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Sherrilyn Kenyon

Copyright © 2022
Capítulo 1

ELA ERA UMA VIOLÊNCIA PRIMOROSA. NÃO HAVIA outra

maneira de descrevê-la. Normalmente, Jinx Shadowborne não teria

lhe dado mais do que um olhar passageiro.

Mas ela era impossível de ignorar.

Ela usava competência e guerra como um acessório. Sua

postura sangrava experiência, especialmente porque ela estava neste

buraco de merda , e sozinha.

Sem armamento visível.

“dive hole”: Um buraco de mergulho ou gueto na parede do bar onde os alcoólatras pobres e oprimidos da América vão beber. Resumindo
um buraco de merda.
Apenas uma mulher de extrema estupidez ousaria entrar em um

bar tão lamentável quanto o Hunting Ground sozinha.

Ou alguém mais do que capaz de cuidar de si mesma.

De fato, a graça predatória sangrava de cada poro de seu corpo

ágil. A maneira como ela deslizava seu olhar ao redor para cobrir

cada centímetro do bar até como ela ficava com seu peso igualmente

distribuído.

Se alguém viesse até ela, eles não seriam capazes de

desequilibrá-la facilmente. Ela os teria em suas bundas no chão mais

rápido do que eles poderiam piscar.

Quer dizer: Área de caça


Ele ficou impressionado. Ela era uma guerreira bem treinada.

Mas não era só isso. Ela era incrivelmente linda. Pele escura de

cobre que combinava com seus olhos claros e cortantes.

Uma contradição ambulante de uma bela destruição. Corpo

humano com tranças pretas de guerreiro Andarion . Na verdade, se

não fosse pelo azul claro de seus olhos e dentes humanos, ela

passaria por Andarion.

Ela era híbrida?

Quando a maioria das pessoas diz Andarion, elas querem dizer Ixuranir (ou Ixuriano, se desejar). Isto é provavelmente porque as outras
espécies foram perposely caçadas até a extinção de acordo com as ordens de Tadara Eriadne eton Anatole. Dito isto, existem tr ês espécies
principais diferentes de Andarion. Essas espécies são Ixuranir, Pavakahir e Murakhir (ou Darkhearts, Fyrebloods e Winged respeitosamente), as
duas raças anteriores são automáticas de matar à vista e, portanto, eles se escondem ou abandonaram o Império Andarion completamente.
Começando com os recursos que todos os Andarions compartilham, todos os Andarions são grandes. Altura em qualquer lugar entre 1,80' á
2,10', em média, quando totalmente crescido. Eles também tem presas, caninos alongados que são considerados presas. Finalment e, a maioria
dos Andarions, independentemente da raça, tem olhos prateados ou brancos com as bordas em vermelho.
Mais sobre eles nesse site: Andarion | Sentella, The League e Sherrilyn Kenyon Wiki | Fandom
— Jinx? Eu perdi você?

Ele piscou com a voz em seu ouvido.

— Desculpe, Savage. Distraído.

— Desde quando?

Nunca. Mas, por algum motivo, ele não conseguia tirar os olhos

dela enquanto ela ia ao bar pedir uma bebida.

Forçando seu olhar para longe dela, Jinx examinou os

ocupantes novamente.

— Isso foi uma completa perda de tempo. Ninguém

virá.
— Disse que era besteira.

— Eu sei. Mas ainda digo que estou no caminho certo.

—Ele franziu a testa quando notou um homem entrando no bar. Ele

parecia ter potencial. — Ei, Sav, nós podemos ter um

vencedor. Deixe-me ligar de volta.

— Tome cuidado.

— Sempre. —Jinx deu um tapinha em sua orelha para fechar

seu link enquanto observava o homem que se destacava na multidão

tanto quanto a mulher.

Ele não era apenas um assassino independente. Este homem

tinha algumas habilidades sérias.


E ele parecia estar vindo nesta direção. Talvez este fosse o

informante que contatou Jinx.

Pelo menos esse foi o seu pensamento até que o homem se

dirigiu à mesa onde a mulher tomava sua bebida.

Para seu crédito, ela não parecia abalada pela óbvia tentativa do

homem de intimidá-la.

Ela tomou um gole de sua bebida sem pressa, como se ele não

estivesse olhando para ela com intenção assassina.


— SABE, EVE, HOJE é um bom dia para morrer. Mas é ainda

melhor fazer outro idiota pagar.

Eve Erixour passou um olhar divertido e sem graça para o

executor contratado na frente dela que se atreveu a interromper seu

Happy Hour em seu pub favorito.

Sicarius Veneficus. Alto. Presunçoso.

Canalha.

E doía admitir o quão bonito ele realmente era, com seu físico

bem tonificado, cabelo castanho escuro e olhos tão claros que

pareciam brilhar. Embora ele fosse muito mais atraente se não

Happy hour é uma comemoração informal, feita geralmente por colegas de estudo e trabalho, após a execução de alguma tarefa ou ao fim
de um expediente. Tais comemorações são comuns em várias partes do mundo e em grandes cidades no Brasil e em Portugal.
tivesse aquele ar venenoso ao seu redor que dizia que ele preferia

estripar alguém do que falar com eles.

Claro que muita gente também disse isso dela. Mas ela, pelo

menos, tentou mitigar um pouco disso.

Ele, por outro lado, exibia-o como um troféu premiado.

— Diga a seu pústula que eu não tenho o dinheiro dele.

Sicarius arqueou uma sobrancelha para ela e o tédio indiferente

em seu tom. Ele olhou ao redor do bar lotado, sabendo tão bem

quanto ela que se ele atirasse ou batesse nela aqui ninguém notaria

ou se importaria. Qual era uma das razões pelas quais ela gostava

tanto deste lugar.


— Você realmente vai me obrigar a fazer isso?

— Não estou obrigando você a fazer nada, mas não tenho o

dinheiro. Então, se você está disposto a ficar sanguinário, eu

também estou.

Ele soltou um suspiro cansado antes de dar um passo à frente.

Eve se preparou e moveu sua mão para sua blaster , debaixo da

mesa.

No entanto, antes que ele pudesse alcançá-la, uma sombra

gigante bloqueou seu caminho.

Blaster e um tipo de arma que soltar lasers, tipo das usadas no filme Star Wars, esse e um livro de ficção
intergaláctica e porque eles também viajam em naves espaciais por aqui pelo que entendi, entãooooooo nehhhh ....
— Há algum problema?

Sicarius ficou tenso enquanto avaliava a nova ameaça.

Eve também.

Não apenas porque ela não esperava que alguém interviesse em

seu nome, mas por causa de quem estava intervindo.

Um assassino da Liga.

Que diabos?

Ainda mais alto que Sicarius, que se elevava sobre a maioria, o

assassino era feroz. E lindo.

Todo poder masculino e graça letal. Como a máquina de matar

finamente afiada que eles o treinaram para ser.


No entanto, apesar de toda essa ameaça, Sicarius não recuou.

— Este é um negócio privado. Não tem nada a ver com a Liga.

— Realmente?

Sicarius assentiu. — Realmente?

O assassino rangeu os dentes. — Veja, temo que vou ter que

discordar de você sobre isso. Sendo que você é um capanga

contratado por Rufus Syter.

Eve não tinha certeza de qual deles ficou mais chocado com

suas palavras. Principalmente porque era verdade.

Como o assassino sabia disso?

Porque ele se importaria?


— Não estou fazendo nada de errado. Apenas cobrando uma

dívida legal por um empréstimo que a senhora fez.

O assassino deu-lhe um sorriso frio.

— Você não está. Mas seu chefe está fazendo todo tipo de coisa

questionável. Então deixe-me dizer-lhe como isso vai acabar. Você

vai sair daqui e deixar Zarana Erixour em paz, então vai fazer uma

ligação e dizer a Syter que ele vai perdoá-la de todas as dívidas ou

então o amigo dela da Liga vai garantir que o Primeiro Comandante

receba um arquivo com o suficiente de atos sujos para fazer com que

seu chefe não chegue ao tribunal. Mas antes a uma execução

bastante desagradável. Entendido?


Ela viu seu desejo de discutir, mas Sicarius sabia o que ela fez.

A Liga era lei. E dado que este assassino estava vestido todo de

preto, ele era um dos membros do mais alto escalão.

Ninguém discutia com seu alto comando.

Ninguém.

Então ele inclinou a cabeça respeitosamente.

— Entendido. —E com isso, Sicarius dirigiu-se para a saída.

Eve estava atordoada com o que tinha acabado de acontecer. E

sua mente continuava repetindo uma coisa. Este era um assassino da

Liga.

Eles matavam pessoas.


Por qualquer motivo que eles quisessem. Real ou inventado.

Não havia nada que alguém pudesse fazer. Denunciá-los era uma

sentença de morte.

Eles faziam a lei e eram enviados para aniquilar qualquer alvo

em que seus chefes se fixassem.

Homem. Mulher. Criança.

Patife.

Não importava. Eles não tinham escolha e nada a dizer.

Era matar ou morrer.

Boas ações eram tão inexistentes para eles quanto o bom senso

para a pessoa comum na rua.


— Porque você me ajudou?

Ele deu de ombros com indiferença.

— Eu não gosto que as pessoas abusem de seu poder sobre os

outros.

— Mas você trabalha para a Liga. —Era assim que eles

administravam seus negócios e seu governo.

— Fui recrutado para a Liga. Há uma grande diferença.

Verdade. A única saída para um assassino era a morte. A Liga

nunca permitiria que eles saíssem. Eles os possuíam.

— Ainda assim, você trabalha para os caras maus.

— Sim, eu trabalho. —E com isso, ele se dirigiu para a saída.


Eve mentalmente se chutou por sua estupidez.

E sua grosseria.

Levantando-se de seu assento, ela o alcançou e pegou seu braço

para puxá-lo para parar.

Ele imediatamente torceu e estendeu a mão para a garganta

dela, então se segurou antes de fazer contato real.

Estremecendo, ele ergueu as mãos e se afastou dela.

— Desculpe. Não estou acostumado a ninguém me tocando, a

menos que esteja atacando.

— E eu ataquei quando deveria apenas dizer obrigada. Mas,

como você, não estou acostumada a alguém fazer algo por mim, a
menos que queira algo em troca.

— Acho que nós dois passamos muito tempo com idiotas.

Essas palavras a pegaram desprevenida e a fizeram rir.

— Mais do que você sabe ... Então, existe um nome para

combinar com toda essa personalidade de deixe-me-chutar-sua-bunda

ou eu apenas chamo você de Cutie Pie ?

— Perdão?

Ela sorriu com o choque dele.

— Sim, acho que você também não está acostumado com

Docinho
ninguém o provocando, está?

— Não. Na verdade, não.

— Vocês têm nomes, no entanto, certo? —Agora que ela pensou

sobre isso, ela nunca tinha ouvido falar deles como algo além de

assassinos ou por suas fileiras. E nenhum deles que ela já tinha visto

tinha um nome listado em seus uniformes. Era como se a Liga não

achasse que eles eram importantes o suficiente para tê-los.

— Jinx.

Ela fez uma careta para isso.

Que nome peculiar. E parecia bastante divertido para alguém

que matava para viver.


— Sério?

— Tecnicamente Jinxanthus, mas a maioria das pessoas fica

entediada após a primeira sílaba, então ... —Ele encolheu os

ombros.

Ela riu novamente.

— Você não é nada como eu pensei que um assassino seria.

— Oh, eu posso voltar a ser um idiota total, se você quiser. Isso

é muito fácil para mim.

Sem dúvida. Parecia ser o estado natural de ser para a maioria

das pessoas, nos dias de hoje.

— Tudo bem. Como você disse, eu já tenho o suficiente disso.


Gosto da mudança de ritmo.

Ele inclinou a cabeça para ela.

— Bem, foi um prazer conhecê-la.

— O prazer foi meu.

E então ele partiu, deixando-a com uma pontada estranha no

peito que ela não conseguia explicar.

Quão estranho foi isso?

Ela não era o tipo de mulher que se importava com os homens

como regra. Eles eram bons sempre que ela tinha uma coceira

biológica para coçar, mas era tudo o que queria.

Homens vinham com bagagem e sua vida já estava bastante


ferrada. A última coisa que ela queria era mais drama ou mais

complicações.

Mas algo sobre Jinx ...

Você é uma idiota!

Os assassinos eram proibidos de ter qualquer tipo de

relacionamento com qualquer pessoa. Físico ou amigável.

Fazer isso era uma sentença de morte para eles e para qualquer

um que fosse burro o suficiente para tentar fazer amizade com eles.

Mas que pena para um homem tão bom estar fora de questão.

Realmente, isso por si só deveria ser um crime.

Ah, então.
Tirando isso da cabeça, ela voltou para sua mesa para encontrar

seu segundo em comando, Jedidiah Tweedle, sentado com novas

bebidas para ela e uma para ele.

— Onde você estava agora?

— Longa história. —Ela se sentou à mesa e bebeu sua dose,

então tomou um gole de seu Tondarion Fire para persegui-lo. —

Onde você esteve?

Jedi tomou um gole muito mais cauteloso de seu álcool.

— Procurando contratos, mas eles estão anoréxicos agora.

Faz sentido. A Liga estava reprimindo mercenários e

independentes. Mesmo os Virgyls como aquele para quem ela


trabalhava estavam sentindo a mordida do escrutínio da Liga de

uma maneira que nunca sentiram antes. No passado, a Liga os

deixou sozinhos para supervisionar a conduta de seus membros.

Mas ultimamente, a Liga estava auditando aleatoriamente cada

Virgyl e depois os fechando e executando todos os membros que

possuíam permissões para caçar recompensas e assassinato.

Por nenhuma razão além do Primeiro Comandante ser um

pedaço de merda paranoico convencido de que um dos Virgyls iria

enviar um assassino atrás dele para acabar com sua vida.

Era muito mais provável que ele morresse nas mãos de um dos

seus do que de um assassino contratado.


Idiota.

Mas não havia nada que eles pudessem fazer, a não ser tentar

sobreviver até que a natureza seguisse seu curso.

E sempre seguia seu curso. Os idiotas paranoicos nunca

duravam muito.

Jedi puxou o laço de seu cabelo e soltou a massa de cachos

escuros rebeldes que caíam no meio de suas costas.

Eve pegou a garrafa e serviu outra bebida.

— Você falou com seu amigo Syn?

— Ele estava no meio de alguma coisa. Disse que ligaria assim

que pudesse.
Dane-se o tempo.

— Não suporto a ideia de minha irmã apodrecendo na prisão

por causa da estupidez de nosso pai. Eu tenho que tirá-la de lá.

— Eu sei, querida. Fazendo tudo que posso. Syn é nossa melhor

chance. Ele realmente escapou da prisão.

— Sim, mas você disse que ele tinha ajuda lá dentro. —Jayne

não.

Eve estremeceu com os horrores que ela tinha certeza de que

sua irmã estava enfrentando a cada minuto. Embora ambas fossem

ratas da sarjeta duronas que sabiam como se manter, ainda não era

o mesmo que ter que lutar por cada migalha e respiração em um


buraco do inferno.

Se alguém tocasse em sua irmãnzinha, ela os alimentaria com

seus intestinos.

Mas não havia nada que ela pudesse fazer enquanto estava aqui

e Jayne estava trancada.

Frustrada, ela bateu o copo na mesa.

— Isso não está ajudando. Eu preciso ir e pelo menos fazer meu

cérebro pensar que está fazendo algo construtivo. —Ela se levantou

e suspirou, desejando não ter sido tão rápida em mandar seu amigo

assassino embora.

Talvez ele pudesse ter compartilhado algumas informações


sobre o habitat de Jayne.

Provavelmente não, mas poderia ter valido a pena tentar.

Jedi se levantou e deixou seu uísque pela metade para segui-la.

— Você não precisa vir comigo, sabe?

— No humor em que você está ... sim. Não há como dizer que

tipo de problema você encontrará por conta própria.

Ela riu da verdade dessa afirmação. Deus ajude quem a

encontrasse esta noite. Ela poderia estripá-los apenas pela distração.

Contratado ou não.

Jedi segurou a porta aberta para ela.


— Eu sei que você não gosta de trabalhar com os Tavali, mas

os Septs estão procurando por Runners.

Ela fez uma careta com o mero pensamento quando eles

deixaram o bar para a rua deserta. Sendo que Jed foi criado na

Nação Septurnum Tavali, esse era sempre o seu objetivo para

qualquer coisa que eles precisassem.

Mas havia um problema.

— Eles não pagam a ajuda contratada o suficiente para fazer

valer a pena. —Especialmente considerando o perigo. Se fossem

pegos bloqueando os oficiais da Liga dos piratas, poderiam ser

executados por isso.


Se fossem pegos com carga ou equipamento Tavali, seriam

torturados e executados. Dado o quão pouco os Tavali pagavam por

esse tipo de risco ...

Não valia a pena.

— Prefiro encontrar uma guerra para lutar.

Jedi bufou.

— Temos muitas delas para escolher.

Triste verdade.

