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Adaptação: Partners Until Dawn

Autora: Laurann Donner

Adaptado por: Selene Ashleigh Duchannes

Essa é uma adaptação do livro Glacier, o nono livro da série VLG da


autora Laurann Donner. Esse livro foi adaptado para o universo de
Crepúsculo da autora Stephenie Meyer. Indico-lhes a leitura da
obra original e os demais livros da autora. Boa leitura!!

Sinopse

Desde aquele dia fatídico, em que foi raptada de seu trabalho e


transformada em um Vampiro, a vida de Isabella era uma merda,
quase que literalmente. Forçada a se tornar uma assassina para o
Conselho Vampiro, encontra consolo acabando com os pícaros
assassinos que tinha como alvo. As coisas dão errado quando
percebe que sua próxima vítima é um antigo colega de trabalho de
seus dias humanos... um verdadeiramente gostoso, por quem sentiu
sentimentos profundos. Pior ainda, o Conselho estava errado. Ele
não é um vilão, mas um protetor. Um que ela se recusa a matar,
independente das ordens.
Edward ficou atônito ao ficar cara a cara com Bella em um beco
escuro. Ainda mais ao descobrir que a doce humana que foi uma
vez, agora era uma assassina, designada para matá-lo, nada menos.
Suas ordens são claras. Elimine-a. Mas o que um GarLycan pode
fazer quando o dever entra em conflito com seu desejo de
proteger a mulher por quem sentiu algo uma vez?
Ele está prestes a descobrir.
Prólogo

O chão sob seus pés pulsava no ritmo da música no clube. Caixas


de som potentes estavam próximas, fazendo-a agradecer pelos
tampões de ouvido. Não silenciaram completamente a música, mas
evitariam que seus ouvidos soassem muito depois que fosse para
casa. O olhar de Bella percorreu a multidão na pista de dança e um
sorriso curvou seus lábios. Trabalhar na Bucket acabou sendo o
melhor trabalho possível.
Ela virou a cabeça, encontrando e segurando o olhar do agente da
banda. Ele inclinou a cabeça para assegurar-lhe que estava feliz. A
única desvantagem de seu trabalho era quando as bandas
contratadas por Mike faziam de sua vida um inferno vivo. Mas está
estava indo bem. Nenhum dos membros a fez querer alcançar a
faca que mantinha presa na coxa. Pelo menos até agora.
Tommy, um dos porteiros, aproximou-se dela, mas não se
preocupou em falar sobre a música alta. Usou as mãos para
informá-la de que Mike a queria em seu escritório. Fez um gesto
para trás de que entendeu e que ele deveria assumir de função de
babá da banda. O escritório estava à esquerda do palco, onde ela
estava atualmente, então girou e caminhou até uma porta pesada
abrindo-a.
Bella tirou os tampões quando a porta se fechou em suas costas.
Ainda podia ouvir a música que a banda tocava, mas o volume era
muito menor, graças a paredes grossas e algumas tentativas de
insonorizar esta parte do clube. Alguns instrumentos da banda
ocuparam espaço no corredor e além. — Com licença.
Passou pela sala onde a banda costumava descansar e chegou à
porta no final do corredor. Não havia motivo para bater. Mike
esperava por ela. Torceu a maçaneta e a abriu. — O que você
precisa, chefe?
Mike estava sentado atrás de sua mesa, mas não estava sozinho.
A visão da cabeça do segurança do clube sempre fez seu estomago
se apertar. Ice, seu apelido, era alto, lindo e um dos maiores
homens empregados pelo clube. A camisa de trabalho preta e
sedosa que ele usava se esticado firmemente sobre seus braços
volumosos, ombros largos e peito grosso. Ele deu uma rápida olhada
e depois mudou de posição. Isso chamou sua atenção para sua calça
preta. Moldavam seus estreitos quadris, as coxas musculosas e
mesmo que a encarasse naquele momento, já memorizou seu
incrível traseiro. Não havia uma bunda plana ali. Ela verificou
muitas vezes, observando-o trabalhar enquanto caminhava de
frente ao palco para garantir que ninguém atacasse seus artistas.
— Faça a banda sair das instalações logo após terminarem o show.
Não ande por aí na área da sala verde. Leve-os do palco para a
porta dos fundos.
Ela amava a voz profunda de Ice. Não apenas parecia um homem
malvado, mas também soava como um. Tentou olhar nos arquivos
dos funcionários para descobrir seu nome real, mas não estava na
gaveta de Mike. Mas era fácil adivinhar de onde Ice ganhou o
apelido. Podia ser completamente frio e o viu lutar algumas vezes.
Ele não perdia seu temperamento ou demonstrava emoção, quando
lidava com bêbados ou com alguém violento pelas drogas. Ice
permanecia calmo em todos os momentos.
— Apenas tomaram algumas bebidas na noite passada e fiz com
que eles guardassem as drogas. Lembrei-lhes que temos uma
política de tolerância zero sobre isso aqui, por causa daquele
baixista há alguns meses, que teve uma overdose de heroína no
banheiro. — Ela suspirou. — E foi apenas coca. A cantora principal
gemeu um pouco, mas seu agente ficou do meu lado.
— Não é isso. —Mike ficou parado. — Fique aqui. Avisarei a equipe
do bar. — Ele apontou para ela. — Faça exatamente o que Ice
disser.
Ela franziu a testa, observando o chefe sair do escritório e fechar
a porta atrás dele. Ice se aproximou e ela segurou seu olhar. Ele
se inclinou sobre ela.
— Um grupo de desordeiros entrou no clube e esperamos violência.
Ela sentiu um pouco de medo. — Por que você os deixou entrar?

— Eu não o fiz. Rod estava na porta.


Ela não podia ver os bandidos locais apreciando o tipo de música
tocada pelo clube. Certamente não estavam lá para isso. — Merda.
Estão armados?
— Apenas tire a banda daqui quando terminarem o show. Não
haverá repetições. — Ele a surpreendeu quando segurou
suavemente seu braço. — O transporte para a banda já foi
chamado e chegou. Terei a segurança nas suas costas esperando
que saia. Você vai embora também, assim que colocá-los em sua
van. Entre no carro e vá. Nenhuma ajuda com a limpeza esta noite.
Entendeu?
— Acha que eles estão planejando nos roubar?
— Eu não sei o que farão, mas não quero você aqui quando a merda
começar.
— Os policiais estão a caminho?
Ele arqueou uma sobrancelha negra para ela.
Era uma pergunta estúpida. Enquanto Mike tinha uma posição dura
sobre a equipe e as bandas ficarem limpas de droga, os regulares
do clube eram outra história, desde que não fossem pegos em
flagrantes por isso. Um grupo de policiais entrando pelas portas
causaria um pânico. Pelo menos trezentas pessoas fugiriam para as
saídas.
— Tenha cuidado. — Ela estava apaixonada por Ice e não podia
suportar a ideia de que algo acontecesse com ele.
— Sempre. — Ele soltou seu braço. — Vá. Preciso voltar lá.
Ela se virou, mas fez uma pausa antes de abrir a porta. Eles nunca
ficavam sozinhos. Agora podia ser sua única chance com ele. Olhou-
o por cima do ombro dela. — Você gostaria de sair na segunda-
feira? — O clube fechava neste dia.
Surpresa atravessou seu rosto, mas sumiu rapidamente. — Isso
não seria uma boa ideia.

Ela encarou-o, seu coração acelerado. Era a primeira vez que


convidava um homem, mas a atração que sentia por ele chegou ao
ponto de estar disposta a arriscar a rejeição. Ele estava em seus
sonhos quase todas as noites e agora começava a fantasiar
enquanto estava acordada.
— Fico lisonjeado, mas você é muito jovem para mim.
Ouch. — Tenho vinte e um anos. — Ela endireitou os ombros. —
Moro sozinha pelos últimos cinco anos. Você apenas parece cerca
de oito anos mais velho do que eu.
Seu olhar lentamente percorreu seu corpo. Ela ficou quieta e
deixou que ele o fizesse. Os homens a olhavam o tempo todo. Seu
trabalho durante o dia era ensinar ginástica aeróbica na academia
cinco dias por semana. Não apenas se mantinha em forma, mas não
precisava morrer de fome para ficar com o peso ideal. Talvez ele
preferisse mulheres altas e com mais curvas. Essa não era ela,
tinha 1,55m. Brincadeiras sempre apareciam por causa de sua
altura. Ela também nunca se chamaria bonita, mas pelos olhares
que recebia, acreditava que tinha uma boa aparência.
Seu olhar esverdeado levantou-se até que ele pode observar seus
cabelos e ele inclinou a cabeça um pouco. Ela tinha que admitir que
poderia ser desprezível para alguns. — Trabalho em um clube de
dança que toca rock. — Ela estendeu a mão e passou os dedos sobre
a fúria suave onde raspou parte de sua cabeça, da linha do cabelo
ao lado de seu rosto para trás da orelha. Ele caia na altura da
cintura e em todas as partes, tinha mechas pretas com raias azuis
largas e brilhantes. — Preciso encaixar. Não uso essa maquiagem
quando não estou aqui. Minhas roupas normalmente também não
são assim.
— Eu gosto da maneira como você se veste.
Ela sorriu. — A maioria dos homens não se queixam de blusas
apertadas e saias curtas.
— Recebe muitos olhares?
— Mais do que gostaria de admitir, mas sei lidar com isso.
— Debbie desistiu em três semanas.

Lembrou-se da mulher que estava em seu lugar. — Ela não sabia


como lidar com idiotas.
— Você sim? — Ele endireitou a cabeça.
— Pergunte à sua equipe de segurança.
Ele não pareceu gostar dessa resposta, considerando seus olhos
se estreitarem. — O que isso significa?
— Eles ficam ao redor o tempo todo. — Ela se abaixou e virou a
perna, usando o lado dividido em sua saia para revelar a faca presa
em sua coxa. — Apenas tive que demonstrar para um dos seus
homens que podia lidar com tudo. Lembra-se de Randy? Ele era
bem insistente e não recuou quando deixei claro que não estava
interessada. Você demitiu-o há cerca de três semanas por beber
no trabalho. — Ela soltou a saia e escondeu a faca. — Não sou de
ter casos de uma noite e estou interessada em você. Gostaria de
conhecê-lo melhor.
— Eu não me envolvo com mulheres além do sexo e nunca durmo
com a mesma duas vezes.
Ficou desapontada e vazia ao mesmo tempo. Qualquer esperança
de um futuro com ele morreu com suas palavras. Os jogadores
apenas significavam desgosto e era a última coisa que precisava. A
vida era dura o suficiente. — Oh. Bem, seja cuidadoso esta noite.
— Ela se virou, tentando brincar e virou a maçaneta para sair do
escritório. O desejo de fugir era forte.
— Bella?
Ela congelou e olhou para ele. — Sim?
— Não é você. Sou eu.
Ela não pode deixar de resmungar. — Certo. Também já disse isso
aos homens, mas realmente são eles. Está apenas tentando não
ferir meus sentimentos. É melhor eu ir. Apenas esqueça que disse
alguma coisa. — Ela virou a maçaneta e desviou o olhar quando abriu
a porta.

— Bella, estou lisonjeado. Não sou o tipo de homem para você.


Tenho muita escuridão por dentro e enquanto se veste como se
soubesse tudo sobre o pecado, ainda é muito inocente. Não quero
corrompê-la.
Ela fechou a porta e se virou, franzindo o cenho. — Você não sabe
nada sobre mim.
— Entendo que é dura, mas é uma boa garota. Estou tentando
protegê-lo de se machucar, especialmente de alguém como eu. Não
sou o tipo de homem que precisa em sua vida. Mike pode nunca
mencionar isso, mas ele sabe que você lida com muitos idiotas que
pensam que deveria vir como parte dos benefícios dos bastidores.
Você ainda não desistiu, como as outras mulheres. Isso me
preocupa. Na verdade, pedi-lhe para colocá-la atrás do bar.
Ela sorriu, divertida. Ambos os bartenders eram grandes o
suficiente para serem seguranças. — Não há necessidade. Não
estou estão tão indefesa quanto pareço.
— O que isso significa?
Ela hesitou, mas depois fechou diminuiu a lacuna entre eles,
olhando para seu rosto bonito. — Costumo namorar caras com
aproximadamente 1,70m no máximo. E com menos de cem quilos.
Posso derrubá-los em uma briga. Os homens grandes me assustam
porque sei quanto dano podem causar a uma mulher... mas por algum
motivo louco, estou atraída por você. Faz-me sentir segura.
— Cresci em um lar com violência doméstica, Ice. Meu pai era um
bêbado e descontava suas frustrações em sua esposa e filhos. Era
pior se você se abaixasse quando o derrubava. Era quando os
chutes começavam. Nós nos levantávamos ou provavelmente
morríamos. Meus irmãos o seguiram. Sou uma de cinco filhos. A
mais nova e a única garota. — Ela suspirou. — Foi por isso que saí
de casa aos dezesseis. Fiquei cansada de ser um saco de pancadas
para os homens da minha família e sabia que acabaria na prisão por
homicídio se realmente perdesse a paciência.
— Seria considerado uma legítima defesa se matasse um deles. —
Ele parecia irritado.

Ela sorriu triste. — Minha família teria testemunhado sobre o quão


cruel eu posso ser às vezes. Quando tinha treze anos, meu pai
colocou minha mãe no hospital, então o idiota desmaiou na sala de
estar. Ela quase morreu. Perdi um pouco a cabeça. Achei que não
poderia machucá-la por um tempo. Se tivesse dois braços
quebrados. E estava certa. Mas os bastões de beisebol são muito
eficazes para isso.
— Então, houve um momento em que um dos meus irmãos decidiu
matar meu hamster de estimação apunhalando-o com um canivete.
Ele deixou Botões na minha cama com a faca ainda nele. Pensou que
seria divertido ver-me chorar, já que nunca faço isso. Então,
devolvi o canivete. Ele precisou de uma visita a sala de
emergências, já que minha versão de o devolver foi cravá-lo em sua
coxa por algumas vezes até que permaneceu preso. Aprendeu a me
temer.
— Não sou tão inocente ou tão doce quanto pareço. Mas
provavelmente é melhor que não possamos namorar. Você soa como
um jogador e eu não estaria bem com isso. Mereço uma boa vida
com alguém que possa se comprometer.
Ela girou e saiu do escritório, deixando-o com a boca aberta.
De mau humor agora, simplesmente passou pelas groupies em vez
de esperar que se afastassem. A música explodiu alto quando
voltou para o palco, colocando seus tampões de ouvido. O fato de
suas mãos tremerem, deixava a tarefa um pouco mais difícil do que
o normal.
O arrependimento veio a seguir. Não deveria ter compartilhado
seus segredos sujos com Ice, mas a perturbou que ele achasse que
era muito doce para ele. Exceto agora, que tinha uma ideia de como
sua vida foi destruída.
A banda terminou o show e ela os empurrou para fora do palco. O
DJ assumiu a medida que mais música preenchia o clube e ela abria
a porta, arrancando os tampões dos ouvidos. — Ouça.
O agente virou-se para ela, mas seu grupo estava muito ocupado
conversando com as garotas bonitas. — O que?

— O chefe de segurança acha que podemos ter problemas.


Precisamos tirar seus rapazes daqui.
— Que tipo de problema?
— Violência de gangue. Vamos.
— E os equipamentos? — O agente parecia irritado.
— Isso já foi cuidado. O gerente de palco está guardando tudo e
enviará para seu hotel. Neste momento, o importante é tirar o
grupo pela parte de trás. A van estará esperando e a segurança
está no lugar.
— Porra! — Ele parecia furioso.
Ela não o culpava. — Pegue sua banda e me siga.
Ele xingou mais uma vez, mas fez o que disse. Ela ficou na frente
deles, liderando o caminho. — Estamos chegando!
Eles conseguiram sair pela porta dos fundos e a van do hotel estava
à espera. Ela soltou um suspiro de alívio, acenando com a cabeça
para o agente, como se estivesse triste. A banda entrou na van e
viu-os, acenando. Era o último show deles de qualquer maneira.
Atraíram uma boa multidão durante o show de três noites. Isso
significava que provavelmente voltariam. Ela girou, mas Tino
segurou seu braço.
— Você deve ir embora agora.
— Preciso pegar minha bolsa.
— Porra. Ice disse que não deve voltar.
— É difícil sair sem as minhas chaves. Será apenas um minuto.
— Certo.
Ela correu para dentro da sala de descanso, abriu seu armário e
pegou suas coisas. Levou um tempo para vestir o casaco. Quando
chegou à porta dos fundos novamente, Tino não estava. Com um
olhar, percebeu que o segundo guarda de segurança voltou para
dentro também. Ice não iria gostar que a tivessem abandonado,
mas não iria falar nada.

Dirigiu-se ao carro e destrancou-o, abrindo a porta.


Um leve movimento de roupa a fez girar e olhou para o homem que
se inclinava sobre ela. Ele usava maquiagem pálida, toda roupa
preta e mostrava um conjunto de presas afiadas quando sorriu.
Merda. Colocou uma mão no peito para evitar que ele tentasse se
aproximar e deslizou a outra pelo corpo, indo para a faca.
— Você precisa recuar. Não estou nesta coisa de fetiche por
Vampiro.
— Eu sim.
— Adivinhei isso. Estas presas saem ou você é uma dessas pessoas
que pagam um dentista louco para colocá-las? — Ela abriu os dedos
na fenda da saia, ficando perto dele, então não notaria o que era
fazendo. — Tenho que dizer, é um bom trabalho.
Ele sorriu, mostrando o quão perfeitas as presas subiam às
gengivas pálidas. — Não são falsas.
Ele era um daqueles fanáticos que faziam mais do que brincar.
Imaginava que provavelmente tinha um caixão para dormir em casa.
Alguns deles ficavam pelo clube e se gabavam desse tipo de
porcaria. Até levavam fotos para impressionar os outros amantes
de presas. Ela também sabia que costumavam manter lâminas de
barbear, para cortar a pele das groupies de Vampiros e lamber o
sangue que tiravam das idiotas que permitiam. Parecia
desagradável para ela e um caso sério de doença
— Ainda não estou interessada. Há muitas garotas no clube que
gostariam de você, especialmente se lhes disser que é um garoto
perdido. Todas amam esse filme. Deveria ir procurá-las. — Ela
soltou a faca e tirou-a da saia.
— Mas você é quem planejo levar ao meu mestre. Ele vai amá-la.
Ela apertou os dentes e ajustou seu aperto na faca. — Ouça, Vamp
Boy. Não estou interessada em qualquer jogo estranho que tenha
em mente. Você me toca e vai se arrepender. É um aviso. Agora
volte e entre no clube. Odiaria machucar alguém drogado.
Sentiria-me ainda pior se for um louco, mas posso superar
rapidamente. Afaste-se!
Ele levou a mão ao peito e lambeu os lábios. — Aposto que tem um
gosto tão bom quanto o cheiro. É uma pena que meu mestre não me
deixe fodê-la, mas irei observar enquanto ele o faz. Vai entrar em
seu carro comigo calmamente ou irei machucá-la. Entendeu?
O medo e a adrenalina passaram por ela enquanto o apunhalava
rapidamente. Ela torceu seu corpo ao mesmo tempo que empurrou
seu peito.
O Vamp Boy tropeçou e quase caiu. Ele estendeu a mão que estava
revestida de sangue.
Ela moveu o ombro esquerdo em direção a ele, virando o corpo e
soltando o braço direito para apontar para novamente, caso ele se
aproximasse. — Afaste-se de mim. Isso foi um aviso. Da próxima
vez, irei para um local fatal. Você não quer sangrar neste
estacionamento.
Ele levantou a cabeça e ela olhou horrorizada para os olhos dele.
Ela viu as groupies de Vamp usarem lentes de contatos antes, mas
de jeito nenhum, ficavam daquele jeito, vermelho ... e estavam
realmente brilhando.
Isso não estava certo.
— Solte a arma, sua cadela.
Calafrios escorreram pela espinha ao tom de sua voz e em choque,
abriu a mão. A faca caiu no chão.
Ele estendeu a mão e agarrou-a, sua mão molhada e sangrenta
envolvendo sua garganta. — Você pagará por isso. Durma.
Ela apagou no próximo segundo.

Capítulo 1

O presente

— Você já chegou à conclusão de que nossas vidas são uma merda?


— Bella olhou para Kate.
Kate suspirou, movendo seu corpo um pouco no telhado, onde
estavam deitadas lado a lado. — Doze anos mais. Então terminamos
com essa merda. Não é tão ruim.
— Besteira.
— Veja o lado positivo. Não ficamos presas no harém de horrores
de Caim até que ele se aborrecesse o suficiente para nos matar.
Você teve sorte quando o Conselho apareceu na noite depois que
foi transformada. Ele estava esperando que você se
transformasse completamente antes de se apresentar. Ficou
comigo quase uma semana antes de sermos resgatadas.
A tristeza na voz de sua amiga levou Bella a esticar a mão e colocá-
la em seu braço. — Sinto muito. Você me disse o quão ruim foi.
— A pior parte foi quando estava saindo da sede de sangue e
lembrei de tudo o que ele fez comigo. Nem tentei lutar contra ele,
porque uma vez que sangrou, perdi a cabeça. Meu corpo realmente
queria que aquele filho da puta doente me degradasse. O Conselho
nos ensinou o controle e nos deu sangue sem fazer isso, Bella.
Devemos tudo a eles. Não percebeu isso desde que nunca acordou
nua e coberta de sangue, então precisou viver com as coisas que
foram feitas enquanto você estava se alimentando.
— Sinto muito. — Repetiu Bella, evitando seu olhar, mas mantendo
a mão no lugar. — Simplesmente não gosto de matar.
— É melhor ser um assassino do que um brinquedo sexual do
bastardo doentio.

— Dê-me detalhes de nosso alvo. Isso geralmente ajuda.


Kate suspirou. — A sua moral não é sua amiga. O Conselho não gosta
de ser questionado e a desobediência significa tortura antes da
morte. Não esqueça disso.
— Apenas me diga algo sobre nosso alvo que me ajudará a dormir,
ok?
— Ele é um were que eliminou o ninho local, matou um a um.
— E?
Kate virou a cabeça e olhou para ela. Arqueou uma sobrancelha.
— Oh vamos lá. Algumas dessas medidas precisam ser retiradas.
Apenas posso tolerar cerca de um em cada dez Vamps que já
conheci. Os outros nove, não sentiria pena se alguém os
empurrasse para o sol para fritar.
— Os vampiros têm o direito de viver, Bella. Duh. Nós somos
vampiros. Esse caçador não vê isso assim. Quatro vampiros no
ninho local foram mortos na semana passada.
— Se o Alfa local tiver um dos seus agentes de segurança visando
o nosso alvo, sabe que deve ser por uma boa razão. Nenhum Alfa
iria querer que o Conselho chegasse a eles de outra forma. A
matilha cuidaria de um ladrão por conta própria.
Kate hesitou. — Concordo, mas você conhece a política. Uma
investigação foi feita. A matilha local está envolvida. Não é nosso
trabalho questionar ordens. Apenas fazemos o que nos diz. E a
ordem é para matar este executor e enviar uma mensagem a
matilha para parar de matar nossa espécie.
—Tenho um cérebro e o uso, Kate. Talvez o investigador estivesse
com preguiça ou um idiota com algo contra homens lobo.
Simplesmente não consigo vê-los ir atrás de um ninho sem causa.
Antes de matarmos este executor, deixe-me chegar ao Alfa para
falar com ele.
— De jeito nenhum! Pelo amor da porra, Bella. Não faça desta
missão outro pesadelo. Estamos aqui para acertar o alvo. É isso.

— Ei, essa família humana foi justificada em matar aquele Vamp.


Estava atormentando-os e mantendo-os prisioneiros! Também o
mataria. É chamado de autodefesa. Seu único crime foi que o idiota
não limpou suas mentes, então foram para a polícia quando
escaparam de sua cova, contando que os Vampiros são reais. Sim,
foi uma bagunça para limpar, mas o Conselho ordenar que os
matasse, foi errado. E sim, isto teria sido um assassinato. Estou
disposta a assumir a culpa novamente.
— Valeu o mês que você passou trancada por permitir que os
humanos escapassem?
— Absolutamente. Essa família ainda está viva e agora eles têm
novas lembranças que não levarão o Conselho de volta para eles.
Retirei o problema quando entrei em suas cabeças, antes de
convencer aquele bom agente do FBI que precisava ser adicionado
ao programa de proteção a testemunhas.
— É melhor esperar que seu controle da mente funcione e que
nunca se lembrem do que aconteceu. Eles aparecem novamente no
radar do Conselho, discutindo sobre o fato dos Vamps serem reais
e você perderá sua cabeça. O Conselho terá alguém cavando suas
lembranças para descobrir o que fez. Isso foi um grande risco.
— Eles eram inocentes.
— Não é nosso trabalho tomar estas decisões. Fazemos o que o
Conselho ordena, porra! É como uma irmã para mim. Minha parceira.
Temos doze anos mais e depois estamos fora de serviço. Esse
ninho em Los Angeles que escolhemos é perfeito para nós e o
Mestre Michael já disse que poderíamos nos juntar. Não foda isso.
— Não sou um monstro, Kate. Não poderia viver comigo mesma se
matasse alguém sem uma boa razão. E se este executor pelo qual
fomo enviadas para matar, estiver protegendo sua matilha de um
predador? Não consegui descobrir nada sobre este Mestre
Marcos que relatou os assassinatos. Perguntei a alguns dos outros
assassinos que já trabalharam nesta área antes. Disseram que não
tinham permissão para falar sobre ele. O que isso lhe diz?

— Ele é provavelmente um pau puro protegido por alguém no


Conselho. Não é nosso problema. Matamos o alvo e saímos. Quero
ir para casa.
Casa. Bella se encolheu. Ela não chamaria exatamente a casa do
Conselho onde moravam de um lugar amigável e seguro. Ou quente.
Dez assassinos o compartilhavam. Kate era a única em quem
confiava ou de quem gostava. Os outros oito eram grandes
assassinos. Frios, brutais e quase tão sensíveis como uma pilha de
tijolos. Adoraram tanto, que todos ficaram além do tempo de
obrigação com o Conselho. Isso provava que eram loucos. Ela não
podia esperar para deixar seu trabalho.
O braço de sua amiga se esticou sob a palma da mão e Bella foi
afastada de seus pensamentos, vendo o movimento em um telhado
baixo do outro lado da rua. Era um macho vampiro. Ele saltava de
um prédio para o outro, facilmente. Fez uma pausa e inclinou a
cabeça, ouvindo. Agachou, observando os humanos na rua abaixo.
Bella apertou os dentes. Era óbvio que não estava apenas
patrulhando, mas sim procurando uma refeição. Desgraçado. Não
era de admirar que alguém estivesse caçando e destruindo os
ninhos.
Não era ilegal que Vamps se alimentasse de seres humanos, mas a
expressão excitada em seu rosto também poderia ser uma
admissão de que gostava um pouco demais. Havia maneiras
inteligentes de conseguir sangue e está era estúpida. Esse cara
parecia escolher aleatoriamente seus doadores. Corria o risco de
encontrar alguém imune ao controle mental. Não muitos seres
humanos tinham imunidade, mas ele teria que matá-lo se
encontrasse um.
Ela olhou para Kate, vendo a aversão de sua amiga na forma como
seus lábios se apertavam. Também não estava impressionada com
o bastardo.
O movimento chamou sua atenção e o Vamp congelou, seu olhar
movendo-se para algo na rua. Ele saltou para outro prédio,
observando alguém abaixo, até que Bella conseguisse descobrir
qual humano ele escolheu.
Fúria a encheu.

Era uma criança. A menina não poderia ter mais de catorze anos,
talvez. O fato de seus pais deixá-la andar sozinha às nove horas
da noite também a deixava louca. Os humanos não sabiam que
alguém poderia machucar seus filhos? Ela levantou-se e afastou-
se.
— Porra, Bella. — Kate rolou e sentou-se. — Não faça isso.
— Ei, ele é uma isca, certo? Mestre Marco disse que enviaria um
de seus ninhos para esse local para ver se o executor apareceria.
Apenas estou fazendo o meu trabalho.
— Você matará aquele idiota se ele tocar aquela garotinha.
Ela não se incomodou em negar. — Fique aqui. Não pode denunciar
o que não testemunha. Porra, aquele Lycan era bom e rápido. Foi
ruim que tivesse matado outro Vamp antes que pudéssemos chegar
lá. Que vergonha.
— Bella! Seu alvo é o executor. Não cause outra morte!
Ela parou de ouvir. Essa garota desapareceria assim que pudesse
ser roubada. Vamps não eram os mais pacientes dos caçadores.
Ela caminhou até a parte de trás do prédio e caiu dois metros,
pousou em uma varanda e depois outra até chegar ao beco abaixo.
Contornou o prédio, correu pelo beco e para a calçada. Ainda
conseguiu ver a garota virar um canto à frente. Elas conversariam
sobre usar o bom senso uma vez que cuidasse do idiota. A garota
era idiota por entrar em um beco e alguém precisava dar-lhe
algumas dicas de sobrevivência. Bella se nomeou para essa tarefa.
Um idiota humano sorriu enquanto caminhava pela calçada,
bloqueando o caminho. — Olá linda. Quer ir à minha casa?
— Afaste-se. — Ela empurrou o corpo para o lado, não disposta a
poupar um momento para lidar com ele.
Ele tropeçou e xingou enquanto continuava. Ela o ignorou. O longo
beco no qual a garota entrou era escuro, o movimento dos carros
de um quarteirão para baixo era a única fonte de luz. Sua visão
ajustada a ajudou a ver melhor e fez uma pausa, ouvindo.

— Irei me divertir muito com você. —Era o Vamp, a julgar por seu
tom de voz. — Espero que lute.
Bella revirou os olhos, avançando silenciosamente. Odiava os tipos
dramáticos. Ele não queria apenas se alimentar, mas pretendia
aterrorizar e brincar com a garota primeiro.
Ela os viu quando chegou a um conjunto de lixeiras. A garota estava
apoiada contra a parede, presa entre os dois grandes contêineres
de lixo. O Vamp estava de braços abertos para pegá-la se tentasse
fugir.
— Ei!
Ele girou, olhando para Bella. Seus olhos brilharam e suas presas
saíram. Ele cheirou, mas depois fez uma careta. Ela não o culpava,
já que o mau cheiro do lixo no beco era forte o suficiente para
quase provar. De jeito nenhum iria respirar pelo nariz.
— Uma criança? Mesmo? O que há de errado com você? — Ela
deixou que suas próprias presas saíssem. — Odeio pervertidos.
Vocês sujam os nossos nomes. Por que não consegue encontrar
pessoas sem-teto para variar? Isso já passou por sua cabeça? Dê-
lhes dinheiro para que possam comer uma refeição quente em
troca de um pouco de sangue. Não é ciência de foguete. Ganho para
ambos. Eles são alimentados. Você é alimentado. Mas não. — Ela se
aproximou. — Vai atrás de uma criança. Grande erro, idiota.
— Quem porra é você?
—Pode me chamar de Irritada. — Ela fez uma pequena reverência.
— E o chamarei de Pó. Já que estou preste a transformar sua
bunda em pó. Foi um prazer conhecê-lo.
Ela avançou para frente.
Ele tentou correr dela, mas pegou sua jaqueta e jogou-o contra a
parede. Ele bateu com força, grunhindo de dor, depois olhou para
uma rota de fuga. Tinha um corredor em suas mãos.

— Admitir que garotas de mais de 14 anos o assustam é o primeiro


passo para enfrentar que tem um problema. Realmente vai correr?
Precisa me superar por cerca de dezoito quilos. Acho que deveria
chama-lo e buceta, já que você está agindo como uma. — Ela bufou.
— Seu Mestre sabe que você é um covarde que corre de mulheres
adultas? Aposto que Marco o deixaria bem, se visse sua reação a
mim. Patético.
Raiva tocou suas feições quando ele olhou para ela. — Como você
ousa!
Ela colocou as mãos nos quadris, deslizando os dedos debaixo da
camisa que pendia atrás de sua cintura. Seus dedos se enrolaram
a redor da lâmina que mantinha ali e segurou-a firmemente.
Levantou a outra mão e acenou para que fosse até ela. — Tenho
poucas expectativas por você, mas poderia, pelo menos, tentar dar
o seu melhor para chutar minha bunda.
Ele agarrou suas mãos e virou-a. Ela ficou imóvel até chegar a três
metros de distância. Então estendeu a mão, agarrou-o pela frente
de sua jaqueta novamente e apoiou o braço, retirando a lâmina. O
bastardo foi para ela com suas presas.
Ela virou o queixo para proteger sua garganta, batendo a testa no
lado de baixo da mandíbula. Ele rugiu com dor e o empurrou com
força. Bateu na parede novamente antes de saltar e pousar em seu
estômago. O sangue escorria pelo queixo.
— Você mordeu sua língua? Ouch. — Ela o agarrou pelo cabelo antes
que pudesse se levantar, colocou o pé contra sua espinha e
rapidamente se moveu para arrancar sua cabeça.
Ele levantou o cotovelo, pegando-a na coxa. A dor disparou na
perna, mas não o deixou ir. Ele a atingiu novamente no mesmo lugar
com cada grama de força que possuía. A agonia veio em seguida,
mas não o soltou. Ela pressionou a lâmina contra a garganta.
Ele parou de bater o cotovelo em sua coxa, colocou as mãos no chão
e conseguiu virar-se para trás em uma tentativa de manter sua
cabeça. Ele inclinou-a para equilibrar o suficiente para que pudesse
ter funcionado, mas ela se virou, jogou a perna sobre seu corpo e
simplesmente caiu no peito para empurrá-lo. Sua lâmina cortou até
atingir o pescoço e ficou observando. O sangue roçou sua camisa.
Desceu até o estômago, o peito e a frente de sua calça. Ele se
abaixou sob ela, tentando afastá-la, mas apertou os joelhos
firmemente dos seus lados até conseguir cortar a cabeça.
Ele permaneceu sob ela.
— Porra! — Ela soltou seu cabelo e se afastou quando o corpo caído
virou cinzas. Com um olhar, agradeceu estar com roupas pretas,
mas podia ver as manchas úmidas e senti-las. — Odeio sangue ruim
sobre mim. Acho que está na minha roupa interior também. —
Então ela se lembrou que não estava sozinha. — Merda. — Ela olhou
entre o lixo.
A cabeça da garota se afastou do que restava das cinzas do Vamp
e olhou para Bella.
Bella ergueu a camisa, deslizando a lâmina afiada até a bainha. —
Calma, garota. Você está segura. Teremos uma pequena conversa,
porém, sobre decisões estúpidas que os adolescentes tomam.
Deveria estar em casa assistindo algo inapropriado na internet e
enviando mensagens de texto para seus amigos e seus pais iriam
vigiá-la. Terei que limpar suas lembranças, mas tenha a certeza de
que não vai mais passear pela solitária ou fará desvios pelos becos.
Isso é perigoso e burro. Quero que você cresça e espero que viva
uma vida longa. Deixarei algumas regras básicas de segurança para
seguir enquanto estiver na sua cabeça. Não doerá.
A garota começou a se transformar e começou a aparecer em seu
corpo pelos, garras e presas.
A boca de Bella ficou aberta. — Ah.
A garota rosnou para ela.
— Calma. —Bella abriu as mãos e recuou um pouco. — Não me
ataque. Não sabia que você era um Lycan.

Houve um baque suave quando algo caiu do prédio atrás dela. Ela
não queria tirar o olhar da garota. — Tranquila, Kate. Ela está com
medo.
Ela mordeu o lábio e suspirou. — Olha, garota. Pode pensar que
você é má, já que essa é uma mentalidade da maioria, mas há um
ninho nessa cidade. Os vampiros são ruins. Provavelmente sou a
única boa que conhecerá. Não quero mordê-la ou machucá-la.
Apenas quero que siga alguns conselhos. Não saia de casa à noite
sem companheiros. Não pode julgar, olhando para o Vamps como
somos fortes ou rápidos. Esse idiota que transformei em cinza era
considerado um bebê nos anos Vamp. Foi patético a facilidade com
que o derrubei, mas o próximo Vamp que vier poderá ser como eu.
Eu sou dez vezes mais perigosa do que aquela pilha de cinzas foi.
Entende? Nunca subestime seu inimigo e fique com sua matilha.
Duas regras para nunca esquecer. Agora vá para casa. — Ela
apontou para a rua. — Não sou uma ameaça.
— Mas eu sou.
A profunda voz masculina a fez girar.
A admiração bateu em sua força ao ver o grande homem tão perto
que poderia estender a mão para tocá-lo. Ele definitivamente não
era Kate. Seu cabelo cresceu mais, mas esse rosto era um que
nunca esqueceu.
Ele pulou para ela e o instinto de se proteger deveria ter entrado,
mas não. Ela ficou congelada enquanto a agarrava pelos braços,
sacudia-a e o ar saia de seus pulmões quando a golpeou contra a
parede a poucos metros de onde acabou de matar o Vamp.
— Que tipo de jogo mental você está tentando jogar, chupa-
sangue? O seu namorado não serviu de entretenimento durante a
noite, então você o matou? Isso é muito frio. Está tentando dar a
Jessica uma boa sensação de segurança, para que possa atacá-la
quando se sentir segura? Isso a excita? Acho que está doente da
cabeça.
Ele se inclinou, imobilizando seu corpo no alto com o seu muito
maior e soltou seus braços. Segurou seu cabelo com uma mão para
manter a cabeça no lugar e levantou a outra, revelando garras
longas e de aspecto letal brilhando na luz fraca.
Sua voz finalmente funcionou e ela conseguiu dizer uma palavra. —
Ice?
Ele se acalmou, franzindo a testa.
Ela olhou nos olhos dele, certa de que era ele. — Você é um Lycan?
Pensei que fosse humano.
— O que está acontecendo, Edward? — A garota se aproximou,
seus sapatos ecoando no chão do beco.
— Para trás, Jessica. — Os olhos de Ice procuraram o de Bella. —
Como você me conhece?
— Sou Bella. Do clube.
Afrouxou o agarre em seu cabelo e a máscara de raiva desapareceu
de seu rosto. Ele a olhou fixamente, pegando seus traços, antes de
se inclinar novamente. Sua indignada expressão parecia implicar
que não acreditava nela.
— O novo clube no final dos anos oitenta. Trabalhamos juntos.
Lembra-se de mim? Meu cabelo estava preto tingido com listras
azuis. Realmente sou loira. Além disso, não estou com maquiagem
pesada. Você é um Lycan? — Ela tentou sentir o cheiro dele, mas
o fedor rançoso de comida podre do lixo a fez se arrepender
instantaneamente dessa ideia.
— Você saiu do clube.
— Fui sequestrada pelos Vampiros. — Ela corrigiu.
— Mate-a! — A garota encorajou. — Eu a atraí para o beco tal como
planejamos.
Mestiça sanguinária. Bella não poupou a garota um olhar, já que a
ameaça estava na frente dela, quase esmagando-a contra uma
parede com seu corpo volumoso. Entendeu que a garota Lycan era
uma isca para que o executor encurralasse sua presa. Mas ele a
pegou em seu lugar.

— Eu não iria machucar a garota e aquele Vamp não era meu amigo.
Eu o matei porque era um idiota retorcido que atacava uma criança.
Podemos conversar antes de me decapitar? Pelos velhos tempos?
Ele rosnou baixinho e não aliviou seu agarre. Se alguma coisa, ele
parecia ainda mais furioso. — Vocês chupa-sangue sequestram
crianças Lycan e as matam!
Ela sentiu seu corpo relaxar, suas palavras fazendo um sentido
horrível. Isso iria irritar uma matilha o suficiente para enviar seus
responsáveis atrás dos Vamp. Não era de admirar que os Vamps
locais tenham sido mortos. — Isso é o que o ninho está fazendo?
— Como se você não soubesse.
— Não sabia. Não sou parte do ninho. Estão sequestrando
crianças? Por quê? Estão tentando fazer a matilha fugir da área?
— Não aja como uma estúpida. Eles estão forçando-os a lutar uns
contra os outros até a morte por sua diversão sanguinária.
Seu estômago revirou, mas não podia dizer que a chocava. — Você
odeia Vampiros. Compreendo. Não sou um grande fã deles, mas o
Conselho nos enviou aqui para matar quem destruiu o ninho. Pelo
que vejo é você quem está fazendo isso. Devo entender que não irá
parar.
Ele não respondeu.
— Bem... bom. Vigie seu traseiro, está bem? O Conselho enviará
mais do que apenas dois assassinos atrás de você. Nós não
sabíamos sobre as crianças Lycan. O Mestre do ninho se chama
Marco e deve ter um amigo ou dois em lugares altos. Caso
contrário, teríamos recebido ordens para destruir o ninho se essa
merda realmente estivesse acontecendo. Devemos cuidar dos
nossos. O fato de sermos enviados atrás de você, diz tudo.
Ele manteve as garras erguidas, preparado para arrancar a cabeça
de seus ombros. Ela olhou para suas garras mortíferas, depois de
volta para ele. Raiva ainda mostrava em suas feições. Qualquer
esperança de que a libertasse porque se conheceram, morreu
rapidamente. Vamps atacara sua matilha indo atrás de seus filhos.
Significaria que ele a perceberia como o inimigo.
— Você está me advertindo?
— Sim.
— Por quê? Qual é o truque?
— Nenhum. Se acha que deve me matar, eu entendo. Tudo bem,
Ice. Ainda o protetor que sempre foi. Fico feliz que nunca tenha
mudado. — Ela ofereceu um pequeno sorriso e fechou os olhos. —
Faça isso rápido, ok? E tome cuidado com minha parceira. O nome
dela é Kate. Ela não é mal, mas o Conselho não aceita um não para
suas ordens. Irão matá-la se ela não levar sua cabeça. Não leve
isso para o pessoal quando atacar.
As garras não vieram.
Ela esperou longos segundos. Nada aconteceu.
Abriu os olhos para encontrá-lo olhando para ela, as garras ainda
levantadas e prontas para perfurar sua garganta.
— Porra. Você vai me torturar? Realmente? O que mais quer
saber? Havia originalmente doze no ninho. Pegou quatro e eu matei
o quinto. Isso significa mais sete. O Conselho apenas enviou Kate
e eu para lidar com o problema de Marco. Eles nos treinaram para
matar e remover ameaças. Somos assassinos contratados. É uma
merda, mas é ruim estar no ninho que o transformou. Aquele
Mestre era um pesadelo que colecionava mulheres bonitas para
criar seu próprio harém de escravas sexuais.
— Você é uma assassina para o Conselho?
— Pensei ter deixado claro. Sim.
— Como se tornou uma assassina para eles?
— Às vezes eles salvam Vamps recém-transformados de Mestres
psicopatas programados para execução. As figuras do Conselho
ainda não foram manchadas e eles nos eliminam do ninho antes de
destruí-lo. Muitas vezes, somos jovens o suficiente para ter
familiares e amigos ainda vivos. Eles os usam contra nós. —Ela
encolheu os ombros. — Não tinha muitos amigos. Sabe o que penso
da minha família. Foda-se, caso o Conselho queira matá-los para me
ensinar uma lição. Apenas me arrependo de não receber permissão
para matar meu pai e meus irmãos.
— Aceitei o trabalho porque sou uma sobrevivente. Não queria
morrer. Além disso, disseram que eu poderia matar Vampiros ruins.
Fiquei um pouco irritada por minha vida ser tirada de mim. O
pagamento é ótimo.
— E sua mãe?
— O conselho me mantém longe da minha família, mas a verifico
pela Internet. Ela está vivendo em um lar de idosos, pois sofre os
estágios finais da demência. Provavelmente seria uma benção
nesse ponto, se acabassem com a sua vida. Mamãe não me
reconheceu, conversou ou pareceu consciente do que estava
acontecendo ao redor dela na única vez que a visitei. Fiquei tentada
a acabar com isso, mas ... ela é minha mãe. Não pude fazê-lo. Kate
cobriu-me para que pudesse fugir para vê-la, colocando meu
rastreador em um ser humano, depois cuidando dele. E não se sinta
mal pelo idiota que não sobreviveu quando colocou o rastreador no
meu corpo. Ele era um estuprador em série que capturamos no ato.
— Rastreador?
— Todos os assassinos do Conselho os têm. É como eles sabem que
estamos onde deveríamos estar. Um alarme se apaga se não
estiverem em um corpo vivo, para evitar que os remova. Desativa
depois de um minuto se não estiverem dentro de um corpo vivo.
Kate descobriu uma maneira de transferi-lo rapidamente para
outra pessoa se estivéssemos ambos submersos em água morna.
Também nos colocam onde é impossível que um de nós saia sozinho.
Kate e eu somos uma equipe rara, porque confiamos uma na outra.
Ela me conquistou minha confiança, deixando-me ver minha mãe
uma última vez.
— O que acontece se o alarme for apagado?
—Eles ligam no celular, que também possuem rastreadores. É
melhor ambos estaremos no mesmo local. Se não atendermos com
uma boa razão por que o rastreador se apagou, assumem que
ficamos loucos. Então, somos transferidos para o topo da lista de
eliminação dos assassinos do Conselho. Entrarão em contato com
todos os ninhos, matilhas e até mesmo VampLycans com um kit de
rastreamento. Costumam dizer que somos radicais ou algo assim,
que queremos expor nossa espécie aos humanos, para se
certificarem de sermos eliminados. Ninguém foge do Conselho.
— Kit de rastreamento? — Ele recuou e deixou-a cair em seus pés.
Mas a manteve presa na parede com o corpo bloqueando qualquer
fuga. As garras permaneceram também, sua mão ainda estava
levantada para atacar.
—Fotos de nós, descrição do corpo, um pedaço de nossa roupa para
o aroma e amostras de sangue. Isso torna mais fácil para sermos
rastreados e encontrados, mesmo que possamos mudar nossa
aparência o suficiente para enganar alguém.
— Por que envolveriam os outros?
—Obtém os resultados que o Conselho deseja. Também assegura
que ninguém nos acolha. Os assassinos que fogem não sobrevivem
por muito tempo. Também colocam uma grande recompensa por
nossas cabeças, apenas no caso de alguém não confiar no que lhes
é dito. Medidas duplas.
Ele deu outro passo para trás, mas ficou na frente dela. —
Ninguém daria um santuário a um Vamp de qualquer maneira,
exceto um ninho.
— Errado. É raro, mas alguns Alfas de matilhas menores protegem
Vamps desonestos por nossa capacidade de manipular os humanos.
Precisei ir atrás de alguns escondidos em matilhas antes.
— Por que você não está tentando fugir, Bella?
Ela olhou para ele. Parecia mais alto do que se lembrava, com
apenas alguns metros de espaço entre eles. Também não usava
saltos. — Estou morta de qualquer maneira, se não o matar. Já tive
problemas quando ajudei uma família humana a escapar do
julgamento do Conselho. Nunca há uma segunda chance. Não lutarei
contra você. Está protegendo crianças. Isso é nobre.
— Está tudo bem, Ice. Eles irão me torturar primeiro,
provavelmente por semanas apenas para me mostrar de exemplo
para os outros. Está me fazendo um favor desta maneira, desde
que faça isso rápido. Minha vida acabou naquela noite, que eu fui
sequestrada do clube. Isto aconteceu com certeza. —Ela forçou
um sorriso tenso. — Mas tenha cuidado. Kate é boa. Pode aparecer
a qualquer momento. Como eu disse ... vigie suas costas. —Ela
fechou os olhos novamente. — Apenas faça.
Ela ficou tensa quando seus dedos deslizaram em seus cabelos,
segurando a cabeça no lugar. Estava doendo, mas confiava nele
para ser um assassino rápido e eficiente.
Ela sempre se perguntou o que aconteceu com Ice. Agora ela sabia.
Ele não era humano, afinal, mas sim um executor. Tinha sentido
agora, olhando para trás. Sempre houve algo sobre ele que gritava
macho Alfa.
A dor bateu em seu rosto em vez de sua garganta. Foi a sua última
lembrança.

---x---x---x---

Jessica rosnou. — Por que a derrubou, Edward?


Ele ignorou a jovem Lycan e levantou a Vamp, jogando-a sobre o
ombro. Bella não pesava nada. Ele passou as mãos sobre seu corpo
para localizar seu telefone e empurrou-o. — Vá para casa e diga a
Sam que há uma ameaça a menos.
— Deveria matar todos os vampiros. Apenas porque conhece um,
não faz dela uma exceção.
— Não recebo ordens do seu Alfa ou de você. Não quero mais falar
sobre isso.
A excitação acendeu suas feições. — Descobrirá onde se
escondem o ninho torturando-a? Quero assistir.
— Eu não preciso mais de você aqui. — Ele virou-se e caminhou pelo
beco até quase o fim, onde parou em uma oficina de reparo
abandonada. Escolheu essa localização por um motivo.

Jessica o seguiu, mas ele girou sobre ela quando destrancou a


porta para lhe olhar. — Adeus.
— Sam gostaria que eu ficasse com você até o amanhecer. Mais
Vamps poderiam estar caçando.
Ele bufou. — Pode parecer uma criança, com seus seios cobertos e
seu tamanho, mas nós dois sabemos que não está desamparada. Seu
carro está na rua a menos de meio metro. Vá.
— Quero vê-lo torturar está cadela.
Ele não tinha planos para fazer com que Bella sofresse, mas se
recusou a admitir isso para o executor da matilha. — Irei sozinho,
sem você. Ficarei aqui até chegar ao seu carro. Vá.
— Porra, Edward! Somos uma equipe.
— Apenas estou trabalhando com você porque o ninho está
sequestrando seus filhotes. Há um a menos, da maneira como
planejamos. Saia agora para que posa observá-la chegar ao seu
carro.
— Não. Ficarei.
— Você não ficará. Última chance ou a deixo aqui sozinha. —Ele a
observou, mas Jessica não se moveu. Suspirou. —Eu a vejo amanhã
à noite.
Ele entrou e fechou a porta. Ajustou Bella em seus braços e
colocou-a em um dos balcões da loja, pensando no que ela disse. As
armas preás em seu corpo eram fáceis de localizar e remover. Não
apenas escondia uma lâmina de dezessete centímetros na frente
de sua parte inferior do estômago, mas também tinha uma arma
presa ao peito.
Ele colocou ambas no chão antes de rolar sobre ela e então
empurrou a camisa para expor a pele. Ela disse que o rastreador
estava embutido em algum lugar difícil para uma pessoa alcançar.
Flexionou os dedos e começou a procurar a parte de trás da cabeça
e depois para baixo.

