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Palestrantes

• Dra. Enf. Jaqueline Iêda da Silva


Dr. Enf. André de Campos
Projeto
Ação comunitária para o controle
do Aedes aegypti
DENGUE
• A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada
por um vírus da Família Flaviridae e é transmitida
através do mosquito Aedes Aegypti, também infectado
pelo vírus. Hoje é uma das doenças com maior
incidência no Brasil, atingindo a população de todos os
estados, independentemente da classe social;

• A forma mais grave da dengue é a Dengue Hemorrágica;


• Em 2008 mais de 787.726 pessoas
tiveram suspeita de dengue no Brasil;
pelo menos 4.137 tiveram febre
hemorrágica e a ocorrência de 223
óbitos por febre hemorrágica da dengue;

• Também foram confirmados 17.477


casos de dengue com complicação, com
225 óbitos.

Assim temos que fazer tudo o que esteja ao nosso alcance


para impedir o alastramento dessas doenças . Como?
Combatendo o mosquito!
Quais os tipos de Dengue e Seus
Sintomas
• Dengue Clássica: A Dengue Clássica é uma
forma mais leve da doença e semelhante à
gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra
e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem
febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça,
cansaço, dor muscular e nas articulações,
indisposição, enjôos, vômitos, manchas
vermelhas na pele, dor abdominal
(principalmente em crianças), entre outros
sintomas.
• Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma
semana. Após este período, a pessoa pode
continuar sentindo cansaço e indisposição.
Quais os Tipos de Dengue e Seus
Sintomas
• Dengue Hemorrágica: A Dengue
Hemorrágica é uma doença grave e se
caracteriza por alterações da coagulação
sanguínea da pessoa infectada.
Inicialmente se assemelha a Dengue
Clássica, mas, após o terceiro ou quarto
dia de evolução da doença surgem
hemorragias em virtude do sangramento
de pequenos vasos na pelo e nos órgãos
internos. A Dengue Hemorrágica pode
provocar hemorragias nasais, gengivais,
urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
• Na Dengue Hemorrágica, assim que os
sintomas de febre acabam a pressão arterial do
doente cai, o que pode gerar tontura, queda e
choque.

“Se a doença não for tratada com rapidez,


pode levar à morte”.
Quais os Tipos de Dengue e Seus
Sintomas
• Síndrome de Choque da Dengue: Esta é a mais séria
apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande
queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa
acometida pela doença apresenta um pulso quase
imperceptível, inquietação, palidez e perda de
consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há
registros de várias complicações, como alterações
neurológicas, problemas cardiorespiratórios, insuficiência
hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
• Entre as principais
manifestações neurológicas,
destacam-se: delírio,
sonolência, depressão, coma,
irritabilidade extrema, psicose,
demência, amnésia, paralisias
e sinais de meningite.

“Se a doença não for


tratada com rapidez,
pode levar à morte”.
O mosquito Aedes aegypti: um problema
de saúde pública

• Aedes aegypti: É um mosquito considerado um


seríssimo problema para a saúde no Brasil, ele
transmite os vírus causadores de três doenças:

• Dessas três doenças somente para a febre


amarela existe vacina.
Conhecendo o Aedes aegypti para
combatê-lo

• O desenvolvimento do mosquito dura mais ou


menos 7 dias e passa por 4 fases:
ovo larva pupa adulto

• De ovo até pupa ocorre na água. O adulto se


forma dentro da pupa e quando está pronto sai
por uma abertura e voa.
Ovo do mosquito

