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Converted by convertEPub
Copyright © Corinne Michaels, 2022
Copyright © The Gift Box, 2023
Todos os direitos reservados.
Direção Editorial:
Anastacia Cabo
Tradução:
Patricia Tavares
Revisão final:
Equipe The Gift Box
Arte de Capa:
Bianca Santana
Ilustração de Capa:
Freepik
Preparação de texto e diagramação:
Carol Dias
Nenhuma parte do conteúdo desse livro poderá ser re‐
produzida em qualquer meio ou forma – impresso, digital,
áudio ou visual – sem a expressa autorização da editora
sob penas criminais e ações civis.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares
e acontecimentos descritos são produtos da imaginação
da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas ou
acontecimentos reais é mera coincidência.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
Sumário
Início
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo
Meus olhos se abrem e depois se fecham quando
a luz ofuscante é demais. A dor na minha cabeça é tão
intensa que rouba minha respiração.
O que diabos aconteceu?
Há uma leve pressão no meu braço, e então a
voz suave de minha mãe preenche o silêncio.
— Brielle, querida. Está tudo bem. Abra os olhos,
minha doce menina.
Eu inalo algumas vezes antes de tentar nova‐
mente. Desta vez, estou preparada para o brilho e as pa‐
redes brancas estéreis que refletem a luz do sol. Ouço al‐
guém correndo um segundo antes das cortinas desce‐
rem, lançando sombras e tornando um pouco mais fácil
para eu levantar minhas pálpebras.
— Onde… — tento falar, mas minha garganta es‐
tá em carne viva. É como se eu engolisse mil facas e não
tomasse nem um gole de água há anos.
Mamãe está ao meu lado, e minha cunhada, Ad‐
dison, está com ela. Viro a cabeça para ver quem está do
outro lado, o que é um grande erro, pois uma nova onda
de dor atravessa meu crânio. Levanto as mãos para a ca‐
beça, tentando empurrar a pressão para baixo, mas ela
não diminui tão facilmente.
Presumo que o médico faz um pedido de medica‐
ção antes de baixar a voz para um sussurro:
— Brielle, é Holden. Vamos arranjar-lhe algum
analgésico para a cabeça.
Holden? O melhor amigo do meu irmão está
aqui? Não entendo. Ele deixou Rose Canyon anos atrás e
só volta uma vez por ano.
Ele fala novamente:
— Você sabe onde está?
Presumo que estou no hospital, considerando os
monitores e a cama em que estou, então aceno com a
cabeça.
— O-o que a-a-aconteceu? — eu me engasgo
com as palavras.
Não há sons além do bipe atrás de mim. Vou
abrir minhas pálpebras e ficar assim, como se isso me
ajudasse a encontrar a resposta para o motivo de estar
aqui. Quando eles finalmente ouvem, me vejo olhando
diretamente para os três melhores amigos do meu irmão.
Holden, que está vestindo seu jaleco branco, está no
meio. Ao lado dele está Spencer Cross, o homem alto,
sombrio e pecador com quem sonho desde os treze anos,
mas nunca terei. Atrás dele está Emmett Maxwell, que…
está nas forças armadas em implantação… que diabos?
Por que ele está em um uniforme da polícia? Por
que ainda está aqui? Os e-mails que ele envia toda se‐
mana são assuntos sobre os quais Isaac sempre fala por‐
que, é claro, Emmett teve que se juntar às Forças Especi‐
ais. Ele não podia simplesmente cumprir seu tempo e
voltar — ele precisava ser heroico, o que não é nem um
pouco surpreendente.
— Você sabe por que está no hospital? — Holden
pergunta.
Nego com a cabeça, me arrependendo imediata‐
mente.
Ele me dá um sorriso suav
e antes de perguntar:
— Qual é o seu nome completo?
— Brielle Angelina Davis.
— Qual é a data do seu nascimento?
— Sete de outubro.
— Onde você fez o ensino médio?
Eu bufo.
— Onde todo mundo fez. Rose Canyon High.
Emmett dá um passo à frente, ele é maior do que
me lembro, seu peito é largo e os braços preenchem seu
uniforme como se estivessem quase dividindo as costu‐
ras. Ele me dá seu sorriso vitorios
o e descansa a mão no
ombro de Holden.
— Brielle, acha que está pronta para responder
algumas perguntas para mim? Sei que você provavel‐
mente está com dor e exausta, mas é importante.
Perguntas? Eu já não estava respondendo per‐
guntas?
A pressão na minha mão aumenta, me lembran‐
do de que minha mãe está aqui, e lentamente me viro
para ela. Há círculos escuros sob seus olhos castanhos e
lágrimas escorrendo pelo rosto. Addy está ao lado dela,
que também parece que não dorme há uma semana.
