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Pamela C

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Junho de 2020

Obstetrícia – segunda parcial


Pelvimetria e movil fetal
Fisiologia do trabalho de parto
Mecanismo do trabalho de parto em pelviana
Alumbramento
Puerpério
Parto distocico
Lactância materna
Anticoncepção pos evento
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Pelvimetria e movil fetal


Movil fetal – considera ao feto como um ovoide formado por 3 segmentos (segmentos de distosia) –
cabeça, ombros, nadegas (pélvis). Apresenta dois polos – cefálico – cabeça, podalico – pélvico
(nadegas)
Polo cefálico – cabeça: mais frequente, formado por 2 frontais, 2 parietais, 2 temporais e 1 occipital.
Separados por suturas que delimitam as fontanelas, permitindo certa maleabilidade (modela a
cabeça no parto). Sutura metopica – separa ambos frontais. Sutura coronariana – separa frontais dos
parietais. Sutura sagital – cruza, separando os parietais. Sutura Lamboidea – separa occipital e
parietal.
Fontanelas – anterior (maior – bregmatica) - forma romboidea, limitada atrás pela união dos
parietais, sutura sagital a ambos lados, coronais, e a frente sutura metopica e ambos frontais.
Palpável ao tato e sera nosso parâmetro anatômico de preferencia e mais frequente para poder
diagnosticar os diferentes posicionamentos e apresentações fetais.
posterior (menor- lambdoidea) – forma triangular, a frente parte posterior da sutura
sagital, lateralmente os ossos temporais e atrás o occiptal. Bem menor e pouco palpável.
Cara fetal – base do crâneo – formada pelo esfenoide, etmoide, porção petrosa do temporal e porção
basilar do occipital.
Cara – maxilar inferior e superior, e parte inferior dos ossos frontais
Antropometria fetal – a cabeça fetal apresenta diâmetros anteroposteriores e transversos, e
necessita tomar certas posturas para passar pelo canal de parto devido sua estrutura canalicular de
forma curvilínea.
o A frente a nível da base do nariz – glabela, onde se mede o diamentro craniano nos RN.
o Desde a fontanela maior (bregma)
o Desde o ponto medio entre a fontanela maior e menor ou sincipúcio
o O occipucio ou uniao entre o occipital com a primeira vertebra cervical

Diâmetros Medidas Perímetros Medidas


Occipitofrontal 12cm 34cm
Sincipitomentoniano 13,5cm 36cm
Submentobregmatico 9,5cm 32cm
Suboccipitobregmatico 9,5cm 32cm
Suboccipitofrontal 10,5cm 33cm

Se a apresentação é sincipitomentoniano devido seu diâmetro pode causar distosia – não pode
atravessar o canal de parto. (maior de todos)
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O diâmetro biparietal é um dos parâmetros para cálculo gestacional na ultrassonografia. Deve ser ate
9,5cm para não causar distosia.
Podem ser medidos a partir da 11ª semana.
Na pélvis – diâmetro bitrocantereo – 9,5cm
Nos ombros – diâmetro bi acromial – 12cm
Colocação fetal – disposição fetal com respeito ao útero e a pélvis. Seguem a Lei de Pajot – “quando
um corpo solido, de superfície lisa e escorregadia, esta contida em outra de paredes deslizantes e
pouco angulosas, e animado de movimentos alternativos de contração e relaxamento, o conteúdo
tende a adaptar-se em sua forma e dimensões ao continente”
❖ Atitude fetal – relação que guardam os diferentes segmentos fetais entre si (cabeça, ombros
e pélvis). A atitude normal é a flexão moderada. Atitude fetal (totalmente flexionado),
indiferente (nem flexionado nem estendido), extensão mínima ou extensão máxima
❖ Situação – relação entre o eixe longitudinal materno e eixo longitudinal fetal. Quando são
paralelos – temos uma situação longitudinal. Quando está em ângulo reto (perpendicular) –
situação transversal. Se formam um ângulo agudo – situação obliqua
❖ Posição – relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo da mãe. Se o dorso se
encontra do lado direito – é posição direita. Se esta do lado esquerdo – a posição é esquerda
❖ Apresentação – é a parte fetal que toma contato com o estreito superior, ocupando em
grande parte, e pode evolucionar dando lugar ao mecanismo de trabalho de parto. Só existem
duas Cefálica e pélvica.
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Modalidade de apresentação cefálica –

Atitude Apresentação
Flexão Vértice
Indiferente Bregma
Deflexão mínima ou extensão minima Frente
Deflexão máxima ou extensão maxima cara

