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QUENTE DO
VAMPIRO
(HOT VAMPIRE SEDUCTION)
Série
VAMPIRE WARDENS
LIVRO DOIS
Ah. Isso explicava a reação dela. Não é todos os dias que uma
cidade tem um serial killer à solta. A imprensa deveria estar agindo
como piranhas perseguindo uma história, pensou ele.
− Não sou da imprensa. – Aiden logo esclareceu.
− Sim. − disse ela, piscando para ele, com aqueles lindos olhos
cor de avelã derretendo nos seus. − Sim, tudo bem. – Aiden deixou
sua mente e ela piscou novamente, seu olhar baixando para as mãos
unidas, em seguida, ergueu-as.
1
Jack, o Estripador e Jeffrey Dahmer - dois seriais killers famosos. Jeffrey Dahmer assassinou 17
homens e garotos entre 1978 e 1991. Seus crimes envolviam estupro, necrofilia e canibalismo.
− Jed estava dormindo, não é o que chamo de proteção,
especialmente quando você está fazendo uma pesquisa valiosa sobre
um serial killer. − A voz dele baixou. − Você se encaixa no perfil das
vítimas demasiadamente bem para ficar exposta. Não só é uma
mulher jovem, bonita, mas está diretamente no caminho do
assassino. − Um calafrio de alerta atravessou sua coluna, o elogio
deslizando por ela, enquanto a ameaça de perigo não.
− Sou dez anos mais velha do que as vítimas.
Uma hora mais tarde, vestida com uma saia preta curta que
chegava até o meio da coxa, blusa de seda vermelha vibrante, sem
mangas, com um decote profundo em V, Kelly parou o Ford Fusion no
estacionamento com um parquímetro, a um quarteirão do clube no
centro de Austin, na Rua Cinco, Warehouse District com a Rua Seis.
Entendeu o que Derek falou em seu laboratório. Ela, de fato, se
ajustava ao perfil do assassino, fora a sua idade é claro, mas Kelly
sabia que poderia vestir-se para parecer mais jovem, e desempenhar
o papel de uma garota de faculdade. Decidiu frequentar os três
clubes e obter uma amostra do Blood Red antes que alguém mais
morresse.
− Aiden, ah, oi. Aqui é Kelly de, bem, aqui é Kelly. Descobri
sobre vários bares onde uma droga chamada Blood Red está sendo
vendida. De qualquer forma, já que você não está disponível vou
investigar eu mesma. Então, bem, obrigada. Tchau. − Começou a
desligar e hesitou, novamente sentindo-se obrigada, ou talvez com
medo o suficiente, para dizer mais. − Estou ligando do bar
Crepúsculo na Rua 5.
− Nós estamos indo para a Rua Cinco, − ele disse para Troy. −
ara um lugar chamado Crepúsculo.
Isso não era sobre seu desconforto. Isso era para salvar vidas.
O homem por trás dela afastou seu copo vazio e o substituiu por um
cheio, então se inclinou perto do seu ouvido, o hálito quente em seu
pescoço.
− Aproveite. − Um tremor de mal-estar, igual ao que ela sentiu
dentro do laboratório com Derek, correu-lhe pela espinha. O primeiro
homem, Alex, apoiou um cotovelo na mesa, perto também. Ela foi
ensanduichada entre eles e perguntou-se por que pensou que isso
era uma boa ideia.
− O que traz uma garota bonita como você a um bar sozinha?
Alex virou bruscamente, mas não disse nada. Ele deu um passo
para a esquerda, para longe dela e Kelly ficou chocada ao ver o
detetive Wright de pé, em frente a ela. Lentamente seus lábios
curvaram em um sorriso sardônico, ele a agarrou e puxou contra ele,
deslizando a mão em seu cabelo.
− Sabia que você viria aqui.
− O quê? – Ela piscou.
Wright baixou a boca um pouco acima da dela.
Ela fez tudo o que podia para não afastá-lo, para não morder a
língua dele quando a deslizou em sua boca. E quando a mão dele
apalpou seu seio, mal conteve um grito de fúria. De alguma forma,
porém, lembrou que ele conseguiria uma amostra da droga que ela
precisava para ajudar a salvar vidas. Ela suportaria, iria sobreviver.
