo todo de que vão morrer e de que
odeia Louis, mas o mais velho não se importa e eles andam uns bocados até
de repente em meio a todo breu Louis se sentar no chão e puxar Harry que
lhe deu um tapinha por aquilo, dizendo que não iria sujar sua roupa, mas
Harry senta um tempo dramático depois e seus olhos estão acostumados o
suficiente para entender que estão perto de uma parede, em frente, mais
especificadamente. Ele agarra o braço de Louis quando o mais velho
ameaça chegar mais pra frente porque Harry está com medo, mas deixa
Louis ir na segunda tentativa, e então Louis disfere a lanterna na parede.
Não há muita iluminação, mas o suficiente para Harry entender.

— Bom, você não sabia ainda o que eu fiz pra ganhar o campeonato de
grafite. E eu queria te mostrar de dia quando há iluminação, mas aqui
estamos. — Louis diz meio nervoso, não sabendo se Harry iria gostar. Mas
lá estava ele passando a lanterna para cada ponto de seu grafite, mostrando
para o mais novo.
O desenho ocupava a parede toda e era tão realístico que o mais novo tinha
os olhos chocados, Era o desenho de uma pessoa, apenas do pescoço para
baixo e até a barriga. Era ele. Era Harry. As tatuagens estavam ali, e sua
barriga. Sua barriga enorme no desenho, como se estivesse pronto pra parir,
os ramos estavam ali. Era ele! E os anéis em seus dedos sobre a barriga e
suas unhas pintadas. Era tão realístico que parecia uma pintura e quadro, e
aparecia seus cabelos sobre seus ombros, mesmo que não mostrasse o rosto,
e tinha a assinatura de Louis com o nome do grafite que era simplesmente
Harry. O seu nome. Louis desenhou Harry grávido em tons de amor.

— Você me pergunta se quero realmente isso, eu quero Harry. Você quer


milhares de posts no Instagram? Eu faço. Pois eu sei que não sou a melhor
pessoa do mundo pra demonstrar segurança para alguém, mas tudo que eu
estou fazendo é porque eu quero, eu estou feliz. Eu estou largando o cigarro
por você, isso não me deixa triste. Cuidar de você ao invés de sair com
meus amigos, não me deixa triste. Você falar entusiasmo sobre o quarto dos
bebês não me entendia, eu quero participar e eu quero ficar entusiasmado
com você. Naquele dia eu só estava cansado demais. Mas, Haz, eu quero
esses bebês tanto... eu não quero ficar longe, é por isso que estamos aqui,
não é? Eu vou segurar seus cabelos nos seus enjoos quantas vezes você
tiver, e vou estar disponível pra você sempre, não porque me sinto obrigado,
mas porque eu amo o fato de estarmos tendo dois bebês juntos. Eu não fiz
posts, mas eu desenhei isso, porque o tema era algo que nos inspira, e quem
me inspira atualmente é você e nossos bebês. Por favor, não duvide que eu
quero isso.

O mais velho dizia doce, e ao final da fala se aproximou do mais novo


deixando o celular entre eles e se sentando em sua frente para se deparar
com um rostinho choroso cheio de lagrimas.

— Você não gostou?

Harry negou rapidamente e se tacou nos braços do mais velho como uma
criança.

— É t-tão lindo, Lou... você tem tanto talento. Desculpa por ser assim, eu
só amo tanto esses bebês que não suportaria a ideia de você não querer
tanto quanto eu quero. Mas agora vejo o quão eles são importantes pra
você... e eu não tenho vergonha de você ser o pai, eu já disse isso e repito
que você vai ser o melhor papai de todo o mundo. E eu realmente só não
contei pra ninguém por pirraça, porque o que mais tenho vontade de fazer
agora é gritar que você é o pai dos meus filhos. Eu estou gravido de você.
Eu estou gravido do Louis. — Harry gritou a ultima frase fazendo um eco
enorme se estalar no local e riu entre as lagrimas. — Eu sei que várias vezes
já critiquei o que você faz, mas não me leve a sério, você é um artista. Você
tem tanto talento. Nossos bebês vão ser tão orgulhosos de ter um pai como
você. Eu prometo. — Harry disse todo sentimental, segurando o rosto de
Louis, suas mãos roçando na barba dele, fazendo Louis sorrir com os olhos
azuis cheio de lagrimas também. — Como eu sou orgulhoso de você.

— Você tem orgulho de mim? — Louis perguntou todo bobinho e


apaixonado.

— Tanto, Lou... tanto. — Harry prometeu, dando um beijo na bochecha do


mais velho. E ele só estava tão sentimental e necessitado de carinho e
Louis, e ver aquilo que ele desenhou o fez querer te-lo para si
completamente. Se aninhou a ele como um gatinho, sua bochecha molhada
se esfregou na barba dele. — Não acredite nas coisas negativas que eu falo,
eu sou tão idiota... eu só... você é tão... eu não sei, eu não sei o que pensar...
eu só tenho esse turbilhão de sentimentos e eu faço tudo errado... e— Harry
foi cortado quando Louis viu ele começar a soluçar e não queria que aquele
momento fosse triste, fazendo um ''shh'' pra Harry e o abraçando, o
deixando em seu colo. — Você só é tão compreensível... mesmo quando eu
faço um monte de merda. E eu só to aqui te olhando querendo te falar o
quão você é bom. O quanto eu te acho bonito tanto por dentro como por
fora, cada detalhezinho seu. Cada ruguinha em seus olhos azuis que me
protegem tanto, suas mãos que sempre são tão delicadas quando me tocam e
como você cuida de mim, como você sorri doce e como tem um abraço tão
reconfortante e protetor, e as vezes eu me pego não querendo me afastar
disso. Você só me faz tão bem, as vezes eu só quero você assim tão pertinho
de mim por mais tempo, sabe? Que isso não acabe. — Harry dizia
manhoso, os lábios se arrastando pelas bochechas, olhos e pescoço do mais
velho.
Seus lábios carentes encontraram os de Louis em um selar quentinho e
molhado, Harry gemeu de paixão e movimentou os lábios gordinhos pra ter
uma resposta logo e ele teve, uma resposta necessitada dos lábios de Louis
que Harry não fazia ideia que era tão apaixonado por ele e cada minima
coisa que ele fazia.

Louis segurou Harry com amor, e o mais novo se remexia em seu colo de
uma maneira não sexual, apenas porque estava inquieto com tantos
sentimentos transbordando e querendo ser gritados, ele estava quase
gritando na boca de Louis, ao invés disso sussurrava suplicas de ''por favor''
e '' você é tão bom pra mim'' ''lindo, lindo, lindo'' porque Harry estava tão
apaixonado que se nunca se deu conta daquilo, estava se dando conta agora,
tendo uma necessidade incomum de Louis e querendo pegar cada minima
parte dele, não se desgrudar, beija-lo a noite toda e pedir mais mais e mais
daquele sentimento bom, daquela necessidade avassaladora de ser dele. A
mente de Harry gritava ''eu sou só seu, seu, seu'' enquanto surrava nos
lábios do mais velho ''meu, meu, meu Lou'' tão cheio de hormônios e paixão
que estavam deixando os dois tontos.

— Harry... — Louis chamou ofegante, mas continuando o beijo e apertando


o corpo do mais novo, sua língua mergulhando na boca dele e descontrolada
para falar o quanto era apaixonado. — Haz... não faz isso... não faz isso se
no dia seguinte não me quiser, por favor. — Pediu, um pouco quebrado
demais para ser Louis Tomlinson que sempre foi confiante.

Então Harry para o beijo melado de seu gloss e olha pra Louis preocupado.
Negou rapidamente com a cabeça mas Louis não entendeu o que aquilo
queria dizer.

— Isso é só mais uma reprise de antes? Onde agimos apaixonados e


fingimos que não foi nada demais? — Louis perguntou e Harry o olhou tão
intensamente que era como se visse seu coração. — Haz, eu sei que somos
difíceis, que somos incertos, e que tem muitas chances de nunca sermos
combatíveis. Mas... — Harry sussurrou o ''mas'' logo depois de Louis, uma
suplica para que houvesse um porem bom naquilo. — Mas quando eu te
olho eu não quero apenas ter esses momentos como casos de exceção. Eu
não quero ter meu coração tão quente por você agora e amanha fingir que
não estava. Eu não sei... eu só quero poder te beijar sem me preocupar
depois. Cuidar de você sem você achar que só faço isso pelos bebês, quando
na verdade eu só quero te dizer o quão você é lindo. Por dentro também,
Haz. Você é tão incrivelmente irritante, assim como eu sou. Mas nada se
compara ao quão doce você é e nem imagina que é, e as vezes eu só quero
te dizer o quão é bonito sem fazer completamente nada. E te pegar no colo e
te chamar de minha princesa, beijar sua bochecha e te fazer bem, sem me
preocupar em esquecer no dia seguinte. Porque eu não te odeio, Haz. Eu
gosto tanto de você... tanto, Deus, que eu nem sei como lidar.

Harry tinha seu corpo tremendo quando pegou a mão de Louis e a pôs por
cima do seu coração.

— Não é ódio, Lou. — Harry respondeu, as lagrimas caindo logo em


seguida. Porque ele se sente com doze anos novamente, quando chorou
sozinho por perder seu melhor amigo e tinha esperanças de um dia eles
terem sentimentos bons um pelo outro novamente. E agora eles estão tendo,
e o Harry de doze anos estava todinho ali, Louis via, e queria chorar por
aquilo também. Ele pegou no maxilar do mais velho e olhou intensamente
em seus olhos, nunca soando tão verdadeiro como agora. — Eu não quero
te esquecer nem que seja por um segundo sequer. E eu não sei como será o
futuro ou o que estamos fazendo, mas eu também gosto tanto de você...
tanto, como quando eu tinha dezoito. E eu não tenho medo de te dizer,
como tive naquela noite, que quero ser seu quantas vezes você quiser que
eu seja, por quanto tempo você quiser, só seu. — Sussurrou no ouvido dele,
quentinho e melodioso. — Sua princesinha.

Eles estavam dizendo indiretamente que são apaixonados um pelo outro e


eles não poderiam estar mais felizes com aquilo.

— E voltando naquele noite que você diz que é apaixonado por mim, se eu
pudesse ter tido a coragem de te responder, eu diria com todas as letras que
eu era também. — Harry encostou seus lábios molhados nos de Louis,
apertando a mão dele sobre seu coração e o olhando enquanto sussurrava
com medo e como se fosse um segredo. — E-Eu sou.

— Eu sou.... — Louis repetiu de volta, soltando lagrimas junto com Harry e


voltando a lhe beijar intensamente, ambos sorrindo aliviados, como se
tivessem tirado um peso das costas. Não era uma promessa, não era um
futuro certo, não era um status de relacionamento, eram apenas sentimentos
finalmente ditos, e certezas de que eles não conseguiam mais viver
escondendo aquilo e fingindo um ódio que nunca existiu. Existindo
momentos raivosos, mas nunca ódio porque a paixão sempre esteve ali,
alem do amor que eles ainda não descobriram sentir, mas que no momento
estava tudo bem, pois tinham noção de o quão apaixonados eram e não
estavam mais dispostos a esconderam nada. Louis queria cuidar daquela
princesinha mimada como nunca cuidou de alguém antes, dizendo ''eu sou,
Deus eu sou tão apaixonado por você'' que fazia Harry ficar radiante. Harry
só queria ser dele, só queria ter seu Louis de volta, e repetia entre os lábios
do mais velho o quanto Louis era dele, e gemeu o quão Louis era seu
príncipe também. Como todos os contos clichês de príncipes e princesas
que sonhou um dia e brincou com Louis quando eram crianças.
15.2 love and fire

N: ❤

Meu Deus. Será que é verdade ou apenas uma ilusão?


KKKKKKKKKK

(Ps: Espero que o capitulo não bugue por causa do gif, senhor wattpad)

Não sei porque insisto em att de manhã se ninguém lê a essa hora. :( k

Meu Deus, que saudades dos melhores leitores do mundo!!!!!! Como


vocês ainda aguentam meus vacilos? Sério? KKKK Uns anjos mesmo.
Deveriam ganhar medalha de paciência.

Acho que devo uma explicação (de novo) pra vocês. Embora não seja
nada fora do usual. Faculdade + Curso. Esse mês foi foda. É o último
mês do meu curso e tô lotada de prova e trabalho pra fazer. Aí fiquei
em semana de trabalho e prova na faculdade também. E os raros dias
que eu ficava livre pensava nessas merdas aí, porque sou muito ansiosa,
então não consigo focar em uma coisa de cada vez (Quem me dera) esse
semestre na faculdade tá sendo bem mais tenso que o passado. Porque
esse é mais curto então as matérias são muito corridas. Então sumi
bastante. :/

Não se preocupem comigo quando eu sumo. Geralmente é isso. Mas


amo que vocês me lotam de mensagens. Ainda tenho que responder
vários textos lindos de vocês. Não esqueci e nem irei. É só falta de
tempo, mas eu vou com toda certeza. ❤❤❤

Sério mesmo, muito obrigada por serem pacientes demais comigo. Eu


amo como vocês são leitores fies mesmo eu não merecendo isso.
Obrigada por ficarem, por se preocupar. 😭😭😭
Com a parte 2 do capítulo 15 (recomendo ler a partir 1 de novo se não
lembram) só faltam agora o 16, 17 e 18. É, gente. Estamos na reta final.
Só não parece porque demoro séculos pra att kkkkkkkk mas será que
agora vai?

Enfim

Não se esqueçam que nos smuts dessa fic eu uso "cuzinho" mesmo.
Avisando pra quem não gosta dessa obra de artes
revestida em palavra.

Desculpem os erros.

Boa leitura ❤

_____________________________

Não foi uma promessa de amor eterno, não foi um amor dito, foi paixão
falada, sentida, eles disseram o fogo caloroso que sentiam naquele
momento. Não fora uma promessa, um eu te amo, um status. Foi um eu
estou apaixonado, sussurrado, choroso, calmo em um tom aliviado. E em
meio a tantos beijos agradecidos por eles mesmos terem finalmente falado,
aquilo era um começo. Um começo de tantos outros que já tiveram, mas
que sempre iam pra caminhos errados ou tortos, mas dessa vez sabiam que
era um começo reto, sem curvas.

Naquela noite, eles voltaram a ser tantas coisas: melhores amigos, amantes,
duas pessoas apaixonadas.

Eles não podiam mudar o passado, onde talvez fariam tudo diferente.
Talvez poderiam ter feito outra história onde nunca deixariam de serem
melhores amigos. Onde eles teriam suas diferenças mas não deixaria isso
afeta-los, cresceriam juntos, se descobririam juntos, seriam adolescentes
apaixonados que se tocam juntos pela primeira vez, que sussurram
envergonhados que gostam um do outro, e que fazem essas pequenas
travessuras escondidos de todos. Então Louis o chamaria pra um encontro, e
eles namorariam desde que se dessem conta de estarem apaixonados,
imaturos e cheios de paixão dentro dos peitos. E então chegariam na idade
atual talvez com Harry realmente grávido, mas talvez já seriam até noivos,
quem sabe casados. Bem, a história não foi assim, ao mesmo tempo que
perderam tantos momentos juntos pelas diferenças e imaturidade, meio que
eles não queriam reescreve-la. Era o que era. Eles não continuaram amigos,
eles romperam a amizade desde bem muito novos quando eram pré
adolescentes birrentos. Não houve compreensão de nenhuma das partes,
apenas evolução de seus defeitos, Harry: mimado. Louis: Impaciente. Não
houve primeiros beijos juntos, não houve encontros. Houve acasos
prazerosos que mudaram suas vidas. E estava tudo muito bem, não tinham
do que se arrepender. Pois o que era impaciente, se tornou amoroso, e o que
era mimado não era mais visto como algo ruim, um defeito. Os planos de
quando eram crianças não deram certo, eles não fizeram uma história
totalmente perfeita, mas sim com várias curvas. Harry não teve um romance
clichê digno de um cinema como sonhava quando nem sabia o que era
amor, ele está grávido, de uma maneira que não imaginou. Mas isso porque
precisava apenas do seu próprio romance, e estava tendo. Ter palavras
bonitas ditas para ele após estar gravido não era ruim, e ele já se via feliz
demais ao imaginar seus encontrinhos com Louis, ele espera que ele o
chame. Porque aquilo não se tornou seus planos de quando eram crianças,
mas Louis de qualquer forma estava ali, cumprindo suas promessas de
participar daquilo, de ser o pai dos seus filhos. E aquela história estava
muito bem para eles.

Não tinha o que mudar.

Em compensação, se não se arrepediam de como pararam ali, tinham


ciência que mesmo assim perderam tantas oportunidades de fazerem
milhares de coisas. Quantas vezes Louis quis calar a boca de Harry não com
seus selinhos costumeiros mas com um beijo de verdade? Quantas vezes
Harry quis que Louis lhe beijasse? Quantas vezes uma enorme tensão
sexual pairava sobre eles e tudo que Louis queria fazer era foder forte
aquele mimadinho? E quantas vezes Harry quis implorar por aquilo?

E terem noção que abrir seus sentimentos um pro outro fez eles não terem
vergonha e nem orgulho de fazerem o que querem, fez todas as suas
vontades virem como um baque e de uma vez só.
Quando se beijaram apaixonadamente depois dos sentimentos declarados,
era como se seus corpos quisessem pegar cada pedacinho do outro por tudo
que tiveram vontade de fazer e não fizeram durante tantos anos.

Eles repetiram dezenas de vezes o que sentiam, porque nunca disseram,


pediram desculpas por tantas coisas que nunca pediram. E seus corpos
queriam um ao outro por todas as vezes que desejaram isso e não tiveram.

Os beijos que deram em frente ao grafite de Louis pra Harry foram doces, e
eles queriam que fossem inacabados. Os lábios deslizaram por minutos de
uma forma escorregadia, de modo suave ao mesmo tempo, intenso. Era
saudade de atitudes nunca tomadas antes. Agora com tudo tão exposto, eles
quiseram mais. Precisavam de mais. Guardaram tudo por tanto tempo que
receberam um baque em seus corpos e eles queriam por completo um ao
outro.

Harry sabia que aqueles beijos doces e gostosos demais iriam fazer tudo
ficar mais intenso, porque Harry ficou ali no colo de Louis por minutos,
sussurrando que era dele, da forma mais chorosa que nunca tinha feito
antes, e Louis tinha as mãos pesadas em suas coxas, elas nunca se soltando,
se puxando cada vez mais um pro outro. Harry se agarrava a Louis como
um mantra físico e Louis puxava Harry pelas coxas como se ele fosse
escapar a qualquer momento. Eles estavam sentimentais, estavam como
adolescentes apaixonados que nunca tinham experimentado amor e fogo
antes. E ele sabe que quando você experimenta dos dois pela primeira vez,
você é curioso, você quer mais e se entrega como nunca mais irá se entregar
em toda sua vida. E eles estavam assim, mesmo que fossem adultos e com
mais de 100 erros em suas costas. Mas eles estavam em uma necessidade
um pelo outro como nunca antes, uma necessidade de todos os toques, tanto
de amor como de fogo.

Os estalos eram altos, eles estavam no escuro e o celular de Louis era a


única coisa que iluminava ali.

Harry o olhou ofegante demais, depois de tantos beijos por incontáveis


minutos, as lágrimas de suas bochechas já haviam secado e ele olhou pra
Louis no meio de toda aquela mal iluminação, a luz era pouca mas
suficiente para Harry contemplar as sardas do rosto do mais velho, dando
um beijo na ponta de seu nariz bonito e vendo Louis sorri para si.

- Não parece real. - Era Harry comentando todo feliz, com os lábios
inchados demais, Louis sabia que as bochechas dele estavam pegando fogo.
Não exatamente por vergonha, mas porque aquela neve que é o rosto dele
ficava manchada de tons avermelhados vivos quando ele tinha um beijo
bem dado de longos minutos, ou quando tinha aquela boca cheiinha
preenchida por outra coisa.

- É maravilhoso. - Louis respondeu, suas mãos de repente não estavam mais


nas coxas fartas, estavam apoiadas no chão, atrás de seu corpo e ele sabia
que estava as manchando de tinta, mas ele não se importava. Não quando
olhava Harry sendo tão bonito em seu colo, aquela camisa de renda
vermelho sangue que mesmo no escuro se destacava. Por terem se beijado
tanto e se agarrado tanto a camisa estava bagunçada em seu torço, alguns
botões foram desfeitos sem nem eles perceberem mas somente porque eram
tão delicados que a intensidade de seus apertos fizeram aquilo. O tecido
estava caído, deixando os ombros de Harry desnudos, consequentemente, as
clavículas e os mamilos tão durinhos que Louis recuperou todo seu fôlego.
Seus olhos azuis miraram o rosto de Harry com firmeza, e o mais novo
percebeu que embora as mãos dele não estivessem mais em si, que ele
apenas lhe olhava, Harry viu: Lá estava o fogo.

E o mais novo se hipnotizou, seu corpo estava uma mistura de emoções que
ele estava apenas indo, se entregando e nem percebia aquilo. Ele nem mais
notava o lugar ao redor. Onde ele estavam, qual seria o primeiro passo.
Porque a resposta de harry seria sim para tudo.

E de repente ele treme sobre aquele olhar, sobre o corpo de Louis. Ele treme
porque aquilo estava, e seria, mais intenso. Ele treme de nervosismo,
mesmo não sendo a sua primeira vez com Louis. Ele treme porque tudo que
estão fazendo agora é sobre a consciência de serem apaixonados. Ele treme
porque aquilo era importante e porque ele queria tanto. Ele treme porque
sabe que agora, com seus sentimentos tão a flor da pele, havendo só coisas
boas naquele momento, ele está entregue como nunca antes e seu corpo está
descontrolado querendo sentir tudo dele. Querendo pedir tudo. Ele iria
pedir.
Ele ia perder a cabeça. Ele iria não se importar cm seus modos, sua etiqueta,
o lugar, o chão manchado. Ele só queria Louis e tudo dele, ali, com seus
corpos sendo banhados de tinta, em frente ao grafite lindo que Louis fez,
em um lugar onde era totalmente Louis, e Harry seria totalmente Harry, nu,
em sua glória beleza e cordão de brilhantes. Sendo contrasto um do outro.

E eles poderiam não ter começado de fato com aquilo, ou terem definido
que aquilo aconteceria. Mas era o que seus corpos clamavam antes de
mesmo de acontecer. Era o que pediram dessas confissões. E apenas o olhar
deles um pelo outro já dizia tudo. A forma como Louis lhe olhou por
minutos, apenas se perdendo no mais novo, já dizia tudo, toda paixão e
tensão que eles iriam liberar em nome de todo esses anos de orgulho.

Harry fechou os olhos assim que Louis se movimentou e pôs as mãos em


suas cochas novamente, o perfume dele se fez presente em suas narinas uma
vez que ficou tão perto, beijando seu pescoço de modo leve, tão leve que
arrepiava o corpo do mais novo. E a forma que os lábios desceram pelas
suas clavículas também era leve, calmo. E aquilo fazia Harry torcer os
dedos dos pés porque a calmaria engolia o próprio significado e deixava
aqueles beijos intensos, e a lentidão fazia os mamilos do mais novo
anciarem. Os lábios gelados e molhados de Louis estavam amando
explicitamente seu corpo, e Harry sabia que ele estava sentindo seu coração
acelerado. O mais novo quase gemeu quando a boca de Louis parou
próximo a um dos mamilos. Soltando um som na garganta que fez o ego de
Louis encher. E o mais velho lhe olhou antes de continuar, Harry se perdeu
novamente naqueles olhos e se distraiu quando Louis aproveitou para juntar
realmente seus corpos. Quadril com quadril, e só ali, tendo seu membro tão
bem pressionado e apertado, que Harry percebeu que estava duro, talvez
desdo início, porque Louis era aquela mistura de amor e fogo. E o mais
novo se sentiu cair, mesmo sentado, quando Louis molhou seu mamilo com
os lábios, tendo que segurar nos cabelos rebeldes. Ele realmente tremeu e se
agarrou a Louis como se fosse muito para ele, quando aquilo ainda era
nada.

- Shh, calma. - Louis pediu ao sentir como Harry estava vulnerável. Mas fez
isso soprando aquele mamilo sensível e rosinha, molhando logo em seguida
com um beijo que fez uma linha de saliva grudar em seus lábios ao
biquinho duro, e era só que Harry estava tão mais vulnerável naquela noite
que o garoto ao ver aquela cena, jogou o peito no rosto de Louis, se
oferecendo pra ele. O mais velho sorriu e mordeu aquele biquinho gostoso,
e o gemido que o mais novo deu fez Louis se dar conta que também já
estava duro. - Tão lindo...

As mãos do mais velho foram para a bunda perfeitamente marcada de Harry


naquela calça tão colada, tão feminina, aquela bunda que quis tocar na
boate mas foi impedido porque o amigo idiota de Harry estava lá dançando
com ele. Mas agora era Louis ali, com sua princesa, com a bunda gostosa
dele sendo apertada em seus dedos, com o mais novo a empinando pras
suas mãos apertarem mais, enquanto jogava o outro mamilo para Louis
poder cuidar também. E Louis cuidou, o mordeu e o mordiscou sem parar
sabendo como Harry era sensível neles, logo em seguida chupando como se
Harry já fosse capaz de produzir leite, e Louis não se importaria de daqui a
alguns meses chupa-lo mesmo assim, queria nunca tirar sua boca dos
mamilos durinhos.

- L-Lou... - A voz de Harry quebrou tão rápido. Louis não esperava que ele
fosse quebrar ainda, mas Harry já estava. Harry estava sentimental por
causa dos sentimentos ditos, cheios de hormônios por conta da gravidez e
agradecido demais pelo grafite. Harry precisava de Louis mais do que
nunca. E quando o mais velho pressionou sua bunda farta em seu pau,
mostrando como já estava duro por ele, Harry quebrou mais um pouco - A-
ain, Lou

Era tão bom senti-lo abaixo de si. Louis estava com aqueles conjuntos
inseparáveis da Adidas, sua calça era moletom, o pano leve, dava pra senti-
lo completamente abaixo de si, e quando rebolava seu pau chegava a se
mexer de lugar, com facilidade. Harry chegou a sentir quando conseguiu
tirar o pau dele da boxer e a glande encostar em sua bunda através da calça.
Harry rebolou lentamente, afastando sua bunda apenas pra pressionar o
próprio pau no de Louis, de um jeito bem safado, já que seu pau marcava
demais na calça sua apertada, ele arrastou no de Louis com precisão,
arrancando um gemido do mesmo.

A reação de Louis foi morder seus mamilos de um jeito forte, fazendo


Harry se contrair todinho. E afastar um pouco o peito, mas Louis lhe
prendeu firme no lugar, não parando de mamar neles. E isso deixava o mais
novo lacrimejando.

A camisa de Harry estava pendurada em sua barriga, e ao invés de Louis


apenas abri os dois botões que faltavam e tirá-la, ela a rasgou, jogando em
um canto qualquer.

- Isso custou caro, seu merdinha. - Harry falou sorrindo, não se importando
realmente com a blusa enquanto tinha Louis em seus mamilos.

- Você é caro, Haz. E eu não consigo acreditar que você é todinho meu. -
Louis disse por um momento, olhando aquela peça valiosa em cima de si, e
aquele colar de pedras brilhavam mas não valiam mais que o olhar puro do
mais novo.

- Só seu. - Harry afirmou e sentiu-se bastante extasiado com Louis lhe


dizendo aquilo. Amava quando o mais velho dizia aquilo, se sentia com
vontade de fazer o que ele quisesse, de abrir as pernas pra ele naquele
momento e deixar Louis não fazer amor consigo, e sim lhe foder forte.

Harry segurou nos peitos, pressionando eles com suas mãos, fazendo seus
mamilos incharem e ficou os segurando assim, fazendo Louis rosnar e
agarrar sua bunda com mais força, fazendo seus membros deslizaram um
contra o outro sem parar e Harry choramingar com aquilo, o mais velho
apenas lhe obedecendo e chupando um por um, depois o outro e assim
continuamente, sugando e deixando mais inchado, enquanto olha pro garoto
tão safadinho em seu colo, segurando o próprio peito pra ele chupar,
empurrando os biquinhos molhados pra dentro de sua boca, deslizando as
potinhas em sua língua aspera, fazendo eles arderem e isso fazia o pau de
Harry melar tanto, ficando todo dengoso em seu colo.

- Seus mamilos são tão gostosos, Harry. - Louis sussurrou, soprando eles,
fazendo Harry se encolher. - Eu quero chupar eles todos os dias. Eu só
consigo imaginar você daqui alguns meses, com eles maiores por causa do
inchaço, fazendo esses biquinhos gostosos ficarem mais vermelhos.
Imagina o quanto você vai ficar desesperado pela minha boca? Querendo
que eu mame em você todos os dias e te faça vir só com isso. Pingando seu
leitinho paterno em mim, e deixando minha cara toda melada. Tenho
vontade de gozar só de te imaginar assim.

- Oooooh Lou aan. - Harry gemeu tão alto que fez um eco delicioso pelo
galpao, seu pau se melou todinho, pré-gozo espirrando com vontade dele,
deixando sua calça jeans clara manchada. O membro tremendo de tesão
pelas palavras sopradas em seus mamilos, pelo tesão de imaginar aquilo.
Por estar jogando seu pau contra o de Louis desesperado, ele teve que se
afastar e dar um gritinho choroso, por por um segundo gozava.

Louis observou Harry fora do seu colo, sentado em sua frente e com a mão
na boca por ter gemido muito alto. A luz era bem fraca mas via seus olhos
lacrimejados e suas pernas fracas tremendo de prazer, conseguia ver o pau
bem marcado de Harry pulsando naquela calça jeans que estava já molhada.
Harry estava encharcando só com aquilo e Louis queria rasga-lo com
carinho.

- Oh, babe...tudo está sendo tão bom hoje. Você deveria ter gozado porque
eu te faria vir mais vezes. - Louis prometeu, passando as mãos pelas pernas
trêmulas. Observando o estrago que fez nos mamilos dele, mais um pouco e
eles começariam a sangrar. - Você só tá incrivelmente gostoso hoje, eu só
quero recompensar todas as vezes que tive vontade de acabar com você, e
não acabei por conta do estupido orgulho.

Harry estava desinibido apesar das bochechas vermelhas. Ele sorriu


lindamente e retirou as botas dos seus pés, ficando em pé e abrindo
lentamente o botão da calça assim como o zíper, Louis assistindo em
expectativa, soltando um lamento forte para aquela cena linda. O mais novo
ficando de costas, e arrastando a calça junto com a boxer pra baixo, o jeans
tão apertado como Louis havia deliciosamente deduzido. O mais velho
havia empurrdo os tênis para fora, assim como o casaco e a calça junto da
boxer, estando nu primeiro que Harry pelo jeans dele demorar mais por ser
tão apertado. Louis assistindo aquela cena linda do mais novo se expondo
pra si, tudo que sempre quis em seus sonhos mais eróticos com Harry. E ele
estava sendo o safado que era por dentro, o safado que queria gemer alto
pra Louis. E então a calça e a boxer passou por sua bunda, e antes que harry
pudesse tirá-la completamente, parou, porque Louis gemeu com a visão da
carne farta ficando mais cheia por conta do aperto do jeans. Apenas sentiu
as mãos de Louis acaricia-lo lentamente, como se fosse uma obra.

- Tão perfeito. - Sussurrou quente contra ela, e beijou em uma das bandas. -
Sua bunda é tão gostosa. - Ele disse, a barba roçando ali junto com uma das
mãos que apertou, Harry ficou todo mole e teve que firmar seus pés no
chão. - Quero foder ela todinha só com a minha boca.

Harry olhou pro seu próprio pau e viu ele pingar, ele iria chorar de tesão
daquele jeito.

- Sim, Louis, por favor. Faça o que quiser com ela. Ela é sua. - Praticamente
implorou e Louis sorriu, deixando ele continuar a retirar a calça, o garoto
empinando no processo, estando ciente que estava exibindo sua entrada pra
ele. Harry corava tanto, mas ao mesmo tempo queria ser tão ousado. Queria
mostrar todos os seus desejos. - Só sua. - Agora se referindo a sua entrada,
sendo uma putinha desesperada e Harry nem conseguia se importar com
isso.

Louis quase enfiou seu pau duro naquele cuzinho quente ao vê-lo bem na
sua cara, pedindo por atenção. Mas primeiramente glorificou Harry
totalmente nu virar-se pra si. Com aquelas bochechas quentes mesmo que
fosse uma princesinha safada, o pau implorando pra ficar todo gozado.
Aqueles olhos verdes lhe devorando por vê-lo também nu, ainda sentado e
de pernas abertas como um convite pra Harry se acabar ali a hora que
quisesse, o pau tão duro quanto o seu, grosso e pronto pra fode-lo. Louis
sorriu porque Harry estava quase babando. O garoto milionário estando
peladinho, apenas com seus anéis valiosos e aquele cordão brilhante que o
deixava ainda mais gostoso. A expressão uma confusão se se tampava pela
vergonha ou se exibia mais pra ele.

Louis deu um beijo carinhoso na barriguinha ainda sem protuberância dele.

- Senta na minha cara, Haz. Eu quero você rebolando pra mim enquanto
mantém seus gemidos contidos porque vai estar me chupando. - Louis
propôs com uma voz carregada de malícia, sua mão acariciando o próprio
membro melado de tesão, enquanto olhava pra Harry. O mais novo estava
quase desmaiando na frente dele. - Vem, babe, deixa meu pau melado com
seu gloss. Que eu vou te foder direitinho com a minha língua.

- Sim, sim, faz isso por favor. - Harry implorou e olhou pro pau de Louis. -
Eu quero tanto você em minha boca. Louis rosnou e puxou Harry, o mais
novo deitou em cima de si, deixando sua bunda bem no rosto do mais
velho, enquanto isso, respirou fundo e olhou para o pau em sua frente, a
pouca iluminação não importava, Harry conseguia ver perfeitamente as
veias do pau dele, o quão ele também estava molhado. Segurou o peso em
suas mãos, sua língua sendo atraída como um imã. Chupou todo o pré gozo
da glande inchada, sentindo o gemido de Louis em sua bunda, as mãos dele
separando as nádegas então outro gemido veio atingindo sua entrada. Harry
estava a mil pela vergonha de tanta exposição, ao mesmo tempo que queria
se expor mais. Por isso afastou mais as pernas, consequentemente ficando
mais aberto pra ele. - Me lambe todinho, Lou.

Louis lambeu. Passou a língua aspera por todo o caminho até a entrada, e
rodeou o lugar, deixando um beijo molhado antes de lambe-la
verdadeiramente. Harry gemeu trêmulo, sussurrando um "isso" fraco e
abocanhou o membro do mais velho, descendo seus lábios até onde
conseguia.

Louis não sabia pelo que sentia mais tesão, por Harry lhe chupando, ou pela
entradinha gostosa dele se contraindo em sua língua. O mais velho se
deliciou com aquele pequeno lugar, melando-o todo com sua saliva, sua
barba arranhando as nádegas ao que sua cabeça balançava de um lado pro
outro, assim arrastando seus lábios e língua pela entrada, a devorando com
vontade, sentindo Harry gemer gostoso contra seu pau, o babando de tanto
que correspondia o prazer lhe chupando todo. Então Louis continuava a
brincar com o lugar, o deixando quente de tesão, passando a chupar a
entradinha, sentindo o pau de Harry melar seu peito, então estalou um tapa
na bunda dele, o garoto choramingou em seu pau e balançou mais a bunda
só pra receber outro tapa, e Louis deu, vendo a bunda dele balançar
deliciosamente pra todos os lados. Então fechou os olhos e chupou, chupou
e chupou mais aquela entradinha, uma mão descendo até os cabelos de
Harry e forçando a cabeça pra baixo, fazendo ele engasgar com seu pau e
gemidos.
Harry deixava o pau de Louis todo melado de seu gloss, esticando sua
bunda o máximo possível, ficando bem empinado pra Louis e revirando os
olhos dentro das pálpebras pelo prazer que estava sentindo.

Apertou os olhos com força quando a língua do mais velho se forçou pra
dentro de si. Abrindo sua entrada com ela e enfiando o máximo de si dentro
dela, Harry não aguentou e começou a rebolar bem devagar em seus lábios,
os olhos transbordando de tesão, seus gemidos ficaram altos demais e ele
não conseguiu continuar a chupar Louis, o segurando com a mão e babando
ele todinho ao gemer tão alto com Louis lhe fodendo com a língua.

- Ooohh Lou, Loooou... - Harry gemia, e ganhou um tapa forte, seus olhos
se fecharam e ele sorriu totalmente safado, sendo dengoso ao arrastar a
bochecha vermelha no pau do mais velho, e a por a língua pra fora e gemer
gostoso enquanto bate com o pau pesado em sua língua. - Para, L-Lou.. ohh

- O que foi? Já não aguenta mais? - Louis parou por um momento,


analisando a entradinha judiada piscar para si. - Sempre tão apertadinho,
sempre se ardendo tão fácil. - Louis lembrou, não que aquilo fosse um
problema, ele na verdade amava Harry ser tão bebezinho. - Mas meus
planos pra hoje não são de poupar, Haz. - Avisou e Harry se tremeu todinho.
- Eu quero que você não tire o pau da boca enquanto quica na minha cara.
Entendeu? Quero sentir esse seu cuzinho ardendo só por causa da minha
língua.

Harry iria desmaiar de tesão, ele engoliu Louis novamente assim que
escutou suas palavras, as unhas pintadas fincando suas coxas torneadas e
gostosas. Arrastou os dedos ali e massageou suas bolas cheias, ouvindo os
gemidos dele, e então sentiu a língua sedenta dentro de si novamente,
quietinha só esperando os movimentos dele. O mais novo estava tremendo
quando começou a subir e descer bem devagar no músculo áspero, sua
entradinha já ardendo, mas era tão gostoso. Ele engoliu mais de Louis e
nem se importou se engasgou ou não, ele apenas queria mais dele e então
esfregava a bunda em seu rosto, de um jeito tão erótico e safado. Harry se
via queimando mas não queria parar.

Ele choramingava no pau de Louis e dava gritos abafados pelos tapas que
estava recebendo. Sua bunda deveria estar vermelha mas ele queria mais,
Harry só parou de chupa-lo por um segundo pra reafirmar que aquilo era tão
gostoso, e sua voz saiu tão tremula ao falar. Chupou as bolas de Louis e não
conseguia mais controlar sua entrada quicando na língua dele. Ele queria
gozar assim, gozar sendo aberto pela língua dele, gozar quicando no rosto
dele. E queria que Louis enchesse sua cara de goza também.

Voltou a chupa-lo e gritou de prazer quando o dedo indicador entrou junto.


Harry estava suando e acabado, um pau enorme em sua boca servindo de
mordaça pra ele não ser tão escandaloso.

Louis tirou a língua de sua entrada e deixou só o dedo, o enfiou por


completo e rodeou em seu interior.

- Você chupa tão bem. Sua boquinha é tão quente, Haz. Deveria poder se
ver, ver como pisca pela minha boca, pelo meu pau. Aah! Eu não acredito
que uma pessoa tão fina como você está sendo tão safado, quicando na
minha cara. É tão bom te ver assim, peladinho e apenas se entregando aos
seus desejos, melando meu pau pra enfiar dentro de você depois. Você é tão
gostoso, eu quero acabar com você.

- Acaba, L-Lou. Por favor, faz o que quiser comigo. Me bate mais, por
favor.

Harry implorou e teve os tapas prazerosos que queria. Empinando a bunda


pra Louis mais ainda e a balançando no ar pra ele bater a vontade. Em
compensação, conseguiu colocá-lo inteiro na boca, e embora tenha se
engasgado, não desistiu até estar sentido ele em sua garganta e os gemidos
desesperados de Louis.

- Safado! - Louis rosnou e enfiou mais 2 dedos de uma vez na entradinha


judiada. Sendo 3 dentro de Harry que parou e olhou para frente com os
olhos vermelhos pela surpresa. A ardência tomando conta do seu corpo.
Mas Louis era tão bom, que movimentou os dedos até encostarem em seu
pontinho mágico, fazendo a dor de Harry se misturar com prazer e ele
querer que Louis alargue sua entradinha. - Gostoso!
.
Harry engoliu Louis e quase chorou de vez quando o mais velho botou seu
pau na boca, enfiando até a garganta também, e com a mão livre segurando
em seu quadril pra ele se movimentar e foder sua boca. Harry estava
desesperado então começou a tirar e colocar seu pau na boca de Louis,
gritando no pau dele toda vez que sentia o seu na garganta. Harry nem
começou devagar, ele estava impulsionando forte seus joelhos manchados
de tinta no chão, fodendo com força a boca de Louis e acabando com ele
com a sua. Os 3 dedos não saíram de si, Louis os deixou lá, fundos, rodando
eles, esticando e abrindo-os, alargando sua entrada, massageando a próstata
sem parar. Ambos estavam desesperados, Harry queria gritar de desespero.
Machucando seus joelhos no chão, impulsionando com força contra Louis,
suas bolas fazendo um barulho gostoso nos lábios dele. Louis o babando
todo. Uma hora apenas deixando sua boca aberta e a língua pra fora,
relaxando a garganta e deixando Harry meter fundo e gritar no seu pau com
aquilo, enquanto Louis impulsionava pra cima e fazia a mesma coisa. Os
dois tendo seus gemidos abafados, mas estavam tão desesperados que eram
um som lindo de se ouvir.

- A-Ain, Lou, e-eu vou gozar. - Harry gemeu manhoso, mas Louis largou o
pau dele e apertou a glande encharcada pra que ele não gozasse. - Não, Lou,
por favor.

Louis o calou impulsionando o quadril e enfiando o pau na boca de Harry


novamente.

- Você só vai gozar no meu pau, babe. Agora eu quero saber se minha
princesinha aguenta mais um dedo? - Harry arregalou os olhos mas sentiu
um quarto dedo lhe invadindo.

Fez um barulho alto ao soltar o pau de Louis e olhou para o breu, seu corpo
tremendo todinho com a ardência. Louis sussurrou um "shh" e Harry
mordeu a cocha dele, suas mãos trêmulas. O mais velho ficou um tempinho
parado, beijos sendo dados em sua bunda de uma forma doce. E então
Harry iria se afastar por causa da dor, mas Louis começou a movimentar os
4 dedos, lá, bem devagar, bem no seu pontinho doce. Sem retirá-los, apenas
encostando.

- Louis! L-Lou... ah, não faz isso, não mete eles, tá d-doendo. - Harry
choramingou quando os dedos de Louis começou a sair e entrar.
- Mas meus dedos estão parados, princesa. - Louis sorriu e Harry olhou pra
trás, percebendo que era a sua bunda que estava indo e voltando contra os 4
dedos.

Suas bochechas coraram, mas ele acabou ficando de quatro em cima de


Louis, não se importando com a dor quando se sentia tão preenchido.

- Você adora isso, Haz. Mesmo que doa. É tão bom pra mim. Seu cuzinho
está tão quente, cheio de tesão.

- M-Mete eles, Lou, por favor. Mete, mete, mete!

E Louis meteu, fazendo Harry chorar de prazer, um prazer gostoso e


doloroso. Ele era todo apertadinho e pequeno sendo arrombado por Louis
devagar.

Harry chorava de tão gostoso, de sentir seu pau tremendo pra gozar, mas
Louis lhe apertava, lhe impedia. Mas Harry sentia a sensação do orgasmo,
mesmo não solto, e aquilo era torturante porque Louis estava o fazendo
sentir aquela sensação por mais tempo do que deveria. Harry estava se
tremendo todo em cima de Louis, chorando nos dedos bons dele.

Encontrou forças para parar de ser torturado e foi para frente, se livrando
dos dedos e ficando de frente pra Louis, sentando em seu quadril e pegando
no rosto dele, o beijando com toda a paixão que tinha, logo em seguida
sussurrando nos lábios inchados dele pelo seu próprio pau.

- Eu vou sentar em cima de você, Lou.

- Oh, senta, nenem. - Louis mordeu os lábios e Harry sorriu pelo apelido
carinhoso, pegando no membro dele e gemendo só por roça-lo todo
molhado na sua entrada que estava igualmente daquela forma. Engolindo
devagar aquele pau grosso. - C-caralho! Em pensar que é apenas a terceira
vez. Quando tive vontade de te comer desde que você fez dezesseis.

As pernas de Harry estavam tremendo e ele precisou de um tempo pra se


acostumar com toda aquela grossura que ele desejava ter todos os dias
daqui em diante.
Ele deitou todo afetado sobre o corpo de Louis, naquela altura os dois
corpos já estavam manchados de tinta em várias partes e eles não davam
simplesmente a mínima.

Harry o abraçou enquanto ficava quietinho por alguns segundos em seu


peito.

- Você é tão boca suja, não fala assim.

Louis sorriu.

- Como se você não quisesse também. Você deixava a porta aberta do seu
quarto na esperança de eu entrar, desde novo esse garoto cheio de etiquetas
e mimadinho, mas por dentro safado. - Louis sussurrou, as mãos na bunda
dele esperando o momento dele, sentindo Harry contrair constantemente. -
Deus... Eu deveria ter te fodido desde aquela época, você estaria tão
preparado agora, mas assim é tão bom também... Você é tão apertado. -
Rosnou fazendo Harry gemer contra seu peito.

- Eu queria... Eu enfiava meus dedos dentro de mim pensando em você,


agarrando o coelho de pelúcia que você me deu, gemendo contra ele pros
meus pais não escutarem. - Harry disse lhe olhando tão de perto, aquelas
bochechas lindas tão rosinhas.

- Quica, Harry. Quica pra mim. - Louis rosnou.

E Harry quicou.

Quicou feito uma vadiazinha, pondo seus pés apoiados e gemendo com a
dorzinha, mas mordendo os lábios olhando pra Louis enquanto ele contorcia
a cabeça e lhe chamava de lindo. O mais velho parecia estar realizando um
sonho ao tê-lo tão entregue assim.

E quando Harry achou a própria próstata, ele usou Louis como um dildo, e
o mais velho estava adorando ver aquilo. Harry segurou em seus quadris e
se impulsionou cada vez mais forte, mais alto. Mais apertado, mais difícil.
O garoto quicava enquanto gemia alto de tesão e o olhava como um deus.
Assistindo a própria entrada o engolindo e se deliciando com a visão,
gemendo o nome de Louis sem parar enquanto tremia as pernas demais. O
barulho gostoso do baque de seus corpos fazia o mais novo quicar mais
ainda, descontrolado como um desesperado. Ele estava, e Louis adorava.

Louis sabia que Harry queria gozar há muito tempo, mas não o deixaria
ainda, queria que ele chorasse por isso.

- Tão molhadinho... - Louis sussurrou ao levar a mão pro pau de Harry e


começar a masturba-lo, Harry iria vir na hora, mas Louis foi cruel. - Não
goza, Haz.

E Harry tinha esse prazer de ser submisso com Louis na cama. Ele quase
chorou com aquilo.

- E-Entao para....

Mas Louis negou e continuou a masturba-lo lentamente. Pedindo de novo


pra que ele não gozasse. Harry se desesperou, suas bolas inchadas e prontas
pra liberar todo seu prazer. Suas pernas enfraqueceram, ele foi perdendo as
forças e começando a quicar mais lento, porque Louis continuava a mexer
no seu pau, tocando sua glande e espalhando todo líquido pegajoso, lhe
olhando como se quisesse devorá-lo. Gemendo por estar tocando seu pau e
mordendo os lábios, olhando-o. Harry se fechou todinho, contraindo a
entrada e gritando pelo pau de Louis em sua próstata e pela massagem em
seu pau. Apesar de ser torturante, era tão gostoso. Harry estava delirando.

- L-Lou.. Você é tão gostoso, Aaah mexe a-assim, isso. - Louis apertava sua
mão no pau dele, o molhando todo e fazendo espirrar pre gozo pela virilha.
- Eu não... Eu não aguento ficar por cima... é demais... I-Isso é muito pra
mim.

Harry lamentou quando saiu de cima de Louis, o pau dele tava tão bom ali
que se sentiu vazio. Suas pernas tremeram e ele ficou de quatro no chão, as
pernas bem separadas.

Louis tinha a visão daquela sua paixão mimadinha todo lindo como uma
arte perfeita pintada pelo pintor de Harry favorito, ali, de quatro. A pele
clara manchada de diversas cores diferentes, ele em frente a parede onde
estava o grafite que Louis lhe fez. Até seus anéis valiosos e seu colar
estavam manchados, os cabelos em tons um pouco coloridos e ele
simplesmente tava ali. Entregue como nunca antes. Pra Louis. O cara que
tanto brigou. E agora ambos estavam ali. Apenas entregues a paixão e ao
sexo. Estavam bem.

Louis rosnou com aquela visão maravilhosa, a entradinha toda molhada.


Louis deu um beijo no final de sua coluna antes de entrar dentro dele
devagar e ficou paradinho, alisando suas costas, tomando cuidado, porque
embora o tesão falasse alto naquela hora, ainda era Harry, o que carregava
seus dois grãozinhos.

- E-Eu não vou quebrar. - Harry avisou, embora já estivesse quebrado. A


voz tremula, as pernas mal conseguiam ficarem firmes, seu membro
tremendo para gozar e sua entrada querendo o máximo de Louis.

O mais velho então sorriu, começando a fode-lo daquele jeitinho tão


gostoso. Harry suspirou alto, os olhos esbugalhados. Naquela posição era
tão bom... Louis não tinha dificuldade nenhuma em lhe dar prazer, em achar
sua próstata. E acertá-la naquele ângulo fazia Harry estremecer por inteiro.
Louis notou então segurou firme em seus quadris, o mantendo no lugar
enquanto Harry se fechava e se contorcia, se desesperava em cada estocada.
Harry queria sair, não porque não estava bom. Mas porque era bom demais,
ele não conseguia lidar com tanto prazer. Ele não tava conseguindo nem
gritar, apenas soluçava de tanto tesão, sua próstata sendo esmagada
enquanto sua entrada era maltratada. Louis pediu pra que ele se acalmasse,
mas o membro do mais novo estava inchado demais, sensível demais. Era
como se ele realmente fosse quebrar. Louis só conseguia ficar com mais
prazer ainda, tendo que segurar nos braços de Harry pra ele sossegar o
corpo, o prendendo em suas costas, e metendo nele desse jeito, o que só
piorou porque era muito mais gostoso e Louis tava metendo forte. A bunda
de Harry balançando demais, o barulho gerando eco. Harry não aguentou,
sua voz voltando estridente. Louis percebeu então o soltou, segurando no
membro dele a tempo de sentir a porra gostosa melar toda sua mão em jatos
quentinhos e enormes.

Harry tremia com as mãos no chão, só não caindo porque Louis o segurava
com a outra mão no quadril.
Louis mexeu em sua glande pra prolongar o prazer, fazendo Harry chorar.

A mão voltando pra trás e completamente encharcada de goza, Louis não


pensou duas vezes antes de enfiar seus 4 dedos dentro de Harry,
movimentando eles pra espalhar a goza lá, deixando ele melado por dentro
e Harry achou que iria desmaiar. Louis o abraçou com um braço beijando
seu ombro e gemendo só de vê-lo todo em deleite daquele jeito, sendo bem
aberto para ele.

- A-ain Lou, aí não. - Ele soluçou alto por Louis estar estimulando sua
próstata enfiando os quatro dedos na sua entrada. Ele já teria caído se Louis
não o tivesse lhe segurando. - Eu não v-vou aguentar. - Louis continuou o
estocando, sem parar. - É-É muito... - Disse quebrado. Os dedos se abriam
dentro dele, era tão doloroso e tão bom ao mesmo tempo. Louis distribuía
beijos pelas suas costas manchadas e Harry levantou os olhos pro grafite
mal iluminado. Era só tão bom estar ali com ele, todo aquele sentimento e
prazer. Tudo que ele já fez. Todo o Louis. Os dedos continuaram e dessa
vez estocaram forte. Harry sabia que tava tão molhado de novo. Louis
usava sua bunda e a alargava tão bem. - Ain, Lou. Não para. C-Continua.

- Eu não vou continuar, nenem. - Louis disse doce, os dedos saíram de


dentro de Harry em um segundo, um barulho estalado foi ouvido e Harry
balançou a bunda com aquilo. - Porque eu vou te foder de novo, enquanto
amo esse teu corpo tão lindo.

Harry concluiu que iria chorar pelo resto da noite por todos os motivos
possíveis.

E Louis fodeu.

Fodeu forte, como nunca fodeu alguém.

Fodeu até Harry gritar. Fodeu até ele próprio gritar.

Fodeu batendo naquela bunda gostosa.

Fodeu até seus joelhos doerem.


Fodeu até suas bolas baterem forte contra Harry. Fodeu até os ecos serem
enormes.

Fodeu sabendo que tinha gente escutando em algum lugar.

Mas eles não se importavam.

Harry se agarrava ao chão e tinha a boca aberta enquanto recebia as


pancadas das estocadas de Louis. O pau dele tão grande que o sentia tão
fundo, botava a mão em baixo de sua barriga e conseguia senti-lo. Queria
que ele fizesse isso todos os dias.

Louis falava coisas sujas para ele e Harry queria mais é que sua etiqueta
fosse pros infernos. Ele gostava das sujeiras de Louis, gostava de retribuir
mesmo corado. Gostava de estar de quatro pra ele.

Ele apenas percebeu quando olhou pro chão e viu que estava sujo, havia
gozado de novo em algum momento. Mas estava tão gostoso que deixou
Louis estoca-lo quantas vezes quisesse. Rasgando ele com carinho e
cuidado. O abrindo tanto. Harry se sentia alucinado.

E estava falando muitas coisas que provavelmente ficaria com vergonha na


manhã seguinte quando olha-lo, mas não se importa.

Harry esticou os braços e deitou a cabeça neles, fazendo ficar


completamente com a bunda pra cima. E isso surtiu algum efeito em Louis
que parou as estocadas e tremeu atrás de si. Gemendo o quanto ele era
perfeito, dizendo que ele era lindo demais se entregando assim. Que todo
seu corpo era maravilhoso, e ao mesmo tempo que Harry sentia prazer, ele
se sentia extremamente feliz e cuidado. Era dele. De Louis. E Louis dele.

Louis bateu com seu membro na entradinha esticada e dolorida, passando a


glande por lá antes de entrar em Harry de novo bem devagar.

- Minha princesa aguenta mais? - Harry assentiu e sentiu Louis entrar com o
dedo indicador, o juntando ao seu pau. Harry pôs a mão na parede na sua
frente, perdendo o fôlego. - Quem sabe dois? - E então Louis junta mais um
dedo dentro, vendo a entrada completamente vermelha e pulsando para os
expulsar. Harry iria cair se já não tivesse no chão. Ele sentia dor. Mas havia
algo extremamente excitante em Louis lhe abrir daquele jeito, então não
pediu pra parar. Mas seu corpo entrou em combustão, ele estava gritando. -
Oh, babe se você pudesse se ver agora. Tão apertadinho e aguentando tudo
isso. Aposto que esse seu cuzinho quer mais um, não quer? Ele é tão safado.
- Harry demorou pra responder. Aquilo era demais. A forma suja que Louis
falava, a forma que Harry gostava, a forma como aguentava e chorava por
aquilo. Ele sempre foi muito educadinho e dizia que só fazia amor. Mas ele
não era apenas uma princesa, ele também era uma princesa bem putinha que
queria ser fodida assim por Louis as vezes. Então ele se surpreendeu
quando acenou com a cabeça, ele queria mais, ele aguentava mais um.
Deus, ele sentia tanto tesão que poderia quicar em todo braço dele. Seu pau
tremeu quando Louis enfiou um terceiro nele. Ele tinha em sua entrada um
pau grosso e 3 dedos. Louis ficou paradinho só contemplando aquela visão.
- C-caralho! Eu quero te rasgar todinho. Você é uma princesinha tão boa,
aguentando tudo enquanto seu pau gostoso pinga de tesão. É tão bom te
alargar assim, nenem. Você é tão vadiazinha. Minha putinha. -
Harry não aguentou de tesão, se empinando pra trás sem força alguma,
totalmente fraco pelo prazer. Mas retirando e movimentou o pau de Louis e
os 3 dedos dele em sua entrada.

Louis rosnou e começou a fode-lo daquele jeito. Rasgando aquele


mimadinho ao ponto dele não parar de chorar de prazer. Harry estava
gemendo e soluçando, como o dengoso que era. O mimado que sempre quer
mais, Harry era um gatinho corado miando de prazer. De quatro pra quem
tanto chamou de filhinho de empregada, mas era na verdade sua paixão. E o
calor brilhava nele. As tintas o faziam lindo, ele era lindo daquela forma
entregue e apertadinho. Tão apertadinho que Louis sentia seus dedos sendo
esmagados de uma forma forte. Louis o tinha de tantas formas, como pai
dos seus bebês, como sua paixão, seu amante e amigo de novo. Louis
finalmente tinha seu mimadinho entregue para si, e ele entregue para Harry.
Mesmo que não tenha um status oficial ali, porque não importava, eles
estavam bem. Ao pensar nisso, Louis não aguentou sentir tudo aquilo,
gozou dentro dele, sendo escandaloso como Harry que também gozava.
Gritando pra quem quisesse saber que eles eram tão apaixonados um pelo
outro.
Antes que Harry caísse, Louis se deitou no chão e o puxou para se deitar em
cima de si. Ofegantes e cansados, quase dormindo.

Se contassem para o Louis do passado que o filho dos patrões da sua mãe,
que tanto implicava, de narizinho em pé estaria pelado, em cima de si, sem
se importar com suas roupas jogadas ao chão e blusa rasgada, em um
galpao escuro iluminado apenas pelo celular, que teria amado seu grafite,
que está gravido dele, que confessou ser apaixonado por ele, que estava
lindo cheio de tinta pelo corpo e pelo rosto bonito, que ficou de quatro pra
ele, e que agora tinha a cabeça e a barriguinha tendo carinhos seus, Louis
não acreditaria.

Mas era verdade. E era tudo tão bom.

- Lou... se for um sonho, não me acorde. - Harry falou com a voz baixinha e
doce. Como ele conseguia ser tão safado em um segundo e tão bebê em
outro? Mas Harry tinha essas três personalidades (contando com a mimada)
e Louis aprendeu a se apaixonar por todas três. Ainda mais quando as 3 se
manifestavam juntas.

E ele sabia que nada daquilo foi uma promessa, um futuro certo, um status
de relacionamento. Que eles tinham muita coisa que aprender, ainda mas
com suas diferenças. Mas Louis estava feliz, Harry estava feliz. E o
impotante era o presente, porque no presente fazemos o futuro.

- Eu prometo que não é.

E Louis sempre cumpriu suas promessas para Harry, desde crianças.


16.1 you make me feel so good

N: ATT PRA VOCÊS, AMÉM!

Meu Deus, nem acredito que estou finalmente de férias na faculdade e


que vou conseguir atualizar a fanfic finalmente.

Eu espero que vocês gostem do capítulo, que perdoem meu atraso e os


erros. ♡♡♡

Enfim.

Também quero lembrar novamente que tecnicamente era pra agora


faltar só mais 2 capítulos, o 17 e o 18. Porém, tive que dividir o 16 pra
postar logo senão vocês ficariam mais tempo sem att. Além do mais,
esses capítulos finais são grandes e eu também não queria postar algo
massivo de ler. Então terá a segunda parte desse capítulo ainda, e se eu
ver que o 17 ficará muito grande também, então vou dividi-lo. Só não
irei dividir o último.

