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Apresenta
London Miller
Tradução: Carol J; Márcia Andréia; Ju LoMeGe;
Lili B; Marlene, Paulinha
Revisão Inicial: Sara Avelar; Preta;
Nathycalassa; Emanu B.; Jessica M.; Jozitcha
Revisão Final: Annabya Azulzinha
Leitura Final : Marliene
Até Alex...
Luka Sergeyev deliberadamente cortejava a morte
o viver em meio a pessoas que o matariam se a
verdade sobre quem ele era fosse descoberta. Mas,
ele correria de boa vontade o risco significasse
que ela olharia para ele como alguém importante,
por apenas um pouco mais de tempo.
A.D.R
PROLÓGO
1
O termo Dive bar nasceu nos Estados Unidos no fim do século XIX e se referia aos lugares de atmosfera
sinistra, ambiente malconservado e clientela suspeita — onde, com a intenção de se proteger de uma possível
confusão, era preciso “mergulhar” embaixo das mesas.
Ele quase sorriu, orgulhoso da habilidade que tiveram ao
cortar o corpo. Apenas pelas feridas, ele podia dizer que o homem
estava vivo na maior parte do tempo. Com apenas um olhar
superficial, era capaz de discernir quem fez isso, os outros
podiam adivinhar, mas a razão por trás destas marcas
particulares era um fato conhecido apenas por si mesmo. Ele
sabia de primeira mão que cada golpe da faca era uma história
sendo contada. Nascida da fúria e derramamento de sangue.
— Fatos.
— Quando começamos?
Perdida
destiladas.
E agora?
Motociclistas?
Ela tinha muito pouco conhecimento sobre as gangues,
apenas sabia que Mishca fazia transação ocasional de negócios
com uma, embora não pudesse ter certeza de qual era em
particular.
— Perdida?
— Talvez sim, talvez não, mas pensei que poderia lhe fazer
companhia... a menos que você queira que eu a deixe para os
lobos lá fora.
Uma parte dela, a parte que lutava pela razão, sabia que
estar ali não era uma boa ideia e que provavelmente seria melhor
que penas se afastasse deste lugar.
— Você...
— O que?
tem um minuto?
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— Apenas curiosa...
Snow?
Página
Agora, foi a vez de ela rir e fez isso sem humor. — Você não
tem ideia do que eu posso ou não posso lidar.
— O primeiro é grátis.
importava.
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Página
Dois
O Executor
— Bom homem.
Se havia uma coisa que Luka sabia, era que seu chefe nunca
iria deixar esta vida, mas ele pelo menos, se certificaria de que
nenhum deles caísse sobre sua esposa.
Uma vez que ele entrou, Luka andou todo o corredor até
chegar a uma porta, subiu as escadas do outro lado para um
escritório acima do piso do clube.
Mishca.
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— Como foi?
— Como eu queria.
Mesmo Luka não era tão ruim e ele fez algumas coisas
questionáveis ao longo dos anos.
Uma única noite com ela foi o suficiente para que soubesse
que ela poderia aceitar qualquer coisa que lhe desse, mesmo que
pudesse deixá-la machucada. A partir de então, a visitava toda
terça-feira como um relógio. Ele trabalhava para isso.
cansado dele.
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— Quantos?
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TRÊS
Más decisões
Luka.
Luka Sergeyev.
eles.
— Sim?
Isso era verdade, mas Alex não tinha certeza se queria vê-lo
novamente, especialmente com sua memória ainda nebulosa da
noite anterior, mas tão rapidamente quanto esse pensamento se
formou, a tentação familiar de fazer algo errado a encheu... sem
mencionar que tudo o que ele deu a ela erai surpreendentemente
forte.
Isso era o que ela sempre gostou sobre Luka, como era
fácil ficar perto dele quando a tensão não estava lá, quando
eles estavam apenas no mesmo espaço, sem o mundo
exterior incomodando. Em momentos como este, ela podia
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parar.
— Alex, é o suficiente.
Levantando uma sobrancelha, ela sorriu docemente. — Ou?
Não havia nenhum ponto em discutir com ele sobre onde ele
gostava de enfiar o pau. Especialmente se ele continuava fazendo
isso.
Não passou muito tempo até que Lauren saiu de seu quarto,
seu olhar passando pelos três até que seu sorriso vacilou um
pouco. — Tudo certo?
seriedade de Mishca.
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Alex deveria saber que ele estava tentando incitá-la. Não era
como se este fosse seu primeiro round, mas ainda assim, ela
encontrou-se perguntando: — Por que você estava em sua casa?
Ela pode não ter entendido que seu problema era com a
palavra puta, mas isso não a impediu de tentar usá-la.
— Poshyol ty - Vá se foder.
Ela não quis dizer isso, não era como se tivesse passado um
tempo com alguém recentemente, mas seus pensamentos
imediatamente se dirigiram para Snow, cujo nome finalmente
chegou a ela, quando ele lhe disse na conversa deles
anteriormente. Houve confusão em seu rosto por um breve
momento e algo semelhante a dor, se ele fosse capaz desse tipo de
emoção, mas tão breve como veio se foi e seu rosto mostrou raiva,
o que apenas a confundiu.
Com ele em seus pés, indo para a porta, Alex não estava
preparada para lidar com as perguntas que sabia que Lauren
faria assim que ele saísse. Em vez disso, ela foi para o banheiro,
batendo a porta, desejando que não gostasse de ninguém, ainda
mais dele.
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Página
QUATRO
Até logo
Isso era porque ela sabia que ele nunca a machucaria, não
dessa forma. E principalmente porque ela era uma grande dor em
seu traseiro.
Ele sabia que ela não gostava de Natasha, mas não era
porque Natasha fez algo a ela, mas porque estava com ele. Os
sentimentos que Alex tinha por ele eram complicados. Foda-se,
toda sua relação era complicada e não apenas porque ele estava
sempre a dois passos do abismo.
Ela era bonita, claro. Sua mãe era também, apesar de ser
uma cadela traiçoeira. Mas Alex era bastante refrescante desde
que não o coibia da maneira como os outros faziam. O nome que
adotou uma vez que ele entrou na Bratva não era para fazer
amigos e ele conseguiu manter os outros longe dele uma vez que
todos pensavam que era louco.
Foi por isso que Mishca lhe pediu para cuidar dela,
certificar-se que não estivesse fazendo nada do qual iria se
arrepender mais tarde. Ao vê-la hoje... parecia que ele estava
fazendo um trabalho pobre.
Merda.
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Página
Luka encontrou-se no escritório de Mishca, mais uma vez,
esperando pelas atribuições que ele teria enquanto Mishca e
Lauren estivessem em sua lua de mel. Desde que ele estaria fora
por cerca de uma semana, alguém precisava tomar as rédeas em
seu lugar.
— Saia.
Finalmente.
Mas não foi nada do que ele disse, mas o que ele fez.
Levantando o punho, ele se conectou com o nariz de Luka,
a dor rápida e absoluta.
Sua cabeça foi para trás, suas mãos indo imediatamente
para o nariz, uma risada surpresa deixando-o. Uma vez que o
choque passou, Luka limpou o nariz com as costas da mão,
espalhando o sangue.
— Eu preciso que você faça algo mais para mim. Diga a Alex
para ficar na cobertura enquanto estivermos fora. Ela ficará mais
segura lá.
— Não era para eu ficar longe dela? Você sabe, já que ela
não precisa do meu tipo de merda em sua vida.
Mishca estava certo sobre isso, mas ele nem sequer sabia da
missa a metade.
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CINCO
Dez anos atrás...
Manhattan.
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Página
SEIS
Livre
— Snow?
Nem ela, mas mesmo depois de apenas uma hora, ela perdeu
a euforia que as suas pílulas lhe deram. — Você tem um
segundo?
Rindo, ele parou, mas ainda estava sobre ela. — Você era
muito mais divertida da última vez que esteve aqui.
Mas... ele estava fora do país e o que ele não sabia, não iria
machucá-lo.
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SETE
Emoções frágeis
— Não, mas não vejo o que uma coisa tem a ver com a
outra.
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Ele não falou com Alex desde o dia anterior em que o chefe
saiu com Lauren, em parte porque ela o estava evitando e em
parte porque estava chateado com ela. Para outros, ele dizia
meias-verdades ou apenas evitava o que não podia falar, mas
nunca diminuiu a energia. Com Alex, ele sempre foi honesto,
mesmo quando poderia protegê-la de algo que acabaria a
magoando. Mas descobrir a verdade pura e simples era muito
mais fácil do que ser servido de uma mentira. Ao contrário de
Mishca, ele não achava que Alex fosse fraca ou precisava ser
mimada como uma criança.
— Luka?
— Eu não sei.
— Luka, eu...
Ele parou na porta, olhando para ela. Às vezes, Alex não era
a única com quem ele era brutalmente honesto. — De jeito
nenhum. Alex a odeia. E não é o seu lugar. — Sem mencionar
que, enquanto ele preferia ignorá-la, era por causa dele que ela o
fazia.
— OK.
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OITO
Como um coração partido
— Luka...
Ele estendeu a mão para ela tão rápido que ela sentiu medo
que ele estivesse prestes a atingi-la, mas ele segurou seu rosto,
forçando-a a encontrar seu olhar zangado. Ele olhou para seu
corpo, como se preferisse confirmar visualmente que estava tudo
bem, em vez de confiar em sua palavra.