Ela tinha uma pele muito macia e ele não conseguiu encontrar sinais
de cicatrizes. Vamps se curavam melhor do que ele conseguia.
Desistiu uma vez que explorou da parte de trás do pescoço até a
coluna vertebral.
Em seguida, deslizou a mão sob os quadris, afrouxando a calça. Foi
fácil puxá-la para expor a calcinha preta de seda. O fato dela ter
um bom traseiro o fez grunhir. Segurou as bochechas com as duas
mãos, apertando. Ele sentiu uma leve imperfeição sob a pele em
uma parte carnuda perto do centro de um globo arredondado e a
soltou, alcançando a adaga que guardava na bota.
— Porra. — Odiava cortá-la, mas o rastreador precisava ser
retirado.
Olhou para sua pele branca cremosa e sabia que ela poderia
acordar em breve. Seria melhor se fizesse isso enquanto ela
permanecia dormindo. Hesitou apenas mais um segundo antes de
cortar a pele onde sentiu alguma coisa. O cheiro e a visão de seu
sangue o distraíam, mas encontrou o rastreador. Era do tamanho
de uma pílula, menor do que ele suspeitava que seria.
Cuidadosamente o retirou. O dispositivo tinha uma pequena luz
vermelha no centro e começou a piscar enquanto o observava.
Ele deixou lá, marchou até a porta e destrancou.
O telefone de Bella em seu bolso vibrou quando saiu.
Aparentemente, ela não mentiu para ele.
Jessica e seu carro se foram. Ele limpou o sangue do rastreador
em sua roupa voltou para onde o Vamp morreu e agora tinha apenas
cinzas e deixou cair o rastreador no meio delas. O telefone
também parou antes de jogá-lo debaixo da lixeira. Parou de vibrar,
mas depois começou novamente.
Ele olhou ao redor, seus sentidos em alerta, mas não tinha a
sensação de ser observado. Somente os humanos pareciam andar
pelas ruas em cada extremo do beco. Voltou para dentro da loja e
trancou a porta. Bella permanecia inconsciente no balcão, o
traseiro exposto.
Ele guardou a adaga na bota e puxou a calça antes de colocá-la
sobre o ombro novamente. O quarto em que estava dormindo,
ficava sobre a oficina, mas ele a levou para baixo para o porão. A
única janela lá embaixo foi destruída em algum momento do
passado, provavelmente para evitar que os ladrões entrassem. Ele
acendeu as luzes e caminhou para outro balcão. Este tinha um topo
e pernas metálicas, coberto de computadores antigos que foram
abandonados. Usou o braço para limpá-lo. Eles caíram no chão e ele
a colocou nas costas.
Lembranças encheram sua cabeça com o passado. Bella era humana
então... e uma tentação. Ele resistiu a fodê-la, apesar de desejar.
Ela o fazia sentir vontade de conhecê-la muito melhor, mas isso
não poderia acontecer. Não em sua linha de trabalho. Conviveu com
os seres humanos muitas vezes, mas ela parecia muito frágil com
seu tamanho menor e não era uma daquelas garotas do clube.
Esse era o tipo dele. Sexo fácil, sem amarras e uma absoluta falta
de laços emocionais. Faça uma vez e nunca pense nelas duas vezes.
Isso não teria sido o caso com Bella. Ele realmente queria levá-la
a sua casa e mantê-la lá, onde estaria segura. Ela tocava seus
instintos protetores. O pensamento de acordar na cama com ela
todas as manhãs quando saia para o trabalho muitas vezes cruzou
sua cabeça. Ela era tão doce e fofa.
Ele rosnou baixo. Agora era uma maldita Vamp.
Ele correu até seu quarto atual e voltou para o porão rapidamente
para prendê-la na mesa resistente. Sempre carregava correntes e
algemas no caso de precisar torturar seus alvos por informação.
Pensou em amordaça-la, mas o dano em seu rosto já o fez
estremecer. Ele a marcou com força com o punho para nocauteá-
la. Um hematoma já estava se formado, mas desapareceria
completamente depois de ser alimentada. Ele arrastou uma cadeira
enferrujada e sentou-se para vê-la.
Seu telefone tocou no bolso e pegou-o, olhando para a tela.
Surpresa atingiu quando viu o identificador e atendeu. — Ei,
Garrett.
—Quer explicar que parte de: ser bom com Lycans, não entendeu?
Acabei de receber uma ligação do Alfa dizendo que você se
recusou a permitir que seu executor fosse parte da coleta de
informações. Desliguei logo depois, mas se tive que ouvir essa
merda, então você terá também. Duas palavras: trabalho em
equipe.
— Encontrei um obstáculo.
— Que tipo?
Ele suspirou e moveu os ombros. — O Conselho Vamp enviou dois
assassinos atrás de mim por destruir o ninho.
— Eles têm assassinos?
— Parece que sim.
— Desde quando?
— Nenhuma ideia.
Garrett riu. —Você pegou um dos idiotas para conseguir
informações? Inteligente. Fico feliz por ter cortado a matilha.
Nós somos os que lidam com seus problemas Vamp quando é demais
para eles lidarem. Atualize-me e as compartilharei com Eleazar.
Ele pode informar os clãs VampLycan sobre o que você descobrir.
— Eu conheço este Vamp. — Admitiu Edward. — Lembra-se daquele
trabalho no final dos anos oitenta? Que o nome do Mestre era
Byron? Enviou-me para lá depois que muitos relatórios de pessoas
desaparecidas foram arquivados e rastreamos os
desaparecimentos até um clube de dança. Ele é aquele que estava
tentando criar um culto de seguidores humanos e manteve-os sob
seu controle mental.
— É um dos Vamps de Byron? Pensei que tivesse matado todos.
— Eu o fiz. Ela era humana, trabalhou no clube que usei como
disfarce e mencionou ter sido transformada por um Mestre que
queria mulheres como escravas sexuais. Não era Byron. Ele ia atrás
apenas de homens humanos e todos os seus vampiros também eram
do sexo masculino.
— O assassino é uma mulher?

— Uma pequena. E muito inteligente. Fale sobre subestimar um


oponente e usá-lo como vantagem. Ela parece tão ameaçadora como
um lindo gnomo de jardim.
Garrett riu.
— Não é engraçado, cara. Gostava dela. Ainda gosto. E não fui eu
quem matou o Vamp que foi atrás de Jessica. A vamp que estou
observando dormir agora, acabou com ele antes que eu pudesse.
Então me avisou sobre o Conselho e ofereceu sua maldita garganta
sem uma luta. Simplesmente não pude matá-la. Ela não tem sangue
frio.
O tom de Garrett não era mais divertido. — Besteira. Ela o
reconheceu?
— Sim.
— Tentará foder com sua cabeça e depois matá-lo uma vez que
baixar sua guarda. É um jogo para Vampiros.
— É por isso que ela está atualmente acorrentada.
— Obtenha informações e elimine-a
— Mais fácil dizer do que fazer, Garrett. Ela era amável quando
humana. E se alguma parte dela ainda existe? Com certeza me
pareceu assim.
—Ela trabalha para o Conselho. Foi enviada ao ninho para matar os
filhotes?
— Não. Eles a enviaram atrás de mim.
—Isso diz tudo. O Conselho está fodido. Eles com certeza
destruíram sua humanidade. Ela mata por eles, Edward. Por tudo o
que você sabe, sacrificaram os Vamp que ela matou para ganhar
sua confiança. Provavelmente estão se perguntando por que nos
envolvemos e quantos do nosso clã estão lá. Não se apaixone por
ela. Realmente gosto de você e quero que continue vivo.
— Estou ouvindo.
— Devo enviar um de seus irmãos como backup?
— Não. Eu cuido disso.

— O Conselho provavelmente enviará mais idiotas atrás de você.


— Estou ansioso por isso. Ela está acordando. Preciso ir.
— Faça suas perguntas e se livre dela, Edward. Isso é uma ordem.
Ele desligou e deslizou seu telefone de volta ao bolso.
Bella permaneceu imóvel, seu peito subindo e caindo ritmicamente.
Era possível que ela estivesse fora até a noite seguinte depois que
desmaiou. Ele não queria mais ouvir Garrett. Sabia qual era seu
trabalho, mas atualmente não gostava muito dele. A ideia de matar
Bella revirava seu estomago.

Capítulo 2

Bella acordou na escuridão. Hã. Deveria estar morta. Ice não


arrancou sua cabeça, mas em vez disso, a derrubou com o punho.
Ele retraiu as garras primeiro ou ainda estaria em um mundo de
dor. O executor tinha um soco de ferro, sua bochecha latejava um
pouco.
Ela levantou a cabeça e olhou ao redor. Sua visão era boa no escuro,
mas nenhuma luz entrava ali. Ela cheirou e se arrependeu. A morte
se agarrava a ela em forma de sangue seco por seu corpo.
Começava a afetá-la. Ela tentou ignorar isso e descobrir onde
estava. O cheiro de produtos químicos pendia no ar, muita poeira
e mofo. Ice cheirava a couro e sândalo, mas era fraco, como se
tivesse passado algum tempo desde que esteve perto dela.
Ela se esforçou para ouvir qualquer coisa. O tráfego à distância a
ajudou a descobrir que permanecia na cidade. Ice não estava ali.
Isso era certo, já que não conseguiu recuperar os batimentos
cardíacos ou o som de respiração além do seu. Ela tentou sentar-
se, mas percebeu rapidamente que seus pulsos estavam presos
acima da cabeça e seus tornozelos, de alguma forma, algemados
para manter suas pernas sobre uma superfície plana. Sua coxa doía
muito também. Aquele vampiro estúpido que matou, provavelmente
quebrou sua perna e estava muito machucada. Um movimento
rápido de seus dedos revelou que suas botas foram removidas, mas
ainda usava roupas. Estavam grudadas em seu corpo e coberta de
sangue.
— Ice?
Nenhuma resposta. Era dia. Podia dizer pelo jeito que seu corpo se
sentia letárgico e pesado. Talvez pensasse que estaria fora
durante o dia. A maioria dos vampiros ficavam, a menos que fossem
muito mais velhos do que ela. Ice não sabia que o Conselho garantiu
que seus assassinos tivessem tão poucas fraquezas quanto
possível.

Ela respirou fundo e testou as restrições. Não cederam. O que ele


usou era resistente a Vamp. Abaixou a cabeça, balançando o corpo.
A superfície na qual estava deitava era dura e implacável. Fria
também.
A pergunta que queria fazer, era porque não a matou. Seu Alfa
ficaria furioso. Era a última coisa que queria.
As horas se passaram enquanto ela dormia a cada poucas horas,
tentando ignorar como seu corpo doía por ficar desconfortável e
de seus ferimentos. Não estavam curando tão rápido quanto o
normal. Precisava se alimentar.
O chão rangeu acima de sua cabeça e abriu os olhos, alerta.
Conseguiu acompanhar cada passo pelo som. Uma porta à esquerda
se abriu e a pessoa aproximou-se. Podia distinguir uma forma
grande e inalar. Ice retornou.
As luzes que ele acendeu a cegaram durante alguns segundos. Duas
grandes estavam penduradas acima dela. Piscou algumas vezes e
depois, olhou abertamente para Ice. Seu cabelo estava bagunçado
como se tivesse acabado de acordar. Seu olhar desceu para o peito
exposto. Ele era perfeito, musculoso e bronzeado. A calça cinza
escura estava baixa nos quadris, revelando os pequenos músculos
laterais logo acima da cintura. Era todo homem e incrivelmente
sexy. Suas gengivas latejaram e a envergonhou quando suas presas
saíram.
Ele se movia com toda a graça e elegância de um predador. Um
sexy, enquanto se aproximava dela. — Ainda é dia. Você está
acordada.
Seus mamilos ficaram duros e ela se contorceu um pouco. Seu tom
profundo e rouco a excitava. Ótimo, ele não era apenas delicioso
para olhos, sua voz também chegava até ela. Rompeu o contato
visual, sabendo que seus olhos também responderiam com ele,
brilhando mais. A sede de sangue a golpeou e sabia que ele sentiria
o cheiro de sua excitação em breve. Era um Lycan com um super
nariz.
Estava morrendo de fome, desde que não se alimentou em alguns
dias, mas estava dez vezes pior devido ao homem de seus sonhos
estar ali seminu e ela lesionada. Sua resposta a ele chamaria a
atenção e não havia como esconder isso. Bem que poderia passar
adiante.

— Estou com fome e ferida. — Admitiu ela. — Sinto muito. Meu


corpo fará algumas coisas Vamp até tomar sangue. Tente ignorá-
lo.
Ele franziu a testa, olhando-a. — Como está acordada?
— Estamos nos alimentando de sangue dos membros do Conselho
para nos fortalecer. Os assassinos seriam muito fáceis de matar
se alguém pudesse entrar em nossos quartos de hotel durante o
dia e não pudéssemos nos defender. —Ela evitou olhar para ele.
Como humana, ela realmente sentiu-se atraída por ele, mas como
um vampiro sedento por sangue, era cem vezes mais forte. —
Precisa saber que o Conselho ativou meu rastreador e enviará Kate
aqui assim que o sol se pôr.
— Eu o removi e abandonei seu telefone. Deixei-os com aquele
Vamp morto, esperando que pensem que é você. Não será
encontrada.
Isso a surpreendeu o suficiente para encontrar seu olhar enquanto
parava ao lado dela. Também a deixou levemente aliviada. Ele
ficaria a salvo.
— Não tente nem entrar na minha cabeça.
Os olhos dela ainda brilharam. Ela virou a cabeça, olhando para
qualquer coisa além dele. — Eu já disse. Estou com fome e ferida.
Não estou tentando controlá-lo. É também por isso que minhas
presas estão fora. Deveria vestir uma camisa. Sabe ... que mostre
menos pele.
— Você é forte o suficiente para resistir a ficar comatosa durante
o dia, mas acorda morrendo de fome como um novato? —Ele
parecia divertido e sua voz soava mais rouca. — Interessante.
— Sim. Esta sou eu. Interessante. — Ela engoliu em seco. — Por
que ainda estou viva, Ice?
— Meu nome é Edward. Simplesmente usei, Ice como um apelido.
— Pertencia a uma matilha na Califórnia? Isso é estranho. A
maioria das matilhas não sai de seus territórios.
A menos que ele tenha tomado uma companheira.

Esse era um pensamento horrível. Teria se acasalado com alguém


e mudado de matilha? Ela cheirou o ar, mas não pegou o aroma de
outra mulher.
— Não estou acasalado, se é o que você está procurando e não
pertenço a matilha local. Poderia dizer que estou a cargo de algum
outro lugar. Viajo por aí.
Ela mordeu o lábio, resistiu ao desejo de olhar para ele, não
querendo que ele a visse como uma ameaça.
— Mas você é um Lycan. Sinto o cheiro em você.
— O que mais você sente?
Ela olhou para as paredes de tijolos. —Este lugar é antigo. É
abandonado? Ninguém o limpou por anos, tem poeira demais no ar.
E há mofo. Muito. Também a madeira está podre. Sinto a morte,
desde que tenho sangue seco em mim. — Ela levantou a cabeça e
viu computadores quebrados no chão. — Isso explica os aromas
plásticos e metálicos que estou sentindo. — Seu olhar percorreu a
sala, vendo velhos utensílios de limpeza em uma prateleira. — E os
produtos químicos.
Ele a estreitou os olhos. — Algo mais?
— Apenas você. Gosto de sândalo. Você cheira bem. — Ela deixou
sua cabeça cair de volta e se encolheu quando ela bateu forte
demais. — Não quero incomodar, mas preciso usar o banheiro se
houver um, para me limpar. Uma mangueira também funcionaria.
Estou sem me alimentar a dias e o sangue seco está piorando. Sabe
o que isso significa.
—Não tenho ideia do que você está falando. Vá em frente e olhe
para mim. Saberia se tentar entrar na minha cabeça.
Ela realmente não queria olhar nos seus olhos. Ou ver seu rosto
bonito. Estar no mesmo lugar com um homem atraente, enquanto a
fome percorria seu corpo. O fato de que era o homem em quem
pensou, imaginou em sua cabeça toda vez que se masturbava ao
longo dos anos, não estava ajudando. Especialmente com ele
seminu. Mas virou a cabeça e segurou seu olhar.

— Sabe por que não a matei?


Olhos apaixonantes. Santa sanidade. Poderia adorá-lo todinho. Era
muito melhor do que me lembrava.
— Responda-me.
Qual foi a pergunta? Ah, sim. — Acho que ainda estou viva porque
você quer saber mais sobre o ninho local. Não tenho muitas
respostas, mas direi o que puder. Pergunte rapidamente ou deixe-
me lavar o sangue. Meu controle se romperá e isso ficará um pouco
traumático.
— Traumático?
— Planejei encontrar um doador na noite passada depois de caçar
meu alvo. Não tive a chance de me alimentar. Lutei com o outro
vampiro, onde acho que ele quebrou minha perna, o golpe no meu
rosto e sendo pulverizada com sangue, é tudo um combo muito
ruim. Tenho limites em perder o controle. Começarei a sibilar e
logo irei querer mordê-lo. Será mais difícil pensar além da fome.
Posso conseguir me controlar por um tempo se lavar o sangue seco.
Um banho me daria mais algumas horas de sanidade.
— Tentará fugir se a soltar para ir ao banheiro.
— Para onde eu irei? Você removeu meu rastreador. Posso ser o
inimigo número um para o Conselho agora. Pensarão que fugi deles
se não acreditarem que as cinzas são minhas. Responderei todas
as suas perguntas, mas eu gostaria de tomar banho primeiro.
Ele se inclinou sobre ela e a olhou nos olhos.
O cheiro dele atingiu-a e seu corpo ficou louco. Ela o queria tanto
que doía. Era confuso naquele ponto se ela ansiava seu sangue ou
sexo.
— Não confio em você.
— Não deveria. Sou um vampiro. Nós somos em sua maioria maus.
Não tenho planos para atacá-lo ou fugir. Eu o deixarei saber
quando atingir a zona de perigo na minha sede de sangue. Ainda
não está aqui. Não estava mentindo sobre todos virem atrás de
mim quando o alarme do rastreador disparar. Já estou morta, Ice.
— Edward. —Ele corrigiu.
— Sinto muito. Irá demorar algum tempo me acostumar com o novo
nome. Nunca disse por que estava trabalhando no clube.
— Estava caçando um Mestre louco que pensou que ser uma boa
ideia ter seres humanos tratando-o como se fosse um deus.
Realmente os fez acreditar que ele era um. Provavelmente ainda
estão em terapia depois do quanto ele fodeu com a cabeça deles.
Ela apertou os lábios em desgosto. — Você o encontrou?
Ele assentiu. — Não foram membros da gangue que entraram no
clube na noite que você desapareceu. Foi ele e os quatro membros
do ninho que procuravam novos seres humanos para aumentar seu
culto. Seu nome era Byron e ele soluçou enquanto o matei.
A ironia não foi perdida por ela. — Pediu-me para sair naquela noite
para me manter segura... mas um dos caçadores de Caim me
sequestrou para seu harém. É como se permanecer humana não
fizesse parte do dia, verdade?
—Byron não teria visado você. Interessava-se apenas por homens.
Não queria você lá, caso se sentissem encurralados e usassem
escudos humanos.
— Eles usaram?
— Não. Eu os tirei um a um sem que percebessem que estava lá até
eu estar com Byron e seu guarda-costas. Entraram no banheiro
masculino, seguindo uma vítima que escolheram. Comecei uma briga
para que os humanos fugissem e logo os enfrentei uma vez que
ficamos sozinhos.
Suas presas doíam e o cheiro saindo de seu próprio corpo a estava
deixando louca. —Realmente preciso tirar esse sangue de mim.
Estou mais fraca do que o normal nesta manhã, porque é difícil
para o meu corpo ficar tanto tempo sem sangue, especialmente
quando preciso me curar. Poderia facilmente me derrubar, mesmo
se estiver mentindo sobre não planejar escapar.

— Ela olhou nos olhos dele, procurando por qualquer sinal da pessoa
que costumava ser. — Por favor? Pode ser que eu não seja um
Lycan, mas eu tenho um nariz sensível. Provavelmente está
chegando a você também. Não gostaria de me interrogar sem que
esteja fedendo?
Ele apertou os dentes. —Bem. O único banheiro está no terceiro
andar. Ainda é luz do dia e não cobri todas as janelas. Colocarei um
cobertor sobre você e a levarei para o banheiro. Há uma pequena
janela lá, mas não permite a luz solar direta. Esse quarto está
localizado contra uma parede externa. Se tentar fugir, tudo o que
fará será queimar. Os edifícios à nossa volta estão trancados. Não
me importo com a rapidez com que possa correr, não encontrará
esconderijo contra o sol antes que frite.
—Não vou fugir, Edward. — Era estranho dizer esse nome. — Posso
perguntar uma coisa?
Ele alcançou o bolso de moletom e retirou um anel com duas
pequenas chaves. — Não direi para quem eu trabalho ou quantos
somos.
— Apenas queria saber porque te apelidaram de Ice.
— Minha mãe me chamou Edward. Disse a Mike meu nome, mas ele
se recusou a me chamar assim. Apelidou-me de Ice e pegou.
Ela decidiu acreditar nele. — Obrigada.
—Pelo que? — Ele soltou seus tornozelos.
—É importante para mim saber seu nome real. É bobo, mas é isso.

Ele caminhou pelo lado da mesa até sua cabeça. — Odiaria ter que
nocauteá-la novamente. Não gosto de bater em mulheres. Mas isso
não significa que não o farei se me atacar, Bella. Entendeu?
Comporte-se e não terei que machucá-la.
Ela ficou muito quieta enquanto soltava seus pulsos. — Não lutarei
contra você. Não acho que consiga. Sinceramente e também não
confiaria muito. Os vampiros tendem a mentir. Obrigada. Posso me
sentar agora? Vou me mover devagar.
Ele recuou e colocou as chaves no bolso. — Faça.
Ela soltou um gemido enquanto se sentava e esticava um pouco, as
torções em seu corpo se tornavam mais dolorosas. A bancada
sentia-se tão dura como o mármore, apesar de ser metal. — Não
sei como faziam quando os Vampiros precisavam se esconder nas
criptas e dormir em pedra. Não faço isso. Comprei um colchão
suave para o meu quarto que parece uma nuvem. —Ela
cuidadosamente balançou as pernas dos lados e escorregou fora
da borda, ficou parada ali com os pés descalços. Sua perna
manteve seu peso, mas doeu. Evitou pisar nas peças de computador
quebradas enquanto se aproximava dele. —Aprecio que tenha
mostrado um pouco de misericórdia. —Ela olhou profundamente em
seus olhos.
— Caminhe na minha frente até a escada.
Ele não queria ficar de costas para ela. Inteligente. Ela não fez
movimentos súbitos e caminhou pelos detritos até a escada,
apenas parando quando chegou ao final. Edward ficou ao seu lado
e alcançou a escada, retirando oque parecia uma velha lona.
—Isso não é um cobertor. — Ela enrugou o nariz. — E está cheio
de pó.
— É tudo que tenho aqui. Sim ou não? Pode retornar a mesa.
Ela fechou os olhos, abaixou o queixo e abraçou a cintura. — Faça.
Espero que este banheiro tenha água morna. Posso sonhar, certo?

O som dele rindo a surpreendeu. Quase olhou em seu rosto, mas


depois abriu a lona, envolvendo-a ao redor dela como se fosse um
burrito. O ombro dele tocou seus quadris um momento depois e ele
a levantou. Ela ofegou, incapaz de impedir. Então conseguiu se
segurar nele enquanto começou a subir a escada.
— Sinto-me como um saco de batatas sobre seu ombro, sujeira e
tudo.
Ele passou a mão sobre a perna até o final, mas não podia sentir
mais do que o peso, já que a lona a cobria. — Diga-me se parte de
você começar a queimar.
— Irei. Prometo. Saberá quando eu começar a gritar.
Ele parou abruptamente.
— Isso foi uma piada. Mais ou menos. Dói como o inferno quando
estou exposta à luz solar.
Ele começou a andar novamente e ela ouviu o chão rangendo sob o
peso combinado. Estavam no primeiro andar agora. — Isso
acontece muitas vezes?
— Não. Sou esperta o suficiente para evitar, mas o treinamento
foi uma tortura. Eles nos colocaram fora algumas vezes para nos
mostrar como se sentia ser exposto ao sol e para garantir que
pudéssemos voltar de forma rápida o suficiente para não morrer.
Queimaduras são as piores para se curar.
— Por que porra fariam isso?
—Para se certificar que não fiquemos parados enquanto
estivermos aterrorizados e com dor.
— E se não puder voltar ou se cobrir?
— Somente os mais aptos sobrevivem ao treinamento. Somos
considerados fracos demais para viver se falharmos no teste.
Novos recrutas substituem aqueles que morreram.
— Frio. — Ele começou a escada.

—Esse é o Conselho para você. Não são exatamente os tipos


compassivos.
— Sinto muito, que a capturaram, Bella.
— Obrigada. A vida às vezes é uma merda e agora também. Essa
piada de vampiro nunca envelhece.
Ele fez uma pausa, roçou seu corpo contra uma parede e então ela
ouviu o som de uma porta se abrindo. — Como pode manter seu
senso de humor sobre essa merda?
— Ria ou chore. Quer adivinhar o que prefiro?
A porta fechou-se e um toque suave soou. Ele se curvou,
colocando-a em seus pés. Ela ficou imóvel enquanto afastava a lona
e depois estendia a mão, roçando seu rosto com as duas mãos, caso
o pó cobriu sua pele. Ice não disse uma palavra. Ela abriu os olhos,
olhando para a sala.
O banheiro era antigo, não muito grande e a pequena janela sobre
a banheira e o chuveiro tinham camadas de sujeira bloqueando a
maior parte da luz vindo de fora. Uma cortina de plástico fina foi
empurrada para o lado. O banheiro estava a um pé de distância, a
pia próxima a ele. Ele acendeu a única lâmpada na sala, que pendia
acima de suas cabeças.
Ela inclinou a cabeça para trás e segurou seu olhar. — Não tentarei
fugir.
Ele virou para a porta, inclinou-se contra ela e cruzou os braços.
Estava claro que não tinha intenção de ir a lugar nenhum.
Sua boca se abriu, mas fechou-a. — Ficará aqui?
—Não a deixarei sozinha até ser acorrentada novamente.
Ela virou a cabeça para olhar para o espelho sujo. Ficou em choque
quando descobriu que era um mito que Vamps não tinham reflexo.
Parte dela lamentou que não fosse verdade quando notou que o
hematoma amarelo e púrpura em sua bochecha. Seu cabelo era
mais curto do que antes, logo abaixo de seus ombros e ela parou
de envelhecer. Era uma perda de tempo se preocupar com sua
aparência. A última coisa que queria ser para seus colegas de
trabalho era atraente. Essa lição foi aprendida.
—O tempo está passando. Tome um banho se quiser. Não tenho
muito tempo antes que a matilha envie Jessica de volta aqui para
começar nossa noite.
Ela suspirou e encarou o banheiro. A cortina era quase
transparente. Ele teria uma boa visão pelo menos. Ela deu-lhe as
costas, ligou a água para ver se aquecia e depois passou a camisa
sobre a cabeça.
Ele respirou fundo.
Ela sorriu, recusando-se a olhá-lo. — Não aja todo surpreso por
tirar minhas roupas. Nem todos fazem isso quando tomam banho?
Ele não respondeu.
Ela deixou cair o sutiã. O coldre da pistola permaneceu, mas a arma
foi removida. A bainha da lâmina também estava vazia. Tirou os
dois de seu corpo e desabotoou a calça.
— Estou apenas surpreso por não estar discutindo comigo e
exigindo privacidade.
Ela empurrou-a para baixo, junto com a calcinha, dando-lhe uma
ótima visão de seu traseiro nu e mais se estivesse olhando. Sentiu
como se o olhar dele estivesse sobre ela. — O Conselho me privou
de modéstia há muito tempo, no que diz respeito às pessoas que
veem meu corpo. Aprendi a escolher minhas batalhas com cuidado,
Ice. — Ela fez uma pausa. — Sinto muito. Edward. Apenas agradeço
por me dar acesso a um banho.
Ela foi para entrar na banheira, mas ofegou quando de repente
agarrou seu braço. Seus olhares se fixaram um no outro sobre o
ombro. Ele parecia furioso.
— Que porra isso significa? Pensei ter dito que o Conselho impediu
que estivesse no harém sexual de algum idiota.
— Pode significar a morte se estiver lutando contra alguém e eles
rasgam sua camisa se você tenta cobrir seus seios expostos.
Colocar um braço para baixo pode significar a diferença entre
manter a cabeça ou não. Às vezes, nos faziam lutar nus para ter
certeza de que não nos importaríamos com as partes de nossos
corpos expostos.
— Algum deles a forçou a situações sexuais?
Essa era uma maneira educada de colocar o que implicava. — Não.
O Conselho não abusa de seus poderes nos fazendo foder. Somos
vistos como ferramentas que usam para matar, nada mais. Na
verdade, é uma regra que seguem... nunca se envolver com um
assassino. Envolvimentos emocionais são proibidos.
— Isso significa que não tem um companheiro ou alguém com quem
está em um relacionamento?
— Isso também é proibido para nós. Somos propriedade do
Conselho. É visto como uma fraqueza se preocupar com outra
pessoa. Kate e eu escondemos nossa amizade. Eles simplesmente
pensam que trabalhamos bem como uma equipe e nos toleramos,
desde que voltamos inteiras. Nem sempre trabalhei bem quando
me designaram para trabalhar com outra pessoa.
— Explique.
Ela hesitou antes de dar um exemplo. — O meu primeiro treinador
pensou que também deveria me ensinar a arte da sedução. Não
estava interessada. Então decidiu que seria um grande retorno não
me dar ajuda quando fomos atacados pelo ninho ao qual fomos
enviados. Então, o idiota nos conseguiu um quarto de hotel,
assumindo que compartilharíamos a cama. Ele me fez dormir no
chão, por não o tocar. Retribui quando ele dormiu. Você saberá
quem ele é se encontrar com um Vamp com a ponta do dedo
mindinho faltando. Nós não crescemos de volta às partes do corpo
se eles forem cortados e transformados em cinzas. Alguns poucos
dedos também faltam, mas digamos que ganhei uma reputação de
alguém para evitar assédio sexual no trabalho.
Sua expressão não mudou.
Ela se perguntou o que ele pensava sobre suas ações passadas e
decidiu explicar mais. Ela não era uma pessoa horrível. —Não tenho
permissão para machucar outro assassino ou desfigurar seus
rostos, já que eles precisam caminhar entre humanos em
trabalhos. Tirar um dedo inteiro ou algo que poderia torná-los
menos eficazes em seu trabalho me mataria como punição. Mas a
ponta de um dedo mindinho ou um pequeno dedo? — Ela encolheu
os ombros. — Ninguém notaria isso. O Conselho não se importou.
A força dele diminuiu. — Tome seu banho.
Ela entrou na banheira e fechou a cortina, ficou parada debaixo
da água quente. Sentia-se bem e foi uma surpresa que o aquecedor
de água funcionasse no prédio antigo. Ele também tinha produtos.
Rapidamente lavou o cabelo e esfregou seu corpo até ficar limpo.
O cheiro de sândalo encheu seus pulmões para substituir o do
Vamp morto. Agora ela cheirava como Edward.
Era um pouco reconfortante saber que algo bom seria a última
coisa que iria inalar antes de dar seu último suspiro. A fome a
incomodava, mas a ignorou. Precisava de sangue, mas ele não a
alimentaria. Os Lycan tendiam a desprezar osVamp por sua
necessidade de sangue. Claro, ela não indicaria que suas refeições
sobreviveram. Ao contrário dos Lycan, que costumavam comer
muita carne.
Ele segurou uma toalha sobre o topo da cortina quando ela desligou
o chuveiro. — Obrigada. —Ela cobriu seu corpo e saiu da banheira.
— Tem outra para o meu cabelo?
Ele abriu um armário embutido na parede e tirou uma segunda. —
Vire-se.
Ela ficou tensa, mas fez o que ele pediu. Talvez fosse gentil e a
mataria sem aviso prévio. Era sua maneira favorita de eliminar um
alvo. Eles nunca viam a lâmina chegar até a metade da garganta.
Ele se aproximou, a poucos centímetros de distância e começou a
esfregar o cabelo. Era uma tarefa pessoal que uma pessoa que
cuidava de você faria.
Lágrimas encheram seus olhos, mas piscou rapidamente. Ele a
acusou de planejar jogos de cabeça, mas parecia ser está sua
estratégia. E estava funcionando.

— O que mais você quer saber? — Ela contaria a ele qualquer coisa
e então isso poderia acabar.
— Quantos assassinos trabalham para o Conselho?
— Pelo menos cem. Existem oito casas nos EUA e duas na Europa.
Eu nunca estive lá, mas uma na Inglaterra e outra na Alemanha.
Colocaram dez de nós em cada casa que criaram. Não somos
chamados de ninhos, já que nossos Mestres são todos os membros
do Conselho.
— Por que a Europa?
— Para vigiar os Vamps ali. É tudo muito secreto, mas conheci um
deles há cerca de dez anos. Seu nome era André e ele seguiu um
Mestre em Nova York que não tinha permissão para estar lá. André
estava estacionado na Alemanha, mas mencionou que ser
transferido da Inglaterra. Perguntei-lhe se havia mais casas, mas
ele disse que apenas ouviu falar de duas. Fui chamada para ser seu
apoio porque o Mestre viajou com cinco guardas. Ele também
contratou meia dúzia de humanos para protegê-lo durante o dia.
Nós fomos até ele à noite embora.
— Todos os Mestres precisam de permissão para entrar primeiro
nos EUA?
— Havia rumores de que este Mestre planejava assumir a cidade
de Nova York. É aí que me baseio. Um dos Conselhos possui esse
território e isso significaria uma guerra para mantê-lo. Advertiu o
Mestre a não vir aqui e mandou que André o observasse na
Alemanha. Assim que voou para os EUA, recebemos uma ordem
para matar.
— O Conselho faz com que faça o seu trabalho sujo?
— Sim.
— Onde estão as casas nos estados?
— Tampa, Dallas, Chicago, Vegas, Portland, San Francisco, Denver
e Nova York.
— E Canadá ou México?

— Não que eu saiba.


— Nenhuma no Alasca?
—VampLycans estão lá. Pelo que ouvi de passagem, o Conselho
pensa que qualquer ninho que se instala ali é um tolo. Fazem isso
por sua conta e risco.
— De passagem?
— Nós ouvimos rumores de tempos em tempos do ninho de
vampiros do membro do Conselho de Nova York, quando nos chama
para novas atribuições. Havia um ninho no Alasca, destruído há
pouco tempo pelos VampLycans depois que tentaram se instalar lá.
Corski ficou irritado com isso. Acho que ele sabia que o Mestre
morreu e estava tentando conseguir apoio do Conselho para
retaliação. Foi rejeitado. Joseph Corski é o membro do Conselho e
Mestre na cidade de Nova York. É aquele que dá à minha casa
ordens.
— O Conselho teme os VampLycans?
Ela saiu de seu controle e ergueu as sobrancelhas quando virou a
cabeça, olhando para ele. — Acho que alguém teria que ser um
idiota para se esquecer dos VampLycans. Sei que os Lycans pensam
que são muito resistentes, mas espero que você nunca planeje
derrubá-los.
— O que você ouviu sobre os GarLycans?
— Eles se mantêm afastados. São os VampLycans que defendem as
matilhas e procuram ninhos que chama muito a atenção dos
humanos. Houve um avistamento recentes deles em Los Angeles,
Washington e Colorado.
— Já foi enviada para matar um VampLycan?
Ela balançou a cabeça. — Ainda estou aqui, não estou? — São como
o bicho papão.
Ele franziu o cenho.
— Sim. Muito mais fortes que os Mestres, mesmo os antigos e não
têm fraquezas do que ouvi.

—Acho que GarLycans são mais temíveis. Eles podem voar.


Ela encolheu os ombros e virou todo o corpo para encará-lo. — Eles
não deixam seu ninho. Não me preocupo com eles.
— Ninho? Eles são um clã.
— É bom saber, mas não me preocupo com que um GarLycans me
pegue, desde que nunca planejo ir ao Alasca. O que mais quer
saber? E não precisa ser legal comigo. Eu disse que responderia
suas perguntas. Então, basta fazê-lo.
Ele segurou a toalha entre eles, mas não se afastou. Apenas
centímetros os separavam.
— Meu controle é melhor agora que estou limpa, mas ficar perto
de você é difícil. Posso ouvir seus batimentos cardíacos. — Seu
olhar correu por seus braços e peito musculosos. — Posso ver suas
veias. Olhá-lo é semelhante a agitar um bife grande na frente de
um cachorro faminto. — Ela olhou nos olhos dele. — Não há jogos,
pelos velhos tempos, certo Edward? Apenas pergunte e
responderei suas perguntas. Não arraste isso até ver o lado feio
de mim. Porque será assim. Gostaria que se lembrasse de mim
dessa maneira, ao invés do que me tornarei quando a sede de
sangue assumir o controle.
Ele jogou a toalha na pia. — Vestirá sua roupa?
— Não. Apenas sentiria o cheiro novamente, já que não tenho
outras. A toalha está bem. —Ela se aproximou para colocar o maior
espaço possível entre eles, pressionando contra a parede. —
Rodadas rápidas e furiosas de perguntas. Acerte-me com elas. —
Ela abraçou a cintura.
— Onde está o ninho local agora? Eles se esconderam depois que
matei o primeiro Vamp.
— Nós temos relatos de Marco em um restaurante chinês depois
que chegamos na cidade. — Ela lhe deu as ruas cruzadas e o nome
do lugar. — Tive a impressão de que estavam ficando no porão. Ele
mencionou os cheiros fortes da cozinha escondendo seus aromas
dos rastreadores Lycan.

— Onde fica Kate? Com eles?


Ela estremeceu interiormente. — Odeio desistir dela... mas pode
me fazer uma promessa?
— Você disse que responderia.
— Ela é minha melhor amiga, Edward. Minha única amiga. Não é
culpa dela aceitar as ordens do Conselho. Mas não quero que você
ou mais filhotes de Lycan morram. Tenho prioridades. Entendo o
que é errado. Ela irá matá-lo se for capaz, independentemente do
motivo pelo qual destruiu o ninho. Apenas... prometa-me que ela não
sofrerá quando a derrubar.
Ele franziu a testa, estudando-a com seu olhar azul fascinante.
Ela baixou a cabeça, incapaz de olhar para ele mais e as lágrimas
encheram seus olhos. Ele queria que ela desistisse de Kate. Fizesse
o correto.
Porra! O Conselho vai matá-la de qualquer maneira se não conseguir
matar Edward. Ele está protegendo as crianças.
— Olhe para mim.
Seu tom exigente não passou despercebido a ela, mas se recusava
a obedecer. — Ela não é má. Eu juro. Em doze anos, iriamos nos
juntar a um bom ninho com um Mestre decente. Eles são difíceis
de encontrar. Ele gosta de humanos, até permite que uma matilha
viva em sua cidade sem começar merda com eles apenas pelo
prazer de fazê-lo. Ele é tudo sobre manter a paz. Kate odeia esse
trabalho tanto quanto eu, mas os membros de sua família são
importantes para ela. Tem duas irmãs que têm filhos. Sua sobrinha
se casou na semana passada e ela chorou ao ver as fotos publicadas
em um site social.
— Bella. — Ele grunhiu.
Ela empurrou a cabeça para cima.
— Você está chorando? — Ele rosnou.
— Claro que estou. Você perdeu a parte sobre ela ser minha melhor
amiga? Odeio isso. Mas ela é inteligente e excelente lutadora. Há
uma chance de que possa derrubá-lo. Isso significa que essas
crianças estariam em perigo. Acha que sou cruel, não é? Bem,
grande surpresa. Eu não sou. Então sim, acho difícil dizer qual sua
localização, tão difícil como me parece colocar em perigo mais
crianças. Ela segue ordens para proteger sua família. Entende?
— Você disse que responderia a todas minhas perguntas.
— Tudo o que peço é que a mate rapidamente e sem dor.
Suas narinas se abriram, mas ele finalmente deu um forte aceno.
— Feito.
— Obrigada. —Foi o único conforto que ela teve. —Hotel Smith.
Quarto dois e vinte. Diga que as crianças Lycan estão sendo
assassinadas... e que sinto muito. — Lágrimas quentes deslizaram
por suas bochechas.
— Sabe qual membro do Conselho está protegendo está matilha?
— A ordem veio de Corski, mas ele e o Conselho podem ter sido
manipulados por outro membro com uma agenda pessoal. Não posso
imaginar que saibam que Marco está matando crianças e serem
tolos o suficiente para pensar que os VampLycans não seriam
eventualmente convocados. É por isso que devemos nos policiar. É
motivação para evitar que apareçam. O Conselho não quer uma
guerra. Estão conscientes de que algumas matilhas mantêm
contato com os VampLycans para conseguir ajuda se o problema
Vamp for severo. Diria que isso cai sob esta categoria.
Ele não disse nada mais. Ela limpou as lágrimas e fungou. — O que
mais?
— Apenas isso.
Ela assentiu e deu-lhe as costas. — O banheiro seria mais fácil de
limpar. Quer que me deite ali? Tentarei não lutar se tiver um
problema ao passar pelo osso. — Não era como se precisasse de
uma lâmina afiada com suas garras.
Ele apenas respirou uniformemente.
Talvez fosse difícil matá-la desde que se conheceram no passado.
Ela tomou a iniciativa para ele e atravessou o aro da banheira, tirou
a toalha para que seu sangue não a manchasse e encarou o canto
de azulejos. — Tenha uma boa vida, Edward. Estou pronta.

Ela fechou os olhos e puxou o cabelo para expor a parte de trás


do pescoço, facilitando o acesso. — Faça.

Capítulo 3

— Filho da puta!
Edward carregava Bella, envolta na lona, descendo a escada. —
Pare com isso. Irá se queimar. O sol ainda está alto.
Ele aliviou seu controle sobre ela quando chegaram ao porão e já
não havia perigo de sua pele ser exposta à luz solar. Ele caminhou
até a mesa, mas hesitou em colocá-la lá. Então, novamente, era a
única maneira de contê-la.
Ele a deixou de costas e subiu na mesa, sobre seus quadris para
prendê-la. A lona que ele envolveu algumas vezes ao redor dela
estava no caminho, alcançando seus braços. Isso significava liberar
suas garras quando ela se debateu sob ele.
— Fique quieta. — Ele começou a cortar a lona.
— Eu lhe disse o que você queria saber! —Ela se acalmou sob ele.
— Até facilitei. Tudo o que tinha que fazer era usar o chuveiro
para lavar o sangue pulverizado nas paredes. As cinzas iriam pelo
ralo. Eu deveria saber.
— Ainda não vou matá-la.
Ela tentou levantar os quadris para derrubá-lo. — Quando você se
tornou um idiota? Quer me ver perder a cabeça? Isso é o que
acontecerá. Essa é a sua versão de diversão? Ver um vampiro com
sede de sangue?
Ele cortou a tela e levantou seu corpo apenas o suficiente para
deslizar o material entre eles e cortar outra camada. — Não vou
cortar sua cabeça, nem planejo vê-la morrer de fome. Agora irá se
comportará para que eu possa libertá-la disso? Peguei um pijama
no caminho. Quer vesti-lo?
Ela ficou muito imóvel sob ele. — Que tipo de jogo você está
jogando?

— Não estou jogando. — Ele se afastou dela e da mesa, voltando


para a tela. Ela trabalhou com ele, quase caindo da superfície lisa
quando foi libertada, mas ele a pegou antes que o fizesse. Ele tirou
a roupa do ombro onde as jogou e as deixou cair no colo antes de
se afastar. — Vista-se.
Ele ouviu seus movimentos e se virou quando pararam. Uma risada
ficou em sua garganta. Suas roupas pareciam enormes nela. As
pernas da calça estavam juntas em seus pés de forma que nem
conseguia vê-los e seus braços estavam completamente perdidos
nas mangas compridas da camiseta.
O humor morreu muito rápido. Parecia fofa e vulnerável ao mesmo
tempo. Ele poderia esquecer que ela era uma sanguessuga se não
fosse por sua pele pálida e as presas espreitando em seus lábios.
Os olhos dela quando olhou para ele estavam brilhando azuis.
— Irá me dar um pouco do seu sangue?
— Não. Estou fora dos limites.
Seu olhar percorreu seu peito e ela lambeu os lábios. Ele pegou o
movimento quando ela pareceu tremer, mas se virou e caminhou ao
redor da mesa, colocando-a entre eles. Seu queixo caiu no peito e
seus cabelos molhados caíram para a frente. — Dentro de uma
questão de horas, perderei a cabeça, Edward. Provavelmente em
menos tempo. Acho que mencionei que não me alimentei quando
deveria tê-lo feito. Não preciso fazê-lo todas as noites, mas não
posso ficar mais de três dias sem que isso se torne perigoso.
Precisava me alimentar na noite passada.
— Por que ficou tanto tempo sem sangue?
— Não consegui me alimentar na noite em que saímos de casa. Foi
uma coisa de desperte-e-aqui-está-sua-ordem. Arrume tudo e vá.
Teria encontrado alguém no aeroporto, mas a segurança tem
câmeras em todos os lugares. Os banheiros estavam lotados
quando tentei encontrar alguém sozinho em uma cabine. Odeio
essas malditas portas de xixi. Por que eles têm um fosso de
centímetros?

— De qualquer forma, achei que me alimentaria quando


chegássemos em Atlanta. Não é grande coisa, sem uma refeição.
Mas então houve um problema com o motor do avião. Isso
significava que precisávamos dormir de um dia para o outro e
depois pegar um vôo na noite seguinte, então ficamos presas no ar
enquanto o sol estava alto. Era um hotel do aeroporto cheio de
idosos. Eles não eram realmente um grupo rápido, sabe? Houve
algum tipo de falha de energia onde duas casas de repouso estavam
localizadas e os levaram para o hotel. A recepcionista tinha uma
pulseira médica e a única outra pessoa trabalhando quando fizemos
o check-in era um funcionário. Ele estava todo cheio de hematomas
e com muletas. Parece que esteve em um acidente de carro alguns
dias antes. Quem porra se alimenta de alguém nestas condições?
Eu não.
— Os banheiros estavam cheios novamente quando voltamos para
o aeroporto, então achei que poderia me alimentar quando
aterrissássemos. Exceto que Marco enviou Pedro, seu segundo,
para nos pegar. O idiota estava esperando para nos levar ao
restaurante. Recebemos nossas ordens para começar o trabalho,
então deixamos nossas malas no hotel e boom, encontrei você.
Ele riu, divertido.
Sua cabeça se levantou. — Você acha isso engraçado?
— É um pouco.
— Foda-se. Eu ia encontrar alguém para morder depois de
trabalhar ontem à noite.
— Poderia ter tentado ir para a garganta de Jessica.
— Eu não mordo crianças. Nenhuma criança, para esse assunto.
Gargantas também não. Mordo nos braços dos meus doadores.
Somente a Bella que ele conheceu, evitaria morder humanos
porque sentia simpatia em relação por eles. Agora estava
realmente curioso. — Por quê?
— Porque não sou uma idiota doente que gosta de crianças!

— Eu quis dizer, por que afundar suas presas no braço de alguém?


— Alguns humanos ficam excitados quando há uma boca em suas
gargantas. Ficam em transe, com pensamentos felizes que se
transformam em sexo e sempre tentam me tocar quando os mordo
ali. Isso não acontece se eu afundar minhas presas em seus pulsos.
— Você nunca fode com seus doadores? — Esse pensamento não o
divertiu.
Ela enrugou o nariz para ele. — Não.
— Por que não?
— Porque eu acredito no livre arbítrio e não me aproveitando de
alguém quando estão sendo controlados por mim. Sempre procuro
os sem-teto. Eles precisam do dinheiro e eu tento encontrar
aqueles que já estão vivendo em uma realidade alterada, já que é
um risco de alguém ser imune ao controle da mente. Nunca quis
matar ninguém, Edward. Se escolher alguém que pensa que
alienígenas ou que as pessoas das sombras estão atrás deles, não
será importante se falarem sobre Vampiros também. Não são
vistos como uma ameaça.
Ele arqueou as sobrancelhas. — Não posso acreditar que você é
uma assassina do Conselho.
— Deixe-me reformular isso. Não quero matar alguém inocente.
Na maior parte, vou atrás de pícaros ou vampiros loucos que nos
colocam em risco de exposição. Esses são idiotas que merecem
morrer.
— E se eles não forem pícaros ou loucos? Ainda os mata?
— Eu não faria isso se soubesse que era errado. Isso apenas
aconteceu duas vezes. A primeira vez com uma família humana que
conseguiu matar um Vamp em autodefesa. Eles foram à polícia
sobre o ataque com suas lembranças intactas. Disseram que um
vampiro os raptou. O Conselho ordenou que fossem silenciados. Os
humanos não tiveram culpa, então manipulei suas lembranças e em
seguida, convenci um agente do FBI de que suas vidas estavam em
perigo por um serial killer. O agente colocou a família nesse
programa de proteção a de testemunhas. Achei que com novas
identidades, talvez o Conselho não as encontrasse. A segunda vez
foi na noite passada, com você.
Ele ficou atordoado. — Como porra você sobreviveu por tanto
tempo, Bella? Você é muito suave para ser um vampiro.
Ela cruzou os braços sobre o peito. — Eu matei aquele idiota ontem
à noite. Não sinto culpa por isso. Ele estava atrás de uma criança.
Matei muitos Vampiros e até mesmo Lycans assassinos ao longo
dos anos. Predadores humanos também. Estas foram aprovadas
pelo Conselho, por sinal. Adoram quando os humanos ficam loucos
e isso se torna notícia. Podem empurrar a culpa a estes psicopatas
quando um Vamp faz coisas ruins. Conheci alguns seres humanos
terríveis enquanto estava em missões e os impedi de machucar
alguém mais. Não hesito em matar gente má.
Ele começou a sentir sua raiva aumentando. Não por ela, mas pela
situação. Teria sido muito mais fácil se ela se tornasse uma
criatura sem coração. Em vez disso, sentia-se atraído por ela ainda
mais do que há trinta anos atrás.
Ela suspirou alto e colocou as mãos na mesa, olhando para ele. —
Você tirou o rastreador de mim. Sou uma Vamp morta andando. Foi
muito difícil expor minha garganta para você e enfrentar minha
morte, mas o fiz duas vezes. Morrerei de qualquer jeito. O que
está esperando, Edward? Disse que não pretende me alimentar. Já
viu como é a sede de sangue? Irei atacá-lo. Poderia até machucá-
lo. Ou pior, se ficar longe de você, irei atrás de qualquer um que
cruzar o meu caminho. Este seria um humano desamparado e
provavelmente, o mataria sem querer. Não conseguirei me
controlar.
— Irei prendê-la novamente.
A tristeza que ele viu piscando em seus olhos o fez sentir como um
bastardo.
— Tudo bem. — Ela saltou sobre a mesa e esticou as mãos sobre a
cabeça. — É melhor me amordaçar, se algum humano estiver perto.
Ouvi Vamps sendo torturados pela fome. Começarei a gritar
quando a dor se torna muito intensa. Não gostaria de viver de
qualquer maneira se acabasse matando um bom samaritano que
viesse em meu resgate. Ignore o que acontece com meu corpo
também. Quanto mais ansiosa ficar, mais confundirei a
necessidade de sangue com vontade de sexo. É a maneira da
natureza de ajudar as mulheres a atraírem os homens, para que
cheguem mais perto.
Ele sabia disso, mas ficou em silêncio, prendendo os pulsos
primeiro e depois os tornozelos. — Sinto muito, não tenho um lugar
mais confortável para colocá-la. A única cama neste lugar é uma
madeira barata que poderia quebrar com facilidade. Tenho que me
preparar, já que Jessica estará aqui dentro de uma hora. Vejo você
em breve.
Ele saiu do porão, mas deixou a luz acesa, recusando-se a deixá-la
no escuro. Fechou a porta e correu a escada para tomar banho.
Provavelmente era o mais rápido que já tomou e quando desligou o
chuveiro, ouviu bater em algum lugar abaixo.
— Dê-me alguns minutos. — Ele gritou, sabendo que Jessica o
ouviria.
A batida parou quando se secou e entrou no pequeno quarto que
usava. Vestiu um jeans preto, uma camiseta e suas botas. Olhou em
seu celular que mostrava seis ligações perdidas de Sam. Rosnou
irritado. Às vezes, os Alfas eram a perdição de sua existência.
Não era apenas Jessica de pé na porta dos fundos, ele destrancou
e a abriu. Sam e um de seus executores masculinos também
esperavam ali. Ele saiu, não os querendo em qualquer lugar perto
de Bella. Bloqueou a porta e se inclinou contra o marco. — O que?
Sam aproximou-se e estufou o peito. — Você não respondeu minhas
ligações.
— O celular estava desligado enquanto dormia e depois tomei
banho. Aconteceu alguma coisa?
O Alfa apertou os punhos de seu lado, uma demonstração de raiva.
— Sim. Quero saber o que você descobriu com o Vampiro que
capturou na noite passada. Deveria ter permitido que Jessica o
ajudasse a torturá-lo. Eu não deveria ter que esperar o dia todo
para ouvir os resultados.

