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Sinopse
Capítulo 1
O presente
Era uma criança. A menina não poderia ter mais de catorze anos,
talvez. O fato de seus pais deixá-la andar sozinha às nove horas
da noite também a deixava louca. Os humanos não sabiam que
alguém poderia machucar seus filhos? Ela levantou-se e afastou-
se.
— Porra, Bella. — Kate rolou e sentou-se. — Não faça isso.
— Ei, ele é uma isca, certo? Mestre Marco disse que enviaria um
de seus ninhos para esse local para ver se o executor apareceria.
Apenas estou fazendo o meu trabalho.
— Você matará aquele idiota se ele tocar aquela garotinha.
Ela não se incomodou em negar. — Fique aqui. Não pode denunciar
o que não testemunha. Porra, aquele Lycan era bom e rápido. Foi
ruim que tivesse matado outro Vamp antes que pudéssemos chegar
lá. Que vergonha.
— Bella! Seu alvo é o executor. Não cause outra morte!
Ela parou de ouvir. Essa garota desapareceria assim que pudesse
ser roubada. Vamps não eram os mais pacientes dos caçadores.
Ela caminhou até a parte de trás do prédio e caiu dois metros,
pousou em uma varanda e depois outra até chegar ao beco abaixo.
Contornou o prédio, correu pelo beco e para a calçada. Ainda
conseguiu ver a garota virar um canto à frente. Elas conversariam
sobre usar o bom senso uma vez que cuidasse do idiota. A garota
era idiota por entrar em um beco e alguém precisava dar-lhe
algumas dicas de sobrevivência. Bella se nomeou para essa tarefa.
Um idiota humano sorriu enquanto caminhava pela calçada,
bloqueando o caminho. — Olá linda. Quer ir à minha casa?
— Afaste-se. — Ela empurrou o corpo para o lado, não disposta a
poupar um momento para lidar com ele.
Ele tropeçou e xingou enquanto continuava. Ela o ignorou. O longo
beco no qual a garota entrou era escuro, o movimento dos carros
de um quarteirão para baixo era a única fonte de luz. Sua visão
ajustada a ajudou a ver melhor e fez uma pausa, ouvindo.
— Irei me divertir muito com você. —Era o Vamp, a julgar por seu
tom de voz. — Espero que lute.
Bella revirou os olhos, avançando silenciosamente. Odiava os tipos
dramáticos. Ele não queria apenas se alimentar, mas pretendia
aterrorizar e brincar com a garota primeiro.
Ela os viu quando chegou a um conjunto de lixeiras. A garota estava
apoiada contra a parede, presa entre os dois grandes contêineres
de lixo. O Vamp estava de braços abertos para pegá-la se tentasse
fugir.
— Ei!
Ele girou, olhando para Bella. Seus olhos brilharam e suas presas
saíram. Ele cheirou, mas depois fez uma careta. Ela não o culpava,
já que o mau cheiro do lixo no beco era forte o suficiente para
quase provar. De jeito nenhum iria respirar pelo nariz.
— Uma criança? Mesmo? O que há de errado com você? — Ela
deixou que suas próprias presas saíssem. — Odeio pervertidos.
Vocês sujam os nossos nomes. Por que não consegue encontrar
pessoas sem-teto para variar? Isso já passou por sua cabeça? Dê-
lhes dinheiro para que possam comer uma refeição quente em
troca de um pouco de sangue. Não é ciência de foguete. Ganho para
ambos. Eles são alimentados. Você é alimentado. Mas não. — Ela se
aproximou. — Vai atrás de uma criança. Grande erro, idiota.
— Quem porra é você?
—Pode me chamar de Irritada. — Ela fez uma pequena reverência.
— E o chamarei de Pó. Já que estou preste a transformar sua
bunda em pó. Foi um prazer conhecê-lo.
Ela avançou para frente.
Ele tentou correr dela, mas pegou sua jaqueta e jogou-o contra a
parede. Ele bateu com força, grunhindo de dor, depois olhou para
uma rota de fuga. Tinha um corredor em suas mãos.
Houve um baque suave quando algo caiu do prédio atrás dela. Ela
não queria tirar o olhar da garota. — Tranquila, Kate. Ela está com
medo.
Ela mordeu o lábio e suspirou. — Olha, garota. Pode pensar que
você é má, já que essa é uma mentalidade da maioria, mas há um
ninho nessa cidade. Os vampiros são ruins. Provavelmente sou a
única boa que conhecerá. Não quero mordê-la ou machucá-la.
Apenas quero que siga alguns conselhos. Não saia de casa à noite
sem companheiros. Não pode julgar, olhando para o Vamps como
somos fortes ou rápidos. Esse idiota que transformei em cinza era
considerado um bebê nos anos Vamp. Foi patético a facilidade com
que o derrubei, mas o próximo Vamp que vier poderá ser como eu.
Eu sou dez vezes mais perigosa do que aquela pilha de cinzas foi.
Entende? Nunca subestime seu inimigo e fique com sua matilha.
Duas regras para nunca esquecer. Agora vá para casa. — Ela
apontou para a rua. — Não sou uma ameaça.
— Mas eu sou.
A profunda voz masculina a fez girar.
A admiração bateu em sua força ao ver o grande homem tão perto
que poderia estender a mão para tocá-lo. Ele definitivamente não
era Kate. Seu cabelo cresceu mais, mas esse rosto era um que
nunca esqueceu.
Ele pulou para ela e o instinto de se proteger deveria ter entrado,
mas não. Ela ficou congelada enquanto a agarrava pelos braços,
sacudia-a e o ar saia de seus pulmões quando a golpeou contra a
parede a poucos metros de onde acabou de matar o Vamp.
— Que tipo de jogo mental você está tentando jogar, chupa-
sangue? O seu namorado não serviu de entretenimento durante a
noite, então você o matou? Isso é muito frio. Está tentando dar a
Jessica uma boa sensação de segurança, para que possa atacá-la
quando se sentir segura? Isso a excita? Acho que está doente da
cabeça.
Ele se inclinou, imobilizando seu corpo no alto com o seu muito
maior e soltou seus braços. Segurou seu cabelo com uma mão para
manter a cabeça no lugar e levantou a outra, revelando garras
longas e de aspecto letal brilhando na luz fraca.
Sua voz finalmente funcionou e ela conseguiu dizer uma palavra. —
Ice?
Ele se acalmou, franzindo a testa.
Ela olhou nos olhos dele, certa de que era ele. — Você é um Lycan?
Pensei que fosse humano.
— O que está acontecendo, Edward? — A garota se aproximou,
seus sapatos ecoando no chão do beco.
— Para trás, Jessica. — Os olhos de Ice procuraram o de Bella. —
Como você me conhece?
— Sou Bella. Do clube.
Afrouxou o agarre em seu cabelo e a máscara de raiva desapareceu
de seu rosto. Ele a olhou fixamente, pegando seus traços, antes de
se inclinar novamente. Sua indignada expressão parecia implicar
que não acreditava nela.
— O novo clube no final dos anos oitenta. Trabalhamos juntos.
Lembra-se de mim? Meu cabelo estava preto tingido com listras
azuis. Realmente sou loira. Além disso, não estou com maquiagem
pesada. Você é um Lycan? — Ela tentou sentir o cheiro dele, mas
o fedor rançoso de comida podre do lixo a fez se arrepender
instantaneamente dessa ideia.
— Você saiu do clube.
— Fui sequestrada pelos Vampiros. — Ela corrigiu.
— Mate-a! — A garota encorajou. — Eu a atraí para o beco tal como
planejamos.
Mestiça sanguinária. Bella não poupou a garota um olhar, já que a
ameaça estava na frente dela, quase esmagando-a contra uma
parede com seu corpo volumoso. Entendeu que a garota Lycan era
uma isca para que o executor encurralasse sua presa. Mas ele a
pegou em seu lugar.
— Eu não iria machucar a garota e aquele Vamp não era meu amigo.
Eu o matei porque era um idiota retorcido que atacava uma criança.
Podemos conversar antes de me decapitar? Pelos velhos tempos?
Ele rosnou baixinho e não aliviou seu agarre. Se alguma coisa, ele
parecia ainda mais furioso. — Vocês chupa-sangue sequestram
crianças Lycan e as matam!
Ela sentiu seu corpo relaxar, suas palavras fazendo um sentido
horrível. Isso iria irritar uma matilha o suficiente para enviar seus
responsáveis atrás dos Vamp. Não era de admirar que os Vamps
locais tenham sido mortos. — Isso é o que o ninho está fazendo?
— Como se você não soubesse.
— Não sabia. Não sou parte do ninho. Estão sequestrando
crianças? Por quê? Estão tentando fazer a matilha fugir da área?
— Não aja como uma estúpida. Eles estão forçando-os a lutar uns
contra os outros até a morte por sua diversão sanguinária.
Seu estômago revirou, mas não podia dizer que a chocava. — Você
odeia Vampiros. Compreendo. Não sou um grande fã deles, mas o
Conselho nos enviou aqui para matar quem destruiu o ninho. Pelo
que vejo é você quem está fazendo isso. Devo entender que não irá
parar.
Ele não respondeu.
— Bem... bom. Vigie seu traseiro, está bem? O Conselho enviará
mais do que apenas dois assassinos atrás de você. Nós não
sabíamos sobre as crianças Lycan. O Mestre do ninho se chama
Marco e deve ter um amigo ou dois em lugares altos. Caso
contrário, teríamos recebido ordens para destruir o ninho se essa
merda realmente estivesse acontecendo. Devemos cuidar dos
nossos. O fato de sermos enviados atrás de você, diz tudo.
Ele manteve as garras erguidas, preparado para arrancar a cabeça
de seus ombros. Ela olhou para suas garras mortíferas, depois de
volta para ele. Raiva ainda mostrava em suas feições. Qualquer
esperança de que a libertasse porque se conheceram, morreu
rapidamente. Vamps atacara sua matilha indo atrás de seus filhos.
Significaria que ele a perceberia como o inimigo.
— Você está me advertindo?
— Sim.
— Por quê? Qual é o truque?
— Nenhum. Se acha que deve me matar, eu entendo. Tudo bem,
Ice. Ainda o protetor que sempre foi. Fico feliz que nunca tenha
mudado. — Ela ofereceu um pequeno sorriso e fechou os olhos. —
Faça isso rápido, ok? E tome cuidado com minha parceira. O nome
dela é Kate. Ela não é mal, mas o Conselho não aceita um não para
suas ordens. Irão matá-la se ela não levar sua cabeça. Não leve
isso para o pessoal quando atacar.
