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EQUIPE

PÉGASUS
LANÇAMENTOS

Tradução: Clau & Liani

Revisão Inicial: Anna Azulzinha ,Cindy

Leitura e Revisão Final: Carla C. Dias

Formatação: Lola e Carla C. Dias

Verificação: Lola
DEDICATÓRIA
Isto é para os leitores. Obrigada pelo apoio e
por gostarem de mim! Sem vocês isso não seria
possível. E um grande obrigado a Evernight por
ser uma editora incrível e permitir que as minhas
histórias possam ter uma casa com você.
SINOPSE
Há clima de luta e até bare-knuckle1, então nada
pode segurar essa luta...

Sunny McGrieve viveu rodeada por lutadores a vida


inteira. Com seu pai treinando homens implacáveis que
se destacam no MMA e lutam no circuito subterrâneo, é
acostumada à violência.

Mas seu pai a alertou sobre essa classe de homem e


significa que o homem que deseja, London Stein, está
fora de questão.

London aprecia mulheres da mesma forma como


suas lutas — forte, rápido e sem arrependimentos. Então
existe Sunny — a garota que quer, mas não pode ter.

Quando finalmente a tem, London sabe que não tem


intenção de deixá-la ir. Mas seu pai e Mack — o grande
russo que a tem como uma irmã mais nova — não são seu
único problema, não quando foi desafiado por um lutador
sem regras, "O leão".

1 Bare-Knucke é luta de rua, do circuito Underground, onde os lutadores não


usam luvas, nem nada para proteger os punhos.
Capítulo Um
Era difícil não prestar atenção, especialmente quando
havia tanta intensidade crua em exibição. Sunny pegou uma
pilha de toalhas, apertando o material macio quando seu
olhar pousou em um lutador em particular. London era uma
máquina no ringue, com seus braços cobertos de tatuagens e
o corpo cheio de músculos. Seus golpes colocariam um
homem de joelhos e viu isso em mais de uma ocasião. Seu
pai, Harlond McGrievy, proprietário de uma academia onde
treinava um monte de lutadores de MMA e aqueles que
lutavam no circuito subterrâneo. Aos 22 anos de idade,
Sunny sempre conviveu com a violência e testosterona dos
lutadores ao seu redor. Considerava a maioria deles como
amigos e mesmo que fosse apenas uma criança, havia um
lutador que sempre viu como um irmão mais velho, Mack
Draykovich. Mas então apareceu London Stein, uma força a
ser reconhecida e relativamente um novo lutador que se
juntou à instalação de seu pai para treinar para o circuito
subterrâneo.

Sunny encostou-se à parede e viu quando derrubou


Mack. O russo era um dos lutadores de MMA mais
experientes e um dos melhores. Mack era enorme. Com quase
1,95m e pesando 137Kg, era conhecido por seu nocaute com
um golpe, o que aconteceu muitas vezes. Mas conhecia o
verdadeiro Mack, o cara que cuidava dela acima de tudo.
Seus pais eram imigrantes russos, médico e enfermeira. Mas,
infelizmente, morreram quando Mack tinha 18 anos. Ao longo
dos últimos anos seu pai tirou-o de uma vida de furto e
violência, o ajudando a concentrar toda a sua agressividade
na luta. Tinha doze anos quando o conheceu, mas o grande e
assustador russo, mesmo com apenas dezoito anos, foi gentil
com ela. Eram próximos desde então, e isso já fazia dez anos.

Assistindo London circular Mack, dando-lhe socos


poderosos e fortes, sabia que Mack, finalmente, encontrou
seu oponente. Mack deu um gancho de direita, mas London
se esquivou um milésimo de segundo antes do contato ser
feito. O coração de Sunny bateu acelerado e era estranho
sentir este tipo de nervosismo, enquanto observava os dois
lutadores treinando. Ela era mais do que um pouco insensível
a todo o espetáculo de luta da gaiola, uma vez que viveu ao
redor dela toda a sua vida, mas havia algo muito diferente em
observar London derrubar um cara, com um soco na cara e
no corpo e ver sangue a partir da violência.

Nunca ficou animada com a agressão que a rodeava


diariamente, mas desde que London começou o treinamento
com seu pai ficou paralisada. Ele era puramente masculino e
seus braços cobertos de tatuagens coloridas do ombro ao
pulso.

— Sunny, você está bem? — Larson, um lutador de


MMA aposentado, parou a sua frente. Seu cabelo estava
molhado de suor, seu rosto e peito ligeiramente corados de
seu treino. Ele tinha uma cicatriz irregular de 15 cm, que
começava em sua clavícula e ia até seu peito. Sabia como ele
conseguiu aquela cicatriz, sabia o horror que passou, tudo
por causa de algum psicopata que não lidou com o fato de
que perdeu um título do campeonato. Mesmo depois de
conhecer Larson por vários anos, ver essa cicatriz não
diminuía a dor que sentia por ele e por tudo o que perdeu por
causa disso.

— Estou bem, por quê? — olhou em seus olhos, que


eram tão escuros, tão sem emoção, que sempre sentiu como
se olhasse para um buraco negro. Larson era um enigma, um
lutador poderoso que não tinha emoções, não mais, pelo
menos, e por isso era mais máquina do que humano. Mas viu
seus olhos amolecerem quando a olhou e sabia que, sob a
apatia, ainda havia um homem escondido profundamente
dentro dele.

Ele encolheu os ombros — Parece profundamente


perdida no pensamento e um pouco sem ar. — sustentou seu
olhar e sabia que não havia muito que passasse por Larson.
Ele deixou seus olhos viajarem para o ringue bem atrás dela,
e quando a olhou novamente, viu o olhar conhecedor que lhe
deu. — É melhor ter cuidado, botão de ouro. — começou a
chamá-la assim pouco depois que chegou para treinar na
academia de seu pai.

— Cuidado? — Ficar muda, provavelmente. não a faria


parecer inocente, mas certamente não contaria a ninguém,
especialmente aos lutadores no ginásio, que observava
London por mais tempo do que gostaria de admitir. O canto
da boca levantou para cima, mas não era um sorriso real,
porque sabia que Larson nunca sorria. Foi mais uma reação
ao fato de que sabia que ela era modesta, agindo como se não
tivesse ideia do que falava.

— Às vezes, lutadores podem ser demais. — um olhar


sombrio atravessou seu rosto, mas rapidamente mudou suas
feições e ela sabia que era porque tinha medo de assustá-la.
— Basta ter cuidado. — segurou seu olhar por um longo
segundo, então inclinou o queixo como um gesto de
despedida e se dirigiu para os chuveiros.

O coração de Sunny ainda batia a mil por hora, quando


ela virou para o círculo e viu Mack apoiando os braços por
cima da corda, com as costas curvadas para frente e seu
peito subindo e descendo pela sua respiração.

London estava do outro lado do ringue e tudo acalmou


dentro dela quando viu seu olhar exclusivamente sobre ela.
Havia uma estranha emoção que cintilava em seu rosto, mas,
apesar disso, estava imóvel. Era claro que venceu a luta com
Mack, dado o fato de alguns dos outros lutadores se gabarem
de como arrebentou o gigante, mas nada disso importava
quando olhou em seus olhos. Mesmo a esta distância, podia
ver como eram azuis.

Uma sensação de calor imediatamente percorreu o seu


corpo e parou desconfortavelmente entre as coxas. Deus,
realmente precisava ter o controle de si mesma. Estar com
um lutador não era algo que exploraria. Eram rudes, muitos
galinhas e mandões. Mesmo que por algum milagre cósmico
quisesse London, era o pior de todos quando se tratava de
dormir por aí e isso significava alguma coisa já que nenhum
deles era virgem. Só de ouvir sobre suas façanhas sexuais foi
o suficiente para que Sunny quisesse se lavar em água
sanitária apenas para se sentir limpa. Mas, estando perto de
homens como eles o tempo todo, grandes, musculosos,
tatuados e machos alfa, as mulheres, naturalmente,
juntavam-se a eles, incluindo ela. Só podia ser algum tipo de
chamado interior, como uma fêmea que vai atrás do maior e
mais forte do sexo masculino e o único que sabia, sem
dúvida, queria cuidar dela em todos os aspectos.

Isso era o que London significava para ela, um homem


que despertava o seu corpo, deixava seus joelhos fracos,
desejando fazer tantas coisas imundas que a coravam
somente com seus pensamentos. Podia ter 22 anos e só
esteve intimamente com um cara, mas certamente não foi por
escolha. Quando os seus encontros conheciam seu pai, que
era bravo, mesmo na sua idade, e fazia sempre o discurso
que se fodesse com sua única filha, não só apenas ele iria
atrás deles, mas o grande cara russo também. Isto fazia com
que os caras ficassem um pouco distantes, isso quando não
os fazia correr em outra direção.

A única vez que esteve com um rapaz foi porque tomou


a iniciativa. Ainda precisou prometer que não contaria a seu
pai ou a Mack. Ele estava muito assustado. Dizer que sua
adolescência e até mesmo parte de sua vida adulta foram
estranhas, era um eufemismo. Mas como Sunny poderia
culpá-los porque se preocupavam com seu bem-estar?

— Cara, preste atenção! — Liam, um lutador mais novo


gritou do outro lado do ginásio para London e Sunny forçou a
se afastar. Se não tivesse cuidado para onde olhava, ficaria
em apuros. London Stein definitivamente não era para ela e
precisava colocar isso em sua cabeça.

London viu Sunny sair e não pôde deixar de olhar para


sua bunda. Era feita para um homem colocar as mãos, boca
e pênis. Era um bastardo imundo por pensar tais coisas da
filha de seu treinador, mas ela era linda em todos os sentidos
e totalmente fora de seu alcance. Olhou para os seus longos
cabelos cor de mel e imaginou essas longas madeixas ao
redor de seus punhos enquanto a fodia por trás. Seu pau
começou a endurecer, então amaldiçoou e o ajustou na
esperança de que ninguém visse. Já era ruim o suficiente vê-
la o observar o tempo todo, sabendo claramente que o queria
tanto quanto a queria. Tentar ficar longe era muito mais
difícil. Merda, podia ver os seus mamilos enrijecerem sob sua
camisa sempre que estava perto e ouvir sua respiração
quando falava com ela ou fazia coisas engraçadas para ele,
coisas que eram susceptíveis de ter-lhe tomando o assunto
em suas próprias mãos e aliviando a necessidade que sentia
sempre que estava em seu espaço.

Mas esses tipos de pensamentos e desejos acabariam


deixando sua bunda entregue a Mack e seu pai, Harlond. Ela
precisava ficar longe de caras como ele, que fodia muito com
mulheres aleatórias sem nome a cada semana e nunca mais
repetia.

Alguns provavelmente pensavam que teve uma infância


ruim, mas não teve. Sua vida familiar foi boa, foi amado e
cuidado. Supôs que estava apenas ligado de forma diferente,
porque gostava de lutar, beber e foder — não nessa ordem
particular. Ela merecia um cara legal, um cara que esperasse
até que fossem casados para terem intimidade, ser todo doce
e gentil ao invés de alguém como ele. Seus pensamentos eram
sujos, especialmente quando imaginou tomando-a contra
uma parede em um beco sujo e fodendo forte até que gritasse
seu nome. Droga, realmente queria ouvi-la gritar seu nome.

Mack deu-lhe um soco no braço, que ainda doía pra


caralho. O cara era enorme, mesmo que London não fosse um
idiota magrelo. Mack podia ter quase 10 cm a mais e cerca de
20 kg de músculo sobre ele, mas London foi o único que saiu
vitorioso na luta de hoje.

— Vai chorar agora? — London sorriu e Mack estreitou


os olhos.

— Deixei você ganhar, imbecil.

London levantou uma sobrancelha e sorriu.

— Ah é? Bem, obrigado por me deixar dar os golpes nos


rins e olhos. Ah, e obrigado por tocar tão cedo. — Mack
tentou socá-lo novamente, mas London se esquivou e bateu
no estômago de Mack. Não foi forte o suficiente para causar
qualquer dano e não forte suficiente para derrubar Mack no
chão novamente. Mack virou, mas tinha um sorriso no rosto.

— Para um cara grande, você é muito rápido em seus


pés — disse Mack e bateu levemente nas costas.

Ambos saltaram do ringue. London olhou de volta para


onde Sunny esteve e passou a mão sobre os cabelos
encharcados de suor. Sentiu os curtos fios na parte de trás
do seu pescoço arrepiados, virou e viu Mack observá-lo
atentamente.

Depois de um momento prolongado o outro lutador


disse — Quer bater nos sacos?

Ele ergueu as sobrancelhas para o outro cara, sentindo


que havia algo de errado. Mack virou e London seguiu em
direção aos sacos de pancada. A instalação em que treinavam
tinha todo o necessário para qualquer tipo de luta — ilegal,
também. Era uma instalação que não estava no mapa por
assim dizer, e se alguém não estava em um determinado
grupo, então não sabia sobre o lugar.

Mack tomou sua posição atrás do saco vermelho e


segurou-o. A maneira como observava London aumentou o
aborrecimento.

— O quê? — London não disfarçou sua irritação. Mack


não falou por um longo tempo, e London via que pensava
bastante em alguma coisa. — Por que me olha assim, cara?

Mack suspirou e olhou por cima do ombro de London.


Ele fez o mesmo e viu Sunny saindo do vestiário com roupa
de treino, que não escondia em nada seu corpo. Merda.
Passou a mão sobre sua boca. Ela precisava vestir uma
camisa folgada, porque assim fazia seu pênis endurecer
desconfortavelmente.

O top que usava moldava os seios, que eram grandes e


redondos. Do jeito que gostava. O alargamento dos quadris o
fazia imaginar deslizando entre suas coxas e ajustando sua
pélvis enquanto a fodia forte. Espere, não aconteceria nada
disso, pelo menos não relacionadas com os dois.

Ajustou sua ereção discretamente, porque a última coisa


que precisava era que Harland e Mack o vissem ostentando
uma ereção porque olhava Sunny. Praguejou baixinho e se
afastou dela.

Mack olhou com uma carranca no rosto. O grande russo


disse em uma voz profunda e ameaçadora — Cara, está atrás
da garota errada.

London amaldiçoou, mas se recusou a ser intimidado


por Mack ou mostrar que já sabia que não poderia ter Sunny
porque era muito boa para ele, mas não precisava que Mack
ou qualquer outra pessoa apontasse esse fato para ele.

London estalou o pescoço, girou os ombros para trás e


não admitiria qualquer coisa, a não ser que entrasse em uma
luta suja sem regras.

— Está vendo algo que não existe. — deu um soco no


saco, dizendo sem palavras que não estava disposto a falar
sobre isso, mas estava claro que Mack não terminou.
— Não fale merda, homem. Sabe muito bem do que falo
e tudo o que faz por ignorar minhas palavras é me irritar. Vá
se foder.

London deu um soco no saco novamente e mais uma


vez, mas sua raiva e frustração estavam no fato de Mack não
deixaria isso pra lá.

— Sunny está fora dos limites, especialmente para caras


como você. — Mack acalmou o saco com as mãos e olhou
para ele.

— Caras como eu? Que porra isso quer dizer? — usando


a parte traseira de seu braço, limpou o suor que escorria de
sua linha fina. London sequer escondeu a raiva em seu rosto
sobre as palavras de Mack.

Os olhos de Mack ficaram duros. — Sabe exatamente o


que quero dizer. Caras como nós são pedaços de merda
quando comparado a mulheres como Sunny. Acredite em
mim. Eu a conheço desde que era apenas uma criança, a
amo como uma irmã e não existe a possibilidade que deixe
um cara como você, que fode qualquer coisa com uma boceta
quente, ir atrás dela. Ela. Está. Fora. Dos. Limites. — London
manteve a boca fechada, rangeu os dentes e enrolou suas
mãos em punhos ao seu lado.

— Foda-se, Mack. Você não sabe de nada.

— Penso em você como um amigo, London, mas se


tentar algo, acabo com você.

London soltou um rosnado baixo.


— Não existe a possibilidade de que o deixarei fodê-la e
ambos sabemos que só dorme com uma mulher uma única
vez. Ela é uma boa menina e merece mais do que uma transa
rápida em um banheiro do clube.

Por mais chateado que estivesse sobre o que o russo


disse, também não podia negar que era a verdade. Essas
eram todas as coisas que ele mesmo disse uma e outra vez.
Bebia quando não treinava, fodia muitas mulheres sem rosto,
e não dava a mínima sobre quem machucava no processo.
Olhou para Sunny novamente. Ela estava em uma esteira,
com seus fones de ouvido e sua boca se movia com a canção
que ouvia.

— Não discutirei com você simplesmente porque sei


quem e o que sou, porra. — deu um passo até Mack e disse
em voz baixa — Mas nunca me ameace. Não sou um idiota.
— olhou para Mack e cerrou os dentes. — E não precisa se
preocupar em eu ir atrás dela. Sei que não sou bom para ela
e não existe a possibilidade que a machuque. — olharam
para baixo por alguns segundos. — Agora, será que podemos
terminar este treino? — levantou uma sobrancelha e,
finalmente, Mack assentiu. Pelos próximos 30 minutos
London bateu os punhos no saco, sentindo sua raiva sobre o
que Mack disse abastecer suas ações, porque queria a única
coisa que não poderia ter.... Sunny Mc Grieve.
Capítulo Dois
London abaixou bem antes de ser acertado no rosto
pelo soco. Moveu-se à esquerda, depois à direita e sentiu o
seus músculos se contraírem quando deu um soco. Acertou o
abdômen musculoso de seu oponente. A luta subterrânea
acontecia no porão de um antigo armazém abandonado bem
na periferia da cidade de Absinto. Quando entrou, o cheiro de
podridão, mofo e sujeira encheu seu nariz, mas quando as
pessoas chegaram e a luta começou, os novos aromas
encobriram o antigo: suor, sangue e agressão. Deu um
gancho de esquerda, acertando a mandíbula do cara e ouviu
o som de osso quebrando. Uma onda de adrenalina bombeou
em suas veias. Seu adversário tropeçou para trás e o sangue
escorria de seu nariz quebrado caindo sobre a boca.

Antes do lutador se endireitar, London estava sobre ele,


colocando os braços ao redor do pescoço como um torno,
apertando a sua garganta até que via aérea foi cortada e
engasgou por ar. London abaixou e deu uma série de socos
curtos mas eficazes na lateral do cara, mas teve que parar e
bloquear alguns. Sentiu seu adversário cansado e foi quando
fez o gesto final. Flexionou e, envolvendo os braços em torno
de coxas do cara, usou toda sua força para levantá-lo no ar e
depois derrubou-o de costas sobre o tapete sujo. Estava sobre
ele, um segundo depois, apertando suas coxas ao redor da
parte superior do corpo e torcendo, assim o mantinha em
uma chave de braço. Levou apenas alguns segundos para que
o lutador batesse a mão na coxa de London, sinalizando sua
retirada.

London sai de cima dele e levantou. Respirou fundo e


olhou para a multidão. A única coisa que o separava das
centenas de pessoas que vieram para assistir a luta era a
gaiola no centro do porão. O lado direito do rosto latejava
pelos dois socos que o outro cara lhe deu e poderia ter
algumas costelas machucadas, mas, além disso, se sentia
bem pra caralho, a endorfina e adrenalina movendo em um
ritmo rápido em seu sistema. Precisava encontrar uma
mulher para transar, para ajudá-lo a liberar o resto da
energia que sentia e precisava de uma boa bebida. Uma loira
à sua esquerda queria transar com ele, mas a cor de seu
cabelo lembrou-lhe muito de Sunny. De jeito nenhum iria por
aí, porque mesmo que fosse um idiota, não era um bastardo.
Uma morena chamou sua atenção. Ela não parecia em nada
com o que realmente queria, não com o cabelo escuro curto e
magra como uma vara. Merda, mesmo ela sorrindo e
praticamente se atirando pra cima dele, tudo o que podia
pensar era em Sunny.

Não, afaste esses malditos pensamentos de sua mente.

London saiu do ringue, ignorou como a gritaria da


multidão ao seu redor se intensificou quando estava no piso
principal e andou em direção à morena. Era uma Caçadora,
uma garota que ficava ao redor das lutas subterrâneas na
esperança de pegar um lutador. Alguns lutadores evitavam
Caçadoras, porque todas queriam ser o centro das atenções
por estar com um campeão e o dinheiro que vinha com esse
título. London, claramente, não era um dos caras se
afastavam. Olhou para a garota de cima a baixo. Era um
pouco magra para o seu gosto, mas só queria uma transa
rápida e não havia dúvida de que estava disposta. Ross, um
dos organizadores do circuito subterrâneo, veio até ele e lhe
deu um tapa na parte de trás das costas.

— Boa luta. Boa luta. — empurrou um envelope escuro


no peito de London e inclinou-se próximo de seu ouvido. —
Bernard ligará até o final da semana. Temos um ao vivo
entrando, perguntando especificamente por você.

Isso despertou o interesse de London. — Sim? —


London não era um estranho para os acontecimentos da luta
subterrânea. Era assim que ganhava a vida e os 5 mil que
estava no envelope que segurava era uma prova disso. Mas
não o fazia apenas pelo dinheiro. Gostava do cara a cara,
lançando golpes e, ocasionalmente, deixando seu adversário
conseguir um pouco sobre ele. A dor o fazia se sentir vivo e o
deixava elétrico por mais. Talvez fosse um masoquista e
sádico.

— Sim, aparentemente o viu lutar em sua cidade natal e


quer uma luta. O cara é conhecido como O Leão no circuito.
— Isso certamente interessou London. Embora não ouviu
falar deste lutador antes, porque havia muitos novatos para
acompanhar, mas amava um desafio, especialmente quando
pediam para lutar especificamente com ele. Ocasionalmente
permitiam caras das ruas para o ringue, aqueles que eram
bastardos e pensavam que eram duros o suficiente para sair
com os caras grandes. Na maioria das vezes, não duravam
nem uma rodada. — Ouça, entraremos em contato. Boa luta,
homem. — Ross lhe deu um tapa nas costas mais uma vez
antes de desaparecer no meio da multidão.

London voltou sua atenção para a morena. Não disse


nada, apenas inclinou a cabeça para o lado e estendeu sua
mão para segurar a dela.