— Eu trabalho sozinho, a menos que precise de isca. — Edward


odiava as piadas. Alguns Alfas apenas naturalmente não podiam
evitar tentar intimidar todos os que estavam ao seu redor, que
viam como uma ameaça física, mas não funcionava com ele.
— Afaste-se.
Edward balançou a cabeça. — Não. Este é o meu espaço privado
enquanto estou no seu território. Foi nosso acordo.
A expressão de Sam mostrava que ele não gostava de ser recusado
ou desafiado em sua autoridade, nem seus dois executores. Todos
os três protestaram. O grande bastardo no lado direito de Sam
deixou até mesmo aparecer um pouco e pelos.
Edward sorriu, divertido. Isso os irritaria mais, mas apenas estava
em sua cidade porque precisava de ajuda. Caso contrário, não
teriam chamado Lorde Eleazar. Ele não se importava se ofendesse
toda a matilha.
— O que descobriu com o Vampiro?
Ele segurou o olhar de Sam como se estivesse enPauliado. —
Descobri onde o ninho está se escondendo.
Sam retirou o telefone. —Chamarei o restante dos meus
executores.
— Não se preocupe com isso.
Um grunhido veio do Alfa e ele apertou o telefone que retirou do
bolso da frente o suficiente para que uma fenda pudesse ser vista.
— O que disse?
— Eles estão em um porão. Não ficariam lá, a menos que tivessem
uma maneira de escapar. Primeiro, precisará chegar a um contato
na cidade para uma planta de todo o esgoto e escoamento de água
ao redor do prédio. Então precisamos esperar até amanhã para ir
atrás deles.
— Poderemos caçá-los se fugirem.
Edward bufou. — Sou especialista em extinção de ninhos. Você
quer saber por quê? Fiz isso muitas vezes. Não é possível rastreá-
los através dos esgotos se essa for sua rota de fuga. Tudo o que
cheira é uma merda. Um vampiro experiente podia prender a
respiração, diminuir a velocidade do coração e ficar sob a água por
quase uma hora. Seus rastreadores passariam bem por eles. — Ele
balançou a cabeça. — Nós fazemos isso do meu jeito. Isso significa
ser inteligente. Descobrimos quais são suas opções, bloqueamos as
saídas para mantê-los presos e destruímos o ninho inteiro quando
estiverem em seu mais fraco. Na luz do dia. Espero que apenas o
Mestre tenha a capacidade de se mover uma vez que o sol apareça,
mas ele é o que mais queremos. Se sobreviver e refará o ninho.
Inferno, poderia ser irritar tanto com a perda que poderá
transformar os seres humanos em dezenas de soldados para
libertar sua bunda. Já vi isso acontecer antes.
— Aqueles bastardos mataram nossos filhos!
— Eu entendo, mas precisa manter sua matilha sob controle e
protegida. Valerá esperar apenas uma noite. Podemos matar todos
de uma vez sem erros ou lidar com as consequências se algum fugir.
Não quer ter certeza de que cada membro desse ninho pague?
— Devemos ir atrás deles agora. — O executor macho grunhiu.
Sam ergueu a mão, fazendo um gesto para silêncio. — Bem.
Faremos do seu jeito, Edward.
— Bom. Estarei com o celular ligado. Deixe-me saber quando tiver
a informação que precisamos e então formaremos um plano sobre
como prendê-los naquele porão de manhã.
O Alfa estreitou seu olhar, observando Edward. — Podemos voltar
para a casa da matilha agora e começar a planejar. Paul aqui pode
visitar nossa amiga humana que trabalha para o saneamento da
cidade. Ele nos trará os mapas e um modelo do prédio.
—Tenho uma ligação para fazer primeiro. Irei para a casa da
matilha assim que terminar.
Sam balançou a cabeça. — Agora.
— Vinte minutos. —Declarou Edward.

— Vamos no meu carro e você pode fazer a ligação no caminho.


— Eu tenho algo para fazer primeiro e não quero que ouça minha
conversa. — Edward deixou sua irritação clara na voz. — Não
recebo ordens de você. Tenho que atualizar Garrett e fazer um
relatório para Lorde Eleazar.
— Matou o vampiro?
Ele debateu sobre mentir, mas decidiu ir com a verdade. Não havia
nada que a matilha pudesse fazer sobre isso. — Ainda não. Tenho
mais perguntas para ela.
Sam rosnou, claramente infeliz.
Edward arqueou as sobrancelhas.
O tempo tenso durou um minuto antes de Sam se afastar. — Quero
essa maldita coisa morta.
Sua resposta irritou Edward. — Ela é um vampiro, não uma coisa.
Paul sorriu, olhando Edward de uma maneira que ele não gostava.
— O que?
— Você é um desses.
Sam olhou de volta para o executor. — Do que você está falando?
Edward também queria uma resposta.
— Ouvi falar sobre um grupo de executores em outra matilha que
pegou uma Vamp fêmea se alimentando seus vizinhos humanos. Eles
receberam a ordem de levá-la ao Alfa para que ele pudesse
arrancar sua cabeça. O problema era que ela lutava muito e
tiveram problemas para dominá-la. Eles a amordaçaram para evitar
que ela mordesse, mas enquanto a levavam, ela entrou no calor.
Parece que fizeram mais com ela do que apenas espancar e
amarrar. É por isso que não a matou? Gosta de bucetas Vamp?
Quanto mais machucá-las, mais excitadas elas ficam, mais querem
ser fodidas. Ouvi dizer que foi a buceta mais selvagem que já
tiveram.

Edward sentiu sua pele fria enquanto sua raiva fervia por dentro.
Ele não precisava olhar para seu braço para saber que seu corpo
estava um pouco cinza. — Não os excita. Isso os envia à sede de
sangue, seu idiota. O vampiro capturado provavelmente perdeu
tanto sangue que seu corpo estava faminto. Está me acusando de
ser o tipo que torturaria e depois estupraria uma mulher? O
estupro é exatamente o que seria tirar vantagem de uma mulher
perdida na sede de sangue. Deve responder com cuidado.
Paul empalideceu e afastou-se um passo.
— É melhor esperar que eu nunca descubra de qual matilha são
estes executores ou poderia caçá-los pelo que fizeram com esta
Vamp antes que morresse.
O olhar dele foi para Sam. — Obviamente, a inteligência não é um
requisito para ser um de seus executores. Tire-o da minha frente
antes que o machuque por insinuar que sou um cara doente.
Sam assentiu. — Eu o espero na casa da matilha em breve. —Ele
empurrou Paul para frente e Jessica o seguiu.
Edward girou, entrou na loja e bateu a porta. Rosnou, querendo
socar algo. Olhou para o punho, focado nele, até que sua pele voltou
ao tom de carne.
Seu temperamento finalmente desapareceu quando respirou
fundo. Saiu da loja, trancou a porta e se assegurou que nenhum
Lycans assumisse seu lugar. Saiu do beco e percorreu um
quarteirão para onde viu traficantes de drogas e prostitutas.
Aproximou de uma das mulheres e sorriu. — Quanto?
Ela sorriu de volta, revelando que faltavam alguns dentes. Crostas
cobriam seus braços e peito expostos. Ele sabia que era um
resultado de drogas. Ela cheirava a elas, como se estivesse saindo
de seus poros. — O que você quer?
— O que faz por duzentos dólares?
Seus olhos se arregalaram. — Isto é muito dinheiro.
— Sim. Não irei machucá-la. Eu prometo. Tenho um lugar ao virar
a esquina. Estive dormindo no porão e realmente queria uma
chupada. Você faz isso?
Ela se levantou. — Sim. Posso receber o dinheiro agora?
Ele olhou ao redor e pegou a carteira, tirando uma nota de cem. —
Isso por enquanto. O restante depois. — Ele se certificou de que
ela pudesse ver o bolo grosso de notas.
— Você conseguiu, querido. —Ela sorriu e bateu os cílios.
— Venha comigo.
Ela ficou bem ao lado dele quando voltou para a loja e destrancou
a porta. No momento em que ela entrou, se virou e tocou a frente
de seu jeans.
— A cama está lá embaixo. Gosto de me deitar. Meus joelhos são
ruins.
Medo cruzou seu rosto enquanto olhava para a loja em ruínas.
Ele pegou a carteira novamente e tirou mais uma nota de cem,
passando para ela. — Não machuco mulheres. Eu juro. Dez minutos
no máximo e você retornará ao lugar onde a encontrei. Nem mesmo
vou durar tanto tempo. Faz algum tempo.
Ela assentiu.
Ele liderou o caminho e ela o seguiu. Estavam a meio caminho pela
escada quando finalmente viu Bella presa na mesa. Ele girou,
agarrou-a e colocou a mão sobre a boca. Ela tentou gritar enquanto
a levava pelo resto da escada, com cuidado para não a machucar.
Bella o encarou chocada quando se aproximou.
— Tome o controle de sua mente, porra! Ela está aterrorizada. —
Ordenou ele.
O olhar brilhante de Bella deixou o dele para se concentrar na
mulher. — Olhe para mim. Está tudo bem. Relaxe. Você está bem.
Tudo bem.

A mulher parou de lutar e gentilmente a colocou de pé ao lado da


mesa de metal, afastando a mão de sua boca. — Você se alimenta
dela e deixa-a pensar que fez um boquete em um cara. Pode fazer
isso? Também limpe essa localização da sua mente, junto com você.
Não quero que ela volte aqui por conta própria procurando ganhar
mais dinheiro comigo.
Bella olhou para ele. — Você tem sorte dela ser suscetível ao
controle da mente.
— Ela é uma drogada. Nunca conheci um que tivesse a força de
vontade para resistir a Vampiros. Alimente-se, faça sua coisa e
então vou tirá-la daqui.
Bella assentiu e se concentrou na mulher. — Quero que você pense
em sua lembrança de infância favorita. Entendeu? Estará nesse
momento novamente. — Bella disse a ela. — Balance a cabeça se
estiver ali.
A mulher assentiu.
— Levante o braço e coloque-o na minha boca.
Edward recuou, observando. Bella fez com que a mulher ajustasse
o braço até que o pulso pressionasse contra seus lábios e depois
lambeu a pele, afundando as presas. A mulher nem sequer se
encolheu. Ficou parada, sorrindo como se um Vamp não estivesse
tomando seu sangue.
Bella parou e depois usou a língua, lambendo as duas marcas de
punção. Sentia-se fascinado, observando Bella implantar
lembranças. Uma das coisas que ela disse à mulher foi para
comprar comida imediatamente e comer.
Ela olhou para Edward então. — Agora. Ela sairá de seu transe
quando você lhe disser obrigado.
Edward pegou a mão da mulher, levando-a para cima e para fora da
loja. Ele a deixou na rua. — Obrigado.
A mulher parou de sorrir e apenas se afastou como se não
estivesse lá. Ele a observou entrar em uma loja de donuts na rua.
Ela nunca olhou para trás uma vez. Voltou para Bella. Ela estava
deitada com os olhos fechados.

— Melhor?
— Muito. Obrigada. — Os olhos se abriram e ela encarou seu rosto
com uma careta.
— O que?
— Você me alimentou. Por quê?
— Não quero vê-la sofrer. Isso foi o suficiente para durar alguns
dias?
— Sim. Não quis tomar muito. Ela era muito magra.
— Sinto muito. Era pegar uma prostituta ou um traficante de
drogas. O último não me seguiria voluntariamente aqui sem lutar,
pensando que planejava roubá-lo.
— Aposto que não tem problemas para convencer as mulheres. —
Ela corou. — Sinto muito. Estou saciada, mas meu corpo ainda está
um pouco, um, fora. Obrigada, Edward. De verdade.
— Por nada.
— Fico feliz que você não seja um cara doente.
Ele deixou suas palavras se afundarem. — Você ouviu minha
conversa com a matilha e o que aquele idiota disse.
— Sim. Tenho uma boa audição e a porta do porão não parece
grossa.
Ele se aproximou dela e se inclinou, não perto o suficiente para que
mordesse, mas então realmente podia olhar para os olhos dela. O
brilho desapareceu até um azul profundo. — Foi o que pensou? Que
esperaria você entrar em sede de sangue e depois a foderia?
— Não.
Ele acreditava nela. — Bom. Porque eu não faria isso. Preciso ir.
Irá se comportar, ficando quieta quando eu for embora ou devo
amordaçá-la? Prometa-me que não gritará tentando chamar a
atenção de algum humano para libertá-la.
— Eu prometo.

Ela ainda parecia sincera. — A confiança é conquistada, Bella. Não


foda com a minha. Não dou isso facilmente. Esta é a sua chance de
demonstrar que a garota que conheci, ainda está viva.
—Por que está me mantendo viva? O Alfa me quer morta. Eu o ouvi.
Ele levantou a mão e afastou o cabelo de seu rosto. Estava secando
lentamente. — Eu não respondo a ele.
— O que está fazendo, Edward? Estive pensando e você disse que
deixou o meu rastreador com as cinzas do Vamp. Acha que o
Conselho acreditará que os restos são meus?
— Espero. — Ele gostava do quão suave sua pele sentia enquanto
acariciava sua bochecha, seu polegar tocando o queixo. — Eles não
a procurarão se acharem que você já está morta. Preciso ir. Fique
quieta e tente descansar. Volto depois que ajudar a matilha a
destruir o ninho.
— Planeja me deixar ir? — Ela ficou tão surpresa quanto parecia.
— Não sei que porra farei ainda. —Ele a soltou e se endireitou. —
Com luz ou sem.
— Luz.
Ele virou-se e caminhou em direção a escada.
—Tenha cuidado e não se esqueça de que Kate estará caçando-o.
Ele assentiu e continuou. Trancou a porta no alto da escada e por
uma boa medida, arrastou um balcão pesado para bloqueá-lo. Sabia
que as restrições a manteriam no lugar, mas temia que alguém
entrasse e a encontrasse. Estava indefesa. Não gostava disso, mas
não podia confiar nela o suficiente para não fugir se a soltasse.
Pegou o telefone para ligar para Garrett, precisando atualizá-lo
sobre o que estava acontecendo com a matilha e o ninho.
Simplesmente não sabia o que dizer sobre Bella.

Capítulo 4

Bella ficou deitada na mesa desconfortável, tentando descobrir o


que Edward pensava. Ele a confundiu. Primeiro pensou em torturá-
la, talvez quisesse vê-la sofrer e implorar por morte... mas então
a alimentou. Arriscou muito levando um ser humano para ela.
Deveria saber o que poderia acontecer se não pudesse controlar a
mente dessa prostituta. Os seres humanos não podiam saber sobre
Vampiros. Ele teria que matar a mulher.
— Que porra? — Ela mordeu o lábio inferior, fechando os olhos.
Moveu seu corpo um pouco, tentando se sentir confortável. Era
impossível.
A maneira como a tocou foi tão bom, até mesmo com cuidado. E
quem eram Garrett e Lorde Eleazar? Ela queria perguntar a
Edward, mas ele parecia um pouco paranoico em dar detalhes
sobre as pessoas para quem trabalhava. Os Lycans também tinham
assassinos? Algum tipo de Conselho? Tinham reuniões de Alfas
como se fossem juízes, se as matilhas entrassem em uma disputa,
que poderia causar uma guerra, mas à medida que mais matilhas se
formaram, soube que os juízes perderam seu poder, que os Alfas
já não obedeciam suas diretrizes. Talvez a informação estivesse
errada. Era possível que usassem o termo Lorde em vez de juiz.
O ninho seria destruído por Edward e a matilha. Ela se perguntou
o que o Conselho faria uma vez que ouvissem a notícia. Perder ela
e Kate para os Lycans os chocaria. Duas assassinas altamente
treinadas podiam lidar com um executor da matilha. Poderia fazê-
los reconsiderar o envio de mais. Poderia esperar, afinal. Talvez
Edward entrasse em contato com o Conselho para que soubessem
o que realmente aconteceu com esse ninho para exterminá-los.
Uma ameaça aos VampLycans envolvidos definitivamente talvez
funcionasse. Era uma sugestão que ela abordaria quando
conversassem novamente.
Seus pensamentos voltaram para Kate e a tristeza veio com eles.
Edward provavelmente a encontraria em breve ou a seguiria
amanhã enquanto estivesse dormindo. Sua melhor amiga acordaria
para tentar se proteger, mas não teria chance contra o grande
homem. Ele era incrivelmente forte para um Lycan. Descobriu isso
quando lutou para libertar-se dele enquanto a levara do porão para
o banheiro. A lona dificultou muito, desde que a envolveu bem
apertado, mas ele poderia ter quebrado seus ossos com o braço
forte para segurá-la.
Ele era como um super Lycan, muito mais forte que um alfa. Ela
teve que lutar com um uma vez. Ele ficou louco depois de perder
sua companheira e filho em um acidente estranho. Um vínculo
forte geralmente matava o companheiro sobrevivente, mas ele
demorou, perdendo cada vez mais sua sanidade. Seu próprio povo
se aproximou de um ninho por ajudar desde que começou a abater
sua matilha. Alguém forte o suficiente para lutar com ele, já que
o desafiou e morreu como resultado. Esse ninho enviou um
assassino. Ela infelizmente foi a escolhida. Quase custou seu braço
esquerdo. Ele quase o arrancou com seus dentes afiados e
maxilares antes que pudesse derrubá-lo.
Ela não odiava Lycans. Esta matilha poderia ter tentado matá-la
depois que matou o Alfa. Ele a machucou o suficiente para que
fosse uma escolha fácil. Em vez disso, deram-lhe sangue, o que ela
tomou e ofereceram-se para protegê-la enquanto dormia depois
da luta. Também respeitou o fato deles poderem demonstrar
emoções. Não foi um evento feliz, ter seu Alfa morto por um Vamp.
A maioria deles chorou abertamente, mas precisava ser feito
devido a loucura. Isso os prejudicaria, caso fizessem, mas
pensaram no que era melhor para o restante da matilha. Ele não
estava mais preparado para liderá-los.
— Porra. — Ela suspirou.
Um barulho alto veio do andar de cima e ela ficou tensa. O teto
cintilou quando alguém caminhou acima dela e então veio o som de
algo pesado raspando pelo chão. A porta do porão se sacudiu, mas
se manteve.
Não por muito tempo. A madeira se quebrou e ela virou a cabeça,
observando quando um grande homem de cabelos escuros descia a
escada. Ela inalou.
— Olá, Lycan.

Ele rosnou baixo e caminhou até o lado da mesa, mantendo alguns


metros de distância entre eles. Seu olhar percorreu o corpo dela.
— Eu sabia que você seria uma bunda bonita.
Ela reconheceu sua voz. — Você é Paul.
Ele rosnou e deu um passo para trás. — Como sabe disso?
—Você não quer fazer isso. Edward não o deixou entrar aqui e
também não acho que ele goste de você. Fará com que pague por
entrar.
— Como se me importasse.
Seu coração bateu forte e rápido. Isso não era bom. Parecia que
estava prestes a morrer a menos que pudesse fazer algo. —
Trabalho para o Conselho dos Vampiros. Edward conseguiu os
nomes e locais de outros Vamps de mim. Aposto que seu Alfa
ordenou que me matasse, mas sou mais valiosa viva do que morta,
até responder todas as perguntas de Edward. Não sabia sobre as
crianças de sua matilha. Não pertenço a esse ninho. — Ela puxou
as restrições. — Não posso fazer nada. Viu? Não sou uma ameaça.
Ele levantou as mãos e soltou suas garras. —Você é uma maldita
Vamp. Não me importo com quem trabalha. Sua espécie precisa
morrer.
Merda. — Edward ficará irritado. Eu não gostaria de enfrentar
seu lado raivoso. Ele tem ordens para conseguir informações de
mim. Matar-me pode significar sua própria morte. Pense sobre
isso.
— Foda-se ele e Lorde Eleazar.
Ele pulou e Bella gritou enquanto suas garras rasgavam o tecido
fino cobrindo-a, cortando a coxa e o peito no processo. O cheiro
de seu sangue encheu o lugar.
Ele recuou, sorrindo. — Ferida? Aposto que isso a excita, não é,
sua cadela doente.
— Eu não quero fodê-lo. — Ela gritou. Gostaria de mata-lo e talvez
empurrar as garras em sua própria bunda. O sangue se juntava na
mesa, escorrendo por baixo dela. Ele deixou cortes sangrando em
sua pele. Também eram profundos.
Caminhou ao redor da mesa para o outro lado, sorrindo. — Aposto
que dói. Isso também acontecerá. — Ele pulou para ela novamente,
suas garras bateram. Ele atingiu os mesmos pontos do lado direito,
rasgando seu peito e o lado da coxa.
Ela gritou com a dor de ter sua carne aberta.
Ele recuou antes de atacar novamente. Nesse momento, ele bateu
o punho no rosto dela. Ela virou sua cabeça de lado e conseguiu
evitar que quebrasse seu nariz, mas não pode dizer o mesmo sobre
os ossos do rosto que recebeu o impacto. Agonia disparou por seu
rosto. Ele era forte e vicioso. Tinha que reconhecer.
Bella fechou os olhos e forçou seu corpo a ficar completamente
relaxado, abrandando os batimentos cardíacos e a respiração. Ele
cravou suas garras em suas costelas já feridas, cutucando seus
ossos. Doeu demais, mas ela permaneceu imóvel, sem fazer um som.
— Porra. Cadela fraca. Isso é tudo o que consegue? —Ele grunhiu.
Suas garras deixaram seu lado e ele começaram a cortar as roupas
dela, roçando sua pele, pois não parecia querer cortá-la. Rasgou
tudo até que ela ficou nua.
— Belo corpo. — Sua mão segurou um de seus seios. — Passarei um
bom tempo com você.
Desgraçado doente. Ela permaneceu imóvel, mantendo a pretensão
de estar inconsciente. Ouviu um zíper descer e então ele
empurrava suas coxas feridas. Era uma tortura, mas ignorou a dor.
Ele amaldiçoou quando tentou abrir suas pernas. Seus tornozelos
estavam presos, as pernas juntas e os braços acima dela Edward a
prendeu bem.
— Porra! — Ele saiu dela e uma de suas mãos agarrou seu tornozelo.
Puxou a algema, mas não se soltou.

Ela abriu um olho e espiou. Ele olhava para o chão, então


retrocedeu, chutando as pernas da mesa. Ela o sentiu por todo o
corpo. Demorou algumas vezes, mas ele conseguiu quebrar qualquer
coisa que estava na corrente presa a algema no tornozelo. Ele
começou a fazer o mesmo com a outra, até que a quebrou também.
— Sabe o que eu amo em cadelas como você? Posso fazer o que
quiser e você se transforma em cinza. Nenhuma evidência sobra.
Nada. — Ele soltou as correntes e depois agarrou suas
panturrilhas, abrindo suas pernas, enquanto subia na mesa e a
montava. — Não sinto o cheiro de Edward em você. O idiota não
viu seu potencial. Mas eu sim. Irei acordá-la e você saberá como é
ser fodida por um animal. E amará a forma brutal como será.
Quando ele se aproximou mais, soube que seu tempo acabou. O
bastardo estava quase entre suas coxas. Ele ajustou as pernas até
que se inclinou e soltou seu pau. Era a distração que precisava.
Bella abriu os olhos totalmente, deixou as presas saírem e
rapidamente empurrou uma perna para o peito. Empurrou o máximo
que pode.
Seu calcanhar atingiu o nariz. Doeu, mas sabia que sentiria mais
dor se não o fizesse.
Ele voou para trás, caindo brevemente sobre suas costas e bateu
com força na mesa.
Ela rolou, as correntes batendo e tropeçando, mas se levantou.
Ele amaldiçoou alto, rosnando enquanto se movia para o outro lado
da mesa. As correntes a mantinham presa, os pulsos ainda estavam
algemados. Um olhar para baixo assegurou-lhe que a mesa estava
presa ao chão em sua extremidade e as correntes estavam
conectadas às duas pernas. Ela chutou e quebrou as duas outras
para soltar seus tornozelos, mas não estava usando sapatos.
Quebraria os ossos antes de se libertar. Seu corpo se curaria, mas
não rápido o suficiente, com o sangramento que ele causou.
Ele se levantou, pelos cobrindo sua pele e rosto em uma mudança
parcial.
— Pensei que fosse feio na forma humana, mas agora é muito mais.

Ele tocou seu nariz sangrando. O sangue escorria pela boca e o


queixo, pingando na camisa. — Você o quebrou!
— Bom.
Ele saltou, pousou em seus pés para ficar sobre a mesa e olhou
para ela. — Isso foi eu, sendo legal. Agora não serei. — Ele saltou,
tentando chutá-la no rosto.
Ela caiu de joelhos, empurrando as correntes.
Ele pousou atrás dela e ela sibilou, sabendo que isso seria ruim. As
malditas correntes a prendiam e tinha apenas cinco centímetros
de espaço para se mover. Ela saltou, assim que ele bateu nas suas
costas, suas garras rasgando seus quadris, tentando colocá-la
sobre a mesa. Ele bateu os quadris na superfície implacável e
deixou cair seu peso sobre ela.
— Posição certa. —Ele grunhiu.
Ela jogou a cabeça para trás e fez contato com a mandíbula, já que
era muito mais alto do que ela. Ele tropeçou, suas garras rasgando
sua carne. Ela se contorceu e chutou onde seu pau estava exposto.
Ele rugiu, caindo de bunda.
— Que porra?
A voz de Edward a assustou e ela virou a cabeça para vê-lo no final
da escada. Raiva pura cobria seu rosto e então ele se moveu tão
rápido que quase não conseguiu vê-lo.
Ele não foi até ela, mas para Paul atrás dela.
Bella virou a cabeça quando ele atacou Paul, enviando-o para a
parede de tijolos. Ela observou enquanto usava suas garras para
fazer alguns cortes em seu estômago. Ele recuou e Paul apenas caiu
de bunda. Sangue escorrendo de suas feridas.
Edward virou a cabeça, seu olhar percorrendo-a de cima abaixo. —
Ele a estuprou?
Seu corpo inteiro tremia de alívio por sua chegada. — Você chegou
aqui a tempo.

Edward virou-se e se curvando, pegou o Lycan gemendo no chão e


o puxou para cima. Caminhou alguns metros e bateu o Lycan na
mesa de frente para ela e cravou suas garras no couro cabeludo
do homem. Foi a vez de Paul gritar. Bella realmente estremeceu ao
ver o sangue caindo na mesa pelo ataque brutal.
— Morda-o. — Ordenou Edward. Ele usou sua outra mão com garras
para rasgar a camisa e a pele do homem, expondo seu ombro e
parte de suas costas.
Ela ficou tão atordoada que se inclinou sobre Edward.
— Você está ferida e coberta pelo seu próprio sangue. Morda-o
antes que ele morra, porra. Precisa se curar.
Ela hesitou.
— Faça agora, Bella. Ele está morto de qualquer maneira.
Sentia-se tonta pela perda de sangue e adrenalina. Isso poderia
explicar por que Edward parecia ter uma palidez cinza na pele dele.
Ela se inclinou para frente e afundou suas presas na carne já
sangrando. Sabia que seu rosto ficaria coberto de sangue, mas
bebeu. Seus ferimentos formigavam enquanto ela tirava mais do
que o normal. Eles estavam se curando.
Os batimentos cardíacos de Paul diminuíram e ele tentou resistir
algumas vezes. Edward o segurava na frente dela. Tomou o sangue
que precisava e se afastou, tentou limpar o rosto, mas seus braços
não chegavam tão alto. As correntes os mantiveram caídas perto
de seu peito.
Edward soltou as costas e o couro cabeludo do homem, agarrou-o
pela cabeça e grunhiu. — Você não tem honra e é muito estúpido
para viver. Declaro-o como louco e deve morrer. — Ele torceu
forte, quebrando o pescoço do Lycan.
Bella observou enquanto Edward virava o corpo, inclinava-se um
pouco e retirava uma adaga de sua bota. Mergulhou a coisa no peito
de Paul e viciosamente torceu o cabo.

— Não acha que isso é excessivo?


Edward segurou seu olhar. — Vi alguns malditos Lycans em minha
vida. Quebrar o pescoço nem sempre os mata. Ele não poderá
reviver agora com o coração destruído. — Puxou a adaga livre,
limpou o sangue na camisa de Paul e depois empurrou-a de volta
para sua bota. Jogou o corpo em direção ao canto e se aproximou
dela.
Bella olhou para ele. Ele evitou seu olhar enquanto caminhava ao
redor dela e de repente se agachava. Suas mãos estavam sem
garras enquanto tocava suavemente os quadris e depois os lados
de suas coxas. O corpo dela respondeu a suas carícias quentes
enquanto seus mamilos ficavam duro de excitação. Isso a deixou
um pouco envergonhada, sabendo que ele apenas verificava suas
feridas.
— Não deixarão cicatrizares. Felizmente. Geralmente apenas
aconteceria se ele tivesse tirado pedaços de mim. Alimentar logo
depois de se machucar, também consegue fazer milagres. Ficarei
bem, Edward. Eu me curo rápido. Tomei muito sangue.
A ponta dos dedos de Edward roçaram seu estômago. — Ele morreu
muito rápido.
— Você terá problemas por matá-lo. Pode me culpar.
Ele bufou e endireitou em sua altura total. — Olhe para mim.
Ela o fez. Ainda parecia furioso, mas seus traços suavizaram
enquanto observava. — Este prédio é considerado meu território
enquanto estiver aqui. Ele invadiu. Não apenas admitirei que matei
aquele bastardo, mas entregarei seu corpo para o Alfa.
— O que eles farão com você?
— Não há nada que possam fazer. Mereceu sua morte. Ninguém
fode comigo.
— Eu tentei avisá-lo. — Admitiu ela. — Que você ficaria louco. —
Ela afastou o olhar dele para olhar o corpo caído no canto.

Ela estremeceu e olhou de volta para Edward. Ele alcançou seu


pulso e soltou ambas as restrições, depois as correntes ainda
presas aos tornozelos. Ela esfregou os pulsos, mas ficou imóvel.
— Você precisa de outro banho. Vá tomar um. Estou atrasado para
minha reunião com Sam. Ruim para ele. O sol está baixo o
suficiente para que não queime. Dois andares acima. — Ele
empurrou a cabeça para a escada.
Ela ainda hesitou.
— Vá. Cuidarei do corpo.
— Confia em mim para não fugir?
Ele estendeu a mão e segurou seu rosto, seu aperto quase suave.
— Sou um rastreador, amor. Viu-me com raiva, mas não realmente
irritado. Não fugirá. Acabei de salvar sua bunda e você sabe disso.
Seria uma maneira de merda para me agradecer.
— Por que você voltou?
— Deixei um segundo celular no andar de cima e deixei a linha
aberta para poder ouvir o que estava fazendo. Estava no meu
caminho para encontrar Sam quando eu ouvi este idiota entrar.
Cheguei aqui o mais rápido que pude. Por sorte, estava apenas há
alguns quarteirões desde que precisei parar para encher o tanque.
— Achou que esperaria que saísse e depois gritaria para chamar a
atenção de um humano. — Ela adivinhou.
— Mas você apenas gritou quando este idiota a machucou. — Ele
soltou seu rosto. — Tome um banho. Mantenha-se lá quando
terminar. Trarei algo mais para vestir.
Ele não estava mentindo para ela, pelo menos achava que não. Ela
se afastou dele e caminhou até a escada. Uma parte sua esperava
que a seguisse, mas quando olhou para trás, ele estava inclinado
sobre o corpo de Paul. Ela subiu a escada para uma loja. A porta
dos fundos estava fechada, mas mostrava os danos por ter sido
chutada.

Passar por esta porta significava liberdade. O sol estava baixo o


suficiente para que pudesse se mover nas sombras. Seu melhor
palpite seria que em cinco minutos, estaria completamente escuro.
Edward confiava nela. Isso significava algo.
Ela olhou ao redor e viu outro conjunto de escadas que levava a um
segundo andar.
Ficar era a coisa certa a fazer. Edward não a machucou. Ele a
protegeu.
O banheiro foi fácil de encontrar. Ela o fechou, mas não trancou a
porta e ligou o chuveiro, passando a mão sobre a carne recém
curada. Não incomodava mais, mas as marcas vermelhas de garras
permaneciam. Ainda assim, desapareceriam rapidamente.

---x---x---x---

— Idiota maldito. — Murmurou Edward, sem saber se falava com


o executor morto ou ele mesmo. Subiu a escada e pegou outra lona
dobrada, envolvendo o corpo ensanguentado. Precisava encontrar
as chaves do idiota, já que não poderia carregar o cadáver em sua
moto.
Sentiu-se doente ao imaginar o que poderia ter acontecido com
Bella se não tivesse chegado tão rápido. Ela era o Vampiro que não
era capaz de morder pessoas idosas em um hotel, porque sentia
compaixão pelos humanos. Deveria ter confiado nela para ficar
dentro da loja e não a acorrentado, deixando-a indefesa contra um
ataque.
Lição aprendida. Não aconteceria novamente.
Ele inclinou a cabeça, ouvindo. As tubulações rangiam. O antigo
edifício tinha muitos problemas, incluindo o encanamento. Ela não
fugiu, mas estava tomando banho. Ele pensou ter cinquenta por
cento de chance dela fugir quando a soltasse. Agora sabia. Bella
era inteligente. O Conselho iria atrás dela se soubessem que não
estava morta e as matilhas Lycan perseguiriam devido ao ninho que
assassinou seus filhos. Mas ela tinha uma amiga Vamp na cidade, a
quem poderia recorrer.
Ele levou o corpo até a loja e deixou-o em um balcão. A porta dos
fundos estava quebrada, graças ao idiota na lona. Levantou o
telefone e ligou. Garrett respondeu no segundo toque.
— Pensei que não iria ouvir sobre você novamente até destruir o
ninho após o amanhecer. Alguma coisa deu errado?
— Um dos executores de Sam decidiu invadir a loja onde estou
hospedado e vir atrás da minha Vamp. Ele está morto agora.
Garrett suspirou. — Sua Vamp? Ela ainda está viva?
Ele apertou os dentes e respirou fundo antes de explodir. — Sim
ela está. Bella não é como a maioria dos sanguessugas. Ela é boa,
Garrett.
— Merda. O que você está fazendo, Edward? Matou um Lycan ao
invés de um Vamp?
— Esse bastardo entrou aqui para machucá-la. Ela estava indefesa,
desde que a tinha acorrentada. Que tipo de idiota faz isso? Ele
tirou suas roupas, usou suas garras sobre ela e estava prestes a
estuprá-la quando apareci. Não espere que me desculpe por matar
este lixo!
Garrett tomou seu tempo para responder, passando-se alguns
segundos. — Eu teria feito o mesmo. Acho que tem sentimentos
por esta Vamp, já que parece tão enfurecido, verdade?
— O nome dela é Bella e não sei o que estou sentindo. Apenas sei
que ela não merecia aquele idiota estuprando-a. Também não sei
por que o Conselho a treinou para fazer seu trabalho sujo. São uns
idiotas. Passei um tempo com ela e está claro que é muito doce
para se encaixar com eles.
— Dizer que um Vampiro é doce me desconcerta.
— Ela é. Espere até conhecê-la. Verá o que quero dizer.
— Não quero conhecer sua Vampira. Inferno, nem quero saber
sobre ela. Tenho que contar essa merda a Eleazar. Sempre me faz
girar em alguma confusão que um guardião cria. Isso poderia se
tornar uma tempestade de merda. A matilha entrou em contato
conosco por ajuda, não para matar um dos seus executores.
— Ele mereceu.
— Concordo, mas ainda não ficará nada bem com o Alfa. Nunca fica.
Eles poderiam atacá-lo assim que descobrisse. Está pedindo
permissão para voar para fora de sua cidade e deixá-los lidar com
o ninho por conta própria?
— Não. Terminarei o trabalho. O ninho matou crianças Lycan.
— E quanto a Bella? Planeja soltá-la ou a levará com você quando
seguir para sua próxima tarefa?
Edward abriu a boca, sem saber o que dizer.
— Deixarei bem claro que você é responsável por suas ações se
permitir que ela viva. Tenha certeza de que vale a pena colocar sua
bunda na reta. Deixe a assassina livre e qualquer morte não recairá
sobre você. Ela fica do seu lado e estará sob nossas leis. Incluindo
punições.
— Entendi.
— Nós também teremos outro problema se a mantiver. Não pode
alimentá-la, Edward.
— Eu sei.
— Quer dizer. É muito perigoso.
— Eu sei. — Ele respondeu.
— Está pensando em fazer dela sua companheira?
Ele não tinha certeza de nada. Mas a ideia de mantê-la não soava
meio ruim.
Seu silêncio deve ter respondido por ele.
Garrett suspirou alto. — Foi estressante o suficiente quando
Eleazar trouxe Carmen aqui. Ela possui apenas traços parciais de
Vampiro. Ele a ama e ela o fez feliz. Todos merecem isso. Não há
nenhuma maneira no inferno de você trazer uma Vamp de sangue
puro para o clã, no entanto. Não fazemos milagres. Conhece a
maldita história que temos com os Vampiros. Alguns dos clãs irão
se rebelar.
— Eu não disse que queria levaria Bella para as falésias.
— Bom. Para ser claro, também não disse que não poderia mantê-
la com você, já que não mora aqui. Atualize-me se alguma coisa
acontecer.
— Sim.
Garrett terminou a ligação e Edward guardou o celular no bolso.
Estava um pouco atordoado. Garrett não ordenou que matasse
Bella novamente, apenas o responsabilizou por seus atos se a
mantivesse. A ameaça de recusar uma ordem de morte direta de
seu chefe estava fora da mesa. A tensão diminuiu dentro dele.
Ele não morava nos penhascos, quase não visitava a casa do clã, em
vez disso, mudava-se para o local de trabalho ou para qualquer local
onde fosse enviado. Poderia mantê-la. Essa era uma opção real
agora.
Isso mudava tudo.
Ele respeitava muito Garrett por lhe dar à luz verde para
prosseguir conforme desejasse. Lorde Eleazar aceitaria a decisão
de seu melhor amigo e conselheiro. Os dois eram tão próximos
como ele e seus próprios irmãos.
Foi ao andar de cima para pegar algo para Bella vestir. A água no
banheiro parou, enquanto olhava em sua mochila.
— Já vou. —Ele gritou para ela. — Apenas um minuto.

Capítulo 5

Bella usava outra camisa de manga comprida e uma cueca boxer


que Edward lhe deu. Ele a levou até o quarto. Era pequeno, as
rachaduras danificavam as paredes e a única coisa decente em
relação ao mobiliário era a cama queen-size. Os lençóis sobre ela
pareciam novos, apesar de bagunçados. Ele apontou para ela e
sentou-se. Agachou-se na frente dela.
— Aqui está o acordo. Preciso ir até a matilha e destruir o ninho
na primeira luz do dia. Permitiria que lidassem com essa situação
por conta própria, mas provaram que não posso confiar neles. As
crianças Lycan estarão em perigo se esse ninho permanecer vivo.
Eu me recuso a deixar que as crianças paguem por ter um Alfa
estúpido que não avalia melhor seus executores.
Ela assentiu.
— Não vou acorrenta-la novamente para deixá-la indefesa. Paul
talvez tenha amigos igualmente estúpidos que possam aparecer
aqui.
Estava surpresa por ele confiar nela.
— Acho que você ainda tem um coração, Bella. Seja o que for que
fizer a partir deste momento, minha bunda está na reta. Serei o
responsável. Se me foder, eu serei punido. Entendeu? Respondo
agora por você.
A boca dela abriu-se, mas fechou-a rapidamente. — Por que fez
isso?
— Talvez eu também seja estúpido. — Ele olhou para longe, mas
depois voltou para ela. — Estou disposto a correr o risco. Apenas
seja direta comigo. Vai fugir? Sair da loja quando estiver longe?
Ela balançou a cabeça. — Ficarei aqui.
— Não deve atrair ninguém também. Sem presas para você. Acabou
de se alimentar.
— Prometo. Não precisarei de sangue por dias.

Ele colocou as mãos em cada lado dela, mas manteve longe alguns
centímetros de seus quadris. — Tem permissão para se defender.
Qualquer Lycan que entrar, pode chutar suas bundas. Tente
mantê-los vivos. Mate apenas se precisar. — Ele hesitou. — Porra.
Não ferre comigo, Bella.
— Não o farei. — Ela olhou nos olhos dele. — Eu juro, Edward.
Quero que você destrua este ninho e evite que machuquem outras
crianças. Não se preocupe comigo. Estarei aqui mesmo quando você
voltar.
— Certo. Tenho que ir e encontrar o SUV daquele idiota para
transportar seu corpo. Desça a escada comigo e proteja a porta.
Não consigo trancá-la, já que está quebrada. Uma vez que sair com
o corpo dele, use algo para bloqueá-la contra um humano. Quero
que você cubra as janelas aqui enquanto estiver fora. Isso irá
mantê-la segura ao amanhecer. Há madeiras em um armário no
primeiro andar. O porão é mais seguro, mas está cheio de sangue.
Eu sei que você não fica bem com isso. Permanecerá aqui até
amanhã de manhã.
Ele se levantou e estendeu a mão. Ela colocou sua menor na dele e
a puxou para seus pés. Ele soltou e se virou, dando-lhe as costas.
Era um sinal de confiança.
Ela o seguiu pelo corredor curto e no primeiro andar, onde abriu a
porta dos fundos e entrou no beco. O sol se pôs e sentia-se com
força total graças à escuridão e ao sangue que tomou. Minutos se
passaram e então ela ouviu um motor. Um grande SUV branco
parou no beco e Edward saiu do banco do motorista. Entrou, acenou
com a cabeça para ela e então ergueu o corpo de Paul.
— Tranque assim que eu sair. Voltarei bem depois que o sol estiver
alto. Durma na cama, mas deixe espaço para mim. Estarei cansado.
Amanhã à noite, discutiremos o que fazemos a seguir.
— Tenha cuidado. — Ela sussurrou.
Ele encontrou seu olhar e sorriu. — Isto é o que eu faço... e sou
bom.
Ele saiu e ela foi até a porta, observando quando empurrou o corpo
para o banco de trás, prestando mais atenção à rua no final do
beco do que nela. Estava pronta para controlar todas as mentes
humanas se vissem alguma coisa. No entanto, ninguém apareceu.
Edward sentou-se no assento do motorista e saiu. Bella fechou a
porta e empurrou para bloquear.
Observou o marco da porta quebrada e achou que poderia fazer o
seu melhor para corrigi-lo se pudesse encontrar algumas
ferramentas. Não demorou muito para localizar o armário com a
madeira compensada. Uma pequena caixa de ferramentas estava
em uma prateleira. Lembranças de sua infância a atingiram, mas
ela as empurrou para trás. Não seria a primeira vez que consertava
uma porta. Seu pai e seus irmãos destruíam a casa com seus
temperamentos.
Uma hora depois, entrou no porão e começou a limpar todo o
sangue. Isso fez com que suas presas saíssem, mas a fome não
apareceu. A pior parte disso foi o cheiro químico forte de água
sanitária no espaço contido sem janela ou ventilador. Era bom ser
um Vamp, no entanto, enquanto respirava por alguns minutos de
cada vez, apenas puxava pequenas quantidades de ar quando seus
pulmões queimavam por isso.
Ela terminou, depois voltou para cima para esperar.

---x---x---x---

Edward bateu o que sobrou de Paul na mesa de Sam, espalhando


papéis. O Alfa e quatro de seus executores pareceram chocados
com a lona em forma de corpo.
— Paul decidiu invadir minha guarida para ir atrás de minha
prisioneira.
Sam olhou para ele e depois rosnou.
— Não. — Edward permitiu que sua pele descascasse parcialmente
no caso do estúpido bastardo tentar atacá-lo. — Este idiota a
cortou e a torturou. Entrei enquanto estava prestes a estuprá-la.
Você realmente quer morrer por uma merda que não merecia seu
título?
Sam deixou cair o olhar para lona. — Ele não teria feito isso.

— Eu trouxe o corpo como prova. Queria devolvê-lo. Seu pau ainda


está pendurado para fora. Não fechei sua calça e com certeza não
encontrará meu cheiro em sua virilha. Verifique suas garras,
também. Você sentirá o cheiro do sangue da Vamp. Eu a prendi em
uma mesa de metal com as pernas juntas e os braços acima da
cabeça. Ela não teve a chance de lutar contra ele.
Edward arrancou a camisa e jogou-a no Alfa. Sam pegou.
— Cheire o sangue. Esse é dela. Compare com o que está nele.
Minha prisioneira, na minha guarida e esse é o seu executor que
foi atrás dela.
Edward girou e caminhou até um armário marcado no canto, abriu-
o e encontrou uma camisa de seu tamanho. Todos os Lycans
mantinham roupas em seus escritórios, uma vez que, às vezes, a
raiva os fazia mudar. Ele a vestiu e voltou para a mesa. — Agora,
vamos brigar por um executor que você não podia controlar ou
vamos destruir este ninho que matou seus filhotes?
Sam levantou Paul e jogou-o no chão, desenrolou a lona e observou
o corpo. Ele finalmente se levantou, caminhou até a mesa e
começou a arrumar os papéis. Ele empurrou um para Edward. —
Você estava certo. Existem alguns túneis de esgoto naquele
edifício. Duas maneiras de escaparem. As tubulações de água
também foram atualizadas na década de setenta, mas não são
grandes o suficiente para que qualquer pessoa possa rastejar.
Edward relaxou e concentrou-se no trabalho em questão. —
Precisará duplas de Lycan nos esgotos para bloquear as aberturas
aqui e aqui. — Ele apontou para as plantas. — Não vejo tubos de
gás. Iria com armas automáticas. Acertem as cabeças quando eles
entrarem nos túneis e peguem suas cabeças depois de caírem. Não
sabemos quantos podem se mover no dia. Não estarão em plena
força, mas prefiro ter certeza de que seus Lycans não serão
dominados.
— As armas não são honradas. —Estremeceu Sam.
— Nem um ninho roubando crianças e torturando-as até o ponto
de insanidade induzida pela dor para levá-los a lutar um contra o
outro até a morte. Não seguiriam as regras se virem por nós. Sem
ofensa, mas o Mestre irá atravessar esses túneis quando
entrarmos pela porta do porão. Atire primeiro e arranque a cabeça
quando estiverem caídos. Eu seria o único a entrar no túnel se
houvesse apenas um. Mas há dois.
— São apenas sete Vamps. Tenho certeza de que podemos lidar
com eles sem armas.
Edward olhou para Sam e balançou a cabeça. — Você está
assumindo que o Mestre não transformou mais e que não manipulou
humanos armados para ajudar a defender seu ninho. Eles terão
armas. Não posso dizer quantas vezes fiz essa merda. Eu sei o que
estou fazendo. Seus Lycans devem se armar, Sam. Isso não é uma
discussão. Tenho certeza de que são excelentes lutadores, mas
não serão se forem atingidos pelos seres humanos antes que os
Vampiros apareçam.
Sam empalideceu.
— Já estive ali, vi isso acontecer. Este idiota terá guardas durante
o dia e estarão armados. Estamos entrando enquanto tentam
dormir. Você quer que seus Lycans fiquem cheios de buracos ou
que possam se defender quando os Vamps se aproximem desses
túneis depois de enviar os humanos primeiro? — Edward arqueou
uma sobrancelha.
— Porra. — Sam virou-se para um executor loiro. — Dê armas para
nossos homens. — Ele enfrentou Edward. — Fará muito barulho se
houver um tiroteio. Os seres humanos serão alertados.
— É por isso que tiraremos todos os humanos no restaurante acima
e explodiremos o porão quando terminarmos. Sairemos pelos
túneis de esgoto. Tenha veículos esperando aqui. —Ele apontou
para o mapa dos túneis. —Os policiais chegarão onde o tiroteio
acontecer. Teremos muito tempo.
— Explodir? Não temos explosivos.
Edward sorriu. — Eu tenho. Este não é o meu primeiro ninho, como
já disse muitas vezes antes.
— Como tiraremos os humanos?

— Vamos nos vestir antes de entrar no restaurante como


funcionários da empresa de gás local. Alguém relatou um
vazamento de gás e precisam sair do prédio rapidamente. Pegamos
forte nesse ponto. Já paguei alguém para roubar os uniformes e
duas vans.
— Quem? — Sam franziu a testa. — Confia em um ser humano para
não nos entregar.
Edward sorriu de novo. — É Graves.
Sam empalideceu. — O Graves?
— Existe mais de um?
— Quem porra é Graves? — Jessica perguntou.
Sam mudou de posição, mas manteve-se calado.
Edward não hesitou. — Ele é o único que as matilhas normalmente
chamam quando alguém precisa morrer e por qualquer motivo, o
alfa não pode fazê-lo. Sua contagem de corpos é tão alta, que ele
ganhou o nome. Também é um amigo. Liguei pedindo um favor já
que ele está com tudo pronto.
— Você trouxe um assassino para o meu território sem a minha
permissão? — Sam olhou.
— Você nunca está feliz, verdade? Reclamou porque eu não era um
jogador de equipe. Entro e uso um parceiro, mas aqui está você,
fazendo isso de novo.
— Queria que você trabalhasse com minha matilha.
Edward apontou a cabeça para o corpo no chão. — Sim. Porque você
tem seus executores totalmente sob seu controle. — Ele bufou. —
Confiei em Paul para ser inteligente o suficiente para ficar longe
de minha prisioneira. Ele não foi. Ela trabalha para o maldito
Conselho de Vampiros. Sabe algo sobre o funcionamento do
Conselho, Sam?
O Alfa balançou a cabeça.