Ainda mais triste era que o pagamento não era muito melhor e

você geralmente tinha que esperar mais por isso.

Droga. Ela tinha que fazer algo para aumentar seu fluxo de
receita. Matar e mutilar bandidos não pagava o que costumava.

Eve fez uma pausa quando de repente ouviu algo ao longe.

Instintivamente, sua mão foi para sua blaster.

Que raio foi isso?

Ela gentilmente puxou Jedi atrás dela para que ela pudesse olhar

para o escuro.

— O que está acontecendo? —ele sussurrou.

Ela gesticulou para que ele ficasse parado enquanto ela rastejava

em direção ao beco atrás deles. Podia ser apenas um canalha

correndo. Um vagabundo encontrando um lugar para uma cama ou

uma bebida.
Ou algo muito mais letal.

Já que sua vida estava em jogo, ela queria avaliar a ameaça

antes de dispensá-la casualmente.

Certificando-se de se agarrar às sombras, ela as percorreu até

chegar à abertura e poder espiar sem ser vista.

À primeira vista, parecia vazio.

Até que ela viu algo fora do lugar. A maioria nunca teria visto,

mas a maioria das pessoas não fazia parte de Andarion. Eles não

tinham sua visão aumentada ou audição que ela herdou de sua avó.

De fato, os humanos passavam sua tez mais escura e

constituição alta e atlética como Hyshian e ela os deixava. A única


dica que ela tinha de seus genes Andarion era seu cabelo preto que

ela mantinha em tranças de guerreiro e a palidez de seus olhos azuis

que eram quase de cor prateada. Mas, novamente, as pessoas

simplesmente assumiram que era uma cor humana, já que ela não

tinha as tradicionais presas de Andarion.

Isso era bom para ela.

Ela gostava de pegar os outros desprevenidos.

Mas ela não queria que ninguém se aproximasse dela ...

Lentamente, com cuidado, ela se arrastou em direção ao

contorno de uma bota, certificando-se de ficar atenta às sombras ao

seu redor, onde um cúmplice poderia estar à espreita.


Eve puxou a luz do bolso e a usou para iluminar o beco.

Apenas lixo e sujeira cobriam a área esquecida. Até que o feixe

atingiu a bota. Ela seguiu por uma longa, longa perna que estava

envolta em um uniforme preto da Liga.

Um uniforme que ela viu não muito tempo atrás ...

— Puta merda! —A voz baixa e inesperada de Jedi a fez pular.

— Droga, Jed! Você me assustou para caralho! Faça barulho

quando se mexer! —Como alguém tão alto podia ser tão silencioso,

ela nunca entenderia.

Claro, sua capacidade de se mover como um fantasma foi

exatamente o motivo pelo qual ela o contratou, mas no momento ...


Isso só a fez querer atirar nele.

— Desculpe. Eu não sabia o que você estava fazendo e estava

preocupado. —Ele pegou a luz dela e a iluminou no rosto do

homem que a salvou. — Esse é um assassino, certo?

— Sim.

Jedi se virou e examinou a rua e o beco.

— Ele está sozinho?

— Acho que sim. Trajes pretos geralmente só funcionam

sozinhos. —Isso era o que os tornava tão incrivelmente letais.

— Ele é Primeiro Escalão?

Ela balançou a cabeça. Ela nunca viu um assassino de alto


escalão, mas Jinx estava perto. Apenas uma classificação abaixo.

— Segundo.

— Tem certeza?

Eve gesticulou para seu uniforme.

— O Terceiro tem apenas costura preta de caveira e adaga.

Primeiro teria costura vermelha como nosso amigo, mas com uma

coroa sobre o punho da espada. Isso faz desse cara um comandante

de Segundo Escalão.

— Porra. Vamos embora.

Essa seria a coisa inteligente a fazer. Sem dúvida, qualquer um

não hesitaria em fugir.


Mas ela não era normal e na maioria dos dias sua inteligência

se escondia como uma virgem nervosa em uma despedida de

solteiro atrevida.

Além disso, ela devia a Jinx pelo que ele fez. Ela não estava

disposta a retribuir deixando-o aqui na sarjeta.

— Segure a lanterna.

Jedi riu.

— Segurar a lanterna? Você perdeu o seu juízo? Eu vi este filme.

Acabou mal para o idiota com a luz e não foi melhor para quem

ficou no escuro.

— Quer parar? Se ele fosse atacar, já estaríamos mortos. Agora


deixe-me ter certeza de que ele ainda está respirando.

— Não temos tanta sorte e se ele estiver morto, ótimo.

Certifique-se de não deixar suas impressões digitais no corpo dele.

Revirando os olhos, ela gemeu para ele, então se moveu

cautelosamente em direção a Jinx. Depois do jeito que ele foi para

a garganta dela no bar, ela não queria arriscar o que ele poderia fazer

se ela o agarrasse enquanto ele estava ferido e delirando.

Com dor, ele pode não estar no controle de si mesmo e a última

coisa que ela queria era estar em sua linha de fogo se ele pensasse

que foi ela quem o machucou.

Lentamente, ela se ajoelhou ao seu lado.


— Ei amigo? Você ... —Sua voz se interrompeu quando ela viu

o sangue que encharcava seu uniforme. Os hematomas em seu

rosto.

Isso não era uma brincadeira ou uma armadilha.

Alguém o derrubou.

Como, ela não tinha ideia.

Nem ela sabia o porquê. Mas a única coisa sobre assassinos, eles

não sobreviviam assim.

Um assassino ferido era um assassino morto. E era óbvio que

seu agressor acreditava que ele estava morto ou então ele ou ela

ainda estaria aqui.


O que significava que eles estavam em perigo.

Olhando ao redor mais de perto, ela viu os rastros de sangue no

chão que levavam de Jinx para ... Ela arqueou a sobrancelha

quando finalmente viu outro corpo que estava caído sob algum lixo.

Sim, isso estava confuso.

Aparentemente, os dois se atacaram, sem limites.

Depois de matar seu ‘amigo’ com muito sucesso, Jinx rastejou

até a parede. Pela aparência das manchas de sangue, ele estava

tentando ficar de pé e se segurar contra a parede de tijolos antes de

cair e desmaiar.

O sangue estava por toda parte.


Os dois lutaram como demônios.

O que fazia sentido.

Você se envolveu com um assassino, você estava destinada a ter

uma noite muito ruim.

Então, quem seria tão estúpido?

Curiosa e cautelosa, ela foi até o outro corpo e então parou

enquanto puxava o lixo para longe dele.

Você está brincando comigo?

— O que é isso?

Eve olhou incrédula.


— Outro assassino.

— Morto?

Oh sim.

— A menos que ele seja uma espécie que possa viver sem cabeça

... ou regenerar uma nova, afirmativo. —Jinx fez uma bagunça

enorme com o cara cuja cabeça estava a meio metro de seu corpo

enorme.

O olhar de terror congelado em seu rosto provavelmente lhe

causaria pesadelos pela próxima semana.

Incrível. Simplesmente fantástico.

Não que ela culpasse Jinx, já que era óbvio que o assassino
estava tentando matá-lo.

Mas porquê?

Eve nunca ouviu falar de dois assassinos da Liga lutando assim.

Ela franziu a testa quando percebeu que esse cara, ao contrário

de Jinx, tinha um nome em seu uniforme.

— Sniper .

Jed se abaixou.

— Onde?

Ela bufou em sua resposta automática.

Quer dizer atirador


— Não vindo para nós. No chão, aqui.

— Ele não era muito bom em seu trabalho.

Ela não diria isso. Dada a sua posição, ele deve ter sido muito

bom nisso.

Jinx acabou sendo melhor.

— Ele é um comandante de Primeiro Escalão. —Ela olhou por

cima do ombro para Jedi. — Quer ver como são os uniformes deles?

— Está tudo bem. Posso passar sem os terrores noturnos de ver

um cadáver sem cabeça.

Ele não estava errado. E agora, ela tinha que tirar Jinx da rua

antes que alguém o encontrasse, especialmente as autoridades.


— Vamos, Jed. Ajude-me. —Ela voltou para Jinx.

— Fazer o quê? Cortar a garganta dele ou enrolá-lo? —Resposta

de pensamento típica de Tavali.

— Levá-lo para a minha casa.

Jedi balançou a cabeça para ela.

— Você está completamente louca? Quero dizer, eu sei que você

não está bem da cabeça. E dado o seu passado, não a culpo, mas ...

— Jed, estou falando sério. Pare de reclamar e comece a ajudar.

Ele não se mexeu. Em vez disso, ele gesticulou para o cadáver

sem cabeça.

— Você é cega? Ele é um assassino. Um assassino da Liga.


Nível superior que arrancou a cabeça de outro de sua espécie por

quem-sabe-qual-razão psicopata. Apenas um lunático prestaria ajuda

a alguém de sua laia.

— E eu me lembro de pessoas me dizendo a mesma coisa sobre

um certo humano que encontrei em uma sarjeta e arrastei para casa.

— Eu era um pirata Tavali que perdi meu Canting. Grande

diferença. A pior coisa que eu teria feito seria roubar alguns créditos

e talvez suas joias. Esse cara vai arrancar sua cabeça. Literalmente!

—Mais uma vez, ele gesticulou descontroladamente para o outro

corpo.

Eve suspirou.
— Eu não vou discutir com você enquanto ele está tão perto da

morte. Traga sua bunda gigantesca aqui e me dê uma mão.

Ele gemeu como uma lorina esfaqueada.

— Muito bem. Mas se ele acordar, meu nome é Serta e você não

me conhece.

— Tanto faz.

Fazendo um grande show do fato de que ele a estava ajudando

apesar de seus desejos, Jed agarrou os braços de Jinx e o puxou para

cima.

— Nossa! O bastardo pesa mais do que eu. Você só tinha que

Pelo que entendi aqui uma Lorina e como se fosse algum tipo de animal, que se assemelha a um cachorro talvez???
escolher um filho da puta gigante, não é?

— Oh meu Deus, Jedi! Sério?

— Você o carrega e vê o quanto você reclama. Confie em mim,

eu conheço você. Seria muito. —Com um rosnado feroz, ele

conseguiu colocar Jinx por cima do ombro.

Em seguida, bateu a cabeça na parede.

— Você poderia tentar não aumentar os ferimentos dele?

Jedi arqueou a sobrancelha.

— Porquê? Eu ainda digo que devemos cortar a garganta dele e

enrolá-lo.

— Você é terrível. Leve-o para a minha casa e tome cuidado


com isso. —Ela se inclinou e pegou os óculos escuros de Jinx do

beco onde eles caíram e procurou por quaisquer outros itens que

pudessem pertencer a ele.

Assegurada de que eles pegaram tudo, ela seguiu Jed, que estava

indo rapidamente para seu apartamento a alguns quarteirões de

distância.

Jedi bufava e bufava a cada passo.

— É melhor você rezar para que não haja câmeras por perto. A

última coisa que quero é ver essa filmagem no meu julgamento.

Ela bufou em suas queixas.

— Relaxe. Não há vigilância aqui. É por isso que chamo esse


inferno de maldito lar.

A vida no Posto Avançado de Trigange era ainda mais barata

do que nas regiões mais civilizadas do universo Ichidian. Quase

todo mundo aqui estava fugindo de algo ou alguém.

Então, as pessoas se guardavam para si mesmas e não

mantinham registros sobre quem morava aqui ou visitava.

A última coisa que ela precisava era que alguém a espiasse ou

tomasse qualquer tipo de nota de suas idas e vindas.

Seu pai a ensinou bem a manter um perfil discreto e ficar fora

do radar de todos.

Só por isso, ela não o amaldiçoava a cada minuto de sua vida


inútil.

E felizmente, Jedi permaneceu em silêncio enquanto carregava

Jinx a curta distância até sua casa e depois o despejou sem

cerimônia em seu sofá.

— Eu lhe disse para não machucá-lo ainda mais.

— Não acho que isso seja realmente possível. Quero dizer, olhe.

—Ele gesticulou para a quantidade de sangue em sua própria roupa.

— Tem certeza que ele já não está morto? Porque se eu acabei de

transportar um cadáver que pesa o que ele pesa por todo esse

caminho, eu realmente vou ficar chateado.

Passando por ele, ela verificou novamente a respiração de Jinx.


— É superficial, mas ele ainda está conosco. Não, graças a você.

— Então o bastardo deveria ter ajudado a andar com sua bunda

pesada até aqui. —Jedi fez uma careta para suas roupas manchadas

de sangue. — Vou tomar banho antes de ir para casa. A última coisa

que eu quero é encontrar qualquer babaca da lei e ser preso porque

eles acham que eu matei alguém.

Sim, essa seria a sorte deles. Faça com que eles analisem o

DNA, descubram que pertencem a um assassino e então ela teria

duas pessoas que ela amava presas por algo que não fizeram.

— Você sabe onde está tudo.

— E um ‘obrigada, Jedi’ seria legal. —Ele foi para o banheiro


dela.

— Obrigada, Jedi, ela falou enquanto se movia para deixar seu

"convidado", um pouco mais confortável.

Pobre Jinx. Não admira que ele tenha sido tão feroz quando ela

tocou em seu braço se era assim que ele sempre foi tratado. Mas essa

era a coisa sobre os assassinos da Liga. Eles eram máquinas de

matar aprimoradas.

Mesmo sem armas, eles eram letais.

Rumores afirmavam que eles foram ensinados desde a infância

a matar com as próprias mãos. Dentes. O que for preciso.

Eles eram selvagens.


Violentos.

Supostamente, a única coisa que os mantinha sob controle era

que cada um vinha com uma chave geral e um dispositivo de

rastreamento. Se eles ultrapassassem a linha ou fizessem algo que

não deveriam, seus chefes poderiam acabar com suas vidas com o

apertar de um botão.

Era o que os tornava tão maus.

Como Jinx disse, eles não tinham escolha.

Quando crianças, eles foram tirados de seus pais, deixados

órfãos ou vendidos para essa vida. A Liga era tudo o que eles

conheciam. Tudo o que eles tinham permissão de conhecer.


E quase nenhum deles viveu mais de trinta anos.

O que a fez se perguntar em que categoria Jinx se encaixava.

Órfão. Escravo ou prisioneiro.

Seus pais foram como os dela e cometeram algum crime que fez

com que a Liga tomasse a custódia dele ou algo pior ...

Seus pais o venderam para ser um de seus drones.

Por pior que seu pai tenha sido, pelo menos ele nunca fez isso

com nenhum deles.

Sim, Egarious Toole não parecia tão ruim agora. Em suma, ele

lhes deu algumas boas habilidades de sobrevivência.

E ninguém merecia ser espancado assim.


Eve se encolheu quando tirou o traje de batalha preto de seu

peito e viu as profundas feridas de faca e cicatrizes horríveis que

cruzavam seu peito e torso.

Por piores que fossem suas feridas atuais, elas não eram nada

comparadas às cicatrizes onde outros tentaram o seu melhor para

acabar com sua vida.

Talvez Jed estivesse certo. Talvez ela devesse tê-lo deixado para

morrer. Isso poderia ser um destino mais gentil. Mas tendo visto

tantas pessoas perderem suas vidas sem motivo, ela simplesmente

não suportava ver mais uma pessoa morrer sozinha.

Como lixo na rua.


Não depois do que Jinx fez por ela.

Além disso, a vida não deveria ser assim.

Você sabe que ele vai matar de novo. Ao salvá-lo, não há como dizer

quantas vidas inocentes ele levará.

Provavelmente verdade.

Mas ela também era uma assassina paga.

Você tem uma escolha. Você só aceita contratos com aqueles que

merecem morrer. Ele mata quem eles mandam, independentemente da

idade, sexo ou crime.

Mas isso realmente a tornava uma pessoa melhor?

Ela tinha uma escolha. Este homem nunca tinha recebido isso.
Se ele não os matasse, eles o matariam. Por tudo o que ela sabia,

este ataque poderia ser pelo fato de que ele se recusou a matar um

alvo.

— E eu poderia ter sido qualquer coisa que eu quisesse ser. —

Uma professora. Musicista.

Bem, não realmente devido à sua família e história, mas ela

gostava de fingir que poderia ter ido embora.

Como Jayne?

Ela se encolheu com a voz em sua cabeça.

Sim. Sua irmã tentou fazer isso. E o que aconteceu com ela?

Jayne estava apodrecendo na prisão por tentar virar as costas


para o legado de seu pai. Por tentar obter a licença de professora.

Lá se vão os sonhos e a estupidez.

Tooles não conseguiam viver uma vida normal. Eles não eram

como as outras pessoas.

Não importa o fato de que ela era uma Andarion Batur. Uma

Batur Alada, nada menos. Toda a sua linhagem foi caçada até a

extinção virtual por uma vadia enlouquecida.

Tanto assim, que a única razão pela qual seu magro ramo

sobreviveu foi porque sua avó foi contrabandeada de Andaria e

escondida enquanto o resto de sua família foi brutalmente

massacrada.
Ninguém de sua família deveria ter sobrevivido para estar aqui.