As pessoas abriam caminho para ele e rapidamente foi


para a parte de trás do armazém. Havia algumas salas no
canto, mas não havia nada limpo ou respeitável sobre os
lugares que lutava. Abriu uma das pesadas portas e puxou-a
para dentro. O som do metal fechando ecoou por toda a sala,
fazendo seus ouvidos vibrarem.

— Você estava tão quente...

— Shh, não é por isso que veio aqui, não é? — virou e a


olhou, mas mal via seu rosto na escuridão que os rodeava. A
luz da sala principal iluminava a parte superior da parede
improvisada que criou salas menores em todo o armazém.

Sua respiração falhou com a pergunta grosseira.

— Não, acho que não foi. — podia ser um idiota, mas


ambos sabiam que estava atrás de seu pau da mesma forma
que queria o que estava entre as coxas. Seu pênis começou a
endurecer e pressionou-a contra a parede e abaixou sua
bermuda. Poderia levá-la para outro lugar, se limpar e,
possivelmente, ser um cavalheiro, mas não estava disposto a
jogar e sabia que ela também não. A saia que usava era
malditamente curta e facilmente a levantou sobre as coxas e
no seu traseiro. É claro que ela não usava calcinha. Afastou-
se apenas o tempo suficiente para pegar um preservativo de
sua mochila, rasgá-lo, abrir e colocá-lo sobre seu eixo.

— Estive observando todas as suas lutas. Adoro o quão


cruel é no ringue — disse ela um pouco sem fôlego.
Aproximou-se dela novamente, agarrou sua cintura muito
fina, inclinou sua bunda e alinhou-se em sua vagina. Não se
incomodou em lhe responder. — Estou tão quente por você.
Vamos, London...

— Pare. — disse essa única palavra e felizmente ela


parou de falar. Só queria transar, queria esses poucos
momentos de prazer, e, em seguida, seria ele. Odiava o fato
de que dizia seu nome. Sim, era um bastardo. Em um
movimento estava enterrado dentro dela. Isso seria rápido,
porque não queria que fosse de outra forma. Dez minutos
depois, gemia o seu orgasmo ao mesmo em tempo que ela
choramingava o seu segundo. Retirou-se, tirou o preservativo
e o amarrou antes de jogá- com os outros detritos e lixo que
os rodeava. A garota, cujo nome sequer se preocupou em
saber, abaixou a saia e virou-se para olhá-lo. A culpa o
atingiu, assim como uma boa dose de auto aversão. Era
consciente depois que fodia nos bastidores.

— Qual o seu nome?

Ela se animou, e seu sorriso aumentou, o que o fez se


sentir ainda mais bastardo.

— Becky Thad. — deu um passo mais perto e podia ver


um flash de dentes artificialmente brancos na escuridão. —
Juro que vi todas as suas lutas. Você é surpreendente. —
Agora lamentava ter iniciado esta conversa. Realmente não
queria que ela pensasse que era mais do que aquilo que
acabou de fazer. Isso aconteceu no passado, onde uma
mulher que fodeu pensou que estavam em algum tipo de
relacionamento e se sentiu como um grande canalha quando
precisou definir a situação. Claro que estar cercado por
mulheres veio com o território e era provavelmente o único
lutador que tinha remorso do fodedor.

— Isso é ótimo — disse ele distraído e abaixou para


pegar uma camiseta de sua mochila. Depois que a colocou,
virou e viu que ainda o olhava. — Tudo bem. — Merda, este
era um momento estranho. Sempre era. — Te vejo ao redor,
Becky. — sorriu, na esperança de suavizar o golpe com o fato
de que só queria dar o fora de lá.

Não perdeu o olhar decepcionado que rapidamente


atravessou o seu rosto, mas recuperou-se e sorriu. — Sim, te
vejo por aí, London.

Inclinou o queixo na sua direção e abriu a porta


enferrujada. A luz entrou e o som de gritos e corpos batendo
intensificou. Olhou por cima do ombro para Becky e deu um
passo para o lado. Podia ser um cavalheiro, às vezes. Ela
abriu um grande sorriso novamente e passou por ele e para a
arena.

London andou rápido, passando por ela e todos os


outros e não olhou ao redor até que estava do lado de fora e
com a sua moto. Colocou o capacete e ligou o motor. Adorava
a sensação de sua Harley debaixo dele, vibrando com vida.
Levou 45 minutos para chegar a sua casa. Uma vez lá dentro,
entrou no banheiro para um banho, deixou a água tão quente
quanto podia e entrou. London esfregou-se até que sua pele
estava em carne viva, mas ainda se sentia sujo. Era sempre a
mesma sensação que o dominava, mas continuava neste
caminho. Era autodestruição e às vezes se questionava sobre
o porquê fazia isso. Se acabara de transar, não tinha que se
sentir assim depois, mas não conseguia parar. London não
podia parar de lutar; não podia deixar de ter essa inquietação
dentro dele e não conseguia parar gastar sua energia com
uma mulher disposta. Era um ciclo interminável vicioso:
adrenalina, endorfina, euforia e depois, escuridão.

O vapor subia ao seu redor rapidamente e apoiou um


antebraço no azulejo e descansou a cabeça sobre ele.
Fechando os olhos, tudo o que podia imaginar era Sunny,
como uma luz brilhante lavando a escuridão nojenta em que
se banhava. Quando se mudou para Absinto com seu amigo e
companheiro lutador Brock, nunca imaginou que se
apaixonaria por uma mulher tão rapidamente. Brock era
implacável e London nunca pensou na possibilidade de Brock
se casar, mas estava claro que, quando se tratava de Izzy,
que ele moveria céu e terra apenas para agradá-la. Tirou
sarro de Brock, chamando-o de bichinho de estimação de
boceta e o irritou, mas no fundo London queria isso. Queria
ter uma garota para proteger, que pudesse ser ele mesmo,
abraçar durante a noite e não ter que manter essa imagem de
ser um lutador invicto, que saía com mulheres sem nome e
não dava a mínima para nada.

Gostava do que fazia e como ganhava a vida, mas


também queria ir para casa e ter algo que não fosse apenas
quietude e sombra. Qual era o ponto de ter dinheiro, uma
bela casa, terra para apreciar, quando estava sozinho? Porra,
queria Sunny, mas Mack, aquele filho da puta, estava certo.
Ela era muito boa para ele. Ali estava, fodendo com mulheres
aleatórias contra paredes sujas, da mesma maneira que fez a
maior parte do tempo, e querendo dar um soco em si por
causa disso.

Sunny, com seu cabelo dourado longo que batia na


parte superior de seu traseiro, com olhos muito azuis que
quase pareciam irreais quando a luz os tocava e seu corpo
tão cheio de curvas que era feito para um homem como ele,
tornava o momento mais difícil que vivia. Mas não era apenas
porque era a mulher mais linda que já viu. Sunny era muito
inteligente, foi para a escola para os negócios e ajudava
Harlond com os livros. Era por isso que precisava ficar longe
dela.

London agarrou seu pênis e apertou-se na base. Estava


duro novamente e só de pensar nela. Sentiu a ascensão
familiar de energia frenética dentro de si, do tipo que só era
extinta com uma foda forte ou uma boa briga. Não faria nada
disso agora. Era tarde demais, estava muito cansado e só
queria dormir. Começou a masturbar-se, tentando aliviar a
pressão em seu pau e bolas, mesmo que soubesse que não
faria nenhum bem. Mas parecia muito bom, especialmente
quando imaginou que tinha Sunny pressionada contra a
parede do chuveiro, seu pau enterrado profundamente nela,
mordendo seu ombro enquanto tentava não gritar com a
intensidade disso. Gemeu em seu orgasmo, mas foi um
prazer vazio e seu pau ainda estava duro.

— Merda. — esfregando uma mão sobre o rosto e


desligando a água, estava pronto para terminar a noite.
Pegou uma toalha, enrolou-a em sua cintura e ficou na frente
da pia. O espelho estava embaçado e passou a mão sobre ele.
Seu rosto parecia abatido e a prova de sua luta mais cedo se
destacava em sua pele recém lavada. Seu lábio estava
cortado, assim como sua sobrancelha direita e um hematoma
começava a se formar em sua bochecha esquerda. Doíam pra
caralho, mas não podia fazer nada. Precisava fazer a barba,
mas estava cansado demais até mesmo para isso. Talvez
devesse fazer outra tattoo, deixar a sensação da agulha
adicionar um pouco de dor em seu corpo. Amanhã seria outro
dia de cobiçar a filha do treinador, que apenas significava que
arrebentaria seu traseiro mais forte no ringue tentando
entorpecer seus sentimentos com socos e pontapés.
Capítulo Três
Sunny sentou-se atrás da mesa de aço velha de seu pai
no ginásio e passou por cima de seus livros. Foi para a escola
para isso, adorava o aspecto do negócio em todos os ângulos,
mas, eventualmente, queria se ramificar. O ginásio e tudo o
que implicava era sempre uma parte de sua vida. Adorava
isso, mas queria algo mais, algo que não fosse sobre a luta e
testosterona. Estudava o livro de contabilidade, mas o som da
porta abrindo chamou sua atenção. Levantou a cabeça e
tirou os olhos dos números que estudava. Esperava que seu
pai ou mesmo Mack entrasse para ver como estava. Esteve
nesta sala nas últimas horas, mas, para sua surpresa, era
London. Constrangimento a inundou com a sensação da
umidade entre suas pernas. Estava doente, tinha que ter um
parafuso solto em sua cabeça para ter esse tipo de reação
ridícula e intensa apenas em olhar para um cara. Ele estava
suado e achou a visão altamente erótica. Seu cabelo loiro
curto estava grudado em sua testa e seu peito nu mostrou
gotas de suor em sua vasta extensão dura. A iluminação
fluorescente fazia com que as tatuagens coloridas que
cobriam seus braços brilhassem.

— Oi, Sunny. — sua voz era profunda e a maneira como


disse o seu nome fez com que pensasse em todos os tipos de
coisas que não devia... mais uma vez. Antes que pudesse
responder, falou novamente. — Pensei que Harlond estivesse
aqui.

— Oh, sim... não. — sentiu o calor da face em sua


resposta. Levantou o braço e esfregou a parte de trás do seu
pescoço com a mão. Sunny ficou paralisada pela forma como
seus músculos flexionaram apenas em fazer um pequeno ato
assim. Limpando a garganta, disse — Posso avisá-lo que
precisa vê-lo ou posso tentar seu celular.

Olhou por cima do ombro para o andar principal e o


som de combatentes trabalhando fora na sala filtrada. Apesar
de seu melhor juízo, olhou para seu peito, para seu abdômen
onde cumes enormes desciam logo abaixo da superfície de
sua pele dourada e para o duro e definido V de músculo logo
abaixo de seu shorts. Deus, o queria tanto. Quando olhou
para o rosto novamente, imediatamente sentiu o calor subir
pelo pescoço até seu rosto mais uma vez. Ele a olhava e, por
sua expressão, não havia nenhuma dúvida em sua mente que
viu exatamente o quanto o olhou. Por um instante, tudo o
que fizeram foi olhar um para o outro, mas, lentamente o
canto de sua boca se elevou em diversão. Droga, ele achou a
coisa toda bem-humorada, que era o mais distante de sua
mente e só aumentou sua humilhação.

— Não, tudo bem. Falo com ele quando vê-lo. Não era
nada importante. — a olhou em silêncio e não podia deixar de
passar sob a sua avaliação. Depois do que pareceu um
desconfortável e longo momento de silêncio, ele finalmente
falou novamente. — Escute, faremos uma pequena reunião lá
na casa de Taylor hoje à noite. Não é nada grande, mas é
mais que bem-vinda para ficar conosco. — Ela ficaria
exaltada para ir e passar tempo com eles, bem, com London
mais do que com o resto, mas a maneira como disse, quase
como se ela fosse um dos rapazes, a encheu de decepção.
Realmente deveria apenas ser grata que a convidou. Isso é
quão desesperada e quente estava para tê-lo e quão triste era
isso?

— E o meu pai estará lá? — Por que pensou nisso?

Seu sorriso foi instantâneo. — Realmente acha que


Harlond aprovaria nos embriagarmos ou que sua filha se
junte a esse tipo de diversão? Sabe tão bem quanto eu que
ele colocaria nossas bolas em bandejas de prata. — Isto era
verdade, por isso se perguntou por que a convidava se a ira
de seu pai era prometida se descobrisse. — Mesmo se não
vier com Harlond, não é sobre bebermos, mesmo que algum
de nós não se atenha ao esquema. — empurrou o batente da
porta, mas não fez qualquer movimento para se aproximar. —
Ouça, Sunny. Sem pressão. Vejo que cumprimenta todo
mundo, se certificando de que estamos bem, então volta aqui
e arruma os livros. Precisa relaxar com os caras, assim como
fazemos.

Sorriu novamente e seu coração apertou. Assim como


um dos caras. Claramente era assim que a via e não sabia o
que era pior: passar despercebida por ele ou ser considerada
como um deles. Na verdade, algumas vezes quando o pegou
olhando para ela, pensou que poderia sentir o mesmo tipo de
atração que sentia. Mas é evidente que estava errada e deixou
seu desejo por ele encobrir o seu bom senso.
— Sabe onde Taylor mora? — Levou um momento para
responder, mas finalmente concordou. — Tudo bem, se
decidir ir, pode chegar por volta das nove. Taylor vai grelhar
uns hambúrgueres e haverá cerveja, a menos que não queira
isso. Posso pegar algo mais se quiser. — não sabia o que
dizer, então apenas sorriu sem jeito. Este era London, o cara
que cobiçou por mais tempo do que gostaria de admitir e
queria sair com ela... como amigo. — Você tem meu número,
né? — assentiu. Tinha o número de todos os que trabalharam
no centro de treinamento, para lidar com os livros e sua
necessidade de saber que estava aqui. — Bom. Se decidir ir,
apenas envie uma mensagem. — virou para sair, mas parou e
olhou por cima do ombro. — Adoraria se viesse, Sunny.

E assim, com um sorriso sexy, deixou-a sozinha, com


fogo correndo através de seu corpo.

Era um idiota. Um completo imbecil por convidar Sunny


para ir até a casa de Taylor. Só iria um monte de caras do
centro da cidade e talvez até mesmo algumas garotas, mas
por alguma razão idiota, London convidou a filha do
treinador. Quando a viu sentada atrás daquela mesa, seu
cabelo loiro preso em um coque bagunçado, seu decote aberto
ligeiramente e dando-lhe um vislumbre de seus seios, todo o
bom senso desapareceu. Não era que não a quisesse na festa,
porque queria, e muito. Era mais pelo fato de que brincava
com fogo e se queimaria. Isso não era mesmo uma pergunta.

— Imbecil. — parou e olhou para Taylor, que correu até


ele.

— Porra. — London sorriu para o outro lutador.

— Ei, o ouvi falar com Sunny. — Taylor, o olhou como


se esperasse algum tipo de resposta.

— OK? E? — London cruzou os braços sobre o peito e o


olhou. Taylor olhou para a porta do escritório fechada e
novamente para London. Estava ali, na expressão de Taylor,
que o outro cara sabia que era perigoso para Sunny.

— Nada, cara, apenas ouvi convidá-la para vir hoje à


noite.

— Isso não é um problema, é? — não disse isso com


uma atitude, porque provavelmente deveria ter perguntado a
Taylor primeiro, porque era a sua casa, mas tudo o que
pensava era ver Sunny.

— Nada. É só... — Taylor passou a mão sobre a parte


raspada da cabeça. — Só espero que saiba o que faz.

London apertou a mandíbula e não ouviria outro sermão


como o que teve de Mack relativo a Sunny.

— Não comece. — Taylor ergueu as mãos na frente dele


e balançou a cabeça.

— Sem problema, cara. Só espero que saiba o que faz. —


Taylor sacudiu a cabeça e andou, passando por London e
para as esteiras. London virou e o viu recuando. Estava com
raiva de si mesmo, porque não podia simplesmente se afastar
de Sunny e estava chateado que todos o tratavam como se
não soubesse com o que lidava. Sabia a repercussão que teria
se realmente colocasse em prática o que queria fazer com ela,
mas lá estava, fazendo exatamente o que não deveria fazer.

— Merda. O que está fazendo? — poderia se comportar


ao redor dela e guardar para si mesmo o desejo... certo?

— Vamos lá, Romeo. — Taylor chamou da esteira e


assumiu a postura de um pugilista. Seu sorriso era largo e
London capotou com ele. Taylor fez beicinho. — Não seja
assim, querida. — London caminhou até ele, prestes a chutar
a sua bunda, mesmo que estivesse brincando. — Tudo bem,
estou feliz por conseguir uma reação sua. — Taylor ergueu
seus punhos e franziu as sobrancelhas. — Significa que será
um bom adversário. — Ficou saltando quando London parou
a sua frente.

— Está pedindo para chutar seu traseiro — London


rosnou, sabendo que uma boa luta era exatamente o que
precisava para extravasar essa raiva súbita. Taylor riu e
abaixou as mãos. London estalou os dedos e rolou o pescoço
em seus ombros. — Que tal lutamos? — O sorriso de Taylor
aumentou, fazendo London sorrir também, mas não de
felicidade. Tinha um monte de energia para queimar,
especialmente antes de hoje à noite. Se Sunny fosse,
precisaria controlar seu temperamento.
Sunny realmente não podia acreditar no que fazia.
Parou o carro em frente à casa de Taylor e desligou o motor.
O som de refrigeração do Toyota encheu o interior e de
repente, silêncio. Tentou se convencer em cair fora disso
muitas vezes para contar desde que London a convidou, mas
sempre voltava com a mesma decisão — iria para a festa. Era
muito ruim procurar algo para dissuadi-la de ir atrás de
London, porque isso era exatamente o que fazia. Ele tinha 30
anos e disse a si mesma que uma diferença de 8 anos era
muito. Mas é claro que não era. Puxando seus pensamentos
de volta ao presente, olhou para a casa. Todas as luzes
estavam acesas e podia ouvir a música de rap pesado
tocando pelas janelas abertas. Não sabia como nenhum dos
vizinhos chamaram a polícia por causa da perturbação
sonora, mas talvez estivessem com medo, especialmente
considerando que muitos lutadores de MMA estavam lá
dentro. Ficou no carro por mais tempo do que o normal, mas
estava muito nervosa. Se sairia com caras que considerava
seus amigos, então por que se sentia culpada por mentir para
seu pai sobre onde iria hoje à noite?

Porque mesmo sendo adulta, ele a repreenderia e diria


que todos no centro eram inapropriados para a sua menina.
Ela revirou os olhos para seu monólogo interno, mas era
a verdade. Mack e seu pai eram muito protetores com ela,
mesmo sendo uma mulher adulta. A realidade era que podia
cuidar de si mesma, então a preocupação não se justificava.
Teve aulas de autodefesa, foi oficialmente treinada por alguns
dos caras no centro e não era a pequena flor delicada que
todos gostavam de acreditar.

Olhando seu telefone percebeu que passava das dez.


Enviou uma mensagem a London dizendo que estava no
centro terminando algumas coisas de última hora, mas ele
não respondeu. Seria uma má ideia? Sunny saiu do carro e
começou a ir em direção à casa, mas antes que atingisse o
patamar, passos vieram da porta da frente que se abriu e
uma morena com os maiores seios que já vira saiu e outra
garota de cabelos escuros a seguia de perto por trás. Ambas
pegaram cigarros e acenderam quando olharam para Sunny
com desagrado. Não era como se não soubesse que garotas
estariam aqui, porque mesmo que London dissesse que eram
apenas os caras, as Caçadoras também estavam ao redor.
Odiava aquele pequeno título que davam às mulheres que
corriam atrás de lutadores apenas para dizer que os tiveram.

— Está muito agasalhada para um desses encontros,


querida — a morena com os seios enormes disse em um tom
aborrecido e soltou uma nuvem de fumaça de cigarro em sua
direção.

Sunny olhou a roupa da outra mulher e, em seguida,


para a amiga. Elas usavam tops que mais pareciam tiras de
elástico que mal cobriam os seios e as saias eram curtas o
suficiente que se inclinassem, não havia nenhuma dúvida
que suas bundas e tudo mais sairiam e daria a todos uma
piscadela.

— Qualquer pessoa com roupa estaria agasalhada em


comparação a vocês duas. — ouviu dois suspiros chateados,
mas não ficou por ali para ouvir o que diriam em retaliação. A
casa cheirava a uma mistura de álcool e perfume barato,
presumivelmente das duas garotas que acabaram de sair. O
interior da casa de Taylor era exatamente o que imaginava
que era um apartamento de solteiro. A sala estava à sua
esquerda e havia uma TV de tela plana enorme e um sofá de
couro. Havia uma cozinha a direita e tudo que via era a mesa,
que estava repleta de chips, um prato com várias carnes e
cerveja e bebidas para alimentar um cavalo e nocauteá-lo. A
música era alta e obscena, mas estava acostumada a isso, até
gostava. Mesmo sobre as letras fortes, podia ouvir o riso
masculino profundo e xingamentos. Foi em direção às vozes.

— Cara, ela veio totalmente para mim. Quer dizer,


estava todo suado e ela me empurrou para os bastidores,
esfregando sua bunda em meu pau, e bem, o que deveria
fazer? — Quanto mais se aproximava, mais clara a conversa
tornou-se, se é que alguém podia mesmo chamar isso de
ostentação sobre conseguir um pedaço de bunda. Se não
falavam sobre luta, falavam sobre sexo.

— Cara, não foi tão quente como a garota que comi


ontem à noite. — esse era Taylor falando e seu tom arrogante
a fez gemer em aborrecimento. Eram todos iguais... homens
que só pensavam em transar. — Porra, estava molhada,
também. — Sunny chegou ao final do corredor e entrou na
sala da onde as vozes vinham. Uma mesa de bilhar estava de
um lado da sala, alguns sofás e até mesmo um minibar
abastecido com bebidas alcoólicas. Outra TV de tela plana na
parede, o volume silenciado e um jogo de luta no UFC.
Imediatamente localizou Taylor e olhou para os outros quatro
caras, Jason, Mason, Matthew, e Nate todos se sentaram no
sofá, e cada um deles tinha uma menina no colo, além de
Taylor. London a convidou, mas ele não estava em qualquer
lugar para ser visto.