Olho em volta novamente, me perguntando onde diabos
meu irmão está. Isaac vai me dizer o que há de errado.
Ele é sempre honesto comigo.
— Isaac? — chamo, pensando que talvez ele es‐
teja no corredor ou algo assim.
A mão de Addison voa para sua boca, e ela des‐
via o olhar. Minha mãe aperta minha mão com mais força
e depois segura Addy.
— O que tem ele? — Holden pergunta, chamando
minha atenção de volta para ele.
— Onde ele está?
Emmett fala em seguida:
— O que você se lembra da última vez que este‐
ve com Isaac?
— Eu não… eu não… — Olho em volta, sem en‐
tender por que estou em um hospital ou o que diabos es‐
tá acontecendo. — Ajuda. Eu não…
— Calma, Brie — Holden diz, rapidamente. — Vo‐
cê está segura. Apenas conte-nos o que aconteceu.
Balanço a cabeça, não entendo por que ele está
me perguntando isso, o que me dá uma pontada de dor
na cabeça. Aperto meus olhos fechados até passar o sufi‐
ciente para falar.
— Não, eu não sei. Por que estou aqui? O que es‐
tá acontecendo? Onde está Isaac? Por que todos vocês
estão chorando? O que há de errado comigo?
Holden se aproxima, segurando meu olhar.
— Não há nada de errado com você, mas preciso
que você tente respirar com calma, ok? — Ele exagera o
gesto, inspirando profundamente, segurando-o por um
segundo e depois expirando lentamente. Depois de algu‐
mas tentativas, consigo imitá-lo, mas o pânico ainda está
lá, ainda arranhando minhas entranhas. Ele se vira para
Emmett. — Ela não está pronta para isso. Por que vocês
não nos dão alguns minutos enquanto eu a avalio e a
deixo se orientar? Ela precisa de alguns momentos.
Minha mãe se levanta, mas não solta a minha
mão.
— Eu não vou deixá-la.
— Sra. Davis, preciso examiná-la, e seria melhor
se pudéssemos fazer isso sem distrações.
Se isso me der algumas respostas, farei qualquer
coisa. Conhecendo minha mãe, ela nunca irá sem lutar.
— Mãe, está tudo bem. Eu acabei de… Preciso de
um minuto. — Meu sorriso é frágil, mas ela nega com a
cabeça e deixa minha mão escorregar da dela.
Quando Spencer, Emmett, Addison e minha mãe
saem, uma enfermeira entra, e ela e Holden ficam ao la‐
do da cama.
Holden se aproxima, acendendo uma luz em
meus olhos antes de se sentar ao lado da cama.
— Sei que acordar assim pode ser confuso e
avassalador. Eu gostaria de verificar seus sinais vitais e
conversar, ok?
Aponto para minha garganta, e a enfermeira me
entrega um copo com um canudo.
— Comece com pequenos goles. Você está com o
estômago vazio e queremos ir devagar.
Engulo o líquido gelado, deixando-o aliviar um
pouco a dor. Quero continuar para que a sensação nunca
pare, mas ela afasta o copo muito rápido.
Então ele me mostra fotos de três objetos.
— Em alguns minutos, vou perguntar sobre esses
objetos e você precisa se lembrar deles e responder às
perguntas que faço. Você precisa vê-los novamente?
É um copo, uma chave e um pássaro. Não é ciên‐
cia de foguetes.
— Estou bem.
— Tudo bem. Você pode levantar suas mãos e
empurrar contra as minhas? — Faço o que ele pede e,
quando parece satisfeito, passa para alguns outros testes
menores. Então ele sente meu pulso e recita números.
Enquanto ele faz isso, minha mente corre, mas estou
muito cansada para tentar perseguir os pensamentos.
Holden fala com a enfermeira.
— A paciente começou a apresentar hematomas
ao redor do rosto, então precisaremos tirar fotos atualiza‐
das antes da alta. Eu também gostaria de pedir outra
ressonância magnética apenas para verificar se o incha‐
ço de ambas as lesões está diminuindo.
— Quão ruim são as contusões? — pergunto.
— Nada muito ruim. Elas devem estar curadas
em uma semana ou duas.
Eu concordo.
— Ok. E o ferimento na cabeça?
— Saberemos mais após os testes e a segunda
ressonância magnética. Podemos revisar os resultados
depois, ok?
— Pode me dizer por que estou aqui ou o que es‐
tá acontecendo?
— Como eu disse, revisaremos todas as nossas
descobertas assim que terminarmos a parte do exame.
Passamos por uma tonelada de perguntas, en‐
quanto minha mente está nadando. Continuo esperando
meu irmão entrar pela porta e dizer a Holden onde enfiar
suas avaliações médicas.
