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Trazendo-o para a Terra

Charlie Richards

Um passeio normal no trem monotrilho oferece ao homem


oportunidades fantásticas... se ele estiver a postos o suficiente para
aceitá-las.
Cory Porter usa o monotrilho para ir ao trabalho diariamente.
Depois de fazer uma parada extra para que possa pegar comida para um
amigo doente, é abordado por um homem incrivelmente bonito,
Benjamin Sturgis.

Ele cede à tentação e aceita um encontro com Benji. No seu


caminho para encontrá-lo no restaurante, no entanto, vê o que parece
ser um assalto errado em um beco... e o reconhece bem no meio das
coisas.
Cory pode aceitar que as coisas nem sempre são o que
parecem, ou cortará Benji de sua vida... bem como as extraordinárias
implicações que isso poderia lhe oferecer?
Capítulo 1

Cory Porter assobiou suavemente para si mesmo quando saltou


do Monotrilho. Virando-se para a esquerda, desceu rapidamente o
quarteirão.

Chegou ao meio-fio e sorriu quando percebeu que chegara a


tempo de fazer a travessia.

Ao avistar a padaria que queria, ele apressou-se.


Assim que abriu a porta, os deliciosos aromas de pão assado
encheram suas narinas. Inspirou profundamente enquanto caminhava
para dentro, com a boca cheia de água.

Lambendo os lábios, passou o olhar sobre o menu do quadro-


negro da padaria.
Yum! Talvez devesse pegar um pão francês.
Com ideias de fazer pão de alho dançando em sua mente,
entrou na fila. Ele sorriu para o cara fofo atrás do balcão quando chegou
sua vez, Todd segundo o crachá, mas não estava realmente interessado
no homem, muito jovem. Preferia que seus homens fossem maiores,
mais velhos... e com a capacidade de fazer crescer pelos faciais.
Dando-se um tapa mental em seus pensamentos, e pensando
que talvez tenha sido muito tempo desde que esteve em um encontro,
fez seu pedido ao jovem.

─ Uma tigela grande de ensopado de frango, outra de feijão,


peru, meia dúzia de biscoitos cheddar e um pão francês, por favor.
Todd sorriu amplamente enquanto repetia a ordem, verificando
se tinha tudo correto. Assim que confirmou a comida, ele lhe passou o
total. Pagou, depois o observou ensacando os biscoitos e o pão francês.
Depois de colocar aquelas sacolas no balcão, Todd voltou para a
janela que separava a frente da cozinha. Colocou as duas sopas, que
estavam em tigelas com tampas de plástico, dentro do saco de papel e
voltou ao balcão. Depois de colocar tudo em um saco de papel maior,
deslizou em direção a ele.
─ Espero que você goste. ─ Todd falou, ainda sorrindo. Ele já
estava se voltando para o próximo cliente, no entanto.
Não ficou ofendido. O lugar estava ocupado e enchendo mais a
cada minuto depois das cinco horas. Ele não era o único que apreciava
suas ofertas fantásticas, afinal.
Uma vez fora da padaria, abriu a bolsa e respirou fundo. Não
estava com fome, mas sua boca salivou de qualquer maneira. Tudo
cheirava delicioso.
Depois de enrolar o topo do saco de papel firmemente na
esperança de manter a sopa quente, verificou a hora em seu telefone. E
percebeu que poderia pegar o próximo monotrilho. Andando de volta
pelo caminho que veio, se esquivaria de outros pedestres.
Quase perdeu o trem, deslizando pelas portas antes que elas
pudessem se fechar. Olhando ao redor, viu alguns lugares vazios perto
do meio do carro e caminhou em direção a eles. Se estabeleceu em um,
de costas para as janelas. Colocando sua bolsa no chão entre seus pés,
descansou o saco de papel em seu colo.
Então relaxou, apreciando o leve balanço do carro. Sempre
achou a sensação reconfortante. Colocando a cabeça para trás, pensou
em seu amigo doente.
Kristof Merrill tinha sido um dos seus melhores amigos desde a
escola primária. Ele tinha um caso de mono. Enquanto ouviu falar sobre
a doença do beijo e eles provocaram o amigo sobre isso, Kristof jurou
que não estava beijando ninguém.

Bem, ele resmungou sobre isso, realmente.


Junto com Riley Wisner e Stefan Renaldo, os quatro faziam tudo
juntos. Eles eram inseparáveis. Unir-se por ser gay os forjara a formar
uma família, especialmente quando as famílias de Kristof e Cory os
rejeitaram.
Os tempos estavam mudando, no entanto.
Quando eles foram para Steamboat Springs para uma viagem
de esqui, Stefan acabou quebrando a perna. Ele conheceu um homem
que alegou ser o amor de sua vida, Kazeem Lefevre. Cory ainda achava
que o veredicto estava fora. Fazia apenas alguns meses, afinal de
contas.

Ainda assim, seu amigo sempre parecia feliz e otimista ao


telefone, mais ele se entusiasmou com seu amante recluso e como
cuidava bem dele.
Stefan tinha até dito a Cory que Kazeem o encorajara a
conseguir um emprego apenas se isso o fizesse feliz. Agora que sua
perna estava curada, ele disse que às vezes se sentia como um
aproveitador. Evidentemente, Kazeem o estava sustentando.
Um papaizinho. Cara de sorte.
O trem parou e Cory se concentrou nos passageiros. Depois de
ser incomodado por ser gay algumas vezes no passado, certamente não
tentava esconder sua orientação sexual, e aqueles que olhavam podiam
conectá-lo imediatamente, ele sempre prestava atenção.

Não era um covarde, mas não era estúpido também. Podia


identificar o tipo violento imediatamente, assim se moveria para se
sentar em meio a pessoas de negócios mais velhas.
Isso geralmente mantinha os idiotas longe.
Felizmente, ninguém tocou seu radar fanático.
Quando o trem começou a se mover novamente, mais uma vez
relaxou. Pegou o telefone e mandou uma mensagem para Kristof,
deixando-o saber que estava a caminho e que deveria chegar ao seu
apartamento em cerca de vinte e cinco minutos. Assim que clicou em
enviar, percebeu que alguém estava escorregando para o assento ao
lado dele.
Merda! Eu deixei passar um intolerante?
Olhando para a esquerda, deu uma olhada rápida no homem. O
estranho parecia mais velho, talvez em seus trinta e poucos anos. Ele
usava um bom jeans e um casaco esportivo preto. Cory só podia ver o
topo de uma camisa de botão verde embaixo dele.
O homem tinha cabelos escuros curtos e ostentava um
cavanhaque bem aparado.

Ele também estava sorrindo. Seus olhos castanhos estavam até


brilhando enquanto olhava para cima e para baixo na forma sentada de
Cory em leitura aberta.
Levou tudo nele para não ficar de boca aberta. Contendo-se, ele
levantou uma sobrancelha e perguntou;

─ Posso ajudá-lo?
O estranho sorriu largamente, exibindo dentes brancos.

─Me desculpe. Eu certamente estou fazendo tudo errado, mas


você é impressionante. ─ Ele olhou Cory mais uma vez, não fazendo
nada para esconder o brilho de interesse em seus olhos. Quando
encontrou seu olhar novamente, ele estendeu a mão. ─ Sou Benjamin
Sturgis. Por favor, perdoe minha presunção, mas você estaria disponível
para o jantar?
Com isso, não conseguiu impedir que seus lábios se separassem
de surpresa. Ele instintivamente estendeu a mão e pegou a mão do
homem. Quando sentiu os calos de Benjamin deslizarem pela palma de
sua mão, seu corpo respondeu ao homem bonito sentado ao lado dele,
aquecendo-o de dentro para fora.
─ Uh, você está falando sério? ─ Certamente de jeito nenhum
algum estranho iria se sentar e pedir-lhe um encontro. ─ De jeito
nenhum você está falando sério.
─Eu estou, na verdade. ─ Benjamin levantou a mão de Cory, já
que não a tinha libertado ainda. ─Muito sério. ─ Ele pressionou um beijo
nas costas da mão, então piscou enquanto abaixava sem soltá-lo. ─ Já
viu o filme Vingadores?
Confuso com a mudança repentina, franziu o cenho.

─Uh, sim. ─ Ele limpou a garganta, em seguida, admitiu; ─Um


dos meus favoritos.
Benjamin assentiu, sorrindo.

