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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Epílogo
Se você está muito feliz, desconfie, porque quando a esmola é demais
algo surpreendente, seja bom ou ruim, vai acontecer.
Aos 45 do segundo tempo de sua vida, Daniela recebe uma notícia
inesperada, já imaginando sentir mais uma vez dores de cabeça,
surgirem novos cabelos brancos e dores nas costas. Seu mundo
parece perder o chão, pois ela não quer passar por essa experiência
que não foi nada boa, de novo. O que Dani não imagina é que dessa
vez não está sozinha.
Será que ela finalmente vai receber o que merece?
Não pode ser!
Grávida?
E os pés inchados?
Não pode ser!
Que merda!
Positivo.
Hum.
— Se concentra, Dani.
— Dani?
Como assim?
Hummm.
— Dani?
Deus!
Meu Deus, por que enrolei tanto para dizer que estou
grávida, como aponta o teste de farmácia?
E muito nervosa!
— Grávida!
— Quando?
UAU!
Sucção
Esfrego.
Michel me segura pelo quadril, me puxando para baixo,
fazendo com seu nariz círculos apertados, friccionando a
carne inchada e parte mais sensível do meu corpo. Ele
pressiona, me força a descer mais. Sua língua suga o
líquido que escorre de minha boceta. Eu gemo e olho para
baixo. E é a visão mais excitante que vislumbrei em toda a
minha vida.
Eu tremo.
O engulo.
— Sim!
— É, sim!
— E eu não disse?
— Hoje não.
Acaricio a pele mole do seu pau. Eu sei que ele não vai
reagir tão cedo, mas gosto de tocá-lo e de como posso
fazê-lo despertar.
O quê?
Eu me viro para Michel, que retira do bolso uma
caixinha preta e a abre para mim.
O inusitado
É muito bonito.
Eu sei, não temos nem idade mais para isso. Pedir para
casar? Pedir para namorar? Reafirmar o tipo de
relacionamento que devemos ter? Para que, não é mesmo?
Acontece que a forma como ele “sugeriu” nos casarmos, o
fato de ter sido na frente da minha família e amigas,
significa que eu estou de acordo, contudo nem fiquei
sabendo e fui pega de surpresa. Deveríamos ter conversado
sobre isso, agora me sinto intimada a casar porque estou
grávida e ele anunciou para todo mundo ouvir.
Aff!
Ficamos em silêncio.
— Você me provocou!
Michel os assiste tranquilamente. Com a mão livre,
pega o copo, bebe um pouco de suco e não faz, nem diz,
nada.
A mulher se transforma.
O quê?
— Você, com essa mulher que não tem uma casa para
morar, que dirá estar a sua altura. Nossa filha se
interessando por esse garoto que não tem onde cair morto.
Quer que eu cite mais? Porque tenho uma infinidade de
motivos para apontar o absurdo que é tudo isso.
— Olha, pode não ter sido ela, mas não duvido de que
a megera tenha contado que era você no vídeo, afinal, se
ela espalhou para todo mundo que você é ladrona, pode
muito bem ter feito isso. — Todo mundo decidiu que a Paola
Bracho é responsável de alguma forma pelo vazamento do
vídeo, meu Deus, não queria estar na pele dela, agora.
— Até parece, quero saber quem foi. Não vou fazer mal
algum, prometo.
— Sei…
— Está cansadinha?
— De grávida?
— Nem me fale!
— Até porque, quando você não está por perto, ele faz,
não faz?
— Eu vou.
— Conseguiu.
E puta merda.
Agora não!
Mas fiquei ali por quase uma hora. Jogando tudo para
fora, fazendo um estardalhaço.
FINALMENTE EU FINALIZEI!
Um beijo.
Até a próxima.
Grazi Fontes.
Leia os outros contos do projeto sabores do dia dos
namorados.
[1]
Expressão popular para quando alguém decide resolver uma situação causando outro
problema ainda maior.