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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E BEM ESTAR


CURSO DE CARDIOPNEUMOLOGIA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

Disciplina: Fisiologia II
Nome: Alexandre Filho Nhamena Paulo
Nº de estudante: 49149
2º Ano
Turma: H1

DOCENTE

MANUEL TEIXEIRA

LUANDA

2022/2023
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E BEM ESTAR

Disciplina: Fisiologia II
Nome: Alexandre Filho Nhamena Paulo
Nº de estudante: 49149
2º Ano
Turma: H1

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

Trabalho apresentado ao professor Manuel Texeira, em


cumprimento parcial às exigências da discíplina de
Fisiologia II para obtenção de Grau de licenciatura.
O Docente: Manuel Teixeira

LUANDA
2022/2023
INDÍCE

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................2
1.1. OBJECTIVO........................................................................................................................2
1.1.2. Objectivo-geral:..................................................................................................................2
1.2.3. Objectivo-específico:..........................................................................................................2
1.2. METODOLOGIA.................................................................................................................3
CAPITULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................4
2.1. Definição de conceito............................................................................................................4
2.2. Fisiologia das trocas gasosas................................................................................................4
2.3. Classificação..........................................................................................................................5
2.3.1. Nível baixo de oxigênio (insuficiência respiratória hipoxêmica)...............................5
2.3.1. Níveis altos de dióxido de carbono (insuficiência respiratória hipercárbica)...........6
2.4. Fisiopatologia........................................................................................................................7
2.5. Sintomatologia......................................................................................................................7
2.6. Tratamento............................................................................................................................8
2.6.1. Tratamento da Hipoxemia...........................................................................................8
2.6.2. Tratamento da Hipercapnia.........................................................................................9
2.6.3. Ventilação Não Invasiva (VNI)..................................................................................10
2.6.4. Ventilação Mecânica (VM).........................................................................................10
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................................11
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO

A manutenção de níveis adequados de oxigênio (O2) no sangue arterial é fundamental


para o bom funcionamento celular, visto que o O2 é essencial para fosforilação oxidativa e
geração de energia sob a forma de ATP.

Para que isto ocorra, há a necessidade do funcionamento adequado e integrado de


diferentes sistemas: o neurológico, o pulmonar, o cardiovascular, o músculo-esquelético e o
hematológico. A quebra no funcionamento desta cadeia implicará em comprometimento da
oferta de O2 aos tecidos, com prejuízo no funcionamento dos mesmos, e caracteriza a
insuficiência respiratória. Este mesmo sistema envolvido na manutenção da oxigenação,
participa na manutenção de níveis adequados de gás carbônico (CO2) e, consequentemente,
na regulação do pH sanguíneo, importante na homeostase do organismo.

1.1. OBJECTIVO
1.1.2. Objectivo-geral:
 Estudar a insuficiência respiratória.

1.2.3. Objectivo-específico:
 Definir insuficiência respiratória;
 Descrever a fisiologia respiratória;
 Descrever a sua fisiopatlogia;
 Citar as suas manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento.
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1.2. METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi o levantamento de referências e análise dos dados das
pesquisas publicadas no ano de 2010 à 2023, os artigos foram encontrados nas bases de
Pubmed, Scielo, Lilacs.

Seleccionaram-se os artigos cujo título e resumo foram considerados relevantes para a


revisão do tema em questão, tendo por este contexto sido incluídos um total de 5 artigos na
bibliografia geral.

A pesquisa bibliográfica passou ainda pela consulta de artigos de carácter científico, e


com relevância para o trabalho, e na consulta de obras de referência nas áreas de Cuidados
Intensivos, Pneumologia e Medicina Interna.
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CAPITULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


