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SUMÁRIO
NOSSA HISTÓRIA................................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
DOENÇAS DO TRATO RESPIRATÓRIO ANTERIOR EM GATOS................................................................ 7
Definição e Agentes Envolvidos ......................................................................................................... 7
Herpesvírus ................................................................................................................................... 7
Calicivírus ...................................................................................................................................... 8
Clamidiose .................................................................................................................................. 10
Bordetella ................................................................................................................................... 10
Micoplasmose............................................................................................................................. 11
DIAGNÓSTICO ..................................................................................................................................... 12
TRATAMENTO ..................................................................................................................................... 14
MANEJO E PREVENÇÃO ...................................................................................................................... 15
ANATOMIA DO GATO ......................................................................................................................... 16
Doenças que Afetam Órgão do Tórax do Gato ................................................................................ 17
Infecção Pulmonar ..................................................................................................................... 17
BRONQUITE FELINA ............................................................................................................................ 23
MODELO DE ANAMMESE ................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 31
1
NOSSA HISTÓRIA
2
VÍDEOS DE APOIO
Alguns serão para relembrar o que foi estudo na graduação, outros somar
conhecimento prático da profissão.
Para tanto, tenha toda sua atenção voltada para esse momento e, se sentir
necessidade, retome a leitura ou mesmo assista novamente ao vídeo.
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INTRODUÇÃO
4
porque alvéolos emergem de suas paredes. Dessa maneira, eles apresentam funções
respiratórias e condutoras de ar. A unidade funcional respiratória pulmonar, chamada
de ácino, é suprida por um bronquíolo terminal e é constituída de bronquíolos
respiratórios, duetos alveolares e alvéolos.
Os pulmões são divididos anatomicamente em lobos, segmentos, lóbulos e
ácinos, na ordem decrescente de magnitude.
As divisões da artéria e veias pulmonares e da artéria bronquial e dos linfáticos
em geral acompanham o mesmo sistema de ramificação das vias aéreas
intrapulmonares. Os ramos da artéria e veia pulmonares c a artéria bronquial
acompanham a árvore bronquial até os bronquíolos terminais. A artéria bronquial
supre os linfonodos do hilo pulmonar, pleura e brônquios e formam vasa va-sorum
com a artéria pulmonar e, em alguma extensão, com a veia pulmonar antes de se
ramificar aos bronquíolos terminais distais. Os ramos da artéria pulmonar suprem
principalmente os bronquíolos terminais, duetos alveolares e alvéolos. Um leito capilar
único, que começa nos bronquíolos terminais, mistura o sangue originado d» artérias
pulmonar e bronquial, embora exista UM pequeno número de anastomoses arteriais
r^ nível. O sangue arterial, de maneira geral, é d nado pela veia pulmonar, com
exceção das primeiras duas a três divisões da traqueia, que vi: ao coração pelo
sistema da veia ázigos. Uma das grandes consequências da proximidade dos
brônquios com ramos da artéria pulmonar são os: de hemoptise, causados por
trombose da veia cava caudal, em bovinos alimentados com carboidratos em grande
quantidade e de maneira contínua.
Os pulmões são inervados por fibras p: simpáticas do vago e por fibras
simpáticas dos gânglios torácico cranial e cervical. As fibras acompanham as vias
aéreas e os vasos sanguíneos até os ácinos e a pleura. Poucas fibras são encontradas
no septo interalveolar. Os reflexos nervos são essenciais para a manutenção do
controle da respiração e para a defesa do sistema respiratório contra agentes irritantes
inalados. O tônus da musculatura lisa das vias aéreas e dos vasos sanguíneos e as
funções secretórias do aparelha mucociliar também estão sob o controle do sistema
nervoso. Os receptores de pressão estão localizados nos músculos lisos da traqueia
e dos grandes brônquios. Esses receptores respondem às alterações de pressão
transmural das vias aéreas e estão envolvidos no reflexo de Hering-Breuer. O seu
estímulo produz dilatação das vias aéreas e diminuição da resistência inspiratória.
