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Técnico de Enfermagem

Módulo I
Anatomia e Fisiologia
Parte 2
Professora Cibeli Dias – email: cibelidias12@gmail.com

Formação: Graduada em Enfermagem pela Universidade Guarulhos;


Técnica de Radiologia pelo Instituto CIMAS;
Pós graduanda em cuidados paliativos, FAVENI.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Tegumentar
 A pele reveste todo o corpo humano, exercendo funções
indispensáveis para a manutenção da vida, tais como a
manutenção da temperatura corporal, a proteção contra
agressões físicas, químicas e biológicas, a captação de sensações
e a participação da síntese de vitamina D, pela utilização dos
raios solares.

 A pele é composta pela mucosa, que é nome dado ao


tegumento que reveste internamente as cavidades como, por
exemplo, a mucosa oral.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Tegumentar
 A coloração da pele depende da espessura (quanto mais espessa
mais amarela), do grau de irrigação sanguínea (o que a torna
mais ou menos rosada), da presença de melanina (um pigmento
que escurece a pele, sintetizada pelo melanócito) e da absorção
do caroteno (responsável pela tonalidade amarela). Quanto
maior a quantidade de melanina existente, mais intensa será a
cor.
As Camadas da Pele

 A pele é formada por três camadas:

• Epiderme;

• Derme;

• Hipoderme ou tecido celular subcutâneo;


Epiderme

 Formada por cinco camadas, a epiderme tem a camada córnea,


a quinta delas, como sendo a mais rica em queratina. Esta
compõe as palmas das mãos e das plantas dos pés.

 A camada responsável pelo surgimento das células epiteliais é a


aquela mais interna, que se situa acima da derme. É chamada de
germinativa ou basal.
Epiderme

 À medida que as células vão surgindo na camada basal, as outras


vão amadurecendo e sendo empurradas para a as camadas
superiores por aquelas mais jovens, sofrendo um processo de
queratinização que as torna mais resistentes e impermeáveis,
até que se depositem na camada superior da epiderme,
momento em que estarão mortas e serão eliminadas por um
processo chamado de descamação.
Epiderme

 A melanina, que é responsável pela coloração da pele, também


está localizada nesta camada. Nas pessoas da raça negra a
melanina exerce maior concentração.

 A epiderme é responsável pela impermeabilidade da pele, e isto


dificulta a evaporação da água pela superfície do corpo.
Derme

 A derme está localizada logo abaixo da epiderme. Trata-se de


um tipo de tecido conjuntivo que também possui fibras
elásticas. Esta é uma camada bem vascularizada, onde se
encontram as terminações nervosas, os vasos linfáticos, as
glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos.

 Na derme se desenvolvem as defesas contra os agentes nocivos


foram capazes de vencer a primeira camada, que é a epiderme.
Derme

 Nesta camada se desenvolvem as defesas contra agentes


nocivos que tenham vencido a primeira barreira, ou seja, a
epiderme.

 A maioria dos testes cutâneos é realizada na derme, bem como


a administração de vacinas, tais como a BCG. A derme mantém a
pele em constante tensão elástica e forma impressão digital pela
projeção das papilas dérmicas para a epiderme, em formato de
cristas, separadas por sulcos.
Tecido Subcutâneo

 O tecido celular subcutâneo ou hipoderme encontra-se logo


abaixo da derme. Trata-se de um tecido conjuntivo, gorduroso,
que representa uma importante reserva calórica para o
organismo.

 Além disso, em algumas partes do corpo funciona como um


coxim (uma espécie de almofada), chamado de panículo
adiposo, protege órgãos e corpo contra impactos, fornece
isolamento térmico e modela o corpo de acordo com o padrão
hormonal masculino ou feminino.
Tecido Subcutâneo

 Na hipoderme encontram-se os excessos de gordura. Em


contrapartida, o panículo adiposo protege contra o frio.
Distribui-se por toda a superfície do corpo e varia de acordo com
a idade, sexo, estado nutricional e taxa de hormônios.

 A hipoderme é mais vascularizada que a derme, e, neste


sentido, é capaz de absorver mais rapidamente as substâncias
nela injetadas. Por esta razão é que recebe a administração de
determinadas medicações, tais como a insulina, no caso de
pacientes diabéticos.
Os Anexos da Pele

Camadas e anexos da pele


Anexos da pele – Pelos

 Constituídos por células queratinizadas produzidas por folículos


pilosos, os pelos se localizam na derme ou hipoderme, onde se
abrem as glândulas sebáceas. Um pelo é composto pela raiz,
que é a parte implantada na pele, e pela haste, que é a porção
que se projeta da superfície.