É difícil ver a olho nu. É do tamanho de um pontinho feito


com lápis preto de ponta fina
Larva do Aedes aegypti

Sai do ovo bem pequena, alimenta-se dos detritos


existentes na água, movimenta-se muito e
cresce......
Pupa

A larva cresce e se transforma na pupa, que


também se move rápida mas não se alimenta
Aedes aegypti adulto

É fácil de reconhecer por ser rajado de branco e


preto
Como os mosquitos transmitem os vírus

• Apenas as fêmeas adultas se


alimentam de sangue. Portanto, só
elas picam e transmitem o vírus.
• Quando pica a pessoa infectada, em
fase de transmissão (3 a 5 dias), a
fêmea adquiri o vírus que está no
sangue. Eles se multiplicam no seu
corpo e ficam na sua saliva.
• Quando a fêmea infectada pica
outra pessoa, um pouco da saliva
com vírus é injetada, a pessoa
torna-se também doente e assim a
doença se espalha.
Uma fêmea infectada forma uma corrente
de transmissão das doenças

• Uma vez infectada, a fêmea do mosquito torna-


se vetor do vírus até a sua morte, podendo levar
a doença a muitas pessoas que também podem
ser picadas por outros mosquitos que picam
outras pessoas...

“Essa corrente de transmissão só pode ser


quebrada se não houver mosquitos. Esta é a
nossa grande tarefa. Sem mosquitos
adultos não haverá transmissão”.
Aedes aegypti
inimigo cheio de vantagens

• As fêmeas botam os ovos em águas paradas,


limpas ou sujas.
• Botam até mesmo em quantidade de água muito
pequena (por exemplo, em tampinha de garrafa,
cascas de ovos, um pedaço de plástico,
deixados ao relento).
E mesmo que a água seque, os ovos do
mosquito não morrem; eles podem
permanecer vivos por até um ano e
quando nova água encher aquele
pequeno espaço poderão desenvolver-
se.

“Tudo isto é muito bom


para a sobrevivência do mosquito,
mas é ruim para nós”.
Mais “armas” do inimigo

• Cada fêmea bota cerca de 300 ou mais


ovos. Portanto, uma só fêmea pode
originar uma “multidão” de mosquitos!

“Outra característica que é ótima


para o mosquito, mas é
péssima para nós”.
Como combater o Aedes aegypti?

• Podemos pensar: eliminando os adultos pela


pulverização com inseticidas. Errado.

• A pulverização com inseticidas, hoje só deve ser feita


em situações especiais porque:
– 1. os mosquitos se escondem dentro das casas, no
meio das plantas e outros locais onde escapam ao
efeito do inseticida
– 2. os mosquitos estão se tornando resistentes, isto
é, os inseticidas já não os matam. Esta é outra
característica que beneficia o mosquito, mas
que torna nossa tarefa mais difícil.
Ainda estratégias para eliminar o
mosquito

• Outra possibilidade: matar o mosquito com


inseticidas na fase de larva, quando pode ingerir
produtos tóxicos, colocados na água. Sem
larvas não há adultos e nem o risco de
transmissão dos vírus. Neste processo de
eliminar as larvas há dois problemas:

• 1. as larvas também já estão se tornando


resistentes aos inseticidas.
Ainda sobre Inseticidas...

• 2. Além disso, o uso de inseticidas não


é adequado. Causa danos à natureza, porque
na tentativa de matar os mosquitos, os
inseticidas matam insetos úteis, podem matar
pássaros que comem insetos envenenados,
são levados para os rios onde envenenam os
peixes, etc, e também são tóxicos para o
homem e os animais domésticos. Assim, o
uso de inseticidas, além de não resolver,
prejudica.
O que fazer então para eliminar
os mosquitos?
Substâncias alternativas que têm sido
recomendadas para controle
• Os órgãos municipais responsáveis pela saúde
da população têm recomendado, para matar
larvas nos criadouros em potencial que não
podem ser eliminados, como ralos de
escoamento de água, lajes e vasos sanitários,o
uso de:
• sal fino de cozinha (uma colher de sopa para
um copo de água)
• água sanitária (uma colher de sopa para cinco
litros de água)
• Para piscinas é melhor usar o cloro, na
concentração recomendada de acordo com a
quantidade de água.

