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Descrição
Definições e aplicabilidade prática de procedimentos de enfermagem relacionados a pacientes com problemas respiratórios.
Propósito
Compreender os cuidados de enfermagem voltados ao cliente com distúrbios respiratórios acarretadores da efetivação de procedimentos com a
finalidade de estabilização de seu quadro clínico.
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
Identificar as necessidades do emprego de aspiração, nebulização e técnicas acessórias terapêuticas de vias aéreas.
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Introdução
Compreender os aspectos fisiológicos facilita o entendimento das situações graves que o cliente apresentará quando houver agravamentos
desse sistema respiratório. No momento em que um indivíduo evolui para uma patologia que afeta a hematose (entrada de O2 e eliminação
de CO2 a nível alveolar), deve-se ter a capacidade de inferir como tal sistema está atingido e, a partir disso, implementar a intervenção
adequada.
Nessa caminhada pelo campo dos cuidados a serem efetivados, topamos com o suporte ventilatório artificial e os dispositivos específicos
para a intervenção imediata, a qual, aliás, oferece mais conforto ao paciente. nesse material, entenderemos quais são as terapias
necessárias e os cuidados de enfermagem ligados a esse tipo de terapia.
Não se esqueça de que o profissional de enfermagem está ligado diretamente aos cuidados do cliente. É importante ainda efetivar uma
assistência de enfermagem sistematizada com a finalidade de melhorar cada vez mais a qualidade do serviço prestado a ele.
Por isso, neste conteúdo, apontaremos também a importância do funcionamento dos dispositivos ligados à melhoria da troca gasosa do
paciente, destacando como isso está ligado intrinsecamente à sistematização da assistência de enfermagem.
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Conceitos
Sistema respiratório
As disfunções do sistema respiratório são comuns, sendo encontradas pelos enfermeiros que atuam no setor hospitalar e na atenção básica. Desse
modo, tal profissional deve desenvolver habilidades e competências de avaliação especializadas para conseguir prestar o melhor atendimento aos
pacientes com problemas respiratórios agudos e crônicos.
Atenção
Segundo Helling e demais autores (2014), as alterações na condição respiratória têm sido identificadas como importantes preditores da
deterioração clínica em pacientes hospitalizados.
O sistema respiratório é o sistema orgânico ligado diretamente ao processo de hematose (entrada de oxigênio e eliminação de gás carbônico a
nível alveolar). O mau funcionamento desse aspecto acarreta essencialmente o:
Esse fato gera como consequência uma piora de funcionamento orgânico, estimulando alterações hemodinâmicas graves para o indivíduo. Quando
essa diminuição de oxigênio atinge os tecidos orgânicos (hipoxia), o cliente encontra-se em risco iminente de morte.
A oxigenoterapia é a administração de O2 em uma concentração maior que o percentual atmosférico. Seu objetivo principal é fornecê-lo para o
transporte adequado no sangue, gerando também um conforto respiratório maior ao cliente e reduzindo o estresse sobre o miocárdio.
Saiba mais
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Durante a oxigenoterapia, o oxigênio é distribuído para os clientes a partir de um sistema canalizado até o leito ou através de cilindros em duas
situações: emergenciais e de transporte do cliente. Nesse caso, é necessário haver o uso de um dispositivo redutor de calibre para que pressão do
sistema fique estável em um nível controlado de trabalho, além de um medidor de fluxo (fluxômetro) para que ocorra a regulação do fluxo de O2 a
ser administrado nele.
Essa regulação utiliza como unidade de medida os litros por minuto (ℓ/min). Já o volume de oxigênio fornecido sempre é expresso em uma
concentração percentual. Exemplo: 60%
Anatomofisiologia respiratória
A equipe de enfermagem é peça fundamental para a detecção precoce desses distúrbios e o início imediato das intervenções necessárias para a
estabilização do quadro clínico do cliente.
Para isso, é necessário que o profissional enfermeiro tenha domínio sobre a anatomia e a fisiologia ligada a esse sistema. Dessa forma, faremos
agora uma breve revisão dele.
Sistema respiratório.
O sistema respiratório é composto basicamente por vias respiratórias superiores e inferiores. Ambas são responsáveis conjuntamente pela troca
gasosa do cliente.
Nariz: Tem a função de permitir a passagem para o deslocamento do ar na entrada e na saída do corpo, sendo responsável também pela
filtragem de impurezas e pela umidificação e aquecimento do ar inspirado.
Faringe: Estrutura tubular de conexão das cavidades nasal e oral com a laringe.
Laringe: Tubo cartilaginoso revestido de epitélio que serve de conexão entre a faringe e a traqueia.
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Faringe
Nariz
Nasofaringe
Orofaringe
Laringofaringe
Laringe
Traqueia Esôfago
Pulmões
Órgão elástico em par protegido pela caixa torácica. É no seu interior que ocorre a troca gasosa.
Alvéolos
Pequenas estruturas saculiformes que possuem paredes delgadas. É nesse órgão que ocorre a hematose.
Brônquios e bronquíolos
Extensões da traqueia que se ramificam e adentram os pulmões, conduzindo o ar para esse órgão. Os brônquios se estreitam cada vez mais, dando
origem aos bronquíolos – e são eles que penetram os alvéolos.
