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Tem formato de losango e é o ponto de encontro entre os É a relação do dorso fetal com o corpo materno. As
dois ossos frontais e os dois ossos parietais. variações possíveis da posição fetal são:
Principais diâmetros do crânio fetal • Se longitudinal: DIREITO (dorso fetal está voltado
para o lado direito do abdome materno) ou
Os principais diâmetros do polo cefálico fetal são: ESQUERDO (dorso fetal está voltado para o lado
esquerdo do abdome materno);
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
• Cefálica (mais comum); ✱ DICA: Seu ponto de referência é o lambda e a letra que o
• Pélvica; simboliza é a “O” e, portanto, em todas as variedades de
• Córmica; posição da apresentação cefálica fletida, a primeira letra
da nomenclatura será a letra O.
✪ Como cai em prova? A apresentação cefálica apresenta
quatro diferentes variedades de acordo com o grau de ✪ Como cai em prova? Qual variedade de posição tem
deflexão da cabeça fetal: melhor prognóstico? SEMPRE a apresentação cefálica
fletida na variedade de posição occipitopúbica (OP) é a que
• Cefálica fletida ou de vértice: caracteriza-se pela tem melhor prognóstico fetal.
flexão generalizada do feto em que o mento se
aproxima do esterno. Ocorre em cerca de 95% das ✪ Como cai em prova? São comuns questões que avaliam
gestações a termo e representa o melhor se você sabe quantos graus o feto deve rotacionar para
prognóstico para o parto vaginal; estar em OP. Para atingi-la, ele deve realizar a menor
• Cefálica defletida de 1º grau ou bregmática: rotação possível (essa ideia será detalhada em
ocorre quando a cabeça fetal está apenas MECANISMO DE PARTO)
parcialmente fletida, permitindo que a fontanela
anterior ou bregma seja palpável; MECANISMO DE PARTO
• Cefálica defletida de 2º grau ou de fronte: o
mento está ainda mais afastado do esterno e é Mecanismos de parto são movimentos passivos que as
possível palpar a glabela ou raiz do nariz. É a contrações uterinas provocam no feto quando o
variedade de apresentação fetal que apresenta o impulsionam contra os pontos de resistência da pelve
maior diâmetro fetal para o canal de parto e, materna. Tradicionalmente o mecanismo de parto é
portanto, de pior prognóstico para o parto dividida em seis tempos:
vaginal;
1. Insinuação;
• Cefálica defletida de 3º grau ou de face: ocorre
2. Descida;
quando o occipício se aproxima do dorso devido à
3. Rotação interna;
extensão do pescoço fetal. Nesse caso, é possível
4. Desprendimento cefálico;
palpar o mento do feto.
5. Rotação externa;
☑ Saiba mais: A apresentação pélvica pode ser classificada 6. Desprendimento das espáduas;
em duas diferentes variedades de acordo com a posição
das pernas do feto: INSINUAÇÃO
• Completa: coxas fletidas sobre o abdome e Passagem do diâmetro biparietal (cabeça do feto) pelo
pernas fletidas sobre as coxas; estreito superior, quando se “encaixa”. O ápice da cabeça
• Incompleta: coxas fletidas sobre o abdome e fetal se encontra em nível das espinhas isquiáticas (plano
pernas estendidas. 0 de De Lee). Geralmente, ocorre uma variedade de
posição transversa (occipital voltada para o ilíaco direito
ou esquerdo).
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DESPRENDIMENTO DE ESPÁDUAS
Desprendimento da cintura escapular e do polo pélvico. A
liberação do ombro anterior ocorre primeiro, após o
posterior e liberação do feto. Nessa fase, pode ocorrer
distocia de ombro
São preconizadas:
• os batimentos cardíacos fetais devem ser
avaliados a cada 5-10 minutos ou de forma
São medidas importantes: contínua.
• A posição do período expulsivo e nascimento do
• Abrir partograma; concepto deve ser de livre escolha da gestante;
• Monitorar BCF com sonar doppler a cada 15-30min • A episiotomia não deve ser feita de forma rotineira
(risco habitual) OU contínuo com cardiotocografia e liberal (quando indicada usar mediolateral)
(alto risco); • A manobra de Kristeller é proibida!
• NÃO administrar ocitocina de rotina;
• Toque vaginal deve ser feito a cada 2-4 horas; ☑ Saiba mais: Os planos seccionados durante a
• Estimular gestante a andar e adotar posições episiotomia são: pele, mucosa vaginal, aponeurose
verticais; superficial do períneo e músculos bulboesponjoso e
• Evitar jejum; transverso superficial do períneo.
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Distocia de ombros
Um sinal clínico importante de distócia de ombro é quando
a cabeça fetal, após o desprendimento, é puxada de volta
contra o períneo, chamado sinal da tartaruga.
Trata-se de uma emergência obstétrica grave, em que o
feto (geralmente macrossomico – maior que 4kg) não
consegue se desprender do canal de parto, pois o acrômio
está impactado na pube materna.
