A embriologia do sistema tegumentar refere-se ao desenvolvimento da pele e seus
anexos durante o período embrionário. Os três folhetos embrionários são chamados de Endoderme, Mesoderme e Ectoderme.A origem embrionária é oriunda dos folhetos dos tipos mesodérmicos que formam a derme e a hipoderme, ectodérmicos que originam arranjos epiteliais como a epiderme, glândulas, pêlos, unhas e neurais a qual fundam os melanócitos e nervos. O sistema tegumentar tem sua origem na camada externa do embrião, conhecida como ectoderma, durante a gastrulação, que é uma das três camadas germinativas primárias formadas a partir do blastóporo. A epiderme, sendo a camada mais externa da pele, se desenvolve a partir do ectoderma, começando como uma única camada de células epiteliais que reveste a superfície do embrião. Inicialmente, aproximadamente na quarta semana após a fertilização, a epiderme consiste em uma única camada de células ectodérmicas chamada de camada basal. A derme se forma a partir da mesênquima subjacente ao ectoderme, derivada principalmente da camada somática do mesoderme lateral. Durante o período embrionário, as células da crista neural migraram para o mesênquima da derme, diferenciando-se em melanoblastos, que posteriormente se tornaram melanócitos. Estes melanócitos são produzidos pela melanina antes do nascimento, influenciando a pigmentação da pele. Após o nascimento, a produção de melanina aumenta em resposta à radiação ultravioleta, determinando os tons de pele.Com 11 semanas, as células mesenquimais iniciaram a produção das fibras colágenas e elásticas do tecido conjuntivo. Conforme as cristas epidérmicas se formam, a derme se projeta em direção à epiderme, formando as papilas dérmicas. As alças capilares se desenvolvem em algumas dessas cristas dérmicas e fornecem nutrição para a epiderme. Terminações nervosas sensitivas se formam em outras cristas. As fibras nervosas aferentes em desenvolvimento aparentemente desempenham um papel importante na sequência espacial e temporal da formação da crista dérmica. Os vasos sanguíneos na derme se diferenciam da mesênquima inicialmente por vasculogênese e mais tarde por angiogênese incluindo a formação de arteríolas, artérias, vênulas e veias. O desenvolvimento da derme é um processo complexo com várias etapas que são benéficas para a função e aparência da pele. Os pelos começam a se desenvolver entre a 9ª e a 12ª semana, porém não são reconhecidos facilmente até aproximadamente a 20ª semana. Além disso, começam a se formar a partir de áreas específicas da epiderme. O folículo piloso começa como uma proliferação do estrato germinativo da epiderme e se estende até a derme subjacente. O broto do pelo se torna um bulbo piloso em forma de clava, constituinte da matriz germinativa, que vai ser invaginado por uma pequena papila pilosa mesenquimatosa. As células periféricas do folículo piloso formam as camadas epiteliais da raiz, enquanto as células mesenquimais adjacentes se diferenciam nas camadas dérmicas da raiz. À medida que as células na matriz germinativa se multiplicam, são empurradas para a superfície As unhas dos pés e das mãos começam a se desenvolver nas pontas dos dedos (das mãos e dos pés) em aproximadamente 10 semanas O desenvolvimento das unhas das mãos precede o das unhas dos pés em aproximadamente 4 semanas. Os primórdios das unhas aparecem como áreas espessadas, ou campos, de epiderme na ponta de cada dedo. Posteriormente, esses campos ungueais migram em direção à superfície dorsal, levando suas inervações provenientes da superfície ventral. Os campos ungueais são cercados lateral e proximalmente por pregas da epiderme – as pregas ungueais. As células da prega ungueal proximal crescem sobre os campos ungueais e queratinizam para formar as placas ungueais. No começo, a unha em desenvolvimento é coberta por camadas superficiais de epiderme, o eponíquioEssas camadas se degeneram, expondo a unha, exceto em sua base, onde persiste como a cutícula. A pele abaixo da margem livre da unha é o hiponíquio. As unhas das mãos alcançam a ponta dos dedos com 32 semanas aproximadamente; as unhas dos pés atingem a ponta dos dedos com 36 semanas aproximadamente. As glândulas sebáceas se forma como reflexos laterais das profundezas epidérmicas nas raízes dos folículos pilosos em desenvolvimento. Estas se estendem em direção ao tecido conjuntivo adjacente, ramificando-se para formar alvéolos e dutos. As células centrais dos alvéolos se rompem, resultando na liberação de sebo nos folículos pilosos, que atingem a superfície da pele e se misturam com células descamadas da epiderme para formar o vérnix caseoso. As glândulas sudoríparas merócrinas se formam a partir de invaginações epidérmicas no tecido conjuntivo subjacente. Elas começam a funcionar logo após o nascimento. As glândulas sudoríparas apócrinas se desenvolvem a partir de invaginações do estrato germinativo da epiderme que dão origem aos folículos pilosos. Elas estão localizadas em áreas específicas, como axilas, região pubiana, perineal e ao redor dos mamilos, e a característica começa durante a puberdade. As glândulas mamárias se desenvolvem a partir de invaginações da pele em direção ao tecido subjacente e consistem em cristas mamárias que se ramificam em dutos lactíferos. Durante a gestação, os hormônios maternos influenciam o desenvolvimento desses seres. Após o nascimento, os mamilos se formam a partir de depressões da pele chamadas fossemtas mamárias, influenciadas pelo tecido ao redor da aréola. Durante a puberdade feminina, os hormônios estradiol, estrogênio e progesterona estimulam ainda mais o crescimento dos sistemas de ductos e lóbulos das glândulas mamárias. Essas glândulas desempenham um papel fundamental na produção de leite durante a amamentação e estão envolvidas na nutrição dos bebês.
Referencias: Principios de Anatomia e fisiologia. Tortora, Gerard J. Derrickson, Bryan. Embriologia Básica. Moore, Keith L. Torchia, Mark G.