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FACULDADE ESTÁCIO DE TERESINA

DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA


PROFESSOR: DR. CARLOS HENRIQUE LIMA
ALUNA: Laíres Nadielen de Sousa Andrrade.

TRABALHO AVALIATIVO

Fisiologia do Sistema respiratório:


sistema respiratório no ser humano é dividido em duas zonas:
Zona Respiratória; onde ocorre as trocas gasosas.
Zona de Transporte; compreendida pela estrutura da arvore traqueobrônquica, cuja função está
relacionada com o condicionamento e condução do ar até as porções da zona respiratória.

Organização do sistema Respiratório.


Interface gás-sangue
O oxigênio e o dióxido de carbono se deslocam através de uma interface criada entre a porção aérea e o
sangue a favor de seu gradiente de concentração, ou seja, por difusão simples. Neste sentido, assumimos
que uma porção desta interface possui pressão parcial de gases mais elevada que a outra, semelhante ao
transporte de água.

Para que ocorra a difusão de gases por essas estruturas, a concentração parcial de um gás, movido através
da interface gás-sangue pelas vias aéreas, precisa ser maior ou menor que a concentração parcial desse
mesmo gás que chega nas vias aéreas pelos vasos sanguíneos.

Zona de transporte
As vias aéreas iniciam-se através de um tubo principal que vai se ramificando de maneira contínua à
medida que essas estruturas condutoras se distanciam das porções superiores. Além da redução do
diâmetro dessas estruturas, elas vão se encurtando e se tornam mais numerosas à medida que penetram
nas vias respiratórias mais profundas.

Zona de transição
A zona de transição começa no nível dos bronquíolos respiratórios, sendo caracterizada pela perda de
células ciliadas a partir dos bronquíolos terminais.

Zona respiratória
A zona respiratória formada pela unidade capilar pulmonar é a parte principal das trocas gasosas no
pulmão e é composta por:

 Alvéolos;
 Ampla rede capilar;
 Septos Alveolares.
Movimentos Respiratórios:
A renovação contínua de ar nos alvéolos é garantida pelo movimento do tórax, por exemplo, durante a
inspiração.
A expiração ocorre imediatamente após a inspiração. Neste estágio, a força da retração elástica dos
pulmões fará com que eles diminuam de volume, aumentando o fluxo expiratório para o ar ambiente.

Durante um ciclo respiratório normal (basal), o músculo diafragma é contraído de maneira que seu
formato se adote de maneira esférica, uma vez que o conteúdo abdominal é forçado para baixo e para
frente, reduzindo a cavidade abdominal no seu sentido cefalocaudal.

Paralelamente aos movimentos observados pela ação do diafragma, na inspiração, as margens das costelas
são levantadas no sentido superior e lateral, ocasionando o aumento do volume torácico no seu sentido
anteroposterior e laterolateral. Esses movimentos ocorrem graças às ações dos músculos intercostais
externos. De modo acessório, os músculos esternocleidomastóideos e escalenos auxiliam no levantamento
da primeira costela durante a inspiração. Os músculos intercostais (externos e internos) são inervados
pelos nervos intercostais, que se projetam do primeiro ao décimo primeiro segmentos torácicos da medula
espinal.

Expiração
Em condições de repouso, a expiração é comumente passiva (não possui influência dos músculos
respiratórios). Com o desenvolvimento do processo contrátil dos músculos inspiratórios, ocorre a distensão
dos tecidos elásticos dos pulmões e da parede torácica. O resultado disso faz com que esses tecidos
promovam maior armazenamento de energia potencial.

MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO

Durante o ciclo da respiração ocorre o trabalho mecânico por parte dos músculos respiratórios. Em uma
pessoa aparentemente saudável, durante o período de repouso, a respiração ocorre de maneira quase
involuntária, pois, em muitos ciclos, não ocorre esforço consciente. Porém, se os músculos forem levados a
aumentar o fluxo aéreo, conseguimos ter consciência de nosso ciclo respiratório.

O sistema respiratório consiste em duas partes, representadas pelo pulmão e pela parede torácica. Em
relação à parede torácica, tenha em mente todas as estruturas que são deslocadas durante o ciclo
respiratório, exceto o pulmão. Acima você viu que a parede abdominal se movimenta para fora durante a
inspiração, retornando ao seu ponto inicial ao longo da expiração. Neste sentido, assume-se que a parede
abdominal faz parte da parede torácica.

A divisão do sistema respiratório em seus componentes pulmonar e de parede é importante pelo fato que,
nas doenças pulmonares, essas estruturas sofrem alterações de modo diferente. Observe a bronquite
crônica e enfisema pulmonar.