— Ela sim. Paul tentou matar nossa melhor fonte de informação.


Conversei com Garrett. — Ele olhou para os outros executores. —
Ele irá relatar o que aconteceu a Lorde Eleazar.
Sam parecia visivelmente doente.
— Estamos na mesma página agora? A prisioneira vampira na minha
guarida está fora dos limites para sua maldita matilha. Ela não faz
parte do ninho que levou seus filhotes. Lorde Eleazar está muito
interessado em saber mais sobre o Conselho Vampiro. Fui claro?
— Sim. — Sam ainda não parecia feliz.
Edward não se importava como poderia impedir que outra pessoa
fosse atrás de Bella. —Certifique-se de que sua matilha esteja
ciente disso, Sam. Seus executores devem seguir suas ordens.
Caso contrário, podem se juntar a Paul.
Sam rosnou baixo. — Voltemos ao planejamento do ataque.
Edward estava pronto para deixá-lo ir. Verificou as armas que
tinham, ligou para Graves para verificar se tudo estava em ordem
e então aproveitou o tempo para comer.
Sua mente continuava retornando para Bella. Ele esperava que ela
não fugisse. Não havia nenhuma garantia de que não fugiria para
sua amiga, já que ele não matou a outra assassina. A matilha estava
em bloqueio, o que significava que não estavam lá, caçando Vamps.
Kate não teria nenhum alvo para matar.
E se a assassina Vampiro fosse como Bella? Ele acreditava que não
escolheu trabalhar para o Conselho. Poderia ser uma mentira, mas
se tornou um bom juiz de caráter em sua idade. Suspirou e fez
outra ligação quando ele estava sozinho.
—Se não é meu irmão da mesma mãe.
Ele riu da versão de Emmett de Olá. — Preciso de um conselho.

— Merda. Em que tipo de confusão você está agora? O Alfa tentou


comparar paus e você perdeu? Acho que poderia mostrar o meu
para salvar a honra de nossa família.
— Foda-se você. — Ele riu embora. Emmett definitivamente
confirmava porque ganhou este apelido. Seu humor desapareceu.
— Eu capturei um Vamp.
— Certo. E é como dizer que é segunda-feira.
— É uma que conhecia quando era humana e coisa é ... — Ele olhou
ao redor para se certificar de que ninguém estivesse ao alcance
do ouvido. — Ela manteve sua humanidade.
— Isso não parece ser bom. Você tem ordens para matá-la? Eu já
vejo o problema. Teria dificuldade com isso, se fosse uma pessoa
que já conheci e fosse decente. Que tipo de crime cometeu?
— Não é assim. Quer dizer, o Alfa ordenou que a matasse, mas
você sabe como isso acontece. Ele acredita que todos os Vampiros
estão em melhores mortos.
— Quem se importa com o que ele quer? Ele não é nosso chefe. O
que Garrett disse?
— Não posso levá-la aos penhascos e sou responsável por suas
ações. Deixou claro que não pediria que a matasse.
Emm não disse nada.
— Você está aí?
— Hum, sim. Você está fodendo com ela, não é? Em que porra está
pensando? Quer dizer, elas não são frágeis como um ser humano,
mas ainda tem que ser muito cuidadoso com uma na cama. Elas
mordem, mano. Isso é uma grande merda. O que você faz?
Amordaça? Pega-a por trás para não ter suas presas por perto?
— Eu não dormi com ela.
— Eu ouço um ainda aí.
Ele não podia negar que queria Bella. — Você namorou uma Vamp
uma vez.
— Por uma semana e ela continuou tentando me morder. Foi por
isso que não durou. O sexo era bom, mas é como surfar sobre um
deslizamento de terra. É apenas uma questão de tempo antes de
se transformar em desastre e você acabará enterrando sua
própria bunda. Quer meu conselho? Foda-a até que ela saia do seu
sistema e depois vá embora.
Ele fechou os olhos e suspirou.
— Ela precisa se alimentar e você não pode ser a refeição. —A voz
de Emm abaixou, a simpatia entrando. — Essa é a única lei que
nunca podemos romper. Há muito em risco.
— Eu sei.
—Está condenado. Pense nisso. O que acontecerá se você for muito
possessivo com ela ou o pior, se apaixonar? Como se sentirá,
observando-a se alimentar dos outros? Isso o deixaria louco. É
contra a lei darmos nosso sangue a Vamps. Estará assinando sua
sentença de morte e você mesmo fará sua cama, Edward. Importa-
se com ela? Vá embora.
— É muito complicado.
— Como se sente sobre essa Vampiro?
Ele suspirou. — Altamente atraído, sempre fui e ainda sou.
— Então fuja, mano. Para o bem dela e para o seu. Às vezes, cuidar
é dizer adeus. Este é um excelente exemplo.
— O Conselho Vampiro irá atrás dela. Inferno, segundo ela, todos
estarão. Vou embora e ela ficará sozinha. Não durará muito. Eles
irão matá-la.
— Isso é complicado. —Ele fez uma pausa. — Eu tenho alguns dias
livres. Vou até você.
— Não há necessidade.

— Sou seu irmão. Você ligou. Não faria isso a menos que estivesse
pensando em fazer algo estúpido. Vamos nos sentar juntos, tomar
algumas cervejas e conversar a respeito. Agora estou arrumando
uma mochila e irei pelo ar. Devo chegar de manhã. Eu sei onde você
está ficando.
— Bella está na loja na qual estou. Não a assuste.
— Não machucarei sua Vampira.
— Bella.
— Porra. Você está caído, verdade?
— Estava e ela não mudou, além da coisa de Vampira.
— É uma grande merda, irmão.
—Vejo você pela manhã, Emm. Estarei lá depois que o sol sair. Ah
e hum, ela pode se mover pelo amanhecer. Cuidado. Não a assuste.
— Qual a idade dela? Não sabia que gostava de coroas.
Ele riu. — Longa história. Conto amanhã.
— Eu o vejo em breve.
Edward terminou a ligação e suspirou, levantando-se e retornando
ao escritório da matilha. Os Lycans estavam ansiosos demais para
dormir. Ele sabia que estariam.

Capítulo 6

Bella ouviu uma batida na porta por volta das cinco da manhã. Ela
franziu a testa, pegando um martelo.
— Olá? Bella? Não ataque. Estou entrando.
— Consertei essa porta. Não a quebre. Quem é você?
— Edward me enviou. Sou seu irmão.
Curiosidade imediatamente tirou o melhor dela e destrancou a
porta, abrindo-a. Não havia dúvida de que o grande homem que
estava no beco estava relacionado com Edward. Eles tinham os
mesmos traços bonitos, cabelo preto e tamanho corporal. Ela
recuou rapidamente, mantendo distância.
Ele entrou, fechou a porta atrás e sorriu.
— Porra, você é pequena. Não é de admirar que meu irmão seja
excessivamente protetor. — Ele colocou uma mochila no chão e
cruzou os braços sobre uma camiseta esticada em seu amplo peito.
— Sou Emm.
Ela olhou um pouco para ele, perplexa com o nome.
— Emmett, mas gosto mais que me chamem de Emm.
Ela balançou a cabeça. — Edward está bem?
— Estava bem quando conversei com ele.
— Ele enviou você aqui para me manter a salvo, caso outro executor
tente me atacar?

— Certo. Ficaremos com isso.


Ela franziu a testa.
— Ele não disse muito. Fale-me sobre o executor.
Ela contou o que aconteceu com Paul. A raiva apareceu no rosto de
Emmett enquanto falava, fazendo-o parecer muito mais com
Edward. Ele fez um ruído baixo quando terminou.
— Isso explica o boqueio na porta. Fico feliz que meu irmão tenha
matado o bastardo. Também faria o mesmo. Aponte-me o porão e
limparei o sangue. Odeio deixar as provas para trás.
— Eu já fiz isso. —Admitiu ela.
— Você é útil. Então, qual a sua história? Como se tornou Vamp?
— Eu sequestrada em um estacionamento. O Conselho Vampiro
decidiu eliminar o ninho responsável e me mantiveram viva desde
que era recém transformada. Tinha acabado de me transformar
quando invadiram. O Conselho achou que ainda não tinha sido
totalmente fodida pelo Mestre.
— Fodida?
— Digamos que Cain era um Mestre de merda que liderava um ninho
perigoso. Gostava de enviar Vampiros machos encontrar mulheres
para adicionar ao seu harém. Mas chamou demais a atenção dos
humanos, já que não se importava com o como fazer. Seus homens
não perguntavam exatamente se as mulheres eram casadas, tinham
filhos ou famílias. Agarravam qualquer pessoa que pensassem que
Caim gostaria, independentemente das consequências com seus
entes queridos, que prestavam queixas como desaparecidas e
levando aos meios de comunicação locais para que as mulheres
fossem encontradas. O Conselho eliminou o ninho.
— Edward disse algo sobre você trabalhar para o Conselho. O que
faz?
Ela se aproximou de um balcão e saltou, sentando-se. — Sou uma
assassina.
Ele riu forte, obviamente pensando que estava brincando.

— Estou falando sério.


Ele sorriu. — Claro que está pequena
—Realmente sou uma assassina para o Conselho. Pelo menos, eu era.
Agora, espero que pensem que estou morta, desde que seu irmão
tirou o rastreador do meu corpo e o deixou com um vampiro que
matei.
Ele se moveu para outro balcão e se inclinou contra, cruzando os
braços novamente. Seus olhos azuis brilhavam com alguma emoção
que não conseguiu identificar, mas ele parou de sorrir. —Você atrai
os homens para fodê-los e matá-los quando estão com a guarda
baixa?
— Nunca.
Ele retumbou novamente, um grunhido baixo vindo de seu peito. —
Essa é a única maneira que alguém de seu tamanho seria capaz de
matar, a menos que eles a enviassem atrás de humanos.
— Sou muito mais forte e mais rápida do que você pode imaginar,
Emm.
— Quantos anos você tem?
— Pouco menos de três décadas nos anos Vamp.
— Besteira. Meu irmão disse que você pode se mover enquanto o
sol está alto. Isso significa que você é muito velha.
—O Conselho nos alimenta com seu sangue para eliminar algumas
fraquezas e aumentar a nossa força. Seríamos péssimos assassinos
de outra forma. Os iniciantes são muito fáceis de matar e os
outros estariam em risco durante o dia. Qualquer Vamp poderia
contratar um humano para nos matar enquanto dormimos.
— Inacreditável.
— É a verdade.
— Por que está mentindo para mim e a meu irmão sobre sua idade?
Ela encolheu os ombros. — Não estou. Edward sabe. Ele me
conheceu em mil novecentos e oitenta e nove antes de me
transformar em Vamp. Trabalhamos juntos em um clube de dança.
— Clube de dança? — Ele franziu a testa. — O líder do culto que
Edward matou.
— Acho que sim.
Ele fez uma careta.
— O que? Você está bem?
— Estou bem. Você é aquela Bella? Merda.
— Ele falou de mim para você?
— Sim. Trabalhamos juntos uma semana depois que ele matou
aquele mestre de culto e ficou bêbado. Não se parecia com ele.
Perguntei o que estava errado e me contou sobre a Bella. Você o
convidou para um encontro, mas ele teve que recusar, pois
relacionamentos não são algo que fazemos em nossa linha de
trabalho. Então você abandonou o trabalho. Porra, ele sentiu-se
culpado por ter ferido seus sentimentos.
— Eu não desisti. Fui levada para um ninho na mesma noite.
— Ele não sabia. Caso contrário, a teria buscado. Acreditou ser ele
a razão pela qual abandonou o clube, para evitá-lo e não sabia que
estava deixando a cidade de qualquer maneira desde que o
trabalho acabou.
As perguntas flutuavam em sua cabeça, mas não se atreveu a
perguntar para quem trabalhavam. Poderia ter a mesma reação que
Edward teve, suspeitando que ela fosse algum tipo de espião ou
algo assim. — Ele disse que era ele, não eu.
—Essa é a verdade. Nós passamos de um trabalho para o outro. Às
vezes estamos em um lugar por uma noite, para... inferno. Podem
ser semanas, meses ou mesmo anos. Depende de nossas
preferências. Gosto de tarefas de curto prazo. Edward é mais
paciente. Ele fica escondido por meses, às vezes, no mesmo lugar.
Nosso irmão mais novo provavelmente nunca mudará de local, já
que ele está protegendo a matilha de sua companheira. Jasper é
seu guardião. Estamos falando de décadas no mesmo trabalho.
— Guardião?
Ele inclinou a cabeça. — Você não sabe o que é um guardião para
uma matilha Lycan?
— Assumo que é uma posição como um executor. Não consigo
acompanhar os títulos das matilhas de Lycan ou sua hierarquia. Sei
que eles têm um Alfa, um grupo de anciões e conheci um
conselheiro uma vez. — Ela encolheu de ombros novamente.
Ele jogou a cabeça para trás e riu. — Você acha que Edward e eu
somos Lycans, não é?
Ela cheirou o ar. — Você cheira como um. — Ela estava confusa. —
Você é mestiço?
— Ah, sim. — Ele sorriu.
Ela pensou sobre a força de Edward. — Isso é incrível.
— O que é?
— Seu irmão é muito forte para ser meio humano.
Agora começou a gargalhar. — Porra, isso não tem preço!
Bella franziu a testa. — O que estou perdendo?
Ele afastou do balcão e piscou. —Estou tão feliz por estar aqui.
Não posso esperar para ver quando você descobrir.
— Do que você está falando?
—Nada. Há outro quarto?
— Não. Há apenas um. — Ela apontou para cima. — É onde seu irmão
me disse para ficar.
— Estou bem com o chão. Encontrarei um lugar quando estiver
pronto para dormir. Não seria a primeira vez. Pelo menos este
lugar tem um telhado. Preciso comer. Voltarei antes que o sol
nasça. Ficará bem sozinha por vinte minutos?
— Sim.
— Feche depois que sair. Vai me ouvir quando voltar. — Ele saiu
então. Ela o ouviu rir e isso fez com que ela se perguntasse o que
achava tão engraçado.
Ele voltou com comida fast food, pegou sua mochila e subiu a
escada. Ela o seguiu. Ele se esticou no corredor para comer o
hambúrguer e as batatas fritas.
— O sol está ficando mais alto. Notei que você cobriu as janelas.
Vá em frente e durma. Nada passará por mim, apenas Edward,
quando ele chegar. Está segura.
— Obrigada. Posso ficar, embora. Fico um pouco mais fraca após o
amanhecer, mas não me coloca em coma. —Ela se inclinou contra a
parede. — O que foi tão engraçado antes?
— Faça ao meu irmão suas perguntas, pequena Bella.
— Você é meio humano?
Ele sorriu.
— Não vai me responder, verdade?
— Não. —Ele terminou seu hambúrguer e usou a mochila como um
travesseiro, deitando-se no chão. — Vá descansar. Eu sei que
Edward iria eliminar o ninho está manhã. — Ele tirou o celular,
tocando na tela. — Vou ler até que ele volte.
— O que está lendo? —Ela estava curiosa. Ele não parecia ser o
tipo de livros.
— Uma merda sobre o fim do mundo. Isso sempre me diverte, ler
sobre o apocalipse zumbis e como os humanos pensam que poderiam
morrer.
— Você é um homem estranho, Emm.

Ela entrou no quarto e deitou-se na cama. O cheiro de Edward


tocou seu nariz. O sol começou a subir e seu corpo relaxou. Ela
fechou os olhos para deixar o sono vir. Era possível que Emmett a
machucasse, mas confiava em Edward. Ele enviou seu irmão para
protegê-la da matilha. Ele a teria matado se a quisesse morta. Ela
lhe deu muitas chances.
Ela dormiu, até que alguém lhe tocou o ombro.
Seu corpo ficou tenso e ela virou-se rápida, pronta para se
defender. O instinto manteve suas mãos firmes, preparada para
lutar.
Emmett saltou, sorrindo amplamente.
— Sinto muito. Apenas verificando se você realmente poderia
acordar. Volte a dormir.
— Esqueça Emm... você deve ser chamado de idiota.
Ele riu novamente, saindo do quarto. — Já ouvi isso antes. Boa
noite, pequena pilha.
Ela se recostou, fechou os olhos e deixou o sono tomá-la antes que
suas preocupações sobre Edward se apoderasse.

---x---x---x---

Edward fez um gesto para que os Lycans ficassem atrás dele. O


uniforme da empresa de gás que Graves conseguiu para ele e a
equipe não se encaixavam bem. O prédio foi evacuado e as equipes
que cobriam os túneis de fuga não relataram nenhum problema.
Nem ele ouviu nenhum tiro. O porão estava escondido, mas o
localizou rapidamente, segurando uma arma enquanto subia na
frente pela escada.
Era uma sala de armazenamento cheia de coisas do restaurante.
Outra porta levava mais dentro do porão. Aquela estava trancada.
Ele levantou uma perna, chutando-a.
Cinco vampiros dormiam no chão. Nenhum deles se moveu. Ele
entrou com Sam nos calcanhares.

— Merda.
— O que? —Sam aproximou-se. — Isso foi melhor do que
planejamos.
— O Mestre não está aqui.
— Como você sabe?
— Vê algum desses bastardos se mexendo? Atacando-nos? O filho
da puta deixou seu ninho aqui sem defesa, também. Sem guardas
humanos. Deveriam ter sete deles e não cinco.
— Vamos matá-los —Gritou um dos executores.
— Espere. — Edward pegou o celular.
Sam olhou para ele. — Eles mataram nossos filhos!
— Eu não disse que não pode matar os bastardos. Apenas quero
tirar fotos deles e mostrar seus rostos para a assassina do
Conselho Vampiro. Saber se ela os conhece. Será capaz de me
dizer se são parte do ninho original ou apenas recém-
transformados que o Mestre deixou aqui para encontrarmos. —
Edward permitiu que sua irritação aparecesse. — Foi fácil demais.
Ele ignorou os grunhidos dos Lycans irritados e tirou fotos de cada
rosto dormindo. — Feito. Vá em frente. Pode se vingar.
Ele os deixou no quarto, procurando a área de armazenamento por
qualquer outra porta ou espaços escondidos no qual um Vampiro
pudesse se esconder. Ele foi para o andar de cima para verificar o
restaurante. O Mestre e o último membro do ninho ainda estavam
desaparecidos.
Sam voltou para ele. — Exploda.
—Não há necessidade. Peça aos seus homens que varram as cinzas
e verifiquem as câmeras. Eu ia explodir o prédio porque esperava
um banho de sangue. Este é um trabalho de limpeza fácil.
—Os humanos que possuem esse restaurante ajudaram os
Vampiros. Explique-se!

Edward sentiu vontade de socar o idiota exigente. — Você quer


dizer os humanos que provavelmente foram controlados contra sua
vontade, porra? Esses humanos? Não vou explodir o lugar. Faça
com que seus executores limpem qualquer cinza, certifique-se de
que não tenha câmeras de segurança e se houver, leve-as,
juntamente com o equipamento de gravação. Estou saindo daqui.
Ele caminhou em direção à porta.
— Vou explodir este lugar. —Gritou Sam.
Edward balançou a cabeça. — Você ainda tem um Mestre e pelo
menos um membro do ninho em sua cidade. Faça isso e vou embora.
Um incêndio poderia se espalhar para outros edifícios,
prejudicando inocentes. Pare de ser um imbecil. Já matou cinco
vampiros hoje. Não há motivos para destruir o lugar onde eles
dormiam.
Ele saiu e sentou-se no banco do motorista de uma das vans. Os
Lycans poderiam usar a segunda. Ele foi embora.
Devolveu a van a um estacionamento isolado e viu um rosto familiar.
Graves se aproximou, o Lycan parecia sombrio. —Isso foi rápido.
Eles mudaram de local?
—O Mestre não estava lá. Provavelmente está com seu segundo em
comando. Apenas espero que não tenha transformado cinco
humanos e os deixado lá com a esperança de enganar a matilha,
pensando que são os responsáveis pelas mortes de seus filhotes.
Então novamente, o Alfa é um idiota. Duvido que ele daria uma
merda se fossem os culpados ou não. — Edward tirou o uniforme
que usava sobre suas roupas e jogou na van.
— Já ouvi falar sobre Sam. Impulsivo, não muito brilhante e o
controle de sua matilha não é o melhor. Tive que vir a esta área
três vezes antes de matar idiotas que pertenciam a ele. É uma
merda com seus executores.
— Obrigado pela ajuda.
Graves assentiu. — Precisa de mais alguma coisa?

— Pode se livrar dos explosivos na parte de trás da van e limpá-lo


para mim?
—Feito. Poderia permanecer por alguns dias se precisar de ajuda
para localizar esse Mestre. Normalmente, não costumo rastrear
otários sanguessuga, mas não seria a primeira vez.
— Um dos meus irmãos voou para cá está noite. Nós cuidaremos
disso, mas obrigado pela van e os uniformes. Ajudou a nos misturar
no trafego da cidade. De jeito nenhum entraríamos nesse
restaurante sem chamar muita atenção. O ardil funcionou.
— Tive que fazer muitos contatos na minha linha de trabalho. —
Graves encolheu os ombros. — Não é grande coisa. Estou sempre
disposto a ajudar os clãs. Ninguém quer que os humanos se tornem
suspeitos. Você me ajudou no passado.
— Ainda assim, obrigado. — Edward estendeu o braço.
Graves segurou-o e eles assentiram um para o outro. — Acho que
ficarei por um dia ou dois, apenas no caso. Ligue se precisar de
alguma coisa.
— Obrigado. Voltarei para a loja e dizer oi ao meu irmão.
—Cuidado com Sam. Não estava brincando sobre ser impulsivo.
Você nunca pareceu o tipo que lida bem com idiotas.
Glaciar riu. — Acho que temos isso em comum.
— Você tem isso. — Graves o soltou, caminhando em direção à van.
Edward foi até a moto e sentou-se. Odiava usar um capacete, mas
era lei humana no estado. Ele empurrou, ligou o motor e olhou ao
redor. A sensação de ser vigiado o atingiu de repente, mas o
descartou rapidamente. Provavelmente era Graves. Ele foi em
direção à loja.
Emm abriu a porta para o beco depois que Edward parou na
garagem. Abraçou seu irmão, feliz por vê-lo. — Você conseguiu.
Obrigado por ter vindo.

— Ela é realmente uma assassina para o Conselho Vampiro? Porque


tenho que te dizer, eu ri quando me contou.
— É verdade.
— Porra. Acho que eles conseguem pontos pela surpresa, quem
teria pensado, hein?
— Ela está dormindo?
— Sim. Por isso que vim falar com você. Ela pode realmente acordar
durante o dia. Tem certeza de que é tão jovem quanto afirma?
— Eu a conheci quando era humana. Ela disse que há um segundo
assassino na cidade também?
Emm franziu o cenho. — Não.
— É outra mulher, é a melhor amiga de Bella e parece que o
Conselho não aceita exatamente um fracasso quando dá a Vamps
ordens. Sou o alvo do Conselho.
— Você quer encontre a outra assassina e a mate?
— Não. Pretendo evitá-la a todo custo. Dessa forma, não preciso
explicar a Bella que não tive escolha senão matar sua amiga.
Emm inclinou a cabeça, estreitando os olhos. — E você se importa...
por quê?
— Bella sempre foi amável. Ela ainda é. A mudança não endureceu
seu coração.
— Você espera que não.
—Você passou algum tempo com ela. O que acha? Use seu instinto,
Emm.
Seu irmão suspirou. — Pensei que ela ser um assassino fosse uma
brincadeira. Parece suave. Como se talvez fosse uma por pouco
tempo e não viu nenhuma merda.
— Ela afirmou ter crescido com um contexto de violência
doméstica, mas queria ser uma pessoa melhor quando a conhecia.
Não acho que isso tenha mudado. Ela não é mais humana.
— O que posso fazer para ajudar enquanto estou aqui, irmão?
—Não confio em Sam. Um de seus executores já veio atrás dela.
Não mencionei antes. Não posso estar em dois lugares ao mesmo
tempo e estou aqui para acabar com esse ninho... Bella não está
incluída.
— Que porra fará com ela quando esta missão acabar?
Edward balançou a cabeça. — Porra, se eu sei.
— Você está em águas perigosas.
—Não merda. Ela não merece a morte. Você a conheceu, Emm.
— Também lembro que falou sobre uma Bella nesse trabalho de
líderes de culto há muito tempo. A mesma mulher, certo?
— Sim.
— Merda. — Emm suspirou. — Ainda tem sentimentos por ela.
Nunca é uma coisa boa e o fato de que ela é uma Vamp? Ideia ruim
e monumental para se envolver. Sabe como funciona. Não há
nenhuma vitória aqui.
Edward não precisava ser informado disso. —Um dia de cada vez
agora.
Emm sorriu. — Manterei a pequena pilha segura, mas lidar com está
bagunça e encontrar uma solução. Garrett sabe que tem um
passado com ela?
— Ele tem uma ideia. Já contei o suficiente.
— Você lhe disse que eu voei para cá?
— Ninguém sabe que você está aqui, apenas eu, Bella e contei a
Graves.
— Ele não falará nada. Está na cidade?
— Eu precisava de alguns favores.

— Descanse um pouco. Parece cansado. Vou dormir no corredor do


lado de fora do quarto. Porque não encontrou algum lugar para
ficar com dois quartos? E pelo amor da porra, não deixe que ela o
morda.
Edward apertou os dentes e entrou na loja, seu irmão atrás dele.
Evitou andar no andar de cima. Seria ruim ficar na cama com Bella.
— Dormirei no chão aqui embaixo.

Capítulo 7

Bella acordou sozinha, mas ouviu um murmúrio de vozes masculinas


que identificou no andar de baixo. O sol pendia no céu, a julgar por
seus instintos. Saiu da cama, parou no banheiro para se refrescar
e caminhou pela escada. As vozes ficaram em silêncio.
Edward e seu irmão estavam sentados no chão comendo sanduiches
e batatas fritas. Ambos sorriam, mas não chegaram aos olhos
deles.
— Como foi com o ninho? Foram exterminados?
— Nem todos eles. Venha aqui. — Edward acariciou o chão ao lado
dele. — Reuniu-se com o ninho, certo?
— Brevemente. — Ela sentou-se cuidadosamente, puxando a camisa
para manter-se coberta desde que não estava usando calça. Era
uma das camisetas de Edward, parecia mais como um vestido de
grande.
Edward pegou o telefone e entregou-o. — Veja se pode identificar
qualquer um desses rostos como membros do ninho.
Ela olhou para o primeiro. — Sim.
Ele mostrou outra foto. Ela o observou.
—Sim. Sr. Sapatos Feios. Eram laranja com marcador verde nos
lados. Não é algo que esqueci.
— Diga-me se algum desses é o Mestre. — Edward mostrou outra
e depois outra foto, cinco no total. Ela os viu com Marco na noite
em que o conheceu. Todos dormiam nas fotos.
Ela virou a cabeça, olhando para ele. — Marco não é um deles. O
que está acontecendo?
— Suspeitava disso, mas queria uma confirmação. Marco e um
outro membro do ninho não dormiam no restaurante esta manhã,
mas ele os deixou para trás.
Ela franziu a testa. — Quantos guardas?
— Nenhum.
Ela pensou sobre isso. — Ele os sacrificou para mudar o jogo. Porra.
Ligue para o seu amigo Alfa e diga-lhe para esperar um ataque esta
noite.
Edward pegou seu telefone. — Você acha que o caçado se tornará
o caçador?
—Tática antiga, infelizmente, saída direto dos livros dos mestres.
Ele os deixou lá para morrer, provavelmente até soltou
informações na rua sobre onde estavam, para garantir que os
Lycans os encontrassem e agora irá atrás do Alfa esta noite.
Derrube o líder de uma matilha e terá o caos. Marco sabe que os
executores se desafiarão mutuamente para assumir a liderança.
Na melhor das hipóteses, alguns morrerão ou ficarão gravemente
feridos se não morrerem. Será mais fácil para eles matarem todos.
— Talvez ele apenas fugiu.
Ela olhou para Emm, balançando a cabeça. — Marco é um idiota
presunçoso. Não ficaria bem se uma matilha o expulsasse de sua
própria cidade. Também tem conexões com alguém no Conselho.
Seria um constrangimento imperdoável se fugisse de seu
território. Nada o faria perder apoio mais rápido do que isso. Pode
até ganhar um ponto na lista de um assassino. Não. Manteve Pedro
vivo, já que ele não é um dos Vampiros nas fotos. Esse é seu
segundo. Aposto dinheiro que Marco lhe deu seu sangue para o
fortalecer. Os dois irão primeiro atrás do Alfa. Então, enquanto
os executores estiverem distraídos decidindo quem lidera a
matilha, ele atacará. Marco e seu segundo não pararão até que
todos que consideram uma ameaça estejam mortos. Eu já vi isso
acontecer antes.
Edward ficou de pé. — Porra. É melhor levar minha bunda até a
matilha.
— É melhor se apressar. Posso sentir que o sol está baixo o
suficiente para sair enquanto ficar nas sombras. É por isso que não
estou preocupada com as janelas sujas aqui embaixo. Quem sabe o
quão perto de Marco e seu segundo estão do território da matilha,
para poder atacar rápido? Marco saberá que os Lycan estarão com
a guarda para baixa, assumindo que foram vitoriosos.
Edward correu para a porta dos fundos. — Fiquem aqui.
Ela saltou, movendo-se no caso de alguma luz do sol entrar. —
Tenha cuidado!
Ele se foi e ela ouviu o motor de uma moto, então saindo
rapidamente. Emm fechou a porta e retomou ao assento no chão.
— Parece quase como se você quisesse ajudar a matilha em vez de
sua própria espécie. Curioso.
— Marco matou filhotes. Ele não é digno da minha proteção. Espero
que Edward o mate.
— Sente-se. Está com fome? Não estou oferecendo meu sangue,
mas posso levá-la para fora. É um bairro de merda. Provavelmente
não precisará deixar o beco.
— Estou bem. Eu me alimentei ontem à noite quando aquele Lycan
me atacou. Ficarei bem por alguns dias.
— Então não é uma novata.
—Já disse isso a você. Sou altamente treinada e linhagens de
sangue antigas foram introduzidas no meu corpo. Apenas sinto
fome após cerca de três dias sem sangue.
— Como isso funciona? Tem habilidades que apenas os Vampiros
mais antigos deveriam ter?
Ela se sentou de volta no chão. — Você quer a besteira oficial de
Vamp ou a minha opinião?
— Sua.

—Vejo o Vampirismo como um vírus. Passaram-me os mais fortes e


isso me deixou imune.
Ele riu.
—É um pouco verdade. Nunca fale que eu disse isso. Vamps ficam
irritados se forem chamados de vírus. Gostam de pensar que é
mais um presente dos deuses ou alguma merda. Somente os
abençoados são transformados, de acordo com o Conselho. Certo,
certo. Matei muitos idiotas que provavelmente eram psicopatas
como humanos e ficaram dez vezes piores depois de terem se
transformado. De qualquer forma, quanto mais velho for um Vamp,
mais força adquirem. O vírus se fortalece. Compartilhar seu
sangue com Vampiros mais fortes torna os fracos mais fortes. Mas
os Mestres não oferecerão seus pulsos apenas a ninguém em um
ninho depois de serem transformado, a menos que esse Mestre
confie absolutamente neles. Alimente-se o suficiente e se
tornarão iguais em força. Não é uma boa ideia, uma vez que a
maioria dos Mestres são idiotas e acabariam sendo mortos por
seus próprios ninhos. É contra as leis do Conselho, mas podem fugir
se todos estiveram presos à mesma história e culparem outra
pessoa. Isso é o que eu faria se achasse que poderia fugir de alguns
membros do Conselho.
Ele riu mais. — Eu gosto de você, pequena pilha.
— Bella.
Seu humor desapareceu e algo estranho apareceu em seus olhos.
Eles pareceram escurecer de azul para quase preto. — Meu irmão
é protetor com você. Isso é um problema.
Ela olhou para ele cautelosamente. — Você vai tentar me matar?
Seria bom ter um aviso sobre sua intenção.
— Não. Edward não me perdoaria por isso, a menos que não tivesse
escolha. Mas prender sua bunda naquele banco lá embaixo, se você
tentar fugir ou me morder.

— Justo. Eu dei a Edward minha palavra de que ficaria aqui. Não


faço promessas a menos que pretenda mantê-las. E também não
mordo por causa disso. Disse a você que não estou com fome.
— Como vê esse final?
Ela encolheu os ombros. — Não tenho certeza do que você quer
dizer.
— Com Edward. Esta tarefa terminará assim que esse Mestre for
eliminado. Ele será enviado para outro lugar. Espera que ele
simplesmente a deixe ir? Livre?
— Sinceramente? Não sei por que estou viva. Eu lhe dei
oportunidades para me matar. Até fiquei no banheiro para tornar
mais fácil para ele cortar minha cabeça. Sem bagunça, sem
aborrecimentos. Ele não o fez. — Ela suspirou. — Quanto a ser
livre? O Conselho tem todas as suas propriedades, o que me inclui,
com rastreadores. Ficamos fora da rede e logo ordens são dadas
para nos eliminarem. Não há como escapar deles. Edward removeu
meu rastreador, mas isso não significa que o Conselho acredite
necessariamente que sou a cinza que Kate teria encontrado quando
foi enviada para descobrir o que aconteceu comigo. Mesmo que o
façam, alguém vai me ver em algum momento se ele me deixar ir.
Em nenhum lugar seria seguro para mim. Como já disse ao seu
irmão, já estou morta, Emm. Acho que encontrarei o sol quando seu
irmão for embora, se ele não matar.
Ele ficou um pouco atordoado.
— Mais alguma pergunta?
— Quer que eu acredite que faria isso?
— Seria melhor do que ser capturado levado até o Conselho. Esses
bastardos podem pensar em mil maneiras para me fazer gritar em
agonia, curar-me e fazer tudo de novo antes que finalmente me
permitam morrer. Eu sei exatamente como os Vampiros são
viciosos. Fariam de mim um exemplo e provavelmente obrigam
todos os outros assassinos a ver. Ver o nascer do sol, pela última
vez não parece tão ruim em comparação, não é?
— Isso doeria.

— Eu fui jogada no sol mais de uma vez durante o treinamento.


Acredite, eu sei. Mas seria mais rápido do que ser torturado.
— Você poderia tentar matar meu irmão e levar ao Conselho sua
cabeça. Eles a perdoariam se admitisse que ele a capturou e roubou
seu rastreador.
Sentiu tristeza em suas palavras. — Uau, sua opinião sobre as
mulheres em geral é uma merda ou você conheceu alguns vampiros
seriamente ruins em sua vida. Edward é um protetor. É um bom
homem. Minha vida acabou quando fui transformada nisso. Tentei
fazer o meu melhor para sobreviver desde então. Nunca matei
alguém que não merecia. Esta vampira tem limites que não cruzará.
Nunca machucaria Edward. Nunca. — Ela se levantou. — Chega
dessa conversa. É deprimente. Vou tomar banho. Está tudo bem?
— Tentará fugir?
Ela balançou a cabeça. — Que parte de: eu mantenho minhas
promessas, você não entendeu? Mas vá em frente e fique atento.
Basta fazê-lo de fora do banheiro, por favor. Eu não iria encaixar
naquela pequena janela e você ouvira se eu tentasse atravessar
uma parede.
Ela subiu a escada e entrou no banheiro, fechando firmemente a
porta atrás dela. Ligou o chuveiro, esperando enquanto aquecia
antes de finalmente tirar a camisa grande que usava. Seus
pensamentos estavam em Edward, preocupada com ele.
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Edward estava irritado. Sam, seus executores e uma grande parte
de sua matilha não estava mais em bloqueio. Em vez disso, estavam
lá fora, a maioria bebia e jogava em uma festa. Graves estava certo
sobre a matilha ser liderada por um idiota.
Ele se aproximou do Alfa. — Que porra é essa?
Sam encarou-o, sorrindo. — Nós não precisamos de você, afinal.
Por que ainda está aqui?

— O Mestre e seu segundo ainda estão soltos. Você sabe disso.


Sam bufou. — Quem se importa? Ele provavelmente está em outro
estado. Nós os assustámos e estão correndo por suas vidas. Tome
uma bebida, GarLycan. Relaxe. Nós vencemos!
— Marco virá atrás de você com seu segundo, irá mata-lo e sua
matilha enquanto decidem quem será o novo Alfa.
— Deixe os fodidos tentarem. — Sam grunhiu. Ele deu um passo
em direção a Edward e cambaleou.
Edward o agarrou pelos pulsos. — Está bêbado e nem consegue
andar direito. Acha honestamente que pode lutar contra um
Mestre Vamp e ganhar nesta condição? Precisa ficar sóbrio! — Ele
sacudiu-o com força e liberou-o.
Sam começou a mudar, suas garras e pelos aparecendo.
Edward não estava com humor para uma luta patética.
Ele deu um soco em seu rosto, derrubando-o. O corpo do Alfa
bateu no chão e todos na festa ficaram absolutamente em silêncio.
Choque se mostrava em suas feições enquanto Edward olhava ao
redor. Ele descascou a pele até ficar com um cinza claro.
— A festa acabou. Seu Alfa também está muito bêbado para ser
racional agora. Vocês me trouxeram aqui para lidar com esta
situação Vamp. Todos procurem abrigo imediatamente e retornam
ao modo de bloqueio. Espalhe a palavra se alguém abandonar a área.
Eles estão em perigo. Todos vocês estão. Há um Mestre Vamp e o
segundo dele a caminho aqui. — Ele apontou para um executor. —
Pegue Sam e leve-o para o escritório. Leve pelo menos seis
executores com você para proteger sua bunda. Entendeu?
Jesssica correu para a frente. — Está assumindo a matilha?
— Por esta noite, sim, estou. Siga as minhas ordens. — Ele tirou a
camiseta e deixou as asas sair. — Patrulharei pelo o ar. Todos
estão bloqueados. Lidarei com essa bagunça. Você fique vivo.

Ele se lançou no ar. Garrett não ficaria feliz com o que fez com
Sam ou como tomou o controle da situação, mas lidaria com isso
mais tarde. Ele se tornou um guardião para proteger as matilhas
de ameaças, até mesmo os Alfas idiotas. Seria condenado antes de
permitir que fossem abatidos.
Ele voou alto, observando a floresta nos limites da cidade. Não viu
dois vampiros, mas já poderiam estar dentro do território,
escondendo-se em uma das casas Lycan abandonada depois que a
matilha entrou em bloqueio. Ele se virou, voltando para a casa onde
a maioria dos Lycans estavam. Esse seria o alvo.
Pousou no telhado da casa e agachou-se, alerta. Poderia ser uma
longa noite, mas de manhã, ele e Sam teriam problemas. O Alfa
provavelmente iria querer desafiá-lo. Não era como se tivesse
outra opção. Simplesmente não planejava se tornar seu novo Alfa.
Pouco tempo passou e finalmente ele viu o movimento perto das
árvores.
Quatro figuras escuras chegaram mais perto, mantendo-se longe.
Ele levantou-se, estendeu as asas e caiu no chão. Suas botas
fizeram um som batendo quando pousou. Descascou a pele no modo
de batalha. Isso o retardaria um pouco, mas também desviaria
balas se os bastardos estivessem armados. Avançou, direto para
eles.
— Marco.
Todos os quatro se esconderam atrás de troncos de árvores
grossas. Edward suspirou. — Eu vi você. Pare de se mexer. Não
tenho vontade de brincar de esconde-esconde. Sou Edward, o
GarLycan. Se veio atrás de crianças Lycan. Este é um grande e
maldito não. Saia daí e fale comigo.
Nenhum deles se moveu. Ele inalou. — Sinto seu cheiro, Vamp. Vê
as asas? Eu voo. Não pode me superar. Fale ou simplesmente o
matarei. Sua chance. Faça.
Um dos homens saiu de trás de uma árvore, mas ficou ao lado dela.
— Este não é problema seu, GarLycan.

— Você é Marco?
O homem inclinou levemente a cabeça.
— Você fez mais dois Vamps? Contei quatro de vocês.
— Eu não respondo a você.
—Errado. Tornou-se meu problema quando sequestrou crianças
Lycan e as matou. Encontrei o armazém onde as manteve. — Ele
ainda fica enjoado. Os corpos estavam no porão, em sacos de lixo
como se não fossem nada. — Colocou-as em gaiolas, torturou-as,
com base na quantidade de sangue que encontrei naquele lugar
infernal e então os fez lutar uns contra os outros. Realmente
pensou que poderia fugir com isso?
— Sim. — Marco mostrou suas presas e seus olhos brilhavam.
Edward sentiu o que o bastardo estava tentando fazer. —Você
está desperdiçando seu tempo, idiota. As gárgulas têm crânios
grossos. Não pode foder com a minha cabeça.
Marco aproximou e puxou arma.
— Faz cócegas quando tenta me controlar. — Edward estendeu a
mão e bateu na cabeça. — Apenas um pouco de zumbido, como um
inseto irritante. E acha que balas me derrubarão? Você é tão
estúpido quanto o Alfa dessa matilha. — Edward endureceu um
pouco mais o pescoço e empurrou o peito, mantendo a mão pronta
para proteger seus olhos. Eles os únicos pontos vulneráveis que
tinha.
Marco começou a disparar.
Edward jogou o braço sobre os olhos, sentindo as balas em seu
peito, uma em seu quadril e outra passando pela cabeça.
Pulou para a frente, afastou as asas e saltou alto, girando no ar
enquanto descia.
Um grito ecoou na noite e a arma parou de disparar.

Edward abaixou o braço, olhando o Vampiro no chão. Sua asa


cortou o bastardo pelo meio do peito. Horror cobria o rosto do
Mestre quando percebeu que todo seu corpo inferior não estava
mais preso e já estava se transformando em cinzas.
— NÃO!
— Sim. Essa é uma merda. — Admitiu Edward. — Vocês bastardos
são difíceis de matar sem arrancar a cabeça. Pode viver desse
jeito um pouco. Já vi isso antes. Seu coração ainda está batendo.
Não poderá se alimentar, já que perdeu o estômago. Vai levar
tempo enquanto morre de fome. Pode demorar semanas. Ouvi que
é realmente doloroso. — Ele se agachou, tirando a arma da mão de
Marco antes de voltar a andar. — Por que achou que poderia matar
crianças Lycan e fugir? Quem é o seu contato no Conselho
Vampiro? Diga-me e acabarei com seu sofrimento.
Marco estava no chão, fazendo sons agonizantes e conseguiu
mover o peito. Usou a terra e a grama para rastejar.
Edward o observava, sabendo que o Mestre não chegaria longe.
Olhou para as outras árvores.
— Três de vocês sobraram. Quero uma resposta, uma vez que este
não fala muito. O primeiro a me disser o que quero saber obtém
uma vantagem de duas horas antes de começar a caçar sua bunda.
É a melhor oferta que conseguirá de mim.
A dez metros de distância, um macho Vamp ruivo saiu de trás de
uma árvore. Ele tinha cerca de vinte anos. — Ele não nos contou.
Ronnie e eu fomos transformados duas noites atrás. E também não
sabíamos de qualquer criança morta.
— Feche a boca! — Um macho disse à esquerda.
Edward virou-se. — Você deve ser Pedro.
O cara saiu por trás de outra árvore, segurando uma arma. Edward
ergueu o braço para mantê-lo próximo aos olhos e apoiou o
cotovelo, como se estivesse usando para se encostar o tronco da
árvore que estava perto.

— Você é um monstro! — Pedro olhou para Edward antes de chamar


a atenção para o que faltava de Marco, seu corpo tremendo.
— Não mato crianças, idiota. Olhe no espelho se quiser ver um
monstro. Por que Marco achou que era bom sequestrar as crianças
Lycan sem que seu próprio Conselho destruísse seu ninho?
— Não lhe diga nada! — Marco sibilou, agora a cerca de cinco
metros de distância, ainda rastejando lentamente.
Edward olhou para Pedro. — Viu o que eu fiz com ele. Também
poderia cortá-lo pela metade. Apenas para ser claro, ele não está
fugindo. Posso deixá-lo rastejar por uma hora ou mais primeiro.
Quero o nome do membro do Conselho que protege seu ninho.
— Foda-se! — Pedro levantou a arma.
—Sabem que armas não funcionam contra mim. — Edward ficou
tenso, preparado no caso do bastardo querer desperdiçar balas.
Pedro correu para trás da árvore e disparou, mas não estava
apontando para Edward. Atingiu Marco na parte de trás da cabeça
pelo menos três vezes antes de fugir.
Edward aproximou-se do Mestre, sabendo que seu cérebro iria se
curar. Provavelmente lentamente, já que já estava muito ferido.
Ele se curvou, tirou a lâmina da bota e arrancou sua cabeça.
Problema resolvido. Marco morreu muito rápido, no entanto.
Edward virou-se, ouvindo. — Vocês dois, fora agora.
Aquele que olhou para ele o fez novamente. Edward viu medo cru
em seus olhos.
— Seu amigo também. Quero respostas.
— Nós acabamos de nos transformar. —Sussurrou o ruivo. — Por
favor, não nos mate. Não pedimos por isso. Marco nos pegou saindo
de um bar. Ronnie e eu somos melhores amigos desde que usávamos
fraldas.
— Saia onde eu posso vê-lo, Ronnie. Agora.
Um homem de cabelos negros de cerca de vinte anos levantou a
cabeça sobre um arbusto. Ele parecia pronto para desmaiar.
Edward lembrou-se de Bella. Ela era humana, cuidando de sua
própria vida e foi levada para um ninho.
—Não os matarei. Farei algumas perguntas. Irão respondê-las.
Então os mandarei para um algum lugar seguro.
Ambos os homens pareciam desconfiados, não que Edward os
culpasse, mas saíram do esconderijo. Ambos também pareciam
assustados. Ele se concentrou no ruivo, pois sabia que podia falar.
— Qual seu nome?
— Eu sou Richie. Este é Ronnie.
— Você dois são um casal?
Ambos balançaram a cabeça.
—Que pena. Teria sido bom receber convites de casamento. —
Edward queria que eles relaxassem, mas não sorriu.
Aparentemente, o humor estava fora da mesa. — O que Marco lhes
falou sobre a matilha que atacariam?
— Ele disse que eram animais que podiam se transformar em lobos
e estavam atacando pessoas na cidade. Pedro nos ensinou a lutar
um pouco. Estávamos aqui para assistir e aprender.
— Isso foi uma mentira. Desculpe-me, mas acho que vocês eram as
iscas. Marco teria deixado a matilha matá-los como uma distração
enquanto procurava o Alfa. Fiquem felizes por isto não ter
acontecido. Lycans não são animais raivosos. Marco falou com
outros Vampiros ao seu redor além de Pedro?
— Ele fez uma ligação. — Ronnie tinha uma voz depois de tudo. —
Não o ouvi dizer um nome. Algo sobre como cuidaria da situação e
enviaria mais vídeos assim que pudesse fazer mais. Tenho a
impressão de que era um homem, no entanto. Disse que também
concordava com a pessoa e as garotas não entendiam isso.

Edward deixou que aquela informação ficasse em sua cabeça.


Vídeos? Não lhe ocorreu nada. —De onde vocês vieram?
— Nós dois moramos em casa com nossos pais. —Admitiu Richie.
— Eu quis dizer, onde estavam com Marco e Pedro?
— O porão de uma loja de pneus. Ela fechou alguns anos atrás.
Aquela na rua Mitch, bem fora da cidade. — Richie abraçou a
cintura. — Você realmente vai nos deixar?
— O que você é? — Ronnie o observou.
— Voltem para lá. Enviarei um amigo. Não fale com ele, entendeu?
O nome dele é Graves. Ele mata pessoas para viver, então não
pensaria em tentar algo. Ele é um Lycan, mas conhece alguns
Vampiros decentes com quem possam ficar. Ah e não matem
ninguém ou vocês morrem. Fui claro? Não mordam crianças,
pessoas idosas e não deixem os humanos saberem o que são.
Alimentaram-se está noite?
Ambos assentiram com a cabeça.
— Excelente. Não morda ninguém até que Graves apareça. Vão,
agora. — Ele acenou com uma mão para eles. — Rápido!
Ambos fugiram para a floresta.
Edward voltou, pegou o telefone e ligou para Graves. O Lycan
respondeu no primeiro toque. — Preciso de outro favor. Você ainda
está na área?
— Sim. Estou. O que precisa?
— Eu tenho dois novatos Vamps que precisam de uma casa. Marco
os usariam como isca. Ambos parecem ter saído do ensino médio e
têm dois dias de idade. Veja se são recuperáveis. — Ele deu-lhe a
localização. — Tem alguma ideia sobre qualquer Vamps que os
aceitaria?
— Sim. Estamos em bons termos com um Mestre perto do nosso
território. Ele é bastante decente, segue as regras e os aceitará
se não estiverem loucos. Pegarei os novatos e chamarei Parker
para que ele saiba que os estou levando.

— Obrigado. Tenho um último idiota para perseguir.


Edward desligou, devolvendo o telefone ao bolso. Ele saiu de entre
as árvores e foi até o céu, indo na direção da loja de pneus
abandonada. Era provavelmente para onde Pedro foi. Voou sobre
os dois novatos Vamps que acabou de enviar fugindo, contente de
ver que estavam seguindo suas ordens.
Culpou Bella por sua decisão de dar a Richie e Ronnie uma
oportunidade. Normalmente os mataria. Vamps sem Mestres nunca
duravam muito por conta própria sem se tornarem perversos.