As garras não vieram.
Ela esperou longos segundos. Nada aconteceu.
Abriu os olhos para encontrá-lo olhando para ela, as garras ainda
levantadas e prontas para perfurar sua garganta.
— Porra. Você vai me torturar? Realmente? O que mais quer
saber? Havia originalmente doze no ninho. Pegou quatro e eu matei
o quinto. Isso significa mais sete. O Conselho apenas enviou Kate
e eu para lidar com o problema de Marco. Eles nos treinaram para
matar e remover ameaças. Somos assassinos contratados. É uma
merda, mas é ruim estar no ninho que o transformou. Aquele
Mestre era um pesadelo que colecionava mulheres bonitas para
criar seu próprio harém de escravas sexuais.
— Você é uma assassina para o Conselho?
— Pensei ter deixado claro. Sim.
— Como se tornou uma assassina para eles?
— Às vezes eles salvam Vamps recém-transformados de Mestres
psicopatas programados para execução. As figuras do Conselho
ainda não foram manchadas e eles nos eliminam do ninho antes de
destruí-lo. Muitas vezes, somos jovens o suficiente para ter
familiares e amigos ainda vivos. Eles os usam contra nós. —Ela
encolheu os ombros. — Não tinha muitos amigos. Sabe o que penso
da minha família. Foda-se, caso o Conselho queira matá-los para me
ensinar uma lição. Apenas me arrependo de não receber permissão
para matar meu pai e meus irmãos.
— Aceitei o trabalho porque sou uma sobrevivente. Não queria
morrer. Além disso, disseram que eu poderia matar Vampiros ruins.
Fiquei um pouco irritada por minha vida ser tirada de mim. O
pagamento é ótimo.
— E sua mãe?
— O conselho me mantém longe da minha família, mas a verifico
pela Internet. Ela está vivendo em um lar de idosos, pois sofre os
estágios finais da demência. Provavelmente seria uma benção
nesse ponto, se acabassem com a sua vida. Mamãe não me
reconheceu, conversou ou pareceu consciente do que estava
acontecendo ao redor dela na única vez que a visitei. Fiquei tentada
a acabar com isso, mas ... ela é minha mãe. Não pude fazê-lo. Kate
cobriu-me para que pudesse fugir para vê-la, colocando meu
rastreador em um ser humano, depois cuidando dele. E não se sinta
mal pelo idiota que não sobreviveu quando colocou o rastreador no
meu corpo. Ele era um estuprador em série que capturamos no ato.
— Rastreador?
— Todos os assassinos do Conselho os têm. É como eles sabem que
estamos onde deveríamos estar. Um alarme se apaga se não
estiverem em um corpo vivo, para evitar que os remova. Desativa
depois de um minuto se não estiverem dentro de um corpo vivo.
Kate descobriu uma maneira de transferi-lo rapidamente para
outra pessoa se estivéssemos ambos submersos em água morna.
Também nos colocam onde é impossível que um de nós saia sozinho.
Kate e eu somos uma equipe rara, porque confiamos uma na outra.
Ela me conquistou minha confiança, deixando-me ver minha mãe
uma última vez.
— O que acontece se o alarme for apagado?
—Eles ligam no celular, que também possuem rastreadores. É
melhor ambos estaremos no mesmo local. Se não atendermos com
uma boa razão por que o rastreador se apagou, assumem que
ficamos loucos. Então, somos transferidos para o topo da lista de
eliminação dos assassinos do Conselho. Entrarão em contato com
todos os ninhos, matilhas e até mesmo VampLycans com um kit de
rastreamento. Costumam dizer que somos radicais ou algo assim,
que queremos expor nossa espécie aos humanos, para se
certificarem de sermos eliminados. Ninguém foge do Conselho.
— Kit de rastreamento? — Ele recuou e deixou-a cair em seus pés.
Mas a manteve presa na parede com o corpo bloqueando qualquer
fuga. As garras permaneceram também, sua mão ainda estava
levantada para atacar.
—Fotos de nós, descrição do corpo, um pedaço de nossa roupa para
o aroma e amostras de sangue. Isso torna mais fácil para sermos
rastreados e encontrados, mesmo que possamos mudar nossa
aparência o suficiente para enganar alguém.
— Por que envolveriam os outros?
—Obtém os resultados que o Conselho deseja. Também assegura
que ninguém nos acolha. Os assassinos que fogem não sobrevivem
por muito tempo. Também colocam uma grande recompensa por
nossas cabeças, apenas no caso de alguém não confiar no que lhes
é dito. Medidas duplas.
Ele deu outro passo para trás, mas ficou na frente dela. —
Ninguém daria um santuário a um Vamp de qualquer maneira,
exceto um ninho.
— Errado. É raro, mas alguns Alfas de matilhas menores protegem
Vamps desonestos por nossa capacidade de manipular os humanos.
Precisei ir atrás de alguns escondidos em matilhas antes.
— Por que você não está tentando fugir, Bella?
Ela olhou para ele. Parecia mais alto do que se lembrava, com
apenas alguns metros de espaço entre eles. Também não usava
saltos. — Estou morta de qualquer maneira, se não o matar. Já tive
problemas quando ajudei uma família humana a escapar do
julgamento do Conselho. Nunca há uma segunda chance. Não lutarei
contra você. Está protegendo crianças. Isso é nobre.
— Está tudo bem, Ice. Eles irão me torturar primeiro,
provavelmente por semanas apenas para me mostrar de exemplo
para os outros. Está me fazendo um favor desta maneira, desde
que faça isso rápido. Minha vida acabou naquela noite, que eu fui
sequestrada do clube. Isto aconteceu com certeza. —Ela forçou
um sorriso tenso. — Mas tenha cuidado. Kate é boa. Pode aparecer
a qualquer momento. Como eu disse ... vigie suas costas. —Ela
fechou os olhos novamente. — Apenas faça.
Ela ficou tensa quando seus dedos deslizaram em seus cabelos,
segurando a cabeça no lugar. Estava doendo, mas confiava nele
para ser um assassino rápido e eficiente.
Ela sempre se perguntou o que aconteceu com Ice. Agora ela sabia.
Ele não era humano, afinal, mas sim um executor. Tinha sentido
agora, olhando para trás. Sempre houve algo sobre ele que gritava
macho Alfa.
A dor bateu em seu rosto em vez de sua garganta. Foi a sua última
lembrança.
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Ela tinha uma pele muito macia e ele não conseguiu encontrar sinais
de cicatrizes. Vamps se curavam melhor do que ele conseguia.
Desistiu uma vez que explorou da parte de trás do pescoço até a
coluna vertebral.
Em seguida, deslizou a mão sob os quadris, afrouxando a calça. Foi
fácil puxá-la para expor a calcinha preta de seda. O fato dela ter
um bom traseiro o fez grunhir. Segurou as bochechas com as duas
mãos, apertando. Ele sentiu uma leve imperfeição sob a pele em
uma parte carnuda perto do centro de um globo arredondado e a
soltou, alcançando a adaga que guardava na bota.
— Porra. — Odiava cortá-la, mas o rastreador precisava ser
retirado.
Olhou para sua pele branca cremosa e sabia que ela poderia
acordar em breve. Seria melhor se fizesse isso enquanto ela
permanecia dormindo. Hesitou apenas mais um segundo antes de
cortar a pele onde sentiu alguma coisa. O cheiro e a visão de seu
sangue o distraíam, mas encontrou o rastreador. Era do tamanho
de uma pílula, menor do que ele suspeitava que seria.
Cuidadosamente o retirou. O dispositivo tinha uma pequena luz
vermelha no centro e começou a piscar enquanto o observava.
Ele deixou lá, marchou até a porta e destrancou.
O telefone de Bella em seu bolso vibrou quando saiu.
Aparentemente, ela não mentiu para ele.
Jessica e seu carro se foram. Ele limpou o sangue do rastreador
em sua roupa voltou para onde o Vamp morreu e agora tinha apenas
cinzas e deixou cair o rastreador no meio delas. O telefone
também parou antes de jogá-lo debaixo da lixeira. Parou de vibrar,
mas depois começou novamente.
Ele olhou ao redor, seus sentidos em alerta, mas não tinha a
sensação de ser observado. Somente os humanos pareciam andar
pelas ruas em cada extremo do beco. Voltou para dentro da loja e
trancou a porta. Bella permanecia inconsciente no balcão, o
traseiro exposto.
Ele guardou a adaga na bota e puxou a calça antes de colocá-la
sobre o ombro novamente. O quarto em que estava dormindo,
ficava sobre a oficina, mas ele a levou para baixo para o porão. A
única janela lá embaixo foi destruída em algum momento do
passado, provavelmente para evitar que os ladrões entrassem. Ele
acendeu as luzes e caminhou para outro balcão. Este tinha um topo
e pernas metálicas, coberto de computadores antigos que foram
abandonados. Usou o braço para limpá-lo. Eles caíram no chão e ele
a colocou nas costas.
Lembranças encheram sua cabeça com o passado. Bella era humana
então... e uma tentação. Ele resistiu a fodê-la, apesar de desejar.
Ela o fazia sentir vontade de conhecê-la muito melhor, mas isso
não poderia acontecer. Não em sua linha de trabalho. Conviveu com
os seres humanos muitas vezes, mas ela parecia muito frágil com
seu tamanho menor e não era uma daquelas garotas do clube.
Esse era o tipo dele. Sexo fácil, sem amarras e uma absoluta falta
de laços emocionais. Faça uma vez e nunca pense nelas duas vezes.
Isso não teria sido o caso com Bella. Ele realmente queria levá-la
a sua casa e mantê-la lá, onde estaria segura. Ela tocava seus
instintos protetores. O pensamento de acordar na cama com ela
todas as manhãs quando saia para o trabalho muitas vezes cruzou
sua cabeça. Ela era tão doce e fofa.
Ele rosnou baixo. Agora era uma maldita Vamp.
Ele correu até seu quarto atual e voltou para o porão rapidamente
para prendê-la na mesa resistente. Sempre carregava correntes e
algemas no caso de precisar torturar seus alvos por informação.
Pensou em amordaça-la, mas o dano em seu rosto já o fez
estremecer. Ele a marcou com força com o punho para nocauteá-
la. Um hematoma já estava se formado, mas desapareceria
completamente depois de ser alimentada. Ele arrastou uma cadeira
enferrujada e sentou-se para vê-la.
Seu telefone tocou no bolso e pegou-o, olhando para a tela.
