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Relatório Descritivo 2011 - AEE

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
E.M.E.B. MARIA ILNAH DE SOUZA ALMEIDA
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE

RELATÓRIO DESCRITIVO 2011

Nome do aluno:
Data de Nascimento: 23/09/04
Série: 1º ANO
Área de deficiência: SÍNDROME DE DOWN

 Aspecto sócio-emocional
Em relação à socialização com seus pares a educanda consegue manter uma
boa relação; demonstra gostar da escola, dos seus colegas e professora, xxxxxx é uma
criança tímida e retraída, porém, seus colegas e demais funcionários da escola têm uma
boa relação com a mesma. Em se tratando do comportamento, prefere na maioria das
vezes ficar sozinha, apenas observando. Demonstra ser uma criança alegre, prestativa e
carinhosa, No intervalo fica calada, apenas observando seus pares. Quando está no
acompanhamento, é comunicativa e gosta de cantar. Gosta de estar na companhia deles,
porém, não brinca com os mesmos, preferindo só observá-los.
Nos momentos de realização das atividades individuais e em grupo a criança
só realiza as atividades e participa mediante a intervenção da professora. Manifesta bons
hábitos de higiene e utiliza expressões de cortesia quando é estimulada.
Apresenta lentidão para realizar as tarefas, dispersasse com facilidade
necessitando da ajuda da professora para concluí-las; principalmente as atividades que
envolvem a escrita e pintura. Em algumas situações não concluiu o dever no tempo
determinado, sendo necessária a intervenção para realizar as mesmas. Em alguns
momentos faltou ter mais atenção com os materiais da sala de recurso multifuncional e
se concentrar durante as explicações das atividades.

 Aspectos psicomotores
A educanda apresenta dificuldade na motricidade fina e ampla; porém, foi
possível verificar que em relação à coordenação motora global, a mesma faz movimentos
de arremessar e captar objetos; ainda não consegue pular corda, não tem noção
de lateralidade (direita e esquerda, encima e embaixo, frente, traz, dentro, fora, em pé,
sentado, agachado); orientação espaço-temporal (longe, perto, noite, dia, chovendo,
ensolarado, nublado, ontem, hoje, conseguiu realizar com auxilio) etc. Na motricidade
fina, faz uso da mão direita, segue com dificuldade os traçados e recorta também com
dificuldade, devido à mesma ainda não ter desenvolvido força e apreensão; consegue
realizar a atividade de encaixe e pareamento com auxilio faz movimento de rosca e de
pinça com autonomia. Ainda não apresenta equilíbrio corporal acompanhando com
insegurança e os movimentos sugeridos nos jogos. Participa ativamente das brincadeiras
propostas.
 Aspecto cognitivo (aprendizagem)
Apresenta atraso na linguagem; está no nível pré - silábico conforme Emilia
Ferreiro. Identifica as letras (a, e, o, u, f, m e b), e os números (1 e 4). Em relação à
atividade no computador (softwares) a aluna realiza com entusiasmo e no tempo
estipulado; necessitando de ajuda para movimentar o mouse ao local solicitado.
Na expressão oral, a criança só expõe suas idéias mediante a solicitação da
professora, ainda não consegue organizar essas informações de maneira correta para
expor com coerência quando lhe é solicitado.
A educanda apresenta um quadro acentuado de desatenção e atraso no
desenvolvimento cognitivo; nos jogos que envolvem raciocínio lógico a mesma apresenta
dificuldade, necessitando de auxilio para realizá-los; como quebra-cabeça, jogo da
memória, encaixe. Não relaciona os números a sua sequência numérica, não estabelece a
relação entre número e quantidade; identifica algumas cores primárias e as
nomeia. Ainda não consegue nomear as formas geométricas, identificar os sons dos
objetos do cotidiano.