— Cara, tenho esse assassino BJ 2... — Jason parou de


falar quando a viu, e parecia que tudo tornou-se um silêncio
mortal. Uau, falar sobre ser um assassino de humor.

— Oi, Sunny. — Taylor sorriu de forma ampla e levantou


a mão. — Ainda bem que veio, mas London disse que não
achava que apareceria. — abaixou e bagunçou seu cabelo.
Ele era apenas três anos mais velho que ela, mas agia como
se fosse uma garotinha. Todos faziam isso de fato.

— Sério? — ergueu suas sobrancelhas em confusão. Só


passou um pouco mais de uma hora de atraso e enviou uma
mensagem dizendo que viria. Talvez não conseguiu ler? —
Onde London está?

— Não tenho certeza. Ele se dirigiu pelo corredor com


uma garota... — parou de falar e de repente parecia
desconfortável.
2 Jay Dee Penn, popularmente conhecido como B.J. Penn, é um lutador de
MMA e faixa preta de Jiu-Jitsu brasileiro. Ele é o ex-campeão do UFC na
categoria dos leves e meio-médios.
— Oh. Ok. — sua garganta estava seca de repente, mas
disse a si mesma que sua reação era injustificada. London
não era dela e sentir ciúmes sobre ele ter relações sexuais
com uma garota aleatória não era sua preocupação. Sabia o
tipo de cara que era, ouviu o suficiente dos lutadores para
saber que eram todos galinhas, mas ainda assim, nunca
aceitou tudo numa boa e tinha um gosto amargo na boca.
Talvez devesse sair e esquecer, pois vir aqui realmente foi
uma má ideia. — Eu deveria ir.

Taylor abriu a boca para dizer algo, mas ela virou, de


repente sentindo-se tão tola e não sabendo muito bem o
porquê. Mas quando foi capaz de caminhar à direita no final
do corredor, bateu em uma parede muito dura que parecia de
aço. Mas o cheiro que invadiu seu nariz lhe disse que era
muito mais que um homem que estava pressionada, era
aquele de quem atualmente tentava fugir.
Capítulo Quatro
Sunny colocou as mãos no peito à sua frente e
lentamente olhou para London. Ele a olhou silenciosamente
com seus olhos azuis.

— Sinto muito. — Por que disse isso? Merda, precisava


manter a boca fechada.

Deu um sorriso. — Oi, Sunny. — Apenas ouvi-lo dizer o


seu nome a deixava molhada e excitada e também totalmente
frustrada.

— London. — a voz lamuriosa que veio de trás dele era


familiar. Sunny tirou as mãos de seu peito e deu um passo
para trás. Ele apertou a mandíbula e olhou por cima do
ombro. — Pensei que iríamos a algum lugar um pouco mais
privado? — a morena com os seios enormes aproximou-se
dele e passou a mão sobre o peito. Calor cobriu o rosto de
Sunny. A garota que ficou do lado de fora na varanda, aquela
quase sem roupa, olhou para Sunny e um sorriso mal
intencionado cobriu os lábios perfeitamente pintados. —
Baby, você prometeu.

Deus, sua voz era como prego em um quadro. Sunny


olhou para o rosto de London novamente, o viu observando-a
atentamente e sentiu o peso da situação sobre seus ombros.
Foi uma tola pensar que viria aqui esta noite com o pretexto
de que era apenas amizade. Era estranho e desconfortável ver
seu estilo de vida ser esfregado em seu rosto, mas não tinha
ninguém para culpar além de si mesma.

— Não achei que viria. — sua voz era profunda e quando


afastou as mãos da morena de cima dele e se aproximou,
Sunny deu um passo para trás. Havia ainda alguma conversa
bem atrás dela, por isso, felizmente, os caras não assistiam
esta troca estranha. Sua reação e o ciúme ao longo deste
encontro era ridículo porque, na verdade, o que achava que
aconteceria entre eles? Será que achava que compartilhariam
algum tipo de momento íntimo, esta noite, revelando como se
importavam um pelo outro? Sim, vivia em um mundo de
sonho.

— London. — disse aquela voz lamuriosa novamente.

— Missy, se toca. — London lançou um olhar mordaz à


garota de cabelos escuros, mas Sunny tinha que dar o crédito
a garota por não recuar. Aquele olhar por si deixaria homens
menores de joelhos, mas ela empinou peito e bufou.

— Tudo bem. — olhou para Sunny. — Se quer algo fora


do negócio, então que tenha. — suas palavras eram
superficiais e Sunny não lhe deu nenhuma reação. Ouviu
falar muito e, se esta cadela pensou que a intimidaria então
todo o silicone no peito subiu para seu cérebro.

— Basta dar o fora daqui, Missy. — London parecia


cansado e exasperado. Missy bufou outra coisa e virou para
voltar para onde os outros caras estavam. — Sinto muito
sobre ela. — Sunny o olhou. Estava com raiva de si mesma
pela maneira como se sentia, como o deixava fazê-la sentir, e
porque realmente que veio aqui quando, no fundo, sabia
melhor. Ele pegou seu celular e as franziu as sobrancelhas.
— Merda, a bateria descarregou e nem percebi.

Ele colocou o telefone novamente no bolso e a olhou. Foi


então que, enquanto observava os movimentos seus sutis,
que percebeu que London estava bêbado. Seus olhos estavam
brilhantes e se inclinava um pouco para o lado. Como não
percebeu isso inicialmente? Oh, sim, porque quando o viu
toda a atividade cerebral a deixou.

— Uh. — não sabia o que dizer. Nunca viu London


embriagado, porque normalmente todos os caras estavam em
dietas rigorosas e regimes quando treinavam.

— Estou feliz que veio.

— Parece que estava ia interromper alguma coisa. —


fechando a boca, imediatamente se arrependeu dizer isso.
Este não era o seu negócio e London certamente não era
qualquer um. Seu ciúme era injusto e sentiu-se uma cadela.
Por vários longos segundos, ele não disse nada. — Escute,
sinto muito. Isso realmente não é problema meu e nunca
deveria ter dito isso. — deu-lhe um sorriso, mas ele parecia
desconfortável, o que era algo que nunca viu em London. Ele
sempre parecia tão responsável, tão seguro da situação, mas
quase parecia que estar ao seu redor era doloroso.

— Quer algo para beber? — ele mudou a conversa sem


problemas e ficou agradecida. Realmente deveria ter apenas
continuado andando pelo corredor e saído pela porta da
frente, mas ao invés disso, deixava seu corpo ditar seu
próximo passo.

— Sim, claro. — deu-lhe outro sorriso e sentiu alívio


quando ele retribuiu o ato. Ela o seguiu até a cozinha e não
podia deixar de olhar para a forma como os músculos das
suas costas moviam-se debaixo de sua camiseta fina.
Acabaram na cozinha e ele pegou algumas cervejas da
geladeira, um abridor e abriu a tampa de uma delas e lhe
entregou. Ele abriu a sua cerveja e se afastou alguns passos
dela, se inclinando no balcão. Estava tranqüilo enquanto
bebia profundamente da garrafa e a olhava por cima da
borda.

— Está muito bonita esta noite, Sunny. — segurou a


garrafa livremente entre dois de seus dedos, e do jeito que
olhou para seu corpo era como se realmente estendesse a
mão e a acariciasse. Deus, ele descaradamente a analisava.

— Obrigada? — podia chutar sua própria bunda. Deus,


realmente acabou de dizer ‘obrigada’ na forma de uma
pergunta? Pelo sorriso torto que lhe deu, sabia que estava
corando. Não era como se usasse roupas provocantes. Veio
direto da instalação e seu short e blusa eram considerados
modestos comparados aos trajes das outras mulheres ao
redor. Sua risada era baixa e sentiu arrepios entre as coxas.
Apertou as pernas, mas droga, ele pegou o ato. Seus olhos
caíram para a referida área e sua expressão assumiu uma
qualidade nebulosa, semicerrada. Ele engoliu em seco e seu
pomo de Adão se moveu para cima e para baixo pela ação.
Que acontecia? Esta era a primeira vez que London
mostrou um interesse sexual por ela, claramente, porque
bebeu, mas não podia pôr um fim a isso... o que quer que
isso fosse. Tomou um longo gole de sua cerveja, provando o
sabor amargo e precisando de mais. Sentia-se desequilibrada,
mas precisava lembrar a si mesma que provavelmente ele
quase teve relações sexuais alguns momentos antes. Mas
também aplacou-se pelo raciocínio de que não poderia confiar
apenas no que Missy disse. Talvez disse para irritá-la? Sim,
provavelmente não, mas certamente fez Sunny sentir-se
melhor, especialmente quando pensou sobre todas as coisas
que London faria com a outra garota se Sunny não tivesse
chegado aqui esta noite.

Nenhum dos dois disse nada durante o que pareceu um


longo tempo e Sunny continuou a beber sua cerveja até que
estava vazia, apenas alguns minutos mais tarde. London
sorriu para ela, virou para a geladeira para pegar outra e
levantou-a questionando. Realmente não deveria, mas se
sentia estranha ao seu redor, especialmente pela forma como
a olhava com este intenso desejo brincando em seu rosto.

Ele está bêbado e não pensa claramente, Sunny.


Realmente precisa impedir que isso siga adiante. Tentou em
vão ouvir a voz da razão, porque as coisas ficariam fora de
controle muito rapidamente e não seria uma das fodas de
uma noite de London. Entregou-lhe a nova cerveja, mas em
vez de encostar-se ao balcão novamente, se aproximou dela.
Encontrou-se pressionada contra a ilha e incapaz de fazer
muita coisa além de observar sua abordagem. Quando ele
estava perto o suficiente para que sentisse o hálito de sua
respiração, que cheirava a bebida forte, fechou os olhos e se
forçou a não gemer. O cheiro não deveria ser excitante, mas
por Deus, era e muito forte. Abriu os olhos bem a tempo de
vê-lo chegar. Tudo acalmou dentro dela, mas não a tocou e,
ao invés disso, pegou algo bem atrás dela. Seus peitos se
uniram e ela sentiu a dureza de seus músculos se movendo
ao longo de sua suavidade. Seu pulso bateu em seus ouvidos,
abafando todos os outros sons. Quando ele se afastou,
raspou sua bochecha nela e o cheiro de sua colônia a atingiu.
Mas ele não se afastou imediatamente e, ao invés, respirou
fundo à direita na base da garganta. A barba rala que
enfeitava seu rosto era tão pecaminosamente boa em sua
mandíbula. Ele deu um passo para trás, não um grande,
porque ainda estava muito perto dela, o suficiente para que
visse que pegou um abridor de garrafas. Pegou a cerveja da
sua mão, tirou a tampa e entregou-a novamente para ela,
sem quebrar o contato visual. Seus dedos se tocaram quando
pegou a garrafa e sua boca ficou seca com o olhar aquecido
que lhe deu.

O som de das músicas obscenas ecoando nos auto


falantes não impediu o que sentia. Queria London e, a menos
que estivesse completamente errada, ele a queria também,
embriagado ou não. Levou a cerveja para a boca e engoliu
metade dela rapidamente. Não era muito de beber, mas beber
a primeira cerveja e metade da segunda juntamente com a
sensação inebriante de tê-lo tão perto e do cheiro incrível que
o rodeava a deixou bêbada. Ele a olhou e ela lambeu os lábios
e disse — O quê? — sua voz era baixa e ofegante e rezou para
que não percebesse o efeito que causava nela, mas pela forma
como a observava, lhe confirmou que London sabia. Ele sabia
exatamente aonde esta situação iria.

— Estou fodido.

Seu coração disparou. Essas duas palavras não lhe


disseram nada sobre o que pensava ou por que olhava para
ela, mas o magnetismo que sentia por ele era inegável.

— O que, L-London? — limpou a garganta, sua voz


falhando no seu nome. Ele deu um passo mais perto dela e
mais uma vez seus peitos ficaram apenas alguns milímetros
de distância. Se Sunny apenas respirasse profundamente, se
tocariam. Não olhou no rosto dele, não podia porque estava
claro que não podia mesmo manter suas emoções sob
controle, enquanto estivesse ao seu redor. O leve toque de
seu dedo segurando o queixo, levantando a sua cabeça para
que fosse forçada a olhá-lo, era como um rápido e
dolorosamente despertar com um pontapé no estômago. A
boca de London foi se separando e seus olhos treinados em
seus lábios.

— Estou fodido quando se trata de você. — Antes que


pudesse reagir às suas palavras, colocou sua boca na dela e
sua língua lanceou entre os lábios. Sunny ficou tão chocada
por sua ação repentina que ficou ali, imóvel, enquanto
acariciava sua língua na dela. London separou-se e enterrou
o rosto em seu pescoço, inalando profundamente. — Sinto
muito, querida. Porra, não devia ter feito isso. — respirou
fundo mais uma vez. — Você cheira tão bem, tem um gosto
bom para caralho e é tão incrível. — sua voz era baixa e
rouca e quando ele se afastou, ela reagiu por instinto.

Segurando seu rosto entre as mãos, levantou-se na


ponta dos pés e apertou seus lábios contra os dele. O gemido
respondeu, impulsionando a sua coragem e, desta vez, ela
que escorregava a língua entre os lábios. London tinha gosto
de uísque e cerveja, e mesmo que nunca achasse o sabor
atraente, não conseguia conter o gemido que soltava. Este era
London, o único cara que queria tanto, que doía. O sabor foi
atado em sua língua, tornando-se viciante. Não conseguia ter
o suficiente ou se aproximar dele e precisava disso, precisava
ser fundida com London Stein. Pressionando o peito ao seu,
amou que seus mamilos ficaram instantaneamente duros
quando seu abdômen duro moveu-se ao longo de seus seios
de uma forma puramente erótica. Ambos respiravam com
dificuldade e era como se nenhum deles conseguisse ar
suficiente em seus pulmões.

Ele estava tão duro, sua ereção pressionando em sua


barriga e provocando todos os tipos de sensações que
deslocavam-se através dela, especialmente diretamente para
sua vagina. Ela estava insuportavelmente molhada e o tecido
da calcinha esfregou em suas dobras sensíveis. Em um
movimento que Sunny não sentiu, London moveu as mãos
atrás dela, sobre os quadris e segurou a parte de trás das
coxas, bem debaixo do seu traseiro. Ele empurrou o jeans por
suas pernas, enfiou os dedos em sua carne, na carne agora
exposta, e um choque de dor seguido por prazer, a consumia.
O beijo se aprofundou, tornou-se mais frenético e tudo que
podia pensar era como seria a sensação de ter a barra de aço
maciço que London atualmente esfregava em sua barriga,
dentro dela.

Interrompendo o beijo, Sunny engasgou de prazer e


surpresa quando a ergueu com seus braços poderosos e a
colocou sobre a ilha. Ele se posicionou de modo que estava
preso entre suas pernas. Sunny precisou afastar suas coxas
ainda mais para que ele pressionasse sua ereção dentro dela,
e então sua boca estava novamente na dela. Ele fodeu sua
boca com a dele, deslizando a língua entre os lábios e outra
vez até que não havia outra maneira de descrevê-lo.

Por vários momentos longos, tudo o que fez foi beijá-la.


Segurou seu quadril com uma mão, seus longos e grandes
dedos ao redor do osso, lembrando-lhe que era tão forte que
poderia facilmente esmagá-la sem pensar duas vezes. Sunny
era uma menina mais encorpada e certamente não poderia
ser interpretada como esbelta ou flexível, mas ao lado de
London, sentiu-se delicada. Ele moveu lentamente a outra
mão até seu braço, ao longo de seu pescoço e segurou seu
queixo. Inclinando a mandíbula para o lado, aprofundou o
beijo. Quando se separaram Sunny descaradamente admitiu
que não podia nem levantar a cabeça, especialmente quando
London começou a correr a língua sobre sua pulsação.

— Posso senti-la tremer debaixo da minha língua,


Sunny. — ele respirava pesadamente e apertou a mão em seu
quadril. Ele manteve o queixo para o lado e ele passou os
dedos de uma maneira quase causando hematomas contra
ela. — Sei que não devia fazer isso, tentar ter algo muito bom
para mim. — lambeu-a, como algum tipo de animal
marcando seu território. — E mesmo que saiba que isso é tão
errado, não posso parar porque parece tão certo. — Ela não
podia pensar, muito menos vir acima com palavras. — Vou
me ferrar por tocá-la, mas a vida é assim, vale a pena, baby.

Seu cérebro decidiu chutar em marcha depois disso, e


ela encontrou-se dizendo — Ficarei tão encrencada quanto
você. — E ficaria. Seu pai não queria que ficasse com um
lutador, mas aqui estava ela, com London praticamente
envolvido ao seu redor como se não pudesse chegar perto o
suficiente.

— Realmente não tenho nenhuma dúvida disso, baby. —


Através da névoa de desejo e o fato de que ele arrastava suas
palavras um pouco, percebeu que não poderia fazer isso. Ele
estava bêbado e ela não. Seria como se ela se aproveitasse
dele. Isso seria um pensamento divertido desde que London
era muito maior e mais forte do que ela, mas era uma grande
realidade. A verdade era que não me sentiria bem, não
importa quão bem a fazia se sentir, porque se ela se
permitisse passar por isso, sempre se perguntaria se estaria
com ela, se não estivesse embriagado. Quando colocou as
mãos em seu peitoral, os músculos flexionaram sob as
palmas das mãos. Ele continuou a lamber e chupar seu
pescoço e o flash de dor de sua fricção em sua pele sensível,
dos seus dentes raspando sua pele, apenas pareceu fazê-la
sentir-se ainda mais drogada.
— Você tem um gosto tão bom, cheira tão bem. — se
aproximou mais ainda e sua ereção pressionou direto entre
suas coxas. Seu short jeans foi empurrado por suas coxas,
agrupado na junção entre as pernas, mas mesmo com o
material obstruindo-a de senti-lo completamente não havia
como negar que London era um homem muito grande. —
Você está bem, Sunny? — apertou contra ela novamente e
jurou que sentiu o pulso da maldita coisa entre eles. Um jorro
fresco de umidade a deixou e não podia deixar de fechar os
olhos e desfrutar deste momento. Nunca sentiu-se assim,
nem mesmo quando perdeu sua virgindade. Mas durante
esse tempo manteve-se sob controle. Desta vez foi diferente,
porque London era tão dominante, que era o único a
controlar a situação.

Seus lábios estavam ressecados e, ao invés de


responder, porque não conseguia formar palavras, mais uma
vez, balançou a cabeça. Pendurada em seu bíceps, sabia que
precisava parar, mas Deus, isso foi tão bom. Limpando a
garganta e finalmente encontrando sua voz, Sunny disse —
London, não podemos fazer isso. Você está bêbado e eu
tomaria vantagem.

Ele afastou-se o suficiente para olhá-la. O sorriso lento


em seu rosto apertou seu coração. Ele ergueu a mão para
pegar uma mecha de cabelo que soltou de seu rabo de cavalo.
— Sim, estou bêbado para caralho, baby. — seu coração
apertou ainda mais. — Mas não bebi o suficiente para não
perceber que a garota à minha frente é o que queria por um
longo tempo, porra, mas tem sido muito difícil me aproximar.
Ou que a garota na qual estou me esfregando, cheio de tesão
é a que provavelmente fará com que o meu traseiro seja
chutado por seu pai e um grande bastardo russo. — se
inclinou e beijou-a mais uma vez, a acariciou com a língua
até que estava ofegante e se afastou novamente. — E acho
engraçado como pensa que se aproveitaria de mim. — sorriu.
— Então, sim, posso ter bebido, mas porra, sei que quero
meu pau enterrado tão profundamente em você que não
posso nem ver direito, Sunny.

Naquele momento, não se preocupou com o que seu pai


ou Mack disseram ou sobre o dilema que sentia. Tudo o que
podia pensar e sentir era em London aqui com ela. Ele a
queria e talvez isso fosse a coisa mais estúpida que já fez,
mas jogaria o cuidado e todo o bom senso ao vento e daria
exatamente o que ambos claramente queriam.

— Então, Sunny, que tal dizer foda-se para tudo e


apenas fazer o que queremos? — uma pequena voz em sua
cabeça lhe dizia que era melhor se preparar para ter apenas
esta noite com ele, porque isso era tudo o que London era
capaz. Mas outra voz lhe dizia que não se conseguia nada
sem um pouco de risco. Afastou a voz feia de sua cabeça e
abraçou a última. Ela se entregaria a London Stein e seria
incrível. Só esperava que seu coração lidasse com isso
quando tudo terminasse.
Capítulo Cinco
London a tinha nos braços e se afastava da ilha antes
que Sunny entendesse o que acontecia. Quando não lhe disse
que não queria estar com ele, tomou sua boca em um beijo
brutal. Suas línguas duelaram entre si, tentando ter a
supremacia porque parecia que ambos estavam além do
ponto de não retorno. O som de uma porta que rangeu sendo
aberta perfurou o nevoeiro que cobria sua mente, mas
quando abriu os olhos tudo o que viu foi escuridão. Se
separou dele e disse — O que...

Ele a beijou com força novamente e então moveu sua


boca pelo pescoço mais uma vez. Aparentemente, ele tinha
um fetiche por pescoço, mas isso não era um problema para
ela, não com a maneira como lambeu e beijou-a até que
pressionava sua vagina em seu pênis. Desta vez, ele foi para
a base de sua garganta e soltou um som estrangulado, quase
animalesco quando ele chupou sua carne suavemente.

— Preciso muito de você, Sunny. — segurou seu traseiro


e quando começou a apertá-lo, quase pediu para fodê-la ali
mesmo. — Estamos na despensa. Não podia esperar para
tomá-la, baby. — Empurrando-a contra a parede, sentiu as
prateleiras ao seu lado e estendeu a mão para firmar-se
quando soltou uma das suas nádegas e alcançou entre seus
corpos. Ao senti-lo tocando-a sobre seu short, inclinou a
cabeça para trás. London gemeu em seu pescoço e começou a
esfregá-la através do jeans. A frustração dentro dela
aumentava sobre o fato de que queria sentir a mão em sua
boceta nua, e que, para fazer isso, teriam que se separar
tempo suficiente para tirar suas roupas.

