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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 3
4 REFERÊNCIAS ................................................................................. 41
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 PERSPECTIVAS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA: EXPERIÊNCIAS
ESCOLARES
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Saiba mais!
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A arte é um componente de destaque na experiência de Reggio Emilia. A
linguagem gráfica é encarada como um dos principais meios de oportunizar a
experimentação, estimulando as descobertas sensoriais e levando as crianças a
construir o seu conhecimento. A arte também é valorizada por viabilizar que as
crianças se expressem por meio de diferentes linguagens: pictóricas, gráficas, de
manipulação e corporais (CORRÊA, 2019).
Para tanto, as escolas que seguem a pedagogia da escuta contam com uma
espécie de laboratório laboral, que na experiência de Reggio Emilia recebe o nome
de “ateliê”. Assim, além dos educadores, as escolas contam com um atelierista,
profissional que tem o papel de instigar a competência estética das
crianças(CORRÊA, 2019). Veja:
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hábitos da tradição pedagógica exigidos das escolas e da própria
pedagogia (VECCHI, 2019, documento on-line).
Saiba mais!
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No livro O papel do ateliê na educação infantil: a inspiração de Reggio
Emilia, de Gandini et al. (2019), você encontra uma conversa entre educadores,
artistas, crianças, famílias e suas comunidades sobre a inclusão do ateliê na
concepção pedagógica das escolas
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2.2 Histórico da Construção da Linguagem No Brasil
https://www.radiouniversitariafm.com.br
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idade e apenas nobres recebiam instruções e ensinamentos para sua vida adulta.
No século XII, não sentiam a necessidade de uma instituição de ensino para
proporcionar instrução a crianças e adolescentes, um lugar responsável para instruir
saberes e conhecimentos. Apenas no Renascimento Italiano, no século XV,
acontece o primeiro incentivo para infância, identificando a criança como, segundo
Passetti,
[...] um ser inacabado, vista como um corpo que precisa de outros corpos
para sobreviver, desde a satisfação de suas necessidades mais
elementares, como alimentar-se. Os primeiros anos de vida são para ela,
o tempo das aprendizagens do meio que a cerca. Brinca com outras
crianças da sua mesma idade e até maiores do que ela; arrisca-se em
busca de saberes que lhe poderão ser úteis para viver em comunidade
(S/a. p. 1-2).
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A criança é marcada por auxílios e contradições que extrapolam a área legal
das tradições culturais, embora a infância seja um campo abrangente para
indagações e estudos.
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O sentimento de infância procura dar significado aos processos de ensino –
aprendizagem da criança. Teve mudanças na área da educação, inserção no
contexto social.
Segundo Rinaldi (2012, p.25) “a criança é reconhecida como um ser potente,
capaz, construtor de perguntas, significados e teorias, sendo protagonista da
construção do conhecimento e do processo educativo”. Nesse sentido, pensar a
educação para a infância exige uma abertura à complexidade.
O descobrimento da infância vem acompanhado dos primeiros passos de
uma sociedade que estaria peregrinando para se tornar tutora de uma criança que,
agora, era entendida como frágil, porque seus valores permaneceriam relacionados
com sua evolução intelectual.
No transcorrer dos séculos ocorre o despertar sobre a criança, que advém a
ser vista como um ser humano incompleto. Nas condições da época, a educação
escolar era somente de técnicas para aprender como fazer e ainda nesse tempo,
observava-se a necessidade de um espaço para ensino, uma educação formal, para
instrução de conhecimentos, como dispomos atualmente nas escolas.
As modificações sociais e históricas compostas pelas variações presentes
em nossa sociedade aflora a imagem de infância seguida do capitalismo urbano e
industrial, à medida que mudam o modo de vida e o papel social da criança vai
adquirindo espaço, tornando-se objeto de interesse no interior dos processos e
modificações vigentes, no qual o pensamento de pequenez vai tornando-se alvo .As
primeiras instituições destinadas à educação calham a existir como os primeiros
espaços de ensino, objetivando a transmissão de conhecimentos julgados precisos
para formação do sujeito como preparo para o trabalho. Conforme apontam Moreira
e Vasconcelos (2003, p.171),” [...] a escola tornou-se uma instituição básica na
sociedade, quando a infância passou a ser vista como fase dotada de diferença, a
ser institucionalizada, separada do restante da sociedade e submetida a um regime
disciplinar cada vez mais severo”.
