Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paloma Faria
GT1
Fisiologia cardiovascular
Artérias: Camadas grossas de músculo liso com grande quantidade de tecido elástico
e fibroso. A natureza elástica das artérias permite que acomodem o debito pulsátil do
coração.
Arteríolas: Várias camadas de músculo liso.
Metarteríolas: Regulam o fluxo sanguíneo tecidual local, permitindo passagem de
células brancas do lado arterial para a circulação venosa. Não tem revestimento
muscular contínuo.
Esfíncteres pré-capilares: São anéis contráteis que regulam o fluxo sanguíneo
dentro de capilares individuais.
Veias: Reservatórios sanguíneos; paredes com menos tecido elástico que as artérias;
possuem alta complacência (dilatam e contraem com facilidade).
Vênulas: Fino epitélio de troca e pouco tecido conjuntivo. São maiores que as
arteríolas e tem revestimento muscular muito fraco, podem se contrair de forma
considerável.
Capilares: Camada plana de endotélio; minúsculos vasos de paredes extremamente
delgadas, formadas por células epiteliais muito permeáveis, onde ocorre troca rápida
de material entre o sangue e os tecidos.
Nota: Nos capilares, o fluxo de sangue é intermitente devido ao fenômeno da
vasomotilidade que consiste na contração intermitente das metarteríolas e dos
esfíncteres pré-capilares. A determinação da vasomotilidade é a concentração de
oxigênio nos tecidos.
Complacência vascular
É a quantidade total de sangue que pode ser armazenada em uma determinada região
da circulação, para cada aumento da pressão.
Fórmula: aumento do volume/ aumento da pressão.
Complacência = distensibilidade x volume
O controle simpático da complacência vascular é muito importante durante as
hemorragias. O aumento do tônus simpático, especialmente nas veias, reduz os
calibres dos vasos de tal forma que a função circulatória permanece quase normal.
Mesmo com a perda de até 25% do volume sanguíneo total.
Nota: Em geral, quanto maior a complacência de cada segmento vascular, menor será
a velocidade, o que explica a lenta transmissão na aorta e a transmissão muito mais
rápida nas artérias distais, que estão muito menos complacentes.
Bloco Hemorragia e Choque 2
Paloma Faria
Pressão: Força exercida nas paredes do vaso que circunda o fluido. O sangue flui
pelo sistema cardiovascular apenas se uma região desenvolver pressões maiores que
outras. Maiores pressões: aorta e artérias sistêmicas. Menor pressão: veia cava. A
pressão do fluido em movimento diminui com o aumento da distância.
Pressão de ejeção: pressão criada dentro dos ventrículos; é a força que impulsiona o
sangue através dos vasos sanguíneos.
Taxa de fluxo: Volume de sangue que passa por determinado ponto do sistema em
uma unidade de tempo.
Velocidade de fluxo: Medida da rapidez pela qual o sangue passa em um determinado
ponto. Velocidade = taxa de fluxo / área da secção transversal
Fluxo sanguíneo laminar: Quando o sangue flui de forma estável por vaso sanguíneo
longo e uniforme, ele se organiza em linhas de corrente. A porção mais central do
sangue permanece no centro do vaso. Esse tipo de fluxo é chamado laminar, a
velocidade no centro é maior que próximo as paredes, devido as moléculas
deslizantes.
Fluxo sanguíneo turbulento: O fluxo flui não apenas na direção longitudinal, mas
formam redemoinhos o que faz ocorrer aumento da resistência, diminuindo o fluxo.
Ocorre por: obstrução do vaso; velocidade do fluxo elevada; ou quando o sangue
passa por superfície áspera.
Resistência vascular
Tendência do sistema cardiovascular de se opor ao fluxo sanguíneo. É determinada
por viscosidade, comprimento do vaso e raio do vaso.
Resistência α Viscosidade X Comprimento / Raio4
Nota: O raio é principal responsável na variação da resistência. Assim, se o fluxo
aumentaria 16 vezes se o raio fosse dobrado.
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ᵃ ed.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 4ᵃ ed.
Bloco Hemorragia e Choque 4
Paloma Faria
GT2
Regulação nervosa da circulação
Centro vasomotor
Está situado no bulbo. Esse centro transmite:
- Impulsos parassimpáticos, por meio do nervo vago, até o coração.
- Impulsos simpáticos, pela medula espinhal e pelos nervos simpáticos periférico para
as artérias, arteríolas e veias do corpo.
