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EMBRIOLOGIA GERAL

AULA 5.-PERÍODO
EMBRIONÁRIO
GASTRULAÇÃO
DIFERENCIAÇÃO DOS FOLHETOS
GERMINATIVOS
NEURULAÇÃO
DERIVADOS DOS FOLHETOS EMBRIONÁRIOS

Leonardo da Vinci.
GASTRULAÇÃO

A gastrulação conduz à formação de três folhetos


embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme.
O terceiro folheto, a mesoderme, forma-se por complexos
movimentos morfogenéticos.
GASTRULAÇÃO
GASTRULAÇÃO
MAPA DOS TERRITÓRIOS PRESUNTIVOS

Ec
Ec

Ec

Me
Me
En
Me
En

Me
MOVIMENTOS MORFOGENÉTICOS

1.- Convergência do material superficial até à região


posterior da área pelúcida
2.- Migração em profundidade
3.- Alongamento geral
4.- Divergência das lâminas laterais da mesoderme e
endoderme extraembrionario
5.- REGRESSÃO DA LINHA PRIMITIVA
Linha primitiva
Âmnios
Ectoderme

Endoderme

Células mesodérmicas em invaginação


Saco vitelino
MOVIMENTOS MORFOGENÉTICOS

Membrana bucofaríngea

Prolongamento cefálico

Membrana cloacal
REGRESSÃO DA LINHA PRIMITIVA

Notocorda

Línha primitiva

18 h 24 h 30 h 36 h 40 h
ENGLOBAMENTO DO VITELO
GASTRULAÇÃO NOS MAMÍFEROS

LINHA PRIMITIVA CURTA

H H

Blastocélio Vesícula Vitelina

Celoma extraembrionário
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Os folhetos germinativos, formados na gastrulação, são a


origem de todos os esboços dos órgãos do embrião.

O primeiro dos órgãos que aparece é o sistema nervoso. Este


processo chama-se neurulação, e marca a transição entre
o período pré-embrionário e o período embrionário.

Embora a evolução dos folhetos blastodérmicos seja


simultânea, analisaremos sucessivamente o destino de
cada uma delas separadamente.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS:
ECTODERME

CHICK EARLY CHICK LATE


EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Ectoderme embrionária (neurulação).


As células ectodérmicas situadas na região central alargam-se,
elevando-se por cima das vizinhas. Desta forma constitui uma
região elevada, a placa neural.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Ectoderme embrionario (neurulação).


Pouco depois, os bordos da placa neural elevam-se formando
as pregas neurais que determinam entre eles o sulco
neural. As pregas neurais aproximam-se a linha mediana e
acabam fundir-se entre si, formando o tubo neural que fica
debaixo do resto da ectoderme.
Nos pontos mais apicais das pregas neurais, aparecem células
especiais que formam as cristas neurais.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Ectoderme embrionária (neurulação).


A fusão das pregas neurais começa ao nível 4º somito e logo avança
em direcção cranial e caudal. Fica assim uma abertura cranial
(neuroporo rostral) e outra no extremo caudal (neuroporo caudal)
que levam mais tempo em fechar-se.
No final, o tubo neural fica completamente fechado.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Placa neural
Crista neural
Modelação
Epiderme

Pregueamento

Notocorda
Elevação

Convergência

Crista neural

Fecho
Epiderme
Células da crista
Tubo neural neural
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Na neurulação a ectoderme diferencia-se em três tipos celulares:

➢ Neuroectoderme:
Forma o tubo neural,
esboço do sistema
nervoso central.
➢ Ectoderme superficial:
Forma a epiderme da
pele.
➢ Cristas neurais:
Emigram para formar
distintas estruturas.
EVOLUÇÃO DAS CRISTAS NEURAIS

1.- CRISTAS NEURAIS DO TRONCO E PESCOÇO

a.- Gânglios vegetativos e uma parte dos raquídeos. Medula


adrenal

b.- Outra parte dos gânglios raquídeos

c.- Melanoblastos

2.- CRISTAS NEURAIS CEFÁLICAS

Células mesenquimatosas da cabeça: ECTOMESENQUIMA


EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS:
MESODERME

CHICK EARLY CHICK LATE


EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionária.
Inicialmente forma-se a notocorda na linha média.
As células localizadas imediatamente dos lados constituem a
mesoderme paraxial. Mais lateralmente, o folheto mesodérmico
chama-se mesoderme da lâmina lateral.
Ectoderme
M. I

