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Biofísica da Respiração
Aparelho Respiratório:
Tórax: aloja e protege órgãos, como coração e pulmões.
Espaço Interpleural: região entre as pleuras visceral e parietal, do pulmão e do
tórax, respectivamente. Apresenta pressão negativa, ou seja, abaixo da pressão
atmosférica. A pressão é negativa para evitar uma retração excessiva na
expiração.
Pulmões: órgãos muito extensíveis
Ciclo Respiratório:
Formado por dois semiciclos:
Inspiração: Processo ativo, ocorre a contração do diafragma, músculos
intercostais externos e peitoral maior. Musculatura precisa de impulsos, esses
têm origem no tronco cerebral, no bulbo e na ponte está o centro de controle da
respiração. Os impulsos são levados aos músculos através dos nervos, com a
chegada deles, os músculos contraem. O diafragma desce ao contrair e os
músculos intercostais externos expandem, elevando o tórax e aumentando o
volume torácico. Com o aumento do volume, a pressão interpleural diminui,
entre -4cm H²O e -8cm H²O. Com a expansão pulmonar, diminui também a
pressão interalveolar, -1cm H²O, fazendo com que entre ar. A entrada de ar
ocorre até que a pressão alveolar se estabilize com a pressão atmosférica, 0cm
H²O.
Expiração: Durante o repouso, é um processo quase passivo, utilizando
energia potencial elástica acumulada durante a inspiração. Durante um exercício
passa a ser um processo ativo. Os impulsos saem do tronco cerebral, são levados
até os músculos do abdôme, contraindo-os. Com isso, o diafragma sobe e ocorre
a contração dos músculos intercostais internos, logo, há a retração do tórax,
diminuindo o seu volume. Com a diminuição do volume intratorácico, ocorre o
aumento da pressão para valores entre -4cm H²O e -2cm H²O. Ocorre a retração
pulmonar, aumentando a pressão alveolar, +1cm H²O, e com isso a saída de ar.
Volumes Pulmonares:
• Volumes e capacidade variam conforme raça, sexo, idade, entre outros fatores.
Capacidades Pulmonares:
Capacidade inspiratória: quantidade máxima de ar que pode ser inspirado.
Volume corrente + volume de reserva inspiratória.
VR: 3.500 mL.
Capacidade funcional residual: volume de ar que permanece no pulmão após a
respiração corrente. Volume residual + volume de reserva expiratória.
VR: 2.300 mL.
Capacidade vital: quantidade máxima de ar que pode ser expelido após uma
inspiração máxima. Volume corrente + volume de reserva inspiratório + volume
de reserva expiratório.
VR: 4.600 mL.
Capacidade pulmonar total: volume máximo de expansão pulmonar com o
maior esforço inspiratório possível. Capacidade vital + volume residual.
VR: 5.800 mL.
Tensão Superficial: todo líquido, posto em contato com um gás, forma uma
membrana elástica na interface gás-líquido, agindo como redes elásticas, tensas e
resistentes. Quanto maior tensão superficial, mais difícil a penetração de gases. O
aumento da tensão superficial nos alvéolos dificulta a difusão de gases para o sangue.
Com a baixa penetração de O², pode ocorrer a morte por asfixia.
Transporte de O²:
• Afinidade da hemoglobina com O² nos alvéolos é alta. Por isso, 97% do O² é
transportado ligado a Hb.
• Nos tecidos, a afinidade da hemoglobina com O² é baixa, com isso, ocorre a
liberação de O².
Transporte de CO²:
• 7% é transportado dissolvido fisicamente (livre).
• 93% entra na hemácia, desse:
23% se liga à hemoglobina formando o carbamino hemoglobina.
70% sofre ação da enzima anidrase carbônica, hidratando o CO² formando o
ácido carbônico, que se dissocia em H+ e HCO³-. O H+ associa-se à
hemoglobina com objetivo de evitar acidificação do sangue (tamponamento).
O HCO³- ou bicarbonato, é levado pelo plasma, com a saída de bicarbonato
da hemácia, ocorre a entrada de cloro, contratransporte.
• Até o capilar pulmonar, o H+ fica ligado à hemoglobina. Nos pulmões o H+ é solto
e reage com o bicarbonato, formando, novamente, o ácido carbônico. Por ação da
anidrase carbônica, dissocia-se em H²O e CO², este será expelido pelos pulmões.
• Após liberar o H+, a hemoglobina estará livre para captar O² e transportá-lo pelo
sangue.
Distúrbios Respiratórios:
Hipóxia: disponibilidade diminuída de oxigênio para as células do corpo. Pode ser
causada por pressão de O² reduzida no ar (como ocorre em grandes altitudes),
anormalidade pulmonares que diminuem a difusão de O² para o sangue (como edema
pulmonar, fibrose ou enfisema), além da anemia.
Pneumonia: infecção do pulmão, faz com que as paredes dos alvéolos fiquem
inflamadas e edemaciadas. Provoca hipóxia.
Enfisema: destruição das paredes alveolares, diminui a aeração do sangue, causando
hipóxia. Maior parte ocorre em decorrência do fumo.
Asma: geralmente, causada por reação alérgica, o que gera espasmo dos bronquíolos
(contração e consequente estreitamento deles, reduzindo a passagem de ar).
Isquemia: déficit de O² devido a falta de sangue para transportá-lo, ocorre em
quadros de hemorragia ou trombose.