Manobras de Leopold – são estrategias clinicas utilizadas para diagnosticar como esta localizado o
feto no ventre materno. São 4 manobras:
1ª – bi manual – dx de fundo uterino ou altura uterina (borde cubital de ambas mãos) e
indiretamente apresentação (sensação de vai e vem polo cefálico, contrario do podalico)
2ª – bi manual – dx de posição e foco de máxima auscultação fetal. (superficie lisa e regular
corresponde ao dorso) uma mão fixa e a outra do outro lado busca o dorso.
3ª – mono manual – com a mão direita, dedão e índice aperta, abaixo, encaixamento da
apresentação, se é móvel o encaixamento não esta completo ou profundo.
4ª – grau de encaixamento e atitude da cabeça.
Variedades de apresentação – diagnostico das variedades de apresentação. Ponto diagnóstico –
elemento fetal que forma parte de cada modalidade de apresentação e que uma vez individualizado
permite o dx da mesma, de forma categórica. Ponto guia – elemento da apresentação, elegido
convencionalmente e que serve para estabelecer, dada sua localização na pélvis, posição e varidade
de posição – da nome a apresentação
▪ Cefálica de vértice – ponto guia – vértice (sincipúcio) occipito -
▪ Bregma – (fontanela anterior) bregmo
▪ Deflexionada mínima fronte) – fronto
▪ De cara – menton
Posição – relação do ponto guia com o lado esquerdo ou direito da pélvis materna. Direita (anterior –
mais a barriga ou posterior – mais a parte lombar) ou esquerda (anterior – mais a barriga, posterior
mais a parte lombar)
Variedade de posição – relação que guarda o ponto guia com uma das extremidades dos principais
diâmetros maternos (eminencia ileopectinea, extremidade do diâmetro transverso, articulação sacro
ilíaca, púbis ou sacro)
Considerar a posição do lado da mae, sempre a partir dos pes. Sendo sempre o lado contrario (minha
direita é a esquerda da mae e vice versa). Púbis para cima e sacro para baixo
Nomenclatura – uso das siglas – de acordo a apresentação, modalidade de apresentação, posição,
variedade de posição fetal (esquerda anterior/posterior e direita anterior/posterior)
Primeira sigla- apresentação (ponto diagnostico) ex – O em vértice (flexão), B em bregma
(indiferente), F em frente (minimamente deflexionada), M em cara e S para pelviana completa ou
incompleta.
Em situação transversa – acromion – A
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Exemplo – a apresentação cefálica mais frequente é a de vértice, occipito ilíaca esquerda anterior –
OIIA – outras variedades de apresentação de vértice – OOIP, OIDA, OIDP
A pélvis óssea esta composta por – sacro, cóccix,coxais, ilion, isquion e púbis
O canal de parto consta de 3 zonas (estreitos) – Estreito superior – entrada ao canal de parto, maior
diâmetro. Formado pelo promontorio (saliencia fisiologica normal do sacro,a ambos lados) os
alerones do sacro, articulações sacro ilíacas, linha inominada, ramas horizontais do pubis, eminencias
iliopectineas e o borde superior da sinfisis pubiana.
Predominam os diâmetros transversos – ovalo dividido em 2 arcos – anterior e posterior, delimitado
pelo transverso útil (13cm)
Mais atrás, Transverso anatômico (13,5) une pontos mais distantes das linhas inominadas.
Arco anterior – transverso útil, linha inominada e ramas horizontais do púbis
Arco posterior – senos sacroiliacos, alerones do sacro e o promontório
Diâmetro anteroposterior e dois obliquios – proporção e simetria do estreito superior –
promontosuprapubico (11cm)
É como um codo. Todos os diâmetros iguais a 12cm.
Culmen retropubiano – promontopubiano minimo ou conjugado obstétrico – 10,5cm
Promonto subpubiano 12cm (ex – vaginal)
Estreito médio – acodadura, curvatura
Estreito inferior – saída do canal. Formado por 2 planos triangulares – anterior e posterior. A base –
diâmetro biisquiatico (11cm), vertice do triangulo anterior – borde inferior da sinfisis púbica. Vértice
triangulo posterior – ponta do sacro. Diâmetro Suboccipitosupubiano – 9cm (diâmetro
anteroposterior do estreito inferior). Diametro Subsacrosubpubiano – 11cm (T. de parto). D. sagital
posterior – 7-8cm
Planos de Hodge – limites dentro do canal de parto, para ver a altura da apresentação – em que
parte do canal a cabeça fetal esta.
1º - borde superior púbis, promontorio – estreito superior (coincide)
2º - borde inferior púbis, parte media da 2ª vertebra sacra
3º - espinhas ciáticas, articulação 4ª e 5ª vertebra sacra, coincide estreito inferior
4º - ponta do cóccix – se retropulsa, facilitando a saída da cabeça fetal.
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Relação com os planos de Lee – tomam como limite 0 as espinhas ciaticas. Coincide com o 3º plano
de Hodge. Para cima - -1,-2, -3 e -4 (primeiro plano de hodge). E +1,+2,+3,+4 cada vez abaixa mais a
cabeça fetal (4ª plano de hodge)
Tipos de pelvis –
✓ Antropoide – diametro antero-posterior maior que o transverso, sacro largo e reto, dirigido
para tras. Parede laterais convergentes. Espinhas ciáticas pouco proeminentes. Ângulo
subpubico estreito
✓ Ginecoide – mais apta ao trabalho de parto, morfologia adequada. A apresentação introduz a
pélvis fazendo coincidir a sutura sagital com o diâmetro transverso ou com um dos diâmetros
obliquos do estreito superior. O parto evolui com rotação interna posição occipito anterior. O
diâmetro antero-posterior é quase similar ao transverso. Sacro em posição normal, cara
anterior côncava. Paredes laterais retas ou paralelas. Ângulo subpubico aberto (90º), estreito
superior em forma redonda/ovalada como coração
✓ Androide – parece com a masculina. Diâmetro antero-posterior menor que o transverso.
Sacro inclinado a frente, paredes laterais convergentes, espinhas ciáticas muito
proeminentes, ângulo subpubico fechado. Estreito superior de forma triangular, com base
posterior.
✓ Platipeloide (plana) – diâmetro antero-posterior menor que o transverso, sacro curto e
dirigido para tras. Paredes laterais retas, espinhas ciáticas proeminentes, ângulo subpubico
aberto.
Canal blando – piso ou solo perineal, formado por 2 cinchas – precoccigea – dilatável, constituida por
2 planos musculares – superficial (esfíncter externo do anus, transverso superficial do perine,
constritor da vulva e isquiocabvernoso) e profundo (elevador do anus com seus fascículos pubiano,
ilíaco e isquiático, transverso profundo) linha media – tendões fibrosos – anovulvar e anococcigeo
Coccígea – inextensivel (glúteo maior, ligamento sacrociático e isquiococcigeo
Canal de parto – adota a forma de conduto acodado e esta constituído por uma estrutura óssea, a
