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Luzimar Paim

Assistência de Enfermagem em Suporte


Ventilatório
Revisão Anatômica
Durante a inspiração e durante a expiração, o ar passa por diversos e
diferentes segmentos que fazem parte do aparelho respiratório:

Nariz: É o primeiro segmento por onde, de preferência, passa
o ar durante a inspiração. Ao passar pelo nariz, o ar é filtrado,
umidificado e aquecido. Na impossibilidade eventual da
passagem do ar pelo nariz, tal passagem pode acontecer por
um atalho, a boca. Mas infelizmente, quando isso acontece, o
ar não sofre as importantes modificações descritas acima.
Faringe: Após a passagem pelo nariz, antes de atingir a
laringe, o ar deve passar pela faringe, segmento que também
serve de passagem para os alimentos.
Laringe: Normalmente permite apenas a passagem
de ar. Durante a deglutição de algum alimento, uma
pequena membrana (epiglote) obstrui a abertura da
laringe, o que dificulta a passagem fragmentos que
não sejam ar para as vias respiratórias inferiores. Na
laringe localizam-se também as cordas vocais,
responsáveis para produção de nossa voz.
Traquéia: Pequeno tubo cartilaginoso que liga as vias
respiratórias superiores às inferiores, logo abaixo.
Bronquíolos: estão entre os brônquios e os sacos
alveolares, de onde saem os alvéolos. Os alvéolos
apresentam uma certa tendência ao colabamento. Tal
colabamento somente não ocorre normalmente devido à
pressão mais negativa presente no espaço pleura, o que
força os pulmões a se manterem expandidos. O grande
fator responsável pela tendência de colabamento dos
alvéolos é um fenômeno chamado Tensão Superficial. A
Tensão Superficial ocorre no interior dos alvéolos devido a
grande quantidade de moléculas de água ali presente e
revestindo, inclusive, toda a parede interna dos alvéolos.
A Tensão Superficial no interior dos alvéolos
certamente seria bem maior do que já o é se não fosse
a presença, nos líquidos que revestem os alvéolos, de
uma substância chamada surfactante pulmonar. O
surfactante pulmonar é formado basicamente de
fosfolipídeos (dipalmitoil lecitina) por células
presentes no epitélio alveolar. A grande importância
do surfactante pulmonar é sua capacidade de reduzir
significativamente a tensão superficial dos líquidos
que revestem o interior dos alvéolos e demais vias
respiratórias.
Movimentos Diafragmáticos
Movimentos Diafragmáticos
Hematose
Hematose
EXAMES DIAGNÓSTICOS
RESPIRATÓRIOS
Radiografia de Tórax – ossos (opacos ou
esbranquiçados); órgãos cheios de sangue
(acinzentadas); pulmões normais ( negros); pulmões
com líquido (esbranquiçados)
Angiografia Pulmonar – ex: embolia pulmonar -
contraste venoso e RX
Broncoscopia – visualização direta da laringe,
traquéia e brônquios através de um broncoscópio
fibróptico flexível.
Toracocentese – agulha inserida no espaço pleural
para remover líquido, ar, obter amostras para
avaliação diagnóstica ou instilar medicamentos
Cultura de Escarros – diferenciar o escarro da saliva;
cultura e antibiograma; estudo de citologia e bacilos
acidorresistentes (BAAR)

Provas de Função Pulmonar- medem a capacidade do


tórax e dos pulmões de mover o ar para dentro e para
fora dos alvéolos; incluem medições de volume, de
capacidade e dinâmicas
Leito em UTI
Monitoração Respiratória
Oximetria de Pulso: aprox. 3% do O2 estão
dissolvidos no plasma; A PaO2 normal 80 -100mmHg
SaO2: saturação arterial de oxigênio da hemoglobina
A SaO2 normal varia de 93 % a 99%