— London.

Ele lambeu sua garganta e depois arranhou os dentes


na trilha molhada que criou apenas alguns segundos antes.

— Sim, baby? — sua mão continuou tocando sobre seu


short e mesmo se não fosse tão sensível como gostava, ainda
estava à beira de gozar. Ele era bom nisso, muito bom, mas
não deixou esses pensamentos em sua cabeça, não quando a
fazia se sentir incrível.

— Precisamos parar.

Ele fez um som descontente, mas não se afastou.

— Por que baby? Não está gostando? Não quer que a


faça sentir-se bem?

Soltou um suspiro quando mordeu seu pescoço com


força suficiente para enviar uma lança afiada direto em seu
clitóris. Pulsava entre suas coxas, doía e inchava e precisava
sentir tudo dele. — Sim, sim, você me faz sentir muito bem.
— Sunny não conseguiu recuperar o fôlego, não quando ficou
claro que London tinha a intenção de deixá-la fora nesta
posição.

Estava tão perto de gozar e quando ele pressionou a


palma da sua mão direita sobre seu clitóris e começou a
movê-la forte e rápido, abriu a boca e começou a gemer. Ele
colocou a mão sobre sua boca, abafando o seu som de prazer
quando seu clímax atingiu o pico dentro dela. Tremeu,
apenas parada contra a parede porque seu grande corpo a
segurava. Nem uma vez parou de mover a mão para trás e
para frente sobre ela, prolongando seu êxtase até que estava
tonta com isso.

— Que doce rendição, Sunny. — mordeu o lóbulo da


orelha, o que fez seus músculos internos apertar com força.
Precisava senti-lo dentro dela e não queria esperar. Sunny
não precisava de uma cama ou de uma iluminação suave.
London não era esse tipo de cara e ser fodida por ele contra a
parede da despensa de Taylor soou obsceno e selvagem o
suficiente para ela. Ele abriu o botão de seu short e desceu o
zíper antes de seu orgasmo. Ele a colocou de pé, em questão
de segundos tirou seu short e calcinha e em seguida,
levantou-a novamente em seus braços e apertou-a contra a
parede. — Coloque o pé na prateleira, baby. — Seus olhos se
ajustaram à escuridão, mas tudo o que podia ver era o
contorno de seu corpo. Estendeu a mão e encontrou a
prateleira que falou. Colocou seu pé sobre ela, afastando suas
pernas ainda mais. Pressionou sua ereção dentro dela outra
vez, curvou seus quadris para frente e soltou um suspiro
alto. — Sim, isso é fantástico. — pressionou seu corpo no
dela e soltou um grito de prazer quando sentiu seu
movimento forte ao longo de suas dobras nuas e
encharcadas. Com a outra perna apoiada na dobra do seu
braço e sua outra mão apalpando seus seios, estava no
paraíso. — Poderia te devorar completamente nesta noite,
Sunny. — levantou sua camisa, abaixou o sutiã para deixar
um de seus seios livre e então colocou sua boca em seu
mamilo.

— Oh Deus.

— Não, Sunny, não é Deus, apenas eu. — Ele chupou,


mordeu e lambeu seu mamilo, fazendo com que o bico já
duro ficasse ainda mais. Seu pênis era uma barra de ferro
entre eles e quando começou a estender a mão e pegar o seu
pau para guiá-lo dentro dela, a deteve com uma mão em seu
pulso. — Dê-me um minuto. — descansou sua testa em seu
peito, inspirou e exalou fortemente. Moveu-se ligeiramente, e
então ouviu o som do pacote sendo aberto. Quando colocou o
preservativo e a cabeça grossa de seu pau na entrada de sua
vagina, tudo ficou imóvel dentro dela.

Isso realmente acontecerá. Fantasiou este momento


tantas vezes. Ele não se moveu, não pressionou mais nela e
sequer achou que ele respirava. Podia sentir seu olhar em seu
rosto, embora não pudesse vê-lo.

— O que há de errado? — A sua voz era um sussurro,


mas ainda parecia tão alto.

— Nada, baby. Só sei que assim que tiver as bolas


enterradas profundamente em você não durarei muito tempo.
— se inclinou para frente e pressionou a boca na sua. As
respirações se misturavam e o beijo começou a se tornar
frenético mais uma vez. — Quero você por um longo tempo,
porra. — murmurou as palavras em sua boca. Estava prestes
a dizer-lhe que ela também, mas antes que as palavras
saíssem, entrou nela.

O estiramento e ardência que sentiu quando London


entrou em seu corpo foi doloroso e prazeroso tudo no mesmo
fôlego. London era um cara grande, alto, musculoso e
cheirando a força irrestrita. Seu pênis não era diferente. Era
grosso e longo, fazendo com que seus músculos internos se
esticassem insuportavelmente para que coubesse dentro dela.
Ele parou algumas vezes para que ela respirasse e para que
seu corpo se ajustasse a ele, mas, em seguida, se movia
dentro dela mais uma vez. Justamente quando pensou que
havia terminado, que não podia ser tão grande ou ir mais
longe, entrou mais um pouco dentro dela. Ela bateu a cabeça
na parede e mordeu o lábio. Estava cheia, tão incômoda, mas
adorou e queria mais. London deu um pequeno alívio, antes
que começasse a se mover. Era como se algo estalasse dentro
dele e as proezas que sempre sentiu logo abaixo da superfície
finalmente foram libertadas. O aperto de suas mãos em seu
corpo beirava a ferocidade, mas queria contusões dele, queria
olhar-se no espelho e ver o produto do que fizeram.

— Cristo, Sunny. — Como se não conseguisse manter a


cabeça levantada, encostou em seu pescoço e a fodeu com
força. — Tão bom, baby. Sabia que seria assim, sabia que me
faria sentir assim. — A dor e o prazer se transformaram em
um e os sons que soltava eram loucos e selvagens. Estava tão
molhada que o som de seu corpo encontrando o dela era
eroticamente obsceno e aumentou sua já delirante luxúria. —
Tão apertada e molhada para mim. — gemeu quando apertou
involuntariamente em torno dele. Estava perto de gozar
novamente. — Deus, não durararei. É muito bom, Sunny. —
Mais e mais bateu em sua carne já sensível. Ela gritava cada
vez mais alto, incapaz de compreender a intensidade com que
London a reivindicava. Ele pode não saber o que fazia com
ela, mas arruinava os outros caras para ela.

— Oh, Deus. London. — bateu nela duro, bem fundo e


fazendo que a raiz do seu pau pressionasse contra seu
clitóris. Isso era tudo o que faltava para gozar. Soltou um
grito estrangulado, mas ao invés de colocar a mão sobre a
boca para abafar o som, inclinou sua boca na dela, engolindo
o barulho e, em seguida, gemendo o seu próprio orgasmo.
Jurou que podia senti-lo inchar ainda mais, enchendo e
alongando dentro dela ainda mais, algo que parecia
impossível. Desejou que pudesse ver seu rosto. Pelos sons
que fez, sabia que estava tão frenético quanto ela e tão
superada pelo sentimento deles fazendo sexo.

Quando seu orgasmo diminuiu e ele diminuiu as


investidas, não se moverem durante alguns minutos. Ambos
tentaram recuperar o fôlego e, quando finalmente
conseguiram, parecia mais difícil do que o normal e ele saiu
de dentro dela. Embora estivesse diminuindo, ainda era
impressionante em tamanho. Lentamente a ajudou a ficar de
pé, certificando-se de que estava firme antes de se afastar. O
som de roupas e dele retirando o preservativo perfurou sua
mente nebulosa e rapidamente seguiu o exemplo, abaixando
e cegamente tentando encontrar seu short e roupas íntimas.
Uma vez que os tinha em sua mão, rapidamente vestiu. O
silêncio era tão espesso, tão sufocante, que naquele momento
a névoa pós-eufórica do que acabaram de fazer desapareceu
imediatamente.

Sunny abriu a boca para dizer alguma coisa, qualquer


coisa, mas o som de Taylor chamando manteve sua boca
fechada e seu coração acelerado. Não poderiam imaginar o
que acabaram de fazer, porque, mesmo sabendo que Taylor
conscientemente não diria nada sobre isso, era conhecido por
falar o que não devia, às vezes. Além disso, acabaram de fazer
sexo em sua despensa e esse fato, por si só, era humilhante.
Certamente não queria ser apanhada nesta situação.

— London? — Taylor chamou novamente e então houve


um momento de silêncio. O barulho da geladeira abrindo, de
garrafas tilintando e depois os passos de Taylor se afastando,
fez Sunny respirar de alívio.

— Escute, sairei primeiro e então você segue. — Sim,


ficou claro que não queria que ninguém soubesse o que
fizeram mais do que ela, e sendo tão inteligente como era, e o
fato de que pensou a mesma coisa, ainda assim, doía.

Ela assentiu, mas percebeu que ele não podia realmente


vê-la e disse — Sim, tudo bem. — sabia que a olhava, podia
sentir seu olhar, mas depois de um segundo prolongado, ele
abriu a porta. A luz iluminou a despensa, momentaneamente
cegando-a. London saiu e esperou um pouco antes de
segurar a maçaneta. Estava prestes a sair, mas antes que
deixasse a despensa, o som da voz de Taylor fez com que
entrasse ainda mais na despensa sombreada.
— Cara, te procurava.

— Sim? — ouviu London dizer, afastando-se da


despensa.

— Sim, pensei que tinha ido embora — O som da


geladeira abrindo novamente precedeu suas palavras.

— Não, cara. — Outro momento de silêncio passou. —


Você fodeu Missy? — o coração de Sunny pulsava e assim fez
a sua vagina com a recordação de ter de London entre as
coxas. Antes que London respondesse, Taylor falou
novamente. — Sabia que isso aconteceria assim que ela se
aproximou. Essa garota é uma aberração, cara. Fode o tempo
todo e sabe como fazê-lo como se sentisse quando seu pau
fosse cair.

— Chega, Taylor — havia um aviso na voz de London,


mas Taylor continuou falando.

— Pensei que talvez fosse atrás de Sunny e realmente


comecei a surtar um pouco. Vejo a maneira como a olha para
no centro e saber que está ciente, se mexer com ela trará
Harlond e aquele grande filho da puta, Mack, pra cima de
você.

— Cara, apenas cale a boca. — Taylor começou a rir até


mesmo quando London rosnava as palavras.

— Então, fodeu Missy ou o quê? Sim, aposto que você


fez, aposto que transou com ela com força suficiente que não
andasse em linha reta. Cara, apenas fale. Você age como uma
menininha tímida agora.
— E o que te faz pensar que transei com alguém, afinal?
— houve o som de passos e seu coração parou, pensando que
Taylor soubesse que ela estava lá atrás. Mas depois de alguns
segundos tensos, ninguém apareceu.

— Além da sua tensão, a porra da minha cozinha cheira


como se alguém fez uma orgia aqui e Missy estava toda
disposta como gosta a uma hora atrás. Isso torna meio óbvio,
cara. Pensei que transaria com ela bem na nossa frente para
o quanto ela se esfregava em você.

— Já é o suficiente, Taylor. — houve o barulho de carne


batendo e depois de Taylor gemendo de dor.

— Porra, cara, o que foi isso?

— Porque você não pode manter sua boca fechada,


porra? — Taylor resmungou alguma coisa e depois o som de
seus passos se afastando. Sunny não se moveu, mas apenas
alguns segundos depois, a porta da despensa abriu. —
Sunny, ele se foi. Pode sair agora.

London não encontrou seus olhos, e virou-se para voltar


para a cozinha. Ela o seguiu, sentindo-se humilhada e
desajeitada sobre o que acabou de fazer e o fato de que ouviu
Taylor. Ajeitou a roupa que não precisava ser arrumada e
depois de alguns momentos concisos London finalmente
falou.

— Sunny, olhe para mim. — Relutantemente levantou a


cabeça e olhou em seus olhos também azuis. Estava
novamente encostado ao balcão. — Sobre o que Taylor disse.
— ela balançou a cabeça e levantou a mão.
— Você não me deve uma explicação, London. — E ele
não o fez. Sabia o que se metia e o que estar com um dos
maiores lutadores no ginásio significava. Além disso, com
certeza não queria falar sobre isso, porque então pensaria
sobre ele e Missy juntos. Sim, não é o que queria em sua
mente depois que teve relações sexuais com ele. — Não me
arrependo de nada. — ela sorriu, tentando se livrar dessa
vibração estranha que de repente a sufocava. — É o que é. —
Ela sorriu, esperando que o ato não parecesse tão estranho
quanto se sentia. Ele continuou a olhá-la e, antes que as
coisas passassem de estranhas para insuportáveis, passou
por ele e foi para a porta.

Bem, valeu como uma experiência de vida, porque você


não pode dizer que não sabia no que se metia.

Quando ia sair, ele estendeu a mão, segurou a dela e a


virou para que batesse direto em seu peito. O ar fugiu e ela
esticou o pescoço para o olhar. O olhar penetrante que lhe
deu era algo que podia sentir até os dedos dos pés.

— Você não me deixou explicar, Sunny e eu preciso. —


Ok, isso certamente não era a reação que pensou que teria
dele. Lambendo os lábios, balançou a cabeça e esperou que
continuasse. — Não vou adoçar a minha vida, para você
comer, respirar e viver no mundo de um lutador. Você vê o
que fazemos e como agimos com as mulheres. — Sim, ela
sabia o que falava e como eles fodiam ao redor em uma base
constante. — Não transei com Missy, mesmo que ela tivesse
colocado todo o resto para fora. — Deus, agora se sentia
como uma puta, porque deu para ele tão facilmente. Ela
lembrou-se que era uma mulher orgulhosa e por isso foi atrás
do que queria, e o que queria era London. — Sabia que era
errado te querer, te tocar, mas foda-se. — fechou os olhos por
um segundo e quando os abriu, viu como estavam dilatados.
— E foi perfeito, baby. Não podia evitar, e quando percebi que
não podia me afastar de você, ou do que queria com você,
disse a Missy de maneira alguma transaria com ela.

— Não sei o que dizer. — e não fez. Admitiu que a queria


e não parou até que conseguiu. Sua barriga apertou com
essas palavras e era bom. Mas resistir de imediato salvaria
seu coração, a longo prazo... certo?

Ele respirou fundo e fechou os olhos por uma fração de


segundo antes de abri-los. — Digo isso porque é diferente,
especialmente para mim, Sunny. — O seu coração falhou
diante de suas palavras. — O que compartilhamos lá atrás. —
inclinou a cabeça na direção da despensa — Não quero que
seja a única vez. Quero mais com você. — Agora segurava em
seus ombros, apertando a carne de uma forma que era
excitante, mas também reconfortante. — Sente o que digo,
Sunny, entende que esta não foi a porra de uma foda única
para mim?

Não, ela não pensou, nem percebeu que seria uma


possibilidade e aqui estava ela, pensando que se afastar dele
e do que poderiam ter era a melhor ideia. — Eu...

Ele a interrompeu com um beijo firme. Acariciou sua


língua ao longo de seu lábio inferior e não podia deixar de
tremer sob seu domínio.
— Sei que isso é uma loucura e provavelmente chutarão
meu traseiro mais vezes do que eu mesmo quero admitir, mas
não me importo com nada disso, porque quero estar com você
mais que tudo. — ele se afastou, mas apenas manteve alguns
centímetros entre eles. — Quero que dê uma chance para
nós, Sunny. Quero muito isso. — Ele parecia sóbrio agora,
mas as suas palavras a fizeram sentir como se estivesse
bêbado.

Certamente não pensou que qualquer coisa aconteceria


entre ela e London, mas ali estava ele, abrindo seu coração e
queria se aproximar e nunca mais ir. Não seria fácil seguir
por causa disso, mas caramba, não se importava, porque o
queria muito. Envolvendo os braços ao redor do pescoço,
prendendo-se a ele e beijando-o rápido e forte, respondeu sua
pergunta com ações ao invés de palavras. Se beijaram por
muito tempo e, quando se afastou e olhou para ela com seu
sorriso torto e sexy, se apaixonou por ele novamente.

— Então posso seguramente assumir que está disposta


a dar ao meu traseiro uma chance?

Flagrou-se rindo e suas sobrancelhas ergueram em


confusão. Ela levantou a mão e passou um dedo entre os
olhos. — Estou rindo porque pensei em algo realmente
obsceno sobre seu traseiro quando disse isso.

Levou um momento até pensar no que disse e então


abriu um largo sorriso. — Tudo bem, isso foi mesmo péssimo,
mas entendeu o que quis dizer.
Seu sorriso era contagiante e sentiu o dela aumentar. —
Sim, sei o que quis dizer e estou totalmente disposta a dar ao
seu traseiro uma chance. — Era estranho como de repente as
coisas se encaixavam. Foi-se a tensão desconfortável e tudo o
que ficou era London dizendo que queria uma chance com
seu grande sorriso e relaxou. Beijou-a nos lábios, em sua
bochecha e finalmente na curva de sua mandíbula.

— Mas não acho que devemos contar às pessoas de


imediato. — parou de beijá-la com suas palavras e se inclinou
para olhar o seu rosto. — Não que tenha vergonha de estar
com você, muito pelo contrário, mas acho que deveríamos
abordar isso lentamente. — a dor momentânea que
atravessou o rosto com as suas palavras desapareceu quando
finalmente percebeu o que dizia. — Sabe como meu pai e
Mack são. Só quero ter certeza de que não apareçam garras
neles. Ir devagar é bom, certo?

Ele passou a mão sobre sua bochecha. — Não, está


certa. Contar que estou com você provavelmente não será
fácil. — a puxou para um abraço apertado e ela descansou a
cabeça em seu peito. — Vamos dizer-lhes, eventualmente, no
entanto. Sem chance de manter em segredo que é a minha
garota.

E agora estava toda quente e feminina sobre o fato de


London pensar nela como sua garota. Agora tudo o que
precisava se preocupar era como diria às duas pessoas mais
importantes na sua vida que estava com London.
Capítulo Seis
Sunny observava Daria sobre seu smoothie.3 — Age
como se tivesse lhe dito que o mundo vai acabar.

Os olhos violetas de Daria estavam arregalados a


encarando. — É quase isso.

Sunny sacudiu a cabeça, exasperada com a resposta de


Daria. Passaram apenas alguns dias desde que ela e London
concordaram que veriam um ao outro e Daria foi a primeira e
única pessoa para quem contou. Sua melhor amiga de mais
de dez anos sabia tudo sobre o circuito de luta e até mesmo
seu irmão mais velho Trevor ia às instalações de vez em
quando para treinar.

— Só não entendo como isso aconteceu. Quer dizer,


quantas vezes me disse que nunca se envolveria com um
lutador porque sabia da vida agitada, barulhenta e selvagem
que levavam?

Sim, falei isso mais vezes do que queria admitir, mas


London era diferente. — Quantas vezes te disse que
realmente queria London?

Daria a olhou como se tivesse duas cabeças. — Sunny,


ele é um dos piores. Quer dizer, não quero nem saber com
quantas mulheres dormiu e sabe que todas aquelas são
provavelmente as que freqüentam as lutas, por isso são
3
Bebida feita de suco de frutas, sorvete e iogurte.
vagabundas. Além disso, acho que pode fazer melhor. Deveria
ir atrás de um daqueles nerds que freqüentam a biblioteca.
Aposto que têm grandes salsichas.

Sunny revirou os olhos, mas não podia deixar de ficar


corada, quando Daria começou a falar de coisas grandes.

— Oh. Meu. Deus! London é dos grandes, não é? —


Sunny disse-lhe para ficar quieta. — Desculpe, desculpe, mas
comece a falar, garota. Quero todos os detalhes sórdidos e
imundos. — Primeiro Daria lhe dizia para se cuidar com
London e que podia fazer melhor e agora queria saber sobre
ele? Nunca entenderia sua amiga.

— Não falarei sobre isso com você agora.

Daria bufou e recostou-se na cadeira. — Está certa. Não


sei se quero ouvir isso de qualquer maneira. — Daria sorriu,
e fez o seu comentário anterior parecer uma grande mentira.

— Escute, não posso pensar nele e outras garotas ou o


que fez antes de nos tornarmos... tudo o que somos. — Não
que passaram muito tempo juntos após a brincadeira sexual
na despensa, mas ainda o viu na academia todos os dias,
observou-o trabalhar com os outros caras e se apaixonou por
ele ainda mais. Era estranho, desde que se manteve à
distância por tanto tempo. Mas quando todo o muro que
ergueu entre si quebrou, tudo mudou.

— Certo, tudo bem. Não trarei isso à tona novamente,


mas como seu pai reagiu? — a expressão no rosto de Sunny
deve ter sido resposta suficiente, porque Daria franziu a testa
e disse — Isso é ruim, hein?
— Bem, não, ele está bem, mas pode ser porque não lhe
disse nada ainda. — Daria cuspiu em sua bebida e limpou a
boca. — O que? Por que não? — Sunny arqueou uma
sobrancelha. — Bem, tudo bem. Posso entender o porquê,
mas sabe que o seu pai e Mack enlouquecerão. Quanto mais
tempo esconder isso deles, será pior.

Sim, sabia e era por isso que estava relutante em dizer


qualquer coisa. No início, era a necessidade de ter tempo
quando contasse que queria estar com London, mas a cada
dia que passava, começou realmente a se preocupar que
ficariam muito chateados por isso. Não importava que fosse
adulta.

— No começo não queria falar nada, porque sei que


ficariam chateados que não 'acatei suas palavras de cautela’.
— Sunny deu de ombros.

— Não posso dizer que queria estar no seu lugar se


pudesse, mas posso dizer que não deve demorar muito. Sim,
passou apenas alguns dias, mas só os deixará mais
chateados que não contou nada sobre tudo isso. — Daria
estava certa.

— As senhoritas não precisam de mais nada? — a


garçonete se aproximou da mesa e sorriu calorosamente.

— Eu não. Daria? — Sunny olhou para a amiga. Daria


sacudiu a cabeça — Apenas a conta, por favor. — A garçonete
balançou a cabeça e colocou o pequeno pedaço de papel
sobre a mesa antes de sair. Daria estava certa. Precisava
dizer a seu pai e Mack e explicar que era uma adulta e se isso
era um erro, então era dela para fazer o que quisesse.