Surpresa atingiu quando viu o identificador e atendeu. — Ei,
Garrett.
—Quer explicar que parte de: ser bom com Lycans, não entendeu?
Acabei de receber uma ligação do Alfa dizendo que você se
recusou a permitir que seu executor fosse parte da coleta de
informações. Desliguei logo depois, mas se tive que ouvir essa
merda, então você terá também. Duas palavras: trabalho em
equipe.
— Encontrei um obstáculo.
— Que tipo?
Ele suspirou e moveu os ombros. — O Conselho Vamp enviou dois
assassinos atrás de mim por destruir o ninho.
— Eles têm assassinos?
— Parece que sim.
— Desde quando?
— Nenhuma ideia.
Garrett riu. —Você pegou um dos idiotas para conseguir
informações? Inteligente. Fico feliz por ter cortado a matilha.
Nós somos os que lidam com seus problemas Vamp quando é demais
para eles lidarem. Atualize-me e as compartilharei com Eleazar.
Ele pode informar os clãs VampLycan sobre o que você descobrir.
— Eu conheço este Vamp. — Admitiu Edward. — Lembra-se daquele
trabalho no final dos anos oitenta? Que o nome do Mestre era
Byron? Enviou-me para lá depois que muitos relatórios de pessoas
desaparecidas foram arquivados e rastreamos os
desaparecimentos até um clube de dança. Ele é aquele que estava
tentando criar um culto de seguidores humanos e manteve-os sob
seu controle mental.
— É um dos Vamps de Byron? Pensei que tivesse matado todos.
— Eu o fiz. Ela era humana, trabalhou no clube que usei como
disfarce e mencionou ter sido transformada por um Mestre que
queria mulheres como escravas sexuais. Não era Byron. Ele ia atrás
apenas de homens humanos e todos os seus vampiros também eram
do sexo masculino.
— O assassino é uma mulher?
Capítulo 2
— Ela olhou nos olhos dele, procurando por qualquer sinal da pessoa
que costumava ser. — Por favor? Pode ser que eu não seja um
Lycan, mas eu tenho um nariz sensível. Provavelmente está
chegando a você também. Não gostaria de me interrogar sem que
esteja fedendo?
Ele apertou os dentes. —Bem. O único banheiro está no terceiro
andar. Ainda é luz do dia e não cobri todas as janelas. Colocarei um
cobertor sobre você e a levarei para o banheiro. Há uma pequena
janela lá, mas não permite a luz solar direta. Esse quarto está
localizado contra uma parede externa. Se tentar fugir, tudo o que
fará será queimar. Os edifícios à nossa volta estão trancados. Não
me importo com a rapidez com que possa correr, não encontrará
esconderijo contra o sol antes que frite.
—Não vou fugir, Edward. — Era estranho dizer esse nome. — Posso
perguntar uma coisa?
Ele alcançou o bolso de moletom e retirou um anel com duas
pequenas chaves. — Não direi para quem eu trabalho ou quantos
somos.
— Apenas queria saber porque te apelidaram de Ice.
— Minha mãe me chamou Edward. Disse a Mike meu nome, mas ele
se recusou a me chamar assim. Apelidou-me de Ice e pegou.
Ela decidiu acreditar nele. — Obrigada.
—Pelo que? — Ele soltou seus tornozelos.
—É importante para mim saber seu nome real. É bobo, mas é isso.
Ele caminhou pelo lado da mesa até sua cabeça. — Odiaria ter que
nocauteá-la novamente. Não gosto de bater em mulheres. Mas isso
não significa que não o farei se me atacar, Bella. Entendeu?
Comporte-se e não terei que machucá-la.
Ela ficou muito quieta enquanto soltava seus pulsos. — Não lutarei
contra você. Não acho que consiga. Sinceramente e também não
confiaria muito. Os vampiros tendem a mentir. Obrigada. Posso me
sentar agora? Vou me mover devagar.
Ele recuou e colocou as chaves no bolso. — Faça.
Ela soltou um gemido enquanto se sentava e esticava um pouco, as
torções em seu corpo se tornavam mais dolorosas. A bancada
sentia-se tão dura como o mármore, apesar de ser metal. — Não
sei como faziam quando os Vampiros precisavam se esconder nas
criptas e dormir em pedra. Não faço isso. Comprei um colchão
suave para o meu quarto que parece uma nuvem. —Ela
cuidadosamente balançou as pernas dos lados e escorregou fora
da borda, ficou parada ali com os pés descalços. Sua perna
manteve seu peso, mas doeu. Evitou pisar nas peças de computador
quebradas enquanto se aproximava dele. —Aprecio que tenha
mostrado um pouco de misericórdia. —Ela olhou profundamente em
seus olhos.
— Caminhe na minha frente até a escada.
Ele não queria ficar de costas para ela. Inteligente. Ela não fez
movimentos súbitos e caminhou pelos detritos até a escada,
apenas parando quando chegou ao final. Edward ficou ao seu lado
e alcançou a escada, retirando oque parecia uma velha lona.
—Isso não é um cobertor. — Ela enrugou o nariz. — E está cheio
de pó.
— É tudo que tenho aqui. Sim ou não? Pode retornar a mesa.
Ela fechou os olhos, abaixou o queixo e abraçou a cintura. — Faça.
Espero que este banheiro tenha água morna. Posso sonhar, certo?
— O que mais você quer saber? — Ela contaria a ele qualquer coisa
e então isso poderia acabar.
— Quantos assassinos trabalham para o Conselho?
— Pelo menos cem. Existem oito casas nos EUA e duas na Europa.
Eu nunca estive lá, mas uma na Inglaterra e outra na Alemanha.
Colocaram dez de nós em cada casa que criaram. Não somos
chamados de ninhos, já que nossos Mestres são todos os membros
do Conselho.
— Por que a Europa?
— Para vigiar os Vamps ali. É tudo muito secreto, mas conheci um
deles há cerca de dez anos. Seu nome era André e ele seguiu um
Mestre em Nova York que não tinha permissão para estar lá. André
estava estacionado na Alemanha, mas mencionou que ser
transferido da Inglaterra. Perguntei-lhe se havia mais casas, mas
ele disse que apenas ouviu falar de duas. Fui chamada para ser seu
apoio porque o Mestre viajou com cinco guardas. Ele também
contratou meia dúzia de humanos para protegê-lo durante o dia.
Nós fomos até ele à noite embora.
— Todos os Mestres precisam de permissão para entrar primeiro
nos EUA?
— Havia rumores de que este Mestre planejava assumir a cidade
de Nova York. É aí que me baseio. Um dos Conselhos possui esse
território e isso significaria uma guerra para mantê-lo. Advertiu o
Mestre a não vir aqui e mandou que André o observasse na
Alemanha. Assim que voou para os EUA, recebemos uma ordem
para matar.
— O Conselho faz com que faça o seu trabalho sujo?
— Sim.
— Onde estão as casas nos estados?
— Tampa, Dallas, Chicago, Vegas, Portland, San Francisco, Denver
e Nova York.
— E Canadá ou México?
Capítulo 3
— Filho da puta!
Edward carregava Bella, envolta na lona, descendo a escada. —
Pare com isso. Irá se queimar. O sol ainda está alto.
Ele aliviou seu controle sobre ela quando chegaram ao porão e já
não havia perigo de sua pele ser exposta à luz solar. Ele caminhou
até a mesa, mas hesitou em colocá-la lá. Então, novamente, era a
única maneira de contê-la.
Ele a deixou de costas e subiu na mesa, sobre seus quadris para
prendê-la. A lona que ele envolveu algumas vezes ao redor dela
estava no caminho, alcançando seus braços. Isso significava liberar
suas garras quando ela se debateu sob ele.
— Fique quieta. — Ele começou a cortar a lona.
— Eu lhe disse o que você queria saber! —Ela se acalmou sob ele.
— Até facilitei. Tudo o que tinha que fazer era usar o chuveiro
para lavar o sangue pulverizado nas paredes. As cinzas iriam pelo
ralo. Eu deveria saber.
— Ainda não vou matá-la.
Ela tentou levantar os quadris para derrubá-lo. — Quando você se
tornou um idiota? Quer me ver perder a cabeça? Isso é o que
acontecerá. Essa é a sua versão de diversão? Ver um vampiro com
sede de sangue?
Ele cortou a tela e levantou seu corpo apenas o suficiente para
deslizar o material entre eles e cortar outra camada. — Não vou
cortar sua cabeça, nem planejo vê-la morrer de fome. Agora irá se
comportará para que eu possa libertá-la disso? Peguei um pijama
no caminho. Quer vesti-lo?
Ela ficou muito imóvel sob ele. — Que tipo de jogo você está
jogando?
Edward sentiu sua pele fria enquanto sua raiva fervia por dentro.
Ele não precisava olhar para seu braço para saber que seu corpo
estava um pouco cinza. — Não os excita. Isso os envia à sede de
sangue, seu idiota. O vampiro capturado provavelmente perdeu
tanto sangue que seu corpo estava faminto. Está me acusando de
ser o tipo que torturaria e depois estupraria uma mulher? O
estupro é exatamente o que seria tirar vantagem de uma mulher
perdida na sede de sangue. Deve responder com cuidado.
Paul empalideceu e afastou-se um passo.
— É melhor esperar que eu nunca descubra de qual matilha são
estes executores ou poderia caçá-los pelo que fizeram com esta
Vamp antes que morresse.
O olhar dele foi para Sam. — Obviamente, a inteligência não é um
requisito para ser um de seus executores. Tire-o da minha frente
antes que o machuque por insinuar que sou um cara doente.
Sam assentiu. — Eu o espero na casa da matilha em breve. —Ele
empurrou Paul para frente e Jessica o seguiu.
Edward girou, entrou na loja e bateu a porta. Rosnou, querendo
socar algo. Olhou para o punho, focado nele, até que sua pele voltou
ao tom de carne.
Seu temperamento finalmente desapareceu quando respirou
fundo. Saiu da loja, trancou a porta e se assegurou que nenhum
Lycans assumisse seu lugar. Saiu do beco e percorreu um
quarteirão para onde viu traficantes de drogas e prostitutas.
Aproximou de uma das mulheres e sorriu. — Quanto?
Ela sorriu de volta, revelando que faltavam alguns dentes. Crostas
cobriam seus braços e peito expostos. Ele sabia que era um
resultado de drogas. Ela cheirava a elas, como se estivesse saindo
de seus poros. — O que você quer?
— O que faz por duzentos dólares?
Seus olhos se arregalaram. — Isto é muito dinheiro.