─Meu também. Você conhece essa parte no final, onde o


Homem de Ferro quer dar uma olhada no shawarma1 ? Desde então, eu
queria experimentar e, como estou de férias, encontrei um lugar no
centro que o possui. Quer vir comigo? ─ Benjamin apertou a mão de
Cory quando acrescentou; ─ Sem besteiras. Nos encontraremos no

1 - é um prato originalmente do oriente médio, composto de fatias finas de carne de carneiro ou frango, assada em um espeto vertical e servidas no pão árabe com legumes,
homus, labneh e outros acompanhamentos
restaurante, se isso o fizer se sentir mais confortável.
Pensou rapidamente. Poderia confiar no homem?

Ele disse que eles poderiam se encontrar lá. Não era como se
não pudesse sair quando quisesse, se Benjamin acabasse sendo um
idiota. Além disso, poderia deixar seus amigos saberem aonde estava
indo, por segurança.
Quando foi a última vez que fui a um encontro, afinal?
─Certo. ─ Imaginou que poderia ser um erro, mas não resistiu.
Benjamin era quente, e ele empurrou seus botões. ─Uh, onde é esse
lugar shawarma?
Na verdade, tinha pensado a mesma coisa toda vez que viu o
filme.
Benjamin sorriu largamente para ele quando finalmente o soltou
e puxou seu telefone. Ele cutucou a tela por alguns segundos antes de
segurar o telefone.

─Já andou por aqui?


Cory olhou para ele e balançou a cabeça.

─Não. ─ Ele puxou o aplicativo de mapas em seu próprio


telefone e entrou na informação do restaurante. Depois que salvou,
sorriu para o seu encontro. ─Que horas?
─Eu suponho que você está a caminho de casa do trabalho. ─
Benjamin olhou para sua bolsa e mochila. ─Que tal sete e meia? Você
pode chegar lá então?
Fazendo uma estimativa rápida em sua cabeça, ele adicionou o
tempo necessário para uma curta visita a Kristof, sua volta para casa, se
limpar, depois voltar para a cidade e para o restaurante. Assentiu
lentamente. Ainda bem que não vivia muito longe da cidade.
─Sim. ─ Assentiu. ─Sim, eu posso fazer isso. Sete e meia.
─Estou muito satisfeito. ─ Respondeu Benjamin. ─E por favor,
me chame de Benji.
Cory assentiu.

─Benji.
Os lábios de Benji se abriram em um sorriso irônico.

─Entããoo, isso significa que eu posso ter seu nome e número


de telefone?
Sorrindo, assentiu.

─Claro. ─ Ele viu que sua parada estava próxima, então colocou
o telefone longe e trocou o saco e a alça de sua bolsa em preparação
para subir. ─Meu nome é Cory Porter, e se for um bom encontro, eu lhe
darei meu número.
─Oh, um desafio. ─ Benji parecia extremamente satisfeito com
essa perspectiva. ─Nesse caso...
Benji estendeu a mão e embalou seu queixo. Antes que pudesse
reagir, seu encontro se inclinou e plantou um beijo suave em seus lábios.
Acabou quase antes de perceber que havia acontecido, e Benji o soltou e
relaxou em seu assento.
Com os olhos escuros brilhando, Benji ronronou ao declarar;

─Só para nos fazer começar. ─ Ele piscou. ─Vou vê-lo hoje a
noite.
Cory riu suavemente, choque e excitação surgindo através do
seu sistema.

Ele assentiu silenciosamente quando o trem parou, e se


levantou. Sentindo o calor em suas bochechas, falou;
─Vejo você mais tarde.
─Estou ansioso para isso.
Com uma mola em seu passo, seguiu pela rua.

Capítulo 2

Cory Porter.
A primeira coisa que Benji fez depois de ver Cory saindo do
vagão do monotrilho foi lamber seus lábios e saborear o sabor masculino
do humano. Maravilhoso!

Em seguida, fez uma busca pelo endereço do humano.


Encontrou três, o que não o surpreendeu. Como shifter, não seria difícil
descobrir qual deles era o certo.
Tudo o que tenho a fazer é ir e cheirar a área. E vou poder
sentir o cheiro de Cory.

Deuses, depois de todos esses séculos, encontrei meu


companheiro!
Não conseguia esconder sua alegria e sabia que estava sorrindo
como um idiota.
Algumas pessoas no trem até lhe deram sorrisos divertidos. Um
cara zombou, mas um olhar seu o fez desviar o olhar. Ele voltou a sorrir.
Como um dragão shifter de setecentos anos ou mais, estava
sozinho há muito tempo. Tinha quase perdido a esperança de encontrar
seu companheiro, seu primeiro e único, a outra metade da sua alma. Os
dragões não envelhecem e morrem como outros paranormais, então ele
antecipou estar sozinho por muito tempo.
Agora eu não vou estar. Cacete.
Saindo do trem, seguiu pela rua até o hotel. Assim que chegou,
sua primeira parada foi na recepção. Mudou sua estadia para mais
alguns dias, já que não havia como saber quanto tempo levaria para
conquistar seu humano.
Introduzir os seres humanos para o mundo paranormal poderia
ficar um pouco pegajoso às vezes, especialmente se eles entrassem em
pânico e corressem.
Esperando e rezando para que isso não acontecesse, agradeceu
a mulher na recepção, em seguida, foi ao seu quarto. Ele tinha mais de
duas horas para matar. Como qualquer dragão que tenha encontrado seu
companheiro, decidiu usar esse tempo para caçar.
Pegou o laptop na mesinha de centro e se reclinou no sofá.

Nos dias de hoje, a caça assumiu uma tática ligeiramente


diferente. Não podia percorrer o campo em busca de um cheiro. Em vez
disso, procuraria pela internet.
Digitando o nome e a localização de Cory, classificou os hits e
escolheu um link para o Facebook. Ergueu uma sobrancelha enquanto
olhava para fotos em miniatura. Algumas das coisas que as pessoas
usavam como fotos de perfil eram estranhas.
Um unicórnio com um arco-íris saindo de sua bunda, realmente?
Bufando, continuou a rolar. Viu uma miniatura que era uma
provável candidata e clicou nela. Não estava certo, então ele recuou.
Rolou um pouco mais. Fez uma pausa e apertou os olhos,
inclinando-se mais perto da tela. Uma pequena foto de quatro jovens
com os braços ao redor do ombro um do outro chamou sua atenção.
Clicou nela, e quando ficou maior, percebeu que tinha encontrado seu
companheiro.
A imagem parecia ser de Cory com seu círculo íntimo de
amigos.
Durante a hora seguinte, passou por publicações e comentários
públicos, bem como pelos sites de seus três amigos, Riley, Kristof e
Stefan.

Parecia que Kristof estava com mono, e os caras estavam


fornecendo comida para ele. Na verdade, havia um post novinho em
folha no perfil dele sobre a sopa fantástica que Cory lhe trouxera naquela
noite. Lembrou do saco de papel que estava no colo do seu
companheiro.
Hã. Cory estava levando essa comida para seu amigo.
Quando alcançou o último amigo, Stefan, sua mandíbula se
abriu enquanto olhava para uma foto recente.

─Oh, meu maldito Deus! ─ Conhecia o companheiro de Stefan.


─Kazeem. É esse o nome pelo qual ele está respondendo hoje em dia?
Bem, sabia que poderia ter sido uma palavra forte. No entanto,
o mundo dos shifters dragão não era tão grande assim. Uma vez,
conheceu Kazeem como Kayzon.
─Então, o amigo de Cory é acasalado com um dragão.
Colocou o laptop na mesinha de centro e se esticou. Ergueu os
braços sobre a cabeça e gemeu suavemente enquanto se contorcia,
tentando resolver as dobras causadas por ficar sentado em uma posição
desconfortável por muito tempo. Com a cabeça esticada para trás, ele
sorriu para o teto.
Chegando a uma decisão, levantou-se do seu assento.

─Acho que vou falar com ele. Espero que não precise da ajuda
de Kayzon, Kazeem, mas é melhor prevenir do que remediar.
Foi até a mesa da sala de jantar e pegou o telefone. Depois de
mandar uma mensagem para seu irmão, Sarna, contando-lhe a
fantástica notícia, ele passou por seus contatos.