AH! Se esqueceram do que aconteceu, recomendo ler os 2 últimos


capítulos antes de lerem esse.

É isto.

Boa leitura e nos vemos novamente ainda essa semana. ♡♡♡♡♡♡

_________________________

Harry: 8 Louis: 10

— Ai, Loueh! Não faz assim. Tá doendo muito! — O garoto choraminga


enquanto está sentado em cima da pedra de mármore da pia de seu
banheiro. É enorme, e ele consegue ficar de lado enquanto seu joelho está
dentro da pia, ralado e cheio de sangue enquanto Louis lhe ajuda a limpar.

Ele havia caído enquanto brincava com Louis de corre-corre dentro da


sala. Duas coisas que seus pais o proibiram de fazer. Correr, e,
principalmente, correr dentro da sala, pois ele e Louis sempre quebravam
alguma peça valiosa.

— Pare de chorar alto! Seus pais vão escutar. — Louis pediu. Ele estava
concentrado desde que Harry caiu, quando teve que abraça-lo e nina-lo
como um bebê porque ele chorava como um, e então ao que teve que levá-
lo no colo até o quarto, subir aquelas inúmeras escadas e se trancar no
banheiro com ele. Colocá-lo em cima da pia e tirar seus tênis e meias que
agora estavam jogados no chão. E começar a cuidar do machucado em seu
joelho que nem era tão ruim assim, mas Harry era um garotinho bem
dramático e que chorava por pequenos arranhões. Não que Louis não
gostasse de cuidar dele, de qualquer forma.

— Mas tá doendo tanto. — Harry resmungou entre sua voz chorosa, as


bochechas bem vermelhas por conta dos gritos que deu minutos atrás e que
seriam muito mais estridentes se Louis não tivesse tampado sua boca e o
levado até o quarto.

Harry tentou ficar quietinho, segurando em um dos braços de Louis quando


ele desligou a torneira. Mas seus olhos arregalaram quando viu ele se
abaixar e pegar álcool em uma das gavetas. Seus pequenos cachos estavam
baguncados e uns molhados por conta do choro exagerado (sempre foi
assim desde bebê, Louis não entendia como ele não ficou desidratado já
que chora muito)

— Não, Louis! Isso não. Vai doer muito! — Afastou as pernas gordinhas e
começou a espernear quando Louis soltou um bufo e teve que segurá-lo
firme. — Seu ogro! Me solta! Isso vai machucar e eu não... eu não.... —
Harry começou a gaguejar devido ao choro e Louis recebia alguns chutes
sem querer por estar segurando suas pernas inquietas, mas não ligava
muito porque Harry tinha aquela carinha chorosa de dor antecipada.
— Você que é um ogro me chutando! — O mais velho reclamou e Harry
parou imediatamente. Ele levou as mãos pros pequenos cachos se
revelando no cabelo liso e fez carinho ali. — Confia em mim, bebê. Não
grita porque seus pais vão escutar e brigar com a gente. Qualquer coisa me
morde. Tá bem? — Louis falou calminho. O que fez Harry assentir devagar,
uma mãozinha indo até os olhos e limpando. Louis sorriu com aquilo.

Ele pegou um pedaço de algodão e molhou com álcool, passando no


machucadinho. O que fez Harry chorar demais e se tremer todinho por
ainda ser um bebê mesmo com 8 anos. Ele mordeu o ombro de Louis por
cima do casaco grosso que ele vestia, e aquela era apenas mais uma cena
normal dos dois. Harry sendo bem manhoso com qualquer mínima coisa e
Louis tentando cuidar dele mesmo que reclamasse as vezes.

E no final, apos por um band-aid no joelho, lá estava Louis carregando


Harry nas costas até a cama dele, porque é óbvio que aquele pequeno
mimado iria dramatizar mais ainda. E é óbvio que Louis iria querer mima-
lo. Louis lhe mima por qualquer mínima coisa.

Então o colocou sobre a cama e ligou a TV pra ele, pondo o coelho de


pelúcia em seus braços, assim como o cobriu e foi até a cozinha pegar
chocolates para ele. E tava tudo bem, porque Harry não chorava mais e
tinha aquele sorrizinho bobo enquanto estendia os braços gordinhos pra
ele, o querendo ali. E Louis foi, lhe abraçou como os ursinhos manhosos
que ele e Harry eram. Lhe dando um grande e demorado beijinho na
bochecha, passando a tarde toda rindo com ele enquanto assistiam
desenhos bobos.

Harry e Louis não eram mais crianças, mas parando para pensar, Louis sabe
que sempre cuidou de Harry. Mesmo em épocas que suas diferenças
gritavam por brigas bobas, mesmo em tempos que juraram se odiar, mesmo
após discussões onde não olhavam para cara um do outro até determinado
momento. Porém, se Harry se machucasse mesmo com um insignificante
arranhão, Louis cuidaria dele. E vice-versa.

E não deixou de lembrar desses pequenos momentos enquanto fazia


exatamente aquilo: Cuidar de Harry. A banheira cheia abrigava os corpos
nus dos dois, sem espumas ou quaisquer sais, porém, a água não era de toda
transparente, pois se mesclou com o colorido de seus corpos antes sujos de
diversas tintas por terem transado no chão daquele galpão. A água estava
banhada por uma mistura de roxo e rosa, era bonito.

E Harry tinha os cabelos totalmente molhados, as costas encostada no peito


do mais velho, os olhos fechados enquanto sentia os dedos dele passando
por todos os cachos delicadamente, enquanto murmurava uma música
qualquer baixinha que fazia Harry quase dormir. Seus lábios estavam
inchados e vermelhos de tanto serem mordidos, as pernas longas estavam
metade descobertas pela água e mostravam parte das coxas vermelhas pelos
apertos e tapas que levou. Ele se sentia completamente satisfeito, sua
entradinha estava sensível e era como se ainda conseguisse sentir o membro
e os dedos de Louis dentro. Tão satisfeito que seu membro estava durinho e
rosado por causa dos efeitos ainda presentes, mas Louis apenas o beijava no
rosto e cuidava de si depois de um sexo bruto. E Harry se sentia cintilante
com todos aqueles toques. Ele teve uma noite perfeita, onde expôs e teve
sentimentos expostos para fora, um sexo maravilhoso e ainda estava sendo
cuidado pelo seu Louis.

Quando sentiu as mãos na barriga ainda magrinha, passeando pelo local


onde abrigava seus dois bens mais preciosos que nenhuma jóia cara poderia
substituir, Harry ronronou e se virou de ladinho, espremendo a bochecha no
peito do pai dos seus bebês, enquanto ainda era mimado e cuidado por ele.
Louis que também tinha marquinhas de arranhões pelo corpo. Ambos
cansados e flutuantes, em um estado de espírito de paz nunca antes sentido,
como se finalmente estivessem em paz um com o outro.

E quase dormiram ali, enquanto trocaram beijinhos e carinhos por quase


uma hora, sem necessidade de palavras, porque palavras ou status sobre o
que de fato eles eram não descreviam no momento o que ambos estavam
sentindo.

Eles mais tarde enxugaram os cabelos um do outro, Louis passou uma


pomada na entrada de Harry e era curioso o fato daquilo ter sido tão natural
e não vergonhoso pro mais novo. Como se eles estivessem quase chegando
lá, naquele estágio onde são 100% um só. Mesmo que ainda faltasse
algumas diferenças para serem resolvidas. Mesmo que eles não tenham um
status de relacionamento oficial. Mesmo que só se declararam apaixonados.
Mas eles estavam chegando lá, porque aquilo era muito. Eles já estavam
com os peitos transbordando de paixão um pelo outro e, talvez, aquilo não
tenha sido estranho porque sempre houve um cuidado mesmo quando se
odiavam. Harry sempre foi o bebê mimado de Louis.

Eles abriram margem para aquilo, Louis conseguiu falar dos seus
sentimentos, Harry se entregou de corpo e alma. Ambos estavam gratos e
Louis perguntou a todo momento se não foi bruto demais, toda vez que via
uma partezinha do corpo de Harry vermelha, como a bunda ou os joelhos
ralados por ter ficado de quatro.

Mas os seus também estavam, e seu peito e costas tão arranhados. Eles só
estiverem tão apaixonados que não conseguiram se controlar. E eles teriam
mais, porque, agora, pelo menos não tinham medo de dizerem que querem
um ao outro, talvez o tamanho da dimensão do querer ainda fosse um
problema, pois ainda não queriam pensar o quanto do querer deveriam
consumir. Mas ao menos sabiam que não esconderiam o querer atual. A
vontade de beijar, de se tocar em algum momento.

E Louis cuidou do seu garoto. O vestindo com pijamas pois estava muito
doloridinho pra usar suas lingeries, penteando seus cabelos e o mimando até
a hora de dormir.

Um dia que começou com leves implicâncias e ciúmes, se tornou em uma


noite quente e declarações apaixonadas.

E Louis esperava que aquilo continuasse assim, que não mudasse. Que eles
vivessem o agora e progredissem, porque quando olhou o garoto dormindo
feito um anjinho do seu lado, dormindo feito um bebê, não conseguiu evitar
de tirar uma foto dele e escrever o quanto estava feliz de ter filhos com ele
em seu Instagram. Pois esse foi o ciúmes e reclamações de Harry no
começo da noite, quando estavam na boate comemorando o aniversário de
Niall. Harry achou que Louis só se importava em postar sobre Samile e
Zayn quando ficaram grávidos, mas não era verdade. Embora tenha falado
que postar algo no Instagram não era nada, a sua vida estava ali, sempre
gostou de postar suas aventuras. E estava vivendo a maior delas com Harry,
e só não havia postado nada sobre isso antes porque sempre seus dedos se
descotrolavam e acabava expondo sentimentos demais por ele. Mas agora,
depois de toda confissão, ele não tinha mais medo. E não iria julgar seu
garoto por querer pastagens em redes sociais, ele era um mimadinho, mas
Louis se apaixonou por esse lado também. Na discussão, Harry estava
esperando apenas Louis anunciar que seria pai, como anunciou orgulhoso
que seria padrinho do filho de Zayn e Samile. Mas agora Harry recebe uma
postagem com uma foto sua dormindo naturalmente, a bochecha gordinha
espremida pelo travesseiro, um textinho dizendo o quanto Louis estava feliz
por Harry estar carregando eles. Uma cartinha que parecia ser de amor por
Harry, que não deixava explícito que eles eram mais que apenas papais dos
gêmeos, mas também apaixonados um pelo outro, porém que insinuava
tanta coisa para quem quisesse ver. Pois eles estavam vivendo o momento, e
Louis não estava mais afim de falar de Harry apenas para reclamar. Aquele
em sua postagem era o responsável pelos seus sorrisos desde que
resolverem abrir o coração um para outro para que possam no mínimo
tentar o que deveriam ter tentado desde muito tempo.

✖✖✖✖✖

Louis achava que deveriam ter um pouco de senso as pessoas que vão
visitar as outras quando tocam a campainha ou batem na porta várias vezes
e não recebem uma resposta, então deveriam ir embora de uma vez
constatando que não há ninguém em casa ou que a pessoa não queria
atender, e no caso de Louis, ele realmente não queria atender, mas o barulho
irritante da campainha continuou a ser soado alto como um eco desgraçado
e Louis jura que aquilo iria fazer seus ouvidos sangrarem.

Ele estava só tão cansado, ele estava trabalhando quase o dia todo, todos os
dias desde que descobriu que teria gêmeos. Era final de ano e quase
ninguém estava trabalhando e estudando, aproveitando seus dias de folga
mas não Louis, primeiro porque ele não trabalhava de carteira assinada,
segundo que pelo que ele faz, descansar é perder dinheiro. Então ele não
dormia direito fazia alguns dias e aquela tarde estava sendo sua única
amiga. Mas parecia que tinham demônios em sua porta prontos para lhe
perturbar.

Louis levantou da cama como uma criança emburrada, esperneou e xingou


baixinho. Ele se olhou no espelho e a calça que dormia estava amassada,
sua barriga com marcas da cama de tanto dormir, olheiras profundas e os
cabelos maiores do que usualmente deixa, bagunçados para todos os lados.

Não que Louis se importe de atender seja quem for dessa maneira. Sua
expressão soava um "seja quem for, vai embora daqui"

Ele olhou pelo buraco da porta vendo duas pessoas que ele não fazia ideia
de quem eram, e ao abrir a porta se deu conta que realmente não conhecia,
mas com certeza eram conhecidos de Harry pela vestimenta. Louis sentia o
cheiro de riqueza vindo da garota morena e do menino ruivo ao seu lado. As
expressões animadas como se tivessem ido ver algo surreal.

— Bom dia. Posso ajudar? — Louis disse sonolento, recebendo um olhar de


cima a baixo nada discreto dos dois. Não era como se ele tivesse de cueca,
só estava sem camisa. Mas o olhavam como se ele estivesse pelado, então
eram definitivamente amigos de Harry.

— Boa tarde. — O ruivo corrigiu. E ele estava certo, mas Louis não sabia
mais o que era tarde, dia ou noite de qualquer forma. — Somos amigos de
faculdade do Harry. Eu sou Charlie.

— E eu sou Natalie.

Os dois disseram animados, tentando olhar ao redor como se realmente


tivessem ido ver algo inacreditável. Talvez realmente fosse. Harry trocando
sua mansão para viver por um tempo com um cara que é filho da
empregada dos seus pais, o qual ele o engravidou. Louis mordeu a
bochecha para não rir, era sempre engraçado as reações de pessoas da alta
sociedade, ainda mais quando ambos estenderam as mãos de uma forma
mole, como se fosse um príncipe e princesa esperando que Louis as pegasse
e lhe desse beijos cordiais.

— Louis. — Ele disse dando um aperto de mão com soquinho nos dois. —
E aí?

Eles o olharam estranho e Louis até riria se não tivesse com sono e de mau
humor.
— Somos amigos do Harry. Encontramos a irmã dele no shopping e ela
disse que ele estava morando aqui. — A garota falou com aquele sorriso
meio desacreditado e tentando olhar para dentro, animada como se Harry
tivesse ido viver uma aventura.

— Sim, ele está morando aqui. Ele não está aqui no momento, mas mais
tarde ele estará.

— A gente espera. — O ruivo disse e Louis se controlou para não revirar os


olhos e resmungar. Ele só queria dormir ao invés de ser anfitrião dos
amigos riquinhos de Harry. Era a terceira vez na semana que apareciam
alguns deles ali, mas era mais fácil de lidar com o choque de culturas
quando Harry estava presente, assim como era quando os amigos de Louis
estavam ali.

Mas agora Louis estava sozinho, com sono e de mau humor.

Mas enfim deu espaço para eles entrarem, tentando controlar o resmungo
dentro de sua boca quando fechou a porta.

As duas pessoas pareciam duas crianças que vão ao parque de diversões


pela primeira vez e olham tudo com os olhos esbugalhados.

— Então é aqui que Harry está morando agora? — A garota perguntou, não
necessariamente para Louis, o ruivo respondeu dizendo "excêntrico" e
Louis só queria que Harry estivesse realmente ali, porque então ele só diria
oi e voltaria para o quarto e se tacaria na cama sem precisar ser prestativo.
Ele nunca foi muito bem receptivo, muito menos para responder as futuras
perguntas que já imaginava que fariam.

Mesmo sentando no sofá, eles continuavam a prestar atenção em qualquer


detalhe. Pela expressão deles, parecia até que o apartamento era feito de
madeira e sendo um cubículo. Quando na verdade, para Louis, aquele
apartamento era muito mais do que esperava e para qualquer um que
conhecia, aquele lugar era muito. Ele nunca conseguiria comprar se Harry
não tivesse investido dinheiro também. Para seus amigos que foram ali, era
como se Louis tivesse comprado uma casa em Paris. Lembra das expressões
de Liam e Zayn, que perguntaram se ele ganhou na loteria ou algo do tipo.
Era porque o lugar realmente era grande, todos os cômodos eram grandes e
com espaços desnecessários para Louis, mas pra quem morava em mansões
como os amigos de Harry e o próprio Harry, era como se o lugar fosse
apenas um pequeno quadrado.

Louis não se importa com os outros, no entanto. Mas espera que Harry já
esteja se adaptando.

Louis voltou pro quarto pra por uma camisa e lavar seu rosto, quando
voltou pra sala, a morena estava mexendo na mesinha de centro, tocando
em uma lata de tinta spray que Louis havia esquecido ali, enquanto
cochichava com o ruivo, Louis adicionou uma nota mental sobre por a lata
no lugar antes que Harry chegasse e discursasse sobre por as coisas em seus
devidos lugares.

— Querem alguma coisa? — Eles se assustaram e pararam de cochichar.


Natalie soltou a lata.

— Café.

— Pra mim só água, por favor. — Natalie disse e Louis esperava que eles
pedissem nada, porque está ali apenas tentando ser educado, mas jura que
está dormindo em pé e espera que ainda tenha café porque não queria fazer.

Ele era um péssimo anfitrião. Não que se arrependesse disso.

— Então, onde Harry foi? — A garota perguntou ainda sentada na sala.

— Na casa dos pais. — Louis disse enquanto agradecia mentalmente por


ainda ter sobrado café.

— Ele nunca deve ficar aqui por muito tempo... — Charlie cochichou para
a garota, achando que estava falando baixo e rindo junto a ela quando Louis
voltou para a sala com a água e café e perguntou "como?" que não
intimidou os dois amigos de Harry, pois achavam que não estavam falando
nada demais. — Você sabe, meio que ele está aqui por obrigação, não é? —
Charlie comentou normalmente e bebericou o café. — Diga a sua
empregada que o café está ótimo.
— Não há empregada. — Louis se sentou na outra ponta do sofá.

— Não há?

— Não. Quem fez foi o Harry. — Era verdade, depois de tantos cafés
aguados ou com açúcar demais, ou as vezes sal porque Harry
acidentalmente trocava e Louis nunca reclamava porque não queria vê-lo
triste e ele sempre tentava, Harry finalmente conseguiu. E sempre acorda
cedinho pra fazer, antes de Louis, e quando ele acorda, lá tá Harry com
aquele sorriso fofo falando "fiz café? Não vai querer?"

— Vocês não tem uma empregada? — Perguntaram chocados.

— Não precisamos.

— Eu até entendo você conseguiu fazer tudo sozinho já que foi empregado
deles, mas o Harry? — Natalie riu. — Inacreditável.

— Eu não fui empregado do— Louis se interrompe, cansado de sempre


explicar que não era empregado dos Styles e acrescentar que não teria
vergonha disso caso fosse. — Harry é mais do que vocês pensam. — Louis
disse convicto. — Mas foi ele quem disse pra vocês que está aqui por
obrigação?

— Não. Mas não é óbvio? O pai dele está o dando um castigo por
engravidar de um empregado. Sem querer ofender. — Charlie comentou,
mas Louis acha que na verdade ele queria sim, não que tenha sido algo bem
sucedido. — E ainda nem lhe envia alguns empregados. Harry deve estar
enlouquecendo.

— Por isso viemos aqui ver com nossos próprios olhos pois nunca
imaginamos que Harry Styles concordaria sair de sua casa. É claro que ele
engravidou de você, mas isso não significa nada. Meio que achamos que ele
iria se rebelar e usar seu cartão pra ficar em algum lugar mais luxuoso
enquanto finge pros pais que está aqui até esse castigo acabar. Mas vejo que
mesmo ele aceitando o castigo, não aguenta ficar aqui por muito tempo,
deve sempre ir visitar os pais com a desculpa de ser apenas uma visita,
apenas para não ficar aqui, como agora. Eu o entendo, por isso viemos lhe
dar uma força, conversar um pouco. Ele deve estar tão triste.

Eles falavam como se nem estivessem ofendendo Louis, como se fosse


compreensível Louis aceitar aquelas palavras como se fosse menos que
eles.

E ele não se surpreende com aquelas palavras mesquinhas quando já ouviu


muitas coisas parecidas, vindo do próprio Harry. E se Harry ainda fosse
como antigamente, acharia que ele estaria pensando daquela mesma forma.
Mas há aquela paixão entre os dois que faz Louis acreditar que nada daquilo
era verdade. Por isso ele riu a contragosto de tudo aquilo.

Aqueles não eram amigos verdadeiros de Harry, sabia que não. Não eram
igual Niall.

Esses eram amigos de status que foram ali achando que iriam ver um circo.

— Vocês são amigos mesmo de Harry? Porque parecem não saber da


história direito. Ele não está aqui por obrigação. O que o pai dele propôs pra
gente não foi um castigo, foi apenas uma convivência amigável para que
aprendessemos a conviver com nossas diferenças já que vamos ser pais das
mesmas crianças. Mas como vocês próprios disseram, se Harry quisesse, ele
não estaria aqui, apenas fingiria que sim enquanto ficaria em qualquer outro
lugar. Ele está aqui porque concorda que temos que nos dar bem. E sabem
de uma coisa? Está funcionando. — Louis dizia convicto e se levantou em
seguida andando até a cozinha americana e apontando para a geladeira. —
Vocês estão vendo isso aqui? São post it nossos lembrando e reclamando de
cada mínima coisa que nos irrita. Agora vocês podem ver uns cinco. Há
duas semanas atrás a geladeira estava lotada deles. Há duas semanas atrás
eu ainda revirava os olhos para cada birra de Harry, hoje eu apenas lhe dou
um beijo na bochecha e atenção porque sei que é tudo que ele quer. Há duas
semanas atrás Harry não sabia nem fazer café, hoje ele faz todos os dias só
para eu elogiá-lo. Ele não está aqui obrigado, nem eu. E eu poderia dizer a
vocês tudo que fizemos nesse curto tempo, mas não precisamos expor ou
provar nada para vocês. Mas independente do que aconteça no futuro,
independente de quando ele voltar a morar com seus pais, saibam que nunca
foi um castigo e que eu não sou apenas o cara que engravidou ele, e ele é
muito mais que essa imagem supercial que vocês tem dele, e que eu
também já tive. Mas a diferença é que eu quis olhar pro coração dele. Se
vocês fossem realmente amigos dele, vocês saberiam o que está
acontecendo aqui.

Dizia tudo sem hesitar, e andou até a porta do apartamento a abrindo e


indicando pra que eles saíssem.

— E já que não são importantes para ele, apenas fofoqueiros, eu não tenho
a obrigação de ser legal com vocês. Tchau.

Louis escutou os resmungos birrentos dos dois mas não se importou, e


quando a porta foi fechada estando finalmente sozinho, sua expressão de
confiança mudou.

Ele era confiante, realmente era. Mas esperava que tudo com Harry
continuasse andando para frente, que eles não voltassem a dar dez passos
para trás. E ele voltou a se tacar na cama pensando nisso. Acreditava em
todas as palavras que disse, principalmente as de Harry quando lhe
confessou que também era apaixonado por ele. Confiava em seus olhos
brilhantes todos os dias quando acordava, confiava nas suas bochechas
avermelhadas quando queria carinho e resmungava até ter, e nos lábios que
roubavam beijos em suas bochechas, confiava no seu enrolar de gatinho
sobre o seu corpo em toda sua linda carência, e no seu silêncio pois não
precisava repetir de novo que era apaixonado, seus olhos verdes diziam
isso.

Louis realmente confiava em Harry.

Mas mesmo sendo um cara que sempre viveu o momento, e que estava
vivendo aquilo com Harry, ainda sim temia o futuro. Não queria que Harry
se cansasse, que sentisse falta de todo luxo, pois Harry ainda tinha tudo.
Louis nunca lhe privou de viver a vida luxuosa que tinha mesmo agora
morando com ele. Eles tentavam se encaixar em um padrão comum
enquanto juntos, mas ainda tinha suas individualidades. Louis não era um
cara cheios de etiquetas e nunca seria e Harry ainda comprava tudo que
queria, e estava tudo bem. Mas Louis temia Harry querer muito mais que
aquilo, voltar a sua casa em breve quando Harry se desse conta que eles não
precisavam mais conviver juntos para se darem bem.

Louis pensou nisso também há dois dias atrás enquanto estava deitado no
sofá e lia uma revista em quadrinhos e Harry na outra ponta pintando as
unhas, Louis parou de ler e começou a olhá-lo. Eles estavam indo bem, as
briguinhas tão bobas que agora eles resolviam com beijos e carinhos. E
Louis pensava que mais pra frente, quando os gêmeos tivessem nascido, e a
moradia juntos não serem mais essencial, Harry provavelmente voltaria
pros seus pais.

Mas só foi Harry lhe olhar através dos cachos que Louis mudou os
pensamentos.

Ele havia dito:

— O que foi?

E Louis apenas sorriu de ladinho, ainda segurando os quadrinhos,


confortável na maneira que estava, deitado e quente com um moletom verde
escuro, observando Harry de pernas cruzadas concentrado em suas unhas.

— Que cor dessa vez?

— Azul. — Harry sorriu minimamente e continuou a pintar a última unha


que faltava, o mindinho sendo preenchido com o tom bebê.

E Harry deu aquele olhar de lado novamente, Louis lhe olhando


intensamente. E não importava se disseram que estavam apaixonados um
pelo outro, ou os beijos trocados, as transas. Aquilo ainda era novo e surreal
mediante a tudo que já viveram, Harry ainda ficava sem graça, ele cora
graciosamente e Louis sente seu coração dar saltos surreais por aquilo.

— Para com isso... — Resmungou como se tivesse bravo, até fez uma
carinha irritada. Louis só queria morder a bochecha dele.

— Para você de amar tanto assim o azul. Confessa que é sua cor favorita e é
por minha causa. — Ele declarou se achando demais, implicando com
Harry, esse que bufou e empinou o nariz como se Louis fosse louco,
soltando uma risada seca do fundo de sua garganta e continuando a focar
em sua unha.

— Nos seus sonhos, Tomlinson. — Decretou, mas lá estava Louis roçando


a perna em sua coxa.

— Não? E seu gatinho raivoso? Se chama Safira por conta dos olhos azuis,
mas você me chamou uma vez assim quando éramos pequenos pelo mesmo
motivo. — Louis se gabou e Harry bufou de novo. — Suas unhas estão
sempre azul ultimamente.

— Seus olhos são azuis. Mas você não inventou essa cor. — Continuou a
tentar ignorá-lo mas Louis estava lhe encarando tanto e Harry ficava tão
tímido assim, Louis só estava implicando com ele pra ter aquelas reações.

— Tem certeza que você não gosta por causa de mim? — Louis sussurrou
deixando os quadrinhos de lado e levantando seu tronco, ficando perto de
Harry, encostando a cabeça no sofá tendo a visão do pescoço cheio de
pintinhas, a pele branca brilhando pelo cordãozinho de ouro que carrega ali
desde bebê. — Nem um pouquinho? — Sussurrou, pondo a cabeça em seu
ombro.

— Você vai me fazer borrar. — Harry sussurrou.

— Sua bochecha é tão bonita desse ângulo. — Louis comentou, passando o


dedão na pele gordinha, sobre o vermelho, assistindo seu dedo afundar na
covinha quando Harry sorriu. — Lindo.

— Por que você faz isso? — Harry disse meio dengoso, quase fazendo um
biquinho. Ficando todo mole pelo que Louis disse, dando um beijinho na
ponta do nariz perfeito dele.

— O que? — Louis sorriu com o gesto, retribuindo no pescoço cheiroso


dele, arrastando o nariz ali, seus lábios abrindo lentamente para se fechar de
novo em um beijo estalado que arrepiou Harry todinho. — Admite.

E Harry tinha o coração falhando quando largou o esmalte.


— Eu te odeio. — Resmungou quando segurou nas bochechas de Louis e
caiu por cima do corpo do mais velho, lhe deitando de novo e ficando em
cima dele. Pôs sua língua pra fora e lambeu os lábios dele como um
gatinho. — Sim, eu gosto de azul por sua causa. — Olhou dentro dos olhos
dele, como se pudesse se ver ali, e sempre sentia um enorme frio na barriga
lhe olhando assim. — Seus olhos são lindos demais. Satisfeito? Agora eu
borrei minhas unhas, argh! — Mas Harry ficou ali mesmo reclamando.

E Louis pintaria para Harry novamente. E ali percebeu que não precisa se
preocupar no momento com o futuro, se por hora tinha Harry daquele
jeitinho. Ele pensou nisso novamente quando estava jogado na cama depois
das visitas desagradáveis.

✖✖✖✖✖

Normalmente, no Natal, Louis só ficava alguns minutos na casa dos Styles


até sua mãe pegar no sono e ele ir comemorar da sua própria forma com
seus amigos, mas não dessa vez. Meio que os Styles e os Tomlinson mesmo
tão diferentes agora tinham um motivo para estarem todos juntos em datas
comemorativas sem ser com um servindo o outro. Então eles passaram o
Natal juntos.

E o aniversário de 23 anos de Louis.

E estaria tudo bem se fosse apenas os pais e irmã de Harry na mesa, com
sua mãe também. Mas tinha vários parentes de Harry, isso fez o mesmo
ficar nervoso o dia todo, se preparando para as perguntas que receberia,
como iria respondê-las, e isso meio que se aplicava a Louis, que iria se
apresentar como pai dos filhos de Harry sendo filho de Jay. Não que os
parentes de Harry já não soubessem disso. Mas encarar de frente era
diferente. Louis lembra como os tios de Harry eram tão arrogantes. Como o
olhavam com desgosto quando era pequeno e o via com Harry. Louis
lembra da tia do mais novo até mesmo pegar em sua mão enquanto
brincavam no jardim e afastá-lo de Louis, como se ele fosse um inseto.

E Louis não ficou nada animado com estar na presenta de gente assim
novamente. Além do mais, era os parentes de Harry, não os "amigos" de
status dele, tinha que engolir seu ego para não ser grosso.
E Louis também já estava tão cansado ultimamente. Ele estava trabalhando
como se o dia fosse seu inimigo, ele mal dormia e seu mau humor estava
sempre presente. Ele não precisava ouvir de terceiros que o que ele faz não
é trabalho enquanto ele estava se matando para ser um bom pai.

E havia Harry, que fez questão de escolher sua roupa. Obviamente, ele
comprou uma de marca para Louis, dizendo que não era adequado ir com
moletons da Adidas, mas não era como se Louis fosse também. Mas Harry
já havia achado aquilo e lhe comprado algo da Armani. E sapatos italianos.
Como havia repetido o caminho todo até sua casa como usar os talheres e
Louis estava tendo um flashback de quando era criança, quando os Styles o
convidava para ocasiões especiais ao menos que se comportasse
decentemente na mesa e os empregados repetiam como ter etiqueta
enquanto ele tentava se lembrar mas acabava estragando tudo.

E Louis conseguiu manter aquela farsa durante um tempo, conseguiu que


suas olheiras não explodissem de sono ao tentar ficar acordado, conseguiu
manter a calma e não se estressar com Harry toda vez que ele lhe lembrava
alguma coisa que já havia repetido em seu ouvido mais de dez vezes. Pois
não era como se Louis tivesse 10 anos novamente e não conseguisse
entender alguma noção de etiqueta, era seu aniversário, ele tinha 23 agora,
ele memorizava tudo ridiculamente em sua mente.

E ficou tudo bem, até depois da hora que trocaram presentes, quando
estavam na mesa jantando, e todas as perguntas vieram uma atrás da outra.

E Louis nem ao menos respondia, porque toda vez que os tios de Harry
faziam alguma pergunta, lá estava Harry respondendo por ele, enquanto os
pais de Harry tinham expressões apreensivas com medo do que os irmãos
de Des achariam. Gemma uma expressão preocupada e Jay mais
desconfortável do que nunca.

— E vocês pretendem morar naquele bairro por muito tempo? — A tia de


Harry perguntou com uma expressão um tanto horrorizada. Como se eles
morassem em uma área de risco.

— Não. Aquilo é provisório, quando os gêmeos nascerem, eu volto pra cá.


— Harry respondeu com garantia. Louis sabia que muitas das coisas que
ele estava respondendo era só de fachada para não chocar seus parentes,
mesmo assim aquela resposta lhe deu um frio na barriga.

— E Louis vem também? Ou irá ficar? Pois se estão em um


relacionamento, será difícil manter a distância, mesmo tendo filhos que os
conectam.

— Eu e Louis não estamos juntos. — Harry respondeu com pressa e seus


tios fizeram expressões aliviadas.

E novamente Louis sabia que era só um teatrinho. Embora tecnicamente


eles realmente não estavam oficialmente juntos, não há um status entre eles.
Eles apenas fazem o que tem vontade na hora, sejam beijos, carinhos ou
sexo. Mas aquilo o machucou um pouquinho.

Ele nem comia mais ou fazia questão de tentar responder as perguntas


porque Harry fazia isso por si. Louis apenas mexia na taça de vinho
enquanto se sentia meio ridículo ali. Fingindo ser algo que não é, vestindo
roupas que não lhe agrada enquanto parecia um boneco.

— Mas ele é o o outro pai, de qualquer maneira. Não seria bom ele
continuar naquele lugar. — O tio de Harry comentou com desdém, Louis
estava se controlando para não fazer uma expressão debochada ou falar algo
que não agrade. — Me diga, jovem. Pretende fazer alguma faculdade para
mudar de vida?

Ele falava como se a vida de Louis fosse precaria, o que está longe de ser.
Ele não tinha muito dinheiro mas sempre teve o que quis com seus
esforços.

Essa ele faria questão de responder se não fosse por Harry de novo.

— É claro que ele pretende. Ele só não fez antes porque ele não queria, mas
agora ele será pai e tem responsabilidades. Provavelmente ele fará de Artes,
já que ele gosta. — O que era totalmente mentira, Louis não pretendia
cursar nada até o momento e tudo piorou quando o tio de Harry perguntou
se ele trabalha no meio artístico e Harry respondeu: — Sim. Ele faz ótimas
pinturas, em telas.
Não, Harry, eu faço em paredes. Mas se você dissesse isso seus tios
achariam que eu sou bandido, e você não quer isso.

Até os pais de Harry fizeram uma expressão como se Harry estivesse


querendo manter as aparências demais. E Louis sabia que Harry meio que
não estava fazendo por mal, mas ele não está dormindo direiro há dias pra
ser um pai que também tem condições de dar coisas para seus filhos, ele
não precisava ouvir mentiras sobre si para manter uma aparência que não
existi e encobrir a sua como se ser o que ele é o tornaria o pior pai do
mundo, então ele arrastou com força a cadeira, fazendo barulho horrível no
chão, e olhou magoado para Harry, saindo dali.

Harry levou um susto com o barulho e todos ficaram em silêncio na mesa.


O mais novo notou todas as expressões ali, Gemma o olhava enquanto
negava com a cabeça, Jay tinha a cabeça abaixada como se também não se
sentisse confortável de estar ali, e até seus pais pareciam descontentes com
todas aquelas desnecessárias mentiras, já seus tios olhavam para onde Louis
saiu como se ele fosse a pior pessoa do mundo por sair daquela forma.

E Harry percebeu o que tinha feito.

— Mas que grosseria! O que foi que acabou de acontecer aqui? Que
moleque mal educado. — O tio de Harry disse descontente.

Harry olhou pra Jay e viu que seu rosto estava vermelho e ela estava se
segurando pra não retrucar e defender seu filho, se controlando porque
aqueles eram irmãos de Des, que era seu patrão e ela tinha medo de ser
demitida. E aquilo tudo era culpa de Harry, ele se sentiu enjoado e pediu
desculpas pra Jay em um sussurro em seguida pondo a mão em seu rosto.

— Não! Mal educado fui eu. — Harry respondeu para seus tios. — Eu que
quis mostrar um Louis diferente, só pra agradar vocês. Mas quer saber? Ele
não é nada disso. Ele não usa Armani. Ele não se importa quantos talheres
deve ter na mesa, ele não quer pensar em fazer uma faculdade e isso não
significa que ele seja burro. Ele é inteligente demais, e não pinta em
quadros, mas se quisesse, o faria porque ele tem muito talento. Ele faz artes
em paredes. Sim, ele grafita e é lindo. E o mais importante: Ele cuida muito
bem de mim e dos gêmeos, ele me faz bem. E eu não me importo nem um
pouco com o que vocês pensam, se vocês o aprovam ou não, porque os
bebês já estão feitos e eu já moro com ele e no momento eu estou feliz lá.
Foi estupidez minha tentar agradar vocês, quando não são vocês que estão
segurando meus cabelos quando eu estou vomitando, não são vocês que
estão lá por mim quando eu preciso de carinhos e não são vocês que olham
pra mim me dizendo que sou mais do que as pessoas enxergam. Eu tenho
muito orgulho dele, e ele não merece ser magoado por vocês, muito menos
por mim.

Harry disse com lágrimas nos olhos e arrastou a cadeira como Louis havia
feito. Deu um beijo na cabeça de Jay e sussurrou um pedido de desculpas
novamente. Os tios de Harry ficaram chocados, para eles o nível de Harry
tinha abaixado e os pais dele os mandaram ficar quietos pois já tinham
estragado tudo.

Harry encontrou Louis no antigo quarto dele, deitado na cama de solteiro, o


blazer já não estava mais ali em seu corpo magro, estava no chão,
provavelmente ele arrancou com raiva e se fosse talvez em outro momento
ele reclamaria, mas lá estava Louis, vestido daquela forma engomadinha
que não era ele, um braço sobre seus olhos, ele envolta de todas aquelas
pinchações e desenhos na parede, no meio de algumas das suas coisas que
ainda estavam ali, e aquele sim era ele. O verdadeiro cheiro de seu perfume
ainda estava no quarto embora fraco, mas ainda era sentido através daquele
que ele usava pois até isso Harry pediu, um perfume mais sofisticado para
aquilo. E não era aquele que Harry gostava. Harry gostava do verdadeiro
Louis.

— Lou. — Harry chamou encostado na porta, envergonhado demais para se


aproximar. — Me desculpa.

Louis escutou a voz quebrada, ele tirou o braço do rosto para olhar Harry
encostado na porta, vestindo um terno florido da Gucci e caía tão bem nele
porque ele gostava de toda aquela elegância, não Louis em Armani.

— Não precisa se desculpar. — Louis disse mesmo que tivesse magoado.


— É só que eu não sou assim, Harry. — Ele apontou para si mesmo, da
forma que Harry o vestiu. — Eu não sou nada daquilo que você falou, e eu
sei que seus tios são pessoas muito rígidas, e que você apenas queria causar
boa impressão, mas esse não sou eu. E eu sempre irei causar má impressão
porque as pessoas que você tem contato normalmente não gosta de pessoas
como eu. E eu não quero ficar mentindo sobre quem eu sou toda vez que
tiver que encontrar uma pessoa que você considera importante. Porque eu
não me importo se não gostarem de mim, contanto que vejam quem eu
realmente sou. E eu sou assim, Harry. Foi sendo assim que fizemos os
bebês. E eu sei que somos diferentes, que as pessoas ao meu redor também
se chocam com seu jeito. Mas sempre é mais fácil lidar com alguém rico do
que aceitar alguém que é pobre.

Louis nem ao menos estava gritando. Harry achou que eles brigariam
depois daquilo e voltariam pra casa com as caras emburradas, pois talvez
fosse menos doloroso do que escutar a voz baixa de Louis, o tom
claramente triste e cansado fez o peito de Harry se apertar e ele se sentir
pequeno, embora não tenha feito por mal ou porque tivesse vergonha de
Louis. Era só ele e aquela mania de querer impressionar pessoas que não
são importantes, magoando quem realmente era.

Se desencostou da porta andando devagar até Louis.

— Eu só estou tão cansado, eu mal durmo esses dias, só para não ser um pai
decepcionante e ter que ficar escutando de outras pessoas o que eu deveria
ser ou fazer, ou receber olhares como se você fosse louco de ter se deitado
comigo, de estar morando comigo... é só tão frustrante pensar que você não
vai mais estar comigo daqui a alguns meses e —

Louis se calou quando Harry sentou na cama e o calou com um encostar de


lábios sussurrando um "shh" baixinho, e embora os lábios tivessem colados,
os olhos estavam fixos um no outro e Harry via a junção de água na beirada
dos olhos azuis, realmente parecendo um oceano se controlando para não se
derramar na areia de suas olheiras.

Harry deu um beijinho no maxilar de Louis e segurou em suas bochechas.

— Eu não gosto desse perfume enjoado que fiz você colocar. — Sussurrou
baixinho. — E embora eu reclame que você deixa seu cheiro forte até nos
copos, é dele que eu gosto. — Suas mãos desceram pro peito dele,
passeando ali com suas unhas azuis clarinho. — E nem dessa roupa em
você, elas não são quentes como seus moletons. E eu já me acostumei com
seus vans mesmo reclamando que você os deixa jogados no meio do quarto.
— Passou uma mão pelos cabelos encharcados de gel pelo topete que havia
feito, agora seco, bagunçando os fios até caírem graciosamente na testa
dele. — E nem de seus cabelos alinhados. Não gosto quando você está
sentado todo certinho na mesa pois parece um robô, porque sei que você
gosta de ficar esparramado, e também não gosto de vê-lo forçando a comer
algo que não gosta. E mesmo que você não pinte quadros, sei que se você o
fizesse, seria perfeito assim como seus grafites. E eu não deveria ter te
pedido pra ser quem você não é, pois não tenho vergonha de você. Eu juro
que não. Eu juro que gosto de cada jeitinho seu, e eu tô tentando não ser tão
superficial mas as vezes eu sou tão idiota. Mas ainda estamos nos
encaixando e eu posso te garantir que no momento não penso em sair do
nosso apartamento. Eu estou feliz lá. Você me faz bem, cuida de mim e eu
disse isso pros meus tios. — Harry dizia tudo sussurrado, dando beijinhos
no rosto de Louis e o mimando porque ele merecia tanto. — Eu gosto tanto
de você
— Pegou a mão dele e a fez deslizar sobre seu peito. — Há tanta paixão
aqui por cada pedacinho seu. — Sussurrou como um segredo e Louis
poderia morrer toda vez que Harry falasse que era apaixonado por ele,
estava sorrindo para ele porque sentia cada palavra verdadeira de Harry. —
É seu aniversário, eu não quero estraga-lo. Quando eu era mais novo fingia
que não me importava, mas agora eu não quero mais fingir. É pelo seu
jeitinho que eu tô aqui, e foi por você ser quem é que fizemos nossos bebês.

Ao final, Harry pôs a mão de Louis de baixo da camisa social que usava,
Louis sentiu um pequeno relevo ali, e seus olhos brilhantes e antes
pequenos pelo sorriso que dava, aumentaram de tamanho e Harry mostrou a
barriguinha, finalmente crescendo, para Louis.

Harry tinha visto que estava finalmente aparecendo mais cedo, assim que
acordou, e só não havia mostrado para Louis porque era aniversário dele e
queria mostrar na hora certa, como um terceiro presente.

O mais novo se levantou, segurando a blusa e o blazer melhor para Louis


ver, e o mais velho se sentou. Olhou aquela barriguinha cheia de pintinhas,
agora as tatuagens de ramos faziam um pequeno relevo e era quase
imperceptível que ela havia crescido, era tão pouquinho, mas tão bonito.
Seus bebês estavam ali ganhando vida, deixando de serem pequenos
grãozinhos. E era surreal.

Louis segurou na cintura de Harry, ainda sentado e puxando o mais novo


em pé para o meio de suas pernas.

— Você é lindo demais. E eu não acredito que fizemos esses bebês juntos,
com todas nossas diferenças, mas é tão bonito ao mesmo tempo saber que
foi por elas que me apaixonei, e eu acredito em todas suas palavras porque
você fica tão doce, seu coração é tão doce, Haz. E eu sei que você está
tentando, e eu também. Não precisamos ficar sempre nos desculpando, eu
só preciso que continuemos a não estragar isso. Porque é tão lindo te ter
aqui agora, nos meus braços, tremendo todinho e escutando seu coração
bater. Essa barriguinha linda crescendo, enquanto tentamos nos entender em
meio a beijos que, Deus, eu poderia dá-los a você pra sempre, e fazer
carinho em você toda vez que você fosse um mimadinho lindo que implora
por isso. — Ele dizia enquanto dava beijinhos na barriga de Harry olhando
aquelas covinhas profundas e as mãos em seus cabelos. — Eu não sei o que
estamos fazendo, babe. Pra onde vamos, o quanto eu sinto por você. Mas eu
só quero poder continuar a te ter assim enquanto o momento nos permitir.
16.2 boyfriends?

N:

Serasi é um sonho? Um surto coletivo? Eu atualizando sem demorar?

Haha aqui está a segunda parte do capítulo 16. E esta bem... rs

Aproveitem bastante

Não sei se irei dividir o capítulo 17, se passar de 30k eu irei dividir
kkkkkk. Já o 18 não irei. Só digo uma coisa: MUITAS EMOÇÕES!

Enfim.

Até a próxima. ♡♡♡

E perdoem os erros. xoxo

boa leitura ♡♡♡

____________________

Harry Styles sempre foi uma pessoa mimada, muito favorecida e com
incontáveis privilégios. Sendo rico, europeu e branco ele realmente nunca
passou por situações de rebaixamento. Talvez ele nunca tenha sequer
entendido o que era isso. Por crescer em Kensington & Chelsea, ele nunca
teve a menor ideia do que era o mundo fora de sua bolha. Tudo ao seu redor
o lembrava que ele era diferente. Desde pequeno tinha aquele cordão de
ouro em seu pescoço, o colocando em uma bolha social mesmo com meses
de vida. Londres era enorme, cara e sonhadora. Mas tinha seus bairros
esquecidos pela elite que ninguém iria querer lembrar. Afinal, não era
turístico, não dava dinheiro. Harry há um tempo atrás vivia tanto em sua
bolha que nunca prestou atenção ao que acontecia ao seu redor. E mesmo
assim, apesar de ser tão mimado e muitas das vezes arrogante, ele nunca
fora uma pessoa ruim. Em Kensington, ele vivia sua própria realidade.

Ultimamente, sua bolha social está começando a estourar de todos os lados.


Ele não mora mais em uma mansão, ele não mora mais em um bairro tão
caro que você pode até ter dinheiro, mas se não tiver o suficiente não
consegue se sustentar ali. Ele não vive mais em um lugar rodado de
seguranças que não deixam moradores de rua nem ao menos passearem ali.
Sua bolha está cada vez mais entrando ar de outras realidades diferentes da
sua. Ele vive em um bairro comum, de classe média, e se depara com
diversas pessoas, ele não vê mais só um tipo de pessoa, um tipo de status,
de linguagem ou comportamento, é tudo diverso. Ao mesmo tempo que há
uma vizinha advogada renomada em seu prédio muito bem construído, no
outro lado da rua há um homem que faz bicos pra sustentar sua filha em um
prédio morfado. E tudo que os separa é apenas uma rua.

É estranho. É novo. É como aprender a enxergar de uma outra forma que


não fora lhe ensinado. Ele se depara com situações todos os dias que nunca
se deparou antes, e ele não reclama disso, ele tenta entender. E sua bolha
sempre se estoura mais um pouco quando vai no bairro precário onde os
amigos de Louis moram, para acompanhar Louis quando vão ver Zayn e
Liam, já que o mais novo gosta dos dois, ou porque ultimamente Harry está
interessado na ONG que Louis e os amigos dele tem naquele bairro. Porque
tudo ali era mais diferente ainda, mais escasso. E Harry poderia dizer que
talvez a gravidez o deixe mais sentimental, mais humano. Mas ele não
poderia pensar nisso uma vez que, novamente, nunca fora uma pessoa
realmente ruim, apenas afastado de realidades diversas e ele queria ajudar.
Ele se preocupava.

- Então você está dizendo que quer investir dinheiro aqui? - Liam perguntou
enquanto estava sentado em um sofá meio rasgado da ONG. Harry assentiu
em pé, notando que o lugar era praticamente um cubo. Duvidava caber no
mínimo 10 pessoas, as paredes pintadas em um azul fraco demais, dava pra
ver o cimento em algumas partes de tão ruim que era a tinta, a mesa era
pequena e havia alguns papéis em cima, Louis estava sentado nela
prestando atenção em uma lista de pedidos urgentes de alguns moradores
dali, onde eles ajudavam como podiam. E Zayn e Samile colovam fotos em
um mural de algum evento que teve recentemente e Harry não fazia a
menor ideia.

- Desde que eu estou vivendo moderadamente, está sobrando muito


dinheiro da minha mesada e eu também estou estagiando então não há o que
fazer muito com o dinheiro que sobra. - Harry comentava enquanto
suspirou. - É claro que gasto com mais roupas e mais coisas que quero, mas
sobra de qualquer maneira.

- Então os moradores ficam com seu resto? - Samile implicou sem olhar
para Harry mas dando uma risadinha por saber que o mais novo revirou os
olhos pra ela.

- Querida, o meu "resto" custa uma reforma aqui e ainda sobra. - Se gabou,
seus cabelos estavam presos levemente em um rabo de cavalo caído sobre
seu lado esquerdo que Harry fez questão de jogar para trás ao final da sua
fala.

- Aqui não precisa de uma reforma. - Liam comentou no sofá.

- Claro que precisa, esse lugar está caindo aos pedaços! - O cacheado soou
como se eles fossem cegos.

- É uma ONG, não é pra ser chique, Haz. É só pra ajudar as pessoas. - Zayn
comentou suave para o amigo, sorriu quando Harry fez um biquinho
sabendo que ele não iria desistir.

Louis estava tão distraído circulando os pedidos que poderia atender, que
nem estava prestando muita atenção na conversa.

- E construímos isso aqui com nosso dinheiro e suor, eu ficaria agradecida


se você não reclamasse. Você nem estava aqui quando nós juntamos cada
centavo e nem quando tiramos de onde não tinha para ajudar aos que
precisam. - Samile falou novamente sem olhar para Harry, sua voz soava
baixa, nem ao menos grossa. Mas ela tinha seu jeito natural de ser ácida,
assim como Harry e eles ainda estavam tentando se encaixar.
- Eu não disse isso, tá sem cotonete em casa ou quer que eu compre pra
você? - Harry perguntou infantilmente enquanto cruzava os braços pra
morena que virou pra trás e riu da cara meia zangada do mais novo dando
dedo do meio pra ele. Harry retribuiu dando língua e Louis estava olhando
pra eles naquela hora, rindo junto a Liam da infantilidade.

- Eu gosto do jeito que está. Já passamos por muitas coisas boas e loucuras
também. Como aquela vez que o antigo traficante do bairro nos ameaçou
caso dedurassemos ele e seus amigos pra polícia.

Todos riram com a lembrança menos Harry que ficou perplexo. Logo os
amigos comentando animados sobre o dia enquanto lembravam como se
fosse engraçado ter armadas apontadas para suas cabeças. Bom, na hora não
foi, mas como já passou, eles riram.

Harry deu um tapinha na cabeça de Louis por ele ter rido, o mais velho
reclamando e Harry nem ligou, fazendo Louis voltar a prestar atenção na
lista já que antes nem estava prestando atenção em si direito mas pra
lembrar de histórias de bandidos ele estava falando até demais.

- Um lugar reformado vai ajudar sim! Eu estava pensando em aumentar


tudo isso, já que tem espaço mais pra trás e aparenta ser de ninguém. Aí a
gente pode derrubar essa parede aqui... - Ele apontou para a parede que
separava a ONG do pequeno terreno atrás. -... E aumentamos até o limite lá
fora, e esse pequeno cubo logo vira uma sala grande. Então podemos trocar
esse sofá por um maior. Comprar um armário daqueles de escritório, cheios
de gavetas onde podemos separar papeladas de forma organizada. A gente
também poderia comprar uma mesa maior, pintar as paredes novamente e...
enfim... - Harry respirou fundo quando percebeu que estava divagando e
falando empolgado demais, agora todos prestavam atenção em si. - Eu sei
que não estava aqui quando vocês juntaram dinheiro pra construir e nem
nunca ajudei alguém desse bairro. Enquanto vocês se complicavam com
traficantes para ajudarem quem precisa eu estava provavelmente pedindo
meu pai um carro novo, mesmo já tendo. Mas agora eu estou enxergando
outras coisas... outras pessoas e eu quero ajudar... pode parecer que eu estou
apenas dando uma de decorador e querer mudar algo porque gosto de fazer
isso e dar palpites, mas não é isso. Eu quero ajudar também com os pedidos.
E qualquer outra coisa.
Ele terminou de falar e recebia olhares indecifráveis, até mesmo de Louis, e
Harry achou que estava sendo julgado. Como "o que esse mimado acha que
está fazendo aqui? Como se entendesse de algo que ele nen ao menos
passou" então abaixou o olhar chateado. Ele acordou tão animado naquela
manhã, cheio de planos na cabeça, meio que se sentindo enturmado com
eles e cheio de vontade de ajudar, mas lá estava ele com a carinha triste
achando que seria renegado.

- Garoto, você quer mesmo ajudar? - Samile perguntou surpresa e Harry


assentiu.

- Ah, que amigo fofo que eu tenho. - Zayn comentou sorrindo e apertando
as bochechas de Harry só por implicância e Harry deu tapinhas na mão dele
mas sorriu quando ele lhe abraçou verdadeiramente. - Por mim, tudo bem.
Parece que temos um novo membro.

- É, por mim também. - Samile deu de ombros. - Só não vá inventar de


colocar gliter nas paredes. - A grávida comentou implicante mas sorriu com
a atitude de Harry. - É bom ver que você não é aquele garoto arrogante da
viagem, parece que eu estava enganada.

- Pois estava. - Harry garantiu com seu nariz em pé e Samile revirou os


olhos pra ele.

- O namorado do Louis é tão amorzinho, sempre soube que era, mesmo


quando Louis vivia fingindo que te odiava. - Liam disse abraçando Harry
por trás, o queixo no ombro dele enquanto sentia Harry ficar com vergonha
pelo título de namorado e Louis lhe olhar com as sobrancelhas arqueadas
por aquela fala. No entanto, não ligou muito porque logo em seguida ele
olhava todo apaixonado pra Harry.

- Ele não é meu namorado.

Harry comentou muito sem graça. Eles não haviam comentado com
ninguém o que estava acontecendo com eles. Mas não precisavam, eles
teriam filhos juntos, moravam juntos e estão se dando melhor que antes. Era
óbvio que rolava alguma coisa mesmo que eles não falassem e mesmo que
não nomeasse isso.
Louis mantinha aquele olhar orgulhoso sobre Harry, ele poderia fazer coisa
com o dinheiro, mas ele estava querendo ajudar a ONG dele em um bairro
que meses atrás jurou nunca por os pés, mas lá estava Harry de novo, rindo
enquanto Liam lhe abraçava por trás como se já estivesse confortável com
seus amigos, como se fosse amigos dele e não sendo mais tão introvertido a
tudo que tenha a ver com ele.

E os outros ali perceberam os olhares e Liam tossiu e se afastou.

- Não tínhamos que ir na casa do Stan? Vamos - Comentou com Zayn e


Samile e logo puxaram os dois pra fora do local.

Louis não tinha mais o papel em mãos e permanecia sentado na cadeira.


Harry olhou para porta sendo fechada e na mesma hora o silêncio batendo
forte no local, até escutar alguns tapas e quando voltou a olhar para Louis,
ele estava batendo nas próprias coxas, as pernas abertas lhe convidando
silenciosamente para sentar ali, Harry foi de bom grado, sentando de
ladinho no colo dele e envolvendo seu pescoço com os braços, o
vermelhidão em suas bochechas ainda estava manchado ali pelo que Liam
tinha falado, mas eles não precisavam tocar naquele assunto.

- Você anda me dando tanto orgulho. E eu não digo isso porque acho que
você está sendo uma pessoa diferente. Você sempre foi bom, e mesmo no
auge de nossas implicâncias, no fundo, eu sabia disso. Você é do jeitinho
que você é, comprando coisas de marcas caras e mesmo assim querendo
ajudar alguém. - Louis comentou suavemente, as pontas dos dedos
passando nas pernas nuas do cacheado por ele estar usando um shortinho
preto folgado.

Harry mostrou seus dentes branquinhos de coelho para Louis.

- Você tem que parar de me elogiar, você me mima demais e depois reclama
que sou mimado. - Comentou, mas não queria que ele parasse de fato,
mostrava isso com seu jeito mole no corpo dele, dengoso do jeitinho que
Louis gostava.

- Porque eu sou hipócrita. - Confessou sem nenhum arrependimento. -


Mesmo que você me irrite as vezes, eu tenho vontade de te mimar logo
depois. - Seus dedos subiram pra blusa branca de mangas curtas que ele
usava, quatro botões abertos expondo a clavícula, o osso dali saltado e
Louis deu um beijo ali por isso. O fato de Harry estar naquela posição, de
ladinho, fazia a camisa sair fora de ordem um pouco, ela já era transparente
mostrando seus mamilos rosados, e naquela posição, a camisa caía um
pouco mostrando um pouquinho do esquerdo, e Louis amava tanto os
mamilos de Harry.

Harry notou o olhar de Louis e olhou para baixo, tentando descobrir o que
ele tanto encarava e viu seu mamilo durinho amostra, logo tampando e
ficando sensível só por causa daquilo.

- Que vergonha, todos com certeza viram. Eu não deveria ter vindo com
essa camisa, é larga e transparente demais. - Comentou envergonhado,
abotoando os botões que estavam abertos.

Normalmente gostava de ser ousado e usar roupas provocantes, ter olhares


sobre si, porém, com a gravidez tudo o deixava sensível, e a sensibilidade o
deixava envergonhado. Seus mamilos estavam mais vermelhos que o
normal, sempre endurecidos e notáveis através de qualquer camisa, aquela
em específico deixava ainda mais exposto. Dava para ver a tonalidade rosa
através do pano, o quanto eles estavam firmes e o pano da camisa roçando
fazia eles nunca voltarem ao normal.

Louis segurou a mão que ia abotoar o último botão e a tirou dali, descendo
para o colo dele e puxando o corpo dele mais pra perto, o ajeitando em suas
pernas.

- E daí? Eles podem ter visto as pintinhas que você tem aqui... - Comentou
quando desabotoou a camisa dele de novo, talvez mais botões que antes e
beijou as pintas de sua clavícula. - E o quanto seus mamilos estão sempre
excitados agora. - Sua mão voltou a descer e pegou na coxa cheiinha
fazendo ele passar a perna pelo seu corpo e ficar sentado de frente para si.
Seu indicador descendo o pano da camisa, fazendo ela escorregar de seus
ombros e mostrar os botões rosadinhos pra ele, Louis choramingou bem
baixinho. - Mas só eu que você deixa tocar.
- Convencido. - Harry sorriu e sentiu o vento gelado batendo ali, o
arrepiando. Ele segurou na nuca de Louis e chegou mais pra frente,
encaixando perfeitamente seu quadril no dele e não era nenhuma novidade
que os membros prensados juntos estavam firmes um no outro, Harry
mordeu o lábio para não soltar nenhum som. - Então me diz... - Começou a
sussurrar, mordendo o maxilar dele enquanto o olhava, soando possessivo. -
... Só eu posso estar no seu colo assim ultimamente, não é?

Louis sorriu, porque embora eles não admitissem nenhum status, eles
queriam manter a exclusividade um com o outro, então assentiu.

- Só você... - Garantiu, os lábios doces indo pro pescoço dele e beijando ali
com ternura, como se o beijasse na boca, então a língua tocando um
pontinho sensível que fez Harry se encolher e movimentar sem querer seu
membro no de Louis. O que fez o mais velho apertar a carne de sua bunda,
não sentia o tecido de nenhuma roupa íntima, fosse cueca ou calcinha,
aquilo fez ele rosnar em seu pescoço. - Você não está usando nada por
baixo?