A cidade de Reggio Emilia, situada no norte da Itália, na Década de 1990,
torna-se conhecida mundialmente quando observadores norte-americanos
propagam a abordagem italiana como padrão em educação para a primeira infância.
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Sugerem experiências significativas e simbólicas tanto para quem dirige o
conhecimento quanto para quem o recebe. As crianças pequenas ocorrem a ser
ouvidas e podem se explorar e expressar seus desejos, sentimentos,
entendimentos e desapontamentos verbalmente, visualmente e pela encenação
dramática, como também a encorajar a fazer isso.
A abordagem procura dar significado a uma prática de aprendizagem
significativa, e essa compreensão é bem atual e tem sido discutida por muitos
educadores com posicionamentos divergentes a esta ação educativa. Esse novo
conceito de ensinamento e aprendizagem foi intitulado de Pedagogia da Escuta,
que focaliza na escuta da criança pequena, buscando compreender a criança em
sua totalidade. Aprecia a direção para explorar as múltiplas maneiras de ouvi-las,
usando mecanismos externos e internos, e as complicações, tanto igualitárias
quanto político. Tal metodologia apresenta um entrosamento mais profundo sobre
a escuta como uma cultura e como uma abordagem.
Influenciado pelo trabalho desenvolvido por Malaguzzi, nasce um novo
modelo de espaço escolar para crianças pequenas, sem quaisquer sentimentos
discriminatórios e assistencialistas, em que foi possível observar a descoberta de
uma identidade cultural da criança desde a tenra idade. Este modelo de ensino se
emprega na infância com princípios de respeito, compromisso e atuação da
comunidade escolar tornando-se um modelo enriquecedor para muitos profissionais
de educação no Brasil e no mundo.
A exploração e a descoberta em um ambiente enriquecedor e seguro estão
entre as colunas do programa educacional, que privilegia o desenvolvimento da
criatividade e é pautado pelo respeito na relação com a criança pequena. As escolas
em Reggio não têm um currículo descrito. A cada ano são definidos projetos a curto
e longo prazo que servem para composição do trabalho, mas que podem ser
modificados conforme a necessidade tanto pelos professores como pelas crianças.
Os docentes precisam sempre estar prevenidos às crianças, como bons
analisadores e pesquisadores, admitindo que façam suas alternativas e, a partir
delas, sentarem ligados para refletir e discuti. O educador aprende a escutar a
criança não somente o que ela diz com a boca, mas o que é expresso por meio de
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suas distintas linguagens. Como assinalam Barbosa e Horn (2008, p.118) é
necessário “Escutar por meio da observação, da sensibilidade, da atenção, das
distintas linguagens”.
Observar a abordagem de aprendizagem da Pedagogia da Escuta passa a
ser essencial ao processo, sendo visível uma distorção muito grande da situação.
Para tal abordagem, sugerida por Malaguzzi, se propõem a sensitividade à criança,
o ouvir ao que ela tem a falar, sendo a mesma vista como produtora da sua própria
cultura, dentro e fora do âmbito escolar. Mas a realidade social não colabora para
este modelo, que é antagônico a atual circunstância da educação no país. Embora
tenha evoluído em métodos e técnicas, ainda existem dificuldades de progredir em
termos científicos e tecnológico.
A medida em que amplos progressos chegaram em nosso território,
entretanto o ingresso a uma educação de qualidade está restrito a uma pequena
parcela da população. A educação, atualmente, atende uma minoria. A maior parte
da população que é pobre tem pouquíssimas ocasiões para modificar sua realidade
contemporânea e essa desigualdade cultural e social, coopera para o aumento da
diversidade social.