 A função principal dos pelos é proteger as áreas de orifícios e


olhos, pois possui rica inervação que lhes confere, também, o
papel de aparelho sensorial cutâneo. Os tamanhos, a cor e a
disposição dos pelos variam de acordo com a raça e com a
região do corpo. Exceto por algumas regiões delimitadas, os
pelos estão presentes em quase toda a superfície da pele.
Glândulas sebáceas

 Aos órgãos glandulares, pequenos e saculiformes, que se


encontram presentes em quase toda a pele, abundantemente
no couro cabeludo e na face, dá-se o nome de glândulas
sebáceas. Elas se formam junto aos pelos.

 Nas regiões como o lábio, a glande e os pequenos lábios da


vagina, os ductos das glândulas sebáceas se abrem diretamente
na pele. Sua função é promover a secreção de gorduras que
lubrificam e protegem a superfície da pele, exceto nas palmas
das mãos e nas plantas dos pés.
Glândulas sebáceas
Glândulas sudoríparas

 São encontradas em toda a pele, exceto em certas regiões,


como a glande. As glândulas sudoríparas têm como função
secretar o suor – solução extremamente diluída, que contém
pouquíssima proteína -, além do sódio, potássio, cloreto, amônia
e o ácido úrico.

 São mais numerosas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés,
pois se abrem diretamente na superfície cutânea. Uma vez
atingindo a pele, o suor evapora, causando a diminuição da
temperatura corporal. Daí o seu importante papel no controle
da temperatura do corpo.
Glândulas sudoríparas

 As glândulas sudoríparas também exercem função excretora,


visto que se observa a presença de catabólitos no suor. Uma vez
desembocando nos folículos pilosos, são chamadas de glândulas
sudoríparas apócrinas, localizando-se nas regiões axilares,
perianal e pubiana. São estimuladas pela tensão emocional e
sua secreção é ligeiramente viscosa e sem cheiro, porém, com a
ação das bactérias da pele, o odor passa a ser desagradável.
Unhas
 As unhas recobrem a última falange dos dedos. São formadas por queratina
dura e fixadas sobre a epiderme nos denominados leitos ungueais. As
unhas crescem apenas em uma direção, longitudinalmente.

 Protegem as pontas dos dedos, o que evita traumatismos, e possuem em


seu contorno uma espécie de selo denominado cutícula, que impede a
entrada de agentes infecciosos, tais como bactérias.
Terminações Nervosas

 Toda a superfície cutânea é provida de terminações nervosas


capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos.
Tais terminações nervosas, ou receptores cutâneos, são
especializadas na recepção de estímulos específicos.

 Além disso, alguns podem captar estímulos de natureza distinta.


Entretanto, na epiderme não existem vasos sanguíneos. Os
nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão, a partir
de vasos sanguíneos da derme.
Terminações Nervosas

 Nas regiões da pele providas de pelo, há terminações nervosas


específicas nos folículos capilares e outras, que são chamadas
terminais ou receptores de Ruffini.

 As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo


piloso, captam as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os
terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores
térmicos de calor.

 Na pele desprovida de pelo, e também naquela coberta por ele,


encontram-se, ainda, três tipos de receptores comuns: os
corpúsculos de Paccini, os discos de Merkel e as terminações
nervosas livres, como visto a seguir:
Terminações Nervosas

Receptores de pele
Corpúsculos de Paccini

 Os corpúsculos de Paccini captam em especial os estímulos


vibráteis e táteis. São formados por uma fibra nervosa cuja
porção terminal é recoberta por várias camadas que
correspondem a diversas células de sustentação.

 A camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão, que


é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros
nervosos correspondentes.
Discos de Merkel

 Os discos de Merkel possuem sensibilidade tátil e de pressão.


Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos
terminais destas ramificações nervosas. Estes discos englobam
uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células
epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma. Assim,
os movimentos de pressão e tração sobre epiderme
desencadeiam o estímulo.
Corpúsculos de Meissner

 Os corpúsculos de Meissner são táteis e se encontram nas


saliências da pele sem pelos, como nas partes mais altas das
impressões digitais, por exemplo. São formados por um axônio
mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com
células acessórias.
Terminações nervosas livres

 No caso das terminações nervosas livres, estas são sensíveis aos


estímulos mecânicos, térmicos, em especial aos dolorosos. São
formadas por um axônio ramificado, que é envolto por células
de Schwann, sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma
membrana basal.
Bulbos terminais de Krause

 Estes bulbos são receptores térmicos de frio. São formados por


uma fibra nervosa, cuja terminação possui forma de clava
(volumosa). Estão situados nas regiões limítrofes da pele com as
membranas mucosas, ao redor dos lábios e dos genitais, por
exemplo.