Receptores para produtos irritantes são encontrados no epitélio das vias aéreas e são
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supridos por fibras nervosas mielinizadas de pequeno calibre e são estimulados por
partículas irritantes, como poeira, aerossóis e por estímulo mecânico. Esses
receptores estão envolvidos na produção da tosse e na estenose reflexa das vias
aéreas. Eles estimulam também o aumento da respiração com a abertura das vias
aéreas adjacentes aos ácinos colapsados por alguma doença pulmonar. As fibras não
mielinizadas do nervo vago estão associadas aos receptores justa capilares no
interstício do septo alveolar. Estes receptores são estimulados por gases irritantes e
por congestão e edema do espaço intersticial causando taquipneia.
A drenagem linfática do pulmão se faz por dois sistemas: os linfáticos profundos
que se iniciam nos duetos alveolares, acompanham as vias aéreas e artérias em
direção aos linfonodos e tecidos linfoides e estão associados aos linfáticos justa-
alveolares que drenam a parte mais profunda do pulmão; os linfáticos superficiais
drenam a pleura visceral por um plexo que converge para o hilo pulmonar.
Figura 1: Sistema respiratório do gato
6
DOENÇAS DO TRATO RESPIRATÓRIO ANTERIOR EM
GATOS
Herpesvírus
7
Aproximadamente 90% dos animais que sofreram infecção herpética tornam-
se carreadores do vírus por toda a vida, tendo papel fundamental na perpetuação da
infecção por meio do mecanismo de reativação viral. Esta reativação pode ser
induzida por estresse, prenhez/lactação, mudança de hábitos/rotina, introdução de um
novo gato ou uso de corticoides.
Após a infecção primária, o vírus é liberado por secreções nasais, orofaríngeas
e oculares pelo período de uma a três semanas. Pelo fato de ser envelopado, o vírus
não sobrevive por muito tempo no ambiente, sendo necessário o contato direto com
um animal infectado ou via gotículas (saliva/secreções), para a perpetuação do ciclo
viral (fato que explica a grande prevalência em ambientes superpopulosos). A
contaminação por meio de fômites e, mais importante, por meio da reativação viral,
possui papel importante na perpetuação do agente em colônias.
A maioria dos animais primo-infectados é jovem, com o vírus rapidamente se
replicando em células epiteliais nasais, da traqueia e conjuntiva, e com posterior
migração para o gânglio trigeminal. A infecção aguda gera lise epitelial, com necrose
local e exsudação, propiciando infecção bacteriana secundária. As principais
manifestações clínicas são febre, anorexia, prostração, esternutação, secreção nasal
(inicia-se mucoide e evolui para purulenta), quemose, blefaroespasmo, secreção
ocular e tosse. Manifestações menos comuns incluem ulceração oral,
gengivite/estomatite, dermatite facial e alterações neurológicas (raro). Úlceras de
córnea, ceratite estromal e sequestro de córnea são manifestações oculares descritas
com relativa prevalência.
Calicivírus
O calicivírus felino (FCV) é um RNA vírus (fita simples) não envelopado, e muito
mais suscetível a mutações do que os DNA vírus. A predisposição à mutação é
importante, pois cada gato pode possuir uma variante do FCV própria, denominada
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“quase-espécie” viral (gama de variedades diferentes, ou “nuvem de variantes”, com
mutações pontuais mínimas, mas que geram características antigênicas e, por vezes,
patogênicas distintas).
As consequências desta rápida variação antigênica incluem o aparecimento de
uma nova doença (com características e manifestações predominantes distintas),
falha ou pouca efetividade vacinal, geração de resistência e cronificação da infecção.