No Brasil ainda se tem um extenso obstáculo a ser corrido pela grande
diversidade social e pelas influências culturais de outros povos. Contudo, os
educadores necessitam procurar melhorar a ação pedagógica para que este fator
não seja impedimento para o formador de cidadãos pensantes. Tal tarefa não é
simples: a passagem, sem dúvida, é dura, muito trabalhosa, contudo é necessário
desprender dos velhos conceitos.
A criação de novos padrões para a prática didática, com uma visão atenciosa
para o desenvolvimento da criança em sua totalidade e para seus múltiplos talentos,
mostra a infância como código infantil cheio de expressões. As linguagens da
infância estão conexas com os distintos modos de aprendizagem da criança e
descrevem as várias formas de interpretar o mundo infantil, no qual a criança utiliza
as linguagens como dados para comunicar e expressar seu pensamento.
Precisa ter a finalidade de entender as linguagens da infância e as condições
que influenciam a educação no território brasileiro além de a necessidade de
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abarcar as capacidades do desenvolvimento da criança em distintos ambientes,
para melhor compreensão da trajetória infantil e das diversas linguagens.
Educadores e pesquisadores de diversas partes do mundo, procurando
aperfeiçoamento da prática educativa de maneira consciente e democrática, geram
ações edificadas coletivamente. Os mesmos sugerem experiências ao redor do
mundo que dialogam com a experiência de Reggio, que entusiasmou intensamente
a ideia de cultura da infância em diversos países.
O direito de brincar da criança é constituído em diversos documentos, como
Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração dos Direitos da Criança,
Estatuto da Criança e do Adolescente, na Convenção sobre os Direitos da Criança
e no Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257).
http://clinicamedkids.com.br
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direito à infância, pois a primeira fase da Educação Básica tem sido estimada um
espaço introdutório para o Ensino Fundamental, no qual várias escolas, com
intenção de garantir matrículas, promovem propagandas em massa com promessas
fraudulentas de uma educação sólida, com exagero de conteúdos incoerentes com
a cultural da criança. Além disto, buscam começar o processo de alfabetização
desde a creche, para que este aluno possa se familiarizar com os conteúdos que o
acompanharam em todo seu caminho educacional.
Várias instituições de ensino não se atentam com a promoção do ensino a
partir do que a criança já sabe, depositando numerosos conteúdos, a fim de
demonstrar qualidade de ensino. Muitos pais desconhecem as características de
um ensino de qualidade real, sendo com facilidade ludibriados pela propaganda em
massa, por anúncios em outdoor de ensino forte, formação de qualidade para um
futuro brilhante, tradição de ensino, entre outras ofertas divulgadas pela mídia e
Marketing. Apesar disso, deve ser salientado que a criança tem muita criatividade e
várias maneiras para se expressar e pensar. Malaguzzi (1999) cita que as crianças
têm 100 formas de se expressar e mais 100 maneiras de pensar, tendo potencial
único. É necessário que o adulto escute suas distintas linguagens além de
oportunizar diversas vivências sensoriais e explorativas em distintos espaços de
aprendizagem. É relevante trabalhar em equipe, em pequenos e grandes grupos,
que interatuem de modo que criem e solucionem problemas em seu dia-a-dia
escolar, produzindo suas próprias brincadeiras, manejando objetos e produzindo
suas próprias hipóteses.
Outro fator que coopera de forma direta para a qualidade da Educação
Infantil é a ação prévia do docente, no que se refere à realização das atividades, ao
tempo usado nos espaços destinados para aprendizagem espontânea, ao
gerenciamento das intervenções durante as atividades em grupo e individual. O
professor deve edificar um espaço que ao mesmo tempo abrigue e desafie as
crianças, com a proposição de atividades que gerem sua autonomia em todos os
sentidos, impregnando de todas as maneiras de expressão artística e das distintas
linguagens que possam ser promovidas junto a elas.
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No Brasil a cultura da infância foi bem influenciada pelas ideias de Paulo
Freire (2016), que excitou de maniera vigora as compreensões de educação no
país, em busca do melhoramento da qualidade de um ensino democrático. Freire
aborda a uma nova perspectiva dialógica, para educação em casta na construção
social a partir da produção de cultura entre os sujeitos, envolvidos com seu convívio
social, por meio das relações entre si e a sociedade global. Mas as reflexões
filosóficas acerca da participação enquanto princípio e ação diária juntam a criança
como sujeito histórico, construtora e praticante de cultura.