— Sim. Não irei machucá-la. Eu prometo. Tenho um lugar ao virar
a esquina. Estive dormindo no porão e realmente queria uma
chupada. Você faz isso?
Ela se levantou. — Sim. Posso receber o dinheiro agora?
Ele olhou ao redor e pegou a carteira, tirando uma nota de cem. —
Isso por enquanto. O restante depois. — Ele se certificou de que
ela pudesse ver o bolo grosso de notas.
— Você conseguiu, querido. —Ela sorriu e bateu os cílios.
— Venha comigo.
Ela ficou bem ao lado dele quando voltou para a loja e destrancou
a porta. No momento em que ela entrou, se virou e tocou a frente
de seu jeans.
— A cama está lá embaixo. Gosto de me deitar. Meus joelhos são
ruins.
Medo cruzou seu rosto enquanto olhava para a loja em ruínas.
Ele pegou a carteira novamente e tirou mais uma nota de cem,
passando para ela. — Não machuco mulheres. Eu juro. Dez minutos
no máximo e você retornará ao lugar onde a encontrei. Nem mesmo
vou durar tanto tempo. Faz algum tempo.
Ela assentiu.
Ele liderou o caminho e ela o seguiu. Estavam a meio caminho pela
escada quando finalmente viu Bella presa na mesa. Ele girou,
agarrou-a e colocou a mão sobre a boca. Ela tentou gritar enquanto
a levava pelo resto da escada, com cuidado para não a machucar.
Bella o encarou chocada quando se aproximou.
— Tome o controle de sua mente, porra! Ela está aterrorizada. —
Ordenou ele.
O olhar brilhante de Bella deixou o dele para se concentrar na
mulher. — Olhe para mim. Está tudo bem. Relaxe. Você está bem.
Tudo bem.
— Melhor?
— Muito. Obrigada. — Os olhos se abriram e ela encarou seu rosto
com uma careta.
— O que?
— Você me alimentou. Por quê?
— Não quero vê-la sofrer. Isso foi o suficiente para durar alguns
dias?
— Sim. Não quis tomar muito. Ela era muito magra.
— Sinto muito. Era pegar uma prostituta ou um traficante de
drogas. O último não me seguiria voluntariamente aqui sem lutar,
pensando que planejava roubá-lo.
— Aposto que não tem problemas para convencer as mulheres. —
Ela corou. — Sinto muito. Estou saciada, mas meu corpo ainda está
um pouco, um, fora. Obrigada, Edward. De verdade.
— Por nada.
— Fico feliz que você não seja um cara doente.
Ele deixou suas palavras se afundarem. — Você ouviu minha
conversa com a matilha e o que aquele idiota disse.
— Sim. Tenho uma boa audição e a porta do porão não parece
grossa.
Ele se aproximou dela e se inclinou, não perto o suficiente para que
mordesse, mas então realmente podia olhar para os olhos dela. O
brilho desapareceu até um azul profundo. — Foi o que pensou? Que
esperaria você entrar em sede de sangue e depois a foderia?
— Não.
Ele acreditava nela. — Bom. Porque eu não faria isso. Preciso ir.
Irá se comportar, ficando quieta quando eu for embora ou devo
amordaçá-la? Prometa-me que não gritará tentando chamar a
atenção de algum humano para libertá-la.
— Eu prometo.
Capítulo 4
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Capítulo 5
Ele colocou as mãos em cada lado dela, mas manteve longe alguns
centímetros de seus quadris. — Tem permissão para se defender.
Qualquer Lycan que entrar, pode chutar suas bundas. Tente
mantê-los vivos. Mate apenas se precisar. — Ele hesitou. — Porra.
Não ferre comigo, Bella.
— Não o farei. — Ela olhou nos olhos dele. — Eu juro, Edward.
Quero que você destrua este ninho e evite que machuquem outras
crianças. Não se preocupe comigo. Estarei aqui mesmo quando você
voltar.
— Certo. Tenho que ir e encontrar o SUV daquele idiota para
transportar seu corpo. Desça a escada comigo e proteja a porta.
Não consigo trancá-la, já que está quebrada. Uma vez que sair com
o corpo dele, use algo para bloqueá-la contra um humano. Quero
que você cubra as janelas aqui enquanto estiver fora. Isso irá
mantê-la segura ao amanhecer. Há madeiras em um armário no
primeiro andar. O porão é mais seguro, mas está cheio de sangue.
Eu sei que você não fica bem com isso. Permanecerá aqui até
amanhã de manhã.
Ele se levantou e estendeu a mão. Ela colocou sua menor na dele e
a puxou para seus pés. Ele soltou e se virou, dando-lhe as costas.
Era um sinal de confiança.
Ela o seguiu pelo corredor curto e no primeiro andar, onde abriu a
porta dos fundos e entrou no beco. O sol se pôs e sentia-se com
força total graças à escuridão e ao sangue que tomou. Minutos se
passaram e então ela ouviu um motor. Um grande SUV branco
parou no beco e Edward saiu do banco do motorista. Entrou, acenou
com a cabeça para ela e então ergueu o corpo de Paul.
— Tranque assim que eu sair. Voltarei bem depois que o sol estiver
alto. Durma na cama, mas deixe espaço para mim. Estarei cansado.
Amanhã à noite, discutiremos o que fazemos a seguir.
— Tenha cuidado. — Ela sussurrou.
Ele encontrou seu olhar e sorriu. — Isto é o que eu faço... e sou
bom.
Ele saiu e ela foi até a porta, observando quando empurrou o corpo
para o banco de trás, prestando mais atenção à rua no final do
beco do que nela. Estava pronta para controlar todas as mentes
humanas se vissem alguma coisa. No entanto, ninguém apareceu.
Edward sentou-se no assento do motorista e saiu. Bella fechou a
porta e empurrou para bloquear.
Observou o marco da porta quebrada e achou que poderia fazer o
seu melhor para corrigi-lo se pudesse encontrar algumas
ferramentas. Não demorou muito para localizar o armário com a
madeira compensada. Uma pequena caixa de ferramentas estava
em uma prateleira. Lembranças de sua infância a atingiram, mas
ela as empurrou para trás. Não seria a primeira vez que consertava
uma porta. Seu pai e seus irmãos destruíam a casa com seus
temperamentos.
Uma hora depois, entrou no porão e começou a limpar todo o
sangue. Isso fez com que suas presas saíssem, mas a fome não
apareceu. A pior parte disso foi o cheiro químico forte de água
sanitária no espaço contido sem janela ou ventilador. Era bom ser
um Vamp, no entanto, enquanto respirava por alguns minutos de
cada vez, apenas puxava pequenas quantidades de ar quando seus
pulmões queimavam por isso.
Ela terminou, depois voltou para cima para esperar.
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— Sou seu irmão. Você ligou. Não faria isso a menos que estivesse
pensando em fazer algo estúpido. Vamos nos sentar juntos, tomar
algumas cervejas e conversar a respeito. Agora estou arrumando
uma mochila e irei pelo ar. Devo chegar de manhã. Eu sei onde você
está ficando.
— Bella está na loja na qual estou. Não a assuste.
— Não machucarei sua Vampira.
— Bella.
— Porra. Você está caído, verdade?
— Estava e ela não mudou, além da coisa de Vampira.
— É uma grande merda, irmão.
—Vejo você pela manhã, Emm. Estarei lá depois que o sol sair. Ah
e hum, ela pode se mover pelo amanhecer. Cuidado. Não a assuste.
— Qual a idade dela? Não sabia que gostava de coroas.
Ele riu. — Longa história. Conto amanhã.
— Eu o vejo em breve.
Edward terminou a ligação e suspirou, levantando-se e retornando
ao escritório da matilha. Os Lycans estavam ansiosos demais para
dormir. Ele sabia que estariam.
Capítulo 6
Bella ouviu uma batida na porta por volta das cinco da manhã. Ela
franziu a testa, pegando um martelo.
— Olá? Bella? Não ataque. Estou entrando.
— Consertei essa porta. Não a quebre. Quem é você?
— Edward me enviou. Sou seu irmão.
Curiosidade imediatamente tirou o melhor dela e destrancou a
porta, abrindo-a. Não havia dúvida de que o grande homem que
estava no beco estava relacionado com Edward. Eles tinham os
mesmos traços bonitos, cabelo preto e tamanho corporal. Ela
recuou rapidamente, mantendo distância.
Ele entrou, fechou a porta atrás e sorriu.
— Porra, você é pequena. Não é de admirar que meu irmão seja
excessivamente protetor. — Ele colocou uma mochila no chão e
cruzou os braços sobre uma camiseta esticada em seu amplo peito.
— Sou Emm.
Ela olhou um pouco para ele, perplexa com o nome.
— Emmett, mas gosto mais que me chamem de Emm.
Ela balançou a cabeça. — Edward está bem?
— Estava bem quando conversei com ele.
— Ele enviou você aqui para me manter a salvo, caso outro executor
tente me atacar?
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— Merda.
— O que? —Sam aproximou-se. — Isso foi melhor do que
planejamos.
— O Mestre não está aqui.
— Como você sabe?
— Vê algum desses bastardos se mexendo? Atacando-nos? O filho
da puta deixou seu ninho aqui sem defesa, também. Sem guardas
humanos. Deveriam ter sete deles e não cinco.
— Vamos matá-los —Gritou um dos executores.
— Espere. — Edward pegou o celular.
Sam olhou para ele. — Eles mataram nossos filhos!
— Eu não disse que não pode matar os bastardos. Apenas quero
tirar fotos deles e mostrar seus rostos para a assassina do
Conselho Vampiro. Saber se ela os conhece. Será capaz de me
dizer se são parte do ninho original ou apenas recém-
transformados que o Mestre deixou aqui para encontrarmos. —
Edward permitiu que sua irritação aparecesse. — Foi fácil demais.
Ele ignorou os grunhidos dos Lycans irritados e tirou fotos de cada
rosto dormindo. — Feito. Vá em frente. Pode se vingar.
Ele os deixou no quarto, procurando a área de armazenamento por
qualquer outra porta ou espaços escondidos no qual um Vampiro
pudesse se esconder. Ele foi para o andar de cima para verificar o
restaurante. O Mestre e o último membro do ninho ainda estavam
desaparecidos.
Sam voltou para ele. — Exploda.
—Não há necessidade. Peça aos seus homens que varram as cinzas
e verifiquem as câmeras. Eu ia explodir o prédio porque esperava
um banho de sangue. Este é um trabalho de limpeza fácil.
—Os humanos que possuem esse restaurante ajudaram os
Vampiros. Explique-se!
