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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

CURSO DE FISIOTERAPIA

ATENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA (TEÓRICA)

ROTEIRO DE AULA – ANÁTOMO-FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Divisão anatômica do sistema respiratório:

 Vias aéreas superiores:


o Cavidade nasal
o Faringe
o Laringe
 Vias aéreas inferiores:
o Traqueia
o Brônquios
o Pulmões

Divisão fisiológica do sistema respiratório:

 Zona de condução (filtra, aquece e umedece o ar):


o Cavidade nasal
o Faringe
o Laringe
o Traqueia
o Brônquios
o Bronquíolos
o Bronquíolos terminais
 Zona de transição/respiratória (troca gasosa):
o Bronquíolos respiratórios
o Ductos e sacos alveolares
o Alvéolos

NARIZ

Parte externa: Osso, cartilagem hialina, músculo e pele; abre-se nas narinas.

Parte interna: Epitélio rico em células caliciformes e cílios. Comunica-se posteriormente com a
faringe por meio das coanas.

FARINGE
Tubo afunilado que se inicia nas coanas e termina ao nível da cartilagem cricoidea. Parede
composta por mm esqueléticos e revestida por túnica mucosa. Auxilia na deglutição, câmara de
ressonância para a fala, reações imunológicas (tonsilas).

LARINGE

Conecta laringofaringe à traqueia. Possui 9 peças de cartilagem (3 ímpares – Tireoidea,


Cricoidea, Epiglote; 6 pares – Aritenoidea, cuneiforme e corniculada). Pregas vocais.

TRAQUEIA

Passagem tubular para o ar, localizada anteriormente ao esôfago, estendendo-se da laringe à


margem superior de T5. 16 a 20 anéis cartilaginosos em forma de “C”, os quais dão suporte
semirrígido à traquéia, impedindo o colapso.

BRÔNQUIOS

Estruturas provenientes da divisão da traqueia a nível da carina, a qual se divide em brônquios


principais direito (mais curto, largo e verticalizado) e esquerdo.

EPITÉLIO RESPIRATÓRIO – MOVIMENTO MUCOCILIAR

 Muco brônquico: Material polissacarídeo que recobre a superfície brônquica; protege


hidrata e lubrifica (produzido cerca de 100 mL/dia).
o Camada GEL: superficial (adesão das partículas)
o Camada SOL: profunda (batimento ciliar – 200 cílios/célula – 600 a 900
batimentos/min.

PULMÕES

Órgãos coniformes, pareados, separados pelo coração, onde cada um é envolvido e protegido
por uma túnica serosa bilaminada chamada pleura, as quais são separadas por um espaço virtual,
conhecido como espaço pleural, o qual contém cerca de 15 a 25 mL em um adulto mediano.

 Pleura visceral: aderida aos pulmões


 Pleura parietal: aderida à caixa torácica

Lobos

 Pulmão direito: lobos superior, médio e inferior (fissuras horizontal e oblíqua)


 Pulmão esquerdo: lobos superior e inferior (fissura horizontal)

SACOS ALVEOLARES E ALVÉOLOS

Um saco alveolar consiste em dois ou mais alvéolos; Um alvéolo é uma invaginação revestida
por epitélio pavimentoso simples; 300 milhões de alvéolos; Área de superfície de cerca de 70
m2 (uma quadra de tênis).

 Pneumócitos tipo 1: Mais numerosas; Epitélio pavimentoso simples; Revestimento


contínuo da parede alveolar; Principais locais de troca gasosa.
 Pneumócitos tipo 2: Menos numerosas; Encontradas entre os pneumócitos tipo 1;
Células epiteliais arredondadas ou cúbicas; Produzem líquido alveolar que contém
SURFACTANTE.
 Macrófago alveolar (células de poeira): Associados à parede alveolar; Fagócitos que
removem poeira e outros fragmentos dos espaços alveolares.

IRRIGAÇÃO PULMONAR

O suprimento sanguíneo ocorre pelas artérias pulmonares e bronquiais.

