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SINAIS VITAIS

• Temperatura

Axilar: 36º à 36,8º C; e Inguinal: 36º à 36,8º C


Oral: 36,2º à 37º C;
Retal: 36,4º à 37,2 Cº

• Nomenclatura:
Hipotermia < 35° C
Normotermia (afebril) 36° à 37° C
Febrícula 37,1° à 37,4° C
Estado febril 37,5° à 37,9° C
Febre 38° à 39° C
Hipertermia ou pirexia 39,1° à 40° C
Hiperpirexia > 40° C

• Frequência cardíaca - Pulso

Conforme faixa etária:

RN: 100 – 160 bpm


Criança: 80 – 120 bpm
Adulto: 60 – 90 bpm 70 - 90 bpm

• Nomenclatura

Normocardia: FC normal
Taquicardia: FC aumentada (acima de 101bpm)
Bradicardia: FC diminuída (abaixo de 60bpm)

• Frequência Respiratória

RN: 40 a 60 rpm
Lactente: 30 a 40 rpm
Criança: 20 a 30 rpm
Adulto: 12 a 20 rpm

• Nomenclatura

Eupneico: FR normal
Taquipneico: FR aumentada
Bradipneico: FR diminuída
Dispneico: dificuldade para respirar
Apneia: parada respiratória

• Pressão Arterial

Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Ótima: <120 <80


Normal: 120-129 80-84
Pré-hipertensão: 130-139 85-89
Estágio I: 140-159 90-99
Estágio II: 160-179 100-109
Estágio III: ≥ 180 ≥ 110

• Nomenclatura
Normotenso: PA normal –
Hipertenso: PA elevada –
Crise Hipertensiva – pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg. –
Hipotenso: PA baixa

ETAPAS EXAME FÍSICO DO TÓRAX

• Inspeção Estática (Avalia a estrutura)

Alterações cutâneas: (Palidez, sudorese, cianose, petéquias, eritema, hematoma, cicatrizes (toracotomia,
mastectomia...)
Sinais: (Edema, cicatriz, dreno, deformidades, baqueteamento de dedos ou hipocratismo digital).

Tipos de tórax (normais):


Normalíneo: ângulo de Charpy é de 90°, ou seja, os diâmetros transverso, longitudinal e ântero-posterior são
simétricos.
Brevilíneo: ângulo de Charpy é > 90°, ou seja, os diâmetros transverso e ânteroposterior são maiores que o
longitudinal.
Longilíneo - ângulo de Charpy é < 90°, ou seja, o diâmetro longitudinal é > que os demais

Tipos de tórax (patológicos):

Tonél: Aumento do diâmetro ântero-posterior.


Cifótico ou Cifoescoliótico: Desvio postural da coluna vertebral.
Pectus Escavatum Tórax de sapateiro: Depressão na região inferior do esterno. Normalmente congênito.
Pectus Carinatum Peito de pombo ou em quilha: Esterno proeminente. Pode ser congênito.

• Inspeção dinâmica

Padrão Respiratório: Torácico, abdominal e misto.

Ritmos respiratórios (normais): Eupneico, taquipnéico, bradipnéico, dispnéia, apnéia.

Ritmos respiratórios (patológicos):

Cheyne Stokes: Movimentos respiratórios cada vez mais rápidos e amplos, para depois diminuir progressivamente,
seguido de período de apnéia.
Biot: Períodos de apnéia seguidos de movimentos inspiratórios superficiais e expiratórios anárquicos quanto ao
ritmo e amplitude.
Apnêustica: inspiração profunda seguida de uma pausa respiratória (apneuse). Ocorre em lesões pontinas.
Kussmaul: Realizada em 4 tempos: inspiração profunda e rápida, seguida de pausa. Expiração súbita e gemente,
seguida por nova pausa. Característica de coma diabético.
Paradoxal - Ou Sinal de Hoover: o abdome se desloca para fora enquanto o tórax se movimenta para dentro durante
a inspiração. Doença respiratória obstrutiva em lactentes, patologias obstrutivas, lesões de nervo frênico, paralisias
diafragmáticas, traumas torácico.

SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO:

Tiragem: presença de retrações musculares durante a fase inspiratória - fúrcula - intercostal - supraclavicular –
subdiafragmática.

Uso de músculos acessórios; Tempo expiratório forçado; Prolongamento da expiração

Abaulamentos: observar a fossa supraclavicular e veias jugulares (aumento excessivo da pressão intratorácica na
expiração).
Sinal de Lemus Torres: abaulamento expiratório intercostal localizado nas bases pulmonares, na face lateral do
hemitórax. Característico da presença de um derrame pleural livre.

Outros sinais e sintomas de desconforto: batimento de asa de nariz, cianose

Expansibilidade do Tórax

-Posicionar-se ao lado e aos pés do paciente;

-Observada com a mão no tórax do paciente;

-Observa-se o movimento da inspiração e da expiração;

-Avaliar nos 3 diâmetros - transverso - longitudinal - ântero-posterior

-Observar diminuição ou aumento da expansibilidade – simetria

Cirtometria de tórax

(consiste em um conjunto de medidas das circunferências de tórax e abdômen durante os movimentos respiratórios)

Axilas

Mamilos

Processo Xifóide

Frêmito Tóraco-Vocal

(Transmissão da voz através do parênquima pulmonar – com ou sem estetoscópio)

Pede-se para o paciente falar 33 e espalma-se a mãos sobre diversas partes da região torácicas ficando atento a
possíveis assimetrias Pneumonias, broncopneumonias, atelectasias, neoplasias, obesidade, edema de parede toráx
,obstruções de laringe, traqueia, brônquio, espessamento de pleura, pneumotórax, derrame pleural.