Ela nunca o viu tão furioso, nem nunca pensou ver o medo
em seus olhos. Não quando ele estava saindo para fazer o seu
trabalho ou mesmo quando voltava coberto de sangue, mas ele
estava mostrando a ela agora?
— Você bebeu?
sua mão.
Página
— Eu não acho...
— Não me diga que não estava pensando! — Ele retrucou,
levantando a voz. — Estou acostumado a esta merda, mas você
poderia ter matado alguém. Porra, poderia ter matado a si
mesma!
Alex se encolheu sob o ataque da sua ira, mas não era nada
que ela não merecesse. Ele estava certo e ela nunca deveria ter
entrado no carro, mas não pensou que estava longe demais para
chegar ao volante.
Não era porque ele estava gritando com ela que lágrimas se
formaram em seus olhos. Foi porque ela sentiu-se tola e mais do
que tudo, sentia-se como a criança que ele estava sempre a
acusando de ser. Luka era muito vocal em sua ira e
demonstrativo, apontando descontroladamente ao redor deles,
mas seus movimentos chamaram a atenção de Alex para o seu
Jeep quando uma porta se fechou.
Com ele gritando, ela não conseguia ver por cima do ombro
para ver quem estava se aproximando, mas quando finalmente
chegou ao lado de Luka, Alex não esperava vê-la. Não era segredo
para ninguém que ela não se importava com Natasha e o motivo.
Ela não gostava de admitir, mas Alex estava com ciúmes da
garota.
Ela era tudo o que Alex não era. Natasha tinha o cabelo
longo, ondulado dois tons mais escuros de castanho, os
olhos da mesma cor rica e enquanto Alex era pequena e mal
tinha curvas, Natasha era praticamente a definição de
curvilínea. E mais importante, ela tinha a atenção da
pessoa que Alex queria.
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Afastando o olhar deles, ela olhou para trás para o carro que
ainda estava fumegando, mas estava lentamente diminuindo.
Ela queria que Alex soubesse que ela ganhou uma luta que
não percebeu que a outra mulher estava jogando. E para firmar
seu ponto, ela beijou a bochecha de Luka quando ele se afastou.
— Não se preocupe. Direi a ele que foi minha culpa que você
não...
Ele girou o corpo para que pudesse vê-la melhor e para que
ela pudesse ver a seriedade em sua expressão. — Você realmente
acha que eu dou a mínima para isso?
Deus, ela não o entendia. Por que ele precisava ver sua dor?
Por que não podia simplesmente dizer o que ela queria que
dissesse para que pudesse se afastar dele e acabar com tudo
isso?
Seu aperto em suas mãos ficou mais forte. — Não diga isso.
2 Marca de cereal.
para o quanto esperava por essas mensagens, pelo menos não até
que elas cessaram.
— Luka!
— Não.
— Fazer o que?
— Sim.
— Eu o bati.
Houve uma batida na porta antes que ela fosse aberta, mas
Luka estava olhando para Mishca e não viu quem estava
chegando.
— Isso novamente.
controle.
Um tipo diferente de irritação encheu-o enquanto tentava
não reagir. Ele desejava, desejou muitas vezes que não fosse
ninguém, exceto Alex a afetá-lo.
— Saia!
— Você não tem que fazer isso por mim. Eu ia dizer a ele o
que aconteceu.
Quando estavam juntos e ela pediu para lhe dizer que ele
não a queria, ele disse a verdade. Ele a queria, mais do que
gostava de admitir para si mesmo, mas chegaria um momento em
que a verdade de quem ele era realmente viria à luz e ele não
queria ser o único a machucar seu coração quando ela
descobrisse a verdade.
— Estou bem.
— Você pode mentir para todo mundo. — Disse ele com uma
inclinação de cabeça na direção do clube. — Mas não minta
para mim.
Ela olhou para longe dele, mas não antes que visse o
brilho de emoção nos olhos dela.
Ela riu. — É disso que você acha que se trata Luka? Não
estou me punindo porque não quero falar sobre meus
sentimentos. Talvez eu goste de beber. Talvez seja o único
momento na minha vida que fico realmente feliz, onde não estou
fingindo, por causa de todos os outros. Agora, nós dois sabemos
como esta conversa vai acabar porque ficamos correndo em
círculos durante semanas. Vamos apenas acabar com isso agora
e nos livrarmos da dor de cabeça.
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Página
DEZ
Fome tentadora
Quer sair?
Pensou nas pílulas que tomou na última vez que esteve com
ele, como tudo deixou de existir naquele curto espaço de tempo.
Mesmo não durando muito o efeito, ela definitivamente
aproveitou. No entanto, não estava com humor para lidar com
Snow. Não que ele tivesse feito algo para ela, mas a forma como
vinha agindo, a fez querer evitá-lo por completo.
Deveria ser mais forte do que isto. A família que tinha, era
notória por sua crueldade, eram capazes de lidar com qualquer
problema que caísse sobre eles. Cristo, aqueles problemas que o
dinheiro não resolvia, eles resolviam com brutalidade.
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Página
ONZE
3 anos e meio atrás ...
Ele nunca fez nada para ela, mal falaram dez palavras ao
longo dos últimos cinco anos, mas algo sobre ele sempre colocava
Alex no limite. Não era apenas ela. Ele tinha a tendência a agir
como se ela não existisse, mesmo quando estavam na mesma sala
juntos.
Alex ficou muito surpresa para falar, olhando para seu irmão
para avaliar sua reação. Era óbvio que ele estava tão surpreso
quanto ela.
Anya, que não disse uma palavra ainda, olhou para Lauren.
— O que é...
conhecia mais do que ela, mas havia algo sobre todo mundo
estar com expressões que preocupava mais Alex.
Página
Ela não tinha que dizer isso para Alex saber ao que ela
estava se referindo. Ela ainda conseguia se lembrar da expressão
no rosto de Lauren quando Viktor fez o seu brinde, quando
o copo de suco de laranja escorregou de sua mão e caiu no
chão, quebrando com o impacto.
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— Alex.
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DOZE
Chamando seu nome
que apenas ele poderia dar a ela e odiava mais saber o que
essa fraqueza estava custando a ela. Sabia que ele não iria
Página
— Precisa de privacidade?
— Fique na cama.
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Página
TREZE
Lugar feliz
Uma vez que foi a este lugar, tornou-se seu meio termo entre
lidar com suas frustrações e estar com Natasha. Ele estava
ficando cansado de procurá-la, não apenas porque ela começou a
pensar que ele precisava dela, mas isso ainda o deixava para
baixo.
vista.
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QUATORZE
Fixar-se
Não sabia onde estava indo, não sabia se havia algum fim
para todos, porque Alex estava, finalmente, felizmente, insensível
a tudo. Alex estava perdida nas nuvens, derivando através delas,
névoa molhando seu rosto enquanto ela descia a rua sem fim à
vista. Andava sem apreciar o caminho até chegar ao bar
iluminado no canto, olhando através das janelas, avistando um
loiro com cabelos longos e braços tatuados.
— Eu...
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de vinte e ela não teve que olhar para trás para saber que
era ele. Ele cheirava a almíscar e noites de verão, um
aroma particularmente delicioso que ela nunca poderia
confundir com qualquer outra pessoa.
— Terminou. Vamos.
Era além de óbvio para ela que Luka não estava com humor
para lidar com ele, caso contrário, poderia ter feito uma piada,
mas a tensão em seu corpo aumentou apenas quando seus olhos
se estreitaram e uma perigosa energia pulsou fora dele. Ele não
teve que responder ao homem porque a expressão que Luka
demonstrava, fez o outro homem empalidecer e retornar para sua
cerveja.
Ele não parecia acreditar, mas ela o queria. Precisava que ele
acreditasse.
Sua voz era baixa, por uma vez, sem qualquer emoção que
pudesse sentir, mas poderia ser pelo fato de que tudo estava
lentamente começando a se transformar em um vórtice. Alex não
se lembrava de ter esticado as pernas para ele, mas ela sentiu seu
toque quando tirou um de cada vez. Com um braço ao redor dela,
ele cuidadosamente a puxou para seus pés enquanto a despia,
deixando suas roupas em meio ao caos no chão.
Ela riu sem humor, saindo de seu domínio. — Você não pode
me consertar, Luka.
Alex não percebeu que sua mão tremia até que a levantou
para passar os dedos pelos cabelos. Conseguiu facilmente passar
dias sem ver Snow no passado, talvez até mais, mas agora que
sua mente a lembrava o que ele poderia dar a ela, não podia
pensar em passar mais dez minutos sem vê-lo. Snow estaria
irritado pelo que fez no dia anterior, provavelmente agiria como
um idiota sobre isso, mas ela realmente não tinha qualquer outra
opção.
tarde.
Página
— John?
mas por outro lado, a dor que sentia, era merecida. Teve
tantas opções, muitas oportunidades para ir por um
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QUINZE
Na noite passada…
— Acabamos?
— Preciso de um favor.
— Por quê?
enquanto...
— Saber o que?
— Agora, você tem uma escolha. Vou levá-la para fora daqui
e não falarei nada meu chefe ou atiro em você e depois sairemos.
Sua casa.
— Merda... merda.
— Alex, acorde.
Nada.
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Medo.