pélvis, e coberta por um conjunto de músculos aponeuroticos e membranoso que conformam o
canal blando ou solo da pélvis
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Trabalho de parto
Parto – expulsão do feto após cumprido seu ciclo de vida intrauterina e a gravida chegando ao
termino de sua gravidez, entre as 37-41 semanas completas de amenorreia.
<37 semanas – pretermino
>41 semanas – postermino
Fenômenos ativos – câmbios no canal de parto e no feto. contrações uterinas, pujos (empurroes),
contrações dos músculos elevadores do anus, vontade materna
Fenômenos passivos –consequencia dos ativos. Borramento, dilactação do pescoço, expulsão dos
limos (tampão mucoso, que tampo a canal cervical), formação de bolsa de agua, ampliação do canal
de parto, mecanismo do parto e fenômenos plásticos do feto (modificações na cabeça fetal para sua
passagem)
Contrações uterinas – o útero se contrair de forma regular e irregular, progressiva, para facilitar a
saída do bebe que são fundamentais para o avance do parto. ter em conta – duração, boa marcha,
que o colo uterino se dilate
Condições – tônus – pressão mais baixa registrada entre as contrações (8-12mmHg)
Intensidade (amplitude) aumento da Pº com cada Contração uterina (30-50mmHg)
Frequencia – numero de contrações produzidas em 10 min (3-5 em 10min)
Intervalo – tempo entre os vértices de 2 contrações
Atividade uterina – intensidade x frequencia, se expressa em mmHg por 10min ou
unidade de Montevideo
A contração tem uma intensidade, um intervalo entre cada uma, um ACME que é a máxima
intensidade, uma duração (musculo endurecido) – tomado em 10 min, em unidades de Montevideo.
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Para que tenha uma intensidade suficiente para gerar dor tem que superar 30mmHg
Pujos (contração e esforço) – produzido pela mae, geralmente coincide com os musculos
respiratórios de parede torácica e abdominal (retos anteriores, oblíquos e transverso), para propulsar
o feto para fora.
Característica – espontâneo, normalmente quando a dilatação cervical é completa, desejo provocado
pela distensão da vagina, vulva e perine. Quando maior a distenção e quanto mais baixo no plano de
Hodge, maior o desejo de expulsar. o umbral de distensão é de 35mmHg, não se produzem quando o
útero esta relaxado, somente na contração.
Tem que coincidir com o ACME, para ter efeito. Colocar a mao plena na parte fundica do útero,
quando detectado o endurecimento, pedir a mae que empurre.
Critérios de Fridman – etapas do trabalho de parto
➢ Primeira etapa – fase latente e ativa - período de dilatação (fase inicia ate os 4 cm, após isso
fase ativa – nulípara 1,2cm/h multipara 1,6cm/h) e borramento (duração – 20h em
primigestas, 18h(14h) em multigestas)
➢ Segunda etapa – período expulsivo (60min primigesta, 30min multigesta)
➢ Terceira etapa – período de alumbramento (4-8min em media/ 10 min prolongado/30min
retenção)
Borramento – é a distância entre o orifício cervical externo e interno, que vai diminuindo, se mede
em porcentagem – colocando os dedos medindo a profundidade – 70% a distância entre os orificios é
da grossura de um lábio inferior/ 80-90% - como a grossura do lobula da orelha/ 100% - igual a prega
entre os dedos (fino). Geralmente ocorre primeiro o borramento, nas nuliparas e depois a dilatação,
nas multíparas se faz de maneira simultânea, borramento e dilatação.
Dilatação – é a abertura do cervix, se mede em cm, no começo é lenta. Se um dedo entra justo e não
se pode mover – 1cm/ se entra um dedo mas fica frouxo – 2cm/ se entram 2 dedos justo – 3cm/
quando permite entrar ambos e abrir os dedos 4-5cm, quando alcança 5cm sua velocidade aumenta.
Iniciando a parte ativa do trabalho de parto – dilatação e borramento.Quando alcança 10cm se diz
que está completa.
Expulsão dos limos (tampão mucoso) – substancia mucosa espessa, com estrias sanguinolentas. (as
parteiras chamam de senha)
Bolsa de agua – esta constituída por amnios por dentro e corion por fora, protege a cabeça fetal.
Atua como dilatadora do colo, protege a cavidade ovular contra ascenso de germes patógenos. A
ruptura prematura ocorre quando não esta em trabalho de parto e esta bolsa se rompe. Quando se
rompe no trabalho de parto – ruptura de bolsa.
Ampliação do canal blando do parto – se distende a vagina, vulva e perine, se retropulsa o cóccix –
que estira os músculos perineais, produzindo uma abertura do canal anal
Mecanismo de parto em cefalica de vértice –
Para o trabalho de parto necessitamos – força expulsiva (útero), canal de parto e um feto (movil
fetal).
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A força expulsiva esta dada pelas contrações uterina da musculatura. Tem 4 capas – externa por
fibras longitudinais, interna por fibras circulares, media por helicoidal e central que favorece a
retenção de sangramento logo após o parto
Pelvimetria interna – reconhecimento do tipo de pélvis, diâmetros, que me dao a possibilidade da
saber o prognostico do parto. Parâmetros clínicos anatômicos – profundidade da pélvis,
promontório, não dever ser palpado, quando palpado indica estreitamento. Explorar os alerones do
sacro nas laterais. As espinhas ciáticas que se são proeminentes limitam, e por cima ângulo
subpubico, que se for muito fechado, limita e se for muito aberto também. Tudo isso dirá se é ou não
propicia para parto vaginal.
Fenômenos mecânicos – 6 tempos
1- Acomodação ao estreito superior
2- Descenso e encaixe
3- Rotação interna – para diminuir seu diâmetro
4- Expulsao e apresentação
5- Rotação externa – colocar os ombros
6- Expulsão do resto do corpo
Sinclitismo – passagem simultânea pelo estreito superior dos parietais ao mesmo tempo e nivel.
Sutura sagital fetal de igual distancia entre o púbis e sacro
Asinclitismo – quando a cabeça fetal esta ou ao púbis ou ao sacro. Pode ser anterior (parietal anterior
mais baixo, sutura sagital mais proxima ao sacro) ou posterior (parietal posterior é o primeiro a
descender, sagital mais proximo ao púbis).
Uma vez que o bebe sai – realizar aspiração do nariz e boca, para evitar aspiração de amnio e
mecônio
Circular do cordão na nuca – passar por cima da cabeça, se esta muito preso, pinçar e cortar.
Pinçamento do cordão – não fazer muito a base do cordão.
Iniciar o apego precoce
Alumbramento – expulsão dos anexos embrionários – cordão, placenta, membranas.
Fases – desprendimento (contração e hematoma retro placentário) e expulsão (saída da placenta da
cavidade uterina) a placenta deve ser inspecionada
globo de seguridade de pinard – hemostasia dos vasos que estavam unidos a placenta

