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PRESSÕES RESPIRATÓRIAS ESTÁTICAS MÁXIMAS

MANUVACUÔMETRO

▪ Instrumento p/medir ao nível da boca a PImáx e PEmáx


▪ Composto: manômetro + peça de plástico + traqueia c/bucal + clipe nasal

→ Existe um orifício na peça que dissipa a pressão gerada pelos mm. da face, maioria tem fraqueza inspiratória

PIMÁX PEMÁX

➢ Mede-se a partir da expiração máxima, o ➢ Mede-se a partir da inspiração máxima, quando


volume de ar contido é apenas o Volume o volume de gás contido é a Capacidade
Residual Pulmonar Total

PROCEDIMENTOS
 Posição sentada, estando o tronco em 90º com as coxas, pés apoiados no chão
 Nariz ocluído c/clipe nasal
 Remover ou afrouxar vestimentas que possam interferir c/esforço respiratório
 Ordem das mensurações ñ/interfere no resultado

PEMÁX = inspira até sua Capacidade Pulmonar Total e efetua esforço expiratório máximo

PIMÁX = expirar até seu Volume Residual, conectar-se ao bucal e efetua esforço inspiratório máximo

5 ou + manobras, obtendo 3 manobras aceitáveis (s/vazamento c/duração de pelo menos 3s) 1min descanso
Manobras com valores que ñ/difiram entre si por mais de 10% do valor + alto
Caso o melhor valor seja na última manobra, deve-se repetir o teste até reproduzir valor menor
Valor expresso em cm/H2O
PIMÁX é precedido de sinal negativo (-85 a -120 dependendo da idade)

EQUAÇÕES PARA CÁLCULO DAS PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS

Mulheres: Homens:

PIMÁX = 110,4 – (0,49 x idade) EPE = 9,1 PIMÁX = 155,3 – (0,80 x idade) EPE = 17,3
PEMÁX = 115,6 – (0,61 x idade) EPE = 11,2 PEMÁX = 165,3 – (0,81 x idade) EPE = 15,6

❑ Resulta no valor do limite superior da normalidade


❑ P/calcular o valor do limite inferior da normalidade = VALOR PREVISTO – (1,645 x EPE)

INDICAÇÕES
 Confirmar disfunção dos mm. ventilatórios
 Avaliar resposta à Fisioterapia e Reabilitação Pulmonar
 Avaliar Pré-Operatória da função dos mm. ventilatórios
 Avaliar possibilidade de desmame da ventilação mecânica
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS
• IAM ou angina
❖ Pouca colaboração do paciente • HA sistêmica grave/descontrolada
❖ Traqueostomia • Aneurisma da aorta
❖ Paralisia Facial • Pneumotórax
❖ Hemorróidas, síncope tussígena • Cirurgia recente, e hérnias abdominais
❖ Doenças coluna vertebral • Glaucoma ou descolamento da retina
• Hidrocefalia
• Deterioração física/mental que interfira na colaboração

EPIROMETRIA

➢ Técnica de medida da entrada e saída de ar nos pulmões, trata-se de um exame complementar


➢ Detecta valores considerados estáticos (Volumes e Capacidades) e dinâmicos (Fluxos) através da EXPIRAÇÃO
FORÇADA e da VENTILAÇÃO VOLUNTÁRIA MÁXIMA

PROCEDIMENTOS
 Calibragem do aparelho antes do teste (injeta 1,5L de ar c/seringa)
 Posição sentada
 Clipe nasal
 Evitar vazamentos em torno da peça bucal
 Repouso de 5 a 10 minutos antes do teste

→ Manter dentadura, a menos que esteja mal ajustada


→ Evitar roupas apertadas
→ Adiar teste em caso de expetoração em grande quantidade
→ Fluxo expiratório menor ao acordar e máximo entre meio-dia e final de tarde (importante avaliar no mesmo horário)
→ Pouca colaboração aumenta probabilidade de falência do teste

MANOBRAS ESPIROMÉTRICAS
I. CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF) = quantidade de ar que consegue expirar com uma expiração forçada
(5 a 6s) após uma inspiração máxima

• VEF1 = volume de ar que saiu da boca no primeiro segundo da CVF


• VEF1/CVF

FLUXO ESPIRATÓRIO FORÇADO (FEF)

FEF 25% = ¼ do ar que saí de VA de grande calibre, traqueia e brônquios fonte D e E


FEF 50% = ar que saí dos brônquios
FEF 75% = ar que saí de bronquíolos
FEF 25-75% = fluxo VA médias, brônquios e bronquíolos
FEF 75/85% = VA que tem alvéolos e sacos alveolares
PEAK FLOW (PF) = pico de fluxo expiratório, mede a efetividade da tosse
EXAME DE VIA AÉREA INFERIOR, Ñ/DE SUPERIOR!!
DISTÚRBIOS OBSTRUTIVOS

Índice de Tiffeneau < 80% obstrutiva (DPOC, asma), quanto menor a VEF1 pior é a obstrução:

DISTÚRBIOS RESTRITIVOS

Índice de Tiffeneau > 80% restritiva (fibrose pulmonar, perda de força mm. e limitação ADM), ñ/consegue alcançar 5-
6s na espirometria. Quanto menor a CVF pior é a restrição:

II. VENTILAÇÃO VOLUNTÁRIA MÁXIMA (VVM) = máximo volume mobilizado em 1 min de esforço voluntário
máximo. Realiza-se inspiração e expiração máxima durante 10 a 15s e então extrapola para o valor 1 min

• Verifica desempenho dos mm. respiratórios


• Unidade em L/min
• Estimular ventilação rápida e profunda
• Os volumes devem ser maior que o Volume Corrente e menor que a Capacidade Vital

◼ PROVAS DE BRONCODILATAÇÃO

➢ Quantificação da resposta a um broncodilatador, constatar a existência ou ñ/de contração brônquica após fármacos

➢ A resposta é avaliada por variação de CVF e VEF1


TROCA DE GASES – CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
Envolve dois órgãos:

➢ Pulmão
➢ Rim

DIFUSÃO

▪ Movimento aleatório de uma molécula p/outra a partir do gradiente de concentração (pressão parcial de gás)
▪ O transporte de gás é através da Membrana Alvéolo-Capilar (MAC), ocorre por difusão simples

◼ LEI DE FICK = a velocidade de gás transportado através da MAC é:

Diretamente proporcional a área do tecido e diferença de pressão parcial do gás

Inversamente proporcional à espessura do tecido


 (área = troca de gases; diferença d/pressão = passagem de gás)
 (espessura = mais difícil gás passar)

GRADIENTE DE DIFUSÃO PULMONAR

❑ Difusão de O2 no sangue  PO2 alveolar 100 – PO2 venoso 40 = 60 mmHg


❑ Difusão de CO2 no sangue  PCO2 alveolar 40 – PCO2 venoso 46 = 6 mmHg

A velocidade de transporte de gás também é proporcional a uma constante de difusão (solubilidade plasmática):

• O2 é dissolvido no plasma e a maior parte é transportada pela hemoglobina (dependente do nº céls/vermelhas)

• CO2 é dissolvido no plasma e a maior parte é transportada na forma de bicarbonato (HCO3)


➢ H2O + CO2 = H2CO3 (ácido carbônico) = dissocia-se em H+ e HCO3
➢ Difunde 20x mais rápido que o O2 no sangue por esse mecanismo de compensação

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO

Sensores detectam quantidade de elementos químicos (CO2, O2, H+) e enviam ao SNC (bulbo e ponte) que ativam
músculos efetores (inspiratória e expiratória) para regular a concentração de gases por meio da ventilação

1) SENSORES = quimiorreceptores centrais e periféricos localizados na região do SNC e fora do SNC


a) Centrais: captam informação de íons H+, localizam-se próximos a ponte e bulbo
b) Periféricos: captam informação de O2, localizam-se na bifurcação das carótidas

2) CONTROLE CENTRAL = centros respiratórios (bulbo e ponte) mantém o ritmo básico da respiração
a) GP Dorsal: centro inspiratório b) GP Ventral: centro expiratório

I. Centro Apnêustico = porção inferior da ponte, impede o desligamento da “rampa inspiratória”


II. Centro Pneumotáxico = porção superior da ponte, controla profundidade da respiração (duração de
enchimento)
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO
➢ ÁCIDO é aquele que doa prótons (íons H+)
➢ BASE é aquele que recebe prótons (íons H+)

◼ ACIDOSE = quantidade de substâncias ácidas no organismo

◼ ALCALOSE = quantidade de substâncias básicas no organismo

Pulmão: controla CO2 Rim: controla bicarbonato

Hipoventila = retém CO2 Armazena = meio – alcalino


Hiperventila = elimina CO2 Libera = meio + alcalino

EFEITOS DA ACIDOSE Depressão do SNC (sonolento, menos compactuante) e Coma (pode levar a morte)

EFEITOS DA ALCALOSE Hiperexcitabilidade SNC e SNP, disparam de modo automático e repetitivo

ALTERAÇÕES DO PH

a) Distúrbios respiratórios = alteração da quantidade de CO2


b) Distúrbios sistêmicos = alteração da quantidade de HCO3

◼ ACIDOSE RESPIRATÓRIA = diminuição da ventilação pulmonar


◼ ALCALOSE RESPIRATÓRIA = aumento da ventilação pulmonar

◼ ACIDOSE METABÓLICA = aumento de substâncias ácidas ñ/relacionado a respiração


◼ ALCALOSE METABÓLICA = aumento de substâncias básicas ñ/relacionado a respiração

GASOMETRIA ARTERIAL
➢ Informações sobre equilíbrio ácido-base e trocas gasosas
▪ Ñ/colher amostra se estiver recebendo O2
▪ Esperar 15 minutos após aspiração e exercício
▪ Protocolo: MMSS

PADRÕES DE NORMALIDADE

pH = 7,35 a 7,45 (extremo p/acidose 6,25 e p/alcalose 7,85)


PO2 = 85 a 100 mmHg
PCO2 = 35 a 45 mmHg
HCO3 = 23 a 26 mEg/l
Base Excess ou BE = -2 a +2
SaO2 = 95%
Rim tenta compensar liberando HCO3

Rim tenta compensar retendo HCO3

Pulmão tenta compensar hiperventilando (elimina CO2

Pulmão tenta compensar hipoventilando (retém CO2)

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