2.1. Definição de conceito

De acordo a Universidade de Chicago (2022), Insuficiência respiratória aguda é uma


deficiência de oxigenação, eliminação de dióxido de carbono, ou ambas, potencialmente fatal.
Insuficiência respiratória pode ocorrer por deficiência nas trocas gasosas, diminuição da
ventilação, ou ambas. As manifestações comuns incluem dispneia, uso de músculos
acessórios da respiração, taquipneia, taquicardia, diaforese, cianose, consciência alterada e, se
não tratada, eventualmente embotamento, parada cardíaca e morte.
Acrescenta Pinheiro (2015, p. 4), a insuficiência respiratória aguda (IRpA) é definida
como a incapacidade do sistema respiratório, desenvolvida agudamente, em promover
adequadamente as trocas gasosas, ou seja, promover oxigenação e eliminação de gás
carbônico.
Do ponto de vista de parâmetros gasométricos, a IRpA é definida pela presença de:
 PaO2 <55-60 mmHg, com o paciente respirando ar ambiente (FIO2=0,21)
 Que pode estar ou não associada a: PaCO2 >50 mmHg, usualmente determinando
acidose respiratória (pH <7,35).

2.2. Fisiologia das trocas gasosas


A adequada oxigenação e a eliminação do gás carbônico dependem do funcionamento
de diferentes componentes do sistema respiratório, o qual é dividido didaticamente em etapas
específicas, porém interdependentes. As etapas são:

 Ventilação alveolar;
 Difusão;
 Adequação entre a ventilação alveolar e a perfusão (relação ventilação-perfusão).

A ventilação total é o volume de ar que entra e sai do sistema respiratório, podendo ser
referida em unidade de tempo, por exemplo, minuto (volume minuto). Porém, parte deste
volume não atingirá o compartimento alveolar, onde ocorrem as trocas gasosas, ficando em
unidades denominadas espaço morto. O volume de ar que atinge os alvéolos constitui a
ventilação alveolar e representa a quantidade de ar inspirado que estará disponível para as
trocas gasosas. Uma ventilação adequada depende do bom funcionamento das seguintes
componentes: centro respiratório (localizado na ponte e no bulbo), medula (até os segmentos
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C3, C4 e C5, de onde saem as raízes que formarão o nervo frênico), nervos periféricos
(principalmente o frênico, responsável pela inervação do diafragma), músculos da respiração
(principalmente o diafragma), caixa torácica (que deve permitir a expansão pulmonar) e vias
aéreas (que devem permitir o fluxo aéreo). O objetivo da ventilação é a manutenção do ar
alveolar com níveis elevados de O2 e baixos de CO2 para que, em contato com o sangue
venoso, permita sua oxigenação e eliminação de CO2.

A segunda etapa nas trocas gasosas é a difusão, que é o transporte passivo dos gases
através da membrana alvéolo-capilar. A velocidade de difusão é proporcional à área do tecido
e inversamente proporcional à sua espessura, o que faz dos pulmões um órgão muito eficaz,
pois sua superfície alveolar é de 50 a 100 m2 e a espessura da membrana alvéolo-capilar é
inferior a 0,5 mícron. A difusão ainda depende da diferença de concentração dos gases (entre
o alvéolo e o sangue venoso) e da solubilidade dos mesmos, a qual é 20 vezes maior para CO2
do que para o O2.

Por fim, para que ocorram as trocas gasosas, é necessário que as áreas ventiladas
sejam perfundidas em uma proporção apropriada, o que é denominado relação
ventilação/perfusão (V/Q). Como veremos a seguir, as desproporções entre as áreas ventiladas
e as perfundidas são o principal mecanismo de desenvolvimento da IRpA.

2.3. Classificação

De acordo Patel et al. (2022), quase todas as doenças que afectam a respiração ou os
pulmões podem causar insuficiência respiratória. A insuficiência respiratória pode ocorrer de
duas maneiras:

 O nível de oxigênio no sangue fica muito baixo (insuficiência respiratória


hipoxêmica).
 O nível de dióxido de carbono no sangue fica muito alto (insuficiência respiratória
hipercárbica).

Acresenta o autor que algumas vezes as pessoas apresentam tanto níveis baixos de
oxigênio quanto níveis altos de dióxido de carbono.