 Trabalho realizado pela escola referente à dificuldade da criança


Conversamos com a mãe sobre as dificuldades acima descritas e orientamos
que buscasse atendimento com outros especialistas; uma equipe multidisciplinar, como
fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicopedagogo, para que a aluna possa desenvolver
melhor suas competências e habilidade, melhorando assim o processo ensino
aprendizagem. Foi sugerido à família que trabalhassem a questão da autonomia com a
criança através do desenvolvimento de atividades que a propicie em momentos de
exercício dessa habilidade e manter o diálogo, orientando e trabalhando limites.
Em relação à dicção a criança ainda não iniciou o tratamento no ano de 2011,
por falta de recursos financeiros e pelo município não dispor de fonoaudiólogo no centro
de reabilitação, sendo assim, ouve uma quebra no tratamento. Segundo o relato da mãe a
criança não se encontrava em um nível avançado, pois necessita de varias sessões
fonoterápicas.

 Aspectos relacionados ao acompanhamento familiar


A criança tem apresentado um ótimo acompanhamento.
A família e escola devem caminhar juntas para o desenvolvimento da criança.

 Recomendações a serem seguidas no próximo ano.


As dificuldades apresentadas por xxxxxx são notórias. Acredita-se que ao
continuar freqüentando a sala de recurso multifuncional, o acompanhamento com a
equipe multidisciplinar e as aulas de balé, exista a oportunidade de um atendimento mais
focado nas dificuldades específicas da mesma, contribuindo assim para os avanços na
conquista de sua autonomia e aprendizagem. O trabalho com atividades diferenciadas e
específicas nas seguintes áreas:

Linguagem Oral:
- Método Fônico: Sons das letras e palavras;
- Aliterações;
-Utilizar cantigas e músicas infantis;
-Proporcionar a interação e comunicação, através de fantoches;
Percepção
 Proporcionar a brincadeira de esconde-esconde, com o intuito de procurar
localizar de onde vem determinado som.
 Proporcionar o manuseio de instrumentos musicais, discriminando-os através de
seus sons,
 Identificar ruídos de animais conhecidos, fazendo o pareamento entre a imagem,
o som e a palavra (verificar material);
 Diferenciar animais domésticos e silvestres
 Diferenciar sabores e para que servem no cotidiano. (sal, café, açúcar, leite, etc..)
 Diferenciar comestível de não comestível
 Provar alimentos sólidos, líquidos, crocantes, macios, duros.
 Experimentar coisas que têm e que não têm cheiro.
 Experimentar odores fortes e fracos, agradáveis e desagradáveis em materiais
como: vinagre, álcool, café, perfumes.
 Montar quebra cabeça-simples,
 Exploração do ambiente escolar através dos sentidos, utilizando a linguagem oral
e gestual como sensores.
Psicomotricidade
Exercícios de Coordenação Dinâmica Global
 Trabalhar a expressão corporal;
 Produção de movimentos, danças;
 Atividades rítmicas;
 Proporcionar brincadeiras de pula- corda, corrida de saco e cabo de guerra;
 Exercitar tensão e relaxamento no corpo (amolecer, murchar, endurecer, etc.)
Exercícios de Orientação Temporal
 Ouvir histórias, ou músicas que contenham histórias, e depois contar a seqüência
dos fatos.
 Ordenar cartões com figuras e formas e recompor uma história com início, meio
e fim.
 Observar animais (Caracol, largatixa, gato, tartaruga, etc.) e dizer quais são os
mais velozes e os mais lentos.
 Mover carrinhos rapidamente e lentamente, seguindo instruções do professor;
 Saber localizar os dias da semana, através do calendário e quadro de rotina.
Exercícios de Coordenação óculo- motora
Recortar com tesoura
 Treinar o modo de segurar a tesoura e seu manuseio, cortando o ar, sem papel.
 Recortar vários tipos de papel com a tesoura livremente.
 Recortar tiras de papel largas e compridas.
 Recortar formas geométricas e figuras simples desenhadas em papel dobrado.
Colar
 Colar recortes em folha de papel, livremente.
 Colar recortes em folha de papel, apenas numa área determinada.
 Colar recortes sobre apenas uma linha vertical.
 Colar recortes sobre apenas uma linha horizontal.
 Colar recortes sobre apenas uma linha diagonal.
Modelar
 Modelar com massa e argila: formas circulares, esféricas, achatadas nos pólos
(como tomate), ovais, cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pau de vassoura),
quadrangulares (como tijolo), etc.
Perfurar
 Perfurar livremente uma folha de isopor com agulha de tricô ou caneta de ponta
fina sem carga.
 Perfurar folha de cartolina em seqüência semelhante à proposta para o trabalho
com isopor.
 Perfurar o contorno de figuras desenhadas em cartolina e procurar recortá-las
apenas perfurando.
Bordar
 Enfiar macarrão e contas em fio de náilon ou de plástico.
 De início as contas e o macarrão terão orifícios graúdos e o fio será bem grosso e
firme.
 Numa segunda etapa, o material deverá ter orifícios menores e os fios deverão ser
mais finos e flexíveis.
 Alinhavar em cartões de cartolina.
 Pregar botões.
Pintar
 Pintar áreas delimitadas por formas geométricas e partes de desenhos de objetos.
Exercícios Grafomotores
 Passar o dedo indicador da mão dominante sobre uma reta horizontal traçada pelo
educador, com pincel, na cartolina. Seguir a orientação da esquerda para a direita.
 Com o dedo indicador, traçar uma mesma reta no ar, de olhos abertos. Repetir o
exercício de olhos fechados.
 Passar giz sobre o traço feito pelo educador. Fazer outros traços iguais ao lado.