- L-Louis, podem nos ver... - Harry comentou, sentindo um enorme frio na


barriga por estar sentado no colo de Louis de uma forma tão boa que fazia
seus membros se esfregarem, os mamilos expostos pra ele e mãos em sua
bunda quando qualquer um poderia voltar a qualquer momento.

Mas Louis não se importava com ninguém lá fora, só com Harry.

- Diz pra mim, diz? - Pediu com jeitinho e deu um selinho molhado nos
lábios cheiinhos, vendo Harry abri-los querendo beijos mas Louis se afastou
dali, deixando Harry com os lábios solitários que se transformou em um
bico involuntário, mas seu corpo queimou quando Louis beijou um dos
mamilos bem devagar, isso já deixando um rastro de saliva ali que Harry
sentiu congelar por causa do vento forte. E isso consequentemente fazê-lo
tremer. - Estão ficando tão inchados, não vejo a hora deles começarem a
derramar enquanto estão na minha boca.

E Harry não conseguiria manter sua etiqueta daquele jeito, e circulou bem
devagar seu membro no de Louis como resposta. Só Louis para fazê-lo
achar que aquilo seria gostoso demais. Nunca havia pensado naquilo, ou
desejado, mas já é a segunda vez que Louis diz querer aquilo, desejar seus
mamilos mais inchados, se molhando. Só fazia Harry querer ansiar mais
ainda pelos meses passando, para que seus mamilos já estivessem do
jeitinho que Louis desejava, soltando leitinho em seu rosto bonito enquanto
os tem em sua boca.

- Sim... eu estou sem nada por baixo. - Admitiu envergonhado.

- Isso me faz querer fazer tantas coisas com você agora...

- Podem nos ver...

- Não vão... - Louis ia dizendo enquanto ia espalhando beijos por todo torso
de Harry.

Ele sabia que poderiam sim serem pegos. Mas não ligava, na verdade, isso
fazia seu membro pulsar mais ainda.

E Harry queria tanto que Louis o tocasse. Eles não vinham tendo toques
íntimos des da última vez no galpao. Não é como se não quisessem. Mas
Harry estava ficando enjoado facilmente, e Louis nunca que o forçaria a
nada. Além do que, não fazia tanto tempo assim. Mas para eles, que se
privaram dos desejos desde muito tempo, e que tinham tanto para saciar
ainda, era muito tempo. E eles viviam imaginando como seria a próxima
vez, o que gostariam de fazer.

A verdade é que mesmo alguém podendo pegá-los, isso não os impediriam.


O clima estava criado, e eles não queriam esperar até voltarem pro
apartamento.

Terem transado apenas 3 vezes um com o outro era como um insulto aos
seus sentimentos.

Eles chegaram em um nível de necessidade após tanta negação através de


anos que não importava o local.

E Harry, que era menos experiente que Louis, tinha o corpo totalmente
insatisfeito por 3 únicas transas.
Harry não se importava de fazer amor com Louis seja onde for.

Ele voltou a estar sentado de lado e olhou para Louis.

- Temos que ser bem silenciosos. - Sussurrou, tirando a camisa por


completo e chutando seu tênis e meias para o chão. - Promete? - Disse bem
baixinho quando mordeu os lábios de Louis, as mãos no próprio short
ameaçando tirar. - Fica com suas roupas. - Pediu porque Louis estava lindo
com aquela calça jeans clara e camisa amarela, Harry adorava Louis de
amarelo. E queria ficar peladinho no colo dele enquanto Louis poderia fazer
o que quisesse consigo. Então o mais velho assentiu e Harry se inclinou,
puxando o pano delicadamente que expôs sua bunda cheinha, saltando do
pano e ficando empinada quando Harry se abaixou ainda no colo de Louis
pra passar o pano entre as pernas, logo após voltando a deixar cada perna de
um lado, ficando de frente pro mais velho.

Esse que só tinha olhos pra aquele corpo divino sobre si, o membro
vermelho porque Harry se excitava tão fodidamente fácil, não que Louis
fosse ao contrário dele. Se Harry subisse na mesa e ficasse se tocando
enquanto o olhasse, Louis teria um orgasmo forte de qualquer maneira.

- Eu juro, Harry, eu já vi pinturas lindas na casa dos seus pais diversas


vezes. Quadros que eu fiquei encantado e tentei reproduzir da minha
própria maneira em paredes com os meus grafites. Mas eu te prometo que
Monet sente inveja em seu túmulo por nunca ter tido a chance de lhe pintar.
- Louis disse tocando aquela cintura delicadamente embora todo seu corpo
gritasse por brutalidade. E Harry, que tinha os verdes sempre tão brilhantes
para consigo, deu uma tremidinha ligeira com as palavras, os lábios se
molhando de saliva automaticamente e Louis escutou o gemido sufocado e
baixinho que ele deu de repente, o "o-oh" tremido e gaguejado, Louis teve
os olhos caídos para o colo de Harry, o membro dele rosado pulsou, e da
glande inchada, uma linha longa e torturosa de prazer saiu de sua fenda,
espirrando na barriga contraída que se molhou pelo prazer que era ouvir
aquelas palavras de Louis.

E sem que pudesse se preparar, lá estava os lábios afoitos de Harry nos


seus, procurando beijar todas as verdades que Louis proferia, o corpo
sempre sensível demais quando Louis demonstrava afeto. Ah, se o mais
velho apenas ficava dizendo coisas bonitas em seu ouvido, Harry se
contorceria todinho enquanto esfregaria as coxas uma na outra, arranhando-
as e pressionando seu membro até gozar bem gostozinho pro mais velho.

Sentiu as mãos dele em sua barriga melada de pré gozo, os dedos de ambas
as mãos passando ali, sendo sujos e subindo até seus mamilos, deixando
eles molhados com sua excitação e apertando levemente.

Os lábios do mais novo tremeram e ele se controlou pra não fazer barulho,
isso fazia seu corpo todinho se balançar. Rebolar bem devagar no membro
perfeitamente duro de Louis coberto pela calça. Todo empinadinho, tão
inclinado no colo de Louis que se alguém abrisse a porta naquela hora,
veria a bunda cheinha bem arrebitada e a entrada piscando para o nada,
esperando o mais velho.

- Não faça barulho... - Louis pediu entre o beijo afoito, quando desceu uma
mão para a cabecinha dolorida, Harry pressionou as bolas inchadinhas no
membro do mais velho e tentou ficar quieto quando ele começou a descer a
mão tão devagar, o molhando todo e quando foi safado de lamber seus
mamilos cheios de pré gozo... prendendo um em sua boca e chupando forte
enquanto fazia barulhos de sucção e gemia abafado contra ele, Harry
segurou nos cabelos e soltou ofegos altos, realmente tentando se controlar,
mas não conseguindo quando Louis deixou seu pau de lado e levou a mão
melada até sua bunda, o polegar encharcado pressionando a entrada,
circulando ali e o fato de senti-la fez Louis resmungar manhoso, tocando
mais aquele lugar que tanto gostava e fazendo-a piscar. O mais novo não
aguentou ficar calado enquanto tinha os mamilos chupados daquela forma,
ainda mais quando sua entrada pulsou sem parar até engolir por vontade
própria a pontinha do dedo de Louis, Harry descendo nele quando percebeu
e soltando um gemido manhoso demais sobre seus cabelos. - Shhh... se
você quer que eles entendam que não namoramos, você precisa ficar bem
quietinho. - Louis provocou, tirando o dedo de Harry e não deixando ele se
acabar de sentar nele.

Harry tirou a boca de Louis de seus mamilos e o olhou, novamente aquele


sentimento de possessão dos dois.
- Quando você fodia outros aqui você também mandava eles ficarem
quietos? - Harry rebolou, e esfregou sua entrada devagar sobre aquela
relevância dura que era o pau do mais velho, o pano fazendo ele arder um
pouquinho mas aquilo tornava mais gostoso. Mordeu forte o pescoço do
mais velho, ganhando um tapa forte na bunda por isso e trabalhando em um
chupao que deixaria marcas bem visíveis. Fazendo Louis soltar um suspiro
alto demais pra quem deveria ficar quieto.

- Não... - Respondeu e sentiu os dentes de Harry vacilarem em seu pescoço


pronto para se afastar, mas Louis segurou em sua nuca e o manteve preso
ali, querendo mais de suas mordidas e Harry deu. - H-Hum...porque eu não
fodi ninguém aqui. - Ganhou um chupao forte como se Harry tivesse lhe
recompensando pela resposta. Tão ciumento... mas Louis também era. -
Mas você tem que ficar bem quietinho já que se preocupa tanto em acharem
que somos namorados ou não. Você não quer que as pessoas lá fora saibam
que eu gosto de te ter assim, não é? Que você gosta do meu colo ainda mais
se for pra rebolar nele.

Louis estava jogando sujo. É claro que eles tinham que ficar quietos
também por a porta não ter como trancar por dentro e qualquer um poderia
entrar a qualquer hora e vê-los ali, sendo namorados ou não, seria
constrangedor. Mas o fato de Harry negar que tenham algo, pela segunda
vez tão rapidamente, faz Louis se sentir possessivo.

E Harry também era tão ciumento.

Louis foi seu primeiro em muitas coisas. Mas Louis é cheio de


experiências, Harry sabe que é no passado mas ainda sim quer agarrar Louis
e ter cada pedacinho dele só para si naquele momento. E ouvir que ele não
transou com ninguém ali, fez Harry ficar mais safado.

- E ninguém pode escutar o quanto você geme quando está dentro de mim. -
Harry provocou mesmo que sua voz tenha tremido. Louis segurou forte nos
cabelos de Harry, trazendo seu rosto novamente para perto do seu, olhando
as bochechas tomarem cor e ele jura que seu pau dentro da calça iria
explodir de tanta vontade de meter em Harry. O rabo de cavalo sendo solto
com o puxão, os cabelos caindo sobre os ombros e cobrindo o rostinho
corado que se escondeu em meio aos fios e a cabeça se abaixou, mas Louis
puxou forte seus cabelos fazendo Harry manter os olhos em si.

- É bom você ficar bem quietinho então enquanto eu estiver dentro de você.
- Harry concordou dengoso e soltou um gemidinho quando Louis segurou
sua cintura e o colocou em cima da mesa, logo em seguida derrubando o
que estava em cima no chão. - Seja o garoto educadinho que é, porque não
podemos demorar, princesa. - Sussurrou quando fez Harry ficar deitado,
trazendo as pernas dele pros seus ombros, o deixando exposto.

Harry se esticou o máximo possivel sobre a mesa, deixando seu quadril bem
alinhado no rosto de Louis, as costas se arquearam em expectativa, os dedos
gélidos encostando em suas coxas fez Harry abrir a boca em antecipação,
ele não olhava para Louis, pois manteve os olhos fechados e as mãos foram
imediatamente a boca, seu coração batendo forte com a possibilidade de
alguém entrar a qualquer momento, mas isso saiu de sua mente quando
sentiu uma cavidade quente abrigar sua glande, e logo uma sucção forte lhe
fez perder o ar em tão poucos segundos, e Harry machucou os próprios
ossinhos dos dedos ao morde-los tão fortemente quando todo seu pau sumiu
naquela boquinha tão quente e macia. Sente sua glande esmagada na
garganta alheia e espirrar pré gozo ali, Harry queria pedir desculpas por
suas reações sempre de garoto virgem, mas Louis nem ao menos estava se
engasgando.

Pelo contrário, subiu os lábios até soltar o pau dele e fazer um barulho tão
alto que mesmo que tivessem tentando ficarem quietos, qualquer um do
lado de fora escutaria que aqueles sons era de um boquete.

E Harry estava se mordendo de novo quando Louis voltou a lhe engolir por
inteiro, dessa vez subindo e descendo os lábios, as bochechas dele sugando
qualquer mínimo ar, tornando tudo tão apertado, Harry já estaria gemendo
tão alto se pudesse.

Soltou um som de satisfação bem baixinho quando Louis desceu a língua


pro lugar tão cheio e inchado que eram suas bolas, e ficou as lambendo de
forma lenta, arrastando os lábios enquanto seu pau pingava pela saliva dele.
Suas costas formando um espaço enorme entre ela e a mesa quando se
arqueou o máximo possível quando a língua desceu quente para sua
entrada, Harry levantou a cabeça para tentar olha-lo, apoiou os cotovelos na
mesa e encarou Louis, que o olhou de volta quando começou a lambe-lo. Os
olhos azuis cheios de luxúria não saiu dos seus e as unhas dele fincaram
suas coxas fortemente. Harry levou uma das mãos aos cabelos dele, o
guiando em sua entrada, fazendo a língua dele massagear todo o lugarzinho
que ele estocaria em minutos. Harry o olhou com a carinha choramingando,
e não aguentou se manter ali quando a língua foi entrando e entrando, mais
e mais. Suas costas caíram na mesa novamente, fazendo um baque e Harry
gastou seus esmaltes arranhando a mesa, tirando as pernas dos ombros de
Louis para apenas afasta-las mais, ficar bem aberto para ele e começou a
rebolar a entradinha macia na língua durinha que entrava e saía de si. Seus
esforços para não gemer fazia ele ficar mais sensível, o corpo tremilicava e
seus olhos reagiam enchendo de lágrimas.

Sua respiração era forte e ele jogou a cabeça para trás, abrindo os olhos e
vendo a porta fechada de ponta cabeça e tudo estava tão gostoso que não
sabia se teria coragem de pedir para Louis parar mesmo que se entrasse
alguém. Harry provavelmente só coraria e deixaria a pessoa ver Louis
chupar sua bunda até ele gozar em sua cara.

O mais velho levantou da cadeira e parou de chupar Harry, sua língua


dormente quando ficou de pé, seus lábios vermelhos e viu Harry lhe olhar e
ficar todo carente sem o contato, fechando as pernas imediatamente e
fazendo biquinhos dengosos querendo mais. Louis imitou sua expressão
dengosa e deu tapinhas na entrada dele, para ele acalmar ela que agora estão
tão quente, fazendo barulhos molhados e Harry gemer contido pela ação.

Louis abriu o botão e o zíper de sua calça, a abaixando junto com a boxer,
fazendo seu pau saltar pra fora, todo melado e tão duro que era como se
Harry já conseguisse senti-lo.

O mais novo mordeu os lábios passando as pernas na lateral do corpo de


Louis, olhando para as veias do membro dele, a glande pingando em
excitação, Harry se sentia pulsar sem parar, suas pernas abrindo
automaticamente e Louis teve o coração falhando várias batidas por causa
disso.
Mas Louis apenas o virou de lado, deixando suas pernas juntas, pois
adorava Harry manhoso e comer ele de ladinho faria o mais novo chorar.

Harry demonstrou ser o manhoso que era quando choramingou pela


posição, ficando quietinho e só esperando o pau de Louis entrar, tendo o seu
preso entre as coxas, banhado de tesão, as coxas molhadas. Harry empinou
a bunda cheinha e exibiu apenas a entrada pulsando para Louis, esperando
quente por ele.

Louis tragou o ar com toda sua força e o soltou logo em seguida ao ver
aquela cena. Poderia fode-lo daquele jeitinho por horas, só enchendo ele
mais e mais de goza e não o deixando gozar até ficar totalmente satisfeito,
mas estava com pressa, o que não impedia de aproveitar daquela bunda por
um tempinho. Tocou seu membro necessitado e mordeu os lábios por ele
estar tão sensível, então apoiou uma mão na mesa e outra na coxa de Harry,
seu membro sendo guiado até a bunda dele e a glande inchada encostando
minimamente, e mesmo o toque sendo superficial, Harry pulsou. Louis
olhou pro rostinho que tinha os olhos fechados e os dedos na boca,
pressionou a glande só um pouco, deixando Harry pulsar nela, prestando
atenção nas reações manhosas que ele tinha. Sua entrada piscava e Louis
deixou que ela mesma o engolisse, por isso deixou o pau parado, sua mão
indo pra bunda de Harry e separando as nádegas pra ter uma visão melhor, e
então sua barriga tremeu e ele próprio ficou manhoso quando viu a
entradinha ficar piscando e se dilatando sozinha até engolir a glande para si,
Louis gemeu com o aperto.

- E-Enfia tudo. - Harry pediu com a voz quebrada e baixinha.

E Louis foi empurrando devagar, Harry tão mais fodidamente apertado por
não ter sido preparado com os dedos. Louis enterrou cada milímetro
devagar, fazendo Harry gemer contra seus dedos a cada milímetro
extremamente duro que o alargava.

- S-Sh, amor... calma, bebê. - Louis sussurrou com uma voz doce que
quebrou Harry todinho. Amor... eles não eram namorados, mas Louis estava
lhe chamando assim de amor. Harry espremeu a bochecha na mesa e não
conseguiu ter calma, choramingando mais ainda, Louis tirou seu membro e
o assistiu ser engolido novamente pela entradinha sedenta que o sugava
forte. Harry queria tanto gemer, tão sensível e carente que procurou a mão
de Louis e o mais velho a entregou, Harry entrelacou com a sua e pôs seus
lábios na palma da mão dele, para gemer ali enquanto o mantinha junto.
Louis sorriu minimamente quando começou a meter nele e Harry
choramingar em suas mãos juntas e ser tão sensível.

- L-Lou, não para. Fica assim... Fica aqui.. - Pediu tanto para seu membro,
como para sua mão. E Louis fez os dois, continuou a meter bem devagar
enquanto deixava Harry lhe segurar daquele jeitinho. Os olhos verdes se
abriram e estavam escuros e perdidos pelo prazer. Louis colocou seu joelho
sobre a mesa, conseguindo meter mais fundo em Harry, por mais que fosse
lento, era mais intenso porque o prazer não saía e depois voltava
rapidamente, ele apenas continuava ali, de uma forma torturante. E quando
Louis ficou naquela posição que o fazia ir tão fundo, Harry abriu os lábios
na mão ele, a apertando mais com a sua, fechando os olhos novamente e os
lábios tremendo ali, sua língua lambeu a palma e Harry sorriu satisfeito pelo
seu ponto atingido, Louis saindo e então voltando e acertando o mesmo
lugar. - Aí, isso! N-Não para... desse jeitinho tá tão g-gostoso, amor.

E Harry retribuiu o apelido carinhoso, fazendo Louis sorriu.

Mas eles juram que não eram namorados.

Louis sentiu seu ego inflar, eles estavam tão confiantes ultimamente um
com o outro que tudo se tornava mais intenso.

Esmagava a bunda de Harry com sua outra mão toda vez que saía de dentro
dele e forçava para dentro naquele ângulo perfeito que fazia o corpo esguio
do garoto tremilicar. Harry sentiu quando Louis meteu tão fundo e ficou
parado ali, apenas rebolando o quadril e fazendo a extensão grossa circular
dentro dele, a glande pulsar na próstata e não sair dali nenhum pouco, Harry
abriu a boca e tentou não gemer, mordendo Louis mas seus gemidos
começaram a sair abafados e desesperados.

- L-Lou... não, assim não. É muito bom, t-tira. - Harry pediu todo mole, seu
membro se molhando todinho de prazer entre suas coxas escorregadias, mas
Louis não parou, esfregando seu pau duro ali sem parar. Deixando Harry
desesperado e querendo gritar. Louis tentava impedir os gemidos dele e não
parava, Harry fechou os olhos fortemente, tentando aguentar. Mordeu Louis
para não sair nenhum som, mas logo sua voz manhosa se fazia presente. -
A-Ai Lou, assim é gostoso demais. - Louis safado do jeito que era, apenas
retirou seu membro pra estocar de novo, forte e fundo, pressionando seu
quadril de novo na bunda, queimando de prazer o pontinho mágico dele. -
Tão gostoso... - Harry se desesperou e começou a chorar porque não podia
gemer, e Louis não aguentou ver aquele rastinho sendo judiado. Com sua
mão livre, levantou um pouco a coxa dele, sua mão se melando ali e
começou a meter um pouquinho mais forte, só pra vê-lo chorar mais ainda.
- N-Não para.

- Caralho, Harry. Te comer assim é tão gostoso. Você fica tão manhoso de
ladinho, tão carente pelo meu pau. - Louis comentou e sentiu a coxa dele
tremendo em sua mão, Harry estava a beira de um orgasmo e Louis adorava
isso, então tirou seu pau só pra ver a cabecinha se esfregar na entrada
judiada e ser engolido novamente direto em sua próstata. Pressionando ali
com força, Harry se mordeu todinho. - Você quer gritar não é? Não aguenta
ter meu pau batendo sem parar no seu pontinho sensível. - Louis.provocou e
esfregava sua mão nos lábios de Harry toda vez que ele soltava um gemido
mais alto. Olhou para baixo, para o membro pulsando e encharcado. Harry
estava uma bagunça. - Você quer gozar, não é? Nunca aguenta dar pra mim
por muito tempo. Fica toda dengoso fazendo amor comigo.

Quando Harry achou que poderia gozar, Louis o soltou, pois por mais que
tivessem que serem rápidos, queria foder Harry mais um pouquinho. Então
o botou de frente novamente, segurou as mãos dele com as suas em cima
dos cachos e voltou a meter.

- Deixa suas pernas no ar, babe. Não prende na minha cintura, gosto de ver
você ficar tão putinha arreganhado desse jeito. - rosnou no pescoço dele,
Harry gemendo o mais baixo que conseguia no ouvido do mais velho, o
deixando extasiado.

- Sua putinha. - Harry sussurrou, abrindo mais as pernas, o máximo que


conseguia para deixar Louis louco. Arrastou os lábios pelas bochechas dele
até em seus lábios. - Seu... só seu. Eu sou o que você quiser.
Louis olhou nos olhos verdes, Harry confirmando com o olhar o que quer
que seja que aquilo tenha significado.

- E você é só meu... meu, meu, a-anh, tão meu. - Harry continuou gemendo
e Louis sorriu, metendo com mais força, mesmo que os corpos estivessem
fazendo barulho. - A-Assim eu vou vim...

- Seu pau não aguenta, não é bebê? Sempre tão gostoso e cheio. - Harry
assentiu gemendo bem baixinho e choroso.

Harry tacou a cabeça para trás, seus olhos abrindo e vendo sombras do lado
de fora. Ele sabia que se gemesse naquele momento escutariam, mas estava
tão gostoso, o pau em sua próstata estava o esmagando e não queria pedir
Louis pra ir devagar, para que não escutassem o barulho do pau dele
comendo sua entrada. E poderia entrar alguém ali, as sombras eram pra
fazer Harry ficar desesperado e por suas roupas mas ele só queria gozar e
gemer alto por isso.

- Porra, seu cuzinho engole tão bem meu pau, ele tá tão quente.

- Você gosta dele assim? - Harry provocou. - Então mete sem parar, mete,
L-Lou, acaba com ele do jeitinho que você me deixa louco. Me faz gozar
pra você, só pra você. Só pelo seu pau.

E Louis só simplesmente amava quando Harry se soltava. E aquele


sentimento de Harry ser seu, e ele de Harry, embora as negações de status
só confirmavam que eles estavam tão conectados que já estavam em um.
Louis rosnou feito um animal e já não se importou com as pessoas lá fora,
nem com quem poderia entrar e ver ele fodendo Harry. Ele só meteu forte
até o barulho de seus corpos serem altos, até Harry não conseguir controlar
os gemidos e se comportar como a princesinha dengosa que ele gostava de
ser. Os soluços sendo altos, Harry pedindo por favor fodidamente chorando,
com a voz tremida, era tão gostoso comer ele quando ele ficava daquele
jeitinho. Ele sempre ficava. E a gravidez o fazia mais sensível.

Louis sabia que a cada mês o garoto ficaria mais dengoso e não via a hora
de saciar seus desejos e maltratar aquele cuzinho até ele não aguentar mais
de prazer.
E lá estava o pau de Harry todo melado, não aguentando mais de
sensibilidade, por Harry estar com os cotovelos na mesa, a goza espirrou
em seu peito e nos seus lábios, fazendo ele gemer tão dengoso como uma
vadiazinha. E ainda olhando pra Louis, deixando ele saber que ele é
responsável por aquilo.

E Louis só queria gozar dentro daquela bunda gostosa e fazer Harry ficar
todo encharcado ali, mas como não estavam em casa, então deixaria aquilo
pra outro dia, apenas saindo de dentro do garoto e voltando a se sentar na
cadeira, não o dando tempo nem de ao menos se recuperar e o puxando,
Harry ficou de joelhos na hora, todo se tremendo e o corpo vermelho pelo
prazer, sentindo o membro pesado na hora bater em sua língua assim que a
pôs pra fora, batendo ali só um poquinho antes de Louis molhar todo seu
rostinho cheio de lágrimas de tesao enquanto gemia o quanto ele era
gostoso pra quem quisesse ouvir.

Harry estava todo se tremendo ainda com as sensações do orgasmo e ficou


todo carente com aquilo, Louis lhe puxando pro seu colo, enfiando dois
dedos dentro de sua entradinha fazendo Harry se encolher todinho e pedir
pra Louis lamber seu rosto, e Louis fez, passando a língua em cada cantinho
que tinha goza.

- Você veio tanto... gosta tanto da minha bunda. - Harry gemeu enquanto
sentia Louis lhe limpar todinho e mexer em sua próstata sensivel bem
devagar.

- Culpa sua... gostoso do caralho. - Louis gemeu e Harry sorriu logo depois
mordendo os lábios pelos dedos de Louis. Beijando os lábios de gozadinhos
dele.

Quando chegassem em casa, com certeza seus corpos estariam juntos de


novo.

Enquanto seus sentimentos novamente se perguntariam se eram namorados


ou não.

Embora eles já fossem um do outro.


Porque não namorados não dormem juntos na mesma cama, não fazem
amor, não dizem serem apaixonados um pelo outro, não tem confiança tanto
um no outro para foderem em qualquer lugar, de qualquer maneira, forte ou
lento. Não chamam um ao outro de amor. E, com certeza, não namorados
não agem como Louis e Harry agem.
17. love is beautiful but insecure

N: OOOOOOOOOOOI

Aaah, não acredito que estou postando já o penúltimo capítulo. Meu


Deus!!!

Esse capítulo tá enooooorme. Mas o último será maior ainda. Então


leiam com calma.

Eu não irei demorar muito falando aqui. Eu irei deixar pra falar no
último capítulo (ai)

Eu só quero dizer que o último capítulo está com muitas emoções,


ações, fofuras e etc. Eu vou fechar a fic sem deixar nenhuma lacuna
então por isso quero que vocês tenham paciência pra lerem mesmo que
o capítulo seja enorme. Já tô avisando nesse, mesmo que não seja o
último. Mas quando eu postar vou avisar de novo. Eu pensei até em
dividir o último como fiz em 4 rules que dividi o final em 3 partes,
porque tinha 30 mil palavras. KKKKKKKKKK mas não irei dividir
aqui.

Eu fiz essa fic com muito carinho então tudo que escrevi até aqui está
dentro do plot e o plot irá ser fechado como imaginei. Dando amém aos
céus por ser sem nenhuma falta de motivação e ideias porque sabemos
que esse é o fantasma que cerca quem escreve kkkk e já passei por isso.
Então, lendo esse capítulo de agora, tenham em mente que o último
fecha entregando tudo. O último talvez sendo o melhor e o mais
emocionante de toda a fic. Então não fiquem tristes ao terminar de ler
essa att pensando "o próximo é o último e eu queria mais" porque tudo
está no último, não importará o tamanho que ficar. Eu vou me dedicar
100% no último e tentar entregar o melhor final de fic que já escrevi.
Mesmo que dê 20/30/40k de palavras.
É isso, anjos. Leiam com atenção a att. Se tiverem com soninho, deixem
pra amanhã. ♡

O último capítulo sai na sexta ou no sábado.

Boa leitura xx

_________________________

— E que tal Elizabeth para a menina e Benjamin para o menino? — Harry


sugeriu empolgado para Louis que negou imediatamente, sem pestanejar.

— Melhor não... soa como nomes da realeza. — Louis comentou mas olhou
para Harry que tinha uma expressão como se dissesse ''e não são?'' ah,
aquele garoto prepotente! Louis sorriu em seguida.

Ele estava sentado na cama dando sugestões de nomes para os gêmeos junto
a Harry, este que estava deitado de barriga pra cima e junto a Zayn, o
moreno desde que virou amigo de Harry anda conspirando contra Louis,
este tem certeza que sim. Os dois ultimamente pareciam melhores amigos
grávidos e o moreno vivia visitando eles, antes por causa de Louis e agora
por causa de Harry. A gravidez fez eles se aproximarem bastante e
conversarem sobre assuntos que só os dois entendiam, fazendo Louis ficar
muitas das vezes avoado quando os assuntos não eram do usual costume
entre Louis e Zayn. O moreno nos últimos dias ia visitar eles, as vezes com
Liam e as vezes sozinho, quando com o namorado, os quatro ficavam
juntos, quando sozinho, Zayn ficava um pouco com Louis e logo depois se
trancava no quarto com Harry porque, segundo os dois, eles tinham que ter
privacidade pra falar de assuntos que Louis não entendia. O que na verdade
era conspiração contra ele e Liam. Harry aconselhava Zayn sobre suas
vivencias e Zayn a Harry sobre as dele. Não que o mais velho achasse ruim,
na verdade achava até fofo a amizade dos dois. Porém, ficava emburrado
quando Zahn dava razão a Harry, como naquele momento onde o moreno
estava deitado com o mais novo, este tendo um livro de nomes de bebês nas
mãos e sempre concordando com qualquer nome que Harry dava, mas
quando era Louis, Zayn discordava, ganhando travesseiros na cara que
Louis jogava em si.
— Genevie e Gaspard! — Louis exclamou alto e empolgado, Harry abaixou
o livro para lhe lançar os olhos confusos.

— Mas que tipo de nomes são esses?

— Se diz tão culto mas não sabe que são nomes franceses? — Louis
implicou e Harry estreitou os olhos em ironia para ele.

— Somos ingleses!

— Eu gostei do nome para a bebê, mas já não tenho tanta certeza sobre
Gaspard. Parece nome de cachorro francês. — Zayn comentou com Harry e
ganhou outro travesseiro na cara vindo de Louis.

— Zayn, quem tá pedindo sua opinião, porra? Deveria tá fodendo com o


Liam ao invés de ficar contra mim que sou seu melhor amigo. — O mais
velho reclamou e Zayn riu da cara emburrada do amigo. — Vou aconselhar
o Liam a colocar o nome mais feio para a bebê de vocês.

— Olha a educação! — Harry advertiu.

— Você pode tentar, mas não vai conseguir. Liam sempre me escuta. E feio
pra mim são todos os nomes franceses que você sugeriu até agora. — Zayn
implicou e agarrou a tempo o travesseiro que novamente voaria pra sua
cara, rindo.

— Fica quieto, caralho! — Não que Louis estivesse realmente puto, mas
ele era desbocado cem por cento do dia.

— Olha a bo-

— Que estressadinho... — Zayn comentou por cima de Harry. — Parar de


fumar está te deixando bem nervozinho. Entendo, fiquei assim também no
começo. Mas sabe o que me acalmou? Sexo. Está precisando transar. — O
moreno sugeriu e Louis negou sorrindo.

— Não que minha vida sexual te interesse, mas eu transei ontem, obrigado.
Você que me irrita mesmo.
— Você nasceu irritado. A vida te irrita. Harry, você precisa sentar com
muita força no pau do Louis, só assim pra ele parar de ser um velho chato e
resmungão. A transa de ontem já perdeu o efeito, esse daí precisa de sexo
24 horas por dia pra ficar feliz. — Zayn brincou e Louis lhe deu dedo do
meio rindo sem som do que ele disse.

Harry, que até então estava ignorando os dois e prestando atenção no livro
de nomes de bebês, olhou para Zayn e depois para Louis, sem retirar o livro
de seu rosto para eles não perceberem que ele ficou tímido.

— Por que eu faria isso? — Harry disse baixinho. — Não somos


namorados. — Harry decretou e olhou meio debochado para Louis e o mais
velho lhe devolveu o olhar.

— O que não impede de vocês estarem transando, não precisam me falar


pra eu saber que sim. Duvido muito que Louis transou ontem com qualquer
outra pessoa que não tenha sido você, embora falem que não estão juntos ou
que não namoram.

E era verdade, tinha praticamente virado um mantra entre os dois sempre


dizer que não estão juntos, que não namoram, seja pra quem pergunta ou
pra eles mesmo quando estão se implicando. Aquilo aconteceu
naturalmente, falar que não namoram causa algo estranho nos dois, uma
irritação que gera implicância e ciúmes por reafirmarem orgulhosos que
estão solteiros pra eles mesmos e pra qualquer um. Dando liberdade pra,
tecnicamente, qualquer pessoa se aproximar, embora não se envolvessem
com outras pessoas além deles mesmos. Mas a possibilidade os incomoda
sempre que se provocam dizendo que não namoram em seguida de um
"okay" ou "tudo bem" emburrados, com pés batendo fortes no chão,
fingindo se ignorarem por alguns minutos, só pra se agarrarem depois em
uma necessidade não falada que são sim um do outro, independente do
status definido ou não.

Como na noite passada, onde transaram a madrugada toda, e coitados dos


vizinhos de apartamento, eles acham que até no térreo poderiam ter
escutado. Ficaram mais escandalosos que o normal e quase quebraram a
cama de tanta força que Louis pôs pra foder a próstata de Harry, e quando
este sentou em si não se importando se poderia quebrar o pau de Louis ou
não, contanto que continuasse a sair forte e entrar grosso dentro de si,
descontando a manhã de briguinhas e provocações bobas que tiveram e a
tarde e noite de uma mine-briga estúpida. Porque Harry sentou sim com
força, aproveitou enquanto não estava enjoado da gravidez naquela
madrugada, e foi fodido a madrugada toda, até pedir pra parar. Mas ele não
pediu, o que os venceu fora o cansaço e seus membros sensíveis demais pra
continuarem gozando como animais no cio. Pelo menos, toda a provocação
resultou em um Louis todo arranhando e com a garganta doendo de tanto
gemer e chupar o pau de Harry. E Harry com a entradinha inchada até
agora, e na madrugada transbordando de tanta porra que levou de Louis, de
todas as vezes que ele gozou.

E Louis guardava cada momento em sua cabeça, cada implicância idiota,


ciúmes, cada enjoo, cada nudez, cada fofura e sorriso sincero, não só da
madrugada, mas de todos os dias desde que mora com Harry.

O tempo que estava passando junto a Harry era como se eles tivessem
excluído uma parte de um tempo acomodado de suas vidas. Como se o
período entre seus 12/14 anos até o começo dos 20/22 não tivesse
acontecido e tudo que importava era o que aconteceu em sua infância e o
que acontece agora.

Em sua infância, inocentemente eles planejaram estarem juntos quando


fossem adultos, a serem uma família. Não porque eram apaixonados, ou
como se tivessem noção do que era uma família. Foram apenas desejos
bobos de dois garotos que não queriam se separarem conforme a idade
fosse chegando, que desejavam estarem juntos mesmo que não soubessem o
que aquilo significaria. Queriam estar juntos porque eram amigos e
enquanto crianças nunca quiseram um dia pensar que seria diferente. Fora
um pouco, e o que teve no meio disso atrapalhou, mas talvez não atrapalhe
o fim dessa história. Louis espera que não.

Mas se perguntassem se ele excluiria o meio, ele diria que não. O meio
também era o que eles ainda são. E o que eles são, fez deles a estarem
naquela situação.

Independente de suas implicâncias diárias.


É que Louis ainda não tinha a minima paciência para tudo ao seu redor que
o estressasse. Antigamente, ele nunca teve muita para Harry também. Ele
continua não sendo a pessoa mais benevolente de todo o universo. E há
minimas coisas que o estressa. Passar o dia todo fora trabalhando é uma
delas, seu orgulho do tamanho de uma montanha também era. Como no dia
que chegou no apartamento e ele estava brilhando do chão ao teto e ele
tinha certeza que não fora Harry, e o garoto estava sentadinho no sofá com
um monte de livros ao redor e simplesmente soltou que ligou pra uma das
empregadas de sua casa vir limpar o apartamento, quando tinha dito para
Louis que iria limpar. E Louis era muito altivo, ele preferia deixar todo o
lugar sujo do que chamar alguém para limpar ainda mais se for empregados
da casa dos Styles, uma vez que ele era filho de uma e soava como se ele
fosse alguma nova espécie de patrão. Pois Harry não se abdicava de seus
costumes, Louis nunca pediu isso, pois ele também não se abdicaria dos
seus. E uma briga vez ou outra era plantada, como Louis falar que Harry era
extremamente dependente de favores aos quais ele tinha plena capacidade
de fazer. E Louis sempre era xingado de incompreensível, porque Harry só
queria estudar e Louis retrucava que mesmo que se chegasse ali, após o dia
todo fora e tudo tivesse desarrumado, ele arrumaria. E um Harry dramático
sempre jogava em sua cara que estava gravido, a palavra ''gêmeos'' sempre
em grande enfase para tornar sua suposta incapacidade de fazer qualquer
movimento brusco (como, perigosamente, arrumar uma cama) para se
justificar. E Louis o chamava de dramático enquanto um Harry com uma
almofada em mãos se preparava para voar no rosto de Louis, porque, afinal,
não era ele o gravido ali. Mas Harry tinha apenas uma pequena barriga fofa,
Louis era babão demais pelo mais novo para deixa-lo fazer qualquer
minima coisa se barriguinha tivesse enorme. E como sempre, só foi mais
uma briga boba que eles resolveram com sexo depois de fingirem se ignorar
a noite toda.

E Louis não se importava de conviver com Harry daquela maneira. Era o


jeitinho deles, e estava tudo bem.

Ele sabia disso porque os post it coloridos grudados na geladeira haviam


diminuído a quantidade. O que nas primeiras semanas era uma chuva de
coloração grudada por motivos grandes ou pequenos, havia se tornado por
volta de um ou outro. Harry as vezes colocava algum assim que saía para a
faculdade apenas de implicância, uma letra bonitinha seguida de carinhas,
reclamando de alguma coisa bem pequena só pra no final por corações.

De qualquer maneira, Harry não respondeu a Zayn, mudando de assunto


antes que corasse fortemente como o bobo por Louis que era.

E Louis entendia, pois eles não estavam contando para ninguém sobre a
paixão e sexo que eles estavam tendo. Não era hora, eles se entendiam aos
poucos, eles não achavam que precisavam gritar para todos caso olhem um
para o outro apaixonado, ou em qual dia transaram ou se tinham ciumes um
do outro. Pois conhecendo seus históricos de brigas muito bem, eles tinham
medo de qualquer coisa estragar aquilo, eles queriam ir com calma e o fato
de estar dando certo talvez seja porque eles não estão desesperados para
envolver outras pessoas nisso, assumindo algo que eles mal conseguiam
conter.

Isso era bom por um lado, fazia eles viverem para eles mesmos, um passo
de cada vez, sem olhos em cima deles, sem cobranças e sem preocupação.
Apenas vivendo o momento e deixando acontecer. por outro lado, tinha a
parte ruim: a insegurança. Repetir sempre que não tinham nada era algo que
era pra soar como o óbvio, pois realmente não tinham um status oficializado
ali. Mas isso complica quando eles tem dois bebês a caminho, quando são
apaixonados e quando se tocam carinhosamente o tempo todo e ambos tem
uma bagagem antiga de sentimentos reprimidos que nunca levaram adiante
por suas implicâncias, implicâncias essas que, por mais que tenham sido
diminuídas, não foram totalmente dissolvidas, e que ainda são barreiras
para passos maiores. E toda vez que a frase ''não somos namorados'' sai da
boca dos dois, ambos se queimam com os olhos e o incomodo sobe até os
corações.

Sim, eles resolviam com sexo. No dia anterior haviam tido briguinha idiotas
o tempo todo por conta daquilo. Louis estava cheio de marcas de arranhões,
a garganta doendo, a voz meia rouca. Harry ainda tinha o corpo todo mole,
a bunda doendo, os olhos desviados de Louis sempre que se encontravam
porque eles lembravam na hora de como sempre é ótimo se terem. Mas,
mesmo assim, o incomodo pela aquela bendita frase ainda estampavam seus
rostos e corações.
— Margaret e Anthony — Harry ia dizendo mais nomes e Louis lhe olhou
indignado.

— Por que você só está sugerindo nomes de avós? Pela amor de Deus,
Harry. Nossos bebês vão nascer com cara de velhos. — Louis comentou
implicante, o mais novo fechando a expressão para ele logo em seguida.

— Velhos?! São nomes elegantes. O que você sugere, então? Qual sugestão
você me da para que eles tenham mais cara de jovens? É preciso por um
''lil'' na frente? — O tom do mais novo era claramente de desgosto só de
imaginar aquilo, fazendo Louis rir um pouquinho.

— Claro que não! Que tal Apolline e Malo? — Sugeriu outros nomes
franceses e Harry tampou seu rosto com o livro e resmungou abafado nele,
como se não acreditasse.

— Você odeia nossos bebes, só pode! — Resmungou ainda contra o livro


enquanto escutava a risada dos outros dois ali presentes. — Nunca vamos
chegar a uma solução.

Louis se levantou e passou a mão nos cabelos, se olhando em um dos


espelhos do quarto e logo depois pegando sua bolsa grande onde havia suas
latas de tinta dentro, faltava alguns minutos para ele grafitar um muro de
uma loja que iria abrir não muito longe dali, mas ele preferiria não se
atrasar discutindo com Harry os nomes dos bebês, quando eles tinham mais
6 meses e meio para aquilo e para muitas outras coisas que ainda
precisavam definir.

— Não seja tão dramático. — Louis comentou e pegou a chave de sua


moto, andou até Harry e sobre a observação de Zayn apoiou uma mão na
cama e a outra segurou a bolsa pra não cair em cima do mais novo, se
inclinando e dando um beijinho delicado e carinhoso em cima da barriga
estufadinha. Ele tinha essa mania de beijar a barriga de Harry sempre, ou
simplesmente ficar parado enquanto fazia carinho. E quando sai, seja pra
onde for, dar um beijo na barriga dele como se estivesse se despedindo dos
bebês e outro na testa de Harry. O mais novo abaixou o livro do rosto só
porque adorava ver o mais velho lhe mimando e sentia seu peito quentinho
em como ele era carinhoso com os bebês que nem haviam nascido ainda. —
Eu amo meus brotinhos. E você é meu outro brotinho então não fique com
ciumes do seu tio. — Louis disse para a barriga de Zayn e também deu um
beijinho ali, fazendo o moreno sorrir.

Ele se desinclinou e olhou para Harry, o mais novo desviou o olhar para o
livro, meio que em desafio para ver se Louis seria capaz de ser carinhoso
com ele na frente de alguém que iria suspeitar que eles tinham algo. Que já
suspeitava. Harry voltou a lhe olhar em desafio, estreitando as sobrancelhas
em deboche porque eles não faziam aquilo na frente dos outros, porque eles
não namoravam e aquela frase estava estampada no rosto dos dois apenas
de implicância. E Harry o desafiou, porque se ele o fizesse, então o mais
novo jogaria em sua cara depois aquilo ''se não namoramos, porque me trata
como se?'' e o olharia todo orgulhoso.

E Louis não lhe deu o beijo na testa, porque no dia anterior quando esperou
seu beijo na bochecha que Harry lhe dava todos os dias antes de ir estagiar,
ele não o fez, simplesmente porque Niall estava ali.

E agora meio que Harry ficou chateado por não ter recebido o beijinho. Mas
eles não namoravam, de qualquer forma.

— Eu estou indo trabalhar, espero que não falem mal de mim enquanto isso.
— Louis olhou desafiador para Zayn porque o amigo adorava reclamar de
Liam para Harry e vise versa.

— Pois você anda merecendo! — Harry resmungou e Louis lhe jogou um


beijinho no ar antes de sair do quarto. O que fez o de olhos verdes revira-
los.

— Então... o que está rolando com vocês? — O moreno perguntou


animado, virando de ladinho da melhor forma que conseguia deixar sua
barriga confortável, que era maior que a de Harry. Ele tinha uma expressão
empolgada, o que fez Harry olha-lo e se fazer de desentendido, voltando a
olhar pro livro.

— Como assim?
— Claramente há muito carinho entre vocês dois. — Harry via nos olhos de
mel que havia muita convicção de suas palavras, sem nenhuma hesitação
daquilo e a unica coisa que o mais novo fazia era desviar para o livro.

— Só por que ele beijou minha barriga? Isso não significa nada, ele ama os
bebês. — Harry fingia procurar nomes mas Zayn apenas revirou os olhos e
pegou o livro, o tacando em qualquer canto do quarto. — Abusado!

— Sou sim! E outra coisa que eu sou é esperto. Até parece que falei sobre
carinho porque Louis beijou sua barriga, ele também beijou a minha e isso
não significa que temos alguma coisa. — Desdenhou. — Eu falei isso
porque claramente vocês tem algo.

— Claro que não! O fato de estarmos mais pacientes um com o outro é


apenas consequência dos nossos esforços de nos darmos bem. E sim, temos
uma afeição, consequência da nossa considerável boa convivência até
agora. Além do que, vamos ter dois bebês juntos, é óbvio que criaríamos
uma afeição e apenas isso.

Zayn ficou o encarando o tempo todo, os olhos entediados e a boca calada


até mesmo quando Harry se calou, fazendo o mais novo olha-lo esperando
que o moreno dissesse algo, mas não antes de lhe perguntar:

— O que foi?

— Já terminou suas desculpas? — Perguntou ironicamente, o que faria


Harry retrucar se Zayn não continuasse a falar. — Sabe, nem você e nem
Louis me contaram se estão tendo algo. Embora todos aqueles arranhões
com certeza foi você a ter feito, e eu tenho certeza que a pessoa na qual ele
disse ter transado ontem foi você, ou caso o contrário você não estaria o
tempo todo olhando pra ele com as pernas inquietas, os olhos cheios de
desejo. Vocês dois são péssimos mentirosos e qualquer um que fique perto
de vocês notam a tensão. Pois não é a primeira vez que isso acontece,
quantas vezes vocês lançaram olhares apaixonados um para o outro na
frente de qualquer um? Ou quantas vezes vim aqui e tive que esperar uns
dez minutos do lado de fora porque era o tempo de vocês escutarem as
batidas e colocarem uma roupa? Mesmo assim aparecendo descabelados e
cheios de chupões, ofegantes e de pau duro. Pela amor de Deus, você chega
a mancar. — Zayn acusou divertido enquanto o mais novo tinha os lábios
entreabertos para retrucar mas as bochechas estavam queimando demais
para aquilo. — E mesmo que não fossem tão óbvios, Louis é apaixonado
por você e todo mundo sempre soube disso. Até mesmo quando vocês
viviam em guerra. Ele chegava na gente reclamando e soltando fogo pela
boca pra falar de você, mas a tensão ao redor era gritante. Sem falar que ele
conta tudo pra Liam, e Liam me conta tudo, ou seja, desde que ele se
assumiu apaixonado por você que eu sei disso. Só que eu e Liam não
sabíamos se ele tinha te contado, ou que você tinha admitido ser apaixonado
por ele também. Mas não precisa de uma confirmação quando basta estar
perto de vocês para perceber o óbvio.

Harry a principio queria negar, mas não tinha o porquê de esconder aquilo
quando era óbvio tanto pra Zayn como para Liam que eram os melhores
amigos de Louis. E meio que o mais novo precisava conversar com alguém,
porque ele não havia conversado sobre o que anda sentindo nem com Niall,
que era seu melhor amigo. E talvez conversar com Zayn que agora estava
no meio dele e de Louis poderia dar em algo.

— Okay... fofoqueiro, você tem razão. — Harry resmungou e Zayn sorriu


vitorioso. — Tem um tempo depois que eu descobri estar gravido dele que
estamos nos entendendo. O intuito de morarmos juntos por um tempo foi
nos entendermos, o que era pra ser só pelo fato de termos filhos juntos. Mas
que se tornou algo a mais. Assumimos sermos apaixonados um pelo outro...
e eu realmente gosto tanto dele... — Comentou e o moreno sabia que sim
pelos olhos verdes cheios de paixão, acabou sorrindo satisfeito com
aquilo. — Quando estamos sozinhos, trocamos carinhos e toques sexuais.
Não nos reprimimos mais, não evitamos tocar um ao outro sempre quando
queremos e sempre há beijos apaixonantes. — Ele falava ainda cheio de
paixão, mas os olhos caíram em uma súbita tristeza nas palavras seguintes.
— Mas é só isso, quando estamos sozinhos. Porque não queremos dar um
passo maior que a perna, ainda estamos tentando nos encaixar, porque não
queremos nos precipitar e estragar o pouco que progredimos e isso afetar
nosso bebês. E porque não precisamos ter pressa de nada, estamos vivendo
o momento. Então não há um status, não estamos namorando.
— E se vocês estão okay com isso, de irem com calma, porque não ter um
status decretado te faz soar dessa forma preocupante? — Zayn questionou
ao notar o tom do mais novo.

— Porque eu estou preocupado! — Harry confessou. — Eu também não


quero me precipitar e ser apressado logo quando finalmente estamos
conseguindo nos darmos bem. Mas por outro lado, isso da abertura para
outras pessoas. E toda vez que confirmamos não estarmos juntos me dói...
mesmo que eu também diga só pra implicar com ele, só porque gosto de vê-
lo com ciumes. Mas eu também sinto. E Louis sempre viveu o momento,
ele sempre teve tantas pessoas ao redor dele para fazer sexo e eu me sinto
tão inseguro em imaginar que enquanto ele deita comigo ele também pode
estar deitando com outro alguém e eu também poderia se tivesse olhos para
qualquer outra pessoa, mas não tenho. — O mais novo estava frustrado, o
olhar baixo e a voz entristecida. Nem parecia o garoto confiante de nariz em
pé que é a maioria do tempo, Zayn pensou.

— Eu entendo sua preocupação e entendo que vocês preferem ir com calma


do que se jogar de cabeça em um futuro incerto, uma vez que ainda tentam
se entender, então que isso que está acontecendo com vocês não é um
romance bobo adolescente que você arrisca tudo justamente por não ter
nada a perder, vocês tem dois bebês vindo para as suas vidas e não querem
estragar a afeição que criaram um pelo outro com passos errados nesse
relacionamento de vocês. Eu entendo isso. Vocês evoluíram tanto de uns
tempos para cá, mas ainda precisam se abrir mais um com o outro. Se você
se sente inseguro, tenta falar com ele. — Aconselhou.

— As vezes eu quero tanto falar isso pra ele... as vezes quero apenas agarra-
lo a noite e abraça-lo e contar todas as minhas inseguranças. Dizer: Ei, eu
sei que estamos indo devagar, eu também quero assim. Mas eu tenho tanto
medo de sentir outro perfume em suas roupas... e eu posso estar sendo
paranoico, mas as vezes uso meu perfume tanto que o cheiro doce fica por
todo apartamento, o que faz você espirrar e reclamar quando chega mas
isso só sou eu tentando deixa-lo em você para que qualquer pessoa lá fora
sinta, perto ou longe de você. E isso pode soar muito inseguro, e é, mas é o
que eu sinto e as vezes eu só quero te perguntar se você está vendo outro
alguém, se ainda transa casualmente com seus amigos. Mas ao invés disso,
apenas permaneço agarrado a ele, sem falar o que penso.

Zayn se sentiu mal pelo mais novo, era nítido que mesmo que ele e Louis
tenham melhorado na convivência, ainda sim haviam algumas barreiras
entre eles.

— Oh, Harry. Você pode ter certeza que Louis também é inseguro. Ele pode
parecer orgulhoso a maioria das vezes e esconder muito bem o que sente
quando ele considera que não deve falar sobre algo. E ele pode parecer
inabalável para questões amorosas, como se a paixão que sente por você
fosse o suficiente e ele fosse um cara super confiante de que isso é o
bastante, que viver o momento com você o faz cem por cento seguro e
imune de qualquer outra coisa. Mas acredite, ele é bastante vulnerável. Se
vocês conversarem, você irá ver isso.

Harry assentiu, mas continuou com aquela expressão insegura.

— Você se tornou meu amigo recentemente, Harry, mas eu já lhe conheço o


suficiente para saber que você não gosta de falar sobre intimidades como o
que você faz no sexo. — O moreno começou a falar convicto e Harry lhe
olhou sem entender. — Mas eu tenho que te falar uma coisa, como uma
pessoa que já transou com Louis. Eu o conheço desde seus dezesseis anos e
Louis sempre foi um cara que descontava seu estresse em sexo. Ele sempre
transou com qualquer pessoa que queria transar com ele. Ele transou com os
próprios amigos e amigas, teve amizade colorida com um monte deles. E
você ao contrário, você sempre foi mais reservado, gosta de estar apenas
com quem você confia e a unica pessoa que você confiou fora Louis. Que é
um contraste do que você é em relação a sexo. E eu te digo, como uma
pessoa que já fez sexo com ele, que Louis fora comigo e com qualquer
outra pessoa apenas isso, sexo. Nunca houve sentimentos nem pra mim nem
pra ninguém, nunca houve carinho depois disso, ou muitos beijos. Era algo
carnal, que Louis sempre gostou, mas que não era algo que o viciou, e ele
se viciou em você. Nele você encontrou confiança, e em você ele encontrou
paixão. Eu nunca vi vocês dois transarem, ou fazerem amor, mas eu não
preciso ver pra saber que com você é sentimental, desda primeira vez. Que
há carinhos mesmo se o sexo for bruto, que ele te beija como se fosse a
ultima vez, que ele diz coisas lindas pra você. Porque você sempre foi
importante pra ele, mesmo quando você era um pirralho arrogante para ele.
Ele te toca como se você fosse um diamante, não é? Sabe por que? Porque
não há outras pessoas, mesmo que vocês não estejam oficialmente juntos,
não há outra pessoa para Louis. Porque ele não quer mais sexo cru, ele quer
sexo apaixonante com você. Ele não precisa me dizer isso, ele não precisa
te dizer isso. Não há outras pessoas quando ele tem tudo que ele quer, você.

E Harry assentiu todo bobinho para as palavras de Zayn. Pois se ele era o
melhor amigo de Louis, então sabia o que estava dizendo, certo? E se Harry
convivia com Louis desde bebê, o conhece também. Naquele momento,
suas inseguranças pareciam evaporar por conversar com uma pessoa que
também conviveu bastante tempo com Louis, que o conhecia também, e que
principalmente conhecia o lado de Louis que Harry não participou durante
uma parte de sua vida e que apenas sabe por alto. Então desabafar com
Zayn o fez não pensar em suas paranoias naquele dia. Porque afinal, era a
Harry que Louis iria tratar com todo carinho no final do dia.

Era ano novo e Harry assistiu atentamente os fogos de artificio colorirem o


céu, ele não gostava muito porque doía seus ouvidos então os tampou
suavemente quando uns faziam mais barulho do que os outros. E ele sorriu
e desejou um feliz ano novo para todos aqueles que estavam na casa dos
seus pais. Era sempre uma tradição os Styles darem uma grande festa
branca, tudo tão branco que parecia dia, e novamente estavam dando, todos
com suas roupas impecáveis e caras, Harry estando em um conjunto social
onde sua camisa era um pouco larga, o contraste o fazia parecer estar com
mais meses de gravidez do que realmente está, mas ele não reclama porque
estava se achando lindo naquele dia. O branco de suas roupas combinava
com o dourado do ouro de seu pescoço e pulso, o cordão de correntinhas
finas e a pulseira brilhando tanto quanto os fogos.

Ele virou seu champanhe todo de uma vez, sem álcool e olhou em volta. Ele
costumava amar as festas de fim de ano ali, ele realmente ainda ama e se
divertiu bastante conversando com pessoas que ele só via em datas
comemorativas e que lhe davam saudades. Ele também aprecia uma boa
conversa sobre coisas no qual ele cresceu e está acostumado e estava
sentindo um pouco de falta desde que não mora mais com seus pais. Mesmo
que essas conversas se desviassem sempre para o assunto dele estar
grávido, e não que Harry se incomodasse de explicar sempre como aquilo
aconteceu, ele fazia questão de contar quantas vezes fosse preciso. Porem,
já era meia noite e olhando ao redor ele já não estava mais tanto animado
assim, porque alguns casais se beijavam como tradição da virada de ano e
Louis não estava ali para eles irem em um cantinho e saborearem os lábios
doces um do outro.

Harry cansou de fazer presença naquela noite, embora tenha se divertido,


mas quando você fica muitas horas em um lugar é propicio de querer ir
embora depois. E meio que Harry queria passar mais datas importantes com
Louis. Mas eles ainda eram Harry e Louis, pessoas diferentes com costumes
diferentes. Louis não estava ali com eles uma vez que já havia passado o
natal ali. Louis estava com os amigos dele, em um evento que Harry
costuma chamar mais de ''baderna'' porque era mais como uma festa comum
do que a comemoração oficial de um novo ano entrando. Onde havia todas
aquelas bebidas que Harry odiava só de cheirar, cigarros e maconha. Tantas
pessoas que parecia mais um show, e carros ilegais correndo de um lado
para o outro. Não que Louis estivesse correndo e fumando, Harry pensa que
não já que o mais velho lhe prometeu. E Harry entendia Louis querer ficar
com eles, uma vez que Harry queria ficar com sua família, porque Harry
preza por uma boa festa elegante e Louis preza por uma diversão com os
amigos. E estava tudo bem, mas Harry agora sente que queria estar com ele,
que queria vê-lo naquela noite nem que fosse para desejar um feliz ano
novo e lhe dar um beijinho. Porque mesmo quando moravam ali e se
implicavam, eles acabavam se vendo de qualquer maneira, fosse antes de
Louis sair ou quando voltava e recebia o olhar julgador de Harry, entretanto
o mais velho sempre parava por uns vinte minutos juntos a festa dos Styles
porque esses gostavam dele e Louis não seria ingrato de dizer não, então
tinha momentos com o mais velho mesmo que pouco. Mas Louis não estava
ali naquele momento, e Harry dormiria na casa dos pais. E meio que o mais
novo só queria participar daquele momento, pra eles desejarem um ano
maravilhoso um para o outro, para que talvez assim tudo viesse a dar certo
para eles.

Harry deixou a taça de champanhe em cima de uma bandeja que um dos


empregados passou para servir os convidados e se encaminhou para a
cozinha, pretendendo tomar uma água antes de ir dormir mas lá encontrou
algumas empregadas juntamente de Jay que preparavam mais aperitivos
para a festa.

— Olá, querido. Você quer? — A mulher apontou para o mousse de limão


que ela iria servir.

— Não, eu já estou cheio, obrigado. — Sorriu para ela e acabou se sentando


em uma cadeira em frente a mesa que tinha ali, observando o que as
empregadas estavam fazendo. — Por que está trabalhando? É ano novo! Ou
papai mandou?

— O senhor Styles nunca gosta que eu trabalhe em qualquer data especial


mas você sabe que eu não gosto de ficar quieta e simplesmente me juntar a
todos os ricos como se eu fizesse parte. — Ela comentou com um sorriso no
rosto.

— Mas você faz parte da família, é avó dos meus bebês. — Harry tinha
suas covinhas fundas e Jay sorriu para ele, apertando seu nariz em pé.