De repente, ele afastou a boca e agarrou sua mão.
− Venha comigo.
− Ele está atrás dela, com certeza. − Disse Troy, quando Aiden
colocou Kelly no sofá de couro preto que alugaram, junto com a casa
de estilo vitoriano no centro.
− Você está cem por cento certo sobre isso. Ela, ou está muito
perto de descobrir o segredo por trás do seu pequeno coquetel de
sangue, ou ele simplesmente tem os olhos postos sobre ela.
Kelly focou seu olhar em Troy, curiosa com o tom. Seu rosto
era forte e esculpido como Aiden, mas seus olhos eram diferentes,
perderam a delicadeza que ela via em Aiden. Troy era frio como o
gelo, duro como aço, e ela leu nas entrelinhas.
Ele olhou para ela por vários minutos e depois olhou para o
irmão.
− Não vou deixar nada acontecer com você. Quis dizer isso
quando afirmei que morreria para salvar sua vida.
A porta do banheiro abriu e Kelly saiu lá, com o rosto limpo sem
maquiagem, vestindo uma camiseta vermelha escrito 'I love Paris',
que chegava até os joelhos, e, felizmente, cobria mais dela do que a
roupa que usou no bar. Isso não o impediu de querer ver o que havia
embaixo dela, e silenciosamente se amaldiçoou, até mesmo por
pensar nessa direção.
− Você estava certa sobre a busca por Andres ser pessoal para
Troy, mas é a história dele para contar ou não contar. − Aiden
finalmente continuou. − Mas houve uma mulher, uma traição e muito
mais. Não é uma história bonita. Ele está confuso sobre a coisa toda
e acredita erroneamente que Andres, de alguma forma, lhe dará as
respostas e nem mesmo sei para quê. Ele sabe que se envolver
pessoalmente no caso é arriscado, e nem sequer consegue ver o
risco. É perigoso Kelly, para ele e para você também. Não poderá
ajudar ninguém se não estiver viva.
− Eu sei. − disse ela. − Sou uma pensadora lógica, uma pessoa
de fatos, mas, mesmo assim, às vezes, meu passado encontra um
caminho dentro da minha cabeça.
− Obrigada. Já deveria ter dito isso. Estou feliz que você estava
no bar e por estar aqui agora.
− Sim. − Disse Aiden, mas ele sabia que poderia ser diferente.
Ele baixou a guarda, comprometendo a segurança dela.
Ele pegou sua camisa do chão e entregou a ela.
Ela sentou o olhar indo para a cadeira que estava vazia, então
ao redor do quarto, e descobriu que estava sozinha.
2
Captain ou Cap'n Crunch é uma linha de produtos adoçados de cereais, milho e aveia introduzido em
1963 e fabricado pela Quaker Oats Company, uma divisão da PepsiCo desde 2001. A linha de produtos é
anunciado por um mascote dos desenhos animados chamado Cap'n Crunch, um capitão de mar (nome
completo: Horatio Crunch Magalhães).
abria as pernas em cima do balcão da cozinha para a maioria dos
homens.
Odiava isso, mas sabia que deveria ficar aliviada. Não queria o
homem quente respirando em seu pescoço, lembrando-a o tempo
todo o quanto gostava desse homem quente respirando em seu
pescoço, e em outros lugares.
− Quer dizer que você acha que ele é melhor do que eu. − Ele
se abaixou ao lado de sua cadeira e botou um pacote de seis latas em
cima da mesa. − Cerveja?
− Não. E a oferta não muda a minha resposta. Aiden é legal.
Aiden se sentia um lixo absoluto por ter sido tão grosseiro com
Kelly na noite anterior e lhe devia uma explicação. Andou em direção
à cozinha, ignorando os avisos de Troy para ficar onde estava, para
ficar longe de Kelly. Como se isso fosse possível. Com certeza não
estava deixando-a aos cuidados extremados de Troy. E extremado
era exatamente o que seu irmão havia se tornado.
− Sei que não conheço. Mas você não pode se esquivar da vida
por causa do que aconteceu com seu irmão. Entendo que a história
dele é para ele contar, mas a sua vida é sua para moldar como bem
quiser. Não importa o quão duro seja combater bandidos perigosos e
viver na estrada, você está se escondendo. Está vivendo no medo.