Encontrou o número para Kayzon e discou. Foi para uma


mensagem de voz, mas reconheceu a voz profunda dele.
─Kayzon, aqui é Benjamin Sturgis. Já faz muitos anos, mas
espero que lembre de mim. Parabéns por encontrar seu companheiro. Eu
descobri recentemente que meu próprio companheiro é Cory Porter, um
dos amigos de Stefan. Espero que, se eu tiver problemas, possa obter
sua ajuda. Muitas felicidades.
Ele terminou a ligação e desligou o telefone.
Vendo a hora, percebeu que precisava se mexer.

─O tempo voa quando você está se divertindo. ─ Ele murmurou,


indo para o banheiro.
Minutos depois desceu para a calçada, indo em direção ao
restaurante. Estava um pouco adiantado, mas seu dragão estava
inquieto, forçando-o a sair do seu quarto. O ar fresco da noite da
primavera o ajudou a manter sua fera calma... junto com a promessa de
que veria seu companheiro novamente em breve.
Parando na esquina da rua, esperou que a luz do farol mudasse.
Não precisou esperar muito. Passeando pela faixa de pedestres, avistou
a placa do restaurante à frente.
Seu estômago roncou, e ele sorriu em antecipação... mais de
estar com Cory em vez de comida.
Sentiu um par de mãos sobre ele, depois foi empurrado para o
beco.

Sentindo o sempre leve indício de enxofre, percebeu que um


dos machos que o empurrava era um dragão de fogo. O outro não
carregava um cheiro, mas ele sabia que era um dragão, no entanto.
Seu próprio dragão sibilou de raiva com a intrusão.
Na mesma página com sua fera, fingiu tropeçar, dando a ele a
chance de cair e rolar. Quando levantou, tirou a jaqueta de couro. Girou,
abrindo os braços defensivamente. Enfrentando os dragões na pele
humana, olhou entre eles.
─Algo que eu possa ajudá-lo, senhores? ─ Perguntou com um
grunhido. ─Ou vocês dois estão precisando de uma bunda?
─Diga-nos onde seu irmão está se escondendo, e nós vamos
deixar você ir.
Passou o olhar pelo falador, um homem ruivo e magro. Esse
seria o dragão de fogo, então.
─Meu irmão? ─ Ofereceu-lhes um sorriso feroz. ─Você terá que
ser mais específico. Eu tenho alguns.
Seus pais tinham sido reprodutores bastante prolíficos, o que
era raro para um casal de dragões. Ele tinha cinco irmãos. Ele tinha três
irmãos e duas irmãs.
─Dagskon. ─ O outro homem respondeu. Sua voz mais aguda
traiu sua raça. ─Onde está Dagskon?
Um dragão do ar. Interessante.
Eles normalmente ficavam fora dos assuntos de outras pessoas.
Então, eles estão procurando pelo meu irmão dragão de fogo.
O pai de Benji era um dragão de terra, como ele, mas sua mãe
era um dragão de fogo, impetuoso e temperamental... como Dagskon. E
Skitnesh também chegou a pensar nisso. Seus pais haviam criado quatro
dragões terrestres e dois dragões de fogo, um macho e uma fêmea. Os
dragões de fogo, naturalmente, tinham sido mais difíceis para seus pais
educarem, colocando muitos cabelos grisalhos na cabeça do seu pai.
Eles eram familiares, no entanto.
Rindo friamente, afirmou;

─Você precisará de muito mais do que apenas dois de você para


que eu traia a família.
Com rosnados ferozes gêmeos, os dois homens saltaram para
ele.
Benji mergulhou imediatamente para a esquerda,
transformando as mãos em garras enquanto avançava, estendendo as
escamas para os braços em busca de proteção.

O movimento o fez passar pelo dragão de fogo, e Benji partiu


com suas garras direitas enquanto avançava. Um rugido de dor ecoou
pelo ar da noite quando ele se levantou.
Dor cortou o lado de Benji, fazendo-o girar para a direita, o que
o moveu diretamente para o caminho do próximo ataque do dragão de
fogo.

Agindo por instinto, desenrolou suas asas de suas costas,


rasgando sua camisa com um som áspero de rasgadura quando pulou.
Usou suas asas recém-abertas para carregá-lo sobre o dragão vermelho,
batendo o pé na cabeça do shifter no processo.
Aterrissou agachado, com as mãos com garras prontas
enquanto observava seus oponentes. O vermelho tinha tropeçado no
dragão do ar, e ambos estavam ficando de pé. Ele olhou para o par
enquanto murmuravam suavemente juntos, lendo seu comportamento e
linguagem corporal.
Se perguntou se eles renovariam o ataque ou fugiriam.
Pegando um cheiro familiar e inebriante, deu meia volta. Ele viu
alguém, alguém muito familiar, parado na abertura do beco.
─Benji?
─Cory. ─ Benji chamou. ─Fique atrás.
Sua segunda distração quase o fez perder o ar do dragão antes
que o shifter corresse em sua direção. Benji envolveu suas asas e girou,
batendo o dragão do ar de lado. Ao mesmo tempo, o cortou com suas
garras novamente.
Assim que sentiu uma onda de prazer ao ouvir o grito de dor do
dragão do ar, Benji ouviu um grito diferente.

O barulho não era de dor.

Terror, talvez. Surpresa, definitivamente.


Olhou para o beco e viu que Cory tinha a mão sobre a boca, e
ele aparentava como se tivesse visto o próprio diabo. Então Cory se
virou e correu.
Antes que pudesse persegui-lo, a dor em seu ombro o lembrou
de seus oponentes. Especificamente, o dragão vermelho que acabou de
ataca-lo.
Recolocando a cabeça na luta, retornou à batalha. Sua raiva ao
ver o medo do seu companheiro o alimentou, e ele fez um rápido
trabalho com seus oponentes.

Não demorou muito para mandá-los correr.


Dolorido e sangrando por alguns arranhões, os observou
desaparecerem. Sabia que precisava entrar em contato com seu irmão e
logo, mas primeiro tinha um companheiro para rastrear.

Precisava ter certeza de que Cory chegaria em casa com


segurança, no mínimo.
Depois de recolher suas asas e devolver suas garras às mãos,
pegou sua jaqueta de couro descartada e a vestiu. Passou os dedos
pelos cabelos, tornando-se apresentável para a interação humana,
depois saiu do beco.
Primeiro, verificar Cory.

Segundo, conseguir alguns conselhos malditos.


Não era assim que eu queria introduzi-lo a paranormais e
dragões.
Capítulo 3

Cory disse que estava doente para não ir trabalhar. Não deveria
ter feito isso, mas não queria arriscar encontrar Benji no trem.

Estava preocupado que o homem o tivesse seguido até em casa,


sentiu como se estivesse sendo observado durante toda a noite. Apesar
de não ter visto ninguém quando olhou pela porta e janela.
Ele ficou em casa e limpou. Normalmente odiava a limpeza de
primavera.

Naquele momento, porém, precisava desesperadamente da ação


calmante e terapêutica de esfregar algo para aliviar a cabeça.
Era melhor do que ficar a noite toda inquieto, pensando
obsessivamente sobre um homem sexy.
Nossa, tão louco!
Seu pau ficou realmente dolorido de tantas vezes que precisou
se aliviar.
Esfregando o chão da cozinha, se concentrou em limpar as
manchas.

Como ele não as notou antes? Afundou a escova no balde de


água, depois voltou a tirá-lo, espalhando espuma de sabão pelo linóleo.
Cantarolou junto com o CD que tinha em seu aparelho. A pedra
macia ofereceu-lhe uma batida suave enquanto movia o braço. Além
disso, ele sabia todas as músicas de cor, cantando junto aumentando a
sua diversão.
Quando terminou o chão da cozinha, foi para o banheiro.
Limpou até mesmo atrás do vaso sanitário e enxugou também. Quando
terminou, cada centímetro de porcelana brilhava.
Depois disso, se lembrou da venda de garagem que o bairro da
mãe de Riley fazia em cada primavera.

Separou em seu armário todas as coisas que ele não usava


mais, mas que ainda estavam em boas condições. Em seguida,
vasculhou as estantes de livros e o resto do apartamento procurando
itens que estavam só ocupando espaço.
Encheu uma caixa com livros e bugigangas. Também encheu
dois sacos de lixo com roupas. Colocando-os perto de sua pequena mesa
de café da manhã, olhou em volta mais uma vez.
Antes que pudesse decidir o que fazer a seguir, o som da
campainha do seu apartamento encheu o ar.