 Para o profissional de saúde, a pele deve ser objeto de atenção


especial, pois sua coloração, textura e aparência podem ser
indicativos de alterações no organismo. Por outro lado, os
cuidados básicos de higiene e hidratação são essenciais para a
manutenção da saúde de uma forma geral.
Terminações Nervosas
Anatomia e Fisiologia do Sistema Digestório
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Digestório
 Os alimentos só podem ser absorvidos pelo organismo
uma vez que sofram modificações químicas que
possibilitem sua absorção pela corrente circulatória.

 O aparelho digestivo processa estes alimentos,


produzindo substâncias em uma forma que possa ser
absorvida e aproveitada pelas células. A este processo
dá-se o nome de digestão. Os nutrientes não
absorvidos são eliminados sob a forma de fezes.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Digestório
 Na digestão, as grandes moléculas orgânicas
presentes nos alimentos, como proteínas,
carboidratos, lipídios, entre outros, são
quebradas em moléculas menores pela ação de
enzimas digestivas, num processo chamado de
catabolismo.

 Estas enzimas diferem entre si pela substância


que irão digerir (substrato), locais de atuação
ao longo do tubo digestivo e condições de
acidez (pH) ideais para seu funcionamento.
Quadrantes Abdominais
Composição do Tubo Digestivo
 O tubo digestivo é constituído pela boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso, reto e ânus, e por órgãos
auxiliares da digestão denominados órgãos
anexos: o pâncreas, a vesícula biliar e o
fígado.

 Os órgãos digestivos são revestidos por


células epiteliais, cuja função é fabricar o
muco que permite o deslizamento do bolo
alimentar e secretar as enzimas que irão
quebrar as grandes moléculas.

Tubo digestivo
Composição do Tubo Digestivo

 Temos três pares de glândulas na boca: as


parótidas, as submandibulares e as sublinguais,
que são responsáveis pela liberação da saliva,
denominadas glândulas salivares maiores,
porque além delas existem pequenas glândulas
salivares esparsas. Estas glândulas secretam
cerca de um litro e meio de saliva diariamente –
a qual é basicamente composta por água, o que
auxilia a diluir o bolo alimentar, e enzimas.

Boca
Composição do Tubo Digestivo

 O alimento é triturado pelos dentes (ação mecânica) com o


auxílio da língua e posteriormente empurrado em direção à
faringe, num processo denominado de deglutição.

 Ainda na boca, além da trituração, o alimento começa a sofrer a


atuação de uma enzima liberada pelas glândulas salivares,
chamadas amilase salivar ou ptialina, que tem a função de
começar a digerir o amido e os carboidratos do bolo alimentar.

 O sistema nervoso autônomo controla as glândulas salivares, no


entanto, fatores químico-físicos e psíquicos podem interferir em
sua secreção.
Composição do Tubo Digestivo

 Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar


superior e mandíbula, tendo a mastigação como atividade
principal.

Estrutura dos dentes


Composição do Tubo Digestivo

 O que separa a raiz do ligamento peridental é um tecido duro,


chamado cemento, que na estrutura e composição química se
assemelha ao osso. Dispõe-se como uma camada fina sobre as
raízes dos dentes. Por meio de um orifício aberto na
extremidade da raiz penetram os vasos sanguíneos, os nervos e
o tecido conjuntivo.

 O que separa a raiz do ligamento peridental é um tecido duro,


chamado cemento, que na estrutura e composição química se
assemelha ao osso. Dispõe-se como uma camada fina sobre as
raízes dos dentes. Por meio de um orifício aberto na
extremidade da raiz penetram os vasos sanguíneos, os nervos e
o tecido conjuntivo.
Composição do Tubo Digestivo
 A língua exerce importantes funções na
mastigação, na deglutição, como órgão
gustativo e na articulação das palavras. A
língua é dividida em duas porções: o
corpo, parte anterior, e a raiz, parte
posterior. Esta divisão é feita pelo sulco
terminal.

 Na mucosa que reveste a língua é


possível identificar uma série de
projeções, as papilas linguais, que são de
vários tipos. As maiores são denominadas
papilas valadas que se localizam nos
receptores gustativos.
A língua
Composição do Tubo Digestivo

 Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas,


cujas células sensoriais percebem os sabores de: amargo, azedo
ou ácido, salgado e doce.

