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Resumo fisiologia sistema respiratorio

Fisiologia (Universidade Federal de Minas Gerais)

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Baixado por Manuele Gomes (manueleloiola22@gmail.com)
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Fisiologia respiratória

Divisão
1. Ventilação pulmonar
2. Difusão do oxigênio
3. Transporte
4. Regulação da ventilação

A presença de oxigênio na atmosfera foi o que motivou os organismos a


evoluírem para o meio terrestre
Cada vez os organismos se tornaram mais impermeáveis para perder
menos água e desenvolveram ossos e músculos para auxiliar a respiração

Transporte de gases
Se dá por difusão
A primeira lei de Fick descreve o fluxo líquido de difusão de um gás
respiratório (O2 ou CO2), de uma região para outra em uma dimensão,
como por exemplo, entre dois lados de uma membrana

J = -DA (C2 – C1)\x


Equação de Fick
J = fluxo de gases
D = área através da qual ocorre difusão
C2 – C1 = gradiente de concentração
X = espessura através da qual ocorre difusão

O surgimento dos sistemas respiratório (ou ventilatório) e circulatório


adicionaram dois pontos de convecção na via de transferência do oxigênio
da atmosfera até as mitocôndrias
O surgimento de convecção permitiu à vida a evolução de formas de
organismo maiores, mais complexas e mais ativas

Processos fisiológicos pulmonares


 Consideração inicial
As células dos mamíferos são essencialmente aeróbias
Não há reserva de O2 no organismo

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 Principais funções
Extração de O2 do ambiente e eliminação de CO2
Transporte gasoso pelo sangue e difusão
Controle da ventilação\perfusão e do equilíbrio ácido-base
Interface
Defesa

Respiração
Processo cíclico de movimento de ar para dentro e para fora dos pulmões:
- Inspiração = aumento da caixa torácica
- Expiração = diminuição da caixa torácica
Pressão negativa dentro do pulmão nos mamíferos e répteis com ação das
costelas e músculos torácicos
Pressão positiva da cavidade bucal nos anfíbios com ação dos músculos
bucais
 Trocas gasosas (atmosfera > sangue > tecido metabolicamente
ativo)
 Respiração celular (reações metabólicas > O2 como aceptor de
elétrons \ liberação de CO2 e energia)
1. Ventilação mecânica
2. Troca de O2 e CO2 entre pulmões e sangue
3. Transporte pelo sangue e troca entre sangue e células

Pulmão
Existem genes para a orientação dos lobos pulmonares
3 do lado direito e 2 do lado esquerdo no humano
O desenvolvimento começa na terceira semana de gestação e termina 2
anos após o nascimento
- Componentes pulmonares:
 Motores
Músculos – Produzem força motriz para a ventilação
- Músculos da inspiração: diafragma; intercostais externos;
paraesternal; escaleno; esternocleidomastoide
- Músculos da expiração: intercostais internos; abdominais
Ossos
Articulações
 Processo rítmico inconsciente

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Controlado pelo SNC (centro respiratório)


 Condutores
A cada bifurcação há a diminuição de calibre para aumentar a
superfície de contato e diminuir o fluxo de ar
Nariz e boca
Traqueia
Laringe
Brônquios
Bronquíolos terminais
 Transporte do ar
Acondicionamento do ar: filtração, umidificação e ajuste da
temperatura
 Difusores
Bronquíolos terminais
Alvéolos
 Com a redução do calibre dos capilares ocorre uma retenção
de leucócitos, o que protege o trato respiratório contra
invasores
Possui células epiteliais do tipo I e II, fibroblastos, células
imunes e células endoteliais dos capilares
Tosses e espirros são mecanismos de defesa para retirar invasores do
pulmão e lança-los para o meio externo
Órgão linfoide especializado encontrado no pulmão se chama BALT (tecido
linfoide associado ao brônquio), aparece somente em adultos doentes, é
um órgão linfoide terciário