2.3.1. Nível baixo de oxigênio (insuficiência respiratória hipoxêmica)


Uma causa comum de insuficiência respiratória hipoxêmica é uma anormalidade do
tecido pulmonar, como a síndrome da angústia respiratória aguda, pneumonia grave, excesso
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de líquido nos pulmões (por exemplo, causado por insuficiência cardíaca ou insuficiência
renal) ou fibrose pulmonar. Essas anormalidades comprometem a habilidade dos tecidos
pulmonares em absorver oxigênio do ar.
A insuficiência respiratória hipoxêmica também pode ocorrer se o fluxo sanguíneo nos
pulmões se tornar anormal, como acontece quando um coágulo de sangue bloqueia uma
artéria pulmonar (embolia pulmonar). Essa doença não compromete a habilidade dos tecidos
pulmonares em absorver oxigênio, mas sem o fluxo sanguíneo para uma parte dos pulmões, o
oxigênio não pode ser adequadamente extraído do ar (UNIVERSITY OF CHICAGO, 2022).

2.3.1. Níveis altos de dióxido de carbono (insuficiência respiratória hipercárbica)

Na insuficiência respiratória hipercárbica, o nível de dióxido de carbono fica alto


demais, porque algo está impedindo que a pessoa respire normalmente. Exemplos comuns
incluem:
 Níveis baixos de hormônio tireoidiano (hipotireoidismo)
 Apneia do sono
 Sedação por overdose de opioides ou álcool
 Bloqueio ou estreitamento das vias aéreas
 Lesão pulmonar
 Lesão dos ossos e tecidos ao redor dos pulmões
 Fraqueza dos músculos que normalmente inflam os pulmões
 Hipotireoidismo, apneia do sono e uma overdose de opioides ou álcool diminuem o
reflexo inconsciente que leva a pessoa a respirar.
O bloqueio ou estreitamento das vias aéreas pode ser o resultado de certas doenças
(como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica) bem como de objetos estranhos inalados.
Uma lesão no tórax ou pulmões, bem como fraqueza dos músculos do tórax (por exemplo, em
pessoas com miastenia grave, síndrome de Guillain-Barre ou esclerose lateral amiotrófica ),
podem inibir a respiração e causar insuficiência respiratória hipercárbica.
Pessoas que não respiram adequadamente também podem ter um baixo nível de
oxigênio, mas se não tiverem um distúrbio no tecido pulmonar não são consideradas como
tendo insuficiência respiratória hipoxêmica.
Níveis altos de dióxido de carbono tendem a tornar o sangue mais acídico e causam
anormalidades na química do corpo (LAMBA, 2016)
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2.4. Fisiopatologia

Segungo Carvalho (20112), O SNC (drive respiratório) ativa a musculatura


respiratória, levando à insuflação pulmonar. A pressão gerada pela musculatura inspiratória
(competência neuromuscular) deve ser suficiente para vencer a elasticidade do pulmão e da
parede torácica (carga elástica), assiim como a resistência da via aérea (carga resistiva).

A insuficiência respiratória tipo I pode ocorrer por alterações em 3 mecanismos


básicos da ventilação, isoladamente ou associados:

1. Depressão do drive respiratório, que pode ocorrer na vigência de doenças do SNC


(acidente vascular cerebral, hipertensão intracraniana, meningoencefalites), distúrbios
metabólicos (hiponatremia, hipocalemia, hipo ou hiperglicemia), e por efeito de
drogas (opioides, benzodiazepínicos, barbitúricos, bloqueadores neuromusculares,
anestésicos, intoxicações exógenas).
2. Incapacidade neuromuscular, quando há comprometimento do sistema nervoso
periférico, junção neuromuscular ou da musculatura esquelética. Etiologias: uso de
bloqueadores neuromuscculares, hipomagnesemia, hipocalemia, tétano,
polineuropatia, miastenia grave, esclerose múltipla, lesões do neurônio motor inferior.
3. Aumento da carga ventilatória, ocasionada por distúrbios da caixa torácica, como
cifoescoliose, derrame pleural volumoso e politrrauma, associado ou não a
pneumotórax, e por alterações das vias aéreas: asma, doença pulmonar obstrutiva
crônica, queda da língua, corpo estranho, estenose traqueal, bócio, tumores, edema de
glote.

2.5. Sintomatologia

A insuficiência respiratória hipoxêmica e a insuficiência respiratória hipercárbica


causam, frequentemente, sintomas semelhantes. As pessoas costumam sentir muita falta de ar.