Com uma batida mais forte do que as outras, ele gritou seu
nome. Ela gemeu, um som baixo que era como música para seus
ouvidos. Ela tentou empurrá-lo, mas ele a manteve firme. Luka
precisava corrigir isso, consertá-la, mas em seu estado atual,
estava em pânico e não podia fazer qualquer bem. Fechando o
punho, ele bateu-o na parede, em seguida, novamente, apenas
satisfeito quando ouviu o estalo do azulejo junto com a dor aguda
irradiando do seu braço.
Uma vez iniciado, não iria parar. Ela deu uma guinada para
o lado, mas não havia quase nenhum espaço para ela se mover. A
maioria percorreu todo seu jeans e suas próprias roupas,
mas ele não se importava com isso, apenas feliz por
finalmente ver algum movimento. Mas não foi até que ela
começou a chorar, sussurrando palavras entrecortadas que
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Passado
22 de novembro
— Quem é você?
— Luka, onde...
Claro. Luka não tinha nenhum amigo que não fazia parte da
Bratva.
— Sim.
Era isso. Isso foi tudo o que disse. — Há quanto tempo você
mora aqui?
— Onde estamos?
Ele olhou para ela, cruzando os braços sobre o peito. Ele não
estava relaxado, nenhum pouco, embora tentasse muito
fazer parecer que estivesse. Alex não podia explicar isso, o
jeito como estava tentando não parecer ameaçador, como
era tão cuidadoso com seus movimentos, mas havia algo
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Que dia da semana era? Era por isso que ele estava agindo
de modo estranho, porque ela interrompeu uma de suas sessões
semanais? Ele não respondeu por um longo tempo, sua atenção
voltada sobre o que ele estava fazendo no fogão. Percebendo que
algo estava incomodando e não querendo entrar no assunto sobre
Snow, Alex o deixou, olhando para o cão que ainda estava
cuidadosamente ao seu lado, olhando-a como se ele fosse o único
a tentar entendê-la.
Agora que ela, pelo menos sabia onde estava, ela finalmente
perguntou. — É este o seu quarto ou um quarto extra? Se fosse
um quarto de hóspedes, poderia explicar o porquê dele não ter
decorado ou até mesmo não colocar qualquer esforço nisso. Não
havia nem mesmo uma cama adequada.
— Meu.
— Certo.
Ele sorriu e ela viu a aparência exata que sabia que ele
mostrava para aqueles a quem intimidava.
Ultimatos
Ele viu o que o vício faz durante seu tempo com Bastian. Ele
viu os efeitos dele sobre os homens que usavam antes de entrar
no Pit e até mesmo as mulheres que Bastian comprava para os
homens. Principalmente, ele se lembrou da garota com o cabelo
preto pegajoso que ficava do outro lado da mesa, quando Bastian
estava atrás dela, empurrando em seu corpo enquanto ela ainda
permanecia na frente dele. Até hoje, ele não sabia se ela ainda
estava viva na época. O pensamento de Alex assim com Snow
apenas conseguiu irritá-lo mais e mais cedo, depois que ela
desmaiou quando ele a tirou do chuveiro, as paredes do banheiro
sofreram o pior de sua raiva.
Não vendo outra opção por enquanto, ela fez o que ele pediu,
pelo menos parcialmente, tomando seu lugar no colchão, mas
ficou longe dele, usando o garfo para empurrar a comida ao redor
do prato. Ela teve chances piores, pensou. Podia esperar passar o
que quer que ele estivesse planejando, depois poderia voltar para
sua vida e isso seria tudo.
— Nove.
mais uma vez, ele saiu do quarto e foi para a cozinha, pegar
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Mas apesar do que ele sentia por ela, não importava quão
forte esses sentimentos eram, levou-os para o fundo de sua
mente, desejando fazer o que precisava ser feito. Ele sabia o que
precisava ser feito. Mesmo se a machucasse, precisava fazer o
necessário.
Luka não achou que seria tão expressiva, tudo o que ela
estava sentindo e pensando aparecia por todo o rosto. Essa
máscara bem cuidada que ela mantinha no lugar se foi agora. Ele
sabia melhor do que ninguém o preço que levava para manter
tudo engarrafado dentro, sofrendo em silêncio, para não
sobrecarregar os outros com a dor, mas agora ele queria sua dor.
Ele queria tirar isso dela.
Ele não era uma pessoa boa. Realmente não merecia coisas
boas, mas ela sim. E ele queria que ela fosse feliz. Fosse
livre. Mas ele ainda tinha que chegar ao cerne da questão.
Então, muitas coisas poderiam pesar sobre ela,
especialmente na vida que levavam. Ele apenas queria que
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— Alex ...
Quando ele disse o nome dela, ela se encolheu, com os olhos
apertados fechados. Como se fosse um golpe físico que a
machucasse.
— Não.
Quando ele estendeu a mão para ela, ela pulou para trás e
pode ver o momento exato em que a raiva assumiu. Mas isso era
bom porque, pelo menos, ele sabia que a Alex que ele conhecia e
cuidava estava em algum lugar.
Ele poderia dizer que ela queria bondade, alguém para tirar
a dor, assim como as drogas faziam por um curto período, pelo
menos foi que ele descobriu, mas Luka não poderia dar isso a ela.
Não podia fingir que não sabia que ela estava se matando
lentamente. E sabia, pelo menos achava que soubesse que
estava em seu máximo e a única maneira dela poder se
curar disso era se finalmente enfrentasse em vez de tentar
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fugir. Mesmo que todo este processo fosse ser cansativo, ela
teria que enfrentá-lo e não estaria sozinha.
Página
Assim que sentiu que tinha sua atenção completa, ele disse
às palavras que estavam queimando para sair dele. — Irá doer.
Você irá me odiar. — Seu aperto ainda estava firme sobre ela. —
Ficará muito pior antes de melhorar.
Se ele tivesse que adivinhar, então isso tinha algo a ver com
Anya. Mikhail a muito tempo poderia ser um fator, para não
mencionar o fato de que ela raramente mostrava que o que sentia.
Isso não queria dizer que a forma como a tratava não
desempenhou um papel na sua miséria, mas não conseguia ficar
sob sua pele da maneira que Anya o fez. Havia algo lá que Luka
não sabia e provavelmente tinha algo a ver com o dia em que Alex
foi se encontrar com ela e finalmente, a matou.
arrependimentos? Muitos.
Ela chorou, com tudo nela e Luka não poderia apenas ficar
sentado ali e assistir. Ele queria abraçá-la, tirar essa dor, mas
bateu nele, tentando afastá-lo e com o primeiro ataque veio outro.
E outro. E em breve, ela estava de pé, batendo e socando-o.
Ele continuou por algum tempo até que ela estava muito
cansada para balançar novamente. Em seguida, ela apenas
chorou por horas e apenas então finalmente o deixou puxá-la em
seus braços, colocando a cabeça debaixo de seu queixo. Agora
que ela não estava lutando contra ele, levantou-a do chão,
levando-os para o colchão, manobrando-a até que ficou sentada
confortavelmente em seu colo, as pernas ao redor dele.
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DEZENOVE
Ela ficava mais fraca a cada hora e logo, não podia fazer
mais do que ficar ali tremendo. Apesar do suor, ela se sentia mais
fria do que já esteve em toda sua vida. Não era capaz de reunir
energia para se virar quando sentiu o mergulhar na cama ao lado
dela, ainda à espera do pulsar em seu estômago parar. Quando
sua mão pousou no ombro dela, ela estremeceu. Mesmo esse
pequeno contato era doloroso.
vez que mal tinha energia para provocar uma briga, ele
apoiou sua cabeça enquanto cuidadosamente pressionava a
Página
Sua prisão poderia ser pior. Todos os dias, pelo menos isso
era o que ela achava, Luka saia do quarto e a deixava com Loki
fazendo companhia, quando voltava trazia comida suficiente para
durar o dia. Apenas uma vez ela acordou e ele não estava no
quarto, mas quando tentou abrir a porta estava trancada, o
que a surpreendeu, pois não notou uma tranca do lado de
fora da porta, embora não estivesse muito consciente
quando chegou.
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Ela não teve que olhar para saber que estava olhando para
ela. Ela podia sentir seu olhar. Apertando os olhos fechados, Alex
tentou ignorar a dor em seu estômago, a forma como suas mãos
tremiam incontrolavelmente, não importando se fechasse os
punhos, o suor frio praticamente cobria cada centímetro dela.
Não tendo certeza onde ele estava indo com isso, ela
balançou a cabeça de qualquer maneira.
mas ele não era bom para ela. Ele destruía tudo o que
tocava. Sabe, eu o vi fazer isso. Porra, tentei avisá-lo para
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deixá-la em paz, mas ele não podia. Estava feliz por ter
conhecido alguém que foi gentil com ele, mesmo que fosse
forçada a ficar perto dele.
Luka se deslocou, puxando-o mais apertado que pode, não
deixando quase espaço entre eles. Alex não se queixou.
Luka respirou. — Ela era tudo para ele, mas ele era tudo
para outra pessoa. E ela não gostava de como ele passava seu
tempo. Mas ele não podia tocá-la claro, então arrumava outras
distrações.
— Eu não sei.
— Claro.
Era difícil dizer onde ela acabava e ele começava uma vez
que suas pernas estavam entrelaçadas. Seus braços firmemente
ao redor dela, como se pensasse que ela fosse escapar e em algum
momento durante a noite, ela agarrou sua mão, entrelaçando os
dedos, segurando-o como se ela fosse à única que estivesse com
medo de deixar ir.
fechada.
