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RESPIRAÇÃO

CVM FEITEP MARINGÁ

Trabalho de Biologia

Alunos: Fioravante Rangel e Ellen Quessada

Professora Kênia Carvalho


DEFINIÇÃO
• A respiração é o processo vital pelo qual organismos vivos, incluindo humanos e
animais, absorvem oxigênio do ambiente e trocam gases, liberando dióxido de
carbono.

• É um processo essencial para a produção de energia no corpo e a eliminação de


resíduos metabólicos.
PROCESSO
• Os animais são seres aeróbios, isto é, dependem do gás oxigênio para obter energia
via respiração celular. Nesse processo, a glicose e outros compostos orgânicos
obtidos pela digestão dos alimentos são oxidados. Assim, formam-se as moléculas de
ATP á medida que os elétrons são transferidos de um composto a outro, até chegarem
ao gás oxigênio, aceptor final dessa cadeia de reações que ocorre no interior das
mitocôndrias.
• Em animais sem sistema circulatório, como poríferos, cnidários e platelmintos, as
trocas gasosas ocorrem geralmente por difusão em toda a superfície corpórea. Em
animais com sistema circulatório, o gás oxigênio é levado pelo sangue (ou
hemolinfa) das estruturas respiratórias até os tecidos do corpo. Já os insetos
apresentam um sistema respiratório independente do sistema circulatório.
IMPORTÂNCIA
A respiração é um processo fundamental para a sobrevivência de organismos
multicelulares, como os seres humanos, e desempenha várias funções vitais.
EXEMPLOS DA
IMPORTÂNCIA DA
RESPIRAÇÃO.
1- Fornecimento de Oxigênio:

A respiração permite a absorção de oxigênio do ambiente, que é essencial para a


produção de energia nas células. As células utilizam o oxigênio no processo de
respiração celular para gerar adenosina trifosfato (ATP), a principal forma de energia
utilizada pelos organismos.
2- Eliminação de Dióxido de Carbono:

Durante o processo de respiração, o dióxido de carbono (CO2), um subproduto do


metabolismo celular, é eliminado do corpo. A acumulação excessiva de CO2 no
organismo pode ser prejudicial e a respiração ajuda a mantê-lo em níveis adequados
3- Manutenção do Equilíbrio Ácido-Base: A respiração desempenha um papel
importante na regulação do equilíbrio ácido-base no corpo, ajudando a manter o pH
sanguíneo dentro de limites saudáveis. A eliminação adequada de CO2 através da
respiração ajuda a regular o pH sanguíneo.
4-Suporte ao Sistema Circulatório: O oxigênio absorvido através da respiração é
transportado pelo sangue para todas as células do corpo, fornecendo energia e
sustentando as funções metabólicas. Sem a respiração adequada, o sistema
circulatório seria incapaz de entregar o oxigênio necessário aos tecidos e órgãos.
5-Desintoxicação: A respiração também ajuda a eliminar substâncias tóxicas e
resíduos do corpo. Através da expiração, o corpo pode se livrar de produtos químicos
indesejados e substâncias potencialmente prejudiciais.
6-Suporte à Função Cerebral: O cérebro é altamente sensível à falta de oxigênio. A
respiração adequada assegura um suprimento constante de oxigênio para o cérebro, o
que é crucial para a função cognitiva e o estado de alerta.
OS 2 PROCESSOS DA
RESPIRAÇÃO
INSPIRAÇÃO
Neste estágio, o ar é inalado através do nariz ou da boca. Durante a inspiração, os
músculos respiratórios, como o diafragma e os músculos intercostais, se contraem,
criando um vácuo que puxa o ar para dentro dos pulmões. O oxigênio presente no ar
é então transportado pelos alvéolos pulmonares para os capilares sanguíneos, onde se
liga à hemoglobina nos glóbulos vermelhos.
EXPIRAÇÃO
Na expiração, o ar rico em dióxido de carbono é expelido dos pulmões para o
ambiente. Os músculos respiratórios relaxam, reduzindo o volume da cavidade
torácica e empurrando o ar residual para fora dos pulmões.
Troca de Gases:
Nas pequenas estruturas dos pulmões chamadas alvéolos, ocorre a troca de gases. O
oxigênio do ar inspirado é transportado dos alvéolos para a corrente sanguínea, onde
se liga à hemoglobina nas hemácias. Ao mesmo tempo, o dióxido de carbono é
liberado do sangue nos alvéolos e expirado.
A troca de oxigênio e dióxido de carbono ocorre no nível celular, onde o oxigênio é
usado na produção de energia através da respiração celular, e o dióxido de carbono é
um subproduto desse processo. A respiração é essencial para a sobrevivência de
praticamente todos os seres vivos, pois fornece o oxigênio necessário para a
produção de energia e remove os resíduos metabólicos.
TIPOS DE RESPIRAÇÃO
São órgãos respiratórios as brânquias, projeções que se matem em contato com a
água e permitem as trocas gasosas entre o meio aquático e o sistema circulatório, e os
pulmões, nos quais o ar penetra e ocorrem as trocas gasosas entre o meio aéreo e o
sistema circulatório. Em alguns animais, a pele também atua como órgão
respiratório. Nesses casos, ela é fina, úmida e bastante vascularizada, condições
necessárias para que ocorram as trocas gasosas.
Respiração nos Anelídeos e
Anfíbios
A respiração nos anelídeos é cutânea uma vez que, as trocas gasosas ocorrem por
difusão através da pele vascularizada desses animais. A maioria dos anfíbios, quando
adultos também realiza respiração cutânea. Porém, a pele não é único órgão
respiratório desses animais.
A respiração branquial
Nos peixes, girinos (larvas de anfíbios) e axolotes, além dos moluscos, anelídeos e
artrópodes aquáticos (a exemplo da maioria dos crustáceos), a respiração é branquial.
Estes animais respiram por meio de brânquias, também conhecidas como guelras. A
água passa pela boca do animal e passa pelas brânquias, saindo pela abertura que
existe em cada uma delas. Nas brânquias é onde existem muitos vasos sanguíneos e é
lá que é feita a troca gasosa. Enquanto o gás carbônico flui no sentido contrário, dos
capilares para a água. Assim se dá a respiração dos peixes.
FUNCIONAMENTO DAS
BRANQUIAS NOS PEIXES
ÓSSEOS
● Nos moluscos terrestres, nos aracnídeos, nos peixes pulmonados e nos tetrápodes,
a respiração é pulmonar, inclusive nos mamíferos aquáticos como baleias e
golfinhos. Nos peixes pulmonados, porém o pulmão é único e liso, o que confere
pouca superfície de contato e, portanto, baixa eficiência respiratória. Já nos
tetrápodes, há dois pulmões, cujo nível de compartimentalização varia de um grupo
para outro.
Nos anfíbios, os pulmões não têm tantos compartimentos, razão pela qual a
respiração pulmonar é pouco eficiente e a respiração cutânea é de grande importância
para esses animais. Nos répteis nas aves e nos mamíferos, a respiração é
exclusivamente pulmonar, havendo um número maior de compartimentos, o que
aumenta consideravelmente a superfície na qual ocorrem as trocas gasosas.
Nas aves e nos mamíferos, o sistema respiratório é ainda mais eficiente, o que está
diretamente relacionado á grande demanda energética do metabolismo endotérmico.
As aves, por exemplo, apresentam sacos aéreos conectados nos pulmões, que
contribuem para sua ventilação. Embora as trocas gasosas só ocorram nos pulmões, o
sacos aéreos fazem com que o fluxo do ar seja unidirecional e contínuo, ao contrário
do sistema respiratório de outros animais, em que o ar entra e sai ciclicamente,
reduzindo a eficiência respiratória.