— Mas eu gosto de estar aqui, ajudando. Não por obrigação, mas porque eu
realmente gosto. — Ela disse confiante e Harry sabia que era verdade. Não
era uma questão dela se sentir inferior, ela nunca se sentiu assim só por ser
empregada, Harry pensa que Louis puxou o orgulho dela.

— Tudo bem. Mas promete que vai parar pelo menos por dez minutos e
comer alguma coisa?

— Prometo.

Harry olhou para o seu celular, para a mensagem que tinha trocado com
Louis minutos atras, ambos desejando feliz ano novo um para o outro.

— Louis vai dar uma passada aqui? — Perguntei depois de um tempo


observando Jay.

— Não sei, Haz. Acho que não. Provavelmente só amanhã cedo. — Harry
murchou um pouquinho com a resposta.
— Você não se sente meio triste por ele não estar aqui? — Jay voltou a
observar o garoto, olhando nos seus olhos e vendo uma súbita chateação ali
o que fez a mulher sorrir.

— Você está fazendo essa pergunta pra mim ou pra você mesmo? — Harry
apenas deu de ombros ainda com a expressão chateada. — Se você quer
passar esse dia com ele por que não vai onde ele está? Porque eu duvido um
pouquinho que Louis, cabeça dura do jeito que é, vai aparecer aqui depois
de já ter passado o Natal.

Jay riu baixinho e Harry a acompanhou, porque Louis nunca gostou de ficar
muito tempo com gente de narizes em pés, Harry se pergunta as vezes como
o mais velho lhe aguenta. Mas Harry sabe que Louis adora lhe mimar.

Em seguida, Jay percebeu a careta que Harry fez ao cogitar ir onde Louis
está.

— Esqueci que você também é cabeça dura. — Riu.

Mas Harry pareceu pensar, ele sabia o endereço e preferia ver Louis e lhe
dar um beijinho de ano novo do que deixar seu orgulho falar mais alto por
trocar uma festa como aquela em sua casa para ir onde Louis está. Afinal, o
mais velho estava ali no Natal por ele, mesmo tendo que aturar seus tios
mal educados que, inclusive, Harry fez questão de ignorar agora na festa de
ano novo, então por que Harry não poderia ir lá?

Por isso, quando se despediu de Jay, foi direto para a garagem sem falar
com ninguém para onde estaria indo e entrou na sua lamborghini.

Ainda era um choque para Harry quando ele entrava em áreas que ele nunca
havia visto em sua vida. Porque ele costumava a estar apenas em sua bolha,
em seu condomínio e se saísse de lá era para o aeroporto pegar um avião
para outro lugar onde só teria gente de sua classe. Então quando sua
lamborghini passou por um túnel e toda aquela cidade glamourosa saiu de
sua vista para bairros pinchados e casas mal construídas, meio que Harry se
sentiu um intruso e um ser de outro mundo, ainda mais quando o sinal
parou e ele viu uma família em pleno ano novo sentados na calçada,
olhando todos passarem enquanto estavam sujos e sem nada para comer. E
aquilo quebrou o coração de Harry, porque era novo, as pessoas eram pra
estarem felizes, agradecer pelo ano que passou e desejar um ano melhor
ainda. Mas o que aquela família poderia desejar se provavelmente suas
esperanças eram nulas?

Meio que Harry teve medo de parar sua lamborghini na calçada, no mesmo
momento querendo sair dali mas deixou o lado preconceituoso e medroso
de lado e abaixou o vidro, ele não tinha casacos, lençóis ou comida ali então
pegou a unica coisa que tinha no momento, dinheiro em sua carteira. E
agradeceu por isso porque normalmente ele só andava com seu cartão. Ele
estendeu a mão para fora do carro e deu uma grande quantia nas mãos
deles, desejando feliz ano novo, e ver os rostos em choque e os sorrisos
felizes fez o dia de Harry. Não era esmola, definitivamente não. Harry não
sentia pena das pessoas, ele sentia que o mundo era injusto, até mesmo ele,
que em toda sua vida ajudou muitas poucas pessoas. Ele sempre doou
grandes quantias para hospitais, sempre em nome de sua família, mas
simplesmente porque não via, e doava como se tivesse sendo um anjo por
isso, apenas para aparecer para grande elite como uma boa pessoa. Nunca
realmente por uma atitude altruísta. E ver aqueles sorrisos, por causa de
algumas libras que Harry deu por seu próprio dinheiro do estagio, não pela
mesada dos seus pais, fez o garoto sorrir genuíno. Ele não se sentia
superior, como se fosse maior que aquelas pessoas. Ele apenas se sentia
privilegiado e já que tinha tanto privilegio seu coração estava aberto para
ajudar quantas pessoas conseguisse.

Depois de um tempo ele já conseguia visualizar a comemoração ao longe


quando seu carro passou por cima de um viaduto.

✖✖✖✖✖

Harry: 16 anos. Louis: 19 anos.

Harry tinha ido passear com seu gatinho, Safira. A bolota de pelos branca
do corpinho até então médio e os olhos tão azuis como o dia, estava sendo
segurado pela coleira que fazia barulho sempre que uma pata pisava no
chão. Naquele dia, Harry decidiu passear com seu gato fora do condomínio
onde morava, e só foi respirar novos ares que o bichano se agitou e em um
movimento onde Harry estava distraído com seu celular a ponto da mão
que segurava a coleira não estar tão firme, o gato deu um impulso forte e
começou a correr.

- Safira, volta! - Harry havia gritado como se o gato fosse lhe obedecer.
Sempre fora um gato mimado desde filhote, assim como ele próprio. Safira
fazia o que queria.

Harry então gastou alguns minutos correndo atrás do bichinho, enquanto


tentava não tropeçar nas próprias pernas, e quando viu, já estava um
pouco longe de eu condomínio mas não o suficiente para se perder. Ele
normalmente não ia pra longe sozinho, quando passeava era com seu
motorista ou seus pais, mas ainda sim não estava em um lugar
desconhecido, apenas um pouco longe da vista do condomínio. E suas
pernas já doíam de ir atras de Safira que as vezes parava para pular em
alguma parede, ou até mesmo tentar entrar em alguma lata de lixo. O
gatinho estava eufórico.

- Que nojo, Safira! Se comportando como um gato de rua! Não foi desse
jeito que eu te criei. - Harry brigou mas o gato não ligou, parecia estar
feliz pulando de um lado pro outro em tudo que encontrava.

Quando o gato voltou pro chão e ficou caminhando novamente para longe
de Harry, uns três guardas que passavam pelo local quase pisaram em seu
bebê por ele ainda ser pequeno e mal percebido, mas felizmente isso não
aconteceu porque Safira correu para um beco na esquina e Harry
novamente teve que correr atras dele, o encontrando no meio do lixo
fazendo amizade com um gatinho de rua.

- Ah não, Safira, saia daí! Vou ter que te dar banho e não adianta nem
espernear querendo fugir da água. Quem manda se misturar no lixo assim?
- Harry falou meio choroso e já ia puxar Safira pela coleira aproveitando
que ele estava distraído em alguma especie de brincadeira com o gato de
rua, ambos batendo as patinhas uma na outra. Mas foi puxado pelo braço.

E seu grito foi estridente e ele fechou os olhos com força ao que a mão se
apertou em seu pulso.
- Por favor pode levar meu celular mas não faz nada comigo e com meu
gatinho. - O de cachos falou cheio de medo e tremendo, mas logo seu pulso
foi solto e uma risada baixa escutada.

Harry abriu os olhos devagar com medo do suposto ladrão mas quando viu
os olhos azuis sorridentes bem a frente de si, Harry fez uma careta em
desgosto e deu um tapa que ele considera forte no braço do mais velho que
até então era maior que si.

- Você é idiota? Por que me assustou dese jeito? - Harry falou com sua voz
estridente e autoritária.

- Shh! - Louis pediu, botando o dedo nos lábios gordinhos de Harry e logo
ganhou um tapa na mão por isso. - Fala baixo! Ou você quer me foder?

- Não faz ''shh'' pra mim e pare de ficar me tocando! Quem você pensa que
é? - O mais novo reclamou indignado. Mas consequentemente diminuindo o
tom de voz. - O que está acontecendo?

Louis não respondeu ele, apenas andou alguns passos no beco, um pouco
mais a frente mas ainda se escondendo nas sombras escuras do mesmo
enquanto tentava olhar a movimentação do lado de fora. Como se estivesse
se escondendo de alguém.

Então Harry ficou desacreditado, olhando pro seu gato que continuava a
brincar e para as costas de Louis, só então notando que suas roupas
estavam um pouco sujas de areia, era mais notório ainda em seus all star
desgastados e suas meias pretas manchadas de poeira como se tivesse
corrido muito, e pelo fato dele estar ofegante e com o corpo suando, Harry
constatou que sim, ele havia corrido e fugido de alguém.

- O que você fez dessa fez? - Perguntou acusatório, porque a lista de


merdas que Louis fazia era enorme. O mais velho não respondeu, continuou
a tentar olhar o que acontecia do lado de fora, como se tivesse temendo
quem poderia aparecer por ali e Harry começou a temer também, porque
vindo de Louis poderia ser algo completamente idiota ou completamente
ruim. E Harry estava ali, seja quem fosse que pudesse aparecer, agora ele
estava no meio. E ele não queria levar um soco ou algo assim. - Louis! -
Aumentou o tom de voz, isso fazendo Louis olha-lo. - O que droga você
fez?! Olha, eu não me importo se você é acostumado a se meter em brigas e
aparecer com o rosto sangrando, mas isso é você! Eu não estou afim de
machucar meu belo rostinho por causa das besteiras que você faz! -
reclamou alto demais o que fez o mais velho se aproximar.

- Já falei pra você falar baixo! - Louis pediu um pouco desesperado.

- Você não me manda e enquanto não me falar o que é eu vou continuar a


falar alto. - O mais novo desafiou, cruzando os braços e empinando o
nariz. Ao contrário do que pensou, Louis sorriu para ele, arqueando as
sobrancelhas e tendo um segundo de divertimento com aquilo.

- Então grita, você também está aqui. Se me pegarem aqui, pegam você
também. Então eu acho que se sua voz irritante chamar a atenção de
alguém, seu rostinho não vai sair intacto e tão bonito como é. - Louis
começou a colocar medo nele, não que se o pegassem ali iria acontecer
algo com Harry, era impossível, mas era divertido ver o garoto ser medroso
como era e seus olhos se arregalarem e ele morder os lábios de forma
apreensiva. - Não queremos ver seu rosto com sangue, não é? - Sussurrou.

- O-Oque você fez? Quem está vindo atras de você? - Sussurrou dessa vez,
ficando com medo. - Meu Deus, você se meteu com bandidos? Pior, com
milicia? Está devendo a alguém? Está jurado de morte? Comprou drogas e
não pagou? Meu Deus, vão te dar uma bela surra, isso se não te matarem e
então depois vão descontar em mim também porque estou aqui contigo,
tudo por causa que eu quis passear com Safira, mas eles não vão me
escutar, porque bandidos não escutam, não tem coração, eles vão me bater
e eu nunca apanhei, e você não vai poder me defender porque vai estar
muito machucado ou morto, e eu tenho apresentação no colégio amanhã e
eu vou aparecer com o rosto todo cortado, as pessoas vão rir de mim por eu
não estar impecável como sempre. - Harry começou a divagar e andar de
um lado para o outro e Louis teve que se segurar para não rir alto.

- Harry! - Pegou em seus ombros. - Meu Deus de onde você tira essas
coisas? Se acalme, eu não sou nenhum delinquente pra estar envolvido com
pessoas que fariam isso.
Mas Harry lhe olhou e ele já estava fazendo aquele biquinho, começando a
tremer, os olhos verdes se enchendo de lágrimas grossas ameaçando chorar
desesperado e dramático como sempre faz quando está com medo.

- São só os mesmos guardas molengas atrás de mim porque eu estava em


um racha. Eles correram atrás de mim até aqui. - Louis explicou e então
Harry continuou a tremer os lábios da mesma forma durante alguns
segundos até sua expressão ficar raivosa e ele empurrar Louis pra longe de
si.

- Idiota! Pelo menos eu posso sair daqui tranquilo porque mesmo que me
avistem, não vão fazer nada comigo porque não fiz nada de errado. E
mesmo que ma associem a você, o que acho dificil porque olha pra mim -
Ele deu uma pausa pra desdenhar. - Eu saio ileso, é só ligar pro meu pai.
Já você... se diverta se for preso de novo pelas besteiras que faz. - Harry
resmungou mas Louis não se importou, indo checar de novo se a barra
estava limpa. - Eu vou embora!

E bem que Louis queria que ele fosse embora mesmo, porque o mais novo
não sabe falar baixo e seus chiliques só iriam piorar sua situação.

Harry estava ali só por Safira, então tentou pegar seu gatinho, mas ele
fugiu de si, hora ou outra se tacando no lixo ou escalando a parede, além
disso, o gato que brincava com ele parecia irritado pela aproximação e
rosnava para Harry.

A única solução do mais novo era esperar a boa vontade de Safira para ir
embora.

- Você não tem vergonha das coisas que voce faz, não é mesmo? - Harry
voltou a comentar.

- Não. - Louis respondeu simplista sem olha-lo.

- Pois deveria. É ano novo! Ontem você nem apareceu. - Era notório que
Harry tentava esconder o tom chateado, mas Louis fingia não se importar. -
E tudo isso pra que? Pra fazer coisas ilegais com seus amigos? E agora
fugindo de guardar mais uma vez. Se você for pego, vão te levar pra cadeia
e só vão te liberar quando pagarem algum dinheiro. - Louis continuou a
não se importar e isso fez Harry aumentar mais ainda o tom de voz. - Mas
você não se importa, não é seu idiota? Porque você já é acostumado!

Louis arregalou os olhos quando ouviu passos perto e as vozes daqueles


guardas que ele conhecia muito bem. E Harry estava gritando, então se
aproximou dele e o segurou.

- Quer parar de falar alto? Você quer me foder? Caralho! - E Harry abriu
a boca em choque pela falta de boas maneiras e a audácia que Louis tinha
pra falar com ele daquele jeito.

- Não fala assim comigo! Quem você pensa que é? E eu falo do jeito que eu
quiser, e ainda digo mais: se você for preso eu vou convencer meu pai a
não te tirar de lá mais uma vez. Aí eu quero ver quem vai pagar a porcaria
da sua fiança, e ao invés de passar apenas algumas horas lá como sempre,
irá passar alguns meses pra ver se aprende a não ser aprendiz de
bandidinho!

Harry resmungava e estava pronto para falar mais ainda. Louis não estava
nem se importando com o que o mais novo falava e sim o tom alto então
olhou desesperado para as sombras dos pés dos guardas se aproximando e
para Harry, e fez a unica coisa que veio em sua cabeça.

E ali, enquanto Harry falava seu monólogo certinho e tinha um Louis


encrencado, que o mais velho encostou seus lábios em Harry pela primeira
vez. Foi ali, que ele criou sua mania de cala-lo lhe dando selinhos, apenas
para irrita-lo mais ainda, apenas para ganhar alguma discussão. Naquele
dia, fazendo isso para Harry calar a boca.

Louis levou suas mãos ligeiras até as bochechas gordinhas do até então
menor, as espremendo até ele fazer um biquinho e pressionando seus lábios
ali de uma maneira um tanto forte, o que chocou Harry e o fez colocar as
mãos sobre o peito de Louis, assustado. Os olhos arregalados ao sentir o
perfume dele tão de perto, ao sentir Louis perto. Os lábios macios
pressionavam precisadamente os seus e Harry perdeu a respiração durante
bons segundos e quando ela voltou, veio forte, os batimentos tão rápidos
que o mais novo achou que iria cair ali e quando pretendia fechar os
olhinhos Louis se afastou.

O mais velho estava confunso consigo mesmo porque era pra ter sido
apenas pra calar Harry mas havia ficado mexido também, sua expressão
irritada por Harry estar gritando falhou, seus olhos desviaram e Louis se
virou tentando voltar ao normal.

- O-O que você fez? Por que fez isso? - Harry perguntou com seus lábios
gordinhos tremendo. Ele levou dois dedos ali como se ainda não
acreditasse no que aconteceu. Mas se perguntassem pra ele bem no
fundinho de seu coração, ele meio que queria de novo e dessa vez fecharia
os olhos pra aproveitar mais. - Como ousa me tocar assim?

- Era a única maneira de você calar a boca e parar de falar alto.

E Harry pareceu uma pedra de gelo naquele momento, porque meio que ele
queria que não tivesse sido só por isso. Então fechou a expressão.

- E quem você pensa que é pra me fazer calar a boca? Ainda mais dessa
forma? - E voltou a falar alto só de implicância e Louis jura que
arrancaria os próprios cabelos. - N-Não ouse tocar em mim novamente! -
Mas Louis faria aquilo muitas vezes mais tarde, e muitas outras coisas. -
Seu... Seu...

Louis não deixou Harry completar, ficando com medo dos guardas, então
imediatamente tampou a boca do mais novo, encostando ele em uma
parede, fazendo Harry arregalar os olhos por estar encostado em um lugar
sujo, sujando suas roupas de marca. Argh, ele jurou matar Louis.

Mas o mais velho destampou sua boca quando viu sombras mais perto e
antes que Harry reclamasse, o abraçou como se eles fossem algo,
encostando os lábios em seu ouvido.

- Fica quietinho. - sussurrou, não foi sua intenção arrepiar o mais novo.
Harry ficou quietinho por um tempo nos braços do mais velho até entender
que era pra eles fingirem estarem se pegando ali para os guardas não
perceberem que era Louis. Ele milagrosamente quis ajuda-lo e suas mãos
foram tremendo para as costas dele, o abraçando apertado e o mantendo
consigo.

Louis escondeu o rosto no pescoço cheirosinho para não olharem seu rosto,
e Harry ficou com tanta vergonha. Primeiro pelos guardas que
imaginariam besteiras por dois garotos estarem daquele jeito em um beco,
sendo que na realidade eles não estavam ali para aquilo, suas bochechas
chegaram a queimar. E segundo porque estava agarrado a Louis, o abraço
era tão quentinho que Harry se aninhou a ele feito um gatinho, nem se
importando mais de estar em um beco sujo e abraçando seu ''inimigo''. E
terceiro que Louis suspirava com medo em seu pescoço, novamente sem
intenção de arrepia-lo, mas o fazia, os labios estavam encostados ali e
Harry naquele dia não soube se queria que tudo aquilo acabasse logo ou
que durasse mais alguns segundos. Pois estava tremendo nos braços de
Louis.

Naquele dia mais tarde, quando já estava com seu gato de volta e a
consciência recuperada, jurou odiar mais ainda Louis. E prometeu pra si
mesmo que nunca mais se encontraria em uma situação onde deixa o mais
velho lhe roubar selinhos.

E prometeu também que nunca pisaria nos lugares onde Louis ia, porque
viu com seus próprios olhos que aquilo só resultaria em encrenca.

✖✖✖✖✖

Harry da um meio sorriso com seu pensamento, porque fez tudo que
prometeu não fazer. Deixou Louis lhe dar vários outros selinhos, evoluindo
para bebês. E agora estava ali, olhando de longe carros correrem rápidos
demais, só porque queria ficar perto de Louis.

As coisas mudam. E Harry esperava que ainda continue mudando.

Aquele lugar era enorme. O barulho de carros na pista era até mesmo
irritante. Havia muitas luzes coloridas e muitas pessoas porque não parecia
um evento exclusivo dos amigos de Louis. Mas talvez de todo aquele
bairro. Tinha pessoas gritando na grade que separava da pista e mais outras
espalhadas em todo local, algumas só conversando, outras dançando uma
música qualquer. Harry se sentindo meio acanhado de estar ali e recebendo
vários olhares, porque com certeza ele não fazia parte daquele meio.

E revirou os olhos toda vez que recebeu alguma cantada barata. Como se
ele fosse capaz de ficar com qualquer um ali. E ele falava com clareza,
"nem adianta, querido" quando alguém se aproximava.

Se animou quando viu alguém vendendo espetinho de peito de frango. Ele


tem certeza que seus bebês puxaram o paladar de Louis, porque sempre que
tem algum desejo é por coisas estranhas e baratas. E ele meio que se viciou
naquele espeto fazia uma semana. Louis sempre indo no bairro de
madrugada comprar aquela coisa gordurosa que de uma forma inacreditável
fazia Harry ficar satisfeito.

Só foi ver o franguinho que se animou e foi comprar um, ignorando toda a
gritaria ao redor. Preferiu comer aquilo ali mesmo em pé, até acabar e ir
procurar Louis. Observando algumas pessoas fumando maconha um pouco
perto dele e o cheiro lhe enjoando um tanto.

Quando terminou, andou por aquele lugar procurando Louis em meio de


tanta gritaria, música alta e barulho de pneus se arrastando ferozmente. Ele
teve que desviar de muita gente e parecia estar andando em um campo
minado de tanto que evitava encostar nas pessoas porque ele ainda tinha
nervoso com grandes multidões, ainda mais se elas estavam alteradas e
esbarrassem nele de uma forma bruta.

E foi isso que aconteceu, seu corpo esbarrando em uma garota de cabelos
ruivos, a cerveja na mão dela caindo um pouco em seus sapatos italianos.
Harry olhou pro sapato chocado. Se concentrando em não dar um chilique
por aquilo e começar um monólogo de como aquilo era falta de boas
maneiras.

Mas ele respirou fundo, bem fundo. Disposto a não se estressar.

— Desculpa, cara. — A menina disse dando uma risadinha antes de olha-lo.


Ela parecia ter sua idade, talvez um pouco mais velha. Seus olhos também
verdes lhe miraram e ela pareceu se lembrar de algo. — Eu não te conheço
de algum lugar?
E simplesmente perguntou, sem ao menos umas desculpas descentes. Harry
se concentrou em não se estressar com aquilo e apenas sacudiu a cerveja de
seus pés como um cachorro. A menina bebendo da latinha mesmo que seus
braços estivessem molhados pelo esbarro, mas ela não se importando.

— Não? — Ele disse meio incerto. A garota então lhe analisando da cabeça
aos pés.

— Ah, sim, sim! — Ela disse meio bêbada. — Você é o garoto que Louis
engravidou! — Disse convicta. Harry não gostando daquele termo soando
em sua voz. — Harry, não é?

— Harry Styles. — Ele disse mais formalmente. — E sim, eu e Louis


vamos ter bebês.

Ela o olhou novamente de cima a baixo, como se ele realmente fosse de


outro mundo e meio que Harry não ligava para isso. Ele realmente parecia
não ser dali, ele não era e todos sabiam disso só de olha-lo. Só de olhar suas
roupas caras e sua postura.

A maioria das pessoas ali nem vestiam branco. Mas não era
tradicionalidade que ele esperava de uma festa que não era tradicional.

— Cara, te confesso que fiquei chocada quando soube. Não exatamente por
Louis engravidar alguém, você sabe... ele não controla o pau dele e isso
uma hora deveria acontecer. — Harry não gostou da maneira que ela falou.
Só reformando aquele estereótipo sobre Louis, que ele era só isso. — Não
que ele não usasse camisinha por aí, bom, pelo menos comigo ele usou, mas
ele sempre foi tão viciado em sexo que todos sempre zoou ele dizendo que
ele iria fazer um monte de filhos pelo mundo. E aí estão os seus primeiros.
— Ela riu enquanto divagava.

Harry mal sabia seu nome, mas não lhe surpreendia Louis já ter transado
com ela também. E a forma que ela falava fazia o garoto torcer o nariz.
Como se ele fosse apenas uns do que o mais velho traçou e o primeiro a ter
filhos, como se ele fosse transar com outras pessoas e fazer mais. Aquele
pensamento o deixou enjoado e enciumado.
Quando percebeu, não havia respondido e a garota continuou a falar.

— Mas fiquei chocada quando soube que era um filhinho de papai, tão
diferente dele. — Ela riu, o olhando novamente como se fosse óbvio só pela
aparência do garoto.

Harry então sorriu falsamente, e foi sua vez de lhe olhar dos pés a cabeça.

— Pois é, acontece. — Disse com um sorriso amarelo. — E isso entre a


gente pode até ter acontecido de repente, sido um acidente. Mas duvido que
teria acontecido com outra pessoa. Conheço Louis o suficiente pra saber
que ele não é burro de não se prevenir. — Não se mostrou abalado. — E
não fique tão surpresa por sermos diferentes, temos muita coisa em comum,
e agora, mais duas coisinhas, nossos bebês. E ele com certeza está muito
feliz com isso.

E de repente aquele pequeno trombo sem intenções, havia virado olhares


em desafio, a garota que antes ria, agora olhava debochada para Harry. Não
que ela fosse apaixonado por Louis, mas não entendia como ele foi
engravidar aquele riquinho com cara de esnobe.

— Espero que vocês estejam se dando bem, então.

— Estamos. — Harry garantiu e ela arqueou as sobrancelhas.

Harry nem sabia seu nome, e estava ali conversando com a garota não tinha
nem dois minutos direito, mas já a achava insuportável. Ganhando até de
Samile, e pensando nisso, Harry até sentiu falta da morena.

— Que bom. Então eu vou curtir essa festa e tenta curtir também. — Disse
a frase como ironia, como se fosse incapaz de Harry fazer isso porque olha
só pra ele... — E, ah, eu ainda não vi Louis. Faz alguns meses que não o
vejo e estou doida pra dar um abraço nele, se você o ver primeiro da um
beijo no rosto dele por mim. Só não vai ficar constrangido, okay? Sei que
será estranho uma vez que tudo isso aconteceu entre vocês, mas é só falar
que só fez isso porque eu, Caroline, pediu. Ele não irá ficar irritado. — Ela
brincou e piscou para Harry. Tendo a audácia de achar que era mais íntima
de Louis que o próprio Harry. A garota não fazia ideia que eles estavam
apaixonados e viviam trocando toques, e provavelmente achava que Louis
continuava tendo sexo casual com outras pessoas, Harry sentiu tanto ciúmes
que queria quebrar aquilo entre ele e Louis sobre ainda manterem o
relacionamento só pra eles, pra então falar aquilo pra garota. Mas ela
continuou a falar. — Foi um prazer, Harry. E vê se não prende o Lou muito
com a gravidez hem? Já imagino ele maluco com isso tudo e abrindo mão
de muita coisa. — Ela brincou novamente e se afastando dando um tchau,
mas Harry via a maldade ali.

Sua insegurança voltando de novo e a conversa com Zayn não fazendo mais
efeito.

Porque olhando ao redor, aquela era a vida de Louis, e mesmo assim,


mesmo o mais velho estando ali, ele não está fazendo o que costumava
fazer. Agora por ser pai, Louis não está ali fumando maconha ou cigarro,
ele não está correndo em carros ilegais e nem se preocupando em se
machucar. Ele não está ali não se importando em que horas vai voltar pra
casa e quanto de dinheiro tá ganhando. E só está ali porque Harry não
passou mal naquela noite, não teve enjoos. Senão, Louis estaria segurando
em seus cabelos pra ele vomitar, ao invés de viver a vida da maneira que
sempre viveu.

Porque aquele era Louis. O que vivia intensamente, o que não se importava
com o amanhã. O que não fazia planos, de repente tendo que ser pé no chão
e se preocupar a cada minuto.

E não era como se Harry não tivesse abrindo mão de algumas coisas em sua
vida também.

Ele está abrindo mão de muitas coisas e principalmente de passar 9 meses


tranquilos de sua vida, agora sendo 9 meses dedicados a carregar dois
bebês.

Mas Harry não queria ser um fardo, porque Louis não era pra si. Harry não
quer que Louis pense que viver do lado dele é monótono. Harry não quer
aquilo.
E ele voltou a ficar inseguro imaginando se um dia Louis cansaria, se Harry
era o suficiente.

Ele queria ser.

Ele não queria ser um fardo. Porque sabe o quão desagradável veio a ser pra
Louis durante tanto tempo. O quão foi maldoso. O quão se afastou dele e o
quão o prejudicou algumas vezes. Ele tem medo de Louis pensar naquilo.
De falar: Por que estou trocando meu cigarro, meu modo de viver, minhas
noites de prazer por Harry?

Porque Harry sabe que pelos bebês Louis sempre estaria lá. Mas seu
coração apaixonado e inseguro temia Louis alguma hora não querer mais
estar lá por ele.

E isso poderia acontecer a qualquer minuto, até mesmo naquele momento.


Porque eles não estavam juntos.

Eles tinham dois bebês juntos, eles moravam juntos, transavam juntos e se
gostavam juntos.

Mas não estavam.

Ainda não.

E aquilo começou a incomodar.

Porque ao mesmo tempo que a insegurança de Harry queria pedir a Louis


um futuro garantido pra ele não se sentir assim, por outro lado também sua
insegurança queria continuar daquele jeito, dando um passo de cada vez
porque eles não podiam se precipitarem e estragarem tudo, ele queria ficar
totalmente bem com Louis e queria viver o momento com ele.

Minutos depois, Harry conseguiu encontrar Louis. O mais velho estava


sentado com os amigos enquanto bebiam e conversavam alto. Um diálogo
cheio de palavrões que fez o mais novo revirar os olhos e respirar fundo pra
não implicar com aqueles trogloditinhas.
Ele se aproximou por trás de Louis, e olhou pros amigos dele pedindo
silêncio. Bobamente como se fosse uma criancinha, ele tampou os olhos
azuis com suas mãos e os outros riram pela cena fofinha.

Louis não precisou de muitos minutos pra adivinhar. Na verdade, foi com
poucos segundos que ele já sabia ser o dono dos olhos verdes. Primeiro pela
textura macia das mãos delicadas, segundo por aqueles anéis de prata
gelados, terceiro quando segurou nos pulsos e um deles estava com uma
pulseira que Louis conhecia. Talvez ele conhecendo todas as jóias de Harry.
E quarto por aquele cheirinho bom de bebê que suas mãos tinham, devido
ao creme que era tão doce como seu Harry.

Louis puxou delicadamente as mãos de seus olhos e beijou uma delas antes
de olhar pra trás e ver o garoto ali. Acabou mostrando seus dentes alinhados
para Harry por estar feliz dele ter ido ali, se levantando e vendo a carinha
receosa de Harry, não sabendo o porquê. Mas Harry temia que Louis não o
quisesse ali. Mas Louis mesmo sem saber daquilo acabou o puxando pros
seus braços, em um abraço quentinho e apertado.

— Você tá aqui! — Louis disse animado, ainda com ele. — Feliz ano novo,
Haz. — O mais velho o manteve consigo e só de poder desejar algo bom
em uma data comemorativa para Louis depois de tantos anos brigados, já
fazia o dia de Harry ter valido a pena por ter ido ali. Viu Louis se sentar de
novo pra ficar na altura daquela barriguinha linda e beijá-la. — Feliz ano
novo, meus anjinhos.

Harry sorriu doce e logo em seguida mordeu os lábios, tímido, e bem


acanhado se inclinou e deu um beijo adorável no rosto do mais velho, em
cima da barba dele.

— Feliz ano novo, Lou. — Disse baixinho.

Ah, Louis queria beijar aquele garoto tanto!

Harry disfarçou o clima amoroso indo falar com todos os amigos de Louis e
desejar um feliz ano novo pra eles. Não que isso tivesse tirado os sorrisos
travessos que Liam, Zayn, Bebe, Samile, Stan e Oli davam pra Louis
enquanto Harry não olhava, e o de olhos azuis retribuía com dedos do meio.
Todos voltaram pra conversa de antes agora com Harry incluído, olhou ao
redor pra procurar um lugar pra sentar e ouvir aqueles quase berros dos
amigos de Louis por conta do barulho alto que estava em todo local. Mas
acabou sendo puxado por Louis, o mais velho o colocando de ladinho em
seu colo.

E eles ficaram daquele jeitinho. Harry com as pernas longas sobre as de


Louis, os braços em volta do pescoço dele enquanto prestava atenção na
conversa aleatória e ria de algo mesmo sem entender mas só porque o jeito
que gargalhavam era engraçado. E as vezes se assustando quando do nada
eles levantavam e viam a pista de longe, gritando em comemoração pra
alguém que torciam ou soltando um palavrão. Harry odiava gritos então
sempre se tremia de susto e tampava os ouvidos ou então Louis fazia isso
por ele, antes mesmo dos outros gritarem, mas já previnia pra Harry não se
machucar e sempre tendo vontade de beijar o biquinho que ele fazia.

— Seu cabelo está tão bonito assim. — Louis sussurrou pra ele quando seus
amigos esqueceram a conversa de novo para se levantarem e subirem nas
cadeiras quando o carro para qual estavam torcendo ameaçava passar de
novo. E eles nem estavam perto da pista, muito menos da grade, mas os
gritos eram altos de qualquer forma. Louis passando os dedos pela trança
embutida de lado que tinha algumas pedrinhas brilhantes. — Eu estou feliz
que esteja aqui. Senti sua falta hoje e você está tão bonito que eu queria te
beijar agora.

Harry ficou todo bobinho, suas covinhas se afundando de um jeito adorável


e Louis queria morder ele todinho. Deus, gostava tanto daquele garoto.
Tanto! Seu coração transbordava de carinho.

Estava o abraçando como se Harry fosse um ursinho.

— Você acha? — Perguntou segurando na própria trança, de uma forma tão


bonita, era tão bonito a forma que ele olhava para Louis, o coraçãozinho
dele se alegrando por causa de um mínimo elogio. — Eu também queria
beijar você. Eu fiquei triste quando deu meia noite e todo mundo estava se
beijando na casa dos meus pais, e você não estava lá.
Comentou enquanto mexia nos botões da camisa de Louis, resmungando
mimadinho e Louis queria vê-lo de lingerie naquela noite. Beijaria todo
aquele corpo bonito. O amaria como ele merecia. O mimaria. E então
prometeria em suas preces de ano novo para que aquele ano fosse mais um
de muitos ao lado de sua princesa.

— Você ultimamente não fala mais "minha casa" sempre fala "casa dos
meus pais". — Louis observou e Harry empinou o nariz como se não fosse
nada demais, mas continuou a brincar com os botões dele e sorriu bobinho,
fazendo Louis rir e aperta-lo mais. — Pois quando voltarmos, eu irei te dar
seu beijo de ano novo.

Harry sorriu e olhou pra ele inclinando a cabeça pro lado e levando a mão
rapidamente pra bochecha de Louis, fazendo um carinho ali enquanto
recebia um na coxa. O mundo alheio a eles.

— Quando você me olha assim, eu só fico com mais certeza ainda que sou
tão apaixonado por você. — Louis disse todo bobinho por Harry. Ver
aqueles olhos verdes brilhantes tão de perto o fazia querer nunca mais parar
de olha-lo.

— S-Sério? — Harry perguntou esperançoso. — Promete? — Pediu. Ele


estava tão inseguro, e só queria que Louis dissesse mil vezes que era
apaixonado por ele.

Louis queria deita-lo e listar todos os motivos pelo qual é apaixonado e que
se apaixona ainda mais. Que talvez seja mais que paixão.

Mas antes que falasse, antes que prometesse, seus amigos voltaram a se
sentar e então Harry e Louis saíram de sua bolha, a conversa de todos
voltando.

Mas não era como se eles fossem as pessoas mais discretas do mundo. Eles
não precisavam contar o que rolava entre eles para todos perceberem.
Porque Harry estava ali, sentado no colo de Louis, sendo praticamente
ninado por ele, recebendo carinho na coxa. A cabeça do mais novo deitada
sobre a de Louis, a bochecha espremida ali de uma forma fofa, vez ou outra
sorrindo para a conversa enquanto apenas mantinha os olhos verdes em
todos mas o coração naquela bolha amorosa deles. Louis encostado no peito
de Harry e eles vez ou outra trocando carinhos. Todos ali sabiam o que
estava rolando.

Eles estavam tão apaixonados.

E era tão notório.

Harry só tinha 4 meses de gravidez e espera que nos próximos 5 meses eles
evoluam ainda mais.

Ao invés de retrocederem.

...

Depois de alguns minutos, Liam decidiu competir uma última vez no racha,
já que não estava bêbado e como era ano novo, ele queria encerrar aquele
dia fazendo o que costumava fazer antes de descobrir que seria pai. Não que
fosse deixar de fazer o que gosta, muito menos Zayn, mas eles pretendiam
estarem vivos pra cuidar de seu filho então isso excluía fazer coisas
perigosas. Por isso Liam ia competir pela última vez, apenas por diversão.

E Harry viu como Louis ficou empolgado pelo amigo, como seus olhos
brilhavam em antecipação. Como ele gostava de estar ali. E nunca havia
imaginado que um dia também estaria ali, acompanhando Louis e não
olhando pra tudo aquilo com tanta respulsividade como fazia.

Cada um vivia a vida de sua maneira. E Louis sempre viveu a dele. Sempre
fez o que quis. Sempre fez o que achou que um dia valeria a pena lembrar.

Ele tinha 23 anos e uma bagagem enorme de tantas coisas que já fez e que
valia a pena lembrar. E isso incluía agora seus bebês.

Ele lembra de quando Louis tinha 16, quando perdeu o pai. Lembra de
quando eles deram uma trégua nas brigas e Louis chorou em seu colo
porque seu pai era seu maior amigo. Porque ele viu seu pai morrer. E Louis,
ali, deitado no colo de Harry e de luto, prometeu que faria tudo que
quisesse, como seu pai aconselhou, seria uma pessoa sem restrições e
viveria uma vida para se lembrar.

Louis viveu e ele viveria uma nova aventura do lado de Harry.

Por isso o mais novo o olhou naquela noite e disse que não ficaria chateado
se ele se despedisse daquela parte de sua vida também. Porque Louis já
havia parado com rachas e só fazia coisas seguras. Mas entendia que ele
amava aquilo. E era quase impossível de acreditar que um dia Harry Styles
não julgaria Louis Tomlinson por fazer algo do tipo.

Porque quando Louis entrou em um dos carros Harry não estava do outro
lado da cidade, vendo pelo seu celular um vídeo de Louis competindo,
comentando o quanto ele era patético. Harry não brigou com ele quando ele
voltou, não o lembrou que ele era filho da empregada e não disse que nunca
estaria com alguém como ele. Porque agora Harry estava ali, grávido dele,
apreensivo e medroso, na grade torcendo por ele. Porque da mesma forma
que Louis se despedia daquilo, não de sua vida aventureira, mas apenas das
partes perigosas, Harry também se despedia de seu lado tão egocêntrico.
Porque eles começariam a funcionar juntos. A terem suas vidas diferentes e
individuais, porém também teriam a conjunta, a que se encaixava, a que
envolvia os dois.

Harry tampou a todo momento os olhos, as vezes abrindo algumas brechas


nos dedos. As vezes rezando pra nada de ruim acontecer. As vezes gritando
e pulando e as vezes brigando com alguém que torcia contra. As vezes
segurando as mãos de Zayn quando Liam e Louis estavam na frente.

E aquela sensação era maravilhosa.

A de não ter nenhuma barreira entre eles que os impeçam de viver o que
cada um vive sem julgamentos.

Harry sentiu toda a adrenalina de Louis em si. E ele nunca se imaginou ali,
torcendo por aquilo. Torcendo por Louis. Tendo certeza a cada minuto que
era ele, sempre foi ele e sempre será ele.
Aquele, exatamente aquele garoto que viraria homem consigo em poucos
meses, aquele moleque irresponsável que fazia tanta merda. O filho da
empregada.

Era Louis.

Não era nenhum burguês.

Era Louis.

E Harry, aquele mimado e riquinho iria correr para os braços de Louis e


pular em seu colo como Zayn fez com Liam quando todos viram que os
dois ganharam e saíram dos carros comemorando no meio de toda aquela
poeira. Harry iria correr para os braços de seu Louis e pular em seu colo e
comemorar.

Mas era Louis.

O que não tem um compromisso fixo consigo.

Louis, que as pessoas dali não sabiam dos seus sentimentos.

Louis, que não o namora.

E Harry, que não contou também para ninguém sobre seus sentimentos.

Harry, que também não o namora.

Harry, que se acanhou e deu um passo pra trás com o que viu.

Porque eles não namoram.

Eles ainda estão tentando se encaixar devido toda a bagagem odiosa que
fizeram durante os anos.

E isso abre espaço para situações como aquela.

Situações que Harry sabe que nem é culpa de Louis, porque Louis a afastou
no mesmo instante. Mas isso não deixou de doer em Harry. Porque doeu.
Doeu.

Doeu tanto ver Caroline se jogar nos braços de Louis e beijá-lo. Doeu
mesmo que Louis tenha a afastado. Doeu porque isso ativou a barreira entre
eles mais ainda. Doeu porque Harry se magoou. Doeu porque Louis lhe
olhou preocupado. Doeu porque sabia que Louis não queria, mas doeu
mesmo assim ver. Doeu porque Harry era inseguro. Doeu porque ele
lembrou que eles levaram vidas diferentes, suas escolhas passadas os
magoaram. Doeu porque talvez as escolhas futuras possam também magoar.
Doeu porque eles ainda eram incertos. Doeu porque Harry queria ter feito o
que Caroline fez, sem medo de depois disso dar tudo errado. Doeu porque
não teria esse medo de ser precipitado se tivesse feito certo no passado e
não ter que precisar andar cuidadosamente no presente.

Doeu porque eles ainda eram Harry e Louis.

E dói não saber o que os espera pro futuro.


18. never leave me again, cuz i love
you so much

N: Não sou Harry Styles mas apareço de madrugada pra comer o cu de


todo mundo. VIEWS EM LIGHTS UP!

Meu Deus, será que é att mesmo ou um surto coletivo?

ANTES DE LEREM A ATT LEIAM O QUE TENHO PRA DIZER,


POR FAVOR.

Como vocês sabem, eu disse que esse seria o ultimo capitulo. Mas decidi
que não vai ser kkkkkkkkkkkk ''ah, como assim? Vai fazer capítulos
extras depois desse?'' Não exatamente. Antes de começar a fic eu já
tinha o plot todo pronto e todos os rascunhos dos capítulos, e desde
sempre tinha la os acontecimentos do capitulo final e não mudou ate
hoje. E como vocês todos sabem, essa fic é de capítulos longos e o
ultimo seria maior ainda. E eu disse que não iria dividir, e tecnicamente
não vou. Mas então como assim a fic não terminou? Simples, quando
comecei a escrever o capitulo final eu percebi que tem muito
acontecimento pra um capitulo só, e quando digo acontecimentos não
falo de quantidade de palavras. Eu faço o plot dos meus capítulos
dividindo em acontecimentos. Um exemplo bem aleatório: Digamos que
em um capitulo tem que ter o acontecimento de Harry ter os bebês e ele
e Louis foderem,então são dois acontecimentos. Só um exemplo. Só que
no ultimo capitulo tem muitos acontecimentos, tipo uns 30 kkk. Não é
questão do capitulo ficar grande, porque se fossem 2 acontecimentos e
desse 40 mil palavras eu postaria de qualquer forma. Mas novamente,
não é questão de palavras, e sim de acontecimentos, o ultimo capitulo
ainda tem muita coisa pra acontecer e por mais que ele fique enorme e
detalhado eu acho que fica tudo muito em cima, sabe? Então decidi
prolongar a fic pra mais 2 ou 3 capítulos. Basicamente é tudo que
aconteceria no final, mas achei cansativo ter tanta informação em um
único capitulo só. Então é isso, prolonguei a fic até mesmo pra detalhar
e deixar tudo bonitinho algumas partes que eu nem detalharia muito se
fosse um só.

Sobre quando irei postar os próximos: Não sei, não irei prometer datas.
Eu nem ia postar esse hoje, queria dormir porque to morta mas
prometi e não queria deixar de cumprir mais uma vez, então aqui
estou. Eu to demorando mais que o normal pra atualizar porque peguei
sem saber uma matéria fodida na faculdade que parece tcc e ela ta
acabando com meu cu mais do que o Louis acaba com o cu do Harry
kkkkk. PORÉM, eu vou fazer de tudo pra não demorar porque fiz um
compromisso comigo mesma que só iria prolongar mais a fic ao invés
de terminar caso eu voltasse a postar com frequência. Até porque to
morrendo de ansiedade pra concluir ela e deixar toda bonitinha, e
continuar a outra que to fazendo com a Ju, alem de trazer mais plots
pra cá.

Enfim. Obrigada de coração por toda compreensão até aqui. Vocês são
incríveis.

O capitulo obviamente tem erros, me perdoem. E mesmo não sendo o


ultimo, está longuinhoooo. Aproveitem, leiam com calma e bebam
água. s2

___________________________________________

Louis não estava chocado com a atitude de Caroline. Não porque eles já
transaram, não era esse o motivo, mas sim porque eles tinham uma relação
de ficantes antigamente. Era comum entre os dois sempre que se viam se
cumprimentarem com beijos ou qualquer tipo de insinuação. Não era de se
admirar a atitude dela de ter lhe agarrado assim que ele saiu do carro,
achando que ele estava solteiro, o que tecnicamente é verdade. Ainda. E
Louis sabia que aquela cena complicaria mais ainda o fato dele e de Harry
ainda não serem algo fixo. Pois eles mesmos botavam pedras no caminho.

Aparentemente ninguém ao redor sabia que eles tinham alguma coisa


juntos. Louis não culparia Caroline por aquilo, porém suas mãos voaram tão
rápido pros ombros dela, a afastando, que a garota ficou confusa. Porque
embora ele e Harry não tivessem nada, eles tinham tudo. E ver o mais novo
sair dali como um furacão desesperou Louis, como se ele tivesse o traído ou
algo assim. Mesmo que o encostar de lábios de Caroline talvez não tivesse
durado nem um segundo inteiro.

Mas ele queria que tivesse sido Harry a pular em seu colo, queria até
mesmo beijá-lo na frente de todos. A lhe prometer que aquele ano seria o
melhor ano para eles. Mas não foi isso que aconteceu. E ele teve que correr
atras de Harry, mesmo que esse não tivesse lhe escutado os chamados e
tivesse entrado na Lamborguini como uma fera, Louis tendo que ir atras
dele em sua moto que era muito mais lenta que aquele carro, resultando em
15 minutos de atraso em sua busca em consertar as coisas.

— Merda! — Foi o que Harry exclamou ao ouvir a porta do quarto ser


aberta e batida. Se dando conta que ele não estava na casa de seus pais,
onde impediria a passagem de Louis. Aquele quarto era dos dois, e Louis
estava entrando impedindo sua vontade de ficar quieto.

Ao contrário que Louis pensou, Harry não estava chorando e querendo lhe
tacar as coisas enquanto gritaria até se cansar. Ele estava no banheiro, a
porta aberta e a expressão fechada enquanto se desfazia de sua trança em
frente ao espelho.

— Harry, você sabe que eu não quis, não é? — Louis comentou com
cuidado, se aproximando devagar da porta e o olhando sem entrar no
banheiro.

— Eu não quero conversar, Louis. — Ele disse tão seco como em qualquer
dia antes deles começarem a se entender.

— Mas precisamos, não podemos ficar empurrando com a barriga tudo que
fazemos. —Harry então sorriu como se Louis tivesse contado uma piada,
lhe olhando através do espelho.

— Assim como fazemos com o que temos? — Desdenhou.


— O que temos não é empurrado com a barriga, só não damos um passo
maior que a perna. — Louis tentou defender a relação deles.

— E olha onde isso nos levou. Nossos passos de tartaruga fazem outras
pessoas a darem passos mais largos, como sua amiguinha.

— Harry, eu não quis que ela me beijasse, você viu que eu não correspondi,
eu não faria aquilo com você.

— Eu sei que não. — Não na minha frente, talvez. Harry completou


mentalmente mesmo que tivesse um lado seu lhe julgando por pensar assim,
mas seu lado inseguro estava falando mais alto.

— Então por que não esquecemos isso? Eu lavo minha boca até com álcool,
se assim você preferir. — Sorriu um pouco, embora Harry continuasse
quieto. Então sua voz começou a sair calma demais, preocupado se Harry
realmente iria se magoar, pois não queria que isso acontecesse, queria que
ele sorrisse feliz para si. — E então a gente encheria a banheira com todas
as espumas e cheiros que você gosta e — Ele se interrompeu quando Harry
saiu do banheiro, passando por si e esbarrando em seu ombro, parecendo
indiferente ao que ele falava, mas Louis sabia que uma vez que ele está
chateado, é uma falsa indiferença para barrar tudo que está sentindo embora
soubesse que em poucos segundos ele estaria demonstrando suas
chateações. Viu o mais novo ir até o guarda roupa e retirar seus acessórios,
guardando eles enquanto ficava de costas para si. — E então eu te faria a
melhor massagem de todas. A gente comemoraria da nossa forma esse ano
que entrou. — Louis se aproximou, suas mãos envolvendo a cintura dele,
sentindo como sempre é tão macia, levou uma das mãos até os cabelos
sedosos, afastando os cachinhos de sua nuca, seu nariz passando no local
devagar, sentindo aquele cheirinho bom dele, os lábios encostando em uma
pintinha que tinha ali, deixando o local molhado ao que viu os pelos se
arrepiarem. Harry parecia que iria ceder, a voz calma e melodiosa do mais
velho quase perto de seu ouvido. — Eu te beijaria e deixaria minha paixão
por você transbordar só pra você ver como eu gosto tanto de te ter por
perto.

Os olhos de Harry começaram a transbordar de novo e suas mãos tremeram


tentando controlar a angustia que sentia dentro de si, ele pegou nas mãos do
mais velho e as desentrelaçou de sua cintura, virando de frente pra ele,
Louis sorrindo ao achar que Harry diria sim, mas seu sorriso morreu em
câmera lenta quando viu o olhar triste e transbordado diante de si.

E antes que que Harry falasse qualquer coisa que tivesse que falar, que
dissesse os motivos de estar se sentindo tão chateado, seu estomago
embrulhou e ele correu de volta pro banheiro, a tempo de levantar a tampa
do vaso e se ajoelhar perante a privada, vomitando por se sentir mais uma
vez das inúmeras vezes enjoado por conta da gravidez . O que antes ele
rezou para que não acontecesse durante aquela noite, para não estragar a
diversão de Louis. E não demorou muitos segundos para sentir os dedos de
Louis em seus cabelos, segurando eles e a mão em sua cintura acariciando
enquanto ele lhe dava total apoio. Era sempre assim nos últimos meses.
Quantas vezes Harry acordou Louis de madrugada sem querer por conta de
seus barulhos de vomito? Depois de Louis ter várias noites mal dormidas
por trabalhar tanto. Mesmo que Harry não quisesse acorda-lo, mas ele
sempre escutava os barulhos. Quantas vezes Louis deixou de se divertir
com os amigos por que Harry não conseguiria se divertir com seus uma vez
que estivesse enjoado? Quantas vezes Louis aguentou o drama de Harry, as
oscilações de humor, o jeito mimado triplicando? Não que Harry achasse
que Louis não tivesse fazendo mais que a obrigação dele. Afinal, ajudar ele
passar por isso era o minimo quando era Harry que carregava duas crianças
que aumentava cada vez mais de tamanho, era ele que tinha o maior
estresse emocional, era seu corpo que estava começando a mudar. Mas o
fato de pensar que era aquilo, a obrigação de Louis, chateava Harry.

Quando ele deu descarga, se sentiu mais ainda angustiado. Ele deixou como
sempre Louis lhe ajudar, pegar seus pijamas, uma toalha e esperar ele tomar
banho. Harry demorou mais do que deveria, as cenas daquele misero beijo
passando diversas vezes na sua mente. Ele poderia simplesmente esquecer
aquilo e partir para cima do mais velho quando tivesse limpo e com a boca
escovada, podia reverter seus ciumes em uma foda longa para suprir
aquelas angustias. Mas do que adiantaria, afinal? Se no dia seguinte eles
continuariam não sendo nada, apenas pais das mesmas crianças, dois ex
melhores amigos, voltando a serem amigos, dois ex rivais que agora são
apaixonados, mas os mesmos dois caras que por suas inúmeras diferenças
tem medo de mergulhar de cabeça em algo incerto e acabar magoando de
vez um ao outro. Ele entendia aquilo, mas outras Carolines teriam brechas
pra aparecer, outras mulheres, outros homens, outro alguém. Harry quer
viver o momento com Louis, ele realmente quer, sem precipitações. Ele não
quer outro alguém agora, acredita que Louis também não. Mas o que
aconteceria em outro momento?

Quando estava definitivamente limpo e trocado ele só queria dormir e


esquecer de suas paranoias e inseguranças, esquecer daquele selinho que
estragou sua noite.

— Boa noite. — Foi o que ele disse quando voltou para o quarto.

— Boa noite? Harry, ainda temos que conversar.

— Eu não quero conversar.

— Mas temos! Ficar guardando as coisas dentro da gente só piora tudo. —


Louis resmungou e Harry cruzou os braços realmente não querendo falar
daquilo, mas encarou Louis e ele parecia destemido, ainda mais quando se
sentou em sua frente na cama.

— O que você quer conversar, Louis? Eu entendi, okay? Foi ela quem te
beijou porque genuinamente achou que você ainda fosse solteiro, eu sei que
você não continuou o beijo. Eu entendi. Não estou te culpando.

— Então por que ainda está chateado? Você voltou tentando soar
indiferente, depois vi seus olhos tristes e agora está com uma ligeira raiva,
se entende por que não esquecemos isso? Ainda é cedo, é um novo ano,
poderíamos continuar essa noite ao invés de irmos dormir frustrados. —
Harry diria que Louis estava se saindo razoavelmente bem, não o suficiente
pra acalmar seu peito apertado, mas talvez o convencendo mais tarde para
esquecer aquilo, é claro, se não fosse as palavras seguintes. — Caroline
apenas achou que eu estivesse solteiro, solteiro, tipo... realmente, sem estar
saindo com alguém, nem ela mesma teve culpa.

Harry deu um sorriso para ele, não um sorriso doce, mas como se estivesse
o ameaçando de morte ou algo assim.
— Ah! Ela não teve culpa... — O tom era repleto de ironia. — Então só
porque uma pessoa acha que a outra não tem nenhum tipo de
relacionamento que ela vai sair agarrando assim. Então qualquer um que te
beijar está certo só porque achou algo? — Não era isso que Louis quis
dizer, ele iria falar aquilo mas Harry tinha outro ponto. — E não use esse
termo ''saindo'', você não está ''saindo'' comigo. Vamos ter dois bebês, isso
não é ''sair'' com alguém.

— Só foi uma forma de falar, Haz. Mesmo que eu falasse que estivesse te
''pegando'' seria maior do que qualquer coisa que tive com alguém, babe. —
Louis disse sereno, ele não queria tornar aquela conversa uma discussão.
Ele ainda queria aproveitar o ano novo, queria cuidar de Harry e seus
enjoos e queria que ele parasse de pensar naquele beijo. — E não, não estou
dizendo que qualquer um pode me beijar só porque acha que não estou em
qualquer tipo de relacionamento com você, só estou dizendo pra não levar
esse caso de hoje tão a sério. Eu não a vejo tem tanto tempo, ela só teve
uma reação que tinha antes ao me ver, mas agora ela já está ciente do que
acontece entre a gente.

Harry olhou pra Louis enquanto ele tinha as mãos em seus cachos, Harry
achava que aquilo era golpe baixo dele uma vez que se sentia como um
gatinho e aquilo o fazia querer se aninhar no mais velho.

Mas então se lembrou da conversa que teve com Zayn, como queria ter
falado o que sente pra Louis ao invés de guardar para si, se lembrou de
todas as vezes que lhe subiu uma questão na cabeça e não perguntou para
Louis com medo de estragar o que eles estavam construindo, lembrou o que
a própria Caroline disse pra ele quando o encontrou antes de beijar Louis. A
frustração e insegurança estava lhe consumindo e ele precisava falar para
não explodir.

— Ela parecia ciente desses fatos desdo começo, Louis. Não estou te
culpando pelo beijo mas não tente amenizar o ato dela como se fosse
inocente, quando ela jogou um monte de veneno pra cima de mim, como se
estivesse sendo amigável enquanto debochava de você ter me engravidado.
Como se eu fosse idiota de não distinguir o que é veneno ou não. — Harry
desdenhou ao lembrar de algumas coisas que Caroline lhe disse mais cedo e
Louis parecia surpreso porque não sabia do encontro dos dois. — Não é
apenas o fato dela ter te agarrado, é ela falar que você nunca controlou seu
pau e que uma hora iria acabar engravidando alguém mas que ficou
surpresa de ter sido eu, dizer que você sempre foi viciado em sexo e que
nossos bebês são apenas os seus primeiros, insinuando que você vai
engravidar outras pessoas, que não é pra eu ficar te prendendo com a
gravidez porque você deve estar ficando louco com tudo que está
acontecendo.

Louis fechou a expressão, não exatamente para Harry, mas pela Caroline.
Ele não mentiria em dizer que sua vida foi repleta de pessoas ao seu redor e
que ele sempre amou ter essa disponibilidade de se envolver com quem
quisesse, mas ele sabia que deveria rever com quem ainda mantém amizade.
E que mesmo que ele não queira, certas coisas interferem em seu
relacionamento com Harry sendo diretas ou indiretas. As coisas em sua vida
de repente se tornaram tão corridas que ele não teve tempo de rever quem
merecia ter laços com ele, quem eram seus amigos ou não. Harry sempre
lhe olhou como o cara que transava com os próprios amigos, e aquilo não
era uma mentira, mas nem todas pessoas que transou eram suas amigas e
Louis sabia que tinha que prestar atenção nisso. Se tivesse cortado seu laço
com Caroline talvez aquilo não teria acontecido, porque ele já transou com
Zayn e Liam e nem por isso eles falavam merda para Harry.

— Eu não sabia disso, Harry. Eu não fazia ideia de que vocês tinham se
encontrado. Me perdoa por alguém que não tem nada a ver com a gente ter
interferido na nossa noite. A culpa pode não ser minha diretamente mas sei
que indiretamente é. Eu não quero que você passe por essas situações
novamente. E eu te garanto que não irei ter mais algum tipo de contato com
ela.

— Não, Lou. Não são desculpas que eu to pedindo. — Harry olhou para o
mais velho, se aproximando mais dele e tentando ter uma conversa franca
sobre tudo que está sentindo com suas inseguranças. — Não é só sobre o
selinho. Eu só tenho tanto medo de tudo de repente mudar, sabe? Eu sei que
estamos indo devagar, porque nunca nos encaixamos direito e não é o fato
de estarmos apaixonados e tendo dois bebês que muda isso, afinal, nem
quando eramos melhores amigos crianças que isso fez estarmos 100% bem
todos os dias. Mas agora a questão é diferente, não estamos tentando ser
amigos, não somos mais inimigos, estamos criando uma família, então sei
que temos que caminhar com cuidado, eu concordei com isso. Mas eu não
vou mentir dizendo que isso me da alguma segurança, porque não dá.
Somos completamente diferentes e levamos vidas diferentes, que não
deveriam importar se essas vidas ainda não tivessem tão presentes com a
gente. Estamos tentando nos encaixar mas nossos estilos de vida ainda estão
presentes, e tudo bem, é o nosso jeito, e eu sou apaixonado pelo seu jeito,
Louis, por mais que eu já tenha implicado tanto com ele. Mas todo dia uma
insegurança enorme bate dentro de mim, sobre se eu estou sendo grudento
demais ou não, se você irá enjoar do meu jeito mimado do qual você já
tanto reclamou, se eu mereço ter você ao meu lado, se você está feliz
trabalhando tanto, Lou. Porque as vezes você fica tanto fora de casa que é
como se não morássemos juntos, e me pergunto se é isso que você quer,
essa preocupação de receber o mesmo que eu recebo. Pois eu sei que você
ama nossos bebezinhos mas também sei que não era isso que você
planejava agora. Me pergunto o quão estressante é você ter que parar com o
cigarro tão rapidamente, o quão cansado você fica de me ajudar com os
enjoos ou de sair de madrugada pra atender meus pedidos de desejo da
gravidez. E eu sei que você não está fazendo mais que sua obrigação, mas
me pergunto se é só isso, obrigação, Louis. Mas aí você sorri e me beija, me
toca e eu sei que você ainda é apaixonado, ainda quer viver esse momento
comigo. E eu concordei em dar passos pequenos, ainda concordo. Mas
momentos mudam, Louis. E se amanhã não for isso que você quer? E se
esses passos pequenos nos der brechas pra outras pessoas como deu pra
Caroline? Afinal, você não a correspondeu, mas e se corresponder outra
pessoa amanha? E eu nem poderei falar nada porque não temos nada. Pior, e
se você já corresponde? Todas as madrugadas que você demora a chegar
dos seus grafites eu morro de medo de você aparecer com outro cheiro,
Lou. E sabe o que é o pior? É que se você aparecer, eu não poderei falar
nada. Foi o que a gente escolheu para esse momento.