Percussão:

-Realizar leve pressão com as duas últimas falanges do dedo médio de uma das mãos em cada espaço intercostal e
percutir com movimentos rápidos e leves, por duas vezes, com o dedo médio ou indicador da outra mão sobre a
segunda falange ou articulação falangiana distal.

-Sempre que possível, realizar a percussão com o paciente sentado ou em pé.

-Percutir de cima para baixo e bilateralmente.

Som claro pulmonar: pulmão normal

Som timpânico: característico de estruturas mais ocas, ou seja, com grande quantidade de ar no parênquima
pulmonar ou na cavidade torácica. (enfisema pulmonar e de pneumotórax)

Som submaciço: líquido interposto entre o parênquima pulmonar e a parede torácica. (derrames pleurais)

Som maciço: característico de regiões mais "densas", ou seja, quando há diminuição da quantidade de ar no pulmão
ou em suas proximidades. (tumores periféricos e em pneumonias, consolidações) Você irá sentir que está
percutindo algo sólido.

-A percussão pode apresentar certas alterações que não determinam estados patológicos.

- abaixo do sexto espaço intercostal direito é possível encontrar um som maciço que corresponde ao fígado
(principalmente quando a percussão é executada na porção anterior do tórax)
• Ausculta Pulmonar:

A respiração produz turbulência aérea e vibração das estruturas pulmonares e que gera os sons da ausculta.

Murmúrio vesicular: Formado pela passagem do ar pelo parênquima pulmonar. É caracterizado por uma inspiração
de duração maior, bem audível, suave, e, logo a seguir, uma expiração curta e pouco audível. É ouvido na maior
parte do tórax.

Ruídos Adventícios:

Roncos: predominantemente inspiratório, pode ser audível também na expiração. Sua tonalidade é grave
semelhante ao ronco observado durante o sono, é modificado pela tosse. Corresponde a movimentação de muco
dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios de grosso calibre) ou a presença de secreções espessas
aderentes às paredes brônquicas com consequente diminuição de seu calibre.

Sibilos: é um ruído de assobio produzido pela redução da luz brônquica ou espasmo em vias respiratórias de
pequeno calibre estreitadas ou comprimidas movimento do ar mais comum durante a expiração, As causas dos
sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo, como a asma e DPOC.

Estertores crepitantes (ou finos ou secos): são ruídos finos, homogêneos, de mesma altura, timbre e intensidade,
auscultados apenas na fase inspiratória. São gerados principalmente pela abertura dos alvéolos que se acham
colapsados ou ocluídos por líquido viscoso. não são modificados pela tosse. São frequentemente audíveis nas
atelectasias, pneumonias, edema agudo de pulmão e síndrome da angustia respiratória (SARA).

Estertores Subcrepitantes (ou grossos ou úmidos): são ruídos mais grossos e de tonalidade mais grave do que os
estertores crepitantes, assemelhando-se ao arrebentamento de pequenas bolhas. são encontrados no fim da
inspiração e começo da expiração. resultam da mobilização de qualquer conteúdo liquido presente nos brônquios de
médio e pequeno calibre. podem ser modificados pela tosse. Ocorre com maior freqüência em pacientes com
pneumonia, no edema agudo de pulmão e na DPOC.

Atrito Pleural: é um estalido ou “som de couro” que ocorre a cada respiração - mais intenso na inspiração as
camadas lisas e úmidas da pleura normal movimentam-se fácil e silenciosamente uma sobre a outra. quando a
superfície está espessada por depósito de fibrina, por células inflamatórias ou neoplásicas, o deslizamento está
impedido pela resistência de fricção. Presença de dreno, fibrose na cavidade pleural.

Respiração Soprosa: Som de intensidade grave; Presença de ausculta pulmonar “aumentada” na periferia do pulmão
Atelectasia (principalmente extensa), Derrame Pleural

• Radiografia de Tórax

Incidências:

PA – Ideal

AP - menos satisfatório (RX no leito e crianças ) sombra cardíaca aumentada; costelas posteriores mais
horizontalizadas; sobreposição das escápulas

Laurell - decúbito lateral com raios horizontais - detectar DP volumosos


Perfil

• Roteiro para Interpretação – QUALIDADE

Intensidade de irradiação: Todas as vértebras cervicais e as primeiras torácicas.

Posicionamento:

- Centralização: a radiografia do tórax sempre deve incluir, além da região específica (torácica), a região cervical
inferior, os ombros e parte do abdome superior.

- Rotação: deve ser evitada. A radiografia não estará rodada quando as extremidades mediais das clavículas
estiverem equidistantes da linha média.

-Inspiração: deve-se identificar e contar de 8 a 10 espaços intercostais

• Testes Cardiopulmonares

Manovacuômetro: Mensura a força muscular respiratória, determinada pela a Pressão inspiratória máxima (PImax)
e Pressão expiratória máxima (PEmax) do paciente.

Ventilômetro: Verifica a capacidade vital de uma pessoa.

Peak Flow: Mede o fluxo expiratório máximo.

Oxímetro: Mede a oxigenação do sangue.

Capnógrafo: Mede a concentração ou pressão parcial de dióxido de carbono nos gases respiratórios.

Teste de Caminhada 6 minutos (TC6): Avalia a capacidade funcional cardiorrespiratória.

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