Mecanismo do trabalho de parto


Para que ocorra necessitamos um motor – útero, que se encarrega de produzir contrações. Um movil
(feto) – que faz certos movimentos para colaborar com sua expulsão. E um canal duro revertido por
estruturas fibromusculares onde passara o movil fetal – é uma estrutura cilíndrica curvilinea.
Classificação da gravidez segundo sua duração –
- 0-20 semanas – aborto ou menor de 500g
- 20,1-27,6 semanas – imaturo
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- 28-36,6 semanas – pre termino ou prematuro


- 37-41 semanas – termino
- maior a 41 semanas – pos termino
Toda interrupção que sobrepasse as 20 semanas, já constitui um parto, com o sufixo correspondente
(ex – parto de 25 semanas - parto imaturo)
Em relações a apresentação a variedade transversa não é uma pois não cumpre com o mecanismo
necessário para realização do parto – é uma situação
Fenômenos mecânicos – 6 tempos
1- Acomodação ao estreito superior
2- Descenso e encaixe
3- Rotação interna – para diminuir seu diâmetro
4- Expulsao e apresentação
5- Rotação externa – colocar os ombros
6- Expulsão do resto do corpo
1º tempo – acomodação e ingresso ao canal de parto, com o polo que se relaciona a pélvis materna,
que frequentemente é a cabeça. Se acomoda flexionando a cabeça. De acordo ao dorso muda a
apresentação.
Para seu ingresso no canal de parto, o movil feta flexiona a cabeça e utiliza o diâmetro subocciíto-
frontal de 10,5cm, ocupando praticamente toda circunferência da pélvis, podendo ser obliquo direito
ou esquerdo.
A maior parte dos movimentos ocorre simultaneamente.
95% das apresentações são cefálicas, delas 99% são de vértice e 95% são OIA depois ODP, OIP, ODA
O diâmetro obliquo esquerda é ligeiramente maior que o direito.
2º tempo – encaixe e descenso – o feto vai progredindo atraves do canal de parto, devido as
contrações e movimentos de sinclitismo e asinclitismo
3º tempo – acomodação da cabeça ao estreito inferior por rotação interna e acomodação dos
ombros ao estreito superior – o estreito usado anteriormente era de 10,5 (superior), e o estreito
inferior é menor, portanto o feto realiza uma rotação interna, substituindo o diâmetro mencionado
pelo bi parietal, que mede aproximadamente 9,5cm, colocando a sutura sagital no diamentro
anteroposterior. (vinha de forma obliqua e fica antero posterior após rotação)
4º tempo – expulsão da cabeça e descenso dos ombros. Faz rotação interna, flexao da cabeça
anteroposterior, deixando a cabeça em uma posição ótima para o desprendimento.
Desprendimento – movimento de deflexão (cornada), avança e retrocede a cada contração e
empurrão. Cabeça em occipito-pubica, com oposição da vagina, vulva, perine, o anus se abre (bocejo
- devido retropulsao do púbis e ampliação do perine)
5º tempo – acomodação dos ombros ao estreito inferior, colocando em anteroposterior o diâmetro
bi acromial. Rotação externa da cabeça ou de restituição (a cabeça já esta fora da pélvis)
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6º tempo – desprendimento dos ombros e expulsao do corpo (por escamoteamento) – se realiza


uma leve pressão firme na direção do sacro, com a qual se consegue que se desprenda o ombro
anterior e logo se traciona para cima, dando saída ao posterior. O resto do corpo sai como um peixe,
escorregando.
A rotação externa – importância. Se a pessoa que faz o parto desconhece a variedade de posições
fetais, pode realizar uma ma rotação e produzir lesões ao feto.

As variedades posteriores podem rotacionar de 2 formas – occipito púbica (sai com a cabeça olhando
para baixo) ou occipito sacra (sai com a cabeça olhando para cima). São mais distosicas

Mecanismo de trabalho de parto em pelvica e podalica (nadegas)


Parto em podalica – é quando o estreito superior relaciona ou acomoda o polo pelvico, podalico
(nadegas) do movil fetal. Constitui entre 3-4,5% dos partos, as vezes se apresenta em duas
variedades. Incompleta em 75% das apresentações pelvicas (ambos membros inferiores flexionados
sobre o abdômen, ambos estendidos, uma perna flexionada e a outra estendida, uma dobrada outra
flexionada) e completa de 15-25% (feto totalmente flexionado, palpar a nadega e os pes). Sempre
que diagnostica a tempo, fazer cessaria.
Apresentação podalica – eleva a morbimortalidade fetal em aproximadamente 26% em relação as
outras (2,5%), atrasa o esforço respiratório, devido o tempo que pode levar para sair o nariz (a
cabeça). Muito frequente em pacientes com partos pre-termino. Nesta apresentação cada segmento
cumpre com todos os tempos do mecanismo de trabalho de parto (os 6 tempos), constitui um
segmento de distocia.
Teremos 10 tempos – os primeiros 4 tempos são realizados somente pela pélvis fetal.
Caso a mae chegue e a pélvis já saiu, tem que ajudar a expulsao, por via vaginal.
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Etiologia
Causas maternas – multiparidade, alterações pélvicas, malformações uterinas
Causas fetais – prematuridade, anencefalia ou hidrocefalia, gravidez múltipla
Causas ovulares – cordão curto, polihidramnios ou oligoamnios, placenta previa
Diagnostico – manobras de leopold. 1ª – cabeça fetal dura ocupa o fundo uterino
2ª – espalda de um lado e pequenas partes fetais do outro, foco
de auscultação, acima da linha umbilical. Fundo uterino ocupado com polo cefálico, duro, regular e
pelotea
3ª – se não tem encaixamento, nadegas moveis sobre o ESP
4ª – com encaixamento nadegas abaixo da sinfisis pubica

Características ao tato – polo blando irregular, as vezes sentir o anus. O ponto de reparo anatômico
fetal, é o sacro fetal. Iniciando o nome da apresentação – ex- sacro ilíaca esquerda anterior.

A orientação do sacro é a que determina a variedade de apresentação.


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Os 4 primeiros tempos – somente as nadegas, 5º tempo – rotação externa, as nadegas já saíram, e se


acomoda o ombro no estreito superior, 6º tempo – descenso dos ombros, 7º tempo – se sobrepõem
tempos dos ombros (rotação interna) e cabeça (acomodação), 8º tempo – desprendimento dos
ombros e descenso da cabeça, 9º tempo- rotação externa dos ombros, e interna da cabeça, 10º
tempo – desprendimento da cabeça
1º tempo – acomodação do polo podalico no estreito superior, diâmetro bi trocanterico, se orienta a
um dos lados oblíquos da pélvis. Localizado no obliquo oposto a cresta sacrococcígea. A redução do
polo podalico se da por apelotamento (semi flexão)
2º tempo – encaixamento – descenso e encaixe das espinhas ciaticas do polo pelviano, por simples
progressão no mesmo obliquo. Ocorre mais rapido na incompleta.
3º tempo – acomodação do estreito inferior pela rotação do diâmetro bi trocanterico ao diametro
antero posterior – 45graus. fica o bi trocanterico abaixo do púbis, o dorso fetal entra e descende
lateralmente a pélvis
4º tempo – desprendimento – completa – se desprende em sacro transversa saindo primeira a
nadega anterior e logo a posterior, juntos com os membros.
Incompleta – com esforços expulsivos maiores, o tronco se encurva e a
nadega rota e faz sair ambas extremidades
5º e 6º tempo – tempo exclusivo dos ombros. Acomodação no diâmetro biacromial do feto ao
estreito superior da pélvis materna. Descenso e encaixamento dos ombros, seguindo o mesmo
diâmetro obliquo que o polo pelviano
7º e 8º tempo – se sobrepõem tempo de ombro e cabeça. Acomodação dos ombros no estreito
inferior (rotação interna), ao mesmo tempo que o polo cefálico se acomoda ao estreito superior no
obliquo oposto ao utilizado pelo ombros e nadegas. Desprendimento dos ombros e simultaneamente
descenso e encaixamento da cabeça
9º tempo – rotação interna e acomodação da cabeça no estreito inferior
10º tempo – desprendimento da cabeça
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É um mecanismo muito distosico, se é um feto de termino precisamos conhecer estrategias para