Capítulo 8

Levou mais de duas horas para encontrar Pedro. O bastardo


encontrou uma caverna, provavelmente pensando que ficaria a
salvo lá. Edward desceu, seguindo-o uma vez que percebeu que o
Vamp não estava a caminho da loja de pneus. Pedro se recusou a
dar-lhe respostas, ao invés disparou a arma. Uma grande
comunidade humana estava localizada a um quarteirão de distância
e as sirenes começaram a soar, então Edward não se mexeu. Matou
o bastardo e voou para fora dali antes que os policiais chegassem.
Ele voltou para a casa segura da matilha Lycan e bateu na porta.
— É Edward.
Jessica destrancou a porta grossa e abriu-a.
— A ameaça terminou. Marco e seu segundo estão mortos. Não
haverá mais crianças Lycan levadas por este ninho. Está destruído.
Jessica saiu e fechou a porta. — Há um debate lá dentro.
— Sobre o que?
— Quão facilmente você derrubou Sam e quanto mais seguro nós
estaríamos se você se tornasse o Alfa.
Ele bufou. —Isso nunca acontecerá. Não precisa haver uma
discussão. Não estou dizendo que acho que Sam seja a melhor
escolha para liderar sua matilha, mas com certeza não serei eu.
Estou indo embora. Vocês estão seguros para sair do bloqueio
agora.
— Nós precisamos de você.
— Muitas matilhas Lycan precisam de mim. Sou um guardião,
Jessica. Não um Alfa.
— Você é metade Lycan. Pertence aqui.
Ele moveu as asas antes de bater, mas as abriu para fazer um
ponto. — Esta é a minha versão de mudança. — Ele endureceu sua
pele em um cinza claro e depois voltou. — Sou predominantemente
Gárgula. Não tenho pelos ou cauda. Não há quatro patas. Apenas
duas. Esqueça. Estou indo embora. Diga a todos que o perigo
passou. Eu sei que Sam terá problemas comigo quando acordar pela
manhã. Diga-lhe que será melhor se não me procurar.
Ele girou, caminhou até onde deixou cair a camisa e vestiu-a depois
de retrair as asas. O motor da moto ronronou sob ele enquanto
avançava. Sentia-se mais do que pronto para voltar para Bella e
Emmett. Também planejava ligar para Graves antes do amanhecer
para uma atualização, saber como as coisas foram com os novatos
Vamps.
Parou em uma lanchonete no caminho e finalmente entrou no beco.
Emm saiu para cumprimentá-lo. — Terminou?
— Sim. Com fome?
— Claro que estou. Não queria deixar a pequena pilha sozinha.
— Não a chame assim. O nome dela é Bella.
Emm riu. — Ela continua me dizendo isso também. — Emm bloqueou
seu caminho até a porta, sua expressão ficando séria enquanto
abaixava a voz. — O que fará agora? A missão acabou, certo?
— Perguntarei a Garrett onde ele quer que eu vá em seguida, o
mesmo de sempre.
Emmett aproximou-se, olhando em seus olhos.
— Eu a levarei comigo. Não quero deixá-la sozinha, Emm. Garrett
não me ordenou matá-la. Apenas disse para não a levar as falésias.
Não é como se voltássemos para casa com frequência. A última vez
foi quando Jasper precisou matar a merda do nosso pai. Agora
Jasper está de volta com a matilha de Angel, sendo seu guardião.
Nós podemos visita-lo e sua companheira ali.
— E quanto a morder? Ela é uma Vamp. Preciso conversar sobre
sexo com você?

— Foda-se. Sou mais velho que você. Eu conversei com sobe sexo
com você, se bem me lembro.
— Vamps gostam de morder durante o sexo. Eu nem tenho certeza
se poderia ficar com ela sem ter sangue envolvido.
— Acho que descobrirei se alguma vez fizermos sexo. O que não
faremos.
— Então, qual é o objetivo de mantê-la com você? Está se
torturando atualmente? Não poderia viver com uma mulher sem
fazer sexo com ela em cada oportunidade que tiver.
— Pare de ser um idiota. Apenas deixe ir. Agradeço por ter vindo,
mas lidarei com esta merda.
— Estou preocupado.
Edward assentiu. — Eu também. — Admitiu. — Não sei o que estou
fazendo, mas sei que quero mantê-la comigo. Bella e eu teremos
que descobrir.
— O ninho está completamente aniquilado?
Edward deu-lhe os detalhes.
Emm balançou a cabeça. — Porra. Você enviou Graves para pegar
dois novos Vamps e pediu-lhe para remanejá-los? Não são gatinhos,
pelo amor da porra.
— Eu sei, mas também não eram exatamente perigosos. Moravam
com seus pais até serem pegos. Seriam como gatinhos matando.
—Talvez deva tirar um tempo livre, irmão. De verdade. Lide com
toda esta merda com relação a pequena pilha, descubra como se
sente e por que é tão protetor antes de assumir outro trabalho.
Pelo que entendi você nocauteou Sam. Ele parecia um idiota, mas a
matilha provavelmente vai desafiá-lo agora. Você o derrubou na
frente deles. Então deixou dois Vamps viverem. Aposto que você
não compartilhou isso com a matilha.

— Richie e Ronnie não machucaram os filhos dos Lycan. Apenas


foram usados como isca. Pedi a Graves que os pegasse para evitar
que fossem mortos pela matilha. Sam não precisa saber sobre eles.
Seria um idiota se os perseguisse apenas porque Marco os criou,
apesar de sua inocência.
— Verdade. — Emm suspirou. — Iria foder com tudo.
— Obrigado. — Ele deu um passo ao redor de seu irmão. — Vou
entrar. Vamos comer.
Bella esperava dentro, seu olhar percorrendo-o. Ele sorriu. Ela
parecia preocupada.
— Estou bem.
Ela correu para ele e ficou de joelhos, tocando seu quadril através
do tecido. — Então, por que há um buraco aqui?
Emm entrou e fechou a porta. — Hum, devo voltar? Admito que
penso que é perigoso ser chupado por uma Vamp. Acho-o corajoso,
irmão.
Edward virou a cabeça e lhe lançou um olhar duro. Ele se abaixou,
agarrou Bella pelo braço e puxou-a para seus pés. — Estou bem.
Sente cheiro de sangue.
Ela cheirou. — Não.
— Ileso, como eu disse.
—Por que tem um buraco no seu jeans então? —Ela franziu o cenho
para ele.
— Ela não tem nenhuma ideia, verdade? — Emm sentou-se no
balcão. — Precisa contar.
Edward soltou Bella. — Eu vou comer e então preciso ligar para
meu chefe para contar o que aconteceu. —Ele afastou-se dela para
pegar os hambúrgueres e batatas fritas que comprou. Havia
garrafas de água perto da porta. Ele pegou uma e tomou tudo.

— O ninho está destruído? — Bella caminhou até a escada e


sentou-se.
— Marco e Pedro foram eliminados. Não irão mais atrás dos
filhotes Lycan.
— O Conselho não ficará feliz. Pelo menos, um membro não ficará,
se estiver certa e Marco tem um amigo.
— Falando nisso, uma conversa foi ouvida. Marco conversou com
alguém sobre vídeos e ficou excitado a respeito. O que acha, Bella?
— Edward sentou-se no chão, abrindo um dos cheeseburguers. Ele
comeu com entusiasmo.
Bella ficou de pé, andando de um lado para o outro. Ele a observou,
achando que era fofa enquanto suas expressões mudavam,
obviamente considerando o que disse. Ela finalmente parou,
segurando seu olhar. Sua pele pálida parecia mais branca do que o
normal.
Bella queria socar algo. — Apenas uma coisa vem à mente. Cerca de
cinco anos atrás, um Mestre informou ao conselho que recebeu um
convite para um site. Foi de outro Mestre no Arizona. Uma espécie
de coisas pagas para associação, mas muito silencioso. Login e
taxas necessárias para acessar o conteúdo. Foi motivo de rumores
ser um meio para os vampiros formarem alianças sem que o
Conselho fosse informado. O Conselho controla as conexões entre
os ninhos para evitar uma revolta. Zander ficou aterrorizado por
se envolver com qualquer tipo de potencial enredo contra o nosso
Conselho.
— Ótimo. Vamps tem um site rebelde agora? — Emm grunhiu.
Bella assentiu. — Sim. Kate e eu fomos enviados para Danti. Ele é
um assassino com quem moramos. Nós...
— Você tem um companheiro? — Emm rosnou. — Meu irmão está
colocando sua bunda na linha por você e está fodendo alguém?
Ela olhou para ele. — Não. Moro com outros nove assassinos. Não
faço sexo com nenhum deles. Posso terminar agora?

Emm assentiu com a cabeça, parecendo satisfeito enquanto


empurra as batatas fritas em sua boca.
— Danti fingiu ser Zander, o Mestre que foi convidado para o site.
Recebemos ordens para descobrir se estavam conspirando contra
o Conselho e quantos ninhos estavam envolvidos. Assim que Danti
pagou e conseguiu senha, iniciamos a sessão. Tinha alguns vídeos
de atividades ilegais no site. Propaganda leve. Um pouco parecido
com: podemos fazer isso com a qualquer um que quisermos se o
Conselho já não existisse mais, assista e motive-se. Era algo
doentio.
Edward parou de comer e se levantou, aproximando-se dela. — Que
tipos de vídeos? Crianças Lycan lutando?
Ela balançou a cabeça. — Não crianças, mas havia alguns vídeos de
Lycans adultos lutando. Estavam com um colar e pareciam
abusados, meio famintos, como se estivessem em cativeiro por um
tempo. Os Lycan entram em calor. E o prêmio para o homem
vencedor era uma fêmea humana. — Ela hesitou. — Para sexo. Eles
também tinham vídeos sobre isso. Jogavam aquelas mulheres para
os homens depois que lutavam. O Conselho queria acabar com está
merda rapidamente. Eu disse que não queriam chamar a atenção
dos VampLycans. Isso teria acontecido. Lycans desaparecidos e
também mulheres humanas? Grande bandeira vermelha.
— Porra. — Emm parou de comer também.
— Em sua maioria, no entanto, eram vampiros uns contra os outros.
— Não acho que o Conselho se importaria com isso.
Bella olhou nos olhos de Edward. —Eles o fazem quando os Mestres
estão criando Vampiros novos a um ritmo alarmante, apenas para
que possam colocá-los contra os soldados com o único propósito de
lutar e fazer apostas sobre quanto tempo os Vamps sobrevivem. A
propósito, pelo que vi, a resposta é menos de cinco minutos. Muitos
dos vídeos dessa merda foram carregados. Existem leis sobre
soldados. Estritas.

— Como o que? — Edward segurou sua mão e levou-a para o balcão


mais próximo, levantou-a e sentou-a nele. Logo ficou ao seu lado.
— Você já viu um soldado? Sabe o que é?
— Infelizmente sim.
Ela os odiava, um arrepio percorreu suas costas. — São muito
instáveis e quanto mais tempo permaneceram vivos, mais perigosos
se tornam. Especialmente se estiveram feridos. Não se curam
como eu. Ficam mais desequilibrados toda vez que estão feridos.
O Conselho exige que qualquer Mestre tenha permissão para criar
soldados. Fui enviada para monitorar essas situações duas vezes.
A primeira vez, foi um Mestre de um grande ninho que sobreviveu
a uma revolta por conta própria. É contra a lei que um ninho mate
seu Mestre. O Mestre não queria apenas que seus Vamps fossem
exterminados, queria que acontecesse de forma horrível. O
Conselho concordou. Cinco soldados foram criados. Eu e outros
seis assassinos fomos enviados para garantir que nenhum dos
soldados sobreviesse após a conclusão da tarefa. Nós também
prendemos o ninho dentro do prédio onde dormiam para evitar
qualquer fuga.
— Por que não criar outros Vamps, matá-los e ser vicioso sobre
isso?
Ela olhou para Emm. — Os soldados são mais brutais que um
Vampiro mediano. Eles literalmente mordem e arrancam pedaços.
Pense em uma merda de pesadelo, onde estão molhados de sangue.
Não arrancam as cabeças de seus alvos Vampiro. Continuam
mordendo, arruinando a presa, até que está não sobrevive. São
insanos. É o caminho mais doloroso possível para que nossa espécie
morra. É uma forma de punição para os piores crimes. O Mestre
destruiu os soldados depois que mataram todos no seu ninho.
—Disse que houve duas situações. — Edward estendeu a mão e
segurou a dela, como se soubesse que a lembrança não era fácil.
Ela segurou a mão dele com força. — Na segunda vez, um Mestre
criou três deles sem permissão. Estava apenas curioso para ver se
poderia cria-los e o que poderiam fazer. O problema foi que os
deixou vivos por muito tempo depois de executar seus testes.
Degradaram-se o suficiente para parar de receber ordens,
atacaram os quatro membros de seu ninho e os mataram. O Mestre
lutou contra eles, mas ficou preso quando parte de seu esconderijo
no porão entrou em colapso, fixando-o sob uma viga. Felizmente,
tinha seu celular e conseguiu um sinal. Precisou pedir ajuda. Nós
aparecemos. Mas sete humanos morreram como resultado, antes
de podermos matar os soldados. Foi um inferno...
Edward deslizou mais perto, soltou a mão e colocou o braço ao
redor de seus ombros. Ela gostava que ele tentasse confortá-la. —
Não precisa dizer mais nada.
— Não. Está bem... foi o cheiro da morte que nos atraiu. Seus
corpos de soldados tinham apodrecido em partes, mais o cheiro de
suas vítimas sendo arrastadas pelo esgoto, onde eles estavam
escondidos. Treinei para lidar com soldados e sabia como lutavam.
Ainda assim, nada me preparou para o real. Simplesmente não
diminuem a velocidade ou reagem a dor do jeito que alguém mais
faria. Isso apenas os leva a um frenesi. Não quero ter que lutar
com eles novamente. Tive pesadelos por meses depois disso.
— Você foi ferida?
— Usei uma armadura protetora que os impediu de me morder, mas
quebrei alguns ossos. Aqueles fodidos são fortes.
— Tem equipamento de proteção contra mordidas? Porra. Isso é
legal.
Ela sorriu para Emm. — Sim. Temos. Vampiros adoram morder. Ser
repetidamente mordido e sangrar por feridas múltiplas irá
enfraquecer qualquer um. Pense em uma malha metálica costurada
entre um material interno macio e o exterior mais resistente.
Apenas precisamos tomar cuidados com nossas articulações, onde
não há malhas. —Ela ergueu um braço e dobrou o cotovelo. — Além
disso, há uma placa de garganta ao redor de nossos pescoços e um
capacete que se encaixa. Protege minha garganta das mordidas e
minha cabeça de ser arrancada. Parte do trabalho de um assassino
às vezes é a eliminação de um ninho.
— Não quero ouvir o quão perigoso é seu trabalho. — Edward soltou
seu ombro e saiu do balcão antes de se virar, segurando seu olhar.
— Por que falou sobre o site? Essa é a única conexão de vídeo em
que poderia pensar? Acha que Marco fez algo assim?
— Aqui está a coisa. Nós investigamos por semanas. Danti teve que
fazer amigos já que os outros membros on-line tinham nomes
falsos. Ele usou Kate e eu como isca para conseguir outros
vampiros para se encontrar com ele.
Edward parecia cauteloso. — Que porra isso significa?
— Danti disse que possuía duas amantes bem treinadas, das quais
ele se cansou depois de vinte anos. Independentemente dos
fetiches que tinham, se interessaram. Precisávamos de reuniões
presenciais para identificar quem eram os jogadores.
Emm disse. — Precisou foder os Mestres?
— Não. —Ela suspirou. — Danti nos apresentou aos homens, que
fez promessas de nos apresentar a cada novo amigo em breve.
Depois de ter identificado dez deles, o Conselho os levaram para
interrogatório. Soltaram o nome de Barkley Brimstone. Ele foi
preso e eliminado, já que se recusou a falar os verdadeiros nomes
dos outros Mestres que se juntaram ao seu site. Há rumores de
que admitiu fazer alianças com mais de cinquenta Mestres nos
EUA e ainda mais em outros países.
Edward inclinou-se contra o balcão. — E?
—Sim, e então? — Emm começou a comer de novo.
—Danti teve que pagar meio milhão de dólares para se juntar a
esse site. Pense em quanto dinheiro Barkley ganhou com as taxas
de adesão. Também se gabou de quão perto esteve em localizar
todos os membros do Conselho.
— Nem todos os Vamps sabem quem são?
Ela encontrou os olhos de Edward. — Definitivamente não. É para
protegê-los dos Vampiros que se irritam. Eu nem conheço todos os
seus nomes ou locais reais. Acho que são como Corski e devem ser
Mestres nas cidades onde tem casas para assassinos, mas é apenas
uma suposição.

— Quem porra é Corski?


Edward respondeu Emm. — Ele é o Mestre da cidade de Nova York,
onde Bella está e também o membro do Conselho responsável por
sua equipe.
—Acho que alguém no Conselho viu o que Barkley conseguiu e
roubou a ideia. Talvez não destrua o Conselho, mas o dinheiro que
o site fez? Era como pornografia doentia de vampiros. Talvez o
preço da adesão inclua alguns favores do Conselho, como evitar ser
preso se descarregar vídeos. Isso teria sentido, por que Marco
quase escapou com a merda que fez. O procedimento padrão é
enviar um investigador, quem verifica os detalhes e as
descobertas são apresentadas ao Conselho. Kate e eu fomos
enviadas para matar um Lycan que supostamente fazia parte deste
ninho. Mas honestamente, não acredito que o Conselho tenha
votado para nos enviar com base em fatos reais. Meu palpite?
Alguém escreveu esse relatório e mentiu para eles.
—Quem é responsável por enviar investigadores e apresentar os
fatos reunidos ao Conselho?
— Eu não sei. Não é como se fossemos convidados para reuniões
do Conselho. Corski nos entrega nossas ordens depois que decidem
que precisamos ser enviados para algum lugar.
—Talvez realmente não se importem com o que Marco estava
fazendo e apenas queria matar Lycans. —Afirmou Emm.
Edward explicou. — Mas eles temem os VampLycans. Isso motiva
o Conselho a policiar os seus, para evitar que VampLycans sejam
chamados. Não querem começar uma guerra. — Edward olhou para
o irmão e sorriu. — Sabia que Vampiros acreditam que os
GarLycans nunca saem do Alasca?
As sobrancelhas de Emm se ergueram. — Entendo.
Edward assentiu.
Bella viu a diversão nos rostos dos dois irmãos. — O que estou
perdendo? Qual é o código?

Edward virou-se para ela, sorrindo. — Meu irmão e eu discutimos


isso estes detalhes por todas nossas vidas. Os GarLycans são
muito mais assustadores do que os VampLycans. Achamos
divertido que os Vamps vejam isso de maneira diferente. Talvez
seja porque VampLycans são meio Vampiros? O que você acha,
Emm?
—Para não mencionar que GarLycans deixam o Alasca, às vezes. —
Emm riu. — Eu conheci alguns. São assustadores. Encontrei um no
Texas apenas algumas semanas atrás. Eu o vi derrubar quatro
Lycans desonestos em menos de um minuto. Estavam matando
vacas e os humanos ficaram alarmados. Isso chamou a atenção. Fui
enviado para investigar o que estava acontecendo. Ele chegou ao
mesmo tempo que eu.
Seus olhos se arregalaram. — Como era?
— Grande. Formidável. Eles têm asas. Ele voou do céu enquanto os
Lycans estavam fugindo depois de atacar o rebanho e fez isso
girando como um maldito liquidificador quando pousou na frente
deles. Suas asas estavam duras como pedras e cortou seus corpos
como manteiga. Pedaços de Lycan foram lançados em todos os
lugares. O bastardo me fez ajudá-lo a limpar sua bagunça.
Glaciar riu. — Ele quase parece incrível.
Emm revirou os olhos. — Tanto faz. Vou tomar banho agora que
você está de volta. — Ele jogou o lixo no saco de fast food e correu
pela escada.
Bella mordeu o lábio. —Você já conheceu um GarLycan ou um
VampLycan?
Ele assentiu. — Sou enviado para muitos trabalhos de investigação
quando os humanos reportam coisas que poderiam ser atribuídas a
Lycans ou Vamps. Eles fazem o mesmo trabalho que eu. Cuida de
tudo e limpam a bagunça para evitar que os humanos descubram o
que realmente estão fazendo. Direi o que mais gosto nos
VampLycans, no entanto. Eles têm a capacidade de entrar nas
mentes humanas e apagar suas lembranças. Adoraria poder fazer
isso. Seria muito útil.

Ela entendeu. Ela tinha a mesma capacidade de implantar e


remover lembranças dos seres humanos, desde que não fossem
imunes. Acenou com a cabeça, sua mente já em outro lugar.
O trabalho de Edward acabou, agora que Marco já não estava vivo.
O que isso significava para ela? Queria perguntar, mas estava com
medo. Ele a mataria? Deixaria que fosse embora? O que faria se
ele a libertasse? Em nenhum lugar seria seguro. Apenas seria uma
questão de tempo antes que o Conselho descobrisse que
permanecia viva, se caíram na armadilha de seu rastreador sendo
encontrado com as cinzas de Dusty. Por tudo o que sabia, uma
recompensa já foi colocada por sua cabeça.
Primeiro, precisava deixar Kate saber que estava viva. Confiava
nela. Então novamente, estava apostando alto ao sugerir que
Edward a deixaria viver. Merda.
— Bella? Você está bem?
Ela levantou a cabeça e encontrou seu olhar. Vamos, fale com ele.
Seja corajosa. — Você eliminou o ninho. E agora? Quer dizer, o que
acontecerá comigo?
Sua boca se abriu, algo apareceu em seus olhos, mas ele não disse
nada.
—Poderia ajudá-lo. Sabe, com as coisas mentais. Poderia seguir seu
próximo trabalho. Não preciso de muitos cuidados. Quer dizer,
encontre-me um armário escuro para dormir durante o dia e leve-
me para um beco para encontrar um doador de sangue todas as
noites. Não mato pessoas inocentes. Eu não estava mentindo sobre
isso. Você pode me observar para ter certeza. Qualquer humano
com quem precisar de ajuda, posso entrar em suas cabeças. Se me
der uma chance...
Ele de repente invadiu seu espaço pessoal e colocou a mão sobre
sua boca. — Shush.
Sua esperança morreu. Ele nem queria ouvir o que tinha para
oferecer.
Ele abaixou a mão e suspirou. — Eu já decidi levá-la comigo. Não
vou abandoná-la para que o Conselho a encontre.

Lágrimas encheram seus olhos. — Obrigada! — Ela não pensou,


apenas abraçou sua cintura, abraçando-o.
Ele envolveu seus braços ao redor dela e a apertou, segurando-a.
Ele abriu as pernas um pouco, abaixando-se o suficiente para
descansar o maxilar no topo de sua cabeça. — Ainda temos coisas
para discutir.
Ela fechou os olhos, ouvindo seus batimentos cardíacos. Suas
presas pulsaram um pouco, mas ela tinha controle. — Sem morder.
Nunca pedirei sangue. Eu sei como você se sente sobre isso.
— Sim. Sem morder. Eu estou no comando. Você segue minhas
ordens. Acho que poderia dizer que serei considerado seu novo
Mestre agora. Sou o chefe. Funciona para você?
Ela assentiu com a cabeça. — Sim. Você já tem minha lealdade.
—Hum. — Ele limpou a garganta. — Pode me soltar agora.
Ela o soltou rapidamente e recuou. — Sinto muito. Estou apenas
feliz. Agradeço por não planejar me matar, não fugirei se me
deixar aqui. Não sei para onde ir ou onde estaria a salvo. Quer
dizer, Kate e eu planejamos nos mudar para Los Angeles em doze
anos, quando o tempo de serviço terminar, mas o Mestre não me
aceitará se eu for procurada pelo Conselho. Isso levaria o inferno
para seu ninho.
Ele olhou nos olhos dela. —Nós precisamos nos sentar e conversar.
Primeiro tenho que ligar para Garrett e fazer um relatório. Por
que não vai para o quarto e fecha a porta? Ficarei aqui alguns
minutos.
Ela apostava que ele faria uma lista de regras para seguir. Isso
estava bem. Edward era um protetor. Ele ia atrás de bandidos.
Adoraria trabalhar com ele. Isso mudaria sua vida de maneiras
maravilhosas. Não haveria mais besteiras do Conselho. Estava
ansiosa por isso.
— Tudo bem. — Ela se virou, correndo pela escada. Um sorriso
curvou seus lábios. A felicidade desapareceu levemente, porém,
quando entrou no quarto e fechou a porta.

Tinha sentimentos por ele. Sempre, desde que o conheceu. Não era
o tipo de ter relacionamentos. Estar com ele significava vê-lo sair
com outras mulheres para suas aventuras de uma noite?
Ela sentou-se na cama e fechou os olhos. Isso seria difícil para ela.
Doloroso também. Acabaria com seu coração.
E se ficar com ele se transformasse em um pesadelo infernal dela
se apaixonando, mas Edward ainda se recusasse a estar com ela?
Ele disse para deixar espaço na cama para quando ele voltasse do
ninho. Mas a teria acordado se estivesse com ela. Ele a estava
evitando.
Ela fechou os olhos. Merda.

Capítulo 9

— Duas palavras para você, Edward. Três malditas palavras.


Trabalho em equipe. Quantas vezes vai me fazer dizer? Isso
significa trabalhar com a matilha, não os irritar.
Edward fechou os olhos, ouvindo Garrett falar. Ele merecia. Seu
chefe finalmente parou de falar.
— Em minha defesa, Sam é um idiota.
— Ele disse que o atingiu com um soco, enquanto estava
descascado.
— Ele está mentindo. Eu somente descasquei despois que enfeitei
seu rosto e apenas o nocauteei porque estava bêbado como uma
merda, tentando lutar contra mim. Nem podia andar direto. Falei
sobre os fatos. Deveria ter permitido que seu animal bêbado me
atacasse e ... o que? Deixasse que me derrubasse? A matilha
poderia ter sido atacada, enquanto assistiam àquela besteira.
Precisava agir rápido. Fiz errado?
Garrett rosnou. — Não. Mas ele diz que sua matilha perdeu todo o
respeito por ele e recebeu dois pedidos de desafio oficiais de seus
executores por suas ações. Está irritado e ameaçou contar as
outras matilhas, para que saibam que você tentou desafiá-lo.
—Ele precisa ser desafiado. Aqueles Lycans merecem um Alfa
melhor. Isso é uma besteira absoluta sobre mim tentando roubar
seu lugar, no entanto. Sabe que não quero liderar uma matilha.
Além disso, nós dois sabemos que se quisesse o lugar dele, estaria
morto em vez de conversando com você no telefone. O que mais
quer que eu diga? Não sinto muito. Lidei com a situação Vamp. Isso
era sobre salvar crianças Lycan para mim, não acalmar o orgulho
do idiota. Fim da ameaça. Tarefa concluída.

Garrett suspirou. — Entendido. Deus sabe que às vezes quero


derrubar alguns Alfas. Eleazar me enviou para visitar as matilhas
para cimentar os acordos quando solicitarem um guardião. Tenho
que representá-lo algumas vezes por ano e odeio isso. Ele diz que
preciso deixar as falésias de vez em quando. Besteira. Mas percebi
por que você não queria lidar com Sam. Eu não gostei dele depois
de ouvi-lo repetidamente. Deve deixar o território embora.
— Sairei está noite. O nascer do sol é em menos de uma hora.
— Certo. Porque você tem uma Vampira para pensar. Viajar
durante o dia é muito arriscado. Porra. Posso imaginar ser parado
pelas autoridades humanas, verificando seu porta-malas, onde a
tem escondida para mantê-la viva.
— Piloto uma moto.
Garrett riu.
Edward relaxou. Não estava em problemas por ter golpeado um
Sam bêbado se seu chefe estivesse com bom humor.
—Tem certeza de levá-la para sua próxima missão, então? Acha
que ela seguirá as regras que definiu?
— Sim. —Ele esperou para ver a resposta que receberia.
Garrett suspirou de novo. — Bem. Você é responsável, no entanto.
Também precisará mantê-la afastada de outros Vampiros. Isso vai
limitar onde posso enviá-lo. — Ele hesitou. — Está disposto a fazer
isso por ela? Estou falando de merda selvagem. Talvez até o
atribua para ser um guardião de uma matilha Lycan. Teria que
mantê-la no seu território e fora das cidades
Seu peito se apertou. — Eu sei.
— Porra, Edward. Está pensando em se acasalar com ela?
— É muito cedo. Ainda não sei.
— Bem. Eu sei que você odeia a neve e pede lugares para evitá-la,
mas está sem sorte. Temos uma matilha de associação familiar em
Wyoming. O cunhado de Hawk é Alfa lá. Chaz e Fray visitam seu
tio sempre que tem algum tempo de inatividade. A matilha não
pediu um guardião, mas podem aceitá-lo em seu território com
Bella. Há também o Colorado. Um dos líderes do clã VampLycans,
Trayis, tem um meio-irmão Alfa lá. Eles provavelmente estarão
abertos a ter um Vampiro em seu território, pois deixarei claro
que você é responsável por ela. Falarei com os dois Alfas hoje.
Felizmente, um deles concordará. São duas matilhas em que
podemos confiar para não trair que ela está lá.
— Obrigado.
— O lado negativo é que esperam que os deveres dos guardiões
sejam fornecidos. Isso significa que você estará patrulhando a
noite. Acho que poderia levá-la com você. Caso contrário, estará
trabalhando enquanto ela estiver acordada. Também terá que
encontrar uma maneira de alimentá-la.
— Ela pode controlar mentes humanas. Isso será um bônus quando
precisar com caçadores furtivos. Francamente, espero que tenham
muitos deles. Ela terá uma fonte de alimento.
— Certo. — Garrett hesitou. — Eu sei que você odeia estar preso
em um local mais que alguns meses. Enquanto estiver com Bella...
— Eu sei. Meus dias errantes acabaram.
— Você pensou isso?
— Sim. Estou preparado para ficar em um local durante o tempo
que for necessário para manter Bella a salvo.
— Certo. Ligo para você mais tarde hoje. Seria grosseiro acordar
um Alfa agora para pedir um favor. — Ele riu. — Ouvirá de mim
pelo meio dia. Encontrarei um lugar para você viver.
— Obrigado.
— Boa sorte.
Edward desligou e entrou na loja do beco que usava para ter
privacidade. Emm esperava dentro. — Qual o veredicto?

— Garrett foi bom. Irá me encontrar uma matilha Lycan para me


tornar guardião. Dessa forma, posso manter Bella fora do radar
do Conselho. Nenhum Vampiro pode denunciá-la se não a vir.
Apenas vou mantê-la dentro do território Lycan. Devo saber para
onde hoje vamos ao meio dia.
— Pegarei uma van assim que as locadoras abrirem. Acho que será
bom transportá-la e sua motocicleta. — Ele levantou o telefone.
— Esperarei até esta noite e sairei com ela de moto. Ainda
precisará de roupas e não tenho um segundo capacete. Eu irei às
compras hoje enquanto você a vigia.
— Prefiro fazer as compras, irmão. Sem ofensa, mas você sabe
mesmo o tamanho que ela usa?
— Não, mas perguntarei.
Emm bufou. — Eu cuido disso. Ao contrário de você, tenho
namoradas de vez em quando. Não apenas casos de uma noite. E
não tenho que arriscar minhas bolas perguntando a uma mulher
seus tamanhos. Algumas ficam estranhas ou envergonhadas. Salve-
se da dor de cabeça. Aprendi a dimensioná-las com precisão. Você
já comprou roupa de mulher antes?
Edward balançou a cabeça.
— Sim. Não pensei nisso. Eu irei. Ainda não dei uma boa olhada em
seus seios, já que ela usa suas camisas. Então novamente, eu
estaria te fazendo um favor se ela não usasse sutiãs.
— O dela está no andar de cima. Vou dar uma olhada.
Emm riu. — Não se deixe ser pego, pervertido.
Edward o afastou. — Então perguntarei a ela.
— Não. — Emm virou-se para a escada e ergueu a voz. — Ei,
pequena pilha? Pode descer aqui por um minuto?
Bella se juntou a eles imediatamente. Ela tomou banho
recentemente e usava outra camisa emprestada e uma boxer. Seu
olhar foi para Edward. — Você quer falar aqui embaixo?

— De fato, tinha algumas perguntas sobre este Conselho. — Emm


fez um gesto para Edward. — Pode subir e esperar por ela. Envie
um texto com o que quer saber.
Edward assentiu. — Lembre-se do capacete. Quero algo com matiz
para evitar que alguém veja seu rosto esta noite enquanto estamos
viajando. Tinta de cabelo, também. Uma dessas promoções rápidas.
A aparência ajudará a mascarar seu cheiro também e só
precisaremos de sua cor de cabelo mudada durante a viagem.
Daquelas que saem na primeira lavagem. Preto. Quero mudar sua
aparência. Talvez maquiagem para esconder o quanto ela é pálida,
já que faremos paradas para abastecer. Pode lidar com tudo isso?
— Fácil. Sairei daqui a pouco. Há uma dessas lojas vinte e quatro
horas não muito longe daqui. Não terei que esperar por nada para
abrir.
— Eu os vejo em alguns minutos. — Ele disse para Bella, subindo a
escada para olhar o tamanho do seu sutiã. Ele encontrou
rapidamente e enviou mensagens de texto para seu irmão e sentou-
se na cama.

---x---x---x---

— Você tem um número de telefone do Conselho?


Bella balançou a cabeça para Emm. — Eu tinha o número de Corski
no meu celular e um número de contato de emergência no caso de
não conseguir alcançá-lo, mas seu irmão destruiu meu telefone. Ele
tinha um rastreador.
— Entendo. Meu irmão disse que há um segundo assassino na
cidade. Ela teria esses mesmos números?
O coração de Bella acelerou. A questão implicava que Kate ainda
estivesse viva. Ficou com medo de perguntar a Edward se sua
amiga o encontrou ou se ele a seguiu. Parte dela não queria saber
a resposta. — Sim.
— Sabe o nome completo de Corski?

— Joseph Corski. — Ela disse. — Cidade de Nova York. Duvido que


esteja listado em uma lista de telefones, no entanto.
— Provavelmente não.
— Posso perguntar por que você quer números de telefone? Está
planejando deixar o Conselho saber o que aconteceu aqui? É uma
boa ideia, mas não posso dizer com certeza que Corski é confiável.
Ele pode ser aquele que cobriu Marco. Corski é aquele que nos dá
as nossas ordens.
— Justo o suficiente. — Seu telefone tocou. Ele sorriu. — É isso.
Vá falar com meu irmão.
Bella encontrou Edward sentado na cama. Ele tirou as botas. Ela
fechou a porta para dar-lhes alguma privacidade e se inclinou
contra ela. Ele parecia sexy, mas então, sempre o fazia. A cama
parecia pequena com o corpo grande sentado ao lado. O buraco em
seus jeans pelo quadril a incomodava. Não conseguiu sentir o cheiro
de sangue, mas algo aconteceu. Não estava lá quando ele saiu antes.
Seus olhos verdes eram lindos enquanto a olhavam. — Meu chefe
irá me enviar para ser o guardião de uma matilha Lycan na minha
próxima tarefa. Descobrirei para onde vamos mais tarde hoje. A
mantilha manterá os Vampiros fora de seu território. Você ficará
presa dentro de seu perímetro, mas ninguém poderá vê-la para
dizer ao Conselho que está viva. Pedi à Emmett que comprasse
coisas para ajudar a mudar sua aparência enquanto estivermos na
moto está noite.
— Ouvi essa parte. Cabelo preto como o seu, hein?
Ele sorriu. — Você fica bem como uma loira, mas gosto do cabelo
preto com as listras azuis que costumava usar, também. Vamos ao
Colorado ou a Wyoming. Isso significa que podemos ficar na
estrada por algumas noites.
—A viagem de um dia está fora. Desculpe por isso. Você
provavelmente não está acostumada a ter seus movimentos
restritos.
Ele encolheu os ombros. — Não é grande. O bom é que possa
precisar de suas habilidades mentais. A matilhas lidam com
caçadores furtivos mais do que você pensaria. Pode fazê-los
esquecer nossos encontros e deixá-los com pensamento de nunca
voltar para a área.
— Seremos parceiros de trabalho, então?
Ele respirou fundo e soltou. Seu olhar lentamente desceu por seu
corpo antes que olhasse de novo em seus olhos. — Estou atraído
por você, Bella.
Ela não esperava que ele admitisse isso, mas ainda assim ficou
tensa. — Mas?
— Sem mas. Apenas quero ser claro. Não estou dizendo para ser
minha amante, mas está na mesa. — Sua voz ficou ronca. — Eu
quero você, amor. Não pode imaginar o quanto.
Ela estava feliz por estar encostada na porta. — Você não fica com
a mesma mulher duas vezes. Eu me lembro. E eu não sou assim.
Ele se levantou e caminhou mais perto, parando a pouca distância
dela. — Eu não poderia permitir que você se aproximasse de mim
quando trabalhamos juntos no clube. Sabe como é fingir ser
humano. Sempre ter que tomar cuidado com todas suas palavras e
ações, para não dar qualquer coisa que possa torná-las suspeitas.
Sabia que não havia nenhuma forma de esconder minha verdadeira
natureza de você, se ficássemos juntos, inferno se morássemos
juntos. Mas definitivamente queria levá-la para casa comigo. Havia
algo em você que me atraia, Bella. E sabe o que acontece com os
humanos que descobrem a verdade. São vistos como perigosos. Eu
não podia arriscar sua vida.
Ela resistiu ao desejo de tocá-lo. — Entendi aquilo. Sentia o
mesmo. Ainda sinto.
— Queria que fossemos mais do que parceiros de trabalho.
Amantes... — Ele estendeu a mão e colocou as palmas abertas na
porta, dos lados de sua cabeça. — Ainda não quero que você se
sinta forçada a entrar nisso. Eu a levaria comigo e ficaria segura,
mesmo que não desejasse ter um relacionamento. Sem pressão.
— Isso seria um relacionamento monogâmico?

— Sim.
— Estou dentro. — Ela estendeu a mão e tocou sua camiseta,
amando o calor que saía de sua pele através do tecido fino. Ele
tinha um corpo tão duro e queria explorar tudo isso. Suas gengivas
começaram a doer. — Ainda temos alguns problemas para lidar.
— Você não pode me morder.
— Isso. — Ela assentiu. — Minhas presas já querem sair porque
você está tão perto.
— Você precisa de sangue para ter um orgasmo?
Sentiu-se envergonhada em responder. — Não. Quer dizer, eu me
masturbo com frequência. Com certeza não me mordi. Apenas fiz
sexo algumas vezes como um vampiro... — Ela fez uma pausa. —
Não. Devemos ser completamente honestos um com o outro. Eu
quero esse tipo de relacionamento com você. — Ela inalou
profundamente. — Apenas fiz sexo uma vez desde que fui
transformada.
Surpresa apareceu em seu rosto.
—Não foi muito bem. Por isso que aconteceu apenas uma vez. Tive
uma tonelada de Vamps me assediando, mas não me sentai atraída
por eles. Moro com um grupo de homens. Entenderia se os
conhecesse. Costumam se gabar de suas conquistas. Era um preço
enorme para pagar. Eles têm complexo de superioridade. Eu sou
um deus, me adore. Blá blá blá.
Ele sorriu.
—É verdade. Alguns levaram mulheres para casa. Tenho uma
excelente audição. Precisava de muito controle para não invadir
seus quartos às vezes para castrá-los. Era como um jogo fazer
coisas que as mulheres que não gostavam, mas obrigá-las a pensar
que sim. Não tinha permissão para interferir, desde que não
matassem, nem fizessem alguma coisa para causar danos
duradouros às mulheres. Elas iam de bom grado. Alteravam suas
lembranças.
Sua diversão morreu e a raiva refletiu em seus olhos. — Faziam?

— Eles costumam usar o controle da mente e empurrar para a


cabeça de qualquer mulher com quem estão. É uma coisa de domínio
na qual não estou. Elas precisam gostar do sexo do jeito que eles
gostam. Não há doação e aceitação. Kate ficou com alguns Vamps
ao longo dos anos. Vamos apenas dizer que eles não são muito
diferentes na cama com as Vamp. Ela desistiu também.
— Foi isso que aconteceu com o Vampiro com quem esteve? Ele
tentou entrar em sua mente? Forçá-la a fazer coisas com as quais
não estava confortável?
Ela balançou a cabeça. — Ele era humano. Foi depois que terminei
meu treinamento pelo Conselho e fui designada como assassina.
Estava sozinha e triste. Pensei que fazer compras poderia me
animar, sabe? O shopping estava aberto. Comprei algumas roupas
e depois fui até a praça de alimentação apenas para ver as pessoas.
Para sentir que estava viva.
Edward puxou-a para longe da porta e levou-a para a cama, sentou-
se e a colocou ao seu lado. — Continue.
— Este cara veio para perguntar se podia sentar comigo. Disse que
parecia triste. Ele era divertido, legal e fofo. Nunca tive um caso
de uma noite antes, mas está lá. Pensei que tivesse meus impulsos
dominados, mas ainda estava preocupada que pudesse tomar muito
sangue ou bagunçar sua cabeça na cama. Levei-o para casa comigo.
Kate prometeu que se certificaria que não o machucasse e ela
tinha mais experiência com lembranças alteradas. Nossos quartos
eram próximos. — As lágrimas encheram seus olhos. —
Descobrimos que ele era imune.
— Merda.
— Ele se transtornou depois que fizemos sexo. Não o mordi até o
fim. Kate entrou e tentou controlar. Ela não pode. Até então,
outros dois vampiros da casa ouviram a agitação. Eles correram ao
meu quarto... um deles o matou. Aconteceu mais rápido do que
poderia pensar. Não era que o teria deixado ir. Ele percebeu que
eu era um vampiro e ele sabia onde vivíamos.
— Seria um perigo.

Ela assentiu. — Kate disse o mesmo para me consolar. Não


funcionou. Nunca tentei novamente. Ele morreu porque fez sexo
comigo. De todos os homens que finalmente escolhi para levar para
casa, tinha que ser alguém imune.
— Oh, amor. — Edward estendeu a mão e segurou a sua.
Ela se separou. — Eu não queria ficar com um Vampiro pelas razões
que mencionei. Os Lycans tendem a nos odiar. Não podia confiar
que não me mataria depois. Não me arriscaria com um humano pela
segunda vez. — Ela segurou seu olhar. —Fico feliz que possa
ignorar que sou uma Vamp. Irei querer mordê-lo, mas resistirei.
Apenas poderia sentir o desejo de me alimentar depois. No pior
dos casos, para ser sincera.
Ele assentiu. — Nós teremos que descobrir isso juntos. Primeiro,
porém... não sou meio humano.
— Mas seu irmão disse que você é mestiço. Ele estava brincando
comigo? É Lycan puro?
Ele apertou sua mão. — Eu sou um GarLycan.
Ela ouviu suas palavras. Afundaram lentamente. Então sentiu um
forte choque.
Ele sorriu. — Saímos do Alasca.
Sua boca se abriu, mas ela não podia falar, estava muito atordoada.
— Meu pai era uma Gárgula que acasalou com minha mãe Lycan.
Eles tiveram quatro filhos juntos. Herdamos os traços de nosso
pai. Uso sabonete para mascarar o aroma de Gárgula. O meu é
fraco o suficiente para fazer isso. Não me transformo em lobo.
Tenho asas e posso descascar o corpo.
GarLycan. Ele pode voar. Merda.
Ela não viu isso vindo.
— É por isso que não pode me morder. Terá que confiar em mim
nisso. Merda muito ruim aconteceria se tomasse meu sangue,
porque sou principalmente gárgula. Pertenço ao clã de Lorde
Eleazar no Alasca. Meu trabalho é muitas vezes como um
solucionador de problemas, lidando com idiotas que correm o risco
de expor os humanos à verdade de que nossas raças existem.
Garrett é meu chefe. Ele é o segundo comandante de Lorde
Eleazar e atribui minhas missões.
— Às vezes as matilhas de Lycan pedem nossa ajuda e se Lorde
Eleazar concorda, envia alguém como eu. Há também situações em
que formamos alianças de longo prazo com um Alfa e sua matilha
recebe um guardião. Eles cuidam da matilha, literalmente. Meu
irmão mais novo é um guardião de matilha. Jasper patrulha seu
território à noite, voando sobre eles para evitar que os Vampiros
e os caçadores apareçam. Ele fica o ano todo na matilha, junto com
sua companheira. Isso é o que farei agora. Viveremos com a
matilha que tenho para proteger. Alguma pergunta?
Ela ainda estava pensando no que ele falou. — Muitas.
Ele sorriu. — Continue.
— Você realmente voa? Isso é verdade?
Ele soltou sua mão. — Sim. Quer me ver na forma de Gárgula?
— Não tenho certeza. — Admitiu, perguntando o quão assustador
ele seria. — Sim. — Ela não podia resistir à curiosidade. — Por
favor.
Ele tirou a camisa, descobrindo seu peito musculoso. Segundos
marcados por... e então ela ouviu soft pops. As pontas das asas
negras começaram a espreitar por trás do tronco e cresceram, até
que preenchessem o espaço de uma parede para a outra. Ela teve
que fechar a boca novamente. Sua coloração mudou de bronzeado
para cinza claro, então ainda mais escuro. A textura de sua pele
também se transformou.
Ela conseguiu ficar de pé, aproximando-se dele. Sua mão tremia
quando a estendeu, passando a ponta dos dedos no estômago.
— Caramba. — Ele sentia-se como uma estátua. Ela levantou a
cabeça e olhou nos olhos dele. Pareciam alertas, mas suas feições
estavam congeladas com o endurecimento de sua pele agora escura
e cinza A cor começou a voltar até que seus lábios se curvassem.
Quando sorriu para ela o suficiente para apertar os dentes, ela viu
suas presas. Não eram parecidas com as dos Vampiros, mas
estavam perto. As dele eram mais largas com uma leve curva no
final. Não eram feitas para tirar sangue... mas para separar algo.
Ele estendeu a mão e gentilmente abaixou os braços. — Você está
bem? Vou guardar as asas.
Observou-as encolher, ouviu leves sons enquanto se deslocavam
para dentro de seu corpo. Era tentador se livrar de sua mão e
caminhar ao redor dele para ver onde desapareceram. Ela podia
adivinhar que deveria estar em algum lugar perto de suas
omoplatas. — Uau.
— Você está mais pálida do que o normal, Bella. Talvez deveria se
sentar.
— Estou bem. Estou tão surpresa. Ouvi repetidamente que
GarLycans nunca saiam do Alasca. O Conselho... bem, Corski... disse
que não precisávamos nos preocupar com sua espécie.
—Eles são idiotas. Nós deixamos o Alasca com frequência.
VampLycans tiveram mais problemas com Vampiros, no entanto.
Pode ser por isso que seu Conselho esteja mais familiarizado com
eles do que nós. Esse ninho no Alasca que foi eliminado? Eles
violaram o território VampLycan para sequestrar um de seus
homens. Veso fugiu e nossos clãs foram atrás do ninho em um
esforço conjunto. Esse Mestre era louco. Ele queria criar um
VampLycan com um parente humano que sequestrou na esperança
de ter uma filha, que poderia coroar como sua rainha ou alguma
merda. Então um de seus vampiros fugiu e fez um soldado, que ele
deixou para trás. Atacou uma pequena cidade, eliminando todos os
humanos com os quais entrou em contato. Inferno, até fez alguns
outros soldados antes de serem pegos.
— Isso não é possível. Os soldados não podem criar outros.
— Ninguém disse ao soldado isso. Odeio desiludi-la, mas eles
podem. Ele o fez. É fato.

— Merda!
— Vamos sentar.
Boa ideia. Ela virou a segunda vez que a soltou e sentou-se na cama.
Edward agachou-se na frente dela. — Que outras perguntas você
tem?
— Minha mente está girando.
— É uma grande quantidade de informações para despejar em
você. Quero que saiba o que está fazendo antes de dizer sim para
compartilhar uma cama comigo.
— Não muda como me sinto, Edward. Ainda quero estar com você.
— Boa. Vivemos com a matilha Lycan, sendo seu guardião. Você
pode me ajudar a fazer isso. Trabalharemos pelas noites. Como
isso soa?
— Bom. Quer dizer, se eles não me atacarem. Alguns Lycans
odeiam Vampiros.
— Não ousariam machucá-la. Você estará lá comigo. — Ele ficou
parado. — Devemos dormir um pouco. Hoje à noite, iremos para
onde Garrett nos enviar.
Seu olhar foi para o buraco em seu jeans e ela estendeu a mão,
dedilhando-o. — O que realmente aconteceu?
— Um dos Vamps disparou, mas estava descascado. As balas
batem.
Ela ergueu a cabeça, olhando para ele. — Mostre-me.
— Você quer que eu tire a calça?
— Sim.
Ele se agachou novamente, segurando o colchão de cada lado do
quadril. — Farei mais do que mostrar onde a bala bateu, se eu a
tirar. Meu irmão saiu, mas o sol surgirá a qualquer momento. Quero
tomar meu tempo com você quando tivermos sexo.

— Eu não durmo, lembra-se? Ficarei um pouco mais fraca, mas é


apenas isso. Pode até ajudar com o meu desejo de morder.
Podemos fazê-lo.
— Bella, eu quero você... mas tem certeza?
— Sim.

Capítulo 10
Edward queria Bella tanto que doía. — Temos que ser inteligente
sobre isso.
Ela assentiu. — Morder. Certo. Evitar isso. Poderia me tomar por
trás.
Ele sorriu. — Gosto do jeito que você pensa. Tire suas roupas. —
Ele recuou e abriu seu jeans, descendo-o pelo corpo. Tirou a cueca
boxer em seguida, evitando olhá-la até que ficou ali, nu.
Bella tirou suas roupas rapidamente, já que ela apenas usava uma
de suas camisas e boxer. A visão dela em suas mãos e joelhos na
cama, seu traseiro curvilíneo descoberto e a maneira como ela
jogou seus cabelos para contemplá-lo sobre seu ombro, seu pau
ficou completamente duro.
Bella sorriu, mostrando as pequenas presas dela enquanto abria as
pernas. Ele desceu o olhar. Um grunhido retumbou. A insinuação
de sua excitação provocou-o, mas ela não estava pronta ainda. Ele
se aproximou dela e segurou seus quadris, deixando-a de costas.
Ela ofegou, parecendo surpresa. Ele sorriu, ficou de joelhos e
segurou seus tornozelos. Ele a puxou até o final da cama. —Abra
as pernas para mim. Quero um gosto primeiro.
— Você não precisa fazer isso.
Ele arqueou uma sobrancelha.
—Não quero mentir para você ou fingir qualquer coisa.
Honestamente. Para obtê-lo, você tem que dar.
— Estou tentando, mas você ainda não abriu as pernas.
Ela realmente corou. — Estou falando de verdade, não de sexo
oral. Mas você sabe disso. Eu fiz isso algumas vezes por um cara.
Na verdade, não foi bom. Gostaria mais se usasse os dedos ou a
boca em meus seios. Isso me deixa realmente excitada.
— Eu não sou ele. Abra as pernas. —Ele lambeu os lábios.
Ela hesitou.
— Você quer a verdade?
— Sempre de você.
— Garantirei que goze antes de estar dentro de você. Não acho
que durarei o suficiente para torná-lo bom para você na primeira
vez. Não quer que eu me sinta culpado, não é?
Ela balançou a cabeça. — Não. A maioria dos homens não se
importa.
— Eu sim. Agora abra para mim e me dê acesso.
Ela abriu as pernas e rompeu o contato visual com ele. Ele sorriu.
Ela parecia desconfortável, mostrando-lhe sua buceta. Um leve
tom de vermelho apareceu em sua pele pálida. — Oh amor. Farei
com que deixe de ser tímida. — Ele soltou seus tornozelos, agarrou
suas coxas e puxou-a mais perto. Ele aplicou força suficiente para
mantê-la presa e aberta, mas teve o cuidado de não a machucar.
Desceu o olhar, observando sua buceta sem pelos. Nunca fez sexo
com uma Vamp. — Você se depila aqui?
— Hum, não. Uma vez fui transformada, hum... podemos
simplesmente não discutir isso?
Ela era tão fofa. — Terei uma resposta mais tarde sobre isso.
— Ótimo.
Ele notou outra diferença. Era pálida em todos os lugares,
incluindo sua buceta. Abaixou a cabeça, amando seu aroma. Tomou
como um desafio que ela não gostasse de sexo oral. Planejava fazê-
la mudar de ideia. Ele se concentrou em seu pequeno clitóris,
dando-lhe lambidas suaves para testar sua sensibilidade. Seus
músculos sob as mãos ficaram tensos e ela respirou fundo.
Isso estava ficando divertido.

