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Estudo dirigido 1

Tema: Ciclo vital: Gravidez, parto e puerpério.

Acadêmica: Julia Adelino da Silveira

Psicologia – 2023 – Unisul

1. Frente a obstetrícia, como podemos compreender as implicações psicológicas


referentes a gestação, ao parto e ao puerpério?

Transtornos e sintomas psíquicos são frequentes, especialmente, no primeiro e no terceiro


trimestres de gestação e nos primeiros 30 dias de puerpério. Os fatores envolvidos na alta
prevalência dizem respeito às diversas dimensões da gravidez e da maternidade. Além de
alterações hormonais, como o aumento do cortisol, que provocam transformações no
comportamento e no psiquismo, gravidez e maternidade implicam várias mudanças na
inserção social.
Outros fatores como poucos recursos materiais, alta demanda ocupacional, responsabilidades
domésticas intensas e relações familiares conflituosas podem piorar a situação.

2 Como podemos pensar o direcionamento da equipe de saúde frente as


intercorrências possíveis e as condições patológicas maternas.

A elaboração de um plano de intervenção com muito conhecimento e, assim, acarretando o


surgimento de estratégias para o atendimento efetivo dessas mulheres. O atendimento das
gestantes com intercorrências deve ser mantido com visitas pela equipe de saúde, menor
tempo de espera para efetuar os exames da gestante, maior adesão das mesmas.

Para a realização da proposta e o trabalho efetivo, é importante também contar com os


aparelhos mínimos para acompanhamento das gestantes, mobilização conjunta da
comunidade em ser instruída e orientada quanto à importância do mesmo; os membros da
equipe devem se preparar para desempenharem uma função realmente multidisciplinar,
atendendo, medicando, agendando consultas, liberando exames, visitas domiciliares,
orientações, visitas mensais dos ACS a casa das gestantes.
2.1. Que aspectos psicológicos podem entrar em cena nestas condições?

As intercorrências no período gravídico-puerperal fragilizam a mulher e sua família e


conduzem, muitas vezes, ao ápice do sofrimento psíquico. Oferecer atendimento psicológico
neste contexto possibilita à gestante elaborar e refletir acerca das estratégias de
enfrentamento diante de sua condição clínica.

O psicólogo tem um papel ativo, e pautando suas intervenções tendo em vista que, ao
esclarecer aspectos elementares da situação presente do paciente, ocorre um fortalecimento
na sua capacidade de adaptação e compreensão da realidade vivida. No ambulatório de alto-
risco, o foco das intervenções psicológicas envolve, principalmente, as intercorrências do
período gravídico, as mudanças geradas por estas, além dos sentimentos suscitados

A atuação do psicólogo envolve então, ações terapêuticas e preventivas e são voltadas,


principalmente, aos aspectos emocionais e relacionais, tendo em vista as importantes
transformações ocorridas na mulher e na família no período gravídico-puerperal. Ressignificar
experiências difíceis representa uma possibilidade de melhorar a qualidade de vida entre as
pessoas envolvidas.

Essa importante promoção de saúde no atendimento psicológico às gestantes, deve ocorrer


cedo, pois a vida inicia no útero materno. O bebê possui registros de memória deste período
de vida, o qual irá influenciar no seu desenvolvimento psíquico. Ao acolher a mãe e a família é
possível favorecer a formação e/ou o fortalecimento do vínculo afetivo com o novo indivíduo
em formação e proteger, dessa forma, seu desenvolvimento.

Alguns aspectos psicológicos mais comuns que atrapalham o desenvolvimento do bebê, e a


recuperação da mãe:

 Depressão pós-parto;
 Transtorno de Ansiedade;
 Não aceitação da gravidez.

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