ajudar na mecânica do parto. existem manobras que podemos por em pratica para facilitar esses
processos e faze-los menos traumáticos, minimizando a mortalidade fetal e materna
Manobras utilizadas
Manobra de pinard – em apresentações incompletas, com ambos membros sobre o abdomem e
tórax. Colocar os dedos na união coxo femoral e ir e ajudando a extrair. E posteriormente retirar os
membros – primeiro um depois o outro. Serve para desprendimento dos membros inferiores
Asa do cordão – quando tempos o ângulo inferior de ambas escapulas visíveis, toco o bebe em
frente, e posso palpar onde se inserta o cordão umbilical, que estará tenso, tirar um pouco para
afrouxa-lo, para evitar uma compressão, laceração ou desgarrar.
Manobra de Rojas – introduzir a mao na vagina, tentar chegar a axila do bebe, e trazer para fora um
membro superior, lateralizo, e faço o mesmo do outro lado, ficando somente a cabeça. Consiste em
rotar o corpo do feto em 180º, primeiro a esquerda e logo a direita, tracionando para baixo.
Manobra de Bracht – todo restante fora da pélvis, somente a cabeça dentro. Tomar de tronco o
bebe, flexionar os membros e girar o bebe para o ventre materno.
Manobra de Mauriceau – utilizada quando ocorre distocia da “cabeça última” e trava. Com a mao
hábil, colocar embaixo de todo corpo fetal (corpo sobre o antebraço), introduzir na vagina os dedos,
buscando a cavidade oral fetal, introduzir o dedo médio, enganchar, com a outra mao segurar o tórax
e trago a cabeça em direção ao ventro materno. Mais importante

Requisitos para realização de um parto em podalica – multípara, feto com peso menor a 3500g, pélvis
materna suficiente, mae sem cicatrizes uterinas previas. Sempre que diagnosticado antes – cessaria
Indicações de cessaria -nuliparas, feto com peso superior a 3500g ou menor a 2000g (falta de
ossificação da calota por ser <34semanas), mãe com cicatriz uterina previa, pélvis limite ou estreita,
cabeça grande ou deflexionada, mal formações pélvicas
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Parto distosico (dificuldade)


Causas – musculares, hormonais, nervosas e placentárias. que dependem dos elementos do parto
(motor, canal, objeto) ou de suas alterações mutuas – mecanismo de parto.
Classificação – seguimos um criterio segundo o fator que o produza. Consideramos fatores
fundamentais – 1- do motor do parto – útero.
2 – do canal de parto
3- objeto do parto – feto
4 – mecanismo do parto
5 – mistas
Bradisistolia – menos de 3 contrações a cada 10 min, menos de 25mmHg de intensidade. Dar
substancias que estimulem.
Taquisistolia – de 5,6,7 contrações em 10min e pode superar 50mmHg.
Disdinamias – períodos de hiper-reatividade, depois de relaxação. Geralmente em um falso trabalho
de parto. controlar para que não se produza hipertonia e taquisistolia – pois os vasos nesse momento
não têm um fluxo regular normal, não chegando os nutrientes ao feto.
Pressão intrauterina normal – 8-12mmHg pode chegar ate 50-60mmHg
Anormal - >12mmHg
Clinica normal – se palpa o feto, o útero se deprime entre as contrações.
Duração das contrações – não deveriam passar de 50seg.
Frequencia – 2-5/10min
Distocias do canal de parto – do canal blando – alterações anatomicas ou funcionais
Anomalias congênitas, reações inflamatorias (clamydia), retrações pos cirúrgicas, retrações pos
radiações, retrações pos queimadura, tumores prévios (ováricos, pélvicos, quistes mesentéricos,
calculos vesicais gigantes.
No canal osseo – alteração na pélvis.
Estreito médio – promontório muito proeminente, proeminência na espinha ciática
Tipos anormais de crescimento e desenvolvimento – pelvis infantil (antropoide, androide), pélvis
enana (platipeloide)
Anomalias congênitas – pélvis de naegele, robert
Alterações metabólicas – pélvis raquítica
Alterações inflamatórias – coxalgia
Alterações traumáticas – fraturas
Tipos anormais secundários a outras partes do esqueleto – pélvis cifótica, escoliotica,
espondilolistetica
Pamela C
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Junho de 2020

Distocias de objeto de parto – do feto. Por anomalias de tamanho ou na forma, anomalia no


número, apresentação ou situação
Dos anexos fetais – placenta, cordão (antes da apresentação – antes do feto), membrana
Do mecanismo de parto – flexão, rotação (ex- não faz rotação intera, quando necessário)
Hoje em dia não se faz mais parto em situação de cara/frente – devido distocia que gera, machuca o
rosto do bebe.
Classificação clínica – ingresso do canal – a nível do braço superior do canal de parto
De trânsito – a nível do codo do canal ou excavação pelviana
De egresso – a nivel do braço inferior do canal de parto
Diagnostico geral – anamnese – historia obstetrica anterior, enfermidades que padece. Baixa
estatura, deformidades na coluna vertebral, deambulação claudicante.
Exame antes do parto – pelvimetria interna e externa, cabeça livre em primigesta de termino.
Detectar hiperdinamias e hipodinamias, se há ruptura de membrana amniótica, planos de Hodge,
fenomenos plásticos fetais.

