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Iª UNIDADE

Contribuição da prática de estágio pedagógico na formação do futuro profissional


da educação

Conceito de Estágio pedagógico

 Estágio pedagógico é uma actividade curricular articulada da teoria e prática,


que se desenvolve no curso de formação para que garantam o contacto
experimental com situações psicopedagógicas,

A integração entre a teoria e a prática pretende contribuir para a formação de um


professor reflexivo que aprende a exercer a sua autonomia, a sua criatividade e que
aprende a pesquisar e a gerir as várias situações de ensino e aprendizagem visto que
estas situações de ensino e aprendizagem são imprevisíveis e a formação de professores
não se pode contentar em formar professores meramente técnicos, capazes apenas de
implementar um certo currículo.

Contribuição da prática de estágio pedagógico na formação do futuro profissional


da educação

O estágio assume um papel de grande relevância, não podendo ser concebido como uma
acção desvinculada no contexto da formação, ou seja, uma acção orientada
excepcionalmente em saberes teóricos dissociados da área educacional.

 Contribui na construção de novos caminhos e os saberes teóricos e práticos de


acordo com vivências concretas do quotidiano do campo educacional. (TARDIF,
2002)
 Proporciona a aquisição de habilidades e competências que possibilitem a
intervenção, a investigação e a prática de projectos pedagógicos;
 Contribuir com as suas variadas actividades para a formação de um
professor que saiba ser autónomo, que saiba diferenciar o ensino da
aprendizagem, gerindo de forma adequada as várias situações de ensino e
aprendizagem.
 Contribui efectivamente para o desenvolvimento socioprofissional e para a
construção da identidade docente,

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 Permite a assimilação dos saberes teóricos mediante acções visíveis de
experiência em situações diárias no ambiente escolar, que geram os saberes
práticos.
 A prática constitui um caminho a serem trilhados para a construção de uma
prática pedagógica consciente, cuidadosa, apurada em seus sentidos na formação
de professores.
 Permite o intercâmbio entre as instituições formadoras e a comunidade escolar, e
assim situando no contexto social o curso de formação de professores, tendo a
pesquisa um dos pressupostos desta formação.

Os objectivos de Estágio pedagógico

"Para PILLET (2000:64) as actividades que proporcionam ao estudante um


conhecimento próprio e afectivo dos mecanismos gerais para o funcionamento das
escolas é a observação e integração em níveis organizacional, administrativo e
pedagógico consistindo em:

 Dosificar e Planificar as aulas de acordo o que rege na instituição ou escola onde


presta o referido estagio.
 Auto-avaliar o seu trabalho de modo a melhorar o seu desempenho
 Observar a realidade escolar no seu conjunto em aspectos profissionais
 Observar aulas dos metodólogos e dos seus colegas pelas experiencias
profissionais.

Fases da Prática e Estágio Pedagógico

 Prática Pedagógica Geral (com 80 horas, sendo 48 horas de contacto e 32


horas de estudo); Prática Pedagógica de (uma certa disciplina) I (com 80 horas,
sendo 48 horas de contacto e 32 horas de estudo); Prática Pedagógica de (uma
certa disciplina) II (com 100 horas, sendo 48 horas de contacto e 52 horas de
estudo); Estágio Pedagógico (com 150 horas, sendo 48 de contacto e 102 horas
de estudo)

O Estágio Pedagógico tem como objectivos gerais:

Desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas e


profissionais gerais bem como atitudes no estudante, futuro professor, no domínio do
processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica;

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IIª UNIDADE

Espermatófitas (características principais)

Características gerais das fanerógamas

A grande maioria das plantas que conhecemos pertence ao grupo das fanerógamas. O
termo " fanerógama " (do grego phaneros visíveis) refere-se ao facto de essas plantas
apresentarem órgãos reprodutores evidentes, ao contraio do que ocorre nas criptógamas.
As fanerógamas são também chamadas espermatófitas (do grego erpermatos, semente,
e phyton, planta), pelo fato de formarem sementes.

Classificação das fanerógamas

As fanerógamas compreendem dois grupos; informais: gimnospermas (do grego


gymnos, nu! e sperma, semente, e as angiospermas (do grego, aggeion, vaso). As
primeiras apresentam sementes expostas (nua, enquanto as segundas têm sementes
alojadas dentro dos frutos.