No entanto, eles resistiram, apesar de todas as probabilidades.

Todos os inimigos.

— Como você. —Ela afastou o cabelo da bochecha machucada

de Jinx.

Suspirando, ela cuidadosamente limpou e costurou suas feridas.

Essa era outra coisa pela qual ela poderia agradecer a seu pai.

Quando se tratava de vestimenta de campo e conhecimento médico,

ela poderia testar suas habilidades contra praticamente qualquer

médico.

— Deus, como eu o odeio, Paka. —É melhor ele estar assando


em Tophet pelo que ele fez com eles.

Mas, novamente, se não fosse por ele e sua psicose, ela não teria

sobrevivido ao inferno que era sua vida.

Embora ela possa não ter tantas cicatrizes em seu corpo quanto

Jinx, ela definitivamente tinha muitas em sua alma.

Não querendo pensar nisso, ela rapidamente o cobriu com um

cobertor e arrumou.

Assim que ela terminou, Jed voltou para o cômodo, enxugando

o cabelo.

Ele lançou um olhar furtivo para seu paciente.

— Eu realmente espero que você não morra se arrependendo


dessa decisão.

Ela também.

Capítulo 2

EVE FEZ UMA CARETA PARA O PEQUENO dispositivo portátil

de Jinx que continuava apitando. Isso meio que a lembrou de um

link, mas não havia como atender.

— Você é um dispositivo de rastreamento?

— Não.
Ofegante, ela começou a puxar sua blaster. Mas antes que ela

pudesse tirar o coldre, ela foi desarmada.

O terror a envolveu quando ela enfrentou um macho Andarion

de sangue puro.

Puta merda!

Ela mal chegava ao meio de seu peito. Se ela achava que seu

assassino era grande, ou Jed, esse homem se elevava sobre os dois.

— Como você chegou aqui?

Ele sorriu e bateu em sua insígnia que mostrava que ele era um

assassino de primeiro escalão. O topo da elite.

— Sorte sua, não quero lhe fazer mal. —Ele habilmente


descarregou a carga de sua arma, então a devolveu para ela.

Sem dizer uma palavra, ele largou a mochila no chão e se dirigiu

para Jinx.

Seu alívio diminuiu.

— Você vai matá-lo?

— Não. —Ele pegou o aparelho e foi até o sofá dela. — Jinx?

—Gentilmente, ele tentou acordá-lo.

Quando ele não respondeu, o assassino suspirou e pegou a mão

de Jinx na sua, então a envolveu ao redor do dispositivo. Ele

segurou um link para ele e apertou um botão de reprodução.

— Relatório do Agente Chefe Shadowborne.


O aparelho silenciou.

Satisfeito, ele colocou o dispositivo e o link na mesa dela. Então

ele rapidamente examinou Jinx.

— Acho que você estava certo e seu sem-show de

comparecimento, afinal de contas.

Ignorando-a completamente, ele deu um tapinha na orelha.

— Tenho ele, mas está todo fodido. —Ele olhou para ela.

— Não tenho certeza. Deixe-me fazer algum

reconhecimento e eu vou relatar de volta.

Agora que ela tinha toda a sua atenção, ela desejou ter mais

alguns centímetros de altura.


E muito mais armamento.

O medo não era um sentimento familiar para ela e,

honestamente, ela o odiava. Normalmente se manifestava como

raiva, que era uma emoção muito suicida de se ter ao lidar com um

assassino profissional treinado.

— Você é amigo ou inimigo?

— Não tenho certeza. —Ele tirou os óculos escuros e expôs

aqueles estranhos olhos brancos de Andarion que eram um forte

contraste com sua pele escura e tranças pretas. — Porque você o

trouxe aqui?

— Ele estava ferido e inconsciente.


Isso não pareceu aplacá-lo.

— Você entendeu o perigo do que você fez, certo?

— Sim, mas eu não estava esperando que você viesse visitar.

— O que você estava esperando?

Eve fez uma pausa quando percebeu que, pela primeira vez em

sua vida, ela não tinha pensado em nada.

— Você sabe ... Eu estava um pouco bêbada. Muito chateada.

Não pensando com clareza, claramente. E ... realmente não foi além

do fato de que havia um cara na rua, sangrando.

— É por isso que você passou a noite em sua cadeira, segurando

sua arma no colo?


— Perdão?

Um sorriso malicioso curvou seus lábios.

— Jinx ligou logo antes dele desmaiar. Você mal conseguiu

alcançá-lo antes de mim.

— Porque você não disse nada?

— Ele estava mais seguro com você do que comigo. Eu não

tinha para onde levá-lo.

— Adorável. E daí ... você acabou de me espionar a noite toda?

— Isso é muito do que fazemos. —Ele pegou a mochila e

ofereceu a ela. — Há remédios e um uniforme novo para ele, junto

com um link programado para chegar a um de nós.


Ela hesitou em pegar sua mochila.

— Nós?

— Sim. Você não precisa de nossos nomes. Mas se precisar de

alguma coisa, conte conosco. Nossos números estão programados.

Aperte um e um de nós atenderá. —Ele pegou o dispositivo que

tocou mais cedo e o link. — Este é o posto de controle de Jinx. Ele

vai tocar em intervalos aleatórios, sem rima ou razão . Quando ele

começar a vibrar, você precisa envolver a mão dele ao redor disso.

Ele é canhoto. Em seguida, coloque o ID dele nele, assim como eu

fiz. Você pode fazer isso?

“no rhyme or reason”: Ausência de bom senso ou razoabilidade.


— Claro. O que acontece se eu não fizer isso?

— Esse alarme se transforma em um bando de mim, que vai

invadir aqui e matar vocês dois.

Ela arqueou uma sobrancelha.

— Piada?

— Não. Você perde o registro e o Comando presume que você

se tornou rebelde. Você é rebelde e eles vão emitir um mandado de

morte. Quando você está no alto escalão como Jinx, todos querem

derrubá-lo porque é um avanço automático de classificação.

— Eu pensei que vocês tinham um interruptor de matar

embutido em seus cérebros.


Ele bufou.

— Lenda. De certa forma. Eles tentaram há muito tempo, mas

não deu certo para ninguém. Os inimigos hackearam o código e nos

exterminaram à vontade. Não adianta muito ter um exército de

assassinos treinados quando um interruptor pode erradicá-los.

— Bom saber. —Ela pegou o dispositivo e o link. — Então, o

que aconteceu ontem à noite? Jinx se tornou rebelde?

— O que você quer dizer?

— Eu vi o outro assassino no beco. Porque eles estavam

lutando?

— Eu não sei do que você está falando e tenho certeza que você
não viu o que acha que viu.

Percebendo o fato de que ele estava lhe dando um aviso sutil

para abandonar o assunto, ela pegou a mochila.

— Entendi.

Suspirando, ele olhou para Jinx.

— Nós não somos animais, Evelita. Apesar de tudo, alguns de

nós ainda conservam nossas almas. —Ele colocou os óculos escuros

de volta e ficou instantaneamente aterrorizante. — Ah, e diga a Serta

...

— Serta?

— Jedidias.
Ela riu ao lembrar do apelido de Jed da noite passada.

— Você realmente estava lá.

— Sim. Diga a ele que sabemos onde mora e dorme. A Liga vê

tudo.

Isso o aterrorizaria sem fim.

— Você é mau.

— Não. Eu sou apenas selvagem. —Com isso, ele saiu tão

rápido que ela mal conseguiu segui-lo.

Confusa por todo o encontro, Eve ficou lá por vários batimentos

cardíacos tentando decidir o que fazer com o que tinha acabado de

acontecer.
Este tinha que ser um dos momentos mais estranhos de sua vida

que, quando se considerava o quão ferrada sua vida era, dizia muito.

Mas enquanto ela estava lá, ela percebeu algo.

Curiosa, ela pegou e tocou novamente.

— Relatório do Agente Chefe Shadowborne.

Agente Chefe seria sua patente. Shadowborne era seu

sobrenome? Ou era como uma coisa Tavali Canting?

De repente, ela percebeu o quão pouco ela realmente sabia sobre

a organização que administrava praticamente todas as partes de

suas vidas.

Seu olhar caiu para a tatuagem de seu assassino no braço de


Jinx. A Liga adorava marcar sua propriedade.

Assim como Jinx na noite anterior, o Andarion não era nada do

que ela esperava de um deles.

Eles não eram tão frios e insensíveis quanto pareciam.

Quão difícil era para eles sempre ter um ar de desapego quando

continuavam a ter sentimentos? Ela sabia por experiência própria

quanta culpa vinha com cada morte. Quanta mágoa.

Ninguém ficava ileso.

O que seu pai sempre dizia?


Ela o achava um idiota. Até o dia em que matou seu primeiro

homem.

Mesmo que tenha sido em legítima defesa e feito para proteger

sua irmã, não importava.

Ela carregava seu rosto e aquele momento com ela todos os dias

de sua vida. Nunca desapareceu.

A parte mais triste era que ela faria isso de novo.

Qualquer coisa para manter Jayne segura.

Família era tudo. Era a única coisa. Mesmo quando ela os

odiava, como seu pai. Família foi o que a ajudou.


Então ela não podia imaginar ser como Jinx. Não ter em quem

confiar. Ninguém para proteger e ninguém disposto a protegê-lo.

Mas havia muitas coisas que ela não podia imaginar. Como o

que o Andarion deixou para ela.

Curiosa, ela abriu a mochila para encontrar o uniforme, o link

e os remédios que ele mencionou, mas não muito mais. Artigos de

higiene pessoal e algo que parecia ser um item religioso de algum

tipo.

Talvez.

Seu link zumbiu, assustando-a. Ela olhou e amaldiçoou quando

atendeu.
— Jedi, você tem que parar de me fazer pular da minha pele!

— Desculpe. Eu só queria ter certeza de que você ainda estava viva.

— Eu estou.

— O assassino já acordou?

— Não.

Ele amaldiçoou. — Estamos ferrados.

— Obrigada, Lord Doom e Gloom . Eu estou indo agora.

Ele continuou a falar enquanto ela desligou na cara dele.

— Onde estou?

sentimento geral de pessimismo e desânimo. Também é uma musica dos Rolling Stones.
Aquela voz profunda e ressonante com seu sotaque cadente a

fez estremecer. De alguma forma, era muito mais poderoso aqui em

sua casa do que na noite passada dentro do Hunting Ground.

— Meu apartamento.

Esfregando a mão no rosto, Jinx fez uma careta como se a luz

incomodasse seus olhos.

— Como não estou morto e meus ferimentos estão enfaixados,

vou presumir que não preciso matar você.

Ela inclinou a cabeça para ele.

— Isso foi uma tentativa fraca de humor?

— Dada a quantidade de dor que estou sentindo, achei que era


muito boa.

Bufando, ela diminuiu as luzes.

— Obrigada. —Agora que ele podia abri-los, ela ficou

impressionada com a cor. Eles eram o tom mais claro e vibrante de

azul aço frio que ela já tinha visto. — Banheiro?

— Por esse lado. —Ela apontou para a porta.

Ele se levantou devagar e sem nenhum pudor, caminhou nu

pela sala dela.

Está bem então ...

Aparentemente, os assassinos não tinham vergonha ou

qualquer tipo de modéstia. Claro, dado o quão perfeitamente


formado ele era, ela realmente não podia culpá-lo. A última vez que

vira um corpo tão bem feito, era artificial.

Engraçado como ela realmente não tinha pensado em nada

daquela última noite, quando ela tirou seu traje de batalha para

cuidar de seus ferimentos.

Eu estava mais bêbada do que pensava.

Porque como ela não percebeu que bunda deliciosa ele tinha

estava além dela.

Droga, ele estava bem ...

Depois de alguns minutos, ele saiu com o cabelo solto e úmido.

— Você gostaria de uma toalha?


Ele parou e fez uma careta para ela. — Perdão?

Eve virou seu olhar para o teto, embora ela ainda pudesse ver

claramente todo o seu corpo incrivelmente exuberante e sexy.

— Só pensei que você poderia querer algo para se cobrir.

Ele expeliu uma respiração profunda.

— Desculpe. Faz muito tempo que não convivo com civis. —

Quando ele foi tirar seu traje de batalha da mochila, ele cambaleou.

Eve foi até ele sem pensar.

Jinx não conseguia respirar ao sentir mãos macias em sua carne.

Por um minuto inteiro, ele não conseguiu se mover ou respirar

enquanto o toque dela o queimava.


— Você está bem?

Engolindo em seco, ele assentiu.

— Sim. — Agora, ele estava tão envergonhado quanto ela havia

ficado por seu toque ter feito com que ele ficasse instantaneamente

duro. Felizmente, sua roupa o cobria. — Eu só preciso de um

minuto.

E um banho gelado.

Para seu alívio e decepção, ela se afastou.

Maldição.

Felizmente, ela se virou para ficar de costas para ele, para que

ele pudesse se vestir e esconder algo que ela não precisava saber.
— Então, o que aconteceu ontem à noite?

Ele franziu a testa com a pergunta dela.

— O que você quer dizer?

— O cara sem cabeça no beco? Espero que ele não seja um

amigo. Se ele for ... não tenho certeza se devo deixar você ficar aqui

por muito tempo.

Ele bufou em seu tom leve.

— Não se preocupe. Amigos, eu sangro rapidamente.

Normalmente, não os derroto antes de matá-los.

Ela se virou para encará-lo com o queixo caído.

— Piada?
— Como não tenho amigos ... sim.

— Porque você o matou?

Jinx deu a ela um olhar divertido enquanto ele abotoava o

colarinho.

— Sério? Você foi lá? —Ele se sentou lentamente e fez uma

careta. — Você percebe, Evelita Itxara Erixour, que com o número

de mortes em seu balanço, você estaria apenas um posto abaixo de

mim se fosse uma assassina da Liga, certo?

Irritada, ela ergueu o dedo.

— Okay, bem aí. É extremamente irritante que todos vocês

saibam tanto sobre mim quando eu não sei absolutamente nada


sobre vocês. Como você faz isso?

Ele puxou seu link, apontou-o para o rosto dela e, em seguida,

entregou a ela.

— Isso aparece na lente do meu olho esquerdo.

Ela pegou o link, olhou para a tela, então teve que se sentar

enquanto via basicamente toda a sua vida ali.

— Você está brincando comigo? Achei que estava fora da rede.

— A maioria acha ... Eles não estão.

E assim por diante, a informação foi rolando.

— Quanto aparece?
— Praticamente qualquer coisa que eu queira saber. Até o fato

de você ter um cachorro chamado Fritz quando tinha oito anos.

— Merda!

— Sim.

Ela virou para ele e tirou uma foto.

Nada apareceu.

— Que diabos!

Ele sorriu.

— Temos um banco de dados diferente.

— Você pode acessá-lo?


— Mais uma classificação e eu poderei.

Inacreditável.

— Então, como você vê alguma coisa se você tem todas essas

informações rolando em seus olhos o tempo todo?

— Podemos desligá-lo e ligá-lo conforme necessário.

— Aterrorizante.

Ele ergueu a mão e, em seguida, deu um tapinha na orelha.

— Shadowborne.

Percebendo que ele estava atendendo uma ligação, ela não

falou.
— Não, senhor. Eu estou no alvo. Não vi nada na noite

passada. —Ele franziu a testa enquanto ouvia sobre quem estava

sendo falado. — Não, eu não o vi. A última vez que soube,

ele estava em missão em Caron. —Ele escutou por mais

alguns segundos. — Sim, senhor. Obrigado.

Jinx deu um tapinha em sua orelha, então pegou seu link.

Ela observou enquanto ele digitava algo.

Então ele bateu em sua orelha novamente.

— Ei, Sav. Eu sei que estou certo. Acabei de receber uma ligação do

Comando procurando pelo Sniper. Você o pegou? —Ele a encarou

enquanto ouvia. — Entendi. Entrarei em contato.


Ela esperou até que ele tivesse desconectado.

— Você tem que me informar.

Ele deu a ela uma careta cética.

— Eu não preciso.

—Você sabe o que eu quero dizer.

— É perigoso.

— Acolhi em casa um assassino que outro assassino tentou

aniquilar. Você está brincando comigo?

Jinx hesitou, sem saber se deveria dizer alguma coisa. Mas ela

estava certa.
Pelo que ela fez, sua vida já estava em perigo. Esconder a

verdade dela só iria piorar as coisas.

E por razões que ele não conseguia explicar, ele queria protegê-

la. Mantê-la segura.

— Tudo bem, vou trocar informações por uma coisa.

Agora foi sua vez de parecer cética.

— E isso é?

— Você tem alguma coisa para comer?

Ela cobriu o rosto com a mão.

— Eu sinto muito. Eu deveria ter pensado nisso. Você deve estar

morrendo de fome. —Levantando-se, ela foi para a cozinha. — Não


tenho muita companhia.

Ele olhou ao redor de seu apartamento bagunçado. Havia

roupas penduradas em todos os lugares e ela tinha uma pilha de

roupas íntimas sujas no banheiro.