 Durante a deglutição, o alimento passa por uma válvula


denominada epiglote – responsável, a partir de mecanismos
reflexos, pelo fechamento da laringe, impedindo, desse modo,
que o bolo alimentar penetre nas vias aéreas.

 Posteriormente, passará pela faringe, situada no final da


cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e
respiratório.
Composição do Tubo Digestivo

 O esôfago é o canal que liga a


faringe ao estômago. Localiza-se
entre os pulmões, atrás do
coração, e atravessa o músculo
diafragma, que separa o tórax
do abdômen. Possui três
porções: cervical, torácica e
abdominal.

O esôfago
Composição do Tubo Digestivo

 A porção torácica é a maior delas e situa-se ventralmente a


coluna vertebral e dorsalmente a traqueia. O bolo alimentar leva
de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. Esse transporte se dá por
meio dos movimentos peristálticos (inclusão e reorganização de
conteúdo).

 Ao se dirigir ao estômago o alimento ainda passa por outra


válvula denominada cárdia, cuja função é impedir o refluxo do
bolo alimentar para o esôfago. Em crianças recém-nascidas, cuja
cárdia ainda não está bem formada, o refluxo é frequente.
Composição do Tubo Digestivo

 O estômago é um órgão que digere os alimentos. Tem como principal


função continuar a digestão dos carboidratos, iniciada na boca, e
transformar os alimentos ingeridos, mediante contração muscular, em uma
massa semilíquida e altamente ácida, que se dá o nome de quimo.
Composição do Tubo Digestivo

 O estômago divide-se em: fundo, que é uma região


superior que se projeta para o diafragma; corpo, a
sua maior parte; antro pilórico, que é a parte final
que se comunica com o duodeno e que se abre e
fecha alternadamente, liberando pequenas
quantidades de quimo para intestino delgado.

 O estômago possui dois esfíncteres, sendo o


superior a cárdia, que se comunica com o esôfago; e
o inferior, que é o piloro, é a parte que se comunica
com o duodeno e que se abre e fecha
alternadamente, liberando pequenas quantidades
de quimo para intestino delgado.
Composição do Tubo Digestivo

 No estômago, o bolo alimentar sofre a ação


de uma secreção estomacal denominada suco
gástrico, rica em ácido clorídrico e em duas
enzimas, a pepsina e a renina, secretadas
pela mucosa estomacal.

 Uma vez que passa pelo estômago, o


alimento alcança o intestino delgado, um
tubo com pouco mais de 6m de comprimento
por 4cm de diâmetro, e que é dividido em
três regiões: duodeno, jejuno e Íleo .
Patologias Tubo Digestivo
Composição do Intestino Delgado

 O duodeno é a primeira porção do intestino delgado, que se inicia no


óstio pilórico e termina na flexura duodeno jejunal. Tem seu
comprimento aproximadamente (25cm). É a única porção do intestino
delgado que é fixa. Não possui mesentério.
Composição do Intestino Delgado

 Jejuno é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno,


recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É
mais largo (aproximadamente 5cm), sua parede é mais espessa, mais
vascular e de cor mais forte que o íleo.

 Ílio é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao


jejuno. Recebe este nome por possuir relação anatômica com o osso
ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos
vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o íleo desemboca no
intestino grosso, num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal.
Composição do Tubo Digestivo

 Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento.


A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior
esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no
quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do
duodeno, são móveis.
Composição do Tubo Digestivo

 A superfície do intestino delgado é coberta


por projeções em forma de dedo com 0.5 a
1.5mm, chamadas vilosidades que, por sua
vez, são cobertas por microscópicas
microvilosidades. A função desta estrutura é
aumentar enormemente a superfície de
absorção do Intestino Delgado.

 A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas


primeiras porções do jejuno. É nele que desembocam os ductos
colédocos (traz a bile) e o pancreático (traz a secreção pancreática).
Composição do Tubo Digestivo

 No duodeno o bolo alimentar é neutralizado pelo bicarbonato


de cálcio liberado pela mucosa intestinal, induzido por um
hormônio denominado secretina; nesse momento, já
neutralizada sua acidez, o bolo alimentar recebe o nome de
quilo.

 Posteriormente, o quilo sofrerá a ação do suco entérico, liberado


por milhares de glândulas existentes na mucosa intestinal, que
contêm as enzimas enteroquinases, cuja função é ativar a
tripsina (uma enzima pancreática), e peptidases, que atuam na
digestão dos peptídeos.
Composição do Tubo Digestivo

Duodeno
Composição do Tubo Digestivo

 Produzido no pâncreas, o suco pancreático é levado até o


duodeno pelo canal colédoco. Nele, encontram-se as enzimas
tripsina e quimiotripsina, que irão digerir as proteínas; a lipase
pancreática, que digere lipídios; e a amilase pancreática, que
continuará a digerir o amido não digerido na boca pela ptialina.