Volumes e Capacidades Pulmonares:


Os movimentos responsáveis pela constante entrada e saída do ar dos pulmões constituem a ventilação.
Durante o repouso, esses movimentos cíclicos de inspiração e expiração ocorrem em um padrão de
frequência entre 12 e 18 ciclos em um minuto.

MODIFICAÇÕES DO PADRÃO VENTILATÓRIO


Muitos são os fatores que podem promover alterações no padrão respiratório. Para cada novo padrão
estabelecido, existe uma denominação específica que deve ser levada em consideração para seu
entendimento.

ESPIRÓGRAFO

A medida da quantidade de gás, mobilizado para dentro e para fora do sistema respiratório, pode ser feita
de maneira simples, através de um aparelho chamado de espirógrafo ou das medidas dos volumes
pulmonares representados graficamente.

Os volumes e capacidades pulmonares podem variar consideravelmente mediante alguns parâmetros,


dentre eles: gênero, idade, superfície corporal, atividade física e a posição corporal. Além disso, nas
doenças pulmonares, tais volumes podem se alterar.

Difusão e transporte de gases no organismos.


DIFUSÃO DOS GASES

A difusão dos gases através dos tecidos biológicos é um processo passivo e pode ser estimado seguindo
a lei de Fick. Interpretando as variáveis na figura 14, podemos considerar que a velocidade que um gás é
transferido (Vgás) por uma membrana (ou tecido) é proporcional à magnitude da área tecidual e à
diferença de pressão parcial deste gás entre os dois lados da membrana, e inversamente proporcional à
camada (espessura) do tecido.

A área disponível para as trocas gasosas nos pulmões equivale a 100 m2 e a espessura do tecido que separa
o espaço alveolar do sangue capilar corresponde a 0,5 μm. Pensando nisso, estas dimensões favorecem
significativamente a difusão dos gases.

Além desses fatores, a Vgás é também diretamente proporcional a uma constante de difusão altamente
dependente das propriedades físico-químicas dos gases e dos tecidos. Esta constante de difusão, por sua
vez, é diretamente proporcional à solubilidade dos gases e inversamente proporcional à raiz quadrada de
seu peso molecular.

TRANSPORTE DOS GASES NO SANGUE

Oxigênio dissolvido no plasma


Quando o oxigênio sofre difusão dos alvéolos para o sangue, cerca de 98-99% vai penetrar nas hemácias,
em que se combina à hemoglobina (saturação de oxigênio). Apenas uma pequena porção permanece no
plasma, denominado como oxigênio dissolvido. Baseando-se na lei de Henry, a quantidade de oxigênio
dissolvido é diretamente proporcional à sua pressão parcial no sangue (PO2 arterial = 100 mmHg) e pode
ser calculado multiplicando o equivalente à sua pressão arterial pelo seu coeficiente de solubilidade
(equivalente a 0,003).

Transporte de oxigênio associado à hemoglobina


A quantidade de O2 dissolvida não é suficiente para manter a oferta de O2 dentro da faixa de normalidade
necessária para a manutenção da vida. No repouso, um percentual maior que 95% do oxigênio fornecido
aos tecidos são transportados através de sua associação com a hemoglobina, podendo alcançar faixas
percentuais de 99% durante o exercício intenso.
A organização e a conformação desses aminoácidos são extremamente importantes para determinar as
propriedades estruturais da hemoglobina. Por exemplo, a hemoglobina fetal (HbF) é formada por duas
cadeias α e duas γ, então HbF tem uma afinidade maior para O2 do que HbA.

Outro exemplo pode ser dado pelas hemoglobinas anormais. Atualmente, já são conhecidas mais de 30
hemoglobinas anormais, que chegam a diferir da HbA por apenas um único aminoácido na cadeia alfa ou
beta. A alteração mais conhecida é a HbS, observada nos pacientes com anemia falciforme, caracterizada
por um distúrbio de ordem genética. A anemia falciforme recebeu essa nomenclatura em decorrência da
hemácia apresentar uma forma de foice.

Transporte de dióxido de carbono no organismo


Devido aos processos metabólicos celulares, o corpo humano possui uma capacidade muito grande de
produzir dióxido de carbono. Durante as condições de repouso, a produção de CO 2 chega a um valor
próximo de 200 mililitros por minuto.

Fisiologia do Sistema Urinário:


ESTRUTURA DO SISTEMA URINÁRIO

Os rins possuem diversas funções, como regulação do volume de água do organismo, controle do balanço
eletrolítico, regulação do equilíbrio ácido-base, conservação de nutrientes, excreção de resíduos
metabólicos, regulação da hemodinâmica sistêmica, regulação da pressão arterial, produção de
hormônios, gliconeogênese e produção de vitamina D.