Congelou, ansiedade pulsando através dele.

Teria Benji encontrado ele, afinal de contas?


Não, estou sendo ridículo. Ele nem tem o meu número de
telefone. Como poderia me encontrar?
Passando pela caixa perto da porta, apertou o botão do
interfone e perguntou;

—Quem é?
—Ei, Cor, sou eu. — A voz de Riley veio através do interfone. —
Posso subir?
—Sim.
Apertou o botão que destrancou a porta da frente do complexo
de apartamentos, depois destrancou a sua porta. Descobrindo uma
sujeira em seu braço, foi até a pia da cozinha e se lavou, esfregando as
mãos, os braços, o pescoço e o rosto.
Enquanto estava secando as mãos, ouviu a porta abrir. Ele se
virou e viu Riley entrar em seu apartamento. Vendo a bolsa com o
logotipo de uma fast food próxima nas mãos de Riley, sentiu seu
estômago roncar, e percebeu que não tinha comido nada desde o copo
de suco de laranja que bebeu naquela manhã.
Oops!
—Hey! — Riley falou enquanto olhava Cory de cima em baixo,
seus olhos azuis se estreitaram. —Eu liguei para o seu trabalho, e eles
disseram que você ligou dizendo que estava doente.— Suas sobrancelhas
estavam franzidas quando ele cruzou a pequena mesa de jantar de Cory
e largou a sacola. —Mas você obviamente não está doente. — O olhar de
Riley pousou na caixa e nas sacolas. —Hum, o que está acontecendo?

Sentindo suas bochechas esquentarem, encolheu os ombros.

—Uh, apenas a limpeza de primavera. — Ele apontou para a


caixa e as sacolas. —Eu juntei um monte de coisas para a venda de
garagem da sua mãe.
Riley olhou para os itens indicados, depois voltou sua atenção
para Cory.

—Uh huh. — Ele levantou uma sobrancelha e cruzou os braços


sobre o peito magro. Com a mesma rapidez, suspirou e baixou os
braços. —OK. Estou com fome e trouxe sanduíches da loja que você
ama.
Puxando uma cadeira, Riley se sentou e começou a tirar tudo da
sacola.

—Então, sente-se e me diga o que diabos está acontecendo com


você. — Deslizou um sanduíche embrulhado em papel em direção ao
lugar à sua direita, a cadeira que estava mais próxima de onde Cory
estava.
—Kristof disse que você não ficou na casa dele ontem porque
você estava correndo para um encontro. No começo, eu pensei que
talvez você tivesse decidido fazer uma festa do pijama. — Riley balançou
as sobrancelhas sugestivamente. —Mas eu acho que você não levaria um
cara para casa no primeiro encontro.
Quando Cory puxou sua cadeira, então se acomodou, Riley
desembrulhou seu sanduíche e continuou falando.

—Então pensei que talvez você tivesse pego a mono de Kristof


ou algo assim, mas obviamente. — Ele acenou com a mão, indicando o
apartamento impecável. —Que esse não é o caso, também. — Riley
pegou seu sanduíche, mas antes de dar uma mordida, ele bateu os cílios
e acrescentou; —Então... lindo. O que se passa contigo? Deixe o Riley
fazer tudo ficar bem.
Suspirando, Cory pegou seu sanduíche e deu uma mordida.

Ele suspirou de prazer quando os sabores requintados de peru e


legumes, completos com brotos, que amava, mas que não estavam
sempre disponíveis, estouraram em sua língua. Seu estômago roncou
novamente, então ele rapidamente mastigou e engoliu antes de dar
outra mordida.
Riley não comentou. Ele apenas comeu e observou-o.
Depois que Cory consumiu metade de seu sanduíche, ele
admitiu;

—Se eu disser, você vai pensar que sou louco.


Sorrindo, Riley deu de ombros.

—Tudo bem. Eu te amarei de qualquer maneira.


Rindo, apreciando a leviandade de seu amigo, ainda estava
relutante em explicar.

—Uh, sim, eu estava conhecendo um cara, Benji, íamos a um


encontro, mas, bem… — Ele fez uma pausa e limpou a garganta,
tentando organizar o que ele tinha visto em sua mente. Esteve evitando
isso o dia todo, não querendo pensar no absurdo do que ele tinha visto.
—Eu vi Benji em uma briga no beco. Parecia que um par de caras estava
tentando assaltar ele, mas... eles não eram caras. Eles eram algo
diferente. Benji tinha algo mais.
Riley colocou o último quarto de seu sanduíche e pegou um
guardanapo, limpando as mãos.

—Hum, você pode explicar melhor isso? — Suas sobrancelhas


estavam franzidas, e Cory não podia dizer se seu amigo estava
acreditando nele. —O que você quer dizer com algo?
Depois de limpar a garganta novamente, tentou descrever o que
tinha visto. O beco não estava iluminado, mas havia luz suficiente
filtrada da rua para ele ver. Também havia refletido estranhamente nos
olhos dos três homens, como nos de um animal.
—Asas. — Cory sussurrou. Ele baixou a cabeça, mas olhou para
o amigo por debaixo dos cílios. —Todos os três tinham asas saindo de
suas omoplatas. E suas mãos eram garras. — Ele arriscou um olhar para
Riley. —Como garras reais, com essas pontas afiadas pretas reluzentes.
Eu... — Cory voltou seu foco para seu sanduíche. —Eu não posso nem
explicar o quão estranho foi.

Riley ficou quieto por um longo momento.


Cory não se incomodou em dizer nada. Em vez disso, decidiu
terminar seu sanduíche. Assim que terminou, levantou-se, depois foi até
a geladeira e pegou duas garrafas de água. As levou para a mesa e
colocou uma na frente de Riley quando retomou seu assento.
Finalmente, Riley perguntou;

—Você tem certeza de que as asas não eram como capas ou


sobretudo ou algo assim? — Ele se mexeu um pouco em seu assento,
deixando claro seu desconforto. —Quero dizer, as garras poderiam ser
luvas, certo?
—Eu sabia que você não acreditaria em mim. — Cory murmurou
antes de colocar a garrafa na boca e tomar um grande gole. Inferno,
sabia o que tinha visto, e ele mal podia acreditar.
—Bem, hum, é apenas. — Riley fechou a boca quando inclinou a
cabeça. —Como pode…
Quando Riley não terminou esse pensamento, Cory encolheu os
ombros. Ele sabia exatamente como seu amigo se sentia. Era além do
louco.
—Então, o que ele disse sobre isso?
Cory olhou boquiaberto para o amigo.

—Dizer? Eu não fiquei lá para perguntar.


—Oh. — Estranhamente, Riley parecia desapontado. Abaixando
a cabeça com as sobrancelhas franzidas, seu amigo pareceu confuso. —
Então, como você vai saber o que realmente era?
Rindo ironicamente, sacudiu a cabeça.

—Eu não preciso saber o que era. Eu só quero evitar Benji e


esquecer tudo isso.
—Você quer esquecer um cara gostoso que estava totalmente
na sua?
Cory olhou para o amigo sem acreditar.
Riley riu.

—Bem, você contou para Kristof, que me disse.


Antes que tivesse que responder, seu telefone tocou.

Grato pela distração, olhou a tela e sorriu, vendo o número de


Stefan. Não tinha falado com seu amigo em uma semana ou mais.
Clicou para aceitar a chamada e ligou o viva voz.

—Ei, Stefan. — Ele cumprimentou. —Você me pegou e Riley.


Estamos terminando o jantar. Como você está? Ainda feliz com o seu
homem da montanha?
—Extremamente feliz. — Stefan respondeu, embora seu tom
soasse um pouco fora. —Então, uh... eu realmente liguei para falar sobre
você conhecer Benjamin Sturgis, mas se todos vocês estão ocupados,
você pode me ligar mais tarde.
Cory abriu a boca, depois fechou de novo, sem saber como
responder.
Parecia que Riley não tinha esse problema, porque ele
ansiosamente perguntou;

—Como você conheceu Benjamin?