Louis arregalou os olhos para as palavras de Harry, olhando para ele, bem
ali a sua frente, conseguia ver o quanto ele estava inseguro não só por todos
aqueles motivos, mas também ao revela-los. Ele tinha uma pequena noção
sim que Harry poderia se frustrar com algumas coisas, assim como ele
próprio se frustra, não ter algo realmente oficial entre os dois causa ciumes
em ambos, mas nunca achou que era uma insegurança tão grande. Pois
Harry sempre foi muito confiante em tudo. Sim, Louis sabe que quando
envolvia romance no meio ele não era o mesmo garoto de nariz em pé,
ainda mais quando se envolve a história de autos e baixos deles, porém, a
forma que Harry se abria era como se a qualquer momento aquela paixão
entre eles pudesse acabar, fosse passageira, e aquilo fez a barriga de Louis
gelar.

Ele pegou nos dedos de Harry e os segurou junto a si, lhe dando o melhor
olhar reconfortante que poderia dar, Harry lhe olhou mais inseguro que
antes, os cabelos antes trançados meio amassados justamente por conta das
tranças e Louis passou a mão neles, ao mesmo tempo que massageando a
pele da bochecha que felizmente estava seca. Não queria que o caso infeliz
que resultou naquela conversa virasse um dialogo triste ou raivoso.

— Não pensa dessa forma, Haz. Tudo que eu faço que tem a ver com o
bebê não é apenas porque é o meu dever, mas também porque quero. Eu
quero passar todos os momentos da gravidez junto a você, te ajudando.
Perdendo noites de sono com você, durante a gestação e fora dela, você não
fez esse bebê sozinho, Haz. Eu amo eles, independente se eu planejei te-los
nesse momento ou não. Não é essa questão. Sermos muito novos, termos
planejado ou não, ser a minha obrigação ou não te ajudar, nada disso entra
em questão. Eu faço porque amo ver o crescimento da sua barriguinha, Haz.
Eu não me importo nem um pouco de perder minhas noites de sono pra te
ajudar com os enjoos, pra comprar comidas que você deseja. Eu estou aqui
com você.

Harry sorriu minimamente porque confia em Louis naquela questão, ele era
muito carinhoso com os bebês e com ele. Mas Louis sabia que não era só
isso que incomodava Harry.

— Eu sou apaixonado por você, Harry. Eu não estou vendo ninguém e nem
quero. Outras pessoas não terão brechas como Caroline teve porque não
vou deixar. E eu não penso apenas no momento que estamos vivendo
embora estejamos indo com calma, isso não significa que amanhã eu estarei
com outro alguém e só me importarei com você em relação ao ser o pai dos
meus filhos. Eu não o vejo apenas dessa forma. E se estou com você agora,
eu não quero outro alguém amanha.
— E como você pode garantir isso, Louis? — Não era essa a reação que o
mais velho esperava, tanto que suas mãos vacilaram perante ao corpo do
mais novo. Ele esperava que eles conseguissem se entender ali, mas parecia
que o passado de Louis era algo que realmente incomodava Harry e aquele
beijo faria eles falarem sobre isso a noite toda. O beijo foi apenas o gatilho
para abrir tudo dentro de Harry. — Não somos namorados, esqueceu? —
Harry lembrou a frase que eles falavam pra implicarem um com o outro.

— Você quer ser?

Louis não perguntou de uma forma romântica, na verdade, nem um pouco


romântica, porque agora seu tom não era mais tão compreensivo assim.

Ele entendia Harry ter inseguranças, pasmem, Louis também tem, embora
Harry não tivesse ciente das suas. Porem, se tudo está esclarecido entre eles,
por que eles apenas não encerram o assunto e ficam bem?

Harry torceu os lábios com a pergunta feita daquela forma.

— Dessa forma? Não. E eu concordei em irmos com calma, não é essa a


questão.

— As questões foram todas as que você citou e eu entendo, mas se você


concorda que não tive culpa do beijo e entende que amo os nossos bebês e
quero viver um dia de cada vez com você, que só estou com você, por que
não esquecemos essas infelicidades e acabamos essa noite de uma forma
melhor?

— Você foi o primeiro a querer conversar. Não estamos tentando dar certo?
Fingir que algo não nos chateia apenas piora tudo. — Harry reclamou do
começo da impaciência de Louis.

— Mas então do que você está com medo, Haz?

— Do amanhã, Louis! Se amanhã seus pensamentos serão os mesmos, ou


até mesmo os meus. Porque nem todos os dias são iguais, os momentos
mudam, os sentimentos também. E se amanhã você acordar e ver que tentar
se encaixar comigo não dará em nada? Ou então que até mesmo poderá dar
certo comigo no futuro, mas é isso, no futuro, então como está tecnicamente
solteiro querer se divertir por uma ultima noite com outro alguém? Sei que
o que estamos tendo é maior que todas as inseguranças, mas pequenos
pensamentos também machucam, sabe?

— Não são pequenos pensamentos, Harry. São grandes. Você praticamente


me vê como se eu tivesse sido algum pervertido em toda a minha vida, e
como se eu preferisse essa vida ao invés de estar com você. Como se eu
fosse te trocar a qualquer momento. — O tom de Louis era um pouco
decepcionado.

— Se fosse ao contrario, você não pensaria o mesmo? Um beijo não


ativaria sua insegurança mesmo que eu não correspondesse? Se um amigo
meu fizesse o que você tem vontade fazer mas não faz porque não está
comigo, como você reagiria? Você conseguiria bloquear seus pensamentos
inseguros e apenas continuar com a noite fingindo que isso não te deixou
triste?

Harry tinha um ponto.

E Louis iria responder, mas antes que o fizesse Harry interveio.

— É claro que não deixaria por que quais são as chances disso acontecer?
— Harry sorriu meio triste. — O máximo que poderia acontecer seria
alguém dar em cima de mim, mas não agiria como se fossemos ficantes de
longa data. Porque meu passado é diferente do seu. Você não tem motivos
pra ficar inseguro comigo quando sabe que você foi meu primeiro e único.
Foi o único a me ter e tem plena convicção que eu não sou de me deitar
com várias pessoas, então não faria isso amanha. Você não entenderia o que
eu estou tentando te dizer. — Harry concluiu mais para si mesmo do que
pra Louis e não era como se estivesse o condenando ou achando sua vida
mais digna do que a dele, apenas estava chateado com possíveis
possibilidades futuras. E respirou fundo pronto para apenas esquecer aquilo
e dormir, pois o amanhã é um novo dia, primeiro dia de um ano novo e tudo
ficaria bem.

Mas Louis agora parecia levemente irritado.


— Não aja como se eu fosse um grande filho da puta que pode mudar de
ideia a qualquer hora e como se eu fosse super confiante com o que estamos
tendo e que não tenho nenhuma insegurança, Harry.

— E você tem? Porque diante desse caso eu não consigo visualizar a


mesma situação, acontecendo comigo ao invés de você.

— Como se fosse só situações assim para ter insegurança, não é Harry?


Como se você ter transado só comigo garante algo. E eu nunca transei
contigo para que garantisse, eu não me importaria se você tivesse feito com
outros antes de mim e entendo ser inseguro comigo não só por causa de
coisas carnais mas com tudo, já que não somos fáceis e temos um histórico
de desavenças enormes. Mas não aja como se eu fosse desesperado por sexo
ou que eu prefira mil vezes me divertir com minhas loucuras do que estar
com você.

Louis parecia bem em seu argumento, mas seu tom indignado estava
aumentando e embora ele soubesse que coisa boa não viria daí, ele
continuou a falar.

— Eu não preciso chegar a ver outro alguém te beijando ou você querendo


transar com outros pra ser inseguro. Só o seu jeito já me deixa inseguro.
Você tem tudo, e como posso confiar que você quer mesmo trocar seu tudo
por um nada? Estar nesse apartamento que é gigante pra mim é muito, mas
sei que pra você é um cubículo, você cresceu naquela mansão e as vezes
tenho a sensação que vai voltar correndo para lá a qualquer instante após os
bebês nascerem. Independente se está ou não apaixonado por mim, Harry,
porque você é mimado e isso talvez ainda fale mais alto pra você. No
momento pode estar curtindo estar ao meu lado, mas quando a situação
apertar, não só sentimentalmente mas talvez financeiramente, quem garante
que sua paixão falará mais alto? Quem garante que você não vá correr atrás
do seu papai daqui a alguns meses, quem sabe dias? E se um cara lindo,
com status aparece pra querer ter um vida de contos de fadas com você?
Você irá mesmo querer ficar comigo que sou apenas o filho da empregada
dos seus pais? Ou você irá correr para o que te dá mais conforto?

Eram sentimentos verdadeiros de Louis, mas que pela sua indignação e um


tanto de raiva súbita fez ele falar de uma forma que não planejou, fazendo
Harry arregalar os olhos e abaixar a cabeça.

Eles ficaram em um silencio desconfortável e Louis respirou fundo,


fechando os olhos e percebendo a maneira alterada que havia falado aquilo,
assim como Harry também havia falado de si. Se arrependeu e pôs as mãos
na cabeça de Harry.

— Haz, me desculpa, não era exatamente assim que eu queria falar... não
com essas palavras como se você fosse tão mesquinho como antes... não era
dessa forma que eu queria me expressar.

— Mas foi, e tudo bem. Eu entendo. Você se exaltou e eu também ao


praticamente te definir como um pervertido. — Harry disse e ele estava
sendo sincero, embora ainda triste com toda aquela situação.

Louis o olhou e no fundo ele sabia onde aquilo iria dar, mas não queria.

— Haz...

— E talvez eu não seja tão mesquinho e você não seja mais tão sexualmente
ativo com outros, mas ainda somos Harry e Louis. Você ainda vive o
momento e eu ainda sou mimado. Eu não quero ter futuras brigas com você
sobre isso, não agora que estamos conseguindo nos darmos bem.

— Não precisamos ter, é só esquecermos tudo isso.

— Da mesma forma que não entramos de cabeça em um relacionamento


porque não queríamos dar um passo maior que a perna e estragar todo nosso
progresso, nossos eu's ainda são presentes demais e pode estragar o que a
gente tem.

— Não vai estragar, Harry. Mesmo quando eramos pequenos e amigos


brigávamos por coisas bobas e batíamos na mesma tecla sobre nossas
personalidades divergentes, no entanto eramos amigos e só nos tornamos
idiotas quando crescemos e viramos adolescentes e depois adultos. Mas
agora, nesse momento, voltamos a ser o Harry e Louis crianças, babe. Não
tem o que temer.
Louis enroscou seus dedos nos cabelos sedosos e como sempre seu amor se
enroscou ali como um gatinho, fechando os olhos e sorrindo.

— Não somos mais duas crianças amigas, Lou. Nossas brigas de antes não
eram nada demais. Agora estamos tento filhos, você quer arriscar isso em
algo incerto? — Sua voz incrivelmente não tremeu ao perguntar, embora
sentisse o nó na garganta o incomodando tanto, o choro sendo segurado de
uma forma sufocante, os olhos prensados com força e quando os abriu e
olhou para Louis este sentiu seu coração doer ao ver eles tão dolorosos com
aquela decisão.

— Não faz isso, Harry... por favor... — Louis pediu também quebrado,
juntando sua testa na dele, e o abraçando.

— Ano passado eu estava te xingando por você ser o filho da empregada,


hoje eu me derreto com seus toques gentis, Lou, eu não quero voltar pro
passado. — Harry falou enquanto sentia suas lagrimas salgadas em seus
lábios e Louis encostou a cabeça no ombro dele, o mantendo perto e lhe
dando carinho assim como Harry retribuía, e Harry não viu, mas Louis
deixou uma lagrima cair quando assentiu concordando com ele. — Eu
quero dar certo com você... muito!
Mas não quero me magoar e nem te magoar até ficarmos maduros. Então
acho que temos que fazer isso sozinhos...

Louis ficou quieto apenas agarradinho consigo e Harry sabia que era porque
mesmo que doesse ele concordava.

— E então, quando aprendermos a nos encaixar, eu vou estar aqui se você


quiser um mimado idiota.

— Promete? Por favor?

— Prometo.

— Então eu vou estar aqui quando você quiser um troglodita idiota. —


Harry riu entre as lagrimas e Louis o apertou mais ainda em seu abraço
reconfortante.
— Promete?

— Prometo.

Harry sabia que eles cumpririam a promessa. Eles ficaram agarradinhos


durante minutos, e mesmo assim não se soltaram. Harry só não queria
nunca mais sair dos braços do mais velho porque temia caso o fizesse, e
Louis temia não poder mais toca-lo daquela forma tão acolhedora e intima
que eles vem se permitindo durante muitos dias.

— Você quer que eu passe a ficar na sala? — Harry negou prontamente,


fazendo um bico manhoso em negação que Louis sentiu em seu ombro,
então sorriu minimamente. — Eu não sei quanto tempo isso irá durá, dias,
um mês ou vários meses. Mas não se esqueça que eu sou apaixonado por
você, okay? — Louis sussurrou doce no ouvido de Harry e esse tremeu de
amor.

— Por favor, não se esqueça que eu sou perdidamente apaixonado por você
também, Lou.

E eles encostaram os lábios como uma promessa que aquilo não acabaria
ali, demorando a separa-los porque realmente não queriam que acabasse e
temiam aquilo. As lagrimas que escorreram no segundo seguinte eram
tristes mas que prometiam se tornarem de felicidade em um futuro não tão
distante.

_______________________________

Acordar com a sensação de perder alguém que nunca foi seu fez o peito de
Louis doer no dia seguinte. Pois quando ele abriu os olhos e mirou Harry
em seu braços todo encolhidinho e ainda dormindo, ele sabia que era o que
eles precisavam ter feito. Quando olhou aquela bochecha fofa espremida em
seu peito, entendeu que eles veio tendo um relacionamento problemático
durante os anos e que começar algo oficial sendo ainda tão explosivos um
com outro não era nada saudável, ainda mais que eles vão ter filhos juntos.
Não foi o beijo em si, foram eles mesmos.

Mas quando o olhou ali, doeu. Mesmo entendendo, mesmo concordando.


Apesar disso, o primeiro dia foi normal. Não era como se fosse nada alem
do usual de antes. E eles não brigaram, eles continuaram a se tratar da
mesma forma doce, eles só preferiram amadurecer primeiro antes de
engajar sério em um relacionamento.

Quando se passou uma semana, Louis já sentia falta de toca-lo o tempo


todo, e não era nem de uma forma sexual que ele pensava. Ele só sentia
falta de dizer com todas as letras o quão era louco por Harry de todas as
formas possíveis, e sentia falta de ouvir aquele mimadinho passando em
cima do orgulho e falando coisas bonitas pra ele também.

Na primeira semana, Louis percebeu que ele não era mais o Louis
adolescente antes de descobrir sentir qualquer tipo de atração ou sentimento
por Harry, porque aquele Louis, o Louis raivoso que terminou a amizade
com Harry ainda sim quando estava sozinho pensava em como seria bom se
eles retornassem a amizade. E agora eles meio que são amigos, eles não
estão sendo estúpidos um com o outro só porque tiveram uma desavença na
semana anterior, mas Louis ali percebeu que não ficaria satisfeito só com a
amizade de Harry. Por isso, naquela semana, ele decidiu olhar pros seus
pontos negativos, não era questão de mudar quem ele era, porque não
queria que Harry mudasse também, mas era questão de saber onde
amadurecer e Louis tentou olhar para aquilo dentro de si e se perguntou se
Harry estava fazendo o mesmo.

No começo da segunda semana Louis não conseguiu evitar de voltar a tocar


o corpo de Harry. Ele apenas tinha voltado muito tarde de mais um grafite
cansativo e achou que Harry estivesse dormindo, mas ele estava sentado na
cama, vestido com aqueles pijamas de seda de qualquer cor pastel que o
deixava parecendo um anjinho, com um livro da faculdade na mão. Louis
fingiu não perceber o olhar preocupado que Harry lhe deu ao entrar no
quarto, como os olhos verdes inseguros percorreram seu corpo com medo
de ter alguma marca de um outro alguém, e que olhos diminuíram aliviados
ao notar que não havia nada alem de manchas secas de tinta. Louis não
evitou em deitar e beijar aquela barriga relevante de Harry, o que era
comum, ma então subiu os beijos doces pra aquele pescoço cheiroso,
afundando seu rosto ali porque meros dias distante de sentir seu cheiro tão
de perto era uma tortura, e então deixou um beijo doce, igualmente em suas
bochechas adoráveis, em forma de cumprimento, rolando pro outro lado da
cama em seguida. Harry lhe encarou envergonhado e tocado durante alguns
segundos, abriu a boca e a fechou varias vezes e tentou voltar a
concentração em seu livro mas gaguejou ao dizer implicante que Louis lhe
sujou de tinta, o que era mentira, e que era pra ele tomar um banho. Mas
Louis sabia que era só uma desculpa pra ele não percebe-lo tão abalado e
pra ficar sozinho enquanto tenta acalmar o coração, Louis sabia porque ele
tentou acalmar o seu no banho. E porque durante o começo da segunda
semana eles voltaram a terem aqueles toques doces.

Mas no final da segunda semana, eles perceberam que tinham que parar.
Porque eles sentiam muita falta um do outro, e Harry ficar sentadinho no
colo de Louis, ou esse sempre lhe beijando todo corpo, eles trocando
palavras carinhosas demais, os faziam terem vontade de se agarrar. Como
das vezes que depois de estarem tão perto um do outro, eles ficaram
encarando os lábios no breu da noite com extrema vontade de se roçarem
nem que fosse um pouco, e Louis sabia que seus toques na cintura do mais
novo já não era tão doce assim quando o apertava e o trazia mais pra perto,
seus olhos azuis diziam claramente querer devora-lo todinho e os olhos de
Harry eram pidões demais. Aquele mimadinho manhoso!

Na terceira semana, Louis testou literalmente seu auto controle.

Pois embora eles não estivessem tendo algo mais intimo ainda dormiam na
mesma cama, e Harry durante todos os dias dormia com seu pijamas de
ceda e Louis não dormia mais apenas de cueca. Bom, isso mudou a partir da
terceira semana.

Porque Harry voltou a usar as lingeries, a dormir com elas.

E todo dia foi uma batalha diferente para Louis quando ele chegava do
trabalho e olhava para a cama. E sempre fazia o mesmo percurso de não
continuar encarando e apenas tomar um banho gelado antes de dormir. Mas
não adiantava, porque quando saía do banheiro e via aquele corpo tão lindo
vestido daquela maneira, Louis só sentia vontade de beijar ele da cabeça aos
pés. Ele até tampava Harry com lenços e virava de costas para ele, mas
parecia que o mais novo fazia de proposito. Ainda mais no dia seguinte
quando Louis teve que se deitar ao lado dele com ele vestindo a calcinha
que Louis havia lhe dado na viagem que Harry engravidou. Vestindo
somente ela. De costas para si, de ladinho com aquela bundinha empinada,
a carne farta sendo apertada pelas tiras. E Louis constatou que era um
pervertido porque foi ele quem lhe deu aquela pequena peça tão ousada, que
mal cabia aquela bunda que Louis tinha vontade de deixar rosada com seus
tapas. E ela era apenas sexual demais, não tampava nem um pouco a bunda
de Harry, pois era aberta e com um lacinho, ah, ele ficava extremamente
lindo, Louis se sentiu possessivo por Harry estar a usando, na cama com
ele, ao seu lado, praticamente peladinho e tão cheiroso. Louis nunca sentiu
seu pau doer tanto de tesão.

Ele teve que dormir no sofá naquela noite e bater uma punheta que não
durou malditos 3 minutos, pois dias sem ter nada com Harry estava o
deixando um adolescente na puberdade.
Na quarta semana, eles brigaram.

Louis não sabia exatamente o porquê, na verdade não importava. Ele


achava que eles iriam brigar por qualquer motivo idiota, então não dava
bola para aquilo, não era algo grande, era apenas eles sendo frustrados por
quererem se tocarem mas não fazerem e por justamente não estarem juntos
ativar os seus ciumes. Como quando foram no mercado e um engomadinho
idiota deu em cima de Harry, o mais novo lhe sorrindo porque não percebia
mas Louis lançava olhares mortais para o cara que entendeu e parou. Ou
quando os amigos de Louis iam lhe visitar e Louis lhes davam atenção, ou
para Niall e Gemma, e Harry era simplesmente tão mimado e manhoso que
fechava a cara e cruzava os braços. Eles resolviam quando Louis me
mimava lhe dando atenção para qualquer minima coisa e Harry parava de
fingir ser ácido e lhe sorria de um jeito fofo.

Louis não fingiria dizer que não percebeu se passar um mês, ele queria
dizer que o mês havia passado rápido, mas foi como uma tortura, porém, ao
menos aquele dia era algo para se relaxar, era aniversário de Harry, de 21
anos.
E era óbvio que Harry Styles planejou uma festa gigante e cara na casa dos
seus pais com todos os amigos e pessoas de auto status. Como sempre
fizera.Bem, nem sempre, porque daquela vez tinha pessoas diferentes dele
pela primeira fez por sua livre espontânea vontade, não porque Louis as
convidou para implicar com ele como da ultima vez, e Harry havia surtado.
Agora tinha Zayn e Liam ali, e todos os outros quatro que Louis não
desgrudava.

Talvez fosse a unica coisa de diferente dali porque a festa era como todas as
outras, muitas luzes, muitas roupas caras, muitos champanhes e muitas
musicas lentas e classicas que Louis sempre jurou odiar, mas como era
aniversario de Harry, e ele estava bem com o mais novo, não ousou
reclamar.

Ele não estava entediado afinal, era engraçado ver seus amigos sempre
comentando sobre tudo que viam ou puxando conversa com toda gente rica,
ou fingindo serem chiques de uma forma brincalhona e dançarem aquelas
musicas tão antigas. Louis não duvidaria que eles estivessem tentando
acabar com todo champanhe, já que Harry proibiu de trazerem cachaça.
Então eles tomavam cada taça como água porque sabiam se o champanhe
acabasse Harry teria que servir os Whiskys caros dos seus pais, gostosos e
difíceis de se pronunciar.
Louis perdeu as contas de quantas vezes riu em alguma palhaçada deles,
agora estava sentado comendo algum doce difícil de pronunciar o nome,
mas que não era tão ruim assim de se degustar. E tendo uma visão geral,
não era tão diferente de quando Harry fez 18. Porque da mesma forma
daquela noite, Louis o olhava como se tivesse corações no lugar de seus
olhos. Louis está feliz por vê-lo feliz.

Estava o achando deslumbrante naquela blusa preta transparente e calça da


mesma cor de cós alto, ele usava apenas um brinco perolado e dava pra ver
suas costas, seus mamilos e tatuagens pela camisa, era extremamente lindo.
Louis sentia se derreter por dentro a cada sorriso que ele abria sempre
quando conversava com alguem ou se divertia.

Quando Harry fez 18, Louis foi obrigado por sua mãe a comparecer, e como
era totalmente implicante com Harry e vice-versa, estava achando tudo um
saco, a musica, a comida, a forma que Harry tinha irritantemente o nariz em
pé o tempo todo e todas aquelas pessoas. Ele se embebedou o suficiente
para aturar tudo aquilo, e aturou até demais, pois foi pra cama com ele.
Porém, teve um momento daquela noite, antes de todo sexo acontecer, que
Louis ficou minutos observando como Harry estava feliz e radiante e como
ele era lindo daquele jeitinho. Então ali sentado, em uma situação diferente
ao mesmo tempo parecida, Louis pensa que não mudou nada, pois ele olha
pra Harry como o olhava quando o mais novo tinha 18, e agora com 21
continua o mesmo sol brilhante e com todos os olhares pare si.

Harry conversava com alguma amiga dele e Louis não tirava os olhos de si
e sabia que o mais novo sentia mesmo não estando perto dele. Harry lhe
olhou por um momento enquanto a menina falava, de canto de olho, e
empinou mais ainda aquela narizinho ao ver que estava sendo observado
por ele. Elevando seu jeito metido porque eles estavam se provocando mais
que nunca na ultima semana, e estavam a beira de explodir de ansiedade,
ciumes por qualquer coisa e saudades. Mas Louis viu quando Harry voltou
a olhar para a amiga e sorriu, sabendo que não era pra ela e então Louis
negou com a cabeça sorrindo junto e recebeu mais um olhar prepotente
daquele mimadinho, ele lhe dando língua de uma forma fofa e voltando a
prestar atenção na amiga, e Louis simplesmente continuou a encara-lo
sorrindo bobo enquanto tinha o queixo apoiado em sua palma e já havia
esquecido completamente o doce que comia.

— Quer dançar?

Uma moça perguntou, os cabelos com tranças indo até o final de sua cintura
enquanto ela cultivava um vestido bonito até suas coxas e saltos tão altos
que doeu os pés de Louis só de olhar. A mão estendida para ele como
princesas fariam, fazendo Louis rir por dentro porque era tipico de pessoas
como aquela na festa, não que ele estivesse julgando, ele apenas sorriu e
aceitou porque sabia pelo olhar dela que ela não estava fazendo aquilo
porque queria algo a mais, era realmente uma dança e ele não era tão mal
educado e indiferente assim. Talvez se fosse na festa de 18 anos de Harry
teria revirado os olhos, mas ele não ta tendo mais tão mau humor assim pra
qualquer coisa que envolva o mundo do mais novo.

Ah, mas Harry... Harry gostava de atenção. Sempre amou ter todos os olhos
em si, até mesmo quando vivia brigando com Louis. Harry ainda era um
mimadinho e fechou a cara quando viu Louis dançar com sua amiga. Não
era questão de achar que Louis ou ela iriam dar em cima um do outro, era
questão dele ser manhoso e querer os olhos azuis em si.
Por isso puxou algum amigo seu pra dançar também. Porque, qual é, era
musica clássica, ele sabia o que estava fazendo. Mas Louis estava a
conduzindo como o conduziu no dia que Louis lhe levou com ele em sua
moto pela primeira vez, quando ainda estavam brigados e Louis decidiu
morar com Zayn e Liam. Louis sabia aqueles passos porque Harry o
ensinou naquela noite.

Ele desdenhou quando Louis a jogou em sua coxa, e fez seu amigo fazer o
mesmo consigo, seus olhos em Louis. O ciumes batendo ali mas Harry
sendo orgulhoso porque foi ele com quem Louis dançou daquele jeito pela
primeira vez, e Deus, Harry achava que estava começando a achar qualquer
coisa que não fosse Gucci bonita pela primeira vez, porque qualquer coisa
que Louis vestisse era bonito nele. Ele estava apenas com calças jeans
claras que realçava suas coxas fortes e uma camisa vermelho sangue, seus
inseparáveis vans. E se fosse na sua festa de 18, Harry estaria o praguejando
por não vir vestido como todos os outros. por não fazer a barba e por ter
aqueles cabelos tão bagunçados, mas mesmo com 18 diria aquilo com
implicância, porque ele era lindo daquele jeitinho, como está agora e Harry
jura que só queria ficar junto a ele e contempla-lo em como se sente bem só
de olha-lo.

As tranças dela cobriam a cintura e não permitia ver até onde as mãos de
Louis estavam pousadas, e seus olhos ate se estreitavam tentando enxergar
onde aqueles dedos estavam, Louis sorriu com a situação mas não por
muito tempo.

Porque Harry também dançava com outra pessoa, tinha dedos em sua
cintura macia, ele com certeza sentia aquele cheirinho bom de Harry tão
perto, ele podia ver os mamilos de Harry durinhos por conta do vento, podia
visualizar os lábios cheios de gloss bem diante de sua frente e contar todas
as pintinhas delicadas de seu rosto e pescoço. Ah, Louis pensava que se
ciumes tivesse cheiro, o dele estaria exalando em todo o jardim dos Styles.

Mas seu sorriso apareceu porque sabia que era com sua boca perdida no
peito de Harry que o mesmo lacrimejava por ser tão sensível ali. O amigo
dele poderia olhar quantas vezes quisesse, sentir seu cheiro e o desejar, mas
ele não era Louis.
E mesmo que seja o caso dele não ver Harry dessa forma, Louis tem
vontade de que algo do nada caísse na cabeça dele. E Harry desejava que
sua amiga vomitasse todo o champanhe nos sapatos de Louis só pra acabar
com aquele clima.

Ah, eles estavam tendo inúmeros pensamentos sobre o que poderia


acontecer para ambos seus pares saírem de seus braços, mesmo que eles não
fossem namorados. Mas eles não queriam ver um ao outro nos braços de
outras pessoas.Eles sabem que são complicados juntos, praticamente um
desastre, que não podem ter tudo o que desejam de uma vez só, mas são tão
apaixonados que se verem outras pessoas com mínimos toques tão de perto,
mesmo que seja inocente, eles tem medo de se perderem um do outro mais
ainda.

Mesmo que até quando brigam ser de uma forma apaixonada.

Louis quer colocar suas mãos apaixonadas naquela cintura bonita e é isso
que ele faz quando todos os casais de dança são trocados no meio da musica
e Harry gira para seus braços. A mão cheia de anéis de prata caindo
delicadamente em seu ombro, a covinha aparecendo quando ele maneia a
cabeça pro lado e os cachos caem lindamente sobre os ombros mostrados
pela renda.

Louis quer elogia-lo, não com palavras, mas sim com toda sua boca. Passar
seus lábios arrastando-os por toda a pele, como se fosse Louis a fazer
aniversário ali e Harry fosse seu presente.

— Não acha que está na hora de me dar meu presente, Louis? — Harry
sugeriu com um sorriso travesso. Ele amava presentes, mas se Louis não
tivesse comprado nada para si então tudo bem, só de tê-lo pertinho já era
bom, mas gostava de implicar com ele. — Ao invés de dançar com outras
pessoas por aí.

E ele movimentava aqueles lábios encharcados de gloss quase pingando,


rosinhas e cheirosos. Ah, Louis queria morder aqueles lábios cheios. As
mãos delicadas de Harry estavam pousadas em seus ombros com aquelas
unhas vermelhas ousadas, Louis estava desejando até mesmo elas. Elas o
arranhando todinho. Eles estavam tantos dias longe um do outro que
qualquer aproximação ativava todos os sentidos de seus corpos. Harry
fechou os olhos em deleite quando Louis segurou sua cintura firmemente e
o puxou pra colar seus corpos, em um solavanco firme, fazendo um baque
audível, viu ele lhe olhar cada detalhe de seu pescoço e ali cheirar, a ponta
do nariz perfeitinho passando pela sua garganta, o fazendo tombar a cabeça
levemente pra trás pra ele cheirar o quanto quisesse. Louis suspirou ali,
apertando forte sua cintura, Harry teve que morder os lábios porque sentiu
tanta falta dos toques dele. Se sentiu tão dele naquele momento. Seu corpo
ficando todo arrepiado quando Louis olhou seus mamilos expostos de um
jeito avassalador. Parecia que os olhos azuis estavam queimando, as mãos
possessivas firmes ao pensar que outros poderiam olhar, mas só ele poderia
tocar se pedisse com jeitinho pra Harry, ele se derreteria tanto. Harry o
olhava e imaginava que ele nem precisaria pedir. A música era lenta
demais, o que fazia seus quadris se roçarem bastante de uma forma tão
calma, Louis fazia de propósito, eles estavam se esfregando juntos e Harry
se sentiu manhoso ao deitar a cabeça no ombro de Louis e morder seus
lábios melados, e soltar um ''hum'' bem dengoso e longo no ouvido de Louis
que ativou todo descontrole dele. Era pra ser uma dança, eles meio que
estavam dançando, e começaram naquele momento mas já estavam naquele
nível, e Harry sabia que provavelmente tinha olhos em si. Ele viu alguns
olhares diante deles, sentiu suas bochechas queimarem assim como o meio
de suas pernas, escondeu o rosto no ombro de Louis mas estar pertinho dele
era tão bom. Se Louis o fizesse gozar daquele jeitinho na frente de todos,
Harry pensa que não se importaria.

Sentiu a mão de Louis subir pelo seu corpo, esbarrando de proposito em


seus mamilos durinhos e cada vez mais sensíveis com a gravidez, Harry
tremeu todinho e respirou fundo quando Louis agarrou delicadamente seu
maxilar.

— Lou... o que—

— Vou te dar seu presente sim. Mas, que eu me lembre, você guarda eles no
quarto. Vamos? — Harry teve os olhos baixos, quase fechados imaginando
o que Louis estava insinuando, e se estava realmente insinuando. Porque a
ultima vez que Louis esteve em uma festa de aniversario sua onde eles
estavam em um quarto cheio de presentes foi nos seus 18 anos e eles
transaram a noite toda.

Harry assentiu e pegou no pulso de Louis, entrando com ele dentro da casa
e subindo as escadas.

A verdade era que Louis não falou pra eles irem pro quarto porque queria
transar com ele. Na verdade, queria muito, mas tinha ciência que talvez
aquele momento tivesse sido passageiro e eles voltassem pra festa assim
que falasse qual é o seu presente. Porque ele realmente tinha um e queria
estar sozinho com Harry sem uma musica tão alta tocando em seus ouvidos.

Quando chegou no quarto de Harry, sentiu um ar nostálgico bater em si, não


apenas por conta daquela noite, mas por tudo. Era enorme como sempre foi,
tão limpo e organizado como sempre foi. E sem a cama de príncipe que
Harry tinha pois esta ele levou para o apartamento.

Mas muitas das suas roupas ainda estavam ali, muitos presentes no chão.
Louis passou em um momento os dedos em um terno rosado da Gucci
pendurado, cheio de brilho, tao extravagante como Harry sempre foi,
cheirando o tecido e sorrindo em seguida. Só faltava Safira e o coelho de
pelúcia de Harry ali para ser igualzinho como antes, mas estes estavam no
apartamento também, o que fez Louis sorrir de novo.

— Então, cadê meu presente? Não estou te vendo com nada em mãos. —
Harry desdenhou brincando enquanto sentava no sofá grande que ainda
estava ali. Agora que o clima tinha mudado um pouco, Harry estava com o
coração mais calmo.

Louis desviou dos inúmeros presentes pelo chão e se sentou na frente de


Harry.
Seu olhar foi para um quadro na parede relativamente grande do mais novo,
quando era uma criancinha fofa e engomadinha, Louis sorriu com aquelas
bochechas de Harry mais novo, e sorriu novamente ao olha-las atualmente,
quase não mudando nada.

Deus, ele não acha que é apenas apaixonado por Harry.


— Não é nada demais... não é comparado a todos esses presentes caros que
você ganhou. — Realmente eram muitos e Louis tornou a olha-los. — Mas
você lembra de como eu sempre amei seus olhos, desde quando eramos
crianças? De como eu conseguia me ver dentro deles e de como gostava que
você me olhava? Seus olhos são tão lindos, Haz. Quando você me olha nem
que seja por um segundo eu vejo toda a verdade dentro deles. Foi através
deles que me apaixonei por você pela primeira vez, quando vi que você não
era realmente ruim, porque olhei pros seus olhos e vi quem você realmente
é. E eu não sabia o que te dar... eu fiquei semanas tentando descobrir o
presente perfeito mas não há presente perfeito que possa suprir sua
grandeza. E eu percebi que queria te dar algo que você visse e lembra-se o
que me fez ser apaixonado por você primeiro. — Louis tirou do bolso de
sua calça uma caixinha de veludo retangular e abriu para Harry. — Eu sei
que não vale muito, talvez nem um desses seus anéis, mas eu realmente
gastei muito com ele. — Era uma correntinha de prata com duas esmeraldas
pequenas penduradas, tão delicadas como Harry era. — A primeira vez que
te vi você mal tinha dias de vida e já tava com essa correntinha de ouro que
carrega sempre em seu pescoço e duas bolotas verdes arregaladas, o Louis
de 2 anos mal sabia que anos mais tarde se apaixonaria por elas. Eu quero
que você se lembre disso, não importa o futuro, mas quando olhar, se
lembre, por favor.

— L-Lou... você... —

— Não precisa falar nada. — Louis pediu e Harry tinha suas mãos
tremendo, olhando pra caixinha no colo de Louis, era tão lindo. Se Louis
lhe tivesse dado uma folha de planta ele já se emocionaria se ele se
expressasse da forma que se expressou.

Harry sentiu seus lábios tremerem e apenas se virou de costas para o mais
velho, pegando em seus cachos e os colocando de ladinho enquanto expõe
seu pescoço para Louis. Sentiu os dedos delicados tocarem a pele e fechar o
cordão em si, Louis deixando um beijo em sua nuca e pronto pra se afastar,
mas Harry o manteve consigo quando segurou em seus pulsos, as mãos dele
em sua barriga redondinha e a respiração em seu pescoço. Harry estava tão
carente de carinho, a gravidez o deixava mais sentimental que o normal e
ele sentiu seus olhos úmidos de amor por Louis. Tão... tão... tão
apaixonado.

— É tão lindo, Lou... eu não vou tira-lo. Foi o melhor presente que recebi
hoje e em todos os meus aniversários, nada de marca é melhor que seu
carinho, obrigado por nunca ter me abandonado como eu temi quando
deixamos de ser amigos, obrigado por ter me aguentado e estar aqui
comigo, mesmo eu não merecendo você. Porque antes eu te xingava só pra
não admitir o quanto você é perfeito, o quanto sempre mexeu comigo.

Louis estava de joelhos atras de Harry e beijou as bochechas úmidas dele,


beijou todo seu pescoço e no final o abraçou por trás.

— Não agradeça a alguém ser apaixonado por você, Haz. Porque se eu sou,
é justamente culpa sua, pelo seu jeitinho que me cativou, não é algo que eu
fiz, é o que você fez comigo.

Harry assentiu de olhos fechados e se virou lentamente para Louis, ficando


de joelhos também, seus rostos próximos e ele não aguentava mais aquela
distancia que eles empurraram um para o outro.

Há 3 anos atras eles eram apaixonados e não sabiam como dizer aquilo,
agora eles sabiam dizer mas não sabiam o que fazer.

Harry olhou pros lábios finos que tanto sabiam lhe levar a loucura e um
clima pesado se estalou entre eles, Harry quase esbarrando a boca melada
na de Louis, mas sussurrando apenas perto o suficiente para Louis sentir o
cheirinho de morango do gloss.

— O presente que a Gemma me deu ficaria perfeito com o seu presente. —


Harry sussurrou baixinho e olhou dentro dos olhos dele. E Louis o conhecia
perfeitamente para saber como ele ficou nervoso, as bochechas ganhando
cor, o clima ficando extremamente pesado, porque era aniversário de Harry,
Louis sabia provavelmente o que viria a seguir, como aconteceu em seus 18
anos. O mais velho apenas mordeu os lábios e assentiu, Harry continuou o
olhando durante alguns segundos, seu corpo todo ficando mole diferente de
seu membro porque uma massa de ar quente começou a percorrer pelo
quarto e uma onda de paixão e prazer da noite de seus 18 anos se instalou
ali com flashbacks e dejavu passando em suas mentes, Harry poderia gemer
só de pensar.

E Harry se levantou e praticamente cambaleou de nervosismo até o


banheiro de seu quarto depois de se agachar e pegar a caixa com o presente
de Gemma do chão. Quando ele entrou no banheiro, Louis se levantou e
trancou a porta do quarto. Voltando a se sentar no sofá e imaginando como
queria foder Harry devagar, beija-lo enquanto segura naquela bundinha e se
enfiar nela com toda doçura do mundo. Como quer mostrar pra ele o quanto
lhe deseja sexualmente e amorosamente, não aguentava mais aquela
distancia. Ele se via na mesma situação de 3 anos atras, e faz 3 anos desde
tocou Harry pela primeira vez, não aguentava mais não te-lo literalmente ao
seu lado. Precisava dele, e se Harry quisesse, ele se tornaria seu mundo a
partir daquela noite.

Todo seu coração acelerou de amor quando Harry saiu do banheiro, tão
tímido como a primeira vez, da mesma forma que a primeira vez, vestindo
uma lingerie e mostrando pra Louis. O mais velho jogou as costas contra o
sofá e esparramou mais as pernas, as abrindo porque não tava aguentando o
incomodo no meio delas, seu membro crescendo durante poucos segundos e
apertando tanto em sua calça quando ficou completamente duro com aquela
visão. Deus, Louis quer contemplar Harry. Ele estava tão lindo. Da primeira
vez, ele estava tão fofo todo envergonhado, com uma lingerie tão adorável,
nunca nem se quer tendo tantos beijos assim em toda sua vida, ele mal tinha
coragem de enfiar a calcinha entre suas nádegas, Louis que teve que fazer
por ele. Mas agora Harry é tão mais safado, ainda envergonhado, ainda com
as bochechas corando, mas tendo ciência que estava provocando Louis com
aquela lingerie tão pequena, tão mais ousada como nunca outra já vestida.
O tom azul claro como os olhos de Louis combinava com o colar em seu
pescoço que Louis havia lhe dado. Sendo a unica coisa que ele vestia junto
com aquela lingerie minuscula, as meias continuavam a lhe apertar junto a
liga como da primeira vez, ainda mais porque suas coxas estão maiores,
mas aquela calcinha... aquela calcinha é tão pequena, Louis sente que
poderia gozar só de olha-lo. As meias iam ate o fim de suas coxas, o que a
apertava mais e fazia a bunda dele saltar, a parte da frente mal aguentava
seu membro durinho, quase escorrendo de tão pesado que ele era pra aquela
peça delicada, Harry não o escondia e deixava Louis ver a cabecinha pra
fora toda encharcada, Louis gemeu querendo chupar ela todinha até Harry
gritar. E quando ele virou, Louis teve que apertar o próprio pau pela
pontada forte que recebeu, era apenas uma tira minuscula entre o vão de
suas nádegas, a bunda farta dele toda de fora bem na frente de seu rosto.
Louis tem certeza que aquela tira mal cobre sua entradinha.

— Tão lindo, bebê. Você sabe como me deixa se mostrando assim pra mim,
não sabe? Como você fica lindo sendo tao delicado, como eu quero afastar
essa calcinha e me enfiar dentro de você e foder você tao devagar, bebe, te
amar de um jeito tão gostoso que você vai soluçar pra mim, quero sentir
essas suas unhas lindas nas minhas costas e você melando minha boca com
esse gloss. Você sabe disso, não é? Então por que ta me provocando assim
se sabe que eu quero tanto meter em você, hum? — Louis sussurrou
sentindo seu pau babando de pre gozo, sua calça marcava bem ele, Harry
podia visualizar e sentiu seu próprio membro não aguentar se segurar mais
na calcinha e pular todinho pra fora, molhando a calcinha de tanto pre gozo
que espirrou, gemendo surpreso e bem dengozinho com aquilo. — Harry...
— Louis gemeu com a visão e abriu o botão de sua calça, assim como o
ziper e abaixou um pouco junto com a cueca, deixando seu pau pular pra
fora e segurou mostrando pra Harry, o mais novo quase se ajoelhou ali
mesmo pra chupa-lo. — Ah, bebê, eu sinto que posso gozar só olhando
você desse jeitinho. Você não imagina quantas vezes quis te foder quando
você dormia só de lingerie do meu lado.

— E por que não o fez? — Harry sussurrou, não aguentando mais não ter
seu corpo perto de Louis, se aproximando e se enfiando no meio das pernas
dele, agarrando seus cabelos. — Eu fiz só pra te provocar... só pra chamar
sua atenção. —Harry passou uma coxa pro lado de Louis a a outra também,
sentando em seu colo, em cima do seu membro, fazendo os dois gemerem.
— E-Eu não aguento mais ficar longe de você, Lou. É-E tão bom ficar
assim... — Disse ao rebolar no pau duro dele, sua bunda farta esfregando no
cumprimento longo e grosso, fazendo Louis agarrar sua bunda. — Toda
noite eu coloquei uma lingerie diferente esperando você me tocar, querendo
que você me desejasse, achei ate que você não me achava mais bonito com
elas porque minha barriga ta crescendo. — Se acanhou no colinho dele.
— Jamais. Mesmo quando você tiver com 9 meses eu vou querer te ver
desse jeito, fica tão lindo. Como pode pensar isso quando tenho meu pau
tão duro por você? — Louis afastou a tira da entradinha de Harry e esfregou
a cabecinha de seu pau ali, molhando o local todinho e deixando Harry todo
manhoso. — Sente ele, Haz, sente como eu ficou com tanto tesão de te ver
assim. Você é safado demais, me propõe que a gente não tenha mais nada
por um certo tempo mas me provocava desejando ser comido? É isso?

Harry corou tanto pelo jeito pervertido de Louis, a maneira como ele falava,
como lhe olhava. Mas era tao excitante, era pura verdade, por isso Harry lhe
beijou ferozmente, não aguentando mais ter a boca dele longe da sua.

Louis queria chorar por finalmente sentir aqueles lábios melados lhe
sujando, sentir a língua dele de volta com a sua. Um mês pareceu anos e
Louis não quer nunca mais que aquilo aconteça. Sua mão ainda no seu pau
pesado e esfregando ele na entradinha gostosa de Harry, enquanto esse
esfregava o próprio membro em sua barriga, e gemia todo sensível em sua
boca.

Louis só a tirou de la para puxar o garoto mais pra cima e abocanhar


aqueles mamilos que foram observados por todos a noite inteira, mas só
Louis podia chupa-los, sentindo eles mais inchadinhos ficando bem
cheiinhos com a gravidez, e Louis queria gozar com aquilo, puxando o
corpo de Harry e fazendo ele mete-los em sua boca, o mais novo se
agarrando em seus cabelos e pressionando Louis ali, esfregando a boca dele
nas bolinhas sensíveis, Louis sabia que poderia faze-lo gozar só com aquilo
mas puxou ele novamente para sua boca, não aguentando não te-la junto a
sua.

O mais novo estava quase de quatro em seu colo e olhou pra Louis quando
se empinou pra trás, fazendo a glande pressionar forte sua entrada, Harry
foi e veio de novo até sentir a pontinha da cabecinha entrando totalmente
encharcada de pre gozo, Louis fechou os olhos e jogou a cabeça pra trás, o
mais novo soltou um miado fofo quando fez de novo e pôs sua cabeça na
altura da de Louis, fazendo ele abrir os olhos e ver a carinha pidona de
Harry, os olhinhos cheios de prazer pedindo pra ele enfiar a cabecinha mais.
Louis então deixou que Harry ficasse sentando na glande, se deliciando ao
tira-la e coloca-la, mesmo que tivesse ardendo. Louis viu a carinha de choro
dele e pegou no pau batendo com ele naquele cuzinho gostoso, fazendo
arder mais ainda só porque Harry estava sendo safado demais.

— S-Sim, Lou... Eu queria que você me tocasse. Eu não aguentava passar


um dia sem você, desejava que fizesse amor comigo. Quando você não
estava em casa eu colocava meus dedos em mim e vinha tão rápido, Lou.
Ficar sem você me deixou tão mais sensível. Eu gozei só de me esfregar nos
lençóis. — Harry confessou baixinho no ouvido dele. — Eu quero gozar
agora só de ter a cabecinha do seu pau entrando em mim, mas eu to me
segurando porque eu quero que você meta em mim primeiro. Mete em mim,
Lou. Me come, por favor. Só um pouquinho, Lou? Por favor?

Louis não aguento ver seu bebê ser tão safado, aquele mesmo garoto que
escondia o rosto pra gemer na primeira vez deles, sendo tão gostoso ali, não
se importando de falar putaria quando antes só falava fazer amor, Louis se
segurou pra não gozar ao ter aquela vozinha tímida sussurrando coisas sujas
pra ele, bem no seu ouvido, choramingando como o gatinho que era.

Louis enfiou todo seu pau dentro da entrada dele, fazendo Harry soltar um
gritinho gostoso e espremer os olhos, mas tudo estava tao molhado e eles
não vinham se tocando tem tantos dias que ninguém se importou com a dor,
Harry logo levantou a bunda e sentou rebolando no pau de Louis, fazendo
sua entrada comer o pau dele bem devagar.

— Você é uma princesa tão putinha, bebê. — Louis gemeu ao ver aquelas
bochechas rosadas mesmo que estivesse engolindo seu pau. — Como eu
senti falta de sentir esse seu cuzinho quente no meu pau. Vou comer ele
bem devagar pra você sentir o quanto ele deixa meu pau pulsando, hum?

— Por favor, por favor, por favor...

Louis foi jogando seu quadril pra cima, fazendo bem devagar enquanto
sentia em suas mãos a bunda de Harry tremer, os gemidos dele soando tão
lindos em seu ouvido, mas Louis queria ter a boca dele na sua então o
puxou e o fez gemer ali.

Se pudesse, teria um sexo longo e forte com Harry, mas sabia que ambos
não durariam porque eles sentindo tesão de adolescentes virgens, eles
sentiam fome do corpo um do outro, possessividade, sentia vontade de não
se largarem, por isso faziam devagar, fodiam enquanto faziam um amor
gostoso pra sentirem todas as partes devagar, toda o prazer que eles
reprimiram.

E não era só o prazer, era a necessidade de estarem juntos, era a glorificação


que Louis fazia a ter Harry vestido daquele jeito e com seu colar em seu
colo, mais uma vez deixando o luxo do lado de fora pra ficar com ele. Era a
necessidade que Harry tinha em estar nos braços de Louis, de sentir os
lábios dele, de sentir a proteção dele, por isso que quando sentiu Louis
acertar seu pontinho especial, se encolheu todo no colo dele e ficou
sensível, segurando nas coxas dele e jogando a cabeça pra trás, os gemidos
saindo mudos, sua boca aberta enquanto ia de encontro com o quadril do
mais velho, sem pressa alguma, sentindo sua entrada dilatar a cada metida
lenta e intensa, sentindo como todo o pau grosso ia fundo na profundidade
de sua entrada, como a glande ia com fome em sua próstata e se grudava ali
deliciosamente, como aquilo estava o delirando.

Louis olhava o mais novo com as costas arqueadas e apoiado em suas


coxas, a cabeça pra trás e o silencio gritante de sentir tanto prazer, em como
ele tremia, a clavícula funda, as tatuagens bonitas em sua pele, o perfume
cheiroso, aquele cordão que ficava lindo nele, a lingerie em contraste, o
gloss borrado, as unhas fincando suas coxas, os lábios abertos em deleite, a
entradinha descendo e subindo em seu pau pulsando, o pau dele todo
meladinho, a barriga grandezinha sendo linda daquela vista. Louis o fodia,
mas ainda o amava com os olhos. Não queria que Harry nunca mais saísse
de perto de si.

— Harry... — Respirou fundo. Metendo mais preciso — Você acha que não
sou inseguro com você? Você acha que não tenho medo de você encontrar
outro alguém amanha também? Você disse que eu não tinha o que temer
porque você não era igual a mim, mas uma pessoa é um numero muito
pequeno. E se eu não for o suficiente? Esses pensamentos me deixam
enciumado. — Ele começou a meter mais forte, Harry abaixou o olhar em
puro prazer e apenas se permitiu sentir. — Quando eu disse que você era
mimado e poderia me deixar eu não quis dizer daquela forma, eu só
realmente tenho medo de não ser o suficiente pra você. Você é tão lindo,
garoto, você é tanto... eu não aguento mais te ter longe, eu já te perdi tantas
vezes... tantas, meu bebê. Eu quero tanto ficar com você de agora em
diante... p-porra... e nesse um mês eu percebi que você não precisa mudar
em nada porque eu te quero desse jeitinho, sendo mimado, dengoso e
manhoso... — Louis não parava de meter na próstata de Harry, vendo ele
espirrar a porra branquinha da cabecinha do seu pau e molhar a calcinha
todinha, os olhos abrindo e a voz dele voltando em soluços deliciosos. —
Tão, tão manhoso...

— E-Eu só quero v-você, Lou... Só você... Meu Deus, a-ahn, só você,


amor... você é o suficiente, tão suficiente, t-tão, t-tão bom, tão g-gostoso,
tão doce... eu só preciso de você assim dentro de mim, dentro do meu
coração, não me deixa mais nem se eu pedir, a-an Lou... — Harry gemeu
em seu ouvido quando voltou a abraça-lo, não parando de sentar no pau
dele enquanto se derretia todo, ao mesmo tempo que soava sincero.

— E-Então namora comigo? — Louis pediu, olhando em seu olhos e Harry


tremeu todinho, suas bochechas já estavam molhadas de prazer e ele estava
sensível demais enquanto ainda sentava após gozar e Louis estava ali lhe
pedindo em namoro enquanto isso.

Harry apenas sentou forte, quicando tanto no pau de Louis que o mais velho
gemeu alto por aquela bunda estar acabando com ele de uma forma tao
gostosa, não aguento nem um minuto com Harry quicando daquele jeitinho
e gozou, espirrando na entradinha vermelha e sensível, Louis gemeu como
nunca antes, jogando sua cabeça no encosto do sofá e sentindo seus olhos
lacrimejarem também

Harry parou aos poucos, tremendo o corpo todo, segurando nos cabelos de
Louis e fazendo ele abrir os olhos pra lhe olhar.

— S-Sim... — Respondeu depois de alguns segundos, sua barriga ainda


tremendo e se contraindo por gozar e a de Louis também, eles ofegavam
bastante mas não deixaram de sorrir quando ambos os olhos estavam
encharcados de lagrimas de felicidade, Harry abriu aquele sorrisinho de
coelho radiante. — Sim, sim sim! — E se jogou nos braços dele todo
contente, Louis não estava diferente, abraçando seu amor.
Finalmente eles estavam deixando os sentimentos falarem mais alto que
qualquer outra coisa, as lagrimas que rolaram em ambas as bochechas, eram
testemunhas de que não tinha nada no futuro que eles devessem temer,
nada, nenhuma diferença, status, nem algo, nem alguém iriam os atrapalhar,
porque eles eram apaixonados um pelo outro do jeitinho que um e outro
são.

Eles eram suficientes.


19. i want to spoil you with my love
and desire

N: HO HO HO, PAPAI NOEL CHEGOU

Finalmente férias!!!!!!!!!!! Nem acredito, pqp. Agora sim não tenho


mais desculpas pra não atualizar hahaha. E ainda cheguei agora, sendo
que eu ia atualizar só quando o dia amanhecesse, mas já tá pronto
mesmo então resolvi postar logo, mesmo sabendo que pouca gente lê de
madrugada.

Obrigada SEMPRE pela espera e compreensão de vocês.

Espero que vocês gostem desse capitulo, ele está bastante amorzinho e
com algumas coisinhas quentes rs. Está mais para a visão de Louis, e o
próximo estará mais para a visão de Harry, como o último estará mais
para a visão dos dois. Sim, só falta mais dois capítulos. Aguenta
coraçãooooooooooooooo

PS: Novamente sem as capinhas usuais dos capítulos por motivos de


preguiça de fazer nesse kkkk prometo que nos dois últimos terá tudo
bonitinho novamente.

E aí? Gostaram do álbum do Haz? Sinceramente, não tem uma música


ruim pra mim. E dá pra fazer vários plots de oneshot, né. Quem sabe
nessas férias... hahaha, Harryzinho me deu várias ideias, esperando o
álbum do Lou lançar pra ter mais plots ainda.

Enfim. Espero que gostem, comentem bastante pra eu ver que vocês
não cansaram da minha demora e ainda gostam de ler minhas fics kkk
:( perdoem os erros e voltarei antes do ano novo.

Boa leitura xx
__________________________________________________

Passar os dias ao lado de Harry, sendo o companheiro dele depois de tanto


tempo de negação, estava sendo no minimo intrigante para Louis, mas de
uma forma muito boa.

Era fascinante toda vez que olhava para aquele rosto expressivo, que
entregava tudo que estava sentindo e ver os olhos verdes brilhando para si,
quando antes parecia só demonstrar raiva. Sabendo que, se aproximasse
seus lábios, Harry na mesma hora faria o mesmo com os seus e então eles
iniciariam um beijo apaixonante, divinamente apaixonante, e de uma forma
que ainda é inacreditável para o mais velho acreditar.

Ele nunca achou que ambos fossem ceder, não quando sempre que teve
oportunidade implicou com o mais novo, e vice versa, mas mesmo nesses
dias de implicância imaginava seus lábios naqueles doces e suas mãos
conduzindo o corpo esguio, suas mãos no primeiro contato já faria Harry
desarmar a postura dominante, que só perdia nos braços de Louis porque
nos outros 90% do tempo ele ainda era um mimadinho radiante. Louis
amava aquilo nele.

Pois conforme a barriga de Harry foi crescendo, Louis foi se dando conta
que, sim, amava Harry. Como não o amaria? Todos aqueles traços
desenhados e indescritíveis que tanto lhe cativavam. Aquilo não era mais
apenas paixão.

Louis entendia como paixão algo passageiro, do momento, um fogo ardente


que a qualquer hora alguma situação viria como água para as chamas
desaparecerem. Mas como era possível duas pessoas completamente
diferentes convivendo juntos e namorando quando antes nem conseguiam
ficar 10 minutos sobre o mesmo local, e essas chamas não diminuíram,
apenas aumentaram?

Era como se a cada dia a paixão por Harry ficasse cada vez maior até
transbordar. Fazendo Louis entender que na verdade não era exatamente as
diferenças que os faziam não se suportarem antes. Era o orgulho e mágoas
acumuladas.
Louis nunca se importou tanto com o jeitinho mimado de Harry quando
eram crianças, se importou quando ele ficou orgulhoso demais para se
preocupar com etiqueta e botar as diferenças na frente deles, como seu
orgulho também falou mais alto porque nunca gostou de se sentir por baixo.
O orgulho fez Harry não medir o que fala e o orgulho fez Louis não trazer
seu verdadeiro amigo de volta. Ele nunca se importou com o jeito caro de
Harry, as festas que ele dava, as roupas que vestia uma vez e depois
descartava, ou o linguajar metidinho. O orgulho fez ele querer implicar com
isso, o orgulho de Harry fez ele querer implicar com a situação financeira
de Louis. Porque Louis percebeu que eles não mudaram, eles ainda eram
Harry e Louis, mas agora estão juntos, porque nunca foram as diferenças e
sim a teimosia. O orgulho. E Louis havia prometido para si mesmo que
nunca mais deixaria seu orgulho afetar seu relacionamento com Harry.