Vasoconstricção hipóxica: Baixas concentrações de oxigênio alveolar promove vasoconstricção


local com o objetivo de direcionar o fluxo sanguíneo para áreas melhor ventiladas.

CAIXA TORÁCICA

Esterno, costelas, cartilagens costais, vértebras costais.

Movimentos respiratórios: braço de bomba e alça de balde.

MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO

 Inspiração
o Diafragma (nervo frênico; 55% fibras do tipo 1)
o Intercostais externos
o ECM
o Escalenos
 Expiração
o Intercostais internos
o Reto abdominal
o Oblíquos internos e externos
o Transverso do abdome

REGULAÇÃO NEURAL DA VENTILAÇÃO

 Quimiorreceptores
o Centrais: Localizados no bulbo e proximidades; Percebem alterações na
concentração de H+ e PCO2 no líquor;
o Periféricos: Localizados nos glomos para-aórtico e carótico; Percebem
alterações na concentração de H+, PCO2 e PO2 no sangue.
 Centro respiratório
o Área de ritmicidade bulbar: Área inspiratória e área expiratória; Ritmo básico
da respiração.
o Área Pneumotáxica: Limita a duração da inspiração.
o Área Apnêustica: Ativa a área inspiratória, prolongando a inspiração.

FUNCÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

 Filtra, aquece e umedece o ar;


 Hematose;
 Participa na manutenção do equilíbrio ácido-básico;
 Proteção imunológica;
 Fonação.

DIFUSÃO

Restabelecer o suprimento de oxigênio no sangue. Remover o dióxido de carbono do sangue


venoso sistêmico.

VENTILAÇÃO – MECÂNICA VENTILATÓRIA

O ar move-se de uma região de maior pressão para outra de menor pressão; A inspiração é
obtida pela redução da pressão alveolar em relação à atmosférica; Respiração por pressão
negativa; O ar sai dos pulmões quando a pressão alveolar for maior que a atmosférica o
suficiente para vencer a resistência das vias aéreas de condução.

 Pressão pleural é a pressão do líquido no estreito espaço entre as pleuras parietal e


visceral (-5 cmH2O).
 Pressão alveolar é a pressão do ar dentro dos alvéolos pulmonares (0 cmH2O).
 Pressão transpulmonar é a diferença entre pressão alveolar e pressão pleural.

Complacência: alteração de volume dividida pela alteração de pressão. Ela indica a facilidade
com que algo pode ser distendido ou distorcido.

Retração elástica pulmonar: é o inverso da complacência. Ela se refere à tendência de algo se


opor à distensão, assim como a capacidade de retornar à configuração original depois da
remoção da força de distensão.

A estabilidade alveolar sofre influência de dois fatores diferentes: a existência do surfactante e a


interdependência alveolar.

Resistência das vias aéreas.

Trabalho respiratório: variável proporcional à variação de pressão multiplicada pela variação de


volume (Volume corrente).

 Trabalho elástico: Realizado para superar a retração elástica da parede torácica e do


parênquima pulmonar e a tensão superficial dos alvéolos.
 Trabalho resistivo: Realizado para superar a resistência tecidual e das vias aéreas.

Volumes e capacidades pulmonares.

VENTILAÇÃO ALVEOLAR

Determina as concentrações de O2 e de CO2; Atua junto ao consumo de O2 e à produção de


CO2 pelos tecidos; É ajustada pelo centro respiratório para manter valores fisiologicamente
aceitáveis de PCO2 e PO2.

A ventilação alveolar é distribuída de forma diferente de acordo com a região pulmonar

 Região dependente
 Região independente

PERFUSÃO PULMONAR
Da mesma forma, a perfusão pulmonar também ocorre de forma diferente a depender da região
do pulmão.

RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO (V/Q)

A ventilação alveolar e a perfusão pulmonar, em conjunto, mantêm os gradientes de


concentração de O2 e CO2; Pelo fato dos valores de ventilação alveolar e perfusão pulmonar
serem similares, a relação V/Q varia de 0,8 a 1,2; A ventilação e a perfusão devem combinar a
nível alvéolo-capilar.

 Efeito shunt
 Espaço morto fisiológico

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