As gimnospermas são divididas em quatro filos ou divisões: Coniferophytas


(coníferas), Cycadophyta (cicadófitas). Gnetophytas (gnetofitas) e Ginkgophytas
(gincofitas.) A divisão mais conhecida é das coníferas, que compreende os pinheiros, os
ciprestes e os cedros. As cicadófitas, ou cicadáceas, lembram pequenas palmeiras. e
algumas espécies são utilizadas como plantas ornamentais. Já as gnetofitas e as
gincofitas são pouco conhecidas.

As angiospermas estão agrupadas em uma única divisão, Anthophita (ou


Magnoliophytas),composta por cerca de 285 mil espécies atuais, sendo as plantas mais
abundantes do planeta. Esse sucesso pode ser atribuído ao desenvolvimento de diversas
adaptações, dentre as quais destaca-se a reprodução através das flores.

A divisão Anthophita compreende duas classes: Monocotiledónea ou Liliopsida


(monocotiledóneas) e Dicotyledoneas ou Magnoliopsida (dicotiledóneas).

O principal critério para separar as angiospermas nessas duas classes é o número de


cotilédones presentes na semente, dois nas dicotiledóneas e um nas monocotiledóneas.
Os cotilédones são folhas especiais cuja função é alimentar o embrião quando a semente
inicia seu desenvolvimento.

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Habitat

As fanerógamas estão amplamente distribuídas pelo mundo, ocupando tanto regiões


húmidas quanto desertos. Há diversas espécies aquáticas.

As gimnospermas são abundantes nas regiões temperadas do hemisfério norte, onde


formam extensas florestas chamadas taigas. No Brasil existe uma formação vegetal de
coníferas conhecida como mata de araucárias, típico da região sul do país.

Adaptações das fanerógamas à vida terrestre

O grande sucesso das fanerógamas pode ser atribuído â duas importantes adaptações ao
ambiente terrestre: a independência da água para a reprodução e a propagação por meio
de semente.

A polinização é realizada pelo vento, neste caso, denominada anemofilia. Em cicas a


polinização é realizada pelos insectos e é denominada entomófilia.

Reprodução das fanerogâmicas

Assexuada e sexuada. Algumas espécies dê Fanerógamas apresentam reprodução


assexuada por meio de mudas e estolões, Na reprodução sexuada, há alternância de
gerações. A geração esporófita é a fase duradoura e a geração gametófita é muito
reduzida. O gametófito Feminino está contido no óvulo e o gametófito masculino está
contido no grão de pólen.

Importante:

As fanerógamas têm ramos reprodutivos especializados (estróbilos em gimnospermas e


flores em angiospermas).

São exemplo de fanerógamas gimnospermas: Pinus eliotis (coníferas) e Cycas revoluta


(cicadófitas);

Fanerógamas angiospermas: Zea mays (milho) e Triticum sativum (trigo), ambas


monocotiledóneas; Phaseolus vulgaris (feijão) e Solanum tuberosum (batata inglesa),
ambas angiospermas dicotiledóneas.

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IIIª UNIDADE

Sistema respiratório, características gerais e regulação

O sistema respiratório é o sistema responsável por garantir a captação de oxigénio do


meio ambiente e a liberação do gás carbónico. Além disso, esse sistema
está relacionado com o olfacto, ou seja, nossa capacidade de permitir odores e
relacionado também com a fala, devido à presença das chamadas pregas vocais em um
dos órgãos do sistema respiratório.

O sistema respiratório é um sistema relacionado com a captação de oxigénio e liberação


de gás carbónico para o meio.

Divisão do sistema respiratório

Parte condutora

É formada pelas fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e
bronquíolos terminais. Como o nome indica, essa porção permite a entrada e saída de ar,
porém sua função não acaba aí, é nessa parte que o ar é limpo, humedecido e aquecido.

Parte da Porcão respiratória

É formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos, que são as
partes responsáveis pela ocorrência das trocas gasosas. É nessa porção que o oxigénio
inspirado passará para o sangue e o gás carbónico presente no sangue passará para o
sistema respiratório.

A respiração é dependente do centro respiratório no bulbo.

Órgãos do sistema Respiratório

Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe), laringe,


traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões.