— Dá-me mais vinte, London. — Harlond levantou as


mãos, as luvas de proteção que usava desviando cada golpe
de London. Ele trabalhava desde as seis da manhã e já era
meio-dia. Tinha energia suficiente para ir mais quatro horas,
mas mais de 8 horas em um dia era muita pressão sobre o
corpo. Deu um soco na luva do Harlond e apoiou as mãos nos
joelhos. O suor escorria pelo seu peito e colocaram uma
garrafa de água na frente de seu rosto. Olhou para cima e viu
Mack ao seu lado, o cara tão suado do seu próprio treino.
London agradeceu e deu um grande gole do líquido frio. Se
levantou e olhou entre Harlond e Mack. Os dois falavam
sobre uma próxima luta que Mack participaria, mas tudo o
que London pensava era no que fariam se lhes dissesse que
se preocupava com Sunny e estava com ela. Não conseguia
parar de pensar nela ou sobre o que compartilharam na
despensa. A próxima vez que a tomasse seria em sua cama,
com as luzes acesas para que pudesse ver cada centímetro
glorioso de seu corpo curvilíneo. Ela era muito boa, melhor do
que qualquer coisa que já sentiu. Merda, estava ficando duro
na frente das duas pessoas que arrancariam suas bolas se
soubessem por que estava duro.
— Ei, está com a gente, cara? — a voz de Mack o trouxe
de volta ao presente e piscou.

— Sim, estou, por quê? — Sua pele apertou e sabia que


Sunny acabara de entrar. O fato de que tinha essa reação
física a ela quando estava perto devia assustá-lo, mas na
verdade o fez se sentir muito, muito bem. Olhou para o lado,
viu-a mexer no seu iPod, mas depois de apenas um segundo,
ela levantou a cabeça e olhou em sua direção. Sim, ela
também sentiu isso, o que fez sentir um pouco confuso por
dentro. Seus olhos se encontraram e um pequeno sorriso
curvou em sua boca, que por sua vez o fez sorrir também. Só
se viam no centro, mas enviavam mensagens e se falavam
todos os dias. No entanto não era o suficiente para ele e
precisava corrigir isso, porque ela era como sua droga e,
agora que a provou, estava faminto por mais.

O sentimento de ser observado o fez sentir punhais nele


e fez London quebrando o contato visual com ela e olhar para
Mack. O lutador estava com sua atenção sobre Sunny e
lentamente virou a cabeça para London. Mack o olhou por
um longo segundo e não precisava ser um gênio para
perceber que o russo sabia o que acontecia. Harlond falava
com outro lutador, e, felizmente, não percebeu o que
acontecia. London limpou a garganta, porque, embora um
confronto aconteceria, não seria agora.

Antes que qualquer um falasse alguma coisa, Harlond


voltou sua atenção para ambos e começou a falar. — Com a
luta se aproximando, preciso que todos fiquem focados e
parem com essa besteira.
London tirou os olhos de Mack e olhou para Harlond. —
Besteira?

— Você e alguns dos outros caras ficando bêbados,


mesmo quando não estão treinando para uma luta. Não
posso ter os meus melhores lutadores de ressaca. Fui claro?

Não podia discutir, porque sabia que era melhor ficar


calado. Podia ganhar a sua vida lutando no circuito
subterrâneo, mas Harlond estava certo. Merda, se não
estivesse bêbado a algumas noites atrás na casa de Taylor,
será que teria coragem de ir atrás de Sunny? Olhou para ela
novamente. Ela malhava na esteira, mais uma vez. Deus, com
certeza iria num piscar de olhos, porque tê-la tão perto
naquela noite não foi como nada que sentiu alguma vez.

— Você me entendeu, London? — a voz de Harlond era


severa e aguda como o estalo de um chicote.

— Sim, entendi. Isso não acontecerá novamente. — Essa


resposta pareceu satisfazer seu treinador. Deu um aceno com
a cabeça e após outro olhar duro de Mack, os dois foram para
o ringue. Precisava fazer uma pausa e agora era um bom
momento. Olhou para Sunny mais uma vez e forçou-se a ir
para o vestiário. Abriu a porta e foi até seu armário. Depois
de pegar o celular e ver que tinha uma mensagem de Ross, a
visualizou.

Ross: Ligue-me. Tenho informações sobre O Leão.

London discou o número de Ross e depois de apenas


dois toques, atendeu.
— Oi. — Ross não perdeu tempo. — Tenho notícias
sobre o encontro com o Leão se ainda estiver de pé. —
Sempre que eles se comunicavam por telefone, nunca
falavam abertamente sobre a luta. Quem sabia quem os
escutaria. — Tenho uma data e um valor, mas podemos falar
sobre isso em pessoa. Se estiver interessado, o valor é insano.
Parece que um monte de gente acha que o Leão será
vitorioso. Se estiver interessado podemos nos encontrar no
Den, acertar os detalhes e definir tudo.

London apoiou os cotovelos nas coxas e inclinou-se para


frente. Mesmo depois de treinar durante seis horas seguidas
ainda estava espremido. Ele teria achado engraçado que todo
mundo achava que este Leão venceria. Ao longo dos últimos
dias viu alguns dos vídeos de lutas subterrâneas do cara. Não
havia dúvida de que era uma máquina, mas era um amador
total na gaiola. Claramente um daqueles caras que veio da
rua e pensava que podia chutar o seu traseiro. Também era
arrogante, deixando a multidão em um frenesi mais do que se
concentrava em seu adversário. London não era arrogante
por qualquer trecho da imaginação, mas não duvidava de que
venceria o imbecil. Vivia para esta merda, treinava com suor
e sangue e era diligente. Não conseguiu o título de invicto por
nada. Colocava tudo o que tinha em uma luta, sua raiva,
frustração, paixão e energia em cada disputa.

— Sim, parece bom. — Após a confirmação de mais


algumas coisas, desligou e abaixou a cabeça entre os ombros.
O suor em seu corpo começou a secar e poderia tomar um
banho, mas ainda estava muito ligado. Precisava de mais
algumas horas e então poderia se limpar. O som da porta
abrindo o fez levantar a cabeça. Esperava ver Mack de pé,
porque um confronto viria, mas ficou surpreso ao ver Sunny
lá.

— Oi. — Seu sorriso era tímido. Estiveram juntos da


maneira mais íntima que um casal podia estar, mas ainda
ficava tímida com ele. Era muito bonito.

— Oi, baby. — Suas bochechas ficaram vermelhas e ele


não podia deixar de sentir prazer no fato que sua garota
reagia a ele tão completamente. — Sinto como se realmente
não a vi. — Vê-la no centro de treinamento e falar com ela
pelo telefone não eram a mesma coisa. Ele se levantou e
estendeu a mão para segurar na sua. Ele a puxou para ele e
uniu seus peitos para que sentisse cada uma de suas curvas.
London olhou para baixo, viu as ondas generosas subindo
sobre a parte superior do elástico seu top e seu pau
endureceu. Quando apertou o seu eixo em sua barriga, seus
olhos se arregalaram e os lábios estavam entreabertos. Não
podia evitar, não conseguia parar a si mesmo e não tinha
intenção de não beijá-la. Inclinando-se e reivindicando seus
lábios, London gemeu profundamente pelo seu gosto. Era
doce e ligeiramente salgado. Era um duplo sabor que o ligava
à enésima potência e queria muito mais dela. Podia ser
apenas um beijo, mas quando chegou à sua boca e língua,
era muito mais. Girou, apertou-a contra os armários com
força suficiente para que o som vibrasse na sala e tomou
posse de seus seios. Seu gemido de resposta o fez sentir-se
mais corajoso. Merda, Mack ou qualquer um dos caras
poderia entrar por aquela porta e ver o que fazia, mas no
momento não se importava.

— London, e se alguém entrar? — seus olhos estavam


fechados, a cabeça contra os armários e uma aparência de
êxtase puro cobrindo suas feições delicadas. O poder surgiu
dentro dele. Era o único que exercia esse poder sobre ela,
para deixá-la tão carente que abria e fechava as mãos em
seus bíceps. Depois de beijá-la como se fosse um homem
possuído, arrastou a boca para o lado de sua mandíbula e
sua garganta. London não podia deixar de esfregar a cabeça
na curva de seu pescoço. Ela tinha um cheiro tão bom e sua
pele era suave e doce, nunca conseguia o suficiente. Sim,
tinha uma coisa por essa parte específica do seu corpo e não
fazia sentido, mas tinha porque era realmente muito bom.
Parecia que seus quadris tinham uma mente própria, porque
não conseguia parar de pressionar contra ela. Porra, gozaria
em seu shorts, se não parasse. Antes que fizesse isso ou que
desse um passo mais longe, o som da porta do vestiário
batendo contra a parede o fez levantar a cabeça e olhar
diretamente para o rosto enfurecido de Mack. Afastando-se
de Sunny e empurrando-a para trás, sentiu sua excitação
tomar um banho de água fria quando a sua ira se levantou.

— Deus — disse Sunny suavemente e descansou a


cabeça em suas costas. Sabia que isso era difícil para ela,
mas de jeito nenhum deixaria Mack fazê-la sentir como se
não devesse estar com ele. Poderia ter ficado com um monte
de mulheres e poderia lutar ilegalmente para pagar suas
contas, mas se importava com ela como nunca se preocupou
com ninguém.

— Porra, sabia disso, mas pensei que fosse mais esperto


do que isso, London. — a voz de Mack era um grunhido rouco
e deu um passo mais perto. London ficou tenso, sentiu os
músculos se contraírem e sabia que se viesse para cima dele,
não teria nenhum problema em lutar com o grande filho da
puta.

— Mack, por favor. — disse Sunny atrás de London e


quando tentou mover-se ao redor dele, segurou-a no lugar
com uma mão no quadril.

— Sunny, te advertimos inúmeras vezes que se envolver


com um lutador era apenas uma armadilha para o desastre.
— Mack a olhou e seu rosto se suavizou, o que apenas
chateou London ainda mais.

— Não olhe para ela com pena, porra. Na verdade, não


olhe para ela de qualquer maneira, porra. — London parecia
um animal selvagem territorial apostando sua reivindicação,
e mesmo que Mack não fosse uma ameaça no sentido sexual
à sua garota, ainda não gostou do idiota estar tão perto dela.
Mack olhou na direção de London e franziu os lábios, mas
antes que pudesse soltasse um monte de besteira, London
disse — Eu me importo com ela e não há nada que diga que
mudará isso. — Sim, podia ter vivido de maneira imprudente,
mas droga, as pessoas não podiam mudar? Não que Mack
fosse um santo e era quase como um tapa na cara que o
pensamento do russo fosse tão baixo sobre ele. London viu
Mack com inúmeras mulheres, a maioria dos quais conheceu
na mesma noite que levou para casa.

— Porra, lhe disse para ficar longe, que estar com ela lhe
traria uma série de problemas. — Podia ver que Mack ficava
mais irritado a cada minuto. —Você só pensa com a porra do
seu pau e não na dor que pode causar quando fode qualquer
coisa. Para ser honesto, não me importo com o que faz, mas
está transando com alguém que me importo muito e não
deixarei isso pra lá, London.

Agora foi a vez de London sentir a sua raiva aumentar.


— Cuidado com a boca, Mack. Não me importo com sua
opinião e de maneira alguma comparará Sunny com uma
Caçadora. — as narinas de Mack queimavam e London sabia
que isso ficaria feio, mas não se importava e não deixaria
ninguém atrapalhá-lo ficar com Sunny. — Não negarei que
deveria ter contado a Harlond, mas para ser honesto, não é
da conta de ninguém, além da nossa própria. Também
sabíamos o que aconteceria assim que descobrissem e nos
desculpem por querermos um pouco de paz antes que isso
acontecesse.

Sunny se afastou dele, mas fez questão de mantê-la


perto de seu lado. — Mack, não tínhamos a intenção de
perturbar ou enganar ninguém, mas olha como reagiu. —
Mack a olhou com uma infinidade de emoções em seu rosto,
mas depois de um longo momento, respirou bruscamente e
passou a mão pelo cabelo.
— Querida, tem que saber que esta é uma má idéia. Seu
pai e eu lhe dissemos como é ruim se envolver com um cara
que luta. Não nos referíamos apenas a London, mas todos os
lutadores. A maioria deles tem casos aleatórios todas as
noites. — encarou London. Tentou manter a calma, mas
ficava muito farto desta merda. — Ouça, vim atrás de você.
Seu pai quer falar contigo. — a olhou novamente e depois
para London. — E mesmo que pensasse que algo acontecia
entre você e London, realmente não achei que você fosse lá.

Mack começou a andar de um lado para outro e London


estendeu a mão e puxou-a para o seu lado. — Basta ver o que
seu pai quer, Sunny. — parou e sorriu, mas London podia ver
que era forçado.

Ela virou-se em seus braços e o olhou.

— Está tudo bem, baby. Não chutaremos o traseiro um


do outro. — Não parecia convencida, mas não a culpava. —
Continue. Irei vê-la antes de deixar o centro. — Ela parecia
que argumentaria, mas com relutância balançou a cabeça e
foi em direção à Mack. London ficou parado e cerrou os
dentes quando Mack passou a mão em suas costas enquanto
ela passou. Não foi nada de sexual, mas chateou London.

— Por favor, não lutem. — olhou entre eles e fixou seu


olhar em Mack. — Quer dizer, realmente me preocupo com
ele, Mack. — A mandíbula do russo cerrou e um músculo
tremeu sob a carne.

Depois de um momento prolongado de um olhando para


o outro, finalmente concordou. — Ok, menina Sunny. Sem
brigas. Prometo. — olhou para London e ele assentiu com a
cabeça.

— Realmente baby. Tudo ficará bem. Falaremos daqui a


pouco. — ela sorriu e visivelmente viu a tensão deixá-la.
Deixou-os sozinhos no vestiário e olharam um para o outro.
Ficou claro que Mack queria sangue, assim como London,
mas ambos prometeram-na que se comportariam e London
não quebraria essa promessa.

O som de sua respiração era alto e, finalmente, Mack


quebrou esse silêncio. — Espero que saiba o que faz. — se
aproximou de London, mas de maneira nenhuma recuaria.

— Sim, eu sei.

Mack fez um som baixo em sua garganta. — É melhor,


porque se machucá-la, virei atrás de você e te baterei até que
não possa andar.

Um monte de coisas estava na ponta da língua de


London, aquelas em que mandaria o russo se foder e outras
onde diria para encontrá-lo em um beco depois para que
resolvessem isso. — Não me ameace, Mack. Basta lembrar
que o derrubei no ringue outro dia e posso fazê-lo novamente.
— olhou para ele, mas não disse mais nada. — Meu
relacionamento com Sunny não diz respeito a você ou a
qualquer outra pessoa. — Mais uma vez um sustentou o
olhar do outro. London não recuaria e mesmo se não
terminasse isso agora, sempre faria outra vez.

Mack apontou o dedo na sua direção. — Se machucá-la,


irei atrás de você.
Sem perder o ritmo, London disse — Se eu a machucar,
me machucarei muito mais do que qualquer coisa que fizesse.

Mack sorriu. — Duvido. — Com isso, virou e saiu.

London deu um murro no armário, uma e outra vez.


Quando se acalmou, abaixou a mão ensangüentada e baixou
a cabeça. — Merda.

Precisava de uma luta, de preferência, ilegal. Pegou seu


telefone e ligou para Ross. Mais uma vez ele atendeu no
segundo toque.

— Preciso de uma luta esta noite. Uma suja. — Ross riu


e marcou uma hora e local. Precisava exterminar esta energia
extra e só conseguiria através de uma outra hemorragia na
cara.

Saiu do ginásio e imediatamente viu Sunny vindo em


sua direção. Sua expressão era de preocupação e desejava
que não fosse o único a colocá-la em seu rosto bonito.

— Oi. — parou a sua frente e a apreensão era evidente


em sua voz.

— Olá, baby. Está tudo bem. — levantou a cabeça e viu


Mack ao lado de Harlond, ambos olhando para ele. — Contou
a seu pai?

— Ele parecia com um humor irritadiço, resmungando


coisa para si mesmo sobre lutas e pensei que provavelmente
não era o melhor momento. — não queria dizer-lhe que não
haveria um melhor momento para contar a Harlond. Ele
ficaria seriamente chateado, não importasse o quê.
— Está tudo bem, baby. Deveria dizer-lhe de qualquer
maneira. Poderia muito bem ir lá e segurar a coisa toda. —
Seria mais do que um ataque verbal. Droga, Harlond poderia
até dar um soco nele. — Faremos isso juntos. — balançou a
cabeça e sorriu para ela. — Ele ficará chateado comigo, baby,
não com você. — ela mordeu o lábio inferior, seus retos
dentes brancos na carne rosada com preocupação. — Ficará
tudo bem, Sunny.

Ela assentiu com a cabeça. — Eu sei, é apenas essa


coisa toda com Mack e meu pai que é ridícula. Sinto-me como
uma criança quando se trata deles. — Começou a substituir
a raiva por desconfiança e não pôde deixar de sorrir. — Não
sou mais uma criança e o fato de me tratarem como uma
espécie de boneca quebrável é cansativo.

— Estão apenas preocupados com você e não posso


culpá-los. — desde que Sunny entrou em sua vida, se sentia
péssimo pela vida que levava. Ela era tão boa e saudável e
comparada a ele, era uma santa.

— Eu sei e os amo por isso, mas não vou deixá-los


atrapalhar. Queria você à muito tempo, London. — Cristo,
podia ter acabado de se apaixonar pela ferocidade com que
disse isso.

— E eu a queria há muito tempo também. Não os


deixarei atrapalhar isso, baby. Quer dizer, contanto que não
se importe que eu pareça ter sido atropelado por um
caminhão, ficaremos bem. — Porque não havia nenhuma
dúvida em sua mente, teria algumas contusões e talvez até
um osso ou dois quebrados uma vez que isto tudo fosse dito e
feito. Ele queria beijá-la muito, mas mesmo que não se
importasse com o que dissessem sobre seu relacionamento
com Sunny, não seria desrespeitoso na casa de Harlond.
Precisavam conversar e precisava deixar o velho saber que se
preocupava com sua filha e que ela não era apenas mais uma
para ele.
Capítulo Sete
Sunny viu London caminhar até seu pai e ambos
desapareceram em um dos quartos médicos. Realmente
queria esperar para contar a seu pai sobre estar com London,
mas depois que Mack os pegou quase tendo relações sexuais,
sabia que queria que ouvisse dela e não de Mack ou através
de boatos. Só esperava que London Stein não fosse um erro,
porque Mack estaria certo e não sabia se seu coração curaria
depois de algo assim.

Importava-se com London e essas emoções aumentavam


a cada minuto até que se afogou nelas. Vendo esse lado mais
suave dele, aquele em que a olhou com adoração e disse-lhe
coisas doces que nunca o imaginou dizendo, fez Sunny
perceber que havia muito mais em London do que os que
estavam à sua volta viam. Olhava para a porta que entraram
quando um toque em seu ombro a fez virar. Mack estava
atrás dela com uma careta no rosto.

— Podemos conversar? — Bem, sabia que isso


aconteceria, então podia muito bem acabar com isso.
Assentiu com a cabeça e ele inclinou a cabeça para os
vestiários novamente. Sunny o seguiu e assim que entraram,
ele virou e a olhou e houve um momento de silêncio.

— Basta falar, Mack, para que passemos por isto. — sua


carranca se aprofundou.
— O que pensa que faz com London? — soou como seu
pai e ela fez uma careta.

— Pare por aí. — levantou a mão. — Eu te amo como


meu irmão, Mack, mas não é meu pai, então pare de agir
como ele. — Ele não respondeu, e de repente se sentiu tão
exausta de tudo isso. Soltou um suspiro e se inclinou na
parede. — Ok, escute, sei que está chateado e te amo por se
preocupar comigo. — abriu a boca para dizer algo, mas ela
levantou a mão para detê-lo. — Não quero ouvir sobre o que
London fez antes, decidimos tentar. Ninguém é perfeito e
acusá-lo em coisas que sei que também fez é muito hipócrita.

— Sim, mas não tento entrar em sua calça, menina


Sunny.

— Sou uma mulher adulta, posso decidir como quero


viver minha vida e saber quais são as conseqüências para
essas decisões.

— Sunny, só não queremos que se machuque.

— Posso me lembrar de você e papai sempre me dizendo


para não me envolver com um lutador, que são muito rudes e
duros para mim, mas se enquadram nessa categoria e acho
que é um homem surpreendente. Você dorme com várias
mulheres tanto quanto os outros e sei o que luta nesses
eventos subterrâneos. — Um flash de surpresa atravessou
seu rosto. — Não finja surpresa. Os caras falam por aqui e
eles têm bocas grandes. Também não sou estúpida, Mack.

— Sunny, não acho que isso tenha algo a ver com o


assunto.
— Também não sou uma flor delicada. Posso não
concordar que faça isso, mas nunca pensaria de forma
diferente sobre você por causa disso, Mack e você também
não deveria. — esfregou os olhos, sentindo-se tão exausta de
repente. — Sei que está preocupado comigo, mas por favor,
deixe-me descobrir por mim mesma se esta é uma idéia boa
ou ruim, ok? — Mack levou um longo tempo para responder,
mas quando exalou profundamente e sorriu quase
relutantemente, sabia que o conquistou, por agora, pelo
menos.

Ele a puxou para um abraço e descansou o queixo no


topo de sua cabeça. — Sei que cresceu e não quero ser seu
pai, mas é como minha irmã e te amo. Só não quero vê-la
magoada se isso se tornar um felizes para sempre. — se
afastou e inclinou-se para beijá-la na testa. — Basta ter
cuidado e se ele te magoar, me diga que chutarei a bunda
dele. — deu um sorriso torto e não podia deixar de rir. Sabia
que falava sério, apesar de sua atual atitude descontraída.

— Tudo bem, mas, por favor, não saia por aí agindo


diferente com ele. Foi minha idéia manter isso em segredo.

— Quer dizer, não posso prometer que ele não acabará


no meu punho um dia. — bateu-lhe no peito e foi como bater
em uma parede de tijolos.