— Eu posso dizer.

Ela deu a ele um olhar irritado.

— Você mora sozinho?

— Em um quartel ... com pessoas treinadas para matar.

Ela fez uma careta de brincadeira.

— Acho que vocês tentam não irritar uns aos outros, hein?
Ele tocou seu dedo em sua testa e saudou sua inteligência.

— Se você não se importar com sua bagunça, nós nos

importaremos, e você não ficará feliz com os métodos que usamos

para treiná-lo.

Eve se encolheu com o pensamento. Embora seu tom fosse leve,

ela só podia imaginar o pesadelo de viver assim.

— Quantos anos você tinha quando foi recrutado?

— Onze. —Ele começou a segui-la até a cozinha, mas ela o

impediu.

Era muito confuso e honestamente, ela estava um pouco

envergonhada por isso e pelo resto de seu lugar.


— Minha faxineira se demitiu. Porque você não se senta no

balcão e eu vejo o que tenho?

— Ela se demitiu ou se rendeu?

— Você não é engraçado. Ela realmente teve um bebê e decidiu

ficar em casa para cuidar de seu recém-nascido.

Ele arqueou a sobrancelha para isso.

— Você confia em uma pessoa em vez de uma IA ?

— Escolha difícil, —ela admitiu honestamente. — As pessoas

podem ser subornadas, mas uma IA pode ser hackeada, então sim.

Prefiro ter uma forma de vida que eu possa matar se me traírem.

InteligênciaArtificial
— E você acha que eu tenho sangue frio.

Ela passou um olhar de lado enquanto abria a geladeira.

— Eu nunca disse que não tínhamos nada em comum. E para

sua sorte, eu tenho coisas suficientes aqui para fazer o café da

manhã.

— Mas você tem alguma louça limpa? —Ele passou um olhar

sorrateiro para a pilha em sua pia.

Isso a irritou.

— Eu vou quando eu lavar alguns. Então não seja um idiota.

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

Então seu aparelho começou a zumbir.


Com um suspiro agravado, ele foi pegá-lo.

— Relatório do Agente Chefe Shadowborne.

Eve não falou até que ele voltou a se sentar em seu balcão.

— Eu entendo que agente chefe é o seu posto. Shadowborne?

— Nome da Liga.

Ela parou de lavar a panela para olhar para ele.

— Como o Tavali?

Ele balançou sua cabeça.

— Os nossos não são pseudônimos. A Liga não nos deixa

manter nossos nomes verdadeiros. Parte da nossa programação.


Recebemos números ou insultos humilhantes durante o

treinamento que deveriam nos endurecer. Se sobrevivermos ao

treinamento, eles nos dão um nome para usar depois que fizermos

nossa primeira morte oficial.

Adorável.

— Então Jinx não é seu nome verdadeiro?

Ele deu a ela um sorriso adorável que parecia tão pouco

assassino.

— É. Eu sou desafiador assim. Mas só quem é quase amigo sabe

disso.

Não havia falta de amargura em seu tom.


— Você realmente não gosta de trabalhar para eles, não é?

— A maioria de nós não.

Eve voltou a esfregar sua panela.

— É por isso que você está compartilhando tanta informação

comigo?

— Na verdade, não. É mais o fato de que este é o maior tempo

em que estive com alguém, em mais anos do que consigo me

lembrar, que não era da Liga. É bom ter uma conversa real

novamente.

Mais uma vez, seu dispositivo disparou.

Rosnando de uma forma que a fez lembrar exatamente o quão


perigoso ele era, pegou e repetiu sua posição nele. Então ele puxou

seu link para fora e bateu em sua orelha.

Eve se concentrou em cozinhar enquanto ele atendia outra

pessoa.

— Agente chefe Shadowborne. Estou em missão e

preciso que isso pare de zumbir antes que você entregue

minha posição.

Ele esfregou a bochecha, então estremeceu quando

acidentalmente tocou uma contusão ali.

— Sou seu oficial superior e estou lhe dizendo o que

estou fazendo. Agora pare com isso ou, quando eu voltar,


teremos uma conversa e vou destruir a porra do seu

mundo.

Seu olhar se estreitou perigosamente.

— Sim, faça isso. Certifique-se de soletrar meu nome

corretamente. S-H-A-D-O-W-B-O-R-N-E. E acerte o seu

também. I-D-I-O-T-A.

Ele bateu em seu ouvido um instante antes que ela caísse na

gargalhada.

— Devo perguntar?

— Acabei de ser denunciado pelo meu linguajar.


Seu estômago embrulhou com o pensamento.

— Presumo que isso seja uma coisa ruim.

Jinx deu a ela um olhar divertido.

— O que eles vão fazer? Bater em mim?

— Eles vão? —Ela jogou a torrada com ovos mexidos em um

prato e colocou na frente dele.

Ele pegou o garfo que ela lhe ofereceu.

— Provavelmente. Mas, dada a quantidade de dor que já estou

sentindo, duvido que vá sentir.

Ela estremeceu com a indiferença em seu tom.


— Como você está se mexendo? —Ela era durona, mas

honestamente, se tivesse levado uma surra como a dele, duvidava

que conseguiria se mover por uma semana.

Jinx ergueu uma garrafa que seu amigo trouxe com a mochila.

— É para isso que servem.

— Isso é legal?

— De jeito nenhum. Mas não vivemos o suficiente para ter que

temer as consequências. Além disso, se eu crescesse um terceiro

braço, isso poderia me ajudar com minhas mortes. —Piscando para

ela, ele colocou a pílula em sua língua e a engoliu com uma mordida

de sua comida.
Ansiosa por ele, ela foi até a geladeira e pegou um suco para ele.

Quando ela voltou, ele estava quase terminando.

— Meu Deus! Desacelere e mastigue! Você ao menos provou

alguma coisa disso?

Ele fez uma pausa e abaixou o garfo.

— Desculpe. Hábito. Não temos muito tempo para comer no

refeitório. A boa notícia é que, se você fosse o pior cozinheiro do

universo, eu não saberia. Ainda seria melhor do que a merda que

eles nos alimentam.

Ela revirou os olhos.

— Acho que você também não come perto de pessoas de fora


da Liga.

— Na verdade, não. Eles não nos pagam exatamente por medo

de economizarmos o suficiente para escapar. —Ele tomou um gole

do suco antes de voltar para a comida em um ritmo muito mais

normal.

Havia outra coisa em que ela nunca pensou.

— Como vocês trabalham sem credenciais?

Ele ergueu o braço para mostrar sua banda.

— Cobramos pelo que precisamos e, desde que seja uma

despesa coberta, a Liga cuida disso.

— Coberta?
— Se precisarmos de hospedagem, combustível ou comida

durante a missão. Mas não pode ser extravagante. Apenas o

essencial.

— O que acontece se não for uma despesa coberta?

Ele deu a ela um olhar arrepiante.

— Você entra no Anel e confia em mim, os Andarions não são

nada comparado com o que acontece em um Anel da Liga.

Ela estremeceu com sua menção ao esporte mais sangrento do

mundo. Andarions levavam sua luta no Anel excepcionalmente a

sério.

E muitas vezes era fatal.


— Eu sinto muito.

Ele deu de ombros com uma indiferença que ela tinha certeza

que ele realmente não sentia.

Com o estômago apertado, ela baixou o olhar para seu

rastreador.

— Então, como você faz o seu trabalho se eles o incomodam

assim, o tempo todo? —Tinha que interferir em suas operações

‘furtivas’. Difícil de se aproximar de alguém quando seu rastreador

continua zumbindo e revelando sua posição.

Engolindo o resto da comida, ele enxugou os lábios com um

guardanapo.
— Eles geralmente não são tão desagradáveis quando sabem

onde estamos e o que estamos fazendo. Mas não há olhos aqui e eu

deveria ter voltado ao meu quartel ontem à noite. Se dermos uma

estimativa e a perdermos, eles começam a entrar em pânico como

pais hipercontroladores por causa de uma filha virgem. —Ele

gesticulou para seu aparelho. — Se eu não tivesse ligado, o próximo

passo deles seria enviar alguém atrás de mim.

— Para matá-lo?

— Se eu não estivesse fazendo o que deveria estar fazendo, sim.

Isso realmente a deixou enjoada.

— Então só por estar aqui você pode morrer?


Estalando a língua, ele a saudou.

— Eu deveria ter ligado para a Liga quando o encontrei ontem

à noite?

Ele engasgou com o suco.

— Deus, não! —Limpando a garganta, ele balançou a cabeça. —

Se você tivesse feito isso, nós dois estaríamos mortos.

— Porquê?

— Eu sou um assassino, Eve. Nunca devemos ser vistos como

fracos. Se alguém nos testemunhar levando um chute no traseiro,

não deveria viver para contar isso.

— Sério?
— Esse é o Código.

Ela balançou a cabeça.

— Seu código é uma merda.

— Mais do que você pensa.

Eve levou um momento para digerir o pesadelo que compunha

sua vida. Ela não podia imaginar viver como ele.

— Então, o que aconteceu ontem à noite? Ele era seu alvo ou

você era dele?

— Essa é a pergunta complexa ...

— Significando?
Em vez de responder, ele se virou mais rápido do que ela

poderia piscar e apontou seu blaster para uma sombra.

Eve ofegou quando percebeu que havia outra pessoa em seu

apartamento.

Alguém que pegou seu braço antes que ele disparasse sua arma.

— Calma, garotão. Não queria assustar você.

— Droga, Bête. Você está tentando ser morta?

Ela devolveu o blaster para ele. — Só queria ter certeza de que

você estava bem. Você parece uma merda.

— Obrigado.

Carrancuda, ela olhou por cima dele para Eve.


— Ela é aquela que Sav mencionou?

— Sim.

— Você vai matá-la?

— Não e nem você.

— Jinx ...

— Eu falo sério, Bête. Se algum mal lhe acontecer eu vou levar

para o lado pessoal.

Bête ergueu a mão.

— Muito bem. —Ela deu um tapinha no ouvido. — Capitã

Bête Noir relatando. Estou de olho em Shadowborne. —Ela


parou por um segundo para ouvir. — Não, senhora. Ele parece

estar vigiando. Nada incomum que eu veja. Você quer

que eu termine?

Eve mal pegou seu suspiro antes que escapasse.

— Entendido. Bête Noir fora. —Ela bateu na orelha e

suspirou.

— Você é bom.

— Eu tinha razão.

Vestida com um uniforme cor de vinho que abraçava cada

centímetro de seu corpo bem tonificado, Bête apontou o queixo para

Eve.
— Quanto ela sabe?

— Ela é legal.

Bête arqueou uma sobrancelha para isso.

Jinx deu a ela um olhar aguçado.

— Eu confio nela mais do que confio em você.

— Ai!

— Mas é verdade.

Bête bufou. — Não disse que não era, ou que não era merecido,

mas ainda é doloroso.

— Desculpe.
Bête suspirou cansada enquanto Eve a estudava. Alta e ágil, ela

tinha cabelos escuros com listras vermelhas vibrantes. Como o de

Jinx na noite anterior, ela o usava trançado nas costas—estilo

assassino da Liga. Embora sua tez fosse mais escura que a dele,

ainda era mais clara que a de Eve.

— Bem, Sav e eu limpamos sua bagunça. De nada, a propósito.

Como Sniper conseguiu te derrubar?

— Assassino treinado. Veio para cima de mim quando eu saí.

Cruzando os braços sobre o peito, Bête fez um tsk .

“Tsked, tsk, tsc” é uma onomatopeia, ou seja, a reprodução escrita de um barulho que as pessoas costumam fazem com a boca em um ato
de reprovação. Esta expressão é, muitas vezes, acompanhada de gesticulações, como o balanço da cabeça em sinal de negação ou reprovação.
— Sem ofensa, eu não sei como você sobreviveu.

— Eu sou um bastardo selvagem.

— Notei. —Ela olhou para Eve. — Que pena que você não pode

contar a morte e obter o avanço de classificação.

— Eu sei. Venny encontrou as ordens?

— Sim. Direto do PM .

— Razão?

— Nenhuma listada.

Jinx passou a mão pelo cabelo.

primeiro ministro
— Juro . . . desde aquele ataque no ano passado, Quiakides está

ficando cada vez mais louco.

— Eu sei. Ele está convencido de que foi um de nós que tentou

matá-lo.

— Nós deveríamos ter esfaqueado seu filho quando Nykyrian

levou o tiro por ele. Pequeno bastardo.

Ela zombou. — Pequeno? Ele tem a mesma altura enorme que

você.

— Eu sei. Ainda ... Não posso acreditar que não aproveitamos

a chance de eliminar os dois.

— Em retrospecto, meu irmão. Tudo o que podemos fazer é


tentar sobreviver.

— Não. Precisamos descobrir quem é o idiota que está armando

para nós e entregá-los.

Ela assentiu. — Na falta disso, escolhemos alguém que mais

odiamos e o incriminamos.

Eles estavam falando sério?

Jinx nem hesitou. — Essa é uma lista assustadoramente longa.

Você quer em ordem cronológica ou alfabética?

— Pessoalmente, eu voto no meu ATA.

Balançando a cabeça, Jinx respirou fundo.

— Sim ... não. Kyr nunca vai acontecer. Incriminamos um


príncipe frixiano e isso vai causar todo tipo de problema de que não

precisamos.

— Bem, eu tenho que voltar. Você se cura. Podemos ganhar

mais um dia aqui, mas é melhor você voltar para o quartel amanhã

ou o inferno vai chover.

— Não se preocupe. Tenho certeza de que já gastei minhas

boas-vindas aqui. Se a zarana tiver a gentileza de me emprestar seu

chuveiro, estarei fora daqui e no meu navio se vocês precisarem de

mim.

— Parece bom. —Ela deu um tapinha forte em seu braço e então

se dirigiu para a janela.


— Eu tenho uma porta. —Mas era tarde demais.

Bête já tinha ido embora.

Jinx apontou para a porta com seu copo.

— O corredor vem com muitas testemunhas. Nós não gostamos

disso.

— Notei. —Eve cruzou os braços sobre o peito. — O que

significa zarana? Você continua usando isso para mim.

— Senhora.

— Ah ... em que língua?

— Euforian.
— Bem, isso explica seu sotaque. Eu nunca conheci ninguém

da Euforian antes. —Ela pegou seu prato vazio. — Devo esperar

que mais algum de seus amigos apareça?

— Não é dos meus amigos que você precisa ter medo. É dos

meus inimigos.

— Devidamente anotado. Com um deles sendo o Primeiro

Comandante da Liga.

Ele a saudou.

— O que você fez?

— Nada. Como eu disse a Bête, Huwin Quiakides é um

psicopata.
— Mas ele é o primeiro comandante.

Ele entregou a ela seu copo vazio por cima do balcão.

— Continuo esquecendo que você não passou muito tempo

conosco. Psicose é normal.

— Você diz isso, mas você parece bastante normal para mim.

— Sou apenas um pouco melhor em esconder isso, Eve. Não

existe um assassino são da Liga. Estamos todos a um passo de atirar

e matar todos ao nosso redor.

Ela bufou com suas palavras. — Isso é normal no meu reino.

Acredite em mim. Na maioria dos dias, não demoraria muito para

eu abrir fogo e não parar de atirar também.


— Eu duvido disso.

— Porquê? Porque eu sou uma mulher?

— Deus não. Alguns dos assassinos mais letais que temos são

mulheres. Prefiro ir contra um homem do que contra uma mulher a

esse respeito.

— Então porquê?

Ele olhou para o peitoril da janela dela. — Porque, por mais

destruído e descuidado que este lugar esteja, não posso deixar de

notar que nenhuma de suas plantas está murchando. E ontem à

noite, você poderia facilmente ter me deixado para morrer e não o

fez. —Ele deu a ela um olhar de sondagem. — Você não gosta de


ver as coisas morrerem se não for necessário.

Ela rangeu os dentes com o quão astuto ele era.

— E você não tinha que ficar entre mim e Sicarius.

Ele piscou para ela. — Eu fiz isso por diversão.

— Eu não acredito em você. — Ela contornou o balcão onde ele

estava sentado.

Sorrindo, ela caminhou entre seus joelhos separados.

— E sim, você pode usar meu chuveiro.

Jinx não conseguia respirar enquanto ela invadia seu espaço

pessoal. Nem conseguia pensar direito.


É por isso que você mantém distância de todos.

Porque honestamente, ela poderia cortar sua garganta e ele não

seria capaz de reagir. Não enquanto todo o seu sangue estava

fugindo de seu cérebro e indo para uma parte de seu corpo que não

deveria ser tão seduzida por ela ou qualquer outra pessoa.

Ela mordeu o lábio inferior e colocou as mãos nos quadris dele.

— Você não respondeu minha pergunta. Mais algum assassino

está passando por aqui?

Ele engoliu em seco enquanto lutava para manter sua respiração

estável.

— Não. Porquê?
Ela estendeu a mão para tocar seu rosto.

Jinx pegou a mão dela na dele. — Este é um jogo perigoso, Eve.