Pleura
Membrana serosa composta de duas camadas: pleura visceral e pleura parietal. Em conjunto com o líquido dessa região, a pleura parietal faz com
que os pulmões tenham uma movimentação mais suave durante o processo respiratório.
leura visceral
É a membrana que reveste os pulmões.
leura parietal
É a membrana que circunda a cavidade torácica, a parede lateral do mediastino e o diafragma.
Resposta
A hematose nada mais é do que a troca de gases (CO2 e O2) no interior dos alvéolos. Essa troca ocorre devido a um mecanismo de difusão (o gás
passa do meio em maior concentração para o de menor), no qual o CO2, conectado à hemoglobina em maior concentração no sangue
(carboxiemoglobina), desprende-se dela e é liberado no lúmen pulmonar, para que, nesse momento, o O2 adentre na rede vascular e se una à
hemoglobina livre, tornando-se uma oxiemoglobina.
respiratórios. Mas é necessário conhecer o melhor tipo de dispositivo a ser utilizado na oferta de O2 para o cliente, já que esse gás, se for utilizado
em excesso, também ocasionará danos ao cliente por conta da intoxicação causada por ele.
Saiba mais
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Desconforto subesternal
Parestesias
Dispneia
Agitação psicomotora
Fadiga
Mal-estar
Dificuldade respiratória progressiva
Hipoxemia refratária
Atelectasia alveolar e infiltrado alveolar nas radiografias de tórax
É fundamental utilizar o dispositivo correto e a dosagem adequada em cada momento da terapia do cliente. Nesse campo, ocorre a presença de
dois perfis de ventilação mecânica:
Ventilação invasiva
Descreveremos agora os dois tipos de ventilação mecânica não invasiva, de baixo e alto fluxo. Em seguida, apontaremos os principais cuidados a
serem tomados na aplicação dela.
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Cânula nasal
Sua indicação está ligada ao cliente que necessita de uma concentração baixa ou média de oxigênio. A cânula nasal é um método que acaba
possibilitando maior autonomia das atividades por parte do cliente.
Atenção: Fluxos de O2 superiores a 4ℓ/min podem causar irritação e ressecamento das mucosas nasal e faríngea, além da possibilidade de
deglutição de ar.
Cateter orofaríngeo
Mesmo sendo raramente utilizado, tal dispositivo pode ser empregado em períodos curtos ou em situações emergenciais.
Atenção:
O uso do cateter orofaríngeo requer uma atenção ao rodízio das narinas para diminuir o risco de irritações e infecções nas vias aéreas
superiores (VAS).
Máscaras simples
Referem-se ao dispositivo de baixo fluxo mais utilizado. A máscara simples precisa cobrir integralmente a boca e o nariz. O próprio corpo do
dispositivo faz a coleta e o armazenamento de O2. Já a expiração ocorre através de seus orifícios laterais ou pela própria borda da máscara.
Dica:
A variação de entrada de ar dessa máscara é de 5 a 12l/min, pois seu objetivo é promover uma oxigenação satisfatória.
Reinalação parcial
A máscara com reinalação parcial é um dispositivo dotado de uma bolsa-reservatório que deve se manter insuflada durante o ciclo respiratório.
Essa manutenção de insuflação se dá pelo fluxo de O2. Nesse tipo de terapia, é possível obter uma concentração moderada dele.
Entre a máscara e a bolsa-reservatório, encontra-se uma válvula de controle. À medida que o cliente inspira, o gás é retirado pelos orifícios de
expiração da máscara, da bolsa e, potencialmente, do ar ambiente.
Conforme o paciente expira, o primeiro terço da expiração enche a bolsa-reservatório. Isso gera um concentrado importante de O2 nesse
Não reinalantes
Estes dispositivos têm um design semelhante ao das máscaras com reinalação parcial. Eles se diferenciam pelo fato de possuírem uma
válvula unidirecional entre a máscara e a bolsa-reservatório, que impede o ar expirado de retornar para ela, além de válvulas unidirecionais nos
orifícios de expiração, impedindo, com isso, a entrada do ar ambiente para essa máscara.
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Cânula nasal
Cliente pediátrico em uso de cânula nasal.
Máscara simples
Cliente adulta em uso de máscara simples.
Reinalação parcial
Máscara com bolsa-reservatório.
Trata-se da utilização de um cateter comum (de 1 a 2mm de diâmetro interno) inserido na traqueia através da cânula de traqueostomia. A
fração de oxigênio inspirado (FiO2) se mantém constante, não sofrendo interferência pelo padrão respiratório do cliente.
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Dica: O cateter transtraqueal pode ser usado de forma contínua, inclusive durante as atividades cotidianas.
Este dispositivo é a forma mais precisa de disponibilização de O2 no tocante aos métodos não invasivos de suporte ventilatório.
Basicamente, essa máscara utiliza válvulas de diferentes cores com orifícios de calibre distintos para o aprisionamento do ar.
Seu propósito, como evidencia a tabela adiante, é disponibilizar para o cliente quantidades específicas de fração inspirada de O2 (FiO2)
Concentração
Válvula Fluxo de O2
de O2
Esse processo acaba possibilitando uma captação de O2 constante do cliente independentemente do seu padrão respiratório. Esse tipo de
máscara ainda possui dois orifícios em suas laterais para a expiração, proporcionando a eliminação do CO2 expirado durante o ciclo
respiratório.