Ele pegou a toalha, jogando-a para ela sem olhar para trás
enquanto se dirigia para fora do banheiro cheio de vapor,
deixando a porta aberta em seu rastro. Mesmo que ela não
estivesse nua, ela ainda se sentia vulnerável, após os últimos dias
e em sua condição atual, ela não estava com disposição para
lutar com ele sobre isso.
Ele esperou até que ela ficou na frente da comida, uma faca
e um garfo na mão, antes de começar a falar.
— Bem.
Ela ficou tão chateada com ele por tratá-la como uma
criança, mas ela não agiu como uma?
Fazendo birra quando não conseguia o que queria, agindo
impetuosamente apenas porque podia. Ela ainda duvidava que
Mishca teria sido tão indulgente, especialmente sobre seu carro,
se Luka não cobrisse tudo, mas por que exatamente estava
ajudando a esconder isto de alguém, era essencialmente o seu
patrão.
— Luka...
— Prometa-me.
Ela suspirou, sabendo que ele não ia iria até ela prometer. —
Eu prometo.
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VINTE E UM
Corpos mortos
— Entre aqui!
no armazém.
Luka entrou no escritório, passando a mão pelo cabelo para
tirá-lo de seu rosto. A porta bateu e Mishca estava em seu rosto,
fúria transbordando dele.
participar.
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3 Diz-se de um jovem executivo, profissionalmente bem remunerado e que gasta sua renda em artigos
de luxo e atividades caras.
— Que porra é essa? Eu...
Algo sobre a maneira como ele fez essa pergunta fez o olho
de Luka se contrair. Tão curioso quanto poderia ter soado, seu
tom tinha um tom de desafio que não combinava com Luka. Ele
podia não saber a verdade, mais da metade dos albaneses que
estavam envolvidos nesse dia foram mortos, não queria pensar
em Fatos e se Klaus tivesse dito a ele, não estariam sentados no
avião. Não, Mishca provavelmente estava apenas curioso.
com o polegar contra sua coxa. Esta era a outra razão pela
qual não achava que se mover mais alto na Bratva iria
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Não havia nenhuma maneira desse cara fazer isso por pouco
mais do que alguns meses, pelo menos em uma capacidade
oficial. Muita gente andava com a esperança de se tornar parte de
qualquer organização e achava que isso garantiria segurança.
Eles não sabiam de nada.
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VINTE E DOIS
Conforto
— O que é isso?
Alex não sabia quantos anos ele tinha, visto que muito
raramente falava sobre si mesmo e em qualquer momento
que tentava recolher qualquer informação sobre ele de
Mishca, ele não sabia ou não queria dizer a ela.
— De onde veio?
— Eu sei, é apenas...
Claro, a única vez que ela tentou fazer algo sem qualquer
segunda intenção, isto foi jogado de volta em sua cara, mas o que
poderia esperar? Como sempre disseram, ela estava sempre
ferrando as coisas. Não importava o que fez na últimas
horas, não poderia apagar as últimas trinta e seis.
— Mas eu quero.
Página
Porque ela lhe devia pelo que ele fez por ela, não
apenas há três dias, mas pelo que fez por ela desde o
momento em que o conheceu. Realmente, era o mínimo
que podia fazer e mais do que isso, se permitisse ficar
com ele por mais um pouco de tempo, sem a interferência de suas
vidas de volta na cidade, ela aceitaria.
188
Página
Dado o seu amor por facas, não deveria ter ficado tão
surpresa em quão habilmente ele as manejava. Era como se ele
estivesse tão confortável ao cortar um limão, quanto ao cortar um
homem. Ele acabou de colocar uma panela no fogão, ligando uma
das bocas, quando falou. — O que você fez depois que eu saí?
— O que mais?
— Luka!
— Mal como em... oh, esse tipo de mal. — Ela respondeu por
si mesma quando ele a encarou com um olhar que falava alto.
— Por que...
maneira alguma.
Página
— Luka, eu não...
196
Página
VINTE E TRÊS
— Você não tem que cuidar de mim como uma babá, Luka.
Eu saí ontem e nem sequer pensei nisso. Terei que ir para casa
em algum momento.
Sim.
198
Alex não sabia se ele estava falando sobre ela ou sobre ele
mesmo, mas de qualquer forma, concordava plenamente. —
Quando começamos?
— Ei?
— Certo, desculpe.
— Nada importante.
— Falar sobre…
— Luka...
— Anya foi...
— Bem.
Solidão
— Sim.
— Por quê?
— Eu estou bem, Luka. Você não tem que ser uma babá...
— Mas eu...
— Não vá.
Foi então que Alex notou uma garota de mãos dadas com
um homem caminhando em sua direção, a menina quase uma
imagem idêntica de sua mãe. Quando ela se aproximou, jogou os
braços ao redor das pernas de Amerie e olhou para Alex com um
sorriso tímido.
— Oh, você sabe como são essas coisas. Agora que ela é
mais velha, estava esperando voltar para a dança.
com sua família, mas era raro que elas voltassem a dançar.
— Aqui, por que você não anota meu número e pensa nisso.
Mais tarde, eu passo um texto com o endereço e o traje.
212
Página
VINTE E CINCO
Visitas inesperadas
habilidades.
Página
— Obrigada?
— Estou ouvindo.
— Eu matei Vlad.
Página
— Como?
— Com a verdade.
Mas Lauren não era idiota para pensar que ele de uma hora
para outra finalmente se cansou de ficar sentado e não fazer nada
sobre tudo o que sentia por Alex. Havia obviamente, um motivo...
mas ele não poderia pensar em qualquer mentira que não soasse
como uma mentira.
A casa que Luka parou em frente era muito grande, não era
incomum no bairro em que estava. Estacionando seu jipe, ele
caminhou até a porta da frente, tocando a campainha duas vezes
antes de se afastar e esperar. Levou alguns segundos antes de
ouvir passos suaves, então a pesada porta de carvalho foi aberta
por uma menina de não mais de doze anos em um vestido de
verão verde claro. Seus olhos se arregalaram um pouco quando
ela o viu, mas sorriu.
— Por que você não vai ver o que seu irmão está
fazendo, Lea.
Página
Isso é claro, não significava que ele não soubesse como usar
as próprias mãos para fazer o trabalho, mas achou que seria
melhor se não mencionasse esse fato.
— Desculpe?
Dê-me tudo
— Luka?
pessoa.
Página
— Pelo tanto que você fica por aqui, poderia se mudar logo.
— Claro, mas...
ter certeza de que isso não era tudo um sonho que estava
tendo.
Mas mais do que se ele realmente estivesse alimentando
uma possibilidade deles juntos, estava feliz por ele ser amigável
novamente. Isso era o que ela mais amava em seu
relacionamento, como era fácil conversar com ele. Não percebeu o
quanto sentiu falta até agora.
Sua língua tocou a ela antes dele puxar seu lábio inferior,
mordendo suavemente e finalmente, quando ela tinha certeza que
não conseguia sentir nada mais do que ele sobre ela, ele se
afastou.
— Diga sim.
Ele não pediu, ordenou. E ela não poderia lhe negar o que
queria.
— Sim.
respirar.
Página
Não foi tão fácil por causa da diferença de altura, mas ele fez
fácil, erguendo-a de repente, suas pernas indo ao redor de sua
cintura automaticamente. A mão que não estava segurando o
rosto dela deslizou por sua coxa e ao redor de seu quadril, seus
dedos ao longo do traseiro dela, causando um suspiro quando ele
apertou.
Alex não era tímida, nunca foi um dia em sua vida, mas no
minuto que ele fez essa pergunta, não podia encontrar uma
resposta para ele, especialmente quando sabia exatamente o que
queria.
— Oh Deus!
— Possua-me, agora.
— Agora, Alex.
Ela pensou em fazer isto do jeito que ele fez por ela, mas
Luka estava muito longe. Ele não se moveu gentilmente dentro
dela. Não, ele a montou, suas mãos tão apertadas nos quadris
que ela tinha certeza que ficaria marcada.
E ele o fez.
Um Feliz Natal
Alucinante sexo.
forma que apenas foi feita para o show. Este cômodo era
confortável.
parou de vê-la.
Ela não era dona de Luka. Ele poderia fazer o que quisesse.
tal.
Página
porrada amanhã.
— Não, você está certo sobre isso. Estou cheio de você. Tome
a sua oferta e sua posição e os enfie na sua bunda.
— Cuidado.
Klaus estava vibrando com raiva, tão forte que suas mãos
tremiam, mas com as palavras de Luka afundando, ele pegou a
arma, o cano alinhado sob o queixo de Luka.
Alex estava ficou feliz por não ter acontecido o pior. Luka
estava olhando para ela e o alívio que sentiu ao vê-lo foi de curta
duração quando Natasha apareceu, olhando para ele da mesma
forma que Alex olhava. Mishca e Lauren deixaram a sala, Alex
assumiu que foi para conversar sobre isso.
Ela estendeu a mão para puxar para cima sua camisa, mas
ele riu empurrando as mãos dela. — Está tudo bem.
— Esse é o plano.
Embora ela não quisesse, Alex olhou para Luka. Seu olhar
estava sobre ela, sim, mas não em seu rosto. Eles estavam
observando sua roupa e se sua expressão fosse qualquer coisa
perto, ele realmente gostava do que via. Ela conhecia aquele
olhar. Ele o tinha quando estava sob ela.
— Bom para você, mas estou tendo uma noite ruim, então
me desculpe.