Assim que termino de responder, ele larga o ta‐
blet.
— Qual foi a primeira imagem que te mostrei?
Respiro fundo, e então minha mente fica em
branco.
— Eu… era um… — Inclino minha cabeça para
trás e tento pensar. Eu sei isso. — Um copo! — falo, triun‐
fante.
— Bom. Você se lembra da segunda imagem?
— Sim, as chaves.
Ele sorri, e a enfermeira assente.
— Excelente, Brielle. Agora, você se lembra da
última imagem?
Eu lembro. Eu… sei. Tento me lembrar dele me
mostrando as fotos, mas meus pensamentos estão lentos
e confusos.
— Sim, mas estou tão cansada.
Sua mão se move para o meu braço.
— Você está indo bem.
Eu não me sinto tão bem.
— Por que você não me conta sobre a última coi‐
sa que você se lembra?
Olho para minhas mãos, torcendo o anel que
meu pai me deu enquanto tento pensar. Começo pela mi‐
nha infância, lembrando feriados, aniversários e férias.
Meu irmão e eu estávamos sempre fazendo travessuras,
mas o pobre Isaac era sempre aquele que tinha proble‐
mas. Meu pai nunca poderia me punir, e eu tirei vanta‐
gem disso.
Lembro-me da minha formatura do ensino médio,
do vestido lavanda que usei por baixo da beca e de como
meu pai morreu dois dias depois.
O funeral é uma névoa de lágrimas e tristeza,
mas me lembro claramente de Isaac sendo a rocha que
segurou minha mãe quando ela se desfez.
Então me lembro de conhecer Henry. Eu estava
no segundo ano da faculdade e ele estava na minha aula
de matemática. Deus, ele era tão fofo e engraçado. No fi‐
nal do nosso primeiro encontro, ele me beijou do lado de
fora do meu dormitório, e eu jurei que meus lábios formi‐
garam por uma hora depois.
Foi mágico.
Mais datas. Mais memórias de nós nos apaixo‐
nando e nos formando com nossos colegas de gradua‐
ção. Estávamos tão empolgados quando abrimos nossas
cartas de aceitação para a mesma faculdade de pós-gra‐
duação no Oregon. Lembro-me do apartamento para o
qual nos mudamos, prontos para começar nossas vidas
enquanto seguimos nossas carreiras. Dois anos e outra
formatura depois, não estávamos mais tão empolgados
porque não éramos mais crianças na escola e fomos for‐
çados a fazer escolhas adultas.
Como quando escolhi voltar para Rose Canyon
enquanto Henry ficava em Portland, trabalhando para as‐
sumir o negócio de sua família. Isso foi alguns meses
atrás.
Quando afasto os olhos do meu anel, encontro
Holden me observando, esperando minha resposta.
— Eu me formei na pós-graduação cerca de seis
meses atrás. Tenho vivido com Addison e Isaac enquanto
faço entrevistas de emprego.
Holden escreve algo.
— Bom. Algo mais?
— Eu… sei que Isaac e Addy se casaram. Vim pa‐
ra casa para isso. Henry e eu estávamos… — Faço uma
pausa enquanto me esforço para pensar sobre o que éra‐
mos. Não sei se está certo, mas acho que sim. — Nós bri‐
gamos. Foi tão estúpido, porque ele continuava me pe‐
dindo para me mudar para Portland quando sabia que eu
não queria. Ah! Consegui o emprego para o qual estava
sendo entrevistada e vou me mudar da casa do meu ir‐
mão. — Meus olhos se arregalaram quando me lembrei
de que acabei de conseguir um emprego aqui. Em Rose
Canyon.
— O que você faz?
— Sou assistente social, mas estou trabalhando
em um novo centro juvenil. Comecei lá há algumas se‐
manas. — Eu sorrio, sentindo que posso respirar um pou‐
co. Lembrei-me.
Holden não compartilha do meu entusiasmo, no
entanto.
— Você parece animada com isso.
— Sim, eu realmente estou. É um ótimo lugar,
e… Jenna estava lá…
Ele anota isso.
— Você pode me dizer mais alguma coisa? Talvez
sobre seus colegas de trabalho ou algumas das crianças
que você conheceu?
Eu franzo a testa.
— Na verdade, não. Quer dizer, ainda é muito no‐
vo, e estou conhecendo as pessoas. — Mesmo ao dizer
isso, as palavras não parecem totalmente verdadeiras.
— Ser novo é difícil. — Holden sorri. — E por que
você está no hospital? Você se lembra de alguma coisa
ou alguém que deveria estar aqui com sua família?