Capítulo 7
Ele se lançou no ar. Garrett não ficaria feliz com o que fez com
Sam ou como tomou o controle da situação, mas lidaria com isso
mais tarde. Ele se tornou um guardião para proteger as matilhas
de ameaças, até mesmo os Alfas idiotas. Seria condenado antes de
permitir que fossem abatidos.
Ele voou alto, observando a floresta nos limites da cidade. Não viu
dois vampiros, mas já poderiam estar dentro do território,
escondendo-se em uma das casas Lycan abandonada depois que a
matilha entrou em bloqueio. Ele se virou, voltando para a casa onde
a maioria dos Lycans estavam. Esse seria o alvo.
Pousou no telhado da casa e agachou-se, alerta. Poderia ser uma
longa noite, mas de manhã, ele e Sam teriam problemas. O Alfa
provavelmente iria querer desafiá-lo. Não era como se tivesse
outra opção. Simplesmente não planejava se tornar seu novo Alfa.
Pouco tempo passou e finalmente ele viu o movimento perto das
árvores.
Quatro figuras escuras chegaram mais perto, mantendo-se longe.
Ele levantou-se, estendeu as asas e caiu no chão. Suas botas
fizeram um som batendo quando pousou. Descascou a pele no modo
de batalha. Isso o retardaria um pouco, mas também desviaria
balas se os bastardos estivessem armados. Avançou, direto para
eles.
— Marco.
Todos os quatro se esconderam atrás de troncos de árvores
grossas. Edward suspirou. — Eu vi você. Pare de se mexer. Não
tenho vontade de brincar de esconde-esconde. Sou Edward, o
GarLycan. Se veio atrás de crianças Lycan. Este é um grande e
maldito não. Saia daí e fale comigo.
Nenhum deles se moveu. Ele inalou. — Sinto seu cheiro, Vamp. Vê
as asas? Eu voo. Não pode me superar. Fale ou simplesmente o
matarei. Sua chance. Faça.
Um dos homens saiu de trás de uma árvore, mas ficou ao lado dela.
— Este não é problema seu, GarLycan.
— Você é Marco?
O homem inclinou levemente a cabeça.
— Você fez mais dois Vamps? Contei quatro de vocês.
— Eu não respondo a você.
—Errado. Tornou-se meu problema quando sequestrou crianças
Lycan e as matou. Encontrei o armazém onde as manteve. — Ele
ainda fica enjoado. Os corpos estavam no porão, em sacos de lixo
como se não fossem nada. — Colocou-as em gaiolas, torturou-as,
com base na quantidade de sangue que encontrei naquele lugar
infernal e então os fez lutar uns contra os outros. Realmente
pensou que poderia fugir com isso?
— Sim. — Marco mostrou suas presas e seus olhos brilhavam.
Edward sentiu o que o bastardo estava tentando fazer. —Você
está desperdiçando seu tempo, idiota. As gárgulas têm crânios
grossos. Não pode foder com a minha cabeça.
Marco aproximou e puxou arma.
— Faz cócegas quando tenta me controlar. — Edward estendeu a
mão e bateu na cabeça. — Apenas um pouco de zumbido, como um
inseto irritante. E acha que balas me derrubarão? Você é tão
estúpido quanto o Alfa dessa matilha. — Edward endureceu um
pouco mais o pescoço e empurrou o peito, mantendo a mão pronta
para proteger seus olhos. Eles os únicos pontos vulneráveis que
tinha.
Marco começou a disparar.
Edward jogou o braço sobre os olhos, sentindo as balas em seu
peito, uma em seu quadril e outra passando pela cabeça.
Pulou para a frente, afastou as asas e saltou alto, girando no ar
enquanto descia.
Um grito ecoou na noite e a arma parou de disparar.
Capítulo 8
— Foda-se. Sou mais velho que você. Eu conversei com sobe sexo
com você, se bem me lembro.
— Vamps gostam de morder durante o sexo. Eu nem tenho certeza
se poderia ficar com ela sem ter sangue envolvido.
— Acho que descobrirei se alguma vez fizermos sexo. O que não
faremos.
— Então, qual é o objetivo de mantê-la com você? Está se
torturando atualmente? Não poderia viver com uma mulher sem
fazer sexo com ela em cada oportunidade que tiver.
— Pare de ser um idiota. Apenas deixe ir. Agradeço por ter vindo,
mas lidarei com esta merda.
— Estou preocupado.
Edward assentiu. — Eu também. — Admitiu. — Não sei o que estou
fazendo, mas sei que quero mantê-la comigo. Bella e eu teremos
que descobrir.
— O ninho está completamente aniquilado?
Edward deu-lhe os detalhes.
Emm balançou a cabeça. — Porra. Você enviou Graves para pegar
dois novos Vamps e pediu-lhe para remanejá-los? Não são gatinhos,
pelo amor da porra.
— Eu sei, mas também não eram exatamente perigosos. Moravam
com seus pais até serem pegos. Seriam como gatinhos matando.
—Talvez deva tirar um tempo livre, irmão. De verdade. Lide com
toda esta merda com relação a pequena pilha, descubra como se
sente e por que é tão protetor antes de assumir outro trabalho.
Pelo que entendi você nocauteou Sam. Ele parecia um idiota, mas a
matilha provavelmente vai desafiá-lo agora. Você o derrubou na
frente deles. Então deixou dois Vamps viverem. Aposto que você
não compartilhou isso com a matilha.
Tinha sentimentos por ele. Sempre, desde que o conheceu. Não era
o tipo de ter relacionamentos. Estar com ele significava vê-lo sair
com outras mulheres para suas aventuras de uma noite?
Ela sentou-se na cama e fechou os olhos. Isso seria difícil para ela.
Doloroso também. Acabaria com seu coração.
E se ficar com ele se transformasse em um pesadelo infernal dela
se apaixonando, mas Edward ainda se recusasse a estar com ela?
Ele disse para deixar espaço na cama para quando ele voltasse do
ninho. Mas a teria acordado se estivesse com ela. Ele a estava
evitando.
Ela fechou os olhos. Merda.
Capítulo 9
---x---x---x---
— Sim.
— Estou dentro. — Ela estendeu a mão e tocou sua camiseta,
amando o calor que saía de sua pele através do tecido fino. Ele
tinha um corpo tão duro e queria explorar tudo isso. Suas gengivas
começaram a doer. — Ainda temos alguns problemas para lidar.
— Você não pode me morder.
— Isso. — Ela assentiu. — Minhas presas já querem sair porque
você está tão perto.
— Você precisa de sangue para ter um orgasmo?
Sentiu-se envergonhada em responder. — Não. Quer dizer, eu me
masturbo com frequência. Com certeza não me mordi. Apenas fiz
sexo algumas vezes como um vampiro... — Ela fez uma pausa. —
Não. Devemos ser completamente honestos um com o outro. Eu
quero esse tipo de relacionamento com você. — Ela inalou
profundamente. — Apenas fiz sexo uma vez desde que fui
transformada.
Surpresa apareceu em seu rosto.
—Não foi muito bem. Por isso que aconteceu apenas uma vez. Tive
uma tonelada de Vamps me assediando, mas não me sentai atraída
por eles. Moro com um grupo de homens. Entenderia se os
conhecesse. Costumam se gabar de suas conquistas. Era um preço
enorme para pagar. Eles têm complexo de superioridade. Eu sou
um deus, me adore. Blá blá blá.
Ele sorriu.
—É verdade. Alguns levaram mulheres para casa. Tenho uma
excelente audição. Precisava de muito controle para não invadir
seus quartos às vezes para castrá-los. Era como um jogo fazer
coisas que as mulheres que não gostavam, mas obrigá-las a pensar
que sim. Não tinha permissão para interferir, desde que não
matassem, nem fizessem alguma coisa para causar danos
duradouros às mulheres. Elas iam de bom grado. Alteravam suas
lembranças.
Sua diversão morreu e a raiva refletiu em seus olhos. — Faziam?
— Merda!
— Vamos sentar.
Boa ideia. Ela virou a segunda vez que a soltou e sentou-se na cama.
Edward agachou-se na frente dela. — Que outras perguntas você
tem?
— Minha mente está girando.
— É uma grande quantidade de informações para despejar em
você. Quero que saiba o que está fazendo antes de dizer sim para
compartilhar uma cama comigo.
— Não muda como me sinto, Edward. Ainda quero estar com você.
— Boa. Vivemos com a matilha Lycan, sendo seu guardião. Você
pode me ajudar a fazer isso. Trabalharemos pelas noites. Como
isso soa?
— Bom. Quer dizer, se eles não me atacarem. Alguns Lycans
odeiam Vampiros.
— Não ousariam machucá-la. Você estará lá comigo. — Ele ficou
parado. — Devemos dormir um pouco. Hoje à noite, iremos para
onde Garrett nos enviar.
Seu olhar foi para o buraco em seu jeans e ela estendeu a mão,
dedilhando-o. — O que realmente aconteceu?
— Um dos Vamps disparou, mas estava descascado. As balas
batem.
Ela ergueu a cabeça, olhando para ele. — Mostre-me.
— Você quer que eu tire a calça?
— Sim.
Ele se agachou novamente, segurando o colchão de cada lado do
quadril. — Farei mais do que mostrar onde a bala bateu, se eu a
tirar. Meu irmão saiu, mas o sol surgirá a qualquer momento. Quero
tomar meu tempo com você quando tivermos sexo.
Capítulo 10
Edward queria Bella tanto que doía. — Temos que ser inteligente
sobre isso.
Ela assentiu. — Morder. Certo. Evitar isso. Poderia me tomar por
trás.
Ele sorriu. — Gosto do jeito que você pensa. Tire suas roupas. —
Ele recuou e abriu seu jeans, descendo-o pelo corpo. Tirou a cueca
boxer em seguida, evitando olhá-la até que ficou ali, nu.
Bella tirou suas roupas rapidamente, já que ela apenas usava uma
de suas camisas e boxer. A visão dela em suas mãos e joelhos na
cama, seu traseiro curvilíneo descoberto e a maneira como ela
jogou seus cabelos para contemplá-lo sobre seu ombro, seu pau
ficou completamente duro.
Bella sorriu, mostrando as pequenas presas dela enquanto abria as
pernas. Ele desceu o olhar. Um grunhido retumbou. A insinuação
de sua excitação provocou-o, mas ela não estava pronta ainda. Ele
se aproximou dela e segurou seus quadris, deixando-a de costas.