O vírus é eliminado por secreções orofaríngeas, possuindo eliminação
contínua. Diferentemente da infecção pelo FHV-1, o calicivírus não possui a
característica de latência, não existindo reativação viral, e sim a eliminação
permanente. Em média, gatos infectados eliminam o vírus por aproximadamente 30 a
150 dias. Caso exista uma nova exposição, o animal pode voltar a eliminar a nova
variante viral. Fatos como este sustentam a alta incidência e prevalência da infecção
em colônias/- criatórios de gatos. Cerca de 80% dos gatos que sobrevivem à infecção
aguda se tornam carreadores crônicos do FCV. Estima-se que aproximadamente 25
a 30% dos gatos sadios pertencentes a criatórios comerciais e 10% dos gatos
pertencentes a residências com um único animal sejam carreadores crônicos. Alguns
animais eliminam o vírus por toda a vida.
Pelo fato de o FCV ser um vírus não envelopado, o mesmo é resistente ao
ambiente, podendo sobreviver por até duas semanas fora do hospedeiro; existe,
também, resistência à maioria dos desinfetantes domésticos, mas o calicivírus é
sensível ao hipoclorito de sódio.
As principais manifestações clínicas são febre, anorexia, ulceração oral,
espirros e secreção nasal. Menos comumente, a calicivirose pode causar claudicação
(poliartrite), bronquiolite e pneumonia intersticial (que podem evoluir para pneumonia
bacteriana secundária, principalmente em animais jovens).
O FCV também está implicado, embora de maneira pouco elucidada, na etiologia do
complexo gengivite-estomatite dos felinos. Aproximadamente 80% dos animais com
gengivite crônica possuem o FCV no epitélio oral.
Cerca de 80% dos gatos que sobrevivem à infecção aguda se tornam
carreadores crônicos do FCV. Estima-se que aproximadamente 25 a 30% dos gatos
sadios pertencentes a criatórios comerciais e 10% dos gatos pertencentes a
residências com um único animal sejam carreadores crônicos. Alguns animais
eliminam o vírus por toda a vida.
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Clamidiose
Bordetella
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Micoplasmose
Vídeo 5: Tudo que você precisa saber sobre infecções bacterianas respiratórias em
cães e gatos
Disponível:< https://www.youtube.com/watch?v=cpf6lthOMWE&t=179s>
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DIAGNÓSTICO
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Visto que muitas vezes os animais pertencem a colônias, raramente são
utilizados métodos laboratoriais específicos para o diagnóstico e discernimento entre
os agentes, por questões financeiras.
O diagnóstico laboratorial se dá por métodos moleculares. O exame de eleição
com maior sensibilidade é a PCR, que pode ser feita de secreção nasal ou orofaríngea
(nos casos de herpesvirose, Bordetella ou micoplasmose), secreção conjuntival e
membrana conjuntival (no caso de clamidiose), cavidade oral (no caso da calicivirose).
A interpretação dos resultados deve ser feita com muita cautela. Resultados
positivos em um animal assintomático não o classifica como doente, e sim como
portador/carreador. Animais hígidos podem ter exames positivos para a detecção de
bactérias do gênero Mycoplasma spp. A realização de exames específicos não
modifica a conduta terapêutica.
A sorologia tem valor limitado, por não discernir o animal exposto do vacinado.
Em alguns casos de clamidiose, a citologia conjuntival pode evidenciar o agente
(inclusões intra-celulares). O teste de PCR, por outro lado, apresenta sensibilidade ao
agente bastante superior ao exame citológio.
A interpretação dos resultados deve ser feita com muita cautela. Resultados
positivos em um animal assintomático não o classifica como doente, e sim como
portador/carreador. Animais hígidos podem ter exames positivos para a detecção de
bactérias do gênero Mycoplasma spp. A realização de exames específicos não
modifica a conduta terapêutica.