Comentário: Por conta dessas características, a máscara de Venturi possui a indicação primária de uso em clientes portadores de doenças
pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). No entanto, seu uso não é descartado nos demais distúrbios ventilatórios.
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Máscara de Venturi
Esta máscara está acoplada a um sistema de umidificação de maior capacidade (500ml), sendo mediada por um circuito plástico calibroso
(traqueia).
Este dispositivo é similar à tenda facial. No entanto, ele é colocado sobre a traqueostomia do cliente para a administração de oxigênio ou
aerossóis.
Tubo T expand_more
Dispositivo adaptável utilizado como conexão com os tubos orotraqueais e de traqueostomia para o início do processo de desmame de
ventilação mecânica, ou seja, nos momentos de preparação do cliente para a retirada dos tubos endotraqueais ou de traqueostomia.
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Máscaras de ventilação mecânica não invasiva com pressão positiva (VNI) expand_more
São dispositivos que utilizam uma pressão inspiratória para ventilar o paciente por meio de interface nasofacial.
Este tipo de ventilação busca trabalhar com dois pontos em conjunto, o fluxo de O2 e o ar comprimido, com o objetivo de manter os alvéolos
Cuidados de enfermagem
Após conhecermos os dispositivos que podem ser implementados nessa modalidade de oxigenoterapia, é de suma importância que entendamos
quais são os cuidados de enfermagem voltados para tal processo. Como vimos, o oxigênio é um gás utilizado para a terapia medicamentosa;
porém, se usado de forma incorreta, ele pode gerar complicações no quadro do cliente.
Deve-se utilizar umidificadores para a realização da ventilação mecânica não invasiva, já que o O2 é extremamente seco. Se isso não
ocorrer, esse gás poderá ocasionar lesões na mucosa nasal do cliente, gerando ressecamento, sangramento e congestão nasal.
O objetivo da umidificação é manter o O2 em contato com essas moléculas de água, trazendo maior conforto e contribuindo para a
fluidificação das secreções.
Há situações nas quais a umidificação não pode ser utilizada, como, por exemplo, processos de reanimação cardiorrespiratória. Em
outras, ela sequer é obrigatória, como no uso de fluxos de O2 menores que 4l/min.
O umidificador deverá ser preenchido, quando for necessário, por água destilada. É proibido o uso de soro fisiológico para tal
finalidade. Quando for alcançado o limite mínimo de volume, o restante terá de ser descartado e realizado novo preenchimento do
tó i
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reservatório.
O enfermeiro possui autonomia para a prescrição e a administração de O2 de até 3l/min em sistemas de ventilação mecânica não
invasiva.
Atenção
Por se tratar de uma medicação, o O2 precisa estar presente na prescrição médica, sendo de responsabilidade do médico indicar o fluxo e o
dispositivo a ser utilizado durante toda a terapia.
Outro fato a ser destacado é o posicionamento correto do dispositivo. Máscaras e cânulas de oxigenação apresentam formatos anatômicos. Por
isso, quando não estiverem adequadamente posicionadas, elas não disponibilizarão de maneira correta a fração de O2 ao cliente.
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Tipos de dispositivos
A especialista Giselle Cristina fala sobre a diferença entre ventilação não invasiva e invasiva. Vamos assistir!
Essa modalidade ventilatória é possível graças ao uso de dois tipos diferentes de próteses traqueais introduzidos de duas maneiras:
A ventilação mecânica invasiva tem por finalidade substituir total ou parcialmente a ventilação espontânea para que, dessa forma, ocorra a melhora
da hematose e se diminua o esforço respiratório do cliente. A principal indicação para o emprego dela é a insuficiência respiratória aguda ou crônica
agudizada.
Falaremos agora sobre as indicações, as contraindicações e os cuidados de enfermagem a serem aplicados durante o uso desses dois
dispositivos:
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Tubo endotraqueal
Prótese endotraqueal de PVC cuja estrutura interna conta com um fio de aço inoxidável opaco à radiação que auxilia no processo da intubação
endotraqueal (IOT). Em sua posição distal, o tubo endotraqueal apresenta um balão (CUFF). Na ponta proximal, ele possui um conector e uma via
para a insuflação do balão.
O tubo endotraqueal é introduzido pelo médico com a ajuda de um laringoscópio. Esse procedimento de instalação recebe o nome de IOT.
alão
Sua função é fazer um isolamento das vias aéreas inferiores do cliente, impedido as situações de broncoaspiração e o escape de ar ao redor do tubo.
Cânula endotraqueal.
Saiba mais
As indicações mais comuns para o uso do tubo endotraqueal são:
1. Parada cardiorrespiratória.
2. Rebaixamento do nível de consciência.
3. Insuficiência respiratória.
4. Trauma de face.
5. Edema de glote.
6. Atenuar o risco de aspiração do conteúdo gástrico.
7. Facilitar a aspiração traqueal.
8. Propiciar a ventilação sob pressão positiva.
Tubo traqueal
Este dispositivo tem uma similaridade estrutural com o tubo endotraqueal, porém apresenta um tamanho menor, já que ele é inserido diretamente na
traqueia do cliente por intermédio de uma incisão cirúrgica (traqueostomia).
Saiba mais
O tubo traqueal será utilizado como meio de ventilação quando:
Não houver uma possibilidade de IOT (obstrução das vias respiratórias superiores).
Ocorrer a necessidade de ventilação mecânica invasiva por período extenso.