Nota: Em condições normais, a área vasoconstritora do centro vasomotor transmite
continuamente sinais para as fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas em todo o
corpo, provocando a despolarização repetitiva dessas fibras. Essa despolarização
contínua é referida como tônus vasoconstritor simpático. Esses impulsos normalmente
mantêm o estado parcial de contração dos vasos sanguíneos, chamado tônus
vasomotor.
Controle da atividade cardíaca pelo centro vasomotor: o centro vasomotor controla a
constrição vascular e a atividade cardíaca, assim, ele pode aumentar ou diminuir a
atividade cardíaca e a contratilidade. A frequência e a força da contração cardíaca
aumentam quando ocorre vasoconstrição e diminuem quando esta é inibida.
Nota: **Um grande número de pequenos neurônios situados ao longo da ponte,
mesencéfalo e diencéfalo pode excitar ou inibir o centro vasomotor. **O hipotálamo,
assim como o córtex cerebral, pode exercer potentes efeitos excitatórios ou inibitórios
sobre o centro vasomotor.
Bloco Hemorragia e Choque 5
Paloma Faria
Vasoconstritores
Os impulsos nervosos são transmitidos para os vasos provocando a secreção pelas
medulas adrenais de epinefrina e norepinefrina no sangue. Esses dois hormônios
agem como vasoconstritores.
Nota: A norepinefrina é a principal substância hormonal vasoconstritora secretada
pelas terminações nervosas vasoconstritoras simpáticas em todo o corpo. Ela age
diretamente sobre os receptores alfa-adrenérgicos da musculatura vascular lisa,
causando vasoconstrição.
Vasodilatador
Oxido nítrico: As células endoteliais que revestem as arteríolas e as pequenas artérias
sintetizam substancias que podem relaxar ou contrair a parede arterial. Por estímulo
parassimpático, através da acetilcolina, as células endoteliais produzem óxido nítrico
que é um vasodilatador que provoca o relaxamento muscular, e ajuda a controlar a
pressão arterial.
Reflexo de Bainbridge
Reflexo atrial de controle da frequência cardíaca. É o aumento adicional da frequência
cardíaca causado por um reflexo nervoso. Esse reflexo ajuda a impedir o acumulo de
sangue nas veias, nos átrios e na circulação pulmonar.
BARORRECEPTORES
Reflexo barorreceptor: É desencadeado por receptores de estiramento, referidos como
barorreceptores. O aumento da pressão arterial estira os barorreceptores, fazendo
com que transmitam sinais para o SNC. Sinais de feedback são então, enviados de
volta pelo SNA para a circulação, reduzindo a pressão arterial até o nível normal.
Anatomia dos barorreceptores: São terminações nervosas do tipo em buquê
localizadas nas paredes das artérias; são estimuladas pelo estiramento.
Localização: Os barorreceptores estão presentes no seio carotídeo e no arco aórtico.
Seio carotídeo: Estimulados por pressões entre 60-180 mmHg. O sinal é transmitido
pelos nervos de Hering para os nervos glossofaríngeos, e depois para o trato solitário
do bulbo.
Arco aórtico: Estimulados por níveis de pressão cerca de 30 mmHg mais elevados que
os do seio carotídeo. O sinal é transmitido pelos nervos vagos e depois para o trato
solitário do bulbo.
Ação dos barorreceptores: Depois que os sinais dos barorreceptores chegaram ao
trato solitário do bulbo, sinais secundários inibem o centro vasoconstritor bulbar e
excitam o centro parassimpático vagal. Os efeitos finais são a vasodilatação das veias
Bloco Hemorragia e Choque 6
Paloma Faria
QUIMIORRECEPTORES
Os quimiorreceptores são células sensíveis à falta de oxigênio e ao excesso de
dióxido de carbono e de íons hidrogênio. Possuem a mesma localização que os
barorreceptores. Os quimiorreceptores excitam fibras nervosas que, juntamente com
as fibras barorreceptoras, passam pelos nervos de Henrig e nervos vagos, dirigindo
para o centro vasomotor, excitando-o para o aumento da pressão arterial (80mmHg).
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ᵃ ed.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 4ᵃ ed.
Bloco Hemorragia e Choque 7
Paloma Faria
GT3
O papel dos rins na regulação da pressão arterial a longo prazo
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA
Função: Elevar a PA a longo
prazo.
Renina: Enzima proteica liberada
pelos rins quando a PA cai
muito. Ela é sintetizada e
armazenada em sua forma
inativa (pró-renina) nas células
justaglomerulares (JG) dos rins.