Embora segundo este autor, a identidade cultural é ascensão de nós por nós
próprios e as ações e relações do sujeito provocam e promovem a sua própria
cultura pelo contato social, no meio humano pela expressão da historicidade. A
criança, em tenra idade, é conduzida direção ao meio social, contando com outro
ser para entrar em seu ambiente comum. Conforme vai adquirindo independência
motora, obtém algum tipo de linguagem e vai conquistando cada vez mais outros
recursos para interagir com o mundo e a cultura que a circula. A cultura da infância
é um caminho que se começa desde o nascimento e vai sendo edificada pelo
contato com outros sujeitos e pela troca com outros parceiros mais experientes, que
seriam os agentes guias do saber, os quais fornecem deliberados signos e
significados.
Em 2006, foi fundado a RedSOLARE Brasil, uma associação latino-
americana em defesa da cultura da infância e de difusão da prática de Reggio
Emilia, mirando a constância de um fórum de diálogos, em que educadores de
diferentes partes do mundo discorrem com suas ideias e experiências, em defesa
da infância, constituindo trocas de experiências. Também dividem saberes que
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visem a qualidade do ensino e uma prática inclusiva para todos, em que gerem atos
com extenso debate abrangendo a pedagogia da escuta.
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sobrepõe aos processos de crescimento e maturação orgânica, pois na medida em
que o desenvolvimento orgânico se produz em um meio cultural, ele converte-se em
um processo biológico sócio historicamente condicionado.
A palavra cultura, na proposição vygotskyana, refere-se o contexto das
produções humanas, isto é, a tudo aquilo que se contrapõe ao que é dado pela
natureza, que procede da ação criadora e transformadora do homem sobre a
natureza. A transformação da natureza e do ser humano insinua também na
alteração de sua própria natureza, nascendo, de tal modo, historicamente, a partir
da sua ação social humana, novas maneiras de comportamento e novos processos
psicológicos especificamente culturais. Essa não é uma capacidade biologicamente
determinada, mas uma conquista cultural e histórica da espécie humana, que
precisa ser adequada pelos indivíduos em seu processo de vida. Dessa maneira, a
criança acomoda-se do patrimônio cultural, que se oferece exatamente por meio da
atuação da criança: ela deve reportar a ação apropriada aos objetos da cultura
(material e não material). A mediação do adulto se mostra ativa nesse processo,
tendo em vista que a atividade adequada não se forma espontaneamente na
criança, mas pelo contato direto e imediato com os objetos da cultura.
Para apropriação do processo cultural e histórico do ser humano, a criança
deve estar em convívio com o meio cultural a que compete, por meio de outros
adultos, em condições proporcionadas para promover a apropriação dos signos
culturais. Apesar de em tais objetos estejam encarnadas as maneiras de ação e as
faculdades humanas historicamente elaboradas, é preciso a mediação de outros
homens para que se concretize o processo de apropriação.
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No entanto, o grande desafio dos dias atuais é justamente garantir que a
criança, enquanto sujeito produtor de cultura, seja autor do seu próprio
conhecimento. Para tal é preciso que os educadores, na qualidade de formadores,
propiciem um ambiente de ensino que torne visível a aprendizagem por meio da
cultura, para que cada sujeito se torne coautor e produtor de conhecimento a partir
do que já sabe, potencializando o desenvolvimento autônomo por meio de saberes
precisos para sua formação. Tais fatores são relevantes para o espaço escolar que
elege a espontaneidade para construção do saber.
[...] O ambiente escolar deve ser um lugar que acolha o indivíduo e o grupo,
que propicie a ação e a reflexão. Uma escola ou uma creche é antes de
tudo, um sistema de relações em que as crianças e os adultos não são
apenas formalmente apresentados a organizações, que são uma forma da
nossa cultura, mas também a possibilidade de criar uma cultura. [...] É
essencial criar uma escola ou creche em que todos os integrantes se
sintam acolhidos, um lugar que abra espaço às relações.