Revejo as pessoas que estavam aqui quando
acordei. Está claro que ele não está procurando que eu
diga o nome do meu irmão, já que ele provavelmente es‐
tá na escola de qualquer maneira. Então, passo a mão no
rosto antes de perguntar:
— Henry?
— O que tem ele?
Meu coração começa a acelerar, e me inclino pa‐
ra frente, confusa sobre o porquê de cada músculo do
meu corpo doer quando Holden só mencion
ou um feri‐
mento na cabeça.
— Ele deveria estar aqui, mas não está. Ele está
bem? Alguém ligou para ele?
— Até onde eu sei, ele está bem, e tenho certeza
de que sua mãe ligou para ele.
Graças a Deus ele está bem e não em um quarto
ao meu lado.
— Ele deve estar aqui em breve. Tenho certeza
de que estará aqui. Talvez tenha ficado preso no traba‐
lho.
— O que você quer dizer?
Eu suspiro.
— Henry… se ele não estiver aqui, ele estará. Is‐
so é tudo. Estamos resolvendo as coisas. — Pelo menos,
estamos tentando resolvê-las. As coisas têm sido difíceis
nos últimos meses para nós. Ele não quer se mudar para
Rose Canyon, e não quero morar na cidade grande. Eu
amo esta cidade, e quero estar perto de meu irmão e mi‐
nha cunhada. Addy quer filhos, e vou ser a melhor tia
que já existiu.
— Brielle, por que você está no hospital?
Eu fecho meus olhos, empurrando através da es‐
curidão em minha mente. Não consigo ver nada.
Não há nada além de uma névoa pesada, impe‐
dindo-me de lembrar-me de qualquer coisa.
Estou perdida. Eu não posso ver.
Meu coração está acelerado, e tento tanto enxer‐
gar qualquer coisa ao meu redor, mas tudo está escuro e
algo está apertando meu peito.
O pânico ameaça me dominar.
Imediatamente, minhas pálpebras se abrem, e vi‐
ro os olhos frenéticos para o melhor amigo do meu irmão
enquanto luto para respirar.
Ah, Deus. Alguma coisa está errada comigo.
— Respire fundo, pelo nariz e pela boca — diz
ele, a voz tranquila tentando me acalmar, mas não consi‐
go.
— O-o que eu não sei? Por que estou aqui?
A mandíbula de Holden aperta como se ele esti‐
vesse tentando não dizer algo. O som do bipe atrás de
mim acelera.
— Eu sofri um acidente?
— Não foi um acidente, mas algo aconteceu. Pre‐
ciso que você se acalme, Brielle. Concentre-se na minha
voz e respiração.
Uma nova ansied
ade gira em meu estômago. Se
não foi um acidente, então o quê? Eu não consigo me
acalmar. Não consigo parar esse pânico intenso que está
crescendo a cada segundo.
— O que aconteceu?
— Brie, pare — Holden tenta dizer novamente. —
Você tem que relaxar ou eu vou ter que te dar algo.
— Não, não… não lembro por que estou aqui.
Isso me deixa com mais perguntas e possibilida‐
des. Se não foi um acidente, então alguém fez isso comi‐
go. Alguém me machucou. Eu só quero saber quem e por
quê. Começo a tremer, sabendo que as lágrimas que vi
nos rostos de minha mãe e minha cunhada são a respos‐
ta para uma pergunta que não quero fazer. Addy me
ama, eu sei que ama, mas a reação dela quando eu…
quando eu disse o nome do meu irmão…
As máquinas que me monitoram começam a api‐
tar ainda mais rápido. Sei que Holden está falando comi‐
go, mas suas palavras são varridas pelo som da minha
respiração irregular e o trovão do meu pulso em meus
ouvidos.
Isaac.
Eu disse o nome dele, e Addy se despedaçou.
Algo está realmente errado.
Ah, Deus.
Não posso. Eu preciso saber. Olho para Holden
novamente, meu coração batendo no meu peito enquan‐
to forço a única palavra.
— Isaac?
— Brielle — Holden segura meus braços, olhando
para mim —, tente se concentrar em mim e respire deva‐
gar. Tudo bem.
Não está bem. Não consigo lembrar por que es‐
tou aqui. Não sei o que aconteceu, e quanto mais tento
recordar, mais frenético fica o bipe. Minha visão começa
a desaparecer um pouco, e Holden fala algo para a enfer‐
meira.
Estou muito presa na espiral de pensamentos e
na necessidade desesperada de encher os pulmões que
se recusam a trabalhar para prestar atenção no que ele
está gritando.
Então, depois de um minuto, a calma inunda mi‐
nhas veias e fecho meus olhos, adormecendo.
Por favor, ajude. Ele vai nos matar se você não vier sozi‐
nha.
Myles