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TRATAMENTO
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A administração de L-Lisina por via oral, em teoria, pode auxiliar na redução da
multiplicação viral em gatos infectados pelo herpesvírus. As doses preconizadas são
de 500 mg/gato uma vez ao dia, devendo ser administrada em jejum para correta
absorção. No entanto, seu uso é controverso, com estudos recentes mostrando que
este aminoácido não gera redução nem melhora dos quadros herpéticos, podendo
piorar a eliminação viral em alguns casos. não se deve utilizar corticoides nas doenças
respiratórias agudas do trato anterior dos felinos, principalmente por via sistêmica. O
uso da N-acetilcisteína na forma de inalação é contraindicado na espécie felina, por
causar broncoespasmo.
MANEJO E PREVENÇÃO
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O primeiro ponto importante a se salientar é o estado de portador/carreador
assintomático no caso das infecções virais. Os animais assintomáticos são os
principais perpetuadores da infecção, sendo difícil o controle em ambientes sujeitos a
estresse e superpopulação.
O manejo inclui higiene e boas condições sanitárias, além de correto e selecionado
programa vacinal. A redução da superpopulação, estratégias de enriquecimento
ambiental e minimização do estresse são vitais.
A resposta imunológica após a vacinação é caracterizada pela produção de altos
títulos de anticorpos em animais imunocompetentes. No entanto, a vacinação contra
o FCV e FHV-1 não é considerada “esterilizante”, ou seja, não protege o animal contra
a infecção. Mesmo animais corretamente vacinados podem se tornar infectados e
desenvolver o estado de portador crônico/carreador. Muitas vezes, o animal vacinado
já foi exposto aos agentes e já é um portador assintomático.
Embora a imunização não ofereça proteção contra a infecção (e também não
elimine o estado de portador/carreador), os altos títulos de anticorpos auxiliam na
melhor resposta imune contra o desenvolvimento da doença e consequentes
manifestações clínicas. Desta forma, a vacinação atenua a sintomatologia, tornando-
a, muitas vezes, amena e até imperceptível. Portanto, a vacinação é um componente
fundamental no manejo de colônias e criatórios, e o protocolo vacinal deve ser
individualizado para cada situação.
No caso da clamidiose, além de protocolos vacinais corretamente selecionados,
todos os animais devem ser tratados, visando impedir a reinfecção. Embora a
imunização não ofereça proteção contra a infecção (e também não elimine o estado
de portador/carreador), os altos títulos de anticorpos auxiliam na melhor resposta
imune contra o desenvolvimento da doença e consequentes manifestações clínicas.
Desta forma, a vacinação atenua a sintomatologia, tornando-a, muitas vezes, amena
e até imperceptível.
ANATOMIA DO GATO
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Vídeo 7 : COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO
Disponível:< https://www.youtube.com/watch?v=WW6AGtU9IUg >
Sinopse: Problemas do sistema respiratório dos nossos gatos são muito comuns.
Nesse vídeo iremos conversar sobre alguns sinais, possíveis causas e como devo
lidar com o essas condições. Lembrando que esse vídeo tem o intuito de informar.
Não é uma consulta e não sugere nenhum tratamento. Ao identificar qualquer sinal
fora do normal no seu gatinho, leve-o para o veterinário de sua confiança o quanto
antes.
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Infecção Pulmonar
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conseguem esconder bem quando estão doentes, então, muitos tutores não
percebem a doença ou só notam quando já é tarde demais. É necessário prestar
atenção se ele está comendo normalmente, se está dormindo mais que o normal, se
a respiração mudou e se há tosse, que, muitas vezes, é confundida com um engasgo
ou vômito.”, orienta o médico-veterinário e gerente Técnico de Animais de Companhia
da Zoetis (São Paulo/SP), Alexandre Merlo.
Existem vacinas para prevenir doenças e, assim, reduzir as chances de
pneumonia felina. As vacinas da Zoetis, Felocell CRV e a Felocell-C, protegem os
animais de diversos males que compõem o chamado complexo respiratório felino,
como a rinotraqueíte, a calicivirose, além da panleucopenia, que é uma doença
gastrointestinal. Felocell CRV – C também protege contra a clamidiose, uma doença
viral que afeta principalmente os olhos, e pode levar à conjuntivite. “Protegido contra
essas doenças, as chances de o gato desenvolver uma pneumonia caem
drasticamente, por isso, recomendamos a prevenção por meio de vacinas”, explica
Merlo.