Ele ficou mais agressivo, aplicando mais pressão. Chupou


suavemente e isso lhe valeu um gemido gutural. Manteve-se nisso.
Ela tentou se contorcer, gemendo mais alto. Uma de suas mãos
deslizou pelos cabelos. Ele levantou um pouco e sorriu. Estava rosa
agora, onde esteve sua boca. O clitóris também estava inchado.
Ele abaixou a boca, lambendo e chupando com mais força. Sua
outra mão deslizou em seu cabelo e ela o segurou no lugar.
Percebeu quando estava perto do orgasmo. Suas unhas cravaram
em seu couro cabeludo, mas não doeu. Ela tentou se abaixar sob
ele. Ele a segurou com mais firmeza até que gritou seu nome e seu
clitóris começou a suavizar. Seu aperto sobre ele diminuiu
lentamente.
Ele levantou um pouco. Agora estava muito molhada, o cheiro dela
fez com que quisesse virá-la e fodê-la com força. Sua buceta
estava toda rosa e pronta para ele. Ele se ajoelhou no final da
cama, agarrou-a e virou-a sobre o estômago. Recuou o suficiente
para tirá-la da cama e incliná-la sobre o colchão na frente dele.
Ela era pequena. Seus pés não tocaram o chão. Isso o fez sorrir
enquanto segurava seu pau duro, ajustou a ponta e aproximou-se
mais para alinhá-los. Começou a empurrar para dentro dela e
gemeu. Estava úmida e apertada.
— Porra, amor!
— Oh Deus, Edward!
— Estou tentando ir devagar. —Ele ficou sobre ela para mantê-la
no lugar, apoiou uma mão na cama, a outra em seu quadril enquanto
empurrava para dentro. Sentia-se como o céu e o inferno
combinados, quando fez uma pausa.
— Você não precisa se segurar.
Ela era muito menor do que ele. Um máximo de vinte centímetros.
Provavelmente menos. Ela sempre foi pequena. Fechou os olhos e
começou retirar dela. Ele fez uma pausa, avançando até que entrou
novamente. Ele apertou seu braço e começou a mover os quadris.

O prazer e a necessidade superaram a habilidade de pensar


enquanto a fodia com mais força, mais rápido. Ela gemeu alto,
encorajando-o.
Sua mão segurou o pulso que ele tinha perto de sua cabeça e suas
unhas se afundaram em sua pele. Perdeu o pouco controle
penetrando com força e gozando. Ele gemeu o nome dela.
Enterrou o rosto no cabelo dela. — Machuquei você?
— Não. — Ela ofegou.
— Você não gozou pela segunda vez.
Ela hesitou.
Ele riu. — Não minta para mim.
— Estava perto.
Ele soltou o quadril e colocou a mão entre ela e o colchão, até
pressionar o dedo contra seu clitóris. Ela se afastou enquanto ele
começava a esfregar. Seu pau permanecia duro, não suavizando
ainda. Lentamente se moveu. Ela gemeu e ele sentiu seus músculos
vaginais se apertarem ao redor de seu eixo até quase doer. Ela
gozou rapidamente.
Ele diminuiu os movimentos, sorrindo. — Agora sabemos se você
pode gozar sem morder.
Ela riu.
— Precisa se alimentar?
— Eu estou bem. Ainda estou cansada. É ruim que eu queira dormir?
— Não. É a luz do dia.
Ela bocejou. — Sou como os homens. Você me teve, agora vou
dormir.
Ele riu e lentamente saiu dela. Ele moveu a mão e a ajudou a se
deitar na cama. Ela arrastou pelo colchão e ele adorou vê-la se
mover dessa maneira. Tinha a graça de um gato, apenas que era
sexy e estava nua. Seu pau se animou, mas ignorou o impulso. Ele a
seguiu, puxando as cobertas.

— Preciso perguntar uma coisa.


— O que?
— Existe a chance de você me morder enquanto estiver dormindo?
Ela virou-se e encarou-o. Seus olhos se arregalaram. — Eu não sei.
Nunca dormi com alguém antes.
— Justo o suficiente. — Deitou-se e puxou-a para mais perto. —
Vire. Quero abraça-la. Também ajudará a manter sua boca longe
da minha garganta, afastando-se de mim. Mas ainda a quero perto.
Ela se virou e balançou para trás, aconchegando-se à sua frente.
Ele tinha apenas um travesseiro, então o usou e moveu seu braço
para ela. Gostou quando colocou a cabeça sobre ele. Curvou-se ao
redor dela, ficando confortável.
— Você se encaixa bem aqui.
— Gosto de ser abraçada por você. Sinto-me segura.
— Você está. Durma, querida.
— Edward?
— Sim? — Ele descansou o queixo no topo da cabeça.
— Deixa para lá.
— Não faça isso. Você pode me dizer qualquer coisa.
Ela manteve a cabeça virada, mas colocou a mão em seu braço,
acariciando sua pele. — Estava realmente sozinha até você chegar.
Não seja bom demais para ser verdade.
— Eu tenho muitos defeitos para isso.
— Sabe o que quero dizer. Poderia me acostumar com isso. Com
você. Acostumar muito, entende?
Ele entendia o que queria dizer. — Farei um acordo com você. Não
a deixarei se você não me deixar.

— Poderá ficar preso comigo para sempre.


Ele a manteve um pouco mais apertada. — Estou disposto a
arriscar. Qual foi o relacionamento mais longo em que você já
esteve?
— Sete meses, mas depois descobri que ele me enganou.
—Não farei isso. Não tive um relacionamento antes, mas agora
terei. Faremos isso funcionar. Nós dois queremos. Daremos um
passo de cada vez.
— Certo.
— Durma. Temos muita estrada para cobrir esta noite.
Ele soube quando ela dormiu menos de um minuto depois. Sua
respiração desacelerou para um ritmo que o alarmaria se não
estivesse ciente de que era normal. Por isso que a maioria das
pessoas pensavam que os Vampiros estavam mortos durante o dia.
Ela provavelmente respirava a cada minuto e seu coração apenas
batia quatro vezes entre as respirações.
Edward cochilou até ouvir a porta no andar de baixo se fechar.
Saiu cuidadosamente da cama sem acordar Bella, vestiu uma cueca
boxer e foi falar com seu irmão.
Emmett colocou as sacolas no balcão e inalou. Ele inclinou a cabeça,
observando-o.
— Ela não me mordeu.
— Bom. Trouxe comida. Você deveria comer.
— Estou bem.
—Deixe-me reformular isso. Eu não estou e olha que adoro buceta,
coma algo para que, quando você falar, sinta o cheiro de comida e
não o da pequena pilha em sua respiração. É apenas um motivo.
— Idiota. — Edward cheirou, pegou o saco que cheirava a comida
descobriu onde seu irmão colocou outro saco cheio de sanduíches
e café. Desembrulhou um e começou a comer.

— Então conseguiu beijá-la sem que furasse sua língua com as


presas?
— Nós não nos beijamos.
— Merda. Isso é difícil. Então novamente, você é o rei de uma
noite. Provavelmente não faz isso. Mas em relacionamentos são
diferentes.
— Não preciso de conselhos. Bella e eu descobriremos isso.
Comprou as roupas e um capacete?
— Sim. — Emm apontou para uma das sacolas. — Matizados. —
Comprei dois com fones de ouvido. Achei que gostaria de poder
conversar sem gritar. Testei um para ter certeza de que se
encaixava em você e trouxe um menor. Espero que sejam
confortáveis.
— Obrigado.
— Sem problemas. Alguma ligação de Garrett sobre onde ele o
enviará?
— Não. São apenas nove. Acho que ainda faltam algumas horas.
— Ficarei aqui para garantir que Lycans não tente mantê-lo aqui
esta noite, quando estiver saindo. Aluguei uma moto. Não é tão boa
quanto a sua, mas funcionará até sairmos dessa cidade e
estivermos longe de seu território. Devolverei quando nos
separarmos, antes de voar para o meu próximo show. Recebi
ordens nesta manhã.
— Qual é a missão?
— Vou para Miami. Encontraram alguns corpos. Pode ser um
assassino em série, mas preciso ter certeza de que é um ser
humano que está matando e não outra coisa.
— Sangue drenado? Ossos quebrados?
— Cortados, mas nem todas as peças foram encontradas. Quatro
mortos nos últimos oito dias. Verificarei as cenas onde as partes
do corpo foram descobertas e cheirar. Algumas estavam dentro
de edifícios. Pode significar que que ainda tenha os aromas ali.
— Boa sorte. Envie notícias.

— Eu sempre o faço.
— Voltarei para a cama para dormir um pouco. Até as cinco.
Sairemos para a estrada assim que o sol se pôr.
Edward foi para o andar de cima e entrou no quarto, preparado
para se deitar, quando seu celular tocou. Ele se curvou, pegou-o do
jeans e atendeu. Tinha duas ligações perdidas e meia dúzia de
mensagens. O número de todos eles fez com que curvasse os lábios
e saísse do quarto. Desceu para encontrar seu irmão ainda
comendo.
— Estás bem?
—Maldito Sam. Vou ligar de volta. Ele me enviou algumas
mensagens. — Não se incomodou em ler os textos, mas
simplesmente ligou para o Alfa. Sam atendeu no primeiro toque.
— Quero que você venha até mim agora para lutar. Chamei toda a
matilha para testemunhar.
— Foda-se você. Não vou desafiá-lo, Sam. Estava bêbado na noite
passada e sendo estúpido. Eu me recuso a pedir desculpas, porque
você é um idiota.
Emm engoliu uma risada.
— Como ousa!
— Salvei sua vida. Seja grato. Não quero sua matilha. Apenas
queria salvar as crianças Lycan. E o fiz. Marco e seu segundo estão
mortos. Seu problema está resolvido. Estou indo embora esta noite
e você nunca mais me verá.
— Fui desafiado duas vezes esta manhã. Tive que matar dois
membros da minha matilha por sua causa! Não ficará assim. Pare
de ser um covarde. Traga sua bunda até aqui. Eu o matarei para
demonstrar a minha matilha que mereço ser o Alfa.
— Sou um GarLycan, Sam. Não um Alfa. Quer que fique como uma
pedra de pé até que se canse de tentar causar algum dano? Qual
é o objetivo disso? Também não quero mata-lo. Sabe por quê?
Porque não quero liderar sua matilha. Eu o derrubei porque você
estava bêbado como uma merda e não me ouviu. Marco e seu
segundo estavam no seu território, a caminho de distrair sua
matilha. Teriam o matado mais rápido do que poderia ter dito
porra. Entendeu?
Sam rosnou. — Nem me deu a chance de matar os Vamps. Você me
humilhou!
—Você fez isso a si mesmo, ficando bêbado quando sua matilha
ainda estava em perigo. Tirou-os do bloqueio. Quantos deles
morreriam vagando pela floresta pensando que estivessem
seguros? Especialmente porque estavam bêbados.
— Você não virá me enfrentar?
—Não. Não irei. Não há sentido. Chute uma bunda se for desafiado
e lide com isso. Não é meu problema.
Sam rosnou.
Edward encontrou o olhar de seu irmão e revirou os olhos.
— Quero que deixe meu território dentro de uma hora, você é um
covarde.
— Sam, isso não acontecerá. Tenho uma Vamp comigo que Lorde
Eleazar quer viva para descobrir mais o Conselho. Ela tem sido
cooperativa.
— Isso torna ainda melhor. Humilha-me na frente da minha
matilha? Agora falhará na sua missão de entregar o Vampiro ao
seu Lorde. Espero que o mate por falhar. Sairá do meu território
dentro de uma hora e deixará o Vampiro no prédio para que
possamos pegá-la. Tenta sair com ela e atacaremos até que esteja
morto. De qualquer maneira, você perde, idiota.
— Esse cara é um maldito idiota. —Sussurrou Emm.
Edward segurou o olhar de seu irmão. Emmett podia ouvir
facilmente a conversa na sala silenciosa, com eles parados tão
próximos. Ele fez um gesto sombrio.

— Não faça ameaças, Sam. Não quer foder comigo ou com Lorde
Eleazar. — Alertou Edward.
— Fuja, idiota.
Edward caminhou até a porta e a destrancou. Olhou para o beco.
O cheiro de lixo pendia no ar, mas o movimento súbito acima
chamou a atenção. Ele olhou para cima para ver seis Lycans de pé
no telhado no edifício próximo, observando-o. Ele virou a cabeça,
visando mais em outros telhados. Entrou novamente.
— O que você está fazendo, Sam?
— Não irá me envergonhar sem pagar por isso. Eu lhe dei a chance
de me encarar com honra. Recusa-se a lutar? Não irá embora com
o Vamp. Vou tirá-la de você. Não quero começar uma guerra com
os GarLycans, mas irei. Tem uma hora para sair. Tenta levar o
Vamp, meus homens abrirão fogo. Quer dizer, você nos encorajou
a usar armas. Vamos disparar no Vamp se responder. Basta fazer
buracos o suficiente e virará cinzas. E luz do dia, de qualquer
forma. O que fará, idiota? Levá-la pela rua envolta em uma lona, na
frente dos humanos? —Sam riu.
— Ou simplesmente fique aí. Meus homens seguiram Graves depois
que você deixou aquela van emprestada. Sabe aqueles explosivos
que não me deixou usar no restaurante? Nós os temos, idiota.
Foram colocados ao redor do seu prédio. Então fique aí. Por favor.
Pode sobreviver se Gárgulas forem tão fortes como diz, mas a
Vamp não irá. Ela explodirá em pedaços. E não pense que não
aprendi nada com você. Há um túnel de esgoto abaixo desse local.
Irá explodir se tentar acessá-lo.
Emm fez um gesto para a porta e fez alguns sinais de mão. Edward
assentiu. — Alguns de seus Lycans lá fora tem celulares, Sam?
—Claro.
Ele assentiu com a cabeça para Emmett. Seu irmão abriu a porta e
saiu, olhando para a matilha.

—Deveria chamá-los. Não sou o único GarLycan aqui, imbecil. Sua


matilha está olhando para o outro agora. Não quer fazer isso.
— Foda-se você! Não me importo se há uma dúzia de idiotas! Pagará
por me envergonhar.
Edward apertou os dentes. — Bem. Você quer uma luta? Estou a
caminho.
— Essa opção está fora da mesa agora. — Sam riu. — Saia desse
prédio para vir atrás de mim, porra faça-o e meus executores o
explodem. Pode vir me matar, mas sua Vamp ficará em pedaços. —
Ele riu. — Sempre me vingo. —Ele desligou.
— Porra!
Emm estava apoiado na porta, trancando-a. — Perdi a última parte.
— Saímos para ir atrás dele, explode o prédio para matar Bella.
Ficamos além de uma hora, explode de qualquer jeito.
—Porra. Como podemos tirá-la daqui? Eles estão armados. Alguns
deles se mostraram agora. Esse idiota está certo sobre o que
acontecerá se envolvermos a pequena pilha em uma lona e levá-la
para fora. Eu vi seres humanos em ambas as ruas. Os disparos irão
chamar a atenção, os policiais virão e isso se transformará em uma
maldita bagunça de mídia.
— Apenas há uma coisa a fazer então. Todos precisamos sair daqui.
Emm olhou para ele, por um longe tempo. — Porra. Você não pode
fazer isso, irmão.
— Que escolha eu tenho? Deixar Bella morrer? Não irei. Ficar aqui
e a rodearmos, esperando que nossos corpos a protejam? Nós
seríamos enterrados sob o entulho e os humanos acabariam
cavando. Eles nos encontrariam.
— Não pode simplesmente tomar essa decisão sem permissão
primeiro. Estamos falando do grande Lorde Eleazar.
Edward fechou os olhos. — Sim. Eu sei.

— Ele nunca concordará com isso. É lei, irmão.


Edward respirou profundamente. — Eu tenho que perguntar.
Ligou para Garrett.
— Liguei para ambos os Alfas. Eles estão discutindo a respeito.
Nenhum me retornou ainda. —Afirmou seu chefe depois de
atender o telefone.
— Preciso falar com Lorde Eleazar.
Garrett não respondeu.
Edward contou tudo rapidamente. — Preciso falar com ele.
—Porra. Ligo de volta em cinco minutos. Ele está em seu quarto
com sua companheira. Preciso lhe dar uma atualização e então
receberá sua resposta.
— Não demore. Não confio naquele Lycan louco, ele pode explodir
o prédio a qualquer momento.
— Estou saindo do meu escritório agora. —Ele desligou.
Emmett começou a arrumar as coisas. — Não significa não. Se
Eleazar negar seu pedido, não pode simplesmente fazê-lo de
qualquer maneira. É uma lei Gárgula. Ele não terá escolha senão
ordenar sua punição e ela morrerá. Ele é muito bom, mas não pode
deixar algo como isso acontecer. Isso o tornaria fraco perante
todo o clã. Já está uma merda tensa, graças ao nosso bastardo pai.
Eleazar também tem uma companheira para considerar.
— Eu sei. — Edward suspirou. — Vou me vestir.
Ele correu para o andar de cima, vestiu suas roupas, suas botas e
arrumou as coisas. Ele acordou Bella. Ela se assustou e sentou-se.
— Não tenho tempo para explicar. Desça a escada, pegue o que
Pest comprou para você e pinte seus cabelos agora.
Parecia confusa.
— Faça rápido.

Ela saiu da cama, colocou uma de suas camisetas e saiu do quarto.


Emm encontrou-a no corredor.
— Aqui, pequena pilha. Spray colorido para os cabelos, roupas e
maquiagem estão nestas sacolas. Precisa de ajuda para cobrir o
cabelo, desde que Edward está ocupado?
— Entendi, Emm. Obrigada. O que está acontecendo?
—Você ouviu meu irmão. Não há tempo para explicar. Apenas se
apresse. Mais rápido é melhor. Podemos ser atacados a qualquer
momento.
Edward encontrou seu olhar amedrontado e assentiu. — Faça
depressa. — Ele começou a empurrar todas as coisas dentro de sua
mochila. Minutos depois, seu telefone tocou. Ele atendeu.
— Que maldita bagunça. — Uma voz profunda retumbou. — Garrett
me contou tudo.
— Obrigado por retornar, meu senhor. Não posso deixá-la morrer.
Sabe o que estou pedindo. Sempre fui leal a você. Apenas preciso
alimentá-la uma vez. Apenas por hoje.
— É um risco enorme.
— Eu sei. Estamos mudando sua aparência. Ninguém a reconhecerá
pelo que ela realmente é.
Lorde Eleazar resmungou. — Eu tenho Carmen. Entendo. Destruiria
este fodido lugar para mantê-la segura. Mas tenho uma condição,
no entanto. Está preparado para fazer o que for preciso para
salvar sua Vampira? Esta é uma grande e fodida regra para se
romper. Preciso cobrir minha bunda porque em algum momento,
alguém descobrirá. Posso lidar com os GarLycans, mas os puros-
sangues aqui podem causar um inferno. Esta lei tem milhares de
anos. Na Europa, é uma sentença de morte instantânea para vocês
dois. Todo maldito clã iria caçá-los para acabar com suas vidas.
Felizmente, sou o maior poder nos Estados Unidos que as Gárgulas
têm.
— Quais os termos? Diga-me.

— Acasale-se com ela, Edward. Posso vender essa merda ao nosso


clã quando descobrirem. Todos respeitamos companheiras. Isso
também significa mantê-la longe de qualquer matilha Lycan. Se
descobrirem, estaremos todos em perigo porque essa informação
é valiosa. Contudo, pensarei em algo, já que você não pode trazê-
la aqui. Tem minha permissão para alimentá-la se acasalar. Uma
outra coisa.
— O que? — O coração de Edward estava acelerado. Ele estava
disposto a aceitar para manter Bella segura.
— Se alguma vez se separaram, ela deve morrer. Se ela alguma vez
nos trair, você a mata. Jure. Ela não pode compartilhar esse
conhecimento. Será sua companheira ou se transformará em
cinzas depois de alimentá-la. Os malditos clãs na Europa podem vir
atrás de nós se a deixar ir e o segredo se espalhar. Não arriscaria
a vida de nosso povo ou dos nossos vizinhos VampLycan, que se
encontrariam no meio de uma zona de guerra.
Ele fechou os olhos. — Juro pela minha honra.
— Faça. Alimente-a. E uma vez que for sua companheira, seu corpo
pertence a ela. Isso inclui seu sangue. Não o quero enfraquecido
por sua companheira no futuro. Você me entende?
Ele abriu os olhos, atordoado. Lorde Eleazar estava lhe dando
permissão para que sua companheira se alimentasse sempre que
precisasse. — Sim, entendo. Obrigado.
— De nada. Saia daí e ligue para Garrett quando estiver em
segurança fora de seu território. Ninguém ameaça um dos meus
assim. Enviarei seus irmãos para lidar com o Alfa.
—Emmett já está aqui. Uma vez que o executor atacou Bella, pedi-
lhe que ficasse com ela quando precisei deixá-la sozinha. Ele disse
que estava com tempo livre.
— Carlisle está a dois estados de você. Garrett está lhe enviando
ordens agora. Não espero que minta para seus irmãos. Garrett
também informará a Jasper sobre o que está acontecendo. Agora,
saia daí no momento em que acasalar. Poderá ter romance mais
tarde.
Lorde Eleazar desligou e Edward guardou o telefone no bolso. —
Eu amo esse cara.
Emm sorriu da entrada. — Ouvi o que ele disse. Dê-me sua mochila.
Vou nos preparar para sair quando descerem. Sabe aquela conversa
que Carl teve conosco sobre tomar nosso tempo ao se acasalar?
Esqueça. Que seja uma rapidinha, irmão. Quero sair daqui em dez
minutos.
Edward o observou sair e suspirou. Dez minutos para conversar
com Bella, para que ela concordasse em se tornar sua companheira
e selar o acordo. — Merda.

Capítulo 11

Bella terminou o cabelo, olhando para o espelho sujo e inclinando a


cabeça de um lado para o outro, esperando ter coberto todo o
cabelo loiro com preto. O cheiro do spray fazia com que ela
franzisse o nariz. Não era um forte odor. Mas funcionava, no
entanto.
Deixou o spray e abriu a maquiagem. Eram das cores erradas para
sua pele muito pálida, mas não importava. Qualquer cor seria bom.
Trabalhou rápido, espalhando a base das raízes em sua testa, todo
o caminho do pescoço, incluindo quaisquer manchas que não fossem
cobertas por uma camisa. Até usou um pouco em suas mãos e
braços até seus ombros. Por fim, usou uma toalha para remover
qualquer excesso, para evitar que manchasse suas roupas quando
se vestisse.
Era uma tarefa de merda, pensou ela, enquanto passava o rímel,
um pouco de blush e um feio batom rosa. Não importava. Não
planejava se aproximar de ninguém quando Edward conseguisse
liberá-la de qualquer coisa na qual a envolvesse para protegê-la do
sol. Ser transporte durante o dia seria perigoso, mas tinha fé em
Edward para mantê-la segura.
A porta do banheiro se abriu e Edward entrou. Ele fechou a porta
atrás dele. Ela se virou, olhando-o nos olhos.
— Nós não temos muito tempo.
— O que está acontecendo? Versão rápida.
— Sam colocou explosivos ao redor desse prédio. Ele me deu uma
hora para sair. Irá explodir se não o fizermos. Também devo
deixa-la para trás. Ele ameaçou disparar se a carregasse, para
expô-la ao sol. Não permitirá que nenhum veículo grande se
aproxime do prédio, também. Emm e eu temos nossas motos
estacionadas na porta dos fundos. Isso significa que temos que
passar sobre eles.

Seu coração acelerou. — Merda. Por que está me fazendo mudar a


aparência, então? Precisa me deixar para trás.
— Isso nunca acontecerá. — Ele deu um passo à frente e segurou
seus quadris, seus polegares tocando sua pele nua desde que ela
ainda não se vestiu ou até olhou a sacola de roupas que Emm
entregou.
— Conversei com Lorde Eleazar. Ele me deu permissão para salvá-
la. Mas há condições... precisamos nos acasalar.
Ela estendeu a mão e agarrou seus braços. — Companheiros?
— E não temos muito tempo. Companheiros. É para sempre. Você e
eu. Não posso forçá-la, mas diga sim. Podemos fazer com que
funcione.
Lágrimas encheram seus olhos. Ela adoraria passar o resto de sua
vida com Edward. Nunca mais ficar sozinha, tê-lo ao lado dela e
experimentar o que tinha antes, dormir junto a ele a cada dia. Ele
sentia-se como em casa, algo que não tinha desde que sua vida
humana lhe foi tirada.
— Responda-me, Bella. Sim? Será minha companheira?
— Eles o matarão se tentar me tirar daqui. Não há como fazê-lo.
Estamos em uma cidade. É luz do dia. Os seres humanos não podem
vê-lo ficar cinza, Edward. Iriam colocar um preço em sua cabeça.
Eu me importo demais para permitir que faça isso por mim.
— Confia em mim, amor?
Ela não precisava pensar sobre isso. — Sim.
— Bom o bastante. Uma vez que uma Gárgula se acasala, dentro de
horas, sua mulher experimenta o chamado. É complicado, mas não
podemos arriscar isso. Acho que Lorde Eleazar considerou isso
quando me ordenou acasalar primeiro. Também confio em você.
Diga sim para acasalar e então sairemos daqui juntos. Está noite,
poderei selar o vínculo entre nós.
— Do que você está falando? Não posso sair daqui. É luz do dia.
Ele a aproximou. — Diga que sim, que quer se acasalar. Faça-o. Seja
minha. Confie em mim.

Ela engoliu em seco. — Prometo ser sua. Sim, serei sua


companheira.
Ele abaixou a cabeça e colocou os lábios ao lado de sua orelha. —
A razão pela qual os Vampiros e as Gárgulas lutam por milhares de
anos... é porque os verdadeiros Mestres sabem que tomar nosso
sangue lhes permite andar no sol sem queimar.
Seus joelhos quase cederam e ela o apertou mais forte. Isso a
surpreendeu muito. Era verdade?
— É por isso que é contra a lei alimentar-se de nós. Recebi
permissão de Lorde Eleazar, mas apenas se for minha
companheira. Mostre suas presas, amor. Morda e beba tanto de
mim quanto puder. Precisa fazê-lo agora. —Ele inclinou a cabeça e
dobrou os joelhos um pouco. — Morda. Agora. Tome.
Estava muito atordoada.
Ele gentilmente a sacudiu. — Faça.
— Como? Quer dizer…
— O sol não a queimará se tomar o meu sangue. Não há mais tempo
para discutir isso. Morda-me, amor. Tome tanto quanto puder
segurar.
— Eu o enfraquecerei.
Ele bufou. — Sou o dobro do seu tamanho e perdi mais sangue em
uma luta de treinamento com um dos meus irmãos do que poderia
tirar de mim, mesmo estivesse com fome. Faça-o. Não temos
tempo para perder.
Ela precisou se concentrar para que suas presas saíssem. Ele
deslizou as mãos até a bunda dela, massageando-a. Isso ajudou
muito, seu corpo respondeu. Tudo que Edward fazia a excitava. Ela
lambeu os lábios, olhando sua garganta, que ele mantinha exposta.
Ela se inclinou e ficou nas pontas dos pés. Passou a ponta da língua
sobre a pele dele e afundou as presas.
Ele se encolheu contra ela e apertou a mão. — Porra. Estou tão
duro. Queria poder fodê-la agora mesmo.
Ela também. Ele tinha um gosto incrível.

Seu corpo doía enquanto ela bebia dele, a necessidade sexual e


sede e sangue aumentaram. Acariciou seus braços, tentando
manter sua sanidade. Não podia se perder, nem terminar no chão.
O prédio foi manipulado para explodir, de jeito nenhum, queria
perder a chance de um futuro com Edward.
Ela bebeu até que não pode mais, antes de gentilmente retrair suas
presas e lamber sua pele.
O aperto em seu traseiro deixaria contusões e sua dura ereção
firmemente a pressionava. Seu pau se sentia muito duro. E isso a
deixava muito molhada, tanto que escorria pelo interior das coxas.
Ele recuou e se inclinou contra a porta. Seus olhos brilhavam de
excitação e suas próprias presas estavam fora enquanto se
olhavam um para o outro.
— Dê alguns pulos e vista-se. Use sua velocidade Vamp para isso.
— Pular?
— Para circular meu sangue através do seu sistema. Juro que isso
a impedirá de se queimar quando você sair daqui ao meu lado. —
Ele se afastou da porta, abriu e saiu. Antes de fechar a porta,
deixando-a sozinha, olhou para trás. — Depressa.
Ela estava tão excitada que literalmente doía. Não era o melhor
momento para isso. A vida de Edward estava em perigo. Sim, ele
era um GarLycan e ela viu o que seu corpo podia fazer quando
ficava todo cinza. O que não tinha certeza era se ele iria
sobreviver a uma bomba explodindo.
Ela ergueu os braços e fez o que ele disse, sentindo-se ridícula
enquanto pulava. Mas isso fez com que seu coração batesse mais
rápido.
Ela estava sem fôlego quando terminou e vestiu-se rapidamente.
Emm comprou-lhe o sutiã de tamanho certo. Não era um que
escolheria, mas não importava. A calcinha era pequena. Ela revirou
os olhos, vestindo-a. A camiseta estava um pouco apertada, mas
era longa, quase um minivestido. O jeans preto foi o próximo.
Novamente, algo que não teria escolhido, mas encaixava bem,
abraçando seu corpo. Seria confortável em uma moto. Ele comprou
sapatos estilo tênis para sem cadarços. Ficaram um pouco grandes,
mas conseguia usá-los.
Com um olhar ao redor do banheiro, pegou a maquiagem e o spray
de tinta, empurrando-os de volta nas sacolas. Não queria deixá-lo
para trás, caso os Lycan entrassem, procurando por ela.
Ela saiu do banheiro e correu para baixo. Emm e Edward
esperavam, segurando suas mochilas. Ambos pareciam sombrios.
Emm cheirou.
— Você não cheira como Vamp agora. Novas roupas e esse maldito
cabelo são tudo que estou pegando. — Ele olhou para o irmão. —
Você?
— O mesmo. — Edward estendeu a mão e ela passou para ele a
sacola. Ele empurrou-a para a mochila, fechando-a e entregando-
a. — Sinto muito, mas precisa carregá-la. Sairemos, colocaremos
os capacetes e você está montando atrás de mim. Segure firme.
Terror a percorreu enquanto colocava a mochila nas costas. — Tem
certeza disso? — Queimar iria doer. Havia algumas coisas
horríveis que uma pessoa nunca esquecia. A sensação da luz solar
tocando sua pele poderia ser comparada a ser encharcada de
gasolina e incendiada. Iria gritar de agonia. Mesmo tomando
sangue logo depois, doía quase tanto enquanto a pele se
recuperava.
Edward assentiu. — Confie em mim.
— Eu faço.
— Aja como se fosse de noite. — Acrescentou Emm suavemente.
— Não se mova rápido para revelar o que é. Mover-se normalmente
é seguro, pequena pilha. Não pareça em pânico. Aceite a luz do sol
como se fosse sua cadela. E com o sangue do meu irmão dentro de
você. Não irá queimar.
Ela assentiu. — Quanto tempo isso dura?
Emm alcançou dentro de sua mochila e retirou óculos de sol. —
Ficará bem. Você bebeu muito?
Ela assentiu. — Cerca de dois litros. Não conseguia mais que isso.

— Estou bem. — Edward sorriu. — Sinto-me ótimo. Sem dor de


cabeça. Disse que não iria me machucar. Não sou humano.
Emm passou por ela os óculos de sol. Eram feios, do tipo que se
parecia mais com óculos coloridos com fones de ouvido curvos para
se encaixar na parte de trás das orelhas. — O sol pode ferir seus
olhos. Use estes. O protetor facial no capacete é matizado, mas
dupla proteção é melhor. É possível que possa ficar
temporariamente cega de outra forma. Seus olhos não estão
acostumados com este tipo de luz e eu li alguns textos antigos que
mencionaram que pode acontecer pela primeira vez que um
Vampiro se alimenta de uma Gárgula. Apenas fique tranquila. Seus
olhos não serão danificados, mas pode parecer assim.
— Estou com medo. — Ela olhou para Edward.
— Nunca deixaria que nada acontecesse com você.
Ela acreditava nele. — Certo.
— Vamos sair daqui. — Emm destrancou a porta. — Óculos, pequena
pilha. Mova-se devagar e aja normal. Pense em quando você era
humana. Finja que é. Esta matilha sabe que Edward não está aqui
sozinho. Podem acreditaram que você é outro GarLycan.
Ela colocou os óculos, suas mãos tremendo. Edward aproximou-se
dela, segurando seu braço nu. Provavelmente no caso dela se
assustar ou se acovardar.
Emm abriu a porta e a luz brilhante quase a cegou. Ela piscou
algumas vezes. Podia ver, mas tudo estava embaçado e nebuloso.
Emm saiu na frente, colocando sua mochila. Ele ergueu a cabeça.
— Estamos indo embora. O que você exigiu está no porão. Pagarão
por está merda. Ah e ela não está acorrentada. Espero que coma
alguns de vocês, fodidos, quando entrar lá. Ela é forte o suficiente
para estar acordada agora.
— Eu estou com você, amor. — Edward sussurrou. Ele avançou,
puxando-a junto.

Ela pisou voluntariamente na luz solar direta pela primeira vez em


quase trinta anos, mais do que ciente de que seus braços estavam
nus dos cotovelos para baixo e seu rosto e pescoço também.
A pele dela se aqueceu... mas não houve dor. Depois de alguns
passos, também percebeu que estava segurando sua respiração.
Respirou e relaxou.
Edward soltou o braço, parecendo entender que estava bem.
Não podia ver bem, então se concentrou nele, seguindo enquanto
caminhava para uma das motos. Ele pegou dois capacetes, passando
o seu. Ela empurrou-o sobre sua cabeça. Ele colocou o seu próprio,
empurrou a moto e a ligou. Ele empurrou a cabeça coberta e ela
tomou a dica, montando atrás dele.
— Nunca volte ao nosso território! — Gritou um homem.
— Foda-se. — Edward gritou de volta. Ele abaixou a voz. — Segure-
se firme.
Ela envolveu seus braços ao redor de sua cintura e encontrou
apoios para seus pés. A moto não tinha encosto. Emm ligou sua
moto e foi quando Edward acelerou. Emm dirigiu atrás deles pelo
beco.
O sol quente acariciava sua pele. Ainda formigava um pouco, mas
não havia dor. O enorme choque de estar à luz do dia fez com que
a experiência se sentisse surreal. Era algo que nunca teria
esperado que acontecesse novamente em sua vida depois de ser
transformada em Vampiro. Pararam para o tráfego e se fundiram
quando puderam sair do beco. Ela apertou os olhos um pouco, mas
sua visão melhorou depois de alguns quarteirões. Os seres
humanos estavam fora, andando e vivendo suas vidas à luz do dia.
Olhou para o sol, mas instantaneamente a cegou. Abaixou o queixo,
vendo manchas. Não doeu, mas não estava pronta para fazer isso
novamente. Apertou seus braços ao redor de Edward.
Ele soltou sua mão e suavemente segurou a dela sobre a cintura
quando pararam no sinal vermelho. — Tudo ficará bem. Como está
se sentindo?

Ela percebeu que podia ouvi-lo tão bem que deveria haver um alto-
falante dentro do capacete. Não notou quando ela subiu pela
primeira vez na moto. — Estou bem.
— Pode ver alguma coisa?
— As coisas estão um pouco desfocadas, mas está melhorando. É
tão ... brilhante.
Ele riu. — Acostume-se. É minha companheira. É assim que será a
partir de agora.
Ele a atordoou novamente.
— Ouviu?
— Sim.
— Não me arriscarei a perder você. Conversaremos sobre isso mais
tarde, com mais detalhes. Não sei se esses fones de ouvido são
seguros.
— Não fazia ideia de que isso fosse possível.
— Essa é a questão. A rodovia está chegando.
Eles se fundiram com o tráfego e Emm ficou ao lado deles, ambas
as motos compartilhando a pista. Bella apenas apreciou a visão. Sua
visão tornou-se mais clara, ajudando-a a descobrir todos os
detalhes ao redor dela. Não podia ver o quanto de costume, mas
era lindo e de tirar o fôlego ver a luz do sol brilhando em todos os
veículos.
Olhou para a parte do braço que estava exposta. Sua carne não
estava negra, nem mesmo vermelha. Ainda formigava de vez em
quando, mas a sensação era tão fraca que não era alarmante.
Ajustou seu agarre sobre Edward, usando seu corpo e roupas para
ajudá-la a proteger sua pele do sol.
— Você está bem?
— Estou formigando um pouco onde o sol está em mim. Isso é
normal?
— Eu não sei. Ainda não há dor?
— Não.

— Deslize suas mãos sob minha camisa. — Ela fez isso, sentindo
sua pele nua sob as palmas.
— Melhor? Você me diz se algo começar a dar errado. No entanto,
não deveria.
Isso não a tranquilizou. Ele parecia ler sua mente ou adivinhar o
que estava pensando, considerando suas próximas palavras.
— Contarei por que esta lei foi criada. Temos que tomar cuidado,
lembre-se. — Ele fez uma pausa. — Eu sei que uma vez, ambos se
deram bem. Nem sempre se odiavam. Então, os seus queriam os
que meus tinham. Chamaram isso de cura. O que é muito tolo,
porque não é como se tomasse uma vez e durasse para sempre.
Ela assentiu com a cabeça contra ele. — Mas dura por um dia?
— Deveria. É o que as históricas dizem. Às vezes, alguns dias com,
hum, doses regulares.
Alimentação, ela completou silenciosamente.
— Queriam nos usar.
Mais uma vez, pode entender. Vampiros queriam escravizar as
Gárgulas, para beber seu sangue. Mas ela viu a pele dura de
Edward. Provavelmente teria quebrado as presas se tentasse
mordê-lo quando estava cinza escuro. — Aposto que não deu certo.
— Não, não. Qualquer um veio atrás dos meus, morreram. E durou
muito tempo.
— Entendi. —Milhares de anos.
— Então, quem sabia e tentou conseguir o que chamavam de cura
já não existia mais. As batalhas pararam. As leis foram criadas
para evitar que acontecesse novamente.
— Mas você rompeu está lei hoje.

— Eu tive permissão. Nós também estamos aqui e em nenhum lugar


perto de onde essas batalhas aconteceram. Ainda seria um
desastre se alguém descobrisse. Entende?
Podia imaginar. Se o Conselho descobrisse que beber sangue
Gárgula poderia dar-lhes a habilidade de andar no sol, sem
queimar, fariam qualquer coisa para capturarem uma Gárgula.
Todos os ninhos poderiam se unir iniciar uma nova guerra. O rumor
dizia que não havia tantos GarLycans e Gárgulas nos Estados
Unidos. Os Vampiros tentariam isso. Poderiam perder milhares de
vidas no processo, mas valeria a pena se pegaram alguém com
sangue Gárgula para se alimentar.
— Merda. Seria horrível.
— Sim, amor.
— Não podem descobrir. — Ela o segurou um pouco mais apertado.
Edward estaria em perigo.
— Não irão.
— E quanto aos que entraram na loja? Estão esperando encontrar
algo que não está lá.
— Cuidei disso. Emmett deixou algo queimando.
Ela fechou os olhos e aconchegou-se em suas costas, esperando
que os Lycans comprassem que as cinzas que encontraram eram
ela.
— Por que ele disse que você me deixou solta?
Ele riu. — Para ganhar tempo. Eles são medrosos. Quero
desaparecer antes de terem a coragem de entrar e encontrar o
que realmente deixamos para trás;

---x---x---x---

Edward não gostava de quão quieta Bella ficou depois da conversa.


Ele sabia que ainda não estava com dor, já que ocasionalmente
esfregava seu abdômen com a mão. Era uma forma de tortura, já
que teve uma ereção constante depois de mordê-lo.
Eles deixaram o território Lycan há horas. Chamou a atenção de
seu irmão e fez um gesto para seu tanque. Emm lhe deu um sinal
de mão para indicar que entendeu. Eles mudaram de faixa, saindo
da rodovia no próximo posto de gasolina.
— Vamos parar um pouco. Preciso encher o tanque e comer alguma
coisa.
— Certo.
— Como você está?
— Estou bem.
— Sua pele está doendo?
— Não.
— Fale comigo. Estou começando a me preocupar.
Bella hesitou. — Apenas continuo pensando no quanto você arriscou
por mim. Por que fez isso?
— Porque você é minha.
Ele foi para o posto de gasolina e estacionou na frente de uma
bomba. Emmett tomou o lugar do outro lado. Edward tocou sua mão
quando desceu o apoio e desligou o motor. — Pode se sentir dura
por ficar sem andar por horas. Levante-se e estique-se.
— Devo manter o capacete?
— Sua pele está bem? Não esconda nada de mim.
Ela o soltou e desceu. Ele perdeu o peso dela pressionado contra
suas costas. Ela fez o que pediu, levantando os braços acima de
sua cabeça. Seu olhar caiu para seus seios, que foram empurrados
para cima no processo e desejou que ela não estivesse vestindo
roupas.

— Chega dessa merda. — Emmett riu. — Não consigo ver o seu


rosto, mas não há nada de errado com o meu olfato. Pense em sexo
mais tarde. Os banheiros públicos são desagradáveis. Ninguém da
minha família vai se rebaixar assim. Em mais algumas horas, nos
instalamos em algum hotel.
— Motel. —Corrigiu Edward.
— Hotel. Eles têm câmeras e melhor segurança. Queremos manter
a pequena pilha completamente fora do radar sobrenatural. Os
motéis são buffets para a espécie dela. Além disso, não acho que
estamos sendo seguidos, essa era uma rodovia lotada. Nós também
não tivemos tempo de olhar nossas motos quando partimos. O que
pretendo fazer agora, para ver se estão nos rastreando. Vou
encher os tanques. Você entra para comprar algo para comer e
beber. A pequena pilha pode ficar comigo, pois queremos manter
seu capacete. Parecerá estranho entrar assim, alguém pode pensar
que quer assaltar o lugar. Os seres humanos estão muito tensos.
Edward tirou o capacete. — Volto logo. Fique com Emmett, Bella.
— Como cola. — Ela prometeu.
Edward entrou na loja do posto de gasolina, pegando alguns
sanduiches pré-preparados e água para ele e seu irmão. Esperou
na fila e depois pagou. Observou a área, respirando pelo nariz.
Somente os humanos estavam dentro da loja. Gostava que fosse
assim. Ele saiu, jogando a sacola no banco da moto.
— Vou ao banheiro.
— Irei quando voltar. — Emm terminou de encher o tanque da moto
de Edward e se moveu pela bomba para sua própria moto.
— Você está bem, Bella?
Ela acenou com a cabeça para ele. — Sim.
— Volto logo.
Edward entrou no banheiro e usou-o rápido, lavou as mãos e
demorou um minuto para verificar o telefone. Tinha algumas
chamadas perdidas daquele idiota do Sam, uma de Carl e outra de
Jasper. Enviou uma mensagem a ambos os irmãos, informando-os
que estavam na estrada e que ligaria quando se acomodassem
durante a noite.
Ele e Emm comeram rápido, perto das bombas, já que a estação
não estava ocupada. Então, enquanto Emm inspecionava as motos,
Edward verificou a pele exposta de Bella. Ficou um pouco rosa, mas
não o suficiente para alarmá-lo. Caso contrário, a teria arrastado
para o banheiro para que ela se alimentasse novamente dele.
Emm o cutucou. Seu irmão franziu a testa e piscou para a palma da
mão.
Edward identificou o que estava mostrando. — Seu ou meu?
— O seu, sob o assento.
— O que está acontecendo? — Bella aproximou-se.
Emm jogou o dispositivo no lixo com o resto da comida. — Nós
fomos rastreados.
Edward subiu na moto, colocando o capacete. — Sam ainda não
terminou conosco ou queria ter certeza de que nós deixamos seu
território. O idiota provavelmente está planejando algo.
Definitivamente, ficaremos em um hotel esta noite, algo com pelo
menos oito andares. Lycans não voam. Nós podemos.
— Cobertura e espero que eles tenham varandas. —Emm subiu na
moto.
— Mas estamos fora de seu território. — Bella parecia
consternada.
— Acho que esse é o ponto. Ele provavelmente acredita que pode
vir atrás de mim esta noite e não ser culpado se eu morrer.
Realmente não quer uma guerra com GarLycans. Apenas comigo.
Ele é muito covarde para isso.
— Maldito idiota. —Murmurou Emmett.
— Este é Sam.
Então eles estavam na estrada novamente. Poderiam deixar a
rodovia principal, mas as menores levaram a pontos ultrapassados,
o que facilitaria um ataque. Todas as milhas que dirigiam sem que
alguém aparentemente os seguisse fizeram Edward relaxar um
pouco mais. Ainda assim, manteve sua atenção nos retrovisores.
Ele tinha uma companheira para proteger. Não permitia que nada
acontecesse a Bella.

Capítulo 12
A suíte tinha dois quartos principais com banheiro privativo cada,
uma grande sala de estar e uma varanda. Estavam no décimo andar
de uma cadeia hoteleira bem conhecida. Bella manteve a cabeça
baixa enquanto eles se registravam e entravam no elevador.
Emm deixou a mochila perto da porta, dirigindo-se a seu irmão.
— Comerei algo de verdade no restaurante, tomarei uma cerveja
e talvez foderei alguém. Vou tomar meu tempo, já que você tem
uma promessa para cumprir. — Ele apontou para Edward. —
Certifique-se de que o vínculo seja forte. Nós não precisamos de
sua garota atraindo Lycans para nós na estrada amanhã como um
flautista com sua buceta.
— Como? — Bella ficou boquiaberta com Emm.
—Ela não reagirá desta maneira. Estamos em um território
inexplorado. — Respondeu Edward.
— É verdade, mas é melhor estar preparado no caso de acontecer.
Conte-lhe sobre o chamado. — Emm saiu da suíte, fechando a porta
atrás dele.
Bella virou-se para Edward, arqueando as sobrancelhas.
— É uma coisa estranha de Gárgula, porque minha espécie tende a
ser cabeça dura e emocionalmente distante. É possível que você
possa emitir feromônios de: foda-me, que qualquer homem
responderá. Lycans são especialmente suscetíveis, pois têm o
melhor olfato. Pense em uma mulher Lycan no calor, é isso dez
vezes. Faz com que machos Lycan fiquem loucos e entrem em um
frenesi a menos que já estejam acasalados. Mesmo a proximidade
com os seres humanos, apesar de seus sentimentos mais fracos, os
deixarão excitados.
Ela ficou atônita, mais uma vez.

— É verdade. É por isso que se chama o chamado. Seu corpo se


certificará de que a Gárgula queira fodê-la para selar o vínculo e
torná-lo forte. A boa notícia é que conseguiremos foder como
coelhos esta noite para garantir que você seja devidamente
reivindicada. — Ele sorriu. — Não vou me queixar disso. Você sim?
Ela sorriu de volta. — Eu vi coelhinhos fodendo. Então, planeja me
irritar e terminar em cerca de vinte segundos?
Ele soltou a mochila que carregava e a pegou.
Ela riu quando a levantou, jogando-a sobre o ombro e entrando em
um dos quartos. Usou sua bota para fechar a porta. — Talvez não
seja como coelhos, mas não dormiremos muito esta noite. Eu sei
que você está exausta.
— Estou indo bem e de repente me sinto bem acordada.
Ele se curvou, deixando-a de pé ao lado da cama. — Tire as roupas,
amor. Volto logo. — Ele a deixou e entrou no banheiro, fechando a
porta.
Bella tirou os sapatos e a roupa, percebendo que o rosa já
desapareceu de onde o sol a tocou. A descarga soou o banheiro e
depois a água da pia. Ela puxou para longe as cobertas, deitando-
se na cama. A excitação e os nervos a encheram.
Ela sabia que Lycans tinham companheiras e parecia que Gárgulas
também. Mas nunca pensou que ela se tornaria uma companheira.
Companheiros para um vampiro não era tão intenso. Eles
concordaram em viver juntos, estabeleciam regras, mas sempre
podiam se separar se não funcionasse. Esse não era o caso com os
companheiros. Seria um vínculo para sempre, apenas rompido com
a morte, pelo que entendeu.
Era tentador tomar banho. O cheiro de seu cabelo a incomodava,
juntamente com a maquiagem. Saiu da cama assim que a porta do
banheiro se abriu.
Os frios olhos azuis de Edward percorreram seu corpo e ele tocou
a frente de seu jeans. — Você é tão sexy.

— Eu quero um banho primeiro. Estou suada.


— Não dou a mínima. Vamos nos unir primeiro. Tomamos banho
depois.
— Estou fedendo, Edward. Não consigo suportar isso. Usar o
capacete não ajudou com a essa tinta no meu cabelo.
Ele abriu a calça, curvou-se, tirou as botas e as meias. Ele se
endireitou, puxando a calça. A camisa foi a última. Ela olhou para o
corpo dele. Era incrível. Musculoso e plano. Seu pau era grosso e
duro.
Ele sorriu. — Volte para a cama, a menos que queira ficar de pé. —
Ele caminhou até ela. — Nós vamos nos acasalar.
— O que isso implica? Precisa me morder, certo? Nós temos que
trocar de sangue?
—O fluxo irá aparecer um pouco e mordê-la durante o sexo. Isso
provocará o acasalamento em uma Gárgula.
Ela franziu a testa. — Fluxo?
— Preciso mudar parcialmente. As asas vão sair e minha pele irá
descascar levemente. Tomarei seu sangue enquanto a foder. Isso
me fará secretar hormônios que libero em você com meu esperma.
Assim nos acasalamos. Entendeu?
Ela realmente não entendia, mas achava ter entendido o essencial.
— Alguém como você já se acasalou com um vampiro antes?
— Não que eu saiba. Isso não diz que não aconteceu, mas ninguém
escreveu sobre isso nos nossos livros de história que temos nas
falésias. Será minha companheira, no entanto, se o seu corpo
reagir da mesma maneira que as outras mulheres fazem no
acasalamento.
— O que acontece normalmente?
— O chamado, se não nos vincularmos fortemente. Se o fizermos,
poderei rastreá-la em qualquer lugar que estiver. É uma coisa de
companheiros. Meus instintos me levarão até você.