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Fig.1: principais órgãos do sistema respiratório.

Fossas nasais

O primeiro local por onde o ar passa. Nelas é possível observar três regiões: o vestíbulo,


a área respiratória e a área olfactaria. O vestíbulo é a parte anterior e dilatada das fossas
nasais, a qual se comunica com o meio exterior. A região respiratória corresponde
à maior parte das fossas nasais. Por fim, temos a área olfactaria que corresponde
à parte superior das fossas nasais, a qual é rica em quimiorreceptores de olfacção.

Faringe 

É um órgão musculomembranoso comum ao sistema digestório e respiratório. A parte


que faz parte do sistema respiratório é denominada de nasofaringe, enquanto a parte
digestória é denominada de orofaringe. A nasofaringe
está localizada posteriormente à cavidade nasal.

Laringe

É um órgão que atua garantindo a conexão entre a faringe e a traqueia. Na laringe, é


possível perceber a chamada epiglote, que nada mais é do que um prolongamento que se
estende desse órgão em direcção à faringe e evita que alimento adentre o sistema
respiratório. Além da epiglote, encontramos na laringe a presença das
chamadas pregas vocais, que são responsáveis pela produção de som.

Traqueia

É um tubo formado por cartilagens hialinas em formato de C, logo depois da laringe.

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A traqueia ramifica-se dando origem a dois brônquios, denominados de brônquios
primários.

Brônquios: são ramificações da traqueia, que penetram cada um em um pulmão, pela


região do hilo. Esses brônquios, denominados de brônquios primários ou principais,
penetram pelos pulmões e ramificam-
se em três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios,
chamados de secundários ou lobares, ramificam-se dando origem a brônquios terciários
ou segmentares, que se ramificam dando origem aos bronquíolos.

Bronquíolos: são ramificações dos brônquios, possuem diâmetro de cerca de 1 mm e


não possuem cartilagem. Esses também ramificam-se, formando os bronquíolos
terminais e, posteriormente, os bronquíolos respiratórios.
Os bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte respiratória e abrem-se no
chamado ducto alveolar.

Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem parte da última porção da árvore


brônquica e estão localizadas no final dos ductos alveolares. São semelhantes a
pequenas bolsas, apresentam uma parede epitelial fina e são o local onde ocorrem as
trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão organizados em grupos chamados de saco
alveolar.

Pulmões

São órgãos em formato de cone que apresentam consistência esponjosa e apresenta


maior parte de seu parênquima formado pelos alvéolos, sendo estimada a presença de
cerca de 300 milhões de alvéolos nos pulmões. Cada pulmão é revestido por uma
membrana chamada de pleura. O pulmão de uma criança, geralmente, apresenta a
coloração rósea, enquanto do adulto pode ter uma coloração mais escura devido à maior
exposição à poeira e à fuligem.

Os pulmões apresentam seu parênquima formado, principalmente, por alvéolos.

Funcionamento do sistema respiratório

O sistema respiratório funciona garantindo a entrada e saída de ar do nosso corpo. O ar


inicialmente entra pelas fossas nasais onde é humedecido, aquecido e filtrado. Ele
então segue para a faringe, posteriormente para laringe e para a traqueia. A traqueia

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ramifica-se em dois brônquios dando acessos aos pulmões. O ar segue, então, dos
brônquios para os bronquíolos e finalmente chega aos alvéolos pulmonares.

As trocas gasosas acontecem nos alvéolos pulmonares.

Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas, um processo também denominado


de hematose. O oxigénio presente no ar que chega até os alvéolos dissolve-se na camada
que reveste essa estrutura e difunde-se pelo epitélio para os capilares localizados em
torno dos alvéolos. No sentido oposto ocorre a difusão de gás carbónico.

Os principais pigmentos respiratórios presentes nos animais


são a hemoglobina e a hemocianina

Controle da respiração em seres humanos (regulação)

A respiração, entretanto é controlada automaticamente pelo sistema nervoso,


independentemente de nossa vontade.

O centro nervoso que controla a respiração Localiza-se na medula espinal. Em


condições normais, o centro respiratório medular produz. A cada 5 segundos. um
impulso nervoso que estimula a contracção da musculatura torácica e do diafragma,
fazendo-nos inspirar.