Tubo de traqueostomia.
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Indicaremos a seguir os cuidados a serem tomados com esses dois tipos de tubo:
Administrar oxigênio Aferir a pressão do balonete e Aspirar VAS e o interior do Utilizar a técnica asséptica
devidamente umedecido e mantê-lo no nível adequado – tubo conforme o necessário para aspiração e a prestação
com aquecimento adequado. o qual, segundo a Anvisa, é de ou de acordo com os achados de cuidados à traqueostomia
18 a 22mmHg – quatro vezes da avaliação. e ao tubo endotraqueal.
ao dia no mínimo.
Imagem ilustrativa a utilizar da técnica asséptica e a prestação de cuidados à traqueostomia e ao tubo endotraqueal.
Devemos destacar ainda outro dispositivo empregado em situações graves e de reanimação cardiorrespiratória: o sistema bolsa-máscara-válvula
(ambu). Trata-se de uma bolsa autoinflável com uma válvula conectada para impedir a recirculação de ar.
Em sua região proximal, esse sistema apresenta uma máscara conectável com bordas isolantes que se adaptam ao contorno da face do cliente,
impedindo o escape de O2. A bolsa-máscara-válvula tem a capacidade de aporte de O2 inspirado de 60 a 100% ao ser conectado a um fluxômetro,
possibilitando um suplemento ótimo em situações de emergência.
Sistema bolsa-máscara-válvula.
Aplicabilidade
Agora que já conhecemos os dispositivos, as indicações e os cuidados de enfermagem aplicados ao processo de suporte respiratório, aplicaremos
tal conhecimento utilizando como base este caso clínico:
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N, de 56 anos, deu entrada na unidade de pronto atendimento relatando cansaço e tosse produtiva há alguns dias. Ele relata não possuir doenças
prévias ou o uso de medicações.
Após a realização do exame físico, foi possível perceber um discreto esforço respiratório (dispneia) de N, assim como, após uma ausculta
respiratória, foi notada a presença de sons incomuns similares a um assobio (sibilos). Já as demais avaliações realizadas durante esse exame
não apresentaram nenhuma anormalidade.
FC: 88bpm
FR: 22rpm
PA: 120 x 80mmHg
Temperatura: 37,8ºC
Saturação de oxigênio: 94%
Analisando o caso descrito, o enfermeiro optou por iniciar um aporte de O2, já que os sinais e sintomas apresentados decorrem de um distúrbio
respiratório. Dessa maneira, o profissional orientou sua equipe para que providenciasse um cateter nasal (do tipo óculos), pois existe uma
indicação de concentração baixa de O2, e fosse iniciada uma oxigenoterapia com o início de um fluxo de 3l/min, fato esse respaldado por seu
órgão de classe.
A escolha do dispositivo justifica-se por sua capacidade de proporcionar uma melhora no padrão respiratório do paciente, causando maior
conforto, assim como uma resposta ao índice de saturação de oxigênio, que se encontrava baixo (93%), uma vez que seus valores normais variam
entre 95 e 100%.
Questão 1
Com sinais de comprometimento respiratório, João foi atendido em uma unidade de saúde. Ao observar tal fato, o enfermeiro do setor solicitou
que fosse providenciado um sistema de baixo fluxo para a oxigenoterapia. Selecione a opção cujo dispositivo atende à necessidade do
atendimento de enfermagem.
A Cânula endotraqueal
B Máscara de Venturi
C Cateter nasal
D Máscara em tenda
E Soda nasogástrica
Quando é iniciada a oxigenoterapia, deve-se escolher o dispositivo correto ligado a cada perfil de atendimento. Sobre o uso de O2, há os
dispositivos de baixo ou de alto fluxo, que se diferenciam pela quantidade de oxigênio ofertado. Entre as opções da questão, o único dispositivo
que se refere ao sistema de baixo fluxo é a cânula nasal ou cateter nasal. As opções A, B e C apresentam dispositivos de alto fluxo, enquanto a
E refere-se a um dispositivo que não possui relação com a oxigenoterapia.
Questão 2
O enfermeiro deve estar atento aos cuidados de enfermagem em uma oxigenoterapia com ventilação invasiva, pois um dos fatores que
complicam esse tipo de terapia ocorre quando não há uma conferência da pressão do balonete do tubo orotraqueal. Marque a opção que
apresenta a complicação que pode ocorrer quando a insuflação fica abaixo do valor adequado.
A Isquemia cerebral
B Broncoaspiração
D Hiperoxia
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E Necrose de traqueia
Na extremidade distal da cânula endotraqueal, existe um balão que deve ser insuflado. No entanto, para isso, é preciso utilizar uma pressão
adequada entre 18 e 22mmHg. Quando há uma pressão baixa ou excessiva, esse balão pode gerar complicações ao cliente. A opção B contém
uma das complicações possíveis nos casos em que ele é insuflado abaixo da pressão adequada. As opções A, C e D não têm nenhuma relação
com a pressão desse balonete. Já a opção E demonstra uma complicação que pode haver no caso de excesso de pressão.
Conceitos
Em nosso sistema respiratório, ocorre naturalmente a produção de secreções chamadas de muco. Delinearemos a seguir suas fontes produtivas,
assim como a composição e a função dele:
Glândulas submucosas
Células epiteliais especializadas
Transudado de origem vascular
Composição expand_more
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Função expand_more
Tem uma importante função no mecanismo de defesa do nosso corpo, já que produz uma camada capaz de capturar microrganismos que
podem causar infecções no indivíduo, além de outras partículas. Essa ação faz com que tais partículas e microrganismos não adentrem na
estrutura pulmonar.