Atividades da Vida Diária


 Saber distinguir diferentes tipos de alimentos através de figuras: gelados (sorvete),
naturais (frutas), cozidas (legumes), fritos (ovo) etc...
 Noção de família (membros, história familiar, significado de uniões (casamento),
formas de lazer com a família)
 Trabalhar localização na escola através de placas, contendo as palavras.
 Aprender à usar botões, fechos, velcro, ganchos, colchetes e amarrar cadarços.
 Ter noção do uso do dinheiro.
 Noções de higiene (desenvolver pequenas atividades, tais como: lavar as mãos
antes do lanche, após o uso do banheiro, escovar os dentes após o lanche, pentear os
cabelos, etc..
Cognitivo – Verbal
 Contar o que vê em fotos ou gravuras, começar com gravuras que contenham poucos
elementos.
 Contar a história de seus próprios desenhos.
 Brincar de "o que é o que é"? A professora diz: "É redonda, serve para jogar e para
chutar". A resposta é: "Uma bola".
 Imitar algo, somente com gestos, para a criança adivinhar o que é, e se for preciso, usar
sons.
 Fazer pareamento de singular e plural com imagens.
 Fazer pareamento de aumentativo e diminutivo com imagens
Matemática
 Observar uma coleção de objetos pequenos misturados: pedrinhas, botões, grãos de
milho, peteca, clipes, etc. Separar esses objetos pela classe a que pertencem: conjunto de
pedras, de botões, de clipes.
 Seriar objetos de acordo com o tamanho (do menor para o maior), com a cor (da mais
clara à mais escura), com a espessura ( do mais fino para o mais grosso), conservando a
mesma categoria.
 Distribuir o mesmo número de objetos, observando que a quantidade não se altera
quando modificamos sua posição.
 Cortar frutas ao meio para dividi-las com um colega ou com a professora (dois pedaços:
um para cada um).
 Jogos (contribuem para desenvolvimento de noções matemáticas): pega- varetas,
memória, dominó, etc..
 Exercícios com blocos lógicos de vários tamanhos, espessura, cor, forma.
Estas atividades contribuirão no processo de desenvolvimento das
habilidades da aluna, contexto este que pode ser trabalhado junto aos demais alunos na
sala regular.

de maio de 2014

RELATÓRIO DESCRITIVO DEFICIÊNCIA MULTIPLA


Nome do aluno:

Data de Nascimento: 18/09/01

Série: 1º ANO

Área de deficiência: DEFICIÊNCIA MULTIPLA


 Aspecto sócio-emocional

O aluno xxxxx, com dez anos de idade, é cadeirante, tem deficiência Múltipla:
Deficiência Física (paralisia cerebral do tipo tetraplegia espástica associado a atraso cognitivo e
epilepsia sintomática parcialmente controlada) é deficiência visual. Possui como fatores de risco
para lesão cerebral intercorrências gestacionais, prematuridade, anoxia neonatal com
necessidade de oxigenioterapia e intercorrências neonatais. A interação de xxxxx com seus pares
aconteceram da seguinte maneira: nas aulas de educação física, recreio e nos projetos
desenvolvidos pela escola (acompanhado em todos os momentos na escola pela professora do
atendimento educacional especializado). Podemos perceber que nestes momentos o aluno se
sentia parte da escola, pois sempre expressava satisfação e seus pares o aceitaram sem
preconceito.