O aumento da respiração celular leva à liberação de maiores quantidades de gás


carbónico, aumentando o nível de acidez do sangue. A acidez estimula o centro
respiratório medular, levando ao aumento dos movimentos respiratórios.

Se houver diminuição pronunciada da concentração de gás oxigénio no sangue, o ritmo


respiratório também é aumentado. A diminuição no teor de gás oxigénio é decretada por
receptores químicos localizados nas paredes da aorta e da artéria carótida. Esses
receptores enviam, então, mensagem ao centro respiratório medular para que este
aumente o ritmo respiratório

Quando os níveis de gás carbónico aumentam no sangue e no líquido cerebrospinal,


acontece uma queda no pH. Isso acontece devido ao fato de que o gás carbónico
presente nesses locais pode reagir com água e desencadear a formação de ácido
carbónico (H2CO3). Esse pode dissociar-se em íons bicarbonato (HCO 3-) e íons
hidrogénio (H+). O aumento dos íons hidrogénio provoca a queda do pH.

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Quando os níveis de gás carbónico aumentam no sangue, ele penetra nas hemácias e é
transformado, por acção da enzima anidrase carbónica, em ácido carbónico. que
posteriormente se dissocia nos íons H+ e bicarbonato.

CO2 + H2O →H2CO3 →H+ + HCO3

O bulbo, então, percebe essas alterações, e sinais são enviados para os músculos


intercostais e diafragma para que ocorra um aumento da intensidade e taxa da
respiração. Quando o pH retorna ao normal, há uma redução da intensidade e taxa
respiratória.

Distúrbios do sistema respiratório

 Sinusite, resfriado e coqueluche


 Rinite alérgica e asma brônquica (excesso de muco nas narinas)
 Pneumonia e tuberculose pulmonar (infecção causada pela bactéria
Mycobacterium tuberculos)
 Bronquite crónica, enfisema e câncer de pulmão (devido ao fumo do cigarro)

Tipos de respiração dos animais

Inspiração: garante a entrada de ar no sistema respiratório. Nesse processo há


a contracção do diafragma e dos músculos intercostais, levando
a expansão da caixa torácica e diminuição da pressão em seu interior.

Expiração: Quando o ar sai do sistema respiratório. Nesse processo


os músculos torácicos relaxam, assim como o diafragma, levando à redução da caixa
torácica e ao aumento da pressão interna.

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IVª UNIDADE

Fungos e suas características

Os fungos são organismos eucarióticos, heterotróficos e, em sua maioria, filamentosos,


existindo algumas espécies unicelulares como as leveduras.

No passado, os fungos foram considerados plantas degeneradas, que haviam perdido a


clorofila e a capacidade de realizar fotossíntese. Esse foi o motivo de, nas classificações
mais antigas, eles terem sido incluídos no reino das plantas. Devido novos
conhecimentos biológicos, provenientes do desenvolvimento das técnicas de
microscopia e bioquímica, mostraram que os fungos se pareciam mais com animais do
que com as plantas e posteriormente foram transferidos para o reino protista, com
algumas algas e protozoários.

Em 1970, devido as suas diferenças estruturais, os fungos foram agrupados no reino


fungi.

Acredita-se que o maior ser vivo existente hoje na terá seja o fungo Armillaria ostoyae,
com idade estimada entre 400 e 1000 anos.

Organização corporal

Alguns fungos, como as leveduras, por exemplo, são unicelulares. A maioria no entanto,
é multicelular, constituída por filamentos microscópicos e ramificados denominado
hifas.

Conjunto de hifas forma o micélio, que constitui o corpo do fungo multicelular.

Uma hifa é uns tubos microscópicos que contem o material celular do fungo. As hifas
podem ser de dois tipos: cenocíticas e septadas.

Hifas cenocíticas (do grego koinos, comum, e kitos, célula) são tubos contínuos, sem
divisões transversais, preenchidos por uma massa citoplasmática com centenas de
núcleos. Pode se dizer que compartilham um citoplasma comum.

Hifas septadas são hifas que apresentam paredes transversais (septos) delimitando
compartimentos celulares com um ou dois núcleos, do estágio do ciclo sexual. A parede
das hifas é constituída basicamente pelo polissacarídeo quitina. Esta substância também

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esta presente no reino animal, constituindo o esqueleto dos artrópodes (crustáceos,
insectos, aranhas).