O muco é mobilizado pelos cílios presentes nas vias aéreas. Ao promoverem a mobilização dele, as partículas e os microrganismos aprisionados
nessa camada mucosa são eliminados por meio da tosse ou enviados até a cavidade oral onde serão deglutidos.
No entanto, em processos inflamatórios do sistema respiratório, o muco acaba tendo sua produção exacerbada.
ílios
Estruturas musculares de pequena dimensão que se assemelham a cabelos.
Exemplo
Infecção viral, bacteriana e alergia, o que pode gerar complicações para a condução do O2 e a realização da hematose na rede alvéolo-capilar.
No âmbito da equipe de enfermagem, alguns pontos devem ser levados em consideração. A Resolução Cofen nº 557/2017 inclui as seguintes
atribuições:
Art. 2º expand_more
Os pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal ou traqueostomia, em unidades de emergência, de internação intensiva, semi-
intensivas ou intermediárias, ou demais unidades da assistência, deverão ter suas vias aéreas privativamente aspiradas por profissional
enfermeiro, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem.
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Art. 3º expand_more
Os pacientes atendidos em unidades de emergência, salas de estabilização de emergência, ou demais unidades da assistência,
considerados graves, mesmo que não estando em respiração artificial, deverão ser aspirados pelo profissional enfermeiro, exceto em
situação de emergência, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem e Código de Ética do Profissional de Enfermagem –
Cepe.
Art. 4º expand_more
Os pacientes em unidades de repouso/observação, unidades de internação e em atendimento domiciliar, considerados não graves, poderão
ter esse procedimento realizado por técnico de enfermagem, desde que avaliado e prescrito pelo enfermeiro, como parte integrante do
processo de enfermagem.
Art. 5º expand_more
Os pacientes crônicos, em uso de traqueostomia de longa permanência ou definitiva em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial ou
atendimento domiciliar, poderão ter suas vias aéreas aspiradas pelo técnico de enfermagem, desde que devidamente avaliado e prescrito
pelo enfermeiro, como parte integrante do processo de enfermagem.
É importante que o enfermeiro tenha total atenção acerca das atribuições de cada classe profissional dentro da equipe de enfermagem, já que,
como vimos, há determinações diferentes, tanto para ele quanto para os demais componentes dessa equipe no tocante a tal cuidado específico.
Mas você pode estar se perguntando: quem são os clientes nos quais se aplica o processo de aspiração de vias
aéreas?
As indicações para tal procedimento servem para aqueles impossibilitados de remover ou eliminar secreções nas seguintes situações:
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Tosse ineficaz.
Clientes em uso de próteses ventilatórias invasivas (tubo orotraqueal e tubo de traqueostomia) nos casos de aumento de pressão na
ventilação mecânica e de alteração dos níveis de saturação de oxigênio (oxímetro ou gasometria).
Também conhecido como processo de aspiração de vias aéreas superiores, tal procedimento será realizado quando houver uma percepção por
parte do enfermeiro.
Para perceber essa necessidade, ele precisa realizar um exame físico com o objetivo de averiguar:
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Nesse procedimento categorizado como uma técnica limpa, realiza-se a retirada da secreção excessiva (das regiões da boca, do nariz, da laringe e
da faringe) que está gerando agravos de saúde por comprometimento na troca gasosa do cliente.
alibre adequado
Quanto maior for o french (1fr= 0,3mm), maior será o calibre da sonda, ou seja, frenchs menores serão utilizados para a pediatria.
Após reunir o material necessário em quantidade suficiente, deve-se dirigir até o leito do cliente e informá-lo sobre o procedimento a ser realizado,
assim como o porquê de sua realização. Em seguida, é preciso iniciar a montagem dos equipamentos – o que inclui a conexão do intermediário de
aspiração e do extensor de sonda na válvula de aspiração – e configurar essa válvula a uma pressão entre 80 e 120mmHg (ou de 10 a 15mmHg
caso seja utilizado um aspirador portátil).
Agora que todo material já se encontra na unidade do cliente e que o equipamento está devidamente montado, o próximo passo é realizar a lavagem
das mãos e vestir a paramentação adequada para iniciar a realização desse procedimento.
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Posicionar adequadamente o Realizar a proteção do tórax Disponibilizar duas ampolas Realizar a abertura do
cliente (posição de Fowler ou do cliente com toalha de de água destilada invólucro da sonda de
semi-Fowler). papel. (devidamente aspiração, respeitando os
desinfeccionada) na mesa de princípios de assepsia.
Mayo, próximo ao local de
aspiração do cliente para, em
seguida, abrir e acondicionar
o líquido dentro da cuba
redonda.
Aspiração nasofaríngea.
No final, o enfermeiro precisa realizar a limpeza do intermediário de aspiração aspirando a água destilada (cerca de 20ml) e retirar a luva de
procedimento, além de realizar a proteção da sonda no interior da luva e descartá-la em local adequado (material contaminante).
Recomendação
Após tomar esses cuidados, ele não se pode esquecer ainda de:
Deve-se observar sempre a presença no cliente de desvio de septo, pólipos, obstruções, lesões, epistaxe, edema de mucosa etc.