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ele e as crianças, precisando trabalhar para promover e expandir a formação social
da criança. Desta forma pode-se dizer que o educador deve interagir com as
crianças enquanto participam das refeições, brincadeiras, transições e trocas de
tarefas, ancorando-se nos eixos para Educação Infantil e tornando o ambiente
escolar de fato um lugar que produz conhecimento em todos os espaços.
https://totsandteens.com.br/
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que nem todos entendem a importância do meio escolar como um ambiente
fomentador do conhecimento. É possível averiguar que não existe pouca
preocupação com o acolhimento integral da criança, sendo conflitante aos eixos
norteadores para Educação Infantil, que aprecia a cultura da infância e as múltiplas
formas de expressão infantil, ficando a criança como o ponto central. Bem que nos
últimos anos o Brasil tenha diminuído investimentos em Educação Infantil, o plano
de investimento está abaixo da média. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o
Brasil tem que ampliar o atendimento para 50% das crianças de até 3 anos de idade
até 2024, mas o país investe somente uma parcela do Produto Interno Bruto (PIB)
no seu gasto público total em educação.
O investimento em Educação Infantil é basicamente relevante para uma
nação. Isto implica em acréscimos e benefícios para toda a vida, uma vez que,
tornando-se um fundamento solido para aprendizagens e competências, e para o
desenvolvimento de relacionamentos e saberes, ao criar um fundamento seguro
para primeira infância, consentirá desde a tenra idade influenciar no
desenvolvimento da criança, cooperando para uma formação de uma sociedade
igualitária, proporcionando a futuros adultos mais conscientes do seu papel social,
formando-os para o exercício da cidadania.
As salas de aula precisam ter ambientes desafiadores para que as crianças
possam vivenciar e explorar distintas percepções. Devem estar disponíveis
diferentes materiais para manipulação: lápis grafite, jornais, revistas, tecidos,
fantasias, giz de cera, lápis de cor, canetinhas, papeis diversificados, tampinhas,
com cores e tamanhos distintos, pedaços de pano possuindo diferentes sensações
de texturas e tamanhos (mediano, macio, duro, liso, pequeno, áspero, grande,) e
por meio das sensações, construa e reconstrua. O espelho também é um recurso
essencial, assim como velcro, argolas, sementes, botões, colas coloridas, tintas,
elementos da natureza: terra, argila, areia, folhas, galhos, entre outros, que possam
ser disponibilizados.
Estes recursos expostos necessitam ser manipulados na presença do
educador, para que este possa mediar o melhor bom emprego destes objetos,
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preparando a utilização dos recursos nas atividades, de acordo com a faixa etária
do grupo escolar.
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Segundo o Caderno de Planejamento na Educação Infantil (2011).
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formaram seus conceitos e crenças, como também influenciará seu estilo de vida e
conduta na sociedade. E a cultura exerce um papel efetivo na maneira como a
criança vê e interpreta o mundo ao seu redor. A cultura e a criança são estudadas
dentro do contexto histórico.
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expansões relacionais da criança com a criança e da criança com o adulto. A criança
é, pois, produto e produtor da cultura. Com isto, acolher a criança como produtora
de cultura é conhecer suas expressões nas mais variadas linguagens, como
probabilidade de as crianças entrarem no mundo.
https://observatorio3setor.org.br
De acordo com Faria (1999, p. 98) "a criança não só depende e consome a
cultura do seu tempo como também produz cultura, seja à cultura infantil de sua
classe, seja reconstruindo a cultura à qual tenha acesso." O fato de a criança não
falar, ou não escrever, ou não saber realizar as coisas que os adultos fazem,
transformam-na em produtora de uma cultura infantil, precisamente através dessas
especificidades.
A cultura se inseri em nosso meio social e nos lugares que reproduzem seus
signos e símbolos, que não são idealizados ou inventados pelo sujeito, mas
apreendido por ele. Esse processo começa desde o nascimento da criança e vai se
formando com as relações e a troca com outros parceiros mais maduros, os quais
lhe ministrem determinados conceitos. A infância surge como um espaço favorável
para esta forma de expressão e a cultura funciona como um instrumento para o
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processo de aprendizagem para o desenvolvimento infantil, sendo aberta uma
janela de conhecimentos culturais riquíssimos culturais presentes no Brasil.