O crescimento das hifas ocorre apenas nas extremidades; nas regiões mais antigas, o
conteúdo citoplasmático pode até mesmo desaparecer. Assim durante o crescimento do
fungo, a massa citoplasmática prolonga as hifas, fluido para as extremidades das
galerias em construção e, eventualmente, abandonando as mais antigas.

Nutrição dos fungos

Os fungos apresentam nutrição heterotrófica e utilizam grande variedade de fontes


orgânicas de alimentos. A maioria das espécies vive no solo, nutrindo-se de cadáveres
de animais ou plantas. Outras espécies nutrem-se de matéria orgânica viva, causando
doenças em animais e plantas e sendo responsáveis pelo apodrecimento de frutas e
verduras. Os fungos desempenham papel importantíssimo na reciclagem dos elementos
químicos que constituem a matéria orgânica do planeta.

Durante seu crescimento sobre a fonte de alimento, o micélio libera enzimas digestivas,
que agem extracelularmente, degradando as moléculas orgânicas. As hifas absorvem,
então, os produtos da digestão, utilizando-os como fonte de energia e matéria-prima
para a sua sobrevivência e crescimento. Esse modo de vida dos fungos, conhecido como
saprofagia (do grego sapros, podre e phagein, comer), é responsável pelo
apodrecimento de diversos materiais.

Algumas espécies de fungos são parasitas, vivendo a custa de animais e de plantas


vivos. Há espécies que vivem em associações harmoniosas com outros organismos,
trocando benefícios, como é o caso dos fungos que constituem os líquenes e as
micorrizas.

Principais grupos de fungos

Distinguimos dois filos no reino Fungo: Eumycota (fungos verdadeiros) e Mixomycota


(fungos gelatinosos). O filo Eumycota esta distribuídas em quatro classes: Zygomycota
(zigomicetos), Ascomicetes (ascomicetos), Basidiomicetes e Deuteromycota
(deuteromicetos). O principal critério para separar os fungos nessas quatro classes é o
tipo de processo sexual e de estrutura reprodutiva que apresentam.

Filo Chytridiomycota (quitridiomicetos ou mastigomicetos)

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Este filo reúne fungos, em sua maioria aquáticos, que apresentam flagelos em algum
estágio de ciclo de vida. Nenhum dos outros grupos de fungos apresentam e essa é a
principal razão de alguns sistematas sugerirem a retirada dos quitridiomicetos do reino
fungi. A presença de flagelos também leva alguns autores a denominar esses
organismos de mastigomicetos (do gredo mastix, flagelo, e Myceto, fungo).

Como outros fungos, os quitridiomicetos apresentam quitina na sua parede celular e


armazenam glicogénio. Algumas espécies são unicelulares, mas a maioria é filamentosa
com hifas cenocíticas. Muitas espécies de quitridiomicetos e de oomicetos são
saprofágicas, decompondo cadáveres de plantas e animais. Há diversas espécies
parasitas. Oomiceto: phytophthora infestans, destruidor de batata.

Filo Zygomycota

O filo zygomycota (do grego zygos, união) reúne fungos que não formam corpo de
frutificação durante os processos sexuais. Eles são também os únicos fungos
multicelulares com hifas cenocíticas. Em classificações mais antigas, os zygomycetos
eram chamados de ficomicetos.

Esse filo reúne espécies de vida livre, como Rhyzopus sp., um bolor negro que cresce
sobre superfícies húmidas de alimentos ricos e carbohidratos, como pão velho, frutas e
verduras. Existem também zygomycetos parasitas de protozoários, de vermes e de
insectos e espécies que formam associações mutualisticas com raízes de plantas,
chamadas micorrizas.

Filo Ascomycota

Os ascomicetos são caracterizados por formar, no ciclo de reprodução sexuada, células


especiais em forma de saco, os ascos, de onde provem o nome de ascomycota (do grego
askos, odre, saco). No interior dos ascos formam-se esporos sexuais denominados
ascósporos. Em certos ascomicetos, os ascos ficam reunidos em corpos de frutificação
carnosos chamados de ascocarpos ou ascomas.