Comentário
Nessa situação, o reflexo de tosse pode ser um fator de influência, pois o paciente fica muitas vezes sedado durante esse tipo de oxigenoterapia.
Assim, caso não seja feita essa aspiração, pode ocorrer um acúmulo excessivo de secreções nessa árvore brônquica, assim como no interior da
cânula, prejudicando o aporte de oxigênio pulmonar.
Descreveremos a técnica de aspiração endotraqueal e traqueostomia. Para realização dela, são usados os seguintes materiais:
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alibre adequado
Quanto maior for o french (1fr= 0,3mm), maior será o calibre da sonda, ou seja, frenchs menores (1 a 6fr) serão utilizados para a pediatria, enquanto os
maiores estarão reservados para os adultos (12 a 18fr).
Após reunir o material necessário em quantidade suficiente, deve-se dirigir até o leito do cliente e informá-lo sobre o procedimento a ser realizado,
assim como o porquê da sua realização (mesmo em pacientes inconscientes). Depois, é preciso iniciar a montagem dos equipamentos – o que
inclui a conexão do intermediário de aspiração e do extensor de sonda na válvula de aspiração – e configurar essa válvula a uma pressão entre 80 e
120mmHg (ou de 10 a 15mmHg caso seja utilizado um aspirador portátil).
Como todo material já se encontra na unidade do cliente e o equipamento está devidamente montado, o próximo passo é lavar as mãos e vestir a
paramentação adequada para iniciar a realização desse procedimento.
Realizados os passos anteriores, agora, o procedimento já pode ser iniciado. Ele envolve as seguintes etapas:
Posicionar o paciente em Realizar o exame físico, Escolher a sonda de calibre Realizar a abertura do
Fowler ou semi-Fowler (se incluindo ausculta pulmonar adequado. invólucro da sonda em sua
não houver contraindicação). rigorosa. porção distal e, em seguida,
adaptá-la ao extensor de
aspiração.
Dica
Lembre-se de, conforme preconiza a técnica asséptica, manter o restante da sonda devidamente protegida.
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Atenção
Após a realização da aspiração das cânulas, também deve ser realizada a aspiração naso e orofaríngea com a mesma sonda, empregando, como
descrevemos anteriormente, a técnica própria para esse tipo de procedimento.
No final, o enfermeiro tem de realizar a limpeza do intermediário de aspiração aspirando a água destilada (cerca de 20ml) e retirar a luva de
procedimento da mão dominante, além de realizar a proteção da sonda no interior da luva e descartá-la em local adequado (material contaminante).
Recomendação
Em um sistema fechado, há dispositivos de aspiração de vias aéreas inferiores que consistem basicamente no processo aspirativo, sem a
necessidade de desconexão da cânula do cliente do sistema de ventilação artificial. Como esse sistema permanece isolado do meio externo
(protegido por uma bainha plástica que recobre a sonda de aspiração), não existe a necessidade de uma técnica estéril, o que facilita sua utilização
e diminui o risco de infecção durante o procedimento aspirativo. A troca desse dispositivo, conforme deliberação da Anvisa, é realizada a cada 96
horas em caso de sujidade no circuito ou de seu mau funcionamento, com o objetivo de minimizar os riscos de infecção.
Já conseguimos entender a metodologia da técnica de aspiração em diferentes situações, agora, precisamos compreender como tal realidade se
aplica no exercício laboral:
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Cuidados com aspiração
Agora, a especialista Giselle da Silva vai abordar conhecimentos práticos sobre a técnica de aspiração de vias aéreas. Vamos assistir!
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AS, de 56 anos, é admitido em unidade de emergência com quadro convulsivo e quantidade abundante de secreção em VAS. Ele apresenta
rebaixamento de nível de consciência e ausculta respiratória com presença de roncos.
Ao observar tal situação, o enfermeiro imediatamente tem de solicitar os EPIs e os materiais necessários para iniciar o processo de aspiração
orofaríngea a fim de evitar a ocorrência de broncoaspiração e a piora clínica do cliente.
A aspiração é muito utilizada em casos de emergências, nos quais existe a presença de secreções obstruindo as vias aéreas do cliente. Por conta
disso, o profissional com habilidades para a execução rápida e correta dessa técnica é capaz de evitar quadros de agravamento, incluindo a
parada cardiorrespiratória do paciente.
Nebulização
Algumas afecções respiratórias demandam processos de administração de fármacos por vias respiratórias. Nessas situações, faz-se necessário o
uso de dispositivos específicos de oxigenoterapia com a capacidade de modificar uma solução líquida em névoa ou aerossol, facilitando, com isso,
a absorção das substâncias pelas vias aéreas e parênquima pulmonar.
Esse método terapêutico é amplamente indicado para o tratamento de doenças respiratórias agudas ou crônicas,
tratando e melhorando o conforto respiratório do cliente.
Essas medicações sofrem a ação do O2 ou do ar comprimido, que se transforma em névoa com a finalidade de gerar alívio de processos
inflamatórios, congestivos e obstrutivos das vias aéreas. Isso se dá por meio da umidificação desse trato respiratório, além da fluidificação do muco
ressecado, facilitando, desse modo, sua eliminação.