Atuação da angiotensina II
para elevar a PA:
Vasoconstrição de arteríolas
(↑ resistência vascular
periférica → ↑ PA) e veias
(↑retorno venoso → ↑débito
cardíaco).
Reabsorção de sal e de
água por dois meios
principais:
(1) Atuação direta sobre os
rins:
- Constrição das arteríolas renais → diminui fluxo sanguíneo pelos rins → reduz a
filtração e a pressão nos capilares peritubulares → causa rápida reabsorção de
líquido dos túbulos (↓ diurese).
- Ação direta sobre as células tubulares: ↑ reabsorção de sal e de água.
(2) Estimula secreção de aldosterona pelas glândulas adrenais: ↑ reabsorção de
sódio → ↑ retenção de água.
Conclusão: Uma das mais importantes funções desse sistema é a de permitir que a
pessoa ingira quantidades pequenas ou grandes de sal sem apresentar variações do
volume do liquido extracelular ou da PA.
Aumento da PA → aumenta o fluxo → diminui secreção de renina → diminui retenção
de sal (feedback automático)
RESUMO
Mecanismos rápidos de controle da PA: barorreceptores, mecanismo isquêmico do
SNC, qumiorreceptores
Mecanismos de controle da PA a médio prazo: (1) Sistema renina-angiotensina-
aldosterona. (2) Relaxamento por estresse da vasculatura: é o estiramento continuo
dos vasos e pode atuar como um tampão da pressão que age por períodos
intermediários de tempo. (3) Extravasamento de liquido capilar: queda da pressão
capilar faz com que o liquido seja reabsorvido pelas membranas capilares e isso eleva
o volume sanguíneo e a pressão.
Mecanismo de controle da PA a longo prazo: Mecanismo rim-líquidos corporais →
a angiotensina II promove a liberação de aldosterona que estimula a reabsorção de
agua e sal, o que aumenta a concentração do LEC e consequentemente, a PA.
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ᵃ ed.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 4ᵃ ed.
Bloco Hemorragia e Choque 9
Paloma Faria
GT4
Débito cardíaco e retorno venoso
Fatores que afetam o débito cardíaco: metabolismo corporal, exercício físico, idade
(diminui a atividade corporal, diminui o débito), dimensões do corpo.
Fatores que afetam o retorno venoso: bomba muscular esquelética, bomba respiratória
Quando inspiramos o diafragma desce, a pressão diminui no tórax (pressão negativa)
e a pressão no abdômen aumenta (pressão positiva). A baixa pressão sobre a veia
cava inferior (parte torácica) permite que mais sangue venha das veias abdominais
(alta pressão), aumentando assim o retorno venoso.
Débito cardíaco = retorno venoso → O sangue local que forma o retorno venoso é
automaticamente bombeado pelo coração para fluir de novo pelo sistema.
Fatores que causam hipereficácia do coração: Somente dois fatores podem fazer com
que o coração atue como bomba melhor que o normal: (1) Estimulação nervosa:
combinação de estimulação simpática e a inibição parassimpática fazem duas coisas
pra aumentar a eficácia do bombeamento cardíaco: aumento acentuado da FC;
aumento da força de contração cardíaca. (2) Hipertrofia cardíaca: quando o músculo
cardíaco aumenta a sua massa e a força contrátil, como em atletas.
Fatores que causam a hipoeficácia do coração: Qualquer fator que diminua a
capacidade do coração de bombear o sangue como: bloqueio da artéria coronária,
inibição da excitação nervosa, fatores patológicos que causam o ritmo cardíaco
anormal, hipertensão, miocardite, hipóxia cardíaca.
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ᵃ ed.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 4ᵃ ed.
Bloco Hemorragia e Choque 11
Paloma Faria
GT5
Excitação rítmica do coração
Sistema excitatório
Caminho: nodo sinusal (gera impulso rítmico normal), vias intermodais (conduzem o
impulso do nodo sinusal ao nodo atrioventricular, espalhando-se por todo átrio), nodo
atrioventricular (retarda o impulso vindo dos átrios antes de passar para os
ventrículos), feixe atrioventricular ou feixe de His (conduz os impulsos dos átrios para
os ventrículos), ramos direito e esquerdo do feixe de fibras de Purkinje (conduzem o
impulso cardíaco para todas as partes do ventrículo).
Nodo sinusal
- É uma faixa pequena, achatada e elipsoide, de músculo cardíaco especializado.
- Está situado na parede póstero lateral superior do átrio direito, um pouco abaixo da
veia cava superior.