— Você vai me machucar?

Ele nunca poderia causar-lhe mal. Mas ele não podia permitir

que ela soubesse disso. Ela deslizou contra ele, fazendo cada

centímetro de seu corpo queimar.

EVE SABIA QUE não tinha nada a ver com isso, mas não conseguiu

se conter. Ele era o epítome do fruto proibido.


E ela não conseguiu resistir.

Mas ela estava completamente despreparada para a ferocidade

de seu beijo. Foi selvagem e devastador, e a deixou sem fôlego.

Sem hesitar, ele a ergueu e a prendeu contra a parede. Sua

cabeça girava com a paixão e a força dele. Do cheiro cru e inebriante

de couro e homem.

Enquanto ela teve mais do que seu quinhão de homens fortes e

poderosos, nenhum deles poderia se comparar à ferocidade contida

deste.

Era como acariciar um animal selvagem que você sabia que

poderia se virar e rasgá-lo em pedaços.


O perigo era inebriante e intoxicante. Só um tolo absoluto faria

isso.

No entanto, ela não podia dizer não. Contra toda sanidade, ela

o queria.

JINX FECHOU os olhos enquanto abria seu uniforme. Você precisa

parar com isso. Agora!

O último fragmento de bom senso gritou com ele. Mas

honestamente? Ele não deu a mínima.


Muito bem, ele sabia que cada respiração que dava

provavelmente seria a última. A morte não era apenas sua

companheira constante, mas uma cadela que ele estava cortejando

desde o dia em que o arrancaram de sua vida e o venderam para

essa brutalidade.

A única coisa que ele queria era um momento de paz.

Um toque suave.

Ele estremeceu quando ela se aninhou contra seu pescoço, seu

corpo ágil aquecendo-o até sua alma. E quando ela deu um passo

para trás e tirou a camisa, sobre a cabeça, ele estava afundado.

Se ele tivesse que morrer, não poderia pensar em nenhuma


razão melhor do que o toque de alguém que não estava tentando

matá-lo ou mutilá-lo.

Por um precioso momento de ternura, ele desistiria de bom

grado dessa vida miserável que odiava.

Liga e Código que se danem.

Se ele não aprendeu mais nada na noite passada, foi que ele

viveu em tempo emprestado. Uma sentença de morte pairava sobre

ele e, mais cedo ou mais tarde, alguém iria cobrá-la.

Foda-se. Se ele fosse sair, que fosse por algo que ele realmente

fez do que pelos caprichos de um louco que matou seu caminho até

o topo.
Eve ofegou quando Jinx a pegou.

— Você vai se machucar.

— Você não pesa o suficiente para me machucar.

Ela arqueou uma sobrancelha para essa besteira. Ela era parte

Andarion. Seu esqueleto sozinho pesava o dobro do que o de uma

mulher normal. Mas, fiel às suas palavras, ele não pareceu notar

enquanto se dirigia para o sofá dela.

— Você sabe, eu tenho uma cama. —Ela gesticulou em direção

ao corredor com o polegar.

Ele deu a ela um sorriso adorável antes de mudar de direção.

Eve se encolheu quando percebeu o quão desarrumado seu


lugar estava. Ela provavelmente merecia o constrangimento.

Mas esses pensamentos se dispersaram quando Jinx a colocou

cuidadosamente em sua cama desarrumada.

Jinx apoiou um joelho no colchão. Era grosso e profundo, mas

algo pontiagudo se enterrou em seu joelho.

Franzindo a testa com a irritação, ele mudou de posição e tirou

o uniforme, deixando-o cair para trás.

Seu suspiro alimentou seu espírito e quando ele olhou para cima

para encontrar seu olhar, isso, por si só, alimentou seu coração.

Ela lambeu os lábios enquanto suas pálpebras deslizavam para

baixo, seu olhar afiado enquanto ela roçava cada centímetro dele.
Não como um assassino a ser odiado, mas como um homem com

quem ela queria estar.

Com o coração batendo forte, ele jogou a pilha de roupas no

chão, ignorando o bufo dela.

— Aquelas estavam limpas.

— Então você deveria tê-las dobrado. —Ele se abaixou sobre

ela, pegando seu próximo protesto com seu beijo.

Lábios quentes e deliciosos tomaram os dele, amortecendo os

dele, embora ele não fosse gentil. Ele não tinha certeza se sabia

como ser. Seus poucos encontros com mulheres tinham sido outras

assassinas.
Metade de suas preliminares envolvia esbofeteá-las e socá-las.

Tirando sangue.

Mas a última coisa que ele queria era machucá-la de alguma

forma.

Não, sua doce gentileza era o que ele estava desejando. Um

moribundo faminto pelo gosto da aceitação.

Pelo retorno de sua língua contra a dele.

Jinx ficou de joelhos para poder tirar a camiseta e o cueca.

Para não ficar atrás, Eve igualou seus movimentos levantando

os quadris e deslizando as calças pelas pernas. Com o rosto próximo

ao corpo dele, ela fez uma pausa para deixar uma enxurrada de
beijos em torno de sua carne machucada e multicolorida, evitando

seus cortes.

Com as mãos livres, ela segurou sua bunda que admirou do

outro lado da sala.

Seus músculos rígidos ficaram tensos sob as mãos dela e então

relaxaram.

Jinx rolou para o lado, depois para as costas, enquanto chutava

para se livrar do material. Eve acariciou seu corpo do ombro ao

quadril, observando como os calafrios se espalhavam em seu rastro.

Ela montou em seus quadris, muito cuidadosa em como ela se

movia. Apesar do que ele disse, ele tinha que estar com dor.
E pelas cicatrizes em seu corpo, ela sabia que ele já havia lidado

com isso o suficiente em sua vida.

Tudo o que ela queria era dar-lhe conforto.

Então ela se moveu lenta e facilmente, esperando para ver se ele

se oporia. Sendo um assassino, ela teria presumido que ele exigiria

estar no controle.

Em vez disso, levou a mão dela aos lábios para poder beijá-la.

Jinx fechou os olhos enquanto saboreava o corpo longo e ágil

dela deslizando contra o dele. Nem mesmo a dor quando ela roçou

seus ferimentos poderia arruinar o êxtase absoluto que ele sentia

agora.
Mordendo o lábio, ele sufocou um gemido quando ela se ergueu

sobre ele e passou a mão por suas costelas, até o centro de seu corpo.

Assim que ele começou a dobrar o joelho, ela o segurou e

apertou. Ele engasgou com o inesperado choque de prazer que

passou por ele.

— Você gosta assim?

— Você não faz ideia. —E ela não fazia. Ninguém jamais o

havia tocado com tanta ternura.

Ele tinha ouvido o termo “fazer amor”, mas nunca tinha

entendido por que era usado. Embora possa não haver sentimentos

reais entre eles, isso ...


Isso parecia assim. Como se ela se importasse.

Ele sabia que era estúpido. Eles tinham acabado de se conhecer,

e ainda assim ela o segurava como se ele significasse algo para ela.

Foi sempre assim que o sexo foi para os outros?

Nunca antes ele odiara a Liga tanto quanto agora. Tanto quanto

seu irmão havia roubado dele violentamente, a Liga havia tomado

muito mais.

O nome dele. Seu futuro.

Toda compaixão e decência.

Qualquer compreensão de boas maneiras e amizade normais.

Sua humanidade.
No entanto, agora mesmo em seus braços, ele se lembrava

dessas coisas.

Eu não sou um animal.

Pelo menos esses eram seus pensamentos até que ela começou

a acariciar suavemente seu pênis.

Jinx jogou a cabeça para trás no travesseiro enquanto tudo

girava. Ele estava em êxtase.

Honestamente, ele não achava que poderia ficar melhor.

Não até que ela deslizou para baixo, entre seus joelhos. Então,

olhando seu corpo, ela encontrou e manteve seu olhar enquanto o

levava em sua boca.


Estrelas brilharam diante de seus olhos enquanto ele

amaldiçoava e torcia os punhos em seus lençóis. Levou tudo o que

tinha para não gozar instantaneamente.

Mas foi difícil.

Porra, quase impossível.

Incapaz de suportar, ele gentilmente a puxou de volta. — Não

aguento mais isso.

Eve sorriu, o rubor de sangue inchou seus lábios, seus olhos

estavam vidrados quando ela olhou para ele. — Eu sei.

Ela permitiu que ele a puxasse para cobrir seu corpo. Mas ele

não parou até que a cobriu completamente sobre ele.


Então, ele rolou com ela e lentamente se moveu de seus lábios

para sua garganta. E continuou até chegar aos seios dela.

COM A RESPIRAÇÃO entrecortada, Eve jogou a cabeça para trás

quando o prazer se concentrou profundamente em seu ventre. Isso

foi especial. Este homem era especial, ela sabia disso no fundo.

Ele a assombrava. Nunca em sua vida ela se sentiu assim. Sua

dor falou com ela. Cantado para ela.

Pela primeira vez, ela não apenas entendia o homem com quem
estava, mas queria acalmá-lo. Para dizer a ele que tudo ficaria bem.

Mas ambos sabiam melhor. O universo era duro e frio, e pronto

para aniquilar pessoas como eles. Jinx sabia disso ainda melhor do

que ela. Ele era um dos monstros contra os quais ela passou a vida

lutando.

O bicho-papão que todos temiam.

E ainda ...

Eles eram criaturas semelhantes. Ambos marcados por um

passado desumano. Ambos forçados a lutar por uma vida que nunca

desejaram.

Esse conhecimento a fez se sentir tão perto dele. Mais perto do


que ela deveria sentir.

Fechando os olhos, ela saboreou a sensação de sua língua

circulando seu mamilo. De suas mãos fortes deslizando por todo o

corpo dela. Ele poderia separá-la.

Em vez disso, ele estava mostrando a ela uma gentileza que ela

sabia que não era fácil para ele. Uma ternura estranha à sua

natureza. O calor de suas mãos marcava sua carne enquanto ele

descia por seu corpo até beijar seus lábios inferiores.

Eve gritou em êxtase.

A risada de Jinx reverberou por seu corpo enquanto ele dirigia

seu rosto para ela. Sua língua alcançou profundamente em seu


núcleo enquanto ele esfregava seu nariz contra seu clitóris.

Incapaz de suportar, ela mergulhou os quadris no prazer e os

balançou contra ele.

Naquele instante, seu corpo se despedaçou quando ela gozou,

chamando seu nome. Ainda assim, ele não se afastou enquanto

procurava agradá-la completamente. Seu corpo inteiro estremeceu

com cada punhalada de sua língua, cada passagem sobre seu

clitóris.

Ele esperou até que suas forças se esgotassem. Então, com um

movimento hábil, ele alinhou seus corpos e a beijou antes de

deslizar para dentro dela.


Jinx não conseguiu respirar por um momento enquanto ele se

perdia no calor do corpo dela. Para a sensação de suas unhas

raspando suavemente em suas costas.

Ela envolveu as pernas ao redor de seus quadris, puxando-o

ainda mais fundo. Músculos internos o agarraram, o massagearam,

e o prazer foi um chicote perverso colocando-o em movimento.

Com a cabeça girando, ele se retirou e empurrou enquanto o

corpo dela o recebia. Ela ergueu os braços para rodear seu pescoço

e ele respondeu ao seu puxão.

Deus o ajude, mas pela primeira vez desde a noite em que seus

pais foram massacrados, ele se sentiu seguro. Não fazia sentido


quando ele sabia que, ao fazer isso, estava assinando sua própria

sentença de morte. Se alguém descobrisse o que eles estavam

fazendo ...

Ambos seriam massacrados.

Ainda assim, valeu a pena. Por este momento de paz, eles

poderiam tê-lo, corpo e alma.

Com toda a honestidade, ele nunca queria ir embora. Ela estava

ainda mais requintada do que no bar. E ele estava se perdendo

rapidamente para ela.

Eve ergueu os quadris, desejando-o ainda mais fundo e mais

rápido. Ela mal conseguia se lembrar do último homem com quem


dormiu, mas este ela nunca esqueceria.

Seu poder e força incendiaram seu sangue. Rumores diziam que

assassinos davam maus amantes, mas isso não era verdade para

Jinx. Ele enterrou todas as memórias dela de qualquer outra pessoa.

Afundando as mãos em seu longo cabelo, ela arrastou seus lábios

para os dela.

Ela poderia passar o resto da eternidade saboreando este

homem. Ninguém jamais teria um sabor melhor.

E com isso, ela sentiu outro orgasmo correndo sobre ela. Ele

empurrou profundamente dentro dela, então parou. Isso não fez

nada para deter sua liberação enquanto ela gemia em seu beijo.
Jinx saboreou aquele som ao sentir o corpo dela agarrado ao

dele. Sibilando, ele rosnou quando seu próprio corpo o traiu e se

juntou a ela.

Tudo muito cedo.

Mas ele estava tão suado e esgotado quanto ela. Deitando-se

sobre ela, sentiu o coração martelar contra o peito.

Em completo êxtase, Jinx ficou lá, saboreando cada pedacinho

disso.

— Você tem ideia de quantas violações eu acabei de cometer?

Seus olhos o provocaram.

— O suficiente para que você seja executado?


— Oh, sim. —Ele deu um beijo carinhoso no topo de sua

cabeça. — Mas não se preocupe. Eu nunca vou deixar que eles

machuquem você.

Ela deu a ele um sorriso atrevido. — Como você vai fazer isso

se estiver morto?

Puxando o lençol sobre eles, ele bufou.

— Como você viu ontem à noite, sou um pouco difícil de matar.

Mas mesmo morto, tenho certeza de que seria engenhoso.

— Vou ter isso em mente quando estiverem raspando meu

cérebro das paredes.

Ele prendeu a respiração bruscamente quando uma imagem


vívida disso rasgou através dele. Não havia como ele permitir que

isso acontecesse.

— Adorei sua conversa de travesseiro.

Eve riu, até que viu a tristeza em seus olhos.

— O que há de errado?

— Nada.

— Não minta para mim, Jinx. Essa é a única coisa que eu não

suporto.

Ele afastou o cabelo de seu rosto e segurou sua bochecha em sua

mão. Por vários segundos, ele não falou enquanto ela observava as

emoções em suas belas feições.


— Por que você dormiu comigo? De verdade? O que você quer

de mim? —Isso torceu seu coração. Ele honestamente não podia

acreditar que alguém pudesse desejá-lo.

Ela riria, exceto pelo fato de saber como ele se sentia. Aquele

sentimento de inutilidade que foi golpeado na alma quando você era

jovem demais para perceber quanto dano estava causando. Ela

sentiu isso, assim como ele.

Não importa o quê, ela nunca usaria outra pessoa assim.

— Nenhuma coisa. E essa é a verdade. Eu apenas pensei que

você poderia usar um pouco de gentileza.

Ela beijou a cicatriz grande e irregular de uma ferida que por


pouco não atingiu seu coração.

— Faz um tempo desde que estive com alguém. Desde que eu

queria estar com qualquer um, honestamente. Comecei a temer que

estivesse cansada demais para sentir mais. Mas você ... você partiu

meu coração.

Eve acariciou seu cabelo macio enquanto procurava as palavras

para acalmar sua alma maltratada.

— Não sou estúpida, Jinx. Sei que isso é tudo o que teremos e

que, depois que você for embora, nunca mais o verei. Isso era tudo

que eu esperava. Nada mais. E nunca tentarei reivindicar qualquer

outra coisa.
Com essas palavras ditas, ela o beijou e se levantou.

Jinx não falou enquanto a observava deixá-lo e ir para o

banheiro.

É assim que tem que ser..

Ele sabia disso da mesma forma que ela.

Mas isso o atingiu profundamente. E pela primeira vez em anos,

lembrou-se dos sonhos que tivera quando menino.

Os dias em que ele viu um futuro de família.

Amor.

Quando ele considerava coisas como risadas e aceitação como

garantidas. Quando os monstros eram as coisas que se escondiam


em seu armário ou debaixo de sua cama, e eram rapidamente

banidos por seus pais entrando em seu quarto e envolvendo-o em

um abraço.

Toda a sua segurança e sanidade haviam morrido sob um coro

de gritos brutais.

Ele estremeceu ao ver aquela noite tão claramente. Quando a

imagem da morte de sua mãe passou por seus olhos novamente.

—As últimas palavras de seu pai antes

de cair enquanto tentava protegê-los.

Mas ele havia esquecido.


A sobrevivência havia deixado tudo de lado, exceto a raiva da

injustiça. Aquele ódio amargo que ele tinha por um deus que

permitiu que seus pais fossem massacrados e sua irmã arrancada de

seus braços.

Pelo próprio irmão.

Em todos esses anos, nada mais havia superado essas emoções.

Nem mesmo a dor física.

Até agora.

Não é de admirar que a Liga fosse tão inflexível que eles nunca

permitiam que outro os tocasse. Todas aquelas lições horríveis.

Todos aqueles dias de fome e espancamentos.


Completamente desfeito pela simples necessidade de uma alma

humana desesperada por bondade.

Se fosse assim tão simples.

