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Explique os diferentes volumes e capacidades pulmonares encontrados em um traçado

espirográfico. Diga qual(s) volume(s) e capacidade(s) não podem ser medidos por este
método.
Volume pulmonar é a quantidade de ar comportada por esses órgãos, representando médias,
reservas ou limites durante os movimentos respiratórios de inspiração e expiração – como o
ar é formado por gases, essas medidas são dadas em unidades de volume, geralmente em
mililitros (mL).Manter os volumes pulmonares dentro dos parâmetros normais é essencial
para o bom funcionamento do aparelho respiratório, pois os pulmões dependem deles para
realizar as trocas gasosas necessárias à respiração. Esse processo é fundamental para a
manutenção da vida, fornecendo o oxigênio que dá energia às células de todo o corpo. Claro
que a respiração não é impactada apenas pelos volumes pulmonares. Ela ainda sofre a
influência das condições das vias aéreas superiores – nariz, cavidades nasais, faringe e
laringe. Elas são responsáveis por captar, filtrar e aquecer o ar que entra no corpo,
permitindo que chegue aos pulmões através da traqueia. Depois, ele segue pelos brônquios,
que são tubos que nascem na traqueia, é dividido entre pulmão direito e esquerdo e chega
aos bronquíolos, ductos alveolares e alvéolos.
O volume residual, por exemplo, não pode ser mensurado pela espirometria, pois é um volume
que permanece nos pulmões, ainda que seja feita uma expiração forçada, e portanto, o aparelho
não consegue mensurar um volume que não sai dos pulmões
Capacidade pulmonar é o resultado da combinação entre dois ou mais volumes pulmonares,
relacionada à quantidade de oxigênio que alcança a corrente sanguínea, sendo transportado
pelas hemácias por todo o organismo. Assim como no caso do volume, existe mais de uma
medida de capacidade pulmonar, descrevendo produtos dos movimentos inspiratórios,
respiratórios ou a Capacidade Pulmonar Total (CPT).Basicamente, o volume representa uma
medida única, que descreve o limite de ar que pode ser inspirado ou expirado por uma pessoa.
Ou, ainda, a quantidade de ar que permanece como reserva para manter os pulmões
funcionando. Já a capacidade pulmonar é composta por dois ou mais volumes, necessitando ser
calculada com base nesses valores.

Como se dá a distribuição da ventilação pulmonar? Como a distribuição dos valores de pressão intrapleural ao longo
do pulmão pode explicar as diferenças regionais de ventilação ao longo do pulmão?