Ciclo respiratório
 Inspiração
Processo ativo
Contração dos músculos inspiratórios
Aumento do volume da caixa torácica
 Expiração
Em repouso: processo passivo
Expiração forçada: contração de músculos expiratórios
Padrão automático, rítmico e involuntário
Gerador central no tronco cerebral
Modulação voluntariamente

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Surfactante pulmonar
É um fosfolipídio, sendo a dipalmiltoil-fosfatidilcolina um dos principais
componentes (DPPC)
O DPPC é sintetizado nos pulmões a partir de ácidos graxos nos
pneumócitos tipo II
Principais ações:
- Determina o aumento da complacência
- Promove a estabilidade alveolar
- Mantém o alvéolo seco
Crianças pré-maturas ainda não possuem células epiteliais do tipo II o que
leva a alvéolos colabados

RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO
Principal determinante da troca gasosa e, consequentemente, dos níveis
de O2 e CO2 no sangue

Ventilação pulmonar = inspiração e expiração = entrada e saída de gases


Respiração pulmonar = troca de gases
FR = Frequência Respiratória, quantas vezes é feito o ciclo de inspiração e
expiração por minuto (RPM – respirações por minuto)
VM = Volume Minuto, quantidade de ar que entra e sai dos pulmões em 1
minuto. É dependente da frequência respiratória e do volume corrente

Volumes pulmonares
 Volume corrente
É a respiração normal e involuntária que compreende cerca de
500ml de ar
Dentro do volume corrente há o volume morto que permanece nas
vias aéreas e não participa das trocas gasosas, cerca de 350ml
 Volume de reserva inspiratório
Volume acima do volume corrente até o limite máximo de
inspiração
Pode chegar a 3 litros
 Volume de reserva expiratório
O máximo possível de ar que o corpo consegue tirar dos pulmões

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1,1 litro
 Volume residual
1,2 litro
Ar que permanece nos pulmões mesmo após uma expiração
forçada
Evita o colabamento dos alvéolos

Capacidades pulmonares
 Capacidade inspiratória
Volume corrente + volume de reserva inspiratório
 Capacidade vital
Volume corrente + volume de reserva inspiratório + volume de
reserva expiratório
 Capacidade residual funcional
Volume de reserva expiratório + volume residual
 Capacidade pulmonar total
Soma de todos os volumes

Circulação pulmonar
 Artéria bronquial
- Circulação sistêmica (120\80 mmHg)
- Transporta sangue arterial
 Artéria pulmonar
- Vascularização alveolar
- Baixa pressão (24\9 mmHg)
- Transporta sangue venoso
 Veia pulmonar
- Transporta sangue arterial
- Apresenta pressão de O2 e CO2 em equilíbrio com o ar alveolar
Fluxo sanguíneo = débito cardíaco
Baixa pressão arterial
Baixa resistência
9% do volume sanguíneo total
Reservatório sanguíneo
Alta complacência – fenômeno que relaciona pressão e volume

Ventilação alveolar

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Não é homogênea: varia da base para o ápice pulmonar


Posição ereta: base > ápice
Efeitos da gravidade: Ppleural base > Ppleural ápice
A ventilação é feita principalmente na região da base
A região da base também é a região com maior fluxo sanguíneo
A perfusão alveolar e o fluxo sanguíneo tendem a se igualar quando
estamos deitados

Efeitos de alterações
 Unidade alveolar normal
Equilíbrio das Pp dos gases no alvéolo e no capilar
 Obstrução das vias aéreas – desvio fisiológico
A concentração de gases vai continuar a mesma no alvéolo e no
capilar
Atelectasia
Muco
Tumores
 Obstrução do fluxo sanguíneo – volume morto fisiológico
Embolia pulmonar

Trocas gasosas
Difusão de O2 e CO2
Pulmões
Tecidos periférico

Pressão parcial dos gases

GÁS ALVEOLAR SANGUE ARTERIAL SANGUE VENOSO MISTO


PO2 100 100 40
PCO2 40 40 46

O CO2 leva 1\2 segundo para difundir, enquanto o O2 leva 1\4 de segundo
O alvéolo retém CO2 devido ao vapor d’ água encontrado em 100% no
alvéolo