Ela ofegou, parecendo surpresa. Ele sorriu, ficou de joelhos e
segurou seus tornozelos. Ele a puxou até o final da cama. —Abra
as pernas para mim. Quero um gosto primeiro.
— Você não precisa fazer isso.
Ele arqueou uma sobrancelha.
—Não quero mentir para você ou fingir qualquer coisa.
Honestamente. Para obtê-lo, você tem que dar.
— Estou tentando, mas você ainda não abriu as pernas.
Ela realmente corou. — Estou falando de verdade, não de sexo
oral. Mas você sabe disso. Eu fiz isso algumas vezes por um cara.
Na verdade, não foi bom. Gostaria mais se usasse os dedos ou a
boca em meus seios. Isso me deixa realmente excitada.
— Eu não sou ele. Abra as pernas. —Ele lambeu os lábios.
Ela hesitou.
— Você quer a verdade?
— Sempre de você.
— Garantirei que goze antes de estar dentro de você. Não acho
que durarei o suficiente para torná-lo bom para você na primeira
vez. Não quer que eu me sinta culpado, não é?
Ela balançou a cabeça. — Não. A maioria dos homens não se
importa.
— Eu sim. Agora abra para mim e me dê acesso.
Ela abriu as pernas e rompeu o contato visual com ele. Ele sorriu.
Ela parecia desconfortável, mostrando-lhe sua buceta. Um leve
tom de vermelho apareceu em sua pele pálida. — Oh amor. Farei
com que deixe de ser tímida. — Ele soltou seus tornozelos, agarrou
suas coxas e puxou-a mais perto. Ele aplicou força suficiente para
mantê-la presa e aberta, mas teve o cuidado de não a machucar.
Desceu o olhar, observando sua buceta sem pelos. Nunca fez sexo
com uma Vamp. — Você se depila aqui?
— Hum, não. Uma vez fui transformada, hum... podemos
simplesmente não discutir isso?
Ela era tão fofa. — Terei uma resposta mais tarde sobre isso.
— Ótimo.
Ele notou outra diferença. Era pálida em todos os lugares,
incluindo sua buceta. Abaixou a cabeça, amando seu aroma. Tomou
como um desafio que ela não gostasse de sexo oral. Planejava fazê-
la mudar de ideia. Ele se concentrou em seu pequeno clitóris,
dando-lhe lambidas suaves para testar sua sensibilidade. Seus
músculos sob as mãos ficaram tensos e ela respirou fundo.
Isso estava ficando divertido.
— Eu sempre o faço.
— Voltarei para a cama para dormir um pouco. Até as cinco.
Sairemos para a estrada assim que o sol se pôr.
Edward foi para o andar de cima e entrou no quarto, preparado
para se deitar, quando seu celular tocou. Ele se curvou, pegou-o do
jeans e atendeu. Tinha duas ligações perdidas e meia dúzia de
mensagens. O número de todos eles fez com que curvasse os lábios
e saísse do quarto. Desceu para encontrar seu irmão ainda
comendo.
— Estás bem?
—Maldito Sam. Vou ligar de volta. Ele me enviou algumas
mensagens. — Não se incomodou em ler os textos, mas
simplesmente ligou para o Alfa. Sam atendeu no primeiro toque.
— Quero que você venha até mim agora para lutar. Chamei toda a
matilha para testemunhar.
— Foda-se você. Não vou desafiá-lo, Sam. Estava bêbado na noite
passada e sendo estúpido. Eu me recuso a pedir desculpas, porque
você é um idiota.
Emm engoliu uma risada.
— Como ousa!
— Salvei sua vida. Seja grato. Não quero sua matilha. Apenas
queria salvar as crianças Lycan. E o fiz. Marco e seu segundo estão
mortos. Seu problema está resolvido. Estou indo embora esta noite
e você nunca mais me verá.
— Fui desafiado duas vezes esta manhã. Tive que matar dois
membros da minha matilha por sua causa! Não ficará assim. Pare
de ser um covarde. Traga sua bunda até aqui. Eu o matarei para
demonstrar a minha matilha que mereço ser o Alfa.
— Sou um GarLycan, Sam. Não um Alfa. Quer que fique como uma
pedra de pé até que se canse de tentar causar algum dano? Qual
é o objetivo disso? Também não quero mata-lo. Sabe por quê?
Porque não quero liderar sua matilha. Eu o derrubei porque você
estava bêbado como uma merda e não me ouviu. Marco e seu
segundo estavam no seu território, a caminho de distrair sua
matilha. Teriam o matado mais rápido do que poderia ter dito
porra. Entendeu?
Sam rosnou. — Nem me deu a chance de matar os Vamps. Você me
humilhou!
—Você fez isso a si mesmo, ficando bêbado quando sua matilha
ainda estava em perigo. Tirou-os do bloqueio. Quantos deles
morreriam vagando pela floresta pensando que estivessem
seguros? Especialmente porque estavam bêbados.
— Você não virá me enfrentar?
—Não. Não irei. Não há sentido. Chute uma bunda se for desafiado
e lide com isso. Não é meu problema.
Sam rosnou.
Edward encontrou o olhar de seu irmão e revirou os olhos.
— Quero que deixe meu território dentro de uma hora, você é um
covarde.
— Sam, isso não acontecerá. Tenho uma Vamp comigo que Lorde
Eleazar quer viva para descobrir mais o Conselho. Ela tem sido
cooperativa.
— Isso torna ainda melhor. Humilha-me na frente da minha
matilha? Agora falhará na sua missão de entregar o Vampiro ao
seu Lorde. Espero que o mate por falhar. Sairá do meu território
dentro de uma hora e deixará o Vampiro no prédio para que
possamos pegá-la. Tenta sair com ela e atacaremos até que esteja
morto. De qualquer maneira, você perde, idiota.
— Esse cara é um maldito idiota. —Sussurrou Emm.
Edward segurou o olhar de seu irmão. Emmett podia ouvir
facilmente a conversa na sala silenciosa, com eles parados tão
próximos. Ele fez um gesto sombrio.
— Não faça ameaças, Sam. Não quer foder comigo ou com Lorde
Eleazar. — Alertou Edward.
— Fuja, idiota.
Edward caminhou até a porta e a destrancou. Olhou para o beco.
O cheiro de lixo pendia no ar, mas o movimento súbito acima
chamou a atenção. Ele olhou para cima para ver seis Lycans de pé
no telhado no edifício próximo, observando-o. Ele virou a cabeça,
visando mais em outros telhados. Entrou novamente.
— O que você está fazendo, Sam?
— Não irá me envergonhar sem pagar por isso. Eu lhe dei a chance
de me encarar com honra. Recusa-se a lutar? Não irá embora com
o Vamp. Vou tirá-la de você. Não quero começar uma guerra com
os GarLycans, mas irei. Tem uma hora para sair. Tenta levar o
Vamp, meus homens abrirão fogo. Quer dizer, você nos encorajou
a usar armas. Vamos disparar no Vamp se responder. Basta fazer
buracos o suficiente e virará cinzas. E luz do dia, de qualquer
forma. O que fará, idiota? Levá-la pela rua envolta em uma lona, na
frente dos humanos? —Sam riu.
— Ou simplesmente fique aí. Meus homens seguiram Graves depois
que você deixou aquela van emprestada. Sabe aqueles explosivos
que não me deixou usar no restaurante? Nós os temos, idiota.
Foram colocados ao redor do seu prédio. Então fique aí. Por favor.
Pode sobreviver se Gárgulas forem tão fortes como diz, mas a
Vamp não irá. Ela explodirá em pedaços. E não pense que não
aprendi nada com você. Há um túnel de esgoto abaixo desse local.
Irá explodir se tentar acessá-lo.
Emm fez um gesto para a porta e fez alguns sinais de mão. Edward
assentiu. — Alguns de seus Lycans lá fora tem celulares, Sam?
—Claro.
Ele assentiu com a cabeça para Emmett. Seu irmão abriu a porta e
saiu, olhando para a matilha.
Capítulo 11
Ela percebeu que podia ouvi-lo tão bem que deveria haver um alto-
falante dentro do capacete. Não notou quando ela subiu pela
primeira vez na moto. — Estou bem.
— Pode ver alguma coisa?
— As coisas estão um pouco desfocadas, mas está melhorando. É
tão ... brilhante.
Ele riu. — Acostume-se. É minha companheira. É assim que será a
partir de agora.
Ele a atordoou novamente.
— Ouviu?
— Sim.
— Não me arriscarei a perder você. Conversaremos sobre isso mais
tarde, com mais detalhes. Não sei se esses fones de ouvido são
seguros.
— Não fazia ideia de que isso fosse possível.
— Essa é a questão. A rodovia está chegando.
Eles se fundiram com o tráfego e Emm ficou ao lado deles, ambas
as motos compartilhando a pista. Bella apenas apreciou a visão. Sua
visão tornou-se mais clara, ajudando-a a descobrir todos os
detalhes ao redor dela. Não podia ver o quanto de costume, mas
era lindo e de tirar o fôlego ver a luz do sol brilhando em todos os
veículos.
Olhou para a parte do braço que estava exposta. Sua carne não
estava negra, nem mesmo vermelha. Ainda formigava de vez em
quando, mas a sensação era tão fraca que não era alarmante.
Ajustou seu agarre sobre Edward, usando seu corpo e roupas para
ajudá-la a proteger sua pele do sol.
— Você está bem?
— Estou formigando um pouco onde o sol está em mim. Isso é
normal?
— Eu não sei. Ainda não há dor?
— Não.
— Deslize suas mãos sob minha camisa. — Ela fez isso, sentindo
sua pele nua sob as palmas.
— Melhor? Você me diz se algo começar a dar errado. No entanto,
não deveria.
Isso não a tranquilizou. Ele parecia ler sua mente ou adivinhar o
que estava pensando, considerando suas próximas palavras.
— Contarei por que esta lei foi criada. Temos que tomar cuidado,
lembre-se. — Ele fez uma pausa. — Eu sei que uma vez, ambos se
deram bem. Nem sempre se odiavam. Então, os seus queriam os
que meus tinham. Chamaram isso de cura. O que é muito tolo,
porque não é como se tomasse uma vez e durasse para sempre.
Ela assentiu com a cabeça contra ele. — Mas dura por um dia?
— Deveria. É o que as históricas dizem. Às vezes, alguns dias com,
hum, doses regulares.
Alimentação, ela completou silenciosamente.
— Queriam nos usar.