O pulmão contém a árvore brônquica, que é o ramo das vias aéreas dos brônquios primários aos
bronquíolos terminais. A área respiratória do pulmão é a área que contém os alvéolos e
pequenos sacos de paredes finas para a troca gasosa, e também inclui os bronquíolos
respiratórios. O oxigênio e o dióxido de carbono são difundidos entre os alvéolos e os capilares
pulmonares através da membrana respiratória (fina). A atividade muscular pode causar
alterações no volume da cavidade torácica durante a respiração. Mudanças no volume da
cavidade torácica causam mudanças na pressão nos pulmões e na pleura, o que faz com que o ar
se mova da área de alta pressão para a área de baixa pressão. A resistência das vias aéreas
geralmente é baixa, mas a estimulação nervosa e os fatores químicos podem alterar o diâmetro
dos bronquíolos, alterando assim a resistência e o fluxo de ar. Devido aos componentes elásticos
do tecido pulmonar e à capacidade dos surfactantes de reduzir a tensão superficial do fluido
alveolar, a dilatabilidade pulmonar geralmente é alta. A perfusão pulmonar refere-se ao fluxo
sanguíneo da circulação pulmonar que pode ser utilizado para trocas gasosas e sua pressão é
relativamente baixa em comparação com a circulação sistêmica. A perfusão pulmonar depende
da postura. Na posição ortostática, três aspectos podem ser observados: a ventilação da zona I é
melhor do que a perfusão, a ventilação e perfusão da zona II são equivalentes e a perfusão da
zona III é melhor do que a ventilação. Em relação ao tamanho da via aérea e ao fluxo sanguíneo
local na posição ortostática, a perfusão apical é reduzida devido à gravidade. Esse fato permite
que os se expandam totalmente. Essa expansão pode comprimir os vasos sanguíneos e reduzir
ainda mais a perfusão sanguínea. Devido à gravidade, a perfusão na parte inferior dos pulmões
aumenta. Um vaso sanguíneo com diâmetro maior impede que os alvéolos se expandam
completamente e pode reduzir seu diâmetro. A difusão pulmonar é a passagem do ar alveolar
através da membrana capilar alveolar: camada surfactante, membrana epitelial alveolar e
membrana endotelial capilar. A lei dos gases mostra a relação entre pressão parcial, solubilidade
e concentração de gás. O gás se difunde da área de alta pressão parcial para a área de baixa
pressão parcial através do gradiente de pressão parcial. Na respiração externa, o O2 entra nos
capilares pulmonares dos alvéolos e o CO2 é descarregado. dos capilares pulmonares para os
alvéolos. Na respiração interna, o O2 é descarregado dos capilares do corpo para as células e o
CO2 é transportado das células para os capilares do corpo. A eficiência da troca gasosa depende
de vários fatores, incluindo área de superfície, gradiente de pressão parcial, fluxo sanguíneo e
fluxo de ar. Durante a respiração externa, a relação ventilação-perfusão mantém o fluxo de ar e
o fluxo sanguíneo em uma proporção apropriada para uma troca gasosa eficaz. A respiração
externa é equivalente a qualquer processo que evolui para a troca gasosa do pulmão, enquanto a
respiração interna é a respiração mitocondrial. O O2 é transportado de duas maneiras: é
dissolvido no plasma e ligado à hemoglobina na forma de oxiemoglobina (HbO2). A saturação
da hemoglobina O2 é afetada pelos seguintes fatores: PO2; pH; temperatura; PCO2 e 2,3-
difosfoglicerato. O CO2 é transportado de três maneiras: dissolvido no plasma; combinado com
hemoglobina, como carboxihemoglobina (HbCO2) e proteínas plasmáticas, e convertido em
íons bicarbonato. O transporte de O2 promove a liberação de CO2 na hemoglobina. Este
processo é denominado efeito Haldane. Promove a liberação de O2 da hemoglobina pelo
transporte de CO2 por meio da formação de íons de hidrogênio. O efeito da redução do valor do
pH com a liberação de O2 é denominado efeito Bohr. O ritmo respiratório básico é mantido pelo
centro respiratório localizado na medula. Outros centros respiratórios localizados na medula
oblonga e na ponte também controlam a respiração. Os quimiorreceptores controlam o PCO2, o
pH e a PO2 do sangue arterial e alteram a frequência respiratória. O CO2 refletido pelas
mudanças do pH é o estímulo mais importante para o controle respiratório. Mudanças no pH
causadas pela acidose metabólica também podem alterar a ventilação. O O2 estimulará a
respiração apenas quando a PO2 do sangue estiver muito baixa.
3) Explique por que os pulmões tendem sempre a colapsar, expulsando, assim, o ar neles
contido. Qual a importância do surfactante na fisiologia respiratória?
O pulmão tem a capacidade de estância pois possui fibras elásticas e colágenas, com isso
forçam o pulmão voltar na sua posição original , além da pressão intrapulmonar direcionada
para o centro do pulmão. O liquido em sua superfície alveolar, dificulta ajuda a manter o seu
tamanho originário. O surfactante é importante para a quebra a tensão superficial formada por
esse liquido pois ao substituir as moléculas de agua dele, faz com que seja mas fácil para o
pulmão se expandir

Aluna: Rafaela de Oliveira Barros


Farmácia

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