Isso não é vida Aiden. É isso o que realmente quer?
Aiden sabia que deveriam parar, mas não lembrava por quê. A
mão dela pressionou, passando pelo jeans, passando pela cueca. Sua
cabeça tombou para trás, toda a lógica desaparecendo ao seu toque
suave, a ereção dolorosamente dura. Ela baixou a cueca o suficiente
para libertá-lo, sua ereção se projetou para frente, logo a mão dela
envolveu a base. Sua pequena língua rosada serpenteava para fora,
lambendo a ponta molhada do seu eixo, provocando-o por um
torturante instante delicioso, antes que seus lábios se fechassem em
torno dele e o chupasse. Desejo cresceu dentro dele e o homem
desapareceu. Havia apenas o vampiro, a luxúria, a necessidade e a
mulher que criou esses sentimentos.
Kelly não sabia o que esperar de Aiden, mas não esperava que
ele a despisse por trás, beijando seu pescoço, ombro, e o pescoço
novamente. Não esperava o modo gentil que tocou seu corpo, a
maneira lenta e sensual que explorou e brincou com os lugares
sensíveis que nem sequer sabia que possuía.
Ele não conduzia nenhuma arma. Por que isso? Será que os
agentes do FBI não portavam armas? Não pensava no perigo para si
mesma, mas para Aiden e Troy, não poderia deixá-los morrer por ela.
Foi quando ouviu outro som, quase como um animal com dor, mas de
alguma forma, não era. Era... Oh Deus, era Troy.
Troy jogou a cabeça para trás e uivou como um lobo com dor,
como um lobo preso no corpo de um vampiro. Aiden foi em direção a
ele, determinado a derrubar Troy e confiná-lo até que isto passasse.
Senhor, ele esperava que passasse. Mas Troy era tão rápido quanto
Aiden, o uivo não o atrasou. Eles colidiram e ficaram rolando no chão,
depois de bater no que restou do sofá de Kelly.
Aiden caiu de costas com Troy em cima dele.
Troy atirou Aiden para o outro lado da sala com uma força que
chocou Aiden, uma força que desafiava a equivalência de idade deles,
de vampiro e força. Aiden bateu na parede com um golpe que
sacudiu seus ossos.
− Aiden, isso não foi uma convulsão. Isso foi... Não sei o que
era, mas não era um ataque.
− Não posso ter filhos e eu, bem, não sou como você Kelly.
Você não vai pegar qualquer coisa de mim, além de um pequeno
pedaço do inferno.
Ela balançou a cabeça, com as mãos no ar.
− O que isso significa? Porque, se era para ser reconfortante,
não foi. Vi Troy se transformar em algo, como em um filme de
monstro, e tenho uma substância no meu laboratório que é o
denominador comum em seis assassinatos. Se essas duas coisas
estão relacionadas, preciso saber e preciso saber agora.
− Não foi Troy. Ele não matou aquelas mulheres.
− Se contar, você vai pensar que sou louco. − Disse ele, com o
peito apertado, emocionado com a ideia de contar a ela o que era. O
que sempre seria.
− Tente.
Ele caminhou até a porta de vidro deslizante.
− Aiden! Não se atreva a ir embora!
Ele fechou a porta e virou-se para ela.
− Eu... Não sei o que dizer. Não entendo o que vi. Quer dizer...
Eu vi, mas Aiden...
− Sinto muito. − ele disse suavemente. Colocou a mão dela
sobre suas pernas, no colo dele, e embora ele a tocasse, ela sentia
que ele se afastava dela quando falou. − Revelar memórias não é
uma ciência exata. Não queria que você visse o ataque de Troy. Está
claramente na frente e no centro na minha mente agora, depois do
que aconteceu com ele hoje à noite.
− Memórias. − ela repetiu. − Você me mostrou suas memórias?
Ele acenou com a cabeça.
− Sim.
− O que... Você é?
− Não foi repentino para ninguém, além dela. Menti para ela ao
ocultar o que sou. E não estou enganado. Um vampiro a atacou, bem,
não tenho certeza o que ela pensava no final. Talvez pensasse que fui
o responsável quando viu minhas presas. Realmente não sei nada,
exceto que hesitei em convertê-la e nesse curto momento fui
atacado. Quando matei o outro vampiro, já era tarde demais. Ela
estava morta.