O exemplo mais conhecido de ascomicetos é a levedura Saccharomyces cervisae,


popularmente chamado de fermento-de-padaria. Esse organismo apresenta-se
normalmente sob a forma unicelular, mas sob condições de falta de nutrientes, pode
formar um micélio (ou pseudomicelio). Esse fenómeno, chamado de dimorfismo (forma

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unicelular e de micélio), também é observado em outras espécies de levedura. Um
ascomicetos importante em estudos genéticos é Neurospora crassa.

Existem ascomicetos comestíveis como Marchella esculenta, espécie que vive em


associações mutualistas com algas ou cianobactérias, formando liquens.

Basiodiomycota

O filo basiodiomycota (do grego basis, base) reúne os fungos que formam, durante o
ciclo de reprodução sexuada, células especiais, os basídios, onde se originam os esporos
sexuais, basidiosporos. Os basidiomicetos formam corpos de frutificação elaborados, os
basidiocorpos ou basídiomas, popularmente conhecidos como cogumelos. Um dos
representantes bem conhecidos dos basidiomicetos é Agaricus champignom

Deuteromycota.

O filo deuteromycota (do grego, deuteros, inferior, secundário) reúne as espécies de


fungos que aguardam melhor classificação. Esse filo é na verdade, uma categoria de
conveniência e tenderá a ser extinto. Este filo abriga fungos sem processos sexuais
conhecidos. Exemplo: quitridias.

Reino Fungi
Filo Características principais
Reúne fungos unicelulares ou
filamentosos (hifas cenocíticas).
Chytridiomycota (quitridiomicetos) Apresentam flagelos em alguns estágios
do ciclo de vida. Ex. Phytophthora
infestans
Reúne fungo com hifas cenocíticas.
Formam corpo esporos sexuados
Zygomycota chamados zigósporos. Sem corpo de
frutificação. Ex. Rhyzopus nigricans, um
bolor negro do pão.
Reúne fungos com hifas septadas.
Formam esporos sexuados chamados
ascósporos, em células especializadas
chamadas ascos. Algumas espécies
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Ascomycota formam corpo de frutificação (ascocarpos
ou ascomas). Ex. Saccharomyces cervisae
(fermento de padaria ou lêvedo de
cerveja)
Reúne fungos com hifas septadas.
Formam esporos sexuados chamados
basidiosporos, em células especializadas
chamadas basídios. Algumas espécies
Basiodiomycota
formam corpo de frutificação elaborada
(basidiocarpo ou basídiomas). Ex.
Agaricus sp (champignon).
Reúne fungos sem classificação definida,
Deuteromycota nos quais não se conhecem os processos
sexuais de reprodução.

Reprodução dos fungos

O processo de formação de uma primeira hifa a partir de um esporo é conhecido como


germinação.

Reprodução assexuada

A maneira mais simples de um fungo filamentoso reproduzir-se assexuadamente é por


fragmentação: um micélio fragmenta-se originando novos micélios. Excepções são as
leveduras Saccharomyces cerevisae, que se reproduzem por brotamento, ou gemulação.

Os brotos (gémulas) normalmente separam-se da célula original, mas eventualmente


podem permanecer grudados, formando cadeias de células.

Esporulação

Muitos fungos reproduzem-se assexuadamente por esporulação, com formação de


células haplóides dotadas de paredes resistentes, os esporos. Como exemplo de
reprodução assexuada por esporulação podemos citar a do zygomycetos Rhyzopus sp.

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Brotamento

Leveduras como, Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou


gemulação

Os ascomicetos também formam hifas reprodutivas assexuadas, os conidióforos, nas


extremidades das quais individualizam-se fileiras de células que se transformam em
esporos conhecidos como conídios, ou conidiosporos.

As quitridias aquáticas formam esporos flagelados móveis, os zoósporos, adaptados a


dispersão do fungo em meio liquido.

Reprodução sexuada

Os fungos verdadeiros como zigomicetos, ascomicetos e basidiomicetos apresentam


processos de reprodução sexuada em que ocorre a fusão de núcleo celulares haplóides,
com formação de zigotos diplóides. Estes dividem-se imediatamente por meiose
(meiose zigótica) para formar células haplóides que se diferenciam em esporos.