—Bem, eu não conheço. — Respondeu Stefan. —Mas Kazeem
conhece. Benji ligou para cá para falar com ele sobre você, Cory. — Seu
tom se tornou brincalhão enquanto ele continuava. —Parece que Benji
ficou muito interessado em você.
—Bem, uh… — Cory começou, tentando responder.
Ao mesmo tempo, Riley disse animadamente;

—Puta merda! Kazeem conhece Benji? — Ele bateu no braço de


Cory. —Talvez Kazeem possa explicar as asas e as garras que você
pensou que viu.
—Você disse a Riley sobre isso? — Stefan parecia preocupado.
—Bem, sim. — Cory não entendeu. —Ele trouxe o jantar e eu
expliquei por que me assustei. Você não viu... oh meu deus. Você viu
algo assim?
—Uh... bem, eu definitivamente tenho uma explicação, mas eu
acho que você deveria ouvir isso de Benji, então... eu dei a ele o seu
número de telefone e endereço.
—Você o quê? — Cory gemeu, chocado com as palavras de
Stefan. —Você não fez isso.
Certamente Stefan estava dando a deixar.
Como se por sugestão, alguém bateu em sua porta.
Assustado, Cory só podia olhar quando Riley se levantou para
atender.

Capítulo 4

De sua posição no corredor, Benji estava ouvindo a conversa de


Cory e Riley por vários minutos. Sua audição paranormal e sensível
facilitou. A porta não era tão grossa, afinal. Tinha sido capaz de entender
tudo o que Stefan havia dito, graças ao telefone estar no viva-voz.
Um pequeno bônus.
Estremeceu quando Cory descreveu o que ele viu para Riley.
Enquanto seu companheiro não estava errado, ele não poderia ter seu
humano compartilhando isso com todos. Ele percebeu que deveria ter
chegado mais cedo.
Pena que tivesse recebido uma ligação de Dagskon no pior
momento.
Mentalmente deixando de lado os problemas do seu irmão, se
concentrou no som de alguém vindo até a porta. Ele podia sentir que
não era Cory. Olhando para o loiro humano, percebeu que tinha que ser
Riley, então ele ofereceu-lhe um sorriso caloroso.
—Boa noite. — Benji cumprimentou baixinho. —Estou
procurando por Cory. — Sem esperar, ele desviou sua atenção do
homem mais baixo em pé diante dele e espiou por cima do ombro do
sujeito.
Cory estava sentado em uma pequena mesa, olhando para ele
com os olhos arregalados.

—Por favor, você vai me dar uma chance para explicar as


coisas? — Ele olhou para a esquerda e para a direita no corredor do
apartamento, verificando que ainda estava claro. —Em particular?
—Sim. — Cory levantou-se da mesa. Uma mão segurava uma
garrafa meio cheia de água enquanto a outra segurava as costas da
cadeira. —Entre.
Quando avançou, Riley deu um passo para o lado, dando-lhe
espaço. Benji parou por tempo suficiente para estender a mão e se
apresentar. Ele não queria ser rude com os amigos de Cory. Ele tinha
ouvido falar que Kazeem havia cometido esse erro e acabara tendo que
seguir seu companheiro por toda a cidade para conquistá-lo.
—Prazer em conhecê-lo. — Respondeu Riley.
Seus olhos azuis exibiam um brilho de interesse excitado em
vez de medo. Isso foi bom. Pelo menos um humano estava aberto à ideia
do paranormal. Ou isso, ou Riley ainda não acreditava em uma palavra e
esperou ver um truque de salão.
Garoto ele ficará surpreso se for esse o caso.
Voltou seu foco para Cory quando ele soltou a mão de Riley. Ele
apreciou a aparência um tanto desleixada do seu companheiro.

Cory estava vestido com uma calça de moletom verde


desbotada e uma camiseta cinza que parecia ter algumas manchas de
sujeira nela. Seu cabelo ruivo tinha sido amarrado para trás de seu rosto
com uma bandana verde. Alguns cabelos tinham conseguido escapar do
tecido e se destacaram em ângulos estranhos.
Para ele, Cory parecia absolutamente deslumbrante. Sua boca
se encheu de agua com o desejo de lamber cada centímetro dele. E o
levar para o chuveiro, assim podia lavar e acariciar cada centímetro de
sua pele lisa. Então o conduziria para o quarto e o deitaria. Ele...
Um riso divertido arrancou Benji de seus pensamentos. Ele
piscou, então olhou para Riley. O amigo de Cory estava sorrindo
largamente para ele. Quando Benji voltou seu foco para seu
companheiro, observou suas bochechas levemente coradas.
Evidentemente, seus pensamentos estava se refletindo em seu
semblante...
Se recusou a se desculpar. Ele e seu dragão estavam na mesma
página. Queriam pegar Cory em seus braços e amá-lo, dando-lhe tanto
prazer que ele nunca mais iria querer abandoná-lo.

O corpo de Benji queria a mesma coisa. Seu pau latejava atrás


de seu ziper apenas por estar na mesma sala por alguns segundos com o
seu companheiro.
—Antes de jogar Cory no sofá e ter o seu mau jeito com ele,
talvez você devesse nos contar o que aconteceu no beco ontem à noite.
— Riley se moveu para ficar perto de Cory. Enquanto ele tinha os braços
cruzados sobre o peito, a alegria dançou em seus olhos azuis. —Você
sabe, explicar por que ele acha que viu asas e garras?
Sim, e você não acreditou nele. Isso mudará em breve.
Se recompor foi difícil, já que o cheiro de Cory permeava o
apartamento como o melhor afrodisíaco. Limpou a garganta.

—Claro. — Ele se concentrou na expressão perturbada do seu


companheiro. —Você acha que viu asas e garras na noite passada
porque viu asas e garras na noite passada. Eu sou o que é conhecido
como um paranormal, um ser sensitivo que não é humano. — Vendo que
ambos os homens usavam expressões idênticas de descrença e choque,
ele decidiu apenas ir mais fundo. —Mais especificamente, eu sou um
dragão. Kazeem também é um dragão e Stefan sabe disso, mas jurou
segredo. O mesmo que precisamos de vocês dois.
Os dois homens continuaram a olhar boquiabertos para ele.
Suspirou e apontou para os pequenos sofás agrupados em volta
de uma TV e vídeo game.

—Por favor, vocês dois podem se sentar?


Tomando uma chance, Benji fechou a distância entre ele e Cory.
Ele precisava tocar seu companheiro tão malditamente. Movendo-se
devagar para não assustá-lo, agarrou a mão de Cory com firmeza.
Colocou a outra mão nas costas do seu humano, esfregando sua espinha
enquanto insistia para que ele caminhasse até o sofá.
—Venha, Cory. — O encorajou, guiando-o para se sentar.
Uma vez que tinha Cory sentado, se ajeitou ao lado dele,
girando seu joelho pressionado na coxa dele. O contato ajudava a aliviar
não apenas a si mesmo, mas sabia que subconscientemente ajudaria seu
companheiro. Esse era o caminho dos paranormais. O contato com um
companheiro sempre era uma coisa boa.
Um olhar para a esquerda disse a Benji que Riley o tinha
seguido, se acomodando nas proximidades do outro sofá.

—A notícia de que os paranormais existem, não podem ser


divulgadas para a população em geral. Certamente você pode entender
isso. Seria extremamente perigoso... para todos.
—O-o que você quer dizer? — Riley fez a pergunta. —Um
dragão? Puta merda!
Benji estava começando a ficar preocupado considerando o
silêncio contínuo de Cory. Ele gentilmente massageou a mão de Cory
enquanto se concentrava em Riley e assentiu.

—Quase todos os grupos minoritários têm sofrido perseguição


de uma forma ou de outra ao longo do curso da história, da religião à cor
da pele e orientação sexual. — Benji deu a Riley um olhar aguçado. —
Como as pessoas descobrindo que shifters e vampiros e dragões existem
seria diferente?
—Você tem um ponto. — Cory sussurrou. —E-então, por que
você está nos dizendo?
Concentrando-se em Cory, sentiu uma onda de alívio por seu
companheiro finalmente fazer perguntas. Ele levantou a palma de Cory
para seus lábios e deu um beijo nela.

