Você está na página 1de 8

Insuflação Nasal de Alta

Velocidade e Umidificação:
Um Resumo dos Mecanismos de Ação,
Tecnologia e Pesquisa
Introdução

A Vapotherm, Inc. é líder de mercado e


criadora do Sistema de Alto Fluxo, com
umidificação termicamente controlada para
Terapia de Alto Fluxo com Cânula Nasal.
Os equipamentos Vapotherm são únicos na
entrega de gases respiratórios através de
cânula nasal a fluxos de até 8 L/min em
crianças e 40 L/min em adultos, oferecendo o
que é conhecido como Insuflação Nasal de
Alta Velocidade (HI-VNI™).

Insuflação Nasal de Alta Velocidade (HI-VNI™)


é uma forma refinada da Cânula Nasal de Alto
Fluxo que elimina o gás expirado do espaço
morto anatômico entre cada respiração, criando
um reservatório de gás fresco que facilita a
oxigenação e ventilação alveolar.

Hi-VNI difere da cânula nasal de alto fluxo


comum pelos fluxos de alta velocidade
entregues através de uma cânula de ponta
estreita, que adiciona energia dinâmica ao
suporte da mistura de gases. Esse efeito
permite a Hi-VNI lavar o gás expirado rico em
CO2 das vias aéreas superiores de forma mais
eficiente e substituí-lo com gás otimamente
condicionado. Essa lavagem mais eficiente
resulta na Hi-VNI que é capaz de prover uma
Cânulas Nasais Vapotherm
terapia de suporte ventilatório (Remoção de
CO2) bem como oxigenação.

1 Insuflação Nasal de Alta Velocidade e Umidificação Vapotherm


Fisiologia Respiratória e Ventilação Alveolar

De forma a entender os mecanismos por detrás da Hi-VNI™, vale revisar a


fisiologia respiratória básica. Em condições normais de respiração,
aproximadamente 30% do volume corrente inspirado é representado pelo
espaço morto anatômico em adultos e até 50% em neonatos. No início de
uma inspiração, esse espaço morto está preenchido por gás expirado
residual da última expiração. Ao passo que esse espaço morto anatômico
é essencial para aquecer e umidificar o gás inspirado e conduzir esse gás
para o tórax e dispersá-lo para as regiões pulmonares, a contribuição do
espaço morto (gás expiratório) para uma nova respiração, impacta na
eficiência respiratória.

Em uma pessoa saudável, a


concentração de oxigênio alveolar
é menor que a do ar ambiente e as
concentrações de CO 2 alveolar são
maiores. Essa diferença entre o
gás ambiente e alveolar é uma
função da ventilação alveolar e os
gases no sangue. A ventilação
alveolar difere da ventilação minuto
em função do espaço morto, onde:

Ventilação Minuto = Volume Corrente x Frequência Respiratória


Ventilação Alveolar = (Volume Corrente – Espaço Morto) x Freq. Resp.
Baseado na relação entre os parâmetros ventilatórios, uma redução no volume
do espaço morto resulta em um menor volume minuto para atingir uma
adequada ventilação alveolar. Portanto, o volume do espaço morto impacta
diretamente na demanda de volume corrente e/ou frequência respiratória, e
assim menor esforço respiratório, até em pessoas saudáveis. Assim sendo, Hi-
VNI via cânula nasal de ponta estreita pode melhorar a eficiência respiratória
maximizando a lavagem do espaço morto extratorácico oferecendo suporte ao
trabalho respiratório. Mas primeiramente, o condicionamento ideal do gás
deve ser alcançado.

Insuflação Nasal de Alta Velocidade e Umidificação Vapotherm 2


Importância do Aquecimento do Gás e Umidificação

O tecido da mucosa da nasofaringe é designado a aquecer e umidificar o


gás respiratório antes de sua entrada no trato respiratório inferior 1.
Esse efeito é realizado anatomicamente, conseguindo uma grande área
para interagir com o gás inspirado, combinado ciclicamente com a
expiração, onde aquecimento e umidade podem ser reciclados
novamente por esses tecidos. A exposição dos tecidos da nasofaringe a
fluxos de gás contínuos abaixo da temperatura corporal e do ponto de
saturação de vapor d’água (ex.: abaixo de 100% de umidade relativa a
37°C) pode sobrecarregar esses tecidos. Essa sobrecarga pode resultar
em significantes disfunções, ressecando e danificando a mucosa nasal 2-5,
deixando-a suscetível à sepse estafilocócica 6. Mesmo a fluxos baixos, as
terapias com cânulas nasais convencionais são desconfortáveis e trazem
numerosas queixas de pacientes, particularmente relacionadas às
narinas e bocas ressecadas 7.

Idealmente, o gás inspirado deve


estar aquecido aproximadamente à
temperatura corporal (37°C) e
umidificado a 100% de umidade
relativa8,9.
Além disso, umidificação com vapor
versus água aerossol é a menos
provável causa de danos às vias
aéreas e pulmões por perda de
calor latente e deposição de
gotículas12. A tecnologia de
membrana Vapotherm facilita a
passagem da água para o gás
respiratório na forma de vapor, e
como demonstrada em um teste
de bancada por Waugh e Granger, adiciona ao gás respiratório a
temperatura corporal 99,9% de umidade relativa através de taxas de
fluxos de até 40 L/min.