Nos zigomicetos, os esporos resultantes dos processos sexuais recebem o nome de


zigósporos: nos ascomicetos eles são chamados de ascósporos e, nos basidiomicetos,
são chamados de basidiósporos.

Chama-se de esporos sexuais para indicar que eles tiveram a origem a partir da meiose
de um zigoto diplóide, diferenciando-os dos esporos que se formam assexuadamente.

Muitas espécies de fungos apresentam sexuais distintas designadas pelos sinais + e -.


Isso quer dizer que nesses fungos, denominados heterotálicos, existem duas formas
fisiologicamente distintas de micélio, sendo que um do tipo + so pode realizar
reprodução sexuada com um do tipo – e vice-versa.

Os fungos que não apresentam diferenciação sexual são chamados de homotálicos e


neles a reprodução sexuada pode ocorrer tanto entre hifas de micélio distintos quanto
hifas de um mesmo micélio. A reprodução sexuada dos fungos começa pela fusão de
hifas, a plasmogamia. As hifas resultantes da plasmogamia são designadas por hifas
dicarioticas, porque os núcleos originários da fusão distribuem-se aos pares.

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Posteriormente ocorre a cariogamia, ou seja, a fusão dos pares de núcleos haplóides,
originando os núcleos zigóticos diplóides que dividem-se imediatamente por meiose e
dão origem aos esporos sexuais.

Importância ecológica e económica dos fungos

 Decomposição de matéria orgânica

Os fungos são organismos fundamentais ao equilíbrio da natureza. As espécies


saprofágicas, juntamente com certas bactérias desempenham o papel de agentes
decompositores destruindo cadáveres e restos de animais e plantas. Isto permite que os
elementos químicos constituintes da matéria orgânica dos seres mortos sejam
aproveitados pelos novos seres que nascem.

 Fungos e a produção de alimentos, bebidas e medicamentos

As espécies de cogumelo são usadas na alimentação humana como: Agaricus


campestris, conhecido como champignon, e o Lentinus edodes.

As leveduras são fungos microscópicos utilizados na preparação de alimentos e bebidas


fermentadas. O levedo Saccharomyces cerevisae, empregado na fabricação de pão e de
bebidas alcoólicas, fermenta açucares para obter energia, liberando gás carbónico e
álcool etílico.

 Fungos parasitas

Diversas espécies de fungos são parasitas e causam doenças em plantas e animais


inclusive na espécie humana. Certos fungos podem infecções graves, com lesões
profundas na pele e em órgãos internos da pessoa. Nas plantas, os fungos provocam
doenças como a ferrugem que ataca o cafeeiro e outras economicamente importantes.

Micorrizas são associações de um fungo (basidiomicetos, zigomicetos) com raízes de


plantas angiospérmicas.

Líquenes são associações mutualisticas entre um fungo (ascomicetos) com uma alga.

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Vª UNIDADE

O processo educacional na promoção da saúde e preservação do meio ambiente


(relação escola-comunidade);

Conceito da saúde humana

No entanto, em 1948, no intuito de propor um conceito, a Organização Mundial da


Saúde (OMS) definiu saúde não apenas como ausência de doença, mas como completo
bem-estar físico, mental e social. Tal conceito é adoptado pela organização ainda hoje.

• Saúde- é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a


ausência de doença.

Educação em saúde ambiental

Processo educativo permanente, sistemático e contínuo, que ocorre nas relações que se
estabelecem entre os diversos sujeitos na sociedade, no meio ambiente, com as diversas
formas de vida, que afetam a saúde humana e sua qualidade de vida.

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
colectividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, Lei de n.º
9.795/99).

Desse modo, a Educação Ambiental é uma forma de acção preventiva, que visa o
estabelecimento do indivíduo como sujeito responsável pelo ambiente em que se
encontra inserido, através da conscientização que pode ser formal ou não; propõe a
prática de valores ético-ambientais como uma maneira de transformação (REIGOTA,
1994).

Promoção de saúde e educação ambiental

• A Educação Ambiental (EA) – é um instrumento de promoção da saúde. Tem


como foco principal: a resolução de problemas locais (Layrargues (1999).

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• Visando aproximar os processos educativos da realidade vivida, estimulando a
busca de soluções de problemas diagnosticados pelas próprias comunidades
onde ocorram projetos desta natureza.