Gasometria Arterial
Sangue arterial é coletada e analisada para ajudar a
determinar a qualidade e a extensão da troca gasosa
pulmonar e do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios Respiratórios
Comuns
Pneumonia (PNM)
Derrame Pleural
Pneumotórax
Embolia Pulmonar
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Cirurgia Torácica
Asma Aguda
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
Síndrome de Angústia Respiratória Aguda (SARA)
COVID
Suporte Ventilatório:
Bird Mark 7
Objetivos
FISIOLÓGICOS
Manter ou modificar a troca gasosa pulmonar,
aumentando a ventilação alveolar e a oxigenação
arterial;
Aumentar o vol. Pulm., por meio de insuflação
pulmonar inspiratória final, para prevenir atelectasias;
Reduzir o trabalho muscular respiratório;
CLÍNICOS
Reverter hipoxemia, aumentando a ventilação alveolar,
aumentando o volume pulmonar, diminuindo o
consumo de O2 e aumentando a oferta O2
Reverter a acidose respiratória aguda;
Permitir sedação/anesstesia/bloqueio neuromuscular
Reduzir consumo de O2 sistêmico e miocárdico;
Reduzir pressão intracraniana;
Estabilizar parede torácica
Protocolo recomendado para atendimento a pacientes
em ventilação mecânica
Vigilância constante
➢ Controle de sinais vitais e monitorização cardiovascular
 ➢ Monitorização de trocas gasosas e padrão respiratório
➢ Observação dos sinais neurológicos
 ➢ Aspiração de secreções pulmonares
➢ Observação dos sinais de hiperinsuflação
 ➢ Higiene oral, troca de fixação do TOT/TQT,
mobilização do TOT
 ➢ Controle da pressão do balonete
➢ Monitorização do balanço hidroeletrolítico e peso
corporal
➢ Controle nutricional
Umidificação e aquecimento do gás inalado
➢ Observação do circuito do ventilador
 ➢ Observação dos alarmes do ventilador
➢ Nível de sedação do paciente e de bloqueio
neuromuscular
➢ Observação do sincronismo entre o paciente e a máquina
➢ Orientação de exercícios
➢ Preenchimento dos formulários de controle
 ➢ Apoio emocional ao paciente
➢ Controle de infecção (PORTAL DE ENFERMAGEM, 2017)
PRÍNCIPIOS FUNDAMENTAIS DA VI
VENTILADOR/RESPIRADOR- ventilar, oxigenar e
umidificar
Ventilar =o equipamento administra uma massa de gás
denominada volume corrente (VC) para manter um
equilíbrio com o gás alveolar = retira o gás oferecido
trazendo juntamente o CO2;
A ventilação mecânica é constituída por ciclos
ventilatórios : a inspiração e a expiração;
Na fase inspiratória, os pulmões são insuflados com a
mistura gasosa proveniente do ventilador, que exerce
uma pressão + necessária para vencer as propriedades
resistivas e elásticas do sistema respiratório
Na fase expiratória, o ventilador abre uma válvula de
exalação que possibilita o esvaziamento dos pulmões;
CICLAGEM – MUDANÇA DA FASE INSPIRATÓRIA
PARA EXPIRATÓRIA
Parâmetros Básicos
FiO2 = fração inspirada de oxigênio – corresponde a
concentração percentual de o2 no ar inspirado. 100%
inicialmente com redução progressiva menor que 50%
(toxicidade pelo O2);
FR =8 a 12 ipm;
VT ou VC = Volume Corrente –baseado no peso ideal
do paciente 10 a 12 ml/Kg. Para evitar lesão pulmonar
por hiperdistensão alveolar, tende-se a utilizar VC mais
baixos (avaliação da PaCO2);
PEEP: manutenção da pressão alveolar acima da
pressão atmosférica ao final da expiração.Monotorização
hemodinâmica se PEEP≥ 15 cmH2O
Modos Ventilatórios
Ventilação com pressão positiva intermitente,
assistida e/ou controlada, ciclada a volume ou
pressão(ACMV): o ciclo ventilatório será iniciado pelo
esforço inspiratório do pc. O profissional determina o
esforço necessário para disparar o ciclo.INDICAÇÃO:
IRA; Desvantagem: hiperventilação
- Ventilação a pressão controlada (PCV): os ciclos
ventilatórios são controlados pelo equipamento,
independente do esforço inspiratório do pc, de acordo
com a FR, VC ou pressão inspiratória .INDICAÇÃO:
DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS E NEURO
MUSCULARES, APNÉIA E PÓS PCR. Desvantagem -
sedação
- Ventilação mandatória intermitente sincronizada
(SIMV): permite que o pac. Respire espontaneamente
nos intervalos dos ciclos ventilatórios. Nos ciclos
espontâneos, a frequência e o volume variam de
acordo com a capacidade do pac. Ciclos controlado são
sincronizados ao esforço inspiratório do
pac.INDICAÇÃO: desmame , menor necessidade de
sedação; DESVANTAGEM: fadiga muscular.
- Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP):
pressão + contínua nas vias aéreas durante os ciclos
ventilatórios espontâneos, otimizando a oxigenação e
Prevenindo colapso alveolar no final da expiração.
INDICAÇÃO: fase final do desmame em pac estáveis
SARA - ↓ a complacência pulmonar
A PEEP tem tb função de impedir o colabamento
alveolar.

DESMAME; peça em T/PSV/ CPAP e BiPAP


Bird 6400
Inter 5 Plus - Fabricante:
Intermed (BRASIL)
Savina - Fabricante: Dräger Medical.
www.draeger-medical.com (Alemanha).
Servos - Fabricante: Maquet Critical
Care AB. (Suécia)
Traqueostomia
TQT
Evita estenose traqueal e Fixação
paralisia das cordas Mantê-la na linha
vocais; média;
Realizada entre 72 h e 21 Curativo do estoma;
dias; Limpeza da TQT;
Possibilidade de
alimentação oral
TOT
Aspiração de TOT
Remoção das secreções;
Manutenção das Vias aéreas
Procedimento estéril - avaliar real necessidade de
realizar o procedimento (observação visual e
ausculta, SaO2).
TrachCare – cateteres de aspiração interna para
pacientes que não toleram desconexão do TOT do
respirador e para pacientes muito secretivo;
Hiperoxigenação e instilação de água destilada/SF
0,9%
Manutenção da cânula
endotraqueal
São os procedimentos que asseguram a fixação,
limpeza e permeabilidade da cânula endotraqueal.

Materiais

Técnica

Registro
Processamento de Equipamentos
Respiratórios em UTI
São os procedimentos que asseguram a
qualidade do processamento e menor risco
de infecção na assistência respiratória após
o uso do equipamento.

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