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Incorporando a perspectiva da abordagem de Malaguzzi, onde a ideia
fundamental para o desenvolvimento da tenra idade está fundamentada na
totalidade da criança, no qual ela deve ser mediada pelo professor que deve ser o
guia deste processo. Toda comunidade escolar deve participar de forma ativa no
processo de aprendizagem das crianças, pensando sobre o ensinar e aprender,
concordando que as crianças podem construir sua aprendizagem. Malaguzzi
retoma outras características das pesquisas de Piaget, com as quais não tinha
divergência.
[...] alertou-nos de que deve ser tomada uma decisão sobre ensinar
esquemas e estruturas diretamente ou apresentar à criança situações ricas
de solução de problemas, nas quais a criança aprende ativamente a partir
delas, no curso da exploração. O objetivo da educação é aumentar as
possibilidades para que a criança invente e descubra. As palavras não
devem ser usadas como um atalho para o conhecimento. Como Piaget,
concordamos que o objetivo do ensino é oferecer condições para a
aprendizagem (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 93).
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[...] Os pedagogistas de Reggio Emilia nunca se contentaram com os
modelos previsíveis de aprendizagem. Ao desenvolver corajosamente as
enormes potencialidades perceptivas e cognitivas das crianças e o forte
estímulo delas a aprendizagem, os pedagogistas as ajudaram a explorar
profundamente as áreas que interessam a elas[...].
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Como garante Freire (1996, p.25), "o ato de ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar probabilidades para a sua construção ou produção”.
http://sistemaaprendebrasil.com.br
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quanto às suas habilidades, saberes e atitudes, mas o de promover a construção
por parte deles do processo de formação. Frente a essa ideia, o professor o
influenciará no desenvolvimento da motivação da aprendizagem. Para o autor,
quanto mais consciente for o professor com relação a motivação, melhor será a
aprendizagem de seu aluno.
Quando a atitude de educar consente a “liberdade para imaginação”. A ação
criadora propõe novas passagens para a aprendizagem e tudo pode se tornar uma
ampla descoberta para as novas probabilidades: são as janelas abertas para o
saber.
A descoberta de novos seguimentos para o desenvolvimento da criança
permite um mundo gerador de oportunidades dentro do espaço cultural e no meio
escolar, aprovando aguçar os sentidos para uma educação que se recomendam a
tornar a ação educacional prazerosa, tornando mais claro a aprendizagem para a
criança. O contato com projetos pedagógicos e trabalhos gráficos beneficia a
construção do conhecimento de maneira significativa, guiando os caminhos para
uma prática que possibilita as experiências e o conhecimento prévio do aluno.
De forma geral, o professor necessita se disponibilizar, afastando-se da ação
rotineira, em que, os educandos são abordados com atividades para transmissão
de conteúdo. É necessário procurar ultrapassar esta abordagem tradicional
conteudista de maneira que se possa ressignificar a prática. Segundo Malaguzzi
(1999), quanto mais extenso for a gama de probabilidades que se fornece as
crianças, mais profundas serão suas motivações e mais ricas suas experiências. É
preciso oportunizar a constituição da aprendizagem da criança de distintas
maneiras: pelos sentimentos, imaginação e pelas representações gráficas, pelas
linguagens simbólicas que colaboram para o desenvolvimento das percepções e
possibilitam ao educador analisar a representação visual da criança.
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próprios desenhos e os de outras crianças. As crianças transcrevem os
comentários gravados e as discussões entre elas próprias no trabalho; com
esta documentação, os desenhos são “lidos” e “relidos” pela equipe de
professores como uma base para o planejamento das próximas etapas na
exploração do tópico (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 43).
“Podemos falar que essa pedagogia tem na arte na sua base, além da
ciência, que é perpetuamente problematizada’’ Faria (2007, P.281).