— Como um dispositivo de localização ou algo assim?


Ele parou na frente dela, mas não a tocou. — Sim.
— E quanto a mim? Posso fazer o mesmo?
—Essa é uma coisa de Gárgula, então duvido. Mas
independentemente de nossas respostas físicas a este
acasalamento, você é minha, Bella. Faça o compromisso comigo.
Diga que será minha outra metade.
Ela estendeu a mão e as pressionou em seu peito. — Não posso ter
bebês. Você desistirá de se tornar pai.
Ele não se encolheu nem reagiu de forma alguma. — Estou ciente.
— Acasalamento é para a vida toda, certo? Você é metade do lobo.
— Nós preferimos o termo Lycan. Sim, é para a vida toda, Bella.
Nunca a deixarei ir. Não me importo se não tivermos filhos. Um
dia, se isso mudar, descobriremos.
— Seu sangue pode mudar o meu suficiente para me tornar fértil?
— Nenhum bebê. Haveria avisos escritos sobre isso. Tenho
certeza de que isso é impossível. Desculpe se a fiz se sentir
esperançosa. Andar no sol sem queimar é o melhor que posso lhe
dar.
— Isso não é verdade. Está me oferecendo o mundo. Apenas queria
poder sentir como se estivesse dando-lhe o mesmo. Em vez disso,
estou o amaldiçoando a uma vida sem ter uma família.
Ele se moveu, sentou-se na cama e segurou sua cintura. Puxou-a
para seu colo e segurou-a lá. — Eu já tenho uma família. Meu pai
engravidou minha mãe quatro vezes com o esperma dele. Era um
pai de merda. Não entrarei em detalhes, mas digamos, quando meu
irmão mais novo precisou matá-lo, foi aprovado pelo restante de
nós. Com ênfase no precisou matá-lo. Meu pai deixou Jasper sem
escolha.
—Minha mãe está morta porque era uma Lycan acasalada a um
bastardo de coração frio que nunca a amou. Ele não se importava
se a matasse lentamente com a absoluta negligência de suas
necessidades emocionais.

— A questão é, tinham uma família e veja o quão ruim que acabou.


Um dia, se quisermos crianças, podemos adotar. Encontrei muitos
órfãos, humanos e Lycans, que ajudei a encontrar casas para
depois da merda bater em suas vidas. Outros guardiões
experimentaram as mesmas tragédias e lidam com os
sobreviventes. Posso transmitir isso ao meu clã e até os
VampLycans, se estivermos prontos para ter um filho. Não
poderemos escolher a raça ou o sexo, mas não me importo. Uma
criança que precisa de amor é tudo o que importa. Mas agora, só
quero você. Vamos nos preocupar com o futuro mais tarde.
Ele nunca a deixava de surpreender e deslumbrar.
— Que outros obstáculos mais têm? Continue. Direi como
conseguiremos contorná-los. No final, resolveremos tudo. Isso é o
que companheiros fazem.
Ela passou as mãos nos cabelos... e se aproximou para beijá-lo pela
primeira vez.
Ela tocou seus lábios. Um grunhido suave veio de sua garganta
quando suas bocas se fundiram. Ela sabia que suas presas
deslizavam para fora, mas ele também as tinha. Maiores, mais
perigosas. Deixou o beijo momentaneamente duro, mas ela inclinou
a cabeça um pouco mais e ele estava certo... poderiam resolver as
coisas.
Seu GarLycan podia beijar.
Ele deu a volta, lançando-a sobre as costas e desceu sobre ela na
cama. Abriu as coxas para dar espaço a seus quadris. Ele se moveu
para a posição, movendo seu pau rígido contra sua buceta. Desejo
e necessidade aumentou mais, até que ela gemeu e soltou seu
cabelo, arranhando suas costas. Abriu mais as pernas, envolvendo-
as ao redor de seus quadris.
Ele terminou o beijo. — Desacelere, amor.
Ela adorava a voz rouca e áspera. — Coelhos, lembre-se? Apenas
duram vinte segundos. Quero você dentro de mim.

Ele acariciou seu rosto com o dele e ela expôs sua garganta. O
pensamento dele mordê-la não a assustava. Isso a excitava mais.
Ela se curaria, independentemente de suas grandes presas.
Também confiava nele para não a machucasse. Ele precisava beber
um pouco de seu sangue, mas provavelmente seria pouco.
Ele estendeu a mão e ofereceu o pulso dele.
— Tome, amor.
Ela hesitou.
Ele não o fez. Lambeu sua garganta, deixando beijos quentes e
molhados em sua carne e então suas presas se afundaram em sua
pele.
Ela agarrou seu pulso, para mantê-lo contra a boca enquanto bebia
dele. As presas de Edward deixaram sua pele, mas ela continuou
chupando. Ela gemeu mais alto, movendo a buceta contra seu pau.
Ele ajustou seus quadris e entrou profundamente em um único
impulso. A dor e o prazer apareceram, mas não importava. Ele a
fodia com força e rapidez. A cama rangeu, mas quase não registrou
o som, muito perdida em sangue e êxtase. Seu clímax se construía
enquanto ele entrava cada vez mais forte e de repente ele afastou
o pulso de sua boca. Ela quis protestar, até que percebeu seu pulso,
ainda na mão dela, que não se sentia como deveria.
Bella abriu os olhos, encarando a pele dele, ainda tão perto de sua
boca. Ficou cinza e suas asas estavam abertas sobre eles, cobrindo
a cama ao redor. Eram pretas e bonitas.
Ela soltou o pulso e estendeu a mão para elas, passando a ponta
dos dedos pela superfície aveludada que se endureceu enquanto o
acariciava.
Edward grunhiu e moveu-se violentamente, enviando-a ao limite.
Ela gritou seu nome quando seu clímax a atingiu. Ela esqueceu suas
asas ou que ele descascou parcialmente dentro dela, sobre ela.
Bella fechou os olhos para atraí-lo enquanto prolongava o prazer e
continuava se movendo.
Finalmente, ele ficou tenso, curvou os quadris e gemeu seu nome.

Seus quadris empurravam com cada fluxo de sêmen que disparava


contra ela. Seus corpos se sentiam fundidos. Ele a prendeu
firmemente na cama, suas asas ao redor deles e se agarrou a ele.
Acalmou o movimento de seus quadris finalmente, respirando com
dificuldade.
— Porra. Fui muito duro?
Ela sorriu. — Adorei isso.
— Dei um novo significado a duro, não?
Ela passou os dedos pela sua pele. Era suave e flexível novamente.
Não mais essa textura estranha. — Não tenho queixas.
— Apenas está noite, se eu lhe oferecer um pouco de sangue, tome
rápido. Não quero deixar seus dentes na minha pele.
Ela deixou esse significado por trás do conceito se afundar. —
Merda.
— Sim. Isso poderia ser ruim.
— Isso já aconteceu?
— Uma vez. — Ele se levantou um pouco.
Seu olhar encontrou o dele. — Quer me contar sobre isso?
— Um bastardo me surpreendeu em um clube. Ele caiu sobre mim
como uma aranha do teto antes de ouvi-lo ou me morder. Ele
afundou suas presas no meu ombro. Descasquei instantaneamente
e depois o afastei de mim. As presas ficaram grudas. Ele não.
Ela estremeceu.
— Sim. Minha pele fechou as presas no lugar. Isso arrancou seus
dentes. Ele ainda gritava da dor e choque enquanto arrancava sua
cabeça. Ele era um cara ruim que precisava morrer de qualquer
maneira, já que não tinha certeza se conseguiu beber um pouco do
meu sangue antes de reagir. Voltei ao normal e arranquei as presas
da pele. Parece que se transforma em cinzas se forem removidas
do Vamp primeiro. Eu dei-as como um presente para a mulher Lycan
que ele sequestrou.

Ela se arrepiou com a ideia de ter suas presas arrancadas. Seria


uma morte agonizantemente lenta. Não conseguiria se alimentar
sem elas e morreria de fome ao longo do tempo. Presas não
cresciam novamente. — Por que ele sequestrou uma fêmea Lycan?
— Queria procriar com ela. É contra a lei que alguém procrie com
um VampLycan sem permissão.
— Ele conseguiu?
— Não. Fui chamado depois que ele tentou sequestrar algumas
mulheres de uma matilha na Geórgia. Conseguiram combatê-lo. Eu
já estava na cidade quando ele realmente pegou uma. Rastreei seu
aroma para onde a levou. Ela tinha uma mente forte, ele ainda não
tinha conseguido tomar a mente dela. Com o tempo poderia tê-lo
feito, mas eu a localizei muito rápido.
— Por que queria fazer isso?
Ele encolheu os ombros. — Quem sabe? Eu não disse exatamente
uma merda. Ele morreu e o problema foi resolvido. A fêmea Lycan
voltou para sua família com suas presas como uma lembrança de
sua provação. — Ele ajustou seu corpo sobre o dela, beijando seus
lábios. — Não fale mais. Estamos nos acasalando, amor. Está pronta
para continuar? Eu estou.
Ele ainda estava dentro dela, duro e começou a mover lentamente
seus quadris. Ela o beijou, fechando os olhos. Parecia que
GarLycans não precisavam de tempo de recuperação como os
homens humanos. E estava totalmente de acordo com isso.

---x---x---x---

Edward pediu serviço de quarto e encontrou o garçom na porta


antes que pudesse bater e acordar sua companheira. Bella dormiu
depois de horas fazendo amor, finalmente cedendo à sua exaustão.
Os Vampiros não eram como GarLycans. Precisavam de sono diário,
algo que foi negado enquanto viajavam na moto. Ele pagou em
dinheiro e dispensou o humano.
Ele sentou-se à mesa, comeu e enviou mensagens de texto para
Emmett. Seu irmão respondeu que retornaria em breve. Ele ligou
para Jasper em seguida, não preocupado com o fato de ser
madrugada. Seu irmão mais novo atendeu imediatamente.
— Você está seguro com sua companheira?
— Sim. Entendo que Garrett o atualizou?
— Sim. Uma Vamp? — Jasper riu. — Você sempre foi rebelde e
nunca seguiu as regras. Vou colocá-lo no viva-voz. Estou com Carl.
Isso o surpreendeu. — O que Carl está fazendo no Alasca?
— Eu não estou. — Respondeu Carl. — Jasper veio até mim. Ele
pegou um vôo de Anchorage para Seattle ontem e depois pegou
outro vôo para me encontrar na noite passada. Estamos atualmente
dirigindo por Utah em direção às fronteiras do Colorado e
Wyoming. É aí que Garrett disse que você estaria quando falamos
com ele. Estávamos esperando que ligasse. Onde você está?
— Arizona. Voltem para cá. — Ele lhes deu a cidade e o hotel. —
Nós colocamos algumas horas ontem e muitas milhas, mas tivemos
que parar antes que o sol descesse. Esse idiota do Sam colocou um
rastreador na minha moto, mas descobrimos logo depois que
cruzamos a fronteira do Novo México.
— Acha que ele está planejando atacá-lo? — Carl fez uma pausa.
— Coloque o endereço, Jasper.
— Estou olhando para o mapa. Está a cerca de seis horas de carro
daqui, mas com você ao volante, podemos estar lá em cinco ou
menos.
— Nós poderíamos abandonar o carro e voar. É mais rápido.
Jasper hesitou. — Não, Carl. Não conseguiremos fazê-lo a tempo
antes do nascer do sol. Mesmo na velocidade máxima, ficamos
aquém de alcançá-los. Estamos presos neste carro com seu pé no
acelerador. É incrível que não fomos parados ainda. Você está
fazendo duzentos quilometro por hora.

— Não há merda aqui. Você vê muitos outros carros neste momento


na estrada? Não, você não vê.
— É chamado de interestadual. Tanto para você ser o irmão mais
velho e mais sábio.
Edward tomou um sorvete e sorriu, ouvindo os irmãos discutirem.
Uma viagem rodoviária com ambos presos dentro de um carro
soava infernal. — Nós ficaremos aqui até chegarem. Quanto à
pergunta que fez, Sam não enviou ninguém atrás de nós até agora.
Parece que colocou um rastreador na minha moto para garantir que
deixasse seu território. Estamos alerta apenas no caso. — Ele deu-
lhes o número do quarto logo que a porta se abriu e Emmett entrou.
Ele fez um gesto para que se assentasse desde que pediu comida.
— Estamos a caminho. — Jasper desligou.
Emm sentou-se à mesa e inalou. — Cheira como se tivesse se
vinculado muito a sua companheira. Bom.
— Fale baixo. Bella está dormindo
— Os Vampiros costumam fazer isso durante o dia.
— Ela não pode ontem. Estava exausta. Jasper e Carl estão a seis
horas de nós. De acordo com Jasper, podem fazer isso em cinco
com a forma como Carl dirige.
A surpresa cintilou no rosto de Emm. — Merda. Acho que deveria
ter atendido quando ambos ligaram, mas achei que quisessem os
detalhes sobre você e a pequena pilha. Essa é a sua situação para
explicar a eles.
— Mataria você se a chamasse de Bella? Ela é minha companheira.
— Ela está se ajustando ao meu apelido. É tão fofo quanto ela. Não
estou sentindo o chamado. Pelo menos, não tenho uma ereção.
— Não seja um idiota.
— Estou sendo honesto. Você selou o vínculo ou ela não sofrerá os
efeitos de acasalar com você soltando feromônios. O que acha?
Teve ação o suficiente para evitar ou é porque ela é uma Vamp?

— Eu não sei. Esta é a primeira vez tenho uma companheira.


— Não merda. — Emm abriu o guardanapo e cavou no prato mais
próximo. — Espaguete com almôndegas. Meu favorito.
— Eu pedi para nós dois.
— Isso deve ser estranho.
— O que?
— Ter uma companheira com quem nunca compartilhará o jantar.
Ou devo dizer um café da manhã considerando a hora.
Edward franziu a testa. — Não importa.
Emm encolheu os ombros. — Pense em todo o dinheiro que você
economizará ao longo dos anos. Sem noites comemorativas em
restaurantes elegantes para impressioná-la. A conta do
supermercado não aumentará a menos que precise comer mais para
manter seus níveis de sangue depois de lhe der sua veia.
Edward o afastou. — Onde você esteve?
— Fiquei no bar até fechar para ficar de olho no lobby. Nenhum
Lycan apareceu. Então levei a garçonete quente para outro quarto
que reservei no terceiro andar com uma vista para o
estacionamento. Eu a peguei contra a maldita janela. Ela não
pareceu se importar. Consegui fodê-la enquanto vigiava. Duvidava
que os Lycans usassem o estacionamento com manobrista da forma
como fizemos. — Ele piscou. — Tinha acabado de tomar banho e
estava vindo para cá quando me enviou mensagens de texto.
Planejei ficar lá caso alguém da matilha de Sam chegasse. Estou
desapontado por não terem feito.
— Por que porra colocariam um rastreador na minha moto se não
planejassem vir atrás de mim?
— Por serem idiotas? Talvez simplesmente quisesse ter certeza
de que você deixou seu território e sabendo para onde foi. Quem
sabe? Não era a lâmpada mais brilhante da árvore.

Edward assentiu, comendo mais. — Talvez.


— Ele ligou?
— Seis vezes. Sem mensagens ou textos. Desliga quando não
atendo.
— Aposto que ficou irritado quando enviou seus executores para
aquela loja, apenas para descobrir cinzas no porão.
— Apenas espero que eles tenham comprado que era Bella e não
suspeitem de nada.
— Quem porra pensaria que a mulher que saiu conosco era um
Vampiro? Havia luz solar direto ao sobre ela enquanto subia na
moto com você. Eles nos observaram sair. Ela não se transformou
em cinzas. Ele vai acreditar que ela era uma dos nossos.
Edward esperava assim. — O Conselho precisa ser tratado.
— Também estava pensando nisso. Se esse Mestre era protegido
por alguém em seu Conselho, não ficarão satisfeitos quando
descobrirem sobre sua morte. Seria estúpido mandar mais
assassinos atrás dos Lycans. É possível ainda assim.
— Não estou disposto a arriscar. Odeio Sam, mas sua matilha não
deve pagar com a perda de vidas, porque ele é um idiota.
— Concordo. Vamos esperar nossos irmãos chegarem e fazer uma
viagem esta noite.
— Onde? Nós não sabemos como entrar em contato com o
Conselho.
— Não, mas você disse que havia outro assassino na cidade de Sam.
Edward assentiu. — Kate, amiga de Bella. Ela pode ter fugido se
encontrou o rastreador de Bella com as cinzas no beco.
— Disse que elas são amigas. Simplesmente se afastaria se seu
amigo estivesse morto ou ficaria para encontrar o bastardo
responsável?
— Tem um ponto. A menos que lhe mandassem sair.
— Nós podemos ter esperanças de encontrar Kate. Ela terá um
número para o Conselho.
— Não quero torturá-la. Seria doloroso para Bella.
— Porra, inacreditável.
Edward segurou o olhar de seu irmão. — O que?
— Antes disso, teríamos matado está Vamp apenas porque ela é
uma assassina para o Conselho. Agora você é todo gatinho e
cachorrinho, doce com sua companheira e ainda quer poupar a vida
de sua amiga. Assassinos são assassinos, Edward.
— Assim como nós. Isso não significa que o fazemos por diversão.
Kate não teve escolha senão trabalhar para o Conselho. Mesmo com
Bella. Eles são servos liderados por seus Mestres e a recusa
significa a morte. Vamos ver se podermos rastrear Kate e chegar
ao Conselho para enviar-lhes uma mensagem. Diremos que a
mantivemos viva como um gesto de boa fé.
Emm suspirou. — Bem. E a pequena pilha? Nós a deixamos aqui por
conta própria? Está segura? Odeio a ideia de voar horas de
distância, provavelmente ter que passar um dia inteiro longe dela
e ela ficar indefesa.
— Pedirei a Jasper para ficar com ela. Nós três podemos lidar com
o maldito Conselho Vampiro.
— Escolheu ele porque está acasalado, não foi? — Emm sorriu. —
Os instintos são uma cadela.
— Foda-se.
— Eu não pegaria sua companheira. Posso ser um idiota, mas nem
tanto. Você me conhece melhor que isso.
— Não disse que você faria. Sei que é honrado.
— Sou, mas eu concordo. Jasper é a melhor escolha para ficar de
guarda.

Capítulo 13
Bella se esticou e procurou cegamente através da cama por
Edward. Ela tinha um companheiro. Era um conceito estranho, mas
maravilhoso.
Tudo o que sentiu foram os lençóis e um espaço vazio ao lado dela.
Abriu os olhos e sentou-se. Os murmúrios suaves das vozes
masculinas vieram até ela. Duas delas pertenciam a seu
companheiro e Emm. A outro não estava familiarizada. Saiu da
cama e entrou no banheiro, já que não havia sons de luta.
Curiosidade a fez apressar-se no banho. A tinta preta escorria
pelo corpo molhado. Ela fez uma careta quando usou o shampoo e
condicionador no cabelo, perguntando-se se tudo seria lavado. Não
demorou muito para descobrir quando saiu do banho quente e
envolveu uma toalha ao redor do corpo, olhando o espelho cheio de
vapor. A cor desapareceu, mas ainda não estava loira natural.
Estremeceu, esperando que nunca mais tivesse que usar essas
coisas enlatadas novamente.
Saiu do banheiro e vestiu as roupas do dia anterior. Uma vez
vestida, se aproximou da janela e cuidadosamente afastou a
cortina, abrindo espaço para a luz do sol entrar. Empurrou a mão
livre para dentro da luz. Não queimou. Sua pele nem sequer
formigou.
— Merda.
As vozes silenciaram na outra sala e segundos depois, a porta se
abriu, Edward aparecendo. Ele fechou atrás dele e sorriu. — Você
está bem? Nós ouvimos você acordar, entrar e sair do banho, mas
então xingou.
Ela abriu as cortinas até o final, de pé na frente da janela para
olhar para fora. A visão dos edifícios e casas, muitas terras à
distância onde a população não se espalhava era bonito. Sua visão
não era tão nebulosa como antes. Os detalhes eram claros e
nítidos. Simplesmente não era como a noite. — Estou bem. Apenas
atordoada.
Ele apareceu atrás dela e envolveu seus braços ao redor de sua
cintura, suas costas contra sua frente. Seu queixo descansava no
topo da cabeça. Ele inalou. — Você cheira melhor.
Ela sorriu. — Sim. Shampoo e condicionador são uma coisa
maravilhosa. Esta tinta para o cabelo não era. O travesseiro está
manchado onde dormi. Percebi isso quando saí da cama.
— Não importa. Como estão seus olhos?
— Muito melhor.
— As doses diárias do meu sangue devem ajudar. Vai se ajustar ao
longo do tempo.
— Não preciso me alimentar todas as noites.
—Irá enquanto estivermos viajando. Não a quero suscetível ao sol,
amor.
— Isso é tão estranho, Edward. Ainda me assusta um pouco.
Ontem, estava chocada com o fato de estar no sol e preocupada
que seríamos atacados. Meu foco estava em você. Hoje, tudo me
atingiu. Estou aqui parada, não ardendo e vendo essa vista. Não em
uma tela de televisão.
Ele a virou nos braços. — Olhe para mim.
Ela olhou para ele, colocando as mãos em seus braços.
—Acostume-se. Este é o seu novo normal. Não a quero vulnerável
e queimada. Estamos acasalados. Isso nos torna um time. Meu
sangue é seu. Irá tomá-lo para que não tenha vulnerabilidades.
Ela assentiu, não querendo brigar com ele, já que não tinha vontade
de fazê-lo. — Mas é um milagre. É como me sinto. Quem está aí?
Ouvi uma voz que não conheço.
— Meus outros dois irmãos chegaram cerca de vinte minutos atrás.
Eles gostariam de conhecê-la.

Ela sentiu sua coragem sumir.


— Está bem.
— Estão irritados? Quer dizer, sobre o que eu sou?
— Não. Estão felizes por eu ter uma companheira. É o que todos
esperam encontrar.
— Você nunca dormiu com a mesma mulher duas vezes. Eles devem
estar chocados.
— Você é especial para mim, no entanto. Eles estão cientes disso.
— Como pode dizer isso? Você não me conhece tão bem. Eu mudei
muito depois de me tornar um Vamp. Ontem foi tão frenético e
agora que estamos seguros... você se arrepende? Sentiu-se
forçado a acasalar-me porque era a única maneira de me salvar?
— Nunca. Sem arrependimentos, Bella. Você é minha. Você ainda é
doce, apenas mais forte. Acho que você é perfeita. Faremos isso
funcionar. Eu sempre fui atraído por você de maneiras que ninguém
mais me fazia sentir. Era um sinal. Agora que a encontrei de novo,
nunca a deixarei ir. — Ele fez uma pausa. — Na verdade, agradeço
que você não seja mais humana.
Isso a surpreendeu. — Por quê?
— Temia que minha vida a horrorizasse se descobrisse que não era
humano. Que se a deixasse entrar, fugiria no segundo que contasse
a verdade. Alguns humanos ficam mentalmente perturbados
quando descobrem que eles não são a únicas coisas que andam
nesta Terra ou no meu caso, às vezes voam sobre ela. Teria que
pedir um favor a um amigo VampLycan para limpar suas lembranças
e mantê-la segura antes de me afastar. Agora não tenho que deixá-
la ir.
Ela piscou as lágrimas. Ele era o doce, não ela. — Estamos juntos
por toda a vida. É meu compromisso.
— Bom. Agora venha conhecer todos meus irmãos. Podemos
precisar de sua ajuda.

— Em que?
— Como assustar o Conselho. Nós não queremos que enviem alguém
atrás da matilha Lycan desde que exterminei seu ninho.
— Eu não acho que irão.
—Não estou disposto a arriscar. Precisam saber que o que
aconteceu não é aceitável. As crianças de Lycan morreram. Se
estiver certa e alguém no Conselho estava protegendo Marco,
também precisam saber sobre isso.
Ela entendeu. Alguém enviou ela e Kate para matar o executor que
acreditavam estar ali para eliminar o ninho de Marco. Isso nunca
deveria ter acontecido se alguém tivesse investigado o que
realmente estava acontecendo. Marco conseguiria uma sentença
de morte. Ninguém mais. — Eu tenho uma ideia.
— Nós também. — Ele hesitou.
— Qual?
— Não tenho planos para ferir sua amiga Kate, mas acho que ainda
está no Novo México à procura do assassino de sua amiga. Eu não
deixaria isso ir se alguém matasse um dos meus amigos. Ela tem o
contato do Conselho. Quero chamar uma reunião com eles. Meus
irmãos e eu vamos capturá-la para pegar seu telefone.
Ela mordeu o lábio. — Eu posso chamá-la.
Ele inclinou a cabeça levemente, franzindo a testa.
— Não me lembro de todos os números do meu celular, mas Kate é
diferente. Nós memorizamos os números uma da outra no caso de
emergência. Não precisa caçá-la. Apenas me dê acesso a um
telefone. — Ela precisava dizer isso. — Obrigada por não ir atrás
dela antes, quando sei que poderia tê-lo feito.
— Não me perguntou se a vi.
— Tinha medo da resposta no caso ter ido ao hotel. Queria fingir
que estava bem.

— O último que sempre quis fazer é machucá-la, Bella. Matar sua


amiga colocaria uma distância entre nós.
— Eu teria entendido, embora.
Ele ergueu o queixo, inclinou-se e roçou os lábios sobre os dela. —
Obrigado por isso. Agora, meus irmãos esperam.
Ele a soltou, recuou e ofereceu sua mão. Ela apertou, sentindo-se
um pouco nervosa. Poderia estar acasalada com um GarLycan, mas
ainda era um conceito assustador estar em uma sala com quatro
deles. Mas Emm parecia gostar dela. Ele foi gentil, mas não se
esqueceria de quando disse que a mataria se fosse necessário.
Edward abriu a porta do quarto e levou-a para a sala de estar.
Emm estava sentado na mesa pequena e dois homens grandes
estavam sentados no sofá. Ela podia ver a semelhança familiar,
pelo tamanho e cabelos castanho acobreado. Algumas de suas
características faciais eram as mesmas. Ambos estavam de pé,
mostrando suas alturas impressionantes, assim como seu
companheiro. Aquele com o cabelo mais longo sorriu.
— Eu sou Jasper. Você deve ser Bella. Bem-vinda à família.
Ele não ofereceu sua mão, mas novamente, ele não era humano. Ela
apenas sorriu de volta. — Obrigada. Prazer em conhecê-lo.
— Ela é realmente uma sanguessuga.
Edward ficou tenso ao seu lado e soltou a mão, avançando. — Carl.
Ela é minha companheira. Seja legal, caramba.
Os olhos de Carl pareceram mudar enquanto observava. Eles
passaram de um azul turvo para algo um pouco roxo e para uma
sombra mais pálida. Ele olhou fixamente para seu companheiro.
Seu olhar se encontrou com o próximo. — Sinto muito. Encontrei
muito ninhos ruins. É o meu principal trabalho. Bem-vinda à família.

— Obrigada. Eu também não sou um grande fã de Vampiros.


Sempre digo que gosto de um em cada dez que conheço. Eu entendo
totalmente. Alguns são verdadeiros idiotas com um complexo de
Deus.
As sobrancelhas se arquearam.
— Estou falando sério. —Admitiu ela.
Ele lentamente deixou seu olhar vagar por seu corpo antes de
encontrar o olhar dela novamente. — Acho que você não pediu para
ser transformada, verdade?
— Não. Não o fiz. Fui sequestrada para ser a nova aquisição de um
doente em um harém de escravas sexuais que ele mantinha em seu
porão. Minha amiga Kate e eu éramos recém transformadas. O
Conselho, que aniquilou esse ninho, decidiu que ainda não estávamos
contaminadas e nos colocaram no programa de treinamento para
assassinos. Kate me assegurou muitas vezes que nos fizeram um
favor. Ela passou uma semana lá, antes que eu chegasse. Aceitei
sua palavra sobre isso, já que o Mestre nunca colocou suas mãos
em mim. Ela não teve tanta sorte.
Edward colocou o braço ao redor dela. — Eu teria a procurado se
soubesse que um ninho a levou.
Ela virou a cabeça, olhando para ele. — Está bem. Deixe ir.
— Deveria ter verificado você quando não voltou ao trabalho.
— O Vamp que me sequestrou levou meu carro. Eu o vi estacionado
fora quando o Conselho nos levou do prédio. Saberia que algo
estava errado se ele tivesse deixado o carro. Isso já passou.
Ele não pareceu feliz, mas deu um forte aceno.
Carl limpou a garganta. — Tenho algumas perguntas para você,
Bella.
Ela olhou para o irmão de Edward, tenso. Passaram-se muitos anos
desde que namorou, mas lembrou-se de conhecer as famílias de
alguns homens. Eles sempre quiseram perguntar sobre sua família
e educação. Ela temia isso sempre. As coisas não mudaram. — Bem.

— Quero que me conte tudo sobre os assassinos. Quantos. Onde


estão. Que tipo de treinamento eles têm. — Ele fez uma pausa. —
As regras que seguem ou se sentem que estão acima da lei.
— Vamos, dê uma pausa, irmão. — Emm ficou de pé e caminhou para
ficar do outro lado. — Ela é a companheira de nosso irmão. Não é
alguém para você interrogar.
— Está bem. Eu entendo. — Ela manteve o olhar de Carl. — Você
disse que seu trabalho principal é matar Vampiros. É uma
informação importante. Ficarei mais do que feliz em responder
suas perguntas.
— Mais tarde. Primeiro, precisamos lidar com o Conselho. —
Edward a deixou ir e pegou o celular, apertou o polegar e segurou-
o. — Kate atende o telefone durante o dia?
— Sim.
Ele hesitou, observando os olhos dela. — Está certa de que pode
confiar nela para não revelar que está viva para o Conselho?
— Ela morreria antes de fazer algo assim.
— Você não pode contar a ela tudo.
— Eu sei.
— É uma sentença de morte. — Disse Carl. — Você diz a ela que
tomar nosso sangue pode fazê-la suportar o sol e ela é torrada. Eu
pessoalmente a caçarei.
Ela olhou para ele. — Isso colocaria meu companheiro, seu irmão,
em perigo. Nunca faria isso.
Edward apertou o telefone na mão. — Quero um número para o
Conselho. Você se importa em fazer a ligação aqui? Confio em você.
Meus irmãos terão que conhecê-la melhor. Eles se preocupam com
as mulheres.
Ela sorriu, aceitando o telefone. — Sem problemas.

Bella sentiu-se nervosa enquanto ligava para Kate. Soou três vezes
antes de atender o silêncio a cumprimentou. Segundos marcados.
— Sou eu.
— Oh, meu Deus fodido! — Kate explodiu. — Você está viva?
— Por que não disse olá?
— Número desconhecido. Olá. Não posso acreditar que está viva!
Como? Por quê? Onde porra você estava? Merda! Eu disse ao
Conselho que você estava morta. Encontrei seu rastreador em uma
pilha de cinzas e seu telefone a poucos metros de distância, perto
de uma lixeira. Que merda, Bella? Chorei muito!
— É uma longa história. Sinto muito. Estou viva, mas o Conselho
não pode descobrir. Você sabe o que acontecerá.
— Eles irão caçá-la e matá-la de maneiras que serão histórias
épicas de horror para compartilhar durante séculos com outros
assassinos. Em que porra você estava pensando? Não pode fugir
com algo assim. Alguém a verá em algum momento. Podemos
consertar isso! Pensaremos em algo. Como os Lycans a torturaram
e fingiram sua morte para que pudessem mantê-la por mais tempo.
Algo assim. Não a deixarei morrer! Onde você está? Como pode
planejar isso sem me dizer? Nunca guardamos segredos. — Kate
ofegou fundo e começou a chorar.
Bella sentiu-se como uma merda. Edward deu um passo atrás dela,
colocando seus braços ao redor dela. Sabia que ele e seus irmãos
podiam ouvir a conversa telefônica com clareza, embora não
estivesse no viva-voz. Sua audição era ótima e Kate não estava
exatamente gritando, mas não estava sussurrando em seu estado
de aborrecimento.
— Está bem. É complicado. Sinto muito, mas nada disso foi
planejado. Não faria isso com você.
— O que aconteceu? Tem certeza de que está bem?

— Estou bem. Segura. Sem rastreador. — Bella recostou-se contra


o corpo sólido e quente de Edward, confortando seu companheiro.
— Você não pode dizer a ninguém que estou viva.
— Não merda! — Kate fungou, parecendo se acalmar. — Eles a
teriam rastreado até os confins da Terra! Ninguém escapa do
Conselho. Não vou perde-la de novo. Fiquei uma bagunça, já que
encontrei essas cinzas, pensando que você estava morta. Quase
andei até o telhado naquela manhã para encontrar o sol. Somos
parceiras. Então imaginei o que você diria se eu tomasse a saída
fácil. Sabia que você queria que esperasse por mais doze anos para
se juntar a esse ninho em Los Angeles.
— Sinto muito.
— O que aconteceu? Onde você está? De quem eram aquelas que
encontrei?
— O idiota Vamp seguindo aquela garota.
Kate bufou. — Sabia que você iria matá-lo. E daí? Matou o imbecil
e decidiu oi, vou arrancar meu rastreador e fingir minha própria
morte? Por que não me disse primeiro? Eu a teria ajudado. Sempre
cubro suas costas. Mesmo quando faz merda muito estúpida.
Bella virou a cabeça, olhando para Edward. Ela não sabia o quanto
podia dizer a Kate. Ele soltou sua cintura e segurou a mão do
telefone, levantando-o um pouco.
— Olá, Kate. Meu nome é Edward. Eu sou um GarLycan. Fui eu em
quem removeu o rastreador de Bella. — Ele fez uma pausa. — Nós
nos conhecemos quando Bella ainda era humana. Tirei-a daquele
beco e esteve comigo desde então. Esta é a primeira vez que lhe
entrego meu telefone para ligar para você. — Ele tocou no
telefone. — Você está no viva-voz. É seguro falar. Não vou permitir
que nada aconteça com Bella. Ela é meu coração.
— Merda sagrada. — Murmurou Kate. — Sério?
— Parece que GarLycans deixam o Alasca depois de tudo. — Bella
murmurou.

— Uau. — Kate soava atordoada. — Certo. Olá, Edward. Minha


amiga disse que somos propriedade do Conselho por mais doze anos
e eles nunca nos deixariam ir antes? Eles terão todos a seguindo.
De jeito nenhum, irão deixá-la ir. Encorajaria mais de nós a fugir.
Não podem deixar isso acontecer.
— Ela está segura. Isso não acontecerá. Acreditarão que ela está
morta. Mesmo se descobrissem, nunca permitirei que a
machuquem. Ela é minha companheira.
Kate ofegou. Mas se recuperou rapidamente. — Espere, se você a
conheceu quando ela era humana, por que você não ficou com ela
então? Quer dizer, eu não sei muito sobre o acasalamento, mas as
raças com companheiros costumam ter instintos sobre essa
merda, certo? Bella? Por que não mencionou esse cara para mim?
— Eu fiz.
— Oh não. Eu lembraria um nome como Edward.
— Ele tinha o apelido de Ice.
— Merda! — Kate murmurou. — Bingo. Temos um vencedor. O da
bunda gostosa. Cara, ela falou muito sobre você. Era o único com o
traseiro incrível, mas que um idiota que não lhe daria a hora do dia.
O que aconteceu com isso se é sua companheira?
— Certo. Isso é relembrar o suficiente. —Disse Bella.
Edward riu. — Você gostou da minha bunda, hein?
— Ela disse que você tinha uma dura. — Acrescentou Kate.
— Pare. — Ordenou Bella.
Kate suspirou. — Obrigada por me informar que você está viva.
Merda bateu por aqui. Eu precisava de boas notícias.
Bella ficou tensa. — O que está acontecendo?
— Alguém, seu companheiro, é meu palpite, destruiu o ninho. O
Conselho enviou reforços para fazer um exemplo da matilha. Antes
do amanhecer, uma equipe de seis apareceu. Não recebi nenhum
aviso até que ligaram para realizar uma reunião. James é o
responsável. Esta noite, devemos observar a matilha e na noite
seguinte, derrubá-los com força. É tudo uma merda, Bella. A única
coisa que fiz foi falar com eles sobre não matar qualquer das
crianças ou os membros civis da matilha. Apontei para o idiota que
isso chegaria aos VampLycans. Uma coisa é derrubar um Alfa e
seus executores. Algo completamente diferente é matar mulheres
e crianças. Ele realmente não me ouviu.
— Quem é James?
— Ele está no nosso grupo. —Explicou Bella à Edward. —
Completamente idiota. Edward. Fale sobre o complexo de Deus. Ele
é um caso extremo. Nós o odiamos.
—Para dizer o mínimo. —Murmurou Kate. — Ele é um cruel
bastardo. Há rumores de que pediu para ser transformado apenas
para se tornar um assassino. É como se fosse seu objetivo ser o
assassino mais brutal de todos para impressionar o Conselho. E ele
é o animal de estimação favorito. Atribuem a ele missões de
liderança quando uma equipe maior é necessária. Ele sempre
parece estar nessa.
— Precisamos de alguns números para chegar ao Conselho. —
Edward informou a Kate. — Não apenas de Corski, mas Bella
mencionou algo sobre ter um número secundário no caso dela não
conseguir. Deve ser outro membro do Conselho, certo?
— Não. O outro número pertence a Robin. Esse é o segundo de
Corski. Tive que ligar uma vez quando ele não atendeu. Bella tinha
os mesmos números. Por que você quer chegar aos membros do
Conselho? — Kate fez uma pausa. — Se não se importa com a minha
pergunta.
Bella olhou para Edward. Ele assentiu, deixando-a saber que
poderia compartilhar esse detalhe com sua amiga. — Nós fomos
enviados para matar um executor Lycan, mas a verdade era que
Marco e seu ninho sequestraram e mataram os filhotes, Kate. Era
por isso que Edward estava lá.

— Que merda! — O choque de Kate era óbvio. — Mas que porra? O


investigador deveria ter apresentado isso ao Conselho. Nossas
ordens... — Ela ficou em silêncio.
— Você está pensando o mesmo que eu. — Bella suspirou. — Alguém
mentiu para o Conselho. Eles teriam nos ordenado eliminar Marco
e seu ninho por matar crianças Lycan. Diz tudo, não é?
— Corski nos deu essas ordens. Porra. Por que ele tomaria o lado
de um Mestre? Eles eram amantes? Amigos? Família?
— Quem sabe? Suas ordens podem ter vindo do Conselho e é
possível que ele não estivesse envolvido. Nós não sabemos quem
mentiu. — Bella recostou-se novamente contra Edward. —
Esperávamos que o número secundário fosse de outro membro do
Conselho, caso fosse Corski, no entanto.
— Alguém estava protegendo esse ninho. De jeito nenhum o
Conselho nos enviaria para eliminar um executor se soubessem a
verdade. — Kate disse. — Que bagunça. — Ela ficou quieta por um
momento. — Sabe quem teria outros números do Conselho? James
e os assassinos que ele está liderando. Corski não o enviou aqui.
Alguém mais no Conselho o fez.
Bella ficou surpresa. — Você tem certeza? Nunca ouvi falar disso
antes. Nós sempre recebemos nossas ordens de Corski.
— Hum sim. Tenho certeza. —Confirmou Kate. — Corski entrou em
contato comigo esta manhã para ver se descobri o que a matou e
perguntar se eu ouvi algo de Marco. Digamos que ele não pareceu
feliz quando o informei que James estava aqui e cinco assassinos
de uma casa diferente estavam com ele. Também tive que informá-
lo de que Marco estava morto.
Bella ficou estupefata. — Assumi que a equipe era da nossa casa.
— Não. Apenas Vasquez. Não tive a chance de conversar com os
outros para ver de onde são. Quando comecei a protestar por
atacar todo a matilha, James agarrou meu braço e me levou para
outra sala para ouvir o que eu tinha a dizer. Quando terminamos,
me ordenou que fosse embora. Ele e seu time não estão
hospedados neste hotel, mas na rua. O que também é estranho.

Geralmente, recebemos salas agrupadas. Eu até perguntei se ele


queria que eu mudasse de hotel e disse que não. Esperava que esta
noite, quando reconciliássemos, tivesse a chance de descobrir de
onde vieram os outros membros da equipe e como acabaram com
James nessa tarefa.
— Isso é estranho. — Admitiu Bella, olhando para os olhos de
Edward. — Nós sempre dormimos juntos, geralmente no mesmo
andar, para cobrir uns aos outros, se a merda nos atingir.
Especialmente se estamos lidando com um grande grupo de
qualquer tipo, a ameaça está ali.
Edward franziu o cenho. — Kate, quero que você me faça um favor.
— Tudo bem. — Ela pareceu um pouco hesitante.
—Esta noite, quando se encontrar com essa equipe, diga-lhes que
recebeu uma mensagem que um GarLycans deixou na recepção do
hotel. Atue confusa sobre como descobrimos quem você é e onde
está. Vou lhe enviar o local onde encontrar sua equipe. Diga quando
estiverem juntos. Vamos ataca-los com força, para que não possam
recusar.
— Certo. Hum, você está planejando nos matar?
— Você não. Talvez eles. Veremos como será. Ainda estará seguro.
Dou minha palavra.
Bella conhecia bem sua melhor amiga. Ela ficaria assustada e
desconfiada. — Edward está dizendo a verdade, Kate. Pode confiar
nele.
— Bem. Confio em você, Bella. Terei certeza de parar na mesa
antes de sair. Nós deveríamos nos encontrar às sete.
— A mensagem estará esperando por você. — Prometeu Edward.
Ele assentiu com a cabeça para Bella.
— Consiga um telefone descartável, Kate. Envie uma mensagem
para este número com ele. Ligue novamente em breve. Eu te amo.
— Amo você também. Estou tão feliz por estar viva.
Edward terminou a ligação e virou-se para seus irmãos, soltando
Bella. — Voltaremos hoje. Jasper, você fica aqui para manter Bella
segura.

— Porra. — Jasper franziu a testa. — Eu deixei o Alasca para ver


alguma ação.
— Ação significaria que minha companheira está sob ataque. —
Edward balançou a cabeça. — Você faz o que for necessário para
mantê-la segura.
— Tudo bem. — Prometeu Jasper. — Por que eu? Provavelmente
ficaria mais segura com Emm.
Emm riu. — Nosso irmão aqui quer sua companheira com um
GarLycan acasalado. Ele não se importa que eu dei minha palavra
de que não vou tentar foder com a pequena pilha. Ele é todo
instinto protetor e pensamentos irracionais neste momento.
Edward o afastou antes de voltar a encarar Bella novamente. —
Terei que deixá-la. Espero voltar de manhã. Sinto muito.
— Precisa cuidar disso. Sentirei sua falta, mas entendo. —Ela
entendia. Alguém no Conselho protegeu Marco e seu ninho. Não
poderia acontecer novamente. Filhotes Lycan morreram como
resultado. Mais poderia tê-lo feito também. Edward não teria sido
chamado e não tivesse sua moral intacta. James, por exemplo, não
se importaria com os filhotes. Ele apenas seguia as ordens e
deixaria a cidade eliminava a ameaça para o ninho. — Apenas fique
seguro.
— Sempre. Tenho pelo que voltar para casa.
Ela não se importava que seus irmãos estivessem observando
enquanto o abraçava. — Eu te amo.
Ele envolveu seus braços ao redor dela e apertou-a. — Eu também
te amo, amor.
Emm bufou. — Eu nunca terei uma companheira. Nunca.
Nébulas riu. — Isso é como implorar ao destino para entregar sua
bunda. Diga de novo. Ei Jasper, quer apostar que Emm é o próximo
a ser acasalado?

— De jeito nenhum. Não sou um otário. Ele apenas irá se foder. —


Jasper riu.
Bella sorriu contra o peito de Edward. Ela gostava de seus irmãos.
Eles eram engraçados.
— Fodam-se todos. — Murmurou Emm. — Carl precisará de uma
moto desde que viajamos de dia.
—Alugue uma. — Edward a soltou, segurando seu olhar. — Nós
podemos deixá-los no local uma vez que entrarmos no território de
Sam. Planejo voar de volta para você está noite assim que isso
terminar.

Capítulo 14

Os seis vampiros machos pareciam assustados quando três


GarLycans voaram do céu e pousaram no telhado do prédio. A única
vampira fêmea, Kate, não tanto. No entanto, Edward viu medo em
todos os olhos. Isso não veio como uma surpresa. GarLycans
tendiam a ter esse efeito em todas as raças.
Os Vamps assumiram posições defensivas, parecendo tensos e
prontos para atacar. Edward cruzou os braços sobre o peito e
permitiu que suas asas se abrissem fora enquanto olhava para eles.
— Vejo que você recebeu minha mensagem. — Edward deixou a voz
mais rouca do que o normal. Era para intimidar. Descascou um
pouco o corpo até que sua pele ficou cinza. Para lembrar aos Vamps
com que facilidade poderiam virar cinzas, também, quando
morrerem. — Acho que a fêmea é Kate. Avance, assassina. Conheci
sua parceira.
Kate avançou alguns metros e olhou para ele. — Você quem
assassinou Bella?
Ele sufocou um sorriso. Ela era boa atriz. Ele fez um leve aceno.
— Você diz assassinato. Chamo de autodefesa. Eu não atacaria
ainda, pequena Vampira. Irá querer ouvir o que tenho a dizer. Isso
será difícil se me forçar a matá-la. Não estou aqui para isso... a
menos que nos deixe sem outra opção. Esta é uma discussão
amigável. Entendido?
— Bastardo. — Ela disse.
Emm bufou. — Você está certo de que não podemos matá-la apenas
por diversão? Não gosto de ser chamado de nomes.
Edward queria disparar um olhar de advertência ao seu irmão por
essa observação. Kate parecia honestamente assustada agora. Ele
esperava que ela percebesse que Emmett estava blefando. Seria o
único Vamp a sobreviver no telhado se a merda caísse. Ele sempre
mantinha sua palavra, especialmente para sua companheira.
Carl puxou a espada e apontou para baixo. — Nós viemos conversar
e você ouvirá. Isso não é uma discussão. Não considerem pular do
telhado, assassinos. Não há varandas neste edifício e não ficariam
bem em uma queda de dezesseis andares.
— Splat. —Murmurou Emm. — E esqueça a porta de acesso ao
telhado que encontrou. Perderia a cabeça antes mesmo de abri-la.
Apenas fique onde está e faça o que lhe disseram.
Edward chamou a atenção dos Vampiros aproximando-se. — Quero
falar com o seu Conselho. Assumirei que Vamps tem telefones. Há
sete de vocês. Isso significa que pelo menos um pode ligar para
eles. — Edward observou cada um deles. — Quem pode fazer isso
acontecer?
Nenhum dos Vamp falou.
— A única razão pela qual permanecerão vivos é ser útil para nós.
—Acrescentou. — Agora, vou perguntar de novo, quem pode entrar
em contato com seu Conselho? Alguém?
Um Vampiro de cabelos loiros, mostrou suas presas. — Eu posso.
Edward tinha a sensação de que este era James. Ele parecia
completamente frio e havia um olhar em seus olhos que dizia ter
visto muita morte. Ele imediatamente olhou com desprezo para o
Vamp, com sua expressão de desdém óbvio que não se incomodou
em esconder.
O Vamp pegou o telefone. — Quer que ligue para o Conselho?
— Sim. Gostaria que eles me vejam. Quero que use sua câmera para
um feed ao vivo e faça com que todos se juntem como uma ligação
em conferência.
O homem hesitou.
— Nós não precisamos vê-los. Você apenas apontam a maldita
câmera para mim e mantém a tela. Isso é bastante simples? Deixe-
os saber que está cercado por três GarLycans que estão exigindo
falar com eles. Caso contrário, estarão declarando guerra. Em
seguida, coloque no viva-voz, para que eu possa ouvir suas vozes e
saber que podem me ver.
O Vamp assentiu uma vez e ligou. Edward esperou enquanto o
Vampiro se conectava a alguém e sussurrou calmamente. Não
demorou mais do que algumas frases antes que o Vamp parasse,
olhando para ele. — Eles estão conferenciando a ligação e
escurecendo suas telas.
— Covardes. — Emm suspirou. — Mas não é surpreendente que
escondam seus rostos.
— Não importa. — Carl o lembrou.
Um bom três a quatro minutos se passou antes que o Vamp
segurando o telefone levantou-o, olhando para Edward. — Onde
quer que seja apontado?
Edward avançou, mantendo suas asas estendidas. Parou a dez
metros de distância. — Podem me ver?
O Vamp assentiu e tocou a tela. — Sim e agora está no viva-voz.
Edward focou onde a câmera estaria. Segurava sua espada em um
punho. — Olá, Conselho Vampiro. Podem me chamar de Edward.
Estou com dois dos meus irmãos GarLycans. Tenho uma mensagem
de Lorde Eleazar. Ele teria ficado feliz em conversar ele mesmo
com vocês, mas é difícil conseguir isso. Realmente devem mudar
essa política. Não estaria segurando sete de seus assassinos neste
telhado com a ameaça de morte se pudéssemos contatá-los de
outra forma. Agora, assegurem-me que estou realmente falando
com o Conselho.
— Estamos ouvindo, GarLycan. — Afirmou uma voz feminina.
— Você é um Conselho de um? —Ele sabia melhor.
— Não. — Um homem negou. — Nós nos escondemos para proteger
nossas identidades. Represálias são algo com o qual lidamos. Está
falando com todos os membros do Conselho. Eu mesmo liguei este
telefone no meu computador e configurei essa teleconferência.
Você tem garantias.