— Pare com isso. — Não houve calor por trás de suas


palavras, porque sabia que Mack não entraria em uma briga
com London, não depois que prometeu que não iria. Também
sabia que o mesmo servia para London. Um lutador pode ser
duro e implacável, mas também eram leais além da crença e
tinham corações de ouro. Não dariam crédito suficiente um
ao outro e, mesmo que falasse até cansar, não dariam o braço
a torcer. Deixou o vestiário e caminhou para onde deixou sua
bolsa antes de tudo acontecer. O som de seu telefone
vibrando com uma mensagem a fez abri-la e lê-la.

London: Desculpe por ir embora, baby. Tenho algo a


fazer, mas ligarei esta noite. Será tarde. OK?

Esperava vê-lo depois que falou com seu pai e se


realmente contou-lhe sobre os dois. Falando de seu pai, não
pareceu estar por perto de qualquer lugar. Digitou uma
resposta rápida dizendo-lhe que estava tudo bem e guardou
seu telefone novamente na bolsa. Procurando no ginásio, não
havia nenhum sinal de Harlond.

— Ele foi para o centro de distribuição. Provavelmente


sumirá por algumas horas. — Tyler limpou o suor de seu
rosto e a olhou.

— Ele parecia chateado quando saiu? — Tyler parecia


pensar sobre isso.

— Quer dizer mais do que geralmente é em um


determinado dia? — sorriu de forma ampla e sacudiu a
cabeça. — Parecia que tinha um bicho no rabo, mas isso é o
normal para Harlond. — bagunçou seu cabelo antes de ir até
os sacos de pancada.

Sunny queria falar com ele, para ver como os seus


pensamentos estavam depois que London lhe disse sobre seu
relacionamento, mas é evidente que não tornaria isso fácil.
Bem, não conseguiria esconder por muito tempo desde que
viviam juntos. Balançando a cabeça, porque tudo o que podia
fazer era esperar, decidiu que uma longa e dura corrida a
ajudaria a clarear a mente, mesmo que não resolvesse seu
problema imediato. Mas antes que chegasse em uma esteira,
ouviu seu telefone vibrar mais uma vez.

Daria: Garota, não faça planos para esta noite. Quer ir


em algum lugar excitante?

Sunny: Ótimo. Já imagino onde pensa em me levar.

Daria: Não seja uma chata. Será divertido. Prometo.

Sunny: Apenas diga-me agora para que possa me


preparar.

Daria: Duas palavras: Homem. Doce.

Sunny gemeu quando releu a mensagem de Daria.

Sunny: É melhor não haver outra festa de espuma com


salsichas em meu rosto.

Daria: Ei, isso foi divertido. Ligarei mais tarde.

Daria trouxe um novo significado para a palavra saída


— era divertida, mas havia momentos em que Sunny apenas
gostaria de ficar em casa, especialmente quando Daria
pensava que era divertido levá-la para uma festa de espuma,
aquela em que todos no clube que eram muito bonitos,
ficavam em um mar de bolhas. Sunny viu mais salsichas do
que pensava humanamente possível em um período de duas
horas. E era um dos momentos mais domésticos. Também
teve o clube de strip uma noite, uma onde os homens usavam
tangas temáticas de elefante e balançaram os troncos na cara
dela. Daria era imaginativa, isso era claro, o que significava
que Sunny teria que estar em alerta, pois de jeito algum teria
uma dança surpresa com bolas em seu colo novamente.

Daria decidiu não contar a Sunny aonde iriam pois seria


uma ótima ideia. Sunny pensaria que seria uma missão
suicida. Após oito anos, conhecia um pouco de Sunny e agora
iriam para a parte industrial de Absinto. Era quase uma hora
de distância e, quanto mais dirigiram, mais Sunny pensava
que era uma ideia muito ruim.

— Não é outra festa de espuma ou clube de strip, né? —


Os edifícios e o rio que corria paralelo e separava Absinto de
Haralston veio à tona.

— Disse que é algo muito diferente.

— Defina diferente. — Sunny olhou pela janela e viu um


grande edifício com janelas fechadas.

— Pense em grandes caras suados, batendo uns nos


outros. — Daria entrou com o carro no que parecia ser um
túnel de estacionamento cheio para uma doca de
carregamento na frente de um edifício de aparência
assustadora. Virou e olhou para Daria quando finalmente
parou.

— Você me trouxe para uma luta no subsolo? — O rosto


de Daria se iluminou e balançou a cabeça furiosamente. —
Vejo caras que lutam o dia inteiro. Por que iria querer vê-los
em um lugar que provavelmente está cheio de estupradores e
assassinos?

Daria revirou os olhos e pegou sua bolsa. — Está sendo


dramática. Em primeiro lugar, é totalmente seguro. Olhe. —
apontou para o pára-brisa e Sunny seguiu a linha de seu
braço e viu um homem cheio de cicatrizes que estava parado
na porta enferrujada. As luzes acima delas piscaram
ameaçadoramente e era tão fraca que não notou inicialmente.
— têm guardas em todo este lugar, fazendo com que as
pessoas fiquem na linha. Fui a um desses com Sandra.

— O que? Quando?

Daria deu de ombros. — Há um mês quando passou as


férias de fim de semana com seu pai. De qualquer forma, foi
intenso. Os caras não são como nada que já vi antes. E a
melhor parte é que são tão violentos, tão masculinos, que sua
calcinha ficará tão molhada que não será capaz de andar
direito o resto da noite.

— Eca. Por que não me contou que foi em uma dessas


lutas com Sandra?

— Porque reclamaria o tempo todo, dizendo que era


perigoso e daria o sermão de uma mãe.
— Não faria. — Sunny olhou para a pequena porta. —
Sou do tipo insensível a caras lutando, Daria. Não acho que
terá o mesmo efeito em mim como teve em você. — Alguns
caras treinaram no centro, especificamente para estas lutas
subterrâneas.

— Sunny, terá um efeito diferente em você. — Daria saiu


e Sunny a seguiu rapidamente. Estava apreensiva e seria o
suficiente para voltar para o carro e sair de lá, mas Daria era
uma doida por risco e a puxava para frente. Quando olhou
por cima do ombro e viu Sunny atrasada, ela parou, foi
rapidamente em sua direção, agarrou sua mão e a puxou.
Foram para a porta arranhada e pararam na frente do leão de
chácara. Ele as olhou, mas não fez nenhum movimento para
deixá-las entrar. — Honey nos deu isso. — Daria soltou a
mão de Sunny e enfiou a mão na bolsa. Tirou pedaços de
papel do tamanho de um cartão postal. O segurança olhou
para os cartões, olhou-os mais uma vez e depois saiu e abriu
a porta. Daria sorriu por cima do ombro e agarrou sua mão
novamente, levando-a para dentro. O fedor de decadência e
mofo do velho edifício encheu as narinas de Sunny e ela
cobriu o nariz e a boca com uma mão.

— Meu Deus, quem morreu aqui? — A iluminação era


sombria na melhor das hipóteses e Sunny estava feliz que
usava calça jeans e botas ao invés da engrenagem do clube
que Daria insistiu que usasse. Agora era sua amiga que
manobrava seus saltos pelo lixo que revestia o chão. Sunny
sabia pouco sobre lutas subterrâneas, mesmo que alguns
caras no centro treinassem para isso. Sabia que os cartões
que Daria deu ao segurança eram para que não pagassem a
taxa de cobertura. Também sabia que haveria um monte de
pessoas assistindo as lutas e que os caras lutavam sujo, sem
equipamento ou proteção. Era como o UFC com mais
velocidade e ossos quebrando.

— Assim que chegar ao local onde todo mundo está é


que se abrirá e não será tão ruim. — Passaram por alguns
caras encostados na parede decrépita, fumando cigarros. O
som de aplausos se tornou mais alto quanto mais entravam
no armazém e assim que subiram um longo lance de escadas
e seguiram pelo corredor o salão apareceu. Por um momento
Sunny ficou chocada com o que viu. Certamente não era
como qualquer luta no UFC que já foi. Uma gaiola estava
erguida no centro da sala e havia tantas pessoas amontoadas
que o calor era forte o suficiente para derrubar uma pessoa.
Os corpos estavam ombro a ombro e o cheiro de suor, álcool e
até mesmo sangue era avassalador.

— Vamos, quero ficar perto da gaiola. — Daria agarrou


sua mão com mais força e foram para frente. Quando a gaiola
erguida estava a apenas alguns metros, Sunny soltou a mão
de Daria e pegou o celular. Havia uma ligação perdida de seu
pai e uma mensagem dele, o que a fez sorrir. A única
interação que teve com o pai foi quando se cruzaram
enquanto saía para esta noite. Ele parecia com um humor
bastante agradável, por isso é provável que London não lhe
disse exatamente o que acontecia com eles. Essa parecia ser
a explicação mais lógica.

Pai: Se cuide e divirta-se com Daria.


Sim, começava a se perguntar exatamente o que London
falou com ele, para que não sentasse lá dando sermão sobre
suas decisões. Sunny não podia deixar de sorrir para o fato
de seu pai enviar-lhe uma mensagem. Ele era a pessoa mais
inexperiente em tecnologia que conhecia e levou uma hora
para ensinar-lhe como usar um celular.

Sunny: Obrigada, pai. Chegarei tarde. Te amo.

De jeito nenhum lhe diria que estava em um armazém


abandonado, com pelo menos trezentas pessoas dentro, para
assistir caras baterem entre si em uma luta sem luvas.

— Oh meu Deus, estou tão animada com isso. Este


lutador de hoje à noite, Max The Devil Sorrenson. — Daria
começou a abanar-se e Sunny não podia deixar de rir de
como dramática agia. — o vi quando vim para a luta no mês
passado. — Daria tentou olhar por cima das cabeças de todas
as pessoas, presumivelmente para encontrar esse cara. —
Com certeza, é um colírio para os olhos.

— Estão prontos para Max The Devil Sorrenson e o


campeão invicto, London? — O locutor disse o nome de
London e o coração de Sunny começou a bater acelerado.
Puta merda. Quais eram as chances de estar em uma dessas
coisas subterrâneas onde London lutava? Olhou para Daria e
viu sua amiga a olhando abismada. Encolheu os ombros e
ambas olharam para a jaula, a multidão ficando ainda mais
selvagem. Os corpos avançaram como uma onda, flexionando
e se curvando e ambas precisaram dar um passo a frente
para equilibrar-se ou seriam empurradas no chão. Uma
montanha de um homem subiu na gaiola, seu corpo com
músculos duros e seu rosto uma máscara de indiferença. As
tatuagens que cobriam seus braços eram como as de London,
do ombro aos pulsos, mas onde as de London eram coloridas,
as desse cara era preto e branco. Em uma forma crescente a
partir da clavícula, era uma tatuagem na fonte Old English,
escrito Anarchy.

Deus, London lutaria contra esse cara? Era como um


tanque e parecia que a multidão o odiava, o que a levou a
acreditar que não lutava limpo, mesmo sendo uma luta sem
regras. A preocupação a dominou quando o locutor chamou o
nome de London. A multidão ficou enlouquecida, cantando e
gritando. As mulheres gritaram seu nome e Sunny pegou
alguns gestos obscenos e palavras das garotas perto delas.

— Eca, que bando de putas Caçadoras. — Daria disse


alto o suficiente para ser ouvida sobre o ruído, que fez com
que as garotas ao seu lado ouvissem e olhassem em sua
direção. Daria colocou as mãos na cabeça e fez gesto de
pequenos chifres como se dissesse The Devil, que fez Sunny
esbravejar. As garotas disseram algo uma para a outra,
provavelmente xingando-as, como não havia muito barulho
disseram muito baixo para que não pudessem ouvi-las.
Sunny e Daria sorriram uma para a outra e voltaram a olhar
para frente. London subiu na gaiola e tudo o mais
desapareceu ao redor de Sunny. Seu coração batia acelerado
e tentou engolir o nó em sua garganta. Sua expressão era de
compostura de aço e apatia. Ele não se parecia com o homem
que a tocou tão apaixonadamente no vestiário ou que a
prendeu quase com ternura. Ele parecia um cara pronto para
chutar alguns traseiros. Sentiu um calafrio em sua espinha,
porque mesmo que o tenha visto treinar inúmeras vezes,
nunca o viu realmente na gaiola. Sentiu umidade entre as
coxas e seus mamilos endureceram. A sensação de vê-lo
erguido naquela jaula era inebriante.

O locutor falou algumas coisas, mas o que ouviu


claramente era ‘sem regras’. London e o outro cara foram
para frente, seus corpos enormes batendo juntos. Punhos
voaram, pernas remexeram e antes que soubesse o que
acontecia, estavam lutando no chão. Flashes de tatuagens
preta e coloridas, músculos e membros que se deslocam em
conjunto e sangue jorrando de bocas e narizes. London deu
um soco no rosto do cara uma e outra vez e sua raiva era
assustadora. Sunny nunca viu antes um homem tão
ferozmente com a intenção de suas ações e realmente deu um
pequeno passo para trás. Estava excitada e envergonhada
pela resposta do seu corpo à violência e agressão que
testemunhava. Os dois homens ficaram de pé e agora
confrontavam um ao outro. The Devil deu um soco em um
dos rins de London, que o fez tropeçar para trás. Seu desejo
desapareceu e colocou a mão sobre sua boca. Ele veio atrás
de London em pleno vigor e quando viu o punho voltar, à
direita, temia que faria algum dano grave para o homem que
se preocupava tanto, London estava de pé, como uma
máquina.

Esquerda, direita. Direita, esquerda. Socou The Devil


algumas vezes, que viu os dedos começarem a sangrar e
escorrer nos braços e cair na esteira. Seu adversário caiu no
chão e London estava sobre ele, dando soco após soco,
brutalmente. Era quase demais para Sunny assistir, mas era
como um acidente de trem. Não conseguia desviar o olhar.
Com mais um golpe certo no lado da cabeça do cara, London
saiu dele, virou a cabeça e cuspiu um bocado de sangue. Sua
sobrancelha estava cortada e uma linha de vermelho escorria
do seu rosto. Olhou para o cara agora deitado imóvel aos
seus pés. A multidão estava enlouquecida gritando o nome do
vencedor, mas tudo desapareceu quando London virou e seus
olhos se encontraram. Ele não mostrou nenhuma surpresa,
mas seus olhos brilharam com uma fome escura. Algo dentro
dela derreteu e se inclinou, querendo se aproximar dele. Não
importava que o sangue cobria seu peito ou que segurou a
vida do homem na palma de suas mãos. London era seu, se
revestiu com a masculinidade e força e estremeceu ao olhar
em seus olhos, queria dar-se a ele.

Ele deu um passo mais perto e ela fez o mesmo. Sunny


observou-o sair da jaula e andar em sua direção. Poderia
dizer que seu foco estava sobre ela e a surpreendeu que as
pessoas realmente abriram espaço. Antes de se aproximar,
viu um movimento ao lado e tirou os olhos dele. Uma garota
magra de cabelo escuro curto subiu e se jogou em seus
braços. Podia ver a irritação no rosto de London com a reação
da garota e quando a olhou, a emoção foi substituída por
surpresa e então lentamente se transformou em raiva. Os
lábios vermelhos da garota se moveram e, em um movimento
tão rápido que Sunny sequer percebeu o que acontecia, a
garota beijou London. Tudo acalmou e sua excitação foi
sobrepujada pelo ciúme. Nunca se sentiu assim e tudo
porque uma Caçadora pensou que marcaria o seu cara? Oh.
Droga. Não.
Capítulo Oito
Por apenas um segundo London ficou congelado
enquanto a garota o beijava. Seu gosto era de cigarro velho e
cerveja azeda. A surpresa ao ver seu rosto, sabendo que era a
garota com quem transou depois de uma de suas lutas antes
de ficar com Sunny, que achava que era dele, deveria tê-la
empurrando-a para longe, mas ele levou um segundo a mais.
Segurando seus braços e puxando-a para longe dele, ele
correu as costas de seu braço sobre os lábios.

— Porra, nunca mais faça isso! — O seu sorriso vacilou


e seus olhos se estreitaram. Cruzou os braços sob os seios e
olhou para ele. Merda, ela o beijou bem na frente de Sunny.
Virou a cabeça para onde sua garota estava, a viu vindo em
sua direção com uma expressão feroz no rosto e sabia que
um tapa ou dois estava por vir. Havia outra garota com ela,
com olhos de cor incomum.

Cristo, não iniciou o beijo, mas se uns golpes ajudassem


Sunny a se acalmar...

Ela parou na frente dele, olhou em seus olhos e então


virou e olhou para a morena. Por um minuto inteiro tudo
fizeram foi olhar uma para a outra e London estava orgulhoso
de que sua pequena lutadora estava de pé firme.

— O que foi? — a morena rosnou


— Procure outro cara para foder. Este tem dona. —
London não podia conter o sorriso em seu rosto. Bem, a
menina Sunny era um pouco possessiva. Amou isso. Sentiu-
se como um idiota por ser todo ciumento e territorial sobre
ela.

A morena mostrou os dentes e não podia acreditar que


era a mesma garota tímida com quem esteve há menos de
duas semanas. Era como uma espécie de animal raivoso
agora, estalando e parecendo que Sunny era a única que
pisou em cima da linha.

— Está louca se pensa que ele fica com uma garota


apenas. — Sunny não disse nada e London se aproximou.
Passou um braço em volta da cintura e puxou-a de volta
contra seu peito. Becky olhou para onde Sunny estava e
franziu o nariz. — Basta lembrar que ele tem um monte de
bocetas para escolher. Na verdade — pareceu presunçosa
para cacete e London sabia o que diria. — Ele me fodeu de
verdade há pouco tempo. Me fez gozar mais de uma vez,
também. — Sunny ficou rígida em seus braços, mas não se
afastou.

— Dá o fora daqui e não venha até mim novamente. —


Sua voz era um aviso, mas queria que soubesse que ela fodeu
com sua vida e que não ficaria por isso.

— Saia daqui. Talvez encontre um cara para te foder em


um local sujo. — Sunny ouviu isso muito bem. Foi assim que
fodeu a morena e ficou com vergonha desse fato.
A menina sorriu, mas não era um de alegria e fez seu
rosto se contorcer em algum tipo de máscara comprimida.

— Não diga que não foi avisada. Homens como ele


tendem a desviar-se. — Com isso, virou e saiu. Por um longo
momento Sunny olhou para onde Becky desapareceu e então
lentamente virou e o olhou. Esperava que a raiva e o ciúme
fossem as principais emoções e quando ela sorriu para ele,
estava um pouco estupefato.

— Não está chateada sobre o que ela disse? — passou a


mão sobre seu cabelo e respirou. Queria ficar sozinho com ela
e conversar sobre isso, não cercado por um bando de
bêbados gritando que queriam ver mais combates. Ela
encolheu os ombros.

— Não vou dizer que não sou ciumenta, porque isso


seria uma mentira. — olhou para baixo, mas não queria que
ela escondesse seus sentimentos, então levantou sua cabeça
com o polegar sob o queixo. — Como posso ficar chateada
com o que ela disse quando isso foi antes de ficarmos juntos?
— Merda, ganhou na loteria quando ficou com ela. — Além
disso, conheço uma Caçadora quando vejo uma e posso dizer
quando uma garota é um pouco demente e pensa que é mais
do que é. Não era realmente uma ameaça. Embora precisava
que soubesse que não sou uma namorada calma quando se
trata de você.

Ele balançou a cabeça e sorriu. — Droga, Sunny! Acho


que posso me casar com você agora.
Ela riu e o empurrou. — Engraçado. — seu sarcasmo
era tangível e começou a rir.

— Baby, vamos sair logo daqui. — andaram em direção


à parte de trás do armazém, segurando firmemente a sua
mão, certificando-se que ficasse a seu lado. Algumas pessoas
se aproximaram, tentando conversar sobre a luta, mas
apenas queria recolher seus ganhos e dar o fora com Sunny.
Ross inclinou-se na parede, falando com um monte de caras
que se achavam o máximo usando óculos escuros dentro do
armazém à noite. Ross viu a abordagem e afastando-se da
parede, colocou a mão no bolso do casaco.

— Boa luta, homem. — entregou a London o envelope


padrão e olhou para Sunny. London se moveu para que ela
ficasse atrás dele. Podia gostar de Ross e confiar nele para
uma luta, mas não significava que queria Sunny perto dele.
Realmente, sequer a queria nessas lutas subterrâneas e se
perguntava por que estava aqui e como o descobriu. Os
espectadores nestas lutas podiam ficar loucos, especialmente
se as coisas não saíssem bem, mas sabia que mesmo se
pedisse para não vir mais, isso não resolveria com ela.

— Obrigado. — pegou o envelope e a sua mochila que


normalmente mantinha com Ross. Guardando o envelope,
inclinou o queixo para Ross. Ele virou a cabeça, parando
pouco antes de chocar com outro cara. Soube imediatamente
quem estava à sua frente e o corpo de London ficou tenso.
Certificando-se que Sunny estivesse bem atrás dele, manteve
sua expressão neutra enquanto olhava para o rosto do cara
com quem lutaria em apenas alguns dias. O Leão era tão
grande e alto como London, mas usava uma máscara de
arrogância.

— Algum problema? — por vários longos segundos o


filho da puta não disse nada. Se pensava que intimidaria
London, não o observou tanto quanto Ross transparecia.

— Não, cara. Apenas verificando em quem baterei. —


sorriu, mas London ainda mantinha sua expressão estóica.
Quando não respondeu, o filho da puta estreitou os olhos e
franziu os lábios.

— Vai se mover ou precisarei movê-lo?

— Ei, cara, acalme-se. — Ross se aproximou e puxou


London. — Guarde-o para a gaiola.

Depois de um momento prolongado London suspirou,


apertou a mão de Sunny e abriu caminho. Sua amiga estava
logo atrás e não parava de olhar para trás para ter certeza de
que ambas não estavam se perderiam na multidão. Sua raiva
e aborrecimento sobre aquele idiota o confrontando, tentando
obter uma reação dele, fez o seu sangue ferver. Assim que
estavam do lado de fora com a brisa fresca, secando algum
suor que alinhou a sua carne, uma pouco de sua agressão
diminuiu.