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Os espaços na abordagem de Reggio Emilia, e o “atelier’’ foram
implementados, por Loris Malaguzzi, considerando a criança como autora de sua
própria capacidade criadora, criativa e pesquisadora.
Rinaldi (2014, p.146) afirma que ‘’A definição dos espaços como o ‘’terceiro
educador’’, tão cara a Malaguzzi, fornece uma boa noção dos níveis de percepção
que já haviam sido adquiridos. ’’ O espaço torna-se tão educativo, sendo avaliado
não tão somente um ‘terceiro educador’’ mas também um instrumento relevante, se
importando com a estética física e artística, um ambiente que educa a criança.
Ela também observa que (RINALDI, 2014, p.146 apud COSTA, 2019):
Apenas por meio da escuta dos desejos da criança se cria um espaço que
ela esteja carecendo, a pesquisa se faz básica visto que se torna um processo
continuo e que parte de todos os profissionais ali existentes.
O espaço também deve ser avaliado como uma localidade que se adapte as
necessidades de experimentação das crianças, de forma que se ajuste e se recrie
ilimitadas vezes se assim sendo elas desejarem. Eles solicitam por modificações
constantemente e os espaços pedem por mais projetos, mais pesquisas, mais
paixões, mais entusiasmos.
Sobre a elaboração do projeto de construção da escola, acima até das
questões arquitetônicas, construção civil, existiu uma preocupação com as
questões de praticidade, conforto, e encantamentos nos espaços que ali foram
estabelecidos, refletindo sobre todas as linguagens e as unindo, a tarefa dessa
união e reflexão visa garantir a existência e o andamento provocando um resultado
melhor, Rinaldi relata que (2014, p.151 apud COSTA, 2019):
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Agora é hora de criar essa simbiose entre arquitetura e pedagogia e outras
disciplinas, de modo a encontrar espaços melhores, mais apropriados. Não
estamos em busca de um espaço ideal, mas de um espaço capaz de gerar
a própria mudança, pois um espaço ideal, uma pedagogia ideal, uma
criança ou ser humano ideal não existem.
O atelier serve com duas funções. Em primeiro lugar, ele oferece um local
onde as crianças podem tornar-se mestres de todos os tipos de técnicas,
tais como pintura, desenhos e trabalhos com argila- todas as linguagens
simbólicas. Em segundo lugar, ele ajuda que os professores compreendam
como as crianças inventam veículos autônomos de liberdade expressiva,
de liberdade cognitiva, de liberdade simbólica e vias de comunicação.
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https://br.pinterest.com
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um material rico de estudos, tanto para os professores, quanto para a comunidade,
uma oficina para documentar (COSTA, 2019).
Ele atendeu também outras necessidades sucedidas na construção da
escola, entre elas dar uma comunicação efetiva com os pais, para conservá-los
mais informados sobre o que ocorria nas escolas, mas os mesmo tempo um sistema
para documentar o trabalho com que era concretizado com as crianças, era possível
revelar as capacidades e habilidades que as crianças tinham, quanto valor era posto
em seus filhos e como eram estimadas as suas especificidades e seu senso crítico.
Malaguzzi (2016, p.80 apud Costa, 2019), contudo pontua:
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O papel do atelierista é amplo e muito rico, Vecchi se refere ao seu trabalho
com a parceria com as outras professoras, ela diz que todos os dias ela passa de
sala em sala e analisa, escuta, repara no que ocorre, refletindo a probabilidade de
nascer um projeto ou prosseguir com os projetos existentes, ela também acha
incrível as infinitas probabilidades de projetos que podem ser criados e como cada
um se torna- se único e passível de estudo, relatando que aprende bem com cada
projeto (COSTA, 2019).
De acordo com Rinaldi (2014) apud Costa (2019), é essencial a organização
de espaços de forma a proporcionar às crianças a oportunidade de propagarem seu
potencial, incitar suas curiosidades, explorar pesquisas sozinhas e em conjunto,
acentuar o seu potencial de construtores de projetos individuais e da sala,
proporcionar autonomia, saber que serão reverenciadas em suas especificidades.
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4 REFERÊNCIAS
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