Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SISTEMA DIGESTÓRIO
Intestino delgado (dividido em 3 partes- duodeno, jejuno e íleo)- Onde ocorre a maior parte da absorção.
O suco entérico (suco intestinal), produzido pelo intestino delgado, é rico em enzimas:
• LACTASE: fragmenta a lactose (dissacarídeo encontrado no leite) em glicose e galactose.
• SACARASE: fragmenta a sacarose (dissacarídeo encontrado nas frutas) em glicose e frutose.
• MALTASE: fragmenta a maltose (proveniente dos polissacarídeos, como o amido) em glicose.
• DIPEPTIDASE e TRIPEPTIDASE: fragmenta os peptídeos em aminoácidos.
Os produtos finais
da digestão constituem
o quilo. O intestino
apresenta dobras que
aumentam sua
superfície interna,
chamadas de
vilosidades intestinais.
As microvilosidades são
dobras microscópicas
nas membranas
plasmáticas das células
intestinais que também
aumentam a superfície
de contato para a
absorção dos
nutrientes. No jejuno-
íleo ocorre a absorção
de nutrientes para o
sangue.
Intestino grosso- Este é dividido em ceco, cólon ascendente, cólon transversal, cólon descendente e cólon
sigmoide. Os restos não digeridos passam para o intestino grosso, onde a maior parte da água e sais serão
absorvidos para o sangue. Neste órgão há uma “criação de bactérias” (flora intestinal), produzindo vitaminas
do complexo B, K, vit. B9 e biotina). A flora intestinal é útil para evitar a proliferação de bactérias patogênicas.
As fezes são formadas por 75% de água e 25% de parte sólida. Da parte sólida, 30% é constituída por
bactérias (coliformes fecais) e 70% por sais, muco, fibras de celulose e outros componentes não digeridos.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
As células executam a respiração celular, onde substâncias orgânicas no interior das mitocôndrias
reagem com gás oxigênio (O2), liberando energia. Os produtos da respiração celular são água (H 2O) e gás
carbônico (CO2), este último deve ser eliminado do corpo. Nutrientes e O 2 chegam às células pelo sangue e
o CO2 produzido pelas células é levado pelo sangue aos órgãos encarregados de eliminá-lo. O CO2 é
eliminado nos pulmões e passa para o ar, ao mesmo tempo em que o sangue se abastece de O 2 que é
levado até as células, o que constitui a respiração pulmonar. Portanto, o termo respiração é empregado em
dois níveis, um celular e outro, pulmonar. Nesta apostila vamos estudar a respiração pulmonar.
Órgãos do sistema respiratório
Cavidades nasais- São duas cavidades, separadas por cartilagem (septo nasal). As células do epitélio que
revestem as fossas nasais produzem o muco que escorre para a garganta, sendo engolido junto com a
saliva. O muco umedece as vias respiratórias e retém partículas sólidas e bactérias do ar. Nas cavidades
nasais, portanto, o ar é filtrado, umedecido e aquecido. Por isso, é importante respirar sempre pelo nariz,
principalmente no inverno.
Laringe- O ar passa pelas cavidades nasais, faringe e chega à laringe. A entrada da laringe é chamada
glote e acima dela há uma “válvula” de cartilagem, a epiglote. Quando engolimos, a laringe sobe e sua
entrada é fechada pela epiglote, impedindo o alimento de penetrar nas vias respiratórias. O revestimento
interno da laringe apresenta pregas, as cordas vocais, que produzem sons.
Traqueia- Tubo com paredes de anéis cartilaginosos. Na região superior do peito, a traqueia divide-se em
dois tubos curtos e também reforçados por anéis de cartilagem, os brônquios.
Brônquios e bronquíolos- Conduzem o ar aos pulmões. Os brônquios se ramificam em tubos mais finos,
os bronquíolos. As ramificações dos bronquíolos formam a árvore respiratória. Os bronquíolos terminam nos
alvéolos pulmonares. A traqueia, os brônquios e os bronquíolos são revestidos por um epitélio ciliado, rico
em células produtoras de muco. Partículas de poeira e bactérias aderem ao muco, sendo “varridas” em
direção à faringe, onde são engolidos e vão para o tubo digestório.
Pulmões e alvéolos pulmonares- Estão localizados no interior da caixa torácica. Os pulmões são envoltos
por duas membranas denominadas pleuras. Entre as pleuras há um estreito espaço, preenchido por uma
finíssima camada líquida. A tensão superficial desse líquido mantém unidas as duas pleuras, mas permite
que elas deslizem uma sobre a outra. Cada pulmão é constituído por cerca de 150 milhões de alvéolos
pulmonares, pequenos sacos de paredes finas, formados por células achatadas e recobertos por capilares
sanguíneos. É exatamente na superfície dos alvéolos que ocorrem as trocas gasosas entre o sangue e o ar.
Nesse processo, denominado hematose, o O2 difunde-se do ar dos alvéolos para o sangue dos capilares,
enquanto o CO2 difunde-se no sentido inverso.
Fisiologia da respiração- Depende da ação dos músculos que ligam as costelas entre si (músculos
intercostais) e de uma membrana musculosa, o diafragma, que separa a cavidade torácica da cavidade
abdominal. A entrada de ar nos pulmões, chamada inspiração, dá-se pela contração da musculatura do
diafragma e dos músculos intercostais. Com isso, o diafragma abaixa e as costelas elevam-se, o que
aumenta o volume da caixa torácica. A pressão interna dos pulmões torna-se menor que a externa, forçando
o ar a entrar nos pulmões. A expiração é a saída de ar dos pulmões: a musculatura do diafragma e os
músculos intercostais relaxam. Com isso, o diafragma se eleva e as costelas abaixam, o que diminui o
volume da caixa torácica. A pressão interna torna-se maior que a externa, forçando o ar a sair dos pulmões.