Notocorda Endoderme
M. P
Mesoderme

Somito
M. I

Folheto Folheto esplancnico


somático Saco vitelino
Celoma endodérmico
intraembrionario
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme Notocorda Mesoderme Lâmina da mesoderme


intermédia paraxial lateral

Aparelho urogenital Cabeça Somitos Esplâncnica (Serosas


viscerais; Sistema
circulatorio)

Somática (Serosas
parietais)
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionária.
A mesoderme da lâmina lateral divide-se em dois folhetos: a
mesoderme somática (somatopleura) e a mesoderme esplancnica
(esplacnopleura). Entre as duas fica uma cavidade chamada
celoma intraembrionario, que de cada lado do embrião continua-
se com o celoma extraembrionário.
O tecido que une a mesoderme paraxial com a mesoderme da
lâmina lateral denomina-se mesoderme intermédia.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionária.
Desenvolvem-se vários órgãos derivados da mesoderme.
➢ Notocorda. Intervêm na formação da coluna vertebral.
➢ Somitos. Formadas por fragmentação da mesoderme paraxial.
Aparecem de forma progressiva até alcançar o número
aproximado de 50 pares. Por ser um processo gradual, o número
de somitos utiliza-se para averiguar a idade do embrião.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionária.
➢ Somitos.
Forma-se uma cavidade central chamada miocélio. As suas
paredes formam três grupos celulares diferentes que se
denominam esclerótomo, dermatomo e miótomo.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionária.
➢ Somitos.
O esclerótomo emigrará para formar cartilagem e ossos. Os seus
derivados finais são os ossos e cartilagem do esqueleto axial
(vértebras, costelas, esterno...).
O miótomo também emigra e as suas células convertem-se em
músculos estriados.
O dermatomo emigra debaixo da ectoderme superficial, originando a
derme e o tecido subcutâneo.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionária.
➢ Mesoderme intermédia.
A nível lombar forma uma lâmina chamada lâmina urogenital que
mais tarde originará a maior parte do aparelho urogenital.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionário. Mais adiante:


➢ Mesoderme lateral.
Forma a somatopleura e a esplacnopleura. Delimitam o celoma
intraembrionario. Em etapas posteriores formaram as
membranas das cavidades peritoneal, pleural, pericárdica e
vaginal do testículo.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Mesoderme embrionária.
➢ Mesoderme lateral.
Uma das suas funções mais importantes é diferenciar o sistema
vascular do embrião. Começa a formar ilhéus sanguíneos. No
início são compactos, mas logo as suas células periféricas
aplanam-se e formam as células endoteliais, enquanto que as
células centrais separam-se para formar células sanguíneas
primitivas.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS:
ENDODERME

CHICK EARLY CHICK LATE


EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Endoderme embrionária.
Forma uma prega capital que vai-
se acentuando, isolando uma
porção da endoderme no
extremo cefálico: será o
intestino primitivo anterior.
O processo repete-se na região
caudal, onde uma prega
caudal origina o intestino
primitivo posterior.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Endoderme embrionária.
Formam-se também duas pregas corporais laterais, que se
aproximam entre si. A endoderme que se encontra a este nivel
médio forma o intestino primitivo médio, durante algum tempo
amplamente aberto até ao saco vitelino.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Endoderme embrionária.
As quatro pregas corporais confluem até o centro da região ventral
do embrião, formando duas estruturas que serviram de vínculo
com as membranas fetais: os pedículos vitelino e umbilical.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

Endoderme embrionária. Intestino primitivo anterior. Parte cranial.


Dá origem à faringe primitiva. Cedo aparecem nela 4 ou 5 pares de
evaginações chamados bolsas faríngeas. A mesoderme que fica
entre os sacos faríngeos forma os arcos viscerais ou arcos
branquiais. A comunicação com o exterior determina nos peixes
as brânquias.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS

➢ Os folhetos germinativos formam


tecidos, e não órgãos.

➢ Qualquer órgão está constituído


por vários tecidos. Por isso, os
órgãos e os seus esboços primitivos
procedem de mais de um folheto.

➢ Por exemplo, a endoderme origina


unicamente a camada mais interna
do tubo digestivo, intervindo
também a mesoderme para formar
as restantes. Além disso os vasos e
os nervos têm outras origens
diferentes.
EVOLUÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS:

Crista neural Tubo neural


Vesícula ótica

Encéfalo posterior Somito

Notocorda

Vesícula óptica Intestino

Esplacnopleura
Cerebro anterior
Somatopleura
Faringe Celoma
Arcos faríngeos
Estomodeu

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