- As fibras se conectam diretamente as fibras atriais de modo que qualquer potencial
de ação que incida no nodo sinusal se difunde imediatamente para a parede do
musculo atrial.
- O nodo sinusal controla a frequência dos batimentos de todo o coração por causar
descarga automática rítmica e, consequentemente, contrações rítmicas.
Ritmicidade elétrica
O potencial de repouso da membrana da fibra sinusal (-60mV) tem negatividade
menor quando comparada a da fibra muscular ventricular (-90mV).
As membranas celulares das fibras sinusais são por natureza mais permeáveis ao
cálcio e ao sódio, e as cargas positivas desses íons que cruzam a membrana
neutralizam boa parte da negatividade intracelular.
Portanto, o potencial de ação do nodo sinusal ocorre mais rapidamente que o
potencial de ação ventricular.
- Potencial de ação
* Despolarização
Em -40mV, os canais lentos de sódio-cálcio são ativados, originando o potencial de
ação.
A abertura prolongada dos canais causa o platô.
Obs.: Esse vazamento de íons sódio-cálcio não faz com que essas fibras permaneçam
continuamente despolarizadas. O potencial de ação evita que isso ocorra, pois os
canais de sódio-cálcio se inativam por milissegundos após a sua abertura.
* Repolarização
Grande número de canais de potássio se abre. Assim, o influxo de íons sódio e cálcio
cessa, enquanto grandes quantidades de íons potássio se difunde para o exterior da
fibra. Esses dois efeitos negativam o potencial de membrana que volta ao seu valor de
repouso e, portanto, põe fim ao potencial de ação.
Nota: Após o fim do potencial de ação, cada vez mais canais de potássio vão se
fechando. O vazamento das cargas de sódio e cálcio para o interior da célula mais
uma vez desequilibra e ultrapassa o fluxo de cargas de potássio fazendo com o que
potencial de repouso se eleve, e todo o processo se reinicia.
Vias intermodais
Os potenciais de ação originados no nodo sinoatrial se propagam pelas fibras
musculares atriais, espalhando-se por toda massa muscular atrial até o nodo
atrioventricular.
Nota: Em algumas faixas teciduais do átrio a velocidade de condução do impulso é
maior devido a presença de fibras condutoras especializadas.
Nodo atrioventricular
Está situado na parede posterior do átrio direito, atrás da valva tricúspide.
É responsável pelo retardo que permite os átrios se contrair e esvaziar seu conteúdo
nos ventrículos antes da contração ventricular.
Nota: A condução lenta é explicada pelo reduzido número de junções comunicantes,
de modo que exista grande resistência para a passagem dos íons excitatórios de uma
fibra condutora para a próxima.
Nervos cardíacos
Estimulação parassimpática (nervos vagos) = provoca a liberação do hormônio
acetilcolina, ele diminui o ritmo do nodo sinusal e reduz a excitabilidade das fibras
juncionais AV (entre a musculatura atrial e o nodo AV), lentificando a transmissão do
impulso cardíaco para os ventrículos.
Estimulação simpática = aumenta a frequência de descargas do nodo sinusal,
aumentando a velocidade de condução, aumentando muito a força de contração de
toda a musculatura cardíaca. Obs.: A estimulação simpática leva a liberação do
hormônio norepinefrina.
Observações
1) Bloqueio atrioventricular completo: A condução dos impulsos elétricos vindos dos átrios para
os ventrículos através do nó atrioventricular está bloqueada. Nessas condições, a frequência
das contrações ventriculares não é suficiente para manter o fluxo sanguíneo adequado,
podendo ser necessário manter a frequência cardíaca por um marca passo cirurgicamente
implantado, estimulando o coração a uma frequência pré-determinada.
2) Diferenças entre contração muscular esquelética e contração do músculo estriado cardíaco
(explicam o potencial de ação prolongado no miocárdio)
- Potencial de ação do musculo esquelético é causado quase inteiramente pela súbita abertura
de grande quantidade dos chamados canais rápidos de sódio. No músculo cardíaco, o
potencial de ação é originado pela abertura de canais de dois tipos: os mesmos canais rápidos
de sódio e os canais lentos de cálcio-sódio.
- Imediatamente após o início do potencial de ação é a permeabilidade da membrana celular
miocárdica aos íons potássio diminui aproximadamente por cinco vezes, efeito que não ocorre
nos músculos esqueléticos. Essa redução prolonga o potencial de ação, pois diminui a saída
dos íons potássio durante o platô do potencial e assim impede o retorno rápido do potencial de
ação para seu nível basal.