—Porque, independentemente de qual espécie paranormal,


todos nós temos uma coisa em comum. Todos nós procuramos pela
nossa alma gêmea. — Benji observou os olhos de Cory se arregalarem
um pouco, e as narinas do seu companheiro se alargaram. Ele adorava
saber que seu companheiro não estava imune e sentia o mesmo puxão.
—A outra metade da nossa alma.
Benji não pôde conter o quão rouca sua voz se tornou. Entre
tocar Cory, mesmo que apenas um pouco, e ter seus sentidos inundados
com o cheiro do seu companheiro, seu corpo praticamente vibrou com a
necessidade. Levou cada pedacinho de seu autocontrole para ficar
sentado ali e continuar uma conversa.
Inclinando-se para Cory, mantendo o olhar, Benji acrescentou;

—E você, Cory Porter. Você é minha alma gêmea. — Incapaz de


se conter, ele fechou a distância entre eles e pressionou um beijo leve
nos lábios de Cory, saboreando a sensação suave da carne do seu
humano. —Imagine meu choque quando entrei naquele vagão de trem e
cheirei você. Um instante alheio. O momento mais monumental da
minha vida.
Os lábios de Cory se separaram em um suspiro suave. Seus
olhos estavam arregalados.

Seu olhar disparou de um lado para o outro, como se estivesse


procurando algo no rosto de Benji.
Finalmente, Cory sussurrou;

—Você realmente acredita nisso, não é? Que você é, uh, um


dragão?
—Você me viu parcialmente mudar. Por que é tão difícil
acreditar? — Perguntou suavemente. Seu coração batia rápido em seu
peito enquanto ele cheirava a descrença rolando de Cory. Lambendo os
lábios, ele reuniu sua coragem e ofereceu; —Você precisa ver de novo?
Nem sempre era fácil, especialmente quando o tipo errado de
adrenalina estava surgindo em seu corpo, mas Benji conseguiria.
—Eu quero ver. Por favor?
Olhando para Riley, Benji pôde ver a emoção brilhando nos
olhos do loiro. Aquele humano queria acreditar. Ele assentiu enquanto
voltava seu foco para Cory.
—Eu vou te mostrar de novo, mas devo insistir em ter a sua
palavra de que não vai contar a ninguém. Nunca.
—Exceto para Kristof. — Afirmou Riley.
Benji recuou em seu assento, olhando entre os homens. Ele se
lembrava do amigo deles. Kristof era o quarto a fazer parte do grupo.
—Não podemos esconder isso de Kristof. — Insistiu Riley. —Não
estaria certo.
—Riley está certo! — A voz de Stefan veio do outro lado da sala,
fazendo Benji perceber que o jovem ainda permanecia na linha. —Eu
concordei em manter o segredo de Kazeem porque era só eu, mas agora
que Cory e Riley também sabem, temos que contar para Kristof. Ele é a
nossa família. Nosso irmão. É só certo.
Assentindo devagar, Benji concordou.

—Muito bem. — Ele voltou sua atenção para Riley. —Depois que
eu mostrar e você acreditar, vou precisar de um pouco de tempo com
Cory sozinho. Nesse ponto, sinta-se à vontade para falar com Kristof. Eu
até concordo em mais tarde mudar para que ele também possa ver para
provar isso, mas além dele, nem uma palavra a ninguém.
Compreendido?
Riley imediatamente assentiu.

—Sim. Entendi. — Ele sorriu e bateu palmas. —OK. Vamos ver!


Benji quase riu do entusiasmo de Riley. Voltando sua atenção
para Cory, no entanto, ele ficou sério. Quando se levantou e tirou a
jaqueta de couro, depois a camisa polo, desejou que seu companheiro
compartilhasse do entusiasmo de Riley.

Capítulo 5

A mandíbula de Cory se abriu quando Benji revelou corpo


musculoso.

Puta merda! Quando ele dobrou a camisa e a colocou sobre o


braço do sofá em cima da jaqueta de couro, de repente percebeu que
tinha a oportunidade de tocar e explorar todos aqueles músculos firmes
e bronzeados.
Uau!
Tudo que tinha que fazer era aceitar paranormais, incluindo
dragões, e Benji era um deles.
Apenas caramba!
—Agora, então. — Benji começou. —Tente não surtar desta vez,
ok?
Percebendo que Benji estava olhando para ele e esperando por
seu acordo, conseguiu assentir.
—Eu-eu farei o meu melhor.
Onde Riley sempre amou todas as coisas imaginárias, como
filmes de lobisomem e vampiros que eram alguns dos seus favoritos,
Cory nunca se sentiu assim.

Ele adorava os filmes de super-heróis.

Coisas como essa estavam totalmente fora da realidade de


Riley.
E se Benji perceber isso e decidir que Riley seria um parceiro
melhor?
Para o seu choque, uma onda de ciúmes surgiu através dele. Ele
nunca sentiu o monstrinho verde em direção a nenhum de seus amigos
antes, mesmo quando Stefan tinha acabado com o relacionamento.
Limpando a garganta, ele tentou esmagar a sensação, mas era
terrivelmente difícil, e ele não sabia por quê.
—Algo o incomodou e nem mudei ainda. — Comentou Benji. Ele
descansou as mãos nos quadris e inclinou a cabeça enquanto se
concentrava em Cory. —O que está errado?
Não sabia como Benji sabia que ele estava chateado, mas ele
não conseguia deixar de falar.
—Co-como você decide sobre um, uh, um companheiro?
Os olhos de Benji se estreitaram por alguns segundos. Então ele
olhou para um Riley claramente expectante, praticamente babando,
antes de retornar seu foco para Cory.

Um sorriso largo de repente enrugou seus lábios cheios, e o que


só poderia ser chamado de prazer em seus olhos castanhos.
Abaixando-se de joelhos diante dele, Benji descansou as mãos
nas coxas. Ele gentilmente massageava as pernas de Cory enquanto ele
falava;
—Oh, Cory. A vida de um paranormal é escolhida pelo próprio
destino. Quando encontramos no caminho daquela pessoa especial, ele
nos dá a capacidade de reconhecê-lo. — Benji fechou os olhos e respirou
fundo, sua expressão de arrebatamento. —É seu cheiro, Cory. Seu
perfume me chama. Quero espalhá-lo sobre cada centímetro do meu
corpo enquanto o cubro com meu perfume também. Quero que todos os
paranormais saibam em um instante que você é meu.
Cory tremeu quando sentiu arrepios nas pernas. Seu pau
inundou com sangue tão rapidamente ele balançou ligeiramente em seu
assento.

Seus mamilos endureceram, e ele soltou um gemido suave.


Tudo isso soou... incrível, curiosamente.
—Apenas relaxe agora. — Benji continuou em um tom de voz
rouca. —Vou mostrar algo que pode parecer um pouco assustador, mas
nunca vou machuca-lo, mesmo quando estou na minha forma natural.
Compreende?
Enquanto não entendia verdadeiramente, ele concordou.

Isso parecia ser o suficiente. No instante seguinte, algo...


aconteceu.
Benji inclinou a cabeça para trás e um tremor percorreu seu
corpo. Um segundo depois, o som inconfundível de ossos quebrando e
tendões estourando encheram a sala. Cory estremeceu, então ficou
boquiaberto quando algo marrom apareceu nos ombros de Benji. Elas se
estenderam para cima e para fora, depois se espalharam.
Ficou boquiaberto e tenso, percebendo que ele estava olhando
para as asas.