No final das contas, ele não era estúpido o suficiente para

acreditar que isso era uma cura para a brutalidade da Liga. Ele

conheceu muitos de seus camaradas que estavam longe demais para

serem trazidos de volta de sua loucura. Aqueles que não se

importavam mais com ninguém além de si mesmos. Que viviam

para ferir os outros.

A brutalidade era seu sustento.

Era a única coisa que lhes dava prazer.


Mas ainda havia alguns como ele, que de alguma forma

conseguiram reter suas almas.

Você é um dos poucos e sabe disso.

Muitos dias, ele duvidou de sua própria sanidade.

Fechando os olhos, Jinx ouviu a água correr enquanto Eve

tomava banho. Ele estava desesperado para se juntar a ela.

Não seja estúpido.

Se ele entrasse lá agora, nunca mais sairia.

Felizmente, seu link zumbiu antes que ele cedesse a essa

tentação mortal. Grato por uma distração, ele atendeu para

encontrar Savage do outro lado.


— Onde está a mulher?

— Outra sala, porquê?

Savage suspirou.

— Acho que sei por que ela salvou você.

Ele não gostou nada desse tom.

— O que você descobriu?

— A irmã dela está em uma prisão da Liga. Desculpe, amigo. Ela

está usando você. Acabe com ela e saia.


Capítulo 3

RAIVA E MÁGOA GUERREAVAM DENTRO DE JINX enquanto

ele brincava com a mola da adaga escondida em seu uniforme.

Era uma arma reserva. Seu meio preferido era a adaga Seax

preta que ele mantinha escondida em um bolso ...

Acabe com ela e saia.

O Comandante Savage era um oficial superior. Tecnicamente,

essas eram ordens e ele deveria segui-las. O Andarion tinha muito

mais experiência do que ele. Ele era o fundador de sua pequena

gangue rebelde e Sav, sozinho, os mantinha vivos contra a loucura


do PM Quiakides.

Quando outro assassino os teria matado e obtido um avanço de

classificação, Savage os havia escondido e garantido que eles se

curassem sempre que fossem feridos.

Todos deviam suas vidas a ele.

Era uma família esquisita e fodida que eles quase formaram,

onde seu tio louco provavelmente cortaria sua garganta a qualquer

momento, mas era o melhor que qualquer um no corpo de

assassinos da Liga poderia esperar.

Ele teve muita sorte de ter sido selecionado como um dos

poucos insurgentes de Savage. Ainda assim ...


Eve parecia tão honesta e sincera.

As pessoas mentem o tempo todo. Você sabe disso.

Seus pais estavam mortos por causa de um traidor que olhou

nos olhos de todos e disse o quanto os amava. Tobin era seu meio-

irmão.

E ele destruiu todos eles.

Para quê?

Ganância.

Revolta?

Estupidez.
Não acredite em ninguém.

Todo mundo queria alguma coisa.

Se a vida e a Liga não lhe tivessem ensinado mais nada,

deveriam ter-lhe ensinado isso. Da forma mais brutal possível.

Acabe com ela e saia.

EVE OFEGOU quando saiu do banheiro e encontrou Jinx parado

do lado de fora da porta.

— Isso é algum traço masculino inato que todos vocês têm que
faz você querer assustar as pessoas?

— O quê?

— Nada. Apenas o meu SIC faz isso o tempo todo também.

Ele está sempre me assustando. Isso me dá vontade de torcer o

pescoço dele. —Enxugando o cabelo, ela passou por ele. — O

chuveiro é todo seu.

Jinx hesitou, dividido entre querer beijá-la novamente e arrastá-

la para a cama ...

Ou matá-la.

Eve fez uma pausa para franzir o cenho para ele.

SIC (second in command: segundo em comando)


— Você está bem?

— Sim. —Ainda sem saber o que fazer, ele entrou no banheiro

e fechou a porta lentamente.

Eve fez uma careta para suas ações. Que diabos?

Ela colocou a toalha sobre os ombros. Ok, isso foi estranho.

Algo acontecera enquanto ela tomava banho. Seu humor havia

mudado completamente novamente.

Ele é um assassino.

Eles não eram exatamente conhecidos pela estabilidade mental.

Então, novamente, nem ela era. Infâncias ruins não se prestam

a adultos felizes e bem ajustados. Havia alguns dias em que ela mal
conseguia se controlar, e seu pior dia provavelmente era mil vezes

melhor do que o melhor dele.

Se um milionésimo do que ela tinha ouvido sobre o treinamento

da Liga fosse verdade, era uma maravilha que ele estivesse são.

Rumores afirmavam que eles forçavam os assassinos a canibalizar

uns aos outros para sobreviver.

Ela sempre rezou para que fosse mentira.

Mas o que ela sabia que era verdade era que eles eram forçados

a comer enquanto a Liga exibia vídeos de pessoas sendo torturadas

e mortas para dessensibilizá-los à dor e ao sofrimento dos outros. A

Liga faria qualquer coisa que pudesse para matar toda a compaixão
de seus assassinos.

Matar ou morrer.

Jinx era a criatura mais perigosa do universo conhecido, e não

importava o que ele fizesse, ela não podia se dar ao luxo de esquecer

isso.

Como ele disse, eles estavam jogando um jogo perigoso. Um

onde suas vidas seriam perdidas se perdessem.

QUANDO JINX saiu novamente, Eve já tinha limpado a maior


parte da cozinha.

Jinx parou com uma sobrancelha arqueada.

Antes que ele pudesse falar, Eve levantou a mão em

advertência.

— Nenhuma palavra. Lembre-se, você não é o único treinado

para matar e estou mais perto das facas do que você.

Ele realmente riu.

— É verdade, mas enquanto você está limpando, você pode

querer se lembrar da bela pilha de roupas íntimas no banheiro ... a

menos que você os esteja coletando para um propósito específico?

Ela gemeu alto. — Bem, pelo menos você sabe que não trago
caras para casa o tempo todo

Ele ainda estava sorrindo enquanto dobrava seu traje de batalha

sujo e o enfiava cuidadosamente na mochila.

Fazendo uma pausa, Eve o observou. Era tão fácil esquecer o

que ele era quando estava na frente dela. Ele agia tão normal. Tão

...

Legal.

Estranho como ela nunca considerou um assassino da Liga

como sendo cordial ou decente. A maneira como eles se levantaram

e se restringiam de falar ...

Era tão enervante estar perto de pessoas que eram tão rígidas e
sem emoção. Normalmente, eles faziam de tudo para serem idiotas

com todo mundo.

Não Jinx. Ele era diferente de qualquer pessoa que ela já

conheceu. E ele iria embora a qualquer segundo.

Sua garganta apertou quando seu olhar foi para o balcão e ela

viu o pequeno emblema que havia caído de seu uniforme.

— Não se esqueça disso.

Jinx limpou a garganta enquanto ela entregava sua insígnia para

ele. Ele continuou esperando que ela mencionasse sua irmã, mas até

agora ...

Nada. Nenhuma palavra.


Ele fechou o zíper da mochila.

— É melhor eu sair daqui antes que mandem outra pessoa.

Os olhos dela brilhavam de tristeza. Se ela estava atuando,

então ela era boa.

— Tente não se meter em mais problemas.

— Você fique longe de agiotas.

— Não faça promessas. —Ela deu um passo para trás e jogou a

esponja na pia. — Sério, porém, tome cuidado.

Jinx foi até a janela. — Você também.

— A porta funciona.
Ele sorriu enquanto abria a janela dela. — Isso é mais seguro

para nós dois.

E ainda assim ele esperou que ela o parasse.

Ela não fez isso.

Não quando ele atingiu a escada de incêndio ou a rua. Ele até

parou para olhar para o apartamento dela.

Nada.

E a cada passo que o levava para longe de seu apartamento, ele

esperava que ela gritasse que precisava de ajuda.

Nenhuma palavra.

Ela realmente tinha dormido com ele sem motivo?


Não seja estúpido. As pessoas não são gentis. Eles sempre querem

alguma coisa.

Ninguém se importava com mais ninguém.

Seu próprio irmão massacrou seus pais e o vendeu para esta vida para

que você fosse torturado e morto ...

E ainda assim ele podia sentir as mãos dela em seu corpo.

Pior? Ele sofria por ela.

Isso era tão estúpido. Impossível.

Ele continuou repetindo isso sem parar. Mesmo depois de estar

dentro de sua própria nave. Mas quando puxou o link, cometeu o

erro de olhar para baixo e ver a foto que havia tirado dela.
O sorriso em seu rosto.

Eu sou tão estúpido.

E essa estupidez iria matá-lo.

JED OLHOU PARA Eve enquanto ele estava no balcão em seu

apartamento, observando-a.

— Eu não posso acreditar que você está viva.

— Você poderia parar?

Então ele acenou para ela com as mãos.


Ela respondeu com um gesto obsceno.

Jedi bufou.

— Você é tão má.

— E você é irritante. Você já encontrou Syn?

Ele puxou o link e apertou o play.

— Ei, Jedi. Desculpe, demorou tanto para voltar para você. Mas

você é um idiota por tentar tirar alguém de uma prisão da Liga. Esqueça.

Não pode ser feito. Eu tenho isso na mais alta autoridade.

Ela estremeceu com essas palavras.

— Talvez você devesse ter perguntado ao seu assassino.


Eve zombou.

— Tenho certeza que ele teria me matado se eu tivesse feito isso.

— O quê? Porquê?

Ela decidiu que seria todo tipo de idiotice deixá-lo saber que ela

dormiu com Jinx. Então ela optou por uma verdade parcial.

— Se ele penssasse por um momento que o salvamos na

esperança de obter um favor ... com certeza ele teria me matado.

Jed suspirou e deslizou o link de volta para o bolso. — Não

pensei nisso. Você provavelmente está certa.

— Sei que eu estou. Ele era extremamente arisco e paranóico.

— Sim, imagino que a carreira dele não se presta à confiança.


— Não mais do que a nossa.

Suspirando, Jedi assentiu, então franziu a testa enquanto

examinava seu apartamento. — Sua faxineira voltou?

Ela olhou para ele. — Não me faça bater em você.

CAUTELOSAMENTE, JINX entrou no prédio abandonado. Ele era

um dos seis assassinos que estavam reunidos aqui esta noite.

Nenhum deles se sentia seguro.

Eles podem não demonstrar, mas ele sabia que eles sentiam a
mesma apreensão incômoda que ele sentia.

Embora eles quisessem confiar um no outro, era difícil.

Confiança não fazia parte de seu treinamento. Especialmente desde

que Vanquish, um de seu grupo, tinha sido seu treinador oficial para

assassinatos.

Ele sabia em primeira mão que bastardo doente ele poderia ser.

Até hoje, Vanquish ainda não revelou seu nome verdadeiro ou

mesmo de onde ele veio. Jinx ainda não sabia por que Savage o

havia escolhido para o grupo.

Se alguém perguntasse a ele, ele claramente colocaria Vanquish

na categoria de louco, sem esperança de redenção.


O mesmo para Strife. Ela estava a um passo de matá-los ou

entregá-los. Ele nunca confiaria nela.

E ao entrar no lugar em ruínas, percebeu que era o último a

chegar.

Todos eles estavam ao redor, esperando por ele. Vanquish

estava à sua direita. Mesmo com os óculos escuros, Jinx podia sentir

seu olhar cheio de ódio. Embora todos eles tivessem peculiaridades

que os marcaram como rebeldes a seus superiores, Vanquish deu

um passo adiante.

Ele furou o nariz. A Liga desaprovava que eles fossem pessoais.

Se não fosse pelo fato de Vanquish ser o melhor, eles o teriam


executado apenas por isso.

Venom manteve o mesmo posto que ele. Quase da sua altura,

Ven tinha os olhos negros e a tez mais escura de um Ritadarion.

Suas feições eram bem esculpidas e ele sempre parecia que precisava

se barbear.

Strife era a membra mais baixa, mal alcançando o meio de seu

peito. Seu cabelo loiro era muito mais dourado que o dele e ela era

uma assassina do Comando de Terceira Classe. Um nível abaixo

dele.

E, claro, Savage e Bête completaram seu número.

Ele ainda não tinha certeza de por que Savage havia permitido
um Maroon uni entrasse no seu grupo, mas esta era a festa de Savage,

então ele manteve suas opiniões para si mesmo.

— Que bom que todos conseguiram. —Savage configurou os

bloqueadores para que a Liga não tivesse ideia de que eles estavam

no meio de uma confabulação. Ele se virou para Jinx. — Você

precisa tomar cuidado com sua bunda. Quiakides está nos

selecionando para ir atrás de você.

Essa declaração o surpreendeu. Ele estava falando sério?

— Como você sabe?

Vanquish empurrou os óculos escuros para cima, no topo da

cabeça. — Acabei de receber a missão de acabar com você.


Venon riu. — Sinta-se lisonjeado, garoto. Eles estão apenas

enviando o melhor. Disseram-me para estripar você também.

Incrível.

Jinx de repente se sentiu como uma cabra de sacrifício cercada

por sacerdotes salivantes.

— Alguma ideia do porquê? —Ele realmente gostaria de saber

o que ele fez para irritar seus comandantes a ponto de eles o

quererem morto.

Concedido, ele poderia ser um bastardo, mas ...

Savage lhe entregou seu link.

— Nenhuma idéia. Como você pode ver pelas minhas ordens,


eles simplesmente querem você morto.

A raiva de Jinx cresceu enquanto ele lia o mandado simples.

Mate-o, obtenha um aumento de classificação automático. Qual

seria a única maneira de um assassino viver, porque se alguém

viesse atrás dele, ele o mataria.

Sua vontade de viver para proteger sua irmã era muito forte. Era

a única razão pela qual ele ainda estava vivo.

Mas porque vir atrás dele?

As fileiras acima de uma uni negra eram administrativas.

Normalmente essas posições eram fechadas para assassinos. Mas

em casos especiais, como um alvo que eles realmente queriam


morto, os superiores permitiam a entrada de um assassino.

Dado que era a única maneira de um assassino escapar de sua

escravidão, um mandado de morte como o dele era um grande

incentivo para os Comandantes de Primeiro Escalão.

Com ele morto, seu assassino estaria livre.

— Realmente gostaria de saber o que fiz para irritá-los.

Venom estalou os dentes.

— Eu estou pensando que você estava certo sobre eles irem atrás

de qualquer um que eles considerem uma ameaça para suas

posições. Você avançou muito rápido nas fileiras. Deixa o primeiro-

ministro nervoso com a possibilidade de você vir atrás dele.


Mas isso não tinha nada a ver. Ele só passou pelas posições pela

autonomia. A capacidade de ter algum grau de controle sobre sua

vida para que ele pudesse garantir que sua irmã não fosse o alvo.

Certifique-se de que Tobin não passou dos limites novamente.

Enquanto seu irmão o vendeu para a Liga para obter lucro,

Tobin nunca esperou que ele vivesse. Mas Jinx era difícil de matar

e um dia ele voltaria por Tobin.

Com uma vingança.

— Não tenho interesse em uma posição de comando. —Isso iria

prendê-lo e essa era a última coisa que ele queria.

— Nós sabemos. —Sav colocou seu link no bolso. — Mas o


PTB é um lunático irracional

Os poderes constituídos geralmente eram.

O alarme de Venom disparou. Amaldiçoando, ele rapidamente

relatou seu nome e posição.

Sav esperou que ele terminasse. — É melhor nos dispersarmos.

Eu só queria que estivéssemos aqui para que você soubesse o que

estava enfrentando e para estar ciente de que não estamos atrás de

você.

— Mas todos os outros estarão. — Vanquish não piscou quando

ele o lembrou insensivelmente.

Powers That Be: Os Poderes Constituídos.


Sav assentiu.

— Usaremos o gravador para avisar sempre que descobrirmos

que alguém está mirando em você.

Jinx inclinou a cabeça e esperou que eles se dispersassem. Mais

cansado do que nunca, ele suspirou. Ele precisava voltar para o

quartel, mas com todos atrás dele, fechar os olhos era uma má ideia.

Se ele vivesse mais uma semana, seria um milagre.

Puxando seu link, ele digitalizou uma foto de sua irmã quando

eles eram crianças. Uma foto antiga que estava arquivada para sua

família.

Com o coração dolorido, ele traçou o rosto dela com o dedo. Se


ele estivesse morto, quem a protegeria? Jinx era o único que se

importava.

O medo e a dor o sufocaram. Ele odiava se sentir impotente.

Tudo o que ele sempre quis foi manter Dakari segura.

Era assim que Eve se sentia a respeito de sua própria irmã?

Incapaz de suportar, ele passou para a foto que tirou de Eve.

Eu tenho horas de vida.

Restava uma coisa que ele queria fazer.

Abrindo o canal, ele ligou para o Comando.

— Agente Chefe Shadowborne. Estou atrás de um alvo.

Preciso de cento e oitenta horas.


Ele esperou que eles aprovassem seu tempo.

— Aprovado, Agente Chefe Shadowborne. Por favor,

faça o check-in dentro de oitenta e quatro horas ou assim

que a missão for concluída.