Caso o gato já tenha desenvolvido o problema, antibióticos como o Synulox,
em forma de comprimidos palatáveis desenvolvidos pela Zoetis, podem ajudar o pet
a se recuperar. “Ao perceber qualquer alteração no comportamento do seu animal de
estimação, consulte sempre o seu médico-veterinário”, finaliza o especialista.
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comprometida. Poeiras contaminadas, quando inaladas por indivíduos previamente
saudáveis, às vezes podem causar doenças pulmonares fúngicas. A Pneumonia
também pode ocorrer como hipersensibilidade ou resposta alérgica a agentes como
mofo, umidificadores e excrementos de animais ou a lesões químicas ou físicas (por
exemplo, inalação de fumaça). Separamos abaixo as causas mais comuns de
Pneumonia nos cães e gatos
- Megaesôfago
É uma dilatação e diminuição do peristaltismo esofágico que pode ser
congênito, adquirido idiopático (sem causa definida), ou adquirido secundário (algo
levou a essa condição).
Essa patologia faz com que tenha um acúmulo anormal de alimento e de gás
na região esofágica, fazendo com que o animal sofra de constantes regurgitações e,
além disso, algumas complicações que podem vir em decorrência da doença.
A Pneumonia por aspiração é uma complicação muito comum nessa condição,
e requer uma atenção especial, pois muitos animais sucumbem devido a essa
Pneumonia.
- Verminoses
As verminoses são muito frequentes na clínica de cães e gatos, isso devido
sua enorme casuística. Alguns desses vermes se alojam nos pulmões dos animais,
e embora sejam raras infecções graves, de uma forma geral, podem acabar
provocando Pneumonias, efusão pleural, piotórax, e até mesmo complicações mais
graves se não tratadas adequadamente e rapidamente.
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- Fungos
O sistema respiratório é uma porta de entrada para diversas patologias, até
mesmo para infecções fúngicas. Os fungos podem se disseminar pelo sangue ou pela
linfa e causar graves infecções generalizadas. A Pneumonia fúngica também
conhecida como micótica pode ocasionar problemas inflamatórios profundos para os
pulmões dos animais. Atinge mais comumente os cães e causam sintomas de tosse
persistente que não melhora com os tratamentos convencionais. A grande dificuldade
das infecções fúngicas é a baixa oferta de medicamentos eficazes para alguns fungos.
As poucas moléculas disponíveis costumam causar efeitos colaterais renais,
hepáticos e digestivos importantes. Por isso a necessidade de manter os animais com
boa imunidade e investigar o quanto antes o tipo de infecção.
- Pneumonia Bacteriana
As Pneumonias bacterianas causam frequentemente a morte de cães e gatos.
A Pneumonia bacteriana é o tipo mais comum que acomete os animais de estimação.
Os microrganismos que comumente acometem esses animais são Bordetella
bronchiseptica, Escherichia coli, Klebsiella spp, Pseudomonas spp, Pasteurella spp,
Streptococcus spp, Staphylococcus spp e espécies de Micoplasma. Dentre os
sintomas destacam-se tosse, secreção nasal, espirros, dificuldade respiratória, ruídos
pulmonares e intolerância ao exercício. Importante destacar que a Pneumonia
causada por bactérias geralmente é secundária a uma condição como as citadas
neste artigo.
- Cinomose
A cinomose é uma doença infecciosa que afeta os cães e tem etiologia viral. É
responsável por causar problemas respiratórios, gastrointestinais e problemas
neurológicos. Os sinais mais comuns da doença são: tosse, diarreia, anorexia e
desidratação. Esses animais inicialmente podem apresentar uma Pneumonia causada
pelo próprio vírus, mas que com o tempo evolui para uma Broncopneumonia causando
infecções bacterianas secundárias.