Graças a tal dispositivo, é possível utilizar medicações de diferentes classes. Listaremos algumas delas a seguir:
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Alguns materiais são necessários para tal procedimento. Elenquemos alguns deles:
comprimido
Após reunir o material, deve-se prosseguir com as orientações ao cliente, informando-lhe sobre o procedimento e explicando o porquê de sua
indicação, além de orientá-lo e demonstrar a realização da inspiração pela boca. Essa inspiração é feita de forma lenta e profunda, prendendo a
respiração por alguns segundos com o objetivo de aumentar a pressão intrapleural e expandir os alvéolos colapsados, o que gera aumento da
capacidade residual funcional.
Dica
Lembre-se de realizar a nebulização preferencialmente com O2. A utilização de ar comprimido ocorre apenas em casos específicos, nos quais o
cliente não pode ser exposto à maior concentração de O2, como nas DPOC ou quando já esteja ocorrendo o uso de oxigênio.
É importante estar atento ao ajuste de volume do O2 a ser utilizado durante o procedimento, pois ele não deve ultrapassar os 6l/min. É imperioso
lembrar ainda que, como serão administradas medicações, elas deverão ser prescritas pelo prescritor medicamentoso, sendo realizados, para tal, os
devidos cuidados de segurança do paciente quanto ao uso delas.
Drenagem postural
Procedimentos
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Finalidade
Em situações nas quais haja acúmulo de secreções no interior dos pulmões devido a processos inflamatórios, elas tendem a ficar acumuladas na
região basal em consequência do posicionamento no leito e do próprio efeito da gravidade. Com o intuito de facilitar a eliminação de secreções
pulmonares, os profissionais podem utilizar o artifício da drenagem postural.
Comentário
Esse procedimento trata basicamente de um conjunto de técnicas de higiene brônquica com a finalidade de auxiliar a mobilização de secreções por
meio da ação da gravidade. Com isso, ocorre uma modificação no posicionamento do paciente no leito para que tais mobilizações facilitem a
eliminação dessas secreções acumuladas, melhorando, dessa forma, a troca gasosa e reduzindo o trabalho respiratório.
Sua indicação está voltada principalmente para as patologias pulmonares. Indicaremos algumas delas a seguir:
Fibrose cística.
Bronquiectasia ou pneumopatia com cavitação.
Atelectasia causada por tamponamento mucoso na qual ocorra grande produção de secreções, dificuldade de eliminação ou retenção delas.
Presença de corpos estranhos nas vias aéreas.
Operacionalidade
Para que tal procedimento ocorra corretamente, o enfermeiro deve levar em consideração o diagnóstico clínico do cliente, assim como efetuar uma
correta ausculta pulmonar dele com a finalidade de identificar o foco de maior acúmulo de secreções, para que possa ocorrer um posicionamento
capaz de gerar a melhor resposta terapêutica.
Recomendação
O procedimento precisa ser repetido de 2 a 4 vezes por dia antes das refeições e na hora de dormir. Uma opção que gera resposta benéfica está
ligada ao uso prévio de fármacos por método de nebulização, como broncodilatadores, água destilada ou solução fisiológica, com o objetivo de
dilatação bronquiolar e de umidificação das vias aéreas, diminuindo, com isso, o risco de broncospasmo, além da fluidificação das secreções a
serem expelidas.
Posicionamento
A ¼ do decúbito ventral, com uma elevação, tanto do membro superior direito (MSD) ou esquerdo (MSE) posteriormente quanto do seguimento
cefálico e dos ombros (mediante auxílio de travesseiros ou almofadas).
Em decúbito dorsal, com almofadas sob seus joelhos, gerando uma postura relaxada.
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Com uma rotação de ¼ do decúbito dorsal, tendo o hemitórax esquerdo mais elevado. É preciso posicionar a cama em Trendelenburg, com uma
elevação de 35cm.
Lobo médio
Com uma rotação de ¼ do decúbito dorsal, tendo o hemitórax esquerdo mais elevado. Deve-se posicionar o leito em Trendelenburg, com uma
elevação de 35cm.
Em decúbito dorsal, com um suporte colocado na região lombar para manter a coluna alinhada. Os ombros não devem descansar sobre as
almofadas. É necessário posicionar o leito em Trendelenburg, com uma elevação de 50cm.
Em decúbito lateral, com um suporte colocado na região lombar para manter a coluna reta. Os ombros não devem descansar sobre as almofadas.
É preciso posicionar o leito em Trendelenburg, com uma elevação de 50cm.
Em decúbito ventral, com duas almofadas posicionadas abaixo do abdome, e o leito posicionado em Trendelenburg, com uma elevação de 50cm.
Com uma rotação de ¼ sobre o decúbito lateral contralateral ao lado sadio. Deve-se posicionar duas almofadas embaixo da cintura pélvica e
posicionar o leito em Trendelenburg, com uma elevação de 35cm.
Sentado e ligeiramente inclinado para frente e para o lado sadio. Trata-se da sequência recomendada de início do procedimento nas posições de
drenagem dos lobos inferiores, que são seguidas pelas posições dos lobos superiores.
Contraindicações
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Segundo a American Association for Respiratory Care, as contraindicações da drenagem postural podem ser:
Absolutas expand_more
Relativas expand_more
Atenção
A posição de Trendelenburg é contraindicada em recém-nascidos, principalmente, em prematuros, devido ao risco maior da ocorrência de lesões
isquêmicas (leucomalácia periventricular) e hemorrágicas (hemorragia peri-intraventricular) envolvendo o sistema nervoso central (SNC).