Mais uma vez, pode entender. Vampiros queriam escravizar as
Gárgulas, para beber seu sangue. Mas ela viu a pele dura de
Edward. Provavelmente teria quebrado as presas se tentasse
mordê-lo quando estava cinza escuro. — Aposto que não deu certo.
— Não, não. Qualquer um veio atrás dos meus, morreram. E durou
muito tempo.
— Entendi. —Milhares de anos.
— Então, quem sabia e tentou conseguir o que chamavam de cura
já não existia mais. As batalhas pararam. As leis foram criadas
para evitar que acontecesse novamente.
— Mas você rompeu está lei hoje.
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Capítulo 12
A suíte tinha dois quartos principais com banheiro privativo cada,
uma grande sala de estar e uma varanda. Estavam no décimo andar
de uma cadeia hoteleira bem conhecida. Bella manteve a cabeça
baixa enquanto eles se registravam e entravam no elevador.
Emm deixou a mochila perto da porta, dirigindo-se a seu irmão.
— Comerei algo de verdade no restaurante, tomarei uma cerveja
e talvez foderei alguém. Vou tomar meu tempo, já que você tem
uma promessa para cumprir. — Ele apontou para Edward. —
Certifique-se de que o vínculo seja forte. Nós não precisamos de
sua garota atraindo Lycans para nós na estrada amanhã como um
flautista com sua buceta.
— Como? — Bella ficou boquiaberta com Emm.
—Ela não reagirá desta maneira. Estamos em um território
inexplorado. — Respondeu Edward.
— É verdade, mas é melhor estar preparado no caso de acontecer.
Conte-lhe sobre o chamado. — Emm saiu da suíte, fechando a porta
atrás dele.
Bella virou-se para Edward, arqueando as sobrancelhas.
— É uma coisa estranha de Gárgula, porque minha espécie tende a
ser cabeça dura e emocionalmente distante. É possível que você
possa emitir feromônios de: foda-me, que qualquer homem
responderá. Lycans são especialmente suscetíveis, pois têm o
melhor olfato. Pense em uma mulher Lycan no calor, é isso dez
vezes. Faz com que machos Lycan fiquem loucos e entrem em um
frenesi a menos que já estejam acasalados. Mesmo a proximidade
com os seres humanos, apesar de seus sentimentos mais fracos, os
deixarão excitados.
Ela ficou atônita, mais uma vez.
Ele acariciou seu rosto com o dele e ela expôs sua garganta. O
pensamento dele mordê-la não a assustava. Isso a excitava mais.
Ela se curaria, independentemente de suas grandes presas.
Também confiava nele para não a machucasse. Ele precisava beber
um pouco de seu sangue, mas provavelmente seria pouco.
Ele estendeu a mão e ofereceu o pulso dele.
— Tome, amor.
Ela hesitou.
Ele não o fez. Lambeu sua garganta, deixando beijos quentes e
molhados em sua carne e então suas presas se afundaram em sua
pele.
Ela agarrou seu pulso, para mantê-lo contra a boca enquanto bebia
dele. As presas de Edward deixaram sua pele, mas ela continuou
chupando. Ela gemeu mais alto, movendo a buceta contra seu pau.
Ele ajustou seus quadris e entrou profundamente em um único
impulso. A dor e o prazer apareceram, mas não importava. Ele a
fodia com força e rapidez. A cama rangeu, mas quase não registrou
o som, muito perdida em sangue e êxtase. Seu clímax se construía
enquanto ele entrava cada vez mais forte e de repente ele afastou
o pulso de sua boca. Ela quis protestar, até que percebeu seu pulso,
ainda na mão dela, que não se sentia como deveria.
Bella abriu os olhos, encarando a pele dele, ainda tão perto de sua
boca. Ficou cinza e suas asas estavam abertas sobre eles, cobrindo
a cama ao redor. Eram pretas e bonitas.
Ela soltou o pulso e estendeu a mão para elas, passando a ponta
dos dedos pela superfície aveludada que se endureceu enquanto o
acariciava.
Edward grunhiu e moveu-se violentamente, enviando-a ao limite.
Ela gritou seu nome quando seu clímax a atingiu. Ela esqueceu suas
asas ou que ele descascou parcialmente dentro dela, sobre ela.
Bella fechou os olhos para atraí-lo enquanto prolongava o prazer e
continuava se movendo.
Finalmente, ele ficou tenso, curvou os quadris e gemeu seu nome.
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Capítulo 13
Bella se esticou e procurou cegamente através da cama por
Edward. Ela tinha um companheiro. Era um conceito estranho, mas
maravilhoso.
Tudo o que sentiu foram os lençóis e um espaço vazio ao lado dela.
Abriu os olhos e sentou-se. Os murmúrios suaves das vozes
masculinas vieram até ela. Duas delas pertenciam a seu
companheiro e Emm. A outro não estava familiarizada. Saiu da
cama e entrou no banheiro, já que não havia sons de luta.
Curiosidade a fez apressar-se no banho. A tinta preta escorria
pelo corpo molhado. Ela fez uma careta quando usou o shampoo e
condicionador no cabelo, perguntando-se se tudo seria lavado. Não
demorou muito para descobrir quando saiu do banho quente e
envolveu uma toalha ao redor do corpo, olhando o espelho cheio de
vapor. A cor desapareceu, mas ainda não estava loira natural.
Estremeceu, esperando que nunca mais tivesse que usar essas
coisas enlatadas novamente.
Saiu do banheiro e vestiu as roupas do dia anterior. Uma vez
vestida, se aproximou da janela e cuidadosamente afastou a
cortina, abrindo espaço para a luz do sol entrar. Empurrou a mão
livre para dentro da luz. Não queimou. Sua pele nem sequer
formigou.
— Merda.
As vozes silenciaram na outra sala e segundos depois, a porta se
abriu, Edward aparecendo. Ele fechou atrás dele e sorriu. — Você
está bem? Nós ouvimos você acordar, entrar e sair do banho, mas
então xingou.
Ela abriu as cortinas até o final, de pé na frente da janela para
olhar para fora. A visão dos edifícios e casas, muitas terras à
distância onde a população não se espalhava era bonito. Sua visão
não era tão nebulosa como antes. Os detalhes eram claros e
nítidos. Simplesmente não era como a noite. — Estou bem. Apenas
atordoada.
Ele apareceu atrás dela e envolveu seus braços ao redor de sua
cintura, suas costas contra sua frente. Seu queixo descansava no
topo da cabeça. Ele inalou. — Você cheira melhor.
Ela sorriu. — Sim. Shampoo e condicionador são uma coisa
maravilhosa. Esta tinta para o cabelo não era. O travesseiro está
manchado onde dormi. Percebi isso quando saí da cama.
— Não importa. Como estão seus olhos?
— Muito melhor.
— As doses diárias do meu sangue devem ajudar. Vai se ajustar ao
longo do tempo.
— Não preciso me alimentar todas as noites.
—Irá enquanto estivermos viajando. Não a quero suscetível ao sol,
amor.
— Isso é tão estranho, Edward. Ainda me assusta um pouco.
Ontem, estava chocada com o fato de estar no sol e preocupada
que seríamos atacados. Meu foco estava em você. Hoje, tudo me
atingiu. Estou aqui parada, não ardendo e vendo essa vista. Não em
uma tela de televisão.
Ele a virou nos braços. — Olhe para mim.
Ela olhou para ele, colocando as mãos em seus braços.
—Acostume-se. Este é o seu novo normal. Não a quero vulnerável
e queimada. Estamos acasalados. Isso nos torna um time. Meu
sangue é seu. Irá tomá-lo para que não tenha vulnerabilidades.
Ela assentiu, não querendo brigar com ele, já que não tinha vontade
de fazê-lo. — Mas é um milagre. É como me sinto. Quem está aí?
Ouvi uma voz que não conheço.
— Meus outros dois irmãos chegaram cerca de vinte minutos atrás.
Eles gostariam de conhecê-la.
— Em que?
— Como assustar o Conselho. Nós não queremos que enviem alguém
atrás da matilha Lycan desde que exterminei seu ninho.
— Eu não acho que irão.
—Não estou disposto a arriscar. Precisam saber que o que
aconteceu não é aceitável. As crianças de Lycan morreram. Se
estiver certa e alguém no Conselho estava protegendo Marco,
também precisam saber sobre isso.
Ela entendeu. Alguém enviou ela e Kate para matar o executor que
acreditavam estar ali para eliminar o ninho de Marco. Isso nunca
deveria ter acontecido se alguém tivesse investigado o que
realmente estava acontecendo. Marco conseguiria uma sentença
de morte. Ninguém mais. — Eu tenho uma ideia.
— Nós também. — Ele hesitou.
— Qual?
— Não tenho planos para ferir sua amiga Kate, mas acho que ainda
está no Novo México à procura do assassino de sua amiga. Eu não
deixaria isso ir se alguém matasse um dos meus amigos. Ela tem o
contato do Conselho. Quero chamar uma reunião com eles. Meus
irmãos e eu vamos capturá-la para pegar seu telefone.
Ela mordeu o lábio. — Eu posso chamá-la.
Ele inclinou a cabeça levemente, franzindo a testa.
— Não me lembro de todos os números do meu celular, mas Kate é
diferente. Nós memorizamos os números uma da outra no caso de
emergência. Não precisa caçá-la. Apenas me dê acesso a um
telefone. — Ela precisava dizer isso. — Obrigada por não ir atrás
dela antes, quando sei que poderia tê-lo feito.
— Não me perguntou se a vi.
— Tinha medo da resposta no caso ter ido ao hotel. Queria fingir
que estava bem.
Bella sentiu-se nervosa enquanto ligava para Kate. Soou três vezes
antes de atender o silêncio a cumprimentou. Segundos marcados.
— Sou eu.
— Oh, meu Deus fodido! — Kate explodiu. — Você está viva?
— Por que não disse olá?
— Número desconhecido. Olá. Não posso acreditar que está viva!
Como? Por quê? Onde porra você estava? Merda! Eu disse ao
Conselho que você estava morta. Encontrei seu rastreador em uma
pilha de cinzas e seu telefone a poucos metros de distância, perto
de uma lixeira. Que merda, Bella? Chorei muito!
— É uma longa história. Sinto muito. Estou viva, mas o Conselho
não pode descobrir. Você sabe o que acontecerá.
— Eles irão caçá-la e matá-la de maneiras que serão histórias
épicas de horror para compartilhar durante séculos com outros
assassinos. Em que porra você estava pensando? Não pode fugir
com algo assim. Alguém a verá em algum momento. Podemos
consertar isso! Pensaremos em algo. Como os Lycans a torturaram
e fingiram sua morte para que pudessem mantê-la por mais tempo.