Porque se não fosse pelo orgulho, Louis teria roubado o primeiro beijo de
Harry quando ele apareceu com aqueles cachinhos bagunçados e aqueles
lábios cheios de gloss pela primeira vez soando atrativo aos olhos do mais
velho. E depois de um tempo eles teriam transado, não porque estavam
bêbados e sensíveis para agirem normalmente e ficarem maleáveis para
fazerem aquilo, como foi de fato a primeira vez deles. Mas sim porque não
precisariam esperar tanto tempo depois de negar todas suas vontades para
faze-lo, faria assim que ambos quisessem, ouviria os gemidos tímidos pela
primeira vez em seu ouvido tendo certeza que aquele mimadinho gostava de
si, e não porque foi um erro momentâneo como justificaram no aniversário
de 18 de Harry.

O orgulho os impediu de tantas coisas, Louis apenas agradece ao universo


que eles tenham amadurecido o suficiente pra estarem ali, juntos, fazendo
dar certo, fazendo e falando tudo que tinham vontade, não negando seus
sentimentos.

Foi em um surto de Harry, por segundo ele não ter mais roupas para sair,
que Louis percebeu que o amava. Harry apenas estava em pé no quarto,
andando de um lado para o outro, só de boxer com a barriga maior de
qualquer outra pessoa que estaria gravido com os mesmos meses que ele,
mas isso é porque ele teria gêmeos. De banho tomado, a correntinha de ouro
que carrega desde pequeno e o cordão que Louis havia lhe dado, ambos
brilhando em seu pescoço cheiroso pelo sabonete, os cabelos molhados
longos demais que Harry já não sabia o que fazer com ele, seu nariz em pé
reclamando que não tinha nada para vestir embora todo o quarto tivesse
uma roupa cara dele ali, e isso tudo porque Harry queria ficar
completamente bonito para eles saírem pra jantar. Louis estava deitado na
cama, sem dizer nada e apenas observando aquele mimadinho ser mais
mimado ainda quando tem mais roupas do que Louis poderia contar,
deitado naquela cama que parecia ser de um rei, que era de Harry, no meio
de uma bagunça que eram suas coisas junto as dele, percebendo que se
fosse longos meses atras estaria revirando os olhos para ele, então Louis
sorriu, cheio de amor em seu coração porque era isso que ele tinha
percebido: amor. Ele amava Harry e todos os seus detalhes extremamente
mimados. E Louis só queria pega-lo e mima-lo mais ainda. Como o belo
hipócrita que Tomlinson admitia ser.

Foi assim que sorridentemente puxou o mais novo para cima de si,
segurando nas bochechas cada vez mais cheiinhas por ele estar lindamente
inchando por conta da gravidez, sentindo o cheiro bom das longas horas de
banho que Harry levou para tomar depois de ter passado tanto tempo na
banheira, e sabendo que ele demoraria mais alumas horas pra estar
completamente pronto, que Louis olhou dentro de seus olhos, tendo noção
que os seus brilhavam mais que qualquer coisa e o seu silencio disse tudo,
ele tinha plena convicção que Harry sabia de seu amor, mesmo que as
palavras nunca tenham escapado de sua boca.

Porque quando olhou naqueles olhos tão lindos e que pareciam sorrir para
si, Louis teve completa convicção que queria Harry para sempre do seu
lado, lhe dando todas as coisinhas clichês e mimadas que ele tanto gosta e
sonhou.

Louis espera conseguir faze-lo feliz, espera que Harry queira que ele lhe
faça feliz e espera que quando lhe disser isso, seja do jeito perfeito que
Harry sonhou.

Ele ama os carinhos de Harry, ama o quanto Harry é grudado em si, em


como gosta de ser manhoso e mimado por ele. Depois que eles começaram
a namorar, Harry lhe trata como uma preciosidade, e Louis adora se sentir
assim uma vez que se sentia abalado com as palavras dele antigamente,
mesmo que nunca demonstrasse e parecesse indiferente. Acontece que eles
aproveitaram cada dia para recompensar tudo que perderam, e isso fazia
deles o casal mais meloso que a grande Londres já viu.

— Meu Deus, eu não aguento mais vocês dois juntos. Parece que se
grudaram e não conseguem mais se soltar. — Disse Gemma em um dia que
foi visitar Harry, e Louis havia chego do trabalho fazendo Harry colar nele
como se tivesse sumido por meses.

O mais novo nem ao menos havia se importado dele ter passado o dia todo
fora e estar sujo de tinta, ficando agarradinho com ele e quase implorando
por beijinhos. Gemma havia feito sons falsos de vomito mas era só que eles
ficaram tantos anos em negação que queriam recompensar essa perda a cada
segundo.

Então eles estavam vivendo o presente e o passado perdido. Não se


importavam de marcar inúmeros encontros como se ainda tivessem se
conhecendo, de Louis buscar Harry na faculdade sempre que podia, de
Harry comer as comidas baratas que Louis comia só porque queria
acompanha-lo já que se Louis comesse ''comida fresca'' como gostava de
chamar, todos os dias, não aguentaria. Ou então de fazerem um que um e
outro gosta, Louis não reclamava de ir em exposições de arte ou no teatro
com o mais novo, ficava todo bobinho, como uma criança aprendendo algo
novo enquanto Harry lhe explicava sobre alguns pintores e então Louis se
fascinava por cada detalhe e Harry ainda lhe elogiava dizendo que ele
conseguiria facilmente reproduzir aquelas pinturas como grafites, e então
Harry o acompanharia na ONG que Louis tem com os amigos e os
ajudariam com a maior vontade que poderia ter.

Os beijos, os toques, os carinhos. Era tudo tão reciproco, tudo tão bom e
doce. A verdade é que se ambos pudessem voltar no tempo e tivessem a
chance de mudar tudo, eles não mudariam. Se eles estão juntos agora, é
porque o passado precisou acontecer daquele jeito, pois o que adiantaria ter
um passado diferente? Isso não garantiria o futuro. Talvez Harry nem
tivesse gravido, e talvez por não terem um tempo separados para
amadurecerem se magoassem e terminariam tudo que tinham. Eles
agradecem a forma que tudo aquilo os levou, porque agora eles amam cada
pedacinho um do outro, cada jeitinho, sabem lidar com as diferenças e são
maduros o suficiente para fazer aquilo dar certo.

A gravidez não fora planejada, mas Louis acha que foi uma dadiva e ele
nunca antes foi apegado a ter um futuro com alguém, mas ele está apegado
a Harry. Ele não sabia que não usar camisinha e Harry não tomar remédios
fariam deles tão felizes como estão. Afinal, tudo poderia ter sido um
desastre, eles poderiam não querer os bebês, ou então viverem esses meses
passando de forma estressante. Mas tudo que está acontecendo é justamente
o contrário, os dias, as semanas e o meses passam radiantes e únicos,
porque, no final de tudo, eles ainda eram os dois garotinhos que brincavam
de casinha, na qual um enfiava travesseiros de baixo da blusa fingindo estar
gravido e pegava as bonecas da irmã pra dizer que eram seus bebês, e outro
que fingia ser o outro pai e cuidava de Harry e seus filhos, sendo doce. Eles
ainda eram aqueles Harry e Louis, mas agora os que estão tornando o sonho
daquelas duas crianças realidade.

Eles também recompensaram todo sexo perdido.

Há quem diga que os dois passaram todas essas várias semanas como
animais no cio.

Não que eles ligassem para isso, pois realmente qualquer coisa os
excitavam, e Louis acha que nunca transou tanto na sua vida como transou
com Harry. O que era intrigante, ele já transou muito em toda sua
adolescência até chegar aos 23 anos, mas os números dessas transas se
tornaram pequenos demais para todas as vezes que fodeu Harry nos últimos
meses.

Eles eram insaciáveis, recompensando todas as vezes que tiveram vontade


de parar uma briga com foda. Todas as vezes que Louis quis enfiar seu pau
bem devagarzinho em Harry para que o mais novo não falasse tantas
besteiras, e todas as vezes que este quis ir no quarto de Louis e abrir as
pernas para ele, se oferecendo.
Louis fodeu Harry em todos os cantos do apartamento, na casa dos pais do
mais novo quando iam os visitar, dentro da lamborghini de Harry, e até
mesmo na moto de Louis com o garoto encostado nela enquanto se
empinava para ele. Isso porque o mais novo não iria conseguir aguentar
esperar mais um segundo por aquilo, não quando estava em uma festa com
Louis e ele era tão incrivelmente sensual em toda sua postura dominante,
Harry nunca pensando que transaria em uma rua escura, com a
possibilidade de qualquer um passar, mas foi isso que ele fez. Suas mãos se
apoiaram na garupa da moto e sua calça estava abaixada até os joelhos,
empinou a bunda e sentiu Louis meter nele, rápido porque eles não podiam
demorar. Mas o suficiente pra fazer o mais novo ficar satisfeito e gemer
contra a mão do mais velho. Bom, satisfeito por alguns minutos, pois Harry
pediu mais pra Louis quando chegaram no apartamento.

Sim, eles estavam aproveitando todo tesão que não aproveitaram por anos,
mas também havia o fato de que Harry estava cada vez mais insaciável. A
cada mês que sua barriga crescia, mais sensível ele ficava. Os hormônios
não só mexendo com seu humor, mas também com seu controle.

Ele queria a toda hora, todo instante, a cada minuto. Ele queria o dia todo
com Louis.

Literalmente o dia todo, fazendo Louis fode-lo de manhã até a hora de


dormir. É claro que não direto, e nem todas as horas, mas fez Harry delirar
durante aquele dia. O comendo bem devagarzinho de manhã, sem eles nem
desejarem bom dia um para o outro, Harry apenas estando de ladinho e
empinado para o mais velho, lhe sussurrando para ele colocar, e Louis nem
precisou fazer muito esforço, apenas abaixar o tecido de seda da calça do
pijama, Harry já estando peladinho por baixo e sensível, Louis apenas se
afundou nele tão divagar que fez Harry lacrimejar por cada centímetro
adentrando em si de forma duradoura. Ele meteu em Harry por longos
minutos, não deixando ele gozar, porque se Harry queria o dia todo, então
Louis o foderia até de madrugada, mas o torturando até lá, até ele não
aguentar mais e delirar de tanto prazer. Harry já sabia que Louis não o
deixaria gozar pela manhã, mas isso não impediu o mais velho de meter
naquela entradinha necessitada por mais de uma hora, e tão devagarzinho, o
sol mal havia se posto e Harry já tentava controlar seus gritos no
travesseiro, Louis já sussurrava palavras sujas em seu ouvido, o pau do
mais novo expelia tanto pre gozo que o lençol abaixo de si se formou uma
pequena poça molhada, mas ele foi proibido de gozar e não gozou, porque
se o fizesse, não teria mais depois e ele queria aquele domingo todo. Louis
aliviou sua ereção matinal quando espirrou toda sua porra dentro daquele
cuzinho que engoliu tudinho. Harry se tremeu todinho quando Louis parou
de meter e o mais novo agiu como uma cadelinha necessitada se esfregando
nos lençóis, a cabecinha de seu pau sendo maltratada no pano de seda
enquanto agia como uma vadia desesperada pra gozar, e ganhou um tapa
forte na bunda pra parar, e como o bom namorado que era, parou, porque
sabia que Louis o mimaria mais com seu pau gostoso metendo fundo,
ganhando tapinhas em sua entradinha vermelha quando a porra branquinha
de Louis escorreu por suas bolas cheias e coxas. A tortura maior foi quando
foram pro banho, porque foi apenas literalmente isso, banho e e higiene
pessoal. Louis não o tocou nem sequer um pouquinho, porque ele queria
que o mais novo comesse primeiro. Então Harry vestiu apenas uma camisa
de Louis que usaria pelo resto do dia, e mais nada por baixo, porque sabia
que a qualquer minuto Louis a levantaria pra se enterrar de novo em si.
Então Harry acha que nunca tomou um café da manhã tão gostoso em toda
sua vida, mesmo que já tenha experimentado receitas maravilhosas feitas
por seus empregados. Mas ele não falava do café em si, mas a maneira que
o tomou. Porque quando Louis acabou o seu, fez o mais novo se sentar em
seu colo, fazendo Harry comer daquele jeitinho. A camisa levantada e a
bunda amostra, o pau de Louis pra fora da bermuda e enterrado até o fundo
de Harry, mas deixando ele paradinho e prometendo meter nele apenas
quando Harry comesse tudinho. E era dificil se concentrar em comer
quando sua entrada comia o pau de Louis. Estava apenas tão fundo que a
glande não saía de modo algum de seu pontinho doce, fazendo Harry querer
chorar, porque seu pau já pingava mais uma vez com vontade de gozar.
Louis mesmo parado, apenas alisando suas costas e dando beijos doces,
esperando ele tomar seu café, estava tão, mas tão fundo em si, como nunca
antes.

— L-Lou... ah amor, você ta tão fundo em mim... tão fundo, eu to te


sentindo aqui... — Ele tinha colocado sua mão em um ponto baixo de sua
barriga, era como se ele conseguisse sentir todo cumprimento do mais
velho, grosso e pronto pra lhe foder.
— É? — Louis puxou a cintura de Harry, fazendo ele rebolar um
pouquinho, o mais novo se engasgando com o suco de laranja e gemendo
desesperado pela massagem gostosa em sua próstata. — Então termina de
comer, Haz. Come direitinho que eu vou comer sua bunda todinha, bebê.

E Harry lembra que ficou mais alguns minutos torturantes até terminar e no
segundo seguinte sua cabeça se encostar na mesa, sua bunda bem empinada
e Louis começando a meter forte, fazendo a mesa balançar, mas ninguém se
importava com aquilo, Harry só queria ter sua entrada rasgada.

E era domingo, eles ficariam o dia inteiro em casa. Louis de certa forma se
torturava também, porque ele não se deixava gozar também, porque queria
meter em Harry o dia todo e ele não teria forças para faze-lo se gozasse a
cada apertada que aquele cuzinho fazia em seu pau pulsante. E toda vez que
eles paravam por alguns minutos, as vezes uma hora inteira para fazerem
alguma coisa, Harry sofria. Ele apenas ficava lá, duro, tentando se
concentrar mas não conseguia. Depois do almoço e de uma manhã repleta
de estocadas brutas, faziam longos torturosos minutos que eles tinham
parado. Louis na sala fazendo ligações sobre alguns trabalhos e Harry no
quarto, deitadinho na cama, e com seus livros de medicina abertos,
estudando como tinha prometido pra Louis, tentando ser bonzinho, mas seu
jeitinho mimado fazia seus olhos lacrimejarem por seu cuzinho estar tão
quentinho e dolorido, querendo mais. Fazendo beicinhos manhosos porque
tava com saudades, seus hormônios descontrolados da gravidez imploraram
por mais e fazia mais de uma hora que Louis não lhe mimava lá. Até que
sentiu a cama se afundar e a língua quentinha do mais velho maltratar sua
entradinha. Harry queria gritar, mas Louis mandou ele estudar e ler em voz
alta o que estava no livro, mandou ele ser um bom aluno e Harry lia tudo
com a voz tremendo, com gemidos escapando porque Louis enfiava sua
língua e depois beijava de uma forma doce, chupava suavemente, tudo pra
aliviar a dor que sentia por ter sido fodido a manhã toda, pra ele aguentar
seu pau de novo, e ficou chupando até Harry acabar de estudar e então
fodeu ele a tarde toda. Harry jura que perdeu as contas de quantas vezes
chorou naquele dia, de quantas vezes ignorou a campainha tocando, de
quantas gritou o nome do mais velho e agarrou os cabelos dele, olhando em
seus olhos e mandando ele meter, mandando ele não parar. Louis acabou
com ele durante a tarde, e rasgou tanto sua entradinha que Harry chegou a
perder a voz de tanto gritar desesperado, ficando mais rouco do que já é. E
Louis achou que ele não aguentaria continuar a noite, mas se surpreendeu
quando a noite chegou e o mais novo veio até a si, tirou seu pau da bermuda
e sentou nele, se rasgando sozinho, as pernas doloridas de tanto ter ficado
aberto pra ele, os joelhos fracos mas mesmo assim sentando como uma
cadela no cio, e não parando, não parando até revirar os olhos, até tremer,
até seu pau sensível estar tão vermelho e quente, espirrando liquido
transparente no abdômen do mais novo, até ter certeza que ia gozar, mas
Louis maltratar seu pau com o aperto da mão dele, esmagando sua glande e
não deixando, mas a sensação estava lá, Harry só não estava conseguindo
espirrar e isso o deixava mais louco porque era como se o orgasmo nunca
fosse parar ate que Louis deixasse ele espirrar, mas ele não deixou, mesmo
Harry implorando tanto, chorando pra ele, se tremendo todinho, mas Louis
apenas estocou sua próstata com brutalidade e apertou seu pau sensível ate
doer, e Harry quase desmaiar de prazer em seu colinho. Louis literalmente
só o deixou gozar na madrugada, quando o colocou de quatro e sussurrou
sujo que iria acabar com o cu dele, e foi isso que ele fez, Harry teve que
pedir pra parar porque não aguentava mais, porem, um segundo depois
pedindo pra ele voltar a meter aquele pau gostoso em si, e só foi Louis
voltar e dizer que ele podia gozar que Harry veio na mesma hora, como um
clarão sua mente se apagou e sua porrinha saiu em grande quantidade de
seu pau, fazendo vários jatos longos sujar a cama, enquanto Louis
maltratava sua bunda ate não aguentar mais também.

Depois daquele sexo, Louis preferiu transar com Harry apenas de forma
calma e romântica, pois a barriga dele já estava enorme e tinha medo de ser
bruto demais e machuca-lo, mesmo que Harry dissesse que estava tudo
bem, mas Louis era extremamente cuidadoso, a cada dia que passava. Não
apenas em relação a sexo, mas em tudo. Se antes Louis já lhe mimava,
agora que Harry estava cada vez mais barrigudinho Louis faz tudo por ele,
até mesmo passar creme em seus pés. Então com o sexo não seria diferente,
ele fez Harry se sentir amado sempre, porque conforme a barriga ia
crescendo, Harry ficava cada vez mais inseguro e sentimental então Louis
cuidava dele e demonstrava que o desejava mesmo que a barriga dele fosse
grandinha não por conta da gravidez, mas sim caso ele tivesse engordado,
porque ele não se importa com corpo, amava Harry de qualquer jeitinho,
ainda não tinha dito que o amava, mas seus toques sutis demonstravam isso
toda vez que faziam amor. E não era como se fosse menos prazeroso pro
mais novo, era gostoso quando era bruto e quando era lento. E Harry
delirava quando Louis o comia bem devagarzinho porque prolongava seu
prazer e Harry se sentia tão dengoso e amado que ele vinha em poucos
minutos.

Mas o fato de Louis ter o torturado no dia que transaram o dia todo, ainda
fez Harry querer se vingar, e isso aconteceu em um dia que Harry implorou
pra Louis não ser cuidadoso e Louis cedeu dizendo que seria a ultima vez
que eles fariam algo tao bruto, até Harry ter os bebês. Então foi a vez de
Harry foder Louis. Literalmente foder o mais velho. Porque foder alguém
não significava apenas estar dentro da pessoa, mas sim acabar com ela. E
foi isso que Harry fez. Sendo uma vadiazinha dominante que se controlou
como nunca antes para não gozar tanto, mas isso porque queria que fosse
Louis a delirar, a gozar mais que ele, a implorar por ele. E foi isso que
Louis fez.

Porque aquele mimadinho ficou insaciável e sentou em seu pau como nunca
antes, nunca cansando de cavalgar embora tivesse aquela barriga enorme,
mas isso apenas excitava mais Louis, porque mesmo estando gravido
naquele nível o mais novo engolia seu pau pulsante com aquele cuzinho
guloso. E parava quando estava prestes a gozar, então Louis estapeava
aquela bunda cheiinha mandando ele continuar, mas Harry só rebolava
sendo mimado quando dizia que não, que ele quem manda ali, que Louis
devia pedir pra gozar, e o mais velho só conseguiu sorrir cafajeste pro mais
novo e pediu da forma mais suja ''por favor, deixa eu gozar dentro do seu
cuzinho, amor'' e Harry tremendo deixou, e quando sua bunda estava cheia
com a primeira porra de Louis, continuou sentando, só pra ver aqueles
olhos azuis se arregalando e a carinha de dor por seu membro estar
extremamente sensível, mas não pedindo pra Harry parar, porque ele sentou
e fez aquele pau grosso surrar seu pontinho especial mais e mais, até eles
gozarem juntos, Harry derramando tudo no peitoral bronzeado e Louis
esporrando mais dentro da entradinha, o mais novo se tremeu tanto que
Louis foi ingenuo de achar que acabaria por ali, porque tirando forças de
onde não tinha, Harry continuou a sentar, fazendo Louis deixar marcas das
unhas em suas coxas, em arranha-las sem piedade. O fato é que Harry
sentou a noite toda, perdendo as contas de quantas vezes Louis gozou, não
sabendo quando parou de sentir suas pernas de tanto sentar naquele cacete,
mas era tão prazeroso se segurar pra não gozar enquanto fazia o mais velho
derramar porra toda hora e não dando descanso pro pau sensível dele, era
tao gratificante ver Louis se contorcendo debaixo de si toda vez que Harry
começava uma nova sequencia de quicadas logo após o mais velho gozar e
jurar que não aguentava mais, ver ele mordendo o pulso pra não gritar e
arqueando as costas. O ápice para Harry foi ver os olhos azuis
transbordando de prazer na mesma intensidade que sua entrada estava
transbordado de porra, tanta porra que o pau de Louis deslizava e fazia
barulhos molhados ali. Era tudo tão sujo e prazeroso que Louis disse que
não conseguiria vir de novo, Harry perguntou se ele queria que parasse de
sentar, mas mesmo sentindo seu pau pulsando de dor Louis negou e disse
tão manhoso pra ele continuar quicando que Harry não ficou surpreso
quando Louis começou a gemer alto e quando lagrimas caíram de seus
olhos quando gozou pela ultima vez, junto de si, que já não aguentava mais
o peso das próprias pernas. Louis pareceu estar em outro mundo quando
sentiu aquele orgasmo, e Harry apenas sorriu satisfeito pelo estrago que
tinha feito no pau do mais velho e no próprio cuzinho quando se
desencachou dele e olhou pra baixo, vendo toda aquela porra espirrar pra
fora e sujar Louis, como se fosse uma recompensava por ele ter sido um
bom ativo pra Harry naquela noite e ter deixado ele ter o feito de dildo.
Harry chegou a sorrir malicioso com tanta goza espirrando de sua
entradinha e sujando o pau e coxas do mais velho. Louis sorriu de volta,
porque tinha criado um pervertido como ele próprio era.

E Louis jura por Deus, que a barriga enorme de Harry não fazia ele sentir
menos desejo pelo mais novo, pelo contrário, vê-lo tão sensível com
qualquer minima coisa, seja porque está ansioso para ter logo os gêmeos,
para acabar de mobiliar o quarto deles, ou até mesmo porque são dois
cabeças duras que ainda não escolheram o nome, ou quando ele chora por
qualquer minima coisa, como come feito um leãozinho, e como gosta de ser
banhado por Louis na banheira e ficar horas relaxando ali, ou como pede
pra Louis passar creme em seus pés cansados de aguentar o peso dos bebês,
ou na sua barriga que ele jura que tinha muitas estrias e que Louis mal
conseguia notar, e não se importava. Louis o cuidaria em todos esses
momentos e após eles, e sempre demostraria o fogo ardente que sente por
ele, não importa se ele anda ultimamente como um pinguim fofo. Pois
Louis o ama e o quer de qualquer forma, por conta de cada pedacinho de
seu corpo.

Harry podia ter começado a ficar paranoico por conta do seu tamanho, a
auto estima caindo um pouco, mas Louis jura que ele estava em sua melhor
forma. A gravidez o deixou lindo, e era totalmente notável o quão radiante
Harry havia se tornado. Ele inchou de forma adorável, as bochechas se
tornaram gordinhas como eram quando ele era mais novo, o rosto cheiinho
adorável e fazia suas covinhas ficarem ainda mais fundas quando ele sorria.
Os olhinhos verdes quase sempre cheios de lágrimas por estar sensível
demais por qualquer coisa que lhe deixava com raivinha, por resmungar
demais e os hormônios fazerem ele chorar mimado por qualquer minima
coisa. Louis achava extremamente fascinante quando os olhinhos cheios de
lagrimas apareciam transbordados naqueles verdes intensos e combinavam
com as bochechas vermelhinhas junto com o nariz por conta do choro, e
que logo ia embora quando Louis o mimava. Os cabelos tinham ficado
enormes. Harry estava em sua forma mais adorável.

E Louis também fazia questão de lhe mostrar que ele também estava em sua
forma mais desejável.

Pois as coxas tinham crescido mais ainda, e a bunda, que Harry tanto
reclamava que estava cheia de gorduras, escapava da mão de Louis toda vez
que ele pegava, de tão cheia que estava e aquilo o enlouquecia, seu rosto se
perdia no meio dela, e ela balançava com facilidade. Os mamilos finalmente
ficaram inchadinhos, tendo uma pequena relevância em volta por conta do
leite, nada muito perceptível, mas inchados na medida certa pra deixar
Louis com vontade de chupa-los até Harry melar seu rosto, e ele jura que
ainda faria isso, mesmo que Harry dissesse que tinha vergonha e que era
estranho, mas Louis não se importaria de esfregar a cabecinha de seu pau
naqueles mamilos rosadinhos e misturar sua porra junto com o leitinho de
Harry. Ele ainda irá fazer.

Porque ele deseja tanto Harry, assim como o ama. Não importa sua fase, ou
como será depois dos gêmeos. Ele sempre faria questão de demonstrar
todos os dias seu carinho e sua paixão.
20. live a life you will remember

N: FINALMENTE AAAAAAAAAAAAA

Nem tô acreditando que finalmente eu cheguei aqui com o último


capítulo depois de tanto tempo.

Primeiramente queria avisar que esse capítulo tem 25 mil palavras


escritas. Então pode se tornar massante de ler, já que na verdade
faltava dois capítulos pra fic terminar mas juntei tudo, pois já sou
enrolada, então pra facilitar coloquei os dois juntos. Qualquer coisa
leiam metade hoje, depois a outra metade amanhã.

A segunda coisa que queria avisar é que eu tirei apenas os erros mais
fortes, só revisei uma vez senão demoraria mais pra atualizar. Então
esse capítulo contém erros como todos os outros kkkkk porque
infelizmente nunca fui de ligar muito pra estar tudo escrito direitinho.
Mas prometo que nas próximas fics eu tomo mais cuidado com isso. E
prometo também que irei corrigir pelo menos os erros grotescos que
tem nos primeiros capítulos dessa fic.

Enfim.

Finalmente eu estou aqui escrevendo essa nota primeiramente pra


agradecer toda compreensão de vocês. Vocês foram incríveis durante
esses dois anos que venho postando essa fic. No começo, eu atualização
toda semana. E mesmo depois, com meses faltando att, vocês não me
abandonaram quando eu mesma não teria paciência. E eu sei que o que
muitos de vocês ficavam chateados comigo eram minhas promessas que
eu não cumpria, nao exatamente a demora. Então me perdoem por
isso.

Eu amo essa fic demais e o único motivo de eu demorar tanto pra


atualizar foram os problemas pessoais, caso o contrário já estaria
finalizada há tempos.

Obrigada de coração por toda dedicação de vocês. Sempre irei me


lembrar de todo apoio que me deram, todos os textos amorosos que me
enviaram. Vocês são os melhores leitores do mundo todinho
♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

Não se preocupem que eu tenho milhões de plots para serem escritos.


Inclusive, já estou escrevendo um. Uma long fic que devo começar a
postar quando eu tiver 5 ou 7 capítulos prontos. Mas talvez eu venha
com alguma oneshot antes, então não deixem de me seguir aqui, por
favor
:( ♡

E me sigam no twitter @ cindigyc_

Se possível, sigam minha conta aqui no wattpad com minha amiga, lá


vamos postar a fic but i keep on coming back to you quando estiver
completa. Tinha 3 capítulos postados e alguns de vocês chegaram a ler,
mas tiramos a publicação porque resolvemos escrever ela toda e só
postar finalizada. Então sigam lá: @louiswithkindness
Talvez eu e ela criemos outros plots juntas pra lá também.

Sigam também minha amiga maravilhosa que escreve bem pra caralho
@TommoTops91
Ela tá cheio de plot incrível que está escrevendo. Inclusive um
maravilhoso que ela está prestes a postar, que ela me manda mimos
todos os dias e eu amo demais essa fic. Tenho certeza que vocês também
vão amar quando ela postar, o melhor de tudo: É Harry bottom.

Enfim. Obrigada novamente por tudo, anjinhos ♡♡♡ tenham uma


boa leitura e obrigada por chegarem até aqui. ♡

____________________________________

Harry olhava o bebê através do vidro, ele estava na sala dos bebês recém
nascidos, e mesmo do lado de fora, parecia que conseguia sentir o cheirinho
bom de todos eles ali. Cheirinho de bebê com certeza era um dos seus
cheiros favoritos, mesmo o vidro separando ele deles, e talvez fosse só os
hormônios o deixando doido. Suas mãos estavam contra o vidro e sua
expressão era de pura alegria, ele tinha entrado de férias do estágio desde
que sua barriga começou a crescer demais, e, agora, praticamente está nos
últimos momentos para o nascimento, mas mesmo assim ele queria ter tido
a oportunidade de ter ajudado o obstetra de Zayn. A bebê era a coisinha
mais linda, não estava de olhos abertos, mas ela não dormia, estava quase
pegando no sono, balançando as pequenas mãos e as pernas, era tão
pequena que Harry acha que caberia em seu bolso. Embora os olhos
estivessem fechados, e a cor demorasse alguns meses para definir, Harry
acha que ela deve puxar os olhos de Zayn, ela é todinha ele. Isso fez Harry
sorrir porque agora Liam tinha duas pessoas que ele ama que são
praticamente iguais. E o fato de Zayn já ter parido, faz a ansiedade e um
friozinho gostoso na barriga de Harry crescer, porque ele sabe que dentre
muito pouco tempo será ele tendo os gêmeos, sua mão chegou a passar na
barriga de puro nervosismo, mas era algo gostoso.

— A carinha de batata amassada dela. — Louis comentou ao seu lado,


fazendo Harry sair do transe.

— Ela não tem cara de batata amassada. Ela é linda. — Harry protestou,
ainda encantado pela garota e todos os bebêzinhos que estavam ali.

— Todo neném nasce de cara amassada, os nossos bebês também vão


parecer um purê de batatas. — Louis brincou e Harry o olhou cruzando os
braços, fazendo Louis ri e lhe dar um beijo na bochecha antes que Harry
defendesse todos os bebês do mundo, como o grande apaixonado por
crianças que ele era. — Mas a pirralhinha é realmente adorável.

Harry iria protestar de novo pela forma que Louis fala, mas acabou sorrindo
quando Louis sorriu olhando pra filha de Zayn e Liam, todo orgulhoso da
sua mais nova afilhada. Harry estava extremamente ansioso pra ver a cara
de Louis quando visse seus filhos pela primeira vez. Provavelmente, os
chamando de pirralhinhos também, mas sabia que ele falaria com todo amor
do mundo.
— Eu vou encontrar o Liam na lanchonete do hospital. Tadinho, passou a
noite toda acordado e sem comer esperando o médico dizer que sua filha
nasceu e que Zayn tá bem. — Louis comentou. E Harry imagina o quão
cansado tanto Liam como Zayn estavam, já era de manhã e ele e Louis
chegaram ali não tinha nem duas horas, mas Liam e Zayn ficaram a
madrugada toda ali até a pequena garotinha nascer. Harry espera que seus
gêmeos não demorem tanto assim. — Você não vem?

— Não estou com fome. — O mais novo comentou, seus olhos


hipnotizados através do vidro.

— Você tá há uma hora aí. — Louis riu, afagando as costas do namorado,


tendo noção de o quanto deveria estar pesada por todo peso que estava
aguentando. A barriga dele estava enorme, maior que de uma gravidez
comum, porque carregava dois bebês dentro de si. Harry tinha
constantemente dores nos pés e nas costas e Louis não se importava de
sempre massagear onde quer que doesse. — Daqui a um mês será os nossos
bebês. — Esfregou os cachos de Harry e este inclinou a cabeça para ele.

— Podia ser hoje. — Fez um biquinho. — Mas eu irei ver o Zayn, depois
vou comer algo. — Prometeu e deu um beijinho em Louis, o olhando se
afastar e novamente o sentimento de ansiedade bateu em si. Logo será os
bebês deles. Tinha tanta coisa pra resolver ainda, como o quarto que não
está pronto, os nomes que eles vivem discutindo pra ver quais serão, todas
as coisas necessárias pros bebês que eles ainda não compraram. E,
principalmente, algo que começou a deixar Harry mais ansioso ainda.

Por isso deu tchau pra pequena garotinha mesmo que ela não tivesse vendo
e foi para o quarto de Zayn.

O moreno estava distraído olhando para um programa que passava na tv do


quarto, seus olhos tinham agora um brilho diferente e ele parecia tão
cansado, mesmo assim, seu rosto estava satisfeito. As bochechas estavam
adoravelmente maiores. Zayn era tão, tão magro que era daqueles tipos de
pessoas que engravidam e mesmo com uma barriga enorme continuam
magros em outras partes do corpo. Porém, mesmo com essa estética, o rosto
estava um pouco mais cheio, o que fez Harry sorrir.
— Você está tão lindo.

Zayn sorriu quando viu a presença de Harry.

— Você a viu?

— Sim. Parece um pequeno filhotinho. Muito pequena e é a junção de você


e Liam. Adorável. — Ele se sentou na poltrona do lado da cama, Zayn virou
a cabeça sorrindo pra ele, como o pai orgulhoso que era, sabia do belo
trabalho que havia feito. — Doeu?

— Eu não pari pelo cu, Harry. — O moreno comentou e logo depois soltou
uma risada quando Harry fez uma expressão indignada mas logo riu em
seguida.

— É claro que não, seu deselegante. — Resmungou. — Nem mesmo após


parir tem classe, impressionante. — Brincou e Zayn empurrou fraco seu
braço, os dois sorrindo. — Mas abriram sua barriga, não é? Então deve ter
doído. — Zayn sabia que Harry entendia como tudo aquilo funcionava, mas
não era o Harry estudante de Medicina que estava fazendo aquela pergunta,
e sim o Harry grávido que logo irá parir também. Ou seja, o garoto estava
nervoso.

— Na hora eu só estava preocupado em ver minha neném, então teve sim


um desconforto mas nada que me fizesse gritar. E agora eu sinto um
pouquinho de dor por conta dos pontos, mas é quase imperceptível. — Por
que? Está ansioso?

Harry assentiu devagar, encostando sua cabeça na poltrona e ficando de


ladinho olhando o moreno, esse sorrindo pra ele. Faltava tão pouco para ser
sua vez, e isso o fazia ficar mais ansioso para que esse dia chegasse, mas
também o deixava com um pouquinho de medo. Afinal, seriam duas
pessoas saindo de sua barriga, não é algo que se faz todo dia, e não era algo
simples como espirrar.

— É normal. Eu também fiquei assim.


— Liam disse que você ficou a semana toda hiperventilando e quando
chegou aqui ficou tão nervoso que queria saber mais que os médicos. — O
mais novo comentou rindo.

— Aquele merdinha! Como se ele não tivesse feito o mesmo, só faltou


desmaiar. — O moreno reclamava, mas havia paixão em seus olhos
dourados. Ele acabou olhando para o anel em sua mão. — Mas é o meu
merdinha.

— Mentira? — Harry perguntou chocado, puxando a mão dele pra olhar o


anel melhor.

— É isso mesmo, ele me pediu em noivado aqui mesmo. — Ele exibia o


anel fino todo feliz e Harry continuava chocado.

— É até ouro de verdade! — O mais novo gritou desacreditado, Zayn


revirou os olhos sorrindo.

— Por isso que ele demorou tanto tempo, queria me dar um anel de ouro,
mesmo sabendo que se me desse um de papel estaria tudo bem. — Ele
sorriu todo bobinho.

— Eu te disse que uma hora ele iria pedir! — Harry bateu palmas animado.
Mas logo essa animação foi diminuindo, não totalmente, mas se tornando
em questionamento e uma pitada de esperança. — Será que Louis também
irá me pedir em casamento? Talvez um pouquinho antes? Ou quando os
bebês nascerem?

— Você sempre quis se casar, não é? Desde que te conheci sendo um


mimadinho que falava que eu e Liam tínhamos que casar logo porque
teríamos um bebê, e dizendo que seu sonho era dar uma grande festa de
noivado e que se casaria em um país lindo, onde na lua de mel faria um
monte de bebês. — O moreno riu um pouquinho e Harry sorriu com isso, o
moreno percebeu as expressões dele, não era de tristeza, mas de
preocupação, porque parecia que as coisas não foram do jeito que ele
planejou, e não era como se aquilo fosse ruim, eles só adiantaram alguns
sonhos de Harry e atrasaram outros, e este ainda tinha esperanças de
realizar alguns da sua própria forma.
— Sim. Você sabe que eu tenho mania de grandeza. — Zayn o olhou
fingindo choque. — Idiota! Eu planejava até mesmo fazer alguns ensaios
fotográficos para acompanhar minha gestação, e até agora não fiz. Sim,
também sonhava em ter um casamento luxuoso e ficar por aí exibindo isso e
meus filhotinhos. Mas não é tudo devido a minha mania de grandeza, desde
bem pequeno eu queria ter uma família e ter meus próprios bebês, enquanto
meus amigos brincavam de carrinho eu gostava de pegar as bonecas de
Gemma e fingir que eu era o papai delas. E tudo bem, nada aconteceu como
eu planejei, mas eu tenho já meus bebês e o garoto que eu sou apaixonado,
Não noivamos e nem casamos em um lugar luxuoso, não fizemos um
grande espetáculo com isso. Mas será que Louis quer ao menos oficializar
um pouquinho mais isso antes dos bebês nascerem? — Ele tinha tanta
esperança que Zayn tinha medo que essa esperança fosse brutalmente
quebrada. — Ou talvez depois? Tudo bem se for depois... sabe? Eu não sou
tão mimado ao ponto de querer tudo na minha hora. — Harry jurou com as
mãos juntas pra demonstrar aquilo. — Eu sou só muito ansioso, queria
saber ao menos se ele pensa isso, aí eu esperaria até anos sem falar nada. —
Ponderou um pouco. — Anos não... talvez alguns meses... — Zayn riu no
final.

— Louis é muito apaixonado por você, tipo, demais! Mas ele também é o
Louis... ele é muito razão e você muito emoção, ele gosta de viver o
momento e ir levando enquanto der certo. — Harry murchou e o sorriso
apagou. — Mas você sabe, quando ele soube que você estava grávido, você
era ainda um menino insuportável para ele, você estava lá e brigaram
naquele dia, ainda se odiavam mesmo com toda tensão, e vocês dois
naquele momento talvez nunca pensariam que estivessem aqui agora. As
coisa mudam. E embora Louis goste mais de viver o momento e você seja
muito emocionado, — Brincou —, eu tenho certeza que ele já pensou em
ter dar tudo isso que você quer, afinal, mesmo quando vocês se odiavam e
ele reclamava do seu jeito mimado, ele te mimava, mesmo assim. Mas
tenho certeza que ele não faria isso apenas pra te agradar, e sim porque ele
quer também. Mas pode ser hoje, ou amanhã, ou daqui um mês, ou um ano,
não importa. Vocês eventualmente vão acabar juntos cheios de filhos,
casadinhos e se amando. Tenho certeza.
A certeza de Zayn, e a própria esperança de Harry, fez o mais novo
acreditar mais ainda que Louis o pediria em casamento a qualquer
momento. Sabia que poderia demorar, mas isso não o impediu de ficar
ansioso, até porque Louis dava muitos motivos para fazer Harry acreditar
que poderia ser a qualquer hora. Sempre sendo carinhoso, deixando
bilhetinhos fofos colados na geladeira e sempre lhe olhando como se Harry
fosse a coisa mais preciosa de todo o universo. E Harry morria toda vez que
Louis tinha alguma coisa pra falar, fazendo um grande mistério, então seus
olhos esbugalhavam e Harry pensava ''meu Deus, é agora'' mas nunca era.
Fazendo o mais novo ficar mais ansioso ainda. Ele achou que iria explodir
quando Louis o convidou pra um jantar em um dos restaurantes mais caros
e favoritos de Harry, dizendo que era um ocasião especial.

E só poderia ser. Afinal, Louis não gostava muito daquelas comidas, e


quando ia, era pra agradar Harry, assim como o mais novo o agradava
quando eles optavam por ir a algo mais barato, eles balanceavam daquele
jeito. Mas dessa vez era Louis convidando. Harry se arrumou da melhor
forma que pôde, ou que sua enorme barriga permitia, ele tentou ficar o mais
bonito possível, mesmo que seus cabelos enormes já estivessem o
incomodando, então fez uma trança como se fosse alguma princesa da
disney. E Louis também esteve impecável, como se quisesse realmente
agrada-lo e fazendo mistério o tempo todo.

Harry pensou: É agora.

Porque até mesmo os pedidos estavam os mais caros. Louis mandou Harry
escolher o melhor vinho, porque seria o mais velho a pagar. E não é como
se ele nunca tivesse pago nada caro, mas dessa vez ele estava sorridente e
não reclamando do preço das coisas, ou sendo orgulhoso dizendo que eles
iriam dividir a conta porque ele era pobre mas não estava na miséria. Louis
estava radiante a noite toda, não reclamou nem das comidas exóticas que
ele tinha dificuldade em pronunciar, ou de como tudo era uma sacanagem
para seu estômago roncando com essa mania de restaurantes caros terem de
servir vários pratos mas em pouca quantidade, ao invés de servir um com
tudo de uma vez para matar a fome.

Harry chegou a ir no banheiro e se olhar no espelho enquanto tentava fazer


um discurso do porquê aceitaria aquele pedido que esperou por tanto tempo.
Ele achou que teria seus nenéns ali mesmo, embora faltasse ainda um mês,
mas estava tão nervoso que começou a suar, e não era hora para ficar feio.

''Não saem agora de mim, anjinhos, por favor'' foi o que Harry pensou
quando voltou pra mesa e Louis lhe olhou como se ele fosse o seu mundo,
um sorriso se abriu em câmera lenta, realmente, cada linha de expressão se
formando tão devagar e os olhos tão brilhantes como nunca antes, era quase
como se Louis estivesse o dizendo que o amava, embora nunca tenha de
fato dito, e as mãos fortes pegaram nas suas, um carinho feito ali que Harry
sentiu como se fosse em todo seu corpo, fazendo o mesmo tremer, e Louis
subiu uma mão em seus cabelos trançados, riu curto e baixo como se tivesse
olhando para um anjo, e os lábios abriram como se fosse falar a coisa mais
verdadeira do mundo, ele soltou um ''você é lindo'' o mais sincero que
Harry já recebeu em toda sua vida. O mais emocionante até aquele
momento, porque seus olhos marejaram, se tornando águas verdes e era
como se Louis tivesse falando aquilo pela primeira vez pelo tamanho da
sinceridade dele, e como as palavras foram sussurradas como um grande
segredo.

— Ai meu Deus, ai meu deus, ai meu Deus! — Harry começou a repetir


baixinho quando Louis tirou a mão de seu rosto e levou até o bolso da
calça. Era agora! E Harry já olhava pros lados esperando aparecer músicos
cantando e tocando violino. O mais brega possível, do jeito que gostava.

— O que tenho pra te falar vai mudar nossas vidas. — Harry jura que
estava prestes a ter um treco. E então Louis mostrou o que pegou, não era
uma caixinha de anel como esperava, e sim uma passagem para fora do
país. Harry estreitou os olhos porque era só uma, mas não estava surpreso,
provavelmente era porque Louis só conseguiu comprar uma e estava lhe
dando, Harry não se importaria de comprar a outra. Sorriu todo feliz quando
a pegou, embora fosse uma passagem pra Espanha, não era exatamente o
país que ele queria comemorar seu noivado mas era lindo também. — Eu
recebi um convite para uma competição na Espanha. Lembra aquelas
competições que eu fazia aqui? Então, só que dessa vez é algo muito maior,
bebê. É televisionado. Provavelmente você não saiba, mas grandes artistas
de grafites que hoje estão milionários é por essas visibilidades. E não
importa nem ao menos que eu ganhe, porque só de estar ali eu irei começar
a aparecer pra trabalhos grandes, onde vou gerar o preço desse nosso
apartamento com uns dois ou 3 grafites. Ou seja, eu não irei mais ser
considerado um pinchadorzinho qualquer que faz alguns bicos em troca de
alguma merreca. Eu vou ser profissional. — Louis falava com tamanha
empolgação, e mesmo que Harry não estivesse entendendo muito bem,
porque ele estava falando tão rápido, conseguia ver o quanto Louis estava
animado para aquilo. — Eu finalmente, e, provavelmente, vou conseguir
ficar estável no que eu gosto. E poder dar pros meus filhos o que eles
merecem, assim como você. É claro que eu não irei ter o tanto de dinheiro
que você tem, mas não importa. Eu só queria algo estável e eu estou muito
esperançoso com isso. — Ele sorria brilhantemente. — O problema é que
eu irei ficar 3 semanas lá... eu sei que quando eu voltar faltará ainda mais 2
semanas pra você parir, mesmo assim eu fico preocupado. E se você parir
antes? Eu pensei em você vir comigo, mas é uma temporada longa de
competições, eu mal vou parar no hotel. Ao invés de uma viagem juntos,
vai parecer uma viagem onde você ficará no quarto e eu grafitando. E se
acontecer alguma coisa enquanto eu estiver fora? Eu fico com medo só de
pensar. Caso eu for, eu pensei em você ficar aqui com Gemma ou Niall, ou
então ficar com seus pais. Mas mesmo assim irei ficar preocupado... então
não sei, é uma grande oportunidade mas pode aparecer outras. Se você
quiser, eu não vou e está tudo bem.

Harry não iria mentir, foi um baque, como um balde de água fria nas suas
costas, ele estava ali já prestes a derramar lágrimas achando que era um
pedido de casamento e não foi. E, ainda por cima, Louis teria que ficar 3
semanas longe se ele realmente fosse. Ou seja, mais 3 semanas com Harry
sendo ansioso, porém, dessa vez, sozinho. Não literalmente porque teria
Gemma, Niall ou seus pais.

Ele poderia ir com Louis e ficar no quarto mesmo assim, já que duvidava
muito que iria aguentar ficar com sua barriga enorme acompanhando Louis
pros eventos. Mas ele não pensava que a primeira viagem juntos como um
casal seria dessa forma, ele queria que fosse pra eles aproveitarem juntos,
não como a trabalho.

Mas ele olhou para o seu amor, e não deixou que a decepção de não ter o
que queria estragasse a felicidade de Louis. Pois se tem uma coisa que
aprendeu convivendo com ele é olhar para o próximo, não só para as suas
vontades. E conhecia Louis desde pequeno. Sabe o quanto ele quis aquilo.

— É claro que eu quero que você vá. — Disse limpando suas lágrimas nos
cantos dos olhos que foram interrompidas de caírem. Mas ele realmente
estava genuinamente feliz por Louis. — Não tem nenhum problema, eu
ficarei aqui com Gemma e Niall, e nos dias que eles não puderem estar
comigo, eu fico com meus pais ou chamo Liam e Zayn pra cá. E não irá
acontecer nada com você fora, nossos bebês vão nascer na data prevista pra
nascerem. Quando você voltar, eles ainda estarão aqui, tenho certeza. Vá, e
mostre ao mundo o quão talentoso você é. Mostre que aquele pequeno
garoto rebelde que rabiscava as paredes tem um dom. Eu vi você sendo
preso quando adolescente, fui maldoso debochando disso várias vezes.
Então mostre pra aquele Harry idiota que tudo valeu a pena. Eu estou tão
orgulhoso de você, do artista que você é, por você ter seguido suas vontades
mesmo quando vários te criticaram, inclusive eu. Eu tenho orgulho de você
ter prometido pro seu pai antes de morrer que faria tudo que quisesse, que
não abaixaria a cabeça pra ninguém. Ele teria tanto orgulho de ver a
borboletinha azul dele voando. Mas, por favor, só três semanas, tá bom?
Nossos bebêzinhos não vão aguentar de tantas saudades.

Louis abriu um sorrido que fez Harry esquecer de todas suas vontades e
colocar as dele em cima das suas, porque isso não o matava de vez em
quando. E se Louis estava feliz, ele também estava.

— Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci, garoto! E quando eu


voltar, você vai enjoar de tanto que eu vou te mimar, e te dar tudo que você
quer, porque agora eu vou poder. Vai enjoar tanto que nem essas comidas
difíceis de se pronunciar você não irá querer mais!

Louis se inclinou na mesa pra beijar Harry que estava sorrindo orgulhoso
para ele.

— Deselegante. — Harry sussurrou sorrindo pro mais velho por eles


estarem se beijando assim naquele lugar, mas pegou nas bochechas de
Louis e devolveu o beijo. — Mas eu não me importo de você me mimar
quando voltar, pois você se tornará o próximo Eric Grohe.
Louis se afastou, o olhou com os olhinhos arregalados.

— O que? Achou que eu não iria lembrar de todo seu discurso quando
discutimos naquela viagem onde fizemos nossos bebês, e estava com raiva
de você após o sexo e quis ser idiota falando que o você fazia não era arte?
Você fez um discurso dizendo que os pintores dos quadros da sala dos meus
pais não eram os únicos artistas, e listou os seus artistas. Quem diria, que
você se tornaria um. Um melhor que qualquer outro que eu já admirei,
amor.

Harry achou que não seria tão difícil ficar sem Louis quando o deixou no
aeroporto. Na verdade, eles ficaram todo tempo conversando normalmente,
foi quando Louis teve que realmente ir que as lágrimas de Harry
começaram a cair e ele chorou como um bebê, como sempre faz nos
últimos tempos por conta dos hormônios. Mesmo assim, ele achou que seria
um pouquinho mais fácil. Então ele dividiu em níveis as semanas que
passaram. Na primeira, foi um nível de dificuldade mais baixo, na segunda,
Harry já chorava quase todos os dias, no começo da terceira, ele estava em
abstinência de Louis.

— Isso é ridículo, Gemma. Ele vivia sumido por mais de 3 semanas quando
morávamos na mansão e eu não sentia tanta falta assim dele. Tá bom, eu
sentia, mesmo o odiando e não querendo admitir que gostava dele. Mas eu
era acostumado com os sumiços. Agora que estamos juntos é como se ele
tivesse ficado fora um ano, e eu fico aqui vendo filmes clichês e me
entupindo de sorvete, ligando pra ele toda hora. — Harry disse enquanto
tinha um pote de sorvete na mão e uma colher, sentado no sofá do
apartamento com seu pijama e choramingando a toda hora, fazendo Gemma
revirar os olhos pelo drama. — Minha vontade é ligar pra ele e dizer que
acho que os bebês vão nascer antes da hora e fazer ele voltar. Aí eu digo
que foi alarme falso. — Sorriu sapeca.

— Meu Deus, como você é grudento e não aguenta ficar sem ser mimado
por Louis durante míseros dias. Eu não aguentaria namorar você!
— Ei, eu não sou tão grudento e mimado assim, são os hormônios que me
fazem o querer o tempo todo e chorar o tempo todo. E também porque eu
estou na fase final pra ter os bebês e eu fico o dia todo em casa, estou de
licença no estágio e faculdade. Não faço nada e o cheiro de Louis está pelo
apartamento inteiro. Se eu já tivesse tido os bebês, eu estaria com saudades
de Louis mas fazendo minhas coisas, saindo com meus amigos, trabalhando
e estudando. — Resmungou como uma criança. — E não só me culpe
também, os bebês também sentem falta do Lou, tenho certeza. Ficam
chutando minha barriga o tempo todo querendo ele, aí eu choro por eles
também. Tenho certeza que puxaram ele. Eu aqui sofrendo com esses
hormônios descontrolados e eles devem sair com a cara do Lou.

Gemma riu de como o irmão estava, mas não era como se ele tivesse sendo
possessivo ou irritado de verdade. Ele só estava carente porque queria ser
bobo e clichê, casando com ele, porque estava prestes a ter os bebês e isso
mexia com suas emoções, fazendo elas triplicarem.

— Calma, Haz. Louis volta semana que vem e você está prestes a ter os
bebês, não doente. Não precisa ficar em casa se lamentando.

— Mas o que eu vou fazer, se não comer e assistir séries? Não posso fazer
nada com esse barrigão, se eu ficar em pé mais de meia hora a barriga já
pesa e os pés incham. É como se eu tivesse ficado grávido duas vezes. —
Fez um biquinho. Louis sempre acalmava esse lado choroso dele o
ajudando a tomar banho, cuidando de si, passando creme na sua barriga,
dizendo que não importava se tinha algumas estrias ali, mesmo Harry
resmungando, mas Louis beijava todas elas, e ainda fazia massagem nos
pezinhos inchados porque Harry não conseguia mais alcança-los. Louis era
adorável consigo.

— Eu tenho um amigo fotógrafo! Que tal você fazer aquele ensaio


gravidinho que sempre quis? — Gemma sugeriu animada e os olhos de
Harry brilharam, ele começou a bater palmas e concordar.

— Sim, sim sim!

E Harry sempre achou que seus ensaios seriam para alguma revista famosa,
ele fazendo mês por mês enquanto toda elite iria comprar as revistas
querendo acompanhar sua gestação, e ele sabia que poderia fazer algo
assim, mesmo estando nas últimas semanas, mas se fizesse e enviasse para
alguma revista famosa muitos iriam querer comprar por ele ser uma especie
de sub celebridade naquele meio dos milionários, mas os sonhos mudam,
ele não quis fazer nada tão extravagante. Ele fez fotos em frente a flores
enquanto tinha várias tranças em seus cabelos cobertas de pequenas
plantinhas, pétalas de rosa em sua barriga enorme e é claro que tudo isso
revestido por alguma roupa de marca. Ele fez um ensaio adorável e quando
o book tivesse pronto ele daria de presente pra Louis, como uma lembrança
de o quanto ele foi importante pra aquilo acontecer. Por isso que quando era
de noite, ele andou igual um pinguim por conta do peso em sua barriga, já
estando de banho tomado e deitou na cama, pegando seu celular e discando
o número de Louis.

''Alô?'' Ele escutou do outro lado, e então saiu um sorriso de seu rosto
automaticamente.

— Oi, Lou! — Disse animado. Escutou um ''oi, bebê'' do outro. — Como


você está? Saiu tudo bem hoje?

''Sim! Hoje foi tudo ótimo, eu passei pra próxima fase junto com mais 4
pessoas. Então tem mais uma fase onde só vai se classificar 3 pessoas e a
última. Eu to tão feliz, Haz. mesmo que eu não chegue a ganhar, só todo o
conhecimento que recebi aqui já é o suficiente e um grande passo para a
minha carreira.''

Harry sentiu seu coração cheio de orgulho quando ele disse todo alegre que
era sua carreira, amava como Louis se valorizava assim como valorizava o
que fazia mesmo tendo crescido com comentários ruins sobre aquilo de
todos a sua volta e da própria sociedade.

— Você é incrível. E eu tenho certeza que você vai ganhar. Eu acredito em


você!

Harry escutou um suspiro do outro lado, queria ver a carinha dele de perto,
as ruguinhas que se formavam quando ele sorria. Eles dois eram tão novos e
já estavam dando passos grandes em suas vidas, tanto no lado amoroso
como no profissional. Ele queria poder comemorar e fazer planos enquanto
olhava pro teto junto a ele, soltou um suspiro de lamentação pelas saudades
e Louis fez o mesmo do outro lado da linda.

''Eu tô com tantas saudades. Eu não saí muito pra conhecer a cidade, mas é
apenas olhar pros lados e da pra ver o quão é lindo aqui. Você sabe, eu
nunca fui pra nenhum lugar sozinho. Sempre fiz mochilão com meus
amigos, mas era com pouco dinheiro e pra se aventurar. Eu olho pros lados
e vejo tanta coisa bonita, lembro do quanto você é um bobinho romântico,
me pego sorrindo imaginando você ao meu lado. Depois que os bebês
nascerem eu quero voltar aqui com você, e pra muitos outros lugares.''

— Você está fazendo planos comigo? — Harry disse como o bobinho que
era, alisando o lençol de seda ao seu lado, querendo que fosse Louis ali. Ele
parecia um adolescente apaixonado, embora já tivesse dado grandes passos
com Louis longe de ser um romance adolescente bobinho e superficial. E
ele sabe que eles esqueceram a ideia de se separarem quando os bebês já
tivessem com alguns meses e eles tiverem aprendido a se darem bem,
porque agora eles queriam estar juntos, mas Harry é um bobo clichê que se
anima com tudo e sonha alto, ele não sabe se Louis iria querer casar com
ele logo, ou algum dia, e se casar. Ele está tentando não pensar só em seus
sonhos e não criar grande caso com isso, mas Louis pensar em fazer algo
mais pra frente com ele, mesmo que não tenha nada a ver com casamento, o
faz se sentir feliz.

''É claro que sim, bobinho. Você adoraria cada pedaço daqui. Tenho
certeza que ficaria muito empolgado, mas não se preocupe, eu irei levar
algo daqui pra você''

E então Harry esquece de tudo que acabou de pensar, e ele põe culpa nos
hormônios por querer todos seus sonhos na sua própria hora e criar grandes
expectativas com isso. Ele pensa que talvez tenha uma pequena
possibilidade desse ''algo'' que Louis iria trazer ser um anel de noivado, a
esperança com a possibilidade aumenta quando ele acredita que Louis
realmente pode ganhar a competição e receber muito dinheiro com aquilo, o
suficiente para comprar uma enorme pedra de diamante. Sinceramente, ele
não está sendo tão superficial ao ponto de querer algo muito valioso, ele
pensa que mesmo que Louis não ganhe, ou ganhe mas compre um anel
barato, está tudo bem. Talvez ele apenas queira ficar noivo logo. E ele pensa
que talvez esteja ficando muito paranoico com isso, mas não se importa.

''O que você fez hoje?'' Louis perguntou depois de um tempo sem resposta.

— Mesmo que eu esteja insuportável e os hormônios me deixando choroso


e carente, não querendo fazer nada até os bebês nascerem, eu fiz um ensaio
fotográfico. Lembra que eu sempre quis fazer? Mas fiquei tão feliz com
meus bebês e com nós dois nos entendendo nesses meses que eu nem me
lembrei mais. Eu fiz um book lindo, Lou. Você tem que ver. Eu podia te
enviar as fotos mas só irei te mostrar quando você voltar. Está lindo, e o
mais fofo possível, a paleta de cores é pastel, e é tudo sobre bebês, tranças e
flores, em contraste com minha vestimenta cara, a coisa mais clichê
possível sobre mim, eu sei, eu não ligo, porque está lindo. — Disse todo
animado.

''Deve estar. Eu sei o quão você deve ter ficado todo bobinho e lindo com
esse book. Ah, eu queria está aí e ver você agora desse jeito que falou. Você
sabe, eu iria cuidar de você e te beijar todinho.''

— Eu sei que você está sendo fofo... mas não fala essas coisas, porque além
de eu achar isso adorável, você sabe que os hormônios me fazem querer
isso de outra maneira também. — Fez um biquinho mesmo que Louis não
tivesse vendo.

