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CURSO DE PSICOLOGIA
Tubarão
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2022
TUBARÃO
2022
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IDENTIFICAÇÃO
Autores
1 INTRODUÇÃO
Segundo Bock (2001) pelo olhar da psicologia social, cabe ao psicólogo escolar
desenvolver, junto às comunidades escolares, intervenções psicossociais que atentem
aos aspectos sócio-históricos que fazem parte do universo humano e que contribuem
para o desenvolvimento de um sujeito mais consciente, crítico, ético, sensível e
autônomo. Essas intervenções devem ser fruto de uma relação dialética estabelecida
entre o sujeito atendido e o sujeito que atende, o que implica formar um contexto que
possibilita a transformação de ambos, colocando-os num movimento emancipatória,
sendo capazes de lidar com os conflitos escolares que surgem.
Ainda de acordo com Bock (2001), as ações desenvolvidas a partir da
intersecção Psicologia Escolar versus Psicologia Social podem produzir, na comunidade
escolar, a articulação das realidades objetiva e subjetiva que se processam
dialeticamente, que consideram o sujeito e suas relações - subjetivas ou objetivas - com
a coletividade.
Para Sass (1992) a experiência escolar da psicologia social no jardim de infância
e nas creches por excelência deve se alicerçar na experimentação, pois esta permite ao
indivíduo perceber, viver e manipular, para assimilar a seus esquemas de compreensão,
de avaliação e de ação, os fenômenos da natureza, as relações entre coisas, pessoas e
entre elas e objetos.
Autores como Filho, Silva e Figueiredo (2006) apontam que o movimento das
crianças ao brincar e jogar pode propiciar a autonomia e a construção da sua identidade,
as atividades lúdicas, dessa forma, são práticas pedagógicas que, além de propiciar a
estimulação psicomotora, proporcionam o desenvolvimento da autonomia, atenção,
memória, imaginação, interações entre iguais, experimentação de regras e papéis sociais
pelas crianças, bem como a expressão de sentimentos.
No jardim da infância e nas creches então, é onde ocorre o brincar e jogar livre.
Além da experiência lúdica ser uma forma muito privilegiada de encontro do sujeito
com as atitudes da comunidade, o outro generalizado que se dá mediado pelo grupo
social participante nessa forma de ação social coletiva, favorece ao mesmo tempo o
desenvolvimento cognitivo, pois o jogo e a brincadeira são atividades sociais que
retiram do fluxo de relações sociais os elementos que os compõem, buscando dar-lhes
uma síntese lógica, cognitiva e ética, como afirma Sass (1992).
Nesse sentido, as atividades lúdicas planejadas como propostas interventivas
no contexto escolar não podem ser negligenciadas, a fim de que se proporcione e
potencialize o desenvolvimento infantil.
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2. OBJETIVOS
Incentivar o Autoconhecimento;
Auxiliar as questões de Identidade;
Oferecer estímulos sob a autonomia;
Desenvolver experimentações para um bom convívio social com diferentes;
Trabalhar oralmente e verbalmente, lucidamente e com raciocínio lógico;
Despertar consciência de suas culturas e histórias de vida;
Incentivar o respeito mútuo entre as diferenças de gênero, etnias e opiniões;
Demonstrar valorização das características do corpo e respeitar os outros quais
convive;
3. MÉTODO
O projeto visa auxiliar os alunos dos pŕe escolares, entre idades de quatro a seis
anos, da escola C.EI. Othilia Maria Teixeira, localizada na região de Garopaba – Santa
Catarina, e serão exercidas essas intervenções dentro do âmbito escolar.
Abrangerá indagações perante ao convívio social e pessoal dos alunos, pois há
queixas de incompreensão referentes a questões de comportamentos, autoconhecimento
e convivência com culturas e histórias diferentes.
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3.2.4 A função das integrantes será produzir as atividades que serão aplicadas, e
integrar o grupo dentro das mesmas, com exploração e comunicação lúdicas.
Sendo o público alvo crianças, entende-se que, por serem além de atores sociais,
com possibilidades de participarem de estudos e atividades de intervenção psicológicas,
indivíduos biopsicossociais em processo de desenvolvimento, e portanto sujeitos a
vulnerabilidades. Dessa forma, para essa pesquisa respeita-se a ética dos sujeitos
participantes.
Em primeiro plano, considera-se, por meio da relevância do presente projeto, na
qual concede mais benefícios que malefícios, como a promoção de autoconhecimento,
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valorização da criança como ser social único, pertencente a uma família, a uma cultura,
a uma etnia, gênero e a outros grupos sociais e que ,portanto, merece ser respeitada,
aceita, ouvida e valorizada por ela mesma, pelos outros, e ao mesmo tempo
reconhecendo o outro como detentor desses direitos.
Ademais, tal estudo visa proteger a identidade de cada criança, por meio da
confidencialidade e consentimento, pedindo permissão aos responsáveis da escola para
a prática das atividades, bem como para as crianças, permitindo a sua livre participação
ou desistência, não divulgando fotos, nomes, vídeos ou qualquer arquivo que possa
comprometer o sigilo das informações.
4. Cronograma
Observação coletiva em
1 momento livre dos alunos, Observação livre Eduarda
para coletar as demandas Garcia
necessárias para as futuras Julia Silveira
intervenções. Mirian
Pacheco
Dinâmica produzir
3 Visa autoconhecimento e carteira de Eduarda
percepção e características identidade, desenhar Garcia
da individualidade rosto e carimbar Julia Silveira
dedo. Identificar Mirian
nome, sobrenome, Pacheco
nomes dos pais.
Promover aceitação, Dinâmica
4 autoestima, respeito, em características físicas Eduarda
relação a si mesmo e aos e corporais, uso de Garcia
outros e suas diferenças. pintura e arte livre. Julia Silveira
Mirian
Pacheco
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SASS, O. Crítica da razão solitária: a psicologia social de George Herbert Mead. 1992.
Tese (Doutoramento em Psicologia Social). Pontifícia Universidade Católica, São
Paulo, 1992. Acesso em 19 Set 2022.
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