Algo assim. Não a deixarei morrer! Onde você está? Como pode
planejar isso sem me dizer? Nunca guardamos segredos. — Kate
ofegou fundo e começou a chorar.
Bella sentiu-se como uma merda. Edward deu um passo atrás dela,
colocando seus braços ao redor dela. Sabia que ele e seus irmãos
podiam ouvir a conversa telefônica com clareza, embora não
estivesse no viva-voz. Sua audição era ótima e Kate não estava
exatamente gritando, mas não estava sussurrando em seu estado
de aborrecimento.
— Está bem. É complicado. Sinto muito, mas nada disso foi
planejado. Não faria isso com você.
— O que aconteceu? Tem certeza de que está bem?
Capítulo 14
Edward acenou com a cabeça para seus irmãos e esperou que cada
um deles voasse primeiro. Bateu as asas e ficou tenso, preparando-
se para fugir.
— GarLycan.
Ele fez uma pausa, olhando para o Vamp que falou. Novamente, foi
ele quem ele assumiu ser Vásquez. — O que?
— Nós nunca faremos essa ligação. Somos leais ao nosso Conselho.
Eliminarei pessoalmente todas os cartões que acabou de distribuir.
Nenhum assassino nunca o chamará.
— Faça como quiser.
O Vamp de repente se lançou para frente em um borrão com uma
adaga na mão.
Edward preparou as pernas, descascando a pele um pouco mais,
mas não se moveu.
O bastardo tentou esfaqueá-lo na garganta. A ponta da lâmina
atingiu sua pele dura, deslizando. Edward o alcançou enquanto o
Vamp perdia o equilíbrio e o empurrou com força. Isso fez com que
o homem voltasse e caísse de bunda.
— Não, James! — Kate gritou.
James não ouviu, mas em vez disso se virou, ficou de pé e deixou
cair a faca. Alcançou dentro de um bolso, puxando uma arma.
Edward girou, levantando uma asa para proteger seus olhos sem
deixá-lo óbvio e atingiu o bastardo antes que ele pudesse puxar o
gatilho. Enviou o Vamp voltando novamente, desta vez para um
homem negro em couro preto da cabeça aos pés. Esse homem
pegou James, mas rapidamente o empurrou para frente.
Edward não planejou matar nenhum deles, mas mudou de ideia, se
debatendo brevemente se deveria simplesmente decapitar James
ou fazê-lo sofrer primeiro.
Também não teve a chance de fazê-lo.
— Não mais do que levá-las para a cama e depois fazê-los sair sem
causar uma cena. Algumas mulheres tendem a ficar pegajosas.
— Você encontrará alguém. Especialmente desde que parece tão
pronto para encontrar uma companheira. Mas é compreensível. Eu
tinha medo de nunca encontrar. Não é como se tivéssemos grandes
modelos para nos inspirar. Papai fez mamãe miserável. Sempre quis
matar o filho da puta pelo jeito que a tratava.
— Eu também. Às vezes, sua dor era tão forte, que juro que podia
sentir o cheiro. O pior foi quando o bastardo tirou Jasper dela.
Que tipo de monstro dá seu próprio filho?
— Nunca seremos assim.
Emm franziu a testa. — Você não terá filhos. Pensou sobre isso?
As fêmeas Vampiro não podem engravidar. Deixou de se tornar um
pai, tomando-a como companheira.
— Podemos adotar se quisermos ser pais. Quantas vezes
encontramos órfãos depois de ataques criminosos ou depois de um
ninho eliminar uma matilha Lycan que conseguiu esconder seus
filhotes primeiro?
— Terei certeza de chamá-lo na próxima vez que encontrar uma
criança ou duas.
Eles se olharam. Edward finalmente assentiu. — Apreciaria. Acho
que Bella seria uma mãe incrível. Nós apenas queremos ser
companheiros por um tempo, mas depois disso, faça essa ligação.
— Com certeza, irmão. — Emm sorriu. — Não deixe que ela os coma.
Edward balançou a cabeça. —Idiota.
— Estava brincando. A pequena pilha tem um bom coração. Não
morderia uma criança mais do que eu. Você estava certo sobre ela.
Gosto de sua companheira, mesmo que ela seja uma Vamp. A melhor
que já conheci.
— Ela é incrível. — Edward terminou sua cerveja. — Tenho apenas
um problema.
— Qual?
— Minha moto. Nós vamos voar para o Alasca e bem, não seria a
melhor coisa a usar lá. É muito alta e meus novos vizinhos se
queixariam. Gostaria de dá-la a você.
Emm sorriu. — As mulheres adoram motos. Eu vou levá-la.
— Obrigado.
— Legal, uma moto grátis. Consegui o melhor no final deste acordo
e tive apenas que comprar um capacete. Agora consigo usá-lo por
mais de um dia.
— Pegarei as chaves.
Edward rapidamente as pegou, passando-as.
— Vá dormir com sua companheira. Jasper quer voltar para Alice.
Ele odeia deixá-la sozinha, mesmo que passe um tempo com seus
pais. Irá querer sair daqui mais tarde hoje.
— Você estará por perto?
— Vou para Miami. Devo sair em breve. Diga a pequena pilha que
disse adeus. Farei uma viagem até o Alasca para vê-los, uma vez
que estiver instalado. — Emm sorriu. — No verão. Foda-se a neve.
Edward deu-lhe um abraço. — Fique a salvo.
— Sempre, irmão.
Edward voltou para o quarto, tirou o jeans e se arrastou de volta
para a cama. Ele puxou Bella para dentro de seus braços. Ela
murmurou seu nome e se aconchegou ao corpo dele. Ele sorriu,
caindo no sono.
Capítulo 15
Epilogo
Duas semanas depois
Edward pousou, liberando rapidamente Bella do arnês. Seus pés
caíram no chão e ela disparou rapidamente para a direita, evitando
as árvores. Ele seguiu de perto em seus calcanhares.
Estavam perto da borda das terras de Velder e ele inalou, pegando
o cheiro de sangue. O barulho que os alertou, algo errado ainda
soava. Um urso rugiu e um leve rugido semelhante se seguiu.
Bella encontrou os animais primeiro. Um filhote de urso preto caiu
pelo estreito barranco, uma das patas dianteira estava presa sob
uma rocha que caiu com ele. Ela congelou no topo. Edward parou ao
lado dela. A fêmea rugiu para eles de cerca de seis metros. Parecia
estar tentando encontrar um jeito de chegar ao filhote, mas
pedras escuras naquele lado cobriam qualquer terreno que pudesse
usar.
— O que nós fazemos? — Seu companheiro olhou para ela com uma
careta. — Esse pobre filhote está chorando. Ou gritando. Isso soa
assim, não é?
— Distrairei a mãe. Você pula para libertar seu filhote. Seja
cuidadosa. Pode ser jovem, mas mordem e têm garras mortais.
Pronta?
Ela assentiu. — Também tenha cuidado. A mãe parece irritada.
Edward pegou vôo, fazendo muito barulho. A fêmea enfurecida
levantou a cabeça, quase entrando em pânico ao vê-lo. Voou para o
outro lado e aterrissou em uma rocha, alto o suficiente para ficar
fora do alcance.
Bella saltou para o barranco, usando algumas pedras grandes para
pousar antes de chegar ao fundo. Ela se aproximou do animal. Ele
estava preocupado, mas Bella tinha a velocidade Vampiro. Esperava
que se movesse para a frente, soltasse a pata do filhote e corresse
como o inferno. Eles praticaram ele se abaixar e agarrar seus
pulsos para levá-la ao ar e rapidamente para longe do perigo.
Sua companheira tinha outros planos.
— Pobrezinho…
— Que porra? — Ele a observou avançar, as mãos esticadas em
direção ao filhote.
Bella caminhou até ele, seus olhos brilhando. O filhote olhou para
ela, mantendo-se imóvel. Os seus gritos cessaram. Sua voz a levou
até ele, junto com o tom calmante que usava. — Pequeno, calma.
Está bem. Não irei machucá-lo.
— O que você está fazendo?
— Posso hipnotizar alguns animais.
— Você me conta isso agora?
— Este é o meu primeiro urso e não tinha certeza de que
funcionaria. Parece que sim. Os cães me amam. Assim como os
gatos. Morava em uma cidade. Não temos criaturas como essas em
Nova York.
Ele bufou.
Ela se curvou na frente do filhote, movendo a rocha do tamanho
do peito de sua pata dianteira presa. Edward apertou os dentes
enquanto usava as presas para cortar a mão, esfregando o sangue
sobre a pata ferida do filhote.
— O que você está fazendo agora?
— Isso irá curá-lo. A pata não parece quebrada.
— É seguro?
— Expô-lo ao meu sangue externamente deve curar a ferida. Ele
tomando meu sangue, bem, quem sabe? Pode atacar se ele estiver
mancando com esses raspões desagradáveis.
Ele olhou para cima, vendo a fêmea olhando para ele de cima, do
limite do barranco. Outro rugido saiu dela. Ele decidiu que a
velocidade era melhor. Afastou-se de Bella com o filhote e voou
para cima.
O filhote se assustou, como esperava, mas conseguiu segurar o
movimento ondulado, o suficiente para gentilmente deixá-lo no
chão, a três metros do urso adulto, que agora se arrastava a toda
velocidade com uma fúria protetora. Ele pegou vôo e circulou ao
redor, aterrissando perto de Bella.
— Meu herói. — Ela se jogou em seus braços.
— Eu tento.
— Você me ama.
— Sim. Você precisa se alimentar. Usou seu sangue no filhote. —
Ele segurou sua mão, notando que já havia se curado.
— Estou bem. Vou mordê-lo apenas quando estivermos nus.
Ele olhou no seu relógio. — Mais duas horas antes de irmos.
Ela o soltou, virou-se e apoiou-se. — Segure-me. Vamos. Nós temos
o setor sul para patrulhar.
Ele inclinou-se levemente, prendendo-a em seu arnês. — Ótimo.
Talvez você possa me convencer a resgatar um alce.
— Eles não são tão fofos quanto os filhotes de urso.
— Nem tão pesados. — Ele abraçou sua cintura enquanto se
acalmava, levantando-a de seus pés desde que ele era mais alto. —
Pronta?
— Sempre.
Ele pegou vôo. Bella abriu os braços, fingindo voar enquanto subiam
pelas copas das árvores. Ele sorriu. Ela se divertia.
— Você gosta de voar.
— Adoro. Você é o melhor companheiro!
Fim \o/