Baixos níveis de oxigênio no sangue causam falta de ar e resultam em uma coloração


azulada na pele (cianose), em pessoas de pele clara, e coloração cinzenta ou esbranquiçada na
boca, ao redor dos olhos e sob as unhas, em pessoas de pele escura. Baixos níveis de oxigênio,
altos níveis de dióxido de carbono e um aumento da acidez no sangue causam confusão e
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sonolência. Se a respiração for normal, o corpo tenta se livrar do dióxido de carbono através
de uma respiração profunda e rápida. Entretanto, se os pulmões não funcionam normalmente,
este padrão respiratório pode não ajudar. Por fim, o cérebro e o coração apresentam mau
funcionamento, resultando em sonolência (levando, por vezes, à inconsciência) e ritmos
cardíacos anormais (arritmias), sendo que ambos os quadros clínicos podem levar à morte.

Alguns sintomas de insuficiência respiratória variam conforme a causa. Se o estímulo


respiratório estiver anormal (por exemplo, após uma overdose de álcool ou sedativos), a
pessoa pode ficar muito sonolenta, respirar muito devagar e deslizar, silenciosamente, para
um coma. Uma criança com uma via aérea obstruída devido à inalação (aspiração) de um
objeto estranho (como uma moeda ou um brinquedo) pode ficar ofegante repentinamente e ter
dificuldades para respirar.

2.6. Tratamento
2.6.1. Tratamento da Hipoxemia
A hipoxemia deve ser corrigida prontamente após sua identificação, pois representa
grande ameaça ao equilíbrio metabólico celular. O objetivo da terapêutica com O2 é aumentar
a SaO2 em níveis acima de 90%. Em situações de emergência, como a reanimação ou grave
instabilidade cardiorrespiratória, o O2 deve ser fornecido numa FiO2 de 1 (a 100%).
Entretanto, deve-se evitar o uso prolongado de altas FiO2 (acima de 0,6), pois, além de seus
efeitos tóxicos aos pneumócitos pela formação de espécies reativas de O2, altas FiO2 levam a
denitrogenação alveolar e atelectasia de reabsorção, resultando em piora da relação V/Q. O
uso indiscriminado de O2 em pacientes sem hipoxemia arterial pode provocar, além dos
efeitos descritos, aumento da resistência vascular sistêmica (por vasoconstrição sistêmica) e
da pressão arterial com consequente redução do DC.
O O2 pode ser fornecido por meio de vários dispositivos, que podem ser classificados
em dois tipos:
 Sistemas de baixo fluxo: nestes sistemas, tanto o fluxo de O2 como a capacidade do
reservatório são insuficientes para atingir a ventilação total do paciente. Assim,
quando a ventilação total excede a capacidade do reservatório, uma quantidade
variável de ar ambiente é aspirada de forma direta, sendo a mistura alterada pelo
padrão ventilatório, dificultando o controle da FiO2. São dois os dispositivos
amplamente utilizados: os cateteres nasais e as máscaras faciais comuns .
 Sistemas de alto fluxo: o fluxo e o reservatório são suficientes para atender a demanda
de ventilação do paciente. Os sistemas utilizados baseiam-se no efeito Venturi, no qual
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o fluxo rápido de um gás, ao passar por um orifício estreito, gera uma pressão
subatmosférica que aspira volumes variáveis de ar ambiente, alterando a mistura
inalada. Estes dispositivos (máscaras faciais ou de traqueostomia) possibilitam um
ajuste mais preciso da FiO2, independentemente do padrão ventilatório.