− Oh Deus. Aiden.
− Não vou deixar você se tornar um alvo.
− Já sou um alvo.
− Pretendo corrigir isso. Quando sair daqui, você estará segura.
− E sem minhas memórias. Entendo essa parte, alta e
claramente. − Ela se inclinou para ele, envolvendo os braços em volta
do seu pescoço. − Quando você me morder, vai doer?
− Você não tem ideia com quem está jogando, Kelly. − Ele se
afastou, deixando-a ver suas presas. − Olhe para mim. Isto é o que
sou. − Ela respirou com a visão de seus caninos alongados e o
escurecimento de seus olhos já demasiado negros.
Ele pensava que Darla o olhou com ódio, e não queria que ele
visse isso nela, ao imaginar suas presas dentro dela.
Seu coração se apertou com a dor que ele sentiu, e que ainda
sentia. Apertou as mãos no rosto dele, incitando-o a lhe olhar.
− Kelly, − disse ele, inclinando-se para trás para olhar para ela.
− Você sabe...
− Sei que você acha que pode apagar sua presença da minha
mente, e a nós de minhas memórias, mas somos mais do que isso
Aiden. Você não pode sair do meu coração.
O celular dela começou a tocar, o pegou e depois parou,
levantando o olhar para ele.
− É o Detetive Wright.
Havia uma escada para cima e uma escada para baixo, estava
diretamente em frente a ela.
− Sei que dói querida, mas você tem que se comportar até
chegarmos lá dentro. Uma vez que estivermos dentro da casa, vou
foder com você muito duro e pelo tempo que quiser. Entretanto, tem
que ficar quieta e não chamar atenção para nós até chegarmos lá.
Você pode fazer isso por mim? − Ela piscou para ele, um momento
de conscientização tocou seu olhar.
− Depressa. − ela implorou. − Por favor, se apresse.
Sua dor era evidente e ele enviou um comando mental para
Kelly dormir.
Kelly gritou e Aiden sentiu a dor daquele grito até em sua alma.
Ele empurrou Troy longe dele e Troy se recompôs com demasiada
agilidade, subindo na cama e sentando contra a cabeceira. Ele puxou
Kelly contra ele, de costas para o seu peito, as mãos cobrindo os
seios, beliscando seus mamilos.
Kelly gemeu, desta vez com prazer, a dor em seu rosto relaxou.
Compreensão veio sobre Aiden. Isso era sobre dor e alívio para ela.
Sobre necessidade. Isso não era sobre ele ou Troy. Era sobre o que
iria salvar a vida de Kelly. Ela não era sua para compartilhar ou não
compartilhar. Ela era sua para salvar.
− Nós vamos cuidar bem de você. − Uma voz masculina
sussurrou perto do seu ouvido, os dedos puxando e torcendo os
mamilos.
− Sim. Sim, Aiden. Mais profundo. Por favor, mete mais. − Não
sentia nenhuma inibição, não havia limites. A droga assegurou isso, a
droga e o homem que confiava poderiam levá-la assim. − Beije-me.
− Ordenou. − Preciso que você me beije. − Imediatamente, sua boca
desceu sobre a dela, sua língua acariciando a dela, exigente e
quente. Sim, muito quente.
Aiden mudou seus corpos, rolando com ela, de modo que eles
estavam frente a frente e de lado. Sua mão acariciava seu cabelo,
seu rosto. Troy estava atrás dela, seu corpo duro envolvendo em
torno dela por trás, seu pênis pressionando contra seu traseiro.
Isso deveria ser o que Aiden faria, era o seu dever. Guardiões
protegiam o mundo dos vampiros da exposição, dos perigos de uma
guerra racial. Mas não era tão simples com Kelly, e apesar de alguns
desses motivos serem pessoais, ele se concentrou em um Marcus
preocupado.
− Não é tão simples assim. − Disse Aiden.
Marcus estreitou seus olhos em Aiden.
− Andres ainda está à solta. Ele estava lá hoje à noite. Virá por
ela. Ele sabe que ela é importante para mim.
FIM