3) O músculo estriado cardíaco possui discos intercalares, que são junções entre as células,
que permitem que a força gerada por uma célula seja transferida para a célula adjacente. Além
disso, os discos intercalares contêm junções comunicantes (gap), que ligam eletricamente as
células, de forma que as ondas de despolarização se espalhem rapidamente, permitindo uma
contração quase simultânea de todas as células.
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ᵃ ed.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 4ᵃ ed.
Bloco Hemorragia e Choque 14
Paloma Faria
GT6
Músculo cardíaco
O coração é formado por duas bombas separadas: o coração direito que bombeia
sangue para os pulmões e o esquerdo para os órgãos periféricos. Cada um desses
corações é uma bomba pulsátil composta por um átrio e um ventrículo. Cada átrio é
uma bomba que ajuda a propelir sangue para o interior do ventrículo
Ciclo cardíaco
O ciclo cardíaco
* Pressão no átrio maior que no ventrículo – Abertura da valva mitral
* Diástole e enchimento ventricular
- sangue flui do átrio para o ventrículo, aumentando seu volume, expandindo-se
(pressão aumenta pouco)
- sístole atrial (20%)
Ventrículo atinge maior volume de sangue que pode ter durante o ciclo (volume
diastólico final - VDF)
* Início da contração ventricular
- valva mitral se fecha (PRIMEIRA BULHA)
- ventrículo continua a se contrair com as valvas AV e semilunares fechadas, elevando
a pressão (contração ventricular isovolumétrica)
* Pressão no ventrículo maior que na aorta – Abertura da valva aórtica
- a pressão continua a se elevar com a contração ventricular
- o volume ventricular diminui conforme o sangue é ejetado através da aorta
Bloco Hemorragia e Choque 15
Paloma Faria
* ELETROCARDIOGRAMA
Mostra as ondas P, Q, R, S, T que são voltagens elétricas registradas pelo
eletrocardiógrafo na superfície do corpo.
Onda P: despolarização dos átrios seguida de contração atrial (aumento discreto na
pressão).
Complexo QRS: despolarização dos ventrículos, início da contração ventricular
(aumento da pressão ventricular). Esse complexo se inicia pouco antes da sístole
ventricular.
Segmento ST: tempo de fim da contração ventricular e início da repolarização
ventricular.
Bloco Hemorragia e Choque 16
Paloma Faria
Onda T: repolarização dos ventrículos, quando suas fibras começam a relaxar. Surge
pouco antes do final da contração ventricular.
O fechamento das valvas causa sons audíveis (bulhas). Normalmente, não ocorre som
audível quando as valvas se abrem.
Causa das bulhas: a causa desses sons é a vibração das valvas retesadas
imediatamente após o fechamento, junto com a vibração das paredes adjacentes do
coração e dos grandes vasos. A turbulência vibratória do sangue promove vibrações
que se propaga pelos tecidos adjacentes até a parede torácica, onde elas podem ser
ouvidas como som por meio do estetoscópio. Em B2, as vibrações ocorrem nas
paredes das artérias. Quando as vibrações dos vasos ou dos ventrículos entram em
contato com uma “tabua ressonante”, como a parede torácica, elas podem ser
auscultadas.
Quarta bulha (bulha cardíaca atrial): quase nunca pode ser auscultada devido sua
amplitude e frequência serem baixas. Ocorre quando os átrios se contraem.
Áreas para ausculta das bulhas: os sons de todas as valvas podem ser ouvidos em
todas as áreas da parede torácica. No entanto, existem regiões em que as bulhas são
facilmente distinguidas: 1 - área aórtica, 2 - área pulmonar, 3 - área tricúspide e 4 -
área mitral.
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ᵃ ed.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 4ᵃ ed.
Bloco Hemorragia e Choque 18
Paloma Faria
Estágios do choque:
1. Estágio não progressivo (recuperação completa sem ajuda de terapia externa)
2. Estágio progressivo (sem terapia o choque continua a piorar e leva a morte)
3. Estágio irreversível (as formas de terapia são insuficientes para salvar a vida da
pessoa)
Nota: Os fatores que fazem com que a pessoa se recupere de graus moderados de
choque são todos mecanismos de controle por feedback negativo da circulação que
tendem a normalizar o débito cardíaco e a pressão arterial.
Causas:
- Anestesia geral profunda
- Anestesia espinhal
- Lesão cerebral
CHOQUE SÉPTICO
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ᵃ ed.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. 4ᵃ ed.