2.6.2. Tratamento da Hipercapnia


O tratamento da insuficiência respiratória ventilatória tem por princípio restabelecer o
equilíbrio entre a capacidade neuromuscular e a carga ventilatória, otimizando a primeira e
reduzindo a segunda.
Modos de otimizar a capacidade neuromuscular:
 Tratamento, quando possível, das doenças neuromusculares (p.ex., miastenia grave);
 Repouso temporário da musculatura respiratória fatigada;
 Treinamento fisioterápico da musculatura inspiratória;
 Nutrição adequada visando à correção de desnutrição prévia e à prevenção de
aparecimento de hiperalimentação;
 Equilíbrio hidroeletrolítico, com especial atenção para K+, fósforo, Ca2+ e Mg2+;
 Drogas que podem melhorar o desempenho muscular: xantinas, digital, beta-2-
estimulante, dopamina;
 Evitar drogas que possam prejudicar o desempenho: corticoides, relaxantes
musculares, aminoglicosídeos;
 Adequar a oferta de O2 para a musculatura respiratória com o aumento do débito
cardíaco (p.ex., dobutamina) e/ou aumento do conteúdo arterial de O2.
Modos de diminuir a carga respiratória:
 Diminuir o volume minuto necessário por meio da diminuição da VCO2: dieta pobre
em carboidratos, tratar febre, agitação, hipertireoidismo;
 Suporte ventilatório;
 Diminuição da pressão positiva ao final da expiração (PEEP) intrínseca:
broncodilatador, CPAP;
 Diminuição da carga elástica: edema pulmonar, pneumotórax, derrame pleural,
distensão abdominal, atelectasia;
 Diminuição da carga resistiva das vias aéreas: clearance de secreção, broncodilatador,
obstrução de via aérea superior;
 Melhora da biomecânica respiratória: hiperinsuflação, decúbito.
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2.6.3. Ventilação Não Invasiva (VNI)


A VNI, isto é, a combinação de pressão de suporte e PEEP pelo emprego de máscara
facial ou nasal, vem sendo largamente utilizada no tratamento da insuficiência respiratória
aguda no sentido de evitar a intubação endotraqueal e suas potenciais complicações.
Entretanto, o método ainda não se aplica para todas as situações de insuficiência
respiratória. Para muitas delas, a literatura ainda carece de evidências para indicar o emprego
da VNI. É o caso da asma, da pneumonia e da síndrome do desconforto respiratório do adulto
(SDRA). Por outro lado, estudos randomizados e controlados evidenciam que a VNI é
benéfica nas seguintes situações (para as quais o grau de recomendação é forte): exacerbação
de DPOC,
estados de imunocomprometimento (em especial malignidades hematológicas) e desmame da
VM em pacientes com DPOC. No edema pulmonar cardiogênico, as evidências por enquanto
são fortes apenas para os benefícios de CPAP (continuous positive airway pressure), mas
alguns estudos (um deles brasileiro) já demonstram benefício e segurança sobre o emprego de
dois níveis de pressão (CARVALHO, 2010).

2.6.4. Ventilação Mecânica (VM)


Carvalho (2010) orienta que em situações de urgência/emergência, especialmente
quando o risco de morte não permite adequada avaliação da função respiratória, o melhor
indicador para a instituição de VM é o quadro clínico do paciente. Pacientes que apresentem
dispneia e taquipneia importantes, hipoxemia, acidose ou hipercapnia graves, rebaixamento
do nível de consciência ou contraindicação/falência da VNI devem receber auxílio da VM.
Os objetivos da VM são: reverter a hipoxemia, a fadiga da musculatura respiratória e a
acidose respiratória, reduzir o VO2 e o desconforto respiratório, e permitir terapêuticas
específicas para determinadas situações (como a hiperventilação na asma e o emprego de
baixos volumes correntes na SDRA).
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluiu-se que a insufciência respiratória é uma dificuldade dos pulmões de realizar


as trocas gasosas, não conseguindo captar o oxigênio de forma adequada e/ou liberar o gás
carbônico através da respiração, levando ao surgimento de sintomas, como intensa falta de ar,
cor azulada nos dedos ou cansaço excessivo.
A insuficiência respiratória pode ser causada por doenças que afetem os Pulmões, os
músculos da respiração ou o sistema nervoso, como a DPOC, Enfisema pulmonar, tumor
cerebral, síndrome de guillain-barré, ou até Insuficiência cardíaca, por exemplo.
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO Crr. Ventilação mecânica. São Paulo: Atheneu, 2010. v. 1.

LAMBA, T. S.; et al. Pathophysiology and Classification of Respiratory Failure. Crit Care
Nurs Q. 39. 2; 85-93, 2016

MANUAL MSD. Insuficiência respiratória. University of Chicago. 2022

PATEL, Bhakti. Manual MSD: Visão geral de insuficiência respiratória. 2022

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