 Aspectos psicomotores

O aluno necessita constantemente de minha presença, não consegue se locomover


sozinho faz uso da cadeira de roda, não fala, porém, entende tudo o que falamos e comunicasse
através de sorrisos (quando está gostando de algo fica feliz, quando irritasse fica inquieto grita
e chora), consegue manifestar seus desejos através desses gestos. Não consegue realizar as
atividades da vida diária e nem a funcional, precisa da ajuda de terceiros para realizar as
atividades de rotina de casa e da escola; como no recreio, não controla os esfíncteres, utiliza
fralda descartável.

 Aspecto cognitivo (aprendizagem)

O mesmo beneficiasse por atividades de caráter lúdico e de socialização com seus


pares, contudo é respeitada sua fase de desenvolvimento e suas características, sem enfatizar a
aprendizagem de conteúdos. O atendimento na sala de recursos com xxxxx tem como objetivo
favorecer a socialização e estimulação da exploração do brinquedo e da brincadeira, enfatizando
o treino de atividades da vida diária e da funcionalidade. As atividades realizadas com o
educando eram estimuladas através da audição e tato, cada vez que utilizávamos os objetos
descrevíamos os mesmos e em seguida pegávamos nas mãos dele, mesmo atrofiadas ele os
tocava, respondia as atividades através da face, quando gostava ficava contente, quando não
entendia ou não se interessava pela mesma, gritava ou ficava serio. Apesar das limitações do
aluno, não impediu o mesmo de realizar as atividades propostas e de interagir com seus pares.

 Trabalho realizado pela escola referente à dificuldade da criança

Conversamos com a mãe sobre as dificuldades acima descritas e orientamos que a


mãe continuasse no acompanhamento com a equipe multidisciplinar na Rede SARAH de
Reabilitação, apesar da dificuldade que a mesma encontra para levá-lo até Macapá, pois não
dispõe de transporte próprio para locomoção do aluno, dependendo de itinerário, como não
pode levar a cadeira de rodas, é necessário colocá-lo no colo. Esse acompanhamento é
necessário para o desenvolvimento de suas competências e habilidade, melhorando assim o
processo de socialização e interação do mesmo na escola. Proporcionamos a interação de xxxxx
com seus pares através das aulas de educação física, recreio e nos projetos desenvolvidos pela
escola (acompanhado em todos os momentos na escola pela professora do atendimento
educacional especializado). Podemos perceber que nestes momentos o aluno se sentia parte da
escola, pois sempre expressava satisfação e seus pares o aceitaram sem preconceitos. O
educando não participou das aulas de educação física devido à rotatividade de professor e o
receio dos mesmos em trabalhar com xxxxx, devido eles não saberem como envolvê-lo nas
atividades devido suas limitações, não foi má vontade dos professores e sim a formação de como
trabalhar atividades psicomotoras com a criança.

 Aspectos relacionados ao acompanhamento familiar

A criança tem apresentado um ótimo acompanhamento.

A família e escola devem caminhar juntas para o desenvolvimento da criança.

 Recomendações a serem seguidas no próximo ano

As dificuldades apresentadas por xxxxx são notórias. Acredita-se que ao continuar


freqüentando a sala de recursos multifuncional, participando dos projetos da escola e dos
atendimentos na Rede Sarah, exista a oportunidade de um atendimento mais focado nas
dificuldades específicas do mesmo, contribuindo assim para os avanços na conquista de sua
autonomia e interação com seus pares. O trabalho com atividades de caráter lúdico e de
socialização e específicas contribuirão no processo de desenvolvimento de habilidades do aluno,
contexto este difícil de ser trabalhado junto aos demais alunos na sala regular.

É necessário também, a elaboração de um projeto para ser desenvolvido com as


crianças na sala regular de maneira dinâmica para ser explorado a questão da inclusão das
diferenças (as deficiências, suas dificuldades e habilidades); para que as crianças tomem
consciência de que essas crianças também podem freqüentar a escola e aprender igualmente a
elas; só precisam de tempo para seu desenvolvimento, pode demorar ou não, dependendo do
grau da deficiência.

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