— Huh, Klaus disse algo similar. Oh, não olhe para mim
desse jeito. — Disse ela quando ele lhe deu um olhar sombrio. —
Há uma razão para vocês sempre estarem um na garganta do
outro?
— Qualquer coisa.
— A melhor.
— Sozinho…
ela.
Ele pareceu surpreso por ela falar com ele. — O que você
quer dizer?
— Luka.
— Se eu tiver que...
Isso não era algo que ela queria compartilhar com todos
nesta sala, não porque era inadequado, mas por causa do que
significava para ela. Ninguém, nem mesmo sua família, lhe
comprou um par de sapatilhas de ponta. Normalmente a escola
lhes emprestava por um tempo, mas se ela quisesse um par
especial, tinha que os comprar por si mesma.
— Obrigada.
— Ei bruto, você...
— Alex.
— Sim.
Mas isso não mudava sua situação atual. Ela fez um gesto
para ele se mover para fora de seu caminho, mas mesmo que ela
tentasse, sabia que não havia como movê-lo a menos que ele
quisesse. Alex se preparou para fazer seu pedido vocal, até que
sua mão segurou seu rosto, seu polegar acariciando-o, sempre
gentil e ela sabia o que aquelas mãos eram capazes. Como podia
esperar seguir em frente, até mesmo para se entreter com alguém
quando, com apenas um simples toque, ele a arrastava?
Beije-me
Houve uma época em que decidiu deixar tudo isso para trás,
muito envergonhada do legado com o qual nasceu. Pensou em
encontrar um cara normal em todos os sentidos, com um sorriso
amigável e que trabalhava das nove as cinco, como a maioria...
mas depois, Luka apareceu e ela esqueceu tudo isso.
E pior, uma vez que se fixou nele, não havia mais ninguém
que quisesse, não como o queria. Snow foi... Snow foi apenas
alguém que ela usou quando estava mal. Alex desejava entender
Luka, porque tentar entendê-lo era muito cansativo e não pela
primeira vez, desejou que levassem vidas diferentes, onde todas
as complicações que estavam em seu caminho desaparecessem.
Tentando colocá-lo fora de seus pensamentos, Alex pegou o
controle remoto, ligou a televisão e passou através dos canais até
encontrar um filme que não fosse aborrecê-la em vinte minutos.
lo.
Página
— Eu não fui?
— Luka...
Não, ela não queria brigar com ele, não sobre isso. Não mais.
Seja o que for que o fez vir a ela esta noite, Alex não iria
questionar. Poderia se arrepender dessa decisão de manhã, mas
por agora, iria aproveitar sua presença tanto tempo quanto
pudesse.
Ele deve ter sentido sua luta, porque seu sorriso ficou mais
amplo e ele pegou sua mão. — Uma coisa…
— Certo.
Isso era tudo o que ele podia dizer, porque realmente? O que
mais havia para dizer? Ela encontrou seu olhar enquanto suas
mãos foram para a barra de sua camisa e ficou lá.
seu.
necessário.
dele.
— Melhor?
268
Página
VINTE E NOVE
Levado a um fim
Essas palavras que ele uma vez disse ela, sussurrou em sua
mente, respondendo à sua própria pergunta. Ele aprendeu a
canalizar a tortura infligida a ele por outros meios?
— O Pit?
Página
Alex olhou para sua calça jeans no chão, onde ela sabia que
seu telefone estava. Ela não se lembrava de ouvir o toque.
— Exatamente.
Não foi até muito mais tarde que ela percebeu que
Página
— Claro, venha.
Claro, Natasha sabia que algo não estava bem. Nunca nos
anos que se encontrou com ela lhe ofereceu algo para comer ou
beber, isto não significava que ela não queria que ele a levasse
para sair.
— Isto é sobre ela, não é? Agora que ela te deu a boceta, você
está me deixando? O que Mishca pensaria se soubesse que você
está transando com sua irmã?
277
Página
TRINTA
Fale-me de Você
— Pergunte.
Se por nenhuma outra razão além do sorriso em resposta
que recebeu, ele daria a ela qualquer coisa que pedisse.
Alex tentava não parecer tão ansiosa, mas ele podia sentir
praticamente a energia se agitando dentro dela. — E os seus
pais? Eles eram...
— Meu pai, sim. Minha mãe não. Ela nasceu na Rússia, foi o
que me disseram.
O rosto dela ficou sério. — Você nunca foi para lá com ela?
— Minha mãe foi comprada pelo meu pai, quando ele era
casado com outra mulher. Quando ela foi trazida, não pode
nunca mais deixar o país. Meu pai era... bem, ele era um homem
muito poderoso na época e sua palavra era lei.
— Sinto muito.
— Não se atreva...
— Luka...
baixa.
Página
283
Página
Quando Alex acordou na manhã seguinte, ela se sentia
diferente, mas por razões que não sabia. Não que nada mudou
fisicamente, mas tendo ficado acordada a noite toda com Luka
falando sobre sua vida, ela sentia como se ela o conhecesse
melhor.
Ele tentou fingir que ainda dormia, mas ela viu sua boca se
contorcer. — É muito cedo.
Ele resmungou algo que ela não entendeu, mas ainda não se
preocupou até mesmo em abrir os olhos e olhar para ela. Ele
merecia seu destino, Alex pensou quando levantou o jarro, mas
isso não significava que iria gostar.
— Nós não temos que brigar com isso. — Ela disse entre
risadas, quase na porta. — Apenas queria sua atenção. Agora
podemos pular isso e chegar ao cerne da questão.
Mas isso não era, obviamente, algo que ele estava pronto
para fazer. Ele estendeu a mão para ela novamente, braços
incrivelmente longos quase agarrando seu tornozelo, mas ela foi
rápida, correndo para a sala antes que ele estivesse fora da cama.
— Nós podemos...
— Luka...
— Sim, vamos.
Página
O cabelo de Alex estava chicoteando atrás dela quando
aceleraram na estrada, as árvores e estrada eram apenas um
borrão quando Luka acelerou o motor.
Com pouca força, ele deu a perna um leve puxão, não tão
largo por estar sentado, mas o suficiente para que quando seus
dedos começaram a se mover sobre sua perna, causaram
arrepios, ele pode deslizar por baixo do vestido e na parte interna
da coxa sem impedimentos.
Ele não tinha sequer olhado para ela quando emitiu esse
comando e ela não pode deixar de apertar suas coxas juntas ao
ouvir o timbre rouco em sua voz. Ele tomou seu tempo, fazendo-a
esperar pelo que planejou. Ele não sabia que ela não usava
calcinha, não quando ela sabia que isso acabaria acontecendo
entre eles, mas não esperava que fosse ali de todos os lugares.
Agora, ela era a única que queria vê-lo, ver sua reação ao
que pensou que seria uma surpresa. Quando seus dedos roçaram
contra ela, apenas o mais leve dos toques, seus lábios se
curvaram em um sorriso por apenas um momento e ela observou-
os se mover, o porra, quase inaudível com o volume do filme.
E ela gozou.
Com o olhar que ele estava dando a ela, Alex não achava que
teria uma noite de sono.
292
Página
TRINTA E UM
Ensine-me
— Luka...
Decidindo que ela não seria capaz de falar com ele sobre
isso, Alex retirou seu casaco, vasculhando sua mochila, pegando
as polainas e sapatilhas de ponta. Ela se esticou, saboreando o
aperto familiar de seus músculos.
— Acalme-se.
— Luka!
uma vez que entrou nesta sala ainda não se sentia como
ela. Mais importante, sentia-se como se estivesse forçando
Página
Ele ofereceu sua mão, com a palma para cima e quando ela
o pegou, ele a puxou para dentro, girando-a com cuidado e
quando ficou de costas em seu peito, Luka começou a movê-los
ao redor da sala. Mesmo quando ela se moveu para as pontas de
seus dedos do pé, ela mal atingiu seu queixo e com esta vantagem
de altura, era mais fácil ficar acima, deixando-o levar quando se
inclinava.
— Você é linda.
— Obrigada.
298
Página
TRINTA E DOIS
Permissão
— É eu percebi isso.
relaxou sob o toque dela por um tempo, pelo menos até que
ela foi para a parte de trás de sua cabeça. A mão na
cintura dela ficou tensa, soltando lentamente quando ela
parou.
Ela não sabia o que causou a reação. Pelo que podia sentir,
não havia cicatrizes lá, mas como outras coisas com ele, talvez
fosse psicológico. Desde que ele a levou para o estúdio que
alugou, ela dava giros uma e outra vez, ficando mais confortável a
cada hora que passava lá dentro. Não estava nem perto de onde
precisava estar para a audição, mas estava indo bem.
300
301
Uma vez, ele disse a ela que iria mantê-la segura, não
importava o que. E isso foi antes... do que eles tinham
agora. Ele fez essa promessa porque se preocupava
com ela. Havia alguns homens que teriam pensado que fizeram
seu trabalho por apenas tirá-la dessa situação, mas Luka... Luka
tinha que ter certeza de que a situação nunca aconteceria
novamente.
Como Klaus poderia explodir com este local, Luka não sabia,
mas estava contente, porra.
— Snow.
Ele poderia ter declarado guerra, tentado proteger a si
próprio, como teriam feito se as posições se invertessem, mas não
estava preparado, nenhum pouco, para o que o Bratva era capaz,
mesmo que não soubesse que ele estava apenas indo contra um
em particular. Se tivesse uma escolha entre todos morrerem e
entregar um dos seus próprios a um sociopata... a escolha seria
óbvia.