“Mas lembrem-se: só tratar criadouros que


não puderem ser eliminados”.
A melhor forma de combate ao mosquito

• Assim, chega-se à solução que melhor funciona:


eliminar as águas paradas (criadouros).

“Esta é a nossa missão principal.


Todos nós precisamos nos
conscientizar dessa urgente
necessidade”.
Os criadouros mais frequentes
• São locais onde frequentemente ocorre a
criação de Aedes: lajes, calhas entupidas,
caixas d´água destampadas, pneus, garrafas,
latas e qualquer outro vasilhame, deixados ao
relento e onde a água da chuva pode se
acumular, ralos de escoamento onde a água se
acumule, dentro ou fora da casa, vasos
sanitários não utilizados e mantidos abertos,
bandejas de geladeira, piscinas não tratadas,
vasilhas de animais domésticos e outros.
“Na verdade cada casa tem seus
criadouros específicos. Eles variam
muito com as condições locais e os
hábitos das pessoas. Cabe aos seus
moradores encontrar, eliminar ou vigiar
e tratar seus possíveis criadouros”.
Alguns dos muitos criadouros possíveis
Manter a
caixa d
´água
Caixa d água sempre
bem
tampada

Plásticos ao relento
Pneus com água

Garrafas ou Tampas de garrafas ou de Cascas


qualquer vasilhame vidros de qualquer tipo de ovos
contendo água
Como eliminar o perigo?

• Jogar fora o que já não é útil, colocar em lugar coberto o


que precisa ser guardado, desentupir as calhas
frequentemente, manter caixas d´água, vasos sanitários,
talhas ou outros reservatórios de água limpos e cobertos
e manter vigilância constante.Verificar se não há água
parada em sua calçada ou nas vizinhanças,
especialmente nos terrenos baldios.

“Ajude a alertar outras pessoas. Os mosquitos criados


na vizinhança também nos ameaçam”.
Criadouros freqüentes nos jardins

• Nos jardins, os principais criadouros são:


– pratos colocados sob os vasos para segurar o
excesso de água da rega,
– água parada na superfície de vasos deixados
ao relento,
– plantas com folhas ou flores em forma de
cálice.
Criadouros comuns em vasos

Água acumulada sobre a


terra dos vasos

Água acumulada nos


pratos de vasos
Criadouros em bromélias

Um dos muitos tipos de bromélias

Água acumulada
nos espaços é
criadouro em
potencial
Assim, a necessidade atual é:

• Eliminar os possíveis criadouros que podem


ser eliminados (garrafas, plásticos, pratos de
vasos etc).

• Cuidar mantendo limpos e, se necessário,


tratar com substâncias alternativas, os
possíveis criadouros que não podem ser
eliminados (calhas, lajes, ralos, etc).
Esses cuidados são de hoje, amanhã e
do futuro
• Os cuidados com o Aedes aegypti não têm data para
acabar. Devemos ensiná-los aos nossos filhos e nossos
netos e estes talvez tenham que continuar a transmitir
esses conhecimentos aos seus descendentes. Basta um
descuido e os mosquitos tornam-se de novo muito
numerosos. Além disso, neste mundo de hoje, em que
pessoas (sadias ou doentes) e objetos(muitas vezes
contendo ovos de mosquitos, como pneus e outros)
viajam entre lugares mesmo muito distantes, é sempre
possível que surjam novas epidemias.
• Tornar esses cuidados um hábito contribuirá para
dificultar que isto ocorra.
Um por todos e todos por um
• Se cada um de nós fizer sua parte,
diminuiremos os riscos de contrair a dengue,
a dengue hemorrágica e ainda a febre
amarela, também transmitida pelo Aedes
aegypti. Lembremos que a vida de muitos
está em nossas mãos, inclusive a nossa e de
nossa família.

“Transmita estes conhecimentos a


outras pessoas e as incentive a
participar desta ação”!
Referências Bibliográficas

• www.saude.gov.br
• www.combateadengue.com.br
• OBRIGADA A TODOS.

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