Edward queria resmungar, mas estava disposto a dar a quem


falasse o benefício da dúvida. Havia pelo menos dois vampiros
ouvindo. Uma mulher e um homem. Ainda ... decidiu tentar alguma
coisa. — Você é Corski?
Alguém soltou um suspiro.
— Não, eu sou. — Uma terceira voz respondeu. — Como porra você
sabe meu nome? — Ele pareceu mais indignado que com medo.
— Eu capturei um assassino. Você perdeu essa parte da conversa.
Ela tentou me matar. Então senti que era justo obter informações
dela antes de terminar sua vida. Disse que você era o cabeça de
sua casa. Mas ficará satisfeito ao saber que foi preciso muita dor
para que se rompesse. Estou contente agora por ter sua atenção.
— Por que porra matou um dos nossos Vamps? — Corski se
enfureceu.
— Você enviou dois de seus assassinos para matar a pessoa
responsável por matar membros de um ninho. Marco era o Mestre
desse ninho. Fui eu quem o eliminou. — Ele sorriu friamente. —
Direi que a assassina que conheci nesse beco algumas noites atrás
teve um treinamento excelente, mas realmente nunca teve uma
chance contra mim. Minhas asas? São uteis quando necessário.
Elas podem cortar um Vamp ao meio se eu quiser. E o fiz. Não sinto
muito por informá-lo que você tem um assassino a menos agora. —
Ele esperava que acreditassem que matou Bella.
O vento soprou e ninguém disse uma palavra quando Edward
respirou fundo. — Sua assassina me informou que não deveria
eliminar o ninho, que vocês próprios faziam isto. — Ele permitiu
que a raiva aparecesse em seu rosto e suas próprias presas
saíssem. — No entanto, não o fizeram. Enviou-os atrás de mim, em
vez disso. Quer explicar essa decisão?
— Você matou Marco e seu ninho? — Surpresa soou em outra voz
masculina não identificada.
— Sim. Quer saber porque? Esse bastardo doente e seu ninho
estavam sequestrando crianças Lycan, forçando-as a lutar até a
morte uma contra a outra e para que? Para ficarem com seus paus
duros. Pode apostar seu traseiro que o eliminei do planeta. Essa é
uma merda doente. Cruel. As crianças estão fora dos limites.
Vocês sabem disso. Isso porque patrulham seu próprio povo.
A mulher falou em seguida. — Isso não é verdade.
— Besteira. Cheguei nesta área para investigar depois que as
crianças Lycan começaram a desaparecer. É o que fazemos.
Localizei um prédio onde as crianças Lycan foram trancadas em
gaiolas de animais. Seus corpos pequenos foram deixados em sacos
de lixo no porão, jogados lá como se fossem lixo. Os Vampiros
deixaram algumas roupas para trás, provavelmente ficaram lá para
proteger seus cativos enquanto ainda viviam. Encontrei-o e os
matei. Deseja que envie um de seus assassinos para aquele
edifício? Podem ver a mesma evidência. O ninho local sequestrou
aqueles filhotes Lycan e os matou. Também estou disposto a que
conversem com os pais aflitos.
Ninguém no Conselho disse uma palavra.
— Você é tão crédulo que acreditará no que um Mestre de ninho
lhe diz sem confirmação?
Ainda ninguém falou.
— Isso parece uma grande estupidez para mim e algo que precisam
mudar. Vejam, examinamos todas as situações quando somos
chamados por ajuda. Garantimos que a culpa esteja no final das
nossas lâminas antes de começar a arrancar cabeças. Nós não
escolhemos os lados até que tenhamos certeza de quem são os
maus e bons. Talvez isso faça com que os VampLycans sejam mais
inteligentes do que o seu Conselho. O ponto é que perderam um
assassino que tentou me matar por causa de sua negligência ao
permitir que Marco sequestrasse crianças da matilha. Enviou-a
para o lado errado. Estava protegendo as crianças de seus Vamps.
Isso é algo que deveriam ter feito.
— Nós não sabíamos. — Afirmou a mulher. — Pelo menos, eu não
sabia. Vamos chegar ao fundo dessa confusão, GarLycan Edward.
Tem minha palavra.
— Você enviou alguém para investigar as mentiras de Marco quando
ele afirmou que um executor estava matando seu ninho sem causa?

A mulher permaneceu em silêncio por um momento, mas depois


falou. — Nós tínhamos a informação de uma autoridade de que
Marco não tinha nenhuma culpa e seguiu nossas leis. Nós
originalmente votávamos para enviar dois assassinos para eliminar
quem estava caçando o ninho, claramente com base em
informações erradas. Depois que um dos nossos assassinos
desapareceu, a mesma autoridade disse que a matilha local odiava
os Vampiros e queria que eles fossem mortos. É por isso que
enviamos a equipe que você vê. Suas ordens eram garantir que não
mais inocentes Vampiros fossem mortos por causa do ódio por
nossa raça.
— Bom, eu mataria sua autoridade, já que mentiu para vocês ou é
incompetente. — Ele grunhiu. — Eu matei Marco e seu ninho. Eles
eram assassinos de crianças. Elas estão fora dos limites. Humanos.
Lycans. GarLycans e VampLycans. Talvez desde que os Vamps não
tenham filhos, seja inconsciente das consequências. Marco
arriscou expor todos nós com essas mortes. Isso nem sequer toca
a devastação emocional absoluta que causa a todos os envolvidos
com a perda dessas vidas inocentes. Os filhos de qualquer raça
nunca desaparecem ou morrem sem chamar a atenção. Entendem
isso?
— Sim. — Confirmaram algumas vozes no telefone.
— Acredito que todos nós temos um objetivo comum em manter os
seres humanos no escuro sobre nossa existência. Sejam mais
sábios sobre quem escolhem para liderar suas investigações e se
assegurem antes de enviar seus assassinos atrás de alvos errados.
— Há mais uma coisa que precisam saber. Interroguei um membro
desse ninho. Não falou muito antes de morrer, mas consegui algo.
Isso não fez sentido para mim, mas tenho a sensação de que pode
fazer para vocês. Estavam fazendo vídeos de crianças que
lutavam... e implicava dinheiro.
Ele pegou o som de alguns suspiros e murmúrios de maldições.
— Cuidem dessa merda toda. É possível que um de vocês esteja
envolvido. É melhor limparem suas fodidas casas ou nós iremos.
Esta merda não será tolerada. Foi-me dito que vocês acham que
não saímos do Alasca. Claramente, saímos e muitas vezes. Não nos
quer sobre seus Vampiros. Então porra, certifiquem-se de que não
tenhamos motivos para isso. Lorde Eleazar e todos os quatro
líderes do clã VampLycan juntarão equipes e as enviarão para áreas
problemáticas se isso acontecer novamente. Trabalhamos bem
juntos para manter nossa existência em segredo. Estamos
dispostos a trabalhar com vocês também. Entenderam?
Foi a mulher que respondeu. — Sim.
Edward aproximou-se, olhando para a câmera. — Ninguém quer uma
guerra nos Estados Unidos, mas não vamos esquivar-nos disso.
Podemos trabalhar juntos para manter a paz ou muito sangue será
derramado. Escolham.
Ele olhou para os Vampiros ao redor dele, então focou em Kate. —
Você. Venha aqui. Ele apontou para ela.
Kate hesitou, mas avançou. Odiou o medo em seus olhos, mas ela
se aproximou dele bravamente. Colocou-a com ele na frente da
câmera quando parou.
— Estou lhe fazendo o nosso contato. Dê-me seu telefone. — Ele
estendeu a mão.
Ela virou-se, olhando cautelosamente para a câmera.
— Faça. — Ordenou uma voz masculina. Soava como Corski.
Kate tirou o telefone, entregando-o.
Ele olhou para baixo, vendo que o destravava. Ele digitou o número
que Garrett lhe deu e retornou para ela. — Você é a única a usar
esse número, Kate. Parabéns. Tornou-se oficialmente a
intermediária do Conselho e Lorde Eleazar. Agora volte para onde
estava.
Suas feições se suavizaram e seus olhos se arregalaram. Deve ter
entendido o que ele acabou de fazer e sua importância. O Conselho
precisaria mantê-la com vida se quisessem realmente evitar uma
guerra com os GarLycans e VampLycans. Ela se virou
completamente para longe da câmera e piscou o olho antes de
mascarar suas feições. Ela voltou para o seu lugar no telhado.

Edward olhou para a câmera. — Já terminamos por agora. Peça à


Kate que nos contate com o número dela, para que Lorde Eleazar
possa chegar até vocês se for necessário.
Ele avançou e pegou o telefone, o Vampiro de cabelos loiro segurou,
esmagando-o na mão e efetivamente encerrando a reunião. Ele
jogou-o de lado e recuou.
— Você destruiu meu telefone? — O Vamp sibilou, olhos piscando.
— No meu bolso tem um cartão para cada um de vocês. Tem um
número especial nele. Compartilhem com seus colegas assassinos.
— Ele pegou os cartões, aproximando-se do Vamp que suspeitava
ser James. Ainda parecia furioso por ter perdido seu telefone.
Edward não se importava. — Pegue um.
O Vamp hesitou, mas depois aceitou. — Para que é esse número?
Ele recuou e deixou seu olhar passar de um Vamp para o outro. —
É sua maneira de contatar-nos se receberem ordens para eliminar
o lado errado. Os inocentes estão sempre fora dos limites. Fui
informado pela assassina que matei que não escolhem seus alvos...
mas decidem agora quem teme mais. Nós ou o seu Conselho. E a
propósito, apenas porque podemos receber um kit de
rastreamento, não significa que iremos atrás de vocês. Nós
investigamos quando nos pedem para matar. Não estou dizendo que
oferecemos santuário com os nossos clãs, mas ressalto que o
Alasca é um grande estado e se alguém decidir se mudar para lá,
não iremos atrás deles, a menos que nos deem uma boa razão. Ligue
para esse número se sentir algo errado e receberá algumas
sugestões sobre onde existem Vamps descentes e com segurança.
Ele viu sorrisos em alguns dos Vamps, mas seus sorrisos
desapareceram rapidamente. Edward caminhou para cada um,
dando-lhes um cartão. A maioria deles guardou rapidamente. Dois
olharam para o cartão, como se estivessem memorizando o número
impresso lá.
Ele recuou até a borda do telhado. — Estão livres para ir. Sugiro
que saiam da cidade. A matilha Lycan está sob nossa proteção.
Sofreram perdas suficientes por causa de Marco e seu ninho. Não
irão puni-los pela justiça que entreguei.

Edward acenou com a cabeça para seus irmãos e esperou que cada
um deles voasse primeiro. Bateu as asas e ficou tenso, preparando-
se para fugir.
— GarLycan.
Ele fez uma pausa, olhando para o Vamp que falou. Novamente, foi
ele quem ele assumiu ser Vásquez. — O que?
— Nós nunca faremos essa ligação. Somos leais ao nosso Conselho.
Eliminarei pessoalmente todas os cartões que acabou de distribuir.
Nenhum assassino nunca o chamará.
— Faça como quiser.
O Vamp de repente se lançou para frente em um borrão com uma
adaga na mão.
Edward preparou as pernas, descascando a pele um pouco mais,
mas não se moveu.
O bastardo tentou esfaqueá-lo na garganta. A ponta da lâmina
atingiu sua pele dura, deslizando. Edward o alcançou enquanto o
Vamp perdia o equilíbrio e o empurrou com força. Isso fez com que
o homem voltasse e caísse de bunda.
— Não, James! — Kate gritou.
James não ouviu, mas em vez disso se virou, ficou de pé e deixou
cair a faca. Alcançou dentro de um bolso, puxando uma arma.
Edward girou, levantando uma asa para proteger seus olhos sem
deixá-lo óbvio e atingiu o bastardo antes que ele pudesse puxar o
gatilho. Enviou o Vamp voltando novamente, desta vez para um
homem negro em couro preto da cabeça aos pés. Esse homem
pegou James, mas rapidamente o empurrou para frente.
Edward não planejou matar nenhum deles, mas mudou de ideia, se
debatendo brevemente se deveria simplesmente decapitar James
ou fazê-lo sofrer primeiro.
Também não teve a chance de fazê-lo.

O negro atrás de James avançou abruptamente e uma lâmina de


aço brilhou.
Edward observou em silêncio enquanto o Vampiro de cabelos loiros
era rapidamente decapitado.
O loiro responsável se virou para o outros Vamps, como se
esperasse ser atacado. Nenhum foi sobre ele. Pareciam surpresos
com suas ações, mas ninguém protestou.
O Vampiro guardou sua faca ensanguentada. — James não falava
por todos nós. Seu irmão é um membro do Conselho e ele se
ofereceu para ser um assassino. O restante de nós não. Podemos
lidar com nossos próprios problemas. Apenas fiz isso.
Edward ficou impressionado.
O homem virou-se, de frente para os outros Vampiros novamente.
— James se vangloriou de não ter um rastreador em seu corpo, já
que ele era muito leal para tentar escapar. Dizemos ao Conselho
que ele morreu em um acidente trágico no caminho de casa. O filho
da puta adorava viver perigosamente. Ele sempre correu muitos
riscos. Estão de acordo?
Cada Vampiro assentiu, alguns deles concordando. Outro homem
loiro encarou Edward. — Essa oferta de encontrar um santuário no
Alasca foi sincera?
— Sim. Tem uma saída se precisarem.
O negro que matou James fez um arco. — Nós apenas
compartilharemos o número com outros que conhecemos que não
são absolutamente cegos às falhas do Conselho. Alguns de nós
ainda tem salvação.
O homem avançou alguns metros e depois parou. — Obrigado.
Kate ficou atrás de todos os Vamps. Ela falou duas palavras
silenciosamente enquanto a olhava.

Edward assentiu com a cabeça e pegou vôo, afastando-se do


prédio. Seus irmãos esperavam por ele a poucos quilômetros de
distância em outro telhado. Ele pousou ao lado deles.
— Isso pareceu bem, irmão. — Emm deu um tapinha no ombro. —
O que você acha?
— O Vamp vestindo em couro matou James depois que vocês dois
voaram.
As sobrancelhas de Carl se ergueram. — Por quê?
— Ele deixou claro que destruiria todos os cartões que distribuí e
que ninguém receberia o número. O Vamp discordou de seu plano.
Emm disse. — James soava como um idiota de qualquer maneira.
Boa viagem. Estamos prontos para voltar para sua companheira
agora?
— Sim.
Carl hesitou. — Ficarei mais um pouco.
Edward estreitou seu olhar para seu irmão mais velho. — Por quê?
— Alguém precisa lidar com Sam.
— Eu deveria fazer isso. — Edward suspirou. — Ele ameaçou minha
companheira e colocou essas bombas no prédio que reivindicava
como meu território.
— Já formulei um plano com Garrett. Vá para sua companheira,
Edward. Este é o meu trabalho. — Carl sorriu.
Emm sorriu também. — Qual é o plano? Parece tão feliz como se
pegasse duas putas ao mesmo tempo, então deve ser bom.
Carl lançou-lhe um olhar sujo. — Está me confundo com você
mesmo. Eu não pego putas.
— Certo. Talvez eu pegue.
Edward balançou a cabeça. — Qual é o plano, Carl?

— Garrett não é adequado para liderar. Irei voar, mata-lo e direi


aos seus executores que decidam quem será o Alfa. Esse é um
problema da matilha para resolverem. Sam ultrapassou sua
autoridade irritando Lorde Eleazar quando foi atrás de você.
Deixarei isso claro. Não demorarei muito. Vejo-o antes do
amanhecer. É cedo demais para poder voar está noite. Amanhã,
descobriremos onde você e sua companheira viverão.
Edward assentiu. — Obrigado.
— Nós somos família. — Carl deu-lhe um abraço. — Talvez não
tenha ficado muito feliz pelo fato de sua companheira ser um
Vamp, mas a aceito.
Emm envolveu seus braços ao redor de ambos, indo para um abraço
de grupo. — Em outras palavras, ele não é nada como nosso
bastardo pai. Não sinto falta dele. Nós realmente devemos
agradecer a Jasper por matá-lo.
Edward riu. — Verdade.
Carl deixou-os ir afastando-se. — Estou indo agora. Vejo vocês
dois em breve. — Ele se virou, correu para a beirada do prédio e
partiu para o território Lycan.
Emm sorriu. — Vamos. Eu o seguirei. Ou seja, se seus instintos de
companheiro foram ativados. Foram? Você pode rastrear a
pequena pilha?
Edward fechou os olhos e concentrou-se em Bella. Algo dentro
dele o fez girar levemente para a esquerda e quase podia senti-la.
— Sim.
— Vou chamá-lo de rastreador de buceta de agora em diante.
— Foda-se. — Edward riu quando abriu os olhos.
— Ei, é uma puta usar nossos telefones enquanto voa para chegar
ao endereço certo. Nenhum GPS esta noite. Você só precisa sentir
sua companheira. Depois de você, irmão.
— Nunca me chame assim.
Emm parou de rir.
Edward correu até a borda do telhado e voou alto. Emm o seguiu.

Era depois das quatro da manhã, quando Bella ouviu um baque na


varanda. Ela se levantou do sofá. Jasper também. A porta se abriu
e Edward entrou, Emm seguindo atrás dele. Não havia nenhum sinal
de Carl. Ela percorreu o corpo de Edward, feliz por ver que não
parecia ter estado em uma briga.
— Está feito. Nós conversamos com o conselho.
Bella correu para a frente e jogou os braços ao redor de seu
companheiro. — Como? O que aconteceu?
Foi Emm quem explicou enquanto pegava uma cerveja por trás do
bar de uma mini frigorífico e sentava-se em um banco. Quando
terminou de falar, Bella olhou para Edward. — Não posso acreditar
que os outros se voltaram contra James. Não é que isso me choque.
Ele era um idiota. Quis matá-lo muitas vezes, mas não o suficiente
para morrer. É contra a lei matar outro assassino. Espero que os
outros não digam sobre o Vamp loiro.
Ele a segurou pelos quadris, as mãos suaves, mas firmes. — Kate
deve ficar segura. Fizemos dela o contato oficial.
Seu amor por ele aumentou. — Obrigada.
Ele encolheu os ombros. — Você confia nela. Prefiro falar com sua
amiga do que com um estranho.
Era um grande problema, apesar de não parecer assim. O Conselho
ficaria aterrorizado por irritar os GarLycans ainda mais do que já
tinham por matar o Vamp que escolheram usar como intermediário.
O Conselho já cometeu um enorme erro ao enviar dois assassinos
atrás de Edward. Ela apostava que ficaram assustados quando
perceberam o que fizeram. Não sentia nenhuma pena por quem lhes
deu as informações falsas. — Eles serão implacáveis com quem lhes
deu esse relatório para proteger Marco e seu ninho. Alguém vai
morrer.

— Parece bom. — Emm concordou. — Justiça.


— Eu vou para meu quarto para ligar Angel. — Jasper abraçou seus
irmãos e acenou para Bella quando saiu da suíte.
Edward olhou para ela. —Jasper foi bom para você enquanto estive
fora?
— Sim. Ele me contou tudo sobre sua companheira. Gostaria de
conhecer Angel um dia.
— Estou certo de que irá.
— Nós somos todos uma grande família agora. — Emm deslizou do
banco. — Darei uma volta pelo hotel para ter certeza de que são
apenas seres humanos. Vocês dois provavelmente precisam de
algum tempo sozinhos.
Edward franziu a testa. — Você não precisa ir.
— Estou inquieto depois de todo aquele vôo. Estiquei minhas asas,
mas agora minhas pernas se sentem rígidas. Volto em breve.
Edward beijou Bella no momento em que ficaram sozinhos. Ela
saltou, envolvendo seu corpo. — Senti sua falta.
— Quarto. Agora. — Ele pegou sua bunda, caminhando em direção
ao quarto deles.
Seu telefone tocou e ele parou, rosnando. — Preciso atender. Carl
foi enviado para matar Sam.
Ela deslizou pelo corpo dele enquanto aceitava a ligação. Não era
seu irmão. — Olá, Garrett. Alguma palavra de Carl?
Ele ficou perto, possibilitando que ela ouvisse a voz masculina
profunda.
— O Alfa está morto. Carl tornou sua morte limpa e rápida. A
maldita matilha ofereceu-se para aceitá-lo como seu novo Alfa. Ele
declinou e disse-lhes para resolverem sozinhos. Então pediram que
ele ficasse ao redor enquanto levantavam os desafios. A matilha
está vulnerável. Eu dei-lhe permissão para concordar. Ele não
voltará para vocês.
— Obrigado por nos informar.
— Enviar você para Wyoming ou Colorado está fora de questão.
Confio em ambos os Alfas familiares, mas quem sabe sobre a
lealdade de suas matilhas. Sua companheira valeria muito dinheiro
para trair se algum deles descobrisse o que ela é. Não podemos
arriscar.
O rosto e Edward endureceu. — Entendido. Qual é a solução? Eu
sei que você tem uma.
— Eu não. Lorde Eleazar foi quem designou seu próximo trabalho.
Pronto para isso? Eu sei que você odeia a neve.
— Farei qualquer coisa para manter Bella. — Ele segurou seu olhar
e sorriu. — Apenas dê-me os detalhes.
— Certo. Primeiro, volte para Alasca com Jasper.
— Eu vou ajudá-lo a ser guardião da matilha de Alice?
— Não, mas estará a poucas horas dele. Eleazar pediu um favor a
Velder. Você irá morar em seu território. Eles têm uma cabana
para você e sua companheira. Desde que o clã de Lorn lidou com
essa situação de Vampiros, atribui rastreadores para voar sobre
seu território para ajudá-los a manter um olho nas coisas. Você
será responsável por eles agora. Com certeza, não se importarão
que sua companheira esteja com você ou trairão sua presença.
Edward sorriu. — Gosto disso.
— Pensei que sim. Isso também me ajuda. Tenho menos
rastreadores para atribuir tarefas diariamente. Estou fora.
Bella olhou para Edward enquanto guardava o celular. — Quem é
Velder e por que você parece tão feliz?
— Iremos viver no território VampLycan.
Isso não era o que ela esperava. Tudo o que já ouviu falar sobre
eles eram histórias de terror. Claro, seu companheiro era um
GarLycan. Seus irmãos podiam ser assustadores, mas não eram
nada como esperasse que fossem. — Os VampLycans me permitirão
viver com eles? — Ela queria adicionar: sem me matar a sua
pergunta, mas se absteve.

— Nós temos fortes alianças com os clãs VampLycan agora. Estará


segura. Inferno, eles são parte Vampiro. Você irá se misturar ali.
— E quando descobrirem que o sol não me queima?
— Lorde Eleazar está mais do que ciente e está nos enviando para
viver com eles. Ele me deu permissão para alimentá-la com meu
sangue sempre que precisar. Confio em seu julgamento. Estará
segura. Isso é tudo que importa.
— Nós vamos para o Alasca... e você odeia a neve. Também ouvi
essa parte.
— Odiava porque, enquanto vivia nas falésias, as fortes
tempestades de neve significavam que ficaria preso por dentro.
Podemos voar com a neve, mas não é agradável. O frio não nos
incomoda tanto quanto aos humanos, mas pode ser ruim. Estar
preso nas falésias significava lidar com meu pai. Toda vez que eu o
via, falava mais sobre as decepções que eram meus irmãos e eu.
Ele me seguia até o quarto constantemente para soltar qualquer
coisa que quisesse tirar do peito. Geralmente não me importava.
Ele era um idiota. Não pude deixar o Alasca rápido o suficiente
para escapar dele.
Isso a fez sentir triste. — Sinto muito. Eu sei o que é ter um pai
de merda.
— Eu sei que sim, amor. — Ele os fechou em seu quarto e caminhou
até a cama, sentando-se. — Acasalou com uma Lycan, mas odiava
que não fossemos uma Gárgula pura. Nossos traços são, mas achava
nossas emoções algo ruim.
Ela o seguiu e agachou-se diante dele, ajudando-o a tirar suas
botas. — Gosto de você do jeito que é.
Ele sorriu para ela enquanto o ajudava. — Poderia me acostumar
com isso.
— Sou sua companheira. Isso parece ser pouco a fazer.
Ele riu enquanto ela se levantava, então estendeu a mão e a puxou
para o seu colo. — Meu pai era apenas um idiota insensível. Tentei
nunca deixar que fosse pessoal. Ele odiava a todos. Então não era
a neve que odiava. Estava lá. O tempo era uma boa desculpa para
usar em vez de insultar meu pai. Ele estava no Conselho Gárgula.
— Acariciou sua bochecha. — Agora, as coisas são diferentes. Não
estarei nas falésias e meu pai não está por perto mais para tornar
minha vida miserável. Viverei com você. A ideia de neve, de repente
parece muito boa. — Ele acariciou sua pele. — Nós podemos ficar
na cama por dias ou mesmo semanas quando as tepestades
atingirem.
— Isso não soa mal para mim. —Ela se aconchegou contra seu peito.
— Espero que esta cabana tenha uma lareira. Adoro elas. Parece
romântico.
—Sim e terá pelo menos uma. Talvez duas. As temperaturas podem
cair muito.
— Nunca estive no Alasca.
— Acho que irá adorar. Vou levá-la para explorar comigo em boas
noites de clima.
— Pode fazer isso?
— Voar com você? Sim.
— Ainda me surpreende que nos encontramos novamente.
— O destino pode ser cruel, mas não desta vez. — Ele se inclinou
para pressionar seus lábios contra os dela.
Bella o beijou, suas presas não eram mais um problema. Ele
aprofundou o beijo e deixou suas mãos vagarem pelo corpo. Não
levou muito tempo antes de se contorcer no colo dele, terminou o
beijo e se afastou para tirar suas roupas. Ele se levantou, fazendo
o mesmo.
Ambos se deitaram na cama nus e emaranhados, beijando-se
novamente. Ela gemeu contra sua língua e se afastou, procurando
sua garganta. Edward se virou e rosnou enquanto o mordia. Ele a
pressionou de costas, prendendo-a sob ele. Estava molhada e
pronta quando ajustou os quadris, entrando nela lentamente.
Bella lembrou-se de tirar suas presas enquanto ele começava a
fodê-la, movendo os quadris. Ela passou as unhas em seus ombros,
estimulando-o. Ele aumentou o ritmo, ela arqueou as costas e
mostrou sua garganta, já exposta para ele. Ele usou suas presas
para cortar a pele e bebeu um pouco de seu sangue, ajudando a
fortalecer a ligação de companheiros.
Logo, ela estava gemendo seu nome, gozando forte. Ele a seguiu
alguns segundos mais tarde, seu nome em seus lábios.
Os dois ofegaram, agarrando-se um ao outro.
Edward soube o momento em que sua companheira dormiu sob ele
e riu. O sol se levantou e se lembrou de seu comentário sobre fazer
sexo e adormecer logo depois. Saiu suavemente de seu corpo e da
cama. Entrou no banheiro, molhou uma toalha quente e voltou para
limpá-la. Em seguida, se limpou, deixando a toalha no chão do
banheiro. Puxou as coberturas de um lado da cama, ergueu Bella e
segurou seu corpo na frente dele enquanto colocava ambos contra
os lençóis.
Para ele, o sono não viria. Seus pensamentos estavam no Alasca.
Ele não conhecia bem o clã de Velder. E se eles não aceitassem sua
companheira facilmente? Ele confiava no julgamento de Lorde
Eleazar, no entanto. Ele iria não atribui Edward para viver com o
clã se sentisse que Bella estaria em perigo. Os VampLycans com
quem trabalhou no passado foram muito agradáveis. Esperava o
melhor.
No pior caso, conseguiu manter uma pequena fortuna ao longo dos
anos. Poderia comprar terras e ter uma cabana construída para
eles perto do território do clã. Isso significaria que não estariam
sob controle de ninguém, mas perto o suficiente para ter ajuda
quando necessário. Seja como for, manteria Bella a salvo.
Ele a segurou em seus braços, respirando seu cheiro. O vínculo
entre eles já estava completo. A habilidade de rastrear sua
companheira o confortou. Sempre poderia encontrá-la se ficassem
separados. Seu sangue a deixou mais forte e o sol não podia mais
matá-la. Aproximação profunda veio a seguir. Seu acasalamento
não era algo que deveria ser permitido, mas sua fé em Lorde
Eleazar não estava errada. O GarLycan ficou ao lado dele quando
era mais importante.

Uma porta se fechou na outra sala e se afastou da cama, vestiu o


jeans e encontrou Emm na sala com outra cerveja. Seu irmão
acenou com a cabeça enquanto fechava a porta do quarto.
— Você não foi embora por muito tempo.
— A pequena pilha está dormindo?
— Sim. Levará algum tempo para se adaptar a poder andar no sol.
— Merda. — Emm tirou outra cerveja da geladeira, passando para
ele. — Parabéns pelo acasalamento.
— Você encontrará a sua.
— Morda sua maldita língua. Não estou pronto para essa merda.
Você se instalará em um só lugar. — Emm estremeceu. — No
Alasca. Adoro viajar por aí. Estou ansioso por Miami. Clima quente,
mulheres e trabalhar no meu bronzeado.
Edward sorriu. — Vivendo em hotéis, sempre carregando suas
coisas em uma mochila e comendo muito comida rápida.
— É demais cozinhar e ter que comprar móveis. Nunca tenho que
lavar meus próprios lençóis ou fazer uma cama, também. O serviço
de limpeza é ótimo.
Edward tomou um gole de sua cerveja. — Você está sozinho, no
entanto.
— Há isso. — Emm sentou-se no bar e fez um gesto para que seu
irmão fizesse o mesmo. — Sentirei falta de trabalhar com você às
vezes.
— Como no Texas?
Emm riu. — Talvez não. Foda-se, foi um inferno queimar todos
aqueles Lycans.
— Nenhum deles escapou.
— É verdade. — Emm manteve o olhar fixo. — Estou feliz por você.
Posso dizer que vocês dois estão apaixonados.
— Alguma vez houve alguém com quem se sentiu atraído?

— Não mais do que levá-las para a cama e depois fazê-los sair sem
causar uma cena. Algumas mulheres tendem a ficar pegajosas.
— Você encontrará alguém. Especialmente desde que parece tão
pronto para encontrar uma companheira. Mas é compreensível. Eu
tinha medo de nunca encontrar. Não é como se tivéssemos grandes
modelos para nos inspirar. Papai fez mamãe miserável. Sempre quis
matar o filho da puta pelo jeito que a tratava.
— Eu também. Às vezes, sua dor era tão forte, que juro que podia
sentir o cheiro. O pior foi quando o bastardo tirou Jasper dela.
Que tipo de monstro dá seu próprio filho?
— Nunca seremos assim.
Emm franziu a testa. — Você não terá filhos. Pensou sobre isso?
As fêmeas Vampiro não podem engravidar. Deixou de se tornar um
pai, tomando-a como companheira.
— Podemos adotar se quisermos ser pais. Quantas vezes
encontramos órfãos depois de ataques criminosos ou depois de um
ninho eliminar uma matilha Lycan que conseguiu esconder seus
filhotes primeiro?
— Terei certeza de chamá-lo na próxima vez que encontrar uma
criança ou duas.
Eles se olharam. Edward finalmente assentiu. — Apreciaria. Acho
que Bella seria uma mãe incrível. Nós apenas queremos ser
companheiros por um tempo, mas depois disso, faça essa ligação.
— Com certeza, irmão. — Emm sorriu. — Não deixe que ela os coma.
Edward balançou a cabeça. —Idiota.
— Estava brincando. A pequena pilha tem um bom coração. Não
morderia uma criança mais do que eu. Você estava certo sobre ela.
Gosto de sua companheira, mesmo que ela seja uma Vamp. A melhor
que já conheci.
— Ela é incrível. — Edward terminou sua cerveja. — Tenho apenas
um problema.

— Qual?
— Minha moto. Nós vamos voar para o Alasca e bem, não seria a
melhor coisa a usar lá. É muito alta e meus novos vizinhos se
queixariam. Gostaria de dá-la a você.
Emm sorriu. — As mulheres adoram motos. Eu vou levá-la.
— Obrigado.
— Legal, uma moto grátis. Consegui o melhor no final deste acordo
e tive apenas que comprar um capacete. Agora consigo usá-lo por
mais de um dia.
— Pegarei as chaves.
Edward rapidamente as pegou, passando-as.
— Vá dormir com sua companheira. Jasper quer voltar para Alice.
Ele odeia deixá-la sozinha, mesmo que passe um tempo com seus
pais. Irá querer sair daqui mais tarde hoje.
— Você estará por perto?
— Vou para Miami. Devo sair em breve. Diga a pequena pilha que
disse adeus. Farei uma viagem até o Alasca para vê-los, uma vez
que estiver instalado. — Emm sorriu. — No verão. Foda-se a neve.
Edward deu-lhe um abraço. — Fique a salvo.
— Sempre, irmão.
Edward voltou para o quarto, tirou o jeans e se arrastou de volta
para a cama. Ele puxou Bella para dentro de seus braços. Ela
murmurou seu nome e se aconchegou ao corpo dele. Ele sorriu,
caindo no sono.

Capítulo 15

Bella conheceu seu primeiro VampLycan no aeroporto. Ele era alto,


musculoso e assustador. Benjamin voou do Alasca em um jato
particular para buscá-los. Ele também a levou pelo pequeno
aeroporto sem o uso de sua identificação ou seu nome real.
— Estávamos preocupados porque o Conselho poderia estar
procurando por você. —Explicou Edward.
— Sabia que um VampLycan estava chegando? — Ele não disse nada
a ela.
— Não até perguntar a Jasper como ele queria voltar para o
Alasca. Velder enviou Benjamin para nós.
— Isso deve custar uma fortuna. Jato particular. Ouch. — Ela não
podia imaginar o quanto gastou.
Edward apenas encolheu os ombros. — Os clãs têm dinheiro.
Benjamin sorriu. — Este bebê pertencia ao nosso inimigo. Nossos
clãs tomaram posse depois que Decker morreu e qualquer pessoa
que precisa voar usa. Os pilotos são Lycans de uma matilha
familiar. Cuidam de seus próprios negócios e não fazem nenhuma
pergunta. Nós dissemos a eles para ficar na cabine. Está tudo
certo.
Bella o observou. — Você é do clã de Velder, certo?
— Sim.
— Sabe sobre mim?
— Claro. Velder nos informou. — Ele piscou. — Você parece muito
boa para uma mulher morta. O Conselho Vampiro nunca a
encontrará.
— Seu clã vai ficará bem comigo vivendo com eles?

— Sim. Seu segredo está seguro conosco. Não é para ofendê-la,


mas ninguém quer Vampiros invadindo o Alasca para vir atrás dos
nossos vizinhos.
Isso a deixou à vontade. Ela também gostava da forma como
Benjamin sorria para ela, ele não parecia incomodado pelo que era.
Edward estava perto, sendo protetor. Ele colocou a mão nas suas
costas, ajudando-a no jato e no seu assento. Ele mesmo segurou
sua mão enquanto voavam.
No Alasca, aterrissaram em um aeroporto maior. Foi quando se
despediram de Jasper. Bella, Edward e Benjamin levaram um avião
menor para uma área remota, onde o piloto humano pousou em uma
estrada de terra, deixando-os no veículo e Benjamin. Ele os
conduziu ao território VampLycan. A cidade era pequena.
Estacionaram atrás de uma loja de automóveis.
Bella sentiu-se nervosa quando saiu do veículo, mas Edward
continuou sorrindo e sussurrando garantias. Benjamin deu-lhes
instruções para sua nova casa na floresta, antes de se afastar.
Velder encontrou-os fora de uma cabana de dois andares. Ele
sorriu para Bella e abraçou Edward. — Bem-vindo ao meu território
e ao seu novo lar. É um quarto com dois banheiros. Foi construído
no ano passado para os visitantes. Espero que seja do seu agrado.
— Tenho certeza que será. Agradecemos por isso. — Edward a
abraçou ao seu lado.
— Nós sempre quisemos um GarLycan com o nosso clã. Isso ajudará
a unir todos os clãs. Temos a honra de tê-lo aqui. — Velder sorriu.
— Todo mundo não pode esperar para conhecê-lo. Vim sozinho para
evitar que se sinta sobrecarregado. Amanhã, daremos uma festa
para recebê-lo. — Seu olhar cortou Bella. — Será realizada à noite
para o seu conforto. O sol ainda estará alto quando começar, mas
você ficará bem.
— Ela estará. — Edward concordou. — Eleazar disse?
— Que beber seu sangue protege-a de queimar? Sim. Fiquei
bastante surpreso. Todos os outros no clã disseram que ela é o
resultado de um Vampiro acasalado com um Lycan desonesto, mas
tem poucos traços Lycan. Eleazar e eu achamos que isso abrangeria
a situação. O restante da história que criamos está perto da
verdade, o Conselho a encontrou e a treinou para ser uma
assassina. Você encontrou Bella em uma missão e forjou sua morte
para mantê-la segura.
— Peço desculpas por fazê-la mentir sobre sua história, mas foi a
única explicação razoável para alguém que cheira como um
Vampiro, mas que também é capaz de suportar o sol. É raro, mas
aconteceu antes, um filho nascido com predominância de traços
Vamp. Eleazar queria dizer a todos os VampLycans a verdade, mas
decidiu que é um risco alto demais. E concordei. Entendo por que
os Vampiros nunca podem descobrir sobre o sangue GarLycan.
Além disso, pode haver um perigo se alguém no clã de Lorn
descobrir. Alguns ainda estão chateados com Decker. Isso lhes
daria uma oportunidade de vingança. É melhor ficar seguro do que
arrepender-se.
— Já ouvi esse nome antes. Quem é Decker? — Bella olhou Edward
por uma resposta.
— Era o líder de um dos clãs. Um idiota total. — Murmurou Edward.
Velder riu. — O que ele disse. Decker está morto. Lorde Eleazar o
matou. Alguns VampLycans em seu clã eram muito leais a ele. O
restante de nós será eternamente grato por ele estar morto.
— Contarei mais tarde. — Prometeu Edward.
Velder entregou-lhes as chaves. — Nós abastecemos com comida.
Tudo o que precisa deve estar aqui. Há também chaves para um
SUV neste anel. Está estacionado atrás da cabana e tem um mapa
da área. Temos uma loja de conveniência que armazena a maioria
dos alimentos e itens pessoais. Qualquer coisa que eles não
tiverem, avise-nos.
— Obrigada. —Ambos Bella e Edward disseram ao mesmo tempo.
Velder deixou-os para explorar o interior por conta própria.
Edward abriu a porta da frente. — Fique aqui.

Ela esperou na varanda quando entrou, acendendo as luzes. Era


encantador que ele quisesse ter certeza de que estava seguro
antes de entrar. A visão que ela pegou do interior a fez amar o
lugar. Tinha um plano aberto com uma aparência rústica de cabana
de madeira. Muitos pisos de madeira, grandes freixos e uma linda
lareira de pedra.
Edward voltou-se para ela rapidamente e soltou seu suspiro
enquanto ele a pegava em seus braços.
— O que você está fazendo?
Ele sorriu. — Carregando-a pela porta. — Ele entrou, usando o pé
para fechar a porta atrás deles. — O que você acha?
Ela olhou melhor para a cozinha. Era moderna, com um balcão
separando-a da sala. Bancadas de granito, cinza e branco, com
aparelhos de aço inoxidável. — Agradável.
— Adorei. Você notou que não vimos outras cabanas nas
proximidades? Temos muita privacidade.
Ela sorriu. — Isso será muito melhor do que viver em Nova York.
Aposto que é silencioso. E olhe para aquela lareira.
— Espere até ver o outro andar. — Ele a colocou de pé. — Há um
quarto menor no andar de baixo, mas o andar de cima é enorme,
com um armário e um excelente banheiro. Ainda tem uma banheira
com um chuveiro separado.
— Mostre-me. — Ela pegou sua mão.
Bella estava em êxtase. Esta seria sua casa. Um lugar onde viveria
com o homem que amava.
Ela gostou de cada quarto em que entraram. Todo o lugar era
convidativo, espaçoso e bem decorado de maneiras que ela não
mudaria. Eles acabaram no último quarto. Havia outra lareira no
quarto, uma cama king-size e uma grande sala de estar com um
sofá em frente.
— Bem? — Edward sorriu para ela. — O que você acha?

— Nós podemos ser felizes aqui. O que você acha?


— Você está aqui. É perfeito.
Ele tornava tão fácil amá-lo. — Devemos testar a cama. Sabe, para
se certificar de que não é muito dura ou suave demais.
Ele riu. — Concordo, mas há mais uma coisa que preciso fazer antes
de irmos para a cama.
— O que é?
— Verificar a área ao redor da nossa casa. Gostaria de voar?
O entusiasmo bateu duro e rápido. — Sério? Adoraria!
Ele tirou a camisa e a levou para baixo, pela porta da frente e ela
observou como aparecia suas asas. Desta vez, ela conseguiu
observar pelas costas. As fendas se abriam perto de seus ombros
e as pontas cresciam, aumentando. Pequenos ruídos acompanhavam
o crescimento. Atordoou-a e a surpreendeu.
— Isso dói?
Ele virou-se para encará-la, encontrando seu olhar. — Não mais.
Os ossos se ajustam. Ele esticou as asas quando se aproximou. —
Venha aqui, amor. Precisa me segurar. Mais tarde, consigo um
arnês do meu tamanho para você. Posso encostá-la no meu peito
com você virado para a frente.
Ela riu. — Mesmo?
— Sim. Será mais confortável e poderá ver muito mais se não
estiver de frente para mim em um vôo. Venha aqui.
Bella abraçou seu corpo e ele envolveu um braço ao redor de suas
costas o outro logo abaixo dela. Dobrou os joelhos, saltou e suas
asas flutuaram enquanto se erguiam.
Ela olhou ao redor enquanto atingiam a mesma altura que as copas
das árvores, então estavam acima delas. — Você não tem medo de
que alguém nos veja voar?

— Essa é a grande coisa sobre o Alasca e particularmente onde


estamos. Não há cidades humanas próximas e estamos no
território VampLycan. É seguro fazer isso mesmo durante o dia.
Apenas preciso evitar as áreas da fronteira humana. Um dia,
quando tiver permissão, voarei perto das falésias para que você
possa ver onde nasci e cresci.
— Gostaria disso. Pode voltar lá agora que estamos acasalados?
Ele deixou um beijo na bochecha dela. — Sim, mas isso não importa.
Apenas quero entrar nas falésias se você puder estar lá ao meu
lado. Ele levantou-se o suficiente para permitir que visse muitas
cabanas na floresta ao redor deles. A maioria estava distanciada
umas das outras, dando privacidade aos ocupantes. Árvores e
alguns rios se esticaram tanto quanto podia ver.
— É lindo.
— Você também é. Segure mais firme.
Ela colocou os braços ao redor de seu pescoço. Ele soltou suas
costas e usou esse braço para apontar, movendo-os um pouco
enquanto pairava alto no ar. — Vê ali? É Howl. A cidade de Velder.
Ela estreitou os olhos. — Parece tão pequena.
— Sim. Há um posto de gasolina com poucas lojas. Acho que eles
também têm uma oficina de automóveis. A maioria dos clãs
VampLycan tem uma para poder levar os humanos de volta à
estrada. Nem muitos viajam tão longe das principais rodovias.
Ninguém a encontrará aqui. Você estará segura.
— Obrigada. — Ele salvou sua vida e deu-lhe uma nova vida incrível.
— Vamos para casa.
Ele a abraçou e de repente, desceu. Ela ofegou e depois riu
enquanto voavam rápido. Ela estava voando com seu companheiro.
Ele os manteve logo acima das árvores, o ar chicoteando em seus
cabelos. Era uma experiência notável. Bella sabia que não a
deixaria cair.
— Poderia me acostumar com isso!
Ele riu. — Isso é bom, porque está presa comigo para sempre.

— Nunca me queixarei disso.


Ele pousou na frente de sua cabana, mas não a soltou. Em vez disso,
entrou na casa depois de retrair suas asas. — Nós temos uma cama
para testar. — Ele chutou a porta para fechar. — E uma vida a
começar.

Epilogo
Duas semanas depois
Edward pousou, liberando rapidamente Bella do arnês. Seus pés
caíram no chão e ela disparou rapidamente para a direita, evitando
as árvores. Ele seguiu de perto em seus calcanhares.
Estavam perto da borda das terras de Velder e ele inalou, pegando
o cheiro de sangue. O barulho que os alertou, algo errado ainda
soava. Um urso rugiu e um leve rugido semelhante se seguiu.
Bella encontrou os animais primeiro. Um filhote de urso preto caiu
pelo estreito barranco, uma das patas dianteira estava presa sob
uma rocha que caiu com ele. Ela congelou no topo. Edward parou ao
lado dela. A fêmea rugiu para eles de cerca de seis metros. Parecia
estar tentando encontrar um jeito de chegar ao filhote, mas
pedras escuras naquele lado cobriam qualquer terreno que pudesse
usar.
— O que nós fazemos? — Seu companheiro olhou para ela com uma
careta. — Esse pobre filhote está chorando. Ou gritando. Isso soa
assim, não é?
— Distrairei a mãe. Você pula para libertar seu filhote. Seja
cuidadosa. Pode ser jovem, mas mordem e têm garras mortais.
Pronta?
Ela assentiu. — Também tenha cuidado. A mãe parece irritada.
Edward pegou vôo, fazendo muito barulho. A fêmea enfurecida
levantou a cabeça, quase entrando em pânico ao vê-lo. Voou para o
outro lado e aterrissou em uma rocha, alto o suficiente para ficar
fora do alcance.
Bella saltou para o barranco, usando algumas pedras grandes para
pousar antes de chegar ao fundo. Ela se aproximou do animal. Ele
estava preocupado, mas Bella tinha a velocidade Vampiro. Esperava
que se movesse para a frente, soltasse a pata do filhote e corresse
como o inferno. Eles praticaram ele se abaixar e agarrar seus
pulsos para levá-la ao ar e rapidamente para longe do perigo.
Sua companheira tinha outros planos.
— Pobrezinho…
— Que porra? — Ele a observou avançar, as mãos esticadas em
direção ao filhote.
Bella caminhou até ele, seus olhos brilhando. O filhote olhou para
ela, mantendo-se imóvel. Os seus gritos cessaram. Sua voz a levou
até ele, junto com o tom calmante que usava. — Pequeno, calma.
Está bem. Não irei machucá-lo.
— O que você está fazendo?
— Posso hipnotizar alguns animais.
— Você me conta isso agora?
— Este é o meu primeiro urso e não tinha certeza de que
funcionaria. Parece que sim. Os cães me amam. Assim como os
gatos. Morava em uma cidade. Não temos criaturas como essas em
Nova York.
Ele bufou.
Ela se curvou na frente do filhote, movendo a rocha do tamanho
do peito de sua pata dianteira presa. Edward apertou os dentes
enquanto usava as presas para cortar a mão, esfregando o sangue
sobre a pata ferida do filhote.
— O que você está fazendo agora?
— Isso irá curá-lo. A pata não parece quebrada.
— É seguro?
— Expô-lo ao meu sangue externamente deve curar a ferida. Ele
tomando meu sangue, bem, quem sabe? Pode atacar se ele estiver
mancando com esses raspões desagradáveis.

Edward cruzou os braços e sorriu. — Não posso acreditar que você


era uma assassina. É muito amorosa.
Sua companheira se esticou, acariciando a cabeça do filhote e
levantou a outra mão. Ela o afastou. — Sou bem má. Apenas uso
meus poderes para o bem. — Ela olhou para ele com um sorriso. —
Como vamos tirá-lo do barranco? Terá problemas para sair. Acha
que poderia levantá-lo e levá-lo lá?
Ele olhou para ela.
— Você pode?
— Apenas se eu quiser que ele me morda ou passe suas garras em
mim.
— Eu o farei dormir por alguns minutos. Consegue fazê-lo?
— Talvez. Nunca tentei. Não acredito que esteja pensando nisso.
— O que mais precisa fazer? Nós patrulhamos a área quase todos
os dias, mas nunca encontramos muito, exceto animais com
problemas. Bem. Aqui está ele. Um adorável bebê urso. Nós
estamos o ajudando.
— As merdas que faço por você. — Ele pulou, usando as asas para
retardar sua queda e pousou perto dela.
— Eu também te amo.
— Você será a culpada se ele me atacar.
— Você é um GarLycan. Endureça seu corpo um pouco. Ele é apenas
um filhote.
— Um filhote de trinta quilos.
Ela riu e olhou nos olhos do filhote, falando suavemente. O filhote
não adormeceu, mas pareceu se acalmar ainda mais. Edward
aproximou-se, esperando que ele ficasse quieto. Levantou o
filhote, endurecendo sua pele ao modo de batalha. O filhote não
protestou, mas continuou olhando para Bella.
— Depressa. Devolva-o para a mãe. Ela está realmente irritada.

Ele olhou para cima, vendo a fêmea olhando para ele de cima, do
limite do barranco. Outro rugido saiu dela. Ele decidiu que a
velocidade era melhor. Afastou-se de Bella com o filhote e voou
para cima.
O filhote se assustou, como esperava, mas conseguiu segurar o
movimento ondulado, o suficiente para gentilmente deixá-lo no
chão, a três metros do urso adulto, que agora se arrastava a toda
velocidade com uma fúria protetora. Ele pegou vôo e circulou ao
redor, aterrissando perto de Bella.
— Meu herói. — Ela se jogou em seus braços.
— Eu tento.
— Você me ama.
— Sim. Você precisa se alimentar. Usou seu sangue no filhote. —
Ele segurou sua mão, notando que já havia se curado.
— Estou bem. Vou mordê-lo apenas quando estivermos nus.
Ele olhou no seu relógio. — Mais duas horas antes de irmos.
Ela o soltou, virou-se e apoiou-se. — Segure-me. Vamos. Nós temos
o setor sul para patrulhar.
Ele inclinou-se levemente, prendendo-a em seu arnês. — Ótimo.
Talvez você possa me convencer a resgatar um alce.
— Eles não são tão fofos quanto os filhotes de urso.
— Nem tão pesados. — Ele abraçou sua cintura enquanto se
acalmava, levantando-a de seus pés desde que ele era mais alto. —
Pronta?
— Sempre.
Ele pegou vôo. Bella abriu os braços, fingindo voar enquanto subiam
pelas copas das árvores. Ele sorriu. Ela se divertia.
— Você gosta de voar.
— Adoro. Você é o melhor companheiro!

— Você também. —Ele abaixou o rosto, colocando a boca ao lado


de sua orelha. — Está feliz aqui comigo?
Ela virou a cabeça e sorriu. — Não há outro lugar onde prefiro
estar... e eu te amo com tudo o que sou.
Ele concordou completamente. — Estou feliz por tê-la encontrado
novamente.
— Deveria ter me ouvido em mil novecentos e oitenta e nove. Não
sabe? As mulheres têm sempre razão.
Ele riu. — Vou me lembrar disso.
Seu celular vibrou e ele retirou-o do bolso de trás. Leu o texto em
sua tela. — Merda.
— O que há de errado? — Bella virou a cabeça para olhar para ele.
— Veja por onde voa. Não quero bater em uma árvore.
Ele desligou o telefone, virando-se para voar para casa. — Kate nos
contatou. Parece que o Conselho está enviando uma equipe para
rastrear um Vampiro que gerou um dos primeiros VampLycans.
Isso é tudo o que ela sabe até agora.
— Não soa bem.
— Velder gostará de saber sobre isso. Os clãs caçaram ativamente
os Vamps que atacaram suas mães. Kate enviará mais informações
quando tiver.
— Por que o Conselho enviaria uma equipe assassina atrás deste
cara? Aconteceu há alguns cem anos.
— Kate nos ajudará a descobrir isso. Ela é agora nossos olhos e
ouvidos no Conselho. Ligarei para todos, para que saibam o que há
de novo. — Ele envolveu seus braços ao redor de sua companheira,
pousando na frente de sua cabana.
Ela sorriu para ele enquanto se soltava.

—Por que você parece tão feliz? Acabamos de ter notícias


potencialmente ruins.
— Estou contigo. Essa é a razão suficiente.
Ele riu. — Verdade. Sem mencionar que esta é uma missão que não
temos que assumir. O que acontecerá a seguir é a vez de outra
pessoa lidar com isso. Apenas tenho que fazer alguns telefonemas
... e então poderei fazer amor com minha companheira.
— Isso parece um plano perfeito.
Ele a segurou em seus braços, subindo a varanda. A vida era muito
boa.

Fim \o/

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