Promoção da saúde - capacitação das pessoas e comunidades para modificarem os


determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida (carta de Ottawa,
1986) e ver a saúde como direito de todos e dever do estado

A escola é o local ideal para a promoção da saúde visto que é um importante espaço
para o desenvolvimento de um programa de educação para a saúde entre crianças e
adolescentes

Ela educa por meio da construção de conhecimentos resultantes do confronto dos


diferentes saberes:

 Das várias disciplinas


 Trazidos de casa
 Dos mídia
 Dos docentes (experiencias prof.)

Esses saberes geram a chamada cultura escolar

Historia da promoção de saúde em Moç

Promoção de saúde - consiste em políticas, planos e programas de saúde pública com


ações voltadas em evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e
determinantes de doenças.

Promover saúde é concomitantemente promover qualidade de vida humana, para tratar


dessa discussão é preciso de antemão propor uma reflexão crítica sobre a condição
capitalista do que é passada como qualidade de vida, ou seja, do consumo que visa,
basicamente, a satisfação do prazer ou o consumo pelo consumo  (VEIGA, 2012). Para
isso utiliza-se da Educação Ambiental para provocar a conscientização crítica do sujeito
tanto individualmente, quanto socialmente.

Politicas Nacionais de promoção de saúde (PLANO ESTRATÉGICO DO


SECTOR SAÚDE 2007 -2012

• Dar Ênfase nos cuidados de saúde primários;


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• Alcançar a equidade e protecção social para os grupos vulneráveis;

• Acesso universal a cuidados e serviços de saúde;

• Alta qualidade de intervenções com base em evidência;

• Mobilização comunitária e o envolvimento comunitário,

• Desenvolvimento de estilos de vida e comportamentos saudáveis;

• Advocacia

A Relação Escola e Comunidade

Os pais que apoiam os seus filhos na escola, contribuem para que ela seja uma
instituição bem-sucedida.

A educação e o diálogo na medida em que não é transferência do saber, mas um


encontro de sujeitos interlocutores que buscam as significações dos significados.

Na prática o processo da educação, durante o período em que o aluno frequenta a


escola, ele se confronta com modelos que lhe puderam ser úteis no decorrer de sua vida
durante e após a escola.

A educação está intimamente ligada a transmissão cultural. É quase impossível de o


estudante descobrir por si mesmo qualquer parte substancial da sabedoria de sua cultura.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs 1998: p. 32) para que aconteça a
interacção entre a escola e a comunidade, é preciso buscar formas para que a escola
esteja mais presente no dia-a-dia da comunidade e também o inverso, isto é, a escola
(...). De modo que a escola e os estudantes e professores possam se envolver em
actividades voltadas para o bem-estar de sua comunidade.

O convívio escolar é decisivo na aprendizagem de valores sociais e o ambiente escolar é


o espaço de actuação mais imediato para os alunos. Assim, é preciso salientar a sua
importância. (Idem Nova Escola)

É desejável a comunidade escolar reflectir conjuntamente sobre o trabalho, sobre os


objectivos que se pretende atingir e sobre as formas de conseguir, esclarecendo o papel
de cada um nessa tarefa. Para que esse trabalho possa atingir essa amplitude, é

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necessário que toda a comunidade escolar assuma esses objectivos, pois eles se
concretizarão em diversas acções que envolverão todos, cada um na sua função.

Ações escolares devem ser consolidadas em um contexto participativo, integrador de


todos seus segmentos, sincronizadas com o contexto atual, que requer uma política
educacional capaz de contribuir na condução do país ao pleno desenvolvimento.

Certamente a escola, nicho tradicional de socialização de conhecimentos (NOGUEIRA,


1999) é espaço privilegiado para efetivações de mudanças, ao envolver a comunidade
nas questões educacionais.

Apêndice

Espermatófita: 9ª classe, unidade 1: introdução ao estudo das plantas; 11ª classe,


unidade 2: diversidade e classificação dos seres vivos.

Fungos: 8ª classe, unidade 1: biologia como ciência; 11ª classe, unidade 2 diversidade e
classificação dos seres vivos.

Sistema respiratório: 8ª classe unidade 3 metabolismo no organismo humano, 12ª


classe unidade 3 fisiologia animal.

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