Os mamíferos possuem um músculo que separa a cavidade torácica da abdominal,
conhecido como diafragma, que auxilia nos movimentos de inspiração e expiração.
Além disso, o pulmão dos mamíferos apresenta alvéolos pulmonares, que ampliam
ainda mais a superfície na qual ocorrem as trocas gasosas.
Respiração nos Insetos
Nos insetos, a respiração é traqueal. Nesse caso, há um conjunto de vasos, chamados
traqueias, que entra em contato com os tecidos corporais de maneira independente do
sistema circulatório. Assim, o ar entra pelos espiráculos e é levado pelas traqueias até
cada célula do corpo, onde ocorrem as trocas gasosas por difusão.
A RESPIRAÇÃO NOS SERES
HUMANOIDES
Nos seres humanos, os pulmões são órgãos formados pela ramificação dos brônquios
em bronquíolos cada vez mais finos, que terminam nos alvéolos pulmonares. Em
cada alvéolo, forma-se uma rede de capilares por meio da qual ocorrem as trocas
gasosas. Assim, o sangue torna-se rico em gás oxigênio e pobre em gás carbônico ao
deixar os pulmões. O diafragma é o músculo que auxilia no processo de ventilação,
isto é, na entrada de ar nos pulmões (inspiração) e na saída de ar deles (expiração).
Cavidades Nasais
As cavidades nasais são entrada do ar pelo nariz. São divididas por uma cartilagem
chamada septo nasal e apresentam projeções denominadas cornetos, que permitem
que o ar seja aquecido e umidificado. As cavidades nasais são revestidas por pelos,
que ajudam a reter impurezas do ar, e suas células são ciliadas e produtoras de muco.
Por essa razão, é recomendado respirar pelo nariz e não pela boca.
Faringe
A faringe é um órgão comum aos sistemas respiratório e digestório. Quando o ar
chega a faringe, ele é conduzido para a glote, em direção a laringe. Durante a
respiração a epiglote fica levantada, permitindo que o ar vá para a laringe; durante a
deglutição, a epiglote abaixa e a glote fecha, garantindo que o bolo alimentar seja
conduzido ao esôfago.
Laringe
A laringe é um pequeno tubo que conecta a faringe a traqueia. Nela estão presentes as
pregas vocais, projeções laterais responsáveis pela produção de sons. Quando estão
relaxadas, as pregas vocais não vibram com a passagem do ar inspirado ou expirado
e, portanto, não produzem sons. Quando tencionadas, as pregas vocais vibram com o
ar expirado, gerando uma variedade de sons, que são articulados pela movimentação
dos lábios e da língua e amplificados pela reverberação do ar na laringe, na faringe,
na boca nas cavidades nasais.
Curiosidade: O SOLUÇO
O soluço ocorre por meio de movimentos espasmódicos, intermitentes e
involuntários do diafragma, cuja rápida contração envia jatos de ar dos pulmões até a
cavidade oral, batendo na epiglote, vibrando as cordas vocais e gerando o seu som
característico. Para controlá-lo, existem diferentes medidas caseiras, como respirar
repetidas vezes em um saco de papel ou pressionar as pernas contra o abdome. E
caso o problema persistir, é recomendável procurar ajuda médica.
TRAQUEIA:
A traqueia corresponde a um tubo reforçado por anéis cartilaginosos que se ramifica
em dois brônquios. É revestida internamente por células ciliadas e secretoras de
muco, que retém pequenas partículas presentes no ar, além de microrganismos. O
movimento dos cílios, sempre para cima, leva o muco a faringe, no qual é deglutido.
Quando ocorre algum tipo de obstrução da traqueia pode ser realizado um
procedimento cirúrgico de emergência chamado traqueostomia, no qual é feito uma
abertura na parede anterior da traqueia possibilitando uma comunicação com o meio
externo a fim de servir como uma alternativa segura para que o indivíduo possa
respirar
Brônquios, Bronquíolos e
Alvéolos pulmonares
Cada brônquio penetra em um dos pulmões e se ramifica em brônquios cada vez
mais finos. Quando os brônquios deixam de ter anéis cartilaginosos, passam a ser
chamadas bronquíolos. Estes terminam nos alvéolos pulmonares, onde ocorrem as
trocas gasosas que oxigenam o sangue.
Pulmões
Os pulmões dos mamíferos são os dois órgãos formados pela ramificação dos
brônquios bronquíolos que termina nos alvéolos pulmonares. A consistência
esponjosa dos pulmões deve-se a grande quantidade de alvéolos pulmonares.
Cada pulmão é revestido por duas camadas de
tecido chamadas pleuras.
O pulmão direito é ligeiramente maior, dividido em três lóbulos, e o esquerdo é formado por dois lóbulos. Junto com o
coração, os pulmões preenchem a caixa torácica, que é formada pelo osso esterno, na parte da frente, e pela coluna
vertebral, na parte de trás; nas laterais estão as costelas. Qualquer variação do volume da caixa torácica é acompanhada
pela variação do volume dos pulmões.
Ventilação Pulmonar
O processo de entrada e saída de ar dos pulmões é chamado ventilação pulmonar,
movimento responsável por renovar o ar nos alvéolos pulmonares. Durante a
inspiração, o diafragma e os músculos intercostais se contraem, aumentando volume
da caixa torácica e, consequentemente, diminuindo a pressão interna do ar. Com a
pressão interna menor do que a pressão atmosférica, o ar entra nos pulmões. Durante
a expiração, ocorre o contrário, isto é, o diafragma e os músculos intercostais
relaxam, o que diminui o volume da caixa torácica, aumentando, portanto, a pressão
interna do ar. Com a pressão interna maior do que a pressão atmosférica, o ar sai dos
pulmões, agora empobrecido de O2 e enriquecido de CO2.