Alumbramento
Periodo entre a expulsão fetal e a expulsão da placenta e membranas ovulares. Consta de etapas –
desprendimento, descenso e expulsão. Constitui a 3ª etapa do trabalho de parto, o qual pode durar
de 3-30min (media 20min). Pode chegar a perder 500cc de sangue em um vaginal, e 1800 a 1000cc
na cessaria.
Placenta – disco, de aprox. 20-25cm de diametro, pesa entre 300-500mg, tem uma cara fetal e uma
materna (cotilédones). No centro da cara fetal se inserta o cordão umbilical
Sempre quando se expulsa, fazer a inspeção buscando que tenha saído de forma completa, que
podem produzir sequelas.
Após a saída do feto, o útero produz uma contração diminuindo seu tamanho, diminuindo sua
superfície de contato com a placenta, fazendo uma dissecção nos vasos, que começam a sangrar,
produzindo um hematoma retroplacentario (interuteriplacentario) que vai descolando (dissecando)
os seguintes vasos, colaborando para seu descenso e desprendimento. Intervem também processos
necrobióticos, degeneração hialina e calcificação quase imediata dos vasos. Que contribuem com a
contração uterina, que é a causa principal da hemostasia dos vasos placentários
Distocias de contração no alumbramento – grandes multíparas (10-12 partos), muito liquido, mais de
um bebe, bebe macrossomico.
Tipos de desprendimento:
➢ Baudelocque Schultze – pelo centro, e o peso do hematoma fazendo com que ela caia. Sendo
expulsa por sua cara fetal. Cerca de 75-80% dos casos – mais frequente. Sangramento por tras
da placenta, após sua saida.
➢ Baudelocque Duncan – pelo borde. Sangramento constante, geralmente exterioriza pela cara
materna. 20-25% dos casos.
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Manobra do pescador – pegar a pinça do cordão e puxar levemente, se o abdomen da paciente se


move, a placenta ainda esta totalmente aderida ao útero – aguardar mais.
Fatores presentes para o alumbramento – contrações uterinas, ação da gravidade, peso do
hematoma retroplacentario
Duração – normal 3-10min
Prolongado – 10-30 min
Retenção maior a 30min
Segundo sua evolução –
Espontâneo – uma vez expulsada parte da placenta, se pode aplicar manobras para ajudar sua saída
completa. Manobra de Dublin – torção continua da placenta girando as membranas sobre seu eixo,
para que não deixe restos. Sempre olhar a cara fetal, cordao umbilical, se esta completa. (curagem –
caso tenha ficado pedaços de cotilédones, compressa pequena cobrindo os dedos, fazer fundo no
abdômen, introduzir a mão e limpar o útero rapidamente e extrair). Manobra de Brandt-Andrews –
mão não hábil acima da sínfise púbica, e tensar o cordão umbilicar, ajudando o desprendimento, e
terminar com a manobra de Dublin.
Ativo – mais realizado atualmente, após a saida do ombro do feto, já ter preparado 10UI I.M de
Oxitocina – para que contraia o útero e a placenta saia, em menor tempo.
Dirigido – se adm Oxitocina 10UI E.V usado em cesáreas, facilite o desprendimento.
Corrigido –
manual – se produz quando ocorre retenção placentária (+ de 30min), se realiza com anestesia. Não
fazer caso possa haver complicação – se não esta em um local preparado
Globo de seguridade de Pinard – contração brusca e sustentada que se produz imediatamente após
o alumbramento e evita a hemorragia por hemostasia dos vasos. Se nas primeiras horas pos parto, as
contrações são muito intensas, intermitentes e geram dor, se chamar entuertos – ocorre por excesso
de oxitocicos.
Principais causas de hemorragia pos parto – tono (70%), tecido (20%), trauma (10%), trombina (1%) –
4T.
Tono – útero – globo de seguridade pinard (nas magras se ve, logo acima da sinfisis púbica),
consistencia dura elastica, limites bem definidos. Depois – cosistencia dura lenhosa que provoca dor
(entuertos). Fundo uterino – a nível umbilical
Se existe suspeita de restos de tecido, fazer extração manual, com anestesia.
Traumas – após o parto vaginal, fazer uma completa revisão do canal de parto, buscando qualquer
laceração, desgarro, ainda mais se foi realizada ampliação ou episiotomia, realizar tato retal,
buscando solução de continuidade ate o reto ou anus.
Trombina – quando todos os demais estão descartados. Pensar em alterações na cascata de
coagulação.
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Puerpério
Periodo que se inicia imediatamente depois do alumbramento, se caracteriza pela regressão ou
involução ate o estado pre gravídico. Se restituem os câmbios anatômicos e funcionais
Classificação segundo sua duração –
Imediato – nas primeiras 24h pos parto. Se controla os sinais vitais, se implementa a lactância
materna, geralmente nos primeiros 30min, inicia o apego precoce.
Mediato – das 24h aos 10 dias. Se caracteriza por uma marcada involução uterina, ao 5º dia o
calostro se converte em secreção láctea e vai mudando de qualidade dos loquios (secreção
sanguinolenta que a puerpera expulsa)
Alejado – se estende desde o dia 11º ate o dia 42 pos parto. Se prive do inicio das relações sexuais
ate aqui, pois o cérvix demorar de 40 a 42 dias para fechar-se corretamente, sendo uma passagem de
microorganismos, podendo produzir endometrites.
Tardio – compreende o desde o dia 42 pos parto e se estende ate 1 ano pos parto.
Loquios – secreção sanguinolenta, que vai mudando de cor e consistencia.

Rubra – duram de 2-3 dias, odor sanguinolento


Seroso – do final da 1ª semana, exudado
Alba – de 3-6 semanas.
Se o odor continua fétido, significa que tem algum resto.
Cérvix – vai se recuperando, tarda de 2-3 meses para reverter a ectrópion. o orificio cervical fecha
mais de 60% na primeira semana
Aumenta sua espessura, alonga e forma novamente o canal
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Involução uterina – pôs alumbramento – abaixo da cicatriz umbilical. Aos 6 dias um pouco acima da
sínfise púbica, aos 10º dias, próximo a sínfises.
O endométrio se reestabelece entre a terceira e a sexta semana inclusive no local de inserção
placentária
A vagina geralmente recupera sua elasticidade, trofismo e tonos nas primeiras 3 semanas
Se houve ampliação do canal de parto, geralmente cicatriza nas primeiras 2 semanas
Câmbios extragenitais – a bexiga aumenta sua capacidade. A dilatação da pélvis e dos ureteres
voltam no puerpério alejado. Pode haver diástase dos retos, parede abdominal flácida, atonica,
estrias
A leucocitose, concentração de Hb, e Hto, se normalizam nas primeiras 2 semanas.
De acordo a direta o trânsito intestinal se reestabelece na primeira semana. Voltam os volumes e
capacidades respiratórias
Hormônios no puerpério – estrógenos diminuem na primeira semana, progesterona – 10º dia,
gonadotrofina e lactogeno placentário indetectáveis ao 10º dia, totalmente ao 15º. Hormônios
tireóideos se reestabelecem ao 8º dia
Glândulas mamarias – fica congestionado, cheio de leite, aumenta de tamanho
Calostro – secreção dos primeiros dias, dura 5 dias, alto conteúdo de imunoglobulinas. Indispensável
que o bebe tome. (exceto – mães HIV+). A prolactina promove a produção de leite e oxitocina facilita
sua ejeção.
Complicações do puerpério – imediato – controlar hemorragia. Controlar sinais vitais, loquios,
consciência, temperatura, diurese, tono, lacerações. Avaliar reposição de plasma ou sangue
Mediato e alejado – controlar diurese, presença de sintomas urinários, sinais inflamatórios nas
mamas, bico, trânsito intestinal, involução uterina, dor, febre, secreção achocolatada e fétida pela
vagina.
Puerpério tardio – psicose pos parto, perda do sentido de realidade, alucinações, alterações do
conteúdo do pensamento e comportamento. Pode ocorrer ate 1 anos depois.