Fatores que afetam velocidade da difusão gasosa através da membrana


respiratória
1. Espessura da membrana

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Edema, fibrose
2. A área superficial cafetão da membrana
Enfisema, remoção de uma parte do pulmão
3. Coeficiente de difusão
Depende da abundância de um gás em uma determinada pressão
4. Diferença de pressão
Pressão do gás nos alvéolos é maior que a do sangue

Difusão através de um tecido


 Lei de Fick
1. Proporcional
- Área de superfície
- Diferença de pressão
2. Inversamente proporcional
- Espessura
 Transporte de O2 e CO2 no sangue
1. Dissolvido
- Lei de Henry: pressão parcial e solubilidade
2. Ligado a proteínas
- Hemoglobina
- Proteínas plasmáticas
3. Quimicamente modificado
- HCO3 (CO2)

O transporte dos gases respiratórios no sangue


Função básica dos pigmentos respiratórios é aumentar a quantidade de
O2 que pode ser carreado por unidade de volume de sangue
A hemoglobina aumenta a taxa de transferência de gás
Hemoglobina:
 Proteína
- 2 subunidades alfa-globina
- 2 subunidades beta-globina
- Grupamentos heme não-proteicos
 Oxi-hemoglobina
- Ligação com O2
- Grupamento heme Fe2+
 Carbamino-hemoglobina
- Ligação com CO2

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- Terminação NH2

Controle do transporte de O2
Oximoglobina: Hb saturada de O2
Desoxiemoglobina: Hb sem 1 ou mais moléculas de O2
Carboxiemoglobina: HbCO – A afinidade de Hb pelo CO é 200x > que pelo
O2
Deficiência de Hb e ou hemácia – reduz o transporte de O2
 Fatores que alteram a curva de saturação da Hb
1. PCO2
Efeito Haldane
Aumento do deslocamento do CO2, do sangue causado pela
ligação do O2 na Hb
2. Ph
Efeito Bohr
Desvios na curva de saturação da hemoglobina
Onde é mais ácido ele leva a liberação do O2 pela Hb
3. Temperatura
Em altas temperaturas a Hb libera o oxigênio com mais
facilidade, músculos e tecidos metabolicamente ativos são mais
quentes
4. DPG
Proteína produzida em altas altitudes para assumir o papel do
CO2 na Hb, o que faz com que o O2 seja liberado no tecido com
mais facilidade

CONTROLE DA VENTILAÇÃO
Ocorre através de níveis sistêmicos de CO2 e devolve um estímulo a partir
do SNC
Função: Ajustar a ventilação às necessidades do corpo, de modo que as
pressões parciais de O2 e CO2 no sangue arterial pouco se alterem;
mesmo durante exercícios extenuantes
Importância: Falta de O2 pode ser fatal
- Há 4 componentes do sistema controle:
1. Quimiorreceptores para O2 e CO2 – na periferia e no SNC
2. Mecanorreceptores nos pulmões e articulações – percebem o
movimento da ventilação

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3. Centros de controle do troco encefálico – envia sinais para os


músculos respiratórios de maneira inconsciente
4. Músculos respiratórios

Existe uma hierarquia de comandos no qual o sistema involuntário sempre


comando o voluntário. Ex: mesmo que o voluntário consiga fazer com que
o indivíduo entre em apneia, o involuntário vai fazer com que o corpo
volte a respirar no momento máximo da apneia.

Sítios de controle
 Tronco cerebral
 Bulbo e ponte
Seções abaixo da ponte encerram a respiração, acima dessa região
não há alteração na respiração
Grupo respiratório dorsal e ventral (GRD e GRV)
GRD: Envia impulsos aos músculos inspiratórios – diafragma,
intercostais externos e escalenos – controla o ritmo básico da
respiração. Recebe sinais sensitivos da periferia. Sinal inspiratório
em rampa (inicia fracamente, se intensifica e cessa abruptamente
 Origem dos nervos que regulam a contração dos músculos da
respiração

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