São órgãos retroperitoneais pareados, localizados lateralmente à coluna vertebral, um de cada lado. O
polo renal superior se localiza na 12ª vértebra torácica, e o inferior, na terceira vértebra lombar. O rim
direito normalmente está posicionado mais abaixo, em relação ao esquerdo, devido à posição do fígado
durante o período de embriogênese. Seu comprimento varia entre 11 e 12cm, sua largura, entre 5 e 7,5cm,
e sua espessura, entre 2,5 e 3cm.

NÉFRON

O néfron constitui a unidade funcional do rim e é formado pelo corpúsculo renal e pelos túbulos renais. Os
ductos coletores não são considerados parte do néfron devido às suas diferentes origens embriológicas,
porém estão envolvidos na formação da urina eliminada.

CORPÚSCULO RENAL

O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman. A cápsula de Bowman tem
forma de cálice, possuindo dois tipos de paredes:

Parede Externa; A parede externa da cápsula é um epitélio pavimentoso simples, que forma o
revestimento do corpúsculo renal.

Parede Interna: A parede interna da cápsula de Bowman possui células denominadas podócitos, que fazem
parte da estrutura de filtração do plasma.

Túbulo distal convoluto


Após a alça de Henle, está o túbulo distal convoluto, com células cúbicas, pouca microvilosidade na região
apical e muitas mitocôndrias largas no citoplasma.

Sua porção final tem menos mitocôndrias, e elas são menores e com dobras basolaterais menos profundas.

A porção inicial do túbulo distal convoluto de cada néfron fica em contato íntimo com seu glomérulo
correspondente e suas arteríolas aferente e eferente, formando o chamado aparelho justaglomerular.

Túbulo de conexão
Após o túbulo distal, está o túbulo de conexão, com células de conexão, que produzem calicreína,
interpostas com células intercalares, descritas no ducto coletor.

Os ductos coletores corticais apresentam células epiteliais cuboides e passam a apresentar células
colunares com maior diâmetro à medida que caminham pela medula em direção à papila.
VASCULARIZAÇÃO RENAL

A artéria renal é originada da artéria aorta abdominal superior e, quando atinge o hilo renal, divide-se em
um ramo dorsal e um ventral. Estes ramos originam as artérias interlobares, que são encontradas nas
margens de cada lobo renal. Quando alcançam o limite entre as zonas medulares e corticais, elas se
tornam as artérias arqueadas. Perpendicularmente a estas, em direção ao córtex renal, estão as artérias
interlobulares, cujos pequenos ramos perpendiculares constituem as arteríolas aferentes dos glomérulos.
Devemos lembrar que as arteríolas aferentes originarão os capilares glomerulares, que, depois, formam a
arteríola eferente, saindo do glomérulo.

INERVAÇÃO RENAL

O rim é inervado por ramos do nervo simpático toracolombar, provenientes dos segmentos entre a quarta
vértebra dorsal e a quarta vértebra lombar. As fibras simpáticas se distribuem pelas artérias, arteríolas e
pelos túbulos proximais. Não apresenta inervação parassimpática (AIRES, 2012).

Função Tubular Renal

REABSORÇÃO E SECREÇÃO TUBULARES

Após a filtração glomerular, o ultrafiltrado entra nos túbulos renais (túbulo proximal, alças de Henle,
túbulo distal e ductos coletores), onde sua composição e seu volume vão sendo modificados através da
reabsorção e secreção tubulares. Consequentemente, ocorre variação da quantidade de cada substância
excretada na urina final.

A reabsorção tubular é o movimento de uma substância da luz tubular para o interstício renal por via
transcelular ou paracelular e deste para o interior dos vasos sanguíneos adjacentes (capilares peritubulares
ou vasos retos), retornando à circulação sanguínea.

REABSORÇÃO NO TÚBULO PROXIMAL

A porção inicial do túbulo proximal tem maior número de microvilosidades e mitocôndrias, apresentando
superior taxa de reabsorção de solutos. No total, o túbulo proximal reabsorve cerca de dois terços do
ultrafiltrado glomerular, mesmo que haja alteração na quantidade de plasma filtrado. A energia para
reabsorção proximal é derivada da Na+/K+ ATPase que está presente na membrana basolateral das
células.A reabsorção de solutos que ocorre no túbulo proximal possui duas fases.

REABSORÇÃO DE GLICOSE

A glicose, por sua vez, é altamente conservada pelos rins por ser um importante substrato energético. Um
exemplo disso é que sua carga filtrada é de 10 a 40 vezes maior que sua utilização diária. É uma molécula
livremente filtrada, ou seja, sua concentração do espaço urinário é igual à concentração plasmática.

A glicose filtrada é quase totalmente reabsorvida no túbulo proximal. Esta reabsorção é mediada por
cotransportadores apicais de sódio e glicose, os SGLTs.

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