 É também no duodeno que o bolo alimentar receberá a ação da


bile. Produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, a bile
não é uma enzima, mas sais que irão emulsificar, ou seja,
quebrar, moléculas grandes de gordura em moléculas menores,
possibilitando, assim, a ação da lipase.
Composição do Tubo Digestivo

 O intestino grosso mede cerca de 6,5cm de diâmetro e 1,5m de


comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à
parede posterior do abdômen pelo mesecolo.

 O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em


cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência
típica do bolo fecal. Este apresenta algumas diferenças em
relação ao intestino delgado: o calibre, as tênias, os haustros e
os apêndices epiploicos.
Composição do Tubo Digestivo

Intestino grosso
Composição do Tubo Digestivo
 O canal anal, apesar de bastante curto (3 cm de
comprimento), é importante por apresentar algumas
formações essenciais para o funcionamento
intestinal, das quais citam-se os esfíncteres anais.

 O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta


de um espessamento de fibras musculares lisas
circulares, sendo consequentemente involuntário.

 O esfíncter anal externo é constituído por fibras


musculares estriadas, que se dispõem circularmente
em torno do esfíncter anal interno, sendo este
voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar
antes que a defecação possa ocorrer.
Composição do Intestino Delgado

 O mesentério apresenta a função de manter os intestinos no


local adequado. Essa estrutura mantém as alças intestinais
conectadas à parede interna da cavidade abdominal,
garantindo a fixação, mas permite também a contração e
relaxamento das alças.

 Peritônio: membrana serosa que recobre as paredes do


abdome e a superfície dos órgãos digestivos.
Composição do Tubo Digestivo

 O Pâncreas um órgão achatado, no sentido anteroposterior, que


apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda
superior e inferior, e sua localização é posterior ao estômago.
O comprimento varia de
12,5 a 15cm e seu peso
na mulher é de 14,95g,
e no homem 16,08g.
O pâncreas divide-se em
cabeça (aloja-se na curva
do duodeno), colo, corpo
(dividido em três partes:
anterior, posterior e
inferior) e cauda.
Pâncreas
Composição do Tubo Digestivo

 Tem as seguintes funções:

a) dissolver carboidrato (amilase pancreática);


b) dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase
e elastase);
c) dissolver triglicerídeos nos adultos (lípase pancreática);
d) dissolver ácido nucleicos (ribonuclease e
desoxirribonuclease).
Ducto pancreático

 O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e


corre para sua cabeça. O ducto pancreático se une ao ducto
colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um
ducto comum, chamado ampola hepatopancreática.

 O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais


volumosa víscera abdominal. Sua localização é no hipocôndrio
direito, logo abaixo do diafragma, ficando mais à direita. Isto é,
normalmente 2/3 de seu volume estão à direita da linha
mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1,500g e responde por
aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto.
Fígado
 O fígado apresenta duas faces: diafragmática e visceral. A face
diafragmática (anterossuperior) é convexa e lisa, relacionando-
se com a cúpula diafragmática. A face visceral (posteroinferior) é
irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais.

Fígado
Fígado
 O fígado é dividido em lobos. A face diaframática apresenta um
lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos
duas vezes maior que o esquerdo.
Fígado
 A face visceral é subdividida em 4 lobos
(direito, esquerdo, quadrado e caudado).
Fígado

 A função digestiva do fígado é produzir a


bile, uma secreção verde amarelada, que é
transportada para o duodeno. A bile é
produzida no fígado e armazenada na
vesícula biliar, que a libera quando gorduras
entram no duodeno. A bile emulsiona a
gordura e a distribui para a parte distal do
intestino, a fim de colaborar na digestão e
absorção dos nutrientes.
Fígado

 Além das citadas acima, o fígado tem as seguintes funções:

a) metabolismo dos carboidratos;


b) metabolismo dos lipídios;
c) metabolismo das proteínas;
d) processamento de fármacos e hormônios;
e) excreção da bilirrubina;
f) excreção de sais biliares;
g) armazenagem;
h) fagocitose;
i) ativação da vitamina D.
Ducto pancreático

 A vesícula biliar (7 – 10cm de comprimento) situa-se na fossa da


vesícula biliar, na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na
junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado.

 A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a


parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile
no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50ml de
bile.
FIM

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