Ele cortou a transmissão.

Cinco dias. Era tudo o que ele tinha.

Será que aqueles vindo atrás dele permitiriam que ele vivesse o

suficiente para fazer o que precisava?

Provavelmente não.

Mas pelos deuses, ele ia tentar.


Capítulo 4

JAYNE ERIXOUR ESTAVA SENTADA EM SUA CELA apertada,

lamentando cada decisão que tomou.

Não que ela já tivesse lamentado muitas vezes. Dado que ela

tinha apenas dezessete anos, a maioria de suas decisões foram

tomadas por ela. Seja por seu pai autoritário ou por um destino cruel

que parecia odiá-la.

Um ano e meio de sua vida foi roubado.

Para quê?

Para que algum idiota insignificante com um pouco de poder


pudesse se sentir como um homem. Por algo que ela nem tinha feito.

Ela é filha de Egarious Toole! Só por isso já sabe que ela é culpada.

Enquanto seu pai a levava junto em seus roubos, ela não tinha

escolha. Um participante relutante. Ela soltou uma risada amarga.

Aliás, ela era uma participante involuntária da vida.

E aqui ela se sentou, apodrecendo.

A fechadura da sua porta zumbiu.

Levantando-se, ela se preparou para a próxima rodada de luta

contra qualquer animal que eles estivessem prestes a lançar sobre

ela.

Pelo menos seu pai e sua irmã a ensinaram a lutar. Por isso, ela
era infinitamente grata.

A porta se abriu.

O choque a prendeu no chão. O homem à sua frente era alto,

lindo e vestido de preto sobre preto naquele ameaçador uniforme de

assassino que ela odiava com cada fibra de seu ser.

Sem uma palavra, ele se aproximou dela.

Quando ela foi socá-lo, ele pegou sua mão e a puxou para frente.

— Eles estão nos observando. Desculpe. —Essas palavras eram

quase inaudíveis quando ele a pressionou contra a parede e algemou

suas mãos atrás das costas. — Faça o que eu digo e lute se quiser.

Faça isso parecer real.


— Okay ...

Ela estava totalmente perplexa com o jogo dele.

— Solte-me! —Ela tentou se libertar, mas ele era forte. Ainda

assim, ela foi capaz de dar uma cabeçada nele.

Ele soltou uma maldição vil antes de pegá-la e jogá-la por cima

do ombro. Os guardas ao redor deles estavam tão atordoados

quanto ela.

No entanto, ninguém disse nada enquanto ele a carregava para

fora da prisão e para a baía de desembarque.

— Para onde você está me levando?

— Você está sendo transferida.


— Para onde?

— Isso importa? —Ele a colocou ao lado de uma nave negra

impressionante. — Entre.

— Como? Você algemou minhas mãos.

Um tique trabalhou em sua mandíbula.

— Quando eu a libertar, não corra. —Ele olhou por cima do

ombro, onde vários guardas os observavam. — Eles vão atirar para

matar se você fizer isso.

Mesmo assim, Jayne considerou. Eles podem errar ...

Mas ela não queria morrer aqui.

Ainda não.
Assentindo, ela se virou e lhe ofereceu as mãos.

Ele desfez as amarras, então se afastou enquanto ela subia a

bordo de sua embarcação.

Ela teve o pensamento de bloqueá-lo e derrubá-lo, mas o

bastardo era rápido como um relâmpago. Ele a seguiu escada acima

e estava na cabine mais rápido do que ela conseguia localizar os

controles do de comando.

Ele colocou o capacete primeiro, depois ofereceu a ela.

— Seu nariz está sangrando, —disse ela grosseiramente.

Embora ela não sentisse nenhuma satisfação por ter causado isso.

— Não fale. —Ele rapidamente fechou o velame, então passou


por suas verificações pré-voo.

— E.A. Fury solicitando autorização.

Ele esperou que eles o liberassem antes de ligar os motores.

Apesar do desejo de derrubá-los, Jayne se conteve. Seria inútil matar

os dois.

Mas se ele não se explicasse logo, ela reavaliaria seu desejo de

viver.

O lançamento a jogou de volta em seu peito. Ela estava

desesperada por respostas.

Maldito seja.

Uma vez que eles saíram da órbita e estavam no espaço, ele


acionou um interruptor na frente dela.

— Agora você pode falar e eles não podem nos ouvir.

Bem, isso explicava seu silêncio. Mais ou menos.

— Porque estou sendo transferida?

— Porque eu presumi que você não queria cumprir o resto de

sua sentença naquele buraco do inferno.

— Perdão?

Ele não disse uma palavra enquanto programava as

coordenadas para o planeta natal de sua irmã.

Atordoada, Jayne olhou em total descrença. — Você está me

levando para o posto avançado de Trigange?


— A menos que haja algum outro lugar que você prefira ir.

Jayne tentou se virar e vê-lo, mas não havia espaço suficiente

nem mesmo para olhar por cima do ombro.

— Você vai me deixar ir?

— O termo apropriado é que eu acabei de tirar você da

segurança máxima. Então, você pode querer ficar escondida por

muito, muito tempo. Alterar o seu nome ... definitivamente

encontrar uma nova carreira.

— Não entendo.

Jinx soltou uma risada amarga. Nem ele.

Na verdade, não. Isso era todo tipo de suicídio. Mas que porra
é essa?

Ele já estava morto.

— Estou retribuindo um favor.

— Eve? —ela perguntou.

— Sim. —E o que mais o doía era o quanto Jayne parecia com

sua irmã. A única diferença real era que sua pele era mais clara. Seus

olhos mais escuros.

Mas não havia dúvidas sobre o relacionamento delas. Eve devia

ser muito parecida com ela naquela idade.

Como ele desejou ter conhecido Eve então. Antes que a vida a

transformasse na mesma assassina brutal que ele era.


Não querendo pensar nisso, ele se inclinou para trás e fechou os

olhos. Em sua mente, ele conjurou o olhar no rosto de Eve quando

ela visse sua irmã novamente.

Isso seria uma coisa de verdadeira beleza.

E era uma imagem que ele planejava levar para o túmulo.

— Você realmente vai me liberar?

— Eu vou.

Jayne soltou um suspiro feliz.

— Sinto muito pelo seu nariz. Espero que você não use isso

contra mim.

— Está tudo bem. Eu mal sinto isso.


Então, para sua total surpresa, ela se aninhou em seu colo e

adormeceu.

Atordoado por suas ações inesperadas, ele fez uma careta.

Ninguém jamais havia confiado nele assim desde que sua irmã foi

arrancada de seus braços. A garota era todo tipo de estúpida.

E, no entanto, ele não tinha intenção de machucá-la. Ela

provavelmente estava em alerta máximo desde o momento de sua

prisão e esta é a primeira vez que ela pode baixar a guarda.

Afinal, se ele pretendia machucá-la, não havia nada que ela

pudesse fazer para detê-lo.

Mas você teve que quebrar meu nariz?


Por outro lado, ele tinha feito muito pior por muito menos.

Não querendo pensar nisso, ele não falou enquanto se dirigia o

mais rápido possível para o posto avançado de sua irmã.

EVE TINHA ACABADO de se vestir quando ouviu uma batida na

porta.

Desconfiada, ela pegou sua blaster e foi até ela para poder

checar seu vídeo. Por um minuto inteiro, ela não conseguiu respirar

ou acreditar em seus olhos.


— Evie?

Com o coração disparado de emoção, ela abriu a porta para

encontrar sua irmãzinha no corredor, vestida com roupas largas que

mal serviam nela.

— Jayne?

Ela caiu em seus braços com um soluço.

Aterrorizada, ela puxou Jayne para dentro e trancou a porta.

— Querida, o que aconteceu?

Jayne se recompôs com um suspiro irregular.

— Seu amigo da Liga, ele me libertou.


— Meu ... —A voz de Eve sumiu quando ela percebeu que só

conhecia uma pessoa na Liga. — Jinx?

— Ele disse que seu nome era Fury.

Confusa, ela olhou para sua irmã.

— Alto. Cabelo loiro quase branco?

— Sim. Assustador pra caralho.

Esse era o Jinx.

— Não entendo ...

Jayne sorriu com os olhos cheios de lágrimas. — Eu também

não. Ele me disse para ficar escondida e ter cuidado. —Franzindo o

nariz, ela puxou a blusa larga. — Não tenho certeza de quem são as
roupas que ele me deu, mas não me importo. É tão bom ter algo

diferente daquele uniforme horrível que não vou questionar.

Não, mas Eve iria.

Devolvendo o sorriso de sua irmã, Eve esfregou seu cabelo.

— Por que você não toma um banho e pega emprestado o que

quiser do meu armário?

— Isso parece incrível. Obrigada!

Eve esperou que Jayne saísse da sala antes de pegar seu link e

ligar para Jedi.

—Sim, chefe?

— Eu preciso de um favor.
— Toda vez que você diz essas palavras, juro que minhas bolas

rastejam de volta para o meu estômago.

Eve bufou para ele.

— Seu amigo, Syn ...

— O que tem ele?

— Você pode me enviar o número dele.

— Porquê? —Jed estava sempre desconfiado. Uma

característica Tavali ruim que ele nunca conseguia se livrar.

— Tenho alguém que quero que ele rastreie para mim.

— Ah ... enviando-o agora.


— Obrigado, Jed.

— A qualquer hora.

Eve desligou e então hesitou. Syn era um ladrão e especialista

em tecnologia renomado. Até hoje, ela não tinha certeza de como

Jed havia feito amizade com um personagem tão superficial.

Honestamente, ela não queria saber.

Por causa da reputação de Syn, ela sempre manteve uma boa

distância dele. Mas para isso ...

Requeria alguém abençoado com suas habilidades.

Com uma respiração profunda para acalmar seus nervos, ela

chamou sua frequência. Demorou quase um minuto para ele


responder.

— C.I. Syn.

— Oi ... meu nome é Eve Erixour.

— Véspera da Destruição?

Ela arqueou uma sobrancelha em seu tom profundo, surpresa

que ele soubesse seu apelido.

— Você já ouviu falar de mim?

— Poucos não ouviram. O que posso fazer para você?

— Tenho alguém que preciso rastrear.

— Jedi poderia fazer isso por você.


— Não este alvo. Está acima de seu conjunto de habilidades.

— Okay. De quem estamos falando?

Eve hesitou, sabendo que isso iria irritar Jinx infinitamente.

Mas ela tinha que encontrá-lo e agradecê-lo.

— Ele é um assassino da Liga.

O silêncio total a respondeu.

— Olá?

— Estou aqui. Só tive que pegar meu queixo do chão. Você disse

assassino?

— Sim. Consegue fazer isso?


— Com certeza. Mas posso perguntar porquê?

Ela bufou com a pergunta dele.

— Eu preferiria não dizer.

— Tudo bem. Dê-me o que você tem e verei o que posso

fazer.

JINX PAROU QUANDO ele entrou no pátio para seu quartel e

encontrou seu caminho bloqueado por outro assassino.

Um em um uniforme marrom.
Cerrando os dentes, ele teve que se esforçar para não quebrar os

dentes do pequeno bastardo. Ele poderia superar o garoto, mas o

mesmo tinha uma influência política que definitivamente lhe

faltava.

Quando Jinx tentou contorná-lo, ele se moveu e bloqueou seu

caminho novamente.

— Sério, Quiakides? Nós estamos jogando isso?

Nykyrian assentiu. — Preciso falar com você, em particular.

Cada instinto que ele tinha ficou em alerta máximo.

— Nós não somos amigos.

Eles nem eram amigáveis.


Nykyrian sorriu. — Agora, nós somos. Me siga.

Jinx não tinha certeza disso. Seguir outro assassino para uma

área privada geralmente acabava com um deles tendo um dia ruim

...

E o outro morto.

Mas sua curiosidade o impulsionava com esporas.

Então, ele o seguiu ... com uma mão em seu blaster e a outra

em sua faca. Apenas no caso de.

— Você sabe que eu supero você, Quiakides.

O meio-Andarion zombou, o que realmente não melhorou seu

humor ou aliviou suas suspeitas. Porra, Sav estava certo. Eles


tinham a mesma altura. Até tinha cabelos brancos combinando.

Mas Nykyrian tinha presas de Andarion e porque ele era muito

mais jovem, sua constituição era muito mais magra. E ele não deu

sinais de parar tão cedo.

— Você está planejando me levar para o outro lado do planeta?

Nykyrian suspirou pesadamente.

— Quero que estejamos fora do alcance de monitoramento.

Ele compreendia isso.

No entanto, quando o garoto tentou puxá-lo para um depósito,

ele recuou.

— O que você está fazendo?


Nykyrian estendeu as mãos.

— Eu não vou machucá-lo.

— Acredite em mim, garoto. Você teria dificuldade em fazer

isso.

— Eu sei, e é por isso que não tenho intenção de começar

nenhuma merda.

Talvez, mas Jinx ainda estava desconfiado como o inferno. —

Porque eu deveria confiar em você?

— Porque eu sei o que o primeiro-ministro está fazendo no que

diz respeito a você e achei que você também gostaria de saber.

Okay, essas eram as palavras mágicas.


— E o que ele está fazendo?

Nykyrian apontou o queixo para a porta. — Entre, feche isso, e

vamos conversar.

Mesmo que provavelmente fosse uma má ideia, ele obedeceu.

Em seguida, observou Nykyrian pegar um bloqueador e ligá-lo.

— Alguém tão paranóico quanto eu. Não pensei que eles

tivessem feito um animal assim.

Nykyrian não achou graça. — Não somos todos?

O jammer ou bloqueador de sinal é um aparelho eletrônico capaz de criar um sinal próprio com banda
larga, de modo que a alta intensidade cria uma espécie de bolha ao redor do dispositivo, poluindo a frequência de sinal de outros emissores
dentro dela.
Provavelmente.

Jinx manteve a mão na faca e cruzou os braços.

— Então, o que você sabe?

Dado que o PM era o pai de Nykyrian, ele provavelmente sabia

muito.

Nykyrian entregou-lhe seu link.

— Huwin descobriu quem é sua família.

— Não é como se fosse um segredo.

— Não, mas geralmente quando um príncipe é recrutado para o

nosso serviço, todos sabem disso e está documentado.


Como Kyr Zemin. Eles não apenas sabiam, como geralmente

os tratavam um pouco melhor também.

Mas dado que seu mundo foi derrotado e ninguém tinha

utilidade para ele, ele nunca se preocupou em mencioná-lo.

Ao contrário de Kyr, ninguém se importaria se ele morresse. Foi

por isso que ele foi vendido.

— O que isso tem a ver com alguma coisa?

— Você é o herdeiro legal da Eufora.

— Eu sei quem eu sou. Então?

— Se você fosse para casa ...

— Eu seria morto ou preso. Não tenho poder político ou


influência lá.

Nykyrian deu a ele um olhar divertido.

Ele devolveu-lhe na mesma medida.

— Olha, eu sou bom, mas não sou estúpido. Eu sou um homem.

Meu irmão tem um exército.

— E você poderia influenciar esse exército ou mais ao ponto,

subir alto o suficiente na Liga para derrubar Tobin e usar nosso

exército para recuperar seu trono ... é disso que Huwin tem medo.

— Incrível. —Jinx suspirou. — Para constar, não tenho

interesse em assumir o trono do meu irmão ... Estou farto de

política.
— Não importa.

— Então não tem como fazer o PM se retirar?

— Possivelmente. Mas não tenho certeza se você estaria

disposto a fazer isso.

Isso fez o cabelo na nuca se arrepiar.

— Como assim?

— Seria necessário um juramento de lealdade e você teria que

assinar documentos dando à Liga o controle de todos os seus

territórios.

Jinx bufou.

— Desde que o primeiro-ministro concorde em manter minha


irmã segura, ele pode ficar com eles.

— Seu povo vai odiá-lo, se você fizer isso.

Não era como se eles já não odiassem seu irmão. Tobin os havia

levado de um dos impérios mais ricos para a pobreza absoluta. A

única razão pela qual eles não foram invadidos e ultrapassados

foram os subornos que seu irmão pagou ... que os levou à falência.

ainda mais.

Sem mencionar a verdadeira razão pela qual ele não se

importava.

— O que eles fizeram por mim? —Eles ficaram de lado e

permitiram que seus pais fossem massacrados, ele fosse vendido e


sua irmã fosse presa.

Foda-se eles.

Além disso, seu pai havia pedido para ele cuidar de Dakari. Não

o povo deles.

Nykyrian inclinou a cabeça.

— Então falarei em seu nome e providenciarei isso.

Embora grato pela ajuda, ele ainda não entendeu.

— Porque você está me ajudando?

— Porque você tirou Jayne Erixour da prisão?

Jinx se aproximou dele.


— Não sei do que você está falando, garoto.

Sem vacilar ou atacar de volta, Nykyrian ergueu as mãos

novamente.

— Sim, você sabe. Mas não se preocupe. Nunca vou contar a

ninguém. Eu só quero saber o porquê.