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Os sintomas de Pneumonia em cães e gatos podem incluir tosse úmida ou
produtiva, aumento da frequência respiratória, secreção nasal e ocular, respiração
ofegante, apatia, perda de apetite e/ou perda de peso e febre.
- Tratamento
Alguns animais com Pneumonia podem muitas vezes precisar de tratamento
hospitalar, principalmente em casos de desidratação e infecção severas, quando
ficam muitos dias sem se alimentar, ou quando necessitam de oxigenoterapia. Há de
se identificar a causa para combate-la com a terapêutica específica. Geralmente, o
tratamento baseia-se em antibióticos para combater a infecção, anti-inflamatórios,
principalmente corticoides para reduzir a inflamação e aliviar os sintomas.
Recomenda-se não utilizar antibióticos bacteriostáticos em tratamentos com
corticosteroides, devido a possível imunossupressão causada por essa classe de anti-
inflamatórios, optando por antibióticos bactericidas.
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Casos menos graves podem ser tratados em casa, mas exigem dedicação dos
proprietários na administração dos medicamentos e das medidas de suporte que
possam ter sido indicadas.
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BRONQUITE FELINA
A bronquite felina é uma inflamação nas vias aéreas, mais especificamente nos
brônquios e nos bronquíolos, estruturas que realizam o transporte do ar para os
alvéolos. Em outras palavras, são essenciais para o bom funcionamento respiratório
e condicionamento físico, permitindo aos mamíferos performance em atividades
físicas.
Ou seja, os gatos que sofrem com o problema não conseguem aproveitar o
máximo da performance física, ficando assim impossibilitados de praticarem seus
exercícios inerentes da natureza ativa e agitada. Além dos problemas relacionados a
tosses e vômitos, em casos extremos e não tratados o animal pode se tornar
agressivo.
Dentro do âmbito da doença, é possível encontrar a forma aguda, e se não
tratada corretamente, esta pode se tornar crônica. Na aguda, os sintomas são
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intensos e duram poucos dias, e as estruturas respiratórias não sofrem danos
irreversíveis. As estruturas respiratórias não sofrem danos irreversíveis. Já na forma
crônica da doença, os sintomas são menos intensos, mas com duração prolongada,
chegando a meses, sendo necessário o tratamento para controle dos sinais clínicos.
Danos irreversíveis ao sistema respiratório podem ocorrer na forma crônica.
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MODELO DE ANAMMESE
Queixa Principal;
Duração e tempo da doença;
Uso de fármacos no período; Histórico de doenças anteriores;
Uso de fármacos controlados;
Histórico de convulsões;
Ambiente de moradia;
Tipo de dieta ofertada ao animal;
Imunização e desverminação;
Controle de ectoparasitas (carrapatos e pulgas);
Estado de saúde de animais de convívio e pessoas;
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Na investigação do sistema tegumentar, durante anamnese e inspeção, é
importante considerar: pelos e unhas, palpação com a avaliação da pigmentação,
odor, integridade/profundidade, consistência da pele, bem como temperatura e
elasticidade. O diálogo estabelecido entre médico veterinário e tutor deve ser
realizado de modo aprofundado por cada sistema. O significado de alterações
observadas no paciente possuem denominações, abaixo seguem alguns termos
semiológicos e seus achados correspondentes:
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Texto de Apoio
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REFERÊNCIAS
_________. Doenças de trato respiratório anterior em gatos. VETSMART, 2016.
___________. Posse responsável: cuidados básicos para manter a saúde e o
bem estar dos pets. BOEHRINGER.
ALCÓN A., FÀBREGAS N., Torres A., Pathophysiology of Pneumonia, Clin Chest
Med., Mar 2005.
MIZGERD, J.P. Acute Lower Respiratory Tract Infection, N Engl J Med, v.14, n.
358, 2008.
SONNE L., OLIVEIRA E. C., PESCADOR C. A., et al, Pesq. Vet. Bras. vol.29 n.2,
2009.
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