''Eu sei disso'' Louis riu baixinho.

— Idiota!

Louis lembra da primeira parede que ele pinchou, não fazia nem muito
tempo que seu pai havia falecido, e ele estava com ódio da vida, de como as
pessoas iam embora em um piscar de olhos, especialmente, as pessoas boas.
E simplesmente comprou latas de tinta e quis fazer algo ilegal quando saiu
de madrugada e pinchou uma parede qualquer. Sua intenção não foi fazer
porque gostava, porque sairia algo bonito dali, ele só estava com raiva e
quis ser rebelde como sempre. Seu pai havia morrido em seus braços
dizendo pra ele fazer tudo que ele quisesse, e naquele momento era o que
ele queria. Ele lembrava de conversas longas na madrugada que tinha com
seu pai, onde dizia que não entendia porque pessoas com mais dinheiro que
ele o tratava como se ele fosse um inseto. Seu pai vivia o dizendo que não
eram todas as pessoas que eram assim, que não tinha a ver com dinheiro, e
sim com a mentalidade de querer se sentir superior, e antes de morrer lhe
disse pra aquilo não lhe afetar e viver uma vida que ele iria se lembrar. Ele
lembra da adrenalina que foi pinchar uma parede de algum rico importante,
mesmo que essa pessoa não tivesse a ver com suas frustrações, com sua dor
de perder alguém querido, com sua raiva de coisas já ditas para si. Ele só
literalmente rabiscou, e, na noite seguinte, rabiscou novamente, e por assim
em diante, até dos rabiscos saírem desenhos que ele costumava fazer em
papéis, e quando ele viu em parede, ele percebeu que tinha sim algum
talento. E então foi pego pela policia pela primeira vez, talvez ele devesse
se sentir envergonhado pelos patrões de sua mãe ter que pagar a fiança ou
pelo esporro que recebeu dela. Mas na madrugada seguinte lá estava ele,
concluindo mais um desenho e sentindo orgulho de si mesmo, e depois
tendo a oportunidade de fazer que seu ''vandalismo'' se tornasse grafite, e
mesmo que muitos ainda duvidassem daquilo como arte, ele seguiu em
frente. Assim como tudo em sua vida, ele sempre fez porque quis, e ele não
conseguia acreditar ainda que estava em um país para um competição onde
seu nome era dito como artista, onde ele só estava ali porque em toda sua
vida optou pelo caminho que seu pai o aconselhou, onde fez tudo que
sempre teve vontade, mesmo que as vezes fossem coisas arriscadas, mesmo
que tenha colocado sua vida em risco algumas vezes com as loucuras que
fazia, mesmo sendo rebelde e sempre querendo viver o momento ao invés
do futuro.

Ele não conseguia acreditar que estava ali porque simplesmente viveu a
vida da maneira que queria. Sem pensar nas consequências, assim como não
pensou quando decidiu se envolver com Harry. Um mimadinho que virou
sua cabeça e que o deu duas coisinhas que se tornaram suas preciosidades,
que foram responsáveis por ele querer ficar estável, por estar ali pensando
pela primeira vez no futuro, não no presente. E Harry... Harry juntou os dois
mundos que ele jurou que nunca ficariam juntos, que não era possível,
Harry se tornou seu futuro mesmo que ele fosse um cara que pensasse no
presente. Ele passou pra semifinal pensando em Harry, era tudo sobre ele.
Tudo sobre o quanto eles podiam dar certo por mais algum tempo. Louis
não gostava de pensar muito em um futuro tão distante, as expectativas as
vezes estragava a experiência, mas ele diria que queria viver muitos
momentos ainda com Harry. Era louco pensar que se fosse um tempo atrás,
Louis só pensaria em voltar ali pra se aventurar, ser rebelde e se arriscar.
Não que ele não quisesse fazer algumas travessuras, mas o que mais veio
em sua cabeça é voltar ali com Harry e seus filhos nascidos, e aproveitar
com eles. E viajarem pra outros cantos do mundo, Louis mostrando os
pontos mais ousados da natureza e Harry os lugares mais culturais e
românticos.

E passando tanto tempo com Louis, Harry aprendeu a deixar seu antigo eu
inseguro em relação ao mais velho para trás. Pois aquele Harry ainda falava
muito dentro de si. O Harry adolescente que sabia que foi inúmeras vezes
idiota com o mais velho e vice versa, e ambos se escondiam atrás disso, e
esse Harry se obrigava a socar os sentimentos bons por Louis dentro dele,
assim como Louis também o fazia. Aquele Harry era muito inseguro em
relação a Louis, sempre autossuficiente para todos, mas sabia que o mais
velho não gostava de seu jeito e entendia que eles nunca dariam certo, pois
nunca teve coragem para dizer que o olhava de outro forma. E mesmo que
com Louis fosse assim também, aquele Harry era muito mais inseguro. Pois
naquela época sabia que Louis amava a vida que tinha onde Harry não
existia e a única coisa presente era um muro que separava os dois. A
primeira transa aos dezoito não mudou isso, e nem quando Harry ficou
grávido. O que mudou foi a convivência, foi o fato de se declararem, de se
entenderem, e de começar a aceitar o jeitinho um do outro. Então o Harry
atual pegou a insegurança do antigo Harry e fez desaparecer. Até que os
hormônios, ansiedade e nervosismo começaram a atacar já que faltava
menos de uma semana pra Louis voltar e duas pro seus bebês nascerem. E
Harry só conseguia o dia todo reclamar com a irmã como tudo estava em
cima da hora e praticamente nada pronto para aquilo, e nem ele. E Gemma
entendia, mesmo que ele estivesse extremamente feliz por engravidar, uma
hora a parte do medo iria bater em sua porta. E bateu. Harry ficou o dia
todo andando de um lado para o outro listando tudo que ainda falta, ou seja,
praticamente todo o quarto dos gêmeos que ainda não estava pronto, nem os
móveis, que eles ainda não compraram, nem todas as roupinhas. Eles não
tiveram a conversa de como tudo seria, Harry queria sentar e conversar com
o maior a madrugada toda planejando como seria lidar com os bebês
chegando. Somando tudo isso com o fato de que sua barriga estava cada vez
mais pesada, ele não aguentava mais e cada dia que passava parecia um mês
inteiro. Os hormônios estavam descontrolados e ele tinha raiva com
facilidade, ele era grosso em alguma hora e na outra começava a chorar,
tinha crises de choramingos porque não conseguia tocar os próprios pés e
porque alguma nova estria apareceu.

E pra piorar, a insegurança perante a Louis voltou. Porque Louis tirava


fotos e postava no instagram sobre o evento e sempre tinha alguém bonito
em seu lado, seja homem ou mulher, e não é como se ele achasse que isso
significava alguma coisa, que Louis se sentia atraído ou que iria fazer
alguma coisa, ele nunca iria querer que Louis parasse de ser sociável a cada
canto que fosse, e muito menos achava que o mais velho era infiel. Em
qualquer outra situação, Harry não estaria tão inseguro assim, e mesmo que
ele saiba que Louis não irá fazer nada, ele olha pro próprio corpo e só quer
que os bebês nasçam logo e seu corpo esguio volte ao normal.

Ele não quer mais aqueles hormônios descontrolados que o deixa com raiva
ou emocional demais ao ponto de ser chato com as pessoas. Ele não quer se
olhar no espelho e reclamar de cada mínimo detalhe. Ele tá odiando até seus
cabelos longos demais, acha que está desigual e sua vontade é de cortar
tudo. Ele só quer Louis de volta, os bebês nascidos, suas emoções de volta
ao normal e que tudo que falta pra chegada dos bebês esteja pronto. Ele
quer sua autoestima de volta, e não quer que Louis o ache meloso ou
paranoico demais. Mas ele estava a beira de um surto, porque gritou
abafado contra o travesseiro e brigou com Gemma por exatamente nada, só
porque estava com o humor insuportável, e ao contrário do que pensou,
ligar pra Louis de noite não o acalmou, apenas piorou tudo. Porque havia
um som alto de música tocando quando Louis atendeu, muitas vozes,
animação e Harry sabia que era uma festa.

— Oi? Onde você está?

''Oi, Haz! Eu passei pra semifinal, você acredita? Eu tô tão feliz! Eu tô


confiante, acho que eu irei ganhar! Um dos dois finalistas me chamou pra
uma festa na casa dele pra comemorar. Ele é aqui da Espanha, quase nem
entendo o que ele fala, mas ele é engraçado.''

Harry sabia que pelo tom de voz de Louis, ele não estava bêbado. Mas isso
não impediu que seu sorriso se fechasse, porque ele tinha que gritar pra
falar, a música tava muito alta e ele meio alto.

— Que bom que você passou! Eu tenho certeza que irá ganhar! — Tentou
ficar animado com aquilo. Mas esses últimos dias de gravidez estava o
sobrecarregando em níveis que nunca se viu antes.

"Você acreditar em mim é essencial" a voz de Louis soou doce apesar de


todo o barulho. Harry sorriu sozinho com aquilo, mas o sorriso voltou a
morrer quando todos ao redor de Louis pareciam adolescentes na puberdade
que gritam e falam besteiras. Ele não conseguia entender muito bem o que
falavam, mas entendia de pessoas bêbadas. Louis em algum momento
mandou eles ficarem quietos, mas sua voz estava risonha e Harry se sentiu
como se estivesse atrapalhando a comemoração dele. "Eu queria que você
estivesse aqui." Louis lamentou depois de um tempo.

— Bom, se eu tivesse na Espanha provavelmente estaria no quarto de hotel,


não podendo ficar no meio de toda essa bagunça. Então não faz muita
diferença.

Harry não quis soar amargo, realmente não quis. Mas era algo inevitável
controlar seus sentimentos nos últimos dias.

''Claro que iria fazer. Não seja bobo, iriamos dar um jeito.'' foi o que Louis
respondeu depois de longos segundos tentando falar e não sendo ouvido por
conta das gritarias, realmente não parecia um bom tempo para se fazer a
ligação. Harry não queria atrapalhar e muito menos prolongar uma conversa
onde talvez se estressasse e estragaria tanto o seu dia quanto ao de Louis.

Por isso não demorou um minuto depois daquilo pra encerrarem a ligação.

E veja, Harry sempre considerou que seu ciúmes era moderado. Ele nunca
iria proibir Louis de nada. E muito menos brigar com ele por ele se divertir.
Pois o seu ciúmes se resolvia com beijos carinhosos e um amor gostoso.
Mas quando se passa mais um ou dois dias, e tudo que há no instagram de
Louis são publicações e stories comemorando, onde há um Harry do outro
lado do mundo com os hormônios descontrolados e uma insegurança
enorme, isso só fazia a ansiedade do mesmo aumentar.

Ele olha pra aquelas fotos e olha ao seu redor e vê que nada está concreto. E
de repente talvez não se trate apenas de uma vontade de casar, e sim de
ajeitar as coisas o quanto antes. Louis iria voltar ainda naquela semana mas
faltam duas pra Harry ter os gêmeos. Eles não decidiram a decoração do
quarto, não compraram os móveis, mal tinha roupinhas e tudo que é
necessário para duas crianças recém-nascidas, eles nem ao menos tinham
entrado em acordo sobre o nome dos bebês. E tudo parecia sufocar Harry,
tudo que faltava, tudo que ele planejou e não aconteceu, a ansiedade de ter
logos os bebês, seu estresse, Louis não estar ali.

E ele de repente precisava fazer alguma coisa, não conseguia ficar apenas
sentado esperando que com um espirro as contrações viessem e seus bebês
nascessem. Até porque, ele não queria isso enquanto nada em sua vida
tivesse resolvido. Ele sabe que, após o nascimento dos bebês, tudo muda, e
ele não tem certeza se é pro bom ou pro mau, nada ali era claro, e talvez por
isso ele tivesse ficado tão fissurado com ao menos um pedido de noivado
que nunca aconteceu. E de repente, em duas semanas ele queria resolver
tudo sobre os bebês e tudo sobre sua vida com Louis.

Isso talvez tenha desconfigurado mais ainda tudo, ao invés de arrumar. Seu
estresse estava a mil e não tinha nada que ele pudesse fazer a respeito. Suas
ideias em sua mente estavam uma bagunça, assim como várias revistas de
planejamento familiar estavam abertas espalhadas pela cama, em páginas de
cores para o quarto, outras em móveis, nomes para bebês riscados com
possibilidades de sim ou não, e roupas de bebês, enquanto passava algumas
páginas com uma mão e com a outra estava com celular esperando Louis
atender.

''Olá, Haz'' ao menos, dessa vez, Louis não estava com um barulho alto
atrás de si como das outras vezes. O que fez o estresse de Harry não
aumentar naquele momento.

— Você gosta de cores pastéis ou cores vivas?


''Como assim? E tudo bem com você? Não me ligou ontem, tô sentindo mais
ainda sua falta.''

Em qualquer outra situação Harry sorriria, mas ele estava estressado.

— Não liguei porque, provavelmente, você estaria ocupado.

''Mas arranjaria um modo de falar contigo''

Enquanto estaria a maior barulheira atrás de você e não daria pra te ouvir,
me fazendo desligar o celular sem ao menos matar um pouco da saudades.
Harry completou mentalmente.

Mas para não criar um caso, resolveu ir direto ao ponto que queria.

— Estou te perguntando sobre cores porque estou decidindo para o quarto


dos bebês.

''Mas já? Faltam duas semanas ainda''

— Faltam só duas semanas, Louis. — Seus dedos esguios imediatamente


buscaram um de seus cachos para se enganchar. Harry estava muito ansioso.

''Haz... você tá falando como se faltasse 2 dias'' Ele riu brincando, eram
aquelas risadas gostosas que costumam fazer o cacheado estremecer dos
fios de cabelo até a tatuagem estúpida em seu dedão. Mas que naquele
momento só fazia Harry ficar um pouco mais estressado.

— Louis, faltam duas semanas, a gente não decidiu nada. Eu não vou
chamar meus filhos de coisa 1 e coisa 2. — Harry bufa, mordendo os lábios
e franzindo o cenho.

''Escuta, babe. Falta pouco para eu estar em casa, então nós podemos
sentar e decidir o que você quiser''

Harry jura que naquele momento o que sempre admirou em Louis, sua
forma de viver apenas o momento, e não pensar no amanhã, estava soando
um problema.
''Além do mais, coisa 1 e coisa 2 soa muito bonitinho'' Harry jura que iria
fazer seu travesseiro voar até a Espanha se Louis continuasse agindo como
se faltasse 1 ano para tudo, e continuasse com aquela risada descontraída.

— Nhenhenhe. — Harry começou a resmungar baixinho, enjoado.

''O que é isso?''

— Sou eu tentando me comunicar em linguagem simplificada pra ver se


você e seus dois neurônios entendem que é questão de pouco tempo. E
meus filhos são importantes.

''Nossos filhos, Harry.'' Louis suspira, e Harry consegue vislumbrar ele


fazendo uma contagem mental para continuar levando tudo na brincadeira e
paciência, para não cair na pilha. ''O que deu em você, gatinho?''

— É que a gente não decide nada, parece até que você não se importa. Por
mim as coisas já estariam resolvidas faz muito tempo. — Fez uma pausa
para respirar fundo, uma cara extremamente emburrada para o telefone. —
E não falo só dos bebês.

Louis está sendo bastante paciente com Harry durante os 9 meses. Muito
mais do que um dia foi capaz de ser. Sendo que paciência não fazia muita
parte da sua vida quando se tratava de Harry, se olhar como eles eram antes.
Mas Louis não comparava uma situação onde perdia a paciência fácil por
causa das implicâncias que tinham um com outro, com aquele momento
onde tudo era diferente. Ele era paciente porque Harry estava passando por
um momento difícil e os hormônios o deixava mais ácido e carente.

Ele entendia.

Jurava que sim e que não se estressaria com nada durante aquele período.

"Como assim? Eu acho que você só está um pouco cansado. E entendo que
seu estresse está te fazendo ansioso. Por que não toma uma banho e relaxa,
amor? Você sabe que me importo sim. Tanto que vou voltar em breve e
vamos resolver tudo. Qualquer detalhe possível. Temos tempo. Você sabe
que tô aqui por vocês, só tá um pouquinho estressado, quando te mandei
mensagem dizendo que passei pra final você ficou muito feliz. Sei que só
são seus hormônios te deixando inconstante e extremamente ansioso. Logo
eu volto e tudo vai ficar prontinho pra chegada dos nossos bebês."

Harry adoraria a calma de Louis em qualquer outro momento, mas não


naquele.

— Eu só consigo escutar "bla bla bla" Louis. Realmente estava muito feliz
que você passou pra final. Mas não sabia que além de grafiteiro virou
psicólogo? — Seu tom estava ácido. — Eu liguei pra gente decidir pelo
menos um pouco de tudo que estamos deixando em cima da hora, não pra
ouvir sua análise sobre o meu humor. Desculpa, mas você acabou de dizer
que logo vai voltar pra deixar tudo "prontinho pra vinda dos nossos bebês",
mas nem ao menos decidimos os nomes.

Houve uma pausa, e novamente a risada de Louis, mas dessa vez não era
tão divertida assim, dava pra notar que era algo como sarcasmo também,
não tanto como o tom de Harry, porque Louis ainda tentava levar aquela
conversa numa boa e não se estressar.

"Ual, você está muito estressado. Okay, Haz. Eu te entendo." Ele estava
falando com a voz mais pausada, como se estivesse pensando bem no que
falar. Algo que ele fazia pra não arrumar briga. Mas para Harry, foda-se
tudo aquilo, ele não precisava de um Louis tranquilo. Preferia um Louis
estressado, talvez assim ele agisse pra alguma coisa. "Só acho que seria
algo que deveríamos resolver cara a cara."

— Não tem problema. Existe chamada de vídeo. — Debochou.

"Você me entendeu. Vamos falar sobre a mobília do quarto deles, cores,


nomes, roupas, toda a decoração por chamada de vídeo? Coisa que
poderíamos fazer sem pressa nenhuma quando eu chegar"

— Sem pressa nenhuma, Louis? Inacreditável!

"Eu não quis dizer dessa forma, Harry! Mas a gente ainda tem tempo,
relaxa. E mesmo que falte algumas coisas quando eles nascerem. Qual é o
problema? Não é como se não pudéssemos ir ajeitando tudinho a cada dia.
Eu não vou fugir. Um dia de cada vez, Haz."

Era exatamente daquilo que Harry tinha medo. Do que seria depois dos
gêmeos nascerem. Do "um dia de cada vez" que Louis tanto fala.

A insegurança estava sendo sua pior inimiga naqueles dias.

Seu silêncio perante aos seus pensamentos perdidos fez Louis continuar a
falar.

"Aliás, eu tenho que me concentrar pra final. Eu tô muito nervoso,


acabaria decidindo tudo de uma forma qualquer. Nossos bebês merecem
tudo bem pensado."

Foi a vez de Harry rir de forma sarcástica.

— Você se concentra muito bem indo em festas, não é? Quando eu desligar


irá em alguma festinha se concentrar?

Harry sabia que tinha incendiado tudo, mas ele não estava se importando.

''Como é? Harry, no que isso te afeta? Eu não posso sair pra comemorar
minhas pequenas conquistas?''

— Eu não disse isso. É claro que você pode, só que se você está tendo
tempo pra se divertir, pode também ter pra resolver o que é realmente sério.

''Não fale como se eu tivesse aqui pra diversão, Harry. Não é como se eu
tivesse fazendo uma das suas viagens caras, na qual você pode fazer a
qualquer momento pra se divertir e gastar. Eu tô aqui apenas pra tentar
algo que sempre sonhei, me divertir no meio de toda a pressão é apenas
uma consequência.''

— Agora você está me atacando?

''Você quem começou.''

Ouviu um bufar do outro lado.


— Tudo bem, Louis. Só não entendo esse seu prazer de deixar tudo pra
depois.

''Que depois, Harry? Se durante todos esses meses juntos criamos mil
possibilidades em nossas cabeças? Falamos várias vezes em nomes para
bebês, por exemplo. Só não entramos em um consenso para nada até agora,
coisa que ainda temos tempo para fazer.''

— Se você continuar falando que duas semanas é muito eu juro que pego
um avião pra Espanha... Argh! Você fala como se essas pequenas
besteirinhas durante esses meses resolvessem toda nossa vida!

Harry estava dando uma de histérico, ele sabia, mas não conseguia se
controlar mais.

''Pequenas coisas? Novamente você agindo como se todos esses meses


fossem empurrados com a barriga. Talvez tudo tenha ficado em cima da
hora porque estávamos vivendo o momento, se divertindo juntos, curtindo
um ao outro, aprendendo a conviver e nos respeitar de uma forma saudável
e não problemática como era antes da gente admitir o que sentimos. Porra,
Haz!''

— Enquanto vivianos de sua maneira, com esses passos de tartaruga, não


fizemos coisas essenciais, e tudo que deveria ter acontecido há tempos, foi
deixado pro final, e, agora, nem sabemos do futuro. Porque você gosta de
viver um dia de cada vez. — Harry não estava falando apenas de
planejamento para os gêmeos. Os hormônios o deixava ansioso para tudo,
para ele com Louis também. Ele realmente não mudaria nada da forma que
ocorreu aos dois estarem juntos naquele momento, com todos os obstáculos,
mas veja, ele é apaixonado por Louis desde os 16, só com 21 eles
conseguiram andar juntos, Harry tem medo do que o ''viver o agora'' os
reserva, de quanto tempo demore. Ele demorou tanto tempo pra se entregar
ao amor da sua vida que só queria cair de cabeça nisso, ter certeza que nada
nunca mais irá os separar. os hormônios só o ajudou a usar todo
planejamento para os bebês de forma que ele soltasse toda sua angústia. Ele
queria seus bebês, Louis de seu maridinho, para todo o sempre, e mais
bebês. Ele queria esse futuro, mas estava tão ansioso que o fazia querer tudo
agora.
''Existe duas pessoas nesse relacionamento, Harry. Eu não me lembro de
você reclamando enquanto preferimos ficar agarradinhos e nos curtindo do
que falando sobre cores para as paredes do quarto dos bebês. Não
planejamos eles, e eles vieram em uma época que a gente mal sabia
conversar direito, ou falar que somos apaixonados. Se estamos morando
juntos é porque tentamos dar certo primeiro, e conseguimos, não?
Passamos esse tempo nos preocupando em nos respeitar e em conviver
bem, eu não vi você histérico desse jeito quando eu te enchia de carinho e
cuidava de você, ou quando eu te fodia, porra! Só agora que aprendemos a
sermos menos idiotas, então agora estamos lidando com o fato que vamos
ser pais, e isso não é algo que se faça em um dia planejando tudo, é com o
tempo, porque podemos resolver tudo hoje, mas é com o tempo que tudo
realmente irá se encaixar. Então, caralho, quer se acalmar um pouco?''

Louis dizia, mas naquela altura ele já estava estressado, e ele sabia que não
adiantaria pedir calma a Harry depois de ter xingado e o chamado de
histérico. Falar que fodia ele ao invés de falar "fazer amor", porque Harry
era delicado demais e polido demais, só gostava de palavras baixas no ato,
fora dele achava deselegante e ultrajante, como diria. Conhecia seu
namorado mimadinho, sabia que ele estava com a boca aberta pela sua
audácia, e se tivesse na frente dele, também veria ele batendo os pés no
chão. Perguntando como ele ousa. Harry estava exatamente daquele jeito, e
se tacou no meio das revistas, grunhindo no travesseiro pra descontar sua
raiva.

— Histérico, Louis? Histérico? — Sua voz afinou, Louis precisou afastar


um pouco o telefone.

''Infantil também''

Houve um momento de silêncio, e o mundo sabia que aqueles segundos de


ambos calados eram a contagem regressiva para o começo realmente de
histeria, de ambos.

— Bom, o que esperar de você, que nem um pedido de noivado sabe fazer,
o que dirá fazer as coisas de nossos bebês.
E Harry soltou sem perceber, mas quando o fez, também não se importou de
estar entregando o real motivo de toda sua frustração. Louis passou tempo
demais calado, Harry tinha as sobrancelhas juntas em pura raiva, era algo
até bem fofo comparando a situação onde ele apenas está gravidinho e
senho manhoso. Louis do outro lado, porém, está chocado.

''Então esse é seu real motivo para toda frustração?''

— E se for?

Ele não espera que com essa revelação Louis de repente falasse ''então casa
comigo'' ainda mais naquele contexto de briga, mas apesar da raiva ele
ficou com um friozinho na barriga.

— Mas eu não espero que você entenda de tudo que estou reclamando, está
mais preocupado com sua competição do que qualquer outra coisa.

Foi ácido mais uma vez sem ao menos perceber.

''Não fale como se isso fosse menos importante.''

— E é mais importante que seus filhos, do que eu?

''Nossa... você realmente está falando isso? Se eu tô aqui é por vocês, pra
eu não precisar viver as suas custas ou a dos seus pais. Você sabe o quanto
eu luto por isso desde sempre. E agora dar um futuro digno pros nossos
filhos tanto o quanto você quer dar.''

Harry sentia que pelo tom de voz de Louis o tinha magoado, não era sua
intenção, ele jura que não. Tudo bem que estava estressado e não
conseguindo se controlar, seu corpo estava com todos os seus sentimentos,
bons e ruins, embrulhados, mas ele tinha muito orgulho de Louis. Não era
sua intenção desmerece-lo. Nunca. Nem por um segundo.

— Louis...

''Mas parece que pra você é errado dar passos devagar, prefere dar mil a
mais, por conta de um estúpido pedaço de papel pra satisfazer seu sonho
mimadinho de casamento perfeito.''
Harry estava pronto pra se desculpar, mas agora era ele a ficar ofendido.
Como se casamento pra ele fosse apenas uma forma de esbanjar seu lado
mimado, tudo bem, era também, mas ele realmente queria pelo amor, não
pelo glamour. Louis estava agindo como se fosse apenas por isso. E seu
orgulho se feriu, porque era seu amor falando isso. Como também feriu ao
de Louis ao desdenhar de sua competição, porque Harry era seu amor. E
agora os dois estavam magoadinhos e estressados.

— O que você disse? Você é um idiota! Um otário insensível!

''O que você escutou. E você é um arrogante filho da puta!''

Harry soltou uma exclamação alta, suas unhas pintadas apertaram a seda do
travesseiro com força, quase rasgando e fazendo uma bagunça de penas,
como costumava fazer quando apertava enquanto era fodido por Louis, mas
agora aquilo não acontecia. Ambos estavam com aquele sentimento antigo,
de quanto se implicavam, eles queriam atingir um ao outro.

— Do que me chamou? Merdinha! Não fale assim comigo, troglodita!

''Eu menti? Você apenas está sendo mimado, quer tudo em seu tempo,
apenas isso.''

— Como adivinhou? Realmente, eu quero tudo no meu tempo. — Harry


estava falando aquilo apenas pra provocar. — Porém, já que nada disso é
importante pra você, fique aí em suas festas de comemoração, eu não ligo.

''Claro que não. Você só se importa com seus sonhos, eu comemorar os


meus que é burrice minha, tenho que realizar os seus primeiro, não é
mesmo?''

Eles estavam agindo feito crianças, e com certeza se estivessem juntos


resolveriam isso fodendo pra acalmar o estresse e hormônios, mas como
não podiam, descontavam um no outro.

— Seu idiota! Esquece! Não é como se eu fosse querer casar com alguém
que faria apenas porque é um sonho só meu. Mas pra você eu desejo que
ganhe, pra não ter que aguentar suas reclamações de como eu sou mimado.
Mas também, me permita ser deselegante, e desejar que você também se
foda quando chegar em casa.

''Moleque mimado! O que houve? Os hormônios além de te deixar


insuportável também te fez ser menos prendado?'' debochou com raiva.

— Não ouse falar assim comigo! Argh, eu te odeio!

''Eu te odeio mais!''

E ambos desligaram na cara um do outro ao mesmo tempo.

Não é como se eles estivessem sentindo ódio um do outro. Só estavam


extremamente irritados e meramente magoados. Harry achava que Louis
não se importava com seu sonho, como se fosse um capricho, não de fato
porque o ama. E Louis achava que Harry só colocava o que queria a frente
do sonho dele.

Tanto que quando ganhou, não ligou para Harry como ligou nas outras
etapas. Harry até iria ligar pra ele, não queria que Louis pensasse que ele
não pensa nele também. Mas desistiu quando lembrou que Louis disse que
ele era um filho da puta arrogante. E só enviou uma palavra que era
"parabéns" que, na verdade, quando soube, sentiu um imenso orgulho e
felicidade por ele. Como se tivesse conquistado algo pra si. Se estivessem
bem, e se fosse pessoalmente, pularia nele e se prenderia ali como um
coala, o enchendo de beijinhos.

Louis achou que depois da briga Harry não falaria nada, mas um simples
parabéns que ele tentou soar indiferente aqueceu um pouquinho o coração
dele. E no final, ambos estavam agoniados querendo se ver logo e estar
agarradinhos. O orgulho fazia eles não falarem aquilo, mas quando
brigaram, a primeira coisa que fizeram ao desligar o telefone, foi
resmungarem e bater os pés como crianças. Harry, como o bom dramático
que era, tacou todas as revistas no chão, afundou seu rosto no travesseiro e
gritou. Louis ficou andando de um lado pro outro no hotel, marchando
raivoso e resmungando com um copo de whisky na mão todas as palavras
de Harry. Mas quando foram dormir, sentiram falta um do outro em cada
lado das camas vazias. Do cheiro, dos carinhos.

Óbvio que Harry se importava com as conquistas do Louis, mesmo que se


ele ainda tivesse morando no quartinho de empregada na casa dos seus pais,
ainda sim estaria orgulhoso dele, e querendo estar com ele, estar grávido
dele. Mas no fundo entendia Louis pensar ao contrário, uma vez que
costumava ser uma pessoa que gosta de estar a frente das outras. E era
óbvio que Louis entendia os sentimentos de Harry, as vontades dele, sabia
que nem tudo que ele fazia era por capricho. Que ele podia ser mimado mas
tinha um coração enorme, cheio de amor pra dar. Mas entendia Harry achar
ao contrário, já que ele não era de sonhar alto como Harry, e pensar tanto
assim no futuro. Além de ter sido grosso.

Mas ele não era um pessoa só de momentos. Se ele estava na Espanha era
porque pensava sim em um futuro, é claro que um dos grandes motivos era
porque dois bebês seus iriam nascer, ele não era mais um moleque que vivia
inconsequentemente um dia de cada vez, fazendo merda e não pensando no
amanhã. Mas aquilo inclua Harry também, ele não queria uma vida mais
segura, firme, por causa unicamente dos bebês, mas Harry também estava
incluso nessa vida. Louis não queria seguir o plano inicial de Des, que era
eles apenas morando por um tempo para se darem bem por causa dos bebês,
e depois se separando. Ele podia não pensar tão a frente como Harry, mas
não pensava tão atrás também. Ele queria continuar vendo onde tudo aquilo
daria.

Como falar aquilo sem magoar Harry? Que sempre quis tudo certinho. Mas
a princípio todo o relacionamento deles não começou de um jeito certo. Ao
mesmo tempo que ele quer ter seus dias aos lados de Harry, tem medo da
precipitação.

Ao mesmo tempo que Harry entende o receio de Louis e ele tentar se


estabelecer primeiro, mas também se irrita como ele só vive o momento,
quando eles não estão mais naquela fase de apenas brigas, beijinhos e sexo,
tudo sem compromisso.
De qualquer forma, Louis ganhou o campeonato. Harry assistiu a
transmissão online. Louis estava extremamente feliz, segurando as
lágrimas, sempre tentando ser durão e quase nunca chorando. Ah, o mais
velho sentia comi se tivesse sido ontem que ele tinha começado a grafitar só
por diversão, e agora ele ganha um campeonato na Espanha. Se
consolidando como qualquer pintor famoso de quadros, que ganha muito
por seus trabalhos. Louis estava naquele nível, só que com grafites. Ele não
conseguia imaginar quantos trabalhos gigantes iria fazer. Ele esperava que
seu pai tivesse orgulhoso de onde estivesse. Que sua mãe percebesse que o
garotinho rebelde que bagunçada a casa dos patrões tinha crescido. E que
Harry se sentisse orgulhoso de tê-lo como namorado e pai dos seus filhos.

E ele estava, Deus, como Harry estava. Louis era especial demais para ele.
Tanto.

Talvez Louis não entendesse o quanto Harry o ama. Não era paixão como
eles costumavam sussurrar um pro outro nas noites de amor. Não era mais
unicamente aquela paixão adolescente que sentia por ele antes. Paixões
podem ser momentâneas. O que ele sente por Louis é um amor sufocante.
Que abriga todo seu corpo e que faz o frio na barriga dele ser sufocante
sempre quando estava perto dele. Não conseguia se imaginar longe do mais
velho.

O amava tanto, e Louis não sabia disso. Talvez nem sentisse amor por
Harry também, apenas paixão. Porque nunca um Eu te amo fora ouvido da
boca de ambos. Apenas Estou apaixonado por você. E paixão é passageira,
assim como tudo na vida de Louis. Harry tinha medo mas sabia que talvez
Louis não o amasse. E por isso não pensava como Harry, além de não saber
dos sentimentos do mais novo também, e não perceber que o que Harry
sentia era amor e não capricho.

Óbvio que mesmo irritado, Harry conversaria com Louis. Assim como
paixão se transformou em amor com a convivência com Louis, o hábito de
ficar quieto já tinha passado. Agora eles conversavam sobre as intrigas,
sobre sentimentos. E eles se resolveriam quando Louis voltasse.

Enquanto isso, ambos ficavam orgulhosos por conta da briga mas sem falar
um para outro que a saudade sufocava os dois.
Orgulho não era o suficiente para sucumbir os desejos de Harry que
mandou mensagem para Louis pedindo pra ele trazer uma pizza de sardinha
do aeroporto assim que aterrissasse de volta a Londres. Também porque
tinha que faze-lo demorar mais um pouco para pegar um táxi de volta ao
apertamento, já que Liam e Zayn decidiram fazer uma festa surpresa de
boas vindas pro mais velho, com todos os amigos dele, os pais de Harry e
mãe de Louis.

Não era algo muito grande, apenas uma recepção porque todos
concordavam que Louis merecia. A decoração era meia brega, na verdade,
na concepção de Harry. Era uma mesa com algumas comidas que Louis
gostava, bolas douradas coladas na parede e fotos de Louis grafitando
quando era mais novo para relembra-lo onde ele conseguiu chegar. Harry
não negava que parecia um aniversario de 12 anos, mas seu lado fresco e
orgulhoso não o impedia de estar feliz sim por aquilo, e por Louis
finalmente voltar.

Não aguentava mais morrer de saudades dele, de deitar e ficar esfregando o


nariz no lado do colchão onde ele dormia pra sentir o cheirinho do perfume
dele, não aguentava mais os bebês chutando de saudades, não aguentava
ficar sem o abraço dele, sem os beijos nas bochechas, sem o carinho e
cuidado que o mais velho tem consigo. Estava ansioso, precisava dele
mesmo com raivinha. Seus sentimentos estavam uma loucura e só queria
que eles se acalmassem com a presença do mais velho.

Minutos atras, quando ajudava Gemma a colar as fotos de Louis na


decoração, e sorria sem perceber ser um tremendo idiota apaixonado,
acabou levando um esporro da irmã, ao que ela debochou da briga idiota
deles, e quando Harry disse seus motivos, que na sua cabeça eram muito
corretos, Gemma o chamou de idiota e que se pra ele é tão importante casar,
que fosse ele a pedir a mão de Louis ao invés de esperar.

Porém, para Harry, seria como dar na cara do muro mais uma vez. Se para
Louis era convencional demais pedir, também era se fosse Harry a pedir.

Mas o mais novo ficou pensando. Tudo bem, não era da forma que ele
sonhava desde pequeno, a forma que seria seu amor a pedir sua mão. Mas
qual é, nada entre ele e Louis aconteceu de forma planejada, de qualquer
forma.

Era algo a se considerar se Harry ao menos tivesse uma pitadinha de


esperança que Louis também queria. Porque por mais que tenha brigado
com ele sobre isso, não queria que o mais velho aceitasse apenas por
obrigação, apenas pra vê-lo feliz.

Se para Louis era mais seguro apostar em ter os pés firmes no chão, tudo
bem, o que Harry poderia fazer além de ter que lidar com sua raivinha
momentânea?

Mas foi inegável como o corpo do mais novo reagiu ao que escutou o
barulho da chave na porta e Louis finalmente voltando pra casa, mal teve
tempo de ver o rosto dele, porque os amigos do mais velho logo o
abraçaram assim que o corpo dele se fez presente, gritando e o
parabenizando, quase derrubando a caixa e pizza que ele foi mandando
trazer por Harry.

O mais novo não estava tão longe, estava sentado no sofá olhando a cena e
sentindo finalmente o perfume forte impregnar o local, em meio aos
abraços viu o sorriso lindo dele de ruguinhas novamente, seu estomago se
agitou, borboletas começaram a voar dentro dele como sempre voaram
desde seus 16 anos. Harry sorriu consigo mesmo, chegou a sentir as
covinhas doendo. Virou o rosto pra frente todo bobinho, e enquanto as
pessoas se agarravam a Louis e o enchia de elogios e perguntas, foi o tempo
suficiente para Harry levar a mão no estupido coração e se acalmar. Afinal,
precisava manter sua pose de bravinho, e agradecia por Louis não ter visto a
cena patética dele se derretendo só porque o mais velho voltou.

— Espero que agora que você está rico não se esqueça dos amigos aqui. —
Harry escutou a voz de Stan, mas continuou fingindo que a presença de
Louis não era nada demais, passou a mão pela calça de sua jardineira e
cruzou as pernas com um pouquinho de dificuldade, mantendo o nariz
empinado e o rosto olhando pra frente como o bom birrento que era.

— Não estou rico, estou reconhecido. — Louis sorriu, colocando a caixa


em cima da mesa e vendo a pequena surpresinha que todos prepararam —
Puta que pariu! É por isso que esse tanto de gente tá aqui? Caralho, que
coisa fofa. Adorei a surpresa. — Ele comentou tacando sua mala no chão,
tinha um minuto que estava li e foi surpreendido ao ver todas as pessoas
que gostava no mesmo lugar e ainda terem preparado comidinhas para ele.

Viu sua mãe e a abraçou de saudades, e cumprimentou os Styles também,


menos um principal, que até o momento não tinha visto por todo mundo
falar com ele e ele ainda mal ter entrado dentro do apartamento direito,
passou os olhos superficialmente pelas fotos porque não tinha intenção
ainda de parar e prestar atenção em tudo ou conversar devidamente sobre
sua experiencia na Espanha com todos sem antes conseguir respirar e dizer
pra uma gravidinho mimado que havia voltado.

Estava recebendo tapinhas nas costas quando Harry parou ao seu lado na
mesa pra abrir a caixa de pizza e finalmente devorar seu desejo estranho por
sardinhas. E Harry foi notado mesmo quando Louis estava distraído, porque
não tinha como se passar despercebido quando estava com uma barriga
gigante, com gêmeos quase saltando para fora ao seu lado. E foi aquela
barrigona que entrou na visão de Louis e o fez notar seus bebêzinhos, seu
coração ficando mais calmo porque estava morrendo de saudade de beijar
seus bebês, foi isso que ele fez, na mesma hora ajoelhando pra poder
abraçar a barrigona de Harry como se os gêmeos já estivessem nascidos e
na verdade ele estivesse abraçando os dois, dando beijinhos de saudade

— Que saudades dos meus pirralhinhos. — Louis comentou agarrado a


barriga. Harry paralisou com o prato que tinha colocado a pizza, a outra
mão com talheres, e a boca cheinha, uma das bochechas elevadas com o
pedaço que tinha mordido.

Quando Louis se levantou, o mais novo não esperava que ele fosse agir de
forma natural como antes de brigarem, que seria se acabarem em um abraço
apertado cheio de beijos pra descontar a saudades. Já estava conformado
que o carinho era só com os bebês, mas seus olhos lhe traiu e percorreu o
corpo aconchegante de Louis com o visual dele quase nunca mudado,
sempre com algum tipo de moletom como agora, que na ocasião era um
verde água e um boné preto para trás. Harry gostava de se aninhar em seus
abraços gostosos e misturar a essência de sua roupa de marca com o jeito
despojado de Louis. Mas se manteve quietinho, suas bochechas ganhando
cor ao que ficaram com vergonha do mais velho lhe encarando da mesma
forma. Desde de seus tênis brancos da Gucci, a jardineira com um tom de
amarelo clarinho, por baixo vestindo um moletom preto e seus cabelos
cheirosos soltos, pois ele deu o seu melhor para deixar de uma forma
bonita, ao invés de surtar por estarem tão grandes e querer cortá-los. Não
era de seu usual ser tão básico, ele sentia falta das roupas chiques e ternos
caros, e embora tenha dado o seu melhor pra ficar menos feio para volta de
Louis (pois a gravidez o deixava tão piradinho que estar enorme e os bebês
ainda não nascerem o faz pensar que ele estava horrível), ele acha que não
deu muito certo, mas manteve seu nariz empinado que se tratou de abaixar
rapidinho quando Louis esqueceu por um momento que estavam brigados e
o aconchegou em seu abraço.

Harry não conseguia abraça-lo de volta por estar com as mãos ocupadas,
mas não sabia se o faria mesmo que não estivesse, pois estava estático, seu
corpo automaticamente relaxou tanto por Louis lhe abraçar que sem
perceber encostou o rosto no pescoço dele e cheirou ali com saudades, e
Louis o mantinha consigo em uma facilidade absurda como se a barriga
dele não estivesse atrapalhando uma aproximação maior. E Harry esqueceu
completamente sua postura birrenta que estava tentando manter quando
Louis lhe olhou, e mesmo Harry estando estupidamente se comportando
como se fosse a primeira vez, desviando o olhar e ruborizando, ele se
aproximou pra retribuir o abraço com um beijinho no rosto de Louis,
deixando a bochecha dele brilhando pelo gloss. Pois se seu coração tivesse
se derretido, o de Louis também teria que se derreter.

Logo após isso, eles se afastaram e voltaram ao estado normal de estarem


bravos um com o outro. E passaram o dia todo daquela forma. Tudo bem
que Harry se tremeu todinho com o abraço dele e que Louis só queria
continuar o abraçando, mas logo após isso eles se lembraram do porquê
brigaram e todos os seus motivos considerados bestas pra quem escutasse as
reclamações de ambos.

Harry passou a maior parte do tempo devorando sua pizza de sardinha que
ele comeu sozinho, sentadinho em seu canto enquanto tinha que escutar vez
ou outra alguém se metendo em sua briga com Louis pra dar conselhos de
que deveriam parar de bobeira e aproveitar que estavam juntos de novo.
Já Louis estava agradecido demais pela surpresa que não tinha tempo de
ficar pensando no seu orgulho, ele apenas passou a tarde toda conversando
sobre como foi na Espanha, as vezes, quando falava de quando ganhava
alguma fase e sempre era uma grande comemoração, via Harry de longe
resmungando consigo mesmo, então ele arqueava as sobrancelhas pro mais
novo que apenas revirava os olhos.

As vezes jogavam indiretinha um para outro como quando Louis estava


olhando as fotos que estavam ali dele grafitando, sorrindo com as
lembranças e comentando algo por cima, mas sempre escutava o estalar alto
de Harry com a boca, e então Louis soltou uma piadinha de que tudo aquilo
estava ótimo, e estaria muito melhor se o sentimento de todos fossem
apenas alegria, e não birra. E Harry respondeu falsamente sorrindo que seria
realmente muito bom se as pessoas não fossem grossas de o chamar de filho
da puta arrogante, e muito menos mimado. E Louis retrucou que ele
realmente era egoísta e mimado. E Harry novamente respondeu que ele era
um moleque idiota e grosso. E eles poderiam continuar com aquilo durante
muito mais minutos até espantar todos mas pararam após a última frase de
Harry porque não queriam fazer um vexame na frente de todo mundo.
Mesmo que já estivessem.

Eles preferiram não trocar palavras durante o restante do dia, embora as


vezes se encaravam, como se ainda fossem adolescentes que implicavam
um com o outro.

E embora tivesse toda a irritação, ainda tinha toda uma tensão sufocante
entre eles. Porque essa tensão sempre existiu mesmo quando estava tudo
bem, e quando tudo ia mal, ao invés de diminuir, essa tensão só aumentava,
os sufocava, eles tinham vontade de terminar aquilo com uma foda. Muito
mais do que antes, porque antes eles não realizavam essas vontades por
orgulho, e agora eles são um casal, eles poderiam foder ali mesmo no sofá.
Ainda mais que Harry estava explodindo de hormônios, e Louis
extremamente com mau humor ao lado de seu extinto protetor desde que o
mais novo engravidou, seria muito bom.

Harry tremia as vezes sobre o olhar do mais velho, e esse as vezes esquecia
de o quanto estava birrento e encarava demais o rostinho delicado do mais
novo, se perdendo e se esquecendo por longos segundos toda uma conversa
que tinha em seu ouvido, e todo os seus argumentos para estar certo sobre a
briga que tiveram, porque ele ainda era um bobão apaixonado por aquele
outro bobo.

Pensaram que os ânimos estavam acalmados durante aquela tarde, mas


quando as pessoas foram indo embora aos poucos, restando os pais de
Harry, ambos estavam sentados no sofá, enquanto Louis retirava a bagunça
restante da mesa e Harry brincava com seu gatinho Safira, que pelo menos
estava do seu lado em toda aquela situação e estava emburrado pra Louis
também, sempre o arranhando quando se aproximava, e então todo um
assunto delicado começou.

— Nem acredito que meus netinhos já vão nascer! — Anne comentou


animada com Harry. — Já escolheram o nome?

— Não. Louis acha que tem tempo demais pra escolher. — O mais novo
disse meio debochado enquanto alisava a pelugem do gatinho.

— Não é como se você fosse ter os bebês amanhã. — O mais velho


respondeu calmamente sem olha-lo.

— Se você continuar me estressando é capaz de eu ter antes da hora... —


Harry resmungou baixinho pra ele não escutar sua implicância e
começarem a brigar na frente de seus pais. Não que ele achasse realmente
que estava estressado em um nível de nascer antes da hora. Mas só queria
implicar.

— Vi o quarto dos bebês e não tem nada pronto. Quer que eu recomende
algum arquiteto? — Perguntou Des.

— Antes dos bebês nascerem resolvemos isso. —Louis respondeu antes de


Harry, levando as últimas coisas pra cozinha.

— Ele jura que irá dar pra resolver tudo em duas semanas. — Harry riu
debochado com os pais. — Não tente avisa-lo, papai. Sabe como ele é.

Louis não gostou de ver como Harry falava dele pros pais, como se ele
fosse idiota, e rindo de sua cara.
— Mesmo que tenha apenas um berço no quarto deles, é o necessário por
agora. Não vejo qual é o problema em ir adicionando tudo aos poucos. Você
tem pressa para tudo.

E a forma como Louis falou não se referia apenas as coisas relacionadas aos
bebês, Harry sabia que era uma indireta para a história de casamento.

— Talvez porque eu não sou irresponsável igual a você que gosta de viver
um dia de cada vez e não pensa no amanhã.

— Se eu fosse irresponsável e não pensasse no amanhã eu não teria ido para


Espanha tentar uma vida melhor pra gente. Sua birra comigo é por outra
coisa. Tão birrento que põe suas vontades mimadas e sonhos a frente dos
meus. — Eles simplesmente esqueceram que estavam na frente dos pais de
Harry.

O mais novo ficou triste de novo por ser algo que Louis não quer, e pelo
mesmo achar novamente que casar era apenas um desejo mimado dele.
Assim como sabia que Louis também ficava irritado por Harry agir, na
concepção de Louis, como se o que ele conquistou não fosse nada.

— Mas pode ter certeza que não quero mais essa coisa.

— Ótimo.

— Deus... — Des falou negando a cabeça mas sorrindo divertido pra briga
orgulhosa dos dois, se levantando junto a Anne anunciando que já estava de
saída. — Não precisam brigar, seja lá pelo que estão brigando. Não se
esqueçam que daqui alguns meses vocês voltam ao normal.

— Como assim? — Ambos perguntaram ao mesmo tempo.

— Achei que vocês tivessem se resolvido, mas vejo que apenas estão
convivendo melhor, o que é bom, já que tem filhos juntos. Mas vocês
devem estar morrendo de vontade de não morarem juntos mais. — Riu
divertido. Ele não estava falando por maldade. Apenas achava que era
aquilo que estava acontecendo mesmo. — Tenho certeza que Harry vai
voltar pra casa correndo quando os gêmeos tiverem alguns meses. — Riu
novamente junto a Anne. — Mas mesmo assistindo vocês brigarem na
nossa frente, reconheço que melhoraram e esse era o intuito de vocês
morarem junto, não era? Se darem bem pros gêmeos não cresceram com
pais que além de separados, não se dão bem. Então aguentem mais um
pouco.

Ambos ficaram estáticos pela possibilidade que nunca passou na cabeça de


nenhum dos dois. Assustados com aquilo que nem conseguiram responder,
Des apenas se despediu deles e Anne deu um beijo na bochecha de ambos.

Quando finalmente estavam sozinhos depois de 1 mês longe, não se


imaginaram assim, brigados e assustados com aquela possibilidade. Sim,
quando começaram a morar juntos foi difícil aguentar um ao outro, mas
cresceram juntos e aprenderam a amadurecer, eles queriam ficar juntos.
Mas estavam brigados, Louis por achar Harry mimado ficou decepcionado
ao notar que Harry não respondeu ao pai, não negou que voltaria correndo
pra casa onde tudo para ele era mais fácil. E Harry ficou decepcionado por
achar que Louis não pensava em casamento e ser grosso demais, logo não
pensava em continuar morando com ele tendo uma vida estável.

Mas não estavam mais afim de brigar, por isso apenas continuaram calados
ao decorrer que o dia foi embora e a noite chegou.

Louis pode respirar um pouco e finalmente sentir como se tivesse chego em


casa depois que tomou um banho longo e colocou uma calça de dormir com
uma blusa de banda desbotada. Ele estava mexendo em seu celular durante
muito tempo, enquanto Harry estava trancando no banheiro, provavelmente
usando a banheira para relaxar já que sabe que os últimos dias de gravidez
estava sendo difícil pra ele.

Ele tirou o celular do rosto quando o mais novo apareceu usando um robe
de seda vermelho sangue, que ia até seus pés. Ele estava com a cara
emburradinha quando se sentou na ponta da cama de costas para Louis,
passando a escova delicadamente sobre os cabelos cheirosos, que na
concepção de Louis, não era a única parte de Harry que estava com um
cheiro bom, em visto que a fragrância do sabonete de pêssego invadia todo
o quarto.
Sabia o quanto ele poderia demorar penteando os cabelos mas não se
importava de ficar observando ele passar milhares de vezes a escova nos
fios sedosos.

Demorou alguns minutos para o mais novo parar e se levantar e então Louis
voltou a prestar atenção no celular, no caso, fingindo, e só o olhou
novamente quando resmungos veio de sua parte, era Harry novamente
sentado só que dessa vez com um creme nas mãos e tentando passar nas
pernas, o que nunca conseguia por conta de barriga.

Louis poderia estar bravo, mas ainda cuidava dele, então deixou o celular
de lado quando se sentou sobre a cama.

— Deixa que eu passo pra você. — Harry se assustou com a voz dele e
virou o rosto pra olha-lo, fingindo pouco caso lhe entregou o creme, não iria
negar ser mimado por ele.

Foi mais para o meio da cama e sentou-se encostado na cabeceira. Viu


Louis se aproximar e não iria negar que não havia orgulho maior no mundo
que o fizesse não admitir que estava com saudades desses pequenos
momentos com ele.

Sentiu as mãos afastarem o tecido de suas pernas e Louis aplicar um pouco


do creme nas mãos, começando a massagear os pés inchados e Harry não
pode evitar o gemido satisfeito que deu porque sentia tanta falta da boa
massagem dele. Não queria ser tão satisfeito assim porque Louis sorriu
convencido, Harry quase infantilmente deu língua para ele.

— Obrigado pela recepção. — Louis comentou depois de algum tempinho,


deixando o orgulho de lado.

Harry o olhou entre os cachos e logo em seguida desviou o olhar.

— Foram os meninos que tiveram a ideia. Eu só ajudei. — Comentou


falsamente indiferente, como se não tivesse ficado animado pela volta dele.
Seu tom era até convincente, por isso Louis assentiu e ficou quieto apenas
se concentrando na massagem nos pés dele.
E quando terminou ali, colocou mais creme sobre as mãos e subiu elas
lentamente sobre uma das pernas, indo até o joelho e voltando, e as mãos
fortes dele junto com o geladinho do creme fez Harry tremer aquela perna e
puxar um pouco pelo contato, não que Louis tivesse parado de qualquer
forma.

Olhou para Louis, e mal podia acreditar que finalmente ele estava ali, sentia
tanta necessidade dele que alguns dias longe pareciam anos, e deixou um
pouquinho o orgulho de lado.

— Eu fico feliz que você tenha voltado...— Harry comentou sem graça,
sem olhar para Louis, sentiu ele trocar de perna e alisar aquela mais forte. E
em seguida as duas ao mesmo tempo, o que o fez repuxa-las um pouco pelo
contato.— Eu torci por você... — Sua voz tremeu ao falar. — E senti
orgulho. — O mais novo estava sem graça, e puxou seu coelho de pelúcia
para seu colo quando resolveu olhar para Louis e se assustou um pouco com
o rosto dele tão perto de suas coxas, deixando um beijinho em cima de uma
pelo robe mesmo. O que se o mais velho fosse esperto, não teria o feito já
que Harry anda sensível por demais e qualquer coisinha que envolva o mais
velho já é o suficiente para arrepia-lo. Ainda mais dias sem vê-lo e a tensão
tendo aumentando por conta da briga.

Louis olha-lo com o rosto tão próximo de suas coxas fez Harry ficar
vermelho.

As mãos dele entraram por de baixo do robe e começaram a massagear as


coxas, os dedos passando bem devagar pela carne cheinha, sentindo a pele
se arrepiando e Harry ficando inquieto. Louis só estava carente demais do
mais novo, seu corpo necessitou do dele durante todo o tempo e não queria
que a noite que voltou fosse apenas mais uma briga idiota.

— Eu estava com saudades de ver esse rostinho fofo. — Comentou


carinhoso, porque ele não conseguia ser um cuzão com Harry sendo tão
adorável a sua frente. — Desculpa por ter te chamado de arrogante e filho
da puta. Eu fui um completo idiota e grosseiro por ter zombado de seus
sonhos com a desculpa que você não ligava pros meus.
— Eu ligo, Louis. E tá tudo bem porque eu fui um idiota com o humor
incontrolável também. Me perdoa? — Pediu vulnerável, quase abrindo as
coxas para Louis, tentando a todo custo não ser pervertido ao pensar nas
mãos dele ali dentro.

— Só se seu beijo continuar tão bom quanto antes. — Brincou e Harry


sorriu. Como era bom ter o mais velho o olhando daquele jeito. E vê-lo
subindo até ficar com o rosto de frente ao seu, infelizmente, não em cima de
si porque sua barriga não deixava, mas ele foi para seu lado e colocou as
mãos em seu rosto, não se fazendo de rogado quando mordeu os próprios
lábios ao olhar os seus e se aproximou, encostando eles que estavam tão
molhadinhos e enfiando aquela língua gostosa e devagar junto a sua,
matando as saudades que estavam sentindo de estarem assim. Um beijo
lento demais pra sanidade do mais novo que igualava a lentidão com a
intensidade, porque sempre que Louis lhe beijava assim era intenso demais.
Estimulava todos os seus desejos. Aqueles barulhinhos molhados acabavam
consigo, a respiração dele sobre a sua só fazia a mesma ficar rápida, e toda
vez que sentia os lábios dele fechando sobre os seus Harry sentia que iria
gemer, pois já tava bem animado de tanta saudade que sentia dele, sem falar
dos hormônios o enlouquecendo. — Caralho, que saudades que eu estava
disso.

— É? Meu beijo continua bom? — Harry jura que queria perguntar aquilo
de forma que não soasse como soou. Sua intensão era apenas ser sacana
como ele e sorrir ao final da pergunta, mas na verdade perguntou aquilo
com os lábios tremendo, a vozinha macia e baixa, de um jeito provocativo e
como se tivesse borbulhando de tesão. E ele realmente estava porque
mesmo antes de Louis viajar eles haviam dado um tempo no sexo, porque
Louis se preocupava em machuca-lo. Pra piorar, Louis viajou e eles ainda
brigaram. A tensão em Harry estava enorme. Se Louis apenas ficasse o
olhando de longe já seria motivo o suficiente para se derreter todinho.

— Gostoso. — O mais novo não sabia se Louis havia falado do beijo ou


dele. Mas não importava porque Louis sussurrar aquilo fez Harry sentir
necessidade dele. Ficando todo durinho.

Sentiu a mão de Louis entrar por de baixo do robe novamente e descer


sobre uma das coxas, acariciando ela por dentro, fazendo Harry tremer
durante o beijo, engasgar com a respiração, e ficar imóvel, seus olhos
verdes abriram em deleite, brilhando para Louis que sorriu ao ver a carinha
chorosa dele só porque colocou a mão ali, e em seguida continuar o beijo
mesmo que Harry estivesse paradinho, e, quando teve reação, foi se jogar
em seus braços estando completamente carente.

— Ai, Lou... você sabe que eu... ah, eu não vou me mudar daqui, não é? —
Apenas se lembrou do que seu pai havia dito, e naquele momento precisava
de um Louis seguro para lhe tocar com mais firmeza e foi isso que recebeu
quando ele espalmou delicadamente a mão em suas coxas e o fez segurar
um gemido que quase escapou.

— E você sabe que eu quero estar aqui com você, não é? Que eu penso sim
em estar com você no futuro, não é algo só de momento.

Harry assentiu como um filhotinho obediente, bem manhosinho para Louis


que não aguentava ver aquela carinha pidona dele que demonstrava o que
claramente queria mas não falava.

— Vamos deixar esses desentendimentos bobos de lado. Não precisamos


disso. Eu só quero estar aqui com você, eu senti tanta falta disso que eu não
seria maluco de estragar tudo por orgulho.

— Nem eu, Lou. Só quero você aqui, pertinho... bem pertinho, por favor. —
Sem querer choramingou e Louis acabou sorrindo, voltando a beija-lo.

Ambos estavam seguros e aliviados com o que falaram, e, sem orgulho


nenhum para impedir os dois, eles podiam ser os apaixonados e
necessitados que eram um pelo outro.

O beijo continuava lento, porque era muito gostoso ambos prestarem


atenção em cada reação um do outro, os lábios molhados viviam estalando,
o coelho de Harry parou em qualquer canto do quarto, e as mãos dele se
agarraram na camisa preta do mais velho, se contorcendo, e sua respiração
era alta toda vez que Louis apertava sua coxa. Ah, Harry estava espremendo
os olhos forte pra não gemer tão cedo. Mas o que ele poderia fazer se Louis
fazia isso com ele?
Não conseguiu evitar quebrar o beijo e gemer choroso no ouvido de Louis
quando ele subiu a mão pesada por sua bunda farta, apertando e balançando
as gordurinhas que ganhou, Louis amava elas, e em seguida procurando
com seus dedos a calcinha que ele vestia, mas era tão pequena que Louis só
achou quando dedilhou no meio das nádegas, sentindo o fio dental,
mordendo devagar seu pescoço e rindo contra ele ao sentir.