3 Insuflação Nasal de Alta Velocidade e Umidificação Vapotherm


Tecnologia Hi-VNI

Umidificação:
Os produtos Vapotherm incorporam o patenteado sistema de cartucho de
transferência de vapor para difundir no gás respiratório corrente enquanto
aquece os gases à temperatura prescrita (geralmente 35°C a 37°C, de acordo
com o conforto do paciente). Esse sistema é fundamentalmente diferente dos
sistemas das bases de umidificação aquecida convencionais. Os
equipamentos também empregam um tubo de entrega de gás com triplo
lúmen “revestido” e cânula nasal otimizada própria que mantém a
temperatura, minimizando condensações e eliminando chuviscos. Esses dois
últimos recursos protegem o estado dos gases respiratórios para que o gás
atinja o paciente na mesma temperatura e umidificação atingidas na
membrana do cartucho.

Design do Circuito e o Impacto no Fluxo e Velocidade:


O fluxo volumétrico é o volume de gás que passa sobre uma unidade de
tempo. A rapidez com que um volume passa é a velocidade. A velocidade, a
um fluxo volumétrico constante, varia inversamente a área de secção do tubo.
Quanto menor o tubo, maior a velocidade.

Volume de Fluxo = 5L/min 5L/min 5L/min

Velocidade = 16.4 cm/seg. Velocidade = 32.8 cm/seg.


A = 5.08 cm 2 A = 2.54 cm 2

Velocidade = Distância/Tempo

Adaptado de Kacmarek, Robert M., James K. Stoller, Albert J. Heuer, and Donald F. Egan.
Egan’s Fundamentals of Respiratory Care. St. Louis, MO: Elsevier/Mosby, 2013. Print.

Insuflação Nasal de Alta Velocidade e Umidificação Vapotherm 4


Tecnologia Hi-VNI

Aplicando o conceito do design da cânula explica-se os fluxos em alta


velocidade que o sistema de cânulas de ponta estreita Vapotherm
oferecem comparado às cânulas de ponta larga. O gráfico abaixo mostra
a diferença na velocidade calculada entre uma cânula adulto Vapotherm
e outra cânula disponível no mercado. A um volume de fluxo de 40 L/min,
a Vapotherm entrega uma velocidade quase 6 vezes maior que o sistema
de cânula de ponta larga.

70

60
Velocidade (m/s)

50

40

30

20

10

0
10 20 30 40 50 60

Fluxo Volumétrico (L/min)

Impacto Fisiológico da Velocidade:


Em um paciente em falência respiratória, o tempo é crucial. Hi-VNI tem seu
grande impacto durante a fase expiratória da respiração, quando se
restabelece uma porção significativa do espaço morto anatômico como
reservatório de gás fresco, livre de CO2 para a inspiração. Como a frequência
respiratória do paciente aumenta, o tempo para lavar o CO 2 das vias aéreas
superiores diminui. Por exemplo, um paciente adulto com uma frequência
respiratória de 20 respirações por minuto ou mais tem 1,5 segundos ou
menos de tempo entre as inspirações, como descrito no gráfico abaixo.

Com o aumento da frequência respiratória, o paciente se torna menos


eficiente na eliminação do CO2 do espaço morto anatômico. A importância da
velocidade é que a velocidade introduz energia dinâmica, o que facilita a
mistura de gases na via aérea superior para expelir o gás expirado.

5 Insuflação Nasal de Alta Velocidade e Umidificação Vapotherm


Fase Expiratória em Função da Frequência Respiratória

3
Fase Expiratória (Segundos)

2.5
2
1.5
1
0.5
0
12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60

Frequência Respiratória

Além disso, a vantagem de um Sistema que entrega fluxos em alta velocidade


é a habilidade de tratar o paciente com desconforto respiratório com retenção
de CO2, o que reduz a necessidade de terapias mais invasivas (ex.: NIPPV e
ventilação mecânica).

Referências
1. Negus VE. Humidification of the air passages. Thorax 1952;7(2):148-151.
2. Williams R, Rankin N, Smith T, Galler D, Seakins P. Relationship between the humidity and temperature of
inspired gas and the function of the airway mucosa. Crit Care Med 1996;24(11):1920-1929.
3. Kelly MG, Mcgarvey LP, Heaney LG, Elborn JS. Nasal septal perforation and oxygen cannulae. Hosp Med
2001;62(4):248.
4. Robertson NJ, McCarthy LS, Hamilton PA, Moss Al. Nasal deformities resulting from flow driver continuous
positive airway pressure. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1996;75(3): F209-212.
5. Loftus BC, Ahn J, Haddad J, Jr. Neonatal nasal deformities secondary to nasal continuous positive airway
pressure. Laryngoscope 1994;104(8 Pt 1):1019-1022.
6. Kopelman AE, Holbert D. Use of oxygen cannulas in extremely low birthweight infants is associated with
mucosal trauma and bleeding, and possibly with coagulase-negative staphylococcal sepsis. J Perinatol
2003;23(2):94-97.
7. Campbell EJ, Baker MD, Crites-silver P. Subjective effects of humidification of oxygen for delivery by nasal
cannula. A prospective study. Chest 1988;93(2):289-293.
8. Rankin N. What is optimum humidity? Respir Care Clin N Am 1998;4(2):321-328.

9. Williams RB. The effects of excessive humidity. Respir Care Clin N Am 1998;4(2):215-228.

Insuflação Nasal de Alta Velocidade e Umidificação Vapotherm 6


Vapotherm, Inc. • 22 Industrial Drive • Exeter, NH 03833 • 603. 658.0011 • www.vapotherm.com

3100424 Rev B 9/16

Você também pode gostar