Luka não era uma boa pessoa. Ele estava na linha da morte
fazendo o que fazia todos os dias, especialmente para as pessoas
que ele trabalhava, mas Alex não deveria ter que sofrer a feiura
que este mundo tinha para oferecer. E depois do que Snow fez...
— À sua esquerda.
Depois de ter passado a maior parte do dia com Alex, ele não
teve tempo para definir as coisas do jeito que queria e agora
precisava tomar um pouco de tempo extra para mover as coisas
ao redor antes que seu novo amigo acordasse.
Snow concordou.
Aquela voz.
311
312
Página
PARTE TRÊS
Meus demônios,
Apesar de serem calmos,
Nunca são completamente silenciados.
Autor desconhecido
TRINTA E TRÊS
Demônios do passado
sobre Elena e o que Fatos fez com ela, pelo olhar em seu
rosto, ele estava esperando por isso. E não importava
como tentasse sacudi-lo, tinha que admitir que o que foi
feito com ele foi o melhor em extrair informações.
Enquanto Luka nunca se quebrou, outros o fizeram. Muitos
outros.
direita se contraindo.
Mas o que Fatos não sabia era que havia alguém que
conhecia o segredo de Luka e mais importante, odiava os
albaneses mais do que Luka. Nele, tinha um aliado e
considerando o conhecimento de que Fatos estar no Estados
Unidos era desconhecido, era seguro assumir que Luka seria
capaz de invocar o mercenário para ajudá-lo com isso.
320
Página
TRINTA E QUATRO
Animais
térreo.
Esta não era a primeira vez que ela o via coberto de sangue e
como antes, isso particularmente não mexia com ela. Ela tinha a
muito tempo aceitado que os homens da Bratva faziam coisas
terríveis. Se isso fazia dela uma pessoa terrível, estava mais
preocupada com a forma como Luka se encontrava, do que com a
pessoa infeliz que cruzou com ele.
— Luka...
tudo o que precisava saber. Mas o que ela não sabia era o
porquê, se fez o que queria ainda estava cheio de emoção
reprimida.
Antes que tivesse a oportunidade de questioná-lo ainda
mais, seus lábios caíram sobre os dela, forçando-a aceitar o que
ele estava dando. Por um segundo, ficou chocada para fazer algo
mais do que apenas estar lá, mas sua resistência fugiu e ela
respondeu na mesma moeda, com as mãos em punho na frente
de sua camisa.
— Sim, mais.
Ele sempre foi cuidadoso com ela, tratando-a como
porcelana. Mas, enquanto batia dentro dela, usando as mãos e
dentes para marcar sua posse, ele finalmente parecia tão perdido
nesta paixão como ela sempre se sentiu. Apenas quando ela
estava se acostumando com sua súbita invasão, ele saiu dela. Ele
a virou, sua respiração saindo rapidamente quando a colocou de
joelhos, as mãos apertando seus quadris enquanto cobria suas
costas, empurrando novamente para dentro dela.
— Responda.
Mas não foi até que ele moveu a mão, trazendo-a de volta
com um tapa firme em sua bunda, que ela se rompeu,
Página
corretamente.
Página
— Luka.
330
Página
TRINTA E CINCO
Natasha
Mas ele não ficou muito perto depois disso, pelo menos até
que foi designado para ser mais ou menos o seu cafetão. Então,
foi suficientemente fácil convencê-lo a entrar em sua cama. Ele foi
relutante, pelo menos até que ela o convenceu de que não seria
nada mais do que eles desfrutando de uma hora juntos, sem
amarras. Apenas então ele pulou sobre ela. No início, sempre se
assegurou que ela entendesse que isso nunca seria qualquer
coisa mais profunda entre eles. Ela estava bem com isso também,
mas quanto mais tempo passava com ele, mais ela queria saber
sobre sua vida e mais queria ser uma parte permanente da
mesma.
longo prazo.
Página
Se jipe não estava fora, mas pelo que sabia, ele poderia ter
estacionado na parte de trás. Quanto mais se aproximava do
clube, se viu passando os dedos pelo cabelo, verificando para
certificar-se de que sua maquiagem ainda estivesse no lugar. Não
havia nenhuma razão para Luka a afetar assim tanto, mas de
alguma forma ele estava em sua pele. E em vez de empurrá-lo
para trás, ela lhe deu as boas-vindas.
Seu erro.
— Natasha, oi.
335
— Olá?
Luka sempre foi brusco, mas não acho que ele já soou tão
duro com ela como fez agora. Nem mesmo quando foi até sua
casa para romper com ela, depois que finalmente decidiu ficar
com Alex.
— Você podia pelo menos dizer: Olá, como você está? Isso é o
mínimo que poderia fazer, Luka.
Foda-se Alex.
338
Página
TRINTA E SEIS
Lembretes
Antes, ele teria dito a ela ou pelo menos lhe teria dado
algumas informações que iriam acabar com a ansiedade que
sentia. Ele não sabia muito mais do que ela, mas sabia tanto
quanto ela, a ligação de Mishca foi enigmática e curta. A única
tarefa dada a ele, foi levar Alex para o apartamento de Lauren e
certificar-se que elas ficavam lá e então ele deveria ir de carro
para o endereço indicado.
Ele olhou para trás, hesitando antes de voltar para ela. Sua
mão segurou a nuca enquanto ele a arrastava para frente, sua
boca descendo para se conectar com a dela. Bastou um breve
toque, mas foi tudo o que ela precisava para se acalmar.
— Eu a verei em breve.
— Posso ajudar?
os para ela. Eles não eram novos, ela poderia dizer, mas
estavam em bom estado. Três pinos cônicos até um ponto
Página
— Luka...
O caixão de vidro
silenciosamente.
Página
Ela sabia, sem ter que ver que estava em um caixão e pelo
que podia sentir, ele era feito de algum tipo de plástico duro.
Respirando profundamente, tentou não deixar o pânico
novamente chegar até ela. Em vez disso, usou suas mãos,
procurando por qualquer coisa que pudesse ajudá-la. Seus dedos
deslizaram ao redor de algo cilíndrico e quando o agarrou e
apertou o botão na lateral, uma luz amarela apareceu de uma
extremidade à outra.
… talvez.
Mas talvez fosse tudo o que tinha.
procurava.
Alex não sabia por que estava tão calma, não apavorada com
o fato de que estava literalmente em uma caixa de vidro com um
louco ajoelhado sobre ela. Não, ela estava com medo, mas o medo
logo a dominaria.
Eles não tinham que assumir para que ele soubesse. Era
fácil o suficiente de ler sempre que estavam na mesma sala
juntos.
— Quem te mandou?
— Eu...
Merda.
357
Merda.
Página
— Valon.
— Fato não quer que ela morra. Caso contrário, ele não teria
lhe enviado. Entregue a mensagem.
Alex não tinha medo do escuro desde que ela não era mais
uma menina, mas uma vez que este a rodeava tão completamente
quase se sentia cega, ela desejou ter apreciado a luz um pouco
mais. Ela lutou, o melhor que pode para se libertar, mas suas
mãos apenas escorregavam ao longo do vidro. Apesar da dor em
suas mãos, não era forte o suficiente para quebrá-lo.
Então ela gritou até que sua voz ficou rouca, esperando que
alguém, qualquer um, a ouvisse, mas debaixo da terra ela
não tinha voz. Alex não queria chorar, realmente nem
percebeu quando começou, mas com a primeira lágrima,
logo ela estava chorando forte.
360
Era isso.
Página
361
Página
TRINTA E OITO
Casa Segura
— Mish...
— Casa.
— Bom.
Mas não era ele que ela pensava que deveria estar
arrependido. Não era como se fosse culpa dele. E mesmo com os
inimigos que sua família acumulou ao longo dos anos, também
não culpava Mishca. Não, a culpa era exclusivamente da pessoa
que tentou enterrá-la.
Ela sentiu medo muitas vezes em sua vida, mas nunca como
sentiu naquele momento. O cabelo dele estava molhado,
assim como sua pele, como se ele tivesse recentemente
tomado banho. Ela brevemente contemplou a razão, mas os
pensamentos sobre isso fugiram, quando ele gentilmente se
365
topo da cabeça até à ponta dos dedos dos pés. Suas mãos
seguiram o caminho de seus olhos, procurando debaixo de
sua camisa até roçar ao longo de seus ombros, ao longo de
seu peito e a parte de baixo de seu estômago.
Ela não notou os machucados em seus pulsos e braços até
que ele se demorou sobre eles.
— Você os viu?
Alex não pretendia agarrá-lo tão apertado como ela fez, mas
no momento em que ele disse essas palavras, sua mão agarrou
seu bíceps, praticamente tentando forçá-lo a ficar. — Você não
pode sair.
367
Suspeita.
Mas quando se dirigia para seu jipe, Klaus estava logo atrás
dele.
369
Página
TRINTA E NOVE
antes.
— Posso entrar?
Ela hesitou, olhando para trás dela, embora ele não
soubesse por que. Se alguém estava lá com ela, não teria
atendido à porta ou pelo menos, não longe o bastante para que
ele pudesse realmente ver por dentro. Olhando de volta para ele,
ela finalmente concordou com a cabeça e deu um passo para o
lado para deixá-lo passar.
Ela não sabia o que ele fez. Ninguém sabia, mas ela podia
adivinhar e muitas vezes, a imaginação de uma pessoa era pior
do que qualquer história contada.