— Você pretendia dormir desse jeitinho do meu lado mesmo se


continuássemos brigados? — Louis pegou com a outra mão no rosto dele
vendo as bochechas bem vermelhinhas. Aquilo fez o tesão do mais velho
aumentar. — Caralho, que vontade de te comer todinho.

Harry sentiu seu pau pulsar todinho e isso fazer metade dele sair da calcinha
pequena, molhando ela, e gemeu olhando pra Louis que agarrou sua bunda
com força.

— Não fala assim... — Ainda tentava ser polido, mas as reações em seu
corpo só mostrava que queria tá dando pra Louis até no chão se pudesse.

— Desculpa, bebê. — Louis disse sorrindo e mordendo os lábios dele. —


Você quer que eu fale delicado sobre isso quando você tem essa calcinha
minúscula enfiada nessa bunda tão gostosa? Quando você tem essa
entradinha quente piscando? — Louis disse encostando nela e dando
tapinhas por cima do fio dental, que praticamente não tampava nada já que
sentia a pele quente entre seus dedos. Harry gemeu pra ele de um jeito
entregue, empinando a entradinha pra ele bater mais e mordendo o pescoço
dele. — Tenho certeza que ficou desse jeitinho todos os dias, não é? Como
você não quer que eu fale de um jeito rude se você tá gemendo como uma
putinha, princesa?

Harry arregalou os olhos, pois ele normalmente só se soltava demais ao


ponto de não ligar pra palavrões e palavras pesadas quando Louis estava
metendo tão gostoso que era impossível ser tão educadinho e romântico e
ficar se controlando pra não xingar ou apenas falar que está fazendo amor
com ele. Só que, naquele momento, Louis nem estava dentro dele, e, no
caso, nem iria porque tem medo de machuca-lo, mesmo assim Harry não se
viu indignado com a forma que ele falava, pelo contrário, queria que ele
falasse no seu ouvido várias coisas rudes pra ele gozar sem ao menos se
tocar.

— Você tá pulsando tanto. Tão gostoso, bebê. — Louis provocava


massageando a entradinha necessitada, segurando no elástico no meio de
sua bunda e soltando, estalando ele no lugarzinho quente fazendo o mais
novo marejar. — Fala pra mim que você queria que eu tivesse te comendo,
fala. — Louis pediu ao que segurou naquele pau gostoso e todo babado de
Harry, fazendo ele se jogar na cama, ficar deitadinho só sentindo a mão
gostosa de Louis massagear o pau quente bem devagar. Soltando os
diversos "awn" incontroláveis dele, o mais novo na mesma hora levantando
as pernas, abrindo elas como se Louis fosse lhe foder, deixando Louis ver
sua entradinha descoberta pelo pequeno fio, o pau inchadinho de tanto
tesão. Louis balançou ele um pouco, Harry levou a mão ao rosto de tão
bom.

— Eu... ah, Lou... Eu queria tá dando pra você de quatro agora... s-sentir
você me arrebentando todinho, gritar seu nome enquanto você mete forte e
não para nem comigo gozando. — Harry falava fazendo biquinhos
manhosos, o robe naquele momento todo aberto mostrando o corpinho
gostoso e cheinho dele. Foi a vez de Louis de gemer de tesão, tirando seu
pau pesado para fora com a outra mão, masturbando na frente de Harry que
choramingou mais ainda ao ver a extensão grossa bem perto de onde queria.

— Me fala aonde você queria que eu metesse, Haz... — Louis amava que
Harry era bem princesinha, totalmente educado e tinha vergonha de falar
essas coisas, ainda mais quando se referia a si mesmo. O mais novo virou o
rostinho pro outro lado, escondendo ele enquanto queimava de vergonha.
Deu gritinhos quando Louis aumentou a pressão no seu pau e quase gozou,
mas Louis parou na hora o fazendo tremer as pernas no ar pela vontade
imensa de gozar no rosto do mais velho. — Fala, amor.

— Bem fundo no.... n-no meu... ah, Lou... — Harry resmungou quando
Louis parou novamente antes que ele gozasse. Soltando uma enorme
quantidade de pré gozo, espirrando na mão de Louis e a deixando toda
melada.

— No seu cuzinho, amor? Queria que eu deixasse ele ardendo?


Harry queria chorar de tanto tesão que estava sentindo, seus lábios já
tremendo, gritando de prazer quando Louis voltou a masturbar seu pau com
vontade e afastou o fio da calcinha da entrada, encostando a cabecinha do
pau dele nela e passando ela ali, massageando o lugarzinho quente que
piscou sem parar, querendo engolir a glande. Jogou o corpo pra trás quase
gozando novamente e tremendo todinho, começou a chorar na mesma hora.

— Sim, sim.... ain Lou, eu queria tanto que você rasgasse ele todinho. —
Harry disse desesperado, a entradinha piscando tanto que conseguiu abrigar
a glande, a cabecinha entrando no lugarzinho quente e fazendo Harry
revirar os olhos com a ardência gostosa, Louis soltou o pau dele e agarrou
com força o lençol, vendo a cena deliciosa de Harry com fome em seu pau,
piscando até a cabecinha entrar de uma forma tão gostosa.

— Porra! Que cuzinho gostoso. Haz, eu não vou conseguir aguentar não te
comer assim.

Louis nao resistiu e enfiou todo o cacete em Harry que parecia desesperado
demais, repetindo vários "sim, sim, sim, não sai por favor" e Louis fazia de
tudo pra não estar em cima da barriga dele, pra não cair por cima já que
estava de joelhos. Apertando aquelas coxas gostosas com força pra não
arrebentar aquele cu delicioso. Encostou bem gostoso no pontinho dele e
deixou ali, massageando apenas com a cabecinha, embora quisesse meter
forte nele, não queria machuca-lo então preferiu apenas brincar com a
próstata dele e ver Harry arranhando seus pulsos de forma que descontava
todos os gritinhos que estava dando, as pernas foram parar no ombro dele
sem Louis ao menos colocar, e aquilo não durou um minuto porque Harry
finalmente gozou, mesmo tendo sentido dor, e mesmo que Louis tenha
praticamente feito nada, sujando a própria barriga de porra, os jatos longos
demais fazia ele deleitar de tesão e apertar o pau de Louis. O mais velho
prestando atenção no corpo tremendo com o orgasmo, o pau de Harry nunca
abaixando porque ele estava cheio de tesão no corpo, apenas gemia como
uma vadiazinha no pau do mais velho que nem fez nada, apenas enfiou ele
dentro do garoto que não aguentou os próprios hormônios e havia se
derramado todinho. Louis olhou pros peitinhos dele, bem cheinhos por
conta do leite e inchados, os bicos rosados e sensíveis, sua boca salivou
querendo faze-lo gozar de novo só chupando aqueles biquinhos gostosos.
Saiu de dentro dele com muito custo, sua vontade era meter nele até
amanhecer, mas poderia esperar mais alguns dias, e achava incrível como
depois de tantas fodas insaciáveis de um Harry cheio de hormônios ambos
não conseguiam ficar satisfeitos.

Ficou do lado dele na cama, limpando o rostinho cheio de lágrimas,


sabendo que seria em vão porque ele era tão sensível, e droga, ele também
era porque seu pau pulsava com saudades de estar dentro daquela
entradinha suplicante pra ser fodida.

Deu um beijinho nele e logo em seguida olhou aqueles peitinhos cheios,


não era muito. Afinal, não eram igual seios de mulher. Mas a gravidez fazia
elevar um pouquinho e ficar bastante inchado, e era uma delícia vê-los
cheios de leite. Poderia ser estranho, mas aquilo fazia Louis sentir tanto
tesão que os pegou na mão e os balançou bem devagar, tomando cuidado
pra não machucar eles. Seu garoto o olhou todo dengoso, aprovando aquilo
quando disse "sim" várias vezes.

Louis ficou balançando tanto que escapou um pouquinho de leite dos dois
mamilos, a cor clarinha respingando em ambos peitinhos. Harry corou forte,
ficando todo envergonhado. Mas Louis apenas se abaixou e lambeu devagar
toda parte suja do líquido docinho, seu pau caindo pré gozo ao sentir o
gostinho dali.

— M-Mama eles, por favor... tão d-doendo tanto...

Harry não precisava pedir duas vezes, Louis abocanhou com gosto um dos
mamilos, chupando o biquinho inchado fazendo Harry tentar se afastar do
toque ardente e gostoso, mas Louis o prendeu na cama e chupou aquele
leitinho de forma lenta, se masturbando forte com as reações do corpo do
mais novo, que esfregava o próprio pau gozado nas coxas, o cuzinho aberto
piscando no ar, se sentindo vazio.

Louis abocanhou o outro e Harry parecia um adolescente virgem de tanto


que gemia manhoso. Louis mamou nos peitinhos até ficarem maiores pelo
inchaço de sua boca ali. O mais velho gemendo alto quando sentiu o
leitinho de Harry espirrar em sua boca, afastando ela por um segundo pra
ver os mamilos vazando e melando todo peito do mais novo com o líquido
ralinho e claro. O queixo de Louis pingando de tão melado, beijando o mais
novo e o fazendo provar do próprio gostinho. E Harry era simplesmente tão
safado que ficou com mais tesão ainda.

Louis subiu com cuidado em cima de Harry, em seu peito para não
machucar a barriga dele, pegando no próprio pau e passando a cabecinha
inchada em um dos mamilos, Harry se contorceu todo com a visão,
fincando as unhas nas coxas de Louis, incentivando ele a continuar. Louis
se deliciou com a visão da sua glande vermelhinha com o tom rosado dos
biquinhos de Harry, estes saindo leitinho toda vez que Louis esfregava a
glande neles.

E ele olhou pra Harry, o garoto tava com muita cara de safado, botando a
linguinha pra fora pedindo o pau dele.

Na mesma hora Louis o deu, chegando mais pra frente e enfiando apenas a
cabecinha na boca dele. O mais novo agarrou com fome, chupando de
forma necessitada, fazendo barulhos molhados e olhando pra Louis como a
princesa vadia que era. Louis enfiou um pouco mais de seu pau, e Harry
gemeu dengoso com isso, esfregando as coxas uma na outra de forma
desesperada. Chupando metade do pau de Louis com devoção, babando ele
todinho e gemendo nele, levando vibrações gostosas pra Louis que quase
estava gozando só de ver Harry lhe olhar enquanto chorava por seus
hormônios incontroláveis. Era simplesmente a coisa mais linda ver Harry
chorando com um cacete, enquanto esfregava o pau desesperadamente nas
coxas gordinhas, com um cuzinho necessitado e peitinhos vazando leite.

Harry fez um som gostoso de choro quando começou a gozar de novo,


esperneando manhoso com o pau na boca, e chorando audível enquanto
chupava sem parar. Louis teve que tirar o pau da boca dele pra escutar
melhor aquela som de choro tão delicioso, o garoto começou a soltar
gritinhos chamando seu nome, o chamando de gostoso, o arranhando
todinho.

Louis não resistiu ao olhar aquela cena, seu próprio pau não aguentando de
tesão, ele não precisou fazer muito além de esfregar a cabecinha babada nos
mamilos melados e punhetar um pouco enquanto olhava os peitinhos dele,
junto a Harry que estava adorando ver aquela cena. Que só melhorou
quando Louis começou a xingar de uma forma gostosa, sendo rude e
falando coisas sujas demais que deixava Harry sensível. Gozando nos seu
peitos. Melando tudo com a porra dele e seu leitinho que Harry fez questão
de soltar mais enquanto apertava os mamilos pra Louis ficar com mais tesão
ainda.

Porque eles sabiam brigar, mas sabiam melhor ainda se resolverem.

E toda aquela calmaria só durou naquela noite, pois a cada dia que o parto
de Harry se aproximava, Louis vinha observando as constantes mudanças
de humor do mais novo, e na concepção do mais velho, foram as mais
difíceis do que qualquer outro momento durante aquele mês. Porém, dessa
vez, tinha voltado a ser compreensível ao invés de levar pro emocional.
Ficaram agarradinhos durantes os dias que foram se passando e Louis
contou pra Harry cada detalhe da viagem a Espanha, e o mais novo lhe
mostrou finalmente o book que havia feito grávido, e se tornaram as fotos
favoritas de Louis que olhou cada uma todo bobo, além de, para acalmá-lo,
escolheram a cor rosa pastel para o quarto dos gêmeos onde ele mesmo
pintou, e, finalmente, decidiram os nomes dos bebês. Entrando em consenso
depois de várias horas de debate. Louis escolheu Oliver para o menino, e
Harry, Emma. Na verdade não apenas Emma, porque Harry olhou pra Louis
todo fofinho e pediu que tivesse ''Leide'' na frente, como a princesa Diana.
E como Louis poderia negar se Harry era tão adorável? Achou que também
acalmaria mais um pouquinho Harry as roupinhas dos bebês que trouxe da
Espanha para complementar com as que Harry comprou durante esses
meses. Então eles tinham o essencial para vinda dos gêmeos, berço, roupas,
nomes e muito amor. O resto iriam acrescentando a cada dia, afinal, não
fugiriam pra lugar nenhum.

Mas isso foi capaz de acalmar Harry apenas durante alguns dias.

E, olhando para trás, durante os meses de gravidez de Harry, ao que o


garoto passava por todas as transformações no corpo, e transformações
emocionais, parecia que Louis também passava. Se Harry acordava no meio
da noite pra vomitar, Louis também acordava. Se Harry sentiu desejo por
algo estranho, Louis era quem ia realizar seu desejo. Quando Harry passou
por grandes quantidades de hormônios descontrolados, era Louis que teve
que saciá-lo, e quando tiveram que se segurarem pra Harry não se sentir
mal, eram os dois que reprimiam o desejo. Se Harry se estressou, Louis se
estressava logo em seguida, tanto que tiveram aquela estupida briga. Mas
Louis se deu conta que, mesmo durante esses meses tudo sendo difícil para
ele também, não se comparava as todas mudanças que Harry sofria, afinal,
era ele a carregar os gêmeos.

E por isso entendia sua mudança de humor na ultima semana ter ficado pior,
pois em um minuto ele estava estressado com tudo e xingando o mundo
todo, com raiva, gritando que nada estava dando certo quando uma simples
coisa não acontecia do jeito que ele esperava, se irritando que os bebês
ainda estavam dentro dele, se irritando até com os próprios bebês, e era até
engraçado ver Harry todo rechonchudo cair no sofá, olhar pra própria
barriga e mandar seus bebês saírem logo, pois era uma ordem. Louis
sempre tentava esconder o riso mas não conseguia, o que concentrava toda
a raiva de Harry nele, mas no minuto seguinte Harry mudava
completamente de humor, ficando choroso, os olhos verdeados se enchendo
de lágrimas, ele se culpando pela grosseria, passando as mãos na barriga e
pedindo mil desculpas pros seus bebês, dizendo que os ama muito mas só tá
cansadinho de ter que carrega-los pra lá e pra cá. E então estendia os braços
pra Louis, chamava ele com as mãos, um biquinho adorável molhado pelas
próprias lágrimas, um pedido mudo de carinho. E se sentava no colo dele,
se aninhando a ele pedindo várias desculpas e mimando Louis com vários
beijinhos mesmo que fosse ele a precisar ser mimado.

E Louis só conseguia amá-lo a cada dia mais, desde o primeiro mês de


gravidez que Louis não mudaria nadinha em todo o comportamento do mais
novo e sua forma de ser. Pois Harry acreditava estar insuportável, mas para
Louis, ele nunca esteve mais lindo. Sua barriguinha foi crescendo e o
deixando cada vez mais radiante, tudo nele brilhava, seu rosto rechonchudo
fazia o mais velho se derreter de amores toda vez que o encarava, e o brilho
intenso no olhar do mais novo era tudo que Louis mais desejava que
permanecesse ali enquanto estivesse ao seu lado.

Louis sabia o quão difícil para Harry estava sendo, não é fácil ver seu corpo
sofrer por mudanças, não é fácil carregar duas pessoas dentro de você e ter
que ter o cuidado de se preocupar consigo mesmo 2 vezes mais, para que
nada de ruim acontecesse aos bebês, além de ter que se preocupar com eles
também, enjoar quase todos os dias, sentir desejos estranhos por algumas
comidas, além de desejos sexuais que embora pudessem ser considerados
uma parte boa, Harry as vezes se sentia depravado demais e com medo de
achar que estaria exigindo sempre em uma hora que Louis não quisesse, e
talvez o forçando. E Louis sempre o tranquilizava que não. E não era fácil
todas aquelas mudanças emocionais, muitas das vezes pessoas grávidas tem
depressão durante a gestação e após, e Louis se preocupa demais com
Harry. Sabia que, por mais que o garoto tenha sonhado com aquilo e
romantizado demais a sua gravidez, teve muitos momentos difíceis, e Louis
compreendia que nada que ele próprio tenha passado ao lado de Harry
durante esses 9 meses, se enquadrava ao que Harry estava passando.

E Louis o amou todos os dias, até mesmo quando Harry teve alarme falso 3
vezes durante a semana e voltava para o apartamento deles extremamente
emburrado, com o temperamento extremamente forte, talvez sendo
considerado os piores dias do mais novo, onde ele se irritava até com a
respiração alheia e só queria ficar sozinho pra reclamar exatamente sobre
qualquer coisa ao seu redor. Afinal, Harry grávido era, de fato, dez vezes
mais mimado do que o comum, só que Louis, mesmo em seus dias de
estresse, ele amava resolver tudo mimando o mais novo o quanto ele
quisesse. Pois, desde antes, quando jurava odiá-lo, sempre foi um merdinha
mentiroso que na verdade reclamava do mais novo ser tão metidinho, e,
que, na verdade, só queria era dar-lhe mais motivos para ser mimado, o
tratando como a princesinha que Harry era. E Louis não se arrependia de
fazer isso.

No entanto, Louis havia se equivocado ao pensar que os 3 dias que Harry


teve alarme falso, foram os piores dias do humor do mais novo. Ele não
esperava que, um dia antes da data do parto marcado, Harry estaria
extremamente vulnerável. Pois mal havia dado 23:00, o parto estava
marcado para as 16:00 do dia seguinte, e Harry já estava na cama pronto
para dormir e querendo que o parto chegasse logo, porque ele literalmente
não aguentava mais. E tudo ao seu redor parecia querer lhe estressar em
níveis absurdos.
Primeiro avisou que iria dormir antes de Louis, com um falso
compreendimento que este não estava com sono, mas que estava tudo bem
ele continuar na sala, pois ele não ligava e só queria dormir. Mas, 10
minutos depois, gritou por Louis, e quando este apareceu, Harry reclamou
dizendo que não acreditava que era sua última noite dormindo antes de ter
os bebês e Louis simplesmente não deita ao seu lado porque ''não está com
sono'' com um tom arisco. Louis apenas sorriu, o tratou como um gatinho
manhoso e se deitou ao seu lado. Depois reclamou quando Louis lhe
abraçou de ladinho. ''Sério, Louis, eu estou surtando aqui de ansiedade, a
última coisa que preciso é de você me apertando tão forte''. Louis deixou
pra lá, não tinha se afetado com o humor dele depois que se resolveram, não
iria ser horas antes do parto que iria dar uma de incompreensível. E em
seguida, Harry reclamou que não coneguia dormir sabendo que Louis
parecia um morto olhando para o teto totalmente imóvel. Louis quis
retrucar apenas dizendo que não estava com sono e que só estava ali pra lhe
dar o apoio que merece, e que se estava completamente parado era pra não
irrita-lo por qualquer minimo movimento. Mas ficou quieto, o que não
adiantou, pois minutos depois, quando finalmente Harry passou boa parte
do tempo quieto e sem reclamar, parecendo que tinha pegado no sono e
Louis já estava quase dormindo também, o mais novo fez a quarta
reclamação:

— Isso, Louis, respira mais alto, não tem como ser irritante.

— Pela amor de Deus! — O mais velho não aguentou. — Haz, se você não
consegue dormir, por que então não fazemos qualquer outra coisa? — Foi
dócil ao alisar os cabelos do mais novo e puxa-lo para apoiar a cabeça em
seu peito.

— Claro, Tomlinson, ótima ideia, perder minha noite de sono sendo que
horas mais tarde irei ter os bebês. — Reclamou arisco, as unhas fincando no
peito do mais velho, Louis sabia que Harry nem percebia que estava
fazendo isso, era apenas o nervosismo e ansiedade. Pegou a mão dele e deu
um beijo mesmo que toques naquele momento estivesse o deixando irritado.

— Então, já que tudo está te deixando irritado, não é melhor eu deixar você
dormir aqui enquanto durmo em outro comodo?
— E me deixar sozinho aqui? Você é bobo? — Harry perguntou de uma
forma raivosa, mas Louis olhou o rosto de raivinha dele e riu do
xingamento ''bobo'' que fez Harry fechar mais a cara ainda. — Eu aqui
sofrendo e você rindo de mim, que belo namorado você é. — Harry virou
pro outro lado, resmungando alguns palavras raivosas que Louis não
conseguia decifrar. — E para de respirar de forma tão irritante! — Mandou
e fechou os olhos com força. Louis olhou pra baixo e viu os pés gordinhos
balançando em ansiedade. O corpo do mais novo estava tremendo
levemente, Louis suspirou e o abraçou por trás, colocando as mãos na
barriga dele e fazendo um carinho pra ele se acalmar, dando um beijinho no
pescoço dele e arrastando o nariz perfeitinho ali, Harry sabia que em alguns
minutos iria se entregar e seu humor mudar totalmente, onde ao invés de
ficar zangado por cada minima estupida coisa, ele começaria a chorar sem
perceber, por ter sido grosso com alguém que ama tanto, mas Louis o
compreendia. Por isso apenas se aninhou a ele.

— Tudo irá ficar bem, apenas respira. Pode fazer isso por mim? —
Distribuiu beijinhos pelo seu pescoço e costas, Harry queria negar só por
pirracinha, mas as mãos de Louis o acalmava de forma exuberante,
chegando mais pra trás pra se aninhar a ele melhor, sentindo a mão dele
subir pro seu peito e sentir as batidas rápidas e ansiosas, e depois de alguns
segundos começou a respirar devagar, tentando se acalmar. — Isso, neném.
Consegue me sentir aqui com você? Eu sempre vou estar aqui, dará tudo
certo porque você é maravilhoso, irá fazer nossos bebês virem da forma
corajosa que só você tem, e amanhã, quando menos perceber, eles estarão
em seus braços, do jeitinho que você sempre sonhou, e eu estarei ao lado de
vocês, amando tudo isso, porque eu sou tão apaixonado por você e nunca te
deixaria, nem agora, nem amanhã, nem em qualquer futuro próximo, pois
não imagino nenhum futuro sem você, meu bem. Consegue relaxar um
pouquinho, princesa?

Harry se sentia bobinho demais por ele, as palavras ''sempre'' ''amando'' e


''futuro'' rondando sua cabeça. A presença de Louis mexia demais com
Harry, seus bebês sempre se agitavam também quando o outro pai estava
tão próximo. Harry sentiu como se Louis tivesse colocado a mão dentro de
seu corpo e revirado todos os seus órgãos, para faze-lo se sentir daquele
jeito tão dependente dele, que, primeiramente, sentiu uma pontada forte e
achou que era seus bebês animados com o carinho de Louis, então chutando
sua barriga, mas quando aconteceu de novo, sua mão foi tremendo na de
Louis acima de seu coração, a pegou firme, apertando ali e se virando pro
outro lado, olhando nos olhos dele, onde Louis conseguia ver um brilho de
medo e amor ao mesmo tempo.

— Não.

Louis achou que era apenas Harry resistindo a ceder por conta da irritação.

— Vamos lá, Haz.

— Não, Lou.. não é isso... — De repente Louis percebeu que o tom do mais
novo estava tremendo, como se tivesse a ponto de surtar. — Acho que os
bebês querem sair.

— Agora? Calma, deve ser apenas alarme falso de novo. — Louis falou pra
tentar acalma-lo, porém, ele próprio não estava tão calmo, ao notar que das
outras 3 vezes, mesmo tendo sido alarme falso, ficou nervoso, e, agora,
tinha grande possibilidade de ser verdadeiro ao constar que Harry estava
previsto para dar a luz na tarde do dia seguinte. E a carinha dele que fez de
dor, ao sentir contração novamente fez Louis arregalar os olhos. — Harry...
— Tentou falar, mas o mais novo resmungou baixinho com as mãos na
barriga, escondendo o rosto no pescoço do mais velho.

Louis sabia que não poderia ficar no beneficio da duvida, em visto que
homens não podiam parir pelo anus, a única solução era cesária, e se as
contrações ficassem mais fortes, ao ponto de não ter tempo para a cesária,
só os bebês sobreviveriam, porque era humanamente impossível um homem
parir ''normalmente'' e sobreviver para contar história. Mas Louis afastou os
pensamentos negativos, e, pelo que Harry já havia lhe explicado meses
antes, normalmente um bebê não nasce nas primeiras pequenas contrações,
pode levar a longas horas até tudo se tornar dolorido demais e o bebê querer
realmente sair. No caso de Harry, ainda eram pequenos incômodos, nada
que o fizesse gritar, e nada que quisesse sair nas próximas 3 horas, no
minimo.
Mas ele não iria pagar para ver e colocar seus 3 grandes amores em risco só
porque das outras vezes foi alarme falso. Por isso, quando olhou a carinha
de desconforto de Harry, pulou da cama já pronto para pegar tudo que era
necessário e ir para o hospital. Na verdade, conforme foram pro hospital 3
vezes por alarme falso, Louis e Harry já tinham uma mochila preparada
com tudo que o mais novo precisaria pra passar alguns dias lá. Então Louis
apenas se levantou e vestiu qualquer roupa sua que avistou pela frente,
pegando qualquer uma de Harry também, olhando o mais novo se levantar
tranquilamente da cama, apesar do olhar aflito, e Louis queria vesti-lo, mas
Harry disse que não estava incapacitado e que as contrações não estavam
fortes e nem contantes, ele falou isso pra acalmar Louis, porém, ele mesmo
estava agitado e acabou falando afobado demais, os olhos perdidos, não
acreditando que faltando apenas algumas horas pro horário do parto seus
bebês decidem nascer antes. E se ele já estava ansioso e medonho com tudo
isso, agora o medo estampava seu olhar.

Harry tremia todinho, porque ele achava que a vida toda se preparou para
aquilo, ainda mais nos últimos 9 meses, mas naquele momento, quando
realmente tudo iria acontecer, seu corpo estava como gelatina, e um medo
surreal subia por ele. Ambos falavam calma para um ao outro e para si
mesmos, e em menos de 10 minutos já estavam dentro da Lamborghini de
Harry, onde o mais velho estava no volante, suas mãos tremendo também,
temendo em falhar passar segurança para Harry quando ele mesmo estava
nervoso.

O mais novo percebeu isso e pediu para Louis não matar ambos, seria um
momento engraçado, se os dois não estivessem nervosos. Mas diferente do
que Louis pensou, Harry não estava arisco como antes e como esteve nos
outros 3 alarmes falsos, talvez porque agora parecia realmente que os bebês
viriam e Harry não tinha espaço para estrese quando todo medo invadia seu
corpo.

E a todo momento ele segurava a própria barriga, pedindo baixinho pros


bebês não saírem, seus olhos em espanto, sempre apertando a coxa de Louis
quando uma contração leve o deixava um pouco desconfortado, Louis
sempre repetindo que ficaria tudo bem e que estava ali com ele.
Acontece que o lado racional de ambos sabiam que chegariam a tempo, o
hospital era 20 minutos de onde moravam, Harry ainda tinha contrações
leves e o risco de ser parto normal na verdade não existia. Mas em uma
situação como aquela, quando se tem dois bebês para sair de dentro de uma
pessoa, o nervosismo vai alem do que pode ou não dar certo. Era uma
pessoa dando a luz as outras duas pessoinhas. Louis olha pra Harry quando
para no sinal e pensa que aquela é a maior loucura de já fez em toda sua
vida, nada se comparava aquilo, exatamente nada. De tudo que já viveu,
aquela era sua aventura preferida. O que era engraçado de imaginar, porque
quando implicava com o mais novo, nunca o imaginou como alguém que se
aventuraria consigo, que se encaixaria em seu estilo de vida, porque eram
diferentes e achava Harry engomadinho demais para qualquer loucura que
poderia o propor. Mas nunca o propôs que aquilo acontecesse e, no entanto,
estavam ali, vivendo a maior aventura dele ao lado de Harry, sem planejar e
sem prometer.

O frio em sua bariga era maior que quando fazia rachas ou pulava de
bungee jumping, ou quando corria de guardas por fazer tais coisas ilegais.
Olhar para Harry e vê-lo chorando, não de dor, mas sim porque finalmente
teria seus bebês consigo, chorando porque as pessoinhas que mais amava na
vida iriam nascer, que, o garoto que jurou odiar estava prestes a ter filhos
seus, que o amava tanto e já não imaginava viver sem ele, fazia Louis ter
certeza que aquilo, sem dúvidas, era sua maior aventura.

O mais velho avançou o sinal, pois não tinha tempo pra seguir leis do
transito, e resmungou para Harry que aquilo custaria ao mais novo uma boa
muta, e este, com lágrimas nos olhos, esqueceu de ser polido e o chamou de
filho da puta com um sorriso nos lábios, mas foi o xingamento mais
amoroso que Louis já escutou, ao notar o tom dele cheio de amor, em uma
situação onde tudo aquilo era importante para ambos, Louis apenas riu. Riu
de um jeito gostosinho demais aos ouvidos do mais novo, que riu em
seguida enxugando as lagrimas que insistiam em cair, olhou para Louis e
segurou na mão dele que estava fora do volante, e ambos falavam sem
realmente as palavras saírem que aquilo era o momento mais perfeito deles.

Quando chegaram ao hospital, eles souberam que os bebês iriam realmente


nascer, então logo encaminharam Harry para a sala de cesariana antes que
as coisas se complicassem. Mal dando tempo de Louis lhe dar um beijo, foi
apenas um selinho e ele dizendo que Harry era muito maravilhoso por
conseguir passar por tudo durante todos esses meses e que tudo daria certo,
quando finalmente iria dizer que o ama pela primeira vez, e que não se
tratava apenas de paixão, ele foi levado para a sala, e Louis pode notar o
sorriso para si apaixonado em meio a expressão de nervosismo, mas Louis
tinha certeza que seu amor sairia bem.

E Louis passou a última hora andando de um lado pro outro na sala de


espera, e ninguém que chegasse, fossem os pais de Harry, sua mãe, Niall,
ou quem fosse, o acalmava. Louis ficaria mais tranquilo se Anne, que
também é médica, estivesse junto a Harry, mas nem ela imaginava que o
filho iria ter os gêmeos antes da hora. Estavam todos ali ansiosos, Louis
muito mais. Ele queria estar segurando a mãozinha de Harry, sentindo ele
apertar como se fosse quebrar seus ossos. Não por dor do corte da cesária,
pois mesmo que se não existisse anestesia, sabia que Harry poderia ser
vulnerável há muitas coisas, mas não a outras, ele era um garoto forte, e
muito independente, ele bateria no peito defendendo isso para todos que o
contrariassem pois seu amor era independente sim, e socaria até mesmo o
próprio rosto, ao Louis antigo, para provar que Harry é um homem forte e
que embora ame ser mimado, não precisa de ninguém em situações grandes
como aquela, nem mesmo dele.

Harry conseguia fazer qualquer coisa sozinho. Louis se acalmava um pouco


com aquilo, porque o amava tanto. Não saberia se ele mesmo não surtaria se
fosse ao contrário. Se, no futuro, sabendo como Harry é e gosta de bebês, e
se tivessem mais filhos, se Harry iria querer que fosse Louis a gerar algum
deles. Louis pensa que toda sua mascara de marrento iria por água abaixo e
ficaria 9 meses irritado e sendo tão vulnerável que choraria de medo todos
os dias.

Ele ri com o pensamento, e seu coração aquece ao pensar em um futuro tão


preciso ao lado de Harry, e ele não teme ou tenta esquecer, porque
ultimamente é a unica coisa que ele pensa, estar ao lado de Harry, não
apenas em um futuro próximo, mas também em futuro distante, pois não se
imagina sem ele, seu sorriso aumenta porque ele está fazendo coisas que vai
alem de sua maneira de viver, e talvez porque essa maneira não exista mais,
e tudo que ele quer é apenas estar ao lado de Harry e seus gêmeos, e, quem
sabe, mais alguns bebês daqui a um tempo, ele não se importa de ver seu
amor gravidinho quantas vezes ele quisesse. De dar tudo que Harry deseja,
tudo que ele merece. E Louis tem certeza que não estava pensando naquelas
coisas apenas porque está vulnerável e nervoso por ter Harry dando a luz a
ser humaninhos em algum lugar daquele hospital, Louis realmente ama
aquele garoto, tanto que só quer vê-lo feliz, pois é feliz ao lado dele, como
nunca foi.

Seu nervosismo só aumentou quando um dos médicos apareceu e contou


que tudo estava bem, que os gêmeos nasceram saudáveis, que Harry está
completamente seguro de qualquer coisa, que Louis poderia vê-lo assim que
terminassem de fazer os pontos na barriga dele, e que os gêmeos estariam lá
pra eles depois de os limparem e da checagem de todas as coisinhas que
deveriam em seus bebês. Louis só conseguiu arregalar mais os olhos, bater
mais os pés no chão de ansiedade, roer as unhas que não tinha e andar mais
rápido ainda de um lado pro outro enquanto todos choravam de emoção,
Louis não conseguia faze-lo pelo estado que estava, apenas quando foi
liberado a entrar no quarto onde Harry estava, e, primeiramente, o viu
deitadinho na cama, a barriga não mais enorme o que o fez cair na real que
os gêmeos nasceram mesmo, apesar de ainda não o vê-los. Seu corpo
amoleceu de amores ao ver seu amor tão vulnerável deitadinho, o rostinho
ao longe dando pra ser visto cansado, Louis apenas o amava tanto que nem
percebeu quando finalmente algumas lagrimas caíram, porque Harry
simplesmente era tudo. E Louis nem ao menos sabia como foi tudo. Harry a
todo momento chorando mesmo não sentindo dor, o garoto quase perdendo
o ar de tão nervoso que estava e com tanto medo porque Louis não estava
ali ao seu lado, e tudo que estudou na faculdade foi por água a baixo.
Porque não foi o que achou que seria: Um Harry racional que entendia tudo
sobre partos de cesária. Ele era apenas um garoto jovem demais dando a luz
a bebês que ele não planejou mas que eram tudo em sua vida, e seu grande
amor não podia estar ali com ele, ele chorava porque tinha medo, as
incertezas de não ter sido um bom papai ao carregar durante 9 meses eles, a
incerteza de eles nascerem com algum problema, foi tudo por água abaixo
quando Harry viu o primeiro bebezinho sendo puxado, logo em seguida o
segundo, mal sabendo quem era quem, qual era o sexo. Ele só pode olhar
durante alguns segudinhos os rostinhos deles, antes de o levarem dali para
todos os primeiros passos, o fazendo chorar mais ainda e perguntar se havia
algo errado, esquecendo tudo que já aprendeu. E sendo um pouquinho
confortado sabendo que eles voltariam pro seu braço, onde ele poderia dar
todo amor. Harry passou por um elevador que subia muito rápido que era
seu corpo em todo o momento até eles saírem de si, foi uma experiencia
assustadora, mas a melhor de sua vida. Ele faria tudo de novo. E Louis não
sabia de nada daquilo, mas sabia o quão maravilhoso seu amor era só de
olha-lo e por isso chorou de orgulho dele.

Enxugou as lágrimas antes de entrar no quarto, quando Harry o olhou,


Louis viu a carinha dele, o olhar radiante, os braços estendidos o chamando,
Louis apenas lhe deu um sorriso sincero, se agachou e o abraçou de um
jeito muito protetor, beijando todo o rostinho cansado dele, os olhos verdes
brilhando demais e inchadinhos por chorar tanto, e Louis viu que ele
choraria a qualquer momento de novo.

— Eu to tão orgulhoso de você! Você é tão perfeito, obrigado por fazer isso,
por tê-los por nós, obrigado por ser tão forte e tão incrível. Você não tem
noção de o quão maravilhoso você é, como é especial pra mim, eu mesmo
não aguentaria passar por tudo isso e você passou, porque é muito forte. Eu
nunca desacreditei de você e nossos bebês vão saber o quanto eles tem um
papai tão bondoso e tão amoroso como você é. Obrigado por ser tão
perfeito. Eu não pude estar do seu lado, mas espero que tenha sentido o
quanto eu estava te glorificando do outro lado hospital.

— Eu senti... — Harry já tinha suas lágrimas gordinhas caindo sobre o rosto


cansado porque ele era um bobo que estava todo choroso com aquele
maravilhoso dia, e Louis era tudo para ele e estava ali em sua frente lhe
olhando como se Harry fosse o seu tudo também. — Eu senti aqui... — Ele
pôs a mão sobre o coração, pegando no rosto de Louis em seguida. —
Obrigado por nunca ter saído do meu lado mesmo quando eu falei coisas
que você não merecia, se nossos bebês vão ter orgulho de mim, terá de você
também porque você nunca soltou minha mão e eu sei o quão amoroso você
será com eles também, você é maravilhoso e sempre foi comigo. Eu não
conseguiria fazer isso se não fossem seus bebês, Lou. Tinha que ser seus,
tinha que ser... eu sempre quis que fossem seus, sempre... obrigado por
realizar isso.
— Não fala isso, seu bobinho, é um dia muito emocional pra gente ficar
emocionado mais ainda. — Louis sorriu para ele, seu sorriso já dizia o
quanto o amava, tanto que Harry passou o dedo indicador na lateral dos
lábios dele, como se lê-se isso. — Você está bem? Não sente nenhuma dor?
— Perguntou dando um beijo na bochecha dele e olhando o corpo coberto.

— Não... na verdade, um incomodo nos pontos, mas é normal, e nada que


seja demais. — Harry disse mas mesmo assim Louis queria mima-lo com
todo amor que tinha. Os olhos de Louis brilhavam, ele roía a pele de seus
dedos pois já nao tinha unhas, um brilho diferente no olhar, desviando os
olhos e sorrindo ansioso, fazendo Harry sorrir de volta. — O que?

— Você... você os viu? — A forma que ele perguntou na concepção de


Harry era muito bonitinha, as mãos no rosto pra controlar a ansiedade, o
olhar paterno ali, que Louis teve desde o primeiro momento que soube da
gravidez, mas que agora era muito mais intensificado com o saber do
nascimento.

— Um pouquinho... — Harry fez um biquinho. — Eu mal bati os olhos


neles e já levaram, meus olhos estavam embaçados de lágrimas, eu só
consegui ver duas batatinhas fofas por causa disso, eram tão pequenininhos,
Lou. — Fez gesto com as mãos, mostrando quão pequenos são. Louis sorria
pois Harry era seu terceiro bebê.

— Sério? Tão pequenininhos assim? — Louis imitou o gesto de Harry, o


mesmo sorrindo para si. — Eles tem carinha de batata porque bebês nsacem
assim mesmo. — Louis comentou e Harry deu um tapinha nele, mas
sorrindo, porque Louis tentava brincar mas estava tão nervoso e aflito. —
Eles estão bem? Será que vão trazer eles quando?

Harry não precisou responder, pois logo bateram na porta e segundos depois
duas enfermeiras apareceram com os gêmeos, Louis se afastou da cama
com os olhos arregalados e Harry estendeu os bracinhos na hora, a
enfermeira colocando um a cada braço de Harry, que desabou ali mesmo,
balançando os bebês e olhando pra carinha deles. Nem acreditando que
finalmente eles estavam ali consigo tão pequenos e tão lindinhos, saudáveis
e em seu colo.
Leide Emma com uma toquinha verde e Oliver branca pra eles saberem
quem é quem, é claro que além das pulseirinhas nos braços com os nomes
que já indicavam isso. Os gêmeos estavam com os olhinhos fechados, As
mãozinhas balançando e eles faziam de vez em quando sonzinhos de bebê,
Harry estava quase desabando de vulnerabilidade ali mesmo. Ele olhou para
Louis, este, que estava ao seu lado antes, agora estava do outro lado da sala,
agachado em uma parede e com as mãos na boca, chocado, como se a ficha
não tivesse caído, Harry chamou ele pra se aproximar, as enfermeiras
achando fofo a expressão dele e os gestos negando a cabeça com medo
daquilo não ser real, os olhos azuis transbordando de lágrimas. Ele andou
de um lado pro outro, riu nervoso, e, desacreditado, disse que aquilo parecia
um sonho, que não podia ser real, eles ali sendo papais, seus bebês, ali.

Louis estava assustado, e uma das enfermeiras disse pra ele segurar os
bebês, Louis negou com medo, nem parecia ter 23 anos, e sim 15. Da forma
mais adorável ele perguntou ''e se eu machuca-los?'' Harry sorriu todo
apaixonado e negou, dizendo que ele não machucaria os bebês. Disse que
os bebês queriam senti-lo, Louis estava com as mãos nos cabelos em estado
de choque quando se aproximou cauteloso, em seguida andou para trás
novamente incerto, não queria machucar seu tesourinhos. Mas pelo olhar de
encorajamento de Harry se aproximou de novo, a enfermeira pegou Leide e
colocou com cuidado nos braços de Louis que estava em pé e tinha gestos
robóticos, tomando todo cuidado do mundo, mal se movendo com medo, e
logo depois colocou Oliver em seus braços. E só ali Louis pode notar os
rostinhos deles pela primeira vez. Harry sorriu encantado e levou a mão ao
rosto limpando o rosto ao olhar a cena de seu Louis com os bebês, ele não
queria passar por chorão, mas quem ele queria enganar? Estava vendo o
amor da sua vida carregando seus filhos. Era a cena mais linda que viu em
toda a sua vida.

— Você pode balançar eles, Lou. — Harry disse mas seus lábios tremeram
novamente se sentindo choroso ao que notou Louis chorando só de olha-los.

— E-Eles... Como são bonitos... eles tem seus traços, Haz. — Louis disse
sem nenhum momento parar de olha-los, Harry negou apaixonado, Louis
chorava feito um bebezinho sendo que ele nunca chorava. Era tudo tão
perfeito.
—Não... eles tem seu nariz perfeitinho.

Louis observou cada detalhezinho dos bebês, ambos idênticos, pareciam a


mesma batata assadinha. Eles eram gordinhos, era a coisa mais adorável,
ele riu com as mãozinhas deles se mexendo.

— Eles são tão cheirosos, não quero soltar nunca mais. — Louis comentou
ao que, pela primeira vez, se mexeu desde que os pegou, se inclinando pra
cheira-los e fechando os olhos chorosos como se estivesse os apertando tão
forte, mas na verdade nem o fazia com medo de machuca-los. Ele olhou pra
Emma. — Tão fofa, minha batatinha. — Olhou pra Oliver. — Meu
pirralhinho também.

Harry nem conseguiu achar ruim ele chamar os bebês de batata e pirralho,
porque era adorável ver Louis apaixonado pelo que fez. Louis era o homem
da sua vida, Harry não tinha nenhuma dúvida. Os bebês começaram a
resmungar e ameaçar chorar.

— O que houve? Ei, não chorem... — Louis pediu mas aí mesmo que
ambos começaram a chorar. — Será que eu sou um péssimo pai? E eles já
não gostam de mim? — Perguntou preocupado.

— Não se preocupe, eles só estão com fome... — Uma das enfermeiras


falou e Harry riu todo bobinho pela reação de Louis. — Está preparado pra
amamentar pela primeira vez, senhor Styles?

Louis enxugou as lagrimas quando os bebês saíram de seus braços, uma


sensação de vazio o substituindo e já sentindo falta dos bebês. Ele olhou
Harry desabotoar a camisa do hospital e cada bebezinho mamar em um
bico. O rostinho de Harry fez uma careta adorável pela primeira sensação,
mas logo sorriu e lá estava o Harry chorão novamente por estar
amamentando pela primeira vez os gêmeos. Louis via que Harry nasceu pra
ser pai, ele seria um pai incrível e era lindo vê-lo tão apaixonado em tudo
em relação aos gêmeos. Era lindo. Harry estava realizando seu sonho, e
Louis amava fazer parte dele, amava ter aquela família com ele. E amava
demais Harry, e não restava mais duvidas. Louis queria aquilo pra sempre,
não só em presença. Louis queria tudo aquilo da forma mais braga possível,
com um casamento enorme, com uma convenção que antes debochava, mas
que agora se torna seu sonho também, ele queria Harry e seus bebês. Ele
queria casar com aquele mimadinho que era o amor da sua vida.

Depois de 3 dias de visitas ao hospital, todos concordavam que os gêmeos


eram as coisinhas mais fofas do mundo. Eles tinham nascido com 3 kilos,
os cabelos lisinhos e claros de Louis, o narizinho dele também, e os traços
no rosto iguais aos de Harry, e embora Louis implicasse dizendo que na
verdade não dava pra ver com quem eles se parassem, e que na verdade
tinham cara de joelho, Harry implicava de volta falando que eles devem
puxar a altura de Louis também já que nascerem bem pequenininhos.

Louis passava o dia todo no hospital e até dormia com Harry. Penteava os
cabelos dele e o mimava com coisinhas que ele pedia, o enchia de beijos e
nunca soltava sua mão. Passou as madrugadas deitado ao lado dele, o
abraçando e ambos sorrindo e rindo em meio ao silêncio do hospital de
planos bobos e futuros que faziam enquanto conversavam sem ao menos
perceberem. Louis gostava de alisar a barriguinha dele, mesmo que Harry
se sentisse envergonhado, e sempre escondia, porque estava gordinha e
mole, com estrias por conta da gravidez, alem da cicatriz, mas Louis não se
importava, dizia que ele tava muito lindo pós parto, sempre beijava a
barriga dele, e fazia Harry se sentir bem, deixando ele fazer carinho.

Sempre quando os bebês vinham, eles os mimavam muito, sempre dando


muito amor e sorrindo feitos bobos um pro outro. Os bebês eram muito
ligados aos dois. Quando choravam, recorriam a Harry, que sabia os
acalmar e faze-los ficarem quietinhos, quando estavam com sono, era em
Louis que eles se sentiam confortáveis e dormiam rapidinho.

Era uma família perfeita. Naquele dia, os bebês abriram mais os olhos,
Leide tinha olhos azuis como de Louis, Oliver verde como Harry. Ambos
ficaram mais ainda encantados pelos dois ser humaninhos. E também,
naquele dia especial, Louis havia levado algo consigo pro hospital, e após
os bebês voltarem pra ala dos recém nascidos, e Louis ter penteado o cabelo
de Harry com uma trança de cada lado de uma forma que o deixou
adorável, Louis o olhou com toa certeza do mundo que o queria pra sempre.
— Por que está me olhando assim? — Harry perguntou sorrindo e ajeitando
o travesseiro atrás de si, se ajeitando para deitar ao lado do mais velho que
continuava em pé.

— Porque eu to amando tudo isso. Eu amo cada pedacinho de nossa


família. — Louis disse de forma sincera, passando os dedos na bochecha de
Harry. — Você me deu algo que eu nunca imaginei ter, uma família, Haz.
Você, desde quando era bem pequeno sempre me deu essa sensação de
cuidado, quando eramos amiguinhos eu amava cuidar de você de todos que
implicavam com seu jeito único de ser. E até mesmo quando a gente
declarou inimizade um pelo outro, eu sempre procurava saber como você
estava pela minha mãe, quando eu ficava muito tempo longe da mansão.
Acho que eu nunca te disse isso, mas até mesmo quando eu jurava te odiar
eu me pegava o protegendo de longe, querendo saber se você tava bem,
porque me machucava pensar que algo poderia lhe fazer mal, porque no
fundo eu sempre soube o quão você é especial pra mim. Cada pequeno
detalhe. E mesmo quando a gente brigava e se afastava, havia um imã que
me trazia de volta pra você. Você é tão lindo, cade detalhezinho, seus olhos
me hipnotizam, sua boca me atrai tanto, e todo seu rosto, seus dentinhos de
coelho, meu Deus o seu sorriso, amor... ah... o seu sorriso, me ilumina de
uma jeito inexplicável. Eu quero morar nele, eu quero prender minhas mãos
ao seu corpo e nunca mais soltar, e eu me peguei amando tudo que vem de
você. Seu lado mimado, irritado, amoroso, carinhoso. Todos os detalhes que
você criticava antes, as gordurinhas do lado da cintura, suas pernas longas,
seus pés tortinhos, seu cabelo enorme. Eu amo até suas irritantes roupas de
marca. Eu amo sua barriguinha mole, e amo suas unhas pintadas, suas
pintinhas. Eu amo a felicidade que você me trás, eu amo a família que você
me deu e o quanto você iluminou minha vida e me fez perceber que eu não
preciso de nada alem de você comigo. Porque, acima de tudo, eu amo você.

— V-Você o que?

— Eu te amo tanto, neném... — Harry estava com a respiração acelerada


desde que Louis começou a falar, seu peito descia e subia em um nível alto
e parava de respirar toda vez que um palavra era acompanhada de um
carinho em seu rosto. E, ao declarar seu amor, Louis achou adorável os
lábios dele tremendo ameaçando a chorar assim como os gêmeos faziam, e
os olhos verdes encheram de lagrimas e começarem a cair até ele se tacar
em seus braços. — Desculpa por não ter te confirmado antes...

— Louis... Olha pra mim. — Pediu pegando no rosto dele. — Você sabe
que eu também te amo, não é? Eu amo esse rostinho, esses olhos que me
olham com anto carinho, suas ruguinhas quando sorri, o sorriso lindo, até
sua barba que eu vivia reclamando, eu amo. — Ele diz com os dedinhos
tremendo por todo rosto dele. — Você poderia ser até mesmo a pessoa mais
feia considerada pela sociedade e eu continuaria te amando porque alem de
detalhes físicos eu amo o homem que você é. O garotinho esperto que
cuidava de mim. O adolescente rebelde que deu orgulho aos pais, o rapaz
que implicava comigo e que eu adorava implicar e chamar de ogro e sem
classe. Mas tem classe melhor do que ser uma pessoa maravilhosa como
você? Meu deus, como eu era estupido, e amo o homem que você se tornou,
o homem que cuida de mim, me respeita e me ama, que ama nossos bebês,
que me faz feliz. O cara que eu, depois de implicar, corria pro meu quarto e
me trancava depois de você tentar me irritar com selinhos, e então eu
imaginava um beijo de verdade. O homem que fazia meu coração
transbordar de amor, me fazia morrer de ciumes, me fazia me contrariar e
não parar de pensar em você. O menininho que eu brincava de casinha e eu
dizia ser o papai dos meu bebês, e olha pra gente agora. Nós estamos aqui,
amor... meu Lou, você está aqui comigo e tudo se tornou real. Eu que te
amo tanto... sempre amei, sempre, sempre, sempre... ah, para de chorar, por
favor. Por que está chorando? Você nunca chora.

— Porque você é perfeito. porque temos filhos perfeitos e uma vida quase
perfeita. — Louis disse, sem desviar os olhos de Harry que ainda tinha as
mãos em seu rosto. Aquele homem tão lindo a sua frente, Louis era muito
sortudo.

— Quase?

— Sim. Só seria totalmente perfeita se você casasse comigo.

Harry arregalou os olhos, Louis fazer aquela brincadeira naquele momento


vulnerável não era legal, mas Louis procurava algo em seu bolso do casaco
e uma caixinha vermelha apareceu, Harry estava prestes a desmaiar quando
o mais velho abriu, e de diamantes Harry entendia muito bem, e aquele era
um anel enorme de diamante.

— Eu não sei se você irá gostar... eu gastei tudo que tinha aqui, e tudo bem
se você quiser trocar, afinal, não estamos fazendo nada da forma que você
sonhou. Você não noivou com alguém rico, que te pediu a mão em um hotel
luxuoso com uma vista linda de uma país milionário, não sei se é o anel que
você pensava que seria, mas eu te garanto que é de coração. E que eu tô me
tremendo demais aqui e você está vendo que eu estou gaguejando. É porque
eu não sei como pedir a alguém tão importante para mim que fique comigo
a vida toda. Eu pensei em milhões de formas de lhe pedir isso, milhões de
ideias se passaram na minha cabeça mas eu percebi que nada do que a gente
conquistou até hoje tiveram grandes planejamentos, e apenas fomos guiados
com a certeza que queríamos estar perto um do outro, e que precisamos um
do outro. Eu preciso de você, e estou pedindo não porque é apenas o seu
sonho, mas porque se tornou o meu também. Eu quero ficar com você pra
sempre, meu mimadinho. Casa comigo?

Harry estava chocado demais, ele imediatamente levantou da cama e


começou a andar de um lado para o outro, as mãos no rosto, Louis
conseguia notar como elas estavam encharcadas, e mesmo que Louis
soubesse que Harry era um garoto chorão, nunca o viu chorar tanto como
naquele momento, ficou até mesmo preocupado e se levantou, mas Harry
não parava de tremer, rondando o quarto desacreditado, Louis com suas
mãos tremendo na caixinha, sem saber o que fazer.

— V-Você tem c-certeza? Você n-não está b-brincando? — Harry perguntou


depois de um tempo, finalmente parando, mas ainda estando afastado,
mantendo aquela distancia entre eles. Totalmente abalado.

— Nunca brincaria com você, princesa. Eu tenho certeza absoluta.

Os minutos se passaram de forma sufocante para Louis, ele sempre foi tão
seguro de si mas naquela momento se sentiu um bobo com medo da
resposta de Harry, que, depois do momento de choque, veio.

— S-Sim... — Ele disse abafado com a mão na boca, que Louis mal
escutou, o mais novo abaixou as mãos e, com um sorriso mais lindo que
Louis já viu, correu até ele e pulou em seus braços. — Eu nunca pensei que
seria pedido em casamento em um hospital, tendo filhos primeiro, com uma
roupa nada elegante e com cara de sono. E sabe o que é melhor disso tudo?
É que não poderia ter sido mais perfeito. Se fosse de qualquer outro jeito,
não seria eu e você. E sabe que eu sonhei mais do que um casamento
luxuoso com alguém rico? Era com uma família com você, quando eramos
pequenos e brincávamos de casinha. Eu sempre quis que fosse você, e nem
quando eu era super arrogante e você super grosseiro que isso mudou. Eu
sempre sonhei que fosse com você, meu amor. Obvio que mil vezes sim.
Com certeza que sim! E com você eu caso até em uma capela pequena com
cheiro de cachaça em Vegas.

Ambos riram felizes, repletos de alegria transbordando e que radiava todo o


quarto, como se faíscas roxas de amor e paixão saíssem deles e qualquer um
que entrasse ou passasse perto notaria.

Eles deram o beijo mais amoroso de suas vidas. Que superou o primeiro
beijo da noite de 18 anos de Harry, o segundo após se irritaram, o terceiro, o
da segunda vez deles que concebeu os bebês, e qualquer outro durante o
namoro. Porque nesse havia o que tanto eles precisavam pra finalmente se
completarem: A certeza do amor de ambos. Eles amavam um ao outro e
nunca estiveram tão feliz em todas suas vidas. As lágrimas de ambos se
misturavam comprovando que o entrelace deles eram a junção do que era
alegria e amor juntos.

E, no meio a tantos beijos de amor, Harry estendeu a mão para Louis. Que,
naquele momento, percebeu que até mesmo a mão dele concebia uma parte
de seu amor, foi a visão mais linda que teve naquele dia, os dedos longos
bem esticados, o tremor da palma, as unhas com o esmalte rosa descascado,
e o anel entrando em seu dedo, o diamante brilhando ali, mas não mais que
os olhos de Harry para ele. E não havia nada que estivesse transbordando
ganancia, Harry olhava para o anel encantando porque significava que era
uma pequena amostra que viveria com Louis para sempre. Pois o mais
velho poderia lhe dar uma bijuteria que estaria tudo bem.

— Tem certeza que quer ficar pra sempre com uma mimadinho feito eu?
Você sabe que vou querer seu amor o tempo todo, não é? Que vou trata-lo
como uma preciosidade? — Harry perguntou com os olhos brilhando
demais.

— E isso será ruim aonde? Se eu amo tanto esse mimadinho carinhoso que
você é? E você? Tem certeza que irá casar com um sem classe como eu?

— Eu casaria com você mesmo se você pedisse pra aquele Harry que tinha
o orgulho maior que esse que você está vendo agora. Porque eu sempre fui
seu. Sempre.

E Louis sabia que eles seriam para sempre um do outro. Pois nada mais
importava. Nada fizeram eles não estarem ali, a classe, os temperamentos,
as implicâncias, os orgulhos. Nada.

Porque o amor sempre falou mais alto entre eles. Quando eram amigos,
inimigos, e, agora, um do outro. E ambos pensavam que a vida para ser boa
ela não será com planejamentos que talvez em nossa cabeça sejam bons,
mas que não são pro nosso coração.

No final, não adiantou Harry crescer sendo um mimadinho que deixava o


orgulho falar mais alto por conta do dinheiro e que achava que tudo que
fosse menos que ele era descartável, que planejou coisas fúteis ao seu redor
pra garantir uma estabilidade falsa para enganar o que realmente seu
coração queria. Planos completamente perfeitos em sua mente de como
seria uma vida luxuosa durante todos os seus anos, para viver seu sonho de
princesa. E que no final, se deu conta que para ser uma princesa não
precisava de dinheiro, status e classe. Precisava de amor. E isso Louis lhe
deu.

E no final, não adiantou Louis fugir de seus sentimentos e deixar seu


orgulho falar mais alto do que sentia, não adiantou dormir noites fora da
mansão pra não pensar no mais novo. Batidas em rachas não faziam seu
amor por ele estraçalhar também. Seus rabiscos raivosos na parede não
demonstravam ódio a ele. Seus saltos em bungee jumping não fazia o vento
levar sua paixão por ele embora. Porque era Harry. E ele não precisava de
nenhuma outra aventura pra o distrair do amor que sentia dele. Harry foi
sua maior aventura. E sabia que continuaria sendo e que teria uma vida
maravilhosa ao lado dele e dos gêmeos. Harry era mais emocionante que
uma queda livre, era mais impactante que carros se batendo, tinha mais
cores que tintas em paredes, e fazia seu coração acelerar mais que sua moto
a 80km/h. E nada do que já viveu seria tão memorável que a vida que teria
com Harry.

Ele era a a maior aventura possível.

Harry era a vida que viveu e iria se lembrar.

Fim.
unspoken confessions

Olá, meus anjos. Não, não é um bônus kkkkkk me desculpem :(

Só vim aqui avisar que postei uma nova fic. Se chama "unspoken
cofessions" e tá aqui no meu perfil do wattpad. Espero que vocês gostem
♡♡♡♡♡♡

Sinopse:

É uma lei da matemática, duas retas paralelas não se cruzam. Ou melhor, se


cruzam no infinito. Essa é uma história de polos opostos, de diferenças, de
infinito e impossível convergindo no mesmo ponto chamado amor.

Ou aquela onde, em meio ao desespero e a fome, Harry Styles esquece de


seus princípios e resolve assaltar uma casa com seus amigos, ele só não
sabia que o dono apareceria, e que justo esse dono era Louis Tomlinson, um
policial.

Você também pode gostar