A frequência com que ocorre cada ciclo de inspiração e expiração é denominada


frequência respiratória. Um dos fatores que elevam a frequência respiratória é a
pratica de exercícios físicos.
Trocas Gasosas
As trocas gasosas ocorrem nos alvéolos pulmonares por difusão, em decorrência da
diferença de concentração de gases entre o sangue e o ar dos pulmões. Esse processo é
denominado hematose.

Quando o sangue chega aos alvéolos pulmonares, ele tem alta concentração de gás
carbônico, enquanto o ar contido nos pulmões apresenta baixa concentração desse gás.
Portanto, por difusão, o gás carbônico passa do sangue para os alvéolos. O contrário
ocorre com o gás oxigênio, que está em grande concentração nos pulmões e em baixa
concentração no sangue que chega a esses órgãos. Assim, ocorre a passagem do gás
oxigênio dos pulmões para o sangue.

Nos tecidos também ocorrem trocas gasosas. Porém, nesse caso, o sangue possui maior
concentração de gás oxigênio recebido nos pulmões do que nas células. Portanto, o
sentido da difusão desse gás ocorre do sangue para as células, que apresentam maior
concentração de gás carbônico resultante do metabolismo celular do que o sangue. Dessa
forma, esse gás passa das células para os capilares.
Transporte de Gases
O gás oxigênio é transportado principalmente por meio da hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Quando o gás oxigênio entra na corrente
sanguínea, ele se combina com a hemoglobina formando um composto instável, a oxiemoglobina, que é enviado aos tecidos. Apenas uma pequena parte
do gás oxigênio é transportada pelo plasma, e, ao atingir os tecidos, o gás oxigênio desprende-se da hemoglobina, que fica novamente livre nas hemácias.

Assim como o gás oxigênio, o gás carbônico também pode se ligar a hemoglobina, formando a carboemoglobina. No entanto, apenas 25% do transporte
de gás carbônico é feito dessa maneira. A maior parte é transportada na forma de íons bicarbonato no plasma sanguíneo. Esses íons são formados pela
reação entre o gás carbônico e a água do sangue, que origina o ácido carbônico, um composto instável que logo se dissocia em íons bicarbonato e íons
H+, deixando ácido o sangue rico em gás carbônico.

Além do gás oxigênio, outro gás apresenta grande afinidade pela hemoglobina: O monóxido de carbono (CO), liberado na queima de combustíveis
fósseis. Ao se combinar com a hemoglobina, o monóxido de carbono forma a carboxiemoglobina, reduzindo a quantidade de hemoglobinas
disponíveis para o transporte de gás oxigênio. A inalação de grande quantidade de monóxido de carbono pode ocasionar a morte por asfixia
TABAGISMO
O Tabagismo é uma doença relacionada a dependência de nicotina e que traz consigo
muitas outras enfermidades, como o câncer em órgãos do sistema respiratório,
gastrointestinal e circulatório, além de doenças bem conhecidas como enfisema pulmonar,
bronquite crônica, asma, infarto, hipertensão arterial, aneurismas, AVC, tromboses,
úlceras, entre outras.

É um problema de saúde pública global causado pelo consumo de produtos de tabaco,


como cigarros, charutos e cachimbos. É uma das principais causas evitáveis de doenças e
mortes em todo o mundo. Os principais componentes do tabaco responsáveis por seus
efeitos prejudiciais à saúde são a nicotina, que cria dependência, e substâncias tóxicas
como alcatrão, monóxido de carbono, formaldeído e uma variedade de outras substâncias
químicas cancerígenas. Os benefícios de parar de fumar são imediatos e a longo prazo.
Parar de fumar reduz o risco de desenvolver doenças associadas ao tabagismo, melhora a
respiração, a saúde cardiovascular e a qualidade de vida. No entanto, a nicotina causa
dependência física e psicológica, tornando o ato de parar desafiador para muitas pessoa
A REGULAÇÃO DA
RESPIRAÇÃO
Os movimentos respiratórios são de controle voluntário e involuntário. Isso significa
que, embora sejamos capazes de alterar a frequência respiratória ao contrair e relaxar
os músculos envolvidos na ventilação pulmonar, esses movimentos também são
controlados de maneira autônoma pelo sistema nervoso.

Concentrações baixas do gás oxigênio são percebidas por quimiorreceptores


presentes na aorta, que enviam sinais ao tronco encefálico, que, por sua vez, promove
o aumento do ritmo respiratório. No entanto, o principal modo de percepção do
sistema nervoso é a diminuição do PH, resultante do aumento da concentração do gás
carbônico, o que estimula o tronco encefálico a aumentar a frequência respiratória.
Quanto maior a altitude, menor é a pressão de gás oxigênio, o que dificulta a sua
obtenção pelo organismo.
Por isso, quando uma pessoa se expõe ao ar rarefeito em locais de grandes altitudes,
ocorrem algumas adaptações fisiológicas que aumentam a absorção desse gás. A
climatização envolve, por exemplo o aumento das frequências respiratória e cardíaca,
que tornam mais eficientes a capacitação e o transporte de gás oxigênio. A longo
prazo, ocorre elevação no número de hemácias, aumentando a quantidade de
hemoglobina no sangue e melhorando, assim, a captação de gás oxigênio.

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