Puerpério e lactância materna


Anatomia da glândula mamaria – histologicamente temos várias glândulas, e fica uma principal com
vários acinos, podem persistir algumas acessórias, que ficam ativas durante a gravidez
Durante a gravidez os estrógenos secretados pela placenta fazem com que o sistema ductal da mama
cresça e se ramifique. Sempre as revisar, ver como é o bico (plano – invertido, o que impede a
amamentação, necessita ser formado com algumas manobras)
A prolactina promove a lactância, é secretada na adenohipofise da mae, sua concentração no sangue
experimenta uma elevação constante desde a 5ª semana de gravidez, ate o nascimento.
Para manutenção da lactância depende da demanda. (se a criança mama mais, maior a produção)
Na gravidez os estrógenos e progesterona são essenciais para o desenvolvimento das mamas e
também tem o efeito de inibir o leite
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Após o nascimento, desaparecem os estrógenos e progesterona, estimula o lactogeno da prolactina,


secreção de leite de forma paulatina
Os hormônios de crescimento, o cortisol, paratireoide e a insulina – são necessárias para os
substratos, para formar o conteúdo do leite materno (acido graxos, aminoácidos, glicose)
Semanas após o parto a prolactina volta ao normal, e ao amamentar os sinais nervosos enviados
através dos bicos, aumentam a secreção de prolactina 10-20 vezes o normal.
Ejeção de leite é dada pela oxitocina (neuro hipófise), produz um reflexo combinado neurogeno e
hormonal para que possa ser ejetado.
A lactância obedece a oferta e demanda. Começando com o estimulo de sucção, os receptores
sensoriais, enviam ao cérebro os estímulos indicando que se faz necessária a produção de leite.
Secretando prolactina e oxitocina. O leite é ejetado e após o esvaziamento, volta novamente a
produzir um efeito para que se produza novamente o leite.
Se o bebe não faz sucção, essa produção vai diminuindo.
Lactopoyese – processo pelo qual passam as glândulas mamarias ao secretar o leite. Maduração e
transformação das glândulas imaturas gravídicas em mamas lactantes
Galactopoyese – manutenção da produção do leite pela glândula mamaria, até que para de mamar e
esta regride. Depende da mãe fazer a manutenção.
Composição do leite materno – leite de pre termino (nem todas exteriorizam), calostro, leite de
transição, leite maduro
Leite de pre termino – possui alto conteúdo proteico, imunoglobulinas, menor quantidade de lactosa.
Calostro – secreção dos primeiros 5 dias, pos parto. secreção aquosa, entre 2-20ml/mamada. Possui
lactosa, possui mais proteinas que a anterior, abundantes imunoglobulinas A e G. aporta
58kcal/100ml. Muito importante que o bebe tomar, para o trato digestivo, formação e expulsao do
mecônio.
Inibem as IgE (que dao alergias), contem fator de crescimento de lactobacillus bifidus (para formar a
flora)
Leite de transição – 5-15 dias pos parto. ate 800ml/dia. Coloração láctea.
Leite madura – aporta 75kcal/100ml, composto por agua (principalmente), proteínas, hidratos de
carbono, gordura, lipasa, minerais e vitaminas
Benefício da lactância – para o bebe – sentidos, tato, odores, sons, olhares, eliminação do mecônio,
evita hiperbilirrubinemia neonatal, menor risco de diarreia, infecções respiratorias, meningite,
septicemia, infecção urinaria. Bom desenvolvimento dento-maxilo-facial (mastigação, mimica,
fonoarticulação da linguagem), menor risco de desnutrição ou obesidade. Melhor desenvolvimento
psicomotor. Diminui a possibilidade de adquirir – diabete insulino dependente, colites ulcerosa, enf
crohn.
Para mae – recuperação uterina pos parto, diminuição do sangramento, aumento das reservas de
ferro, perda de peso, diminui o risco de câncer, vantagens economicas e psicologicas, catabolismo do
cálcio otimizado. O leite materno não precisa ser aquecido, não se contamina.
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Normalmente o excesso de prolactina, inibe os hormonios folículos estimulantes, inibem a ovulação,


não dando ciclo endometrial, e geralmente as mulheres que amamentam não menstruam nem
ovulam. Podendo engravidar novamente (amenorreia da lactancia)
Também não responde da mesma forma aos estímulos sexuais.
Anticoncepção – não é ideal o uso de qualquer tipo. Melhor algum que não passe ao leite. Hormonais
não estrogênicos, esterilização cirúrgica (se não quer mais filhos) e barreira.
Problemas na lactância – boa técnica, caso não tenha, pode produzir grietas dolorosas no bico,
maceração do bico, gerando muito dor e ate sangramento
Acoplamento boca-peito funcional – de frente (barriga com barriga), labios evertidos, boca perto do
peito, cabeça e ombros a frente, bico na parte superior da boca, por a mao em forma de C na mama.
A sucção inicia de forma rápida, para estimulação do leite, depois fica lenta e profunda, com pausas
momentâneas. Não deve gerar dor se agarrado corretamente. Nariz apoiada mas não comprimida.
Complicações – bactérias – mastites ou abscessos da mama – podem penetrar no sistema ductal e
liberar no leite microorganismos como S.aureus.
Tuberculose ativa – quando a mae é portadora, geralmente se contraindica a amamentação, devido
trasmissao via aérea.
Leite extraído – se pode contaminar com Staphylo, gram -, pela maneira como é feita ou local de
armazenamento.
Vírus – em mães com Hepatite C foi detectado tanto o RNA quanto anticorpos, então esta
contraindicado também. herpes simples tipo – na mae infectada podem sair lesões na mama,
podendo de infectar, mais risco no colo uterino, vagina.
HIV – quando a mae é portadora, aconselhar sobre os benefícios e risco de transmissão, mas
contraindicado pela transmissão vertical através da lactância, dar métodos alternativos. Tomar
cuidados durante o trabalho de parto, teste rapido nas mulheres e seu parceiro, caso não tenha sido
constatado no pre natal. Uso de terapia antiretroviral AZT em HIV+ durantes as ultimas semanas da
gravidez e parto.
Álcool – diminuição na duração do sono do bebe, menor grau de desenvolvimento, passam ao leite.
Tabaco – interferem no volume lácteo, contem muitas substancias toxicas, redução do sono,
transtornos de aprendizagem.
Anfetaminas – irritabilidade, alteração no sono, morte súbita, intoxicações, movimentos oculares
rotários
Opiaceos – (heroína, morfina, oxicodona) – sonolência, apneia, depressão respiratoria, tremores,
inquietude, vômitos, mal tolerância alimentar.
Processo de “Destete” – iniciar gradualmente aos 6 meses, introdução de outros alimentos. Manter a
lactância ate os 2 anos – OMS.
Destete natural, precoce e forçado
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Precoce – antes dos 2 anos, ou alimentos antes dos 6 meses. As vezes intervem fatores condutais
(fumante, não chegou a amamentar), muito jovem, baixo nível socioeconômico, omissão por parte
dos profissionais a cargo de brindar uma informação adequada.
Consequências – mastite (acumulo de leite), abscesso, febre, desajustes emocionais. para o bebe –
obesidade, risco de alergia, sistema imunológico pobre
Forçado – dor dos bicos, pressão social, laboral, danos ao seio.
Técnicas – introduzindo, frutas, suco. Não dar somente alimentos doces, em temperatura ideal
(37graus), sentado ou apoiado, estabelecer ritmo.
Contra indicações amamentação – HIV, galactosemia, drogas, infecção por Hepatite C,
Avaliação individualizada – herpes simples, sífilis, hepatite C, CMV, infecções bacterianas graves,
álcool, cafeína, tabaco.
Falsas contraindicações – trato respiratório e digestivo – resfriado, amigdalite, diarreia, DM, hepatite
A e B, rubéola, parotidite, Salmonelose, paludismo, toxoplasmose, mastite, bico plano, piercing no
bico, silicone

