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Avaliação Respiratória

Profª Mª Ana Irene Medeiros

Inspeção e Palpação

- Forma do tórax
Tórax em tonel = Aumento do diâmetro ântero-posterior
Tórax em quilha = Deslocamento do esterno para frente
Tórax escavado = Deslocamento do esterno para trás
Tórax cifoescoliótico = Anormalidades na coluna torácica

- Expansibilidade torácica
Simétrica ou assimétrica
Normal ou Reduzida
Instabilidade da caixa torácica

- Configuração toraco-abdominal
Predomínio torácico, abdominal ou sem predomínio
Respiração anacrônica = Atraso no tempo entre o movimento do abdome e do tórax
Alternância respiratória = Alternância de deslocamento entre os compartimentos
Movimento paradoxal = Movimentação oposta do compartimento abdominal e do tórax

- Padrões ventilatórios

Cheyne-Stokes (Ex: lesão cerebral bilateral ou vias descendentes para ponte e metabólica)
“Períodos de respiração crescente, chegando ao ápice, seguido por fase decrescente, seguido por
apnéia entre os períodos”

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Hiperventilação Neurogênica (Ex: Lesões pontomensencefálicas)


“Incursões rápidas e profundas de maneira sustentada”

Respiração atáxica/ Biot (Ex: Lesão bulbar)


“Padrão completamente irregular”

Kussmaul (Ex: Cetoacidose diabética)


“Aumento da frequência e profundidade da respiração, com uma nspiração rápida e profunda,
seguida de uma pausa, uma expiração súbita, seguida de nova pausa.”

- Percussão
*Som claro pulmonar ou som normal
*Som ressonante/hipersonoro/timpânico => Excesso de ar em relação a quantidade de tecido
(Ex: Enfisema e Pneumotórax)
*Som submaciço/maciço => Relação ar/tecidos está reduzida (Ex: Atelectasia, Pneumonia,
Derrame pleural)

- Secreção
Hemoptise = secreção com sangue (Ex: embolia pulmonar, Tuberculose)
Mucóide
Amarela
Esverdeada
Marrom = Substâncias estranhas (Ex:nicotina > Doenças crônicas)
Rósea = hemácias destruídas na secreção (Ex: edema pulmonar)
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- Ausculta Pulmonar
# Ruídos adventícios
◦ Roncos = Ruído de tonalidade grave, predominante inspiratórios, obstrução VA grosso
calibre
◦ Sibilos = Ruídos de tonalidade aguda, predominante expiratórios, obstrução VA
pequeno calibre
◦ Crepitações = Audíveis no final da INS; presença de exsudato e transudato intra-
alveolar
◦ Estridor = Obstrução de vias aéreas superiores

Testes Respiratórios

Volumes e Capacidades Pulmonares

Manovacuometria
- Avaliação da Força muscular respiratória: Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e Pressão
Expiratória Máxima (PE máx)

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PImáx
1) Exalar todo o ar (VR)
2) Inspirar profundamente

PEmáx
1) Insuflar os pulmões ao máximo (CPT)
2) Expirar profundamente

Via aérea fisiológica => Conexão através de bucal e clipe nasal


Via aérea artificial => Conexão através de válvula unidirecional

Espirometria
A espirometria mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e
expiratórias máximas forçadas ou lentas.

Os parâmetros mais utilizados são:


• Capacidade Vital (CV) - representa o maior volume de ar mobilizado em uma expiração. Pode ser
obtida através de manobras forçadas (CVF) ou lentas (CVL).

• Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) - representa o volume de ar exalado no


primeiro segundo durante a manobra de CVF. É considerado uma das variáveis mais úteis clinicamente.

• Relação VEF1/CV - Razão entre volume expiratório forçado no primeiro segundo e a capacidade
vital, sendo muito importante para o diagnóstico de um distúrbio obstrutivo. Para isto, podemos
considerar tanto o VEF1/CVF quanto o VEF1/CVL.

• Fluxo expiratório forçado intermediário (FEF25-75%) - representa o fluxo expiratório forçado médio
obtido durante a manobra de CVF, na faixa intermediária entre 25 e 75% da CVF.

• Pico de fluxo expiratório (PFE) – representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de CVF. Guarda
dependência com o esforço, o que o torna um bom indicador da colaboração na fase inicial da
expiração.

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• Curva fluxo-volume - é uma análise gráfica do fluxo gerado durante a manobra de CVF desenhado
contra a mudança de volume. Frequentemente também a curva fluxo-volume prevista é desenhada para
comparação visual, o que facilita na identificação de padrões obstrutivos, restritivos, amputações de
fluxos inspiratórios ou expiratórios, e avaliação da resposta ao broncodilatador.

Distúrbio Obstrutivo
Distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) é caracterizado por redução do fluxo expiratório em
relação ao volume pulmonar expirado. O estreitamento das grandes/ pequenas vias aéreas resulta em
uma maior redução do VEF1 em relação à CVF, resultando numa relação VEF1/ CVF reduzida (abaixo
do Limite Inferior da Normalidade – LIN) ou redução no VEF1/CVL.

Distúrbio Restritivo
O distúrbio ventilatório restritivo (DVR) é definido como a redução da capacidade pulmonar
total e a manutenção da relação VEF1/CVF normal ou aumentada. A espirometria pode sugerir DVR
quando ocorre redução significativa da capacidade vital (CV) associada à relação VEF1/CVF normal
ou aumentada.

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