Nesse momento, já percebemos a importância da drenagem postural como alternativa terapêutica para a remoção de secreções pulmonares.
Imaginemos agora uma situação fictícia que possa ocorrer durante sua atividade laboral:
Exemplo
Um cliente do sexo masculino de 35 anos fuma cinco maços de cigarro por semana. Ele relata que, há cerca de seis meses, teve um quadro de tosse
com expectoração de secreção esverdeada, fluida e fétida. Durante o atendimento, foi detectado um abscesso pulmonar de dimensão moderada por
intermédio de uma tomografia.
O médico prescreveu antibioticoterapia, porém, você, como enfermeiro, deve estabelecer algum procedimento para tentar eliminar essas secreções
oriundas da patologia:
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Resposta expand_more
Nesse caso, uma mobilização das secreções pulmonares faz-se necessária. Profissional com conhecimento do método terapêutico de
drenagem postural, você pode aplicar tal técnica para potencializar, graças à mudança posicional, a mobilização de secreções pulmonares,
diminuindo, com isso, o tempo de internação do cliente.
A capacitação em terapias alternativas não invasivas é, portanto, de suma importância para o encurtamento de
períodos de internação de clientes que precisam eliminar secreções pulmonares nas quais não seja possível fazer
uma aspiração, uma vez que estão em região de parênquima pulmonar.
Questão 1
Sabe-se que um cliente em crise convulsiva tem, entre os cuidados de enfermagem, além da lateralização do corpo e da abertura das vias
aéreas, a possibilidade de realizar a aspiração e de administrar medicações prescritas. Indique a opção que indica o motivo desse cuidado.
O cliente, durante a crise convulsiva, apresenta uma produção excessiva de saliva, evento conhecido como sialorreia – e tal fato pode piorar
ainda mais a passagem de ar até os pulmões. Para que não ocorra complicações maiores com ele, deve-se realizar a aspiração das VAS. Por
isso, a opção A está correta. As opções B, e E apresentam sinais de pacientes durante crise convulsiva, porém não têm qualquer relação com o
cuidado específico da aspiração de VAS. Já a letra C não possui relação com a crise convulsiva. Por fim, a opção D é uma informação falsa, já
que devemos aspirar as VAS do cliente.
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Questão 2
Ao observar uma prescrição que indicava a realização de drenagem postural, o enfermeiro imediatamente informou que ela estava incorreta,
pois o cliente não poderia realizar tal procedimento devido à presença de uma contraindicação absoluta. Marque a opção do quadro que esse
cliente deve apresentar para contraindicar tal procedimento.
B Trauma cranioencefálico
C Acesso pulmonar
E Pneumonia
A drenagem postural é um procedimento muito importante como alternativa terapêutica para facilitar a mobilização de secreções, porém, como
todo procedimento, ela possui contraindicações, as quais, por sua vez, são divididas entre absolutas e relativas. As absolutas contêm situações
de TCE, TRM e hemorragias com instabilidade hemodinâmica. As opções A, C e E estão erradas por apresentarem exatamente situações de
indicação para drenagem postural. Já a letra D tem uma contraindicação relativa.
Considerações finais
Como vimos neste material, é de suma importância compreender as possíveis aplicações de métodos de tratamento em distúrbios respiratórios; as
complicações pulmonares, afinal, estão entre as principais causas de óbito. Desse modo, o enfermeiro deve saber implementar os dispositivos de
oxigênio para a terapia correspondente à melhoria clínica do paciente, proporcionando-lhe maior conforto e minimizando esforço respiratório, além
de possíveis complicações.
Destacamos ainda que a aspiração e a nebulização facilitam a melhora da passagem de oxigênio pelas vias aéreas superiores até ele conseguir
alcançar os pulmões e realizar a hematose. Contudo, conforme frisamos, situações específicas requerem terapias alternativas, como a drenagem
postural, que possibilitem a maior mobilização de secreções pulmonares e a eliminação delas por meio da expectoração.
Salientamos, por fim, que o conjunto de conhecimentos a respeito de todas essas técnicas, indicações, contraindicações e cuidados atribuídos ao
enfermeiro em cada um dos cenários estabelecidos neste material possibilita um cuidado de qualidade baseado em conhecimento técnico-
científico, gerando, com isso, uma resposta terapêutica adequada.
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Podcast
Neste podcast, a especialista Gisele Cristina irá debater a importância do conhecimento técnico dos procedimentos ofertados ao cliente com
distúrbios respiratórios.
Referências
BRASIL. Resolução Cofen nº 557/2017. Normatiza a atuação da equipe de enfermagem no procedimento de aspiração de vias aéreas. Cofen, 2017.
CHEEVER, K. H.; HINKLE, J. L. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Revisão técnica de Sônia Regina de Souza. 14. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.
HELLING, T. S. et al. Failure events in transition of care for surgical patients. Journal of the American College of Surgeons. v. 218. n. 4. p. 723–733,
2014.
KNOBEL, E.; KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
MCGLOIN, S. Administration of oxygen therapy. Nursing standard. v. 22. n. 21. p. 46-48, 2008.
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Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:
Busque o artigo Boas práticas de enfermagem a pacientes em ventilação mecânica invasiva na emergência hospitalar, de Cleverson dos Santos e
demais autores.
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