Anticoncepção durante a lactância


Naturais – lactância materna (MELA – método da lactância materna exclusiva), abstinência sexual
periódica (período fértil – tabela, dia 1 – sangramento e fechamento do ciclo – o primeiro dia da
seguinte menstruarão), métodos bioquímicos preditivos de ovulação (maior secreção de muco
cervical – pre ovulatorio), coito interrompido
Artificiais – hormonais, métodos intrauterinos, métodos de barreira, métodos cirúrgicos
✓ MELA – lactância exclusiva a livre demanda, mulher amenorreica, que produzira uma grande
aumento da prolactina, bloqueando o estimulo ao ovário, gerando inatividade do mesmo –
inibindo a ovulação. 98% de eficácia nos primeiros 6 meses, sua eficácia vai diminuindo.
Quem pode usar – lactância materna exclusiva, ausência de menstruação no parto, que tenha
ocorrido em menos de 6 meses. Iniciar o apego precoce, amamentar com frequencia, sem
horário, sem chupeta ou mamadeira. Sem deixar longos períodos sem, sem suplementos, mesmo
doentes.
Vantagens – 98% eficaz, fácil de usar, não interfere no ato sexual, não tem efeitos secundários,
beneficio a ambos.
Desvantagens – difícil manter o padrão, duração limitada, não protege das DST.
✓ Calendário (ogino-knaus) – tabelinha. Baseada na abstinência nos dias férteis. Mas nem todas
mães que amamentam menstruam. Fase fertil – dias 14-16 do ciclo. 3 a 5 dias antes e depois.
Evitar o coito 5 dias antes da ovulação. Eficacia = 20/100 no primeiro ano.
Vantagens – sem efeitos secundários, não existe manipulação química.
Desvantagem – ruim calcular em ciclos irregulares, restrição dos dias ferteis
✓ Temperatura basal – controle dos câmbios de temperatura – aumento antes e depois da
ovulação. (0,5-0,8 de aumento)
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Desvantagem – fatores que podem alterar a temperatura


✓ Método de Billings – muco cervical. controle cíclico da produz e qualidade do muco. Que
cambia nos períodos férteis – fica mais elástico, gelatinoso e abundante – clara de ovo.
Aproximadamente 4 dias depois que o muco começa a produzir e 24h depois de que
reaparece uma descarga turva, se considera seguro ter coito. Se altera nas infecções.
✓ Coito interrompido – retirar o pene antes da ejaculação. Efetividade 60%. Pode produzir uma
secreção previa
✓ Metodo de auto palpação – colo alto e mole, OCE entre aberto.
✓ Espermaticidas – nonoxinol 9 – 8 min antes do ato sexual. Produzem a morte dos
espermatozoides.
✓ Esponja anticonceptiva – barreira no fundo, que absorve o sêmen, e não deixa sua passagem
✓ Diafragma – utilizar-se me conjunto com os espermaticidas.
✓ Códon masculino – preservativo masculino.
✓ Códon feminino – para introduzir na vagina, colocando o anel flexível no colo do utero.
✓ Implante subdermico – de liberação lenta, de progestageno (etonorgestrel) dura de 3-5 anos.
✓ Mini pílulas anticonceptivas orais – contem somente progestina, engrossam a mucosa e
entrada do útero, dificultando a passagem do sêmen. Muda o revestimento uterino
(endométrio) – 28 comprimidos.
Vantagens – não interrompem o sexo, poucos efeitos secundários, pode ser usada durante a
lactancia, qualquer idade
Desvantagem – irregularidade, aumento da acne, mesmo hora todos os dias.
✓ DIU – varias formas, de cobra e prata, mudam o pH e não permitem a fertilização.
Vantagens – eficaz, fácil de usar, a fertilidade volta
Desvantagens – prescrição medica, não protege das DST/HIV, pode expulsar-se, pode causar
dor ou moléstias durante sua inserção ou extração
Efeitos secundários – dores, câimbras, sangrado prolongado e abundante, dor na parte baixa
do abdômen
Mirena – levonorgestrel – por 5 anos
Métodos permanentes – vasectomia – corta os condutos deferentes para evitar que os
espermatozoides formem parte do semen – 99,9%
Obliteração tubaria – secção das trompas para impedir que os óvulos passem e sejam
fecundados. 0,5/100 mulheres no primeiro ano.
Implante masculino – capsulas subdermicas, doses baixas de um medicamento hormonal
(LRH-13) que suprime a produção de espermatozoides. Em estudo
Anticoncepção de emergência – pílulas de emergência ate 72h ou 3 dias após a relação.
Combinação de estrógeno, progestina ou somente progestina.
O DIU pode ser colocado ate 120h após a relação

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