— O que te faz pensar que eu sei quem é Jayne Erixour?

— Porque a irmã dela está procurando informações sobre você

para que ela possa te agradecer por isso.

Espantado que Eve se importasse o suficiente para lhe procurar,

ele não conseguia nem pensar em uma mentira lógica.

Eve estava procurando por ele?


Esse pensamento trouxe a sensação mais estranha em seu peito.

Jinx não conseguia nem começar a identificar a que emoção deveria

estar ligada. E precisou de tudo para não demonstrar qualquer

emoção naquele momento.

— Vamos, Shadowborne. Eu não sou idiota. Nenhum assassino

com seu posto e habilidades simplesmente jogaria tudo fora por

alguém que ele não conhece.

Colocando seu blaster no coldre, ele deu de ombros. — Sou um

homem morto. Que diferença faz?

— Porque eu sou a única pessoa que pode chamar os cães atrás

de você.
— Porque você faria isso?

— Diga-me por que você a poupou, primeiro.

— Não foi certo ou justo.

Nykyrian assentiu.

— É por isso que estou ajudando você. —Ele empurrou os

óculos escuros para o alto da cabeça para revelar aqueles olhos

perturbadoramente humanos. — Estou cansado de matar sob

comando e ver os outros sofrerem sem motivo. Eu sabia que não

estava sozinho em meus pensamentos e só queria uma prova.

— Então estamos de acordo?


Nykyrian estendeu o braço para ele.

— Farei com que Huwin se afaste de você. Sua ganância sempre

substitui sua paranóia. Faça o que eu disse e ele acabará com essa

estupidez.

Enquanto ele balançava o braço, Jinx percebeu algo.

— Você odeia seu pai.

Ele não disse uma palavra, mas a rigidez repentina e sutil em

seu aperto antes de soltá-lo disse tudo.

Nykyrian deu um passo para trás. — Da próxima vez que quiser

ajudar um civil, me avise.


— Porquê?

— Tenho um amigo que pode ajudar a cobrir os rastros. —Ele

estendeu uma ficha para Jinx. — Você deixou um rastro de um

quilômetro e meio com Jayne. Essa é a única cópia da filmagem e

corrigimos a papelada para que ninguém saiba que foi alterada ...

Fury.

— Ainda não entendo porque você está fazendo isso.

Nykyrian cruzou os braços sobre o peito.

— Também não entendo por que você fez o que fez. Acho que

isso nos deixa quites.

— Acho que sim.


E com isso, Nykyrian o deixou sozinho.

Jinx pegou seu leitor que a Liga não sabia que ele tinha e

colocou o chip.

Ele estremeceu ao ver a filmagem que o teria prendido e

executado. — Como pude ser tão estúpido?

Jinx sabia melhor.

Ele também sabia porquê.

Emoções. Nunca deixe suas emoções governarem suas ações.

Quantas vezes isso foi perfurado nele? Se não fosse por

Nykyrian e seu amigo não identificado. . .


Ele não queria pensar nisso. Então ele puxou o chip, o esmagou

sob sua bota. Em seguida, o engoliu.

No momento em que ele cagasse, estaria totalmente destruído e

ninguém jamais saberia sobre isso. Desde que Nykyrian não

estivesse mentindo e não houvesse mais cópias.

Deus, como ele odiava confiar em alguém. Qualquer um.

Você confia em Sav.

Mas apenas em alguns dias e não com tudo.

Se Nykyrian o quisesse morto, ele poderia ter feito isso e conseguido um

avanço de classificação.

Entregá-lo teria conquistado muitos favores para o garoto com


o comando deles. Em vez disso, Nyk o avisou e cobriu seus rastros.

Acho que tenho um amigo, afinal.

NYKYRIAN PUXOU seu link seguro que ele manteve

completamente em segredo. — Sim, ele pegou.

Syn soltou um suspiro pesado.

— Tem certeza que pode confiar nele?

— Não.

— Então porque você se abriu para esse tipo de problema?


— O que ele vai fazer? Me matar?

Jinx não seria o primeiro a tentar. Sua própria mãe o havia

deixado para morrer.

Huwin tentou matá-lo quase todos os dias desde que o filho da

puta doente o adotou.

Se havia uma coisa que Nykyrian entendia, era a sobrevivência.

O que ele não compreendia era bondade. Misericórdia.

— Ainda não sei por que ele a salvou.

Syn bufou.

— Acho que foi pela mesma razão que salvei você. Somos todos

idiotas com um desejo de morte.


Talvez.

— Então, —Syn continuou, — eu digo ao Jedi onde encontrar

Shadowborne?

— Não. Tenho a sensação de que ele vai encontrá-las ... se ele

quiser. Caso contrário, ele já está na merda o suficiente. Não

quero colocá-lo em perigo por algo tão trivial quanto gratidão.

— A gratidão não é trivial.

— Talvez, mas não vale a pena matá-lo para expressar isso.

Meio que derrota o propósito.

Syn riu.
— Isso é verdade e eu tenho que dizer que vocês idiotas têm uma

vida fodida.

Nykyrian não poderia concordar mais. E quando ele viu outro

oficial se aproximando, ele ficou tenso.

— Tenho que ir. —Ele cortou a transmissão e rapidamente

escondeu seu link.

Se ele fosse pego com um dispositivo não autorizado de

qualquer tipo, eles o executariam. E enquanto ele era muito bom em

lutar, este assassino não apenas o superava ...

Ele era um Andarion puro-sangue.

Sendo um meio-sangue, ele estava bem ciente de sua força e


habilidades. Isso sem o treino da Liga.

Embora Nykyrian pudesse ser muito bom, eles geralmente eram

melhores. E ele era muito mais jovem do que o homem que se

aproximava dele.

Então, ele respeitosamente o saudou.

— Senhor!

— À vontade.

Nykyrian tirou os óculos escuros e rapidamente se levantou com

os pés afastados e as mãos cruzadas atrás das costas.

— Você me conhece? —o Andarion perguntou.

— Não, senhor.
Como ele continuou a usar seus óculos de sol, Nykyrian não

tinha como lê-lo. Não que isso importasse. Todos eles foram bem

instruídos sobre como manter todas as emoções escondidas.

Era também por isso que apenas assassinos de escalão inferior

tinham que tirar os óculos escuros na presença de seus escalões

superiores. O que sempre o irritou, pois dava a seus oficiais

superiores uma desculpa útil se eles quisessem atacar alguém abaixo

de sua posição sem motivo.

Fui desrespeitado por sua expressão. Ou reviraram os olhos.

Embora eles realmente não precisassem listar um motivo, pois

qualquer superior poderia atacá-los aleatoriamente sem qualquer


punição.

A única coisa que os salvava era que, se um assassino superior

começasse a merda, eles estavam livres para revidar.

E se eles os matassem, era uma promoção automática. Isso por

si só impediu que a maioria dos veteranos atacasse os escalões

inferiores que viam como concorrentes.

Então, quando o Andarion tirou os óculos escuros, Nykyrian

ficou chocado.

— Meu nome é Savage.

— Okay ...

Ele esperou que o comandante continuasse.


— Estou curioso, Quiakides. Se você odeia tanto seu pai, por

que salvou a vida dele?

Sabendo que provavelmente deveria manter a boca fechada, ele

respondeu com a única verdade.

— Eu mereço o direito de matá-lo. Eu ganhei isso. Ninguém

mais vai tirar isso de mim.

Savage realmente engasgou.

— Droga ... você é um filho da puta de sangue frio.

— Tenho Andarion o suficiente em mim para desejar o dia em

que possa sentir seu sangue escorrendo por meus dedos.

Savage assentiu.
— Sinto a sua dor, irmãozinho. Mas você sabe o que os

Andarions diz sobre vingança?

— Pleitylent yhatte ghyspyłte ynya skiłia vâkani, útan pleitylent acao

bauett hyacæ yweliani drexen eist. — A vingança de sangue derramou

queimaduras quentes até os ossos, mas a vingança de sangue servida fria

acalma até as almas mais maltratadas.

Sua resposta deve ter divertido Savage, que tossiu para disfarçar

o riso. — Na verdade, eu estava pensando mais ao longo das linhas

de: Cuidado com a espada da vingança, pois sua lâmina é tão afiada na

parte de trás quanto na frente. Sem visão, não vê o que bate, nem sente a dor

que causa. Ele prova cada pedacinho do sangue que tira e chora mais, mais,
mais. Pois uma vez iniciado, seu apetite torna-se insaciável. Portanto, pense

duas vezes antes de agarrar esse punho e descobrir que sua mão está presa a

um destino que tem tanta probabilidade de atingir aquele que o empunha

quanto aquele que deve ser abatido.

— Isso pode significar alguma coisa se eu me importar em viver.

Savage inclinou a cabeça para ele.

— Então eu tenho uma proposta para você.

— Isto é?

— Há um grupo de nós que quer ver a Liga demolida. Já

estamos fartos de sermos seus lorinas enjaulados, enviados para

matar sem consentimento ou escolha. Está interessado?


— Absolutamente.

Savage entregou-lhe um cartão.

— Esse é meu número. Avisarei sempre que tivermos uma

reunião. Mas você nos trai e não teremos piedade de você.

— Não traio ninguém que não mereça.

Ele inclinou a cabeça e colocou os óculos de sol de volta, então

se virou para sair.

Nykyrian o deteve.

— Posso fazer uma pergunta?

— Você pode perguntar.


— Shadowborne é um membro do seu grupo?

— Por que você quer saber?

— Se ele não é, você pode querer pensar sobre isso. Ele parece

um cara decente.

— O que te faz pensar isso?

— Huwin o quer morto. Se ele fosse um animal, Huwin não se

importaria. É a humanidade em Shadowborne que o assusta.

— Vou manter isso em mente.


EVE SUSPIROU enquanto esperava que a alfândega a liberasse.

— Não acredito que deixei você me convencer disso. —Ela

olhou para Jedi que estava ao seu lado.

— Relaxe. É uma carga legítima.

Por que ela duvidava disso?

Porque os Tavali nunca têm carga legítima.

Como ela odiava precisar tanto de dinheiro que estava presa

fazendo serviços para piratas.

Sem mencionar sua sorte de merda. Como ser escolhida

aleatoriamente para revistar sua carga na única vez em que

concordou em fazer isso por Jed.


— É melhor que seja, —ela rosnou.

— Meu irmão não mentiria para mim.

Essas palavras mal saíram de seus lábios antes que um grupo de

executores os cercasse.

Eve agiu indiferente. — Há algum problema?

O sargento estreitou o olhar sobre ela.

— Você está transportando contrabando que é um crime de

Classe A neste sistema.

Boquiaberta, ela olhou para Jedi.

— Não, —ele gaguejou. — Confira o manifesto!


— Nós fizemos e não corresponde ao conteúdo.

Ela queria estrangular seu SIC ... e seu irmão. — Você está

falando sério? Achei que você tinha verificado.

— Eu verifiquei.

— Cada peça?

Jedi abriu e fechou a boca como um peixe fora d'água.

— Bem, não. Nem todas as peças, mas meu irmão jurou para

mim que eram apenas suprimentos médicos comuns.

— Seu irmão é um idiota.

Jed não discutiu. E Eve não cedeu.


— O que você inspecionou?

Jedi rangeu os dentes. — A peça que meu irmão me deu.

Ela amaldiçoou baixinho.

— Como você pode ser tão crédulo?

— Ele é meu irmão.

— E seu irmão acabou de lhe dar uma sentença de prisão

perpétua. —O sargento apontou o queixo para eles.

Excelente. Eu tiro Jayne para que eu possa tomar o lugar dela ...

— Pare! —Aquela voz profunda e ressonante soou para impedir

os policiais de algemá-los.
Eve não conseguia respirar ao reconhecê-lo.

Jinx.

Ela reconheceria a voz dele em qualquer lugar.

Com o coração batendo forte, ela se virou para vê-lo se

aproximando. Sua presença era dominante.

Sem reconhecer ela ou Jedi, ele parou na frente do sargento e

cruzou as mãos sobre o peito.

— O que você está fazendo?

— Prendendo criminosos.

Jinx balançou a cabeça.


— Você está interferindo em uma operação da Liga. —

Curvando o lábio, ele varreu todos eles com um sorriso de escárnio.

— Você percebe que acabou de estragar uma operação de três anos

com sua estupidez suprema?

Agora o sargento estava duplicando a gagueira de Jedi.

— O-o-o-o quê?

— Eles são agentes infiltrados para nós. Você tem sorte de eu

não estar prendendo você.

O sargento ordenou imediatamente a seus executores que os

libertassem. Com a cor desaparecendo de seu rosto, ele se virou para

Jinx.
— Há mais alguma coisa que eu possa fazer por você,

Comandante?

Jinx não quebrou nenhum de seu comportamento brutal.

— Anote o Remorseless e sua tripulação e certifique-se de nunca

mais incomodá-los.

— Sim senhor!

Eve não disse uma palavra até que o sargento e todos os seus

executores estivessem fora do alcance da voz.

— Legal. Estou trabalhando com a Liga agora?

Um canto de sua boca se ergueu em um quase sorriso.

— Prefere a alternativa?
— Não. —Ela olhou para Jedi. — Ei, querido, por que você não

vai inspecionar aquela carga com a qual seu irmão nos incriminou?

— Eu prefero ... —Sua voz sumiu quando ele alcançou sua linha

de pensamento. — Na verdade, vou pegar uma bebida para acalmar

meus tremores de cagar nas calças. Volto em cerca de uma hora?

Ela piscou para ele.

Jed decolou tão rápido que praticamente deixou um rastro de

vapor.

Ela pegou a carranca de Jinx quando ela torceu o dedo para que

ele a seguisse. Jinx sabia que ele deveria ir embora. Ele fez o que

veio fazer e agora. ...


Eu sou uma idiota.

E ele estava prestes a se tornar ainda maior quando a seguiu

para dentro da nave.

Ela apertou o gatilho para chamar sua rampa, então o agarrou

tão rápido que ele ficou preso na parede enquanto ela o beijava sem

sentido.

— Eve ...

— Cale a boca e fique nu.

Ele sibilou enquanto ela lambia sua garganta. Incapaz de

aguentar, ele a levantou até que ela estivesse na altura dos olhos dele

— Você sabe que isso é suicídio, certo?


Ela tirou os óculos de sol dele para que ela pudesse olhar em

seus olhos.

— Diga-me, agora mesmo, que você não sente por mim o que

eu sinto por você e nunca mais o verei.

Apenas o pensamento dessas palavras o deixou mal do

estômago.

— Mas se você sentiu a mesma dor solitária que eu senti pelo

fato de nunca mais me ver, então não me afaste.

Ele não podia negar que ela estava certa. Era exatamente assim

que ele se sentia a cada segundo que estavam separados.

— Eu não quero te machucar ou fazer com que você se


machuque.

— A única maneira de fazer isso é me dizer que não se importa

e me deixar.

Ele engoliu em seco quando o medo e a dor se alojaram em sua

garganta.

— Eles vão matar você.

Ela torceu o nariz para ele.

— Eu sou difícil de matar, docinho. Deixe-os tentar.

Fechando os olhos, Jinx se condenou por sua fraqueza.

— Eu te amo, mi amita Evara.


Eve havia aprendido Euforian o suficiente para entender que

Evara era uma forma de estimação de seu nome.

— Mi amita?

— Minha querida.

Ela sorriu para ele enquanto sentia o calor se espalhando por

todo o seu corpo.

— E eu te amo, mi amita.

Ele riu. — Mi amito. Amita é feminino.

Devolvendo sua risada, ela mordeu suavemente seu lábio

inferior.
— Veja pelo lado positivo, Jinx. Você sabe que estou disposta a

morrer por você.

Ele segurou o rosto dela em suas mãos. — Não, Eve. Eu quero

que você viva para mim. Isso é tudo que eu peço.

E quando ele a beijou dessa vez, ela soube que tinha feito o

impossível.

Ela reivindicou o coração do inatingível. E Jinx também.

Nenhum deles jamais quis se apegar a alguém que poderia

perder. Aqui estavam eles.

Ferrados.

Mas acima de tudo, ela sabia que ambos estavam dispostos a


desafiar tudo e qualquer um para ter um ao outro.

Para arriscar suas vidas para ficarem juntos.

Quantas pessoas poderiam fazer isso?

FIM
Lista de Reprodução
EVE OF DESTRUCTION

1 - Monsters: Shinedown
https://www.youtube.com/watch?v=EzsCb7ZwlQ0

2 - Black Soul: Shinedown


https://www.youtube.com/watch?v=lwnyHTmyEhY

3 - Outcast: Shinedown
https://www.youtube.com/watch?v=Mv_J2GbMZac

4 - I Won't Back Down: Burn Halo


https://www.youtube.com/watch?v=FB0tU9-1QBY

5 - Rise Again: Bobaflex


https://www.youtube.com/watch?v=a9RsaI77C9M

6 - The World I Know: Collective Soul


https://www.youtube.com/watch?v=n7TLTjqUyog

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