✪ Como cai em prova? As manobras de resolução da
distócia de ombro devem ser de conhecimento de todo
obstetra e caem com frequência nas provas (não é regra Quando você se deparar com partogramas em que a linha
mas geralmente segue-se em sequencia progressiva): de dilatação está muito verticalizada à esquerda da linha
de alerta, desconfie de que se trata de um parto
• Manobra de McRoberts: Flexão da perna da taquitócito.
mulher, o que aumenta o diâmetro de saída da
pelve. Geralmente é a PRIMEIRA MANOBRA A SER A dilatação cervical, a descida do feto pelo canal de parto e
REALIZADA. o parto ocorrem em INTERVALO MENOR DO QUE QUATRO
• Manobra I de Rubin: Pressão suprapúbica sobre o HORAS.
ombro anterior do feto
✪ Como cai em prova? É mais comum em multíparas e
está relacionado a complicações, como hipotonia uterina,
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✪ Como cai em prova? Pode estar associada a • doenças fetais que aumentam a chance de
hipoatividade uterina, fetos macrossomicos assim como, sangramento e lesão óssea;
fetos em apresentação cefálica defletida de terceiro grau. • cabeça não insinuada;
• apresentação que não a occipital;
✪ Como cai em prova? Quanto à conduta comumente, é
• suspeita de desproporção cefalopélvica.
mais indicado o uso do fórcipe, desde que haja condições.
CONDIÇÕES DE APLICABILIDADE
Parada secundária de descida
Deve-se ter OBRIGATORIAMENTE todas as condições de
aplicabilidade presentes:
• Colo completamente dilatado;
• Rotura de membranas fetais;
• Estreito médio e inferior compatíveis com cabeça
fetal;
• Concepto vivo;
• Cabeça insinuada (abaixo da linha 0 de De Lee);
• Volume cefálico normal;
• Identificação de variedade de posição;
TIPOS
Se observa a horizontalização das circunferências que
A marca de Baudelocque é o nome dado à impressão
representam a altura da apresentação fetal associada à
deixada pela pega correta do fórcipe na cabeça fetal
dilatação cervical total
Os quatro tipos de fórcipes mais utilizados na prática
Caracteriza-se pela parada da progressão da
obstétrica são:
apresentação fetal pelo canal vaginal, por MAIS DE DUAS
HORAS, quando a DILATAÇÃO CERVICAL É TOTAL, ou seja, • Simpson-Braun;
é de dez centímetros. O tratamento é sempre o parto • Kielland;
cesáreo, uma vez que se trata de uma distocia não • Luikart;
corrigível em que o feto não progride pelo canal de parto • Piper
✪ Como cai em prova? A causa mais comum desse tipo de Simpson-Braun
distocia é a desproporção cefalopélvica. A parada da
É o mais utilizado de todos os fórcipes. É usado para as
descida da apresentação fetal costuma ocorrer próxima do
variedades oblíquas e pegas diretas (OP e OS), uma vez que
plano zero de De Lee, uma vez que esse é o ponto mais
não pode ser utilizado para rotação maior do que 45 graus.
estreito da pelve materna, relacionado às espinhas
isquiáticas Kielland
A conduta mais aceita é a indução. Algumas referencias O principal fator de risco para a prematuridade é o histórico
postulam conduta expectante, com internamento par prévio de parto prematuro.
controle clínico. Se expectante utilizar corticoterapia São conhecidos:
(diminui risco de desconforto respiratório do RN).
• Rotura prematura de membranas
RPM pré-termo entre 24 e 34 semanas incompletas
• Infecção geniturinária (vaginose e cistite)
A tocólise não está indicada nos casos de rotura prematura • Gestação múltipla e polidrâmnio
pré-termo de membranas, a não ser que a gestante entre • Malformações uterinas e cirurgias do colo uterino
em trabalho de parto rapidamente e seja necessário adiar o • Tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas
parto em até 48 horas para transferência da gestante a um • Extremos de idade materna (<15 anos ou > 40
centro de referência anos)
A conduta é expectante, com indicação do internamento Predição de prematuridade
materno para adoção das condutas:
São dois principais exames:
• CORTICOTERAPIA: principal conduta, podendo
• USG TV com medição de colo uterino: principal
ser por betametasona (24h/24h, 2 doses) ou
exame para predizer a prematuridade. É
dexametasona (12/12h, 4 doses). O efeito
preconizado como conduta universal para todas
completo ocorre 24h após fim do ciclo, apesar
as gestantes entre 19 e 24s OU com 16 semanas
disto deve ser feito mesmo que não haja este
para gestantes com história pregressa de parto
tempo hábil.
prematuro. Um colo ≤ 25 mm é considerado colo
• ATB: para aumentar o período de latência e
curto, estando indicado fazer a suplementação
diminuir os riscos de corioamnionite. No Brasil a
com progesterona por via vaginal.
mais utilizadas é a azitromicina em dose única.
• Fibronectina: realizado entre 20 e 36 semanas.
• SULFATO DE MAGNÉSIO: se gestante entrar em
Possui alto valor preditivo negativo e por isso deve
trabalho de parto deve-se aplicar para
ser utilizado apenas em população de risco
neuroproteção fetal (até 32 semanas).
elevado para prematuridade (um resultado
RPM a baixo de 24 semanas negativo garante certa segurança no manejo)
Deve ser individualizada para cada paciente e para cada DIAGNÓSTICO
serviço:
O diagnóstico de trabalho de parto prematuro é, na
• Ativa: se RPMO abaixo do limite de viabilidade, a maioria das vezes, clínico:
tendência é optar pela conduta ativa com
• Contrações regulares (>2 em 10min);
resolução da gestação, em decorrência da
• Dilatação cervical >3cm
prematuridade extrema e do prognóstico fetal
reservado. ✪ Como cai em prova? Podemos dividir em:
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