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PULMÃO

O pulmão é um órgão pertencente ao sistema respiratório que garante a


ocorrência das trocas gasosas. Está presente em diferentes espécies
animais, sendo observado em mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
 Nos seres humanos, os pulmões estão protegidos pela caixa torácica e
apresentam uma altura de cerca de 30 cm. É um órgão esponjoso e que apresenta
coloração rósea na infância. Algumas doenças podem acometer os pulmões,
desencadeando sintomas como tosse e dificuldades respiratórias. 
Leia também: Sistema respiratório — função e órgãos que o compõem
Pulmão humano
Os seres humanos apresentam dois pulmões, os quais estão protegidos pela
estrutura óssea do tórax, a chamada caixa torácica, a qual é composta por 12
vértebras torácicas, 12 pares de costelas e o osso esterno. Ela promove proteção
aos pulmões e outros órgãos ali presentes e também garante que os pulmões
sejam capazes de se expandir durante a respiração. Sendo assim, a caixa torácica
é rígida o suficiente para garantir proteção, mas é também elástica para garantir o
aumento do volume dos pulmões.
Os pulmões apresentam formato cônico e possuem um ápice superior e uma
base inferior, a qual descansa sobre o diafragma, um importante músculo
relacionado com a respiração e que separa o tórax e o abdome. Além disso, esses
órgãos estão subdivididos em lobos. O pulmão direito apresenta três lobos
(superior, médio e inferior), enquanto o esquerdo apresenta dois (superior e
inferior). Na face mediastinal (face voltada para o mediastino, um espaço
existente entre os dois pulmões que comporta estruturas como o coração e o
esôfago) do pulmão, observa-se a presença de uma fenda denominada hilo do
pulmão. É do hilo que entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares.
O pulmão é um dos órgãos que compõem o sistema respiratório.

Os pulmões de uma pessoa adulta frequentemente apresentam coloração


acinzentada devido à presença de fuligem e poeira nos linfáticos respiratórios. O
pulmão de uma criança, no entanto, apresenta a coloração rósea. Um pulmão
normal pesa cerca de 1000 gramas, sendo cerca de 500 gramas correspondentes
ao tecido pulmonar e os outros 500 referentes ao sangue nele contido. A altura do
órgão é de aproximadamente 30 cm, e o diâmetro, de cerca de 20 cm.
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Os pulmões apresentam uma consistência esponjosa, sendo a maior parte do


parênquima pulmonar formada pelos alvéolos, estruturas nas quais ocorrem as
trocas gasosas. Os alvéolos são cobertos por uma substância denominada
surfactante. A função do surfactante é diminuir a tensão superficial, evitando,
desse modo, o colapso dos pulmões devido à excessiva tensão superficial.
Leia também: Embolia gasosa — situação grave causada pela presença de gás
no interior dos vasos sanguíneos
Pleura
Cada pulmão é envolvido por uma membrana serosa denominada
pleura, que é formada por dois folhetos, o parietal e o visceral, ambos
constituídos por mesotélio e uma camada fina de tecido conjuntivo, o qual
apresenta fibras elásticas e colágenas.
A pleura parietal está em contato com o diafragma e com a borda interna do
tórax. A pleura visceral, por sua vez, está em contato direto com a superfície do
pulmão. Entre a pleura visceral e parietal, há um espaço, onde há um líquido
lubrificante que permite uma respiração com menor atrito.
O caminho do ar até os pulmões
Os pulmões são os órgãos fundamentais para o processo de respiração, uma vez
que são os locais onde as trocas gasosas acontecem, ou seja, onde o oxigênio
presente no ar inspirado difunde-se para o sangue e o gás carbônico presente no
sangue passa para o interior dos alvéolos para posterior eliminação. Até o ar
chegar aos pulmões, no entanto, ele passa por uma série de órgãos que garantem
a sua condução até a porção respiratória.

O ar entra no nosso corpo pelas fossas nasais ou pela boca e segue em direção
à faringe, uma estrutura comum ao sistema respiratório e sistema digestório. Da
faringe, o ar segue em direção à laringe. É nesse órgão que estão presentes as
chamadas pregas vocais, responsáveis pela produção dos sons.
Da laringe, o ar segue em direção à traqueia, um tubo cilíndrico formado por
anéis de cartilagem incompletos. A traqueia se ramifica em dois brônquios, os
quais, após um curto percurso, penetram os pulmões pelo hilo. Esses brônquios
são denominados brônquios primários.

Ao entrarem nos pulmões, os brônquios primários ramificam-se em brônquios


secundários, que se dividem em brônquios terciários, tornando-se cada vez
menores e dando origem aos bronquíolos.
Os bronquíolos se dividem em bronquíolos terminais, os quais originam
os bronquíolos respiratórios. Os bronquíolos respiratórios abrem-se nos ductos
alveolares e estes nos alvéolos, que estão geralmente agrupados, formando um
saco alveolar. Quando o ar chega aos alvéolos, o oxigênio difunde-se para o
sangue e o gás carbônico presente no sangue passa para o interior dos alvéolos. O
gás carbônico segue então o caminho contrário para ser eliminado para o meio
externo.
Leia também: Movimentos respiratórios — o processo de renovação do ar no
interior dos pulmões

Doenças que acometem os pulmões


Vírus e bactérias podem desencadear problemas pulmonares.

Os pulmões são órgãos que frequentemente são afetados pela ação de substâncias
tóxicas e agentes patogênicos, como bactérias e vírus. Quando os pulmões são
acometidos por algum desses agentes, é comum que apresentemos dificuldade
respiratória, dor torácica e tosse. Alguns dos problemas que acometem o pulmão
são o enfisema pulmonar, a pneumonia, o câncer de pulmão, a tuberculose e a
embolia pulmonar.

 Enfisema pulmonar: doença desencadeada, principalmente, pelo


consumo de cigarro, mas outros fatores podem estar associados, como a
poluição atmosférica. É uma doença degenerativa e se desenvolve,
geralmente, após muitos anos de exposição do pulmão aos agentes
agressores. Entre os sintomas da doença, podemos citar a dificuldade
para respirar e a tosse.
 Pneumonia: causada por diferentes agentes, como bactérias, vírus e
fungos. Também pode ser resultado de reações alérgicas. Alguns dos
sintomas da pneumonia são febre, tosse, falta de ar e secreção de muco
purulento.
 Câncer de pulmão: De acordo com o Instituto Nacional de Câncer
José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de pulmão é o primeiro
em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em
mortalidade. Ainda de acordo com esse instituto, cerca de 13% de
todos os casos novos de câncer são de pulmão. Esse tipo de câncer está
bastante relacionado com o consumo de cigarro, sendo estimado que
aproximadamente 85% dos casos da doença estejam associados ao uso
de derivados do tabaco.
 Tuberculose: doença causada pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis, também conhecida como bacilo de Kock. Pode ser
classificada em pulmonar e extrapulmonar. Na tuberculose pulmonar,
verificam-se sintomas como tosse persistente seca ou produtiva, febre,
sudorese noturna e perda de peso. A tuberculose extrapulmonar, por
sua vez, apresenta sinais e sintomas de acordo com o órgão que foi
acometido.
 Embolia pulmonar: ocorre devido à presença de um trombo
obstruindo a artéria pulmonar ou um de seus ramos. O tamanho do
trombo e sua localização estão diretamente relacionados com os sinais
e sintomas apresentados pelo paciente. Entre os sintomas mais
frequentes estão a dificuldade respiratória e a dor torácica.   

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