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Paloma Faria
TH
EXAME FÍSICO DO APARELHO RESPIRATÓRIO
• Inspeção
→ Estática: compreende a forma do tórax e a presença ou não de
abaulamentos e depressões.
° Forma do tórax:
- Chato / plano: parede anterior perde sua convexidade normal, reduzindo
o diâmetro anteroposterior.
- Alado: próprio de indivíduos longilíneos
- Em tonel / em barril / globoso: o diâmetro anteroposterior praticamente
iguala-se ao transversal. Exemplo: pacientes com enfisema.
- Infundibuliforme (pectus excavatum): depressão na parte inferior do
esterno na região epigástrica.
- Cariniforme (pectus carinatum): o esterno é proeminente e as costelas
horizontalizadas. Tórax de pombo. Congênito ou adquirido (raquitismo na
infância).
- Em sino / piriforme / cônico: tem a parte inferior exageradamente larga.
Exemplo: pacientes com hepatomegalia.
→ Dinâmica:
° Tipo respiratório: observar a movimentação do tórax e do abdome. Em
condições normais, observam-se dois tipos de respiração: costal superior
(principalmente no sexo feminino) e toracoabdominal / diafragmática
(predominante no sexo masculino). Na posição deitada, em ambos os sexos, a
diafragmática é prevalente.
• Palpação
° Expansibilidade ou mobilidade:
- Ápices: o examinador se posiciona atrás do paciente, pousando ambas as
mãos sobre as regiões que correspondem aos ápices pulmonares, de tal modo
que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto, ao nível da
vértebra proeminente. Os demais dedos do examinador, justapostos e
semifletidos, exercem leve pressão sobre o tórax. Solicita-se então que o
paciente respire mais fundo e o examinador observa a movimentação das suas
mãos. Causas de diminuição da expansibilidade dos ápices: pneumonias,
pneumotórax e pleurites.
- Bases: o examinador se posiciona atrás do paciente. Seus polegares devem
estar próximos ou mesmo juntos na altura da nona ou décima vértebra,
enquanto a palma da mão e a face ventral dos dedos, estendidos e
justapostos, devem abarcar o máximo da área correspondente às bases
pulmonares. Analisa-se a mobilidade das bases durante respiração tranquila e
também após algumas incursões respiratórias profundas.
• Percussão
° Percute-se cada hemitórax. Deve ser comparativo e simétrico.
° Técnica: apóia-se o terceiro dedo da mão esquerda e com o terceiro dedo da
mão direita percute por meio de 2 golpeadas seguidas, rápidas e firmes.
° Atenção: na primeira região posterior é preciso deslocar a escápula por meio
da elevação dos braços do paciente para melhor percurtir.
° Variações da parede torácica que interferem: obesidade, hipertrofia muscular
e edema de parede.
° Sons:
- Claro pulmonar: campos pulmonares normais.
- Timpânico: indica ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou em
uma grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa, por exemplo) –
percussão aumentada.
- Submaçico: diminuição da sonoridade pulmonar, como na pneumonia e
no infarto pulmonar.
- Maciço: ausência da sonoridade pulmonar e indica inexistência de ar
nos alvéolos, como por exemplo, nos derrames pleurais.
• Ausculta
° Paciente sentado. Examinador atrás dele.
° Comparar lados direito e esquerdo. Do ápice para a base.
° Pedir ao paciente que faça respirações profundas com a boca entreaberta.
Referência:
Semiologia Médica, Porto e Porto, 7ᵃ ed., 2013.
Bloco Dispneia 4
Paloma Faria
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RADIOGRAFIA DE TÓRAX
Incidência
Normal:
- ICT < 0,60 no recém nascido
- ICT < 0,55 no lactente
- ICT < 0,50 na criança maior de 6 anos
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
Referências:
PORTO E PORTO. Semiologia Médica. 7ᵃ ed., 2013. Cap. 40 – Exames
complementares do Sistema Respiratório, p. 346-353.
Protocolos das unidades de pronto atendimento 24 horas. Avaliação
sistemática de radiografias do tórax. Parte V, p. 251-261.