— Luka, por favor. Nunca poderia ser feliz com ela. — Ela
tentou se explicar.
me trair.
373
Página
QUARENTA
Ou…
Luka podia fazer o que deveria ter feito anos atrás. Entregar-
se aos albaneses e fazer o que fazia melhor. Lutar para sair e
sobreviver. Claro, se Fato pensasse que Luka faria essa escolha,
ele não iria se contentar. Não, ele tinha que sentir como se
tivesse vencido, como se tivesse superado Luka, que era
algo que nunca foi capaz de fazer desde que eram crianças.
Nesse momento ele tinha muita ganância e inveja dentro de
375
trouxe tudo.
Ah, sim.
— E estou bem com ficar por aqui.
Luka não queria revelar muito, sabendo que ela poderia lê-lo
melhor do que ninguém.
— Responda-me.
por ela.
Depois desta noite, ele sabia que estava ficando sem tempo.
Fato sempre foi propenso a um comportamento imprudente, mas
o que ele fez foi longe demais. Estava determinado a se certificar
de que Luka soubesse que não iria embora tranquilamente.
380
Página
QUARENTA E UM
Escolhas
Era óbvio que ele se sentia culpado pelo que aconteceu com
ela. Não importava quantas vezes dissesse que não era culpa dele,
ele aceitava sua palavra, mas não parecia ficar melhor. A maioria
dos dias ele ficava mais tempo fora do que em casa. Ela tentou
não fazer um grande negócio sobre isso, considerando que não
queria sufocá-lo, mas estava começando a sentir como se ele
estivesse se afastando dela e não sabia como impedir.
atrase.
Pelo que ele disse a ela, Alex sabia que Loki foi sua única
companhia durante os últimos anos. Do jeito que ele estava
falando... como se ele pensasse que nunca voltaria...
— Luka...
382
— Vamos.
Página
— Luka...
— Será ótimo.
Ela queria ficar com ele, mas ele já estava se afastando dela.
Suspirando Alex saiu, fechando a porta atrás dela. Ela se virou
para olhar para trás, antes que ele pudesse ir.
383
Página
Luka estacionou fora do velho tríplex, reclinando para trás
contra o assento e ignorando seu telefone celular vibrando ao
lado dele, no banco do passageiro vazio. Seu tempo acabou e
aceitou isso, mas não iria cair sozinho.
Ele foi para trás e para frente, até que teve que soltar sua
arma, puxando a outra livre do coldre em suas costas. Desta vez,
ele não ficou escondido, mas corajosamente aproximou-se dos
outros, atirando em tantos quanto pudesse até a arma ficar
vazia.
Batendo em um, ele caiu com um soco, seu corpo indo para
o chão, mas mais estavam sobre ele, arrastando-o para
Página
Por fim, a única coisa que Luka estava esperando. Ele não
podia derrubar todos, sabia isso antes de ir ali, mas se quisesse
as pessoas que amava seguras, tinha que entregar-se aos
albaneses... e não iria para baixo sem uma luta.
— Espere!
— Tudo.
— Concorda ou não.?
— Você quer que ela saiba como tentou matar seu irmão?
Claro, por todos os meios.
Não, ele queria que ela soubesse a verdade. Mesmo que ele
achasse que ela não fosse capaz de lidar com isso.
388
Página
QUARENTA E DOIS
Círculo completo
— Alex...
— O que quer que ele disse para você, provavelmente não foi
tudo.
Não…
Mas quando ela olhou para Luka, seu olhar agora nela, ele
sabia o que ela estava pensando e a resposta à sua pergunta era
sim.
Fato, que estava olhando para trás e para frente entre eles,
seu cenho cada vez mais franzido, respondeu antes que Luka
pudesse. — Tal como acordado, pode questioná-lo, Volkov, antes
de o tirarmos de suas mãos.
soubesse a verdade.
Jetmir e Fato.
E ela não entendia. Por que iria ele voluntariamente até eles,
de todas as pessoas, aceitar um emprego, trabalhar seu caminho
em seus meios, se sabia que se algum deles descobrisse a
verdade, ele seria morto?
realmente ouviu.
Página
Ela não percebeu que estava chorando até que ele deu um
beijo duro em seus lábios e se afastou apenas o suficiente para
que ela pudesse ouvi-lo dizer. — Não chore por mim. Nunca chore
por mim.
— Au revoir, Alex.
Mishca nunca foi cruel, não com Lauren, mas o olhar que ele
lhe deu era mais frio do que qualquer coisa que ela já viu. —
Pare.
— Mish...
Ele ergueu a mão, sem olhar para ela. — Não faça isso.
dele aqui. O que for. Eu não me importo, mas faça isso por
mim. Faça-o porque você me ama.
Página
— Sinto muito.
— Já está feito.
Página
QUARTA PARTE
400
Página
QUARENTA E TRÊS
Fora e de volta
— Eu sei que prometi não ficar no meio disso, mas não acha
que já o castigou o suficiente?
Alex não iria mentir. Ela sentiu falta de seu irmão, mais do
que tudo, mas seu ressentimento era muito mais forte. Ela ainda
se lembrava de implorar-lhe para fazer qualquer coisa, para
trazer Luka de volta, como ela foi para Klaus, em seguida,
Celt, apenas para ser recusada, porque eles foram
ordenados por Mishca para não a ajudar de qualquer forma.
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— Obrigada.
— Vá em frente, eu o tenho.
— Claro.
Página
Lá fora, ela não teve que olhar para Klaus. Ele estava
encostado contra seu carro alugado, braços cruzados sobre o
peito, os pés cruzados nos tornozelos. Ele deixou seu cabelo
crescer um pouco desde a última vez que o viu, os fios escuros
agora puxados para trás em um pequeno coque na parte de trás
de sua cabeça. Ainda vestido com seu habitual preto, não houve
muita mudança para ele.
Alex virou-se tão rápido que seu cabelo lhe deu um tapa no
peito. — Você não é meu irmão, Klaus. Mishca não é meu irmão.
Pense em mim mais como uma prima distante que aparece
nos feriados e mesmo assim, por apenas uma hora.
— Como você pode ver, nós chegamos até aqui muito bem. E
olhe. — Ela disse, apontando para a entrada, — Há ainda um
porteiro.
— Bem.
— Bem.
— Bem.
faz?
— Ele me enterra viva e a única razão pela qual estou aqui é
por causa de Luka. Então foda-se o que quer que você esteja...
— Ouça.
Ele nunca foi nada mais do que educado com ela, então a
rispidez na voz dele a pegou de surpresa.
Longe de casa
íntima.
— Você está pronta para a companhia? — Perguntou Robbie
com um sorriso doce, suas bochechas rosadas mais coradas após
a sua prática.
Ficou claro que ele pensou que seriam apenas eles, mas ela
queria colocar um fim à isso mais cedo. Avistando Amerie do
outro lado da sala, ela disse um adeus rápido para Robbie,
segurando o braço de sua amiga.
— Espero que você não esteja muito ocupada esta noite para
sair por algumas horas. — Ela sussurrou enquanto saíam do
estúdio. — Eu poderia ter mencionado a Robbie que você, Raj e
Jordan viriam.
412
Página
Enquanto seus amigos gostaram de sua improvisada
armação, Alex sentou-se bem no meio deles, mas não poderia se
sentir mais distante. A nova garrafa de vinho foi aberta e as taças
cheias, mas Alex discretamente se recusou, bebeu suco de uva
espumante em vez disso. Quando todos se tornaram mais
embriagados, ela se sentia diferente sendo a única sóbria, era
uma grande mudança.
— Não acho que exista alguém que não sabe sobre sua
família.
413
Ela sabia que sua amiga tinha boas intenções, mas não
importava o quão desesperadamente quisesse acreditar nessas
palavras, ela não iria dar-se uma falsa esperança.
— Obrigada.
Eles podem ter rido por essa observação, porque Loki era
dócil, mas eles não sabiam do que Loki era capaz.
mastigação.
415
Página
QUARENTA E CINCO
Escravo
Fato, embora.
Página
Olhando para fora, ele notou que, apesar dos anos, muito
mudou desde a última vez que esteve em Berat, ainda mais do
que esperava. A casa que compartilhou com sua mãe, o antigo
edifício de apartamentos em ruínas, não existia mais. Queimado
de dentro para fora, apenas uma confusão desmedida de tijolo e
argamassa soldada.
Deveria tê-lo feito. Deveria ter acabado com Fato, antes que
ele conseguisse rasgar seu mundo. Mais uma vez. Sua tinta foi
avaliada com um olhar crítico e tudo o que ele viu fez Fato ficar
rígido, circulando a cadeira até que ficou trás de Luka.
Escravo.
420
Página
QUARENTA E SEIS
Despertar
— Fale.
Que porra? — Por que você não está levando isso a sério?
acordava cedo.
Página
— Sim. — Ela sorriu. — Não acho que teria sido bom para
ninguém o levar para casa em sua condição. Você quer um café?
425
Página
QUARENTA E SETE
mais nada.
Página
Ele tinha muito tempo desde que aceitou que este era
seu destino e depois de tudo o que fez em sua vida, isso
era o que ele merecia. Luka tentou se manter o mais
confortável possível em sua nova cela, estendendo-se no
chão, ajustando tanto quanto a corrente deixava, mas de
qualquer modo ainda tinha um pouco de conforto, até que seus
algozes voltassem para retomar o que eles começaram.