Elas eram grandes, muito grandes, quase abrangendo toda a


sua sala de estar. Tinha a cor de um marrom profundo e tinham uma
aparência de couro nelas.
Seus dedos se contraíram com um desejo repentino de tocá-las.
Concentrando-se no rosto de Benji, abriu e fechou a boca, sem
saber como expressar seu desejo.
O sorriso de Benji pareceu quente e ele assentiu.
—Você é bem-vindo para tocar. — Disse ele, obviamente, lendo
a expressão de Cory.
As asas de Benji pareciam se dobrar parcialmente enquanto ele
as colocava perto do seu corpo, dando a ele a habilidade de espiar por
cima do ombro para Riley.
—E, sim, neste caso, você também pode tocar. Apenas esteja
ciente de que um dragão é normalmente muito protetor de quem toca
suas asas, portanto nunca tente sem a sua permissão.
Riley imediatamente ficou de pé quando ele assentiu
enfaticamente.
—Sim, sim. — Ele estendeu a mão e tocou nas asas dobradas
de Benji, um olhar de admiração em seu rosto. —Caramba! Isso é tão
legal! — Riley olhou das asas para o rosto de Benji. —E as garras?
—Em um minuto. — Respondeu Benji.
Cory se perguntou a mesma coisa, mas ele se inclinou para
frente para tocar as asas de Benji também. O grande macho torceu o
torso, aproximando-os dele. Quando deslizou as pontas dos dedos sobre
a asa, admirando a sensação macia e amanteigada dela, ele viu como se
estendiam em ossos grossos que saíam do ombro de Benji.
As escamas espalhando-se pela área, até os ombros e o meio
das costas. Cory seguiu, achando-a quente e dura. Ele bateu a unha
nele.
—Uau. — Sussurrou, abaixando o braço e se concentrando no
rosto de Benji. —Escamas?
Benji assentiu.
—Sim. Essas cobrem meu corpo inteiro quando sou um dragão.
—Eu-eu adoraria ver isso. — Disse a ele, surpreso ao descobrir
que era a verdade.
Parecendo satisfeito com seu comentário, Benji ergueu a mão
direita.
—E as garras que você viu. — Sua mão mudou, os dedos se
expandindo, alongando e escurecendo enquanto escamas cobriam sua
carne. As unhas de Benji cresceram e escureceram. Em segundos, em
vez de uma mão, exibia um conjunto de garras letais.
Cory não achou elas tão fascinante. Ele endureceu e se afastou,
com medo. Um ataque rápido delas e ele seria destruído!
Até mesmo Riley engasgou e deu um passo para trás,
aparentemente não tão encantado com as garras como tinha estado com
as asas.
—Calma, Cory.
Benji esfregou a mão esquerda sobre a perna de Cory
suavemente.
—Nunca prejudicaria você e nunca permitiria que o mal
chegasse até você.
No momento seguinte, as garras desapareceram e a mão de
Benji estava de volta. Incapaz de se conter, soltou um profundo suspiro
de alívio. Ele olhou para Benji, sabendo que seus olhos estavam
arregalados e até tremeu um pouco.
—Uau. — Riley falou. —Ok, você tem totalmente a minha
palavra. Nunca vou contar para ninguém, além de Kristof.
—Meus agradecimentos. — Benji olhou para Riley, inclinando a
cabeça formalmente. —Isso é muito apreciado.
Riley pigarreou quando enfiou as mãos nos bolsos e balançou os
calcanhares.
—Então, uh. — Ele olhou em volta, suas bochechas assumindo
um tom rosado. —Conhece alguns dragões? Talvez irmãos?
Cory riu, qualquer indício de ciúme se foi. De repente, ele
percebeu que Benji não era do tipo de Riley. Riley preferia cabelos
louros, fortes e esguios, em vez de altos, morenos e bonitos.
Benji respondeu à pergunta com passos largos, sorrindo
largamente.
—Tenho alguns irmãos solteiros. — Ele arqueou as costas por
um segundo enquanto suas asas desapareciam. Uma vez que elas foram
embora, ele sorriu para Riley e balançou as sobrancelhas. —Nunca se
sabe. Terei prazer em apresentá-lo.
—Doce!
Riley saltou na ponta dos pés enquanto olhava para a sala de
jantar.
—Então, uh, vou pegar esses sacos e caixas e sair do seu
cabelo. — Seu sorriso virou lascivamente provocante. —Aposto que você
tem muito o que falar.
Riley riu de si mesmo enquanto ele atravessava a sala e pegava
um saco em cada mão.
Cory começou a se levantar, mas Benji, ainda de joelhos à sua
frente, estava no caminho, e ele gritou;
—Você precisa de uma mão?
—Não, não se preocupe com isso. — Riley acenou com a oferta
de ajuda. —Dou conta. — Ele piscou novamente. —Vocês se divirtam. No
próximo fim de semana, vocês dois podem ajudar. Tenho roupas para
arrumar.
Assentindo, Cory sorriu.
—Estou indo lá.
Riley riu.
—Isso é porque você vai tentar roubar algumas das minhas
coisas.
Quando Riley terminou de arrumar tudo no corredor, Cory não
tentou contrariá-lo.

Seu amigo estava certo. Amava vasculhar as roupas do seu


amigo.

Enquanto Riley era vários centímetros mais baixo, a calça nem


sempre se encaixava. Mas as blusas ser escachavam perfeitamente.

Além disso, Riley era um esnobe de roupas. Ele usaria algo


algumas vezes, então consideraria muito antigo ou fora de moda e
pararia de usá-lo.
Estava feliz com as roupas de segunda mão do seu amigo.
Então Riley foi embora.
—Seu amigo é muito... aberto.
Concentrando-se em Benji, assentiu.
—Você deveria ver o apartamento dele. Descobrir que dragões e
outros paranormais são reais, ele está na nuvem agora. Ele sempre
gostou desse tipo de coisa.
Benji cantarolou e assentiu.
—Fico feliz que ele estava aqui para ajudá-lo a lidar, então. —
Ele esfregou as mãos para cima e para baixo nas coxas de Cory,
causando deliciosos arrepios em sua pele. —E agora nós temos algumas
outras coisas para discutir. — Os olhos escuros de Benji assumiram um
brilho animado. —Algumas coisas de natureza mais pessoal.
Seu coração falhou em seu peito.
—De natureza mais pessoal? — Seu sangue aqueceu em suas
veias quando sentiu as palmas das mãos de Benji esfregando suas
coxas, em seguida, tomou sua cintura. —O que você quer dizer?
Segurando o olhar de Benji, não lutou com o grande homem, e
eles foram para o sofá.

Ele instintivamente abriu as pernas, permitindo que o dragão


sexy ficasse entre elas.

Uma ideia passou por sua cabeça. Puta merda, esse cara não é
realmente humano.

Quando Benji pressionou seus corpos juntos da virilha para os


ombros, envolvendo seus braços em volta dele e esfregando suas costas,
isso não importava mais.
Tudo o que importava era a sensação que Benji fazia em seu
corpo e... seu beijo. Benji selou sua boca sobre a dele, e se abriu
ansiosamente para o homem. Falar era superestimado, certo?
Dando boas-vindas à língua de Benji em sua boca, chupou a
língua, encorajando. Com seu corpo em chamas e seu pau latejando, ele
decidiu que eles poderiam conversar mais tarde... muito mais tarde.
Capítulo 6

Finalmente, tenho meu companheiro exatamente onde quero.


Segurar Cory em seus braços era melhor que voar através das
nuvens. Não conseguia o suficiente dele, seu sabor masculino em sua
língua, seu cheiro almiscarado em suas narinas e sua forma magra sob
as pontas dos dedos. Sentindo a língua de Cory deslizar contra a sua, ele
gemeu bruscamente apertou os ombros do seu humano.
Ainda assim, sabia que havia algumas coisas que ele precisava
explicar. Apenas uma frase rápida ou duas, ele prometeu a si mesmo
quando ele interrompeu o beijo. Ofegante, ele descansou a testa contra
Cory enquanto acariciava as costas do seu companheiro suavemente.
—Coisas pessoais sobre como você é meu companheiro,
gostaria de nos unir pela eternidade e agradar você pelo resto dos
nossos dias.
Cory levantou a cabeça, sua mandíbula se abriu.
—Oh. Oh, uau! — Ele piscou algumas vezes, obviamente
tentando se recompor.
Esperou ansiosamente pelas próximas palavras de Cory.
—Então, hum, está se unindo como casamento?
Acenando uma vez, respondeu;

—É, e não tem divórcio.