— Oi. — Sunny puxou seu braço até que virou e a


olhou. — Você está bem? — a sua expressão preocupada fez o
resto da sua ira dissipar lentamente. Ninguém nunca se
preocupou assim com ele, perguntando se estava bem ou o
acalmou quando estava irritado.

— Estou bem, baby. — sorriu, tentando tranqüilizá-la.


— Ok. — Ela não parecia convencida, mas não o
pressionou. — Oh, essa é Daria, uma grande amiga minha. —
Olhou para ela, sabendo que parecia familiar, mas não era
realmente capaz de lembrar. Os seus olhos, por si só,
deveriam fazê-lo saber quem era, uma vez que eram
diferentes de tudo o que já viu. Tinha que ser lente de
contato.

— Cara, não olhe assim para os meus olhos. É rude. —


sorriu e ele se desculpou por seu próprio sorriso.

Ela encolheu os ombros. — Estou acostumada a


pessoas olhando e não, não são lentes de contatos. — ele
assentiu. — Então, acho que pegará uma carona para casa
com ele? — Daria olhou para Sunny e a cutucou no ombro,
sorrindo.

— Não quero te abandonar.

Daria deu a Sunny um olhar sem graça. — Garota,


vamos lá. — cutucou-a no ombro novamente. Deram um
abraço e London virou-se para dar-lhes a privacidade quando
ouviu Daria sussurrar algo no ouvido de Sunny. — Prazer em
conhecê-lo, London. —

Ele virou e sorriu. — Você também.

— Cuide de minha menina. — deu-lhe um olhar severo e


ele balançou a cabeça, parecendo tão sério.

— Sempre. — Sua resposta era suficientemente boa


porque ela começou a se afastar. — Deixe-me acompanhá-la
até o seu carro. Esta é uma parte ruim da cidade e vocês
duas sequer deveriam estar aqui embaixo. — deu a Sunny
um olhar duro, mas pegou sua mão e os três caminharam até
o carro de Daria. Depois que as meninas abraçaram-se mais
uma vez, Daria partiu. — Acho que gosto dessa garota. Ela é
tão protetora com você quanto eu. — passou o braço ao redor
do ombro de Sunny e puxou-a para perto.

— London?

Ele a olhou. — Sim, baby?

— Luta assim o tempo todo? — havia um pouco de


hesitação em sua voz, mas também viu um lampejo de algo
mais. Talvez excitação? Não, não podia ser. Ou podia? Não
estava disposto a mentir para ela, mas também não queria
assustá-la.

— Sim, luto, Sunny. — olhou para baixo e balançou a


cabeça. — Sabe que alguns dos rapazes do centro lutam no
circuito subterrâneo. — ela assentiu com a cabeça. — Quer
dizer, não falamos por razões óbvias.

— Eu sei e não é como se não achasse que fizesse coisas


assim. É só, que nunca fui a uma dessas lutas e elas são
bastante... intensas. — puxou-a em seu peito e deu um beijo
em seu pulso direito abaixo da orelha.

— Espero que não te incomode muito, mas é como


ganho a minha vida.

Ela se afastou e olhou para o seu rosto. — Eu sei e não


quero que mude. Estou ao redor disto a minha vida toda.
Estava surpresa de vê-lo lutar impiedosamente e sem
qualquer tipo de proteção. Estou acostumada a ver caras
lutando no UFC. Nunca vi nada parecido com o que fez lá,
London. — disse a última parte um pouco sem fôlego e seu
pau instantaneamente se tornou duro. Quando a viu do outro
lado da jaula, o olhando com seus grandes olhos azuis, não
sabia o que pensar em primeiro lugar. Estava chateado que
estivesse lá, perto de todo o perigo e violência, mas, em
seguida, encheu-se de orgulho que sua garota o viu ser
vitorioso.

— Não sabia que queria ver lutas subterrâneas, mas da


próxima vez me avise para que me certifique que esteja
segura.

— Não sabia que iríamos para uma. Daria não me falou


nada durante o percurso, mas gostaria de vê-lo lutar
novamente.

— Mesmo?

— Sim. Quer dizer, odeio vê-lo levar alguns socos, mas é


emocionante e não mentirei, é excitante.

Então, tinha razão quando pensou que viu luxúria em


seu rosto. Interessante. Passou as mãos pelo seu corpo,
sentindo seu pênis ficar ainda mais duro quando foi recebido
pelas suas curvas exuberantes. Precisava estar com ela
agora. Tê-la tão perto, vencer a luta, ter aquele imbecil a
confrontá-lo, sentir o seu cheiro e tê-la pressionada contra ele
despertou o seu lado homem das cavernas. As coisas
obscenas que imaginou fazer com ela passaram por sua
mente. Eram imagens dos dois em um desses perigosos becos
escuros, ela pressionada na parede e ele a fodendo com tanta
força que ela nunca questionaria a quem pertencia. Podia
dominá-la dessa maneira, mas não queria. Ela era boa
demais para isso e, sem dúvida, assustaria e causaria
desgosto se tentasse fazê-lo. Não, ela merecia algo agradável e
doce, talvez com um pouco de força, porque não poderia
controlar-se totalmente.

— Baby, quer ir para minha casa? — começou a beijar e


a lamber sua garganta, incapaz parar, porque era viciado no
seu sabor. Ela se afastou e ele segurou seu rosto. — Porque
realmente te quero muito agora. — a maneira como as
pupilas dilataram mesmo estando escuro e o fato de que
podia praticamente sentir o cheiro de sua vagina molhada
diante de sua pergunta era a prova do desejo de ambos.

— Sei, posso sentir. — Sunny alcançou entre eles e


segurou sua ereção. Soltou um rosnado baixo e, quando ele
abaixou a cabeça para tomar sua boca, colocou um dedo nos
lábios. O olhou por um longo segundo.

— O que está errado?

— Não falei com meu pai sobre nós, já que conversaram


no centro, mas ele não parecia chateado com a coisa toda.
Preciso saber como ele recebeu a notícia ou se contou sobre
nós. — E, assim o tesão desapareceu.

— Tinha toda a intenção de fazer isso quando falei com


ele no centro, mas então ele começou a falar sobre a grande
luta que se aproximava com Mack, como um monte de
dinheiro estava em jogo e podia ver o quão estressado estava.
Não acho que era o melhor momento para dizer que transei
com sua filha. — Ela deu um tapa no braço e ele sorriu. —
Bem, é que me preocupo muito com ela. — olhou ao redor,
sentindo a pele apertar com apreensão. — Disse-lhe que
falaria com ele amanhã. Imaginei que estaria menos inclinado
a chutar a minha bunda se estivéssemos em seu território.
Ou talvez mais? Droga, ele provavelmente chutará a minha
bunda de qualquer maneira.

Ficar em campo aberto como este por um longo período


de tempo era perigoso. Certamente acabaria com qualquer
um que pensasse em se aproximar dela, mas isso não
significava que queria entrar em uma briga no meio do nada.
Beijou-a rapidamente e pegou em sua mão novamente.
Levou-a ao seu Mustang e a ajudou a entrar. Esteve tão
preocupado em tirá-la do armazém que sequer colocou uma
camisa. Depois de pegar uma de sua mochila e colocá-la,
estava em seu carro e dirigindo alguns minutos mais tarde.
Tê-la tão perto em seu carro aumentou sua excitação
novamente. Seu pau ficou duro de imediatamente. Não podia
chegar rápido o suficiente em sua casa, especialmente
quando ela se aproximou, libertou seu pênis e começou a
dar-lhe um boquete. Cristo, sua normalmente tímida Sunny
tomava as rédeas.

— Sunny... — O seu nome saiu com um gemido


estrangulado, mas logo cortado quando o tomou
profundamente. — Merda, baby — respirou bruscamente,
não sendo capaz de pensar claramente, muito menos dizer o
que queria.

Ela afastou-se o tempo suficiente para dizer — Nunca fiz


isso antes. Estou fazendo bem?
— Sim, querida. É realmente muito boa nisso. — ela
sorriu e voltou a chupar seu pau e ele apertou as mãos com
tanta força no volante que seus dedos ficaram brancos. Como
conseguiria dirigir? — Sunny, baby.

Suas palavras foram interrompidas quando ela o


chupou tanto quanto pôde. A ponta do seu pau atingiu o
fundo de sua garganta e ela o engoliu todo. O som de seus
engasgos não deveria deixá-lo excitado, mas porra, como
deixou. Cristo. Era tão bom. Seus gemidos suaves vibravam
ao longo de seu comprimento e descansou a cabeça no
encosto do assento. Ela o chupava com vontade e chegou a
um ponto que teve afastá-la ou destruiria o carro. Sunny
afastou-se dele, o som de sua boca molhada soltando seu
pau, retumbou no carro.

Olharam um para o outro por um longo momento e, em


seguida, em um movimento rápido a beijou e procurou o
botão da calça jeans. Ela afastou as suas mãos e o desfez
sozinha. Depois de algumas manobras, abaixou sua calça e
calcinha pelas suas coxas e, tirando uma perna da calça, se
posicionou sobre ele.

Ele abaixou o seu top e libertou os seios gloriosos. Eles


saltaram pelo movimento, seus mamilos ficaram duros e o
deixaram com água na boca. — Sempre transou usando
proteção? — as suas palavras o deixaram confuso no início e
só quando tirou os olhos de seus seios e olhou em seu rosto
que finalmente registrou o que perguntou.

— Sim, querida, sempre. Por quê?


— Estou tomando pílula. Para regular o meu período. —
Caiu a ficha do por que lhe perguntou e por que agora lhe
dizia sobre estar no controle de natalidade. Engolindo em
seco, registrou suas palavras. Empurrou seu pênis entre
suas coxas com o que queria dizer.

— Tem certeza, Sunny? — ela não respondeu, apenas


moveu-se até que descansava diretamente sobre seu pênis.
Ele não a penetrou ainda, mas a sensação da sua boceta
quente e molhada era suficiente para que o seu sêmen
vazasse da ponta do seu pau. O ajuste era apertado, mas
gostava dessa forma, gostava da maneira como seu corpo
moldou-se ao dele. Ela alcançou entre eles e ele fechou seus
olhos quando apertou sua mão ao redor de seu pênis.
Levantou-se o suficiente para que colocasse a cabeça de seu
pau em sua entrada. — Você está tão molhada, baby. —
gemeu quando sua boceta gostosa engoliu apenas a coroa de
sua ereção. Colocou as mãos na sua cintura, os dedos na
curva de seus ossos do quadril e apertou-a com mais força.
Suas mãos estavam em seus ombros para preparar-se. Com o
ar se movendo entre eles, London assumiu o controle.
Quando levantou os quadris ao mesmo tempo que abaixou
sobre ele, soltaram um grito estrangulado. Encheu-a
completamente, tão fundo de modo que a bunda dela tocou
suas bolas e apoiou a testa em seu ombro e fechou os olhos.
Tentou recuperar o fôlego, mas nunca sentiu nada parecido
com isso. Sentiu como se fosse queimar vivo dentro dela.

— É tão bom, London. Eu me sinto tão completa e


esticada. — Movendo as mãos de seus quadris quando se
levantou e sentou novamente, London se permitiu o prazer
visual de ver os seus seios saltarem entre eles. Sentiu cada
centímetro dela cercá-lo e até sentiu as costas da vagina
pressionada na coroa de seu pau cada vez que levantava e
sentava. Pressionando sua pélvis nele, ela inclinava para
frente e para trás e sabia por seus pequenos gritos de prazer
que seu clitóris era trabalhado também. Porra, nunca teria o
suficiente dela e não era apenas porque nunca se sentiu
assim com outra mulher. Preocupava-se com ela até o ponto
que sentiu como se estivesse obcecado. Era ridículo se sentir
tão territorial e possessivo de outra pessoa, mas era assim
que se sentia. Quebraria braços e pernas se algum outro cara
pensasse que poderia colocar algum tipo de reclamação sobre
ela.

— Você é minha, Sunny. — ela soltou um gemido e ele


ergueu os seus quadris e colocou todo o seu pênis em sua
vagina. — Diga, Sunny. Diga que é minha e de mais ninguém.
— ela agarrou seus ombros e continuou a saltar sobre ele.
Porra, estava tão perto de gozar, mas queria que ela gozasse
primeiro. London queria sentir sua vagina apertando ao redor
dele, ordenhando seu pau até que ambos perdessem os
sentidos.

— Sou sua, London. — colocou as palmas das mãos


sobre os seios, apertou e beliscou seus mamilos com seus
polegares e indicadores, até que ela se contorcia sobre ele. —
Sempre fui sua.

Disse isso com tanta convicção que suas bolas


apertaram e seu orgasmo o dominou. Não podia pará-lo, mas
não precisava tentar, porque ela gozava junto com ele. Seus
músculos internos apertaram ao redor de seu comprimento e
depois os dois gemiam seus orgasmos. Ele durou alguns
momentos felizes, mas quando tudo terminou e quando a
havia preenchido com seu esperma e seu cheiro, uma onda
de contentamento o encheu. Envolvendo os braços nela e
puxando-a para perto de seu peito, apenas abraçou-a. Era
tão bom tê-la perto, sentir o calor do seu corpo com o dele e
ouvir sua respiração regular, enquanto se acalmava das
seqüelas do que acabaram de fazer. Ela cheirava a roupa
limpa. Foi então que, quando seu batimento cardíaco se
estabeleceu a um ritmo normal, sua respiração tornou-se
lenta e constante e quando segurou a sua garota em seus
braços, que percebeu que não queria apenas cuidar de
Sunny, descobriu que a amava. Foi uma constatação tão
poderosa, como uma epifania, que o atingiu e o derrubaria ao
chão se não fosse o fato de que estava sentado. Abriu a boca
para lhe dizer aquelas três palavras, sem saber se a
assustaria ou se ela sentia o mesmo, mas antes que pudesse
dizer-lhe, luzes vermelhas e azuis apareceram de repente em
seu espelho retrovisor. É claro que a polícia apareceria neste
exato momento.

— Porra. — Sunny levantou a cabeça, viu a mesma


coisa que ele e saiu de cima dele. Em tempo recorde, estava
vestida e com cinto de segurança preso. Ele ria no momento
em que o policial bateu em sua janela. Como explicaria o que
fazia no acostamento da estrada no meio da noite? Isso seria
interessante.
Capítulo Nove
Sunny estava uma pilha de nervos. Suas mãos tremiam,
as palmas das mãos estavam suadas e seu coração disparou
como se tentasse sair do peito. London chegaria a sua casa a
qualquer momento e tudo o que podia pensar era como seu
pai reagiria assim que lhe dissesse que estavam juntos.

Ontem a noite foi assustadora, emocionante e de tirar o


fôlego. Depois que viu London Stein lutar de modo tão cru, e
transarem no carro, sabia então que o amava. Quase contou,
quase confessou algo que assustava a um monte de caras,
mas antes que dissesse, a polícia apareceu. Sunny tinha
certeza de que levariam algum tipo de multa, especialmente
porque não podia mentir e não estava disposta a admitir à
polícia que transou com seu namorado no carro no
acostamento da estrada. Mas quando olhou em sua direção,
nada disso foi necessário. Parece que London conhecia o
policial, estudaram juntos. Conversaram por dez minutos e
Manny — o policial — lhe piscou com um sorriso. Graças a
Deus que estava escuro, porque sentiu seu rosto esquentar.

Não foram para a sua casa, obviamente e, depois que a


deixou, tentava pensar em uma boa maneira de dizer que o
amava. Dizer de uma maneira que não parecesse muito
sentimental, mas certamente não queria guardar por mais
tempo. Sabia que o queria, que tinha emoções profundas por
ele, mas nunca juntou as peças. Agora que estavam juntos,
sabia que essas emoções iniciais que fizeram seu amor por
ele aumentar até que sabia que não seria contido por muito
mais tempo.

Sunny andou pela sala de estar e mordeu o lábio


inferior. Parada na frente da janela, não ouviu o seu pai se
aproximar até que a tocou no ombro, assustando-a.

— Está bem, querida? — a olhou, franzindo as


sobrancelhas. — Parece ansiosa. — Antes que respondesse,
ouviu o som do Mustang de London. Ambos olharam pela
janela. Seu pai foi até a porta da frente e ficou para trás,
vendo-o sair do carro e ir em direção a sua casa. Parecia bem
com jeans e uma camisa preta. As tatuagens que cobriam
seus braços densamente provocavam um formigamento em
sua espinha. O som da porta abrindo, e as vozes de barítono
de seu pai e London, deixou-a nervosa. Estava ansiosa antes,
mas agora o nervosismo a dominava. Caminharam até a sala
e ficou paralisada no espaço. Sunny precisava se acalmar.
Era seu pai e lhe diria que amava London. Mack pode ter
prometido não brigar com ele, mas seu pai era outra história.
Eram iguais em tamanho e massa muscular, mas o seu pai
tinha mais de 20 anos de luta, formação e experiência mais
do que London. Também ensinou a London tudo o que sabia.
Não prometeria não machucar o homem que amava, porque
antes que lhe pedisse para não fazer nada com London, já
estaria chutando a bunda dele.

Houve um momento de silêncio constrangedor onde ela


estava do outro lado da sala e London ficou ao lado de seu
pai, mas vários centímetros de distância e Harlond olhou
entre os dois.

— Harlond, vim aqui para falar sobre algo realmente


importante. — London a olhou e esfregou sua nuca. Pela
primeira vez desde que o conheceu, parecia realmente
inseguro. — Eu...

— Filho, nunca te vi com esse olhar de medo antes. —


Harlond os olhou novamente. A tensão e o constrangimento
aumentaram na sala e Sunny engoliu em seco bruscamente.
Deus, seu pai parecia chateado. Olhou para ela mais uma vez
e seus olhos se estreitaram. — Isto é sobre o fato de que está
com a minha filha? Veio aqui para me dizer isso? — Harlond
olhou para London e ele levantou a cabeça.

Olhou para seu pai com os olhos arregalados — Você


sabe? — sua voz soou muito mais forte do que sentia por
dentro. Seu pai lhe deu um olhar que lhe dizia ‘Acha que sou
um idiota?’

— Garota, acha que não sei o que se passa em meu


próprio centro de treinamento ou com a minha filha? —
cruzou os braços e lançou um olhar letal em London. — O
que quero saber é o quão sério essa coisa realmente é e há
quanto tempo vem fazendo isso pelas minhas costas.
Suponho que é muito importante para que venha a minha
casa para falar comigo sobre isso, certo?

London se remexeu, inquieto. Seu grande lutador


tatuado estava com medo e não sabia o que dizer.
— Pai. — deu um passo mais perto, mas ele levantou a
mão.

— Não, Sunny. Quero ouvir de London como está em


tudo isso.

London a olhou e depois de um segundo se endireitou.


— Harlond, não tínhamos a intenção de esconder isso de
você. Certamente não tivemos intenção de fazer qualquer
coisa pelas costas. Simplesmente aconteceu e queríamos
decidir como te dizer antes que realmente soubesse. Vim aqui
para falar com você sobre Sunny, porque me importo com ela
e queria que soubesse que quero estar com ela.

Seu pai ficou em silêncio por muito tempo para parecer


confortável, mas depois exalou alto. — Não posso acreditar
que fazia isso pelas minhas costas, London.

— Pai, por favor, não pense assim. Não foi algo que
conspiramos para irritar ninguém. — a olhou e se sentia
como uma menina pega fazendo algo que não deveria.

— Quantas vezes Mack e eu dissemos que a vida de um


lutador não é para você?

— Pai, vivi com lutadores toda a minha vida. Essa é a


minha vida. Você é um lutador, Mack é um lutador e te amo
tanto. Dizer-me que não me quer perto dele pela maneira que
alguns deles decidem viver suas vidas contradiz isso. —
Olharam um para o outro por um momento. Esfregou a mão
sobre sua mandíbula. — Mamãe te amou e também a vida
que viveu. — Tristeza passou pelo rosto de seu pai com a
menção de sua mãe. Fazia anos que sua mãe falecera e seu
pai contou-lhe tudo sobre sua mãe e quanto a amava, mas
não falava sobre os dois. Esta era a primeira vez em anos que
tocava no assunto e, mesmo assim, partiu o coração de seu
pai, mas Sunny queria mostrar-lhe que julgar alguém estava
errado.

— Eu sei baby, mas não pense por um minuto que a


sua mãe não brigou comigo todas as chances que teve por
causa da luta. Ela odiava isso tudo...

— Mas te amava independentemente disso, pai.

Apertou a mandíbula e olhou para London. — Deveria


chutar o seu traseiro por isto, London. É a minha filha, a
única coisa que me resta neste mundo e vem aqui me dizer
que ela é sua.

London não respondeu, mas não podia culpá-lo, porque


não teria nada a dizer. Seu pai estava irritado e magoado,
tudo por sua causa e porque pensou que a protegia de algo
imaterial.

— Na verdade, deveria bani-lo do centro de treinamento


por não me procurar e por pensar que tem qualquer tipo de
direito sobre Sunny depois de todos os avisos que dei para
ficarem longe dela.

— Pai, por favor. — não queria contestá-lo, porque seu


pai precisava ver a razão nisso. — Esta é a minha vida e se
fizer isso, machucará London, porque está sofrendo, então,
finalmente, machucará o meu coração. — Seu coração ficou
acelerado novamente.
— Harlond. — London esperou até que o olhasse. —
Faça o que tem que fazer, mas quero que saiba que amo
Sunny e não há nada que não faria por ela. Te respeito, mas
não posso parar de vê-la e não pararei de vê-la. Eu a amo
demais para simplesmente ir embora. — Tudo parou ao ouvir
London dizer essas palavras.

— Ama a minha filha? — a voz de seu pai era monótona.

— Sim, senhor, a amo.

— London. — era a sua vez de esperar que a olhasse. —


Também te amo. — O sorriso que abriu em seu rosto mudou
tudo sobre o menino mau, rude e forte.

Deu um passo para se aproximar, mas parou e olhou


para o seu pai. — Harlond, peço sua permissão, mas também
quero que saiba que não é nenhum desrespeito quando digo
que, mesmo se disser para me afastar, não me afastarei.

Um músculo sob a mandíbula de seu pai pulsou e viu


suas mãos fecharem. Ele levantou a mão e, mesmo que
London soubesse o que estava por vir, não vacilou ou se
moveu.