Hematose- Nos alvéolos ocorre a hematose onde, o O2 presente no ar dos alvéolos difunde-se para os
capilares e penetra nas hemácias. O O2 combina-se com a hemoglobina, formando um composto instável.
(oxiemoglobina- HbO2). Nos tecidos, o oxigênio desprende-se entrando nas células e o CO2 é reabsorvido
pelos capilares. Cerca de 7% do CO2 fica dissolvido no plasma. Outros 23% se associam a hemoglobina
(carboemoglobina- HbCO2). A maior parte do CO2 penetra nas hemácias, onde reage com a água, formando
ácido carbônico (H2CO3), que se dissocia em íons H+ e íons bicarbonato. Os íons bicarbonato vão para o
plasma, controlando a acidez. Nos alvéolos, os íons bicarbonato entram nas hemácias e formam ácido
carbônico, que se transforma em água e CO2. O CO2 se difunde para o ar alveolar.
O perigo do monóxido de carbono (CO)- O CO é um gás inodoro, produzido na combustão incompleta,
como na queima de carvão, combustíveis de automóveis e cigarro. O CO combina-se com a hemoglobina e
origina um composto estável (carboxiemoglobina) o qual inutiliza a hemoglobina irreversivelmente para o
transporte de O2. Assim, a respiração de ar rico em CO pode levar à morte por asfixia.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Os tipos de vasos sanguíneos- As artérias são vasos que levam sangue do coração para órgãos e
tecidos. As artérias apresentam parede mais espessa que a das veias. A maioria das artérias transporta
sangue oxigenado (rico em O2), mas as artérias pulmonares transportam sangue venoso (pobre em O2) do
coração até os pulmões. A artéria aorta é a mais calibrosa do corpo. Nos tecidos as artérias ramificam-se
em finíssimos vasos, as arteríolas. A veia transporta sangue dos tecidos para o coração. Nas veias, o
sangue flui não por contração da parede, mas pelo movimento dos músculos esqueléticos próximos. As
válvulas no interior das veias impedem o refluxo de sangue e garantem sua circulação em um único
sentido. Nos tecidos, as vênulas que são finíssimos vasos, oriundos de capilares, formam as veias. Os
capilares são vasos finíssimos, constituídos por uma única camada de células.
Fisiologia da circulação- O relaxamento de uma câmara cardíaca é chamado diástole, e sua contração é
chamada sístole. Na diástole, a câmara cardíaca enche-se de sangue e, durante a sístole, ela bombeia o
sangue para fora. Uma sequência completa de sístole e diástole das câmaras do coração é chamada ciclo
cardíaco e dura cerca de (0,8 s). O início do ciclo cardíaco é marcado pela sístole dos átrios, que bombeiam
sangue para o interior dos ventrículos que estão em diástole. Então, os ventrículos direito e esquerdo entram
em sístole, bombeando sangue, respectivamente, para as artérias pulmonares e aorta. Durante a sístole
ventricular, as valvas atrioventriculares direita e esquerda se fecham, evitando o retorno de sangue para os
átrios. Enquanto a sístole ventricular progride, os átrios entram em diástole, enchendo-se novamente de
sangue. Ao ocorrer a sístole atrial, terá início um novo ciclo cardíaco.
Por isso, diz-se que nossa circulação é dupla, sendo os trajetos:
✓ Pequena circulação (circulação pulmonar)- O sangue venoso (pobre em O2) do lado direito é enviado
para os pulmões para ser oxigenado (hematose) voltando oxigenado ao lado esquerdo do coração.
Trajeto: o sangue sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar e nos pulmões despeja o CO2 nos
alvéolos. O sangue arterial (rico em O2) volta pelas veias pulmonares que desembocam no átrio
esquerdo. Resumo: VD → artéria pulmonar → pulmões (hematose) → veias pulmonares → AE
✓ Grande circulação (Circulação Sistêmica)- O sangue oxigenado sai do ventrículo esquerdo pela artéria
aorta que distribui este sangue para os tecidos. As células realizam a respiração celular liberando o CO2
que será levado ao coração pelas veias cavas que desembocam no átrio direito.
Resumo: VE → artéria aorta → tecidos ( Respiração celular) → veias cavas → AD
Pressão arterial- Pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre a parede interna das artérias.
Quando o sangue é bombeado pelos ventrículos, ele penetra nas artérias sob alta pressão. Em uma pessoa
com boa saúde, a pressão nas artérias durante a sístole ventricular, chamada pressão sistólica (ou máxima),
oscila em torno de 120 mm Hg e 130 mm Hg. Durante a diástole, a pressão fica em torno de 70 a 80 mm Hg
(pressão diastólica ou mínima). Simplificando, a pressão normal é de 12 por 8. O esfigmomanômetro é o
aparelho usado para medir a pressão.
BIBLIOGRAFIA
• AMABIS, Jose Mariano; Martho, Gilberto Rodrigues. Biologia Moderna 2. Editora: Moderna, 1ª Edição. São Paulo, 2016.
• CAMPBELL, N. A.; REECE, J. B. Biologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.