Ele sabia que precisava dar o aviso imediatamente. Vendo as
sobrancelhas de Cory se erguerem, ele rapidamente acrescentou;
—No final, você vai ficar mais forte, mais resistente e mais
saudável. — Ele raspou as unhas sobre as costas de Cory, consolando-o,
trabalhando para aliviar a dor. A tensão lá. —E você será tudo para mim.
Nunca vou deixar você ir. — Fazendo uma careta, acrescentou; —E você
também não. Eu...
Ele fechou a boca. Dizer a Cory que ele queimaria vivo qualquer
um que ousasse tocar o que era dele, não seria a melhor maneira de
conquistá-lo.
—Mas você está aqui de férias. — Cory murmurou, olhando para
ele. —O que você vai fazer? Deixar a sua vida e se mudar para cá?
Seus lábios se separaram em um suspiro antes de Cory
perguntar;

—Ou você espera que mude porque você é um dragão? Um


dragão poderia até viver por aqui?
Benji soltou uma risada suave, aliviado de que essas fossem as
preocupações de Cory.
—Oh, meu companheiro. — Ele se inclinou para frente e deu um
beijo na mandíbula do seu humano. Trabalhando o seu caminho ao longo
da pele lisa, ele sussurrou; —Tenho estado nesta terra há centenas de
anos. Sou um dragão muito rico e poderia viver em qualquer lugar que
quisesse. É aqui onde você deseja ficar, então aqui é onde estarei
também. — Alcançando a orelha de Cory, ele raspou levemente os
dentes sobre a aba. —Ou, se você quiser, vou levá-lo ao redor do
mundo, mostrar tudo o que você deseja ver. O que quer que te faça feliz.
O corpo de Cory tremeu sob os cuidados dele. O peito do seu
humano subiu e desceu, roçando o tecido macio de sua camiseta contra
os mamilos dele sensualmente. Ele mergulhou as pontas dos dedos sob
o tecido, depois deslizou as mãos para cima, massageando os botões de
sua espinha.
—Nossa, você está dificultando pensar. — Cory murmurou, se
mexendo no aperto dele, pressionando em seus toques. —Não preciso do
mundo. Só quero um homem que se preocupe comigo.
Benji rosnou baixo em sua garganta quando ele começou a
chupar o pescoço de Cory.
—Não um homem. Eu, serei essa pessoa. — Alcançando a borda
da camisa de Cory, ele puxou o tecido com os dentes. —Quero isso.
Posso te despir?
Cory ficou imóvel por um segundo, dois, depois assentiu.
—Sim. OK.
Lutando contra um rugido de triunfo, se inclinou para trás e
tirou a camiseta do seu novo e último amante.
—A partir de hoje. — Depois de deixar cair a camisa no chão,
ele acariciou os ombros de Cory. —Você e eu seremos um. Diga que
posso passar minha vida agradando você, cuidando de você. — Olhando
o lindo corpo magro de Cory, apreciando a pele macia antes de erguer o
olhar e encarando os olhos verde dele. —Amando você.
Deslizando a língua para fora, Cory passou sobre o lábio inferior,
molhando-o. Suas sobrancelhas franziram um pouco quando ele piscou
algumas vezes. Ele engoliu em seco o suficiente para fazer seu corpo
tremer.
Finalmente se concentrou em Benji novamente.
—Você está pedindo um compromisso e ainda não tivemos
nosso primeiro encontro.
—Estou te forçando, não estou?
Deveria ter sabido melhor. Cory era humano. Ele precisava ser
cortejado. Deslizando as mãos pelos braços dele, brincou com os
polegares ao longo de seus lados, apreciando a sensação de sua pele
macia.
—Sou um dragão, Cory. Não posso evitar minha natureza, meu
desejo de abraçar você e tocar em você a cada segundo que puder. —
Olhou ao redor vagamente, sua mente lutando para descobrir o que
dizer, a fim de convencer seu humano que...
—Sim
Voltou a olhar para Cory. Foi a vez dele de se sentir chocado.

Inclinando a cabeça, ele olhou para a expressão do seu humano,


seu sorriso, assim como o leve brilho de alegria em seus olhos.
—Uh, o que? — Não conseguia se lembrar de perguntar. Espera.
— Então estou forçando você. Sinto muito. E só...— Ele começou a se
afastar, sem saber como terminar esse pensamento.
Cory avançou, enviando os dois para trás. Encontrou-se com
seu companheiro abraçado a ele. Com a bunda firme de Cory sobre sua
virilha e quando ele esfregou as mãos sobre seus peitos, gemeu quando
o prazer dançou em seus sentidos.
Apertando os dedos nos lados de Cory, brincou com a sua pele.
Ele gemeu e contraiu seus quadris, seu pau pulsando. A pressão de Cory
sobre ele fez sua cabeça zumbir com a excitação.
—O que você está fazendo? — Conseguiu falar.
Ele observou a expressão faminta de Cory, o olhar de admiração
em seus olhos e tentou processar o que estava acontecendo.
—Se você precisar de tempo. — Sentindo Cory se esfregando
contra sua virilha, ele gemeu e estremeceu antes de terminar. —Este não
é o caminho para obtê-lo.
Cory se inclinou, cruzando os braços sobre o peito de Benji
enquanto descansava seu peso sobre eles. Ao mesmo tempo, ele revirou
os quadris, colocando suas virilhas coladas.
—É isso que você quer? Me dar tempo? — Ele revirou os
quadris, pressionando a ereção contra a dele. —Esperar?
Deslizando seus braços ao redor de Cory, segurou sua bunda
através do seu moletom. Ele flexionou os dedos, saboreando a sensação
das bochechas firmes do seu humano. Sentindo seu pau escorrer em seu
jeans, ele sabia que seu corpo estava rapidamente passando por um
ponto sem retorno.
Benji investiu nos movimentos do humano.
—Tire as roupas. — Ele rosnou antes de admitir; —Quero você
nu e se contorcendo debaixo de mim.
Cory gemeu, suas bochechas coraram. Mordendo o lábio inferior,
ele deslizou as mãos para cima para segurar os ombros de Benji.
—Sim. Isso funcionaria. — Descansando a testa na clavícula
dele, Cory ofegou com força. —Mas deus, não pare. Preciso gozar
primeiro. Sonhei com você na noite passada. — Um arrepio percorreu o
corpo de Cory, mas ele não parou de falar. —Não poderia me conter.
Quero gozar agora. Por favor, preciso!
—Inferno, sim. — Rangeu os dentes enquanto seu orgasmo
pairava na borda de seus sentidos. —Faça. Goze para mim. Quero sentir
o cheiro perfumando o ar.
Apenas a ideia tinha o ameaçando gozar, quando Cory soltou
um grunhido e congelou, conseguiu seu desejo. O cheiro perfumado de
gozo derramado encheu a sala. Sibilando, nem tentou pará-lo também,
enchendo a virilha do jeans como um filhote.
Sorrindo largamente para o teto, riu suavemente. Ele soltou a
bunda de Cory e esfregou as costas suavemente.
—Puta merda, meu companheiro. — Sentindo Cory se mover
contra seu peito, inclinou a cabeça para poder sorrir para ele. —Não gozo
assim há séculos. Você é tão gostoso. Você me deixa em chamas. — Ele
sorriu largamente para a expressão chocada de Cory. —Não posso
esperar para ver quando estiver dentro de você.
Os olhos de Cory ficaram pesados quando ele falou.
—Então talvez devêssemos descobrir.
Incapaz de resistir a uma oferta como essa, rosnou e assentiu.
Envolvendo seus braços ao redor de Cory, ele rolou e se levantou em um
movimento suave, levando seu humano com ele. Cory riu e envolveu
seus braços e pernas ao redor dele. Caminhou para o corredor, que tinha
três portas. Uma estava aberta, revelando um banheiro.
—Qual?
Cory apontou, e Benji conseguiu abrir e entrar sem deixar seu
companheiro cair. Vendo a cama arrumada, ele foi até lá e acomodou
Cory nela. Agarrou e tirou a calça dele.
Isso deixou Cory gloriosamente nu em sua cama, toda a pele
lisa e linhas magras. O pau do seu companheiro ainda estava duro,
curvando-se em direção ao seu estômago liso. Ficou com a boca cheia de
água.
—Você é lindo.
Espalhando as pernas largas, Cory esfregou seu estômago.
—Por favor, fique nu. — Ele estendeu a mão com a outra
deslizando-a sob o travesseiro. Puxando-a de volta, ele revelou um tubo
de lubrificante. —Preciso, humm. — Suas pernas se moveram inquietas
enquanto ele segurava. —Por favor?
Gemendo, tirou o jeans, meias e sapatos rápido.
—Você nunca tem que implorar. — Assegurou, subindo na cama
entre as coxas abertas de Cory e pegando o lubrificante. O pênis duro
dele se contraiu em sua virilha, já vazando pré sêmen e pronto para
segunda rodada. —Sempre darei a você tudo o que você precisar.
—Então dê o que preciso. — Cory encorajou, segurando seus
ombros e puxando-o para perto.
Quando selou seus lábios sobre Cory, ele enfiou a língua nele.
Lambendo a boca do seu amante, provando-o, se divertiu com o
conhecimento inebriante de que ele estava lá, na cama, com seu
companheiro. Nada poderia ter feito o seu dia melhor.
Depois de abrir a tampa do lubrificante, deu a Cory tudo o que
ele poderia querer e muito mais.

Fim

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