— Realmente o ama, menina?

Ela assentiu com a cabeça. — Sim, pai, realmente o


amo.

Ele acenou com a cabeça uma vez, olhou para o chão


por um longo momento e olhou para London. Não tinha ideia
do que faria a seguir. Harlond era conhecido por ter um pavio
curto no melhor dos dias e agora era uma situação ideal para
perder a linha. Colocou um dedo no peito de London e Sunny
prendeu a respiração.

— Se machucar o coração da minha menina, acabo com


você. Está me ouvindo?

London assentiu, sua expressão estóica. O seu pai não


demonstrou nenhuma emoção, deu um tapa nas costas dele
e foi assim que a tensão desapareceu. — Tudo bem, pode
relaxar. Não buscarei o meu rifle ou qualquer coisa, mas irei
para o centro.

Seu pai se aproximou e a abraçou e o assim sentiu um


cheiro de tudo o que era familiar. Foi uma das únicas vezes
que confrontou seu pai, mas por London valia a pena o risco
de seu pai e Mack ficarem irados e decepcionados.

— Tenha cuidado e, se ele te machucar, quero saber de


imediato. — se afastou e beijou sua testa. — Ok, menina?

Ela sorriu, porque mesmo que seu pai fosse tão teimoso
como às vezes era, amava-a e só se preocupava com ela. Ele
os deixou sozinhos, mas não perdeu o olhar severo que
dirigiu para London, enquanto saía. A porta da frente fechou
e, por alguns segundos, tudo o que fizeram foi olhar um para
o outro. Um monte de coisas passava por sua mente, mas a
principal era o fato de que a amava.

Como se lesse sua mente, disse — Sim, Sunny, te amo.


Muito. — andou em sua direção e parou quando estava bem
na sua frente. — Te amo. Te amo. Porra, te amo, Sunny
McGrieve.
Abriu os lábios, mas antes que pudesse dizer, sua boca
estava na dela, tomando o controle como normalmente fazia,
roubando sua respiração. Quando finalmente se afastaram,
despejou antes que a beijasse mais uma vez. — Também te
amo, London. Deus, acho que te amei desde que o vi pela
primeira vez quando entrou no centro.

Beijou-a novamente e mais uma vez e murmuravam


essas três palavras na boca um do outro. Nada fazia sentido e
era tão incrivelmente rápido, mas não o faria de forma
diferente.

— Não sei o que o futuro nos reservará e quase posso


garantir que ficará chateada comigo porque errarei. — deu
um passo para trás, mas pegou uma de suas mãos e a
colocou sobre seu coração. — Mas posso prometer-lhe que
nunca deixarei de te amar, que sempre a colocarei em
primeiro lugar e que não há nada neste planeta que pode me
afastar de você. — disse isso com tanta paixão que sabia que
cada palavra que disse era verdade.

London tateou em seu criado mudo e cegamente


agarrou seu celular. Com um olho aberto, passou o dedo na
tela. — Sim? — limpou a garganta e recostou-se na cama. O
celular mostrava que era 8 da manhã e embora normalmente
acordasse antes das 6 para treinar, teve uma noite longa e
desgastante. Tinha um sorriso em seu rosto e abriu os olhos
e viu Sunny dormindo ao seu lado. Estava deitada em sua
barriga, o corpo logo acima do seu e suas costas nua e
exposta.

— Entendeu. Luta marcada para você e O Leão. Você


luta esta noite? — a voz de Ross estava empolgada e sabia
que era porque o circuito vibrava sobre esta luta. Falaram
sobre os detalhes, mas nada foi definido e essas lutas
subterrâneas eram sempre no calor do momento para se
certificar de que os policiais não saberiam onde estavam e
acabassem com tudo. Não havia regras para o combate
subterrâneo, mas London nunca matou ninguém e nunca
conheceu um lutador, pessoalmente, que tirou uma vida,
enquanto estava na gaiola. Aparentemente esse cara, o Leão,
tinha algumas marcas em seu cinto por fazer exatamente
isso.

— Sim. — Ross divagava sobre o local e hora em forma


de código, porque nunca sabia quem ouvia as conversas no
celular. Desligou e jogou o celular no criado mudo e virou de
lado. Envolvendo seu braço ao redor de Sunny, London
puxou-a para mais perto. Podia ver que estava acordada,
sentiu a mudança em sua respiração e só esperava que o
questionasse sobre essa ligação. Já lhe disse sobre essa luta
que se aproximava e que tinha o potencial de render-lhe um
bom dinheiro por causa do burburinho que criou. — Sei que
você está acordada, baby. — beijou uma trilha ao longo de
sua espinha e sorriu quando seu sorriso apareceu.
— Estou agora. — ela virou e ele se concentrou em seus
seios enquanto se tornaram visíveis. Quando ela levantou os
braços acima da cabeça e os esticou, seu pau pulsou e
endureceu. Merda, transaram por horas na noite passada e
só dormiram as quatro da manhã, mas ali estava ele, duro
para caralho novamente.

Sunny levantou a sobrancelha em questão e um sorriso


lento se espalhou em seu rosto. — Suponho que era a ligação
que esperava, onde recebe os detalhes sobre a luta contra
esse cara, O Leão? — ele deitou, olhou para o teto e balançou
a cabeça afirmativamente. — Está com medo?

Virou, a olhou e viu como parecia preocupada. — Não,


baby. É o que faço, é o que sou.

— Então, quando é a luta?

London sentou e esticou as pernas sobre a cama. —


Esta noite. Será na linha do condado em um edifício
industrial abandonado fora da rota 35. — a olhou por cima
do ombro... — Por que? Quer ir? — já sabia a resposta e
queria que ela falasse, mas também gostava de provocá-la.
Havia também uma parte sua que não queria que ela
estivesse lá. Era a certeza de ser um hospício e tê-la em uma
situação como essa o preocupava.

— Sabe que não perderia isso. Sei que é uma luta muito
importante para você.

— Mas preciso me certificar de que estará onde possa


vê-la a todo o momento. Será uma loucura, especialmente
esta luta, por causa da campanha tão extrema sobre ela e
não serei capaz de me concentrar na luta, se estiver
preocupado com você.

— Quero lembrá-lo que apareci em uma luta e sobrevivi.


— ele levantou a sobrancelha e não respondeu. —Ok, ok. —
ela levantou as mãos. — Você é tão mau como o meu pai. —
resmungou.

— Bem onde possa vê-la. Na verdade, Brock estará na


luta e ficará perto dele, OK? —

Ela assentiu. Embora ele e Brock se mudaram para


Absinto na mesma época, assim que seu amigo ficou muito
sério com a sua garota, Izzy, manteve as lutas escassas.
London ainda o via no centro de vez em quando, e mesmo
que Brock lutasse no circuito subterrâneo, não corriam nos
mesmos círculos. Além disso, dizer para Sunny não fazer
alguma coisa, como ir vê-lo quando seria muito agitado e
perigoso, era como pregar gelo em uma árvore. Isso não
aconteceria, mas sua obstinação era uma coisa que amava
nela, entre muitas, muitas outras.
Capítulo Dez
Sunny olhou ao redor do armazém lotado. Era meia
hora antes da luta, mas o prédio estava lotado. London
segurou sua mão com mais força e puxou-a ainda mais perto
dele. Usava um roupão com capuz e ela não podia negar que
parecia muito durão. As pessoas abriam caminho para eles e
sabia que era porque exalava uma aura de que chutaria a
bunda de alguém que o encostasse de um jeito errado.
Quando foram para a gaiola ele se virou e olhou para ela.

— Fique aqui, aqui, Sunny. — balançou a cabeça e


sentiu alguém tocar seu ombro. Olhando para trás, viu Brock
se aproximar e sorrir. London inclinou-se e beijou-a. Se
afastou e segurou seu olhar por um minuto. — Fique ao lado
de Brock, baby. Quero me concentrar na luta, OK? — ela
resistiu ao impulso de revirar os olhos, por repetir esta frase
várias vezes. Sabia seu lugar quando se tratava de uma luta,
e não estava disposta a correr o risco de fazê-lo se preocupar
com ela e se machucar por causa disso.

— Eu sei, London. Não se preocupe. Não sair andando


por aí. Ficarei aqui mesmo ao lado de Brock. — inclinou-se
para o grande cara e sorriu quando London fez uma careta
para suas ações. Era tão ciumento, mas também a fazia
sentir-se amada. Podia ser possessivo, mas não ao extremo
onde dava ordens e exigia que se livrasse de seus amigos por
ele. Além disso, se tentasse qualquer uma dessas merdas,
chutaria a sua bunda. Deu-lhe mais um beijo, olhou para
Brock, teve algum tipo de comunicação silenciosa com ele e
foi para a parte de trás do edifício.

Ela virou e olhou para Brock. — Ele é sempre assim? —


estava brincando, mas Brock sequer abriu um sorriso.

— Ele é muito sério sobre você, Sunny. Nunca o vi assim


com qualquer outra pessoa. — ela assentiu com a cabeça. —
Só não se perca na multidão, porque então serei aquele que
receberá a sua ira.

Viraram e encararam a gaiola e analisou a multidão.


Alguns claramente estavam bêbados ou chapados e quase
todas as mulheres estavam praticamente nuas. Olhou
novamente a multidão e parou quando viu a morena de
cabelo curto, com quem brigou na luta anterior. Estava mais
perto da parte de trás do armazém. Seu coração parou
quando viu com quem falava. Era o cara que bloqueou o
caminho de London, quando o viu lutar alguns dias antes.
Era definitivamente o mesmo idiota que desafiou London e
sabia que era o Leão. Era como um instinto, especialmente
quando lançou seu olhar para a porta onde London entrou.
Ele virou para o lado e Sunny viu a tatuagem enorme de uma
cabeça de leão cobrindo suas costas.

Brock se aproximou e disse. — Esse é o cara com quem


London lutará. — ela concordou, porque já sabia. A morena
grudou no cara, colocou as mãos em seu cabelo e o beijou
como se quisesse rastejar dentro dele e, quando se
separaram, ele bateu com força na bunda dela. Afastou-se e
Sunny jurou que a maldita tatuagem de leão a olhava o
tempo todo.

Os minutos passavam lenta e dolorosamente, mas


depois do que pareceu uma eternidade a voz do locutor soou
na sala. — Agora, para a luta do século, o Leão contra o
campeão invicto do subsolo, London Stein.

O Leão subiu na gaiola. Parecia um idiota logo de cara e


muitos na multidão o vaiaram. Quando London saiu houve
um coro de aplausos e seu orgulho por ele aumentou, mas
não podia deixar de sentir o medo que se instalou em sua
barriga. Algo não estava bem e sabia que tinha a ver com o
brilho sádico nos olhos daquele cara.

London a olhou e deu-lhe uma piscadela. Sunny notou


que muitas das mulheres ao lado e ao seu redor gritaram e se
perguntou se achavam que ele dava sua atenção para elas.
Não importava, porque sabia para onde olhava e seu corpo
aqueceu mais quando aquele sorriso torto entrou em jogo.

Houve mais algumas palavras do locutor e então foi


como se o mundo desabasse. O Leão veio para cima de
London em pleno vigor, mas o seu homem se esquivou de
vários golpes que acertariam sua cabeça. Deu seus próprios
golpes, mas era como se o outro lutador estivesse em
velocidade. Sequer pestanejou, mas London manteve o foco e
ficou em pé. Eles se moviam como bailarinos perfeitamente
coreografados, um parecendo saber os movimentos do outro.
Claramente, esse cara, o Leão analisou London, conhecia a
suas táticas e agora as usava contra ele. Parecia que esse
pensamento passou rapidamente pelo rosto de London e, em
seguida, sua expressão tornou-se mais dura e mudou seus
movimentos. Reconheceu vários dos que aplicou em Mack,
aqueles feitos para derrubar um grande cara. O Leão caiu de
costas e London estava sobre ele, acertando seu rosto
repetidamente. Mas foi empurrado segundos depois e agora
era London que estava em uma posição de submissão.

Brock colocou a mão em seu ombro e se perguntou se


parecia como sentia... uma grande destruição.

Eles se separaram e levou um minuto para descansar


em seus cantos. O olho de London já começava a inchar, mas
uma parte dela adorou o fato de que o Leão tinha um lábio
cortado e sangue escorrendo do queixo. Encontraram-se no
centro novamente e voltaram para a luta mais brutal que já
viu. London era bom, com movimentos rápidos e ações
específicas, mas o seu adversário também era quase tão bom
como London.

A luta seguia e Sunny ficou mais enjoada a cada


segundo. Nunca se sentiu assim ao ver dois caras lutando,
mas era o seu homem e havia um monte de golpes que não
foi capaz de desviar. Notou que London olhando para onde
estava e que foi uma das razões que apanhou tantas vezes.
Ele estava muito preocupado com ela e isso lhe atrapalhou.
Foi derrubado novamente e colocado em estrangulamento.
London tentou sair do chão, mas era inútil. O rosto do outro
cara era uma máscara de raiva e seus lábios se moviam
enquanto falava. O rosto de London começou a ficar vermelho
e virou a cabeça em sua direção. Seus olhos se encontraram,
e sabia que ele precisava ter a sua cabeça no jogo. Ele podia
acabar com aquele imbecil e precisava perceber isso.

Colocou as mãos ao redor da boca, levantou-se na ponta


dos pés e gritou — Chute sua maldita bunda, baby! — sabia
que London a ouviu porque um sorriso lentamente cobriu o
seu rosto. Em um movimento que não achava que poderia
manobrar com o grande filho da puta sobre ele, London os
virou até que foi o único a dominar a luta. Prendeu os braços
do cara debaixo dele, contorcendo suas pernas como uma
espécie de pretzel humano e virou para olhá-la mais uma vez.
Ela sorriu e transmitiu todo o seu amor por ele em um olhar.

— Isso, London, acabe com ele. — gritou, amando como


a multidão foi à loucura e começou a gritar o nome de
London. Foi para cima no Leão. Mais e mais, bateu-lhe com
os punhos, cotovelos e joelhos. Não tinha como o cara desviar
dos golpes de London. Sangue esguichou de sua boca e nariz,
cobriu a esteira sob eles e espirrou no peito de London. Seu
lutador parecia algum tipo de Spartano possuído, derrotando
seu inimigo como um guerreiro.

Sunny olhou para onde a morena estava, com o rosto


em uma máscara de raiva, enquanto observava sua recente
conquista sendo derrotada. Não lhe dando mais do seu
tempo, Sunny olhou novamente para London apenas a tempo
de vê-lo dar um soco na cabeça de seu oponente, fazendo
com que o corpo do Leão caísse para o lado. Seus membros
ficaram moles instantaneamente e London levantou o punho
novamente, mas no último minuto, abaixou sua mão e saiu.
Levantou-se e olhou para o corpo sem vida, seu peito subindo
e descendo pelo seu esforço. Por um instante, pensou que
London o havia matado, mas soltou um suspiro de alívio
quando viu seu peito lentamente subindo e descendo. Ouviu
muitas histórias de horror no centro, de caras batendo até
matar o oponente e pensou que poderia ter sido uma dessas
vezes. Felizmente, London não teria que viver com o peso de
tirar a vida de outro homem.

Os médicos correram para verificar ambos, mas London


afastou-os e saiu da gaiola em sua direção. Seu coração batia
acelerado e Brock saiu da frente apenas quando London
parou na frente dele. Sangue e suor o cobriam e parecia como
se tivesse sido colocado em um moedor de carne com todos
os socos que levou em seu rosto, mas parecia totalmente
feroz e lindo. E era todo dela.

— Oi. — sorriu e não se segurou em pular em seus


braços. Não importava que estivesse sujo e coberto de não só
o seu sangue, mas do outro cara também, porque o amava.

— Ei. — a segurou tão forte quanto podia. — Você


ganhou. — fechou os olhos e sorriu na curva de seu pescoço.

— Você duvidava? — não disse isso com uma atitude


arrogante e começou a rir.

Sunny se afastou e olhou para o rosto machucado. —


Nunca. — Quando o beijou suavemente nos lábios, porque
estava ciente da contusão que se formava no canto, saiu do
armazém a carregando. Não se importava se as pessoas
olhavam ou se tentavam impedi-lo. A única coisa que
importava era London e ela e o que o futuro reservava.
Epílogo
Um ano depois

— Baby, se não colocar alguma roupa, definitivamente


entrarei em alguma briga esta noite.

Sunny olhou para si mesma e fez uma careta. —


London, iremos para um casamento. As mulheres usam
vestidos para coisas como esta, acredite ou não.

Ele andou em sua direção e não podia deixar de admirar


como ficava bem de smoking. Passou os braços em volta da
cintura e a nivelou com seu corpo. Começou a beijá-la e sabia
que se não parasse com isso, não sairiam da casa. London
moveu as mãos pelas suas costas e para a sua bunda e
sorriu contra seus lábios. Seu apetite por ela era insaciável.
Mesmo um ano depois, sua vida sexual ainda era igual a de
dois adolescentes hormonais que acabaram de descobrir o
que era bom. Mas, quando alguém tinha um cara tão potente
e carnal como London Stein andando por aí sem camisa que
mostrava que ela era a coisa mais desejável para ele, que
garota podia dizer não?

Ele interrompeu o beijo ao mesmo tempo em que


apertou sua bunda. Depois de apertá-la, rosnou contra seu
pescoço e empurrou sua pélvis para frente, esfregando sua
ereção em sua barriga. — Talvez devêssemos ficar aqui.
Não podia deixar de rir. — London, você é o melhor
amigo do homem. Está meio que obrigado a ir.

Ele resmungou em desaprovação e se afastou. — Acho


que Brock entenderia totalmente se quisesse ficar na cama
com você durante o dia inteiro. — abaixou a cabeça e
começou a beijar seu pescoço. — Não é como se não estivesse
apaixonado. Cristo, o idiota me deixou mais vezes do que
devia, porque queria ficar em casa com Izzy.

Ela sorriu, mas qualquer diversão desapareceu quando


ele arrastou os dentes em sua garganta. Soltou um suspiro e
se inclinou para ele por mais. — Você é como uma máquina
de sexo.

— Só com você, baby. — apertou seus braços sobre ela,


bem debaixo da sua bunda e levantou-a até apenas que ela
ficasse na ponta dos pés. Quando enterrou o rosto em seus
seios, soltou um suspiro quando ele passou a língua do
decote de seu vestido. Não que sua roupa fosse obscena ou
brega. Era um vestido azul safira, com cintura império, que
descia pelo meio da coxa. Mas, aparentemente, era pouca
roupa para London ficar reclamando. — Sim, definitivamente
terei que tornar conhecido que é minha, especialmente com o
seu peito saltando desse decote como está. — rosnou
novamente e amou como fazia sua pele formigar e adorava
que sempre a deixava instantaneamente molhada. Se afastou
e a olhou, sua expressão instantaneamente séria.

— O que há de errado? — a colocou no chão e deu um


passo atrás. — London, você está bem? — começou a entrar
em pânico porque seu rosto ficava um pouco pálido e seu
namorado, normalmente autoconfiante, estava um pouco pior
para o desgaste. Foi do quente para o frio em questão de
segundos. — Está me assustando. — estendeu o braço e ele
pegou sua mão e levou-a à boca, colocando um beijinho
direto no centro da palma da mão.

Levou um minuto, mas finalmente falou. — Talvez


devêssemos fazer isso. — Suas palavras a confundiram.

— Fazer o quê? — Havia tanta vulnerabilidade em sua


expressão que partiu seu coração. Desejou que pudesse
entrar em sua cabeça naquele momento, porque tudo o que
pensava, parecia que poderia desmaiar.

— A coisa toda de casamento. — Suas palavras eram


baixas, quase hesitantes.

Ela piscou, sem saber se o ouviu corretamente. — O


quê? — suas mãos começaram a suar e seu coração acelerou.

— Sim, quer dizer... — quebrou o contato visual,


olhando para qualquer lugar exceto para trás em seus olhos.
— Merda, acho que estraguei isso totalmente.

— London. — pegou a sua mão, não tendo certeza se


realmente fazia o que achava que fazia.

— Não sou bom nisso, mas tentarei baby. — ela lambeu


os lábios e prendeu a respiração quando ele se ajoelhou.
Colocou a mão no bolso interno do paletó e tirou uma
pequena caixa preta de veludo. Sunny cobriu a boca com a
mão. — Pedi a seu pai e a Mack a sua mão em casamento. —
Ele sorriu e ela riu suavemente através das lágrimas que se
formavam em seus olhos. — Eles me deram a sua bênção.
Mas Mack queria arrancar minhas bolas. — riu, mas era de
nervosismo. — Sou um pé no saco, eu sei, mas não existe
ninguém neste planeta que a amará como te amo. Não existe
ninguém que a protegerá com o seu último suspiro ou que se
certificará a cada dia que sorria como farei. Amo-te mais do
que tudo e se aceitar meu pedido, me fará o homem mais feliz
da terra. — ele abriu a tampa da caixa e um soltou um
suspiro quando olhou para o enorme diamante solitário. —
Não é grande o suficiente para você, mas não quero parecer
arrogante com um diamante maior e sei que não gosta de
ostentação. — Seu sorriso torto e provocante a fez derramar
mais algumas lágrimas. — Sunny Marie McGrieve, me dará a
honra de ser minha esposa?

Por um momento não conseguia falar e, enquanto os


segundos passavam, viu aumentar a sua preocupação.
Enxugando a umidade em suas bochechas, disse. — Sim,
London, aceito.

Soltou um enorme suspiro e ambos sorriram. — Droga,


garota. Fiquei muito preocupado por um momento. —
levantou, pegou o anel da caixa e colocou-o em seu dedo. —
Planejava pedir-lhe esta noite, após a recepção, mas está tão
bonita e não sou realmente bom para falar de sentimentos. —
passou o polegar sob seus olhos, limpando mais lágrimas e
inclinou para beijá-la. — Juro, Sunny, não se arrependerá de
ter dito ‘sim’. — a abraçou forte e ela descansou a cabeça em
seu peito. Não, não se arrependeria, porque da mesma forma
que o assustador London era com os seus adversários,
também tinha um grande coração. Era seu lutador tatuado e
não mudaria isso por nada no mundo.

Fim

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