Quanto tempo ele foi deixado sozinho escapou dele, mas não
foi concedido um indulto por muito tempo. A porta foi empurrada
aberta novamente e Fato estava de volta com seus asseclas. Luka
perdeu a noção de quanto tempo Fatos brincou com ele,
alternando entre torturá-lo e professar o quanto ele estava
perdido. A primeira noite foi fácil. Ele não era um estranho às
técnicas que Fato utilizava especialmente desde que ele foi o
único a ensiná-lo.
delirante.
Raiva.
Pelo menos agora ele tinha a tortura real de olhar para frente
e não o som da voz Fato. Apenas um deles o ajudava a passar o
seu tempo ali, mas ele não sabia por quanto tempo.
— O que?
Encostado a parede, Celt perguntou. — Você tem certeza que
pode lidar com isso?
Não era, mas Klaus não iria confirmar suas palavras, não
quando estava usando toda a energia que possuía para não agir
antes da hora. Ele não iria fingir que ao longo dos últimos seis
meses não pensou em Luka e o que aconteceu com ele, mas não
tinha os recursos para encontrá-lo.
Esta era outra razão que Klaus não tinha certeza se poderia
confiar em Mishca, não completamente. Ele deveria lidar com
estes albaneses em particular, isto praticamente foi por tudo o
que ele viveu. Apenas mais uma coisa que Mishca tirou dele.
dinheiro.
Página
Ela poderia ter muito mais sem ele em sua vida. Mesmo se
por algum acaso ele conseguisse ficar livre deste lugar, Mishca
nunca iria aceitá-los juntos, não agora, não depois que a verdade
foi revelada. Ele nunca iria forçá-la a escolher entre eles porque
sabia que iria escolher ele e queria que ela escolhesse seu
irmão.
Luka, que estava percebendo que isso não era uma ilusão,
deixou cair a mão aberta, observando o barulho de vidro no chão.
Ele olhou para Klaus com os olhos assombrados e perguntou a
única questão que podia. — Eu não estou morto?
Luka era bom fingindo. Fingindo que tudo estava bem agora.
Fingindo que não estava passando por cima de vários corpos
quando Klaus acompanhou-o para fora de seu próprio inferno
pessoal. Eles se aventuraram para fora da porta da frente da
casa, a luz do sol fazendo contato com os olhos de Luka
dolorosamente. Ele não sabia para onde iam e não se importava,
desde que ele fosse para longe dali.
Luka forçou sua cabeça para cima com a voz, olhando para
uma garota que era uma coisa pequena, mas parecia que poderia
cuidar de si mesma muito bem desde que estava armada como o
resto deles. Tinha Klaus usado sua equipe para tirá-lo dali?
Outro?
suficiente.
Luka deveria tê-lo matado anos antes que chegasse a isso,
mas de certa forma, Luka o amou muito para ver sua vida
terminada.
— Você não deveria ter vindo por mim. — Disse Luka sob
sua respiração. — E nunca deveria tê-la tocado.
Todas as vezes que Klaus o viu, ele sempre pareceu tão duro,
a máquina de matar em que se transformou. Mas agora, Klaus
vendo-o no seu pior ou pelo menos ele achava sim. Achava que
jamais seria capaz de tirar a imagem de Luka pronto para cortar
os próprios pulsos.
Adeus
— No esconderijo.
— Certo.
Ele conhecia Nova York como a palma da sua mão, para que
pudesse perceber com um olhar que não estavam ali.
— Uma tarefa.
— É Valon, lembra-se?
— Sua equipe?
— Você me ouviu.
— E sobre Alex?
444
Página
QUARENTA E NOVE
Pechinchas
Há oito meses...
Ele recusou o menu oferecido a ele, mas fez hora com dois
dedos de uísque, precisando de algo para ultrapassar o
limite. Chegar ao topo não foi difícil, o que era difícil era
permanecer lá. Mishca nunca pensou que seria fácil
começar de onde Mikhail parou. Havia o monitoramento
445
Seis anos atrás, quando ele foi a essa casa no meio do nada
e encontrou o irmão que ele não sabia que existia, a tortura pela
qual passou foi trabalho de Luka. Claro, ele nunca pensou que os
dois fossem parentes. Não era como se Luka tivesse aparecido
imediatamente após a partida de Klaus e depois de tudo, Luka
trabalhou para Mikhail mais de um ano antes de ir para Mishca.
Claro, ele podia ver. Ninguém que Mishca conhecia era tão bom
com uma lâmina quanto Luka era.
Ainda mais estranho foi o fato de que Klaus não falou uma
palavra sobre isso e sobre a animosidade existente entre ele e
Luka, Mishca apenas pensava que era por causa da
personalidade de Luka. Ele poderia ter se sentido traído pelo que
Luka fez, mas no final, não poderia ficar mais irritado do que
Klaus estaria e mais do que isso, ele foi apenas um peão no
grande esquema das coisas. Mikhail estava verdadeiramente
atrás dele. E se alguém iria meter a porrada em Luka pelo o
que ele fez, seria Mishca.
446
Por que ele estava tão determinado a pegar Luka. Mas seja
qual fosse a razão, Mishca sempre odiou fazer acordos com os
albaneses. E não teria que fazer, agora que ele estava no
comando. Havia somente uma coisa que Mishca poderia fazer
sem transformar isso em uma guerra completa. Pesou as
probabilidades e agonizou com elas, mas se quisesse Luka fora
disso e para não mencionar sua esposa, sua irmã e sua
organização, então teria que jogar da única maneira que sabia.
— Doze semanas.
que não traga de volta algo que você não pode controlar.
Olhando para a forma adormecida de seu filho, Mishca
esperava por paz. Ansiava por ela após a tensão que esteve ao
longo dos últimos meses, mas ela não veio. Apenas por um
momento, quando Lauren entregou o bebe, enviando um sorriso
suado e cansado em seu caminho uma vez que o bebe estava em
seus braços que sentiu a emoção solitária que lhe escapou.
Felicidade. Mas foi fugaz e enquanto fazia o seu melhor para
ignorar esse anseio que sentia, era difícil.
Nenhuma única vez nos vinte anos que Alex esteve viva ela
ficou verdadeiramente zangada com ele o suficiente para cortar
todos os contatos. Chateada? Ocasionalmente e não era sequer
por alguns dias, lhe dando o tratamento silencioso, mas ela vinha
ao redor, como sempre fazia.
— Mish...
— Muito tarde.
— Lauren...
— Luka a ama e ela o ama. Você não pode lutar contra isso
mais do que Ross poderia ter lutado contra você e eu. Neste
momento, a única coisa que Alex está pensando é que a culpa é
sua de Luka não estar aqui.
— Vá busca-lo.
Página
— Tio?
Celt levou esse ponto para casa desde que ele era uma
aberração com a segurança. Abrindo a tranca, Klaus virou
Página
Idiota.
Página
Está na hora
Ele foi honesto quando disse à Mishca que não sabia onde
Luka estava, mas ele tinha uma ideia. Eles estavam a apenas
algumas quadras do apartamento de Alex, sentados em um
pequeno café perto do mercado onde Alex, estava alheia à sua
presença, ocupada comprando em uma loja cerca de uma quadra,
conversando suavemente com um rapaz que parou ao lado dela.
Ela parecia menos irritada do que a última vez que ele a viu, mas
havia uma tristeza irradiando dela. Talvez, se ela olhasse para
cima, apenas uma vez e os pegasse ali sentados olhando para ela,
talvez essa tristeza fosse embora.
— Eu não voltarei.
Luka fez uma pausa, voltando-se para olhar para Klaus que
apenas levantou as sobrancelhas. — Cedo demais?
— Foda-se, Klaus.
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— Mas eu sim.
Luka zombou. — Sim? Poderia jurar que era seu rosto que
eu estava olhando naquele dia.
464
Página
CINQUENTA E UM
Estrelas sangrando
Esperança.
E por ela, ele iria fazer a única coisa que jurou que não
faria...
— Lauren...
— Lauren...
— Oh?
Como Klaus fez, Mishca soltou um envelope, colocando-o em
uma cadeira próxima. — Alex ligou para Lauren e disse que
conseguiu seu primeiro papel principal. Imaginei que pelo menos
um de nós deveria estar lá para vê-la. Você tem duas semanas
para fazer o que quiser. Depois, se reporta a mim. A única coisa
que peço... — Mishca parecia surpreendentemente vulnerável
quando ficou de pé. — A traga para sua casa, mesmo que apenas
por um tempo.
— Dois meses depois que partiu para Paris, ela voltou para
visitar Lauren, apenas porque ela implorou. Aconteceu de eu
voltar para casa mais cedo. Não importava que estivesse feliz em
vê-la, ela sequer me olhou.
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CINQUENTA E DOIS
Bem-vindo a casa
Mas isso foi há dois dias e desde então, ela deixou sua
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que pode, mas não havia muito. Pelo menos... pensou que
poderia ter visto um flash loiro quando alguém se moveu
Página
para o corredor.
Apenas duas batidas curtas que fez seu corpo inteiro travar.
Ela sabia, sem ter que ver, quem estava do outro lado.
Mesmo sem a forma como Loki estava agindo, ela sabia.
— Alex.
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Ela não queria nada mais do que se perder nisto, nele, mas
não podia. Ainda não.
— Klaus.
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— Alex...
— Luka...
Foi a primeira vez que ele disse as palavras em voz alta e ela
sentiu até os ossos.
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EPÍLOGO
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Página